Comportamento, Consumidor
Comportamento, Consumidor
Comportamento, Consumidor
DO CONSUMIDOR
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
Link: http://lattes.cnpq.br/8297064187293273
Link: http://lattes.cnpq.br/9824772837162453
APRESENTAÇÃO
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), estudar o comportamento do consumidor é uma função essencial para
o profissional de marketing, uma vez que, somente conhecendo as necessidades e de-
sejos dos indivíduos, é possível implementar estratégias efetivas que trarão resultados
satisfatórios para as organizações e também atenderão aos consumidores.
O campo de estudo do comportamento do consumidor é muito amplo e pode ser com-
preendido por diferentes abordagens. Porém, independente da perspectiva a ser utili-
zada, o mais importante é entender a essência do comportamento e como as ações dos
indivíduos são influenciadas, como reagem mediante situações de compra e como seus
hábitos e costumes vão sendo alterados ao longo do tempo.
A complexidade do comportamento humano se torna um desafio diário para os ges-
tores de marketing, visto que, apesar da possibilidade de compreender o consumidor
por meio de comportamentos semelhantes, agrupando-os em grupos com caracterís-
ticas equivalentes, cada indivíduo possui peculiaridades que precisam ser conhecidas e
atendidas, pois, somente desse modo, é possível atender o consumidor de forma mais
completa.
Para entender o comportamento dos indivíduos, é preciso conhecer o contexto em que
estão inseridos, por esse motivo, compreender como a sociedade de consumo foi se
constituindo ao longo do tempo ajuda a apreender como os comportamentos e hábitos
de compra foram sendo modificados.
Além disso, a área de marketing também sofreu alterações significativas a medida que
as empresas alteraram as suas orientações mercadológicas. Nesse sentido, no início da
revolução industrial, tínhamos uma estrutura das organizações que se preocupavam
mais com o produto e a produção. Posteriormente, a venda passou a ser o foco das em-
presas e somente em meados do século XX houve uma preocupação em desenvolver as
ações mercadológicas de acordo com o comportamento do cliente.
Sendo assim, este livro está dividido em cinco unidades, que possibilitarão o melhor
entendimento de todo o processo que envolve o estudo do comportamento do consu-
midor. A discussão se inicia a partir do histórico da sociedade de consumo, passando pe-
las características do consumidor, as principais teorias; na sequência, pelos fatores que
influenciam o comportamento do consumidor, as etapas do processo de compra e, por
fim, pelas questões que envolvem as principais mudanças ocorridas no comportamento
do consumidor, bem como questões relativas ao consumidor organizacional.
Na primeira unidade, teremos uma discussão inicial sobre o comportamento do con-
sumidor, entendendo suas principais características e questões iniciais que motivam o
consumidor. Também abordaremos a história da sociedade de consumo, para melhor
compreensão do consumidor no contexto social no qual está inserido e como vem sen-
do elaborado o campo de estudo do comportamento do consumidor. Por fim, tratare-
mos do impacto dos consumidores nas estratégias mercadológicas e a discussão ética
no comportamento de consumo.
APRESENTAÇÃO
Com relação à segunda unidade, serão apresentadas as principais teorias que aju-
dam a explicar o comportamento dos indivíduos em situações de consumo. Serão
abordadas a teoria racional, que não considera as questões emocionais do consu-
midor; as teorias da motivação, que tratam dos aspectos que motivam os indivíduos
a determinados comportamentos; a teoria comportamental, explicando a ação dos
indivíduos no contexto de compra; teorias socioculturais e, por último, as teorias
existenciais.
Na terceira unidade, estudaremos os fatores essenciais que influenciam o compor-
tamento. Desse modo, existem os fatores individuais, como as características demo-
gráficas e de personalidade; fatores motivacionais e de conhecimento do consu-
midor; as questões relacionadas à percepção e à aprendizagem do consumidor no
processo de compra; os principais grupos de influência que atuam nas decisões de
compra e, ainda, os fatores relacionados a cultura, subcultura e classe social.
A quarta unidade mostrará de forma detalhada as etapas que compreendem o pro-
cesso de escolha, decisão e compra do consumidor. Serão apresentados os princi-
pais modelos de compra e discutidas cada uma das etapas que têm início com o
reconhecimento da necessidade, posteriormente, busca de informações e avaliação
de alternativas; escolha e decisão de compra e, finalmente, a pós-compra, consumo
e o descarte dos produtos.
Por fim, na quinta unidade, fechando nossas discussões, trataremos das principais
mudanças no comportamento do consumidor e o surgimento do conceito de sho-
pper. Também apresentaremos o perfil do consumidor brasileiro e abordaremos
questões relacionadas ao consumismo, consumerismo e as ações das empresas em
relação ao marketing social. Destacaremos ainda sobre o consumidor global e as
novas tecnologias e apontaremos elementos referentes ao comportamento do con-
sumidor organizacional.
Com isso, espera-se que, ao final deste livro, o(a) aluno(a) seja capaz de compreen-
der todo o processo que envolve o comportamento do consumidor, entendendo as
principais mudanças ocorridas ao longo do tempo, principalmente com a inserção
das novas tecnologias e da internet que tornou o consumidor global.
Também espera-se que ele(a) possa entender as características e conceitos do
comportamento do consumidor, bem como os fatores que influenciam o compor-
tamento e o processo de compra. E, assim, que ele(a) seja capaz de empregar os
conhecimentos apreendidos ao longo deste livro, na elaboração de ações mercado-
lógicas que estejam direcionadas ao comportamento do consumidor, respeitando
suas necessidades e desejos e de acordo com os elementos aqui expostos.
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
50 Considerações Finais
55 Referências
58 Gabarito
UNIDADE II
61 Introdução
84 Considerações Finais
92 Referências
93 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE III
97 Introdução
163 Referências
165 Gabarito
UNIDADE IV
169 Introdução
201 Referências
203 Gabarito
UNIDADE V
207 Introdução
254 Referências
256 Gabarito
257 CONCLUSÃO
Professora Me. Fernanda Gabriela de Andrade
Coutinho
I
INTRODUÇÃO AO
UNIDADE
COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender a importância do comportamento do consumidor nas
ações mercadológicas.
■■ Analisar a história da sociedade de consumo.
■■ Entender o campo de estudo sobre comportamento do consumidor.
■■ Identificar o papel do consumidor nas estratégias mercadológicas.
■■ Discutir questões éticas que envolvem o comportamento do
consumidor.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O que é o comportamento do consumidor
■■ História da sociedade de consumo e o comportamento do
consumidor
■■ O comportamento do consumidor como campo de estudo
■■ O impacto dos consumidores sobre as estratégias de marketing
■■ Ética de marketing e a relação com o consumidor
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O QUE É O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: adaptado de Blackwell, Miniard e Engel (2008, p. 07).
A utilização do termo consumidor pode ser feita para dois tipos diferentes de
entidade consumidora: o consumidor pessoal, que compra produtos e servi-
ços para seu uso próprio ou para outros indivíduos, mas que são considerados
usuários finais, e o consumidor organizacional, que são empresas, órgãos gover-
namentais, instituições e entidades sem fins lucrativos que compram produtos
para seu uso ou para a produção de bens e serviços que serão ofertados a indi-
víduos ou a outras empresas.
Conforme Hoyer e Malcinnis (2011), o comportamento do consumidor é
um processo dinâmico que acontece em determinados períodos de tempo. Pode
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
envolver várias pessoas, já que existem os papéis de compra, nos quais indiví-
duos desempenham funções diferenciadas no processo de decisão de compra.
Demanda muitas decisões e também envolve sentimentos e certo enfrentamento
diante das situações de compra e consumo.
O consumidor pode assumir diferentes papéis no contexto de compra, que
estão relacionados à maneira como os indivíduos se comportam de acordo com
a estrutura social em que estão inseridos. Cada papel precisa ser identificado
para que seja possível saber como ele poderá definir a decisão de compra de um
bem ou serviço. O quadro 1 a seguir apresenta os papéis que são desempenha-
dos pelos indivíduos no processo de compra.
Quadro 1 – Papéis de compra do consumidor
PAPEL DEFINIÇÃO
INICIADOR Pessoa que sugere a ideia de comprar um produto.
Indivíduo que fornece informações sobre um produto, poden-
INFLUENCIADOR
do integrar a família ou não.
FISCAL INTERNO Participante do grupo que controla o fluxo de informação.
Responsável por decidir o que comprar, como comprar e onde
DECISOR
comprar.
COMPRADOR Pessoa que efetivamente realiza a compra.
Responsável pelo financiamento da compra, podendo ser o
PAGANTE único elemento ou um grupo de pessoas que se unem para
propiciar a compra.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O comportamento do consumidor envolve interações entre pensamentos,
sentimentos e ações das pessoas e seu ambiente. Por isso, os profissionais
de marketing precisam compreender que significado têm os produtos e as
marcas para os consumidores, o que esses precisam fazer para comprá-los
e usá-los e o que influencia o ato de fazer compras, a compra em si e o con-
sumo.
Fonte: Peter e Olson (2009, p. 8).
RESTRITA X COMPLEXA
Troca restrita Refere-se à relação entre duas partes.
Engloba um conjunto de três ou mais
Troca complexa
atores.
INTERNA X EXTERNA
Troca interna Ocorre dentro de um grupo.
Troca externa Ocorre entre grupos.
FORMAL X INFORMAL
Envolve contrato explícito, seja escrito ou
Troca formal
verbal.
Envolve contratos sociais não escritos e
Troca informal
não verbalizados.
RELACIONAL X TRANSACIONAL
Troca relacional Gera relações duradouras.
Constitui uma troca única na qual não se
Troca transacional
estabelecem relações.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Os relacionamentos são mais importantes quando o ambiente de com-
pra é dinâmico.
■■ Os consumidores fazem suas compras em parte pelo produto ou serviço
e em parte pelos sentimentos que resultam da troca.
■■ A confiança e a satisfação quanto ao desempenho anterior de troca influen-
ciam as percepções de qualidade da relação.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
não é mais passivo, mas ativo, pois ele participa, envolve-se com o processo de
compra e, claro, cobra para que seus direitos sejam garantidos.
Desse modo, apresentamos até aqui algumas questões principais que tratam
da definição sobre o comportamento do consumidor, os papéis de compra, bem
como o processo de troca e o modelo geral de comportamento do consumidor.
Na sequência, estudaremos as origens e perspectivas da sociedade de consumo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
consumo de bens padronizados.
2. A distribuição em massa de produtos industrializados, que garantiu o
acesso da população aos diversos tipos de bens.
3. A oferta de crédito ao consumidor, que viabilizou a aquisição de bens
de consumo.
4. A população passou a consumir produtos industrializados pela influ-
ência das mensagens publicitárias, que educavam as pessoas sobre os
benefícios dos novos produtos vendidos nas lojas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Por fim, a abordagem mais recente é a orientação para o marketing de rela-
cionamento, que tem como objetivo principal não apenas um contato ou uma
transação com o consumidor, mas o estabelecimento de uma relação duradoura
que seja satisfatória para o consumidor e também lucrativa para as empresas.
Para que o marketing de relacionamento se estabeleça, mais uma vez é preciso
reforçar a necessidade de se conhecer melhor o consumidor e compreender suas
demandas por produtos e serviços.
Antes do século 20, o mundo não dava muita importância para as bases
do relacionamento entre fornecedor e consumidor. As sociedades pré-ca-
pitalistas demoraram a sedimentar um terreno fértil para levar esse deba-
te adiante. Não teria eco como eventual discussão sobre o poder de quem
compra. As cartas estavam nas mãos de quem vende. Ao menor sinal de
contestação do sistema estabelecido, o comerciante gritava: “há uma fila
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR COMO
CAMPO DE ESTUDO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Limeira (2007, p. 15).
Existem, ainda, três perspectivas estruturadas por Mowen e Minor (2003) que
servem como diretrizes para entendimento do comportamento do consumidor,
tanto do processo de aquisição de bens e serviços como os fatores que podem
influenciar esse comportamento: perspectiva da tomada de decisão, perspectiva
experimental e perspectiva da influência comportamental.
Na perspectiva da tomada de decisão, os autores afirmam que o consumi-
dor passa por um processo desde a identificação de um problema, até a busca e
a escolha, e, finalmente, a decisão de compra e o resultado, que pode ser satis-
fatório ou não. A perspectiva experimental compreende que o consumidor
compra por diferentes motivos, como diversão, fantasias, emoções e sentimen-
tos (MOWEN; MINOR, 2003).
Com relação à perspectiva da influência comportamental, os consumido-
res são influenciados por forças externas a adquirirem produtos e serviços, não
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dem ser identificados e
isolados. · Descobertas não são
frequentemente gene-
· Por meio de mani-
ralizadas para grandes
pulações, o vendedor
populações.
pode influenciar o
comportamento do
cliente.
· Descobertas podem
ser generalizadas para
grandes populações.
DISCIPLINA
OBJETO DE ESTUDO
ACADÊMICA
ANTROPOLOGIA Estuda a cultura de um grupo ou sociedade e a influên-
CULTURAL cia da cultura no indivíduo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Solomon (2011, p. 68).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Reinventar a estrutura organizacional para poder implementar e geren-
ciar estratégias futuras.
Percebemos, portanto, que o que precisa ser feito é a oferta de valor, um diferen-
cial que o consumidor consiga entender como importante em relação ao que é
ofertado pela concorrência e também integrar as ações com todos os integrantes
do mercado, tendo como base central o consumidor, conforme figura 7 a seguir.
Figura 7 – Estratégias de marketing lideradas pelo consumidor
Assim como foi apresentado, existem algumas áreas gerenciais que precisam ser
conhecidas para que seja possível aplicar as estratégias necessárias. Desse modo,
detalhamos no quadro 5, a seguir, a definição dessas áreas para aplicação de con-
ceitos do comportamento do consumidor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Pesquisa feita com o consumidor, elabo-
rada para fornecer informações sobre os
PESQUISA DE MERCADO fatores que influenciam a aquisição, o
consumo e a disposição de mercadorias,
serviços e ideias.
Coordenação das atividades de marketing
ESTRATÉGIAS DO MIX DE que abrangem desenvolvimento, promo-
MARKETING ção, formação de preço e distribuição do
produto.
Divisão do mercado em subconjuntos
distintos de clientes com vontades e ne-
SEGMENTAÇÃO cessidades semelhantes. Cada subconjunto
deverá ser atingido por um mix de marke-
ting diferente.
Fonte: Mowen e Minor (2003, p. 22).
SEGMENTAÇÃO DE MERCADO
Localidade: municípios, estado etc.
GEOGRÁFICA
Área urbana, área rural.
População por áreas e zonas.
DEMOGRÁFICA
Idade, sexo.
Estilo de vida: orientado para o lazer, para o traba-
PSICOGRÁFICA lho, para o esporte.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Personalidade: compulsiva, autoritária, ambiciosa.
Uso do produto: baixo, médio e alto.
Atitude: conhece, desconhece, interessado, indife-
rente.
COMPORTAMENTAL
Fidelidade: nenhuma, média, alta.
Papel no processo de compra: iniciador, influencia-
dor, decisor, comprador, usuário.
Fonte: adaptado de Pinheiro e Gullo (2009, p. 38).
do parte de seu cotidiano, sendo capaz de oferecer bens e serviços que in-
teressem ao consumidor.
Segmentação de base: conhecendo bem o perfil do consumidor, é preciso
criar segmentos mais consistentes com características que vão além das tra-
dicionais, como sexo, idade.
Automatização: monitoramento das informações feitas pelo e-mail para di-
recionar as mensagens aos consumidores.
Rentabilidade: o uso das ferramentas digitais, como o e-mail, pode ter um
custo mais baixo, produzindo um alcance mais direcionado.
Fonte: baseado em Moraes (2016, online).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ambientais desse ato?
Com isso, percebemos que o consumidor tem grande impacto nas estratégias
de marketing que são desenvolvidas pelas empresas, visto que tudo parte das
necessidades e desejos dos consumidores, já que eles são parte central de todas
as ações, desde a pesquisa, posicionamento, segmentação e desenvolvimento do
mix de marketing. Na sequência, finalizaremos esta unidade discutindo ques-
tões éticas que envolvem o comportamento do consumidor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
é preciso que essa relação se estabeleça de forma ética em que todos os parti-
cipantes da troca possam ficar satisfeitos, sem que haja prejuízos para ambos.
A troca ética presume os seguintes procedimentos, conforme Mowen e Minor
(2003, p. 14):
■■ Ambas as partes conhecerão por completo a natureza do acordo que
estão celebrando.
■■ Nenhuma das partes da troca representará mal ou omitirá intencional-
mente informações relevantes para a outra parte.
■■ Nenhuma das partes da troca influenciará a outra de maneira indevida.
Com relação às empresas, é necessário que elas estejam pautadas nos valores éti-
cos com o objetivo de estabelecer um relacionamento confiável e duradouro com
seus clientes. De um modo geral, há muitas discussões sobre a ética no marketing,
pois este é visto como uma área de conhecimento que objetiva atrair os indiví-
duos e criar neles necessidades e desejos. O quadro 7 a seguir apresenta alguns
questionamentos em relação à ética e às ações de marketing.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O produto pode causar algum dano ou prejuízo para
PRODUTO
quem o utiliza?
Os pacotes de preço manipulam as percepções de valor
PREÇO
do consumidor?
Existe abuso de poder na relação entre os integrantes do
DISTRIBUIÇÃO
canal de distribuição?
A comunicação promete vantagens que o produto não
COMUNICAÇÃO
pode oferecer?
Fonte: adaptado de D’Angelo (2003).
Mas ainda temos que ressaltar que o consumidor também possui responsabi-
lidades nas relações de troca mercadológica e, por esse motivo, alguns dilemas
éticos também fazem parte do comportamento do consumidor. Isso significa
que a relação estabelecida entre a empresa e o consumidor também pode ser
desequilibrada quando o consumidor não cumpre com a sua parte no processo
e produz comportamento antiéticos.
Podemos destacar, nesse caso, a questão do furto. Muitos consumidores bus-
cam adquirir produtos de forma indevida, roubando ou adquirindo de forma ilegal,
causando danos para essa relação de consumo. Muitas empresas sofrem prejuí-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
zos significativos por conta dessas práticas que não partem, apenas, de criminosos
“profissionais”, mas de pessoas comuns que decidem adquirir produtos e não pagar
por eles. Em alguns casos, os consumidores também cometem fraudes e furtos.
As atividades ilegais também são praticadas por consumidores e podem ferir
as relações de consumo com as empresas. Exemplos são consumidores que aumen-
tam as faturas de seguro para cobrirem o valor dedutível, pessoas que mentem
dados para levarem vantagens nas negociações, pessoas que utilizam serviços,
como o cinema, e não pagam por eles etc. (SOLOMON, 2011).
Outro comportamento considerado obscuro por parte do consumidor é o
caso dos consumidores compulsivos, que “se refere à compra compulsiva frequen-
temente repetitiva, como antídoto para tensão, ansiedade, depressão ou tédio”
(SOLOMON, 2011, p. 62). O consumo viciante também pode ser discutido em
termos éticos quando os indivíduos adquirem vícios, na maioria das vezes pre-
judiciais a saúde, e que produzem um comportamento negativo do consumidor.
A falta de ética é uma questão delicada e, sendo ela praticada tanto pelos
consumidores quanto pelas organizações, deve ser coibida e punida, todavia,
considerando os dois lados dessa relação de consumo, o consumidor, em geral,
é considerado o lado mais frágil e, por esse motivo, movimentos que começaram
nos Estados Unidos e Europa e depois se expandiram de forma tardia para o Brasil
fizeram que a legislação pudesse fornecer condições favoráveis para o consumi-
dor. Assim, em 1990, foi criado, no Brasil, o Código de Defesa do Consumidor
(CDC), uma lei federal que busca equilibrar as relações de consumo e protege
o consumidor contra abusos que possam ser cometidos por organizações que
ofertam produtos e serviços (DAMASCENO, 2002).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
52
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CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para os clientes. 2. ed. São Paulo:
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de comunicação: suporte às estratégias de marketing e de negócios da empresa. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 2009.
SAMARA, B. B.; MORSCH, M. A. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São
Paulo: Prentice Hall, 2005.
REFERÊNCIAS
Madame Bovary
Sinopse: Na França do século XIX, Emma Bovary (Mia
Wasikowska) é a jovem e bela esposa de um tradicional
médico de uma pacata cidade. Ela dá início a uma relação
extraconjugal para tentar se promover na sociedade e
melhorar seu status social. Porém suas atitudes levam-na
ao oposto de seus objetivos. Adaptação da obra homônima
de Gustave Flaubert.
Comentário: O filme é um clássico e retrata as relações ocorridas
na sociedade burguesa, sendo um ótimo exemplo para apresentar as relações de consumo dentro
do contexto social e cultural daquela época, mas que ainda se monstram atuais no nosso século.
Material Complementar
GABARITO
1. C.
2. Há três momentos que se destacam na história do consumo. O primeiro foi
o “boom” de consumo que ocorreu na Inglaterra elizabetana, no século XVII,
na transformação do sistema de pátina, ligada à tradição e costumes, para o
sistema de moda, voltado para o consumo do novo, do gosto pela novidade; o
segundo ocorreu no século XVIII com a contribuição de profissionais que come-
çam a trabalhar a comunicação e, com o crescimento da influência da moda, o
consumo se torna, assim, uma atividade de massa; o terceiro e último ocorreu
no século XIX, quando o consumo se instalou como fato social permanente e
o novo lócus institucional passou a ter um espaço próprio, a loja de departa-
mento, mudando a natureza do lugar onde as pessoas consumiam, o que elas
consumiam, a informação que precisavam para consumir e, portanto, os estilos
de vida dos indivíduos.
3. Dentro dos estudos do comportamento do consumidor há dois paradigmas
principais. O paradigma dominante denominado positivismo ou modernismo,
que enfatiza que, nas ações humanas, a razão predomina, havendo, apenas,
uma verdade única e objetiva que pode ser descoberta pela ciência e o pa-
radigma emergente denominado interpretativismo ou pós-modernismo, que
afirma que o comportamento do consumidor não pode ser baseado na razão,
visto que é muito mais complexo e envolve questões emocionais, subjetivas,
sociais e políticas.
4. E.
5. B.
Professor Esp. Deivison Augusto dos Santos
Domingues
II
TEORIAS DO
UNIDADE
COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender os aspectos racionais que envolvem o consumo.
■■ Analisar as principais motivações do consumidor.
■■ Identificar os principais comportamentos do consumidor.
■■ Entender os aspectos sociais que envolvem o comportamento do
consumidor.
■■ Verificar os aspectos existenciais relacionados ao comportamento do
consumidor.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Teorias racionais do comportamento do consumidor
■■ Teorias da motivação do comportamento do consumidor
■■ Teorias comportamentais sobre o consumo
■■ Teorias sociais sobre o comportamento do consumidor
■■ Teorias existenciais sobre o comportamento do consumidor
61
INTRODUÇÃO
Introdução
62 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TEORIAS RACIONAIS DO COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Avaliação de
Alternativas
Fonte: os autores.
É necessário estar atento a todos esses estágios, o não cumprimento deles pode,
facilmente, acarretar na não efetivação da venda.
Pinheiro et al. (2007) explicam que, na teoria racional, as escolhas dos consu-
midores são norteadas em dois principais itens, sendo eles: as preferências do
consumidor e o orçamento.
Nas preferências, o consumidor já possui em mente qual produto ou ser-
viço irá adquirir, ou seja, ele já analisou o custo benefício da maioria das opções
disponíveis no mercado. No orçamento, o consumidor leva em conta o custo do
produto em primeiro lugar, posteriormente analisando os prós e contras dessa
aquisição.
Apesar de serem dois itens influenciadores, grande parte dos consumidores
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TEORIAS ECONÔMICAS
Fonte: os autores.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
marginal com o custo marginal.
Utilidade Marginal
A utilidade marginal pode ser considerada como a satisfação que determi-
nado bem pode oferecer após o consumo de mais de uma unidade, ou seja,
quanto mais consumimos mais nossa necessidade daquele determinado
bem fica saturada.
A utilidade marginal tende a variar conforme o consumo de determinado
bem ou serviço acontece, por exemplo, em um momento que estamos com
sede estamos dispostos a pagar um valor X por um copo de água, após con-
sumir esta água nossa sede está parcialmente saciada, o segundo copo de
água também ofertará satisfação, todavia, em um nível menor se compara-
do ao primeiro copo. Seguindo este pressuposto, podemos afirmar que o
valor que estamos dispostos a pagar pelo segundo copo de água é inferior
ao valor que pagamos no primeiro.
Fonte: Vasconcellos (2007).
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sível precisar o resultado que será ofertado por esse produto, tornando, então,
essa decisão como decisão de risco.
A teoria da decisão e risco pode ser definida como aquela em que o consu-
midor não conhece o produto final antes da sua aquisição, assim, o consumidor
pode não ficar satisfeito ao adquiri-lo.
Nessa teria, o consumidor analisa diversos riscos antes de efetivar a com-
pra de determinado produto. O quadro a seguir apresenta quais são esses riscos.
Quadro 1 - Possíveis riscos analisados pelo consumidor.
Um dos grandes problemas dessa teoria é que ela apresenta diferenças em suas
explicações, uma vez que o risco possui, em sua estrutura, com-
ponentes objetivos e subjetivos, ou seja, o mesmo produto pode
apresentar diferentes tipos de riscos para o consumidor (baseado
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TEORIAS DA MOTIVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR
TEORIA DE FREUD
Freud sempre defendeu que os indivíduos não conseguem concluir quais são
necessariamente seus desejos, uma vez que, em seu consciente, existe uma es-
pécie de mecanismo que define o que é necessário para si. Em suas pesquisas,
ele apresenta que a motivação é responsável pela rejeição e aceitação de diversos
tipos de produtos ou serviços, para facilitar a compreensão dessa teoria, Freud
dividiu seu estudo em três principais entidades presentes na mente do ser hu-
mano, sendo elas:
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dinheiro em determinado produto ou serviço.
SUPEREGO
Saúde: ao ingerir um alimento não saudável, o consumidor
percebe que aquele produto irá lhe fazer mal.
Moral: são produtos que deixam o consumidor reflexivo,
diminuindo sua autoestima e prejudicando sua imagem,
como o uso de drogas e o não uso de produtos ecologica-
mente corretos, resultando em transtornos que facilmente
podem denegrir a imagem do consumidor.
Assim, podemos concluir que o superego é caracterizado
pela consciência, que evita os impulsos e atitudes irrespon-
sáveis.
Por exemplo: como estou dirigindo, não vou consumir
bebidas alcoólicas, vou optar por um suco.
Fonte: os autores.
Assim, sempre que existir um conflito entre o ID e o Superego, o Ego será utilizado,
todavia cabe salientar que, devido às diversas personalidades dos consumido-
res e as especificidades dos produtos, muitas vezes, os produtos serão aceitos
por um grupo e rejeitados por outro, assim, cabe ao gestor trabalhar para atin-
gir ambos os públicos.
TEORIA DE MASLOW
678
Autorealização Necessidades de
Auto-desenvolvimento Crescimento
678
Estima
Social
Necessidades de
Deficiência
Segurança
Fisiológicas
Solomon (2011) ainda apresenta que os estágios são divididos pelas principais
necessidades dos consumidores, sendo elas:
■■ Fisiológicas: estão na base da pirâmide, ou seja, é a principal necessi-
dade do consumidor para sanar suas necessidades como ser humano, as
necessidades básicas para se manter vivo.
■■ Segurança: após as necessidades fisiológicas, os consumidores tendem
a sanar suas necessidades de segurança, que são necessárias para o bem
estar, para se sentirem seguros.
■■ Social: na etapa social, os consumidores buscam atender suas necessi-
dades frente à comunidade, nesse estágio, os bens supérfluos começam
a surgir na hierarquia, necessidades para se sentir parte de um determi-
nado grupo.
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Viagens, Carros de marca,
escolas particulares, cartões de crédito,
universidades etc. lojas famosas, clubes
etc.
Acessórios, bebidas,
vestuários etc.
SKINNER E O BEHAVIORISMO
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condicionamento operante. Com esse experimento, ele confirmou que o com-
portamento do indivíduo pode ser moldado, todavia, para facilitar o processo,
o consumidor deve ser submetido a recompensas.
Giglio (2002) afirma que, quando submetido a comportamentos repetidos,
o indivíduo cria hábito e passa, então, a não mais pensar para agir quando sub-
metido nessas mesmas e determinadas situações. O autor apresenta, ainda, que
sempre que uma ação do consumidor for sucedida de uma recompensa, a efeti-
vação da ação tende a ser positiva.
Skinner apresenta em sua teoria dois principais estímulos, sendo eles: os eli-
ciadores e os condicionantes.
Quadro 2 - Estímulos
ESTÍMULOS
Levam o consumidor a realizar sua primeira
ESTÍMULOS ELICIADORES
compra.
Levam o consumidor a adquirir o produto por
ESTÍMULOS CONDICIONANTES diversas vezes, ou seja, ele continua compran-
do após sua primeira vez.
Fonte: os autores.
Para Skinner (1957), o corpo humano é como uma máquina que se comporta de
maneira previsível e regular em resposta às forças externas, ou seja, aos estímulos,
e, nesse momento, existe uma grande possibilidade de os estímulos eliciadores
evoluírem para os condicionantes.
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TEORIAS SOCIAIS SOBRE O COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR
A Levi Straus criou uma estratégia que se aproveita das influências sociais
para vender sua linha de vestuário informal, a Dockers. Ao observar uma
tendência social em que 75% das organizações do mesmo setor estão uti-
lizando um padrão informal de vestuário no ambiente de trabalho, a Levi’s
anuncia que seus produtos ajudam a entrar na moda e ao mesmo tempo
agradar ao patrão. Para atingir as pessoas por meio de seus empregadores, a
empresa realiza seminários, produz desfiles de moda e distribui vídeos sobre
como se vestir informalmente para o trabalho em escritórios (apresentando
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roupas da empresa, claro). A ideia é a de que, quando os consumidores es-
tão decidindo o que vestir em ocasiões informais, eles selecionam roupas
que o empregador e os colegas de trabalho identifiquem como apropriadas,
focando no grupo empresarial, motivando-os a se sentirem bem utilizando
roupas informais, assim, um consumidor influencia o outro. Apoiada nessa
estratégia, a Levi’s a expandiu com sucesso para as grandes metrópoles do
mundo inteiro.
Fonte: Himelstein (1996 apud GILBERT; CHURCHULL; PETER, 2013).
Figura 7 - O existencialismo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: adaptado de Poper (1974).
TENDÊNCIAS GRUPAIS
Esta tendência apresenta a capacidade do ser humano em
vivenciar diversos estados condicionais, é como se o consumi-
dor assumisse diferentes formas de agir, ser e existir. Conside-
O HORIZONTE DA
ramos essa como uma noção básica da consciência, em que,
TRANSCENDÊNCIA
por meio dela, buscamos diferentes modos de vida, afirman-
do, assim, a capacidade de o consumidor buscar sempre a
realização de seu projeto de vida.
Após a análise das tendências grupais, podemos perceber que nossas atitudes
como seres humanos ou como consumidores buscam sempre uma tentativa de
ordem, como, por exemplo, nossas rotinas, trabalho, casa, férias etc. É possível
perceber um ordenamento (nem sempre sequencial) de nossas atividades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) acadêmico(a), espero que esta unidade tenha auxiliado no seu processo
de aprendizagem.
Nesta unidade, trabalhamos algumas das principais teorias que compõem
o estudo do comportamento do consumidor. É preciso estar ciente de que o
consumidor possui suas características particulares, por esse motivo, o estudo
dessas diversas teorias não nos garante o êxito nos negócios, todavia é necessário
conhecê-las para então conseguir identificar o seu consumidor, é preciso levar
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em consideração, no momento da análise, vários outros fatores que ainda vamos
estudar neste livro para só então ser possível definir o perfil do seu consumidor.
Concluímos que o consumidor racional tende a analisar diversos fatores antes
de efetuar suas compras, como o custo e benefícios dos produtos e serviços, por
exemplo. Além disso, ele pode também analisar os riscos que determinado pro-
duto ou serviço pode ocasionar a ele. Nas teorias motivacionais, conhecemos um
pouco mais como as motivações afetam diretamente o comportamento do con-
sumidor, além de refletirmos a importância que a motivação tem no processo
de venda, de acordo com as teorias criadas por Freud e Maslow.
As teorias comportamentais sobre o consumo nos mostraram como o compor-
tamento do consumidor pode ser moldado, levando-nos à reflexão sobre o fator
recompensa para nosso consumidor, que, mesmo inconscientemente, busca sanar
suas necessidades para então receber a recompensa tão esperada. Explanamos, ainda,
a dificuldade de romper o comportamento do consumidor no quesito recompensa.
Dentro das teorias sociais, verificamos que o consumidor busca comprar
para sanar uma necessidade específica, que, na maioria das vezes, compra para
fazer parte de algum grupo específico, deixando de lado suas preferências.
Considerações Finais
86
Material Complementar
92
REFERÊNCIAS
III
FATORES QUE INFLUENCIAM
UNIDADE
O COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR
Objetivos de Aprendizagem
■■ Analisar os aspectos demográficos e psicográficos que influenciam o
consumidor.
■■ Verificar os motivos e formas de conhecimento do consumidor.
■■ Compreender os aspectos de percepção e aprendizagem que
influenciam o consumidor.
■■ Identificar os fatores sociais que influenciam o comportamento do
consumidor.
■■ Verificar os fatores culturais e aspectos da classe social que
influenciam o consumidor.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Fatores individuais: demografia, psicografia e personalidade
■■ Motivação e conhecimento do consumidor
■■ Percepção, memória e aprendizagem
■■ Fatores sociais: família e grupos de referência
■■ Fatores culturais e classe social
97
INTRODUÇÃO
Introdução
98 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FATORES INDIVIDUAIS: DEMOGRAFIA,
PSICOGRAFIA E PERSONALIDADE
Os fatores individuais se referem aos aspectos que estão relacionados aos indi-
víduos e que podem influenciar e modificar a forma como esses compram e
consomem produtos e serviços ao longo da vida. Desse modo, as características
demográficas, assim como a personalidade e as dimensões psicográficas, abor-
dam esses fatores individuais.
DEMOGRAFIA
Vários fatores contribuíram para essas alterações, que são diferentes dependendo
do país e região, como o aumento da expectativa de vida e envelhecimento da
população em alguns países; movimentos migratórios, principalmente em paí-
ses em guerra; diminuição da taxa de fecundidade, como em países com grande
volume populacional.
No caso do Brasil, destacaremos algumas características específicas. Tratando
do aspecto populacional, o Brasil, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), possuía 190.755.799 de habitantes, sendo um
total de 93.406.990 homens e 97.348.809 mulheres (IBGE, 20161). Em 2016, já
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somos mais de 205 milhões, conforme projeção do mesmo Instituto (IBGE, 20162).
Com relação a idade, a figura 1 a seguir mostra a pirâmide etária da população
brasileira conforme Censo de 2010.
Figura 1 – Pirâmide etária brasileira da população residente, por sexo e grupos de idade, segundo as
Grandes Regiões e as Unidades da Federação – Censo 2010
Com a figura 1, é possível perceber que a população jovem brasileira está dimi-
nuindo, mesmo que essa redução seja pequena e ainda que exista um envelhe-
cimento da população que permanece contínuo, principalmente pelo aumento
da expectativa de vida e pelo acesso dessa parcela da população a serviços de
saúde e lazer que contribuíram para a melhoria da qualidade de vida.
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mais confortavelmente em sua própria velocidade no que às vezes se asse-
melha a um estado de semitranse.
Fonte: Underhill (1999, p. 107).
afiliação.
Na compra de um imóvel, os homens valorizam mais as
experiências anteriores, enquanto as mulheres engajam-se
COMPRA DE UM em processos de busca de informações de fontes diversas.
IMÓVEL Além disso, os homens valorizam imóveis mais robustos
fisicamente, enquanto as mulheres valorizam o conforto e a
realização pessoal associada a cada alternativa de compra.
Os homens tendem a atribuir maior importância ao aspec-
ESCOLHA DE UM
to conveniência, enquanto as mulheres valorizam mais o
SUPERMERCADO
ambiente da loja, a qualidade do sortimento e a imagem.
As mulheres atribuem maior importância a atributos eco-
SUSTENTABILIDADE logicamente corretos presentes nos produtos, assim como
aos projetos ambientais desenvolvidos pelas organizações.
COMPRAS POR As mulheres tendem a realizar com maior frequência com-
IMPULSO pras por impulso (sem planejamento).
As mulheres tendem a efetuar compras com maior
COMPRAS
frequência destinando mais tempo para a realização dessa
COMPULSIVAS
tarefa específica.
Os homens decidem pela adoção ou não de uma nova tec-
ADOÇÃO DE NOVAS nologia com base principalmente na utilidade percebida,
TECNOLOGIAS enquanto as mulheres tomam essa decisão com base prin-
cipalmente na percepção de prazer associado ao consumo.
ADOÇÃO DO Os homens tendem a ser mais atraídos pela possibilidade
COMÉRCIO de comprar utilizando o comércio eletrônico.
ELETRÔNICO
Fonte: Merlo e Ceribeli (2014, p. 47).
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simbólicas sobre o feminino e o masculino (LIMEIRA, 2007, p. 236).
Dentro dessa perspectiva, o sexo biológico não determinaria se uma pessoa irá
exibir traços sexualmente tipificados, o que significa ter características físicas,
psicológicas ou comportamentais que são consideradas próprias de um homem
ou de uma mulher.
As pesquisas ainda são recentes e há pouco na literatura de comportamento
do consumidor sobre a discussão de gênero. O nosso objetivo aqui é compreender
o comportamento dos indivíduos e traçar perfis conforme esses comportamen-
tos para as ações mais efetivas de marketing.
Por isso, independente das discussões, é importante ressaltar que o público
LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) tem crescido no Brasil, con-
forme InSearch (2013 apud DINIZ, 2016), com uma população estimada de 18
milhões de pessoas.
Isso significa que as empresas devem direcionar suas ações para melhor aten-
der a esse público que se constitui como um segmento relevante de mercado,
como uma média salarial de R$ 3.247,00, e com 36% pertencendo a classe A e
47% a classe B, conforme pesquisa da InSearch Tendências e Estudos de Mercado
(INSEARCH, 2013 apud DINIZ, 2016).
esse público, com campanhas direcionadas que oferecem imóveis que aten-
dam às expectativas e que falam a linguagem direta com o segmento LGBT.
Fonte: adaptado de Exame (2016).
Outro fator demográfico que precisamos abordar é a questão da idade que também
se constitui como elemento importante no processo de consumo. Destacaremos,
desse modo, aspectos relacionados ao comportamento de forma genérica de
crianças, jovens e idosos.
Consumidores de diferentes faixas etárias obviamente têm necessida-
des e desejos muito diferentes. Embora pessoas que pertencem a uma
mesma faixa etária difiram quanto a muitos outros aspectos, elas ten-
dem a compartilhar um conjunto de valores e de experiências culturais
comuns que mantêm ao longo de sua vida (SOLOMON, 2011, p. 37).
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Fatores de Agentes de Mecanismos de
background socialização aprendizado
Sexo Mídia Modelagem
Idade Família (observar os outros)
Criança
Classe Professor
socializada
Social Colegas Cognição
Religião (escola)
Dessa forma, a criança socializada já possui um histórico que lhe confere certas
características individuais. A partir de agentes de socialização, como a família,
professores e amigos, ela passa por um processo de modelagem no qual ela passa
a adotar certos comportamentos, a partir da observação no ambiente em que
está inserida e pelo processo cognitivo, quando aprende o que lhe é ensinado.
Em relação ao consumo, as crianças possuem diferentes comportamentos
que são adquiridos ao longo de cada fase. Assim, dependendo da faixa etária, a
criança apresentará um comportamento específico relacionado a escolha e con-
sumo de algum produto. O quadro 2 a seguir mostra a relação da criança com
o consumo em diferentes etapas da vida.
IDADE CARACTERÍSTICA
0 a 2 anos Mais rejeição do que solicitação sobre brinquedos e comidas
que lhes são mostrados.
2 a 4 anos Primeiras solicitações em relação a roupas, livros e cds.
4 a 6 anos As preferências são mais acentuadas.
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7 a 8 anos Os pedidos são mais precisos, cada vez mais orientados para
produtos familiares utilizados.
9 a 11 anos Compras familiares, como automóvel, férias ou equipamentos,
e surgimento de desejo por produtos para adultos.
12 a 14 anos A crianças entra na idade do especialista e se focaliza sobre um
número reduzido de centros de interesse e torna-se imbatível
em certas áreas. Seu universo se organiza em torno dessas
especialidades.
Fonte: adaptado de Karsaklian (2004, p. 241).
Por fim, o mercado futuro, que projeta as crianças como futuras consumidoras
potenciais quando se tornarem adultas, estimulando apego e fidelidade às marcas.
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Cabe ao profissional de marketing trabalhar de forma ética e respeitar os
limites para as estratégias mercadológicas que são desenvolvidas para esse
público, fazendo com que ele tenha mais conhecimento do que será com-
prado e trabalhando de forma a manter um consumo mais consciente dos
produtos e serviços ofertados.
Fonte: os autores.
Tratando dos jovens, podemos definir dois grupos que podem se enquadrar
nesses segmentos que podem possuir características semelhantes, mas também
algumas especificidades. Para Limeira (2007, p. 227),
adolescência e juventude são sinônimos e significam o período da vida
humana que sucede a infância e que se caracteriza por uma série de
mudanças corporais e psicológicas, estendendo-se aproximadamente
dos 12 aos 20 anos.
A juventude pode ser considerada uma categoria sociológica, visto que compre-
ende o período pelo o qual o indivíduo é preparado para assumir a idade adulta,
do ponto de vista familiar, profissional e de responsabilidade social, estendendo-
-se de 15 a 24 anos, com faixas de 15 a 19 e de 20 a 24 (LIMEIRA, 2007).
A idade cronológica não determina sozinha em qual fase da vida o indivíduo
está, uma vez que, como temos discutido, o processo de socialização influenciará
também as fases da vida e poderão variar de uma cultura para outra. Destacamos
aqui que, de maneira geral, temos o público adolescente e o público jovem (adulto).
CONFLITO DESCRIÇÃO
Os adolescentes, ao mesmo tempo em que
AUTONOMIA
buscam autoafirmação e independência em
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Desse modo, é preciso estar atento a esses padrões de comportamento dos ado-
lescentes, pois eles se constituem como um público de extrema relevância, que
não apenas são influenciados, mas influenciam o processo de consumo de pro-
dutos e serviços.
Faremos, agora, uma abordagem sobre o público adulto, que é o “indiví-
duo que atingiu plena maturidade, expressa em termos de adequada integração
social e adequado controle das funções intelectuais e emocionais” (LIMEIRA,
2007, p. 228). Abordando aspectos do consumo, falaremos do consumidor jovem
(adulto) e dos consumidores adultos mais maduros.
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O público jovem possui maior interação social e, dessa forma, tem maior
preocupação com o relacionamento entre os grupos que frequenta. Em geral, os
jovens valorizam muito os produtos e não possuem muita preocupação com pre-
ços (MERLO; CERIBELI, 2014). Os consumidores jovens compram com maior
frequência e são mais impulsivos, geralmente, cedendo aos apelos de compra.
Costumam frequentar shopping centers e outros ambientes que proporcionem
lazer e entretenimento (MERLO; CERIBELI, 2014).
Os jovens são extremamente engajados com as tecnologias, valorizando o
uso da internet para busca de informação e de aquisição de produtos e, por esses
motivos, são adeptos do comércio eletrônico e do autosserviço, valorizando a
rapidez e, também, as relações que podem ser estabelecidas no ambiente digital
por meio das mídias sociais.
Os consumidores mais maduros podem ser considerados adultos em fase
ativa, que trabalham e que mantêm uma vida social regular. Além disso, temos
um público adulto mais específico, que são aqueles que estão em idade mais
avançada, os idosos ou da terceira idade.
Com a queda das taxas de mortalidade, os idosos, que são adultos situados
acima de 60 anos, melhoraram a qualidade de vida e, por isso, se tornaram um
grupo de consumidores potenciais de extrema importância, pois possuem neces-
sidades e desejos específicos que devem ser observados pelos profissionais de
marketing. Para melhor compreender alguns comportamentos típicos de adultos
e idosos, o quadro 4 a seguir faz uma relação com esse público e o público jovem.
JOVENS
ASPECTOS-CHAVE ADULTOS E IDOSOS
Com isso, percebemos que conhecer essas características gerais que podem ser
observadas entre as faixas etárias é importante para melhor condução das es-
tratégias mercadológicas. Cabe ressaltar que idade e gênero são variáveis de-
mográficas importantes para compreensão do comportamento do consumidor,
porém, segundo Blackwell, Miniard e Engel (2008), uma compreensão maior
pode ser alcançada por meio de outras diferenças individuais, como a persona-
lidade, os valores e o estilo de vida, que serão apresentados a seguir.
PERSONALIDADE E PSICOGRAFIA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pessoa (LIMEIRA, 2007). Para Samara e Morsch (2005, p. 132), a personalidade
pode ser definida como “o conjunto de características psicológicas singulares que
levam a reações relativamente coerentes e contínuas em relação ao ambiente”.
O conceito de personalidade expressa quatro características, segundo Mowen
e Minor (2003). Primeiramente, para ser considerado uma particularidade da
personalidade, o comportamento da pessoa deve se mostrar coerente ao longo
do tempo. Uma segunda característica é que comportamentos específicos devem
ser distintos de outros indivíduos. A terceira é que não é possível prever um com-
portamento do indivíduo com apenas uma medição de personalidade. Por fim,
a quarta característica é que a personalidade ameniza os efeitos da mensagem
em situações de comportamento do consumidor, funcionando como modera-
dora do indivíduo em relação a mensagem.
Podemos destacar que a personalidade individual pode ser compreendida
como “um conjunto de características psicológicas duradoras que determinam
e refletem como determinado indivíduo responde a estímulos ambientais espe-
cíficos” (MERLO; CERIBELI, 2014, p. 69). Desse modo, existem vários modelos
que podem descrever os padrões psicológicos para explicar a personalidade. O
modelo elaborado por Jung mostra como a personalidade pode ser entendida a
partir de dois extremos que irão originar diferentes personalidades individuais
que são apresentadas a seguir (MERLO; CERIBELI, 2014, p. 69):
■■ Extroversão (indivíduos que se sentem confortáveis em relação a intera-
ções sociais) versus introversão (indivíduos que evitam interações sociais,
pois preferem o isolamento social).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
no que tange às relações de troca (SAMARA; MORSCH, 2005, p. 134).
Impulso ID SUPEREGO
Consciência
instintivo moral
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E
G
O
Meio
ambiente
Fonte: adaptada de Samara e Morsch (2005, p. 134).
Existem três hipóteses que podem ser delineadas na teoria dos traços, a primeira
é que presume-se que os traços sejam comuns a muitos indivíduos e, também, em
quantidade variável, sendo possível segmentar mercados; a segunda é que esses tra-
ços sejam estáveis e exerçam efeito no comportamento sem considerar o ambiente;
a terceira é que esses traços possam ser obtidos por meio de uma mensuração de
indicadores comportamentais (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008).
Por fim, a teoria psicossocial, que entende que exista uma interdependência
entre o indivíduo e a sociedade (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008). Para
Limeira (2007, p. 116), essa teoria “considera que a personalidade evolui durante
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a vida, não sendo determinada apenas na infância, visto que recebe influências
do ambiente social e cultural”.
Essa teoria é um arranjo entre as áreas da psicologia e sociologia. Ela
considera que as variáveis sociais são mais importantes que instintos bioló-
gicos para determinar a formação da personalidade e, ainda, que a motivação
comportamental é determinada para atender a essas necessidades sociais
(BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008).
Tratando da psicografia, ela refere-se a uma área da ciência que estuda o
comportamento do consumidor baseada no fato de que os diferentes estilos
de vida dos indivíduos podem influenciar o seu processo de compra (MERLO;
CERIBELI, 2014). O estilo de vida, segundo Solomon (2011, p. 253), “refere-se
a um padrão de consumo que reflete as escolhas da pessoa quanto à forma de
gastar seu tempo e seu dinheiro”.
A teoria dos traços de personalidade pode ser aplicada nas ações de marke-
ting no que diz respeito a personalidade da marca. Personalidade de marca,
conforme Solomon (2011, p. 248), “é o conjunto de traços que as pessoas
atribuem a um produto como se ele fosse uma pessoa”.
Fonte: os autores.
SEGMENTO CARACTERÍSTICAS
Indivíduos orientados para a carreira, que preferem
REALIZADORES a previsibilidade ao risco e valorizam bastante sua
imagem.
Indivíduos maduros, que preferem benefícios fun-
SATISFEITOS cionais e que tendem a ser mais reflexivos e práticos
no seu dia a dia.
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Indivíduos orientados para a ação, concentrados em
EFETIVOS
sua autossuficiência, que preferem valor ao luxo.
Indivíduos com poucos recursos econômicos e que,
SOBREVIVENTES em consequência disso, se mostram mais preocupa-
dos com as necessidades básicas de sobrevivência.
Indivíduos bem-sucedidos e orientados para a
mudança, que valorizam o novo e buscam cons-
INOVADORES
tantemente inovações radicais associadas a novos
produtos e serviços.
Fonte: Merlo e Ceribeli (2014, p. 76).
Os dados psicográficos podem ser utilizados para definir mercado-alvo, para criar
uma nova visão de mercado, para posicionar o produto, para melhor comuni-
car atributos do produto, para desenvolver uma estratégia global e também para
colocar questões políticas e sociais no mercado (SOLOMON, 2011).
Com isso, concluímos este tópico compreendendo que as características
individuais são relevantes para o comportamento de compra dos indivíduos e
que elas precisam ser identificadas e conhecidas para melhor entendimento da
forma como os consumidores podem agir em situações de compra. A seguir,
discutiremos a motivação e o conhecimento do consumidor.
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Necessidade Comportamento
Motivo
humana adequado
A motivação do indivíduo pode ser afetada pela relevância pessoal, que se refere
a algo que possua relevância direta no “eu” e implicações significantes para a
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vida do indivíduo; autoconceito, a visão a respeito de si próprio; valores, que
são crenças que orientam o comportamento; necessidades que se referem a um
estado de tensão que causa uma oscilação de um estado físico ou psicológico
considerado ideal (HOYER; MACLNNIS, 2011).
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acrescentando alguns apontamentos, visto que a motivação é um fator relevante
e que pode influenciar o consumidor de forma efetiva.
O psicólogo Abraham Maslow foi um dos pioneiros nos estudos de motiva-
ção baseado em experimentos científicos (SAMARA; MOESCH, 2005). Maslow
identificou necessidades comuns aos indivíduos e as agrupou em categorias.
Segundo a sua teoria, essas necessidades possuem uma ordem hierárquica, o
que significa que, dentro de uma escala, a primeira necessidade deve ser atendida
para só então as posteriores, também, serem supridas. As cinco categorias pesqui-
sadas por Maslow são descritas a seguir, conforme Samara e Morsh (2005, p. 104).
■■ Fisiológicas: necessidades primárias, de natureza biogênica, que reque-
rem a satisfação das necessidades mais fundamentais para sustentar a
vida humana (fome, sede, ar, abrigo, sexo) e outras funções físicas básicas.
■■ De segurança: necessidades de segurança e de proteção para o corpo e de
manter uma existência confortável. Incluem ordem, estabilidade, certeza,
controle sobre a vida (saúde, por exemplo) e sobre o ambiente.
■■ Sociais (de amor e de participação): necessidades de afeição e integração,
no sentido de pertencer a um grupo – as pessoas se esforçam para dar
e receber amor. Abrangem aceitação, afiliação, afeto e relacionamento.
■■ De estima: necessidades de reconhecimento, status e prestígio. Além de
buscar o respeito dos outros, há a necessidade e o desejo do auto-respeito,
independência e auto-afirmação. Estão diretamente relacionadas ao ego,
por isso são conhecidas também como necessidades egoístas e, muitas
vezes, não são plenamente satisfeitas.
Outras teorias também são utilizadas pelos gestores de marketing para entende-
rem as motivações dos indivíduos. A teoria motivacional de Davis McClelland,
também precursor dos estudos motivacionais, argumenta que as necessidades
humanas podem ser classificadas em três grandes grupos: afiliação, ou seja, per-
tencimento social; poder, no qual os indivíduos buscam influenciar e controlar
o outro; e de realização, no qual os indivíduos buscam atingir seus objetivos
(MERLO; CERIBELI, 2014).
Na teria de motivos de Ernest Dichter, ele busca estudar de forma específica
os motivos que impulsionam as pessoas ao consumo. Desse modo, ele identifi-
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cou uma série de necessidades interiores, muitas ativadas pelo inconsciente e que
impulsionam o consumidor na compra de diferentes produtos e em distintas situ-
ações de consumo. Alguns desses motivos estão relacionados no quadro 7 a seguir.
Quadro 7 – Alguns motivos para consumo de Dichter
EXEMPLOS DE SITUAÇÕES DE
MOTIVOS PARA
DESCRIÇÃO CONSUMO ASSOCIADAS AO
CONSUMO
MOTIVO DESCRITO
Tentativa dos indivíduos de Decisão de adquirir eletroele-
TENTATIVA DE
controlar o ambiente no qual trônicos sofisticados.
DOMINAR
estão inseridos.
Busca dos indivíduos por Compra de um carro luxuoso
STATUS destaque social; necessidade ou de joias caras.
de se sentir superior.
Necessidade dos indivíduos Compra de produtos exóti-
AFIRMAÇÃO de reforçarem sua identida- cos; indivíduo que faz uma
DO EU de; reafirmação da individu- tatuagem.
alidade.
Necessidade dos indivíduos Indivíduo que vai a uma boate;
ACEITAÇÃO de se sentirem aceitos por escolha de uma marca tradi-
SOCIAL outros membros da socie- cional.
dade.
Os indivíduos podem visuali- Compra de um brinquedo ou
zar no consumo uma maneira de uma joia para presentear
AFETO
de sustentar suas relações alguém.
afetivas.
Outra teoria se refere aos motivos das escolhas individuais, abordada por Sheth,
Newman e Gross, na qual os autores agrupam em cinco categorias as motiva-
ções que levam o consumidor a escolher produtos e serviços. Esses motivos são
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tas de conhecimento (sintonização)” (PETER; OLSON, 2009, p. 69). A figura 5
a seguir ilustra esses níveis.
Figura 5 – Níveis de conhecimento sobre o produto
é preciso realizar ações que sejam pertinentes para o consumidor de forma que,
ao ter uma necessidade ou desejo, o consumidor consiga lembrar qual produto
poderá preencher essa lacuna e qual a marca que melhor atende sua demanda.
Com relação ao conhecimento de atributos e associação do produto,
existe um conjunto de características que o consumidor poderá associar a
um determinado tipo de produto ou marca. Isso é definido como imagem
do produto, que pode envolver “as propriedades físicas do produto e atribu-
tos, bem como benefícios e sentimentos que advêm do consumo do produto”
(BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008, p. 272).
Os atributos dos produtos se referem às características desse produto, como
cor, modelo, tamanho etc. Além dos atributos, os consumidores ainda realizam
associações baseadas em benefícios e valores. Os benefícios são os resultados
desejáveis que se espera ao adquirir um produto.
Eles podem ser considerados como: benefício funcional, que corresponde
ao funcionamento do produto; psicológico, que trata dos aspectos mais emo-
cionais e subjetivos; social, no qual o produto traz um benefício que resulta em
um reconhecimento por parte de pessoas que estão próximas a ele, por exemplo.
Suporte para o
arco de pé
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atributos corrida NIKE Preço
Forma de arramar
o cadarço
Durabilidade
Maior rapidez
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PERCEPÇÃO, MEMÓRIA E APRENDIZAGEM
Estímulos Receptores
sensoriais sensoriais
• Imagens • Olhos
Interpretação
• Sons • Ouvidos
• Odores • Nariz Exposição Atenção
(Significados)
• Gostos • Boca
• Texturas • Pele
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Fonte: Samara e Morsch (2005, p. 124).
Por fim, a última fase do processo perceptivo é a interpretação. Para Cobra (2009,
p. 90), “o julgamento que as pessoas têm de um produto nada mais é do que a
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Existem dois tipos de comportamento: o instintivo - representativo de cada espé-
cie humana e que não necessita de aprendizado - e o comportamento aprendido
- que não é hereditário e requer uma série de esforço, se tornando complexo e
mais difícil de ser alcançado. Para melhor compreender a aprendizagem, apre-
sentaremos duas teorias principais, conforme figura 8 a seguir.
Figura 8 – Teorias da aprendizagem
Teorias da
aprendizagem
Escola Escola
behaviorista cognitivista
Para melhor compreensão, exemplificaremos como isso pode ser utilizado pelos
profissionais de marketing para influenciar o comportamento do consumidor.
É possível utilizar o estímulo incondicionado e o condicionado para fazer com
que o indivíduo associe o produto em questão, conforme figura 9.
Estímulo
incondicionado Provoca Resposta
(modelo Gisele incondicionada
Bündchen) (beleza encantadora)
Ao par
com
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Estímulo Resposta
condicionado Provoca condicionada
(produtos para (Pantene ligado à
cabelo Pantene) beleza encantadora)
Diminui a probabilidade de o
comportamento ocorrer de novo
(sem consumir Pepsi Twist) Punição
positiva
(sabor
desagradável)
Resposta
Estímulo (comportamento
Agradável?
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Reforço
positiva
(sabor
Aumenta a probabilidade de o agradável)
comportamento ocorrer de novo
(consumir Pepsi Twist)
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nitivo permite à espécie humana criar e transmitir uma cultura multi-
facetada, que inclui símbolos, valores, convicções e normas (URDAN;
URDAN, 2010, p. 285).
Memória
de longo
prazo
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dimento do comportamento do indivíduo, já que esses fatores podem afetar a
forma como as pessoas escolhem e consomem produtos e serviços. Na sequên-
cia, abordaremos os fatores sociais e culturais.
Para Blackwell, Miniard e Engel (2008), existem, ainda, os grupos que emer-
giram com o surgimento da internet e das novas tecnologias, os quais os autores
denominam como grupos virtuais. Esses grupos possuem características próprias
já que o relacionamento se estabelece na maioria das vezes online, por meio de
diversos formatos, principalmente pelas redes sociais. Esse grupo pode ser con-
siderado muito significativo para os profissionais de marketing, haja vista que a
influência exercida pelos grupos virtuais possui um grande alcance e além disso
a transmissão e troca de informações ocorre com mais dinamismo e velocidade.
Existem três tipos de influências principais que são exercidas pelos grupos já
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descritos e que podem influenciar o comportamento, bem como o estilo de vida
dos indivíduos, conforme descrito a seguir, segundo Samara e Morsch (2005, p.
7) e Merlo e Ceribeli (2014, p. 30-31):
■■ Influência informativa: o indivíduo busca informação sobre o produto
em grupos de profissionais especialistas ou associações que trabalham
com o produto como profissão. Essa influência baseia-se na confiabili-
dade atribuída pelo indivíduo às informações provenientes dos membros
de determinados grupos.
■■ Influência utilitária: a decisão de compra é baseada no desejo de satisfazer
os colegas de trabalho ou pessoas com as quais o indivíduo tem interações.
■■ Influência expressiva de valor: o indivíduo acha que a compra ou o uso
de determinada marca promoverá a imagem que os outros têm dele e
lhe agregará a imagem que ele deseja ter ou aspira ser (senso de identi-
dade e idealização).
Para Blackwell, Miniard e Engel (2008) e Karsaklian (2004), existe, ainda, outra
influência dos grupos de referência que pode ser classificada como normativa.
Essa influência pode ocorrer “quando indivíduos alteram seus comporta-
mentos e suas crenças para atender às expectativas de determinado grupo
(BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008, p. 416).
Além disso, existem outras influências indiretas que podem ser exercidas pelos
grupos de referência. Um exemplo é o processo de socialização que “permite que
o indivíduo saiba quais são os comportamentos que provavelmente resultarão
em estabilidade para ambos, grupo e indivíduos” (BLACKWELL; MINIARD;
ENGEL, 2008, p. 417).
Outra influência é feita por meio do autoconceito, uma vez que o que as
pessoas pensam de si mesmas pode ser influenciado por meio da interação
com outras pessoas. Além disso, temos a comparação social, na qual “o indi-
víduo compara seu comportamento e valores aos comportamentos e valores
mantidos por determinado grupo, buscando adequar-se e ser aceito” (MERLO;
CERIBELI, 2014, p. 34).
Por fim, as pressões sociais exercidas pelos grupos também podem ser considera-
das uma forma de influência, visto que essa pressão faz com que os indivíduos adotem
comportamentos, fazendo com que o indivíduo mude sua forma de agir e pensar
e que comece a seguir a conduta do grupo, mesmo que não seja algo formalizado.
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pessoas ligadas pelo mesmo tipo de sangue, pelo casamento ou pela adoção, que
vivem juntas (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008, p. 377).
Para Marconi e Pressoto (2006), se, originalmente, a família foi considerada
um fenômeno biológico, hoje, ela se transformou em um fenômeno social, que
sofreu diversas transformações e evoluções até regulamentar suas bases conju-
gais, seguindo leis contratuais, normas religiosas e morais.
A família é uma construção social e cultural e possui diversas definições,
pode ser considerada como um grupo social que possui uma residência comum
e possui acordos de cooperação, como um grupo doméstico que os pais vivem
com os filhos, ou, ainda, grupo social no qual os membros estão unidos por laços
de parentesco (MARCONI; PRESSOTO, 2006).
Na classificação de famílias nesse contexto, temos a denominada família nuclear,
constituída por um grupo de pai, mãe, criança(s) que vive junto. A família esten-
dida se constitui como uma extensão do núcleo familiar e inclui outros parentes,
como avós, tios, primos etc. que vivem juntos. Além disso, podemos categorizar a
família como de procriação, aquela na qual o indivíduo nasceu e a família de pro-
criação, estabelecida pelo casamento (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008).
Nos estudos do comportamento do consumidor, além da unidade domés-
tica constituída pela família, como já descrito, temos a denominada unidade
doméstica não familiar que “abrange pessoas sem parentesco, mas que vivem
juntas, como companheiros de quarto de faculdade ou casais não casados do
sexo oposto ou do mesmo sexo” (PETER; OLSON, 2009, p. 345).
mitindo, assim, uma nova percepção da mulher nas decisões de compra familiar
(LEE; BEATTY, 2002. BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008).
O papel dos homens na família também está se modificando, segundo
Blackwell Miniard e Engel (2008), o homem do século XXI está mais sensível,
mais interessado em romance, demonstra maior interesse por saúde e está mais
envolvido na criação dos filhos e na participação das tarefas domésticas.
Nesse mesmo sentido, as mudanças também alcançam os filhos, que estão
cada vez mais participando da decisão de compra familiar (SHETH; MITAL;
NEWMAN, 2001. LEE; BEATTY, 2002. MOWEN; MINOR, 2003. BLACKWELL;
MINIARD; ENGEL, 2008), não apenas nas decisões que os afetam diretamente,
mas também no contexto das decisões familiares em geral. A influência dos
filhos aumenta com a idade (SHETH; MITAL; NEWMAN, 2001), e estudos com-
provam o crescimento da participação de crianças nas decisões de compra da
família (MOWEN; MINOR, 2003; BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008).
Assim, percebemos que há várias mudanças significativas no contexto de
família que importam para os estudos do consumo. As modificações no cenário
sociocultural trouxeram novos perfis de famílias que podem ser assim classifi-
cadas, conforme Samara e Morsch (2005, p. 79):
■■ Família unicelular: solteiros, divorciados ou viúvos que moram sós.
■■ Família com um dos pais: divorciados ou viúvos com filhos.
■■ Família com os dois pais: casados com filhos, casais que têm filhos de
outras uniões.
■■ Família sem filhos: jovens casais, casais com filhos casados.
Ainda temos outros perfis de família, como o caso muito recorrente no Brasil,
que são mulheres que têm filhos sozinhas por opção, ou no caso de jovens que
engravidam inesperadamente. Nesse novo contexto de unidade familiar, o papel
de homens e mulheres também se modificou dependendo do modelo familiar
em que está inserido, no qual a mulher vem se destacando e ganhando espaço
como responsável por seu lar e família.
Também temos um novo cenário que se fortaleceu nos últimos anos em diver-
sos países principalmente por conta das mudanças na legislação, que permitiu o
casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Nesse contexto, os casais homosse-
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xuais sem filhos ou com filhos também se constituem como uma unidade familiar.
1. Jovem solteiro: jovens solteiros cuja a renda ainda não atingiu o seu ápice
devido ao fato de estarem iniciando a carreira; gastam muito em lazer;
dependentes ou não dos pais.
2. Recém-casado: casais que casaram há pouco tempo e ainda não têm filhos;
gastam bastante na aquisição de móveis e eletrodomésticos.
3. Ninho cheio I: casais que possuem filhos cuja idade não ultrapassa seis
anos; consumo elevado de produtos infantis, tais como brinquedos, além
de remédios.
4. Ninho cheio II: casais que possuem filhos cuja idade varia entre seis e
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doze anos; gastam mais em serviços, tais como aulas de idiomas, e pro-
curam produtos com embalagens mais econômicas.
5. Ninho cheio III: casais cujos filhos não são mais crianças, mas ainda são
dependentes; gastos mais elevados com educação dos filhos e aquisição
de bens duráveis considerados supérfluos.
6. Ninho vazio I: casais mais velhos cujos filhos saíram de casa; situação
financeira mais confortável; gastos mais elevados com viagens e artigos
de luxo.
7. Ninho vazio II: casais aposentados, sem filhos morando em casa; renda
sofre uma redução; costumam gastar mais em medicamentos.
8. Sobrevivente solitário: viúvos que necessitam de cuidados especiais, afeto
e atenção; gastos elevados na aquisição de medicamentos.
Para Blackwell, Miniard e Engel (2008, p. 326), a cultura é “um conjunto de valo-
res, ideias, artefatos e outros símbolos significativos que ajudam os indivíduos a se
comunicar, a interpretar e a avaliar como membros de uma sociedade”. Dessa forma,
a cultura é formada por elementos abstratos, que são os valores, ideias, atitudes etc.
e elementos materiais, que são seus artefatos culturais, como livros, ferramentas,
instrumentos etc. O quadro 8 a seguir apresenta alguns componentes da cultura.
ELEMENTOS QUE
COMPÕEM UMA DESCRIÇÃO
CULTURA
Crenças centrais dos indivíduos que dizem respeito à
VALORES forma apropriada de agir, pensar e sentir em determi-
nado contexto social.
Conjunto de significados compartilhados que facili-
LINGUAGEM tam a comunicação.
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Histórias que ilustram os valores partilhados pelos
MITOS
membros de uma sociedade.
Padrões comportamentais amplamente difundidos e
COSTUMES aceitos entre os membros de determinada sociedade,
relacionados com situações rotineiras.
Padrões de comportamento inter-relacionados que
RITUAIS
possuem um significado simbólico.
Normas formais que representam os valores centrais
LEIS de uma sociedade e que regulam o comportamento
dos indivíduos.
Bens tangíveis que possuem um significado especial
ARTEFATOS MATERIAIS que é compartilhado pelos membros de uma socie-
dade.
Fonte: Merlo e Ceribeli (2014, p. 21).
Valores da
sociedade
Primeiras
Instituições Instituições
Família experiências
religiosas de ensino
de vida
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Valores
Pares internalizados Mídia
no indivíduo
Sociedade
do futuro
Fonte: Blackwell, Miniard e Engel (2008, p. 331).
DIMENSÕES DESCRIÇÃO
Em culturas coletivistas, as pessoas subordinam suas
INDIVIDUALISMO metas pessoais àquelas de um grupo estável. Por sua
vez, os consumidores em culturas individualistas con-
X
ferem mais importância às metas pessoais, e as pessoas
COLETIVISMO tendem a mudar de grupo quando as exigências se
tornam muito custosas (SOLOMON, 2011, p. 570).
Refletem o grau em que uma sociedade aceita a desi-
DISTÂNCIAS gualdade de poder em níveis diferentes em organiza-
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DE PODER ções e instituições (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008,
p. 340).
Diz respeito às maneiras diferentes pelas quais as socie-
dades reagem às incertezas e ambiguidades inerentes à
vida. Algumas sociedades precisam de regras ou rituais
GRAU DE ACEITAÇÃO
bem definidos para guiar o comportamento, enquanto
DE INCERTEZA
outras são tolerantes para com ideias e comportamen-
tos divergentes (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008, p.
340).
MASCULINIDADE Define a extensão na qual as sociedades mantêm valo-
X res tradicionalmente tidos como predominantemente
FEMINILIDADE masculinos ou femininos.
Fonte: os autores.
CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
Crianças, adolescentes, adultos, jovens, meia-idade,
IDADE
idosos.
RELIGIÃO Católicos, judeus, protestantes, muçulmanos.
RAÇA Negros, orientais, descendentes de europeus.
NÍVEIS DE RENDA Ricos, classe média, baixa renda.
NACIONALIDADE Italianos, espanhóis, japoneses, portugueses.
GÊNERO Masculino, feminino.
Mãe/pai solteiro, divorciado/ sem filhos, pai/mãe/
TIPO DE FAMÍLIA
filhos.
OCUPAÇÃO Médico, advogado, professor, sacerdote, mecânico.
REGIÃO GEOGRÁFICA Nordeste, sudeste, sul.
COMUNIDADE Rural, subúrbio, cidade pequena, cidade grande.
Fonte: adaptado de Samara e Morsch (2005, p. 62).
Existem diferentes variáveis que irão definir a classe social, como as variáveis
econômicas, que são ocupação, renda e riqueza; variáveis de interação, como
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prestígio social, associação e socialização; variáveis políticas, como poder, cons-
ciência de classe e mobilidade.
A ocupação se constitui como melhor indicador da classe social, visto que a
posição que os indivíduos ocupam no trabalho é muito significativa para definir
a classe a que pertencem. O desempenho pessoal também pode descrever sobre
o indivíduo, já que esse desempenho pode afetar o status da pessoa.
As interações estão relacionadas com as associações que os indivíduos fazem
com outros indivíduos que possuem interesses semelhantes. Assim, é possível
entender o comportamento das pessoas de acordo com a maneira que ela inte-
rage dentro de determinados grupos, bem como sua aceitação nesses grupos.
Com relação às posses, elas podem indicar a classe social, uma vez que são
caracterizadas como símbolos de associação de classe (BLACKWELL; MINIARD;
ENGEL, 2008). Os produtos que o indivíduo possui indicam sua posição social,
assim como suas riquezas, que são uma acumulação de renda passada. Desse
modo, “as posses que indicam a riqueza da família são importantes para refletir
a classe social” (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008, p. 363).
A consciência de classe também reflete a classe social, pois essa consciência
se refere ao “grau em que as pessoas em uma classe social têm consciência de si
mesmas como um grupo distinto com interesses políticos e econômicos seme-
lhantes” (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2008, p. 364).
Como podemos observar, a renda não é um indicativo para determinar a classe
social, pois pode até indicar preferências e estilos de vida, mas não determina
a posição social e a capacidade de gasto. Assim, em muitos casos, os níveis de
renda podem ultrapassar as classes sociais, além disso, a renda pode aumentar,
em geral, conforme a idade, porém isso não significará uma mudança de classe
social, e também existem famílias com duas rendas, o que não indica um posi-
cionamento em uma classe social mais elevada (HOYER; MACLNNIS, 2011).
A movimentação entre as classes sociais é diferente em cada país, no entanto,
na maioria deles, a movimentação é possível e depende exclusivamente do próprio
indivíduo, apesar de existirem ainda países com classes sociais pré-determina-
das e rígidas.
Podemos observar que as semelhanças de consumo dentro da classe social são
mais evidentes em caso de produtos considerados de uso conspícuo, ou seja, que
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são visíveis a outros indivíduos e que fazem com que o consumidor seja avaliado
por esses produtos e serviços adquiridos, como é o caso de roupas, automóveis,
além de moradias, restaurantes etc.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No Brasil, quando são realizadas pesquisas de mercado, a determinação da
classe social é feita por meio dos critérios utilizados pela Associação Brasileira
de Empresas de Pesquisa (ABEP), que dividem as pessoas conforme suas posses
e escolaridade, classificando-as em classes que variam de A até D-E.
Com isso, concluímos nossa discussão sobre os fatores culturais e aspectos
característicos da classe social que determinam o comportamento do consumi-
dor, compreendendo que é preciso identificar esses fatores juntamente com os
demais já apresentados para melhor definir o perfil dos consumidores e anali-
sar seu comportamento de compra.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
158
a. Uma das características da percepção é que ela não é seletiva, não há uma
apropriação de algo pelo indivíduo e, assim, não há uma diferença entre o
estímulo emitido e o que é recebido.
b. A percepção é simplificadora, pois o indivíduo compreende todas as unida-
des de informação que fazem parte do contexto no qual está inserido.
c. O processo perceptivo é composto por quatro estágios: atenção, interesse,
desejo e ação.
d. No processo de percepção, o indivíduo absorve sensações ao entrar em con-
tato com mensagens que escolhe para prestar atenção, entre as tantas expo-
sições a que se submete, e as utiliza para interpretar o mundo ao seu redor.
e. A percepção não é cumulativa, visto que o indivíduo não guarda as informa-
ções de forma que elas possam modificar seu comportamento.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
1. B.
2. Conforme a Teoria de Maslow, o consumidor age de acordo com suas necessida-
des, seguindo uma ordem hierárquica, em que o consumidor prioriza a necessi-
dade fisiológica, sendo seguido pela segurança, social, autoestima e autorreali-
zação. Desse modo, o consumidor vai priorizar a compra de alimento, remédios,
bebidas etc., para depois pensar na compra de um celular ou televisão.
3. D.
4. Os grupos de aspiração são aqueles que os indivíduos querem pertencer e, por
esse motivo, buscam consumir produtos e serviços que os aproximem desses
grupos. No caso dos grupos de dissociação, são aqueles grupos os quais os indi-
víduos evitam estar relacionados e, por isso, não buscam produtos que estejam
de alguma forma relacionados a esses grupos.
5. A cultura é formada por elementos abstratos, que são os valores, ideias, atitudes
etc. e elementos materiais, que são seus artefatos culturais, como livros, ferra-
mentas, instrumentos etc.
Professor Esp. Dêivison Augusto dos Santos
Domingues
O PROCESSO DE DECISÃO
IV
UNIDADE
DE COMPRA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Analisar as questões que levam ao reconhecimento das necessidades
do consumidor.
■■ Identificar os principais tipos de informação de compra.
■■ Verificar as principais alternativas no processo de compras.
■■ Entender os motivos de escolha e decisão de compra.
■■ Compreender os aspectos da pós-compra, consumo e descarte de
produtos consumidos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O processo de compra
■■ Reconhecimento da necessidade: iniciando o processo de compra
■■ Buscando informações de compra
■■ Avaliando as melhores alternativas
■■ Escolha e decisão de compra
■■ Pós-compra, consumo e descarte
169
INTRODUÇÃO
Introdução
170 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O PROCESSO DE COMPRA
O Processo de Compra
172 UNIDADE IV
Kotler e Keller (2012) apresentam que um dos principais pontos para o gestor
analisar o processo de compra é que ele saiba como detectar o elo direto entre
os estímulos e a compra propriamente dita.
Vamos estudar, agora, as diversas etapas apresentadas, analisando os diversos
fatores que influenciam cada uma dessas, buscando, assim, uma melhor compre-
ensão dos fatores que influenciam o processo de decisão de compra.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RECONHECIMENTO DA NECESSIDADE: INICIANDO O
PROCESSO DE COMPRA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: adaptada de Kotler e Armstrong (1998).
Churchill e Peter (2012) apresentam que as necessidades ainda podem ser dividi-
das em dois diferentes grupos, sendo elas as necessidades utilitárias e as utilidades
hedônicas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
São relacionadas ao desejo de prazer e auto-
expressão. Muitas pessoas gostam de tomar
banho com um sabonete de perfume agradá-
NECESSIDADES HEDÔNICAS vel ou de cantar ou ouvir músicas que as façam
sentir-se bem. Decisões sobre a satisfação de
necessidades hedônicas tendem a ser relativa-
mente emocionais.
Fonte: Churchill e Peter (2013, p. 151).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Busca de informações externas: a busca externa é composta por pesqui-
sas realizadas pelo consumidor, essas pesquisas podem ser realizadas
com amigos, por meio de propagandas, vendedores, mostruários, famí-
lia, observações etc.
■■ Busca de informações internas: na busca de informações internas, o con-
sumidor tende a analisar a existência de informações significativas acerca
do produto em sua memória, buscando e analisando sempre alternati-
vas diversificadas.
Mowen (1995) mostra, ainda, que a busca externa é mais efetiva quando o con-
sumidor possui dúvidas sobre a funcionalidade de determinado produto ou
serviço, ou quando o consumidor não conhece ao certo o que é o produto, des-
tacando que a busca externa pode ser conceituada como um esforço objetivo
para obterem-se as informações acerca da necessidade.
Ainda segundo o autor, na busca interna, as informações encontradas tendem
a ser relativamente limitadas, uma vez que o consumidor envolve-se relativamente
pouco com a busca de informações acerca da necessidade, considerando sem-
pre que, dependendo da complexidade da necessidade, a busca por informações
deve ser realizada de forma mais aprofundada a fim de apresentar informações
relevantes que auxiliem no processo de decisão.
Churchill e Peter (2012) apresentam que o consumidor tende a escolher uma deter-
minada marca com base em alguns pré-conjuntos já estabelecidos em sua mente.
Figura 4 - Formação de um conjunto considerado para escolher um produto
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•
Com base nessas escolhas, o consumidor, então, fará sua decisão sobre qual pro-
duto melhor atenderá suas necessidades, logo, o consumidor se sentirá satisfeito
com a quantidade de informações coletadas. O consumidor partirá para a pró-
xima etapa do processo.
Oportunidade de Marketing
A proliferação de mecanismos de busca poderosos cria uma nova espécie
de consumidor – uma empresa de pesquisa rotula-os como novos infocom-
pradores. Esse termo se refere a pessoas que pesquisam quase automatica-
mente as informações online antes de compra quase qualquer coisa. Eles
tendem a trabalhar em funções calcadas na informação, são bem instruí-
dos e abastados. Em uma enquete com esses novos infocompradores, mais
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algumas das possíveis alternativas, podendo
CONJUNTO CONSIDERADO
estas sanarem a necessidade do consumidor
em algumas ocasiões.
Fonte: adaptado de Nickels e Wood (1999).
Muitos produtos são projetados a fim de que suas características funcionais aten-
dam, também, a satisfação emocional.
Os consumidores costumam se concentrar nos benefícios quando não
são capazes de avaliar as características funcionais ou simplesmente
não estão interessados em gastar tempo na condução de uma rigorosa
avaliação dessas características (SAMARA; MORSCH, 2005, p. 32).
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A Domino’s pizzaria decidiu combater as percepções negativas. Um plano
de comunicação exibiu uma propaganda estilo documentário na TV que co-
meçava com funcionários da Domino’s na sede da empresa, examinando o
feedback de um focus group de clientes. O feedback continha comentários
sarcásticos e desagradáveis, tais com “acho que a crosta da pizza da Domi-
no’s tem gosto de papelão” e “o molho parece ketchup”. Após esse documen-
tário, uma nova propaganda passava a mostrar chefs executivos da empresa
em suas cozinhas de teste proclamando que sua nova pizza havia sido me-
lhorada com um molho mais saboroso e rico, uma combinação mais robusta
de queijos e uma crosta temperada. Muitos críticos se espantaram com a
admissão da empresa de que sua pizza tinha sido inferior por anos. Outros
observavam que a formulação de novos produtos e uma propaganda não
convencional lidavam com uma crença negativa amplamente difundida e
difícil de mudar que estava arrasando a marca, e exigiam uma ação decisiva.
O presidente resumiu a reação do consumidor como “a maioria realmente
gosta, outros não. Tudo bem”.
Fonte: Stevenson (2010, p. 182 apud KOTLER; KELLER, 2012).
Atenção Atenção
Conhecimento
Interesse
Avaliação
Experimentação Experimentação/Avaliação
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Adoção Adoção
Fonte: Kotler e Keller (2012).
ENVOLVIMENTO
CARACTERÍSTICAS FONTES DE
TIPOS DE DO TEMPO
DO CONJUNTO INFORMAÇÕES
DECISÃO CONSUMIDOR INVESTIDO
CONSIDERADO CONSULTADAS
COM A COMPRA
Rotineira Baixo Poucas opções de Internas O mínimo
marca, vendedores possível
e características de
produtos avaliados
Limitada Moderado Várias Marcas, Internas e algu- Pouco
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Essas influências podem afetar diretamente o resultado do processo de compra,
impedindo ou motivando o consumidor. E a etapa é concluída quando o consumi-
dor consegue identificar qual produto melhor atende suas necessidades, efetivando a
compra do produto ou serviço que, segundo o consumidor, resolverá o seu problema.
COMPRA ESPONTÂNEA
As etapas que sucedem a compra são tão importantes quanto as que antecedem,
uma vez que, por meio da análise do pós-compra, é possível observar pontos de
melhoria no produto ou serviço. Logo após realizar a compra do produto, o consu-
midor consegue analisar sua aquisição, que pode gerar satisfação ou insatisfação.
Segundo Pinheiro et. al. (2007), logo que adquirido um determinado pro-
duto ou serviço, o consumidor tende a analisar e comparar as expectativas com
os resultados obtidos, verificando nesse momento o índice de satisfação para com
o produto. Independente do resultado gerado pelo produto, é de extrema impor-
tância que os responsáveis diretamente envolvidos verifiquem se a necessidade
foi sanada, se o produto era deficiente ou se as expectativas do consumidor agi-
ram de forma elevada, superior ao resultado gerado pelo produto.
Nickels e Wood (1997) apresentam que o pós-compra é a etapa em que o
consumidor analisa se o produto adquirido atende de fato suas necessidades.
Ao avaliar a compra, o consumidor pensa sobre o ciclo que realizou para então
atender sua necessidade.
Mowen e Minor (2003, p. 221) ressaltam que:
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além de perceber novas utilidades para o produto adquirido.
Conforme apresentado por Samara e Morsch (2005), o momento de con-
sumo e pós-compra é de extrema importância para a organização, haja vista que,
nessa etapa, é possível analisar a satisfação do consumidor, quanto maior foi a
distância entre prometido e a eficiência do produto, menor será sua satisfação.
Uma vez adquirido o produto, o consumidor tende a ficar satisfeito ou insa-
tisfeito com sua compra, se satisfeito, a compra poderá ser repetida e indicada,
destacando que, dependendo do tipo de necessidade, no momento da recom-
pra, o consumidor poderá eliminar algumas etapas do processo, visto que está
ciente do produto, seus benefícios e suas funcionalidades.
DISSONÂNCIA COGNITIVA
DESCARTE
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período de recompra, quando existir.
Os consumidores descartam os produtos por diversos motivos. Blackwell,
Miniard e Engel (2005) justificam que o descarte pode acontecer com o sur-
gimento de novos produtos, o surgimento de novas tecnologias ou designs, a
insatisfação com o produto atual, dentre outros motivos.
O gestor precisa conhecer a forma como o seu produto é descartado, pois a
empresa é responsável pelos danos causados ao meio ambiente pelo seu produto.
Segundo Kotler e Keller (2012),
os produtos que são jogados fora após o uso, os gestores precisam saber
como os consumidores fazem isso, principalmente se forem prejudi-
ciais ao meio ambiente como é o caso de pilhas, embalagens de bebidas
etc.
Figura 9 - O descarte de Produtos
Fonte: adaptada de Jacob, Berning e Dietvorst (1977, p. 23 apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 197).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A etapa da busca de informações apresentou que os consumidores tendem
a sair em busca de diversas informações acerca dos produtos e das empresas que
os comercializam, verificamos, também, quais as fontes em que o consumidor
costuma buscar tais informações.
Vimos que, no estágio de avaliação de alternativas, o consumidor tende a
analisar dentre os produtos escolhidos, comparamos diversas variáveis a fim de
verificar qual o melhor produto que se encaixa dentro de sua necessidade, para
isso, os consumidores buscam comparar os produtos, marcas e fornecedores.
No tópico de escolha e decisão de compra, analisamos como o consumidor
escolhe o produto e qual o grau de envolvimento dele no processo de compra,
verificamos, também, que o grau de envolvimento está diretamente ligado ao valor
do bem que será adquirido. Assim, foi possível esclarecer que a etapa de decisão
de compra está diretamente ligada a efetivação da compra, ou não, verificamos
a importância dessa etapa para o gestor, pois ela pode apresentar informações
que justificam a desistência de compra.
Por fim, verificamos, na etapa de pós-compra, consumo e descarte, como o
consumidor costuma reagir após comprar o produto, trabalhamos a dissonân-
cia cognitiva demonstrando como a insatisfação na compra afeta o consumidor.
Finalizamos os estudos verificando como o descarte ocorre e o porquê de os con-
sumidores se desfazerem de seus produtos.
Com esta unidade, buscamos apresentar a importância para o gestor em
conhecer todos os estágios do processo de compra, haja vista que, por meio do
processo, as vendas podem ocorrer ou não, além da fidelização do consumidor,
que é de extrema importância para qualquer organização.
a. I e II apenas.
b. I e III apenas.
c. II e III apenas.
d. I e IV apenas.
e. I, II, III, IV.
5. Com base na etapa de Avaliação das Alternativas, avalie as asserções a
seguir e a relação proposta entre elas.
I. Na etapa de Avaliação das Alternativas, não é necessário comparar as
informações obtidas.
Porque
II. Nesse estágio, o consumidor não prioriza sua compra, mas sim outros
fatores externos.
nos sentem que “desde a recessão eu percebo que sou mais feliz com um estilo de vida
mais simples”. De acordo com um pesquisador: “eles olham para seus antigos hábitos de
gasto e se sente um pouco constrangidos pelo seu comportamento”. Assim, embora o
consumo [não] possa ser tão despreocupado e divertido como era antes os consumido-
res parecem gostar de sua nova percepção, consistência e resistência.
Esses novos valores de gasto não significam que as pessoas se resignaram a viver de
privações. À medida que a economia melhora, os consumidores voltam a se envolver
e compras mais luxuosas e com tíquete maior, mas de modo mais sensato. “Estamos
vivenciando o surgimento do que chamamos de “imprudência consciente” em que os
consumidores planejam gastos pequenos ou grandes”, diz o pesquisador. É como uma
pessoa em dieta que evita ingerir calorias comendo corretamente a semana toda e, en-
tão, relaxa na sexta feira a noite. “Mas as pessoas estão mais conscientes em relação a
seus gastos (e aos dos outros). Assim, o luxo está [de novo] na lista do que consumir, mas
as pessoas estão assumindo uma posição mais consciente no que se refere a como, onde
e com o que elas gastam”. O que a nova era dos gastos do consumidor significa para as
empresas? Independentemente de se tratar de produtos do dia a dia (como cereais e
detergentes) ou itens caros (como o café da Starbucks e diamantes), as empresas clara-
mente devem explicitar sua posição de valor, mostrando o que faz suas marcas valerem
o suado dinheiro do cliente. A frugalidade está em alta; o calor está sob atenta observa-
ção. Para as empresas, não se trata de reduzir custos e preços. Em vez disso, elas devem
utilizar uma abordagem diferente para alcançar os pragmáticos consumidores de hoje:
chegue antes e prove o valor de seus produtos. De acordo com Howard Schultz, CEO
da Starbucks, está havendo uma imensa mudança no comportamento do consumidor.
Hoje, (as empresas) devem se voltar para o cliente de um modo diferente do que faziam
há dois ou três anos. E nem tudo é baseado no valor. Cortar preços ou colocar as coisas
em promoção não é uma estratégia de negócios sustentável... Você não consegue cortar
cursos em um nível suficiente para salvaguar seu caminho a prosperidade. Eu acho que
a questão é a seguinte: qual a sua relevância na vida no novo consumidor? Quem se
destaca mais dentro daquilo em que os clientes vão gastar seu dinheiro?
Até mesmo a Dr. Beers, que comercializa diamantes, ajustou sua antiga proposição e
valor “um diamante é para sempre” a seus dias mais sensatos. Um anúncio, intitulado
“Viva o menos”, faz a compra de seu próprio diamante parecer – veja só – algo muito
útil. Embora a compra de um diamante possa ser muito cara em seu primeiro momento,
trata-se de algo que você nunca terá que substituir ou descartar. Como sugere um velho
filme com James Bond, os diamantes são eternos.
Fonte: adaptado de Kolter e Armstrong (2015, p. 25).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Vamos às compras!
Paco Underhill
Editora: Campus/ Elsevier
Sinopse: este livro apresenta um relato espirituoso sobre
a evolução da cultura do consumo. Mostra o que se faz e
o que não se faz em lojas, restaurantes e supermercados,
assim como trata da guerra que envolve comerciantes,
profissionais de marketing e clientes cada vez mais
instruídos.
Você já se perguntou por que compramos? Com o mesmo questionamento, alguns pesquisadores
realizaram um estudo demonstrando o comportamento do subconsciente do consumidor. O
vídeo apresenta como a indústria tem o poder de seduzir o consumidor.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_E8qaDd-tr0>. Acesso em: 19 abr. 2016.
A Netflix demonstra que, realizando um bom trabalho e atendendo bem seus consumidores, o
resultado positivo é inevitável. Descubra por que a Netflix cresce a cada dia.
Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/netflix/89014-netflix-so-amor-cliente-exalta-
atendimento-empresa-viraliza-web.htm>. Acesso em: 19 abr. 2016.
201
REFERÊNCIAS
1. A.
2. D.
3. B.
4. D.
5. E.
Professora Me. Fernanda Gabriela de Andrade
Coutinho
V
TENDÊNCIAS E DESAFIOS
NO COMPORTAMENTO DO
UNIDADE
CONSUMIDOR E O CLIENTE
ORGANIZACIONAL
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender as principais mudanças no comportamento do
consumidor.
■■ Identificar o perfil do consumidor brasileiro.
■■ Analisar as implicações do consumismo e as ações de marketing
social.
■■ Verificar o comportamento do consumidor global e as influências das
novas tecnologias.
■■ Entender os principais aspectos que envolvem o comportamento do
consumidor organizacional.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Mudanças no comportamento do consumidor: o conceito de
shopper
■■ O perfil do consumidor brasileiro
■■ Consumismo, consumerismo e marketing social
■■ O consumidor global e as novas tecnologias
■■ Cliente organizacional: fatores situacionais e satisfação pós-compra
207
INTRODUÇÃO
de compra e, por esse motivo, um novo conceito surge para melhor compreen-
der esse consumidor, que agora é denominado shopper.
Também apresentaremos um perfil do consumidor brasileiro, mostrando
suas principais características, bem como as questões sociais e culturais que esse
consumidor apresenta e, ainda, as mudanças e desafios que enfrenta no pro-
cesso de compra.
Outro assunto que abordaremos trata do consumismo e suas implicações
dentro dos estudos do consumo e, também, iremos apresentar o consumerismo,
que diz respeito ao consumo mais consciente. Além disso, discutiremos o aspecto
do marketing social em relação às ações desenvolvidas pelas empresas para os
consumidores e a sociedade.
O perfil do consumidor global também será tratado dentro da perspectiva
de mudança no cenário de consumo internacional e da utilização das novas tec-
nologias que possibilitaram a integração dos indivíduos com o mundo por meio
da internet.
Por fim, apresentaremos questões acerca do consumidor organizacional,
destacando os fatores que influenciam o consumo, bem como o processo de
decisão de compra que possui algumas especificidades em relação ao compor-
tamento dos indivíduos.
Com isso, encerraremos esta unidade e o nosso livro. Esperamos que você
compreenda as questões e conceitos aqui apresentados com o objetivo de empre-
gá-los de forma estratégica em sua atuação profissional.
Bons estudos!
Introdução
208 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR: O CONCEITO DE SHOPPER
O conceito de shopper marketing é atual, ou seja, teve início a partir das novas
tecnologias e das mudanças no comportamento do consumidor e do macroam-
biente. Para D’Andrea, Cônsoli e Guissoni (2011, p. 10), os avanços tecnológicos
que possibilitaram essa nova área foram:
■■ Comunicação e computação móvel portátil.
■■ O desenvolvimento dos aplicativos para smarthphones.
■■ Novas formas de coletar dados sobre o shopper/consumidor (sem ter que
perguntar as preferências deles).
■■ Novas técnicas, softwares e equipamentos de pesquisa do comportamento
de compra que permitem acompanhar os shoppers enquanto compram
com o mínimo de interferência.
Desse modo, podemos perceber que o shopper aqui denominado se refere àquele
indivíduo que realiza a compra no ponto de venda e, por isso, pode ser influenciado
por estímulos que o levem a decidir e efetivar a compra de forma mais satisfató-
ria. Para que as estratégias do shopper marketing funcionem de forma mais eficaz,
é preciso aliar outras esferas de atuação, conforme ilustra a figura 1 a seguir.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: D’Andrea, Cônsoli e Cassoni (2011, p. 13).
O shopper, como já dito, é o comprador, porém cabe ressaltar que existem duas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
“Não basta apenas uma loja permitir que seus clientes testem os produtos
oferecidos. Para se criar a experiência de compra relevante ao shopper, é
preciso encorajá-lo a testar e utilizar os produtos oferecidos nas lojas” (D’AN-
DREA; CÔNSOLI; CASSONI, 2011, p. 30).
Imagine uma loja de varejo ignorar completamente esse princípio apresen-
tado e, por exemplo, levantar os sofás expostos em uma de suas lojas, evi-
tando que os clientes sentem, com a explicação que muitos considerados
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
“não clientes” poderiam utilizar o sofá para descansarem?
Nesse exemplo, observamos total descaso com clientes e potenciais clientes
e descumprimento do princípio básico de experimentação do produto no
conceito de shopper marketing.
Fonte: os autores.
Desse modo, podemos observar que o shopper é dividido em quatro etapas, des-
de o planejamento que vem pela intenção de adquirir algo, até o consumo, quan-
do a compra já foi realizada e é feita uma avaliação da experiência vivenciada.
atendimento ao cliente.
Nesse cenário tecnológico do século XXI, contudo, os consumidores não
buscam as empresas apenas para alguma sugestão ou reclamação, agora, com o
uso das tecnologias e o ambiente online, os consumidores passaram a intervir
no processo de compra e também de comunicação, criando eles próprios con-
teúdo para produtos e serviços de uma determinada marca.
Nesse contexto de interação, temos a Web 2.0, que possibilitou a criação e
participação de todos os usuários e onde o consumidor conquistou seu espaço
e ganhou voz perante as empresas. O consumidor 2.0 pode escolher o que quer
comprar, de quem quer comprar e, também, comunicar a todos que fazem parte
de sua rede, a satisfação ou insatisfação pela compra realizada.
E, pela primeira vez em todas essas etapas, o consumidor participa de
uma via de mão dupla (para não dizer múltipla) na comunicação com
o varejo, onde a dinâmica do negócio muda e as empresas que criam
diálogos certamente se diferenciam daquelas que apenas comunicam.
(TERRA; ALMEIDA, 2011, p. 37).
Dessa maneira, esse novo ambiente também possibilitou que as trocas ocor-
ressem não apenas entre empresas e consumidores (indivíduos), mas também
entre os próprios consumidores que compram, e depois vendem produtos e
serviços para outros indivíduos de forma online. É o chamado modelo C2C
(consumer to consumer) que conquistou um espaço significativo nessa nova
configuração do comércio eletrônico. A figura 3, a seguir, ilustra esse novo con-
sumidor 2.0.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: desenvolvida pela autora com base em Terra e Almeida (2011, p. 36).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O PERFIL DO CONSUMIDOR BRASILEIRO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tiva entre as famílias de baixa renda e, principalmente, de classe média até o ano
de 2013, que ocorreu devido a mudanças políticas e econômicas.
A redução da desigualdade se explica em parte pelo crescimento eco-
nômico observado e também por um conjunto de políticas e conjun-
turas, como a valorização do salário mínimo (reajustado nos últimos
anos em patamares acima da inflação real observada), programas de
transferências de renda, e também uma evolução favorável do rendi-
mento do trabalho, devido à crescente formalização e maior capacida-
de de barganha dos trabalhadores para ganhos salariais, sobretudo até
a crise de 2008-2009 (IBGE, 2016b, p. 151).
A renda ainda não é distribuída de forma igualitária, mas a melhora das condições
econômicas permitiu que os brasileiros aumentassem seu poder de consumo. A figura
6 a seguir ilustra a distribuição da população em relação à média salarial familiar.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: adaptada de Jornal Folha de São Paulo (2016).
Também podemos observar uma mudança no que diz respeito às classes sociais,
já que foi possibilitada justamente por essa melhora na renda média familiar.
Em 2003, havia uma grande concentração de indivíduos nas classes D/E e, em
2014, houve uma diminuição de indivíduos nessas classes, como demonstrado
na figura 7 a seguir.
Figura 7 – Evolução das classes econômicas no Brasil - em milhões
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e-consumidor brasileiro conforme pesquisa Webshoppers.
Quadro 1 – Perfil do e-consumidor no primeiro semestre de 2015
e atores famosos.
■■ O consumidor brasileiro dá grande importância ao sentimento de per-
tencimento, ou seja, a fazer parte de determinados grupos.
■■ O consumidor brasileiro (considerado de modo geral) ainda valoriza
pouco as ações de responsabilidade socioambiental das organizações (se
comparado ao consumidor europeu).
PERFIL DESCRIÇÃO
Adultos com mais de 30 anos, alta escolaridade, bem
empregados ou donos de negócio e que desfrutam de
PERFIL A: ELITES um alto padrão de vida. São mais conservadores e não são
BRASILEIRAS muito adeptos de novidades. Consomem carros de luxo,
fazem viagens internacionais, frequenta restaurantes de
alto padrão e valoriza produtos exclusivos.
São predominantemente pessoas de meia-idade, com
PERFIL B: EXPERIENTES uma trajetória profissional longa e estáveis financeiramen-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
URBANOS DE VIDA te. Desfrutam de um bom padrão de vida e alguns já são
CONFORTÁVEL aposentados. São adeptos ao lazer, reuniões familiares e
viagens de férias.
Composto por jovens até 35 anos em início de carreira.
PERFIL C: JUVENTUDE São otimistas e antenados, atentos às tecnologias e às
TRABALHADORA URBANA tendências. Buscam entretenimento e viajam com pessoas
próximas, como amigos e namorados.
Moram em zonas afastadas dos centros urbanos e contam
com poucas oportunidades. Possuem limitações no acesso
à educação e vivem cercados de falta de infraestrutura no
PERFIL D: JOVEM DA
local onde moram. São otimistas e acreditam no futuro
PERIFERIA
melhor. São, na maioria, solteiros que contribuem com
a renda familiar. A presença feminina é destaque como
chefe de família.
Pessoas entre 30 e 60 anos, com boa escolaridade. Pos-
suem uma vida financeira e profissional estável, mas sem
PERFIL E: ADULTOS luxos. São mais conservadores e cautelosos, valorizam a
URBANOS ESTABELECIDOS família e as próprias conquistas. Tradicionais em relação
aos meios de comunicação, estão aos poucos aderindo ao
ambiente digital.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Na sequência, trataremos dos aspectos relacionados ao consumismo e con-
sumerismo, bem como as ações do marketing social.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vida. No caso dos aspectos demográficos, seria possível analisar o consumo por
meio das características como gênero, no qual mulheres, em geral, podem ser
consideradas mais consumistas que os homens. Em relação à idade, os jovens
são mais consumistas que os adultos e as crianças possuem bastante influência
e até poder de escolha (GIGLIO, 2005).
Com relação aos traços de personalidade, o consumismo poderia ser entendido
como uma compra não planejada, quando se compra por impulso um item que não
estava na lista oficial de compras. A compra realizada por uma compulsão, sem con-
trole do indivíduo, pode ser caracterizada como compra compulsiva (GIGLIO, 2005).
No caso do estilo de vida, o consumismo estaria atrelado aos modos de vida
dos indivíduos, mostrando certa futilidade no comportamento de compra e uso
(GIGLIO, 2005). Nesse caso, a compra está associada ao modo como os indiví-
duos se enxergam e como eles querem ser vistos por outros indivíduos.
A perspectiva do consumismo no modelo de processo em etapas ocorre nas
diferentes fases que envolvem esse processo. Começando pelas expectativas, há
dois componentes: o ideativo e o emocional (GIGLIO, 2005).
O consumismo sobre o conteúdo ideativo seria caracterizado por se
esperarem resultados impossíveis para as condições do sujeito no uso
dos produtos. O conteúdo emocional seria caracterizado por se co-
locar uma carga emocional desproporcional sobre a realização das
expectativas. (GIGLIO, 2005, p. 171).
rizado pela falta de fatores que irão orientar na escolha das alternativas propostas,
levando a uma escolha com falta de critérios e sem que seja levantado nenhuma
alternativa (GIGLIO, 2005).
Com relação à fase de avaliação das alternativas, o consumismo estaria carac-
terizado pela falta de julgamento dessas alternativas, que pode ser visto como
falta senso ético ou sendo do ridículo (GIGLIO, 2005). Na etapa de compra em
si, o consumismo estaria relacionado pela aceitação das condições oferecidas
pelas empresas, sem que haja nenhum tipo de negociação.
No caso da etapa de uso dos produtos, o consumismo pode ser observado pelo
uso inadequado do produto ou até mesmo pelo não uso e, dessa forma, o produto
seria deixado de lado, ou seja, uma compra sem a devida necessidade explícita.
Na fase de pós-compra, o consumismo está relacionado “pela ausência de conclu-
são sobre os resultados ou por baixa consciência desses” (GIGLIO, 2005, p. 172).
Cabe ressaltar que essa abordagem demostra o consumismo em todas as etapas
do processo de compra, servindo apenas como um modelo para orientar os pro-
fissionais de marketing, não podendo ser considerado como indicação normativa.
A última perspectiva apresenta o consumismo dentro do modelo social.
Desse modo, entende-se que no modelo social as pessoas seguem regras sociais
e consomem na expectativa de fazerem parte de algum grupo. Com isso, o con-
sumismo se estabelece por meio do processo de alienação, no qual a pessoa não
compra o que precisa, mas o que é determinado por regras de um grupo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conceito de marketing.
Dentro desse contexto, surgem vários movimentos que vão ganhando força nos
Estados Unidos com o objetivo de defender o consumidor, bem como melho-
rar a relação de consumo, desde a produção. Assim, várias frentes de consumo
consciente são defendidas, buscando resolver questões relacionadas à escassez de
recursos naturais e, também, questões ambientais e de proteção aos animais, como
o caso do consumo de carnes dos variados tipos e de peles de animais em extinção.
Para entender o consumerismo, Giglio (2005) também propõe as mesmas
abordagens já vistas em relação ao consumismo, mas se diferenciando por ser
o oposto a ele. Nesse sentido, dentro do modelo econômico, o consumerismo
teria como objetivo ensinar os indivíduos a lidar com o dinheiro para evitar gas-
tos considerados desnecessários (GIGLIO, 2005).
No caso do modelo de tipologia, é possível verificar dois caminhos, um
relacionado aos traços de personalidade e o outro ao estilo de vida. No caso do
primeiro, o consumerismo serviria para orientar os indivíduos em relação a
mensagens enganosas de algumas publicidades, já que eles podem ser influen-
ciados de forma mais efetiva.
Com relação ao estilo de vida, a orientação ao consumerismo é a não adoção
de certos estilos de vida apresentados pelas propagandas e também nas possí-
veis mentiras em relação a produtos que oferecem um estilo de vida que não
se adequa com a realidade dos indivíduos. Dentro dessa perspectiva, também
encontramos a ação de alguns grupos de ajuda para indivíduos que não conse-
guiram se livrar de algum tipo de consumo, que pode ter se tornado inclusive,
viciante, como os cigarros e bebidas (GIGLIO, 2005).
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Os movimentos consumeristas originaram diversas vertentes, entre elas, a mais
recente, que também foi impulsionada pelas novas tecnologias, é o consumo
colaborativo. Esse movimento surgiu a partir da crise financeira nos Estados
Unidos, em 2008, que, posteriormente, atingiu outros países pelo mundo, por
isso, o consumo exagerado de bens e as formas de descarte trouxeram à tona
novas discussões sobre os rumos do consumo e a sustentabilidade do planeta
(BOTSMAN; ROGERS, 2011).
A ideia desse modelo é compartilhar bens e serviços para diminuir a pro-
dução, bem como o descarte. Desse modo, as pessoas poderiam trocar produtos
pelos quais não haveria mais interesse, ou ainda oferecer serviços de hospeda-
gem e sistemas de carona, diminuindo o número de locais vazios, no caso do
primeiro, e o número de veículos na rua, no caso do segundo.
Por meio do consumo colaborativo, é possível ter acesso a diversos de
produtos sem que haja necessidade de aumentar a produção dos mes-
mos. Eles são compartilhados, reutilizados, pertencendo, portanto, a
uma coletividade e não apenas a um único indivíduo. O consumo co-
laborativo é uma forma de acomodar necessidades e desejos de uma
forma mais sustentável e atraente, com pouco ônus para o indivíduo
(COUTINHO, 2015, p. 4).
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que possam buscar inovação e, também, consumidores mais engajados.
São exemplos dessa atividades a Fundação Nokia de Ensino, o Coletivo Co-
ca-Cola e a campanha de prevenção do câncer de mama da Avon.
Fonte: adaptado de Mundo do Marketing (2016).
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o aumento da oferta de serviços diversificados ampliando a venda de produtos e,
assim, desenvolver novos estágios de competição em escala global (SOUZA, 2015).
O consumidor global, no século XXI, está em um contexto participativo, no
qual os indivíduos passam a envolver-se de forma mais efetiva tanto da produção
como da compra e venda de mercadorias e serviços. Os novos consumidores são
mais conscientes, buscam mais informações e exercem seu papel de cidadãos.
Para agir de modo global, de acordo com Solomon (2011), as empresas pre-
cisam pensar em duas possíveis alternativas a serem implementadas: a adoção de
uma estratégia padronizada ou a adoção de uma estratégia localizada.
A primeira alternativa propõe que as estratégias de marketing, de produ-
tos, distribuição e formas de comunicação, sejam as mesmas independentes do
local em que serão executadas. Nesse caso, um mesmo produto ou serviço pode
ser ofertado em diferentes países sem que haja nenhuma diferenciação em rela-
ção a cultura local.
No caso da segunda alternativa, as empresas utilizam estratégias específicas
para cada local em que pretende implementar suas ações de marketing. Com isso,
a empresa produz, por exemplo, um refrigerante, mas coloca embalagens e sabo-
res, bem como formatos de comunicação diferentes para cada local que irá atuar.
Em ambas as alternativas, é preciso estar atento às características sociocul-
turais de cada região e decidir por se adaptar ou implementar ações próprias
padronizadas pela empresa, independente das diferenças culturais apresentadas.
4. Identidade
Cultura de imigração Segregação
étnica
Família
5. Fatores Amigos
Mídia
ambientais Instituições
Comerciais
Educacionais
Religiosas
A Disney aprendeu pelo modo mais difícil sobre a importância de ser sensí-
vel a culturas locais depois de abrir o Euro Disney Park. A empresa foi forte-
mente criticada por construir um local de entretenimento que recriava suas
instalações americanas, sem observar os costumes locais (como servir vinho
às refeições).
Os visitantes do Euro Disney de muitos países sentiram-se ofendidos, mes-
mo com o que parecem ser pequenas desfeitas. Por exemplo, inicialmente
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o parque só vendia salsicha francesa, o que provocou reclamações de ale-
mães, italianos e outros que acreditavam que sua própria versão era supe-
rior. O CEO do Euro Disney explicou: “quando fizemos o lançamento, havia
a crença de que era suficiente ser a Disney. Agora, percebemos que nossos
visitantes precisam ser recepcionados com base em sua própria cultura e
hábitos de viagem”.
Fonte: Solomon (2011, p. 628).
Os novos consumidores são globais, pois a internet tem permitido uma nave-
gação sem fronteiras em que é possível consumir produtos e serviços e ainda
estabelecer relacionamentos em diversas partes do mundo. São conscientes, uma
vez que se preocupam mais com o processo de compra envolvendo os aspectos
sociais e ambientais. São, ainda, mais bem informados e, principalmente, digitais,
o que significa que a maior parte das atividades que estão sendo desenvolvidas
pelos indivíduos envolve o ambiente online e isso passa, também, pela forma de
adquirir bens e serviços (SAMARA; MORSCH, 2005).
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Além disso, há o mobile commerce, que é a utilização do celular como meio de
comercialização de produtos e serviços, permitindo maior proximidade com os
consumidores. O mobile payment, uso do celular como veículo para pagamento,
e, também, para acesso a serviços financeiros (TURCHI, 2012). E o social com-
merce, que se refere ao e-commerce
Observamos, com isso, a importância de analisar o consumidor de forma
global, compreendendo, contudo, suas especificidades locais e, também, como
as novas tecnologias possibilitaram de forma decisiva o comportamento do con-
sumidor por meio das oportunidades de compra que foram criadas.
Desse modo, na sequência, discutiremos as características relacionadas ao
comportamento do consumidor organizacional, descrevendo os fatores que
influenciam e motivam suas ações, bem como as etapas do processo de compra.
MERCADO DESCRIÇÃO
Abrange organizações que compram produtos para utili-
MERCADO DE zá-los na produção de outros produtos ou usá-los em suas
PRODUTOR operações normais. Incluem compradores de matérias-pri-
mas e compradores de itens acabados ou semiacabados.
Compõe-se de intermediários, como atacadistas e varejis-
MERCADO DE
REVENDEDOR
tas, que compram produtos acabados e os revendem com
lucro.
A União, os estados e os municípios, além de autarquias
e órgãos ou entidades governamentais, compram bens
MERCADO DE
GOVERNO
e serviços para dar suporte as suas operações internas e
fornecer produtos e serviços aos cidadãos, como estradas,
educação, saúde pública e segurança.
Envolve organizações educacionais, comunitárias ou outras
MERCADO sem fins lucrativos, como igrejas, instituições de caridade e
INSTITUCIONAL alguns hospitais, que consomem produtos em suas opera-
ções diárias.
Fonte: adaptado de Samara e Morsch (2005, p. 180-181).
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■■ Características do produto ou serviço: produtos ou serviços são técni-
cos por natureza e comprados com base nas especificações; predomina a
compra de bens não acabados e semiacabados; forte ênfase no prazo de
entrega, assistência técnica, serviço pós-venda e assistência financeira.
■■ Características do processo de compra: existem compradores tecnica-
mente qualificados e profissionais que seguem políticas e procedimentos
estabelecidos; objetivos e critérios de compra são tipicamente detalha-
dos, como, por exemplo, procedimentos para avaliação de vendedores
e produtos (serviços); existem múltiplas influências de compra e muitas
partes participam nas decisões de compra; existem acordos recíprocos e
é de praxe a negociação entre compradores e vendedores; compras online
na internet é ampla.
■■ Outras características do mix de marketing: venda direta para compra-
dores organizacionais é a regra e a distribuição física é muito importante;
propaganda e outras formas de promoção são de natureza técnica; preço
é frequentemente negociado, avaliado como parte das qualidades mais
amplas do vendedor e do produto (serviço), tipicamente inelástico devido
à demanda derivada e frequentemente afetado por descontos comerciais
e descontos por quantidade.
PAPEL DESCRIÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Solomon (2011, p. 450).
Fatores Ambientais
Nível de demanda
Perfil econômico
Taxa de juros
Taxa de mudança tecnológica
Desenvolvimento da política de regulamentação
Desenvolvimento da concorrência
Preucupações com a responsabilidade social
Fases Organizacionais
Objetivos
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Políticas
Procedimentos
Estruturas organizacionais
Sistemas Compotamento
do comprador
Fatores Interpessoais organizacional
Interesses
Autoridades
Status
Empatia
Poder de persuasão
Fatores Individuais
Idade
Renda
Instrução
Cargo
Personalidade
Atitudes quanto ao risco
Cultura
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organização (como pastas para arquivamento de processos em
uma firma de advocacia).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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para que sua escolha seja facilitada e ele conclua a compra.
Outro assunto abordado tratou do perfil do consumidor brasileiro, que pode
ser traçado com base em diferentes variáveis, como sociais, culturais, econômi-
cas, políticas entre outras. Além disso, também observamos as características
que retratam o consumo dos brasileiros nos últimos anos.
Na sequência, apresentamos o conceito de consumismo e consumerismo. O
primeiro se refere a situações de consumo exacerbado e o segundo, ao consumo
consciente, direcionado para práticas mais saudáveis de aquisição de produtos e
serviços. Também relacionamos as ações de marketing social como uma estra-
tégia que pode ser adotada pelas empresas que buscam interesses que vão além
do processo de compra e venda.
Com relação ao consumidor global, vimos que ele está inserido em uma
realidade que o permite realizar interações com empresas de qualquer lugar do
mundo. As novas tecnologias aumentaram as possibilidades dos consumidores,
estabelecendo novas formas de relacionamento. O consumidor é local e global
ao mesmo tempo.
Por fim, tratamos do consumidor organizacional que possui um compor-
tamento de compra mais complexo em relação ao consumidor individual. O
consumidor organizacional efetua compras conforme os interesses da empresa,
mas diferentes fatores, inclusive individuais, podem afetar a escolha e a decisão
desse consumidor. Ademais, o processo de compra exige conhecimento e qua-
lificação para entender o processo, bem como as especificações de produtos e
serviços adquiridos.
Considerações Finais
250
Material Complementar
REFERÊNCIAS
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Saraiva, 2005.
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Rio de Janeiro: LTC, 2003.
BOONE, L. E.; KURTZ, D. L. Marketing contemporâneo. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC,
2001.
BOTSMAN, R., ROGERS, R. O que é meu é seu: como o consumo colaborativo vai
mudar o mundo. Porto Alegre: Bookman, 2011.
BRANDÃO, M. M.; PARENTE, J. Brasileiro gosta de “muvuca”? impacto da densidade
humana no comportamento de compra. Revista de Administração de Empresas.
v.52. n.06. São Paulo, Nov./Dec.2012.
COUTINHO, F. G. de A. Consumo Colaborativo: o compartilhamento de produtos e
serviços que está modificando os negócios no Brasil. In: XXXVIII Congresso Brasileiro
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E-BIT. Relatório WEBSHOPPERS 2014. 31 ed. São Paulo: E-bit, 2015a.
E-BIT. Relatório WEBSHOPPERS 1º semestre de 2015. 32 ed. São Paulo: E-bit,
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EMOBILE. Consumidor brasileiro ainda gasta mais do que ganha. Disponível em: <
http://www.emobile.com.br/site/varejo/consumidor-gastos-renda-kantar/> Acesso
em: 02 Mar. 2016.
FOLHA de São Paulo. O rolê do Brasil. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.
br/colunas/fernandocanzian/2014/01/1398643-o-role-do-brasil.shtml>. Acesso
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GIGLIO, E. M. O comportamento do consumidor. 3 ed. São Paulo: Pioneira Thom-
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IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da popu-
255
REFERÊNCIAS
1. C.
2. D.
3. O consumismo diz respeito ao consumo desmedido, exagerado, quando se bus-
ca adquirir algo, mas que não há real necessidade. Já o consumerismo são as
ações que buscam conscientizar os indivíduos que o consumo em excesso pode
provocar.
4. B.
5. As etapas que diferenciam o processo de compra do consumidor organizacio-
nal em relação ao consumidor individual são três: especificações do produto e
programação de entrega, avaliação dos produtos e avaliação dos fornecedores.
257
CONCLUSÃO