O Último Herói Do Titanic
O Último Herói Do Titanic
O Último Herói Do Titanic
Impressionante
História
Verídica Que
Poderá Mudar
Sua Vida
Para Sempre
Moody Adams
Uma Impressionante História
Verídica Que Poderá Mudar a Sua
Vida Para Sempre
Moody Adams
Obra
Missionária
‹Chamada da Meia-Noite›
Caixa Postal, 1688 · 90001-970 Porto Alegre-RS · Brasil
Fone: (51) 3241-5050 · FAX: (51) 3249-7385
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Os testemunhos e as homenagens deste
livro foram publicados originalmente na Escócia
em 1912. John Climie os compilou e editou a
pedido do irmão de John Harper, George.
publicado por
The Olive Press
Columbia, SC 29228
EUA
John Harper:
Um Homem de Deus
PUBLICADO EM 1912
A publicação deste volume foi realizada a pedido do
Pastor George Harper, que deu assistência muito valio-
sa, e cuja homenagem terna e amorosa à memória do
seu irmão despertará interesse especial. Como a biogra-
fia é composta principalmente de homenagens de vários
autores, foi impossível evitar a repetição. Mas conside-
rou-se apropriado que as homenagens apareçam tal qual
foram escritas, já que cada contribuinte escreve do seu
próprio ponto de vista.
O naufrágio do Titanic com sua carga viva causou la-
mentação em todo o mundo civilizado. A idéia de 1.522
vidas perdidas no naufrágio de um só navio é totalmen-
te estarrecedora. Mesmo depois do grande navio estar
no fundo do mar, os jornais, sem saberem o que tinha
acontecido, anunciavam que o Titanic era “absoluta-
mente insubmergível”. Mas as forças da natureza foram
demais para o gigantesco transatlântico. As águas nas
regiões polares, com o vento cortante do norte, solidifi-
caram-se, e daquela região ártica veio flutuando o enor-
me iceberg que rasgou o casco do navio e o levou para
o seu túmulo no oceano. “Pelo sopro de Deus se dá a
geada, a as largas águas se congelam” (Jó 37.10). O
iceberg estreitou a extensão do Atlântico, e o grande na-
vio foi lançado para o fundo do mar. O fato do Sr. Har-
12 • O Último Herói do Titanic
E
nquanto as águas escuras e geladas do Atlântico
enchiam lentamente o convés do Titanic, John
Harper gritava: “Deixem as mulheres, crianças e
descrentes subirem nos barcos salva-vidas.” Harper ti-
rou seu salva-vidas – a última esperança de sobrevivên-
cia – e o entregou a outro homem. Depois que o navio
desapareceu sob a água escura, deixando Harper se de-
batendo nas águas geladas, ouviram-no incentivando os
que estavam à sua volta a confiar em Jesus Cristo.
Era a noite de 14 de abril de 1912, uma noite de he-
róis, e John Harper foi um deles. Apesar das águas que
o tragavam serem extremamente frias e do mar à sua
volta estar escuro, John Harper deixou este mundo nu-
ma resplandecente glória.
Os atos de coragem de Harper foram espontâneos.
Ele não tinha motivo para imaginar que o Titanic afun-
daria, nem tempo para escrever um roteiro. Uma revista
comercial, The Shipbuilder, descreveu o Titanic como
“praticamente insubmergível”. No dia 31 de maio de
16 • O Último Herói do Titanic
O Herói em Contraste
O heroísmo altruísta desse escocês é acentuado pe-
la conduta contrastante de muitos colegas passageiros
nessa viagem mortal. Enquanto Harper entregava seu
colete salva-vidas, um banqueiro americano conseguiu
colocar um cachorro de estimação num barco salva-vi-
das, deixando 1.522 pessoas sem ajuda. Não havia um
espírito de “afundar com o navio”. Dos 712 salvos,
189 eram, inclusive, homens da tripulação. O coronel
John Jacob Astor tentou escapar com sua mulher num
barco salva-vidas e foi detido pelo segundo-oficial
Charles Lightoller. Astor era o homem mais rico do
mundo, mas isso foi insuficiente para forçar a sua en-
trada num simples barquinho salva-vidas. Daniel Buc-
kley se disfarçou de mulher na tentativa de conseguir
um lugar no barco. Os passageiros da primeira classe,
no primeiro barco salva-vidas a ser baixado, se recu-
saram a voltar e recolher pessoas que estavam se afo-
gando, apesar de haver espaço para muitos outros se-
rem salvos. A Sra. Rosa Abbott, a única mulher a afun-
dar com o navio e sobreviver, disse que um homem
Morrer com Honra • 19
F
az cerca de vinte anos, talvez um pouco mais, que
conhecemos o Sr. Harper pela primeira vez. Nossa
lembrança mais antiga dele era dos seus trabalhos
no Evangelho em Bridge-of-Weir. Na época ele só pare-
cia um rapaz crescido. Mas naquele tempo, como du-
rante toda a sua carreira pública, a chama do Senhor ar-
dia intensamente no seu coração.
P
ara mim, o pastor John Harper, que afundou com
as outras mil e quinhentas e vinte uma pessoas na
inesquecível catástrofe do Titanic no dia 15 de
abril de 1912, era meu irmão nos dois sentidos, na carne
e no Senhor. Além disso, ele era meu único irmão na
carne. Fomos criados juntos, nos prostrávamos juntos
em família, enquanto nosso pai temente a Deus
“...santo, pai, e marido orava de joelhos diante do Rei
eterno dos céus”.
Quando pequenos, dormíamos juntos no mesmo
quarto, íamos para a escola juntos, pescávamos juntos
no pequeno riacho que passava perto da nossa cabana.
Sentávamos juntos na igreja da vila, e com apenas três
meses de diferença nos convertemos na mesma época, e
com o passar dos anos mantivemos nossas crenças e
convicções em assuntos espirituais, compartilhando
nossas alegrias e tristezas de todas as maneiras. A gran
46 • O Último Herói do Titanic
“Poderoso na Oração”
Durante seus treze anos de ministério ali, centenas e
centenas de pessoas foram conduzidas ao Reino de Cris
to. Mais uma vez permitam-me dar detalhes de tudo is
so. Outros contarão a história como espectadores. Meu
querido irmão era um homem poderoso na oração. Ele
era um mestre nessa arte sagrada.
Em outubro de 1899 vim de Bradford, onde era pas
tor, para Paisley Road, para liderar uma missão de um
52 • O Último Herói do Titanic
Colheita em Chicago
A revista Vida de Fé, referindo-se à sua obra maravi
lhosa em Chicago, disse: “Seus cultos produziam tantas
ricas bênçãos que a visita se prolongou para três meses,
e a Igreja Moody estava passando por um dos reaviva
mentos mais marcantes da sua história. O povo do Se
nhor também teve um reavivamento espiritual. Uma
ilustração prática disso foi o fato de que uma dívida de
1.000 libras foi paga em quatro dias”.
Ao voltar de Chicago ele fez uma visita rápida à Es
cócia, passando primeiro por Edinburgh, onde dirigiu
dois cultos, ambos realizados em nossa igreja em Gor
gie. Sua palavra era poderosa. De Edinburgh ele viajou
58 • O Último Herói do Titanic
Alcoótras, jogadores,
e brigões recuperados, agora
são servos entusiasmados de Deus,
todos louvam o Salvador a quem amam
por causa do dia em que conheceram
John Harper.
4
Ele Saiu
da Classe dos
Trabalhadores
Homenagem do Pastor John Dick, Igreja
Batista de Paisley Road, Glasgow
E
screver uma homenagem a John Harper não é fá
cil, pois quando escrevemos no superlativo, senti
mos que não fizemos jus à obra e ao caráter desse
obreiro dedicado de Deus.
Eu conheci o Sr. Harper há doze anos, e sete anos
atrás passei dez dias com ele enquanto liderava uma
missão especial em Paisley Road. Na época aprendi a
amá-lo, e conhecer John Harper melhor era amá-lo
mais. Éramos homens diferentes, mas havia uma afini
dade entre nós que se fortaleceu com os anos, e seu
grande desejo era que eu o substituísse em Paisley
Road, se um dia ele saísse de lá. Agora isso aconteceu,
66 • O Último Herói do Titanic
N
osso querido irmão, Sr. Harper, era um homem
em Cristo. Ele era totalmente dedicado a Deus.
Eu o conhecia bem, e nunca vi nele nada desfa
vorável. Ele não tinha nenhum passatempo, e não pro
curava nenhum entretenimento além de aprofundar o
seu prazer em Deus. Todo poder e toda paixão de seu
ser pareciam se alegrar com a vida de Deus. Ele estava
continuamente perante o altar.
“Suba Mais”
Tendo sido uma bênção para a Igreja Moody em Chi
cago, ele foi convidado a voltar para uma segunda mis
são, e na ida para lá, Cristo veio até ele e disse: “Suba
mais”. Que encontro com seu Senhor! Tenho muita cu
riosidade em saber como ele agiu nos últimos momen
tos da sua vida. Como de costume, ele não deixaria de
secar as lágrimas, confortar, e ajudar até o último minu
to da sua vida. No meio da massa confusa de homens,
74 • O Último Herói do Titanic
É
com sentimentos indescritíveis que estou aqui
nesta manhã. A grande calamidade que caiu so
bre nós, com a perda do nosso querido pastor, o
reverendo John Harper, nos lançou numa escuridão de
onde nossos corações e nossas mentes ainda não conse
guem sair. Na noite de segunda-feira passada, saímos da
reunião de oração para nossas casas cheios de louvor a
Deus pela preservação do nosso querido amigo.
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manddo! o!
80 • O Último Herói do Titanic
F
oi privilégio meu ter a amizade do Sr. John Har-
per por vinte cinco anos, e ao ler as notícias sobre
seu triste fim nos jornais, depois do terrível desas-
tre do Titanic, mal podia acreditar que esse seria o des-
tino do homem de quem me despedi pouco tempo antes,
que, desde que o conheci, nunca pareceu tão preparado
para o trabalho física, intelectual, e espiritualmente. Eu
o ouvia pregar com freqüência, mas o sermão que pre-
gou na Reunião do Meio-Dia em Bothwell Street, Glas-
gow, no dia do nosso último encontro sobre a terra, na
86 • O Último Herói do Titanic
D
ou com prazer meu testemunho carinhoso sobre
a fidelidade e o genuíno valor do falecido pastor
John Harper. Eu o conhecia há vinte anos, e du-
rante todo esse período tivemos uma amizade íntima,
buscando a santificação dos santos de Deus, e a salva-
ção das almas perdidas. Durante minha longa experiên-
cia na obra cristã tive contato com os melhores obreiros
do Senhor, e sem reserva, posso dizer que nenhum pas-
tor, professor, ou evangelista jamais tocou minha alma
mais que os apelos e as pregações do pastor John Har-
per, porque ele sempre fora dedicado a Deus e às almas.
94 • O Último Herói do Titanic
F
ico agradecido pela oportunidade de registrar o
quanto devo na minha vida cristã à amizade com o
querido John Harper. Acho que a palavra de Pro-
vérbios 17.27: “O sereno de espírito é homem de in-
teligência”, é realmente verdadeira, e os dois amigos
que agora estão com o Senhor e que mais “afiaram” a
minha vida foram Matthew Colquhoun e John Harper.
Reconstituição artística da proa do “Titanic” no fundo do mar com base nas fotos tiradas. Ao seu redor se encon-
tram grandes quantidades de destroços e restos do navio.
Deus o Encarregou a Ser a Última Testemunha... • 99
Zelo Ardente
Ambos eram amigos íntimos, não só meus, mas um
do outro, e antes de morrer no dia 6 de maio de 1909,
Matthew serviu muitas vezes ao Senhor em Paisley
Road durante o pastorado de John Harper. Um deles me
impressionava muito pela doce e transparente santidade
da sua vida, o outro, da mesma forma pelo seu zelo ar-
dente e dedicado, ambas qualidades nascidas do amor
fervoroso deles pelo Salvador. Quando vemos como é
fácil deixar a lâmina da vida espiritual ficar sem fio,
damos mais valor ao privilégio de amizades como es-
sas, e só a eternidade revelará quantas pessoas comuns
da comunidade cristã, como eu, devem ter sido aben-
çoadas através do contato com essas duas vidas.
O
fim repentino e inesperado do nosso querido ir-
mão, Sr. Harper, foi como uma bofetada para
aqueles dentre nós que o conheciam e amavam,
e ainda achamos difícil pensar que ele deixou o local
das suas zelosas, altruístas e frutíferas obras.
Ele era forte no seu amor pela oração. Ele sabia co-
mo poucos parecem saber que o poder verdadeiro entre
os homens deve ser precedido de comunhão com Deus.
Por isso, ele não praticava os dez ou quinze minutos
normais de oração a Deus. Ele passava horas em oração
persistente diante de Deus pela salvação das almas per-
didas. Ah, se tivéssemos mais intercessores assim!
M
inha amizade e comunhão com o querido ir-
mão John Harper, a quem eu amava no Senhor,
começou há uns doze ou quatorze anos. Eu o
vi desenvolver-se e crescer espiritualmente no zelo pe-
las almas dos homens e na lealdade a Cristo e à Sua
verdade.
Recebi as últimas notícias dele cerca de uma semana
antes dele ter se apresentado, pela última vez, na Reu-
nião do Meio-Dia em março, e o conteúdo da sua carta
era principalmente de incentivo à atividade incessante
para alcançar os perdidos e de fortalecimento dos santos,
e para encorajar-me pessoalmente a continuar na obra
entre os pecadores e desprezados; e ainda me lembro da
ternura das suas palavras de conselho e incentivo.
Pastor Malcolm Ferguson
F
oi meu privilégio e minha alegria conhecer o fale-
cido pastor John Harper durante mais de doze
anos. Eu ouvi falar dele pela primeira vez em
New Cumnock, onde tinha dirigido alguns cultos. A
igreja formada ali pelo Sr. James Adair estava procuran-
do um pastor e queriam muito ficar com o Sr. Harper.
Eu vi os frutos da sua missão, e senti que qualquer igre-
ja teria razão em ficar com tal homem de Deus.
Mais tarde o conheci em Gordon Halls, Paisley Road,
e quando vi o espírito e entusiasmo das reuniões, disse
108 • O Último Herói do Titanic
Reavivamento Constante
Bem, ele não foi levado de Paisley Road tão facil-
mente. Ele ficou ali por muitos anos, e centenas agrade-
cerão a Deus por toda a eternidade pelo seu fiel minis-
tério naquele lugar. Outros contarão a história da igreja,
seu crescimento, seus reavivamentos constantes, as
multidões, e as centenas de almas salvas e abençoadas.
D
enny e o distrito circunvizinho devem muito a
Deus pelo presente que foi o Sr. John Harper.
Senti que havia uma manifestação de Cristo na
sua vida que ainda não conhecia. Certa vez tivemos
uma conversa sobre Cristo habitando em nós, e ele su-
geriu a nossa necessidade de ser “fortalecidos com po-
der, mediante o seu Espírito no homem interior”, pa-
ra que Cristo possa habitar em nossos corações pela fé.
Ainda jovem ele passou por esse processo de fortaleci-
mento, e quando veio para Denny isso foi visto de ma-
neira espetacular.
Ele acreditava em receber de Deus o texto sobre o
qual iria pregar, e vi sua alma em grande angústia até
que tivesse o testemunho do Espírito Santo com relação
114 • O Último Herói do Titanic
É
difícil compreender que um amigo e irmão que
significava tanto para nós foi retirado do local da
sua obra, e que nunca mais estaremos juntos com
ele para proclamar o amor de Jesus para esse pobre
mundo pecador.
A pregação do nosso irmão era uma demonstração de
Espírito e poder. Seus temas eram a Cruz de Cristo, a
graça maravilhosa de Deus ao homem, e a vinda imi-
nente do nosso Senhor Jesus Cristo. Suas mensagens
sobre graça deixavam seus ouvintes totalmente atentos.
Enquanto o Espírito de Deus tocava os corações dos
seus ouvintes, ele pedia para que se abrissem, repetindo
vez após vez as palavras de um coro favorito:
120 • O Último Herói do Titanic
Um Ouvinte Compassivo
O
sábado, dia 9 de agosto de 1902, foi um dia de
grande alegria na terra, porque naquele dia nosso
falecido Rei Edward foi coroado com pompa e
cerimônia, e Londres foi o centro em que centenas de re-
presentantes de outras nações estavam presentes para o
magnífico evento. O dia seguinte, domingo, 10 de agosto
de 1902, foi um dia de grande alegria para mim, porque
nessa data minha esposa e eu reconhecemos Jesus Cristo
como Salvador e Senhor das nossas vidas.
A obra vinha acontecendo cerca de um ano antes dis-
so, na pequena “igreja de ferro”, como era conhecida a
126 • O Último Herói do Titanic
C
omo convertido, sou grato a Deus pela sua lon-
ganimidade e misericórdia, pelo fato de não ter
me abandonado nos meus pecados. Fui até onde
um homem pode ir nos prazeres e nas loucuras do peca-
do, da bebida e do jogo, e várias vezes destrui meu lar e
quase fui à falência. Foi quando estava nessa vida louca
que fui alcançado pela graça de Deus.
No sábado à noite, 6 de novembro de 1897, eu estava
totalmente bêbado, e no domingo seguinte à noite esta-
va sofrendo as conseqüências disso. Para passar o tem-
po fui passear na Rua Paisley com um amigo que me
apresentou a dois membros da Igreja Batista que tinha
sido formada há cerca de dois meses antes, tendo o Sr.
Harper como pastor.
134 • O Último Herói do Titanic
O
desejo do meu coração e minha oração a Deus é
que alguém que passou pela experiência amarga
e humilhante de inúmeros fracassos e provações
como eu, liberte-se do pecado. Que ao ler este testemu-
nho humilde, confie em Jesus Cristo, o único Salvador,
e una-se a mim no Seu louvor.
Eu era católico de nascimento, educação, treinamento
e profissão; aprendi a beber e a satisfazer outros desejos
também. Quando ainda era bem jovem, alistei-me no
exército onde o vício da bebida aumentou, e onde levei
uma vida muito desregrada. Cumpri meu tempo; voltei
para casa com o vício mais forte que nunca, tanto no
serviço quanto na vida civil.
138 • O Último Herói do Titanic
E
u era um pecador indefeso, preso pelo poder da
bebida e de uma língua blasfema. Tentei me arre-
pender indo à igreja e fazendo promessas, mas
isso não adiantou nada. Estavam realizando uma mis-
são especial na Igreja Batista, em Gordon Halls. Eu ti-
nha um irmão que era membro da igreja. Fizeram uma
oração especial para mim. Deus ouviu e respondeu a
oração. Fui convidado e fui a um dos cultos. No final,
um dos diáconos falou comigo e perguntou se eu era
salvo, ou se gostaria de ser. Ele leu João 3.16 e me
mostrou que “todo aquele” significa qualquer um e se
referia a mim. Confiei em Cristo naquela noite, 11 de
outubro de 1898.
142 • O Último Herói do Titanic
G
raças a Deus pela Sua graça redentora que tirou
um pobre pecador como eu do lamaçal, e me co-
locou entre príncipes. Cresci numa igreja evan-
gélica, mas não conhecia a salvação de Deus. Ainda jo-
vem, quando morava em Greenock, entrei no comércio
de bebidas decidido a evitar qualquer bebida, e não pro-
vá-la. Mas logo caí sob seu poder e domínio, e me
transformei num alcoólatra convicto. Fiquei tão acostu-
mado que podia beber o dia inteiro, e ninguém notava.
Vendi aquela coisa maldita por doze anos atrás do
balcão de um bar, e em todos esses anos não fui para
146 • O Último Herói do Titanic
Um Novo Mundo
Eu estava num mundo novo. O desejo de beber su-
miu. A paz encheu minha alma. Eu soube que fora sal-
vo desde o momento em que disse: “Senhor, confiarei
em Ti, mesmo sozinho, confiarei em Ti” e, graças a
Deus, Seu poder e Sua graça têm me sustentado. Cerca
de um ano depois, fui batizado, e me tornei membro da
igreja.
N
a noite de domingo do dia 4 de julho de 1897,
fui ouvir o Sr. Harper. O texto sobre o qual pre-
gou foi Apocalipse 3.20: “Eis que estou à por-
ta e bato”. Eu tinha convicção de culpa há algum tem-
po e, enquanto o Sr. Harper continuava a sua prega-
ção, minha convicção crescia, e vi que precisava de
um Salvador.
Ali me entreguei completamente, e tenho vivido com
alegria desde então. Nem tudo é um mar de rosas, mas
Cristo é tudo que preciso. Sou membro da Igreja Batista
Paisley Road, e minha esposa também.
S. M. K.
Reconheci o meu pecado,
reconheci que precisava de
um Salvador, e ali mesmo
me entreguei a Cristo.
22
“Harper
Mostrou-me
que Precisava
de Cristo”
Testemunho 8
N
a noite de domingo de 27 de junho de 1897 fui
para Boilmaker’s Hall, Govan, onde o pastor
Harper estava pregando, e a passagem de que
tratava era João 3.36: “Por isso quem crê no Filho tem
a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde
contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele perma-
nece a ira de Deus”.
Reconheci o meu pecado, reconheci que precisava de
um Salvador, e ali mesmo me entreguei a Cristo.
John Harper
V
isão, compaixão, intercessão – esses são os três
grandes elos na corrente da obra redentora.
Quão claramente podemos vê-los no ministério
salvador e na obra da vida do nosso Próprio Senhor Je-
sus. Ele viu as multidões como ovelhas sem um pastor –
espalhadas, cortadas, machucadas, e ensangüentadas – e
se essa foi a visão diante dos Seus olhos quando obser-
vou uma multidão das pequenas vilas religiosas da Ga-
liléia, onde o povo tinha alto nível moral nos seus hábi-
tos diários, e não era preso à bebida e a maldades diver-
sas, qual seria Sua impressão se visse Chicago hoje?
“Orem”
Com aquela visão Seu coração ficou comovido por
compaixão, agitado com um sentimento profundo – ou
158 • O Último Herói do Titanic
Horace E. Govan
25
“Os Escolhidos
de Cristo”
Esboço de um Sermão de John Harper
Obra
Missionária
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