E-Governament e Globalização
E-Governament e Globalização
E-Governament e Globalização
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
i
Recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
____________________________
ii
Índice
Folha de Feedback ............................................................................................................... i
I. Introdução ....................................................................................................................... 4
1.1.Objectivos do estudo..................................................................................................... 4
iii
I. Introdução
O presente trabalho vai dedicar esforços ao estudo “Governo Electrónico e os seus impactos
na democracia, sector público e na globalização.” O advento da era digital transformou
radicalmente a maneira como interagimos com o mundo ao nosso redor, incluindo nossas
instituições governamentais. O governo eletrônico, também conhecido como e-gov ou e-
governança, emergiu como um fenômeno significativo no cenário político e administrativo,
moldando profundamente a forma como os governos operam e como os cidadãos se envolvem
na tomada de decisões públicas. Neste trabalho exploraremos os impactos do governo
eletrônico na democracia, no setor público e na globalização, destacando tanto os benefícios
quanto os desafios associados a essa transformação digital.
1.1.Objectivos do estudo
1.1.1. Objectivo geral
Discutir as tendências emergentes no campo do governo electrónico e os seus impactos
na democracia, sector público e na globalização
1.1.2. Objectivos específicos
Avaliar como o governo electrónico afecta a participação cidadã, a representatividade e a
accountability em sistemas democráticos.
Examinar como o governo electrónico influencia a prestação de serviços públicos, a
eficiência administrativa e a tomada de decisões no sector público.
Descrever como o governo electrónico contribui para a integração global, a cooperação
internacional e os desafios relacionados à governança global
Para a OCDE (2003 ci. Em Santos et. al., 2008), governo eletrônico é definido como o uso
das TIC, em particular a internet, como ferramenta para levar a um melhor governo (p.5).
De acordo com a Comunidade Européia (2003), governo eletrônico relaciona- se ao uso das
TIC na administração pública combinado com mudança organizacional e novas práticas, a fim
de melhorar os serviços públicos, os processos democráticos e fortalecer o suporte às políticas
públicas (Santos et. al., (2008)
5
a colecta e análise de dados para tomada de decisões informadas, e a promoção da interacção
entre governos, cidadãos e empresas por meio de plataformas digitais.
Vários autores consideram que o Governo Electrónico tem assumido uma crescente
importância na sociedade actual, assumindo-se como um processo vital para a modernização
nos sectores Pública, sendo a sua grande prioridade melhorar significativamente a qualidade
dos serviços públicos, através do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e
apresenta-se como uma área estratégica para a construção da Sociedade de Informação e do
Conhecimento (Nacarapa, 2021).
Para melhor compreensão dos impactos nos Setores Públicos, é importante salientar que
segundo Mateus (2008, cit, em Nacarapa, 2021, p.2), por exemplo, “o Governo Electrónico é
visto como um processo estratégico para melhorar a relação dos cidadãos e das empresas com
a Administração Pública, contribuindo, a par disso, para a sua modernização”.
Portanto, os Impactos nos Sectores Públicos não se pode limitar o uso de tecnologias no
governo a uma perspectiva gerencialista, na qual se quer melhorar a eficiência da atuação do
Estado com a melhoria da prestação de serviços e o tratamento do cidadão como cliente. “os
Impactos nos Sectores Públicos pode e deve incluir a melhoria da eficiência e eficácia, mas
não se limita a elas: é o exercício de uma nova forma e possibilidade de governar, com a
participação de ampla rede de atores”. (Cunha, Annenberg, Agune, 2007, p.560)
Com base nos textos estudados, foi possível observar que os seus autores defendem a ideia
segundo a qual, os governos que introduziram sistemas automatizados no sector público com
recurso às TIC, trazem impactos nos Sectores Públicos tais como:
6
Participação dos Cidadãos: Plataformas online permitem que os cidadãos participem
activamente no processo de tomada de decisões, expressando opiniões, apresentando
sugestões e dando feedback sobre políticas públicas;
Acesso a Serviços: Governos electrónicos podem oferecer uma gama diversificada de
serviços online, facilitando o acesso dos cidadãos a informações, documentos e serviços
essenciais, como pagamentos de impostos, registros civis e serviços de saúde.
Para darmos início à discussão do tema Impactos na Democracia, vale a pena reforçar a ideia
de que democracia é um componente importante da e-governança. Ela pode ser entendida
como o uso das TIC para suportar / apoiar o processo democrático de tomada de decisões,
enfocando a participação cívica. No entanto, ela não deve ser entendida como uma
democracia virtual, mas como “uma democracia cujas relações digitais podem desempenhar
um papel central na construção de um novo arranjo democrático” (Carvalho, 2021, p.78).
7
Participação Inclusiva: As plataformas digitais podem alcançar segmentos da população
que, de outra forma, poderiam ser marginalizados do processo político, promovendo uma
democracia mais inclusiva;
Monitoramento Governamental: Os cidadãos podem usar a governação electrónica para
monitorar as actividades do governo em tempo real, prevenindo a corrupção e abusos de
poder;
Engajamento nas Políticas Públicas: Os cidadãos podem contribuir para a formulação de
políticas públicas, tornando-as mais representativas das necessidades e desejos da
população;
O século XXI é considerado como a era de globalização, das TIC, daí que há um grande interesse
científico e ou social de informatizar e implementar em todas áreas e serviços e e-Gov. Estas
tecnologias podem ser usadas para aperfeiçoar a prestação de serviços aos cidadãos, melhorar o
nível de interacção com os empresários e industriais e os cidadãos, melhorando o acesso à
informação.
Segundo Nacarapa (2021), os Governos no mundo estão a abraçar o Governo Electrónico para
lidar, de forma eficaz, com as mudanças próprias da era da Informação: os efeitos e consequências
da globalização, da Revolução Digital e da Internet.” (p.4)3
8
1. Ampliação de Acesso: A globalização acelerou a conectividade, possibilitando que
mesmo áreas remotas tenham acesso à governação electrónica, desde que haja infra-estrutura
de TIC adequada;
2. Intercâmbio de Melhores Práticas: Através da globalização, governos podem aprender
com as experiências de outros países, implementando soluções inovadoras em governação
electrónica;
3. Cooperação Internacional: Plataformas digitais podem facilitar a cooperação entre países
em questões globais, como segurança cibernética, protecção de dados e combate a ameaças
transnacionais;
4. Desafios de Segurança e Privacidade: A globalização amplia os desafios relacionados à
segurança cibernética e à protecção da privacidade, exigindo abordagens colaborativas e
normas internacionais.
Apesar das suas vantagens na teoria, serem numerosos, a experiencia global indica que a taxa
de insucesso das iniciativas de e-gov tem se mantido na faixa de 60 a 80% (UDESA, 2023 cit.
Em Dias, 2006).
Por fim, pode-se afirmar que o Governo Electrónico ajuda, pois, a enfrentar e vencer o desafio
da construção de uma sociedade de conhecimento formada por indivíduos comprometidos e
pro-activos, ligados por redes que promovem o espírito empreendedor nas áreas cultural,
social e económica. Através do Governo Electrónico, o Governo pode tornar-se num
integrador e facilitador da participação da sociedade na educação, na saúde, na agricultura,
nas novas tecnologias, na indústria e na economia em geral, oferecendo informação e serviços
centrados no cidadão para catalisar o desenvolvimento (Estratégia de Governação Electrónica
em Moçambique 2005).
10
Portanto, como se pode perceber em este trabalho, foram citados vários tipos de vantagens
advindos da implementação do governo electrónico, os quais segundo Dias (2006, p.23)
podem ser classificados, para efeitos didácticos em quatros grandes grupos:
a) Melhores serviços;
b) Governo mais eficiente;
c) Novas relações do governo com a sociedade; e
d) Outros benefícios para a sociedade.
Tanto adeptos quanto críticos do governo electrónico reconhecem que há uma serie de
vantagens e e desafios (desvantagens) envolvidos com implementação das iniciativas de e-
gov. Algumas das suas desvantagens são:
Para Coelho (2001).Uma das desvantagens deste novo ambiente de trabalho, no setor público,
é “o de gerenciar o processo de redirecionamento e de requalificação da mão-de-obra, a ser
liberada das atividades meio para o atendimento às atividades finalísticas das organizações
pública” (p.130)
Divisão digital: Nem todos os cidadãos têm acesso igual às TIC, o que pode levar a uma
divisão digital entre os que têm acesso e os que não têm, excluindo algumas pessoas de
benefícios do governo electrónico;
Segurança cibernética: A digitalização de dados governamentais pode aumentar os riscos
de violações de segurança e vazamentos de informações sensíveis, exigindo investimentos
consideráveis em medidas de segurança cibernética;
11
Exclusão de grupos vulneráveis: Pessoas idosas, pessoas com baixa alfabetização digital
ou aquelas que não se sentem confortáveis com a tecnologia podem ser excluídas dos
serviços electrónicos, criando uma lacuna nas oportunidades de acesso;
Falta de confiança: A transição para o governo electrónico pode ser acompanhada por
preocupações de confiança entre os cidadãos, devido a preocupações com privacidade,
integridade dos dados e possíveis falhas técnicas;
Dependência de infra-estrutura tecnológica: Falhas técnicas, interrupções de rede ou
falta de acesso à Internet podem prejudicar a eficácia dos serviços governamentais
electrónicos, deixando os cidadãos sem opções alternativas;
Desafios de adoção: A implementação bem-sucedida do governo electrónico requer
treinamento e conscientização da população sobre como usar as plataformas, o que pode
ser um desafio em algumas regiões.
12
Considerações finais
No mergulho das diversas bibliografias especializadas no tema fez nos perceber que, O
governo eletrônico é uma força poderosa que molda o cenário político, o setor público e a
dinâmica da globalização. Sua capacidade de melhorar a democracia, tornar os serviços
públicos mais eficientes e impulsionar a colaboração global é inegável. No entanto, é
importante reconhecer que o governo eletrônico também traz consigo desafios significativos,
como questões de segurança cibernética, exclusão digital e a necessidade de preservar a
privacidade dos cidadãos.
Não obstante, pode-se afirmar que, à medida que continuamos a avançar na era digital, é
fundamental que governos, organizações e cidadãos estejam preparados para abraçar e lidar
com as complexidades do governo eletrônico. A colaboração entre governos e sociedade civil,
a transparência e a responsabilidade devem ser priorizadas para garantir que os benefícios do
governo eletrônico sejam distribuídos de maneira equitativa e que os princípios democráticos
não sejam comprometidos.
Em última análise, o governo eletrônico é uma ferramenta poderosa que pode fortalecer as
democracias, tornar os serviços públicos mais acessíveis e contribuir para a integração global.
No entanto, sua implementação bem-sucedida exige uma abordagem cuidadosa e equilibrada,
que leve em consideração os valores democráticos fundamentais e os desafios emergentes na
era digital. Apenas dessa forma poderemos maximizar os benefícios do governo eletrônico e
construir um futuro mais democrático, eficiente e globalizado.
13
Referências Bibliográficas
Ferrer, F. & Santos, P. (2004). E-government: o governo eletrônico no Brasil. São Paulo:
Saraiva.
Gil, A. C. (1991). Como elaborar projectos de pesquisa. São Paulo: Editora Atlas
Wegner, D., Schröeder, C. S. & Hoff, D. R. (2015). Governo Eletrônico. Editora Unijuí v 13
, n. 32 . p. 209-239
14