Teoria Geral de Administração
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Tutor:
1. Introdução............................................................................................................................5
1.1. Objectivos........................................................................................................................6
1.1.1. Objectivo Geral...........................................................................................................6
1.1.2. Objectivos Específicos.................................................................................................6
1.2. Metodologia.....................................................................................................................6
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................7
2.1. Conceitos Básicos............................................................................................................7
2.1.1. Administração Pública.................................................................................................7
2.2. Evolução Histórica da Administração Pública Moçambicana.........................................8
2.2.2. Administração Publica Colonial Portuguesa em Moçambique..................................10
2.2.3. Moçambique Sob a Administração da Monarquia Portuguesa..................................11
2.2.4. Moçambique sob a Administração da Republica Portuguesa....................................12
2.2.5. Moçambique sob a Administração do Estado Novo..................................................13
2.2.6. Administração Pública Em Moçambique Após Independência.................................15
2.3. A Administração Pública moçambicana a Luz da Constituição de 90..........................17
2.4. Administração Pública em Moçambique à luz da Constituição de 2004.......................17
2.4.1. Traços da Constituição da República de Moçambique de 2004................................18
2.5. Órgãos Locais do Estado...............................................................................................18
2.5.1. Racionalização e Descentralização de Estruturas e Procedimentos de Prestação de
Serviços.....................................................................................................................................19
2.5.2. Formulação e Monitoria de Políticas Públicas...........................................................20
2.5.3. Profissionalização dos Funcionários do Sector Público.............................................21
2.5.4. Gestão Financeira e Prestação de Contas...................................................................22
2.5.5. Boa Governação e Combate à Corrupção..................................................................22
3. Conclusão..........................................................................................................................23
4. Bibliografia........................................................................................................................24
2
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura 0.5
organizacionais Discussão
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
3
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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1. Introdução
A administração pública em Moçambique passou por um longo processo de evolução e foi
dominada desde o período colonial ate ao Moçambique independente pelo ciclo de
centralização e descentralização da mesma. Foi também caracterizada sobretudo no período
colonial por um volume de decretos que muitas vezes ficavam nos papéis ou em teoria devido
a debilidade financeira e consequente dependência do capital internacional. Da independência
a terceira Republica a administração foi introduzindo reformas em virtude do alinhamento, em
primeiro lugar com relação a vontade dos parceiros de cooperação e em segundo lugar em
função da satisfação dos utentes.
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1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
No que diz respeito aos objectivos a pesquisa é descritiva uma vez que busca descrever um
fenómeno ou situação em detalhe, especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger,
com exactidão, as características de um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como
desvendar a relação entre os eventos (Severino, 2016).
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Fazendo uma incursão sobre a literatura existente sobre a matéria, nota-se que não existe uma
definição única deste conceito, embora existindo convergência em alguns aspectos que
formam a base do conceito. Para sustentar esta afirmação, são trazidas neste trabalho algumas
definições que foram sendo produzidas por vários autores desta área da ciência e de
conhecimento.
Freitas do Amaral (2006), define a Administração Pública em sentido orgânico como sendo
“um sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado bem como das demais pessoas colectivas
públicas, que asseguram em nome da colectividade a satisfação regular e continua das
necessidades colectivas de segurança, cultura e bem-estar”
Segundo o mesmo autor, Administração Pública é a actividade típica dos serviços públicos e
agentes administrativos no interesse geral da colectividade, com vista a satisfação regular e
continua das necessidades colectivas de segurança, cultura e bem-estar, obtendo para o efeito
os recursos mais adequados e utilizando as formas mais convenientes”.
A Administração Pública é entendida num duplo sentido: sentido orgânico e sentido material.
No sentido orgânico, a administração pública é o sistema de órgãos, serviços e agentes do
Estado e de outras entidades públicas que visam a satisfação contínua das
necessidades colectivas.
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Em Moçambique, a administração pública, através dos respectivos serviços públicos é o
instrumento através do qual o estado materializa a vontade dos cidadãos. Com efeito, os
artigos 249 e 250 da CRM, e respectivos números, estabelecem que a administração pública
serve o interesse público e na sua actuação respeita os direitos e liberdades fundamentais dos
cidadãos. Os seus órgãos obedecem à Constituição e à lei, e actuam com respeito pelos
princípios da igualdade, da imparcialidade, da ética e da justiça. Ainda, a administração
pública estrutura-se com base no princípio de descentralização e desconcentração,
promovendo a modernização e a eficiência dos seus serviços sem prejuízo da unidade de
acção e dos poderes de direcção do Governo.
Por seu turno, o Decreto no. 30/2001, de 15 de Outubro, define no seu artigos 5 e 6os
princípios de actuação dos serviços da administração pública, dos quais se pode destacar o
princípio da prossecução do interesse público e protecção dos direitos e interesses dos
cidadãos; e o princípio de justiça e de imparcialidade.
Estes mercadores fixam-se no séc. XVI numa primeira fase, em 1505 em Sofala e em 1507 na
Ilha de Moçambique. Como forma de criar postos de comércio e condições para a sua
protecção fundam as feitorias, em 1530 em cena, em 1537 em Tete e em 1544 em Quelimane.
Esses foram os primeiros passos de tendências para uma administração no que é hoje
Moçambique.
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nomeadamente: Inhambane, Sofala, Sena, Tete, Quelimane, Moçambique e Ibo. (Serra,
2000:23).
Para Newitt (1997, p. 318, 321), a 28 de Maio de 1891, a Grã-Bretanha Portugal assinam um
tratado que alterava os termos anteriores sobre os limites fronteiriços. Assim emerge
Moçambique com as fronteiras e área que ostenta até hoje. Mas, até essa altura, 1891, a
Colónia de Moçambique que ficara cercada dentro de linhas de fronteiro fruto das
negociações acima referidas não apresentava quase nenhuma das características de um Estado
moderno. Faltava-lhe um sistema unificado de administração ou de direito, na sua grande
maioria não existia planeamento tinha muito pouco em matéria de rendimentos públicos ou de
infra-estruturas das comunicações e quase não possuía serviços mais elementares.
Dada a fraqueza financeira de Portugal para administrar um tão vasto território como
Moçambique, adoptou a política de portas abertas, que consistia na abertura ao capital
estrangeiro cedendo dois terços do território ao investimento estrangeiro os quais
administraram sob forma de companhias. Assim, a região que são agora as províncias de
Cabo Delgado e Niassa foram formalmente entregues em 1891 à administração da Companhia
do Niassa através de uma carta Majestática. (Serra, Opcit. Pag. 233).
Portugal promulgou por duas vezes, em 1832 e em 1854, decretos que visavam pôr fim ao
sistema de Prazos no vale do Zambeze tendo estes na prática prevalecido e mais tarde
reestruturados, agora, agindo como estados militares. (idem, pag. 262/3). Foi neste espaço
onde a partir de 1892 se implantaram as companhias arrendatárias e subarrendatárias da
Zambézia, ao que corresponde as actuais Províncias de Tete e Zambézia.
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incluíam: o monopólio do comércio; o exclusivo das concessões mineiras e de pesca ao longo
da costa; colectar impostos e taxas; construir e explorar portos e vias de comunicação; o
privilégio de concessão a terceiros dos encargos daí derivados; privilégios bancários e postais
(incluindo a emissão de moedas e selos); o direito de transferência de terras a pessoas
individuais e colectivas. (ibidem, pag. 304)
Por seu turno, o governo português contentava-se com os 10% dos dividendos distribuídos e
7.5% dos lucros líquidos totais e a garantia de recuperação do território expirado o prazo da
concessão. (idem)
Segundo o artigo 96ᵒ. Da RAU, os regedores indígenas eram de sucessão hereditária, directa
ou colateral, segundo os usos e costumes locais, retendo o Governo o direito de escolher entre
os parentes mais próximos, quando o herdeiro não conviesse à administração. Não havendo
herdeiros, seria investido quem fosse escolhido pela população e aceite pelo Governo.In
Cabaço. Pag 75
Por outro lado, procurava suavizar o termo para designar suas pretensões e portanto, substitui
o termo Colónia por Província passando Moçambique mais uma vez a designar-se de
Província de Moçambique (Província Ultramarina). E vai se alterando por tabela o nome do
Ministério que tutelava as colónias passando de: Ministério das colónias para Ministério do
Ultramar e, consequentemente o Ministro deixa de ser Ministro das Colónias para designar-se
por Ministro do Ultramar.
Nestas reformas Aires de Ornelas, Ministro da Marinha e do Ultramar, inspirado por António
Enes, faz publicar a Reforma Administrativa de Moçambique na qual se definiu a divisão
administrativa do território e a orgânica do quadro dos funcionários administrativos. (Cabaço,
2010, p.74)
A colónia era dirigida por um governador – geral e dividida em distritos em cada um dos
quais a autoridade era delegada a um governador de distrito. Os distritos por sua vez,
subdividiam-se em circunscrições que representavam a unidade principal da estrutura
administrativa. Estas assumiam as designações de conselhos se, na sua jurisdição vivessem
mais de 2000 “civilizados” realizavam-se eleições entre os residentes para uma Câmara
Municipal como a sede administrativa. O administrador era coadjuvado por um secretário que
o substituía no seu impedimento. O administrador desempenhava as funções de governo e
juiz. Depois vinha a figura do chefe do posto que prestava contas ao administrador, competia-
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lhe: decidir sobre as vidas das populações; administrava a justiça, cobrava impostos,
controlava a movimentação das pessoas, procedia ao recenseamento da população, fiscalizava
e orientava o trabalho dos régulos, assegurava a manutenção de infra-estruturas, garantia os
serviços postais, supervisava os serviços de saúde de entre outros. Sempre acompanhado por
um intérprete e um grupo de sipaios. A área de cada posto administrativo englobava
regedorias ou regulados, sob a autoridade de um regedor, também designado por régulo.
(idem)
A administração pública nesse período foi dominada por funcionários recrutados, pelo menos
os mais categorizados, das forcas armadas como consequência de escassez de recursos
humanos qualificado para a burocracia.
A I Guerra Mundial ajudou Portugal a debelar alguns focos de resistência a ocupação colonial
sobretudo na região norte de Moçambique por exemplo, os Macondes do planalto de Mavia,
tendo ditado o controle de todo o território moçambicano e consequentemente na necessidade
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de Portugal tornar a sua administração mais eficaz. Eis que, em 1919 são elaborados e
divulgados novos regulamentos sobre os prazos colocando-os sob alçada dos governadores
distritais e acabaram com a autonomia administrativa das companhias. Em 1920 cria-se um
novo regime colonial baseado na Carta Orgânica segundo a qual, o governo de Moçambique
ficava separado de Lisboa sendo autónomo e dirigido por um alto-comissário com categoria
de Ministro, “com poderes para controlar o seu próprio orçamento, contrair empréstimos e
administrar o país independentemente de Lisboa” (ibidem, pag. 374). Assim, Moçambique
conheceria também uma Assembleia Legislativa constituída por funcionários. Com tudo isso
pretendia-se fazer da colónia espécie de um estado unitário moderno baseado numa
administração local e responsável. (idem)
No que tocava a administração em Moçambique diz Newitt, que Salazar e Caetano olhavam
como o símbolo de tudo o que existia de errado na primeira Republica: caos administrativo,
falta de políticas económicas e financeiras coerentes, inflação e uma moeda sem valor,
domínio estrangeiro, fraqueza e humilhação internacional. A visão de Salazar era de ter uma
sociedade assente nos princípios católicos da autoridade e da família (tendências de voltar a
unir o Estado a Igreja); da probidade financeira e da moeda forte; do progresso económico
planeado alcançado sobretudo com os recursos internos; da neutralidade firme da
independência nacional; e de uma missão civilizadora em África afirmada na sua forma
clássica na nova Constituição aprovada para Moçambique em 1933. (Cfr. Pag. 391)
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Por todos os aspectos constatados como maus na visão de Salazar, a sua resolução passava
por operação de profundas reformas na administração do império português. Portanto, são
avançados para o efeito, em 1930, dois principais instrumentos, o Acto Colonial e a Carta
Orgânica ( que tinham em essência o nacionalismo económico de Salazar).
Segundo Hedges (199: 42), os dois documentos marcaram o fim da autonomia formal da
Província de Moçambique, que passou a designar-se de Colónia. Centralizaram-se os poderes
legislativos e financeiros nas mãos do Ministro das Colonias.
A nova Lei Orgânica do Ultramar de 1963 alargou (em teoria), a representatividade nas
Províncias Ultramarinas; permitiu uma extensão do sistema municipal, em que os
funcionários locais são eleitos pelos habitantes da zona. Abria também a possibilidade de
participar nas eleições legislativas em Lisboa. Mas é preciso saber que havia uma cláusula que
impedia a participação dessas eleições a população africana. (ibidem. Pag. 39).
Com a revolução dos Cravos que culminou com o golpe de Estado a 25 de Abril de 1974 em
Portugal, seguiu-se a um novo Governo comprometido com o restabelecimento de direitos,
liberdades e garantias dos cidadãos na Constituição. Herdeira de uma guerra contra a
FRELIMO assina a 7 de Setembro de 1974 um Acordo de Cessar-fogo em Lusaka e se cria
um Governo de transição que preparava a transferência do poder politico e com ele todas
outras formas de poder ao povo moçambicano. E em 25 de Junho de 1975 Moçambique
proclama a sua Independência (Total e Completa), e rompe com a administração portuguesa.
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2.2.6. Administração Pública Em Moçambique Após Independência
O Estado moçambicano nasce da proclamação da independência em 25 de Junho de 1975 e,
para melhor compreensão da sua evolução vale a pena dividir em três momentos
designadamente: a Primeira Republica, a Segunda Republica e a Terceira Republica.
A ideia do Homem novo levou a tendências de reestruturação social, Freyre (apud. Cabaço,
2010:284), refere que esperava-se com essa ideia a desestruturação das principais referências
tradicionais (ritos, símbolos, relações de parentesco, hierarquia linhageira, etc). Adicionados a
outros factores estratégicos para a defesa da independência as autoridades tradicionais, os
régulos, foram excluídos da administração pública. Este Governo era suportado por um
Conselho de Ministros constituído por quinze ministérios e o presidente da República era o
Chefe do Governo. Fizeram parte dessa República os seguintes ministérios: Ministério do
Estado na Presidência; Ministério da Defesa Nacional; Ministério do Interior; Ministério do
Desenvolvimento e Planificação Económica; Ministério dos Negócios Estrangeiros;
Ministério da Justiça; Ministério da Informação; Ministério da Educação e Cultura; Ministério
da Indústria e Comércio; Ministério da Agricultura; Ministério das Finanças; Ministério do
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Trabalho; Ministério dos Transportes e Comunicações; Ministério da Saúde e Ministério das
Obras Públicas e Habitação.
A Segunda República é inaugurada com o Presidente Joaquim Alberto Chissano, vai até 1992,
ano da assinatura dos Acordos de Paz de Roma. A Republica foi marcada pela alteração da
Constituição em 1990 que, operou profundas mundanas na administração pública. A
passagem do sistema socialista para o capitalista arrastava consigo a saída do mono
partidarismo para multipartidarismo. Nascia assim, um Estado de Direito assente na divisão
tripartida de poderes (Executivo, Legislativo e Judicial), cria condições para a transformação,
em 1995, da Assembleia Popular para Assembleia da Republica como também o princípio da
descentralização que através de Leis avulso, em 1998 manifestou-se nas autarquias locais
(vulgos Municípios).
A Terceira Republica começa em 1994 com a realização das primeiras Eleições Geraisatravés
de voto directo e secreto. Destacaram-se como avanços na administração a existência de três
Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário com os seus respectivos presidentes; a nova
Constituição de 2004 que aprofundou a descentralização e desconcentração do poder tendo
ditado por via de Leis avulso a alteração dos Conselhos Executivos para Governos Distritais
em tabela as secretarias Distritais e a figura do Secretario Permanente; criação de novos
Distritos e reconhecimento das Autoridades Tradicionais; actualização do Regulamento do
Estatuto do Funcionário e Agente do Estado; informatização do património do Estado,
implementação do E-Sistaf e E-folio; de entre outras reformas no sector publico.
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2.5. Órgãos Locais do Estado
Os órgãos locais do Estado conforme citam artigos 262, 263 e 264 da Constituição da
República de Moçambique, têm como função à representação do Estado ao nível local para a
Administração e o Desenvolvimento do respectivo Território e contribuem para a integração e
unidade nacional. No seu funcionamento, os órgãos locais do Estado, promovem a utilização
dos recursos disponíveis e garantem a participação activa dos cidadãos e incentivam a
iniciativa local na solução dos problemas das comunidades, respeitando na sua actuação as
atribuições, competências e autonomia das autarquias locais e a realização de tarefas e
programas económicos, culturais e sociais de interesse local e nacional, observando o
estabelecido na Constituição, deliberações da Assembleia da República, do Conselho de
Ministros e dos órgãos do Estado do escalão superior.
Para assegurar a participação das comunidades na definição das prioridades das Acções de
Desenvolvimento Económico Local, foi instituído um fundo de investimento de iniciativa
local, que é gerido pelos Governos Distritais, cuja utilização é concertada pelo Governo
Distrital com os Conselhos Consultivos Locais, que estão em funcionamento nos Distritos,
Postos Administrativos e Localidades.
Uma administração pública voltada para o cidadão, com melhoria da qualidade dos
serviços públicos e o aperfeiçoamento das respostas administrativas oferecidas à
sociedade
A Agenda 2025 é categórica ao considerar que “as instituições devem ser estruturadas para
que a mudança de titulares de órgãos governamentais não crie rupturas nem impeçam a
prossecução de políticas, projectos e acções em curso”, e advoga a favor da promoção da
“cultura de Estado e despersonalização das instituições públicas”
A não definição clara do papel do sector público em relação ao sector privado e à sociedade
civil, designadamente no que respeita às definições de políticas públicas, à regulamentação e
regulação das relações na sociedade, bem como à resolução de conflitos decorrentes do seu
próprio funcionamento. A institucionalização incompleta das responsabilidades e dos
mecanismos e formas de participação das organizações e representantes da sociedade civil,
designadamente das comunidades locam, bem como do sector privado na gestão de questões
de interesse público. A tendência de as organizações do sector público realizarem ainda
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algumas funções, para além da sua vocação principal e do que seria o seu papel num Estado
orientado para as funções necessárias de promoção, regulamentação, garantia de equidade e
protecção dos direitos de cidadania e da ordem pública e a falta, insuficiência ou deficiência
na definição das missões, objectivos e funções das organizações do sector público, com
maior gravidade no que se refere aos escalões de níveis inferiores e uma dimensão
inadequada do sector público, face à natureza e escala dos serviços a serem prestados, da
escassez dos recursos do Estado e do critério de sustentabilidade dos serviços públicos,
permite-nos elencar os seguintes desafios da administração pública em Moçambique:
Por outro lado, a privatização e/ou contratação de algumas funções do Estado abre espaço a
uma maior competitividade na prestação de serviços públicos, com fortes possibilidades de
melhoria de sua qualidade e criação de novas formas de rendimento. Ademais, a redução do
tempo de resposta bem como da burocracia no funcionamento do sector público e
particularmente no licenciamento das actividades económicas, previstas sob esta componente
e já em curso, são medidas que estimularão consideravelmente os investimentos tanto internos
como externos, com um impacto positivo na economia.
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interdependentes, com uma única direcção, visando a melhoria da prestação de serviços
públicos ao cidadão e o desenvolvimento de um ambiente favorável ao crescimento do sector
privado.
Para o alcance desses objectivos, estão previstas mudanças profundas na gestão e capacitação
dos recursos humanos, nas estruturas e procedimentos de prestação de serviços, no processo
de gestão de políticas públicas e na programação orçamental e gestão financeira. Estas
reformas contribuirão consideravelmente para a promoção da boa governação e combate à
corrupção, ao aumentar a capacidade de resposta do sector público às demandas dos cidadãos,
através da criação de mecanismos de prestação de contas e transparência e pela redução de
oportunidades de acesso ilícito aos recursos públicos. A ocasião faz o ladrão. É preciso
reduzir senão eliminar os espaços para a corrupção.
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as taxa de juros, sendo uma das consequências decorrente a retracção de investimentos,
aumento do desemprego e queda da economia, problema este já identificado em Moçambique
e que as autoridades governamentais têm vindo a envidar esforços, para impugnar o cenário
no quadro da sua governação.
Em suma, uma maior responsabilidade fiscal terá um efeito positivo na economia, porque
eliminará alguns dos elementos que podem prejudicar os esforços de desenvolvimento
económico. No entanto, torna-se necessário aprofundar de forma participativa o tipo de
reforma fiscal que não asfixie o desenvolvimento do sector empresarial nas grandes e médias
empresas e muito menos prejudicar a emergência e desenvolvimento dos pequenos
empreendedores.
No entanto, no âmbito do sector público ela floresce onde há falta de transparência, excessiva
burocracia, procedimentos e estruturas demasiado complexas. Por essa razão, o combate à
corrupção decorre naturalmente das mudanças positivas que forem operadas nas estruturas e
procedimentos de prestação de serviços, na profissionalização da Administração Pública, e
modernização na gestão e desenvolvimento de recursos humanos, na gestão de políticas
públicas e na gestão financeira e melhoria de mecanismos de prestação de contas.
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3. Conclusão
O país a cada dia que passa novos desafios se revelam urgindo a necessidade de satisfaze-
los, por vezes as soluções dependem da maquina administrativa que nem esta sempre a
altura do desafio. Pelo que, é importante inovar sempre e, na medida do possível actualizar
os regulamentos com vista as situações a curto, médio e longo prazo.
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4. Bibliografia
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