Comportamento Organizacional
Comportamento Organizacional
Comportamento Organizacional
1
6.1 Quem leva adiante a estratégia organizacional? ................................ 48
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 51
2
1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Fonte: cdn.essaywriting.expert
Cada empresa tem a sua própria cultura organizacional, sendo que os seus
funcionários devem agir de acordo com as convicções e responsabilidades do seu
respectivo trabalho. Segundo Idalberto Chiavenato:
3
1.1 Efeitos do comportamento organizacional na empresa
4
O clima organizacional é a chave para que talentos sejam atraídos e retidos na
empresa. O profissional que tem a opção entre duas empresas semelhantes, com
certeza escolhe aquela em que ele se sente melhor, em que os colegas são de boa
convivência, em que os líderes são compreensivos. É por isso que, ao investir em
comportamento organizacional, é preciso levar em consideração o clima, já que ele
será responsável por manter bons profissionais na empresa.
Evita o turnover
O turnover é um problema enfrentado pela maioria das grandes empresas.
Grande volume da força de trabalho vem da chamada Geração Y, ou Millennials,
formada por jovens profissionais que, desde a infância, convivem com a internet e a
agilidade das informações. Essas circunstâncias fizeram deles profissionais ansiosos,
que esperam um rápido avanço na carreira e que não têm paciência para aguardar
oportunidades. Sendo assim, qualquer contrariedade dentro da empresa é suficiente
para pedirem demissão, desocupando uma vaga que logo é preenchida por outro
profissional de mesmo perfil.
Portanto, investir em treinamentos que melhorem a convivência e instruam
quanto ao comportamento organizacional desejado pela empresa é essencial para
evitar essa rotatividade de pessoal. Os profissionais dessa geração precisam de
orientação, já que estão ingressando no mercado de trabalho e não entendem ainda
como são os processos em uma organização.
5
2 COMO O COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL PODE INFLUENCIAR O
CLIMA ORGANIZACIONAL DE UMA INDÚSTRIA1
6
Fonte:2.bp.blogspot.com
2.1 Comunicação
7
De acordo com Chiavenato (2004), as comunicações dentro das empresas não
são perfeitas, pois podem ser alteradas ao longo do processo fazendo com que o
receptor receba algo diferente daquilo que lhe foi enviado.
A comunicação é considerada um fator essencial e muito importante para a
eficácia de uma empresa. As falhas da comunicação podem ser consideradas uma
das principais forças que impedem o bom desenvolvimento de um grupo.
“O objetivo da comunicação eficaz é o entendimento” (BOWDITCH; BUONO,
1999, p. 84). Há diversas barreiras físicas, interpessoais e intrapessoais que podem
interferir no objetivo da comunicação eficaz, atrapalhando o entendimento do receptor.
A superação da barreira à comunicação organizacional exige que os
funcionários reconheçam as dificuldades inerentes ao processo de comunicação e
busquem soluções para que as mesmas não voltem a ocorrer.
A utilização do feedback pode ajudar bastante na comunicação organizacional.
Essa ferramenta é capaz de direcionar os envolvidos eliminando as possíveis
barreiras que podem surgir, além de contribuir para que a eficácia da comunicação
seja atingida.
2.2 Motivação
8
dos colaboradores. Contudo, sabe-se que a motivação é um processo interno do
indivíduo. No entanto, compreende-se que o “ambiente contribui para seu
afloramento, pois é a partir dele que o homem constrói, pela percepção, sua realidade”
(GOMES, 2002, p.96).
Fonte:www.enora.com.br
9
que levam à provocação de diferentes espécies de motivação nos seus
participantes. Constitui a qualidade ou a propriedade do ambiente
organizacional que é percebida ou experimentada pelos participantes da
empresa e que influência o seu comportamento. (CHIAVENATO, 1994, p.53)
10
2.4 Comportamento Organizacional X Clima Organizacional
Fonte: www.tecnologiaeducacional.inf.br
11
Portanto, para que uma empresa tenha eficácia no estudo do comportamento
organizacional de seus funcionários, causando um clima positivo, ela deverá entender
e prever as forças externas que afetam esse comportamento, considerando as
diversas formas que as pessoas têm de comportar perante os acontecimentos.
Fonte: www.administracaonoblog.blogspot.com.br
12
A Administração de Recursos Humanos veio para contribuir no meio organizacional e
parte do princípio de que as pessoas devem ser planejadas e administradas. As
pessoas não são recursos que a organização consome, utiliza e que produzem custos.
Ao contrário, as pessoas constituem um fator de competitividade, da mesma forma
que o mercado e a tecnologia. (Chiavenato – 2014, p. 20)
Fonte: www.tugrulsavas.com
13
do cotidiano possam ser abordados por vários ângulos e decisão correta possa ser
tomada.
Os estudos relacionados às competências não são recentes, mas o interesse
por estratégias com esse perfil vem ganhando espaço e destaque nos meios
acadêmicos e empresariais. Segundo Taylor (1970) no início do século XIX havia
preocupação das organizações em buscar pessoas capacitadas para desempenhar
determinada função e a procura pelos competentes excedia a oferta.
O que se observa nos dias de hoje é que as organizações têm sido levadas à
modernização, seja pela via tecnológica, gerencial, além de um esforço voltado à
eficácia na utilização dos recursos produtivos, visando a melhor adequação das
pessoas do trabalho.
Pode-se dizer que uma competência permite mobilizar conhecimentos a fim de
se enfrentar uma determinada situação. A competência não é o uso estático de regras
aprendidas, mas uma capacidade de lançar mão dos mais variados recursos, de forma
criativa e inovadora, no momento e do modo necessário.
O termo competência é utilizado de maneira diferente pelos especialistas, para
Brandão e Guimarães (2001) é o reconhecimento social sobre a capacidade de
alguém de colocar-se sobre determinado assunto ou de forma geral utilizado para
qualificar o indivíduo capaz de realizar determinado trabalho. Para Chiavenato (2014,
p. 166) “competências são aquelas características pessoais essenciais para o
desempenho da atividade e que diferenciam o desempenho das pessoas”.
No que concerne a competências básicas, podemos dizer que tudo começa
com conhecimento e este para ser útil, precisa ser aplicado, transformado em ação.
Isso leva à habilidade, que nada mais é que a capacidade de utilizar o conhecimento
para agregar valor. As habilidades são consideradas como algo menos amplo do que
as competências. Assim a competência estaria constituída por várias habilidades.
Entretanto, uma habilidade não “pertence” a determinada competência, uma vez que
uma mesma habilidade pode contribuir para competências diferentes.
Habilidade é a capacidade de realizar uma tarefa ou um conjunto de tarefas em
conformidade com determinados padrões exigidos pela organização. É mencionado
também que as “habilidades envolvem conhecimentos teóricos e aptidões pessoais e
se relaciona à aplicação prática desses conhecimentos e aptidões
14
O objetivo deste trabalho é verificar e analisar a percepção dos gestores com
relação às competências necessárias para o desenvolvimento organizacional. Este
tema é bastante atual e será uma ferramenta para gestores no auxilio em
recrutamento e seleção, remuneração e desempenho dos funcionários.
A justificativa deste trabalho é a importância de ter uma gestão de
competências e habilidades para organização e profissional. A problematização é a
percepção por parte dos gestores em relação à habilidades e competências
organizacionais que dificulta a criação de indicadores relacionais.
Fonte: www.i3g.com.br
15
dão conta de que aperfeiçoar-se é condição sine qua non para sua inserção
ou manutenção no mercado de trabalho.
16
Chiavenato (2014, p.166) afirma ainda que “quando um funcionário possui um
elevado perfil de competência, ele demonstra as qualidades requeridas para levar
adiante determinadas missões”. Entende-se por missão, segundo Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira função ou poder que se confere a alguém para fazer algo.
Fonte: www.lemeconsultoria.com.br
17
Desenvolvimento da liderança;
Autogerenciamento da carreira.
18
Fonte: www. senhoraseguranca.com.br
19
Fonte: www. linkedin.com
20
Há a necessidade de desenvolver um modelo de gestão por competências para
organizar e conciliar as diferentes expectativas e necessidades pessoais de cada
funcionário ou colaborador, conforme sugerem Fleury (2004) e Gramigna (2002).
Outro autor, insere a teoria de que cada pessoa da organização deve ser o agente
principal para gerir sua carreira, e chama este modelo de sistema de administração
de carreira (DUTRA, 2001, p.510):
Os principais agentes do sistema de administração de carreiras são as próprias
pessoas, a quem cabe gerir sua carreira. Para tanto, cada indivíduo deve conhecer-
se, ter consciência do seu projeto profissional e saber quais são as oportunidades
oferecidas pela empresa e pelo mercado de trabalho. À empresa, por outro lado, cabe
estimular e apoiar as pessoas em sua vida e em seu crescimento profissional. O papel
das organizações, nesse sentido, é bem mais amplo.
Unindo estas teorias temos as organizações definindo as competências e
cruzando-as com os perfis existentes dentre seus recursos humanos, alinhando-as ao
seu negócio. E estes mesmos recursos humanos exercitando o planejamento e a
autogestão, reconhecendo seus potenciais, seus pontos fracos e capacitando-se para
satisfazer as demandas do mercado de trabalho.
21
Fonte: www. pixabay.com
22
3.4 O caráter dinâmico das competências
Fonte: www.segredosdelideranca.com
23
a receber novas tarefas e missões dentro da empresa. A empresa deve descobrir
quais são as competências de seus funcionários, analisa-las e agregar novas
competências que sejam a chave para o sucesso da empresa. Nesse ponto de vista
encontra-se o segundo grupo, competências exigidas pela empresa, não se define em
aproveitar as competências básicas de cada funcionário e acrescentar competências
que os levarão, de forma individual e especifica, a produzirem melhor de acordo com
suas habilidades.
Com isso, vimos a importância da gestão por competências, onde define-se
como um programa que revela os perfis de cada profissional, para que produziram
maior retorno a empresa. Identificando os pontos fortes e fracos de cada profissional
para pôr fim encontrar meios de crescimento e vantagens junto a concorrência.
Aprender a aprender: as pessoas devem contribuir construtivamente em tudo
e, para tanto, devem ter condições de aprender continuamente. O importante é que
aprendam a aprender. Isso significa forçosamente desaprender coisas antigas e sem
proveito para a organização para aprender coisas novas e necessárias. Em outros
termos, flexibilidade, apreensão e inovação.
Comunicação e colaboração: antes, o bom desempenho significava executar
um conjunto de tarefas repetitivas e isoladas e a qualificação de cada pessoa era
restrita a cada tarefa em particular. Hoje, com a adoção de equipes, a eficiência do
indivíduo está cada vez mais vinculada a suas habilidades de comunicação e
colaboração com os outros. Em outros termos, o trabalho solitário e individual cede
ao trabalho solidário e grupal.
Raciocínio criativo e resolução de problemas: no passado, a administração
paternalista assumia a responsabilidade de solucionar problemas para aumentar a
produtividade do trabalhador. Hoje, espera-se que os funcionários descubram por si
mesmos como melhorar e agilizar seu próprio trabalho. Para tanto, eles precisam
analisar situações, pensar criativamente e solucionar problemas, fazer perguntas e
esclarecer o que não compreendem para poderem sugerir melhorias de maneira
constante e contínua.
Conhecimento tecnológico: no passado, conhecer significava saber como
operar máquinas para fazer o trabalho ou como lidar com computadores para
processar textos ou analises financeiras. Hoje, a ênfase está em usar o equipamento
de informação para conectar-se com os membros da equipe ao redor do mundo, além
24
de realizar tarefas, comunicar-se com pessoas em todo o mundo, compartilhando
ideias e melhorias nos processos de trabalho. O conhecimento tecnológico está a
serviço da equipe e não do indivíduo isolado.
Fonte: www.esoterikha.com
25
Com isso podemos definir que as competências possuem um caráter dinâmico,
onde se busca aproximar os objetivos organizacionais e os pessoais (profissionais).
Otimizando recursos e depurando aprendizagens, a empresa se predispõe a
identificar diferentes oportunidades estratégicas futuras. As competências
organizacionais provêm da necessidade de cada empresa para identificar seus
recursos e transformá-los em vantagem competitiva.
Fonte: www.monetizeagora.com
26
Fonte: www.paulomelo.blog.br
27
crescente onda de privatizações de empresas públicas e a um desenvolvimento
tecnológico sem precedentes, o Estado também discutisse suas atribuições no campo
da regulamentação e monitoramento das relações de trabalho.Com todas essas
transformações, as organizações empresariais foram submetidas a uma pressão
ambiental até então nunca vista. Com isso, as organizações tiveram que passar por
ajustes.
Esses ajustes se encontram na reformulação das empresas diante do novo
arranjo produtivo e econômico, trazendo mudanças profundas como melhoria na
qualidade e produtividade, através de abordagens de qualidade; valorização do
indivíduo e de sua capacidade, investindo-se em programas de remuneração variável
e mecanismos antecipatórios na gestão de recursos humanos.
Ainda segundo Barbosa apud Bitencourt (2004, p.241) essas grandes
transformações vieram acompanhadas de impactos significativos na manutenção de
empregos formais.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), em seu Informe sobre o Emprego no
Mundo 1998/1999, considera que, no final de 1998, aproximadamente um terço da
população ativa no mundo estaria desempregado ou subempregado. Isso ocorre
devido à os avanços tecnológicos e à tendência de polarização dos postos de trabalho
restantes, divididos entre empregos qualificados com alto grau de intelectualização e
empregos precários e parciais.
Isso pode determinar a imposição de novas exigências de conhecimentos, ou
seja, uma formação mais ampla, alta capacidade de raciocínio e comunicação e
reconhecidas habilidades para a resolução de problemas. É indiscutível que as atuais
tendências forçam a uma modificação em múltiplas direções, mas que mantém uma
forte interligação: de um lado, as exigências organizacionais, de maximização do
resultado e aumento de sua capacidade competitiva; de outro, a pressão sobre o
trabalho e, consequentemente, sobre o empregado, obrigado a buscar um
reposicionamento sobre seu papel. Por causa disso, a adoção do conceito de
competências ganhou força e pode ser vista de diferentes concepções e abordagens.
28
4 MODELO DE GESTÃO BASEADA POR COMPETÊNCIAS
www.ekoeducacaocorporativa.com.br
Neste estudo, a escolha foi feita com base no modelo proposto por Gramigna
(2002) para definir uma proposta de gestão baseada em competências que oferecerá
subsídios para atender o alinhamento com a competência essencial da organização.
A metodologia utilizada pela autora em sua empresa MRG, compreende a
metáfora da “árvore das competências” apud Kellner. Neste modelo, consideram-se
como três componentes: as raízes, o tronco e a copa, que combinados formam o todo.
Neste entendimento, se cada parte recebe um tratamento adequado, a árvore segue
seu curso natural e cresce saudável, gerando bons frutos. Assim seria o
desenvolvimento de competências do ser humano – comparado ao crescimento das
árvores.
RAIZ = Atitudes: Na raiz estão os valores, crenças e princípios formados ao
longo da vida, que determinam nossas atitudes. O grau de envolvimento das pessoas
com as metas e objetivos da empresa está diretamente relacionado como os seus
valores e crenças são manejados no contexto do trabalho. Se uma pessoa realmente
acredita que o que ela faz é importante para o desenvolvimento de um projeto, suas
atitudes conduzirão a um esforço nesta direção. Esta atitude está relacionada ao
querer “ser” e o “agir”.
29
TRONCO = Conhecimento: trata-se das informações que a pessoa utiliza ao
deparar-se com uma necessidade, quanto maior o conhecimento mais reforço tem a
competência de forma que permite ao profissional enfrentar com flexibilidade e
autonomia os desafios do dia a dia. Procurar novos rumos para o aprender, perceber
necessidades e buscar novas fontes de pesquisa são comportamentos que agregam
novos conhecimentos.
COPA = Habilidades: todos os conhecimentos (tronco) agregados a uma
pessoa somente tem valor se ela sabe como usar e em que momento usar – agir com
talento e capacidade técnica para obter resultados positivos define as habilidades,
caracteriza-se pela demonstração do que sabe fazer.
As premissas básicas para estruturação do modelo de gestão por
competências resumem-se em:
Conscientização de que cada tipo de negócio necessita de perfis
específicos;
Entendimento de que cada posto de trabalho tem características
específicas e pode ser definido um perfil de competências para os
profissionais a ocupá-lo;
Reconhecimento de que as pessoas que ocupam funções gerenciais são
responsáveis pela oferta de oportunidades para o desenvolvimento de
novas competências;
Percepção de que sempre haverá demanda para desenvolver novas
competências e o que atualmente é essencial para o desenvolvimento
do trabalho, amanhã poderá trazer novas exigências.
Estas premissas, segundo Gramigna (2002) devem ser difundidas até que
façam parte da cultura e sejam internalizadas por todos nas atitudes e
comportamentos organizacionais. Para implantação da gestão por competências, o
modelo da autora acima citada propõe cinco blocos de intervenção, assim
denominados: sensibilização, definição de perfis, avaliação de potencial e formação
do banco de talentos, capacitação e gestão do desempenho.
Sensibilização: Para que se atinja um sucesso no trabalho, é crucial que as
pessoas chave da organização estejam de fato comprometidas e façam a adesão ao
projeto. Para isso será necessária a sensibilização deste público como estratégia
inicial de ação.
30
Segundo Gramigna (2002, p. 22): O trabalho de sensibilização, quando bem
estruturado, facilita a venda da ideia à direção da empresa. Na prática, quando um
tema é amplamente discutido nos corredores da empresa, passa a merecer atenção
da cúpula.
Fonte: www.carreiras.empregos.com.br
31
permite a empresa realizar uma análise do seu potencial humano, servindo a diversas
decisões gerenciais como adotar medidas que favoreçam a motivação.
Bloco 4 – Capacitação: Nesta utilizamos o treinamento e desenvolvimento dos
colaboradores como meio de alavancar seu desempenho frente às competências
levantadas e versus as competências exigidas pelo cargo na organização.
Bloco 5 – A gestão do Desempenho: Com este bloco fechamos o ciclo do
programa de competências, pois após mapear e definir perfis, verificar as
performances, montar o banco de identificação de talentos e os capacitar, chega o
momento de avaliar os resultados.
A verificação do desempenho mantém o foco nas competências definidas nos
perfis, agregando atitudes e comportamentos que só podem ser observados no
cotidiano do trabalho, por isso as unidades de medida devem conter indicadores que
facilitem a verificação.2
Será apresentado um modelo de ferramenta para levantamento de
competências, relativamente simples, descrito em Gramigna (2002) como reunião de
mapeamento, dentro de Ferramentas e Instrumentos para gestão por competências.
Escolhemos citá-la porque é uma sistemática que pode ser utilizada com docentes em
reuniões para o mapeamento de competências e definição dos perfis. A autora sugere
uma apresentação com os principais itens da gestão por competências antes do início
do mapeamento. Roteiro da Reunião – participam gerentes e coordenadores, pessoas
chave e facilitador do processo.
Itens importantes: as decisões devem ser tomadas por consenso; caso haja
impasse a consultoria fará intervenções clareando o modelo; a consultoria é a
facilitadora do processo e não faz conclusões; deve-se evitar perfis extremos – muito
baixos ou muito altos; é recomendável focar o conjunto de funções da área de trabalho
para que o nível da exigência esteja compatível com a realidade.
Sete passos para definição de perfis.
1- Em subgrupos de no máximo sete pessoas, usar a técnica do
braimstorming, que é um procedimento utilizado para auxiliar um grupo a
32
criar o máximo de ideias no menor tempo possível, para definição de
competências essenciais do docente, usando as seguintes regras:
Todos devem contribuir;
Uma pessoa registra as ideias em flip shart;
Não é permitido criticar;
É permitido registrar ideias “malucas” ou a princípio estranhas;
O tempo de geração das ideias é de 10 minutos.
2- Selecionar no máximo dez competências essenciais a partir da análise de
necessidade para a unidade de negócio.
3- Verificar os conceitos: estão de acordo com o entendimento que as pessoas
têm da competência?
4- Desdobrar cada competência, orientando-se pelos formulários que indicam
em linhas gerais o conteúdo de cada uma delas: atitudes, habilidades e
conhecimentos.
5- Completar o desdobramento de acordo com a realidade da unidade de
negócios ou grupo de funções do perfil definido.
6- Ponderar cada competência desdobrada, usando os indicadores de zero a
três.
7- Preparar uma forma de apresentação para o restante dos subgrupos. A
definição das competências que vão compor o perfil do profissional é
realizada após a apresentação de todos os grupos, ou seja, representará o
seu consenso.
Lançando mão do que diz o eterno guru Peter Drucker: “eficiência é fazer as
coisas bem-feitas. Eficácia é fazer as coisas certas (que precisam ser feitas).”
Observando que se fazem muitas coisas bem-feitas, mas pouco úteis, ou que pouco
acrescentam aos resultados. Para entrarmos no conceito relativo ao CHA, é
necessário entendermos que assim como os conceitos relativos à Treinamento,
Desenvolvimento e Educação possuem diversas definições, com o conceito de
competências não é diferente.
33
Fonte: www.talentosehabilidades.blogspot.com.br
34
que foi adquirido sem habilidade (já que não foi exercitado na prática), talvez por não
haver atitude para atingir este objetivo; o fato é que só o C sem o HÁ não é
competência. No entanto, se este mesmo engenheiro estiver trabalhando em um setor
de pesquisa de uma empresa, e não tiver persistência, criatividade e tantas outras
características para trazer novidades, descobrir novos processos ou caminhos, ele
também não será competente, pois o CH sem o A também não é competência.
Muitas organizações fazem seus processos de avaliação de desempenho, ou
potencial e até mesmo levantamento de necessidades de treinamento baseados no
CH e deixam de lado o A, justamente o que gera a ATITUDE, o querer fazer que
resulta em competência. Isto leva a uma inadequada preparação e desenvolvimento
de profissionais, sejam talentos ou não, pois o seu resultado é incompleto. Não adianta
termos um profissional excelente tecnicamente e péssimo em relacionamento
interpessoal, isto com certeza gerará sérios problemas de produtividade na
organização.
Trabalhar o CHA, trabalhar competências de forma consistente é um árduo
trabalho para os profissionais da área, no entanto, é o melhor caminho para identificar
de forma segura e adequada as bases de aprendizagem, a metodologia, as
necessidades de treinamento e assim preparar e desenvolver talentos de forma a
garantir a obtenção dos resultados desejados e esperados.
I – Conhecer/Conscientizar = Conhecimento - saber
II – Arriscar/Experimentar = Habilidades - saber fazer
III – Praticar/Utilizar = A atitudes -querer fazer
Inseridos no processo de ir e vir que é o caminho do Aprender e Mudar através
de bases metodológicas de ensino-aprendizagem, apoiadas nos conhecimentos,
sentimentos, atitudes e comportamentos.
35
5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE GESTÃO DE PESSOAS
Fonte: www.gestaoporcompetencias.com.br
36
Quem somos nós? O que fazemos? E por que fazemos o que fazemos? A missão
envolve os objetivos essenciais do negócio e está geralmente focalizada fora da
empresa, ou seja, no atendimento a demandas da sociedade, do mercado ou do
cliente. É importante conhecer a missão e os objetivos essenciais de uma
organização, porque se as pessoas não sabem por que ela existe e para onde
pretende ir, elas jamais saberão qual o melhor caminho a seguir. E, se não conhecem
a missão da organização, as pessoas se tornam errantes e sem saber qual o caminho
para a sua realização.
A missão funciona como o propósito orientador para as atividades da
organização e para aglutinar os esforços dos seus membros. Serve para clarificar e
comunicar os objetivos da organização, seus valores básicos e a estratégia
organizacional. Cada organização tem a sua missão própria e específica. A missão
pode ser definida em uma declaração formal e escrita, o chamado credo da
organização, para que funcione como um lembrete periódico a fim de que os
funcionários saibam para onde e como conduzir os negócios. Assim como todo país
tem os seus símbolos fundamentais e sagrados como a bandeira, o hino e as armas,
a organização deve preservar a sua identidade, tanto interna como externamente.
Para tanto, a missão deve ser objetiva, clara, possível e, sobretudo, impulsionadora e
inspiradora. Ela deve refletir um consenso interno de toda a organização e ser
facilmente compreendida pelas pessoas de fora da organização.
A missão deve traduzir a filosofia da organização, que é geralmente formulada
por seus fundadores ou criadores através de seus comportamentos e ações. Essa
filosofia envolve os valores e crenças centrais, que representam os princípios básicos
da organização que balizam a sua conduta ética, responsabilidade social e suas
respostas às necessidades do ambiente. Os valores e crenças centrais devem
focalizar os funcionários, os clientes, os fornecedores, a sociedade de um modo mais
amplo, e todos os parceiros direta ou indiretamente envolvidos no negócio.
Assim, a missão deve traduzir a sua filosofia em metas tangíveis e que orientem
a organização para um desempenho excelente. É a missão que define a estratégia
organizacional e indica o caminho a ser seguido pela organização. A missão da
organização deve ser cultivada com todo carinho pelos dirigentes e ser difundida
intensamente entre todos os funcionários para a conscientização e comprometimento
pessoal de todos em relação ao seu alcance.
37
Fonte: www.bharathbhushan.com.br
38
enxugamentos à custa do corte de pessoas, o que mostra claramente como os valores
organizacionais são praticados na realidade.
Os valores organizacionais decorrem de certas pressuposições básicas como
pressuposições sobre a natureza humana que funcionam como o núcleo da cultura
organizacional. Essas presunções provocam uma forte tendência à conformidade nas
pessoas e funcionam como princípios políticos de consistência que dão direção,
integridade e autodisciplina entre as pessoas. A cultura organizacional é importante
na definição dos valores que orientam a organização e seus membros. Os líderes
assumem um papel importante ao criar e sustentar a cultura organizacional através
das suas ações, de seus comentários e das visões que adotam.
A moderna Gestão de Pessoas não pode ficar distanciada da missão da
organização. Afinal, a missão se realiza e concretiza através das pessoas. São elas
que conduzem as atividades e garantem o alcance da missão da organização. Para
tanto, torna-se necessário um comportamento missionário dos dirigentes e das
pessoas que eles lideram: saber cumprir a missão organizacional através do trabalho
e da atividade em conjunto.
Fonte: www.meunegociomelhor.com.br
39
Dessieri refere-se a uma pesquisa de Francis e Woodcock que procura
identificar os valores fundamentais adotados pelas empresas. Os pesquisadores
sugerem que o alicerce de uma administração bem-sucedida está na percepção ativa
e persistente de 12 valores:
1. Poder. A gestão bem-sucedida acredita no poder inerente de sua posição e
que tem nas mãos o destino da organização. Ela adota o valor do poder: gestores
devem administrar.
2. Elitismo. A gestão bem-sucedida acredita na importância vital dos melhores
candidatos para cargos administrativos e no contínuo desenvolvimento de suas
competências. Ela adota o valor do elitismo: os bons devem ir para o topo.
3. Recompensas. A gestão bem-sucedida identifica e recompensa o sucesso.
Ela adota o valor da recompensa: o desempenho excelente deve ser recompensado.
4. Eficácia. A gestão bem-sucedida focaliza recursos sobre as atividades que
dão resultado. Ela adota o valor da eficácia: fazer as coisas certas.
5. Eficiência. A gestão bem-sucedida busca os melhores meios para fazer as
coisas e constantemente se orgulha disso. Ela adota o valor da eficiência: fazer
corretamente as coisas.
6. Economia. Cada atividade custa dinheiro e alguém deve pagar. A gestão
bem-sucedida adota o valor da economia: nada é grátis.
7. Imparcialidade. A gestão bem-sucedida considera que as percepções e
sentimentos das pessoas são importantes. Ela adota o valor da imparcialidade e
equidade: quem cuida, vence.
8. Espírito de equipe. A gestão bem-sucedida assegura que ela se baseia em
um trabalho eficaz de equipe. Ela adota o valor do espírito de equipe: trabalhar juntos.
9. Lei e ordem. A gestão bem-sucedida decorre de um sistema apropriado de
leis e regras apropriadas. Ela adota o valor da lei e da ordem: a justiça deve
prevalecer.
10. Defesa. A gestão bem-sucedida analisa as ameaças externas para formular
uma defesa sólida. Ela adota o valor da defesa: o conhecimento enfraquece o inimigo.
11. Competitividade. A gestão bem-sucedida cuida de todos os passos
necessários para ser competitiva. Ela conhece o mundo dos negócios e tenta
sobreviver nele da melhor maneira possível. Ela adota o valor da competitividade: o
melhor sobrevive.
40
12. Oportunismo. As oportunidades precisam ser analisadas prontamente,
mesmo quando envolvam riscos. A gestão bem-sucedida é sempre oportunista. Ela
adota o valor do oportunismo: quem arrisca, vence.
Fonte: www.universidades.com
41
4. Natureza da atividade humana. Quais as coisas corretas para o ser humano
fazer; se o ser humano é ativo ou passivo, se autodesenvolve ou deve ser ativado
externamente e qual deve ser a natureza do seu trabalho.
5. Natureza dos relacionamentos humanos. Como as pessoas devem se
relacionar umas com as outras, como distribuir o poder e afeto. Se as relações
humanas devem ser cooperativas ou competitivas, individualistas ou gregárias, com
base na autoridade hierárquica ou do conhecimento.
Fonte: www.solides.com.br
42
utilizado para descrever um sentido claro do futuro e a compreensão das ações
necessárias para torná-lo rapidamente um sucesso.
A visão representa o destino que a empresa pretende transformar em realidade.
E por que a visão é importante nas modernas empresas? Simplesmente pelo fato de
que hoje não se controlam mais as pessoas através de regras burocráticas e
hierarquia de comando, mas por meio do compromisso com a visão e os valores
compartilhados. Quando as pessoas conhecem qual a visão pretendida, ficam
sabendo exatamente para onde ir e como ir, sem necessidade de coerção. A visão
estabelece uma identidade comum quanto aos propósitos da organização para o
futuro, a fim de orientar o comportamento dos seus membros quanto ao destino que
a organização deseja construir e realizar.
A coerência decorre da visão e não de manuais de organização que costumam
proliferar nas empresas. A única maneira de ultrapassar a diversidade cultural,
linguística e geográfica que caracterizam as empresas globais é a visão comum. A
visão constitui a "cola" que mantém a coesão e a coerência e que garante a
consonância e consistência interna da organização. A visão não deve ser o elemento
conservador do status quo, mas deve refletir uma postura não-conformista de não-
aceitação complacente em relação aos atuais resultados da empresa.
Esse inconformismo permanente com o status quo é que produz a visão
organizacional: aquilo que a empresa pretende ser com a ajuda das pessoas. Essa
definição para onde se dirige a empresa deve ser objetiva, clara e inequívoca. A falta
de uma visão dos negócios é profundamente prejudicial, pois desorienta a
organização e os seus membros quanto às suas prioridades em um ambiente mutável
e competitivo. A visão somente é atingida quando todos dentro da organização e não
apenas alguns membros dela trabalham em conjunto e em consonância para que isso
aconteça efetivamente. A missão e a visão proporcionam os elementos básicos para
a definição dos objetivos globais e a formulação da estratégia organizacional. A
estratégia organizacional funciona como o meio para realizar a missão e alcançar os
objetivos organizacionais decorrentes da visão da empresa.
43
5.3 Objetivos organizacionais
Fonte: www.busvision.com.br
44
5.4 Para que servem os objetivos organizacionais?
45
6 ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
46
4. É um mecanismo de aprendizagem organizacional, através do qual a
empresa aprende com a retroação decorrente dos erros e acertos nas suas decisões
e ações globais. Obviamente, não é a organização que aprende, mas as pessoas que
dela participam e que utilizam sua bagagem de conhecimentos.
Fonte: www.segurancaiesb.blogspot.com.br
47
negócios. É puro jogo de cintura. Além disso, a estratégia organizacional tem os seus
desdobramentos: ela reflete a maneira pela qual a empresa procura maximizar as
suas forças reais e potenciais e minimizar as suas fraquezas reais e potenciais.
A estratégia organizacional é um conjunto de manobras que se desenvolve em
um ambiente competitivo: aproveitar as oportunidades externas e esquivar-se das
ameaças ambientais ao mesmo tempo em que se aplica mais intensamente as forças
internas e se corrige as fraquezas internas. A estratégia representa o caminho
escolhido pela empresa para enfrentar as turbulências externas e aproveitar os seus
recursos e competências da melhor maneira possível. Quanto maior a mudança
ambiental tanto mais necessária é a ação estratégica, desde que ágil e flexível para
aglutinar e permitir adoção rápida de novos rumos e novas saídas. Essa é a razão de
sucesso das empresas que sabem tirar proveito das situações e das circunstâncias.
Jogo rápido e arrancadas velozes. A estratégia precisa funcionar como um programa
global para a consecução de objetivos organizacionais e deve receber o consenso
geral e ser capaz de motivar e envolver todos os colaboradores da organização. Deve
ser amplamente difundida e comunicada para servir como fio condutor da ação
organizacional.
48
Fonte: www.linkedin.com
49
baseado em uma preocupação, em melhorar as práticas vigentes na organização. Sua
base é incremental no sentido de melhorar continuamente as operações, tornando-as
melhores a cada dia. 3
3. Planejamento prospectivo. É o planejamento voltado para as contingências
e para o futuro da organização. As decisões são tomadas no sentido de compatibilizar
os diferentes interesses envolvidos, através de uma composição capaz de levar a
resultados para o desenvolvimento natural da empresa e ajustá-la às contingências
que surgem no meio do caminho.
Fonte: www.domboscoead.com.br
50
BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 10. ed. São Paulo: Campus, 2015.
COBRA, Marcos; URDAN, André Torres. Marketing Básico. 5. ed., São Paulo: Atlas,
2017.
51
FLEURY, Maria T. Leme; OLIVEIRA JR, Moacir. M. Gestão estratégica do
conhecimento. São Paulo: Atlas, 2002.
52