Análise Das DC
Análise Das DC
Análise Das DC
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
Impresso por:
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade,
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil:
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba,
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades
de todos. Para continuar relevante, a instituição
de educação precisa ter pelo menos três virtudes:
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
promover a educação de qualidade nas diferentes
áreas do conhecimento, formando profissionais
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
Pró-Reitor de
Ensino de EAD
transformamos também a sociedade na qual estamos
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
Diretoria de Graduação
e Pós-graduação este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe
de professores e tutores que se encontra disponível para
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
AUTOR
http://lattes.cnpq.br/8720424420446751
APRESENTAÇÃO
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), este será o nosso material de estudo. Ele não é exclusivo aos alunos de
contabilidade, mas é importante que você já tenha estudado os conceitos fundamen-
tais de contabilidade, o processo contábil e as demonstrações financeiras ou contábeis.
Além dos profissionais da contabilidade, todos os demais envolvidos na gestão, princi-
palmente a gestão financeira, precisam saber interpretar e analisar as demonstrações
para que a tomada de decisões seja feita de forma assertiva, contribuindo na gestão
empresarial.
Para rever os conteúdos já estudados sobre as demonstrações e facilitar o desenvolvi-
mento deste estudo, vamos trazer, na Unidade I, os conceitos e fundamentos das de-
monstrações obrigatórias e a estrutura para análise dos aspectos práticos das demons-
trações Balanço Patrimonial e Demonstrações de Resultados, visto que a continuidade
dos estudos tratará destas demonstrações como base para cálculos e contextualização
prática. No Balanço Patrimonial, vamos encontrar informações para realizar, além das
análises vertical e horizontal, os estudos sobre a situação financeira e patrimonial da em-
presa, e as informações das Demonstrações de Resultados serão utilizadas para analisar
a situação econômica. Assim, todo o estudo sobre a saúde financeira, estrutura patrimo-
nial e resultado econômico poderão ser estudados com demonstração prática dos cál-
culos e interpretação dos índices tomando como base as demonstrações da Unidade I.
Na Unidade II, vamos comentar sobre as principais técnicas de análise utilizadas, tendo
em vista que há diversos indicadores de análise e técnicas. Entretanto, mais relevante é a
utilidade da informação aos usuários internos e externos, já que cada um deles tem uma
necessidade específica ao analisar as demonstrações: enquanto o acionista se preocupa
mais com o retorno, as instituições financeiras, por sua vez, volta-se à condição da em-
presa em pagar seus compromissos. Nesta unidade, vamos conceituar análise vertical e
horizontal e utilizar as demonstrações da Unidade I para calcular tais análises, realizan-
do, também, uma análise conjunta, misturando a vertical e horizontal.
Um ponto importante na análise empresarial é a análise da própria gestão, isto é, aná-
lise da empresa feita pelos seus gestores. O objetivo principal da análise da gestão dos
recursos é verificar se o planejado está sendo realizado, pois tal prática serve para medir
a eficiência e eficácia da gestão empresarial.
Na Unidade III, faremos a análise da gestão dos recursos, calculando o giro dos recursos
e os prazos médios de realização. O objetivo principal é calcularmos o ciclo operacional
e financeiro, pois, dessa forma, podemos saber se o planejamento estratégico está sen-
do operacionalizado como planejado.
Ao chegarmos na Unidade IV, vamos ao ponto focal na análise empresarial: a análise
pelos índices econômico-financeiros, mas sem desconsiderar os estudos das outras uni-
dades, uma vez que cada uma tem a sua finalidade neste estudo.
É nesta unidade que vamos radiografar detalhadamente a empresa para verificarmos se
existe o equilíbrio ideal dos recursos em três aspectos primordiais: a situação financeira,
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
15 Introdução
16 Balanço Patrimonial
25 Demonstrações de Resultados
30 Outras Demonstrações
44 Considerações Finais
51 Referências
52 Gabarito
UNIDADE II
55 Introdução
60 Análise Vertical
67 Análise Horizontal
82 Considerações Finais
87 Referências
88 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE III
91 Introdução
98 Prazos Médios
123 Referências
124 Gabarito
UNIDADE IV
127 Introdução
170 Referências
171 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE V
175 Introdução
176 Índices-Padrão
213 Referências
214 Gabarito
215 CONCLUSÃO
Professor Me. José Manoel da Costa
I
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
UNIDADE
OU FINANCEIRAS: ESTRUTURA
E ADEQUAÇÕES
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar a estrutura do BP para entender os grupos de contas.
■■ Entender o resultado da empresa por meio do conhecimento da
estrutura da DRP e da DRA.
■■ Considerar as demais demonstrações contábeis na análise
empresarial.
■■ Conhecer as principais necessidades de adequações das
demonstrações para fins de análise.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Balanço Patrimonial
■■ Demonstrações de Resultados
■■ Outras Demonstrações
■■ Adequações para Análise
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
Balanço Patrimonial
18 UNIDADE I
Normalmente, uma entidade obtém ativos por meio de sua compra ou produ-
ção, mas um bem móvel ou imóvel recebido em doação, seja de pessoas físicas
ou jurídicas ou de ente governamental também é exemplo de eventos passados.
A principal característica que se pode visualizar em um ativo é o benefício
futuro que pode advir desse bem ou direito. Quando dizemos que para ser con-
siderado um ativo devemos ter expectativa de futuros benefícios econômicos,
estamos nos referindo ao potencial que um determinado elemento patrimonial
tem em contribuir, direta ou indiretamente, na geração de caixa para a entidade,
esse potencial pode ser produtivo ou na capacidade de reduzir saídas de caixa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ou reduzir os custos de produção.
O lado esquerdo do balanço patrimonial mostra a aplicação dos recursos
à disposição da gestão, no qual é possível ver o que foi feito com o dinheiro ou
onde os recursos da empresa estão.
ATIVO x3 x2 x1
Ativo Circulante 2.963.415 3.319.459 3.365.369
Pensando que o ativo é formado por bens e direitos, como você classificaria
os recursos em contas correntes bancárias? São bens ou direitos? Por quê?
Circulante
Balanço Patrimonial
20 UNIDADE I
■■ Outros:
■■ Pagamentos antecipados diversos.
■■ Juros a apropriar em períodos seguintes.
Não Circulante
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Representa todos os Bens e Direitos considerados como Ativo da empresa e
que possam ser transformados em dinheiro no chamado longo prazo, ou seja,
após doze meses da data do balanço, os valores que constam como Ativo Não
Circulante, subgrupo Realizável a Longo Prazo no Balanço Patrimonial levan-
tado em 31/12/2017, tem a expectativa de realização, conversão em dinheiro, a
partir de 01/01/2019. Além dos valores recebíveis a longo prazo, no Ativo Não
Circulante são classificados os recursos não recebíveis, os recursos aplicados para
manutenção da atividade da entidade, os investimentos permanentes em outras
empresas, os bens que serão utilizados na produção ou na manutenção das ati-
vidades empresariais e os ativos intangíveis.
Assim sendo, a classificação do Ativo Não Circulante é feita da seguinte forma:
■■ Realizável a Longo Prazo.
■■ Investimentos.
■■ Imobilizado.
■■ Intangível.
Balanço Patrimonial
22 UNIDADE I
Portanto, o passivo é composto por dívidas que devem ser pagas aos credores,
independentemente do resultado do negócio.
De outra forma, o Patrimônio Líquido – que também representa origem de
recursos, mas não pode ser considerado uma dívida (ou passivo), pois depende
do resultado do negócio e da saída de recursos para sua liquidação – aconte-
cerá somente em caso de dissolução da sociedade. “Patrimônio Líquido é o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus pas-
sivos” (CFC, 2011).
Quadro 2 - Balanço Patrimonial - Lado direito
Passivo Circulante
Neste grupo de contas são registradas as dívidas com vencimento após o perí-
odo de 12 meses, posteriormente à elaboração das demonstrações. Portanto, os
valores que constarem como Passivo Não Circulante no Balanço Patrimonial de
31/12/2017 são dívidas com vencimento a partir de 01/01/2019.
Os subgrupos que formam o Passivo Não Circulante são os mesmos que
compõem o Passivo Circulante; a diferença está no vencimento da dívida. Se
a empresa comprar mercadorias a prazo, com vencimento até 365 dias após a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
elaboração das demonstrações, deverá constar como Fornecedores no Passivo
Circulante. No entanto, se a mesma mercadoria for comprada com um prazo de
367 dias ou mais, deverá constar como Fornecedores no Passivo Não Circulante.
O valor mais representativo do Passivo Não Circulante, normalmente, refe-
re-se a Empréstimos e Financiamentos, pois não é comum compras com mais
de 12 meses para pagar.
A cada período, uma parte da dívida a longo prazo deve ser reclassificada
para o Passivo Circulante, por passar a ser de curto prazo. Por isso, os pagamen-
tos são feitos no circulante, salvo se houver uma liquidação antecipada.
Patrimônio Líquido
exigir os recursos de volta, haja vista que tal prática representaria a dissolução
da sociedade (não existe sociedade sem sócios, nem empresa sem dono).
As contas pertencentes ao Patrimônio Líquido estão distribuídas nos seguin-
tes grupos:
■■ Capital social.
■■ Reservas de capital.
■■ Reservas de lucros.
■■ Ações em tesouraria.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Prejuízos acumulados.
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
Demonstrações de Resultados
26 UNIDADE I
A maioria das pequenas e médias empresas não têm outros resultados abran-
gentes; neste caso, o resultado apurado na Demonstração do Resultado do Período
será igual ao resultado apurado na Demonstração do Resultado Abrangente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vertical, por meio do qual são deduzidas, das vendas brutas da empresa, todas
as estimativas pertinentes (custos e despesas) para apurar o resultado líquido.
Quadro 3 - Demonstração do Resultado do Período
Demonstrações de Resultados
28 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a NBC TG 38).
ções no exterior
Ganhos e perdas na remensuração de 1.386 -1.628 -1.262
ativos financeiros disponíveis para venda
Ativos Financeiros disponíveis para a venda -2.959 -2.103 -2.740
provinientes de investimento de período
anterior.
Efeitos Fiscais Ativos Financeiros disponíveis 1.331 841 1.096
para a venda provenientes de investimento
de período anterior.
Ativos Financeiros disponíveis para a venda 5.480 -856 637
provenientes de investimento do período.
Efeitos Fiscais Ativos Financeiros disponíveis -2.466 490 -255
para a venda provenientes de investimento
do período.
Parcela efetiva de ganhos ou perdas
advindos de instrumentos de hedge em
operação de hedge de fluxo de caixa.
(=) RESULT. ABRANGENTE DO PERÍODO 108.995 6.131 210.275
Fonte: o autor.
Demonstrações de Resultados
30 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OUTRAS DEMONSTRAÇÕES
É a demonstração que vai comunicar aos usuários o que ocorreu com as con-
tas que compõem o Patrimônio Líquido, para que o saldo do início do período
■■ Ações em tesouraria;
■■ Prejuízos acumulados;
Então, são as mutações dos saldos dessas contas que a DMPL deve mostrar.
Somente para exemplificar, no Balanço Patrimonial que estamos utilizando,
temos os seguintes saldos das contas do Patrimônio Líquido:
Quadro 5 - Patrimônio Líquido
Subgrupos x3 x2 x1
Capital Social 606.505 606.505 606.505
Reservas de Capital 17.914 14.567 10.103
Reservas de Lucro 76.400 52.342 159.316
Outros Resultados Abrangentes 1.386 -1.628 -1.262
(-) Ações em Tesouraria -5.897 -9.574 -20.195
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 696.308 662.212 754.467
Fonte: o autor.
A DMPL, de acordo com o item 106 da NBC TG26(R4), deve conter as seguin-
tes informações (CFC, 2016a):
a. o resultado abrangente do período, apresentando separada-
mente o montante total atribuível aos proprietários da entidade
controladora e o montante correspondente à participação de
não controladores;
b. para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da
aplicação retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva,
reconhecidos de acordo com a NBC TG 23;[...]
Outras Demonstrações
32 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Segue um exemplo de DMPL:
Quadro 6 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Saldos em
606.505 10.103 159.316 0 -1.262 -20.195 754.467
01/01/x2
Aumento de
0
Capital
Ações em
Tesouraria 33.272 33.272
Adquiridas
Ações em
Tesouraria -22.651 -22.651
Vendidas
Dividendo 0
Outros Resul-
tados Abran- -366 -366
gentes
Lucro Líquido
107.609 107.609
do Período
Utilização das
-214.583 -214.583
Reservas
Constituição de
4.464 4.464
Reservas
Saldos em
606.505 14.567 52.342 0 -1.628 -9.574 662.212
31/12/x2
Aumento de
0
Capital
Ações em
Tesouraria 18.690 18.690
Adquiridas
Ações em
Tesouraria -15.013 -15.013
Vendidas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dividendo 0
Outros Resul-
tados Abran- 3.014 3.014
gentes
Lucro Líquido
7.759 7.759
do Período
Constituição de
3.347 16.229 19.646
Reservas
Saldos em
606.505 17.914 76.400 0 1.386 -5.897 696.308
31/12/x3
Fonte: o autor.
Outras Demonstrações
34 UNIDADE I
I. Atividades Operacionais
São as saídas de recursos dos gastos referentes a aumento no Ativo Não Circulante,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
seja nos recebíveis a longo prazo ou nos investimentos, imobilizado ou Intangível.
Também mostra as entradas oriundas das vendas dos ativos não circulantes.
Atividades Operacionais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Recebimento de clientes
Pagamentos a fornecedores e empregados
Caixa gerado pelas operações
Juros Pagos
Imposto de renda e contribuição social pagos
Imposto de renda na fonte sobre dividendos recebidos
Atividades de Investimento
Compra de ativo imobilizado
Recebimento de venda de ativo imobilizado
Juros recebidos
Dividendos recebido
Atividades de Financiamento
Recebimento pela emissão de ações
Recebimento por empréstimo a longo prazo
Pagamento de passivo por arrendamento
Dividendos pagos
Aumento líquido das disponibilidades
Caixa e equivalentes de caixa no início do período
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período
Fonte: o autor.
Outras Demonstrações
36 UNIDADE I
Atividades Operacionais
Lucro Líquido antes do IR e CSLL
Itens de ajustes do Lucro líquido:
Depreciação
Perda Cambial
Resultado de equivalência patrimonial
Despesas de Juros
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Aumento nas contas a receber
Diminuição nos estoques
Diminuição nas contas a pagar
Caixa gerado pelas operações
Juros Pagos
Imposto de renda e contribuição social pagos
Imposto de renda na fonte sobre dividendos recebidos
Atividades de Investimento
Compra de ativo imobilizado
Recebimento de venda de ativo imobilizado
Juros recebidos
Dividendos recebidos
Atividades de Financiamento
Recebimento pela emissão de ações
Recebimento por empréstimo a longo prazo
Pagamento de passivo por arrendamento
Dividendos pagos
Aumento líquido das disponibilidades
Caixa e equivalentes de caixa no início do período
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período
Fonte: o autor.
Outras Demonstrações
38 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Na primeira parte, a DVA apresenta de forma detalhada a riqueza criada pela
entidade. Na segunda parte apresenta, também de forma detalhada, a distribui-
ção da riqueza criada.
Como não temos todas as informações para elaboração da DVA, vamos
mostrar, a seguir, o seu modelo:
Quadro 9 - Demonstração do Valor Adicionado
(1) RECEITAS
Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços
Provisão para créditos duvidosos
Outras Receitas e Outras Despesas Não Operacionais
(2) INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
Custos dos Produtos das Mercadorias e Serviços Vendidos
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
Perda/Recuperação de Ativos
Outros
(4) RETENÇÕES
Depreciação, amortização e exaustão
Remuneração Direta
Benefícios
FGTS
Impostos, Taxas e Contribuições
Federais
Estaduais
Municipais
Remuneração de Capital de Terceiros
Juros
Aluguéis
Outros
Remuneração de Capital Próprio
Juros sobre capital próprio
Dividendos
Lucros retidos/Prejuízo do período
Fonte: o autor.
Outras Demonstrações
40 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ADEQUAÇÕES PARA ANÁLISE
que o analista observe que nas contas a receber de clientes tem um valor ven-
cido, com pequenas possibilidades de recebimento, ele pode decidir pela exclusão
deste valor dos ativos, pois o que não vai trazer benefícios futuros para a enti-
dade não pode constar nos ativos.
Outro ponto de atenção dos analistas está na Demonstração do Resultado.
Caso as despesas e receitas financeiras estejam fazendo parte do resultado ope-
racional, é necessário ajustar para considerar como não operacional, já que
uma empresa tem despesas financeiras por necessidade de capital e tem recei-
tas financeiras por sobras de capital; nem uma coisa e nem outra são inerentes
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
X3
ATIVO
PUBLICADO AJUSTES AJUSTADO
Ativo Circulante 2.963.415 -15.000 2.948.415
Caixa e Equivalentes 202.452 202.452
Títulos e Valores Mobiliários 566.954 566.954
Partes relacionadas 51.078 51.078
Clientes 419.616 -15.000 404.616
Estoques 1.336.954 1.336.954
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o autor.
Quadro 11 - Balanço Patrimonial - Lado direito - Ajustes
X3
PASSIVO E PATR. LÍQUIDO
PUBLICADO AJUSTES AJUSTADO
Passivo Circulante 2.924.425 0 2.924.425
Empréstimos e Financiamentos 980.727 980.727
Partes relacionadas 94.109 94.109
Fornecedores 1.522.038 1.522.038
Obrigações Sociais e Trabalhistas 181.837 181.837
Obrigações Fiscais 31.642 31.642
Outras Contas a Pagar 114.072 114.072
Passivo Não Circulante 1.551.292 0 1.551.292
Fornecedores 519.234 519.234
Empréstimos e Financiamentos 773.305 773.305
Outras Obrigações 258.753 258.753
Patrimônio Líquido 696.308 -15.000 681.308
Capital Social 606.505 606.505
Reservas de Capital 17.914 17.914
Reservas de Lucro 76.400 76.400
Outros Resultados Abrangentes 1.386 1.386
(-) Ações em Tesouraria -5.897 -5.897
Ajustes para fins de análise 0 -15.000 -15.000
TOTAL DO PASSIVO + PATR. LÍQUIDO 5.172.025 -15.000 5.157.025
Fonte: o autor.
X3
APURAÇÃO DO RESULTADO
PUBLICADO AJUSTES AJUSTADO
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 9.204.103 9.204.103
(-) Custos das Vendas -6.379.561 -6.379.561
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ou relatórios contábeis, que visam evidenciar a situação financeira, patrimonial
e econômica de uma organização empresarial.
Com o estudo cuidadoso dos conteúdos desta unidade, você percebeu a
importância das demonstrações: elas devem proporcionar informações rele-
vantes e fidedignas sobre a situação patrimonial - ativos, passivos e patrimônio
líquido - e sobre a situação econômica - receitas, custos, despesas e o resultado
do período -, tendo em vista que a utilização das demonstrações são feitas por
diversos usuários, cada um com o seu objetivo.
Seja você um futuro profissional contábil ou não, deve entender que todos
os gestores precisam conhecer as demonstrações financeiras, pois somente assim
poderão tomar decisões assertivas na gestão empresarial. Por isso, afirmamos
mais uma vez, sem medo de errar, que a contabilidade, as demonstrações e a
análise das demonstrações não são temas restritos aos estudantes e profissio-
nais da contabilidade, mas destina-se a todos os gestores, principalmente os da
área financeira, os quais devem compreender as demonstrações para fazerem a
interpretação e análise correta da situação financeira, patrimonial e econômica.
A partir da próxima unidade deste livro, vamos iniciar na prática a análise
das demonstrações com base nas informações financeiras, patrimoniais e eco-
nômicas que aqui estudamos.
Vamos em frente.
Material Complementar
48
propõe representar. Para ser representa- dade significa que diferentes observadores,
ção perfeitamente fidedigna, a realidade cônscios e independentes, podem chegar
retratada precisa ter três atributos. Ela tem a um consenso, embora não cheguem
que ser completa, neutra e livre de erro. É necessariamente a um completo acordo,
claro, a perfeição é rara, se de fato alcan- quanto ao retrato de uma realidade econô-
çável. O objetivo é maximizar referidos mica em particular ser uma representação
atributos na extensão que seja possível. fidedigna. Informação quantificável não
[...] necessita ser um único ponto estimado
para ser verificável. Uma faixa de possí-
Características qualitativas de melhoria veis montantes com suas probabilidades
respectivas pode também ser verificável.
QC19. Comparabilidade, verificabilidade, [...]
tempestividade e compreensibilidade são
características qualitativas que melhoram Tempestividade
a utilidade da informação que é relevante
e que é representada com fidedignidade. QC29. Tempestividade significa ter infor-
As características qualitativas de melhoria mação disponível para tomadores de
podem também auxiliar a determinar qual decisão a tempo de poder influenciá-los
de duas alternativas que sejam considera- em suas decisões. Em geral, a informação
das equivalentes em termos de relevância mais antiga é a que tem menos utilidade.
e fidedignidade de representação deve ser Contudo, certa informação pode ter o
usada para retratar um fenômeno. seu atributo tempestividade prolongado
após o encerramento do período contá-
Comparabilidade bil, em decorrência de alguns usuários, por
exemplo, necessitarem identificar e avaliar
QC20. As decisões de usuários implicam tendências.
escolhas entre alternativas, como, por exem-
plo, vender ou manter um investimento, ou Compreensibilidade
investir em uma entidade ou noutra. Con-
sequentemente, a informação acerca da QC30. Classificar, caracterizar e apresentar
entidade que reporta informação será mais a informação com clareza e concisão tor-
útil caso possa ser comparada com informa- na-a compreensível.
ção similar sobre outras entidades e com
informação similar sobre a mesma enti- QC31. Certos fenômenos são ineren-
dade para outro período ou para outra data. temente complexos e não podem ser
[...] facilmente compreendidos. A exclusão de
informações sobre esses fenômenos dos
Verificabilidade relatórios contábil-financeiros pode tor-
nar a informação constante em referidos
QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar relatórios mais facilmente compreendida.
aos usuários que a informação representa Contudo, referidos relatórios seriam con-
fidedignamente o fenômeno econômico siderados incompletos e potencialmente
que se propõe representar. A verificabili- distorcidos (misleading).
50
II
UNIDADE
EMPRESARIAL
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar as técnicas de análise das demonstrações.
■■ Verificar a representatividade dos recursos perante o valor referencial.
■■ Analisar a evolução dos recursos de um para outro período.
■■ Entender as alterações de recursos por meio da utilização conjunta
da Análise Vertical e Horizontal.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O que é a análise das demonstrações?
■■ Análise Vertical
■■ Análise Horizontal
■■ Visão Conjunta: AV-AH
55
INTRODUÇÃO
bém considerar o processo contábil, desde o fato contábil até a publicação das
demonstrações, já que agora estas serão dados para gerar novas informações
por meio da análise.
É importante considerar que as primeiras informações geradas pela análise
vêm por meio da análise vertical e da análise horizontal. As informações geradas
por essas técnicas apresentam um panorama geral das demonstrações, princi-
palmente do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado.
A análise vertical compara os valores das contas, subgrupos e grupos de con-
tas com um valor referencial, que, no caso do lado esquerdo do balanço, é o total
do ativo e, no caso do lado direito, pode ser feito com dois enfoques: o total de
passivo mais patrimônio líquido em conjunto ou o valor do passivo separado
do valor do patrimônio líquido. Nas contas de resultado, o referencial é o valor
da receita ou vendas líquidas.
A análise horizontal mostra a evolução das contas, subgrupos e grupos de
contas entre um período e outro, podendo ser feita de duas formas: considerando
sempre o mesmo ano base (em que teremos a evolução sempre a partir de um
determinado ano inicial) ou anualmente (em que teremos a evolução ano a ano;
assim, cada ano é a base para a evolução até o outro).
A partir da estrutura e adequações das demonstrações estudadas na Unidade
I, vamos buscar aprender a como analisar as demonstrações.
Prontos(as) para este passo importante na análise das demonstrações? Vamos
em frente!
Introdução
56 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O QUE É A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
também, que o papel da análise é converter os dados das demonstrações em
informações.
As informações representam, portanto, uma comunicação que pode produ-
zir reação ou decisão, acompanhada de um efeito-surpresa. As demonstrações
financeiras demonstram que a empresa tem um determinado valor de dívidas,
isto é um dado. Porém, a conclusão se essa dívida é excessiva ou se é normal, de
que a empresa pode ou não pagá-la, é uma informação.
Se os níveis de endividamento estiverem altos, o gestor da empresa deverá
tomar decisões para tentar reduzi-los ou controlá-los, para que isso não afete
demasiadamente a saúde financeira da empresa, comprometendo, assim, o for-
necimento de crédito por parte dos bancos ou fornecedores.
A importância da contabilidade ao longo do tempo vem se apresentando
como uma importante fonte de informação para a tomada de decisão, porém, os
demonstrativos contábeis da maneira como são elaborados fornecem algumas
informações, mas não todas as desejáveis, podendo, ainda, ser possível explorar
as demonstrações para se obter um número maior de informações.
ANÁLISE VERTICAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 2 - Total/Referência
Fonte: o autor.
CONTAS DO ATIVO
Fonte: o autor.
Análise Vertical
62 UNIDADE II
Por esta simples análise, percebe-se que os ativos a receber no longo prazo repre-
sentam em 9,82%, 13,60% e 14,42% em X1, X2 e X3 respectivamente. Esses
percentuais mostram que os recursos aplicados no Realizável a Longo Prazo estão
com representatividade maior a cada ano; isto é, sem dúvida, um sinal de atenção.
O comportamento da conta estoques (normalmente mais representativa, prin-
cipalmente em empresas comerciais) nos três anos mostrou que a representatividade
destes recursos são 27,88%, 24,18% e 25,85% em X1, X2 e X3 respectiva-
mente. Esses percentuais mostram poucas alterações de um ano para outro.
Vimos, então, na prática, a estrutura de composição dos elementos do ativo e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
comentamos o Realizável a Longo Prazo e Estoques. Você, como analista, pode
fazer a análise das contas que considerar mais importantes.
Fonte: o autor.
Análise Vertical
64 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
do passivo e do patrimônio líquido em separado.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
Das contas do Patrimônio Líquido, o que chama mais a atenção são as Reservas
de Lucro que representava 21,12% em X1 e diminui para 7,90% em X2. Isto evi-
dencia utilização dos recursos, mas voltou a aumentar em X3. As demais contas
do Patrimônio Líquido têm poucas variações.
CONTAS DE RESULTADO
Nos itens anteriores, tomamos como grandeza referencial para fazer a análise: o
total do ativo, o total do passivo e patrimônio líquido, o total do passivo isola-
damente e, finalmente, o total do patrimônio líquido isoladamente.
Análise Vertical
66 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(-) Custos das Vendas -6.379.561 -69,31% -6.369.372 -71,79% -7.066.328 -72,91%
(=) LUCRO BRUTO 2.824.542 30,69% 2.503.473 28,21% 2.625.958 27,09%
(-) DESPESAS/RECEITAS OPER. -2.457.883 -26,70% -2.194.264 -24,73% -2.165.359 -22,34%
Despesas com Vendas -1.523.575 -16,55% -1.711.504 -19,29% -1.737.443 -17,93%
Despesas Gerais e Adminstrat. -945.896 -10,28% -431.100 -4,86% -417.997 -4,31%
Depreciação e Amortização -72.372 -0,79% -155.795 -1,76% -136.443 -1,41%
Result. de Equivalência Patrim. 61.708 0,67% 88.948 1,00% 102.010 1,05%
Outras Despesas/Receitas Oper. 22.252 0,24% 15.187 0,17% 24.514 0,25%
(=) RESULTADO OPERAC.
366.659 3,98% 309.209 3,48% 460.599 4,75%
ANTES RES. FINANCEIRO
(+) Receitas Financeiras 111.495 1,21% 145.359 1,64% 124.982 1,29%
(-) Despesas Financeiras -349.024 -3,79% -435.264 -4,91% -296.548 -3,06%
(=) RESULTADO OPERAC.
129.130 1,40% 19.304 0,22% 289.033 2,98%
ANTES IRPJ/CSLL
(-) Imposto Renda sobre Lucro -13.451 -0,15% -7.331 -0,08% -52.730 -0,54%
(-) Contr. Social sobre Lucro Líq. -8.070 -0,09% -4.214 -0,05% -24.766 -0,26%
(=) RESULTADO LÍQUIDO das
107.609 1,17% 7.759 0,09% 211.537 2,18%
OPER. CONTINUADAS
(=/-) Res. Líq. Oper. Descontin.
(=/-) Res. Líq. Mens. Valor Justo
(=) RESULTADO LÍQUIDO
107.609 1,17% 7.759 0,09% 211.537 2,18%
DO PERIODO
Fonte: o autor.
ANÁLISE HORIZONTAL
Esta comparação pode ser feita considerando o ano mais antigo da série anali-
sada (análise horizontal ano-base); assim, teremos um percentual que mostra a
evolução da conta de X1 para X2 e de X1 para X3 ou considerando o ano anterior
como base para o ano seguinte (análise horizontal anual). Deste modo, teremos
um percentual que mostra a evolução da conta de X1 para X2 e de X2 para X3.
Análise Horizontal
68 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
entre X1 e X3. Quanto mais períodos tivermos, melhor será a análise horizontal.
Contas do Ativo
Análise Horizontal
70 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lhistas
Obrigações Fiscais 31.642 -28,10% 29.497 -32,97% 44.008
Outras Contas a Pagar 114.072 22,86% 116.038 24,98% 92.848
Passivo Não Circulante 1.551.292 -7,79% 2.035.750 21,01% 1.682.275
Fornecedores 519.234 64,38% 550.910 74,41% 315.866
Empréstimos e Financiamentos 773.305 -30,97% 1.254.830 12,02% 1.120.184
Outras Obrigações 258.753 5,09% 230.010 -6,59% 246.225
Patrimônio Líquido 696.308 -7,71% 662.212 -12,23% 754.467
Capital Social 606.505 0,00% 606.505 0,00% 606.505
Reservas de Capital 17.914 77,31% 14.567 44,18% 10.103
Reservas de Lucro 76.400 -52,04% 52.342 -67,15% 159.316
Outros Resultados Abrangen-
1.386 -209,83% -1.628 29,00% -1.262
tes
(-) Ações em Tesouraria -5.897 -70,80% -9.574 -52,59% -20.195
TOTAL DO PASSIVO +
5.172.025 -1,62% 5.557.573 5,71% 5.257.372
PATR. LÍQUIDO
Fonte: o autor.
Contas de Resultado
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Análise Horizontal
72 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(=/-) Res. Líq. Oper. Descontin.
(=/-) Res. Líq. Mens. ao Valor Justo
(=) RESULTADO LÍQUIDO
107.609 -49,13% 7.759 -96,33% 211.537
DO PERÍODO
Fonte: o autor.
Nesta empresa, houve diminuição nos valores das vendas líquidas (8,45% de X1
para X2 e de 5,04% de X1 para X3), mas os custos das vendas diminuíram signi-
ficativamente (9,86% de X1 para X2 e 9,72%, de X1 para X3). Portanto, o lucro
bruto evoluiu positivamente (7,56%) de X1 para X3. Após considerar todas as
contas de receitas, custos e despesas, o Lucro Líquido diminuiu muito de X1
para X2 (96,33%), recuperou bastante em X3, mas no acumulado de X1 para
X3 ainda representa uma diminuição de 49,13%. A análise horizontal anual vai
melhorar este entendimento.
RECEITA LÍQUIDA
Muitas demonstrações de resultado publicadas começam com a Receita
Líquida de Vendas, pois é a receita efetiva da empresa. Para encontrar a Re-
ceita Líquida, deduzimos da Receita Operacional Bruta, os descontos e aba-
timentos, as devoluções de vendas e os impostos incidentes sobre venda.
Vamos ver um pouco sobre estes itens:
Receita operacional bruta
A Receita é denominada operacional porque decorre das operações da em-
presa, e é denominada bruta porque é o valor mais vultuoso do resultado.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Na análise horizontal anual, vamos verificar a evolução ocorrida ano a ano; assim,
teremos a evolução entre X1 e X2 e entre X2 e X3. Muitos analistas preferem este
tipo de análise horizontal, por mostrar melhor acompanhamento da evolução de
cada conta, evidenciando os aumentos e diminuições ano a ano.
Contas do Ativo
Análise Horizontal
74 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Estoques 1.336.954 -0,51% 1.343.741 -8,31% 1.465.553
Tributos a Recuperar 291.719 -12,52% 333.475 12,96% 295.205
Outros Ativos Circulantes 94.642 166,36% 35.531 -30,86% 51.389
Ativo Não Circulante 2.208.610 -1,32% 2.238.114 18,29% 1.892.003
Realizável a Longo Prazo 745.925 -1,29% 755.647 46,40% 516.168
Investimentos 439.669 -0,29% 440.930 21,00% 364.397
Imobilizado 558.193 -3,40% 577.811 2,20% 565.358
Intangível 464.823 0,24% 463.726 3,96% 446.080
TOTAL DO ATIVO 5.172.025 -6,94% 5.557.573 5,71% 5.257.372
Fonte: o autor.
Análise Horizontal
76 UNIDADE II
Contas de Resultado
Vamos, agora, responder perguntas como: qual foi o aumento das receitas com
vendas? E os custos das vendas? Se o aumento das receitas for menor que o dos
custos, compromete o resultado; a análise horizontal na DRP é muito utilizada,
pois mostra a evolução de cada um dos itens que compõem o resultado.
Quadro 11 - Análise Horizontal Anual - contas de Resultado
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
AH AH
APURAÇÃO DO RESULTADO x3 $ x2 $ x1 $
x2 - x3 x1 - x2
(-) Imp. Renda sobre Lucro -13.451 83,48% -7.331 -86,10% -52.730
(-) Contr. Social sobre Lucro Líq. -8.070 91,50% -4.214 -82,98% -24.766
(=) RESULTADO LÍQUIDO das
107.609 1286,89% 7.759 -96,33% 211.537
OPER. CONTINUADAS
Fonte: o autor.
Nesta empresa, houve diminuição nos valores das vendas líquidas de X1 para X2
em 8,45%, mas de X2 para X3 aumentou em 3,73%; por outro lado, os custos das
vendas diminuíram significativamente de X1 para X2 em 9,86%, mas de X2 para
X3 aumentou em 0,16%. Isso refletiu diretamente na evolução do Lucro Bruto.
A análise vertical pode, também, demonstrar como o saldo de cada conta pode
interferir no resultado de um indicador, mas não conseguirá explicar a variação
ou alteração deste indicador ou, até mesmo, a alteração da representatividade
de uma conta no balanço ou da DRP de um ano para outro.
A análise horizontal mostra a evolução do valor dos recursos passando pelas
demonstrações de diversos períodos, mas não faz a comparação com o total dos
recursos daquele grupo, que também pode ter diminuído ou aumentado.
A partir da análise conjunta dos indicadores, é possível encontrar explica-
ções para as variações patrimoniais e também para o aumento ou diminuição
no resultado final da empresa. Com relação ao lucro, fatores externos podem ser
diretamente relacionados ao seu aumento ou redução.
CONTAS DO ATIVO
Vamos, agora, juntar as duas análises, vertical e horizontal, para termos infor-
mações mais relevantes a respeito das demonstrações sobre as contas do ativo.
Tít. e Val. Mobil. 566.954 10,96% 13,93% 497.623 8,95% 10,34% 450.979 8,58%
Partes relacio. 51.078 0,99% -42,05% 88.140 1,59% -6,13% 93.895 1,79%
Clientes 419.616 8,11% -2,54% 430.549 7,75% -30,17% 616.585 11,73%
Estoques 1.336.954 25,85% -0,51% 1.343.741 24,18% -8,31% 1.465.553 27,88%
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Trib. a Recuper. 291.719 5,64% -12,52% 333.475 6,00% 12,96% 295.205 5,62%
Outr. Ativ. Circ. 94.642 1,83% 166,36% 35.531 0,64% -30,86% 51.389 0,98%
Ativo Não Circ. 2.208.610 42,70% -1,32% 2.238.114 40,27% 18,29% 1.892.003 35,99%
Real. Long. Praz. 745.925 14,42% -1,29% 755.647 13,60% 46,40% 516.168 9,82%
Investimentos 439.669 8,50% -0,29% 440.930 7,93% 21,00% 364.397 6,93%
Imobilizado 558.193 10,79% -3,40% 577.811 10,40% 2,20% 565.358 10,75%
Intangível 464.823 8,99% 0,24% 463.726 8,34% 3,96% 446.080 8,48%
TOTAL ATIVO 5.172.025 100,00% -6,94% 5.557.573 100,00% 5,71% 5.257.372 100,00%
Fonte: o autor.
A análise vertical mostra que os ativos a receber no longo prazo representam 9,82%,
13,60% e 14,42% em X1, X2 e X3 respectivamente. Esses percentuais mostram que os
recursos aplicados no Realizável a Longo Prazo estão com representatividade maior
a cada ano; isso é, sem dúvida, um sinal de atenção. Contudo, a análise horizontal
mostra que houve um aumento de 46,40% de X1 para X2 e diminuiu 1,29% de X2
para X3, pois o ativo total aumentou 5,71% de X1 para X2 e diminuiu 6,94% de X2
para X3. Confirmamos, então, que realmente a empresa está com mais recursos apli-
cados em contas a receber no longo prazo, são mais recursos fora do giro da empresa.
A conta estoque, pela análise vertical, mostra a representatividade de 27,88%,
24,18% e 25,85% em X1, X2 e X3 respectivamente. Esses percentuais mostram
poucas alterações de um ano para outro. A análise horizontal mostra evolução
negativa de X1 para X2 de 8,31% e diminuição de X2 para X3 de 0,51%.
De uma forma geral, a análise vertical e horizontal das nossas contas do ativo
se confirmam; isso ocorre quando não há grandes alterações no total dos recur-
sos, o valor do ativo total mudou pouco nos três anos.
Vamos utilizar as análises, vertical e horizontal, numa visão conjunta, para ter-
mos informações mais relevantes a respeito das contas que representam as origens
de recursos da empresa.
Quadro 13 - Visão Conjunta da AV-AH - contas do Passivo e Patrimônio Líquido
Passivo Circulant. 2.924.425 56,54% 2,27% 2.859.611 51,45% 1,38% 2.820.630 53,65%
Emprést. e Financ. 980.727 18.96% 72,60% 568.220 10,22% -3,86% 591.051 11,24%
Partes relacion. 94.109 1,82% -14,59% 110.186 1,98% -22,99% 143.082 2,72%
Fonte: o autor.
CONTAS DE RESULTADO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ocorreu com as contas patrimoniais? Será que a análise horizontal confirmará
a tendência da vertical?
Quadro 14 - Visão Conjunta da AV-AH - contas de Resultado
Fonte: o autor.
Nos custos das vendas pela análise horizontal anual, vemos uma significativa dimi-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nuição de X1 para X2 (9,86%), mas pela análise vertical tivemos uma pequena
oscilação na representatividade (72,91% em X1 e de 71,79% em X2), a discre-
pância maior está na evolução de X2 para X3. Pela análise horizontal, tivemos
um aumento em 0,16%, mas pela análise vertical tivemos uma diminuição, pois
foi de 71,79% em X2 e 69,31% em X3.
Isso ocorreu porque as vendas líquidas aumentaram 3,73% de X2 para X3 e
os custos das vendas somente 0,16%; então, o valor referencial da análise verti-
cal ficou bem acima do valor analisado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e considerando anualmente. Logo após, juntamos a análise vertical e a análise
horizontal anual em uma única demonstração para, nesta visão conjunta, termos
informações conjuntas sobre a representatividade das contas e sobre a evolução
ano a ano dos mesmos elementos patrimoniais e de resultado.
Como ponto de partida para a análise das demonstrações, agora sabemos, na
teoria e na prática, que a análise vertical compara os valores das contas, subgru-
pos e grupos de contas com um valor referencial, que no caso do lado esquerdo
do balanço é o total do ativo e no caso do lado direito pode ser feito com dois
enfoques: o total de passivo mais patrimônio líquido em conjunto ou o valor
do passivo separado do valor do patrimônio líquido. Nas contas de resultado, o
referencial é o valor da receitas ou vendas líquidas.
Sabemos, também, que a análise horizontal nos mostra a evolução das con-
tas, subgrupos e grupos de contas entre um período e outro. Estudamos esta
evolução de duas formas: considerando sempre o mesmo ano base ou anual-
mente, considerando a referência ano a ano.
Neste desenvolvimento prático, comentamos alguns cálculos, tanto da análise
vertical quanto da horizontal ano-base e horizontal anual, fizemos comentários
também sobre a visão conjunta vertical x horizontal.
Agora, temos uma base importante para continuarmos nossos estudos sobre
a análise das demonstrações contábeis ou financeiras. Você está preparado?
Vamos em frente!
1. O analista precisa explicar ao gestor da empresa o que ocorreu com a conta for-
necedores, pois há 5 anos, a empresa devia R$150.000,00 aos fornecedores e, no
ano passado, estava devendo R$ 285.000,00. Considerando que o que importa
ao gestor é um único percentual, assinale a alternativa que representa a
análise a ser feita.
a) Análise Vertical.
b) Análise Horizontal Ano-Base.
c) Análise Vertical Ano a Ano.
d) Análise Horizontal Ano a Ano.
e) Análise Vertical Ano-Base.
2. A análise vertical tem como objetivo estudar a estrutura de composição dos ele-
mentos patrimoniais e de resultado. Para isso, assume como referencial (ou seja,
100%) o total dos ativos para analisar as contas do ativo. Descreva como devem
ser feitos os cálculos na análise vertical.
3. É uma análise da estrutura de um conjunto de recursos, sejam patrimoniais ou
de resultado, dependendo da demonstração analisada. Quando temos vários
períodos, podemos comparar todos tomando como referencial o primeiro deles,
ou podemos tomar como referencial sempre o período anterior. Essa descrição
se refere a qual análise?
4. Se uma empresa apresenta nas demonstrações o saldo da conta imobilizado de
R$500.000,00 e o total do ativo de R$1.250.000,00, calcule e assinale a alterna-
tiva que mostra a representatividade do imobilizado no total dos recursos.
a) 250%.
b) 150%.
c) 100%.
d) 50%.
e) 40%.
5. A empresa Boa Ltda. apresentou, nas demonstrações dos três últimos anos, as se-
guintes informações: imobilizado, saldo de R$550.00,00 em 20x7, R$520.000,00
em 20x8 e R$500.000,00 em 20x9. Calcule e assinale a alternativa que mostra
a evolução horizontal ano-base do imobilizado dessa empresa.
a) Positiva de 9,09%.
b) Negativa de 9,09%.
c) Positiva de 10,00%.
d) Negativa de 5,45% de 20x7 para 20x8 e de 3,85% de 20x8 para 20x9.
e) Positiva de 5,45% de 20x7 para 20x8 e de 3,85% de 20x8 para 20x9.
84
Aplicação das características qualitati- que não segue uma ordem preestabelecida.
vas de melhoria Algumas vezes, uma característica qualita-
tiva de melhoria pode ter que ser diminuída
QC33: características qualitativas de melho- para maximização de outra característica
ria devem ser maximizadas na extensão qualitativa. Por exemplo, a redução tempo-
possível. Entretanto, as características rária na comparabilidade como resultado
qualitativas de melhoria, quer sejam indivi- da aplicação prospectiva de uma nova
dualmente ou em grupo, não podem tornar norma contábil-financeira pode ser vanta-
a informação útil se dita informação for irre- josa para o aprimoramento da relevância ou
levante ou não for representação fidedigna. da representação fidedigna no longo prazo.
Divulgações apropriadas podem parcial-
QC34: a aplicação das características quali- mente compensar a não comparabilidade.
tativas de melhoria é um processo iterativo
Fonte: CFC (2011).
MATERIAL COMPLEMENTAR
III
GESTÃO DOS RECURSOS:
UNIDADE
CICLO OPERACIONAL E
FINANCEIRO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Verificar o desempenho da gestão por meio do giro dos recursos.
■■ Calcular os prazos médios para acompanhar o desempenho da
gestão dos recursos.
■■ Analisar a gestão empresarial por meio do ciclo econômico,
operacional e financeiro a partir dos prazos médios.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Giro dos Recursos
■■ Prazos Médios
■■ Ciclo Completo de Atividades
91
INTRODUÇÃO
Introdução
92 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GIRO DOS RECURSOS
A análise do Giro dos Recursos busca medir a performance das atividades ope-
racionais da empresa, tais como: estoques, compras e vendas, pagamentos e
recebimentos. O nível dessas atividades normalmente é definido no planeja-
mento estratégico da empresa, os indicadores vão mostrar se o planejamento
está sendo realizado ou se temos muitas variações.
É necessário entender como os recursos se renovam por meio dos giros
encontrados pela análise dos valores das contas que representam estes recur-
sos, porque a gestão destes afetam diretamente os diferentes ciclos do negócio.
O grau de utilização dos ativos na geração das receitas é refletido na rotação
ou giros dos recursos: quanto mais eficiente o uso dos ativos, maior benefício
trará a liquidez e a rentabilidade da empresa. Neste grupo de análise, utiliza-
mos contas que representam a situação financeira e patrimonial em comparação
com contas que representam a situação econômica. Como os valores das contas
de resultado (situação econômica) se referem, normalmente, a um período de
um ano, é recomendável usar o saldo médio dos valores das contas do Balanço
Patrimonial. Para isso, é necessário termos balanços mensais para calcular a
média dos recursos; desta forma, estaremos eliminando os efeitos sazonais.
Devemos entender como saldo médio a média aritmética das demonstra-
ções intermediárias do período. Por exemplo: se temos no ano doze balanços ou
balancetes mensais, soma-se o saldo dos doze e divide-se por doze, encontrando,
assim, uma média dos recursos utilizados durante o ano todo.
O giro dos estoques totais indica o número de vezes em que os estoques foram
renovados por causa das vendas, durante um período. Se houver estoques com
diversas características, o
índice refletirá a média glo-
bal ponderada de todos os
valores mantidos na conta
estoque.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
JUL 1.293.547 1.392.374 1.502.579
AGO 1.354.445 1.384.020 1.517.604
SET 1.361.217 1.375.716 1.547.957
OUT 1.381.533 1.367.461 1.532.477
NOV 1.363.693 1.359.257 1.547.802
DEZ 1.336.954 1.343.741 1.465.553
Média 1.320.662,42 1.396.258,17 1.523.213,42
Fonte: o autor.
Vamos calcular o Giro dos Estoques Totais, considerando o Custo das Vendas
do período de 12 meses, obtido nas demonstrações publicadas, e o Saldo Médio
dos Estoques calculados de acordo com as demonstrações mensais:
Quadro 2 - Cálculo do GET
x3 x2 x1
6.379.561,00 6.369.372,00 7.066.328,00
GET = 1.320.662,42 1.396.258,17 1.523.213,42
4,83 4,56 4,64
vezes vezes vezes
Fonte: o autor.
4,64
4,56
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
GIRO DO ATIVO
TOTAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mais importantes indicadores de giro é representado
pelo índice de giro dos ativos” (BRUNI, 2010, p. 179).
Deve-se tomar cuidado ao usar este indicador para fins comparativos, pois
é baseado nos custos históricos do total de ativos. Como algumas empresas têm
ativos mais novos ou mais velhos que outras, essa comparação pode ser enga-
nosa. Empresas com ativos mais novos tendem a ter giros menores que aquelas
com ativos mais velhos. A diferença no giro pode ser resultado de ativos mais
caros e não de eficiência operacional. É calculado pela razão entre as vendas e o
total de ativos da empresa. Pode-se utilizar a seguinte fórmula:
Vamos calcular o Giro do Ativo Total considerando a Receita Líquida das Vendas
do período de 12 meses, obtido nas demonstrações publicadas, e o Saldo Médio
do Ativo Total calculados de acordo com as demonstrações mensais:
Quadro 4 - Cálculo do GAT
x3 x2 x1
9.204.103,00 8.872.845,00 9.692.286,00
GAT = 5.225.041,08 5.508.325,58 5.248.956,08
1,76 1,61 1,85
vezes vezes vezes
Fonte: o autor.
1,61
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
PRAZOS MÉDIOS
No grupo de indicadores
que mostram como está a
eficácia da gestão dos recursos,
analisamos o resultado da
gestão por dois enfoques: o giro
de recursos e os prazos médios
de realização dos recursos. No
subgrupo giro dos recursos,
analisamos os estoques e o ativo
total; aqui vamos ver os estoques, as contas a receber de clientes e as contas a
pagar a fornecedores. Estes indicadores têm como principal objetivo mostrar
aos gestores, usuários internos, qual é o resultado da gestão, possibilitando a
comparação com o planejamento estratégico e operacional.
Prazos Médios
100 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
JUL 1.293.547 1.392.374 1.502.579
AGO 1.354.445 1.384.020 1.517.604
SET 1.361.217 1.375.716 1.547.957
OUT 1.381.533 1.367.461 1.532.477
NOV 1.363.693 1.359.257 1.547.802
DEZ 1.336.954 1.343.741 1.465.553
Média 1.320.662,42 1.396.258,17 1.523.213,42
Fonte: o autor.
x3 x2 x1
1.320.662,42 1.396.258,17 1.523.213,42
x 360 x 360 x 360
PMRE = 6.379.561,00 6.369.372,00 7.066.328,00
74,53
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
PRAZO MÉDIO DE
RECEBIMENTO DOS
CLIENTES
Prazos Médios
102 UNIDADE III
entendermos que o ponto de partida é o saldo médio das contas a receber dos
clientes (Ativo Circulante). O reflexo nas contas de resultado é a conta Receita
Operacional Bruta, mas precisamos considerar alguns ajustes, pois as possíveis
devoluções de vendas e abatimentos não serão recebidos dos clientes. Logo, não
faz sentido considerarmos estes valores que formam o saldo da receita bruta,
mas que representam deduções logo em seguida.
Como é medido em dias, o resultado deverá ser multiplicado pelo número
de dias do período. Pode-se utilizar a seguinte fórmula:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SALDO MÉDIO DE CLIENTES
PMRC = X360
VENDAS BRUTAS AJUSTADAS
INFORMAÇÕES COMERCIAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Detalhamento x3 x2 x1
RECEITA BRUTA 10.789.509 10.660.936 11.615.740
DEVOLUÇÕES 246.038 378.147 250.421
ABATIMENTOS 47.257 84.803 59.123
RECEITA BRUTA AJUSTADA 10.496.214 10.197.986 11.306.196
Fonte: o autor.
Vamos calcular o Prazo Médio de Recebimento dos Clientes com base nas Vendas
Brutas Ajustadas (Vendas Brutas - Devoluções de Vendas - Abatimentos) do
período de 12 meses, de acordo com as informações adicionais obtidas com a
empresa e o Saldo Médio de Clientes a Receber, calculados de acordo com as
demonstrações mensais:
Quadro 9 - Cálculo do PMRC
x3 x2 x1
438.284,67 526.517,33 613.342,92
x 360 x 360 x 360
PMRC = 10.496.214,00 10.197.986,00 11.306.196,00
Os índices encontrados nos informam o período médio em dias que são neces-
sários para receber as vendas dos clientes após a realização das vendas. Como
este prazo é do tipo “quanto menor, melhor”, percebemos, então, que o pior ano
foi x1 com período de 19,53 dias e o melhor ano foi x3 com período 15,03 dias.
Prazos Médios
104 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
18,59 19,53
15,03
x3 x2 x1
PRAZO MÉDIO DE
PAGAMENTO A
FORNECEDORES
Prazos Médios
106 UNIDADE III
INFORMAÇÕES COMERCIAIS
Detalhamento x3 x2 x1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
COMPRAS BRUTAS 7.591.679 7.716.940 8.267.603
DEVOLUÇÕES 84.712 75.928 96.809
ABATIMENTOS 9.657 4.297 13.067
COMPRAS BRUTAS AJUSTADAS 7.497.310 7.636.715 8.157.727
Fonte: o autor.
x3 x2 x1
1.663.805,50 1.720.781,83 1.689.424,08
x 360 x 360 x 360
PMPF = 7.497.310,00 7.636.715,00 8.157.727,00
74,55
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CICLO ECONÔMICO
CICLO ECONÔMICO
x3 x2 x1
PMRE 74,53 78,92 77,60
PERÍODO EM DIAS 74,53 78,92 77,60
Fonte: o autor.
Ciclo Econômico
78,92
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
77,60
74,53
x3 x2 x1
CICLO
OPERACIONAL
O ciclo operacional é o
período necessário para
que uma operação se
complete. Em uma
empresa comercial, cor-
responde ao período em
que inicia a compra das
mercadorias, encerrando
no recebimento das vendas dos clientes. Para calcular o ciclo operacional, pre-
cisamos utilizar os prazos médios já vistos no tópico anterior, pois o ciclo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos demonstrar o cálculo do ciclo operacional a partir dos prazos médios já
calculados no tópico anterior:
CICLO OPERACIONAL
x3 x2 x1
PMRE 74,53 78,92 77,60
PMRC 15,03 18,59 19,53
PERÍODO EM DIAS 89,56 97,51 97,13
Fonte: o autor.
Ciclo Operacional
97,51 97,13
89,56
x3 x2 x1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CICLO FINANCEIRO
CICLO FINANCEIRO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
PMRE 74,53 78,92 77,60
PMRC 15,03 18,59 19,53
PMPF 79,89 81,12 74,55
PERÍODO EM DIAS 9,67 16,39 22,58
Fonte: o autor.
Ciclo Financeiro
22,58
16,39
9,67
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
A gestão dos recursos foi vista, nesta unidade, pelo enfoque dos giros e pelos
prazos médios. Os prazos médios foram utilizados para calcular os ciclos: econô-
mico, operacional e financeiro. Isso permite uma análise dos ciclos de atividades
apresentadas de diversas maneiras diferentes. Finalizando o tópico Ciclo de
Atividades, apresentamos uma consolidação dos ciclos calculados a partir dos
prazos médios.
Nesta tabela, podemos ter uma visão conjunta dos prazos médios e dos ciclos
de atividades.
Quadro 16 - Ciclo Completo de Atividades
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PMRC 15,03 18,59 19,53
PMPF 79,89 81,12 74,55
CICLO ECONÔMICO 74,53 78,92 77,60
CICLO OPERACIONAL 89,56 97,51 97,13
CICLO FINANCEIRO 9,67 16,39 22,58
Fonte: o autor.
Neste gráfico, temos a visão conjunta dos ciclos de atividades: econômico, ope-
racional e financeiro dos três períodos calculados: x3, x2 e x1.
22,58
9,67 16,39
x3 x2 x1
Para melhor aprendizado sobre a composição dos prazos médios e dos ciclos
de atividades, vamos verificar três gráficos diferentes, um para cada período.
Assim, perceberemos que o PMRE equivale ao Ciclo Econômico e somado com
o PMRC forma o Ciclo Operacional. Podemos verificar, também, que o Ciclo
Financeiro é igual ao Ciclo Operacional menos o PMPF, ou podemos calcular
somando o PMRE com o PMRC e subtraindo o PMPF.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 10 - Ciclo Completo de Atividades
Fonte: o autor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
118
Como esta unidade mostra indicadores que estão ligados diretamente à gestão financeira
das empresas, trago como leitura complementar três tópicos importantes sobre este tema:
uma relação entre risco e retorno. Quanto tomadas pela empresa; c) “escolher a maxi-
maior for o risco a que o capital investido mização dos preços das ações como uma
está exposto, maior é a expectativa de função objetiva nos permite fazer afirma-
retorno. ções categóricas sobre a melhor forma de
selecionar projetos e financiá-los”.
O retorno dos recursos dos investido-
res pode acontecer pela distribuição dos Segundo Braga (1995, p. 32), o adminis-
dividendos ou pelo aumento do valor de trador financeiro deve considerar a real
mercado da empresa (ganho de capital), amplitude da meta da administração finan-
cuja realização depende da venda dos direi- ceira, que vai além dos lucros da empresa.
tos de participação no capital social. Para Essa meta coincide com o objetivo básico
Damodaran (2002), na busca da maximiza- dos proprietários ou acionistas. As decisões
ção do valor da empresa (preço das ações) financeiras são orientadas para o aumento
há três razões para dar atenção: a) o preço do valor de mercado da empresa. Por-
das ações é o melhor indicador do valor tanto, a meta da administração financeira
da empresa, pois é atualizado diariamente é a maximização da riqueza dos acionistas
pelo mercado; b) a longo prazo, o preço das que constitui algo mais amplo e profundo
ações tende a refletir os efeitos das decisões do que a maximização dos lucros.
Fonte: o autor.
MATERIAL COMPLEMENTAR
IV
ÍNDICES ECONÔMICO-
UNIDADE
FINANCEIROS: O
EQUILÍBRIO IDEAL
Objetivos de Aprendizagem
■■ Analisar a situação financeira empresarial por meio de índices de
liquidez.
■■ Analisar a situação patrimonial empresarial por meio de indicadores
da estrutura patrimonial.
■■ Analisar a lucratividade das vendas e a rentabilidade dos recursos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Situação Financeira
■■ Situação Patrimonial
■■ Situação Econômica
127
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, vamos estudar o que podemos considerar como o “ponto alto”
ou “tripé” da análise empresarial. Foi dado o subtítulo “o equilíbrio ideal” porque
estudaremos a análise empresarial por três enfoques de vital importância para
o equilíbrio das contas da empresa: o financeiro, o patrimonial e o econômico.
A análise da situação financeira avalia a capacidade de pagamento dos passivos
já assumidos. A capacidade de pagamento de uma empresa tem diversas formas
de análise; a diferença entre elas são os prazos de exigibilidade das dívidas. Por
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
128 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
LIQUIDEZ GERAL
A liquidez geral (Current and long term assets to liabilities) mede a situação finan-
ceira da empresa na hipótese de receber todos os seus créditos a curto e a longo
prazos, vender todos os bens constantes no ativo circulante e realizável a longo
prazo, quais serão as condições de pagar todas as suas dívidas que estão no pas-
sivo circulante e no exigível a longo prazo. O índice de liquidez geral indica
quanto a empresa tem em ativos recebíveis a curto e longo prazos para pagar
cada R$1,00 de dívida de curto e longo prazos. Este índice deve ser analisado
com cautela, pois muitos fatos futuros poderão afetá-lo. Pode-se utilizar a seguinte
fórmula:
AC + ARLP
LG =
PC + PNC
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Situação Financeira
130 UNIDADE IV
X3 X2 X1
2.963.415 + 745.925 3.319.459 + 755.647 3.365.369 + 516.168
LG =
2.924.425 + 1.551.292 2.859.611 + 2.035.750 2.820.630 + 1.682.275
3.709.340 4.075.106 3.881.537
LG =
4.475.717 4.895.361 4.502.905
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Os índices encontrados nos mostram quanto a empresa tem (em reais) de bens
e direitos (ativos) recebíveis a curto e a longo prazos, para pagar cada R$1,00 de
dívidas exigíveis a curto e a longo prazos. Como este índice é do tipo “quanto
maior, melhor”, temos, então, a situação melhor em X1, com 0,86 e X2 e X3 em
situação pior, com 0,83. Nos três anos, esse índice mostra dificuldades no paga-
mento dos compromissos assumidos. Demonstrando graficamente:
Liquidez Geral
0,86
0,83 0,83
x3 x2 x1
LIQUIDEZ CORRENTE
A Liquidez Corrente (Current ratio) considera apenas os recursos que serão rea-
lizados e exigidos a curto prazo, ou seja, os bens e direitos do Ativo Circulante
e as obrigações do Passivo Circulante. Este índice é o mais conhecido e utilizado
entre os índices de solvência e merece atenção, porém, no que diz respeito à qua-
lidade dos estoques, tendo em vista que uma empresa com valores de estoques
altos pode abrigar estoques obsoletos que não serão realizados. O índice de liqui-
dez corrente indica quanto a empresa tem em ativos recebíveis a curto prazo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para pagar cada R$1,00 de dívida de curto prazo. É um índice muito utilizado
para concessão de créditos com vencimentos a curto prazo. Pode-se utilizar a
seguinte fórmula:
AC
LC =
PC
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Colocaremos os valores de acordo
com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 2 - Cálculo da Liquidez Corrente
X3 X2 X1
2.963.415 3.319.459 3.365.369
LC =
2.924.425 2.859.611 2.820.630
Situação Financeira
132 UNIDADE IV
Liquidez Corrente
1,19
1,16
1,01
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
LIQUIDEZ SECA
A Liquidez seca (Acid test) é um índice muito parecido com a liquidez corrente,
mas considera-se o risco de não realização dos estoques. Então, o índice de liqui-
dez seca mostra quanto a empresa tem em ativos recebíveis a curto prazo, sem
considerar o valor dos estoques para liquidar cada R$1,00 das dívidas a curto
prazo. Na prática, é o analista considerando que todo o estoque será classifi-
cado para perdas.
Nessa condição, como ficaria a situação financeira da empresa para quitar as
suas dívidas a curto prazo (Passivo Circulante), sem a realização dos estoques?
Podem ser utilizadas variações na aplicação desse índice como, por exemplo,
excluir do ativo circulante apenas um determinado percentual dos estoques que
o analista avalie como de difícil realização.
Pode-se utilizar a seguinte fórmula:
AC - Estoques
LS =
PC
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
X3 X2 X1
2.963.415 - 1.336.954 3.319.459 - 1.343.741 3.365.369 - 1.465.553
LS =
2.924.425 2.859.611 2.820.630
1.626.461 1.975.718 1.899.816
LS =
2.924.425 2.859.611 2.820.630
Situação Financeira
134 UNIDADE IV
Liquidez Seca
0,69 0,67
0,56
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
LIQUIDEZ IMEDIATA
Disponibilidades
LI = PC
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
X3 X2 X1
202.452 + 566.954 590.400 + 497.623 391.763 + 450.979
LI =
2.924.425 2.859.611 2.820.630
769.406 1.088.023 842.742
LI =
2.924.425 2.859.611 2.820.630
Liquidez Imediata
0,38
0,30
0,26
x3 x2 x1
Situação Financeira
136 UNIDADE IV
COBERTURA DE JUROS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nalmente se calcula com base no LAJIR, mas alguns analistas utilizam o LAJIDA
(Lucro antes dos Juros, impostos, depreciação e amortização) como lucro base.
Pode-se utilizar a seguinte fórmula:
LAJIR
CJ = DF
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 5 - Cálculo da Cobertura de Juros
X3 X2 X1
366.659 309.209 460.599
CJ =
349.024 435.264 296.548
Cobertura de Juros
1,55
1,05
0,71
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
SITUAÇÃO
PATRIMONIAL
Na análise da situação
patrimonial, o ana-
lista busca indicadores
da composição patri-
monial que envolve as
origens e aplicações de
recursos, por meio do
endividamento, do perfil da dívida, da utilização de recursos próprios com recur-
sos imobilizados, entre outros.
Considerando que o capital de terceiros tem custos financeiros que deverão
ser liquidados - independentemente do resultado da empresa, muito embora são
os capitais de terceiros que alavancam financeiramente a empresa -, a composição
Situação Patrimonial
138 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 7 - Tripé da Análise - Situação Patrimonial
Fonte: o autor.
ENDIVIDAMENTO GERAL
contribui com nosso estudo ao dizer que “conclusões significativas somente deve-
riam ser apresentadas após uma análise completa dos demais indicadores e da
situação macro da empresa”.
Pode-se utilizar a seguinte fórmula:
PC + PNC
EG = AT
X 100
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 6 - Cálculo do Endividamento Geral
X3 X2 X1
2.924.425 + 1.551.292 2.859.611 + 2.035.750 2.820.630 + 1.682.275
EG = 5.172.025
X 100
5.557.573
X 100
5.257.372
X 100
A dívida total da empresa ao longo dos três períodos ficou acima de 85%. Esse
percentual representa a dívida da empresa perante o valor dos recursos totais
que são utilizados na empresa. Comparamos, então, duas grandezas: capitais
de terceiros exigíveis a curto e longo prazos com o total dos recursos que estão
aplicados na empresa.
Considerando, numa análise preliminar, que “quanto menor, melhor”, pode-
mos afirmar que o melhor período foi X1 com 85,65% e o pior foi X2 com 88,08%.
Esses índices mostram a dependência da empresa com recursos de terceiros.
Demonstrando graficamente:
Situação Patrimonial
140 UNIDADE IV
Endividamento Geral
88,08%
86,54%
85,65%
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
PC
CE = PC + PNC
X 100
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Colocaremos os valores de acordo
com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
X3 X2 X1
2.924.425 2.859.611 2.820.630
CE = 2.924.425 + 1.551.292
X 100
2.859.611 + 2.035.750
X 100
2.820.630 + 1.682.275
X 100
Situação Patrimonial
142 UNIDADE IV
Composição do Endividamento
65,34%
62,64%
58,41%
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
PC + PNC
PCT = PL
X 100
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 8 - Cálculo da Participação dos Capitais de Terceiros
X3 X2 X1
2.924.425 + 1.551.292 2.859.611 + 2.035.750 2.820.630 + 1.682.275
PCT =
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Situação Patrimonial
144 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
AT
ARP = PL
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 9 - Cálculo da Alavancagem dos Recursos Próprios
X3 X2 X1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
Situação Patrimonial
146 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
recursos imobilizados são maiores do que os recursos próprios. A imobilização
é necessária para a estrutura da empresa e os investimentos em empresas estra-
tégicas para a atividade. Além do valor do ativo imobilizado, consideramos como
recursos imobilizados os investimentos permanentes em outras empresas e os
recursos aplicados em ativos intangíveis. Pode-se utilizar a seguinte fórmula:
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos colocar os valores de acordo
com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 10 - Cálculo da Imobilização do Patrimônio Líquido
X3 X2 X1
439.669 + 558.193 + 464.823 440.930 + 577.811 + 463.726 364.397 + 565.358 + 446.080
IPL = 696.308
X 100
662.212
X 100
754.467
X 100
210,06%
182,36%
x3 x2 x1
Situação Patrimonial
148 UNIDADE IV
recursos não correntes é utilizado com maior propriedade nestes casos, uma vez que,
além dos recursos próprios (capitais não exigíveis), também considera os recursos de
terceiros a longo prazo (exigibilidade distante). Pode-se utilizar a seguinte fórmula:
Invest + Imob + Intang
IRNC = X 100
PL + PNC
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quadro 11 - Cálculo da Imobilização dos Recursos Não Correntes
X3 X2 X1
439.669 + 558.193 + 464.823 440.930 + 577.811 + 463.726 364.397 + 565.358 + 446.080
IRNC= 696.308 + 1.551.292
X 100 X 100
754.467 + 1.682.275
X 100
662.212 + 2.035.750
65,08%
54,95% 56,46%
x3 x2 x1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SITUAÇÃO
ECONÔMICA
Situação Econômica
150 UNIDADE IV
expressa em termos absolutos não tem utilidade informativa, pois o fato de uma
empresa apurar 5 bilhões de reais de lucro e outra apenas 100 mil reais não quer
dizer que a primeira deu mais retorno do que a segunda.
Neste tópico, vamos analisar a situação econômica por dois enfoques: as
margens de lucratividade sobre as vendas e as taxas de retorno sobre os recur-
sos investidos. O primeiro é uma verificação de vários níveis de resultado em
relação às vendas líquidas. Já o segundo é a representatividade do resultado em
relação aos recursos utilizados para a gestão da empresa na busca dos resulta-
dos. Guerreiro (2006) afirma que a equação do lucro total se resume em receitas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
totais menos custos totais. É preciso lembrar que as despesas estão incluídas nes-
tes custos totais. Podemos considerar que o lucro é formado pelas receitas totais,
menos custos totais, menos despesas totais.
Margem Bruta
Situação Econômica
152 UNIDADE IV
LB
MB = X 100
RL
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 12 - Cálculo da Margem Bruta
X3 X2 X1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2.824.542 2.503.473 2.625.958
MB = X 100 X 100 X 100
9.204.103 8.872.845 9.962.286
Neste índice, a empresa mantém uma tendência muito positiva, pois, sem con-
siderar o mérito se o índice é bom ou ruim, percebemos uma gradativa elevação
período a período. Como o objetivo das empresas é lucro e, se possível, maiores,
podemos dizer que o melhor ano foi X3 com margem bruta de 30,69% sobre as
vendas. Demonstrando graficamente:
Margem Bruta
30,69%
28,21%
27,09%
x3 x2 x1
Mark-up Global
LB
MG = X 100
CV
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Colocaremos os valores de acordo
com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 13 - Cálculo do Mark-up Global
X3 X2 X1
2.824.542 2.503.473 2.625.958
MG = X 100 X 100 X 100
6.379.561 6.369.372 7.066.328
Encontramos que em X1 devemos aplicar 37,16% sobre o custo das vendas para
encontrar as vendas líquidas, em X2 esse percentual foi 39,30% e em X3 44,27%.
A tendência desse índice sempre será a mesma da margem bruta, pois o enfoque
é diferente, mas os itens analisados são os mesmos. Demonstrando graficamente:
Situação Econômica
154 UNIDADE IV
Markup Global
44,27%
39,30%
37,16%
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
Margem Operacional
LO
MO= X 100
RL
X3 X2 X1
366.659 309.209 460.599
MO = 9.204.103
X 100
8.872.845
X 100
9.692.286
X 100
melhorias período a período. Esse resultado indica que, após deduzir os cus-
tos das vendas e as despesas operacionais, sobraram esses percentuais da venda
líquida. Considerando que esse índice é do tipo “quanto maior, melhor”, o ano
X1 foi o melhor. Demonstrando graficamente:
Margem Operacional
4,75%
3,98%
3,48%
x3 x2 x1
Situação Econômica
156 UNIDADE IV
Margem do EBITDA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
forma de apuração do resultado operacional é muito utilizada quando as empre-
sas têm muitos bens imobilizados - os quais geram altos valores de despesas com
depreciação - ou quando têm muita dependência com recursos onerosos de ter-
ceiros, o que gera altos valores de despesas financeiras.
No EBITDA, os efeitos da depreciação e de despesas financeiras não são refle-
tidos. Os investidores utilizam como boa maneira de comparar empresas com
estrutura de capital diferentes e estrutura de atividades semelhantes. É mais útil
para avaliar grandes empresas, em pequenas empresas com valor baixo de ativo
imobilizado e pequena dependência de empréstimos e financiamentos - a dife-
rença entre EBITDA e Lucro Operacional é pequena.
A margem do EBITDA é a representatividade do EBITDA perante a receita
líquida. Tem uma semelhança com a Margem Operacional; a diferença está na
exclusão da depreciação, amortização e equivalência patrimonial do resultado
operacional.
Pode-se utilizar a seguinte fórmula:
EBITDA
ME= X 100
RL
X3 X2 X1
377.323 376.056 495.032
ME = X 100 X 100 X 100
9.204.103 8.872.845 9.692.286
Situação Econômica
158 UNIDADE IV
Margem EBITDA
5,11%
4,10% 4,24%
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x3 x2 x1
Margem Líquida
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 17 - Cálculo da Margem Líquida
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
X3 X2 X1
107.609 7.759 211.537
ML = X 100 X 100 X 100
9.204.103 8.872.845 9.692.286
Encontramos, então, a Margem Líquida, o percentual que sobrou das vendas após
a apuração final do resultado, encontramos 2,18% em X1, 0,09% em X2 e 1,17%
em X3, não podemos dizer que há uma tendência, pois houve queda acentuada
de X1 para X2, voltando a dar sinais de melhoria em X3.
Demonstrando graficamente:
Margem Líquida
2,18%
1,17%
0,09%
x3 x2 x1
Situação Econômica
160 UNIDADE IV
RENTABILIDADE DOS
INVESTIMENTOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É a medida da eficácia da
gestão, pois representam o
resultado obtido em decor-
rência da gestão financeira e,
de certa forma, representam
a maximização da riqueza dos sócios. É considerado pelos administradores e
acionistas o grupo de índices de maior importância.
LL
ROI= X 100
AT
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Colocaremos os valores de acordo
com o conceito do índice espelhado na fórmula.
Quadro 18 - Cálculo do Retorno dos Investimentos
X3 X2 X1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2,08%
0,14%
x3 x2 x1
Situação Econômica
162 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
original da fórmula é geralmente alterada com um cálculo de valor presente.
Fonte: o autor.
LL
ROE= X 100
PL
Para o cálculo prático, vamos considerar as informações que estão nas demons-
trações que estamos utilizando neste livro. Vamos, então, colocar os valores de
acordo com o conceito do índice espelhado na fórmula.
X3 X2 X1
107.609 7.759 211.537
ROE= 696.308
X 100
662.212
X 100
754.467
X 100
15,45%
1,17%
x3 x2 x1
Situação Econômica
164 UNIDADE IV
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de dívida com exigibilidade a curto e longo prazo; liquidez corrente, que indica
quanto a empresa tem em ativos recebíveis a curto prazo para pagar cada R$1,00
de dívida com exigibilidade a curto prazo; liquidez seca e liquidez imediata, que
também indicam capacidade de pagamento das dívidas exigíveis a curto prazo.
No aspecto patrimonial, é avaliada a composição das origens de recursos e
do seu comprometimento com aqueles imobilizados. Calculamos o endivida-
mento geral, o qual indica percentualmente a utilização de recursos de terceiros
perante o total dos recursos na empresa. Calculamos, também, a composição do
endividamento - que indica o perfil da dívida a curto prazo perante a dívida total
- e a utilização do patrimônio líquido com recursos imobilizados.
No aspecto econômico, calculamos as margens de lucratividade, que indi-
cam a representatividade dos resultados bruto, operacional e líquido perante a
receita líquida. Também calculamos as taxas de retorno dos investimentos e dos
recursos próprios, que são importantes para os gestores e acionistas da empresa.
No final dos estudos desta unidade, você deve ter segurança no aprendizado
quanto ao equilíbrio das áreas financeira, patrimonial e econômica, que envol-
vem a empresa por meio dos índices econômico-financeiros.
Vamos em frente! Sucesso em nosso aprendizado.
No quadro a seguir são formadas palavras sobre a análise empresarial: situação fi-
nanceira, patrimonial e econômica. As palavras podem estar no sentido horizontal,
vertical ou diagonal, leitura normal ou invertida. Responda as perguntas 1, 2 e 3 com
base nas palavras encontradas.
ções de cumprir com seus compromissos sado, presente e futuro de uma empresa,
fiscais e financeiros ou, por outro lado, se com base nos demonstrativos determi-
está buscando recursos que venham incre- nando, muitas vezes, possível evolução
mentar a insuficiência de caixa. da empresa.
Compreende-se que por meio das interpre- Nesse sentido, Silva (1999, p. 21-22) infere
tações das análises transforma um conjunto expressando que para que uma empresa
de dados em informações, passando, assim, evolua e obtenha ascensão em seus negó-
a ter valores determinantes para servir de cios são imprescindíveis que sejam levados
ponto de partida para delinear perspecti- em consideração seus aspectos de organi-
vas futuras. zação interna e externa, tais como projetos,
nível de economia do país, clientes, forne-
Fortes (2001, p. 52) considera que ainda não cedores, funcionários etc.
existe nenhuma ferramenta ou sistema de
registro, controle e análise patrimonial que O autor ainda pontua diversos fatores que
seja mais eficaz no contexto empresarial do estão intrinsecamente atrelados às ques-
que a contabilidade. As diferentes decisões tões contábeis de uma empresa, pois é
empresariais, muitas vezes, dependem dos evidente que o que move um empre-
aspectos contábeis. endimento são os fatores econômicos e
financeiros dos mesmos, ou seja, a empresa
O autor citado chama a atenção dos proce- deve levar em consideração todas as suas
dimentos contábeis como imprescindível ações e contar com o auxílio de métodos
para o desenvolvimento satisfatório de um contábeis eficazes para melhor gerir suas
empreendimento, certa vez que a contabi- ações econômicas e realizar suas projeções
lidade é uma ciência específica para auxiliar de maneira assertiva.
nos procedimentos que envolvam con-
trole, gastos, fluxo, capital de giro etc., daí Matarazzo (1998, p. 19) diz que “os relatórios
sua importância para dar suporte ao setor de análise devem ser elaborados como se
administrativo de uma organização. fossem dirigidos a leigos, ainda que não o
sejam, isto é, sua linguagem deve ser inteli-
Perez Jr e Begalli (1999, p. 195) afirmam gível por qualquer dirigente de nível médio
que, em geral, o objetivo da análise é o de de empresa, gerente de banco ou gerente
extrair dados das demonstrações contábeis, de crédito”.
a fim de articular as tomadas de decisões,
conhecendo, assim, a estruturação e saúde É importante destacar, a partir da citação
financeira da organização, bem como seu que a análise é de interesse e de importân-
desenvolvimento operacional. cia significativa para todos os públicos com
os quais a empresa se relaciona. Por esse
A partir das palavras de Assaf Neto (1998, motivo, a “linguagem e a forma demonstra-
p. 12), pode-se considerar que a análise tiva” dos relatórios devem ser acessíveis a
das demonstrações contábeis tem o intuito todos, de maneira com que todos compre-
de apresentar informações acerca do pas- endam os dispostos.
Neste link do Sebrae temos um material bem simples sobre endividamento: como calcular
e avaliar o endividamento da sua empresa!
Acesse o conteúdo disponível em: <http://blog.pr.sebrae.com.br/financas/como-calcular-e-avaliar-
o-endividamento-da-sua-empresa>. Acesso em: 14 jun. 2017.
Material Complementar
170
REFERÊNCIAS
BRUNI, Adriano Leal. A análise contábil e financeira. São Paulo: Atlas, 2010.
GUERREIRO, Reinaldo. Gestão do lucro. São Paulo: Atlas, 2006.
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade em-
presarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 12. ed. São Paulo: Atlas,
2013.
REFERÊNCIA ON-LINE
1Em: <http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/gestao_foco/artigos/
ano2015/importancia_analise_demonstr.pdf>. Acesso em: 13 jun. 2017.
171
REFERÊNCIAS
GABARITO
TÓPICOS ESPECIAIS DA
V
UNIDADE
ANÁLISE EMPRESARIAL
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender os cálculos e os objetivos dos índices-padrão.
■■ Apresentar um relatório geral dos índices. Avaliar os índices de
acordo com os índices-padrão.
■■ Verificar o desempenho da empresa por meio da decomposição da
ROE.
■■ Analisar os recursos de curto prazo por meio da análise financeira
dinâmica.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Índices-padrão
■■ Relatório da análise
■■ Fórmula Dupont
■■ Análise financeira dinâmica
175
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, vamos conhecer alguns tópicos que contribuirão com a análise
das demonstrações por meio de enfoques diferentes e complementares aos vis-
tos nas unidades anteriores. Trataremos, aqui, dos índices-padrão, do relatório
da análise, do método Dupont e da análise financeira dinâmica.
Veremos que os índices-padrão refletem o comportamento de um índice
- podemos ter um padrão calculado pela mediana que separa um grupo de empre-
sas em duas partes: melhor e pior que o padrão. Porém, vamos utilizar padrões
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
múltiplos com base nos decis; assim, é possível atribuir notas e conceitos, não
nos restringindo à informação de melhor ou pior. O nosso enfoque será con-
ceitual e prático: veremos os cuidados na definição do universo e da amostra de
empresas, utilizaremos quatro índices já calculados neste estudo para encontrar
o padrão pela mediana e depois pelos decis, teremos as notas e conceitos de cada
um destes quatro índices. No enfoque prático, faremos a comparação do padrão
com os índices da nossa empresa.
Depois de aprendermos sobre os índices-padrão, teremos condições de fazer
o relatório da análise das demonstrações, no qual iremos, primeiramente, resumir
todos os índices calculados até aqui e encontrar mais um: o fator de solvabili-
dade de Kanitz para, a partir disso, elaborarmos um relatório final de análise.
Para contribuir com o relatório da análise, aprenderemos, também, o método
Dupont, o qual reúne em uma única avaliação todas as áreas responsáveis pela
performance financeira da empresa.
Para finalizar esta unidade e este livro, estudaremos a análise financeira dinâ-
mica, que é uma forma de administrar com foco na sustentabilidade financeira
e econômica de curto e longo prazo, para tomar decisões que preservem a capa-
cidade de pagamento, a lucratividade e a criação de valor ao acionista.
Vamos, agora, aprender tópicos que farão a diferença no processo de aná-
lise e na utilização para tomada de decisão.
Introdução
176 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ÍNDICES-PADRÃO
Índices-Padrão
178 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SITUAÇÃO PATRIMONIAL
86.54% 78,32% 65,00% 45,99% 88,90% 68,45% 89,43% 65,00% 34,90% 78,43%
ÍNDICES 30
EG EMPRESAS
53,21% 91,56% 23,46% 82,43% 61,01% 88,40% 90,56% 81,30% 85,43% 77,77%
39,50% 65,98% 49,22% 79,79% 79,97% 67,40% 91,23% 70,32% 79,45% 76,91%
SITUAÇÃO ECONÔMICA
15,45% 28,32% 25,00% 15,99% 18,80% 15,86% 34,89% 25,11% 11,70% 28,04%
ÍNDICES 30
ROE EMPRESAS
21,53% 21,56% 23,46% 12,43% 11,01% 8,40% 1,56% 13,80% 15,34% 27,77%
19,50% 14,98% 12,49% 19,23% 11,97% 12,67% 11,23% 20,32% 29,45% 26,91%
CÁLCULO DA MEDIANA
ÍNDICES-PADRÃO: MEDIANA
SITUAÇÃO FINANCEIRA
0,83 1,01 0,67 0,56 1,19 1,18 1,19 0,84 0,83 0,86
ÍNDICES 30
1,54 0,89 0,99 1,00 1,22 0,87 0,99 1,10 0,80 0,75
EMPRESAS
1,33 1,05 1,20 2,00 1,09 0,68 0,95 1,40 0,79 0,76
0,56 0,75 0,80 0,84 0,89 0,99 1,05 1,18 1,20 1,40
LG ÍNDICES
0,67 0,76 0,83 0,86 0,95 1,00 1,09 1,19 1,22 1,54
EM ORDEM
0,68 0,79 0,83 0,87 0,99 1,01 1,10 1,19 1,33 2,00
LG MEDIANA
PADRÃO 0,99
Índices-Padrão
180 UNIDADE V
SITUAÇÃO PATRIMONIAL
86.54% 78,32% 65,00% 45,99% 88,90% 68,45% 89,43% 65,00% 34,90% 78,43%
ÍNDICES 30
53,21% 91,56% 23,46% 82,43% 61,01% 88,40% 90,56% 81,30% 85,43% 77,77%
EMPRESAS
39,50% 65,98% 49,22% 79,79% 79,97% 67,40% 91,23% 70,32% 79,45% 76,91%
23,46% 45,99% 61,01% 65,98% 70,32% 78,32% 79,79% 82,43% 88,40% 90,56%
EG ÍNDICES
34,90% 49,22% 65,00% 67,40% 76,91% 78,43% 79,97% 85,43% 88,90% 91,23%
EM ORDEM
39,50% 53,21% 65,00% 68,45% 77,77% 79,45% 81,30% 86,54% 89,43% 91,56%
EG MEDIANA
PADRÃO 78,05%
SITUAÇÃO ECONÔMICA
15,45% 28,32% 25,00% 15,99% 18,80% 15,86% 34,89% 25,11% 11,70% 28,04%
ÍNDICES 30
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
21,53% 21,56% 23,46% 12,43% 11,01% 8,40% 1,56% 13,80% 15,34% 27,77%
EMPRESAS
19,50% 14,98% 12,49% 19,23% 11,97% 12,67% 11,23% 20,32% 29,45% 26,91%
1,56% 11,23% 12,43% 13,80% 15,45% 18,80% 20,32% 23,46% 26,91% 28,32%
ROE ÍNDICES
8,40% 11,70% 12,49% 14,98% 15,86% 19,23% 21,53% 25,00% 27,77% 29,45%
EM ORDEM
11,01% 11,97% 12,67% 15,34% 15,99% 19,50% 21,56% 25,11% 28,04% 34,89%
ROE MEDIANA
PADRÃO 17,40%
GESTÃO DOS RECURSOS
89,56 77,51 102,10 46,50 89,20 68,00 89,32 65,10 86,21 78,43
ÍNDICE 30
53,50 123,70 73,45 82,28 61,00 88,40 91,43 97,51 85,40 78,64
EMPRESAS
91,56 89,43 86,54 83,00 90,80 97,13 91,20 70,70 89,70 64,90
46,50 64,90 70,70 78,43 83,00 86,54 89,32 89,70 91,43 97,51
CO ÍNDICES
53,50 65,10 73,45 78,64 85,40 88,40 89,43 90,80 91,56 102,10
EM ORDEM
61,00 68,00 77,51 82,28 86,21 89,20 89,56 91,20 97,13 123,70
CO MEDIANA
PADRÃO 86,38%
Fonte: o autor.
No ciclo operacional, tivemos como décimo quinto número 86,21 dias e como
décimo sexto 86,54 dias, o índice padrão encontrado é a média desses dois núme-
ros, portanto 86,38 dias. A nossa empresa, utilizada para desenvolvimento prático,
está pior que o padrão em todos os períodos, pois em X3 foi de 89,56 dias, em
X2 97,51 dias e em X1 97,13 dias.
Considerando esses quatro índices-padrão, temos alguns sinais de alerta,
pois somente o ROE de X1 está melhor que o índice-padrão.
Vimos que a mediana divide a série de dados em duas partes; com isso, encon-
tramos um padrão e duas partes, uma abaixo do padrão e outra acima. Além da
mediana, existem outras medidas separatrizes: os quartis, que separam a série
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
em quatro partes; os decis, que separam a série em dez partes; e os percentis, que
separam a série em cem partes. Como o nosso objetivo é separar a série com a
finalidade de atribuir notas e conceitos, vamos usar os decis.
Nos decis, a série é dividida em dez partes iguais, com o mesmo núme-
ro de elementos, de tal forma que cada intervalo do decil contenha 10%
dos elementos coletados (TIBONI, 2010, p. 187).
Para calcular os decis, temos que, após a ordenação da série em ordem crescente,
fazer a separação em 10 partes, então podemos calcular os 9 decis ou separadores,
com base na média ou mediana das duas partes de dados que o mesmo divide.
Aqui, utilizaremos a média; se calcularmos os decis pela mediana, o quinto decil
seria exatamente igual às medianas calculadas anteriormente.
Para calcular o primeiro decil do índice de liquidez geral, somamos os índices
0,56 + 0,67 + 0,68 + 0,75 + 0,76 + 0,79 e encontramos 4,21, então encontramos
a média aritmética 0,70 (4,21 / 6), que é o primeiro decil.
Para calcular o quinto decil do índice de endividamento geral. somamos os
índices 70,32% + 76,91% + 77,77% + 78,32% + 78,43% + 79,45% e encontra-
mos 461,20%, então encontramos a média aritmética 76,87% (461,20% / 6), que
é o quinto decil.
Para calcular o segundo decil do retorno do patrimônio líquido (ROE)
somamos os índices 11,23% + 11,70% + 11,97% + 12,43% + 12,49% + 12,67% e
encontramos 72,49%, então encontramos a média aritmética 12,08% (72,49% /
6), que é o segundo decil.
Índices-Padrão
182 UNIDADE V
ÍNDICES-PADRÃO: DECIS
SITUAÇÃO FINANCEIRA
0,56 0,75 0,80 0,84 0,89 0,99 1,05 1,18 1,20 1,40
ÍNDICES EM
0,67 0,76 0,83 0,86 0,95 1,00 1,09 1,19 1,22 1,54
ORDEM
0,68 0,79 0,83 0,87 0,99 1,01 1,10 1,19 1,33 2,00
LG 1º decil 3º decil 5º decil 7º decil 9º decil
0,70 0,84 0,97 1,13 1,45
DECIS
2º decil 4º decil 6º decil 8º decil
0,79 0,90 1,04 1,22
SITUAÇÃO PATRIMONIAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
23,46% 45,99% 61,01% 65,98% 70,32% 78,32% 79,79% 82,43% 88,40% 90,56%
ÍNDICES EM
34,90% 49,22% 65,00% 67,40% 76,91% 78,43% 79,97% 85,43% 88,90% 91,23%
ORDEM
39,50% 53,21% 65,00% 68,45% 77,77% 79,45% 81,30% 86,54% 89,43% 91,56%
EG 1º decil 3º decil 5º decil 7º decil 9º decil
41,05% 65,47% 76,87% 82,58% 90,01%
DECIS
2º decil 4º decil 6º decil 8º decil
56,57% 71,14% 79,54% 86,86%
SITUAÇÃO ECONÔMICA
1,56% 11,23% 12,43% 13,80% 15,45% 18,80% 20,32% 23,46% 26,91% 28,32%
ÍNDICES EM
8,40% 11,70% 12,49% 14,98% 15,86% 19,23% 21,53% 25,00% 27,77% 29,45%
ORDEM
11,01% 11,97% 12,67% 15,34% 15,99% 19,50% 21,56% 25,11% 28,04% 34,89%
ROE 1º decil 3º decil 5º decil 7º decil 9º decil
9,31% 13,62% 17,47% 22,83% 29,23%
DECIS
2º decil 4º decil 6º decil 8º decil
12,08% 15,24% 20,16% 26,05%
GESTÃO DOS RECURSOS
46,50 64,90 70,70 78,43 83,00 86,54 89,32 89,70 91,43 97,51
ÍNDICES EM
53,50 65,10 73,45 78,64 85,40 88,40 89,43 90,80 91,56 102,10
ORDEM
61,00 68,00 77,51 82,28 86,21 89,20 89,56 91,20 97,13 123,70
CO 1º decil 3º decil 5º decil 7º decil 9º decil
59,83 76,84 86,46 90,00 100,57
DECIS
2º decil 4º decil 6º decil 8º decil
69,94 82,33 88,74 91,97
Fonte: o autor.
ESCALA DE CONCEITOS
padrão pela mediana), mas teremos até nove conceitos, de acordo com os decis.
A partir do cálculo dos decis, podemos estabelecer notas ou conceitos para os
intervalos de empresas utilizadas para calcular o padrão; teremos, então, uma
nota ou conceito para a nossa empresa em cada índice.
As definições de notas e conceitos podem ser feitas livremente pelo ana-
lista, pois, como já vimos anteriormente, a análise das demonstrações não é uma
atividade normatizada, e sim gerencial. Por essa razão, fizemos as seguintes pon-
derações para definições:
Para os índices do tipo “quanto maior, melhor” consideramos nota 1 o inter-
valo de zero até o 1º decil, nota 2 o intervalo do 1º até o 2º decil, nota 3 o intervalo
do 2º até o 3º decil, nota 4 o intervalo do 3º até o 4º decil, nota 5 o intervalo do 4º
até o 5º decil, nota 6 o intervalo do 5º até o 6º decil, nota 7 o intervalo do 6º até
o 7º decil, nota 8 o intervalo do 7º até o 8º decil e nota 9 o intervalo acima do 8º
decil, consideramos o conceito INSUFICIENTE para as notas 1 e 2; REGULAR
para as notas 3 e 4; BOM, para as notas 5 e 6; MUITO BOM para as notas 7 e 8;
e EXCELENTE para a nota 9.
Para os índices do tipo “quanto menor, melhor” consideramos nota 1 o inter-
valo acima do 9º decil, nota 2 o intervalo do 8º até o 9º decil, nota 3 o intervalo
do 7º até o 8º decil, nota 4 o intervalo do 6º até o 7º decil, nota 5 o intervalo
do 5º até o 6º decil, nota 6 o intervalo do 4º até o 5º decil, nota 7 o intervalo
do 3º até o 4º decil, nota 8 o intervalo do 2º até o 3º decil e nota 9 o intervalo
até o 2º decil. Quanto aos conceitos, consideramos, da mesma forma, conceito
INSUFICIENTE para as notas 1 e 2; REGULAR para as notas 3 e 4; BOM para
as notas 5 e 6; MUITO BOM para as notas 7 e 8; e EXCELENTE para a nota 9.
Índices-Padrão
184 UNIDADE V
ÍNDICES-PADRÃO: CONCEITOS
SITUAÇÃO FINANCEIRA
1º decil 3º decil 5º decil 7º decil 9º decil
0,70 0,84 0,97 1,13 1,45
DECIS
2º decil 4º decil 6º decil 8º decil
LG 0,79 0,90 1,04 1,22
NOTAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9
CONCEITOS Insuficiente Regular Bom Muito Bom Excelente
SITUAÇÃO PATRIMONIAL
1º decil 3º decil 5º decil 7º decil 9º decil
41,05% 65,47% 76,87% 82,58% 90,01%
DECIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2º decil 4º decil 6º decil 8º decil
EG 56,57% 71,14% 79,54% 86,86%
NOTAS 9 8 7 6 5 4 3 2 1
CONCEITOS Excelente Muito Bom Bom Regular Insuficiente
SITUAÇÃO ECONÔMICA
1º decil 3º decil 5º decil 7º decil 9º decil
9,31% 13,62% 17,47% 22,83% 29,23%
DECIS
2º decil 4º decil 6º decil 8º decil
ROE 12,08% 15,24% 20,16% 26,05%
NOTAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9
CONCEITOS Insuficiente Regular Bom Muito Bom Excelente
GESTÃO DOS RECURSOS
1º decil 3º decil 5º decil 7º decil 9º decil
59,83 76,84 86,46 90,00 100,57
DECIS
2º decil 4º decil 6º decil 8º decil
CO 69,94 82,33 88,74 91,97
NOTAS 9 8 7 6 5 4 3 2 1
CONCEITOS Excelente Muito Bom Bom Regular Insuficiente
Fonte: o autor.
RELATÓRIO DA ANÁLISE
Vamos colocar em uma única tabela todos os indicadores que vimos neste estudo.
Isso nos ajudará a termos uma visão geral da situação da empresa, envolvendo
os aspectos econômicos e estruturais do patrimônio, a situação econômico-fi-
nanceira, as margens de lucratividade, a estrutura de capitais e os retornos sobre
recursos do ativo e do patrimônio líquido. O relatório da análise
[...] é o instrumento utilizado para a tomada de decisões, que resumirá,
de forma clara, a situação econômico-financeira organizacional e seu
desempenho ao longo do tempo [...] (CAMARGO, 2007, p. 237).
Relatório da Análise
186 UNIDADE V
Ávila (2011), o relatório de análise deve conter todas as conclusões sobre a empresa
analisada, de acordo com a necessidade do usuário solicitante.
Na quando, com o resumo dos índices calculados neste estudo, está identificado
o comportamento de cada índice de X1 para X2 e de X2 para X3. Esse apon-
tamento não mostra se o índice aumentou ou diminuiu, mas se melhorou ou
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
piorou em relação ao ano anterior.
O resumo a seguir não identifica o posicionamento da empresa em relação ao
padrão, uma vez que, para isso, é necessário calcular o índice-padrão para todos
os vinte e seis índices calculados. Neste trabalho, para efeito didático, calcula-
mos somente quatro índices-padrão, já comparados anteriormente e avaliados
como pior que o padrão. Assim, recomenda-se o cálculo dos índices-padrão
como imprescindíveis para empresas nesta situação.
Quadro 6 - Resumo dos índices
PERÍODO / ANO
RESUMO DOS ÍNDICES
X3 X2 X1
SITUAÇÃO FINANCEIRA
LG Liquidez Geral 0,83 0,83 0,86
LC Liquidez Corrente 1,01 1,16 1,19
LS Liquidez Seca 0,56 0,69 0,67
LI Liquidez Imediata 0,26 0,38 0,30
CJ Cobertura de Juros 1,05 0,71 1,55
SITUAÇÃO PATRIMONIAL
EG Endividamento Geral 86,54% 88,08% 85,65%
CE Composição do Endividamento 65,34% 58,41% 62,64%
PCT Participação dos Capitais de Terceiros 642,78% 739,24% 596,83%
ARP Alavancagem dos Recursos Próprios 7,43 8,39 6,97
IPL Imobilização do Patrimônio Líquido 210,06% 223,87% 182,36%
IRNC Imobilização dos Recursos não Correntes 65,08% 54,95% 56,46%
SITUAÇÃO ECONÔMICA
MB Margem Bruta 30,69% 28,21% 27,09%
MG Mark-up Global 44,27% 39,30% 37,16%
MO Margem Operacional 3,98% 3,48% 4,75%
ME Margem do Ebitda 4,10% 4,24% 5,11%
ML Margem Líquida 1,17% 0,09% 2,18%
ROI Retorno sobre os Investimentos 2,08% 0,14% 4,02%
ROE Retorno sobre o Patrimônio Líquido 15,45% 1,17% 28,04%
Fonte: o autor.
MODELO DE KANITZ
Relatório da Análise
188 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FS = 0,05 X1 + 1,65 X2 + 3,55 X3 – 1,06 X4 – 0,33 X5
Neste modelo, o objetivo é dar uma nota média geral para a empresa, que conso-
lide diversos índices. Depois de aplicada a fórmula, verifica-se em qual intervalo
do Termômetro se enquadra o Fator de Solvabilidade encontrado.
SITUAÇÃO DE
-2
ano está diminuindo. PENUMBRA
-3
Figura 1 - Termômetro de Solvabilidade -4
Fonte: o autor. -5
SITUAÇÃO DE
INSOLVÊNCIA -6
-7
RELATÓRIO FINAL DA
ANÁLISE
Relatório da Análise
190 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pior do padrão pela mediana e ao utilizarmos os decis, a empresa
está no 8º decil, o que representa nota 3 e conceito regular.
■■ A empresa apresenta uma situação econômica instável, pois mesmo
com resultado líquido positivo nos três períodos, o período x2 remu-
nera os recursos dos acionistas em apenas 1,17% enquanto o padrão
pela mediana é de 17,40%. Considerando que o conceito do ROE em
X1 foi excelente e em X3 foi bom, a situação econômica é a menos
preocupante. No entanto, como sabemos que o desequilíbrio empre-
sarial afeta até as áreas que ainda estão boas, o gestor desta empresa
precisa redirecionar as ações para recuperar a empresa.
■■ A empresa apresenta ciclo econômico muito alto, ciclo opera-
cional também alto, mas o ciclo financeiro está em níveis baixos.
Percebemos, então, que a correção não está muito difícil: ao com-
pararmos o ciclo operacional com o padrão, a nossa empresa
está sempre pior - X2 é o pior ano com 97,51 dias. Enquanto o
padrão é 86,38 dias, na escala de conceitos, em X2, chegamos a
Insuficiente, o que preocupa.
■■ Utilizando o Termômetro de Solvabilidade de Kanitz, vemos uma
empresa ainda no intervalo de solvência, mas nos três períodos
muito próximo do intervalo de penumbra e o pior: o índice está
a cada ano menor.
FÓRMULA DUPONT
Fórmula Dupont
192 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
uma combinação de ambos.
Na figura a seguir, temos os elementos patrimoniais e de resultado que
influenciam o ROI ou ROA.
http://www.manoel.pro.br/DuPont_Original.pdf
FÓRMULA DUPONT
Vendas
Líquidas
-
Custo das Lucro
Vendas Líquido
Margem
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
- / Líquida
Despesas Vendas
Operacionais Líquidas
Taxa de Retorno
DRP
+- sobre os
X Investimentos
Resultado
Financeiro
-
Impostos Giro do
sobre Lucro / Ativo Total
+-
Operações
Descon-
tinuadas
Ativo
Circulante
Ativo
+
BP
Total
Ativo Não
Circulante
Fórmula Dupont
194 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cagem e, em decorrência, o retorno auferido pelos proprietários.
http://www.manoel.pro.br/DuPont_Modificada.pdf
-
Custo das Lucro
Vendas Líquido
Margem
- / Líquida
Despesas Vendas
Operacionais Líquidas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Taxa de Retorno
DRP
+- sobre os
X Investimentos
Resultado
Financeiro
-
Impostos Giro do
sobre Lucro / Ativo Total
+-
Operações
Descon- Taxa de Retorno
tinuadas sobre os Recursos
X Próprios
Ativo
Circulante
Ativo
+ Total
Ativo Não
Circulante
Passivo
BP
Circulante
Passivo
+ Total
Recursos
Alavancagem dos
Terceiros e
Passivo Não Recursos Próprios
Próprios
Circulante
+
/
Patrimônio
Líquido
Relatório da Análise
196 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ANÁLISE FINANCEIRA DINÂMICA
ATIVO x3 x2 x1
Ativo Circulante 2.963.415 3.319.459 3.365.369
Ativo Circulante Financeiro (errático) 820.484 1.176.163 936.637
Caixa e Equivalentes 202.452 590.400 391.763
Títulos e Valores Mobiliários 566.954 497.623 450.979
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Partes relacionadas 51.078 88.140 93.895
Ativo Circulante Operacional (cíclico) 2.142.931 2.143.296 2.428.732
Clientes 419.616 430.549 616.585
Estoques 1.336.954 1.343.741 1.465.553
Tibutos a Recuperar 291.719 333.475 295.205
Outros ativos Circulantes 94.642 35.531 51.389
Fonte: o autor.
vos circulantes e passivos circulantes. Para este cálculo, não é necessário separar
os ativos e passivos circulantes em financeiro e operacional, portanto, sem-
pre que os ativos circulantes se apresentarem
maiores do que passivos circulantes, teremos
CCL positivo. Já vimos anteriormente que
essa situação também fará com que o Índice
de Liquidez Corrente - ILC seja maior que 1;
de maneira geral, quanto maior for o CCL e o
ILC, maior será a capacidade da empresa hon-
rar seus compromissos de curto prazo. Porém,
isso depende muito do ramo da empresa, pois
empresas com Ciclo Financeiro - CF muito
baixos ou negativos têm comportamentos
diferentes.
Uma empresa com CCL positivo pode apresentar dificuldades de liquidez; isso
decorre do conceito de curto prazo, pois uma empresa que tem ativos a receber
em onze meses e passivos a pagar em um mês, mesmo que apresente CCL posi-
tivo e ILC maior que 1, com certeza terá problemas financeiros.
Podemos calcular o CCL utilizando a seguinte fórmula:
CCL = AC - PC
Considerando os valores das demonstrações da nossa empresa, encontramos
os seguintes valores:
Quadro 10 - Capital Circulante Líquido
X3 X2 X1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CCL= 38.990,00 459.484,00 544.739,00
Fonte: o autor.
Temos, então, um sinal de alerta bem aceso, pois houve uma pequena redução
no valor do CCL de X1 para X2; contudo de X2 para X3, a redução foi acentu-
ada, muito embora não tenha sido negativo em X3, mas seguindo esta tendência
será muito negativo em X4. Demonstrando graficamente:
38.990,00
x3 x2 x1
X3 X2 X1
Temos uma oscilação muito grande entre os três anos: inicialmente, pode-
mos considerar que em X2 houve uma “anormalidade” com IOG negativo de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
R$37.909,00, pois em X1 (R$342.235,00) e X3 (R$293.342,00), temos valores
muito parecidos, não apontando, assim, para uma tendência desenhada para
X4. Demonstrando graficamente:
-37.909,00
x3 x2 x1
SALDO DE TESOURARIA - ST
ST = ACF - PCF
Considerando os valores das demonstrações da nossa empresa, encontramos os
seguintes valores:
X3 X2 X1
Saldo de Tesouraria
497.757,00
202.504,00
-254.352,00
x3 x2 x1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 9 - Saldo de Tesouraria
Fonte: o autor.
TIPOS DE EMPRESAS
■■ Empresas tipo 2
PL
ST positivo ACF > PCF
ANC
■■ Empresas tipo 3
■■ Empresas tipo 4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
consideradas empresas com
PNC ST negativo ACF < PCF
ANC problemas de solvência.
PL
Tipo 5
ACF
■■ Empresas tipo 5
PCF CCL negativo AC < PC
■■ Empresas tipo 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, aprendemos alguns tópicos importantes para a análise das demons-
trações com enfoques diferentes e complementares aos vistos nas unidades
anteriores. Tratamos dos índices-padrão, do relatório da análise, do método
Dupont e da análise financeira dinâmica.
Vimos que os índices-padrão refletem o comportamento dos índices de
diversas empresas selecionadas para fins de comparação. Calculamos o padrão
de quatro índices pela mediana e pelos decis, sendo possível atribuir notas e con-
ceitos às empresas, além de saber se estão abaixo ou acima do padrão. Nosso
enfoque foi conceitual e prático: definimos um universo de empresas simula-
das e fizemos os cálculos e as comparações com o padrão e com os conceitos.
Utilizando todos os índices calculados, fizemos um demonstrativo resumo
para facilitar a visualização, calculamos o termômetro de solvabilidade de Kanitz;
calculamos e demonstramos o método Dupont original, que tem como foco o
Considerações Finais
208 UNIDADE V
ROA; e o método modificado, que tem como foco o ROE, pois, assim, reunimos
em uma única avaliação todas as áreas responsáveis pela performance financeira
da empresa.
Estudamos, também, a análise financeira dinâmica, que é uma forma de
administrar com foco na sustentabilidade financeira e econômica de curto e
longo prazo, para tomar decisões que preservem a capacidade de pagamento, a
lucratividade e a criação de valor ao acionista. Assim, vimos que nossa empresa
tem um Capital Circulante Líquido positivo, Investimento Operacional em Giro
positivo e Saldo de Tesouraria negativo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É muito importante que você aprofunde pontos específicos deste estudo, pois
a pesquisa mostra uma visão mais ampla sobre o tema, possibilitando a análise
de opiniões e enfoques diferentes dos autores.
Continue em frente! Somente o aprendizado pode levar ao conhecimento,
e o conhecimento à liberdade de opiniões.
1. Os decis dividem a série de dados em dez partes iguais, com o mesmo número
de elementos, de tal forma que cada intervalo do decil contenha 10% dos ele-
mentos coletados. No que diz respeito aos índices-padrão, analise as afirmativas
a seguir:
I- Os decis são utilizados para calcular a mediana da série.
II- Os decis são utilizados para calcular as notas e os conceitos.
III- Para calcular os decis não é necessário organizar a série em ordem crescente.
IV- Quando o índice é do tipo “quanto menor, melhor” as empresas classificadas
no decil 1 são melhores conceituadas.
Estão corretas somente as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.
2. O método Dupont é uma técnica que reúne em uma única avaliação todas as
áreas responsáveis pela performance financeira da empresa. Escolha a alterna-
tiva que mostra os índices finais do método Dupont original e modificado.
a) PMRE e PMC.
b) LG e LS.
c) EG e IRP.
d) ROA e ROE.
e) MB e MO.
3. Considerando que a análise financeira dinâmica, também conhecida como mo-
delo Fleuriet, é uma forma de administrar com foco na sustentabilidade financei-
ra e econômica de curto e longo prazos, explique a necessidade de reclassifi-
car o ativo e o passivo circulante.
4. Na análise dinâmica financeira, encontramos o IOG, que representa a necessida-
de de capital de giro. Descreva CCL e IOG evidenciando as diferenças entre
eles.
5. Kanitz utilizou, para encontrar a fórmula do Fator de Solvabilidade, uma amostra
de empresas, metade com problemas de continuidade e metade com bom equi-
líbrio e sem problemas. Descreva qual o objetivo do Termômetro de Kanitz.
210
ÁVILA, Carlos Alberto de. Gestão contábil para contadores e não contadores. 2.
ed. Curitiba: Ibpex, 2011.
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Pau-
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zembro de 2011. Dá nova redação à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Dispo-
nível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1374.pdf>. Acesso em: 16
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BRUNI, Adriano Leal. A análise contábil e financeira. São Paulo: Atlas, 2010.
CAMARGO, Camila. Análise de investimentos e demonstrativos financeiros. Curi-
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FIGUEIREDO, Fernanda et al. Estatística descritiva e probabilidades. 2. ed. Portu-
gal: Escolar Editora, 2009.
FLEURIET, Michel; ZEIDAN, Rodrigo. O modelo dinâmico de gestão financeira. Rio
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Paulo: Addison Wesley, 2010.
KANITZ, Stephen Charles. Como prever falências. São Paulo: McGraw Hill, 1978.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem básica e
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TIBONI, Conceição Gentil Rebelo. Estatística básica: para os cursos de administra-
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REFERÊNCIA ON-LINE
1
Em: <https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5037429.pdf>. Acesso em: 16
jun. 2017.
GABARITO
1. d) II e IV.
2. d) ROA e ROE.
3. Para encontrar o IOG e o ST precisamos saber qual é o valor do Ativo Circulante
Financeiro, Ativo Circulante Operacional, Passivo Circulante Financeiro e Passivo
Circulante Operacional.
4. O IOG se difere do CCL, pois considera somente os ativos e passivos circulantes
operacionais ou cíclicos para o seu cálculo, enquanto o CCL considera todo o
ativo e o passivo circulante.
5. O objetivo é a previsão de falências; para isso utiliza um termômetro com in-
tervalos que demonstram que a empresa está em situação de insolvência ou
penumbra ou solvente. O fator de solvabilidade representa a nota da empresa,
consolidando diversos índices em um.
215
CONCLUSÃO