Aspectos Legais em Informática e Ética
Aspectos Legais em Informática e Ética
Aspectos Legais em Informática e Ética
Informática e Ética
Profa. Shirlei Magali Vendrami
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profa. Shirlei Magali Vendrami
004.07
V453aVendrami, Shirlei Magali
Aspectos legais de informática e ética / Shirlei Magali
Vendrami. Indaial: UNIASSELVI, 2018.
206 p. : il.
ISBN 978-85-515-0152-8
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico! A disciplina que começamos a estudar a partir de
agora se chama Aspectos Legais em Informática e Ética. Pode causar até certa
estranheza para os profissionais e estudantes da área de TI (Tecnologia da
Informação), mas se trata de uma disciplina que possui um foco importante
para a nossa área de informática. Atualmente, o profissional de TI necessita
ter um conhecimento jurídico voltado para o seu trabalho, ou seja, para o seu
negócio. É evidente, cada vez mais, em nossa realidade, o conhecimento de
crimes que ocorrem por meio da internet; a necessidade de conhecimento
de um profissional no momento de confeccionar e/ou assinar um contrato
voltado para a nossa área, entre outros aspectos.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE I – ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO............................... 1
VII
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 79
RESUMO DO TÓPICO 5...................................................................................................................... 83
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 84
TÓPICO 5 – CONTRATOS...................................................................................................................143
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................143
2 DEFINIÇÃO..........................................................................................................................................143
3 REQUISITOS ESSENCIAIS..............................................................................................................143
4 PRINCÍPIOS CONTRATUAIS.........................................................................................................145
5 ESTRUTURA GERAL DOS CONTRATOS....................................................................................145
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................146
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................148
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................149
VIII
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES ELETRÔNICOS....................................................................157
3.1.1 Crimes cibernéticos puros, mistos e comuns.....................................................................158
3.1.2 Crimes cibernéticos próprios e impróprios.......................................................................158
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 160
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 161
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................201
IX
X
UNIDADE 1
ASPECTOS HISTÓRICOS E
CONCEITUAIS DO DIREITO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em cinco tópicos. Em cada um deles você
encontrará atividades para maior compreensão das informações apresentadas.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Conforme já mencionado, o Direito está presente em nosso cotidiano. Na
realidade, um dos objetivos do Direito é o de regulamentar a vida em sociedade
através das regras de convivência que evoluíram ao longo dos tempos e estão em
constante evolução.
UNI
3
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
NOTA
2 SURGIMENTO DO DIREITO
Segundo Giordani (1997) e Pomer (1997), a origem do direito de fato deu-
se no antigo Império Romano, embora seja possível encontrar alguns indícios no
mundo grego.
4
TÓPICO 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS DO DIREITO
5
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
A exemplo, podemos citar a lei das doze tábuas. Trata-se de uma lei
historicamente conhecida pelos profissionais do Direito que constitui a origem
do direito romano. A lei era aplicada na República Romana pelos pontífices
e representantes da classe dos patrícios, que a guardavam em segredo.
Predominantemente, esta lei era aplicada contra os plebeus. Por esse motivo,
um plebeu de nome Terentílio propôs, no ano de 462 a.C., que houvesse uma
compilação e publicação de um código legal oficial. A iniciativa de Terentílio
visava permitir que os plebeus também conhecessem as leis e que pudessem
impedir o abuso que era feito delas pelos patrícios (GASPARETO, s.d.).
Como era de se esperar, a ideia de se criar uma lei oficial publicada foi
recusada pelos patrícios e pontífices durante muito tempo, pois tentaram manter
por mais tempo possível o privilégio no controle jurídico sobre a população
romana. Essa condição dava aos patrícios enormes poderes de manipulação e
repressão aos plebeus. Assim, em 451 a.C., um grupo formado por dez homens
foi reunido para preparar o projeto oficial. No mesmo ano em que o grupo se
formou para elaborar as leis, foram publicados dez códigos. No ano seguinte,
foram incluídos mais dois. Assim se formaram as Doze Tábuas, nome utilizado
justamente porque as leis foram publicadas em 12 tabletes de madeira, que foram
afixados no Fórum Romano para que todos as pudessem ler (GASPARETO, s.d.).
A Lei das Doze Tábuas enumera todo o direito que era praticado
nesta época. Contém uma série de definições sobre direitos privados e
procedimentos, considerando a família e rituais para negócios formais. O texto
oficial foi perdido junto com diversos outros documentos quando os gauleses
colocaram fogo em Roma no ano 390 a.C.
6
TÓPICO 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS DO DIREITO
UNI
Roma não só foi importante por ser o berço do Direito, mas também por ter
deixado um grande legado que influenciou todo o mundo moderno.
7
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
A moeda foi logo adotada pelos gregos no século VII a.C. Como sabemos,
a moeda contribui para incrementar o comércio e também contribui para a
acumulação de riquezas. Não podemos nos esquecer de que a escrita também
8
TÓPICO 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS DO DIREITO
UNI
3 A EVOLUÇÃO DO DIREITO
Para Giovanne (2012), o Direito é um fenômeno de origem natural que
está diretamente associado ao relacionamento de seres vivos com interesses
conflitantes. Não se trata de um fenômeno restrito à espécie humana, mas
que abrange os seres vivos em geral, sendo consequência das relações entre
interesses antagônicos desde o surgimento da vida até os tempos de hoje. É o
resultado da combinação de determinados elementos.
9
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
É claro que esse interesse nato não é o único, muitos outros podem
surgir na vida dos indivíduos a partir das peculiaridades de cada espécie.
O fenômeno jurídico circula em torno de interesses, ou melhor, em torno do
conflito de interesses, que é o momento em que os indivíduos percebem que
a efetivação do interesse de um exclui a efetivação do interesse do outro. Esse
conflito pode ocorrer sob duas perspectivas distintas, a de um conflito de
interesses convergentes ou a de um conflito de interesses divergentes.
10
TÓPICO 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS DO DIREITO
11
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
4 O DIREITO NA SOCIEDADE
Campos (2005) sugere que imaginemos um homem só no mundo, vivendo
isolado em uma ilha. Ele é o senhor de suas atitudes e de seu comportamento.
Ninguém interfere em suas decisões quanto a se alojar aqui ou acolá, sobre
derrubar esta árvore ou aquela, sobre pescar ou não pescar, se apoderar destes
ou daqueles bens, de torná-los úteis ou inúteis etc. O Direito parece não interferir
na vida desse cidadão, pois estabelece uma distinção entre as atitudes possíveis,
separando as justas das injustas e ninguém, a rigor, pode nelas interferir, julgando-
as justas ou não, certas ou erradas, possíveis ou descabidas. Ao contrário,
imaginemos que se de um momento para o outro desembarcarem naquela ilha
40 pessoas que venham a se organizar em pequenos grupos ou, até mesmo,
isoladamente, teremos aí o estabelecimento de uma sociedade circunscrita a um
mesmo território. Mesmo que cada qual cuide de suas necessidades e interesses,
a qualquer momento poderá haver interferência da atitude de um em relação
ao interesse de outro e, nesse momento, poderá prevalecer o direito do mais
forte, originando um conflito, ou instalar-se um estado de direito com regras
estabelecidas de acordo com os interesses dessa sociedade, pois “ubi societas ibi
jus”: onde há sociedade, existe Direito.
Alves (2005) nos afirma que a sociedade é transformada pelo Direito, por
outro lado, na verdade, Direito e sociedade estão constantemente a se influenciar
mutuamente. Havendo relações entre pessoas, surge o evento jurídico como uma
das expressões sociais mais evidentes. A política, a economia, a cultura e a religião
florescem como eventos decorrentes do fato social, inclusive estabelecendo normas
de conduta. As regras, por exemplo, do Código Comercial estabelecem como
as pessoas devem se comportar quando praticam atos de comércio. Por outro
lado, as normas do Código Penal discriminam as ações reputadas delituosas e as
penas que lhes correspondem. Há, pois, distintas séries de diretrizes dirigindo
o comportamento social. O direito de cada homem traz uma parcela do direito
coletivo e social. É o fato social dando causa às regras sociais.
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TÓPICO 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS DO DIREITO
5 O PROFISSIONAL DE TI E O DIREITO
Paesani (2004) nos traz que a nova sociedade da informação pode
estabelecer uma relação direta e continuada da coletividade com o poder público,
criando uma descentralização do Estado e possibilitando a participação de todos
nas decisões fundamentais. É a potencial democracia eletrônica ou telemática.
A internet reduziu drasticamente as barreiras de tamanho, tempo e distância
entre pesquisadores, empresas e governos, facilitando o crescimento baseado no
conhecimento, na pesquisa de ponta e no acesso à informação.
Rover (2004) ainda defende, como é facilmente constatado por nós em nosso
cotidiano, que estamos vivendo a era da informação, em que novas ferramentas
são criadas para o manuseio e gerenciamento das informações, possibilitando
aumentar a quantidade de informação disponível para consulta, o que vem a
exigir um aumento de velocidade das operações. O crescimento da internet, com
suas inúmeras facilidades, demonstra grande eficiência da rede na sua função
de intercâmbio de arquivos digitais, sejam eles textos, gráficos, sons, imagens.
Devemos também considerar que, quanto mais informação disponível, maior a
necessidade de se ter acesso a banco de dados que contenham a informação.
14
TÓPICO 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS DO DIREITO
15
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A Lei de Talião, do olho por olho, dente por dente, já não se encaixa em nossa
sociedade, porque o Estado em que vivemos é racional, garantindo a todos o
direito à vida, e se é preciso fazer o justo, segue-se a lei.
16
AUTOATIVIDADE
2 Qual é a sua visão a respeito da Lei das Doze Tábuas e a Lei de Talião?
FONTE: CUNHA, Paulo Ferreira da. O ponto de Arquimedes: natureza humana, direito
natural, direitos humanos. Coimbra: Almedina, 2001, p. 94.
17
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
INTRODUÇÃO AO DIREITO
1 INTRODUÇÃO
Conhecemos, anteriormente, a história do surgimento do Direito, com
alguns dos seus marcos importantes durante sua trajetória. Vimos algumas “Leis”
que podemos considerar como primeiros entusiasmos do Direito.
Neste tópico, vamos entender o que é o Direito, com alguns dos seus
principais princípios, bem como suas divisões.
2 O QUE É O DIREITO?
Conforme já mencionado no tópico anterior, o Direito é um fenômeno
de origem natural que está diretamente associado ao relacionamento de seres
vivos com interesses conflitantes. O Direito é o fenômeno natural onde um
indivíduo faz prevalecer seu interesse sobre o de outro mediante a utilização de
meio adequado. O Direito está presente em nosso cotidiano. Na realidade, um
dos objetivos do Direito é o de regulamentar a vida em sociedade através das
regras de convivência que evoluíram ao longo dos tempos. Vale a pena lembrar:
onde há a sociedade, há o Direito (ubi societas ibi jus). Sem a sociedade não há
o Direito! Podemos afirmar então que o Direito é um conjunto de normas, leis,
condutas que visam regulamentar o comportamento em sociedade, assegurando
a pacificação, a paz social.
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UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
Para Martins (2011), o Direito vem do latim directu (m), acusativo singular
da forma principal adjetiva directus, a, um. Tem o significado de colocação em
linha reta, alinhado, direito, reto, da qualidade do que é conforme a regra. São
encontrados vários significados para a palavra Direito, como norma, lei, regra,
faculdade, o que é devido à pessoa, fenômeno social etc. Para o autor, o Direito
tem várias denominações em cada língua. Em espanhol, falamos derecho. Em
italiano, diritto. Em francês, droit. Em inglês, Law. Em alemão, Recht.
Walrat (1977) mostra os requisitos de uma boa definição: (a) não deve ser
circular; (b) não deve ser elaborada em linguagem ambígua, obscura ou figurada;
(c) não deve ser demasiado ampla nem restrita; (d) não deve ser negativa quando
puder ser positiva. Muitas vezes, diz-se que o conceito de Direito deve ser elaborado
pela Filosofia do Direito, que pode fazer as críticas necessárias para esse fim.
20
TÓPICO 2 | INTRODUÇÃO AO DIREITO
O Direito possui três dimensões: (a) os fatos que ocorrem na sociedade; (b)
a valoração que se dá a esses fatos; (c) norma, que pretende regular as condutas
das pessoas, de acordo com os fatos e valores. O resultado dos fatos que ocorrem
na sociedade é valorado, resultando em normas jurídicas. Há, portanto, uma
interação entre fatos, valores e normas, que se complementam. O Direito é uma
ordem de fatos integrada numa ordem de valores.
21
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
TUROS
ESTUDOS FU
22
TÓPICO 2 | INTRODUÇÃO AO DIREITO
23
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
processo irão agir com boa-fé, sem querer prejudicar, ludibriar a parte contrária,
agirão com a verdade. Por outro lado, a má-fé deve ser provada e, como vimos,
com os artigos citados anteriormente é possível que se prove a má-fé.
25
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
26
TÓPICO 2 | INTRODUÇÃO AO DIREITO
4 DIVISÕES DO DIREITO
Direito Natural: o homem reconhece pela sua natureza. Não está escrito, é
próprio/inerente ao homem. Direito à vida, à liberdade. Justiça é o seu fundamento.
Em outras palavras, é o que o homem entende por justiça – é o sentimento que
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UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
o homem tem de “justo”. Para Martins (2011), o Direito natural nasce a partir do
momento em que surge o homem. Aparece, portanto, naturalmente para regular
a vida humana em sociedade, de acordo com as regras da natureza. Seria uma
norma criada pela natureza e não pelo homem. Decorre da natureza das coisas.
São princípios gerais e universais para regular os direitos e deveres do homem.
Os jusnaturalistas entendem que a lei deve ser justa para ser lei. Se não for, não
tem validade.
o Direito Civil
o Direito Penal
o Direito do Trabalho
o Direito Tributário
o Direito Constitucional
o Lei de Software
o Lei de Direitos Autorais
o Código de Defesa do Consumidor
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TÓPICO 2 | INTRODUÇÃO AO DIREITO
NOTA
Os termos Código de Processo Civil e Direito Processual Civil, por exemplo, são
sinônimos.
Quanto ao interesse:
29
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
E
IMPORTANT
vMartins (2011) afirma que há autores que entendem que o Direito do Trabalho
pertence ao Direito Público, mas o que prepondera é a autonomia da vontade das pessoas na
contratação, apesar da existência de normas de ordem pública que incidem sobre a relação
de emprego.
FONTE: A autora
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Vale a pena lembrar: onde há a sociedade, há o Direito (ubi societas ibi jus). Sem
a sociedade não há o Direito.
• O Direito possui três dimensões: (a) os fatos que ocorrem na sociedade; (b) a
valoração que se dá a esses fatos; (c) norma, que pretende regular as condutas
das pessoas, de acordo com os fatos e valores. O resultado dos fatos que ocorrem
na sociedade é valorado, resultando em normas jurídicas. Há, portanto, uma
interação entre fatos, valores e normas, que se complementam. O Direito é uma
ordem de fatos integrada numa ordem de valores.
• Para o Direito, princípio é seu fundamento, a base que irá informar e orientar
as normas jurídicas.
31
• Os princípios têm a função de integração da norma no ordenamento jurídico.
32
AUTOATIVIDADE
a) ( ) O Direito natural o homem conhece pela sua própria natureza, não está
escrito, a justiça é o seu fundamento.
b) ( ) O Direito positivo está escrito, seu fundamento é a lei, não importando
se é justa ou não.
c) ( ) O Direito natural o homem conhece pela sua própria natureza, está
escrito, a justiça não é o seu fundamento.
d) ( ) O Direito positivo não está escrito, seu fundamento é a lei, uma vez que
seja justa.
a) ( ) Direito público.
b) ( ) Direito internacional.
c) ( ) Direito administrativo.
d) ( ) Direito privado.
33
c) ( ) O princípio da presunção de inocência dispõe que todos são inocentes
até que se prove o contrário.
d) ( ) O princípio da presunção de inocência dispõe que o réu é o culpado na
relação jurídica.
8 A publicidade dos atos processuais é mais do que uma regra, é uma garantia
importante para o cidadão, na medida em que permite o controle dos atos
judiciais por qualquer indivíduo integrante da sociedade. Ela está prevista
na Constituição Federal, em seu artigo 5º, dedicado às garantias individuais,
e também tem previsão legal no Código de Processo Civil (CPC), nos artigos
155 e 444. “A publicidade gera a oportunidade não só de conhecimento,
mas, sobretudo, de controle, na forma legal, de decisões, o que é inerente
ao processo legal e à própria essência do Estado de Direito, pois se trata de
serviço público, vale dizer, para o público, primordial”, avalia o ministro
Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao discorrer
sobre o tema. Tamanha é a importância da publicidade que o ordenamento
brasileiro considera nulos os atos realizados sem a observância dessa garantia
processual, com exceção das hipóteses de sigilo legalmente permitidas
(Constituição Federal, artigo 93, IX, e Código de Processo Civil, artigo 155).
Isto posto, explique:
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
O DIREITO NA PRÁTICA
1 INTRODUÇÃO
Conhecemos, anteriormente, alguns conceitos e funções do Direito,
segundo alguns autores, bem como uma das principais características do Direito.
Sabemos agora que o Direito possui uma fundamentação consistente nos seus
princípios gerais e muitos desses princípios podemos e devemos utilizar em
nossa área para termos segurança jurídica em nossas relações cotidianas.
2 FONTES DO DIREITO
Segundo Martins (2011), a palavra fonte vem do latim fons, com o
significado de nascente, manancial.
Para Abram (2008, p. 56), a palavra fonte tem sentido de “origem, gênese,
de onde provém” (água). No significado vulgar, fonte tem o sentido de nascente
de água, o lugar de onde brota a água. Figuradamente, refere-se à origem de
alguma coisa, de onde provém algo. Fonte de Direito tem significado metafórico,
em razão de que já é uma fonte de várias normas.
Para Claude du Pasquier (1978, p. 25), fonte de regra jurídica “é o ponto pelo
qual ela se sai das profundezas da vida social para aparecer à superfície do Direito”.
Ascensão (1978) menciona que fonte tem diferentes significados: (a) histórico:
considera as fontes históricas do sistema, como o Direito Romano; (b) instrumental:
são os documentos que contêm as regras jurídicas, como os códigos, leis etc.; (c)
sociológico ou material: são os condicionamentos sociais que produzem determinada
norma; (d) orgânico: são os órgãos de produção das normas jurídicas; (e) técnico-
jurídico ou dogmático: são os modos de formação e revelação das regras jurídicas.
35
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
Para Martins (2011), o estudo das fontes do Direito pode ter várias
acepções, como sua origem, fundamento de validade das normas jurídicas e a
própria exteriorização do Direito. Fontes formais são as formas de exteriorização
do Direito. Exemplos seriam as leis, os costumes etc.
Para Campos (2005), vários são os sentidos que se podem tomar para
a expressão fontes do Direito. Podemos analisar as fontes do ponto de vista
histórico, social, filosófico e material do Direito, como também podemos analisar
as fontes em seu sentido formal, isto é, como forma de expressão do Direito.
ATENCAO
Note que é importante deixarmos claro que fontes do Direito podem ser
consideradas meios através dos quais podemos buscar o Direito, de onde vem
o Direito. E é natural, partindo desta consideração, que achemos que a lei (que
nós falamos anteriormente) é a fonte do Direito. E não está errado! Mas, o que é
importante frisar é que a lei não é a única fonte do Direito, existem outras, e é isso
que vamos passar a estudar a partir de agora!
36
TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
Para Campos (2005), o que mais interessa a este tema são as fontes formais
do Direito, o que podemos chamar de formas de expressão do Direito, ou também
de modos de manifestação da vontade social na expressão do Direito, que são: I)
a Lei; II) o costume; III) o regulamento e o contrato coletivo ou individual; IV) a
doutrina; V) precedente e jurisprudência; VI) princípios gerais do Direito.
UNI
Como podemos perceber agora, além da lei, existem várias outras fontes em que
o Direito poderá buscar embasamento para acontecer. Isto é, o juiz, ao julgar um processo,
poderá julgá-lo fundamentando-se em um costume, uma jurisprudência, nos princípios
gerais do Direito etc.
• LEIS – para Campos (2005), lei é uma norma jurídica abstrata e geral expressa
por escrito pelo Estado, com criação de direito novo. Como podemos verificar,
a lei possui cinco características:
37
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
NOTA
NOTA
38
TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
meio de decretos. Há atos similares aos regulamentos, que não são leis nem
decretos, embora muitas vezes o pareçam, mas sim atos administrativos de
categoria inferior aos regulamentos e que não são editados pelo chefe do Poder
Executivo, tais como:
NOTA
Regulamento é uma norma jurídica geral expressa por escrito pelo chefe do
Poder Executivo, federal, estadual ou municipal, que, sem criar direito novo, pormenoriza a
lei, para fiel execução desta.
NOTA
39
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
TUROS
ESTUDOS FU
Mais adiante nos aprofundaremos nos contratos individuais e também nos tipos
de processos, entre eles, o processo de execução, que foi mencionado.
40
TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
FONTE: A autora
DICAS
NOTA
TUROS
ESTUDOS FU
Para melhor ilustrar o que acabou de ser falado, que tal conhecermos
algumas jurisprudências? As jurisprudências que serão apresentadas agora são
baseadas em nossa área de TI. Vamos lá? Vejamos:
Jurisprudência 1
RECURSO: APELAÇÃO CRIME
NÚMERO: 70.000.184.135
RELATOR: ALFREDO FOERSTER
EMENTA
Violação de direito autoral. Concorrência desleal. Publicidade enganosa.
Utilização, reprodução e publicação de material de propriedade da querelante,
por ato dos querelados não demonstrada. Autoria não comprovada. Prova
insuficiente para um juízo condenatório. Absolvição mantida. Apelo
improvido. (5 fls) (ACR n° 70.000.184.135, Sexta câmara criminal, TJRS, Relator:
Des. Alfredo Foerster, julgado em...).
Podemos verificar que a parte que entrou com o recurso não conseguiu
demonstrar o que objetivava, não havendo prova suficiente para uma condenação.
Logo, o recurso não foi aceito, ou seja, como falamos juridicamente, o recurso não
foi provido.
42
TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
DICAS
Não se preocupe com os outros termos que talvez sejam novos para nós. O
objetivo destas jurisprudências que serão apresentadas é o de conhecimento global dos
casos. Tem como objetivo que nós tenhamos uma ideia geral do que está e será apresentado.
Jurisprudência 2
RECURSO: APELAÇÃO CÍVEL
NÚMERO: 597.067.735
RELATOR: ALDO AYRES TORRES
EMENTA
Direito autoral. Omissão do nome do fotógrafo junto à peça contida em
material publicitário. Indenização devida. O produto da atividade de fotógrafo
está amparado pela Lei n° 5.988/73. A publicação de fotografias sem constar a sua
origem ou a autorização de quem as produziu gera direito à indenização, cujo
valor deve levar em consideração, preponderantemente, as condições econômicas
do violador do direito, sob pena de se tornar inócua a condenação em relação
ao fim visado, não só retributivo ao desrespeito ao direito, como preventivo, de
molde a evitar futuras infringências, evitando-se ainda o enriquecimento sem
causa. Por maioria, desproveram ambos os recursos. (APC n° 597.067.735, Sétima
Câmara Cível, TJRS, Relator: Des. Aldo Ayres Torres, julgado em...).
Jurisprudência 3
RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO
NÚMERO: 70.000.774.638
RELATOR: VOLTAIRE DE LIMA MORAES
EMENTA
Ação de indenização de danos decorrentes de violação de direito autoral.
Foro competente. É competente o foro do domicílio do autor ou do local do
crime, a ação de ressarcimento de danos, fundada em violação de direito
autoral, conduta considerada criminosa pelo artigo 184 do Código Penal, pois
nesse caso há de ser aplicada a norma especial de competência que disciplina
a questão (artigo 100, parágrafo único, do CPC). Agravo de instrumento
improvido (3 fls.). (AGI n° 70.000.774.638, Décima Primeira Câmara Cível,
TJRS, Des. Voltaire de Lima Moraes, julgado em...).
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UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
Jurisprudência 4
INDENIZAÇÃO – DIREITOS AUTORAIS – SOFTWARE – CÓPIAS
ILEGAIS – POSTERIOR AQUISIÇÃO DE LICENÇA
Jurisprudência 5
APELAÇÃO CRIMINAL. ESTELIONATO. INTERROGATÓRIO
REALIZADO SEM ASSISTÊNCIA DE DEFENSOR. NULIDADE INSANÁVEL
DECRETADA DE OFÍCIO. OFENSA AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. PRECEDENTES DESTA
CORTE. (Apelação Crime nº 70012926002, Sexta Câmara Criminal, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: João Batista Marques Tovo, Julgado em 10/11/2005).
Jurisprudência 6
Aluno é expulso de colégio por ter jogado “bombinhas” na escola;
confessou o ato em troca de conversas em redes sociais.
EMENTA
APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. EXPULSÃO
DE MENOR DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO. EXISTÊNCIA DE
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. CONTRADITÓRIO E AMPLA
DEFESA OPORTUNIZADOS.
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TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
Jurisprudência 7
Jurisprudência 8
USO INDEVIDO DE E-MAIL
Demissão por justa causa. Não há privacidade no ambiente de trabalho.
EMENTA
Despedida por justa causa. Mau procedimento. Uso indevido de correio
eletrônico.
Quando se caracteriza. Prova que evidencia a utilização do e-mail funcional,
pelo empregado, para difundir informações tendentes a denegrir a imagem da
empregadora. Constitui justa causa para a despedida o uso indevido do correio
eletrônico fornecido pelo empregador, não se podendo cogitar de infração ao
disposto no artigo 5º, inciso XII da CF, já que o serviço de “e-mail” é ferramenta
fornecida para uso estritamente profissional. Sentença mantida.
Acórdão nº 00168-2007-203-04-00-3 RO, TRT 4ª Região.
Desta forma, o juiz poderá utilizar-se dos princípios gerais do Direito, que
já estudamos, para embasar-se, fundamentar a sua decisão em algum processo.
• LACUNAS NO DIREITO
45
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
46
TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
Vale a pena lembrar que o objetivo da hierarquia das leis é fazer saber
que todas as outras “leis” que venham a ser criadas ou as já existentes devem,
obrigatoriamente, obedecer à Constituição Federal e as suas emendas, sob pena
de serem consideradas inconstitucionais. Uma vez declarada inconstitucional,
uma lei perde a sua validade, não surtindo mais efeitos sobre as pessoas e os
acontecimentos. Veremos agora algumas das leis que compõem a hierarquia das
leis, de modo resumido:
• Lei Ordinária – uma lei municipal, estadual e federal. Ex.: Lei de Software – Lei
n° 9.609/98 e a Lei de Direitos Autorais – Lei n° 9.610/98.
NOTA
I- Poder social, que garante e protege a relação jurídica, representado pelo Estado
e por seus órgãos administrativos.
II- Norma de direito positivo, que disciplina a relação jurídica, estabelece a
suaforma, limites e tipos determinados, conteúdo, finalidade e extensão no tempo
e no espaço.
III- Os sujeitos ativos e passivos, representados pelas partes envolvidas nos
direitos, deveres e obrigações resultantes da relação.
IV- O dever jurídico, consistente na obrigação em si a prestar ou executar, contido
na norma jurídica que disciplina a relação.
V- O objeto da relação jurídica, ou seja, o bem perseguido.
VI- O fato jurídico, isto é, o acontecimento da vida que envolve a relação e está
previsto pela norma jurídica.
VII- O interesse e a subordinação, elementos motores da vontade dos sujeitos
vinculados ao objeto.
48
TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
3 O QUE É O PROCESSO?
Pela formação da palavra, o processo tem o sentido de marcha para frente,
avanço, progresso ou desenvolvimento.
Para Moreira (2005), o processo é uma categoria jurídica que pode ser
definida como o procedimento em contraditório. Por isso, o processo não é um
bloco monolítico, pois inclui várias divisões.
49
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
O parágrafo anterior traz alguns termos ainda não vistos neste livro de
estudos. O primeiro termo é “conjunto de atos concatenados”, que explica que o
processo é um conjunto de documentos, provas, pedidos que são feitos em ordem,
em sequência, um após o outro. O outro termo é lide. Lide pode ser considerado
como o problema que se instalou. Lide também é considerado como disputa.
O bem da vida representa o que se busca. Dependendo do processo, o bem da
vida será diferente. Se no processo a parte estiver buscando uma indenização
por danos morais, esta indenização será o bem da vida. A pacificação social é o
objetivo maior do Direito. É a paz social. É que toda a sociedade esteja vivendo
em paz, em harmonia.
4 TIPOS DE PROCESSO
Mais comumente em nossa área iremos nos deparar com três tipos de
processos judiciais. São eles:
50
TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
NOTA
51
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
52
TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
Segundo o art. 269 do novo CPC, intimação é o ato pelo qual se dá ciência
a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma
coisa. Vejamos: “Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos
termos do processo”.
• meramente declaratório;
• constitutivo;
• condenatório.
53
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
processos constitutivos não necessários são aqueles que podem ser conseguidos
extrajudicialmente. Ex.: nulidade de atos jurídicos.
NOTA
54
TÓPICO 3 | O DIREITO NA PRÁTICA
TUROS
ESTUDOS FU
55
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Segundo Martins (2011), a palavra fonte vem do latim fons, com o significado
de nascente, manancial.
• Para Abram (2008, p. 56), a palavra fonte tem sentido de “origem, gênese, de
onde provém” (água).
• Para Martins (2011), o estudo das fontes do Direito pode ter várias acepções,
como sua origem, fundamento de validade das normas jurídicas e a própria
exteriorização do Direito.
• Para Campos (2005), vários são os sentidos que se podem tomar para a
expressão fontes do Direito. Podemos analisar as fontes do ponto de vista
histórico, social, filosófico e material do Direito.
• Podemos citar como fontes do Direito: I) a Lei; II) o costume; III) o regulamento e o
contrato coletivo ou individual; IV) a doutrina; V) precedente e jurisprudência;
VI) princípios gerais do Direito.
• Para Campos (2005), lei é uma norma jurídica abstrata e geral expressa por
escrito pelo Estado, com criação de direito novo.
• Os tratados que são normas jurídicas gerais expressas por escrito pelo Estado,
que são atos de acordo de vontades entre dois países e regulam situações
particulares de interesse direto deles.
• Os princípios gerais do Direito são outra fonte do Direito e podem ser utilizados
em um processo.
• Desta forma, o juiz poderá utilizar-se dos princípios gerais do Direito (que já
estudamos) para embasar-se, fundamentar a sua decisão em algum processo.
• Vale a pena lembrar que o objetivo da hierarquia das leis é fazer saber que
todas as outras “leis” que venham a ser criadas ou as já existentes devem,
obrigatoriamente, obedecer à Constituição Federal e as suas emendas, sob
pena de serem consideradas inconstitucionais.
57
• O processo é um instrumento da justiça, porque é o meio pelo qual a pessoa
física ou jurídica exercita o seu direito de ação provocando a justiça para
garantir o seu direito material. É o meio pelo qual a justiça se utiliza para
resolver conflitos e promover a justiça e a paz social, visando garantir o direito
a quem o tiver. É um meio para atingir a um fim, em que o meio é o processo e
o fim é a justiça efetiva.
• Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo,
para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
58
AUTOATIVIDADE
a) ( ) A hierarquia tem como objetivo fazer valer uma Lei Ordinária sobre
qualquer outra lei que venha a ser criada.
b) ( ) A hierarquia tem como objetivo fazer valer a Constituição Federal em
detrimento de outra lei.
c) ( ) Caso uma lei desobedeça à Constituição Federal, ela se torna
inconstitucional.
d) ( ) A Lei n° 9.609/98 (Lei de Software) é um exemplo de Lei Ordinária.
a) ( ) Direito Público.
b) ( ) Direito Internacional.
c) ( ) Direito Administrativo.
d) ( ) Direito Privado.
a) ( ) São situações que estão previstas em lei e, portanto, o juiz pode optar
por outras fontes para resolver o caso.
b) ( ) São situações que não estão disciplinadas em lei e, dessa forma, se pode
recorrer à analogia, utilizando de outras fontes do direito.
c) ( ) O Direito Brasileiro não admite lacunas, tampouco se recorrer à analogia.
d) ( ) Sempre que ocorrer alguma lacuna, o juiz deve julgar o pedido
improcedente e a parte vencida deve recorrer para o tribunal superior para
uma segunda análise.
60
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 3 foi reservado para o estudo das relações contratuais mais
especificamente na área de TI. Neste tópico, abordaremos sobre a sanção do
novo Código de Processo Civil (CPC), Lei 13.105/2015, que entrou em vigor em
17/03/2016.
61
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
62
TÓPICO 4 | SANÇÃO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Outro princípio muito importante no novo CPC e que tem ampla relação
com o Estado democrático de Direito é o princípio da igualdade, que está previsto
no artigo 7º no novo CPC e no artigo 5º, inciso 1 de nossa Constituição Federal: “É
assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e
faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação
de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório”.
Isso quer dizer que as pessoas que estão em situação igual devem ser
tratadas de maneira igual e as que estão em situação diferente devem ser tratadas
de maneira diferente, na medida de suas diferenças.
63
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
Temos outro princípio que também é previsto pela Constituição Federal e que
também é importante para o novo CPC, que é o princípio do juiz natural, segundo o
qual ninguém será processado e julgado senão pela autoridade competente.
É importante lembrar também que o novo CPC não traz mais a expressão
“livre convencimento motivado”. O novo CPC fala apenas em “convencimento
motivado”, ou seja, o juiz pode proferir a sua decisão de acordo com o seu
convencimento, mas esse convencimento não é livre, terá que se basear nas
alegações das partes. Assim, o juiz não pode decidir nada além do que foi alegado
pelas partes.
64
TÓPICO 4 | SANÇÃO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
65
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
No artigo 190, no novo CPC, consta que nós temos a teoria dos negócios
jurídicos processuais, ou seja, as partes poderão firmar negócios jurídicos entre
elas e seus advogados e esses negócios serão autorizados/homologados pelo juiz,
e isto vem ao encontro do princípio da cooperação. Acompanhe:
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam
autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular
mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a
validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes
aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta
situação de vulnerabilidade.
66
TÓPICO 4 | SANÇÃO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
O novo CPC unificou a contagem de prazos recursais. Isso quer dizer que
todos os prazos recursais são de 15 dias. Assim, o advogado não precisa mais
preocupar-se com recursos com prazo de cinco, 10 ou 15 dias – todos os prazos
serão de 15 dias, salvo os embargos de declaração, que têm o prazo de cinco dias
a contar da data da publicação ou da ciência da decisão.
Outra novidade trazida pelo novo CPC é o recesso forense. O novo instituto
previu que do dia 20 de dezembro ao dia 20 de janeiro todos os prazos serão
suspensos, não ocorrerão audiências. O que veio esclarecer uma dificuldade que
o antigo CPC trazia com relação a este recesso – alguns tribunais suspendiam os
prazos, outros não, prejudicando advogados que trabalham em vários tribunais.
Assim, o novo CPC prevê a suspensão neste período, não contando nenhum prazo,
tampouco audiências neste período de recesso. Porém, os tribunais continuarão
funcionando normalmente.
O artigo 225 no novo CPC prevê que as partes podem renunciar aos
prazos estabelecidos em lei, inclusive, podem estabelecer acordos relativos aos
prazos, conforme já mencionado. Vejamos: “A parte poderá renunciar ao prazo
estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa”.
2.2.1 A citação
A citação, conforme mencionada, no novo CPC está prevista no artigo 238
e seguintes:
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado
ou o interessado para integrar a relação processual.
67
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
Existem vários tipos de citação que estão previstos no artigo 246 de nosso
novo instituto. Poderá ser por correio, com o aviso de recebimento (AR); por
meio do oficial de justiça, por hora certa, que também será por oficial de justiça, a
citação poderá ocorrer também de forma eletrônica.
2.2.2 A intimação
A intimação é trazida pelo artigo 269. Na citação, o réu toma conhecimento
da demanda proposta contra ele. A intimação serve para qualquer ato processual,
seja para o autor, seja para o réu. A novidade trazida pelo novo CPC é que a
intimação poderá ser direta ou indireta.
68
TÓPICO 4 | SANÇÃO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Tutelas de Urgência
De acordo com o artigo 294, parágrafo único do novo CPC, nós temos
dois tipos básicos de tutela de urgência, que são a tutela cautelar e a tutela
antecipada (do antigo Código de Processo Civil), também conhecida como tutela
satisfativa. Vejamos: “Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em
urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar
ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental”.
69
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• O “antigo” Código de Processo Civil, utilizado até há pouco tempo, foi editado
no ano de 1973 durante o regime militar, pelo então ministro da Justiça Alfredo
Buzaid.
• O novo Código de Processo Civil é o primeiro código a ser aprovado sob a égide
do Estado democrático de Direito e prestigia os princípios constitucionais.
• A sanção do novo Código de Processo Civil visa, dentre outros motivos, reduzir
o formalismo jurídico, democratizar o acesso à justiça para todos.
• Direito ao processo justo para todas as partes, com o devido processo legal e a
razoável duração do processo.
• Processo civil deve ser constituído tomando por base a dignidade da pessoa
humana, que não trata a parte como apenas um objeto no processo.
70
AUTOATIVIDADE
4 Cite, pelo menos, três mudanças trazidas pelo novo Código de Processo
Civil.
71
72
UNIDADE 1
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 4 desta unidade foi reservado para o estudo sobre os fundamentos,
princípios e principais mudanças trazidas pelo novo Código de Processo Civil,
Lei nº 17.105/2015, que entrou em vigor em 17/03/2016.
2 DEFINIÇÃO
Oficialmente chamado de Lei nº 12.965/2014, o Marco Civil da Internet é uma
lei, também conhecida como “Constituição da Internet Brasileira”, que regulamenta
o uso da Internet no Brasil com base em princípios, garantias, direitos e deveres para
os usuários, bem como uma regulamentação de diretrizes para a atuação do Estado
nesse meio. Tal lei está diretamente relacionada com a nossa vida digital. O Marco
Civil da Internet foi aprovado pelo Senado no dia 23 de abril de 2014.
73
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
74
TÓPICO 5 | MARCO CIVIL DA INTERNET
Outro grande avanço garantido pelo Marco Civil da Internet é a maior proteção
da liberdade de expressão na Internet. A lei assegura a liberdade de expressão, como
preconizado na Constituição de 1988, garantindo que todos sigam se expressando
livremente e que a Internet continuará sendo um ambiente democrático, aberto e
livre, ao mesmo tempo em que preserva a intimidade e a vida privada.
76
TÓPICO 5 | MARCO CIVIL DA INTERNET
Isso significa, por exemplo, que as empresas de Internet que trabalham com
os dados dos usuários para fins de publicidade – como aqueles anúncios dirigidos
que aparecem no seu perfil nas redes sociais – não poderão mais repassar suas
informações para terceiros sem o seu consentimento expresso e livre.
Assim, quando uma foto em uma rede social é postada, quando é enviado
um e-mail, quando você posta um vídeo em sites, por incrível que pareça, o vídeo
é seu e não é do site, pois tem a ver com a sua vida.
77
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
A Lei do Marco Civil não traz a definição clara do que sejam “dados
pessoais”. Importante aí nos remetermos à Lei nº 12.527/2001 (Lei de acesso à
informação), que afirma em seu artigo 4º, inciso IV, que informações pessoais são
aquelas relacionadas à pessoa natural identificada ou identificável.
Portanto, dado pessoal, resumindo, seria toda aquela informação que tem
a ver, que permite identificar o indivíduo – o seu nome, o seu endereço, seus
contatos, local de trabalho, onde você estuda, onde você estudou, e mesmo os
dados que possam ser ditos como irrelevantes, também estão sob a proteção do
Marco Civil.
O princípio da neutralidade diz que a rede deve ser igual para todos, sem
diferença quanto ao tipo de uso. Tal princípio está regulamentado no artigo 3°,
inciso IV da Lei n° 12.965, de 2014. “A disciplina do uso da Internet no Brasil tem os
seguintes princípios: [...] IV - preservação e garantia da neutralidade de rede; [...]”.
O inciso VIII do artigo 3º, da mesma lei, tem a ver com a livre concorrência.
Tal inciso cuida da liberdade de modelos de negócio na Internet, desde que não
entre em conflito com as outras leis existentes. Assim, a Internet permite a criação de
negócios os mais variados: “A disciplina do uso da Internet no Brasil tem os seguintes
princípios: [...] VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na Internet,
desde que não conflitem com os demais princípios estabelecidos nesta lei”.
Por fim, o Marco Civil afirma que os seus princípios não excluem outros
princípios previstos em nossa Constituição, outras leis e tratados nacionais ou
internacionais.
LEITURA COMPLEMENTAR
José Afonso da Silva leciona que normas são preceitos que tutelam
situações subjetivas de vantagem ou de vínculo, ou seja, reconhecem, por um
lado, a pessoas ou a entidades a faculdade de realizar certos interesses por ato
próprio ou exigindo ação ou abstenção de outrem, e, por outro lado, vinculam
pessoas ou entidades à obrigação de submeter-se às exigências de realizar uma
prestação, ação ou abstenção em favor de outrem.
79
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
Desse modo, não existe uma relação entre o texto e a norma, pois nem
sempre que existir um texto existirá também uma norma. Haverá casos em que
da interpretação do texto vai ser possível extrair uma norma. Ocorrendo isso, terá
que verificar se dessa norma é possível extrair uma regra ou um princípio.
Pode-se dizer que princípios são juízos abstratos de valor que orientam
a interpretação e a aplicação do Direito. Os princípios possuem um caráter de
dever e de obrigação. Basta violar um princípio para que toda aquela conduta
praticada esteja ilegal. Por esse motivo, violar um princípio é muito mais grave
do que violar uma norma. Devido a este fato, os princípios representam uma
ordem, a qual deve ser acatada. Assim, sempre que a administração pública for
agir, todos os princípios deverão ser respeitados.
80
TÓPICO 5 | MARCO CIVIL DA INTERNET
81
UNIDADE 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DO DIREITO
Com base nas citações dos autores entendemos que, quando existe um
conflito entre regras, uma existe e a outra deixa de existir, pois esta se tornou
inválida. Assim, ou se aplica a regra ou não se aplica. No tocante aos princípios,
quando há um conflito entre os mesmos, a solução é ponderá-los. Vale frisar que,
neste caso, um princípio não deixa de existir, ou seja, ele não some do ordenamento
jurídico. Há apenas uma ponderação entre os princípios em conflito.
Importa ressaltar que os princípios contêm uma ordem para o seu conteúdo
melhorar e para que o conteúdo desse princípio se torne ótimo é interessante
que tenhamos a imposição de regras. Destarte, os princípios não dependem das
regras, todavia, elas existem para dar força e densificar os princípios. Sendo assim,
os princípios e regras são espécies normativas autoaplicáveis, as quais possuem
características distintas, mas a relação é de complementariedade, uma vez que as
regras pavimentam o caminho de aplicação dos princípios, ou ainda, as regras
corporificam e densificam os princípios na situação concreta.
Vale acrescentar que os princípios têm força normativa, tanto é que pode
estabelecer qual comportamento deve ser adotado, ou seja, dispõe que aquilo é
tão importante que merece ser aplicado. Assim, os princípios não são totalmente
indeterminados, pois prescrevem um conteúdo de comportamento demonstrando
o caminho a ser seguido.
82
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
83
AUTOATIVIDADE
84
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 5 – CONTRATOS
85
86
UNIDADE 2
TÓPICO 1
LEI DE SOFTWARE
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 1 foi reservado para o estudo interpretativo da Lei de Software
(Lei n° 9.609/1998), que disciplina algumas condutas dos profissionais de TI.
Vamos conhecer também alguns crimes previstos por esta lei. Para a nossa melhor
interpretação, vamos conhecer a estrutura de uma lei que se aplica em todas as
outras leis, quer sejam municipais, estaduais ou federais.
UNI
Para que serve um artigo de lei e como ele pode estar organizado?
87
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
• Toda lei tem, pelo menos, um artigo. O artigo é responsável por trazer um
ensinamento principal acerca de um assunto. Como podemos perceber aqui,
o artigo 3° da Lei de Software trata da questão do registro de programa de
computador. Este artigo principal é chamado de caput, do latim “cabeça”;
podemos identificá-lo como cabeçalho. É bom sabermos que os artigos sempre
serão apresentados em números ordinais (1°, 2°, 3°, até 9º). A partir do décimo
grafam-se com números cardinais.
• Muitas vezes o caput do artigo não é suficiente para tratar de todo o assunto
que o artigo precisa. Logo, podemos perceber que podem aparecer as divisões
dos artigos para uma melhora na organização e consequente compreensão. O
parágrafo, representado pelo símbolo §, pode ser responsável por contribuir
para isso. Um artigo pode ter tantos e quantos parágrafos necessitar. Da mesma
forma, os parágrafos também são apresentados como os artigos.
• Os incisos têm por objetivo detalhar o conteúdo de um artigo. Podem ser itens
de um artigo ou parágrafo. Neste caso, como podemos verificar, os incisos I, II
e III estão organizando de uma melhor forma as informações a que se refere o §
1° da Lei de Software. Como podemos perceber, os incisos sempre são exibidos
em numeração romana (I, II, III, IV...).
88
TÓPICO 1 | LEI DE SOFTWARE
precisarmos nos referir ao registro de Software, por exemplo, não vamos precisar
colocar todo o artigo na íntegra em algum trabalho, contrato etc. Basta especificá-
lo da seguinte forma: Lei n° 9.609, art. 3°, § 1°, inciso I, por exemplo. Assim, sem
dúvidas, ficará mais fácil a sua localização na lei e também o entendimento por
parte de terceiros (BRASIL, 1998).
Muitas pessoas afirmam que para ler uma lei você deve ser um advogado.
Sim, advogados são profissionais que têm um estudo para, entre outros, este fim,
mas é bom sabermos que, como o Direito está cada vez mais inserido em nosso
meio, principalmente com a questão dos crimes eletrônicos, propriedade de
software, contratos e aspectos trabalhistas, é importante que saibamos interpretar
os principais artigos das leis que vão nos circular.
89
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
sem dúvidas, o advogado de Ana poderá ajuizar uma ação de indenização por
danos morais, se for o caso. Vamos conferir:
§ 1º Não se aplicam ao programa de computador as disposições
relativas aos direitos morais, ressalvado, a qualquer tempo, o direito
do autor de reivindicar a paternidade do programa de computador e o
direito do autor de opor-se a alterações não autorizadas, quando estas
impliquem deformação, mutilação ou outra modificação do programa
de computador, que prejudiquem a sua honra ou a sua reputação
(BRASIL, 1998, s.p.).
DICAS
Em outras palavras, podemos definir a honra como o nosso sentimento íntimo, ou seja,
como nos sentimos conosco. E a reputação é como as outras pessoas nos veem.
90
TÓPICO 1 | LEI DE SOFTWARE
91
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
NOTA
algo adverso. Vale lembrar que esta autorização a que se refere o artigo deve estar
por escrito, sempre! Acompanhe:
A lei não estabelece qual é a abrangência desse prazo e esta omissão invoca
a aplicação do artigo 32, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor,
o qual prevê que o fabricante e o importador devem prover serviços e peças de
reposição ao consumidor por período razoável de tempo na forma da lei. Cabe
ao juiz dizer o que considera prazo razoável, numa eventual demanda judicial. O
artigo 7° da Lei de Software trata desse prazo da seguinte forma:
NOTA
95
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
97
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
98
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
99
doméstico – terá a pena que o artigo menciona. Porém, essa pena é aumentada
caso o infrator viole os direitos do autor com o objetivo de obter ganho financeiro
sem a autorização expressa do autor ou de quem o represente. A autorização a
que se refere o artigo deve, obrigatoriamente, ser escrita (expressa).
100
AUTOATIVIDADE
101
4 De acordo com a Lei de Software (Lei n° 9.609/1998):
102
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 2 foi reservado para o estudo da Lei de Direitos Autorais (Lei
n° 9.610/1998). Segundo Campos (2005), a proteção do direito do autor vem
consagrada na Constituição Federal, em seu artigo 5°, incisos XXVII a XXIX,
dizendo que ao autor pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras, transmitindo-se esses direitos aos herdeiros pelo
tempo que a lei fixar. Também é assegurado aos autores de inventos industriais
o privilégio de registrá-los em órgão público para fazer valer perante terceiros
o seu direito exclusivo de exploração, por tempo determinado. Com isso, fica
assegurado também pela lei o direito dos autores de obter reparação por perdas
e danos que lhes forem causados por terceiros, em razão do uso indevido ou
desautorizado do bem de seu criador, o qual pode se utilizar da ação de busca e
apreensão, com efeitos imediatos de cessação do abuso.
103
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
NOTA
Adquirir ou manter tais materiais, como CD, DVD, Blu-ray e afins para
efeitos de locação, com conhecimento da origem ilícita, configura o delito de
receptação dolosa.
TUROS
ESTUDOS FU
105
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
E
IMPORTANT
106
TÓPICO 2 | LEI DE DIREITOS AUTORAIS
DICAS
ATENCAO
108
TÓPICO 2 | LEI DE DIREITOS AUTORAIS
109
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O Direito Autoral é um ramo do Direito Privado que trata das relações jurídicas
decorrentes da criação da inteligência humana, seja literária, artística ou
científica, bem como da exploração econômica dessas obras.
• É importante sabermos ainda que a Lei de Direitos Autorais, em seu artigo 46,
também limita os direitos autorais, conferindo a terceiros a possibilidade de
reprodução em alguns casos.
• Sobre as sanções à violação dos Direitos Autorais, Campos (2005) afirma que
quem reproduzir, divulgar, vender ou expor à venda, transmitir ou reproduzir
publicamente obra de autor, sem autorização deste, ficará sujeito às sanções
civis descritas nas leis de proteção ao direito autoral, dentre elas: ficar sujeito
à busca e apreensão, suspensão, interdição da divulgação, da transmissão
ou do espetáculo, sujeitando-se às perdas e aos danos mencionados na lei ou
apurados em juízo, sem prejuízo dos procedimentos criminais cabíveis na
defesa dos direitos e interesses dos autores.
110
AUTOATIVIDADE
111
112
UNIDADE 2 TÓPICO 3
AS RELAÇÕES DE CONSUMO NA TI
1 INTRODUÇÃO
Você percebeu como o direito possui relação com os acontecimentos e
as práticas que se dão em nossa área? Se tivermos esse entendimento, podemos
lançar mão deste conhecimento para protegermos os frutos de nosso trabalho de
más condutas que possam acontecer tanto no mundo real, como no modo virtual.
O Tópico 3 foi reservado para o estudo das relações de consumo na TI, bem
como os seus aspectos tributários. Segundo Campos (2005), o direito do consumidor
é um conjunto de regras jurídicas que visa equilibrar as relações decorrentes do
consumo de bens e serviços, preservando os interesses do consumidor.
NOTA
115
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
I) a substituição do produto;
II) a restituição da quantia paga; ou
III) o abatimento proporcional do preço.
NOTA
116
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES DE CONSUMO NA TI
A mencionada Lei 8.078/1990, em sua seção VI, nos traz que os bancos de
dados, tal como os de Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), contendo informações
cadastrais e pessoais, devem ficar disponíveis para acesso do consumidor quanto a
seus dados. Tais cadastros devem ser elaborados em linguagem de fácil compreensão,
não podendo conter as informações negativas por mais de cinco anos.
E
IMPORTANT
117
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
NOTA
118
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES DE CONSUMO NA TI
e que você vai perceber com o uso do mesmo. Por exemplo: um carro pode ter
um vício aparente e de fácil constatação que é aquele logo percebido, como um
arranhão, um amassado, a maçaneta que não funciona; mas também pode ter
um vício oculto: o motor que não funciona adequadamente porque perde óleo
muito frequentemente.
• Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por
fato do produto ou do serviço iniciando-se a contagem do prazo a partir do
conhecimento do dano e de sua autoria.
• O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando,
em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder,
infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social.
A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por
má administração.
NOTA
119
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
E
IMPORTANT
120
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES DE CONSUMO NA TI
121
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
DICAS
De acordo com Vanin (2015), o ato nulo é o ato que embora reúna os elementos
necessários a sua existência, foi praticado com violação da lei, a ordem pública, bons costumes
ou com inobservância da forma legal. O ato nulo precisa de decisão judicial para a retirada da
sua eficácia. Produz efeitos antes da anulação.
Exemplo: casamento entre irmãos, os filhos têm direitos, ou seja, há efeitos na relação mesmo
ela sendo nula.
O ato anulável é o que tem defeito de menor gravidade. Já a invalidade é uma forma genérica
das subespécies de: nulidade e anulabilidade. Assim, tanto o ato nulo como o anulável são
considerados inválidos. O dolo principal torna o negócio jurídico anulável (art. 171, II, CC).
Artigo 171/CC - Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico:
II- por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Exemplo: casamento de menor de 16 anos sem a permissão judicial.
122
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES DE CONSUMO NA TI
E
IMPORTANT
123
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
3 ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA TI
Antes de começar a estudar os aspectos tributários na TI, precisamos
conhecer alguns conceitos que irão facilitar a nossa compreensão sobre este
assunto.
124
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES DE CONSUMO NA TI
Assim, para termos uma ideia do que está sendo visto aqui, as empresas
com as atividades mencionadas nos incisos anteriores (artigo 14, § 4) passarão a
recolher 2,5% (dois e meio por cento) sobre a receita bruta a título de contribuição
à seguridade social (patronal), ao contrário dos usuais 20% (vinte por cento) sobre
a folha de pagamento (BRASIL, 2008).
DICAS
126
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES DE CONSUMO NA TI
127
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Até o ano de 1990 não havia legislação específica para a defesa do consumidor
nas relações de consumo, ficando assim o consumidor desprovido de
mecanismos de proteção.
o a substituição do produto;
o a restituição da quantia paga; ou
o o abatimento proporcional do preço.
128
• Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta,
apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua
livre escolha:
129
• São elementos de uma obrigação tributária:
• Os impostos que incidem quando da emissão da nota fiscal são: ICMS, IPI,
Simples, se for o caso.
130
AUTOATIVIDADE
Estão CORRETAS:
a) ( ) As afirmativas I, II e III.
b) ( ) As afirmativas II e III.
c) ( ) Somente afirmativa II.
d) ( ) Somente afirmativa IV.
4 Mévio, cliente do banco XYZ S.A., ingressou com uma ação para revisar
um contrato de financiamento que possui junto à instituição financeira.
Na petição inicial da ação de revisão, Mévio não juntou todos os extratos
necessários, tampouco o contrato referido. Sendo assim, Mévio (o autor)
fica impossibilitado de comprovar todos os fatos que alega na petição
inicial. Qual é a alternativa que cabe ao autor para não perder o seu direito
à revisão contratual?
a) ( ) Entrar com uma ação de indenização por danos morais contra o banco.
b) ( ) Fazer uso de um recurso chamado de apelação para que o banco
traga ao processo toda a documentação necessária, uma vez que Mévio é
considerado a parte mais frágil desta relação jurídica.
c) ( ) Fazer uso de um instituto chamado legítima defesa para que o banco
não se negue a trazer ao processo toda a documentação da qual necessita
Mévio.
d) ( ) Fazer uso de um instituto chamado de inversão do ônus da prova para
que o banco traga ao processo toda a documentação necessária, uma vez
que Mévio é considerado a parte mais frágil desta relação jurídica.
132
UNIDADE 2
TÓPICO 4
RELAÇÕES TRABALHISTAS NA TI
1 INTRODUÇÃO
Um dos pontos que podem ser contraditórios em nossa área é a forma de
contratação. Existem casos que as empresas tratam com seu pessoal por contratos,
porém exigem cumprimento de horário, subordinalidade, dentre outros aspectos.
Essa é uma forma de contratação válida ou serve apenas como meio da empresa
eximir-se das obrigações trabalhistas?
2 FORMAS DE CONTRATAÇÃO
Uma situação que frequentemente vemos acontecer no ramo da TI é aquela
em que os empresários, para escapar da carga fiscal e até mesmo remunerarem de
modo mais adequado os profissionais do meio, acabam por contratar pelo regime
de prestação de serviços, ao invés de contratar pelo regime celetista. É a onda da
terceirização. Você já se deparou com uma dessas situações?
E
IMPORTANT
Campos (2005) ainda afirma que o empregador pode praticar atos ou tomar
atitudes que impliquem em justa causa e proporcionem ao empregado pedir a
extinção do contrato de trabalho. A lei trabalhista enumera algumas situações:
I) tratamento com rigor excessivo; II) exigência de serviços superiores às suas
forças; III) imposição de atividades de risco ou perigo; IV) descumprimento de
cláusulas contratuais; V) prática de atos lesivos à honra do empregado ou de sua
família; VI) redução do trabalho para que tenha reduzida a sua remuneração.
DICAS
135
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
136
TÓPICO 4 | RELAÇÕES TRABALHISTAS NA TI
137
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
no crime de falsa identidade, como prevê o nosso Código Penal em seus artigos
307 e 308. Vejamos:
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter
vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a
outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não
constitui elemento de crime mais grave.
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta
de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a
outrem, para que dele se utilize documento dessa natureza, próprio
ou de terceiro:
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não
constitui elemento de crime mais grave (BRASIL, 1940, s.p.).
• Cada senha escolhida deve ser nova e diferente, já que o uso de uma única
senha para vários sistemas pode dar aos invasores uma grande vantagem ao
interceptar uma só senha.
• Senhas devem ser memorizadas. Se uma senha é registrada em papel, este deve
ser armazenado em local seguro.
• Senhas devem ser compostas de pelo menos seis caracteres, provavelmente
mais, dependendo do tamanho do conjunto de caracteres usados, se contêm
apenas números, números e letras, ou se contêm uma combinação de números,
letras e outros caracteres do teclado, por exemplo: “*”, “%”, “$”, “#”, “@” e
outros.
• Senhas devem ser substituídas periodicamente.
• Senhas devem conter uma mistura de letras (tanto maiúsculas quanto
minúsculas), dígitos e caracteres de pontuação.
138
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
140
AUTOATIVIDADE
141
a) ( ) Romualdo não terá o direito de ingressar com uma ação trabalhista,
pois está clara a cláusula no contrato assinado que não constitui vínculo
empregatício a sua contratação.
b) ( ) A empresa JKL Informática não poderá ser processada por Romualdo,
porque é a forma através da qual a empresa contrata os seus funcionários.
Todos os funcionários, sem exceção, são contratados desta maneira.
c) ( ) Romualdo tem o direito de ingressar com uma ação trabalhista contra
a JKL Informática para cobrar os seus encargos sociais, pois a cláusula que
especifica que o contrato em tela não constitui vínculo empregatício não
tem valor jurídico e serve para intimidar o contratado a não ingressar com
a devida ação.
d) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
142
UNIDADE 2 TÓPICO 5
CONTRATOS
1 INTRODUÇÃO
Para Zumbano (2015), o contrato é o vínculo jurídico entre duas ou mais
pessoas, tendo como base o consentimento de ambos e a proteção jurídica do
Estado. Exercemos contratos diariamente sem percebermos, por exemplo, ir a
uma loja de calçados e comprar um tênis. Neste momento ambos celebraram um
contrato bilateral, tendo um objeto possível, determinado e lícito.
2 DEFINIÇÃO
Para Campos (2005), as relações jurídicas são realizadas com base no
princípio da boa-fé e assim deve ser em relação aos contratos, forma típica da
relação jurídica. As partes devem estar imbuídas de lealdade e boa vontade.
Todas as formas de contratação são admitidas pelo Código Civil (Lei 10.406/2002):
escritas, verbais, por correspondência, via eletrônica ou por adesão.
3 REQUISITOS ESSENCIAIS
Para que o nosso contrato exista é necessária a presença de seus elementos
essenciais, são eles, de acordo com Campos (2005):
• Agente capaz: diz respeito à capacidade civil da parte, ou seja, deve ser maior
de idade e estar em pleno domínio de suas faculdades. Desta forma, podemos
entender que a pessoa que está assinando o contrato deve estar apta a assumir
e cumprir com suas responsabilidades contratuais.
• Objeto lícito: o objeto do contrato deve versar sobre algo cuja possibilidade
jurídica de contratar exista. Assim, o contrato deve ser válido, deve ter um
objeto dentro da lei e passível de ser contratado. Não é válido um contrato de
compra e venda de um software pirata, por exemplo.
143
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO PARA INFORMÁTICA
• Forma prescrita e não defesa por lei: a forma diz respeito ao modo pelo qual
o contrato será constituído, ou seja, o contrato deve ser previsto em lei (é o
caso dos contratos de compra e venda que estão em nosso Código Civil) ou o
contrato não pode ser proibido por lei (o contrato de prestação de serviços na
área de TI é um exemplo de um contrato que não é proibido por lei). Existem
os contratos verbais e escritos, onerosos e gratuitos, bilaterais e multilaterais,
formais e não formais.
Diz-se que o contrato é formal quando ele deve ser estipulado de acordo
com regras próprias, segundo a determinação legal. Exemplos: casamento e
locação de imóveis.
NOTA
4 PRINCÍPIOS CONTRATUAIS
Assim como o Direito e suas áreas possuem os seus princípios, com
os contratos não é diferente. Quanto aos princípios fundamentais do direito
contratual, temos os seguintes:
que cada parte deve fazer ou pagar e as condições necessárias para isso.
6) Penalidades: nem todos os contratos trazem as cláusulas penais, mas
é interessante que sejam previstas multas e penalidades para o caso de
descumprimento das obrigações acordadas entre as partes.
7) Vigência: a cláusula de vigência determina o prazo de duração do contrato.
Convém lembrar que os contratos também podem ser celebrados por prazo
indeterminado.
8) Rescisão: em todo o contrato devem constar as condições em que poderá ocorrer
a rescisão contratual, seja ela por acordo entre as partes ou por descumprimento
de cláusulas contratuais. Também é comum constar um prazo de aviso prévio,
no caso de rescisão sem a justa causa por iniciativa unilateral.
9) Disposições gerais: são cláusulas que complementam o instrumento e que não
se encaixam em nenhuma das divisões anteriores.
10) Foro: cláusula contratual que estabelece que sejam processadas e julgadas
eventuais demandas judiciais, caso as partes tenham que recorrer à justiça em
função de desentendimentos acerca do contrato.
11) Fechamento: depois de concluídas as negociações, faz-se o fechamento do
contrato, mencionando-se o local e data, bem como os nomes e assinaturas
das partes e das testemunhas.
LEITURA COMPLEMENTAR
146
TÓPICO 5 | CONTRATOS
Outra lenda urbana é a "regra das 24 horas", que é uma mentira criada
para divulgar e estimular a pirataria. Segundo esta regra, qualquer pessoa
poderia instalar um programa pirata no PC e teria 24 horas para testá-lo e, após
este prazo, teria de apagar o programa ou então a sua instalação seria considerada
pirata. Isto não existe. Qualquer programa que você não tenha licença para usá-lo
é pirataria. A maioria dos fabricantes de software disponibilizam versões "demo",
"trial" ou "shareware" de seus programas, para que justamente o usuário possa
testá-lo durante um período razoável de tempo, sem a necessidade do usuário ter
de gastar dinheiro comprando o programa primeiro para depois ver se ele atende
às necessidades, o que pode ser catastrófico (todos aqueles que já compraram um
programa e depois se decepcionaram com ele sabe do que estamos falando).
FONTE: TORRES, Gabriel. Abandoware e a regra das 24 horas. Disponível em: <https://www.
clubedohardware.com.br/artigos/programas/abandonware-e-regra-das-24-horas-r34112/>.
Acesso em: 3 mar. 2018.
147
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
• Para Campos (2005), as relações jurídicas são realizadas com base no princípio
da boa-fé e assim deve ser em relação aos contratos, forma típica da relação
jurídica.
• Diz-se que o contrato é formal quando ele deve ser estipulado de acordo com
regras próprias, segundo a determinação legal. Exemplos: Casamento e locação
de imóveis.
• Existe uma estrutura básica para escrever um contrato não formal e que poderá
ser utilizada para a criação de um contrato em nossa área, sem preocupações,
é ela: título; qualificação das partes; definições; objeto; obrigações das partes;
penalidades; vigência; rescisão; disposições gerais; foro; fechamento.
148
AUTOATIVIDADE
149
150
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
151
152
UNIDADE 3
TÓPICO 1
DEFINIÇÃO DE CRIME
1 INTRODUÇÃO
Este Tópico 1, da Unidade 3 deste livro de estudos, foi reservado para um
primeiro contato do acadêmico com um dos assuntos bastante conhecidos em
nosso meio, que são os crimes eletrônicos.
Desta forma, o Direito utiliza-se de várias leis que tratam e regulam este
assunto. Aqui veremos, dentre outros assuntos, qual é a definição de crime, ou
seja, quais são os pontos característicos levados em consideração para definir um
crime, formas de cometimento de um crime, bem como a nova lei para os crimes
eletrônicos e a sua motivação.
2 CONCEITO DE CRIME
Nós começamos pelo conceito de crime, em que profissionais da área do
direito penal, principalmente, já se depararam e se deparam em seu cotidiano.
Esse é o ponto de partida, é a pergunta mais frequentemente ouvida. Você,
certamente, já foi indagado sobre o que é crime? Qual é o conceito de crime?
Precisamos refletir, pois o conceito de crime é muito vasto.
153
UNIDADE 3 | CRIMES ELETRÔNICOS, REGISTRO DE DOMÍNIO E CERTIFICAÇÃO DIGITAL
154
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DE CRIME
Todo crime possui o sujeito ativo, que é a pessoa que comete o crime. E
crime, quem comete, é o ser humano, conforme já vimos aqui! É o ser humano
que age com intenção, sem intenção e com omissão também. E o sujeito passivo
do crime é o sujeito que sofre a lesão, que sofre o crime, que tem o seu bem
jurídico ofendido ou exposto a risco.
ATENCAO
3 CRIMES DIGITAIS
Para Schmidt (2015), as denominações quanto aos crimes praticados em
ambiente virtual são diversas, não há um consenso sobre a melhor denominação
para os delitos que se relacionam com a tecnologia. Entre outros, temos crimes de
computação, delitos de informática, abuso de computador, fraude informática,
enfim, os conceitos ainda não abarcam todos os crimes ligados à tecnologia, e,
portanto, deve-se ficar atento quando se conceitua determinado crime, tendo em
vista que existem muitas situações complexas no ambiente virtual.
156
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO DE CRIME
TUROS
ESTUDOS FU
159
RESUMO DO TÓPICO 1
• Crime é a conduta humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico tutelado
pela lei penal.
160
AUTOATIVIDADE
161
4 Os casos do vírus Melissa, que em 1999 causou um prejuízo de mais de US$
80.000.000,00 (oitenta milhões de dólares americanos) e o furto de dados,
nomes, endereços e possivelmente detalhes do cartão de crédito de 77
milhões de usuários da PlayStation Network são exemplos de:
162
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, vimos o que é um crime, o que são crimes digitais e
suas classificações. Este tópico foi reservado para sabermos como poderão ser
produzidas provas/evidências de um crime eletrônico, um assunto que certamente
causa dúvidas no momento de provar o crime praticado por meio de dispositivo
informático.
163
UNIDADE 3 | CRIMES ELETRÔNICOS, REGISTRO DE DOMÍNIO E CERTIFICAÇÃO DIGITAL
164
TÓPICO 2 | PROVA DE CRIME ELETRÔNICO
• Dolo (forma dolosa): Martins (2011) afirma que dolo é a vontade de praticar o
ato, sabidamente criminoso, existindo a intenção de praticá-lo, como o de sacar
um revólver e roubar uma pessoa. Neste caso, é importante entendermos que
o agente quer o resultado, ele tem a intenção de produzi-lo. É o que preceitua
o Código Penal no artigo 18, em seu inciso I. Vejamos:
E
IMPORTANT
Os crimes eletrônicos são julgados de forma dolosa, uma vez que não há como
falar em crimes praticados sem intenção por meio da rede mundial de computadores, pois
fica evidente o propósito do autor causar o dano à vítima.
165
UNIDADE 3 | CRIMES ELETRÔNICOS, REGISTRO DE DOMÍNIO E CERTIFICAÇÃO DIGITAL
Ao que tudo indica, este caso acabou sendo a mola propulsora da edição
da Lei nº 12.737, de 30 de novembro de 2012, publicada no Diário Oficial da
União em 3 de dezembro de 2012, e em vigor 120 (cento e vinte) dias após a sua
publicação oficial (artigo 4º), apelidada de Lei Carolina Dieckmann, que dispõe
sobre a tipificação criminal de delitos informáticos; altera o Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; e dá outras providências.
Até pouco tempo não existia uma lei específica para os crimes eletrônicos.
O que ocorria quando algum crime eletrônico era cometido era o apelo à lei
penal para enquadrar determinado crime. O que se praticava até há pouco era a
analogia que estudamos neste livro. Por exemplo: se alguma quantia em dinheiro
fosse subtraída de conta bancária pela internet, tal crime era julgado como furto
(o convencional), pois esta ação está tipificada em nosso Código Penal de 1940.
Se alguma pessoa fosse vítima de estelionato pela internet, o crime era julgado
como o estelionato praticado de modo presencial, pois até então não existia a lei
específica para tais crimes.
166
TÓPICO 2 | PROVA DE CRIME ELETRÔNICO
Ação penal
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede
mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a administração
pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito
Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços
públicos.
167
UNIDADE 3 | CRIMES ELETRÔNICOS, REGISTRO DE DOMÍNIO E CERTIFICAÇÃO DIGITAL
Falsificação de cartão
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento
particular o cartão de crédito ou débito. (NR)
Art. 4º Esta lei entra em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de
sua publicação oficial.
Brasília, 30 de novembro de 2012; 191º da Independência e 124º da
República.
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
E
IMPORTANT
Caro acadêmico, como já aprendemos sobre a interpretação das leis, será simples
a interpretação desta lei também! Vamos praticar?
168
RESUMO DO TÓPICO 2
• Para a nossa área de TI é importante que saibamos que existem três formas de
cometimento de um crime. São elas: forma culposa, dolosa e preterdolosa.
• A nova lei, que altera o nosso Código Penal, tipifica como crime alguns
comportamentos no meio eletrônico, como a invasão de sites, violação de
dados, furto, “derrubar” sites, dentre outros.
169
AUTOATIVIDADE
3 Tácio, preocupado com uma conduta que acaba de praticar e que suspeita
ser criminosa, consulta o seu advogado para saber se praticou um crime.
Durante a dita consulta, o advogado de Tácio não encontra a conduta
descrita pelo seu cliente no Código Penal (Lei Penal). Neste caso, analise as
alternativas abaixo e selecione a CORRETA:
a) ( ) Tácio, por analogia, pode ter praticado outro crime que se assemelhe à
conduta narrada.
b) ( ) Tácio não praticou crime, pois não há analogia na Lei Penal.
c) ( ) Tácio deverá se apresentar ao Ministério Público por ter praticado
conduta humana atípica.
d) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
4 Para Schmidt (2015), de modo geral, pode-se dizer que as evidências dos
crimes cibernéticos são extremamente voláteis. Podem ser apagadas em
segundos ou perdidas facilmente. Além disso, possuem formato complexo
170
e costumam estar misturadas a uma grande quantidade de dados legítimos,
demandando uma análise apurada pelos técnicos e peritos que participam
da persecução penal. Diante disso, como poderão ser produzidas evidências
de um crime eletrônico?
I- A maioria dos crimes cibernéticos exige perícia para sua perfeita prova.
II- As evidências dos crimes cibernéticos, em um computador, podem ser
classificadas como evidências do usuário e evidências do sistema.
III- As evidências do usuário são aquelas produzidas pelo próprio sujeito
ativo, em arquivos de texto, imagem ou qualquer outro tipo.
IV- Já as evidências do sistema são as produzidas pelo sistema operacional, em
função da ação do sujeito ativo.
171
172
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, trataremos sobre a responsabilidade civil, como funciona a
questão de indenizações e legítima defesa na internet. São temas cada vez mais
atuais em nosso meio, que é a TI. No Brasil, cada vez mais estes assuntos são
tratados de maneira respeitável e com decisões judiciais firmes.
173
UNIDADE 3 | CRIMES ELETRÔNICOS, REGISTRO DE DOMÍNIO E CERTIFICAÇÃO DIGITAL
O art. 159 de nosso Código Civil Brasileiro determina que “fica obrigado a
reparar o dano” quem assim o tiver dado causa. Esta reparação é feita através da
restituição das coisas, normalmente de forma financeira. E, para arbitrar/estipular
o valor do dano moral, o juiz leva em consideração o sofrimento da vítima e o
poder aquisitivo do agente que provocou tal dor.
NOTA
Assim, podemos entender que, uma vez sofrido o dano moral, não há
como desfazer tal dano. Podemos utilizar como exemplo o dano moral (calúnia,
injúria ou difamação) sofrido nas redes sociais (constrangimento por internet): se
tivermos o nosso perfil “pichado”, não há como voltarmos no tempo e deixarmos
de sofrer tal constrangimento, ele já ocorreu – o sofrimento já ocorreu –, mesmo
que o xingamento, por exemplo, seja retirado/excluído de nosso perfil; pois
familiares, colegas de trabalho, amigos e outros contatos de nosso perfil podem já
ter visualizado as ofensas.
174
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE CIVIL, INDENIZAÇÃO E LEGÍTIMA DEFESA NA INTERNET
175
UNIDADE 3 | CRIMES ELETRÔNICOS, REGISTRO DE DOMÍNIO E CERTIFICAÇÃO DIGITAL
176
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE CIVIL, INDENIZAÇÃO E LEGÍTIMA DEFESA NA INTERNET
defender de uma injusta agressão, isto é, alguma agressão proibida por lei,
utilizando de meios razoáveis, para evitar o ataque a um determinado bem
jurídico nosso ou de outra pessoa que está sofrendo algum tipo de agressão ou
está em vias (na iminência) de sofrer.
E
IMPORTANT
177
UNIDADE 3 | CRIMES ELETRÔNICOS, REGISTRO DE DOMÍNIO E CERTIFICAÇÃO DIGITAL
A mesma autora afirma que a defesa está limitada ao uso restrito dos meios
reputados eficazes e suficientes para repelir a agressão. Nem menos, nem mais do
que isso, ou seja, há um princípio de proporcionalidade que exige que tenhamos
certa moderação. Logo, é fundamental que verifiquemos no caso a caso, ou em
um padrão de cenário específico, quais as medidas mínimas de defesa e em que
momento as ações passam a configurar infrações.
Assim, podemos verificar que cada caso é um caso. Nesta área não podemos
generalizar os casos. Por isso devemos tomar muito cuidado com a questão “dos
meios moderados” que prega o artigo de nosso Código Penal. “Se alguém lhe enviar
um spam, você não pode responder com um vírus!” (PINHEIRO, 2006, p. 32).
178
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE CIVIL, INDENIZAÇÃO E LEGÍTIMA DEFESA NA INTERNET
179
RESUMO DO TÓPICO 3
• O art. 159 de nosso Código Civil Brasileiro determina que “fica obrigado a
reparar o dano” quem assim o tiver dado causa. Esta reparação é feita através
da restituição das coisas, normalmente de forma financeira.
• O nosso Código Penal traz os crimes contra a honra: calúnia, injúria e difamação.
Crimes estes bastante praticados pela internet, infelizmente.
• Isso significa que podemos nos defender de uma injusta agressão, isto é,
alguma agressão proibida por lei, utilizando de meios razoáveis, para evitar
o ataque a um determinado bem jurídico nosso ou de outra pessoa que está
sofrendo algum tipo de agressão ou está em vias (na iminência) de sofrer.
• Pinheiro (2006) assevera que a defesa da vítima ou a ação de outro que venha a
responder ao ataque não será passível de punição se sua atitude se enquadrar
em legítima defesa, o que para a internet exige que se defina claramente o que
significa o emprego moderado dos meios necessários.
180
• A defesa está limitada ao uso restrito dos meios reputados eficazes e suficientes
para repelir a agressão. Nem menos, nem mais do que isso.
181
AUTOATIVIDADE
183
184
UNIDADE 3
TÓPICO 4
REGISTRO DE DOMÍNIO
1 INTRODUÇÃO
Um domínio é a maneira como um site é disponibilizado na internet.
Domínio, praticamente, é o seu nome na internet. Segundo Corrêa (2008), o
domínio tem a função principal de materializar a conexão entre o usuário de
internet e o servidor responsável pelo alojamento do site.
185
UNIDADE 3 | CRIMES ELETRÔNICOS, REGISTRO DE DOMÍNIO E CERTIFICAÇÃO DIGITAL
DICAS
4 CATEGORIAS DE DOMÍNIO
No artigo 14 da Resolução CGI.br/RES/2008/008/P encontramos as
categorias de domínio que podemos utilizar no momento do registro. Vamos
conferir:
186
TÓPICO 4 | REGISTRO DE DOMÍNIO
187
UNIDADE 3 | CRIMES ELETRÔNICOS, REGISTRO DE DOMÍNIO E CERTIFICAÇÃO DIGITAL
188
RESUMO DO TÓPICO 4
• O nome deve ser uma combinação de letras e números [a-z;0-9], hífen [-] e os
seguintes caracteres acentuados [à, á, â, ã, é, ê, í, ó, ô, õ, ú, ü, ç].
• Tal nome não pode ser constituído somente de números e não iniciar ou
terminar por hífen.
• O domínio escolhido pelo requerente não deve tipificar nome não registrável,
isto é, o nome escolhido de domínio não poderá desrespeitar a legislação em
vigor, induzir terceiros a erro, violar direitos de terceiros, representar conceitos
predefinidos na rede internet que represente palavras de baixo calão ou
abusivas, que simbolize siglas de Estados, Ministérios, ou que incida em outras
vedações que porventura venham a ser definidas pelo CGI.br.
189
AUTOATIVIDADE
2 O domínio escolhido pelo requerente não deve tipificar nome não registrável,
isto é, o nome escolhido de domínio não poderá desrespeitar a legislação
em vigor, induzir terceiros a erro, violar direitos de terceiros, representar
conceitos predefinidos na rede internet que represente palavras de baixo
calão ou abusivas, que simbolize siglas de Estados, Ministérios. Diante destas
informações, analise a questão: Quem estipula as regras para o registro de
domínios no Brasil? Assinale a assertiva correta:
a) ( ) CertSign do Brasil
b) ( ) Verisign do Brasil
c) ( ) Comitê Brasil da Internet
d) ( ) Comitê Gestor da Internet no Brasil
3 Para Pereira (2012), caso você seja dono de uma empresa presente na internet
ou de um blog que queira levar mais a sério, é provável que você já tenha
pensado em ter um domínio ".com.br" para o seu site. Só que o problema é
que muitas pessoas não fazem a menor ideia de como fazer esse registro.
Diante desta afirmação, reflita e cite, no mínimo, três regras para o registro
de um domínio.
190
UNIDADE 3
TÓPICO 5
CERTIFICAÇÃO DIGITAL
1 INTRODUÇÃO
Todos nós sabemos que os negócios via internet atualmente são uma
realidade. Porém, como podemos transportar a segurança e a originalidade dos
documentos tradicionais aos documentos virtuais e obter assim segurança jurídica
das relações negociais? Este tópico nos apresentará as unidades certificadoras, a
certificação digital propriamente dita, bem como a sua validade judicial.
2 ASSINATURA DIGITAL
Cada vez que lidamos com documentos, lidamos também com assinaturas,
não é verdade? No meio digital, como podemos “assinar” um documento e garantir,
desta maneira, a sua autenticidade? Para isto dispomos da assinatura digital.
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DICAS
3 UNIDADES CERTIFICADORAS
Uma unidade ou autoridade certificadora é uma organização comercial que é
responsável pela emissão dos chamados certificados digitais. As empresas CertiSign
e Verisign são exemplos de autoridades certificadoras dentre as que podemos citar.
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TÓPICO 5 | CERTIFICAÇÃO DIGITAL
FONTE: A autora
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DICAS
Caro acadêmico, para melhorar e ampliar sua compreensão acerca deste assunto,
sugere-se a visita aos sites: <http://www.certisign.com.br> e <www.verisign.com.br/>. Lá
você encontrará informações a respeito da certificação digital que estamos estudando agora!
DICAS
Caro acadêmico, para saber mais sobre a Medida Provisória 2.200-2, de 2001,
você pode acessar o link: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/Antigas_2001/2200-2.
htm> e ter acesso ao conteúdo completo sobre esta medida.
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TÓPICO 5 | CERTIFICAÇÃO DIGITAL
LEITURA COMPLEMENTAR
O BULLYING E O CYBERBULLYING
FIGURA 10 – O BULLYING
A violência está ligada ao agressor, não à vítima, pois revela o modo com
que o bully lida com sua própria raiva e insegurança. A humilhação e depreciação
do outro seria, em alguns casos, uma válvula de escape para os problemas, e o
sofrimento do outro uma fonte de satisfação pessoal.
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TÓPICO 5 | CERTIFICAÇÃO DIGITAL
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Código Penal -, que tipifica como crime a prática do bullying virtual. Podemos,
no trecho abaixo, acompanhar a proposta de mudança em nosso Código Penal:
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RESUMO DO TÓPICO 5
• Existe uma chave pública no interior do certificado digital que torna possível
a verificação da validade da assinatura digital do documento enviado, ou em
outro caso, a própria decifração do conteúdo enviado de maneira cifrada.
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AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
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