Eclusa

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Eclusas

Eclusa é uma obra de engenharia hidráulica que permite que embarcações


subam ou desçam os rios ou mares em locais onde há desníveis (barragem,
quedas de água ou corredeiras).

Princípios de funcionamento da eclusa

Eclusas funcionam como degraus ou elevadores para navios, há duas


comportas separando os dois níveis do curso d’água. Depois que o navio entra,
os portões são fechados. Quando a embarcação passa do ponto mais baixo
para o mais alto, e precisa subir o rio, ela entra na eclusa pelo lado jusante e
permanece na câmara. A comporta de jusante é então fechada e a câmara
enchida com água, causando a elevação da embarcação até que se atinja o
nível do reservatório superior. A partir desse momento, a comporta de
montante pode ser aberta e a embarcação sai da eclusa.
Quando o caminho é o inverso, e a embarcação precisa descer o rio, ela entra
na câmara pelo lado montante da eclusa. A seguir, fecha-se a comporta de
montante e esvazia-se gradualmente a câmara até que se atinja o nível do
reservatório inferior. A porta de jusante é aberta e a embarcação sai da eclusa.
As operações de enchimento e esvaziamento da câmara são geralmente feitas
por gravidade com a ajuda de pequenas comportas e válvulas.
O truque desse estranho elevador é a tubulação por onde a água entra e sai.
O segredo está nas válvulas. A eclusa funciona sem necessidade de bombas e
nenhuma energia é gasta para erguer o navio. Tudo é feito aproveitando o
peso da própria água.

Dificuldades que devem ser superadas no projeto para tornar-se um rio


navegável

Os rios de corrente livre são os naturalmente navegáveis, em que não há


barragens em seu curso. Sem perder, entretanto, esta característica, eles
podem ter as suas condições de navegabilidade sensivelmente melhoradas,
por meio de três principais processos, que podem ser usados isolada ou
conjuntamente, a saber:

· Regularização do leito;

· regularização da descarga; e

· dragagem.

Além disso, outros serviços também contribuem significativamente para


melhoria das condições de navegabilidade, como a existência de cartas
náuticas adequadas, de um balizamento eficiente e de um sistema de
divulgação do nível do rio em diversas estações fluviométricas ao longo da
hidrovia.
A regularização do leito consiste em modificar, obedecendo a determinadas
regras, as formas naturais do mesmo, atuando principalmente sobre o traçado
em planta, obtendo-se, com isso, melhoria nas características da hidrovia,
inclusive sobre a profundidade mínima. Este processo foi largamente utilizado
os séculos passados, mas hoje, quer devido ao custo, quer devido aos
resultados limitados que, em geral, proporciona (principalmente se a vazão é
pequena), quer, ainda, devido à necessidade de barrar os rios para outros fins,
só é empregado para resolver certas passagens difíceis ou defeituosas, e não
mais sistematicamente.
Quanto à regularização da descarga, que resulta da implantação de
reservatórios a montante do trecho navegável ou nos afluentes, não vamos
entrar em maiores detalhes, tais as suas vantagens evidentes, não só para a
navegação mas, também, para as demais utilizações da água. No Brasil, a
barragem de Três Marias tem efeito regularizador sobre o Médio São
Francisco.
As barragens dos rios Grande, Paranaíba, Paraná e Tietê atuam sobre a
hidrovia Tietê–Paraná e a barragem de Boa Esperança atua sobre 600 km do
rio Parnaíba.
Com relação ao processo de dragagem, também já experimentado entre nós,
inclusive no rio São Francisco, consiste em aprofundar periodicamente os
pontos altos do canal navegável. O perfil batimétrico do canal navegável em
um rio de fundo móvel toma o aspecto de uma sucessão de longos trechos
com boas profundidades, separados por curtos trechos de baixa profundidade
(“passos”), que dificultam a navegação e limitam os calados das embarcações.
Esses baixios se recompõem durante cada enchente, de modo que a
dragagem tem que ser permanente.

As eclusas podem contribuir para a melhoria do transporte de cargas no


Brasil.

1. Redução no custo dos transportes.

O transporte de cargas, de grande volume e baixo valor agregado e a grandes


distâncias, por meio de hidrovias, sem dúvida nenhuma reduz gastos com a
logística de transporte.

2. Redução do custo de manutenção de rodovias, já que temos hoje comboios


de até, aproximadamente, 100 caminhões/contêineres – eles seriam retirados
das estradas.

3. Menor risco de acidentes fatais.

4. Menor emissão de poluentes.

5. Promoção do desenvolvimento socioeconômico nas regiões ribeirinhas.

6. Não há necessidade de desmatamento de áreas, já que a via navegável é


natural.
7. Ganho de competitividade do produto nacional.

8. Maior eficiência energética no transporte de mesmo volume de carga

9. O transporte hidroviário é o que necessita de menos investimentos em infra-


estrutura, além de possuir melhor resultado econômico quando comparado aos
demais modelos.

Eclusa de Barra Bonita - Região de Bauru

A eclusa de Barra Bonita fica junto à Usina Hidroelétrica de Barra Bonita e tem
148 metros de comprimento, 12 metros de largura, desvio máximo de 25
metros.

Foi inaugurada no dia 29 de novembro de 1973 para viabilizar a Hidrovia Tietê-


Paraná, sendo a primeira da América do Sul a ser explorada turisticamente e é
a atração mais divulgada e conhecida da cidade, atraindo em média 15 mil
turistas ao mês. Para transpor o desvio das barragens, as embarcações fazem
a eclusagem, que em média dura 12 minutos para subir e 12 minutos para
descer.

Outras informações:

1. Comprimento total: 148m.


2. Largura: 12m.
3. Desnível máximo: 26m.
4. Tempo de eclusagem: 12 minutos para subir; 12 minutos para descer
5. Capacidade de embarcações: 2 mil toneladas por vez
6. Capacidade da câmara: 50.000 m3 de água ou 50 milhões de litros
7. Porta a montante do tipo esporão-peso de cada porta: 45 toneladas
8. Porta a justante do tipo vagão (guilhotina): 120 toneladas.

Tive a oportunidade de conhecer a eclusa de Barra Bonita e ver seu


funcionamento de perto, sendo de grande importância para a região além de
atrair diversas pessoas para o turismo local.

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