Geomorfologia Fluvial
Geomorfologia Fluvial
Geomorfologia Fluvial
Introdução:
Os rios funcionam como canais de escoamento, esses canais são “alimentados” por
águas superficiais (provenientes da chuva) e águas subterrâneas (provenientes do processo de
infiltração). Além disso os rios podem se relacionar com os lençóis subterrâneos, em regiões
úmidas os rios recebem água do subsolo e são chamados de efluentes; já em regiões secas os
rios fazem o papel oposto, eles fornecem água ao subsolo e são chamados de influentes.
A velocidade do rio está relacionada com o trabalho que o rio executa – erosão,
transporte e deposição de detritos. Sua velocidade também depende da declividade, do volume
de água, viscosidade da água, largura, profundidade forma do canal e rugosidade do leito.
Outro fator importante é a forma do canal que nada mais é que uma resposta da vazão
dos fluidos através do canal, levando em consideração que o fluxo sobre os materiais rochosos
que estão no leito do rio e nas margens, as dimensões do canal serão controladas pelas forças
erosivas e pelos matérias depositados que formarão um equilíbrio entre leito e margem.
. corrosão que é o desgaste químico das rochas, por elementos que estão presentes na
água (vale ressaltar que o pH influencia nesse processo também);
. corrasão que é o desgaste físico que pode ser causado por abrasão que funciona como
um polimento, ou por evorsão que é causado pelo movimento de turbilhão formando “marmitas
de gigante”;
Quando um rio transporta ele possui capacidade que significa a quantidade total de
matéria que ele está transportando. Também possui competência que é o diâmetro do material
que ele consegue transportar. Vale ressaltar que quando se dobra a vazão do rio, a capacidade
de transporte dele aumenta de 8 à 16 vezes (silte e argila). Sendo assim um aumento de vazão
que deixará o rio mais caudaloso e aumentará significativamente o seu transporte de matéria
que consequentemente deixará a sua água mais “saturada” de elementos deixando a água mais
marrom, evento que ocorre em épocas de muita chuva.
Os sedimentos são transportados pelo rio de três maneiras: solução, (sais minerais) os
elementos que foram intmeperizados entram em solução com a água e assim são transportados;
suspenção, (silte e argila) os elementos intemperizados que não entraram em solução mas não
são tão densos ficam em suspenção na água e são carregados pela água e saltação, que pode ser
arrastamento, e também rolamento (areia, seixo, cascalho) os elementos que são grandes demais
e mais densos que água chamados de carga de fundo, mas que com o fluxo acabam sendo
transportados, principalmente pelo processo de turbilhamento que ocorre no leito do rio.
Os rios possuem áreas de deposição que ocorre nas áreas próximas ao oceano que é
quando o rio diminui sua capacidade e competência, além de sua velocidade, desse modo
favorecendo a precipitação dos sais minerais que antes estavam em solução na água e também
a precipitação de silte e argila e por último areia, seixo e cascalho.
Os Deltas são o acumulo de areia, seixo e cascalho, é uma abertura do rio em inúmeros
canais, o Brasil possui poucos Deltas porque as plataformas continentais do Brasil são curtas,
fazendo com que o material se deposite profundamente na crosta oceânica.
Correspondem a espaços que podem ser ocupados pelo escoamento das águas nas
planícies de inundação. E podem ser subdivididos em:
. leito vazante, é o “mínimo” é a parte do rio que possui água durante o ano todo;
. leito menor, é o onde a água fica na maior parte do ano; ( o leito de vazante vai
serpenteando o leito menor);
Os Terraços Fluviais:
Os Terraços Fluviais são antigas planícies de inundação, isso faz com que o rio vá
aumentando a sua sinuosidade. Os Terraços são constituídos por materiais aluviares mais
antigos e em nível mais alto do que o atual da planície aluvionar e que ficaram como
testemunho de um período da evolução da planície. A origem desses terraços pode estar ligada
a várias causas como: evolução geomorfológica, mudanças climáticas e/ou processos tectônicos
que se refletem em mudanças de poder erosivo da corrente fluvial por aumento de competência
e da capacidade, levando a erosão da própria planície que deixa como testemunhos esses
terraços.
. Reto, trecho do rio no qual o comprimento é de 10 vezes maior que a sua largura –
normalmente locais com rochas cristalinas.
. Reticulado, local do rio onde ele perde a sua competência e não volta a ser um canal
único e se transforma em um Delta.
. Ramificado, é um tipo de canal que forma uma ilha e volta ao seu curso normal.
“O estado de estabilidade é atingido e mantido pela interação mútua das características do canal,
tais como declividade, forma do perfil transversal, rugosidade e padrão do canal. Ele é um
sistema autorregulador; qualquer alteração nos fatores controladores causará um deslocamento
em certa direção que tenderá a absorver o efeito da mudança.” M. Morisawa (1968).
Bibliografia: