CURSO DE IFRS E CPC - Marcelo Cavalcanti Almeida

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CURSO EM IFRS E CPC

MARCELO CAVALCANTI ALMEIDA


[email protected]
[email protected]
TEL. 21-99982-6830

1
SUMÁRIO DO CURRÍCULO DE MARCELO CAVALCANTI
ALMEIDA
Experiência profissional de 40 anos na
Deloitte, sendo que nos últimos 25 anos como
sócio de auditoria.
Sócio de auditoria responsável pelos clientes
VALE, BNDES, CSN, PREVI, etc.
Experiência de 27 anos como professor da
UERJ.
Autor de diversos livros de auditoria e
contabilidade publicados pela Atlas.

2
SUMÁRIO DO CURRÍCULO DE MARCELO CAVALCANTI
ALMEIDA
LIVROS PUBLICADOS PELA EDITORA ATLAS:

 AUDITORIA – UM CURSO MODERNO E COMPLETO.


 MANUAL PRÁTICO DE INTERPRETAÇÃO CONTÁBIL DA LEI
SOCIETÁRIA.
 IFRS NA PRÁTICA.
 CURSO DE CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA EM IFRS E CPC .
 CURSO DE CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA EM IFRS E CPC .
 CURSO DE CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA SUPERIOR EM
IFRS E CPC .
 CURSO DE CONTABILIDADE AVANÇADA EM IFRS E CPC .

3
PROGRAMA

• Adoção do IFRS no Brasil e no mundo.


• Provisões e outros passivos (CPC 25).
• Contingências ativas e passivas (CPC 25).
• Reestruturação (CPC 25).
• Contratos onerosos (CPC 25)
• Arrendamento mercantil financeiro (CPC 06 –
R1).
• Arrendamento mercantil operacional (CPC 06
–R1).
• Venda e leaseback (CPC 06 –R1).
EVOLUÇÃO DO IFRS NO BRASIL

Instrução CVM n°
457/07

Demonstrações financeiras consolidadas a partir do exercício findo


em 2010

Comunicado
BACEN n°
14.259/06

Demonstrações financeiras consolidadas a partir do exercício findo


em 2010
5
EVOLUÇÃO DO IFRS NO BRASIL

Projeto Lei n°
3.741

Convertido na
Mudanças contábeis
Lei n° 11.638/07

Mudanças contábeis
Lei n° 11.941/09
e fiscais

6
EVOLUÇÃO DO IFRS NO BRASIL

2008 – 1ª etapa
da adoção do
IFRS

2010 – 2ª etapa
da adoção do
IFRS

Regulamentação
Lei n° 12.973/14 fiscal das normas do
IFRS

7
IASB -International Accounting Standards Board

International Accounting Standards Committee (IASC)


foi estabelecido em 1973 e inclui organizações
profissionais de 104 países membros.
Em 2001 o IASC cessou de existir e um novo órgão foi
formado (IASB).
O IASB decidiu adotar as normas emitidas pelo IASC.
O IASB é responsável pelo desenvolvimento das IFRS.

8
ADOÇÃO DAS IFRS NO MUNDO – Obrigatória para todas as
entidades listadas em bolsa

• Abu Dhabi (Emirados • Catar


• Árabes Unidos) • Cazaquistão
• Africa do sul • Chile
• Alemanha • Chipre
• Anguilla • Cisjordânia/Gasa
• Antígua e Barbuda • Coreia do Sul
• Argentina • Costa Rica
• Armênia • Croácia
• Austrália • Dinamarca
• Áustria • Egito
• Bahamas • Equador
• Bahrain • Eslovênia
• Barbados • Espanha
• Bélgica • Estônia
• Bósnia e Herzegovina • Fiji
• Botsuana • Finlândia
• Brasil • França
• Bulgária • Gana
• Canadá • Geórgia
9
ADOÇÃO DAS IFRS NO MUNDO – Obrigatória para todas as
entidades listadas em bolsa

• Granada • Liechtenstein
• Grécia • Lituânia
• Guatemala • Luxemburgo
• Guiana • Macedônia
• Holanda • Malauí
• Honduras • Malta
• Hong Kong • México
• Hungria • Mongólia
• Ilhas Maurício • Montenegro
• Iraque • Namíbia
• Irlanda • Nepal
• Islândia • Nicarágua
• Itália • Nigéria
• Jamaica • Noruega
• Jordânia • Nova Zelândia
• Kuwait • Omã
• Letônia • Panamá
• Líbano • Papua-Nova Guiné
• Líbia • Peru
10
ADOÇÃO DAS IFRS NO MUNDO – Obrigatória para todas as
entidades listadas em bolsa

• Polônia
• Portugal
• Quênia
• Quirguistão
• Reino Unido
• Republica Dominicana
• República Eslovaca
• República Tcheca
• Romênia
• São Cristóvão e Névis
• Serra Leoa
• Sérvia
• Suécia
• Tajiquistão
• Tanzânia
• Trinidad e Tobago
• Zâmbia

11
CPC - COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS
CONTÁBEIS
Tem 12 membros representantes:

ABRASCA APIMEC BOVESPA

CFC FIPECAFI IBRACON

Representantes dos seguintes órgãos são convidados:


Banco Central do Brasil;
Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
Secretaria da Receita Federal;
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

Produtos do CPC:
Pronunciamentos Técnicos;
Orientações; e
Interpretações.
12
NORMAS PUBLICADAS PELO IASB E AINDA
NÃO EMITIDAS PELO CPC

• IFRS 09 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS


(ENTRA EM VIGOR EM 01/01/2018)
• IFRS 15 – RECONHECIMENTO DE RECEITAS
(ENTRA EM VIGOR EM 01/01/2017)

13
CURSO DE CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA EM IFRS E CPC

1. PANORAMA GERAL DA CONTABILIDADE NO MUNDO E NO BRASIL E UMA VISÃO GERAL


DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.
2. METODOLOGIA DAS PARTIDAS DOBRADAS, ATIVOS, PASSIVOS, PATRIMÔNIO LÍQUIDO,
RECEITAS E DESPESAS.
3. PRINCIPAIS GRUPOS DE CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DO
RESULTADO.
4. CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DE CONTAS A RECEBER DE CLIENTES, DE ATIVOS
FINANCEIROS DE RENDA FIXA, DE ATIVOS FINANCEIROS DE RENDA VARIÁVEL E DE
ESTOQUES.
5. CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS, DO ATIVO IMOBILIZADO E DO
ATIVO INTANGÍVEL.
6. CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DOS PASSIVOS DE FORNECEDORES, DE
EMPRÉSTIMOS, DE BENEFÍCIOS A EMPREGADOS E DE PROVISÕES PARA RISCOS.
7. PATRIMÔNIO LÍQUIDO – CAPITAL SOCIAL E RESERVAS.
8. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E DO RESULTADO
ABRANGENTE.
9. DEDUÇÕES DE PREJUÍZOS, PARTICIPAÇÕES, DESTINAÇÃO DO LUCRO, RESERVAS E
DIVIDENDOS,
10. RECONHECIMENTO DE RECEITAS.
11. CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO.
12. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.

14
CURSO DE CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA EM IFRS E CPC

1. ESTOQUES.
2. ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO AGRÍCOLA.
3. PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO.
4. INVESTIMENTO EM COLIGADA, EM CONTROLADA E EM
EMPREENDIMENTO CONTROLADO EM CONJUNTO.
5. NEGÓCIOS EM CONJUNTO.
6. ATIVO IMOBILIZADO.
7. ATIVO INTANGÍVEL.
8. OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL.
9. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS.
10.MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO.
11.DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA.
12.DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO.

15
CURSO DE CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA SUPERIOR EM IFRS E CPC

1. INSTRUMENTOS FINANCEIROS.
2. PASSIVO OU PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
3. ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA E OPERAÇÃO
DESCONTINUADA.
4. EFEITOS DAS MUDANÇAS DE TAXA DE CÂMBIO E CONVERSÃO DE
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.
5. CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS.
6. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS .
7. SUBVENÇÃO E ASSISTÊNCIA GOVERNAMENTAIS.
8. PAGAMENTO BASEADO EM AÇÕES.
9. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES.
10. TRIBUTOS SOBRE O LUCRO.
11. RESULTADO POR AÇÃO.
12. POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO
DE ERRO.

16
CURSO DE CONTABILIDADE AVANÇADA EM IFRS E CPC

1. COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
2. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS
3. INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO
4. DEMONSTRAÇÕES COMBINADAS
5. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PRO
FORMA
6. NOTAS EXPLICATIVAS

17
PROVISÕES, CONTINGÊNCIAS PASSIVAS E
ATIVAS – CPC 25

MARCELO CAVALCANTI ALMEIDA


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TEL. 21-99982-6830

18
CONTINGÊNCIAS PASSIVAS

Evento ocorreu no Não provisiona e


passado?
Não nem divulga nas
DF’s

Sim
Não
Saída provável de Saída possível de
Não
recursos ? recursos?

Sim Sim

Estimativa confiável
do montante? Não Divulga nas DF’s

Sim

Provisiona no
passivo

19
CONCEITOS

Provisão é um passivo de prazo ou valor


incertos.
O termo provisão também tem sido usado no contexto
de contas retificadoras, como depreciações
acumuladas, desvalorização de ativos e ajustes de
valores a receber, que não são o objeto deste tópico.
Fato gerador, no contexto desta norma, é um
evento passado que cria uma obrigação
presente, legal ou não formalizada, para uma
entidade.
CONCEITOS

Obrigação legal é aquela que deriva de um


contrato (por meio de termos explícitos ou
implícitos), de legislação (lei) ou de outro
instrumento fundamentado em lei.

Obrigação não formalizada é aquela que surge


quando uma entidade, mediante práticas do
passado, políticas divulgadas ou declarações
feitas, cria uma expectativa válida por parte de
terceiros e, por conta disso, assume um
compromisso.

21
CONCEITOS

Reconhecimento

Para fins de classificação dos ativos e passivos em contingentes utiliza-se


os termos praticamente certo, provável, possível e remota com os seguintes
conceitos:

Praticamente certo – utilizado para ativos contingentes, este termo é mais


fortemente utilizado no julgamento de contingências ativas. Ele é aplicado
para refletir uma situação na qual um evento futuro é certo, apesar de não
ocorrido. Essa certeza advém de situações cujo controle está com a
administração de uma entidade, e depende apenas dela, ou de situações em
que há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não
cabem mais recursos .

Provável - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é maior do que a


de não ocorrer.

Possível - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é menor que


provável, mas maior que remota.

Remota - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é pequena.


22
PONTOS LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NO CASO DE QUESTÕES TRIBUTÁRIAS

 O que exatamente consta na legislação sobre esse assunto?


 Qual a opinião dos consultores jurídicos da Entidade sobre
esse assunto?
 Existem outros processos dessa mesma natureza envolvendo
outras sociedades? Se sim, qual foi o resultado do
julgamento?
 Em que instância está o processo da Entidade na Justiça e
quais foram os resultados (favorável ou desfavorável) das
instâncias anteriores?
 Baseado nas pesquisas dos tópicos anteriores, qual o
julgamento da administração sobre as chances de perda desse
processo?
 É possível fazer uma estimativa confiável do montante de
perda provável do processo?
QUESTÃO – CASO JUDICIAL

Empresa C atua no ramo de fornecimento de alimentação para


eventos. Após um casamento em 20X0, dez pessoas morreram,
possivelmente por resultado de alimentos envenenados oriundos
de produtos vendidos pela Empresa C. Procedimentos legais são
instaurados para solicitar indenização da Empresa C, mas esta
disputa o caso judicialmente. Até a data da autorização para a
publicação das demonstrações contábeis do exercício findo em
31 de dezembro de 20X0, os advogados da entidade aconselham
que é provável que a entidade não será responsabilizada.
Entretanto, quando a entidade elabora as suas demonstrações
contábeis para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, os
seus advogados aconselham que, dado o desenvolvimento do
caso, é provável que a entidade será responsabilizada.
Como tratar contabilmente em 31/12/20x0 e em 31/12/20x1?
RESPOSTA – CASO JUDICIAL

Em 31 de dezembro de 20X0 -Obrigação presente como resultado de


evento passado que gera obrigação – Baseado nas evidências
disponíveis até o momento em que as demonstrações contábeis foram
aprovadas, não há obrigação como resultado de eventos passados.
Conclusão – Nenhuma provisão é reconhecida (ver itens 15 e 16 do CPC
25). A questão é divulgada como passivo contingente, a menos que a
probabilidade de qualquer saída seja considerada remota (item 86 do
CPC 25).

Em 31 de dezembro de 20X1 -Obrigação presente como resultado de


evento passado que gera obrigação – Baseado na evidência disponível,
há uma obrigação presente. Saída de recursos envolvendo benefícios
futuros na liquidação – Provável. Conclusão – Uma provisão é
reconhecida pela melhor estimativa do valor necessário para liquidar a
obrigação (itens 14 a 16 do CPC 25).
QUESTÃO – PAGAMENTO RELACIONADO COM VENDAS FUTURAS

Entidade X atua no segmento de computadores e


enfrenta um processo de uma suposta violação de
direitos de propriedade intelectual de um programa de
computador. Em 31 de dezembro de 20X3, Entidade X
fechou um acordo se comprometendo a pagar a
autora do processo um montante fixo acrescido de
uma parcela variável calculada de 2% de qualquer
receita gerada pela Entidade X nos próximos 4 anos,
com base na venda do citado programa de
computador.
Em 31 de dezembro de 20X3, a Entidade X deve
reconhecer um passivo de obrigação a pagar relativo
á quantia variável em função das vendas futuras?
RESPOSTA – PAGAMENTO RELACIONADO COM VENDAS FUTURAS

Depende se o montante variável a ser pago com base em vendas futuras


representa uma liquidação pelo o uso da propriedade intelectual no
passado ou compensação para o uso futuro pela Entidade X da
propriedade intelectual :
• Se a função de vendas é um mecanismo para determinar o montante
devido pelo uso passado pela Entidade X da propriedade intelectual, a
Entidade X deve reconhecer um passivo segundo o CPC 38 -
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.
• Se os pagamentos sobre vendas se relacionam com o uso futuro pela
Entidade X da propriedade intelectual, a obrigação surge quando novas
vendas são realizadas e representa um contrato executório segundo o
CPC 25. Em tais circunstâncias, a Entidade X não deve reconhecer um
passivo pelo valor variável a ser pago com base em vendas futuras em
31 de dezembro de 20X3, a menos que o contrato executório esteja
determinado a ser oneroso.
Na prática, devem ser raras as situações em que as entidades
reconhecem imediatamente a responsabilidade pelo valor variável a ser
pago com base em vendas futuras.
QUESTÃO – OBRIGAÇÃO NÃO FORMALIZADA ASSOCIADA COM CONTRATO DE
CONSTRUÇÃO

Entidade Y é uma construtora. Ela armazena máquinas


e equipamentos em seu depósito central na cidade de
Duque de Caxias no estado do Rio de Janeiro, e
transportou um guindaste para um canteiro de obras
no bairro de Botafogo na cidade do Rio de Janeiro,
onde está em processo de construção de um edifício
residencial. No final da construção, da Entidade Y será
obrigada a remover o guindaste de Botafogo e
transportá-lo de volta para o seu depósito central.
Deve ser reconhecido um passivo para o transporte do
guindaste de volta para o depósito central?
RESPOSTA – OBRIGAÇÃO NÃO FORMALIZADA ASSOCIADA COM CONTRATO DE
CONSTRUÇÃO

Sim. Um passivo deve ser reconhecido para transportar o


guindaste de volta para o depósito central. O CPC 17(R1) -
Contratos de Construção não trata especificamente com este tipo
de provisão, e por isso se enquadra no âmbito do CPC 25.
O CPC 25.19 afirma, em parte: “São reconhecidas como provisão
apenas as obrigações que surgem de eventos passados que
existam independentemente de ações futuras da entidade (isto é,
a conduta futura dos seus negócios).”
Porque o guindaste não pode ser deixado em Botafogo, Entidade
Y tem uma obrigação construtiva ou não formalizada para
remover o guindaste. Portanto, a Entidade Y deve reconhecer um
passivo para a remoção do guindaste, uma vez que está instalado
em Botafogo e mensurar a dívida na melhor estimativa do custo
de transporte do guindaste de volta para o depósito central (ou
para o próximo local que seja exigido ).
QUESTÃO – OBRIGAÇÃO COM CUSTOS FUTUROS

Navios e aeronaves são obrigados a passar


por grandes revisões em intervalos regulares,
devido ao transporte marítimo e direito
aeronáutico. Deve um Grupo de Entidades, que
reconhece esses navios e aeronaves como
ativos imobilizados, registrar uma obrigação
para estes custos futuros?
RESPOSTA – OBRIGAÇÃO COM CUSTOS FUTUROS

Não. Não há nenhuma obrigação presente criada pela exigência


legal para fazer o trabalho de revisão até que um número
necessário de horas ou dias sejam completadas. O custo do
trabalho de revisão não é reconhecido porque, no final do período
de reporte, nenhuma obrigação de submeter-se a essa revisão
existe, independentemente de ações futuras do Grupo de
Entidades. O Grupo de Entidades poderia evitar o futuro
dispêndio por suas ações futuras, por exemplo, a venda do navio
ou da aeronave.
Nenhuma provisão é reconhecida para custos que precisam ser
incorridos para operar no futuro. Os únicos passivos
reconhecidos no balanço de uma entidade são aqueles que
existem na data do balanço
EXEMPLO – PROVISÃO PARA GARANTIA

Um fabricante de fogões dá garantias no momento da venda para


os compradores do seu produto. De acordo com os termos do
contrato de venda, o fabricante compromete a consertar, por
reparo ou substituição, defeitos de produtos que se tornarem
aparentes dentro de três anos desde a data da venda.
De acordo com a experiência passada, é provável (ou seja, mais
provável que sim do que não) que haverá algumas reclamações
dentro das garantias.
Obrigação presente como resultado de evento passado que gera
obrigação – O evento que gera a obrigação é a venda do produto
com a garantia, o que dá origem a uma obrigação legal.
Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação –
Provável para as garantias como um todo (ver item 24 do CPC 25).
Conclusão – A provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos
custos para consertos de produtos com garantia vendidos antes
da data do balanço (ver itens 14 e 24 do CPC 25).
CONTINGÊNCIAS ATIVAS

• Contingências ativas não são reconhecidas nas demonstrações


contábeis, uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca
venha a ser realizado.
• Uma contingência ativa é divulgada quando for provável uma
entrada de recursos.
• Assim como as contingências passivas, as contingências ativas
devem ser avaliadas periodicamente para determinar se a
avaliação inicial continua válida.
• Se for praticamente certo que uma entrada de recursos ocorrerá
por conta de um ativo (exemplo: decisão transitada em julgado
de um processo), o ativo deixa de ser uma contingência ativa, o
que faz com que este ativo e o correspondente ganho sejam
reconhecidos nas demonstrações contábeis do período em que
ocorrer a mudança de avaliação.

33
QUESTÃO – ENVOLVENDO CONTINGÊNCIA ATIVA

A administração da Empresa B entende que uma determinada lei federal


(que alterou a alíquota do PIS) é inconstitucional, mesmo assim
registrou o passivo do imposto pela nova alíquota (obrigação legal),
reconheceu a despesa na demonstração do resultado e efetuou os
pagamentos do passivo.
A administração da Empresa B impetrou uma ação alegando a
inconstitucionalidade da referida lei. Em uma etapa posterior, o
advogado comunicou que a ação foi julgada procedente em determinada
instância, sendo que o advogado julgou como provável o ganho de
causa em definitivo, entretanto ainda caberia recurso por parte do réu (a
União). Posteriormente a Empresa B obteve liminar permitindo
compensar os valores do tributo questionado na justiça com outros
tributos federais. Mais adiante, os advogados da Empresa B informaram
que há jurisprudência favorável para outras entidades em casos
idênticos, e avaliam que as chances de um desfecho favorável são
prováveis. Com base nestas novas informações a Empresa B deveria
registrar o ganho contingente? Em que momento a Empresa B poderia
reconhecer o ganho contingente?
RESPOSTA – ENVOLVENDO CONTINGÊNCIA ATIVA

A Empresa B não deveria registrar o


ganho contingente, já que esse ganho
não é praticamente certo, devido ao fato
que ainda caberia recurso por parte da
União.
REEMBOLSO

Quando se espera que algum ou todos os dispêndios exigidos


para liquidar uma provisão sejam reembolsados por outra parte,
o reembolso deve ser reconhecido somente quando for
praticamente certo que ele será recebido se a entidade liquidar
a obrigação.

O reembolso deve ser tratado como um ativo separado. O


montante reconhecido para o reembolso não deve ultrapassar o
montante da provisão.

Na demonstração do resultado, a despesa relativa a uma provisão


pode ser apresentada líquida do valor a ser reembolsado.

36
QUESTÃO – REEMBOLSO ESPERADO DE COMPANHIA DE SEGURO

Entidade A tem alta probabilidade de perder um


processo em que é réu. A Companhia de Seguros da
Entidade A deverá cobrir qualquer perda incorrida.
Qual montante, se houver, deve a Entidade A
reconhecer no seu balanço patrimonial no que diz
respeito á perda do processo e ao reembolso pela
Companhia de Seguros?
RESPOSTA – REEMBOLSO ESPERADO DE COMPANHIA DE SEGURO

A saída prevista de recursos na perda da ação judicial e os valores que


deverão ser recuperados a partir da Companhia de Seguros surgem do
mesmo evento passado.

Quando estiverem reunidas as condições do CPC 25.14, a Entidade A


deve reconhecer um passivo para a saída esperada de recursos, medido
pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no
final do período de referência, como indicado no CPC 25.36.
No que diz respeito à esperada recuperação da Companhia de Seguros, a
Entidade A deve avaliar a eficácia da sua apólice de seguro. Segundo o
CPC 25.53, deve reconhecer o valor esperado a ser reembolsado (como
um ativo separado), quando, e somente quando, seja praticamente certo
que o pedido será recebido.

O valor reconhecido para o reembolso não deve ultrapassar o valor da


provisão.
CPC 25 – Provisão e Passivo e Ativo Contingente (IAS 37)
Perdas operacionais futuras

Provisões para prejuízos operacionais futuros não devem ser


reconhecidas, a não ser quando vinculadas a contratos
onerosos. Os prejuízos operacionais futuros normalmente não
atendem à definição de um passivo, nem dos critérios gerais de
reconhecimento estabelecidos para provisões.

Uma expectativa de prejuízos operacionais futuros normalmente é


uma indicação de que determinados ativos da operação podem
não ser recuperáveis, nem parcial nem totalmente.

39
CONTRATOS ONEROSOS

 Contrato oneroso é um contrato que, independentemente do estágio, já


apresenta custos que excedem os benefícios econômicos esperados.

 Se uma entidade tiver um contrato oneroso, os prejuízos futuros inevitáveis,


de acordo com o contrato, devem ser reconhecidos e mensurados como uma
provisão.

 Muitos contratos podem ser cancelados sem pagar compensação para a outra
parte; portanto, não há obrigação. Outros contratos estabelecem direitos e
obrigações para cada uma das partes contratantes. Quando os eventos
tornarem esse contrato oneroso, existirá um passivo que deve ser
reconhecido.

 Antes de ser estabelecida uma provisão separada para um contrato oneroso,


deve ser reconhecido qualquer prejuízo decorrente da desvalorização dos
ativos destinados àquele contrato.

40
EXEMPLO – CONTRATO ONEROSO

A Empresa X firmou um contrato para o fornecimento de bens com um preço


estimado de vendas de R$ 200. Por causa de aumento de custos, as despesas
da Empresa X para cumprir as suas obrigações contratuais deverão ser de R$
240. Portanto, o contrato é considerado oneroso, e uma provisão deve ser
reconhecida. Assuma que qualquer compensação ou de penalidades
decorrentes de falha no cumprimento do contrato é igual ao custo de cumprir
o contrato (ou seja, R$ 240).
A provisão a ser constituída pela Empresa X é o custo integral do
cumprimento do contrato (R$ 240) ou apenas a perda esperada (R$ 40)?
A Empresa X deve reconhecer uma provisão para contrato oneroso igual à
perda esperada (R$ 40).
O CPC 25.10 define um contrato oneroso como "um contrato em que os
custos inevitáveis ​de satisfazer as obrigações do contrato excedem os
benefícios econômicos que se esperam que sejam recebidos ao longo do
mesmo contrato". O CPC 25.68 afirma ainda que "os custos
inevitáveis ​segundo um contrato refletem o menor custo líquido de sair do
contrato, que é o mais baixo do custo de cumprir o contrato e de qualquer
compensação ou penalidades provenientes do não cumprimento do
contrato".
Porque CPC 25 refere-se ao custo líquido ao invés do custo bruto associado
com o contrato, a provisão para o contrato oneroso deve refletir os custos
necessários para cumprir o contrato líquidos de qualquer receita que a
entidade receberá como conseqüência do cumprimento do contrato.
QUESTÃO – CONTRATO ONEROSO

Uma entidade opera de maneira lucrativa em uma fábrica


arrendada conforme um arrendamento operacional. Durante
dezembro de 20X8, a entidade transfere suas operações para
uma nova fábrica.

O arrendamento da antiga fábrica ainda terá que ser pago por


mais quatro anos, com custo total de R$ 8 milhões. A entidade
recebeu a oferta de sub-arrendar a fábrica por R$ 5 milhões
pelo período de quatro anos.

A entidade tem também a opção de cancelar o contrato de


arrendamento pagando multa de R$ 2 milhões.

Qual o montante da provisão?


RESPOSTA – CONTRATO ONEROSO

Condições:
 Evento passado: assinatura do contrato de
arrendamento.
 Obrigação contratual.
 Arrendamento oneroso, com provável saída
futura de recursos
Uma provisão é reconhecida pelo menor valor
entre cumprir ou deixar de cumprir o contrato.
Mesmo que a entidade esteja estudando a opção
de cumprir o contrato e arrendar a fábrica, a
provisão a ser constituída será de R$ 2 milhões
REESTRUTURAÇÃO

Exemplos de eventos que podem se enquadrar na definição de


reestruturação são:

 Venda ou extinção de uma linha de negócios;

 Fechamento de fábricas ou locais de negócios de um país ou


região ou realocação das atividades de negócios de um país ou
região para outro(a);

 Mudanças na estrutura da administração, por exemplo,


eliminação de um nível gerencial; e

 Reorganizações fundamentais que têm um efeito relevante na


natureza e no foco das operações da entidade.

44
REESTRUTURAÇÃO

Uma obrigação não formalizada para reestruturação surge


somente quando uma entidade:

(a)Tiver um plano formal detalhado para a reestruturação,


identificando pelo menos: o negócio ou a parte em questão; os
principais locais afetados; local, funções e o número aproximado
de funcionários incentivados financeiramente a se demitir; os
desembolsos que serão efetuados; e quando o plano será
implantado;
(b)Tiver criado uma expectativa válida naqueles que serão
afetados pela reestruturação, seja começando a implantação
daquele plano, seja pelo anúncio de suas principais
características para aqueles afetados pela reestruturação.

45
REESTRUTURAÇÃO

Uma decisão de reestruturação da administração ou da diretoria,


tomada antes da data do balanço, não dá origem a uma
obrigação não formalizada naquela data, a menos que a
entidade tenha, antes disso:

• Começado a implantar o plano de reestruturação; ou

• Anunciado as principais características do plano de


reestruturação àqueles afetados por ele, de maneira
suficientemente específica, criando neles uma expectativa
válida de que fará a reestruturação.

46
REESTRUTURAÇÃO

Uma provisão para reestruturação deve incluir somente as despesas diretas


decorrentes da reestruturação, que são:
 Necessariamente ocasionadas pela reestruturação; e
 Não associadas às atividades em andamento da entidade.

Uma provisão para reestruturação não inclui custos como:


 Novo treinamento ou remanejamento da equipe permanente; propaganda
e marketing; ou investimento em novos sistemas e redes de distribuição.

Esses desembolsos se relacionam à futura condução do negócio e não são


passivos relativos à reestruturação na data do balanço. Esses desembolsos
são reconhecidos na mesma base, como se surgissem independentemente
de uma reestruturação.

47
EXEMPLO – REESTRUTURAÇÃO

Segundo o CPC 25.51 e 52, os ganhos provenientes da alienação


esperada de ativos não devem ser tidos em conta ao mensurar uma
provisão, mesmo se a alienação esperada estiver intimamente ligada ao
evento que dá origem à provisão. No fim de 20X3, a Entidade Y está
comprometida com o encerramento de algumas instalações, tendo
elaborado um plano detalhado e feito anúncios apropriados. O impacto
esperado do plano é o seguinte:
Custos com compromissos de fechamento ..............................R$ 300 milhões.
Ganho com venda de propriedade...............................................R$ 90 milhões.

A provisão necessária no fim de 20X3 é de R$ 300 milhões (estamos


ignorando eventual desconto a valor presente por uma questão de
simplificação do exemplo). O ganho esperado com a venda do imóvel é
tratado separadamente sob os critérios de desreconhecimento do CPC
27 - Ativo Imobilizado.
CPC 25 – Provisão e Passivo e Ativo Contingente (IAS 37)

Resumo de Reconhecimento

Tipo Probabilidade Tratamento


Praticamente certa (transitado em
Reconhecer o ativo
julgado)
Contingência ativa
Provável Divulgar
Possível ou remota Não divulgar
Provável - mensurável com
Provisionar
suficiente segurança
Provável - não mensurável com
Contingência passiva Divulgar
suficiente segurança
Possível Divulgar
Remota Não divulgar

49
ARRENDAMENTO MERCANTIL – CPC 06
(R1)

MARCELO CAVALCANTI ALMEIDA


[email protected]
[email protected]
TEL. 21-99982-6830

50
ALTERAÇÕES NA LEI N° 6.404/76
Art. 179. “As contas serão classificadas do seguinte
modo:

Redação anterior Nova redação


• IV. no ativo imobilizado: os • IV. no ativo imobilizado: os
direitos que tenham por direitos que tenham por
objeto bens destinados à objeto bens corpóreos
manutenção das atividades destinados à manutenção
da companhia e da empresa, das atividades da
ou exercidos com essa companhia ou da empresa
finalidade, inclusive os de ou exercidos com essa
propriedade industrial ou finalidade, inclusive os
comercial”; decorrentes de operações
que transfiram à companhia
os benefícios, riscos e
controle desses bens”;

51
ARRENDAMENTO MERCANTIL – CPC 06(R1)

ARRENDAMENTO MERCANTIL
FINANCEIRO – OPERAÇÃO DE VENDA
FINANCIADA

ARRENDAMENTO MERCANTIL
OPERACIONAL – OPERAÇÃO DE
ALUGUEL

52
ARRENDAMENTO MERCANTIL – CPC 06(R1)
Exemplos de classificação como arrendamento financeiro:
 O arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o
arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil;
 O arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se
espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data
em que a opção se torne exercível de forma que, no início do
arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será
exercida;
 O prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida
econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida;
 No início do arrendamento mercantil, o valor presente dos
pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos
substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e
 Os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que
apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.

53
ARRENDAMENTO MERCANTIL – CPC 06(R1) – ARRENDATÁRIO

Arrendamento
Arrendamento financeiro
operacional

Ativo e passivo são


reconhecidos por valores
iguais, valor justo do
Tratado como aluguel
ativo ou, se inferior, valor
presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento

Efeito no resultado
• Despesa depreciação Efeito no resultado

• Despesa com juros do • Despesa de aluguel


passivo
54
ARRENDAMENTO MERCANTIL – CPC 06(R1) – ARRENDADOR

Arrendamento Arrendamento
financeiro operacional

Operação é tratada
como uma venda Tratado como aluguel
financiada

Efeito no resultado
• Ganho ou perda na Efeito no resultado
venda
• Receita de aluguel
• receita com juros do
contas a receber 55
EXEMPLO – ARRENDAMENTO FINANCEIRO - ARRENDADOR

A Empresa A alugou uma máquina para Empresa B por 25 anos. Os


aluguéis são de R$ 5 milhões por ano.
• No início, o valor justo da máquina é de R$ 62,5 milhões.
• O valor contábil da máquina é de R$ 47,5 milhões.
• A máquina também tem um valor residual não garantido para
Empresa A. O valor presente do valor residual não garantido é de R$
5,0 milhões.
• O valor presente dos pagamentos mínimos de arrendamento é de
R$ 57,5 milhões.
Os lançamentos contábeis no início da locação:

Débito Crédito
Contas a receber de arrendamento financeiro 62,5
Ganho no arrendamento financeiro (resultado) 15,0
Ativo imobilizado 47,5
Registro do arrendamento no início da locação.
56
EXEMPLO – ARRENDAMENTO FINANCEIRO – ARRENDADOR- continuação

O registro na contabilidade no ano 1 (a taxa de retorno periódica


constante é de 7,2%).

Débito Crédito

Conta corrente bancária 5

Receita financeira (R$ 62,5 x 7,2%) 4,5

Contas a receber de arrendamento financeiro (R$ 5 - 0,5


R$ 4,5)
Registro do recebimento da primeira prestação do
arrendamento.

57
EXEMPLO – ARRENDAMENTO FINANCEIRO - ARRENDATÁRIO

Uma entidade contrata uma operação de arrendamento mercantil de 20


computadores, no qual a mesma tem a opção de compra destes ativos
no final do contrato. O valor total do contrato é de R$ 36 mil, sendo R$ 30
mil de principal e R$ 6 mil de juros. O prazo do contrato é de 3 anos, a
partir de 01/01/X1.
A planilha financeira do contrato:
31/12/20x0 – saldo inicial 30.000
31/12/20x1 – juros (30.000 x 10%) 3.000
31/12/20x1 – pagamento da primeira parcela (13.000)
31/12/20x1 – saldo do final do ano 20.000
31/12/20x2 – juros (20.000 x 10%) 2.000
31/12/20x2 – pagamento da segunda parcela (12.000)
31/12/20x2 – saldo do final do ano 10.000
31/12/20x3 – juros (10.000 x 10%) 1.000
31/12/20x3 – pagamento da terceira parcela (11.000)
31/12/20x3 – saldo do final do ano 0

58
EXEMPLO – ARRENDAMENTO FINANCEIRO – ARRENDATÁRIO- continuação

Pela característica dos bens arrendados, sabe-se que os mesmos


não terão valor econômico após o término do contrato,
caracterizando-se apenas como sucata/peça de reposição.
Débito Crédito
Ativo imobilizado 30.000
Contas a pagar (passivo) 30.000
Registro em 31/12/20x0 da operação de arrendamento mercantil.

Despesa de juros (demonstração do resultado) 3.000


Contas a pagar (passivo) 3.000
Registro em 31/12/20x1 dos juros de competência de 20x1.
Contas a pagar (passivo) 13.000
Conta corrente bancária 13.000
Registro em 31/12/20x1 do pagamento da primeira parcela do
arrendamento.
Despesa de depreciação (demonstração do resultado) 10.000
Depreciação acumualda (ativo imobilizado) 10.000
Registro em 31/12/20x1 da depreciação (30.000: 3 anos).

59
ARRENDAMENTO MERCANTIL – CPC 06(R1)
Transação de venda e leaseback
Uma transação de venda e leaseback (transação de venda conjunta com
um arrendamento pelo vendedor junto ao comprador) envolve a
venda de um ativo e concomitante arrendamento mercantil do
mesmo ativo pelo comprador ao vendedor.
O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são
geralmente interdependentes por serem negociados como um
pacote.
O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback depende
do tipo darrendamento mercantil envolvido:
 Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento
mercantil financeiro, qualquer excesso de receita de venda obtido
acima do valor contábil deve ser diferido e amortizado durante o
prazo do arrendamento mercantil.
 Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento
mercantil operacional, e se for claro que a transação é estabelecida
pelo valor justo, qualquer lucro ou prejuízo deve ser imediatamente
reconhecido. 60
EXEMPLO – VENDA E LEASEBACK

A Entidade Y vendeu um navio para um terceiro, e ao mesmo tempo


entrou em um acordo com o terceiro para alugar o navio de volta por
cinco anos. O arrendamento é uma locação financeira.
O valor presente líquido dos pagamentos da locação e o valor justo
do navio é R$ 8 milhões e o valor contábil do navio antes da venda é
R$ 4 milhões. O valor residual do navio é R$ 2 milhões.

O CPC 06.59(R1) – Operações de Arrendamento Mercantil exige que o


excesso das receitas de venda sobre a quantia escriturada não deve
ser imediatamente reconhecido no resultado pela Entidade Y, mas
deve ser diferido e amortizado durante o prazo da locação.

Como deve o crédito diferido ser apresentado no balanço patrimonial da


Entidade Y ?

61
EXEMPLO – VENDA E LEASEBACK- continuação

Na prática, o tratamento mais simples é continuar a reconhecer o ativo


no seu valor contábil anterior. Os recursos provenientes da venda são
creditados numa conta de passivo, que representa a obrigação líquida
inicial sob a locação financeira.
Esta apresentação reflete o fato de que a venda e leaseback não
resultaram em uma mudança significativa do interesse do vendedor nos
riscos e benefícios inerentes à propriedade. Por conseguinte, é
improvável haja alteração da vida útil do ativo ou do valor residual
medidos pelo vendedor.
Se a apresentação líquida foi adotada nas circunstâncias descritas, o
valor contábil do ativo não sofrerá alterações e o lançamento contábil
seguinte seria registrado para reconhecer os recursos recebidos.
Débito Crédito
Conta corrente bancária 8
Passivo de arrendamento 8
Registro dos recursos recebidos.

62
EXEMPLO – VENDA E LEASEBACK- continuação

Em períodos contábeis subsequentes, uma despesa de


depreciação anual de R$ 0.4 milhões [(R$4 milhões - R$2
milhões) / 5] seria reconhecida.

Alternativamente, a Entidade Y poderia adotar a apresentação


pelo valor bruto, em que a "venda" do ativo é reconhecida, o
crédito diferido é contabilizado da mesma forma como
qualquer outra renda diferida na medida em que é um valor de
renda com dinheiro recebido com antecedência, mas que não
pode ser imediatamente reconhecida no resultado. A
conseqüência é que o ativo é reconhecido pelo seu valor justo
na data da venda e leaseback, e esta nova quantia escriturada
é a base para depreciação subseqüente.
Se a apresentação bruta for adotada nas circunstâncias
descritas, os seguintes registros contábeis seriam efetuados:

63
EXEMPLO – VENDA E LEASEBACK- continuação

Débito Crédito
Conta corrente bancária 8
Ativo imobilizado 4
Passivo de ganho diferido 4
Contabilização da venda do ativo.

Débito Crédito
Ativo imobilizado 8
Passivo de arrendamento 8
Registro do leaseback do ativo.

Em períodos contábeis subsequentes, uma despesa de depreciação


anual de R$ 1.2 milhões [(R$ 8 milhões – R$ 2 milhões) / 5] seria
reconhecida, a amortização anual do ganho diferido seria R$ 0.8
milhões (R$4 milhões / 5), resultando em um impacto líquido sobre o
resultado de uma perda de R$ 0.4 milhões.
64
PERGUNTAS ?

65

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