Geografia Rural
Geografia Rural
Geografia Rural
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Anselmo das Neves Bueno
Prof. Carlos Odilon da Costa
B928g
ISBN 978-85-515-0399-7
CDD 910.091734
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Geografia Rural.
A partir do estudo deste livro, você conhecerá os conceitos fundamentais
da Geografia Rural e entenderá as relações desta disciplina com os espaços
agrários em nosso país e no mundo, bem como entenderá como os princípios
humanos podem ser aplicados no gerenciamento de recursos naturais.
Você perceberá que o desenvolvimento da sociedade implica a extração de
produtos da natureza e, consequentemente, na sua transformação.
Desta forma, ficará mais claro por que a degradação do meio ambiente,
em prol do desenvolvimento, tem sido alvo de análise e importantes debates.
Você entenderá que as consequências da degradação ambiental apresentam
efeitos negativos também para o desenvolvimento humano, suas atividades
econômicas e para a própria sociedade, decorrentes, entre outros fatores, da
expansão urbana, avanço da agropecuária sobre os biomas, assim como da
geração de energia e seus efeitos.
III
Finalmente, podemos dizer que a Geografia Rural procura
principalmente contribuir para o planejamento e desenvolvimento da
agricultura ou das atividades agrárias, mas em termos de bem-estar social
e econômico das comunidades rurais e de todos os atores envolvidos nessa
atividade socioeconômica.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
LEMBRETE
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VI
Sumário
UNIDADE 1 – GEOGRAFIA RURAL.....................................................................................................1
VII
2 PROCESSOS DE MODERNIZAÇÃO, INDUSTRIALIZAÇÃO E FORMAÇÃO
COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO MUNDO......................................................................87
2.1 PROCESSOS DE MODERNIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL........................93
2.2 FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL.....................................99
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................105
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................107
VIII
UNIDADE 1
GEOGRAFIA RURAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
FONTE: <https://www.smartkids.com.br/content/articles/images/232/thumb/zona-urbana-zona-
rural.png>. Acesso em: 13 fev. 2019.
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
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TÓPICO 1 | ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
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TÓPICO 1 | ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
Abramovay (2000) aborda que o peso da agricultura entre nós é e será, por
um bom tempo, mais importante do que nos países desenvolvidos. Mas é óbvio
também que o desenvolvimento rural não pode ser confundido com o crescimento
da agricultura. O desafio (científico e político) está em descobrir as fontes e as
oportunidades de diversificação do tecido social, econômico e cultural das
regiões rurais e não em apostar todas as fichas num setor só, por mais promissor
que seja. A diversificação do mundo rural traz consigo, inevitavelmente, aquilo
que o sociólogo alemão Max Weber chamou de desencantamento do mundo,
num processo acelerado de racionalização das relações humanas.
O rural não é definido pelo setor agrícola, mas isso não o torna uma
espécie de mundo mágico existente à margem do conjunto da sociedade
e da racionalidade econômica. Seu processo de racionalização coloca-o
diante de oportunidades inéditas de afirmação social, cultural e
política. Que o livro de Favareto ajuda a descobrir (ABROMAVAY,
2007).
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TÓPICO 1 | ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL
FONTE: <https://journals.openedition.org/confins/docannexe/file/8639/1460_pobreza_rural_
accroche_pi_acaua_maison_paysanne-small480.jpg>. Acesso em: 25 jan. 2019.
Na Europa, este “novo rural” passa a ser o território das classes médias,
como afirmam os autores. Essas classes médias não priorizam a produção de
alimentos, mas procuram lugares amenos e belos, em que possam manter contato
com a natureza e a qualidade dos alimentos. Somado a isso, há um reforço do
sentimento de pertencimento (identificação) ao lugar. Realidade bem diferente é
encontrada no rural dos países pobres, em que a pobreza continua concentrada
nesse espaço. Resultado de um processo histórico de colonização e exploração –
saque – dos recursos desses países (GONZÁLEZ; DASÍ, 2007).
10
TÓPICO 1 | ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
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TÓPICO 1 | ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL
FONTE: Adaptado de Water for People, Water for Life, UNESCO, 2003
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
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TÓPICO 1 | ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL
FONTE: <https://static.mundoeducacao.bol.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo_legenda/
cb831aa5211af0d95855675c6192936d.jpg>. Acesso em: 28 jan. 2019.
15
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
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TÓPICO 1 | ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DO ESPAÇO RURAL
FONTE: <https://abrilexame.files.wordpress.com/2016/09/size_960_16_9_mudancas-
climaticas3.jpg?quality=70&strip=info&w=920>. Acesso em: 28 jan. 2019.
O mau uso da água para a agropecuária por exemplo, pode ser uma
amostra de como lidamos com o uso dos recursos naturais de uma forma, que
sejam em nossa concepção, infinita, porém, não nos damos conta de que esses
recursos são finitos e que seu mau uso pode desencadear o aumento da fome, das
desigualdades sociais e mudanças climáticas cada vez mais catastróficas, em todo
o planeta. A agricultura e a pecuária são as atividades humanas que mais usam
por exemplo, o recurso hídrico desde o plantio e em toda a cadeia de produção.
Até chegar à mesa de toda a população, milhões e milhões de metros cúbicos de
água são necessários para produzir uma parcela mínima de alimentos. Se não
usarmos esse recurso de maneira mais sustentável e com a consciência de que irá
terminar, adiantaremos cada vez mais o colapso socioeconômico do planeta.
17
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE: <https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2016/03/cantareira-e1458674694213.
jpg>. Acesso em: 27 jan. 2019.
18
RESUMO DO TÓPICO 1
19
AUTOATIVIDADE
I- Cada vez mais o espaço rural requer a necessidade das políticas produtivas
com as práticas ambientais de sustentabilidade para o desenvolvimento,
uma prática não pode mais ser separada da outra.
II- O espaço rural não sobreviverá muito tempo se continuarmos a adotar
políticas predatórias, de interesses mínimos das parcelas das populações,
sem evitar um colapso econômico e cada vez mais crises humanitárias
causadas pela falta de alimentos e fome.
III- Precisamos voltar ao debate sobre população e desenvolvimento dentro
dos diferentes espaços, bem como o uso da terra e dos recursos naturais,
para criarmos boas perspectivas de futuro para o nosso Planeta.
20
Assinale a resposta CORRETA:
a) ( ) As alternativas I e II estão corretas.
b) ( ) As alternativas II e III estão corretas.
c) ( ) Somente a alternativa I está correta.
d) ( ) Todas as alternativas estão corretas.
21
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A formação do espaço brasileiro aconteceu muito antes da conquista de
nosso país no ano de 1500, século XV, pelos europeus. Essa ocupação ocorreu
desde a expansão dos povos indígenas pré-históricos, acerca de 12 mil anos, como
relatam alguns estudos arqueológicos, expressa em pinturas rupestres e fósseis
encontrados em todas as regiões do Brasil.
FONTE: <https://4.bp.blogspot.com/-F1Gcrhd0m2c/UT4WB3BF-YI/AAAAAAAAEp0/W2
Ov00gh1bI/s1600/ Economia+no+século+XVI.jpg>. Acesso em: 29 jan. 2019.
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE: <http://professorasueli-historia.blogspot.com/2009/05/mapa-das-capitanias-
hereditarias.html>. Acesso em: 13 fev. 2019.
24
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO HISTÓRICA DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO
Pode-se dizer que a divisão de terras por conta das capitanias hereditárias,
a primeira subdivisão do território brasileiro no espaço rural, formaram os
primeiros grandes latifúndios, grandes áreas rurais com o objetivo monocultor e
exportador. Foi o início de um problema fundiário, que persiste até hoje em nosso
país, que é a concentração de terras nas mãos de grandes latifundiários enquanto
a maioria da população não tem acesso à produção agropecuária por conta do
monopólio ou dominação total desses espaços rurais.
E
IMPORTANT
25
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/-uP9J-F6JK_0/VlS1EZlzFgI/AAAAAAAAEgA/zqfv
EM2WgU /s1600/Periodos%2Bda%2BHist%25C3%25B3ra%2Bdo%2BBrasil.jpg>. Acesso
em: 29 jan. 2019.
E
IMPORTANT
“Dessa forma, notamos que a fazenda açucareira representava bem mais que
um mero sistema de exploração das terras coloniais. Nesse mesmo espaço rural percebemos
a instituição de toda uma sociedade formada por hábitos e costumes próprios. O engenho
propiciou um sistema de relações sociais específico, conforme podemos atestar na obra
clássica “Casa Grande & Senzala” de Gilberto Freyre. Na qualidade de um espaço dotado
de relações específicas, o engenho e o açúcar trouxeram muitos aspectos culturais da
sociedade brasileira”.
FONTE: https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/ocupacao-do-territorio-
brasileiro. Acesso em: 29 jan. 2019.
26
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO HISTÓRICA DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO
FONTE: <https://www.cafeculturabrasil.com/wpcontent/uploads/2016/11/
proclamacao_da_republica_ by_ benedito_calixto_1893-1024x631.jpg>. Acesso em: 7
fev. 2019.
27
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
E
IMPORTANT
“Desde meados dos anos 1940, a agricultura brasileira vem passando, de forma
ininterrupta, por um profundo reajustamento produtivo, visando a sua modernização.
Esse processo, caracterizado por diferentes etapas, ocorre por meio de uma contínua
melhoria e ampliação do sistema logístico de infraestrutura de transporte e armazenagem,
e, institucionalmente, por meio de políticas visando ao aumento e à diversificação das
exportações e, principalmente, pela transformação da base técnica de produção do
setor agropecuário. Com isso, em seu decorrer, o processo de modernização vai sendo
permeado por um crescente aumento das trocas intersetoriais, o que implica a ampliação
e a intensificação das condições de produção agrícola e, no limite, na transformação deste
setor em um complexo agroindustrial mais completo, agora envolvendo um articulado
sistema de interesses e de ações intersetoriais.
Todas essas transformações decorrem de um rearranjo técnico-econômico e territorial
em que, necessariamente, não só há uma concentração da produção em determinados
produtos, como, simultaneamente, ocorre uma especialização dinâmica dos lugares em
que se realiza no espaço e no tempo. A sua forma de concretização no território varia em
função da época em que ocorre, do padrão técnico-científico disponível, bem como do
modo de como se dá a inserção dos diferentes países na economia-mundo e, sobretudo,
das políticas públicas adotadas na consecução dos objetivos almejados.
Entre 1940 e 1950, era inquestionável a primazia das atividades agropecuárias sobre o
conjunto da economia brasileira, aí compreendida não só o domínio econômico, como
social, político e cultural. Nesse período, e sem se considerar os produtos pecuários, o valor
da produção dos 20 principais produtos agrícolas, segundo Bernardes (1961), equivalia a
54% do valor de toda a produção industrial do País”.
E
IMPORTANT
De acordo com o texto Evolução do espaço rural brasileiro de Luiz Sérgio Pires
Guimarães (IBGE, 2016, p. 124):
Outra região de fronteira agrícola, cuja ocupação se baseou na criação de colônias, foi a do
Paraná. Diferentemente da Região Centro-Oeste, o projeto de colonização nesse estado,
que tinha um caráter empresarial, foi, em princípio, bem-sucedido. A sua ocupação se deu
com base no estabelecimento de descendentes de italianos e alemães procedentes do
Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que ocuparam pequenos lotes de terra no sudoeste e
oeste do Paraná. Cabe ressaltar que, além de uma pequena policultura de alimentos, eles
cultivavam a hortelã, destinada a empresas compradoras, a menta e a soja, esta última
utilizada apenas como forragem verde para alimentação de animais.
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
30
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO HISTÓRICA DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO
E
IMPORTANT
31
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE: <https://academy.alvexo.com/academy-basics/basic-articles/learn-to-trade-
commodities>. Acesso em: 17 fev. 2019.
33
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE: <https://estudegeografia.webnode.com.br/_files/200000164-8e2898f227/regioes%20
geoeconomicas.jpg>. Acesso em: 13 fev. 2019.
Legenda:
1) Amazônia
2) Centro-Sul
3) Nordeste
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TÓPICO 2 | FORMAÇÃO HISTÓRICA DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO
FONTE: <https://www.infoenem.com.br/wp-content/uploads/2017/07/dados_agropec.jpg>.
Acesso em: 13 fev. 2019.
E
IMPORTANT
FONTE: https://www.infoenem.com.br/geografia-no-enem-um-panorama-da-
agropecuaria-brasileira/. Acesso em: 13 fev. 2019.
35
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/
Colheita+mecanizada+sem+despontador_000fk6rupcd02wyiv80sq98yqsxy7xf9.JPG>. Acesso
em: 13 fev. 2019.
E
IMPORTANT
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TÓPICO 2 | FORMAÇÃO HISTÓRICA DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO
Por fim, a série histórica da informação censitária, entre 1940 e 2006, revela que a agropecuária
brasileira vem se modernizando a partir de diferentes modelos produtivos que, em comum,
têm o fato de privilegiar a grande produção monocultora de alto valor comercial, destinada
à exportação, enquanto a pequena produção de fraca inserção no mercado e/ou voltada
à comercialização continua a ter papel relevante na produção alimentar para o mercado
interno. Se, em princípio, adotou-se um modelo de “substituições de importações”, a partir
de meados dos anos 1960, o setor rural passa a ser reconfigurado no padrão clássico da
modernização conservadora, cujos princípios e estratégias locacionais definem, em grande
parte, a geografia do espaço rural brasileiro na contemporaneidade”.
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE:<https://www.unicamp.br/unicamp/sites/default/files/inlineimages/img_ART_LM_
grafico_002_201 71206.jpg>. Acesso em: 13 fev. 2019.
38
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO HISTÓRICA DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO
E
IMPORTANT
Guilherme C. Delgado
Caio Prado Jr., em sua obra Formação do Brasil Contemporâneo (1979), desenvolveu os
capítulos “Agricultura de Subsistência” e “Pecuária” do Brasil Colonial, mas adverte antes
que tais setores não constituem atividades fundamentais da economia colonial, centrada
no trinômio: grande propriedade, trabalho escravo e monocultura voltado ao comércio
exterior. Certamente a agricultura de subsistência e a pecuária não se encaixam neste
trinômio, embora já no período colonial “ocupassem” parcela expressiva da população em
extensão territorial muito vasta da colônia.
Mais adiante, depois de exemplificar diversos ramos das atividades de subsistência no Brasil
Colonial, o autor conclui indicando um segundo caráter específico do setor de subsistência:
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
Em síntese, a noção de setor de subsistência, na obra de Caio Prado Jr., apresenta quatro
características a destacar:
a) atividade subsidiária que depende ora exclusivamente, ora parcialmente da grande
lavoura;
b) setor produtor de bens de consumo destinados ao autoconsumo da fazenda e ao
consumo interno da economia interna (da colônia), mas não à exportação;
c) especialização na produção de alimentos – um valor de uso, distinto das mercadorias
produzidas para o mercado externo; e
d) estrutura produtiva distinta da grande lavoura, visto que no setor de subsistência
praticamente não se utiliza o trabalho escravo, a produção é do tipo não monocultivo e
o estabelecimento produtivo é em geral de dimensões pequenas (familiar), produzindo
algum ou alguns produtos com mão-de-obra própria e/ou participação de inúmeras
relações de trabalho (dependendo da atividade), que em geral não são de trabalho
escravo, tampouco de trabalho assalariado.
Observa-se finalmente que, de acordo com Caio Prado Jr., o setor de subsistência alberga-
se na grande propriedade, geograficamente externa às zonas das grandes lavouras,
sujeita às relações fundiárias de dominação impostas pelo sistema de sesmarias. Porém,
diferentemente da grande lavoura, os agricultores de subsistência gozam de certa
autonomia, principalmente na pecuária, na qual os contratos de parceria entre proprietários
absenteístas e vaqueiros são completamente distintos dos “contratos” entre grandes
proprietários e os seus “moradores de condição” na grande lavoura.
FONTE: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3234/1/Livro_Questao_Social.pdf.
Acesso em: 24 fev. 2019.
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RESUMO DO TÓPICO 2
41
AUTOATIVIDADE
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44
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Atualmente vemos cada vez mais a influência da globalização e da
tecnologia no modo de produzir alimentos, na extração dos recursos naturais, no
aumento corrente da demanda de consumo por novos produtos, novas práticas
e hábitos alimentares. A necessidade de atender cada vez mais à grande oferta
na produção e diversificação de alimentos faz com que os sistemas produtivos
fiquem cada momento mais complexos e dinâmicos, aumentando a dificuldade ao
acesso alimentar em várias nações do planeta e transformando outras em caóticas
e centralizadoras. A compreensão das transformações que aconteceram e estão
acontecendo no rural brasileiro passa, necessariamente, pelo estudo do processo
histórico de constituição do rural enquanto espaço de produção e reprodução
social de sua população.
FONTE: <http://cerradoeditora.com.br/cerrado/wp-content/uploads/2017/02/Drones-
Agricultura.jpg>. Acesso em: 17 fev. 2019.
45
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
E
IMPORTANT
“As mudanças observadas no espaço rural dos países desenvolvidos passam também a ser
detectadas no espaço rural brasileiro que hoje é estudado à luz das mesmas transformações,
ampliando o enfoque que outrora recaía somente na produção de alimentos e matérias-
primas, para considerar também a relação com as atividades não agrícolas. Estas atividades,
praticadas por componentes de muitas famílias rurais, ganham importância na busca da
compreensão das transformações de que o rural brasileiro vem sendo palco e que se
intensificaram nos últimos tempos.
Nossa análise será dividida em duas partes e irá se pautar em algumas mudanças históricas
e na complexidade de relações de que o rural atualmente se reveste. Na primeira parte
buscaremos discorrer sobre as transformações no rural brasileiro ao longo do século XX
enfocando quatro grandes acontecimentos: o fim do último grande ciclo econômico
(ciclo do café); o processo de modernização da agricultura; a migração campo/cidade; e o
reconhecimento da importância da agricultura familiar. Na segunda parte nossa análise terá
como base a emergência de novas atividades e novos valores no rural contemporâneo, os
quais representam a diversidade de situações na teia de relações que se estabelecem entre
o rural e o urbano”.
previa, principalmente nas visões de Marx, Lênin e Kautsky, a classe camponesa não
desapareceu, porém, sofreu mutações significativas nas suas relações produtivas e
sociais, constituindo-se na base da produção agrícola nos países capitalistas centrais,
como os Estados Unidos e grande parte da União Europeia.
FONTE: <https://static.mundoeducacao.bol.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo/evolucao-
da-agricultura.jpg>. Acesso em: 20 fev. 2019.
47
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE: <http://www.ceisebr.com/uploads/conteudo/conteudo/2018/07/86Y
DL/1494545796776-20H5N9_510x400.jpg>. Acesso em: 20 fev. 2019.
48
TÓPICO 3 | A QUESTÃO AGRÁRIA NO CAPITALISMO CONT.: AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O ESPAÇO RURAL
E
IMPORTANT
A produção agrícola é caracterizada não somente por um relativo longo tempo de produção
total (já que diversos cultivos são realizados anualmente), mas também por uma grande
diferença entre o tempo de produção e o tempo de trabalho; há um longo período em que
o tempo de trabalho é quase que completamente interrompido (exemplo disso, é o tempo
em que a semente leva para se desenvolver na terra). Neste caso, a redução do tempo de
produção é severamente afetada por fatores naturais e, assim, não pode ser facilmente
modificada socialmente ou manipulada, como ocorre na indústria propriamente dita. Na
produção pecuária, a reprodução dos animais é delimitada por processos naturais definidos.
Foi assim, então, que, nos países capitalistas centrais, coube à agricultura familiar o papel
de grande produtora e fornecedora de alimentos e insumos para indústria, a preços mais
baixos e em quantidade suficiente para garantir o abastecimento da população. Além disso,
possibilitou a manutenção da renda dos agricultores familiares, colaborando para a fixação
do produtor agrícola no campo, reduzindo significativamente o êxodo rural e melhorando
49
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
as condições de trabalho e de vida, tanto no campo como na cidade. Cabe ressaltar que
coube ao Estado um papel extremamente importante, pois ele operou como elemento
centralizador e responsável, em última análise, pela alocação da atividade dos agricultores.
50
TÓPICO 3 | A QUESTÃO AGRÁRIA NO CAPITALISMO CONT.: AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O ESPAÇO RURAL
E
IMPORTANT
FONTE: http://profisabelaguiar.blogspot.com/2014/12/voce-sabe-o-que-e-reforma-agraria.
html. Acesso em: 20 fev. 2019.
51
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE:<http://4.bp.blogspot.com/VzSAfIuHEBw/UsrCP728qEI/AAAAAAAADX8/Ph4Up39t7dw/
s1600/CHARGE-01-FABIANO-CARTUNISTA.jpg>. Acesso em: 20 fev. 2019.
52
TÓPICO 3 | A QUESTÃO AGRÁRIA NO CAPITALISMO CONT.: AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O ESPAÇO RURAL
FONTE: <http://brasil.agenciapulsar.org/wp-content/uploads/2017/07/CHARGE-REFORMA-
AGR%C3%81RIA-1985.jpg>. Acesso em: 20 fev. 2019
FONTE: <http://brasil.agenciapulsar.org/wp-content/uploads/2015/03/guarani-kaiowa-
agronegocio.jpg>. Acesso em: 20 fev. 2019
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TÓPICO 3 | A QUESTÃO AGRÁRIA NO CAPITALISMO CONT.: AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O ESPAÇO RURAL
FONTE: <https://www.embrapa.br/documents/1355154/1529080/Gráfico+-
+ocupação+de+terras+no+Brasil+-+apresentação+Blairo+GAF/65352537-3395-4513-ba9c-
bcf794cfa478?t=1467741265151>. Acesso em: 19 fev. 2019.
55
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
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TÓPICO 3 | A QUESTÃO AGRÁRIA NO CAPITALISMO CONT.: AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O ESPAÇO RURAL
NOTA
57
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE: <https://static.mundoeducacao.bol.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo_legenda/
aceef70abc091dc82939f5ea7cb96eef.jpg>. Acesso em: 23 fev. 2019
58
TÓPICO 3 | A QUESTÃO AGRÁRIA NO CAPITALISMO CONT.: AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O ESPAÇO RURAL
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UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
FONTE: <https://3rlab.files.wordpress.com/2016/10/sistema-integrado-1.jpg?w=474&h=276>.
Acesso em: 23 fev. 2019.
60
TÓPICO 3 | A QUESTÃO AGRÁRIA NO CAPITALISMO CONT.: AS NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O ESPAÇO RURAL
61
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA RURAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Lauro Mattei
De um modo geral, se pode dizer que até o início da década de 1990 não
existia nenhum tipo de política pública, com abrangência nacional, voltada ao
atendimento das necessidades específicas do segmento social de agricultores
familiares, o qual era, inclusive, caracterizado de modo meramente instrumental
e bastante impreciso no âmbito da burocracia estatal brasileira.
62
RESUMO DO TÓPICO 3
• Neste momento social, econômico e político aos quais o Brasil e o Mundo tem
passado que a ocupação e exploração dos espaços rurais tem enfatizado a
exploração do capital humano e aumentando a participação – nas economias –
dos países nas atividades agropecuárias e extrativistas.
63
AUTOATIVIDADE
64
3 Para que a relação capitalista ocorra é necessário que seus dois elementos
centrais estejam constituídos, ou seja, o capital produzido e os trabalhadores
despojados dos meios de produção. Entre as relações não capitalistas de
produção estão o campesinato ou agricultura camponesa e a propriedade
capitalista da terra, baseadas na sujeição da renda da terra ao capital,
pois assim o capital pode subordinar a produção de tipo camponês, pode
especular com a terra, comparando-a e vendendo-a e por isso sujeitar o
trabalho que se dá na terra, sem que o trabalhador seja expulso, sem que se
dê a expropriação de seus instrumentos de produção.
65
66
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um deles, você
encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
CHAMADA
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UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, os estudos referentes ao Espaço Rural e a sua configuração
na Modernidade – caracterizado por mudança de vida, comportamento e acesso
as tecnologias no campo – iniciaram pelos anos de 1970, sobretudo nos Estados
Unidos da América e França.
69
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
ATENCAO
70
TÓPICO 1 | NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO CIDADE
O rural tem sido estudado por distintas pesquisas agrárias e estas têm
comprovado nas últimas décadas a formação de uma “ruralidade contemporânea”
para Carneiro (1999) ou um “novo rural” de acordo com Graziano (1999) ou
segundo Wanderley (2000) uma “nova ruralidade”. Segundo estes pesquisadores,
o espaço rural não pode ser mais tomado tão somente como o conjunto de
atividades agropecuárias e agroindustriais em benefício da sua modernização
e mecanização; da crise reprodutiva da agricultura familiar; das novas funções
e novos tipos de atividades no campo; e da conformação de novas identidades
sociais no ambiente rural.
71
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
72
TÓPICO 1 | NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO CIDADE
Por esse motivo, Sabourin e Teixeira (2002, p. 28) comentam que “[...] o
planejamento e o desenvolvimento dos territórios rurais passam a exprimir as
dimensões de fenômenos locais, regionais, nacionais e internacionais”. Segundo
os autores, nesse processo a intervenção entre os interesses individuais e coletivos
é dificultada pela globalização das atividades econômicas, pela definição de
objetivos, pelo estabelecimento de metas de curto e longo prazos e até mesmo
pela valorização da particularidade da localidade.
73
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
74
TÓPICO 1 | NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO CIDADE
FONTE: <https://www.cidadeecultura.com/wp-content/uploads/2016/08/Morungaba-Turismo-
Rural-Haras-Hipica-Sao-Silvano-ft-Ken-Chu-bx.jpg>. Acesso em: 24 fev. 2019.
75
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
FONTE: <https://fotos.web.sapo.io/i/o8f0789f8/8865036_gZONM.jpeg>.
Acesso em: 22 fev. 2019.
76
TÓPICO 1 | NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO CIDADE
Deste modo, o espaço rural e urbano “[...] não podem ser compreendidos
separadamente [...]”, para Marques (2002, p. 96). E Moreira (2012) defende que
mesmo que o rural e o urbano sejam distintos não significa que os mesmos
sejam desconexos, muito pelo contrário, o que comprova a existência de uma
aproximação entre ambos, uma justaposição que não significa o fim deles.
O “[...] rural não desapareceu neste processo tampouco parou no tempo. O
rural é dinâmico, e este dinamismo cria a adaptabilidade deste modo de vida”
(MOREIRA, 2012, p. 50).
77
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
78
TÓPICO 1 | NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO CIDADE
Uma das razões que não pode ser negada, porém em muitas vezes é
negligenciada, é o isolamento espacial destas culturas tradicionais rurais, que
por um longo período da história do país persistiu. A concepção de culturas
tradicionais também é produto de seu esquecimento, em que os indivíduos
históricos construíam relações territoriais que permaneciam por longínquas
gerações. A transformação nestes espaços era vagarosa, e o tempo e compasso de
vida também (SANTOS, 2006).
79
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
FONTE: <http://2.bp.blogspot.com/-sC5mp-SkjGQ/Ud4ZOraNZXI/AAAAAAAAAIc/BItBpWrz
Ddc/s640/Interdepend%C3%AAncia.jpg>. Acesso em: 23 fev. 2019.
80
TÓPICO 1 | NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO CIDADE
DICAS
81
RESUMO DO TÓPICO 1
• Para compreender o rural sob um aspecto não normativo é preciso adotar dois
processos. No primeiro, existe a necessidade de perceber o desenvolvimento
não como uma ideia, mas sim pelos conceitos descritos num “dever ser”. Já no
segundo, é a definição do que consiste a peculiaridade deste “tipo de espaço
que é o rural”.
82
• Atualmente está acontecendo a valorização dos ambientes rurais. Essa
valorização é o resultado do reconhecimento da importância das áreas rurais
para a qualidade de vida e o bem-estar da humanidade globalizada, por conter
nelas três vetores: a conservação do patrimônio natural e da biodiversidade;
o aproveitamento econômico das amenidades naturais pelo turismo e a
exploração de fontes alternativas e renováveis de energia.
83
AUTOATIVIDADE
85
86
UNIDADE 2 TÓPICO 2
OS PROCESSOS DE MODERNIZAÇÃO,
INDUSTRIALIZAÇÃO E FORMAÇÃO DOS
COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, o foco deste tópico é discutir as concepções que são
utilizadas para análise das relações que se estabeleceram entre os setores agrícola
e industrial e que caracterizaram a produção agropecuária brasileira nas últimas
décadas.
87
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
88
TÓPICO 2 | OS PROCESSOS DE MODER., INDUSTRI. E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
NOTA
89
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
90
TÓPICO 2 | OS PROCESSOS DE MODER., INDUSTRI. E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
91
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
92
TÓPICO 2 | OS PROCESSOS DE MODER., INDUSTRI. E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
93
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
FIGURA 4 – AGROINDUSTRIAL
FONTE: <https://agrivence.com.br/agroindustria-se-recupera-e-impulsiona-pib-do-agronegocio-
em-2018/>. Acesso em: 3 mar. 2019.
94
TÓPICO 2 | OS PROCESSOS DE MODER., INDUSTRI. E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
95
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
96
TÓPICO 2 | OS PROCESSOS DE MODER., INDUSTRI. E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
97
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
98
TÓPICO 2 | OS PROCESSOS DE MODER., INDUSTRI. E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
NOTA
99
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
Segundo Marafon (1998), foi Müller (1989) quem mais contribuiu para
a definição de complexo agroindustrial no Brasil. Sendo que neste processo a
economia natural é substituída pelas por atividades agrícolas associadas à moderna
industrialização, a intensificação da divisão do trabalho e das trocas intersetoriais, a
especialização da agricultura e a troca do comércio pelo interno e externo. Kageyama
(1987), Graziano (1996) e outros estudiosos, analisam a existência de um Complexo
Rural, precedente à constituição dos intitulados Complexos Agroindustriais
(CAIs), numa condição em que haveria uma dinâmica muito simplória no qual o
setor rural ou a atividade agrícola, sustentava poucas ou quase nenhuma relação
com atividades externas às fazendas, a não ser com o comércio externo para um
exclusivo produto, geralmente, em todo o circuito produtivo com valor mercantil
como o caso da cafeicultura desde o século XIX. Em 1950 o Complexo Rural chega
ao seu apogeu e submerge num processo de colapso e desarticulação.
FONTE: <http://museudaimigracao.org.br/wp-content/uploads/2015/08/Foto-cafe-123.jpg>.
Acesso: 15 mar. 2019.
100
TÓPICO 2 | OS PROCESSOS DE MODER., INDUSTRI. E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
FONTE: <https://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/desvendando-o-
agronegocio-no-brasil2/desvendando-o-agronegocio-no-brasil-15.jpg>. Acesso: 16 mar. 2019.
101
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
102
TÓPICO 2 | OS PROCESSOS DE MODER., INDUSTRI. E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
103
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
DICAS
104
RESUMO DO TÓPICO 2
• Com as revoluções industriais, o espaço rural se tornou cada vez mais integrado
e subordinado ao espaço urbano. O processo de modernização da agricultura
desencadeou diversas transformações no campo, alterando profundamente
as formas de produção agrícola dos países. O processo de modernização do
campo corresponde à implantação de novas tecnologias e maquinários no
processo de produção no meio rural.
105
• Na década de 1970 a modernização na agricultura modificou as relações
produtivas, agregando o campo com a cidade, agricultura e indústria. A
propósito da modernização e a geografia agrária, após os anos 1990, muitas
pesquisas na geografia agrária e urbana partiram para as interpretações das
inter-relações dos espaços contínuos.
106
AUTOATIVIDADE
107
3 O agronegócio ou em inglês agribusiness tem o conceito que se destina
unicamente ao aumento da noção de agricultura que nos Estados Unidos
dos anos 50 não poderia ser abordada como setor primário, porque na sua
dinâmica, produzia insumos e também estava em crescente interligação
de setores. O que se entende então por Complexo Agroindustrial no
agronegócio?
108
UNIDADE 2 TÓPICO 3
OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A
SUSTENTABILIDADE
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Os sistemas produtivos baseados unicamente no uso
de insumos e na utilização intensiva de máquinas para o preparo do solo, como
arados e grades mostraram-se inadequados e insustentáveis para a produção.
109
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
111
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
112
TÓPICO 3 | OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A SUSTENTABILIDADE
113
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
114
TÓPICO 3 | OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A SUSTENTABILIDADE
115
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
116
TÓPICO 3 | OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A SUSTENTABILIDADE
A partir dos anos 1980 surgem novas formas de organização das atividades
no meio rural brasileiro, características que podem ser associadas ao processo de
modernização da agricultura (GRAZIANO; GROSSI; CAMPANHOLA, 2002, p.
39). O “novo rural” para Graziano, Grossi e Campanhola (2002) é dividido em três
grandes grupos: agropecuária moderna, atividades não agrícolas relacionadas
com a habitação e o lazer e as novas atividades impulsionadas por nichos de
mercado. O autor pondera sobre uma provável segmentação das atividades no
espaço rural, em vista que existem diversas atividades realizadas ao mesmo
tempo no rural do Brasil, devido especialmente a sua proporção. Este aspecto
acende um debate sobre quais seriam realmente os papéis e/ou os “novos” papéis
da agricultura. Nesse período de exaltação pela contemporaneidade pensava-
se que nenhuma “[...] pesquisa poderia ser feita fora da modernidade química,
nenhum financiamento poderia contemplar sistemas agrícolas rudimentares,
nenhum consumidor mereceria um produto que não fosse seguro e moderno”
(MAZZOLENI; OLIVEIRA, 2010, p. 571).
117
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
118
TÓPICO 3 | OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A SUSTENTABILIDADE
Este sistema exige adaptação local do método, pois acata três condições
mínimas: “[...] não revolvimento do solo, rotação de culturas e uso de culturas de
cobertura para formação de palhada, associada ao manejo integrado de pragas,
doenças e plantas daninhas” (EMBRAPA, 2004, p. 2 apud HOFF, et al., 2011, p.
488).
119
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
FONTE: <http://blog.agropro.com.br/wp-content/uploads/2016/01/Plantio-direto-diagrama.jpg>.
Acesso em: 30 mar. 2019.
120
TÓPICO 3 | OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A SUSTENTABILIDADE
2.2.3 Agroecologia
A agroecologia é uma vertente agronômica que engloba técnicas
ecológicas de cultivo com sustentabilidade social, incorpora fontes alternativas
de energia e sua principal preocupação é “[...] sistematizar todos os esforços num
modelo tecnológico socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente
sustentável” (AMBIENTA BRASIL, s. p., 2019). Segundo Dabrowska (2012, p. 7),
agroecologia é
121
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
122
TÓPICO 3 | OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A SUSTENTABILIDADE
123
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
NOTA
124
TÓPICO 3 | OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A SUSTENTABILIDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
Flore de Preneuf
Banco Mundial lidera iniciativa que busca garantir que os sistemas agrícolas e alimentares da
ALC conduzam ao crescimento inclusivo, gerem empregos e contribuam para alimentar parte
da população mundial de maneira sustentável, nutritiva e segura.
125
UNIDADE 2 | ESPAÇO RURAL E MODERNIDADE
FONTE: https://www.grupocultivar.com.br/noticias/especialistas-em-agricultura-imaginam-o-
futuro-dosalimentos-na-america-latina-e-no-caribe. Acesso: 20 mar. 2019.
126
RESUMO DO TÓPICO 3
127
• A partir dos anos 1980 surgem novas formas de organização das atividades no
meio rural brasileiro, características que podem ser associadas ao processo de
modernização da agricultura (GRAZIANO; GROSSI; CAMPANHOLA, 2002).
O “novo rural” para Graziano; Grossi; Campanhola (2002) é dividido em três
grandes grupos: agropecuária moderna, atividades não agrícolas relacionadas
com a habitação e lazer e as novas atividades impulsionadas por nichos de
mercado.
128
AUTOATIVIDADE
a) Sistemas Tradicionais:
b) Sistemas Contemporâneos:
130
UNIDADE 3
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
131
132
UNIDADE 3
TÓPICO 1
INSTITUIÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O
DESENVOLVIMENTO RURAL
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico serão abordados os temas: Políticas Públicas,
Instituições e Desenvolvimento Rural; O espaço rural e a produção alimentar; e
por último, Agroturismo e o Turismo Rural.
133
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
E o meio que o Estado intervém neste setor é pelas políticas públicas que
beneficiam os interesses do agro turismo, do turismo rural e principalmente dos
pequenos produtores rurais, já que as fomentações desses segmentos geram
renda, decrescimento do êxodo rural e incremento no desenvolvimento rural.
Segundo o Ministério do Turismo (MTur) o turismo rural é “[...] o conjunto
das atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometidas com a
produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e
promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade” (BRASIL, 2003).
Segundo Araújo, Bahia e Ferreira (2011), o Turismo Rural na Agricultura Familiar
(TRAF) e o agroturismo são segmentos reconhecidos legitimamente pelo MTur e
têm como características principais o maior contato dos turistas com as atividades
nas propriedades campestres. Contudo, o TRAF distingue-se pela inclusão no
conjunto do turismo do segmento da agricultura familiar.
134
TÓPICO 1 | INSTITUIÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL
Stumpf Junior e Balsadi (2015) comentam que a maior parte das ações do
governo iniciaram depois dos anos 2000, exceto o Pronaf, já que neste período
ocorreu “[...] um maior compromisso dos formuladores de políticas públicas
com o desenvolvimento rural, ao mesmo tempo em que “[...] expandiram‑se os
espaços de diálogo, participação e interlocução das organizações da sociedade
civil [...]” com as três esferas governamentais: “[...] federal, estadual e municipal
[...]”, conforme afirmam Stumpf Junior e Balsadi (2015, p. 523).
[...] buscada por meio da sua associação a políticas públicas nos âmbitos
dos órgãos ligados a Ciência, Tecnologia e Inovação; Agricultura;
Desenvolvimento Agrário, Meio Ambiente e Desenvolvimento Social.
Além dos recursos próprios alocados nas instituições de pesquisa,
ao longo do tempo, instituições como o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Fundações
Estaduais de Amparo à Pesquisa e vários Ministérios têm estabelecido
editais de financiamento à pesquisa, alguns em parceria com a
Embrapa e com as Oepas (STUMPF JÚNIOR; BALSADI, 2015, p. 524).
135
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
136
TÓPICO 1 | INSTITUIÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL
Lima (2014, p. 99) em sua pesquisa observa que o “meio rural brasileiro”
está em evolução permanente, inclusive como resultado das várias políticas
públicas que vêm sendo executadas há anos, gerando [...] alguns casos em
benefícios em termos de qualidade de vida e melhoria significativas na produção.
Há em certos casos também o registro da adoção de novas tecnologias”.
137
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
NOTA
Olá, acadêmico! Você percebeu que neste tópico encontramos diversas siglas
e muitas delas estão relacionadas com o ambiente escolar, por isso, destacamos duas siglas:
138
TÓPICO 1 | INSTITUIÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL
139
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
140
TÓPICO 1 | INSTITUIÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL
Além disso, segundo o Censo Agro 2017 citado pelo Instituto Humanitas
Unisinos (2018), “[...] nos últimos anos houve uma intensificação do domínio
do agronegócio sobre a agricultura brasileira resultando, entre outras coisas,
nesse processo de expulsão da população do campo e na redução do emprego”.
Paulo Alentejano em entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos (2018), declarou
que houve ampliação: “[...] das culturas que são controladas mais diretamente
pelo agronegócio em detrimento das culturas alimentares básicas. Então, a área
cultivada com soja, com milho, com cana, que são produtos que vão virar ração,
combustível, deu uma ampliada. E caiu a área destinada à produção de alimentos
básicos: arroz, feijão, mandioca”.
NOTA
141
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
142
TÓPICO 1 | INSTITUIÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL
Para Beni (2001) o agroturismo e turismo rural são como atividades com
praticamente os mesmos atributos, entretanto diferenciando-se somente na
questão do comportamento do turista. No agroturismo o visitante é convidado
a participar dos trabalhos rurais desenvolvidos na propriedade e no turismo
rural o hóspede exclusivamente desfruta do ambiente agrícola. O autor cita
outra distinção entre as duas modalidades: no turismo rural a estrutura pode
ser construída ou transformada para receber o visitante, já no agroturismo as
acomodações e equipamentos podem ser adequados para atender o passeante
desde que as particularidades originais e arquitetônicas sejam conservadas. Para
Pereira et al. (2007, p. 2) citando Ribeiro (1998) o agro turismo é:
FONTE: <https://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/agricultura-na-
europa-3/Agricultura-na-Europa-7.jpg>. Acesso em: 15 maio 2019.
144
TÓPICO 1 | INSTITUIÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL
145
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
DICAS
146
RESUMO DO TÓPICO 1
• O espaço rural como alvo de análise tem na sua produção uma moral e uma
constituição de modos e vida expressivos que acabam gerando atrativos à
população da cidade. Entretanto, um dos apoios do designado turismo rural
está no conceito de multifuncionalidade da agricultura, tendo como suposição
que a pedra angular que distingue esta prática socioespacial são as técnicas
agrárias e o simbolismo originado por estas.
147
AUTOATIVIDADE
148
UNIDADE 3
TÓPICO 2
MOVIMENTOS SOCIAIS NO ESPAÇO RURAL
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 2 serão abordados os seguintes temas: movimentos sociais
no espaço rural mundial, movimentos sociais latino-americanos e movimentos
sociais brasileiros. Segundo a teoria dos Novos Movimentos Sociais, atos
coletivos armam-se a partir de repertórios criados sobre assuntos e dificuldades
em circunstâncias conflituosas e de contestação. Para Melucci (2001), esses atos
coletivos são produzidos por orientações propositadas desenvolvidas dentro
de um campo de oportunidades e reservas. Desta maneira, a formação de ações
coletivas depende da mediação das capacidades cognitivas dos atores individuais
e de suas estratégias.
149
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
150
TÓPICO 2 | MOVIMENTOS SOCIAIS NO ESPAÇO RURAL
NOTA
151
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
FONTE: <https://marxcio.files.wordpress.com/2011/03/1131_bolivia-movimentos-sociais.gif>.
Acesso em: 15 maio 2019.
152
TÓPICO 2 | MOVIMENTOS SOCIAIS NO ESPAÇO RURAL
FONTE: <https://viacampesina.org/en/wp-content/uploads/sites/2/2007/09/2007-09-28%20
KRRS.jpg>. Acesso em: 24 maio 2019.
153
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
154
TÓPICO 2 | MOVIMENTOS SOCIAIS NO ESPAÇO RURAL
México
Belize
Guatemala Honduras
El Salvador Nicarágua
Costa Rica Venezuela Suriname
Guinea Francesa
Panamá
Equador
Brasil
Peru
Bolívia
Paraguai
Chile
Argentina
Uruguai
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Mapa-dos-paises-componentes-da-
America-Latina-onde-esta-situado-o-Brasil-Fonte_fig1_321282199>. Acesso em: 16 maio 2019.
Durante anos a “luta pela reforma agrária” se estende com “[...] outras
lutas na América Latina [...]”, os movimentos sociais, de acordo com Oliveira
Neto (2015, p. 198), debatem a necessidade da ampliação das políticas com a
finalidade de assegurar tanto a terra, quanto a qualidade de vida dos agricultores,
e também as políticas relacionadas à produção, que comportem a entrada destes
produtos rurais a outros mercados.
155
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
Teubal (2003 apud RIBEIRO, CLEPS JÚNIOR, 2011, p. 86) analisam esse
fenômeno:
156
TÓPICO 2 | MOVIMENTOS SOCIAIS NO ESPAÇO RURAL
Nos anos 90, essas comunidades foram mais afetadas visto que a
entrada em vigor no NAFTA contemplava mudanças de alguns
artigos na Constituição Mexicana. Aquela que mais alterava a vida
dessas comunidades foi o artigo 27 que prevê a regulamentação
agrária, propriedade da terra e bem-estar dos camponeses. A alteração
proposta visava destruir a propriedade coletiva da terra – Ejidos
– principal conquista da Revolução de 1910. Ao incentivar o livre
mercado da propriedade rural, com prejuízo dos pequenos lavradores
que, sem infraestrutura agrícola e sem incentivos econômicos,
encontram-se em absoluta desvantagem no mercado agrícola. A
reforma favoreceu o renascimento de uma estrutura agrícola do
latifúndio, inimigo principal da revolução de Emiliano Zapata,
intensificando o conflito no campo. Tal mudança teve um impacto
em Chiapas, onde as milícias privadas armadas a serviço do grande
latifundiário, levaram as organizações camponesas e indígenas à luta
armada pela defesa do chão, do sustento e da própria cultura (FELICE,
1998 apud SIMONETTI, 2012, p. 126-127).
157
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
158
TÓPICO 2 | MOVIMENTOS SOCIAIS NO ESPAÇO RURAL
159
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
FONTE: <http://cebsdobrasil.com.br/wpcontent/uploads/2018/08/20799461_753044231550121
_1812877185126960276_n-665x365.jpg>. Acesso em: 11 set. 2019.
160
TÓPICO 2 | MOVIMENTOS SOCIAIS NO ESPAÇO RURAL
Para Freitas, Ferreira, Freitas (2019, p. 18) que citam Petrini (1984) as CEBs
são:
161
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
162
TÓPICO 2 | MOVIMENTOS SOCIAIS NO ESPAÇO RURAL
163
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
FONTE: <http://www.marchamundialdasmulheres.org.br/wp-content/uploads/2015/08/
marchamargaridas-300x190.jpg>. Acesso em: 16 maio 2019.
164
TÓPICO 2 | MOVIMENTOS SOCIAIS NO ESPAÇO RURAL
165
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
DICAS
DICAS
166
RESUMO DO TÓPICO 2
167
• Um olhar sobre os movimentos de mulheres rurais de um modo geral nos
faz ver que houve transformações tanto na sua forma organizativa como no
seu aparecimento público. Vários movimentos, representando identidades
sociais e políticas diversas, emergiram no espaço público, através de ações e
mobilizações que ao se fazerem crescentes, deram visibilidade às mulheres
rurais. Uma dessas ações: a Marcha das Margaridas propõe mediante suas
reivindicações, mudanças que podem ser entendidas tanto como econômico-
estruturais quanto simbólico-culturais, ao apresentar demandas que incluem
tanto o reconhecimento cultural, o reconhecimento da diferença, quanto à
redistribuição econômica.
168
AUTOATIVIDADE
169
ampliação da produção interna e ampliação do desenvolvimento do PIB –
Produto Interno Bruto de nosso país. Sobre essa questão das exportações,
podemos afirmar que:
170
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Para o embasamento teórico deste tema foram realizados levantamentos
bibliográficos e históricos sobre a educação escolar no meio rural e sobre o ensino
de Geografia. Também foram analisados documentos oficiais como a Lei de
Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB). Para compreender a educação do
espaço rural brasileiro se faz necessário estabelecer uma relação entre as políticas
educacionais direcionadas para essa modalidade de ensino.
171
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/aeducaonocampo2-160925000314/95/a-educao-
no-campo-2-1-638.jpg?cb=1474761888>. Acesso em: 24 maio 2019.
172
TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
173
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
NOTA
A partir de Christóffoli (2006) entende-se que a escola do campo tem por meta
preparar o sujeito que vive e almeja melhorar as suas condições de vida no meio rural, pois
trata desde os interesses ligados à política, à cultura e à economia dos diversos grupos de
trabalhadores do campo. Nesse cenário, de busca por melhoras na qualidade da educação
do campo, surgem as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas com o
intuito de promover avanços no sentido de tornar o ensino voltado para esta população,
adequado as suas especificidades, pois historicamente não passava de uma adaptação do
ensino ofertado no espaço urbano.
174
TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
175
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
FONTE: <https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/
dd849f54604db4ced57dd14de7b5e901.jpg>. Acesso em: 24 maio 2019.
176
TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
177
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
178
TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
FONTE: <https://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2013/01/exodo-rural-
campones-platacao.jpg>. Acesso em: 24 maio 2019.
179
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
NOTA
180
TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
181
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
Para fazer a leitura do mundo em que vivem, com base nas aprendizagens
em Geografia, os alunos precisam ser estimulados a pensar espacialmente,
desenvolvendo o raciocínio geográfico. O pensamento espacial está associado ao
desenvolvimento intelectual que integra conhecimentos não somente da Geografia,
mas também de outras áreas (como Matemática, Ciência, Arte e Literatura). Essa
interação visa a resolução de problemas que envolvem mudanças de escala,
orientação e direção de objetos localizados na superfície terrestre, efeitos de
distância, relações hierárquicas, tendências a centralização e a dispersão, efeitos
da proximidade e vizinhança etc.
182
TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Nessa direção, a BNCC está organizada com base nos principais conceitos
da Geografia contemporânea, diferenciados por níveis de complexidade. Embora
o espaço seja o conceito mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que
os alunos dominem outros conceitos mais operacionais e que expressam aspectos
diferentes do espaço geográfico: território, lugar, região, natureza e paisagem.
O conceito de espaço é inseparável do conceito de tempo e ambos precisam ser
pensados articuladamente como um processo. Assim como para a História, o
tempo é para a Geografia uma construção social que se associa com a memória e
cm as identidades sociais dos sujeitos. Do mesmo modo, os tempos da natureza
não podem ser ignorados, pois marcam a memória da Terra e as transformações
naturais que explicam as atuais condições do meio físico natural. Assim, pensar a
temporalidade das ações humanas e das sociedades por meio da relação tempo-
espaço representa um importante e desafiador processo na aprendizagem de
Geografia.
183
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
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TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
FONTE: <http://www.contag.org.br/imagens/ctg_noticia_52917664_31072017185135.jpg>.
Acesso em: 24 maio 2019.
185
UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
Populações do campo:
186
TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
Durante muito tempo e até mesmo ainda nos dias atuais a educação nas
área rurais além de limitadas aos primeiros anos do ensino fundamental, eram
insuficientes para atender toda a população rural que necessitava da escola e
da formação continuada para o aprimoramento técnico dos estudantes para a
formação básica, principalmente para a aplicabilidade destas técnicas em sua
propriedade rural e de produção em que atuam como os principais agentes
transformadores de seus espaços. “A educação rural era predominantemente
vista como algo que atendia a uma classe da população que vivia num atraso
tecnológico, subordinado, a serviço da população dos centros urbanos” (ROSA;
CAETANO, 2008, p. 23).
188
TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
NOTA
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DICAS
DICAS
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LEITURA COMPLEMENTAR
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TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
O objetivo foi criar uma escola diferente para uma boa formação do
futuro do filho do agricultor que até então estava perdendo o vínculo
do campo, eles saiam para estudar de madrugada e regressavam
sonolentos e cansados, os pais não passava o trabalho do campo. O
saber produzir sem degradar tanto o meio ambiente e interesse dos
jovens para trabalhar no campo (J.M.A.S., MimeoEFAV, 2016).
[...] a gente foi amadurecendo, dando passos lentos, mas firmes para
a criação da nossa escola. Sabendo que o público estava garantido,
tivemos o cuidado na época da criação da inauguração do Estatuto
de não criar uma escola somente de Veredinha, mas para região
circunvizinha e em nível de território (J.M.A.S., Mimeo-EFAV, 2016).
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TÓPICO 3 | ENSINO DA GEOGRAFIA RURAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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UNIDADE 3 | ESPAÇO RURAL: SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
200
RESUMO DO TÓPICO 3
201
AUTOATIVIDADE
202
Sobre o Ensino da Geografia Rural na educação básica de nosso país podemos
dizer que:
a) ( ) O ensino da geografia em escolas rurais pouco favorece as comunidades
agrícolas e sua ampliação das atividades econômicas. Deve-se ampliar
apenas o ensino de disciplinas da área de exatas para o crescimento das
atividades econômicas no campo.
b) ( ) O ensino da Geografia no campo em nosso país, possui desafios no que
tange a ação educativa dos sujeitos do campo centrado na construção de
conhecimentos e também na significação do lugar, atrelando o mesmo a
perspectiva global.
c) ( ) O ensino de Geografia na escola do campo não deve se propor a discutir
a realidade que está posta para os sujeitos do campo, compreender a sua
dinâmica e especificidade, pois essa perspectiva não ajuda a desenvolver o
senso crítico nos alunos das áreas rurais.
d) ( ) As atribuições da Geografia na educação básica atual é pensar e entender
o mundo e sua organização, tarefa que não desafia os docentes no sentido
de tornar válido para o aluno os conhecimentos que se propõe à construção,
tornando um pensamento empírico e sem criticidade lógica.
203
204
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