Orientações Pedagógicas e Administrativas - DIED

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


DIRETORIA DE EDUCAÇÃO

Orientações Pedagógicas e
Administrativas – DIED e
Coordenações

Belém – 2024
Prefeito Municipal de Belém
Edmilson Brito Rodrigues
Secretária Municipal de Educação
Araceli Pereira Lemos
Diretor Geral
Diogo Souza
Diretora de Educação
Jaqueline do Nascimento Rodrigues Pinto
Sumário

Apresentação ................................................................................................................................. 5
1.Diretoria de Educação – DIED Direção ..................................................................................... 6
2.Coordenação de Educação infantil – COEI................................................................................ 8
3.Coordenação de Ensino Fundamental – COEF ........................................................................ 15
4. Coordenação de Educação de Jovens Adultos e Idoso – COEJAI .......................................... 20
5.Coordenação de Educação do Campo, das Águas e das Florestas – COECAF ....................... 26
7.Coordenação de Educação Escolar de Indígenas Imigrantes e Refugiados – CEIIR ............... 37
8.Núcleo de Arte Cultura e Educação – NACE .......................................................................... 39
9.Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes -CRIE ....................... 42
10.Centro Educacional de Inovação Tecnológica e Computacional – CETEC .......................... 49
11.Sistema Municipal de Biblioteca Escolares – SISMUBE ...................................................... 53
12.Centro de Formação de Educadores Paulo Freire - CFEPF ................................................... 56
13.Escola de Apoio a Gestão - EGE .......................................................................................... 61
14.Coordenação Integrada de Educação e Saúde - CINES ......................................................... 63
15.Bora Belém............................................................................................................................. 70
ANEXOS..................................................................................................................................... 71
Apresentação

A Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) apresenta o documento de


Orientações Pedagógicas e Administrativas para a Rede Municipal de Educação. Seu
objetivo é fornecer diretrizes e orientações que nortearão a prática pedagógica nas
unidades escolares, alinhadas com as políticas educacionais vigentes e as demandas da
comunidade escolar.
Este documento é fruto do trabalho colaborativo entre as coordenações
pedagógicas da Diretoria de Educação da SEMEC e visa assegurar a unidade e a
qualidade do ensino ofertado em toda a rede. Ele aborda aspectos fundamentais do fazer
docente, da organização escolar e da gestão educacional, de modo a garantir o
desenvolvimento integral dos estudantes e a melhoria contínua da educação.
As orientações aqui apresentadas levam em consideração as necessidades e
especificidades de cada etapa e modalidade de ensino, respeitando a diversidade dos
contextos escolares e as diretrizes curriculares nacionais e municipais. Elas se
fundamentam nos princípios da gestão democrática, da inclusão e do respeito à
pluralidade, visando promover uma educação de qualidade, que transforme vidas e
contribua para a construção de uma sociedade mais justa e equânime.
Convidamos todos os profissionais da educação da Rede Municipal a se
apropriarem deste documento, a fim de aprimorar suas práticas e alcançar os melhores
resultados para os estudantes.

5
1. Diretoria de Educação – DIED Direção

A Diretoria de Educação - DIED, é um uma das diretorias que compõe a SEMEC. A DIED
é composta pela DIED direção e assessoria, além das coordenadorias. A função principal
da DIED é manter o bom funcionamento das unidades educativas em suas esferas
pedagógicas, material, política, financeira e física. São atribuições da Diretoria de
Educação: supervisionar e acompanhar o funcionamento das escolas, em diálogo com os
gestores, coordenadores, secretários escolares e professores observando o cumprimento
de programas e políticas; gerir processo de ensino-aprendizagem no cumprimento das
políticas, diretrizes e metas da educação; subsidiar a elaboração dos regimentos das
escolas; assistir e acompanhar a direção das escolas, em especial quanto ao atendimento
aos estudantes, qualidade das instalações físicas, equipamentos, mobiliários, além de
dimensionar as necessidades de atendimento escolar e consolidar a demanda por vagas;–
implementar, em articulação com o centro de formação de educadores Paulo Freire o
aperfeiçoamento dos Professores e demais profissionais de educação por meio de
programas de educação continuada; especificar materiais, serviços, equipamentos e
demais suprimentos das escolas em articulação com as unidades centrais da Secretaria,
responsáveis.
No contexto da SEMEC, a Diretoria de Educação ocupa o espaço reservado as demandas
pedagógicas e promoção de educação de qualidade socialmente referenciada no
município de Belém.
A organização abaixo representa a organização da SEMEC e suas demais diretorias e a
posição da DIED. Este documento apresenta a função, a abrangência e as orientações
especificas de cada uma das coordenadorias ligadas à DIED.

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2. Coordenação de Educação infantil – COEI

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS COMPLEMENTARES


AO CADERNO DE ORIENTAÇÕES DA COEI

FINALIDADE

Regulamentar os processos de trabalho da Educação Infantil na Rede Municipal de Educação


(RMEB) a serem organizados nas unidades educacionais com vistas a orientar os profissionais
da educação que atuam com os bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas.

ABRANGÊNCIA
Esta Instrução Normativa abrange a todas as crianças matriculadas na RMB e aos
profissionais da educação atuantes na Secretaria Municipal de Belém.

CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

As DCNEI (2009), que o definem o currículo na Educação Infantil como o conjunto de


práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os
conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e
tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de
idade e apresentam como eixos estruturantes dessa etapa do desenvolvimento, as interações
e brincadeiras.
As DCNEI destacam ainda três princípios fundamentais a serem considerados nas
produções do conhecimento no ambiente educativo: éticos, estéticos e políticos, estes
princípios são desdobrados na BNCC - Educação Infantil em Direitos de Aprendizagens.

• Orienta-se a partir desses documentos e a aproximação a um currículo freiriano, que


se considerem estes princípios, que em síntese permitem:
i. Desenvolver respeito ao indivíduo e/ou grupo em sua singularidade,
estilo, modo de vida e cultura, a partir de experiências do território
escolar. (Princípio Ético/ Conviver e Conhecer-se);

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ii. A apreciação do mundo ao seu redor, de imaginar, (re)criar, do direito
à ludicidade, de expressar-se, de ser criança. (Princípio
Estético/Brincar e Explorar);
iii. exercer seu direito de fala enquanto cidadão, opinar sobre sua
realidade, seu processo de desenvolvimento, respeitando a ordem e
regras estabelecidas ao bem comum. (Princípio Político/Participar e
Expressar).
• Na RME, a criança da Educação Infantil é compreendida como um sujeito de
direitos, um sujeito que sabe, por esta razão as DCMEI, perpassam pela
fundamentação teórica pautada nas concepções histórico-culturais.

• Na RME defende-se as interações e brincadeiras como o que estrutura a prática do/a


educador/a no ambiente escolar, no qual a criança aprende e se desenvolve brincando
e interagindo, seja nas vivências com seus pares e/ou adultos que a rodeiam.
• Por tanto orienta-se a construção do currículo a partir das práticas pedagógicas que
respeitem e proporcionem ambiente às interações e brincadeiras, que são inerentes
à formação humana das crianças.
• Seguindo estes pressupostos, a Secretaria Municipal de Educação – SEMEC –
manifestou-se em 2022 por não aderir ao livro didático para a Educação Infantil,
pela contrariedade que representam à concepção de currículo na Educação Infantil
desta RME, pois delimitam o olhar da criança sobre o mundo e suas experiências.
• Orienta-se a desconstrução da cultura da cópia e impressos de livros didáticos e/ou
atividades prontas e transmissivas que não fazem parte do currículo previsto para
Educação Infantil na RME.

As crianças da Educação Infantil, devem ser respeitadas em sua singularidade, validadas


em um currículo que se constrói a partir da escuta sensível e atenta do que é dito de
diferentes formas (choro, gestos, expressões, desenho, pintura, fala…). Onde a criança é o
centro do processo, desta forma, toda a sua criatividade, inventividade, brincadeira e
interação é valorizada, observada e acompanhada enquanto processo de aprendizagem e
desenvolvimento, a partir do qual se ambientam os espaços, organizam os recursos,
planejam as ações e avaliam os processos.
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PROCESSO DE ACOLHIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
O caderno de documentações administrativas e pedagógicas da Coordenação Educação
Infantil/COEI (2022) apresenta orientações ao processo de acolhimento das crianças no
ambiente educativo, sensibilizando o olhar do educador e educadora à relevância dos
primeiros encontros e reencontros das crianças nas Unidades Educativas, devendo estes
acolher com afetividade e respeito ao processo de inserção do novo momento de
experiências.

• Referimo-nos ao acolhimento como processo cotidiano e relacional, que inicia-se


nos primeiros dias das crianças em uma unidade educativa, porém é permanente e
para o qual se requer uma atitude de disponibilidade para o encontro, a entrega de
tempo e escuta, braços, colos, emoções, interações.
• Pensar o acolhimento enquanto uma abordagem pedagógica que exige previsão,
organização, ação e verificação.
• O acolhimento inicia-se na diagnose com as famílias, pois é necessário pensar
materiais e objetos que possam atender aos interesses e necessidades das crianças.
• Nesse contexto recomenda-se a organização do cotidiano com bebês, crianças bem
pequenas e crianças pequenas, a partir da seguinte organização:

TURMAS 1ª SEMANA 2ª SEMANA 3ª SEMANA 4ª SEMANA


INTEGRAIS (tempo reduzido)

Berçário I e II 7h30 à 10h 7h30 - 14h 7h30 - 15h30 Integral


13h30 às 16h
Agrupar as crianças e
organizar os grupos durante
a semana em dias pela
manhã e dias a tarde (50%
do quantitativo em cada
turno), a fim de as crianças
serem acolhidas pelos
servidores dos dois turnos.
Maternal I e II 7h30 - 15h30 Integral Integral

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Jardim I e II 7h30 - 15h30 Integral Integral

TURMAS 1ª SEMANA 2ª SEMANA 1ª SEMANA 2ª SEMANA


PARCIAIS turno manhã turno manhã turno tarde turno tarde
(tempo reduzido) (tempo reduzido)

Maternal I e II 7h30 – 10h 7h30 – 11h30 13h30 – 16h 13h30 – 17h30


Jardim I e II 7h30 – 10h 7h30 – 11h30 13h30 – 16h 13h30 – 17h30

• Cabe análise conjunta de professores, gestão, coordenação pedagógica e família,


quanto ao processo de acolhimento individual da criança, reorganizando-o para
ela, quando necessário a partir da resposta da criança ao processo.

EDUCAR E CUIDAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL


As DCNEI, prevêem que a proposta pedagógica, a organização de espaço, tempo e materiais e
as práticas pedagógicas do educar e cuidar sejam desenvolvidas com vistas a:
• compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias;
• assegurar a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo
indissociável ao processo educativo;
• possibilitar situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das
crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

Orienta-se que:
• o cotidiano do educar e cuidar, seja planejado prevendo a comunicação, explicação e
participação das crianças na construção dos procedimentos;
• que os professores como ato pedagógico sejam os mediadores deste processo
compartilhado, quando houver, com os assistentes escolares;
• as famílias sejam formadas quanto a compreensão do cotidiano educativo
compreendendo os objetivos pedagógicos do cuidado na unidade educativa;
• as famílias sejam orientadas que a higienização minuciosa dos bebês, crianças bem
pequenas e crianças pequenas, antecede a vinda para a escola e segue em casa após o
retorno;

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• os cuidados pedagógicos na unidade educativa visam a interação e as aprendizagens
quanto ao corpo, cooperação, autonomia e auto-organização, sendo acompanhados,
orientados e mediados por seus professores.

O USO DE TELAS
Considerando as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria- SBP, a qual aponta possíveis
riscos para o “desenvolvimento físico, emocional e social” das crianças diante do uso excessivo
dos aparelhos tecnológicos e das telas (celulares, televisores, projetores, computadores e afins)
que foi intensificado com a pandêmia recente e permanece instalado na sociedade.
Respeitando a fase do desenvolvimento saudável na primeira infância e considerando a criança
como protagonista do seu processo formativo, orienta-se:
• A não exposição de crianças de até 02 anos às telas (celulares, televisores,
projetores, computadores e afins).
• A não permanência destes equipamentos nas salas de referência dos bebês e
crianças;
• As crianças de 3 a 5 anos de idade podem participar de momentos previamente
elaborados no projeto de turma, com finalidades pedagógicas, com período de até
1 hora diária e com interação do adulto;

ESPAÇOS E AMBIENTES
Segundo a etimologia, espaço é a dimensão física, uma extensão com ou sem limite. Já o
ambiente abrange tudo o que está dentro do espaço e provoca sensações.
Considerando os documentos orientadores já mencionados e destacando-se os PNQEI
(2018): O ambiente oferece oportunidades para que as crianças participem ativamente de
sua própria aprendizagem, para que elas adquiram e dominem novas habilidades, ganhem
autoconfiança, autonomia e sentimento de pertencimento.
À sala da educação infantil na RME recomenda-se:

• permitir que as crianças, como centro do processo, tenham suas produções como os
recursos de ambientação principais da sala;
• ter uma organização explícita e fácil de entender para que as crianças aprendam
sobre os espaços, suas possibilidades e as escolhas que podem fazer;

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• favorecer os movimentos das crianças;
• permitir as interações e brincadeiras (mobiliário organizado de forma que permita a
organização em pequenos e/ou grandes grupos);
• um ambiente acessível que gere sentimento de pertencimento às crianças, com
recursos visuais ao alcance de seu campo visual e materiais dispostos à altura de sua
estatura para serem acessados e/ou guardados com autonomia;
• revelar por meio das produções das crianças o projeto que está sendo desenvolvido
em cada período;
• considerar que as crianças pequenas experimentam a linguagem textual e os
algarismos nos contextos do dia a dia, assim, não há necessidade de ocupar
previamente paredes com o alfabeto e algarismos, estes podem ser construídos a
cada projeto, interesse e contexto, com as crianças e com diferentes recursos e
ambientes de exposição;
• a exposição (por meio de imagens) e releituras (com produções das crianças) de
obras de arte, buscando contemplar artistas locais, nacionais e ampliar aos mundiais,
conforme os temas dos projetos das turmas;
• cartões e/ou placas com o nome dos objetos, das crianças, dos espaços (da leitura,
do desenhos, do brinquedo, dos elementos da natureza…) avisos, combinados,
momentos da rotina e o que mais que traga a linguagem escrita contextualizada e
construída com participação e interação das crianças.

SISTEMA SIGA E AVALIAÇÃO DA E NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Conforme disposto no inciso IV, art.31 da LDB, a partir da redação dada pela Lei nº
12.796/2013 que discorre sobre a frequência escolar, exigida em conformidade com a
organização institucional e que orienta o processo avaliativo na Educação Infantil sem o
objetivo de promoção da criança.
Conforme as DCNEIs que reforçam a observação e utilização de estratégias para registros
das aprendizagens e desenvolvimentos das crianças, que permitam a continuidade do
processo educativo e o acesso das famílias às informações documentadas.
Conforme o memorando circular nº 022/2022 da Diretoria de Educação- DIED/SEMEC, que
orienta todas as Unidades Educativas da Rede Municipal de Ensino de Belém, a utilização
do Sistema de Informação de Gestão Acadêmica - SIGA.
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Orienta-se à Educação Infantil da RME:
• O preenchimento da frequência, das atividades e demais rotinas do sistema SIGA,
que não substituem o planejamento semanal e o registro do contexto de turma da
educação infantil (vide Caderno de Orientações da COEI, 2022).
• Leitura/estudo do Caderno de Orientações da COEI (2022) que aborda a
complexidade que exige o processo avaliativo e orienta quanto a elaboração de
Relatório Individual do Processo de Aprendizagem e Desenvolvimento do Bebê e
da Criança em consonância com as legislações e literaturas pedagógicas.
• O preenchimento semestral no SIGA do processo de avaliação, através do Relatório
Individual do Processo de Aprendizagem e Desenvolvimento do Bebê e da Criança.
• O acesso às famílias por meio de documentação pedagógica (portfólio, relatórios,
mini histórias…) dos processos de aprendizagem e desenvolvimento dos bebês, das
crianças bem pequenas e crianças pequenas.
• A prévia orientação às famílias quanto à conclusão do ciclo da Educação Infantil e
propostas de programações que revelem as concepções de currículo, infância e
criança da Educação Infantil da RME, com vestimentas que permitam a liberdade
das crianças para as experiências, interações e brincadeiras com participação das
famílias e orientação pedagógica às mesmas quanto a não realização de
qualquer modelo de Formatura de ABC (com base na Lei 11.274/2006 que institui
o ensino fundamental de 9 anos, nos documentos orientadores da Educação Infantil
e nos diversos estudos acerca da infância).
• Construir e consolidar o processo de autoavaliação da qualidade da educação
infantil, por meio de um processo participativo e aberto à comunidade escolar, para
o qual sugerimos estudo e experiências com os Indicadores de Qualidade da
Educação Infantil (INDIQUE, 2009), que orientam como construir o processo,
apresentam indicadores a serem analisados coletivamente e direcionam a construção
de estratégias que podem nortear a construção dos planos de ações das unidades
educativas e da Secretaria Municipal de Educação a partir dos dados
compartilhados.

FORMAÇÃO CONTINUADA
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Conforme a LDB (Lei nº 9.394/96) que discorre no inciso V, art. 13, quanto à participação
do docente na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; e no
período dedicado ao planejamento, à avaliação e ao seu desenvolvimento profissional.

A RME, promove modalidades de formação continuada e valoriza os servidores em


formação complementar, por meio de licença curso e gratificação de incentivo conforme os
critérios legais. Dentre as modalidades formativas, para além da necessária busca de
formação pessoal, destacamos: as formações amplas ofertadas pela Secretaria, por meio

da Diretoria de Educação/Centro de Formação de Educadores Paulo Freire e demais


coordenações e as Formações em Contexto de Trabalho, desenvolvidas pela escola em seu
território. Para esta última orientamos que:

1. a gestão da Unidade Educativa é autônoma no processo formativo dialógico do


profissional atuante em seu território, uma vez que está diariamente no cotidiano de
trabalho e poderá construir de forma participativa o plano de ação para a formação
em contexto de trabalho (vide Caderno de Orientações da COEI, 2022).
2. o momento seja previamente dialogado com a comunidade e pautado no
planejamento anual, uma vez a cada mês, sugerindo-se a última semana.
3. na existência de formação ampla promovida diretamente pela SEMEC em um
determinado mês, a formação em contexto de trabalho é suspensa.
4. para essa vivência podem ser criados os grupos de estudos nas unidades por área de
interesses que atendam a demanda observada (temas).
5. podem realizar rodízios de condução do momento formativo entre os educadores,
gestores e coordenadores.
6. palestrantes externos e/ou professores formadores lotados na SEMEC podem ser
convidados, requerendo verificar disponibilidade de agenda.
7. haja registro em instrumento específico dos momentos de formação em contexto de
trabalho, avaliação e autoavaliação do impacto do momento formativo na prática
docente.

3. Coordenação de Ensino Fundamental – COEF

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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS COMPLEMENTARES AO
CADERNO DE ORIENTAÇÕES DA COEF

FINALIDADE

Regulamentar os processos de trabalho da Educação Fundamental na Rede Municipal


de Educação (RMEB) a serem organizados nas unidades educacionais com vistas a orientar os
profissionais da educação que atuam com os estudantes do Ensino Fundamental, dos CICLOS
I, II, III e IV.

ABRANGÊNCIA
Abrange os estudantes nas unidades educativas matriculadas na RMB e aos profissionais
da educação atuantes na Secretaria Municipal de Belém.

CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL

O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação
Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao
longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos,
cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. Como já indicado nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB n.º
7/2010), essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de
escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as
etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos
Iniciais e Anos Finais.
Nesse período da vida, as crianças e adolescentes estão vivendo mudanças importantes
em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, com
os outros e com o mundo. Como destacam as DCN, a maior desenvoltura e a maior autonomia
nos movimentos e deslocamentos ampliam suas interações com o espaço; a relação com
múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da escrita e da matemática, permite a
participação no mundo letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e para além
dela; a afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta em formas
16
mais ativas de se relacionarem com esse coletivo e com as normas que regem as relações entre
as pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento de suas potencialidades e pelo
acolhimento e pela valorização das diferenças.
O Ensino Fundamental na Rede Municipal de Ensino de Belém, está estruturado em
Ciclos de Formação, conforme prevê a Resolução n.° 040/2011 do Conselho Municipal de
Educação. Orienta-se a partir desses documentos e a aproximação a um currículo freiriano, que
se considerem estes princípios, que em síntese permitem:

- Desenvolver respeito ao indivíduo e/ou grupo em sua singularidade, estilo, modo


de vida e cultura, a partir de experiências do território escolar (princípio
ético/conviver e conhecer-se);

- Exercer seu direito de fala enquanto cidadão, opinar sobre sua realidade, seu
processo de desenvolvimento, respeitando a ordem e regras estabelecidas ao bem
comum (princípio político/participar e expressar).

PROCESSO DE ACOLHIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL


O caderno de documentações administrativas e pedagógicas da Coordenação do Ensino
Fundamental (2024) apresenta orientações ao processo de acolhimento dos estudantes na
unidade educativa, possibilitando o olhar dos educadores à relevância dos primeiros encontros
e reencontros desses estudantes, devendo estes acolher com afetividade e respeito ao processo
de reconhecimento de experiencias, previamente compreeedidas, na visão de mundo de cada
indivíduo aprendente.

1. Referimo-nos ao acolhimento como processo cotidiano e relacional, que inicia-se nos


primeiros dias dos estudantes, em uma unidade educativa, porém é permanente e para o
qual se requer uma atitude de disponibilidade para o encontro, a entrega de tempo e
escuta e apreensão dos conhecimentos;
2. Pensar o acolhimento enquanto uma abordagem pedagógica que exige previsão,
organização, ação e verificação;
3. acolhimento inicia-se na diagnose com os estudantes, pois é necessário pensar atividades
e conteúdos à serem ministrados;

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4. Cabe análise conjunta de professores, gestão, coordenação pedagógica e família, quanto
ao processo de acolhimento de cada turma, ano/ciclo, reorganizando-o para estas turmas,
quando necessário a partir da resposta dos estudantes ao processo.

Orienta-se que:
1. Haja um sistema de avaliação contínua em que seja possível detectar dificuldade de
aprendizagem logo seja detectada;
2. Tempo e espaço para o apoio pedagógico durante todo o ano aos estudantes que
necessitarem;
3. Formação permamente dos professores que possam ensinar atendendo assim, às
diferentes formas dos estudantes adquirirem conhecimentos das diversas áreas.
4. Hora Pedagógica junto à hora atividade para formação continuada no ambiente escolar,
bem como elaboração de materiais didáticos;
5. Conselhos de Ciclos que avaliam, consultam, intervém e deliberam as práticas
pedagógicas e administrativas no ambiente escolar;
6. Plano de Apoio de Pedagógico com planejamento individual de intervenção, para
estudantes com baixo rendimento escolar, com atividades alternativas curriculares, por
meio de estudos complementares, com objetivo de superação das dificuldades de
aprendizagem.

ESPAÇOS E AMBIENTES
Segundo a etimologia, espaço é a dimensão física, uma extensão com ou sem limite. Já
o ambiente abrange tudo o que está dentro do espaço e provoca sensações.
Compreende por espaços educativos ao Ensino Fundamental:

1. Sala de informática;
2. Biblioteca;
3. Sala de leitura;
4. Quadra de esportes.

SISTEMA SIGA E AVALIAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL

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Conforme o memorando circular n.º 022/2022 da Diretoria de Educação-
DIED/SEMEC, que orienta todas as Unidades Educativas da Rede Municipal de Ensino de
Belém, a utilização do Sistema de Informação de Gestão Acadêmica – SIGA deve obedecer aos
seguintes preceitos:
1. Cadastro de alunos: é de competência da secretaria da unidade educativa cadastrar, editar
e ajustar os dados, matricular e enturmar os alunos;
2. Vinculação: o gestor da unidade educativa é responsável pela atribuição (vinculação) do
Coordenador Pedagógico às turmas do ano corrente;
3. Horário letivo: o coordenador pedagógico tem a atribuição de criar o horário das turmas
sob a sua responsabilidade;
4. Frequência: uma vez criado o acesso pela coordenação, o professor realizará a frequência
dos alunos e alimentará o SIGA registrando a prersença/ausência do aluno relativa à
atividade diária realizada;
5. Rendimentos educativos: o professor deve ao longo dos bimestres letivos registrar as
avaliações do aluno no conselho de ciclo;
6. Avaliação: compete ao professor a inclusão e atualização das avalições por ele
conduzidas e que irão compor o registro síntese do aluno;
7. Movimentação de discentes: também é atribuição da secretaria escolar informar ao
SIGA a=sobre a movimentação do aluno nas unidades educativas da RME.

FORMAÇÃO CONTINUADA
Conforme a LDB (Lei nº 9.394/96) que discorre no inciso V, art. 13, quanto à
participação do docente na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
e no período dedicado ao planejamento, à avaliação e ao seu desenvolvimento profissional.
A RME, promove modalidades de formação continuada e valoriza os servidores em
formação complementar, por meio de licença curso e gratificação de incentivo conforme os
critérios legais. Dentre as modalidades formativas, para além da necessária busca de formação
pessoal, destacamos: as formações amplas ofertadas pela Secretaria, por meio da Diretoria de
Educação/Centro de Formação de Educadores Paulo Freire e demais coordenações e as
Formações em Contexto de Trabalho, desenvolvidas pela escola em seu território. Para esta
última orientamos que:

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1. A gestão da Unidade Educativa é autônoma no processo formativo dialógico do
profissional atuante em seu território, uma vez que está diariamente no cotidiano de
trabalho e poderá construir de forma participativa o plano de ação para a formação em
contexto de trabalho
2. O momento seja previamente dialogado com a comunidade e pautado no planejamento
anual, uma vez a cada dois meses, sugerindo-se a última semana.
3. Na existência de formação ampla promovida diretamente pela SEMEC em um
determinado mês, a formação em contexto de trabalho é suspensa.
4. Para essa vivência podem ser criados os grupos de estudos nas unidades por área de
interesses que atendam a demanda observada (temas).
5. Podem realizar rodízios de condução do momento formativo entre os educadores,
gestores e coordenadores.
6. Palestrantes externos e/ou professores formadores lotados na SEMEC podem ser
convidados, requerendo verificar disponibilidade de agenda.
7. Haja registro em instrumento específico dos momentos de formação em contexto de
trabalho, avaliação e autoavaliação do impacto do momento formativo na prática
docente.

4. Coordenação de Educação de Jovens Adultos e Idoso – COEJAI

Documento orientador para viabilizar o acesso e a permanência do público da EJAI na


Rede Municipal de Ensino de Belém
Considerando, que Belém é uma capital referência na Amazônia, reescreve agora sua História
de modo muito competente e comprometida com uma sociedade mais justa, ao tratar a educação
como um investimento social . E nesse sentido . compromete-se a garantir os direitos aos
sujeitos a tanto alijados das políticas públicas a sentirem-se pertencentes e defensores de sua
cultura amazônida , buscando sua emancipação e autonomia. Estes sujeitos de quem se fala, são
trabalhadores(as), donas de casa , desempregados(as), cujos sonhos e projetos de vida foram
historicamente tolidos, invisibilizados e marginalizados. A nossa capital, é uma cidade
prluriversa que reflete o público desta modalidade da educação básica , são sujeitos oriundos
dos campos, das águas, das florestas, ribeirinhos e urbanos, com histórias de vida , experiências
culturais que constituem a nossa Amazônia paraense.

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Nesse contexto a Prefeitura Municipal de Belém por meio da SEMEC/DIED/COEJAI , visa
propor às Unidades Educativas que ofertam a EJAI princípios que se constituem como
fundamentais no respeito às diferenças, sejam : de gênero, étnico-raciais , sociais , econômicos,
dentre outros. De modo que, a defesa da COEJAI , faz-se por uma escola inclusiva,
emancipadora , democratizada e que respeita as diversidades em todas as suas dimensões.
Mesmo considerando que as relações de poder , de uma cultura hegemônica que ignora os
diversos saberes e hegemoniza comportamentos , é também reproduzido na escola enquanto
instituição. O que exige de todos nós, um esforço coletivo de modo a afirmar as identidades
multifacetadas daqueles(as) a tanto excluídos(as).

Diante do exposto, estabelece a presente INSTRUÇÃO NORMATIVA.


Cabe aos (as) Gestores (as) Escolares cumprirem e fazerem cumprir junto aos demais membros
da comunidade escolar (coordenadores(as) pedagógicos, professores(as), estudantes, técnico-
administrativos, secretários (as) escolares, equipe de auxiliares de serviços gerais, pais e
responsáveis) o que determina a Resolução 17/2023- CME, que estabelece Diretrizes para a
oferta da Educação de Jovens e Adultos em nível de Ensino Fundamental na rede de escolas
públicas municipais, a Resolução nº 14/2023-CME que aprova a inclusão do Idosos(I) na
nomenclatura e sigla da modalidade Educação de Jovens e Adultos(EJA) passando a ser
denominada Educação de Jovens, Adultos e Idosos na Rede Municipal de Educação de Belém.

A Resolução nº 19/2004-CME, que trata da regulamentação da vida escolar de alunos


matriculados na Rede Municipal de Educação, oriundos de outros Sistemas de Ensino, em
situação de dependência de estudo, Portaria nº 43/2011- GABS/SEMEC, que regulamenta o
cumprimento da Hora Pedagógica pelos professores da Rede Municipal de Ensino de Belém.

Resolução n° 01- CME, de 04 de janeiro de 2019, que dispõe sobre as regras de classificação
e reclassificação da Rede Municipal de Ensino e dá outras providências, Portaria n° 39/2021
que dispõe sobre os critérios a serem adotados para a lotação de pessoal da Secretaria Municipal
de Educação de Belém e dá outras providências, a Lei Federal nº 10.471/2003 que dispõe sobre
o Estatuto do idoso, a Lei nº. 645/08, que tornam obrigatório o ensino sobre História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena nas Unidades Escolares que atendem Educação Infantil,
Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo e Educação

21
Quilombola, regulamentadas pelo Parecer CNE/CP n° 03/2004, pela Resolução CNE/CP n°
01/2004.

Pelo Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana,
além dos Artigos 210 e 215 da Constituição Federal, que, respectivamente, asseguram às
comunidades indígenas, no Ensino Fundamental regular, o uso de suas línguas maternas e
processos próprios de aprendizagem e garante a prática do ensino bilíngue em suas escolas, e
define como dever do Estado a proteção das manifestações culturais indígenas, bem como o
estabelecido na Lei Estadual nº 9341/21 e na Lei Municipal 9769/22, que regulamentam,
respectivamente, o Estatuto da Equidade Racial no Estado do Pará e o Estatuto Municipal da
Igualdade Racial no Município de Belém, e demais documentos que tratam do tema: Educação
e Diversidade Étnico-racial, de modo a garantir as ações abaixo descritas:

1. Construção de uma agenda de “Busca Ativa “em cada Unidade Educativa, visando a
matrícula de estudantes para a EJAI, garantindo assim a inclusão social por meio da educação;
2- Organização da escola de modo a garantir a matrícula do(a) estudante na EJAI quando esse(a)
procurar atendimento;
3- Realização de uma ampla divulgação das vagas na modalidade da EJAI afixando-a em local
de fácil acesso e visibilidade, possibilitando assim, o acompanhamento por toda a Comunidade
Escolar, bem como organizar um cronograma de ações para divulgar e efetivar as matrículas.
A Unidade Escolar deve, criar ficha de matrícula e articular alternativas, visando garantir a
operacionalização nas comunidades de difícil e/ou sem nenhum acesso à internet, para que em
seguida sejam inseridos imediatamente todos(as) os (as) estudantes no Sistema de Gestão
Acadêmica-SIGA ;
4- Garantia do direito à matrícula aos jovens, adultos e idosos com ausência de documentação,
no qual a escola deverá indicar estratégias e parcerias para a emissão de documentos.
Entretanto, a ausência de documentação não seja um impeditivo de garantir o acesso à
educação;
5- Garantia do direito à educação aos jovens, adultos e idosos que residem tanto na área
continental quanta na área insular de Belém e resguardando as peculiaridades geográficas das
ilhas, das águas, dos campos e das florestas, sejam aquelas relacionadas às condições climáticas,

22
à localização, ao deslocamento e ao transporte. Pode-se ainda destacar a parte pedagógica que
valorize e assegure o tempo-escola e o tempo-comunidade diferenciados para o atendimento da
modalidade, bem como articular parcerias e diálogos com a Coordenadoria de Educação do
Campo, das Águas e das Florestas-COECAF e com a Fundação Escola Bosque para a
implantação da EJAI na área insular;
6-Garantia da lotação dos(as) professores(as) e do funcionamento dos espaços pedagógicos do
AEE, da Biblioteca, do Projeto Mediação de Leitura e da Unidades Tecnológicas-, tendo em
vista a articulação destas com os(as) professores(as) de sala de aula na perspectiva
interdisciplinar. A lotação dos(as) profissionais nos espaços pedagógicos deverá estar de acordo
com a Portaria nº 1.010/2023-GABS/SEMEC;
7. Garantia da realização do Conselho de Totalidade como uma instância importante para o
processo avaliativo, pois possibilitará o diálogo entre os(as) educandos(as), direção,
coordenação pedagógica, professores(as) e familiares acerca de questões relativas ao
desenvolvimento individual dos(as) estudantes e da turma, buscando alternativas para a
melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem nas escolas que ofertam a modalidade EJAI;
8. Acompanhamento do percurso de aprendizagem dos(as) educandos(as), tornando-se
imprescindível a elaboração de instrumentos de registros avaliativos para que os(as)
educadores(as) possam registrar os avanços, as dificuldades dos(as) educandos(as), bem como
as intervenções e considerando que as escolas têm autonomia para elaborar seus próprios
instrumentais;
9-Realização do processo de classificação e de reclassificação de acordo com a legislação
vigente para posicionar o(a) estudante na totalidade compatível com os seus conhecimentos,
saberes e práticas, bem como organizar e arquivar a documentação (parecer descritivo contendo
as assinaturas da direção, coordenação pedagógica e dos(as) professores(as) dos componentes
curriculares da Base Nacional Comum e instrumento avaliativo com as questões relacionadas
aos conhecimentos embasados nos referidos componentes) na pasta do(a) educando(a);
10- Realização de procedimentos pedagógicos que atendam as necessidades dos(as) estudantes
que se encontram em dependência de estudos, observando o avanço no processo de
aprendizagem, bem como realizar a avaliação diagnóstica da aprendizagem dos(as) estudantes
com dependência de estudos por meio do conselho de totalidade;
11. Integralização curricular da Educação de Jovens, Adultos e Idosos-EJAI em 800h/a anuais
por meio da articulação dos estudos presenciais com os estudos extraclasse, organizando um

23
projeto de aulas extraclasse sob a orientação docente e acompanhamento da direção, da
coordenação pedagógica, da Equipe Técnica da COEJAI/DIED/SEMEC, bem como elaborar
um relatório referente às aulas extraclasse para ser encaminhada à COEJAI;
12- Adequação de metodologias e material didático que vise o direito de aprendizagem da
pessoa idosa, bem como considerar o processo de envelhecimento, o respeito, a valorização do
idoso, de seus saberes, vivências, práticas, histórias de vida no currículo da Educação de Jovens,
Adultos e Idosos;
13- Organização de um currículo da EJAI com ações e projetos que garantam a abordagem da
iniciação para o mundo do trabalho, de modo a articular a formação, a escolarização e o
trabalho, seja por meio de formações, oficinas ou estabelecimento de parcerias;
14- Organização de um currículo amazonizado da EJAI que valorize o contexto local e regional,
garantindo novos significados, concepções e vivências ao currículo escolar na busca de uma
prática pedagógica significativa, criativa, participativa, contextualizada e problematizadora;

15. Organização de um currículo em parceria com a Coordenadoria de Educação para as


Relações Étnico-Raciais- CODERER com foco para a diversidade étnico-racial como elemento
essencial de uma Educação de Jovens, Adultos e Idosos inclusiva e anti-racista, implementando
ações de combate ao racismo, preconceito e discriminações em suas dependências e buscando
construir projetos pedagógicos interdisciplinares que abordem e valorizem a diversidade étnico-
racial brasileira;
16. Articulação com as Escolas Municipais que ofertam a Educação de Jovens, Adultos e Idosos
para a elaboração e efetivação de projetos e práticas esportivas, jogos, ginástica, danças e lazer
para os(as) educandos(as);
17- Articulação com o Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes-
CRIE para a garantia da oferta do Atendimento Educacional Especializado- AEE aos(às)
estudantes da EJAI, bem como garantir formação permanente aos(às) educadores(as) ;
avaliações dos(as) estudantes e acompanhamento em interlocução entre o professor da Sala de
recursos multifuncionais e/ou técnico-referência do CRIE, além de prover acessibilidade dos
materiais e dos recursos pedagógicos, caso necessário e orientar as famílias dos(as) estudantes,
a fim de contribuir no seu processo de inclusão ;
18- Articulação com o Núcleo de Informática Educativa- NIED a partir do diálogo para
contribuir com as Diretrizes Curriculares da EJAI no tocante ao uso das tecnologias no processo

24
de ensino-aprendizagem, na formação permanente com os(as) educadores(as) da EJAI, bem
como propiciar o conhecimento para os(as) educandos(as) da EJAI, visando favorecer a
compreensão acerca das ferramentas tecnológicas com objetivos educacionais e realizar
oficinas para os(as) estudantes e assim contribuir para o processo de ensino-aprendizagem.
19. Construção de um calendário de Formação Permanente de modo articulado com a escola, o
Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire-CFEPF e outras Coordenadorias,
tendo em vista os princípios da educação popular freireana e as demandas locais de cada
território;
20- Articulação com o Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares- SISMUBE com o objetivo
de contribuir com a formação permanente dos(as) educadores(as) da EJAI no tocante à
mediação de leitura, ao fomento de práticas de leitura, entrelaçando Literatura, Identidades,
Culturas e Diversidades;

21- Articulação com a Coordenadoria de Ensino Fundamental- COEF e Coordenadoria de


Educação Infantil- COEI com o objetivo de contribuir com a mobilização e divulgação das
matrículas da EJAI nas Escolas Municipais que ofertem o Ensino Fundamental e nas Unidades
Educativas que ofertam a Educação Infantil para os pais e/ou responsáveis das crianças e
dos(as) adolescentes;
22- Articulação com a Coordenadoria de Educação Escolar dos Indígenas, Imigrantes e
Refugiados- CEIIR para implementar turmas de Educação de Jovens, Adultos e Idosos para os
indígenas, imigrantes e refugiados e para o processo formativo;
23- Organização de um cronograma da Hora Pedagógica a ser realizado na escola de acordo
com as orientações da Legislação Municipal com efetiva participação e mediação da
Coordenação pedagógica;
24- Organização de um Plano de Trabalho que vise o enfrentamento da evasão escolar, a
elevação do índice de promoção, bem como a redução da retenção dos(as) estudantes da
Educação de Jovens, Adultos e Idosos;
25- Atualização do Projeto Político-pedagógico da escola a partir das diretrizes e princípios que
norteiam a Educação de Jovens, Adultos e Idosos;
26- Garantia da 1ª e a 2ª totalidades como tempos de alfabetização aos jovens, adultos e idosos,
organizando um plano de ações pedagógicas junto aos(às) estudantes não alfabetizados.

25
5. Coordenação de Educação do Campo, das Águas e das Florestas – COECAF

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS ACERCA DA


EDUCAÇÃO DO CAMPO DAS ÁGUAS E DAS FLORESTAS

FINALIDADE

Regulamentar os processos e práticas pedagógicas e administrativas na perspectiva da


Educação do Campo, tendo como horizonte político-pedagógico a promoção e a consolidação
de uma educação transformadora, com vistas a orientar os profissionais da educação que atuam
nas escolas do campo, das águas e das florestas da Rede Municipal de Educação de Belém
(RMEB), sobre os princípios formativos da Educação do Campo, tais como a pluridiversidade
de gênero, de etnia, de raça e de territorialidades.

ABRANGÊNCIA

Abrange todas as crianças, jovens, adultos e idosos matriculadas nas unidades de ensino do
campo, das águas e das florestas da Rede Municipal de Educação de Belém (RMEB) e os
profissionais da educação da Secretaria Municipal de Educação de Belém, que estejam
lotados nas referidas unidades de ensino.

CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO, DAS ÁGUAS E DAS


FLORESTAS

De forma genérica pode-se afirmar que o currículo pensado para a Educação do Campo
expressa, em determinado momento histórico, o embate de forças entre grupos hegemônicos na
sociedade e movimentos sociais do campo no cenário nacional. Desse campo de forças
antagônicas emergem concepções e princípios que fundamentam leis, resoluções e diretrizes, a
partir das quais, os currículos são orientados. Assim sendo, a Lei nº 9334/96 – LBD, sobretudo
em seu artigo 28, preconiza que a educação do campo, tratada como como educação rural, seja
uma educação básica voltada para a população rural, e para o atendimento das peculiaridades
da vida rural, sendo essa circunscrita às práticas agrícolas e às questões climáticas relativas ao
espaço da agricultura.

No entanto, em conformidade com o Parecer Nº 36, de 04 de dezembro de 2001 e com as


Diretrizes Curriculares da Rede Municipal de Educação de Belém (2022), o significado da

26
Educação do Campo não se restringe somente ao espaço da agricultura, abrangendo territórios
da floresta, da pecuária, das minas, mas também incorpora territórios pesqueiros, caiçaras,
quilombolas, ribeirinhos, extrativistas e de outras populações tradicionais.

Em âmbito municipal, esses territórios são definidos como do campo, das águas e das florestas,
pois, pertencem aos Distritos Administrativos de Belém, em particular aos Distritos de
Mosqueiro (DAMOS) e de Outeiro (DAOUT), que são duas regiões administrativas que
abrigam ilhas fluviais, rios e as florestas. No entanto, o atendimento escolar nesses territórios,
sob a ótica da legislação vigente (LDB – Lei nº 9.394/96)), implica o respeito às diferenças e a
política de igualdade. Nesse caso, o tratamento da educação rural demanda que o “rural” não
seja definido como uma adaptação ao “urbano”, como um perímetro não-urbano, ou como uma
realidade provisória que tende desaparecer face ao processo de urbanização.

As orientações curriculares na perspectiva do campo também expressam as movimentações


sociais no sentido de provocar alterações na legislação educacional brasileira sobre o espaço
rural e à educação que a ele se vincula. Em âmbito municipal, destacam-se a Conferência
Municipal da Educação e a criação do grupo de trabalho GT 13 – educação do campo, das águas
e das florestas, ações que ocorreram em 2022. Trata-se de um grupo de trabalho multifacetado
formado por sujeitos de variados contextos formativos, culturais e políticos e que tem como
objetivo defender o direito à educação pública, gratuita e de qualidade, na perspectiva da
educação do campo, das águas e das florestas. Para tanto, uma das estratégias formuladas foi
definida como “amazonizar” o currículo que se almeja para/nas escolas do campo, tal como
preconizam as Diretrizes Curriculares da Rede Municipal de Educação de Belém (2022). Tais
diretrizes reafirmam a importância de um currículo próprio para quem vive no campo,
integrado, humanizado e conectado às diversas culturas.

Sendo assim, “amazonizar” o currículo significa, sobretudo, propor e desenvolver ações


voltadas para uma educação transformadora, que oriente suas ações para a consolidação de um
currículo vivo, que reconheça as identidades das escolas amazônidas do território belenense,
que reflita a produção da vida, do conhecimento escolar e da cultura amazônica dos sujeitos
que vivem no campo.

Desse modo, em conformidade com esse objetivo de “amazonizar” o currículo da educação


do campo na perspectiva freiriana, como preconizam as Diretrizes Curriculares da Rede
27
Municipal de Educação de Belém (2022), orienta-se que se considerem os princípios
formativos da Educação do Campo das Águas e das Florestas listados a seguir:

1- Vinculação concreta com as lutas dos territórios e pela Reforma Agrária, isto é, uma
vinculação profunda com as condições de vida dos sujeitos que se deseja educar;
2- Compromisso com o modelo de produção das comunidades, fortalecendo a
agroecologia e prática agroflorestal, visando a participação das famílias e a produção
de alimentos, hortas, plantas medicinais e outros;
3- A gestão democrática e a existência de várias instâncias de gestão coletiva, visando
criar um ambiente escolar favorável para a participação em comunidade, o
estabelecimento de relações sociais e da gestão coletiva orientadas por uma
intencionalidade pedagógica;
4- Auto-organização dos estudantes, para mudar as relações sociais dentro da escola;
5- O trabalho socialmente útil e o trabalho coletivo como princípio pedagógico, ou seja,
promover a inserção dos alunos na criação, manutenção e cuidados com os
ambientes e projetos escolares;
6- A inserção da realidade como matéria-prima da lógica da organização curricular,
com a valorização e a incorporação dos saberes tradicionais, como por exemplo,
fazer a ligação dos conteúdos escolares com as tensões e contradições presentes na
realidade.
7- Fomentar práticas interdisciplinares para superar a fragmentação do conhecimento,
desenvolvendo uma visão da totalidade dos processos sociais. Nesse sentido,
elaborar estratégias pedagógicas para superar a fragmentação do conhecimento, tais
como, a proposta de inventários da realidade ou da unidade escolar e da comunidade,
propor ações para a escola seja vista como centro cultural, promovendo e integrando
esporte, cultura, lazer e tecnologia na comunidade.
8- Efetiva presença dos movimentos sociais e da comunidade nas ações de
planejamento, execução e avaliação dos processos pedagógicos desenvolvidos pela
escola do campo, das águas e das florestas.

ENFRENTAMENTO E SUPERAÇÃO DOS DESAFIOS À EDUCAÇÃO DO CAMPO

O texto da Carta Magna de 1988 possibilitou à LBD e às Constituições Estaduais o tratamento


da educação rural no âmbito do direito à igualdade e do respeito às diferenças. A fim de
caracterizar essa abordagem jurídica da educação escolar do campo, vale destacar que na
maioria dos textos constitucionais predomina um tratamento periférico da educação rural,
compreendida numa perspectiva residual condizente, salvo conjunturas específicas, com
interesses de grupos hegemônicos na sociedade. Essa tendência vem sendo alvo de movimentos
sociais do campo no cenário nacional, que atuam no sentido de provocar alterações na
legislação brasileira sobre o espaço rural e à educação que a ele se vincula.

28
No âmbito municipal, essa tendência se revelou como um mecanismo importante para que as
especificidades da região fossem gradualmente sendo inseridas na educação do campo, como
singularidades ribeirinhas nas atividades de assessoramento e acompanhamento das Unidades
Pedagógicas (UP), por meio da Coordenadoria das Ilhas, que atuaram até 2011 e estavam
vinculadas a secretaria municipal de educação.

Em 2021, essas singularidades deixaram de ser foco apenas de questões administrativas e


passaram a conformar ações pedagógicas, através da criação da Coordenação de Educação do
Campo, das Águas e das Florestas, que foi instituída pela portaria Nº 1.639/2021, publicada no
Diário Oficial do Município de Belém.

Esse breve histórico da educação do campo, das águas e das florestas na Rede Municipal de
Ensino do município de Belém do Pará revela que o reconhecimento das especificidades do
campo amazônico se constituí num processo histórico que envolve interesse e estratégias de
diferentes atores, voltados para a garantia do direito à educação pública, gratuita e de qualidade.

Dessa forma, é essencial para garantir esse direito criar mecanismos eficientes de enfrentamento
e superação da concepção do campo como um espaço homogêneo, sem diversidade, bucólico
no sentido romântico-literário, portanto, sem conflitos e contradições. Portanto, para o processo
educacional que se pretende fortalecedor das garantias de direitos de todos os sujeitos que
vivem no campo se faz fundamental seguir algumas orientações, tais como:

1- Ampliar o debate sobre a pertinência de uma visão dual do mundo em rural e


urbano, tendo como fundamento a ocorrência de múltiplas formas de organização
da sociedade e dos modos de vida na Amazônia. Visto que somente a diferenciação
entre os conceitos de rural e urbano já não é suficiente para respaldar algumas
análises e questões que procuram interpretar o espaço geográfico amazônico na
contemporaneidade;
2- Construir um Projeto Político Pedagógico na especificidade da Educação do
Campo, destacando seus princípios e buscando romper com a visão urbano-
Centrica, por meio do reconhecimento da riqueza cultural e dos modos de vida
relacionados aos povos originários e camponeses.
3- Promover ações administrativas e pedagógicas voltadas para uma educação que seja
inclusiva, participativa e dialógica, que promova a cidadania e a transformação
social e uma intrínseca relação com a comunidade.
4- Ter sempre atenção para as Diretrizes curriculares da Educação do Campo, das
águas e das florestas, e na ITF – Investigação Temática Freireana, como a principal
metodologia a ser trabalhada.

29
5- Estabelecer diálogo permanente com a Coordenação de Educação do Campo, das
Águas e das Florestas (COECAF), vinculada à Diretoria de Educação –
DIED/SEMEC, para fortalecer as ações desenvolvidas no contexto da escola bem
como a unidade da escola com a sede.
6- Ampliar o debate sobre as bases legais que conformam a Educação do Campo na
legislação brasileira.
7- Elaborar estratégias, em colaboração com os sujeitos da comunidade escolar,
visando a implantação da pedagogia da alternância, com tempos e espaços
educativos; implantando os quintais pedagógicos e as hortas escolares.
8- Desenvolver ações e projetos escolares com base na Agroecologia;
9- Reconhecer e fortalecer os territórios étnico raciais como forma de produção e
reprodução de (Re) Existência, do modo de vida e de trabalho no campo.

FORMAÇÃO PERMANENTE

Conforme a LDB (Lei nº 9.394/96) que discorre no inciso V, art. 13, quanto à participação do
docente na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; e no período
dedicado ao planejamento, à avaliação e ao seu desenvolvimento profissional.

A Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) oferta modalidades de formação permanente e,


além disso, valoriza os servidores em formação complementar, por meio de licença curso e
gratificação de incentivo, conforme o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município De
Belém (Lei nº 7502/1990).

No âmbito da educação do campo destaca-se as formações realizadas pela Coordenação de


Educação do Campo, das Águas e das Florestas (COECAF), que desde a sua criação em 2021
(portaria Nº 1.639/2021) vem promovendo formações permanentes para todas as categorias de
servidores da educação alocados nas escolas do campo. Além da formação dos professores no
projeto “ESPERANÇAR NA FORMAÇÃO DOCENTE: CONSTRUINDO ESCOLAS
HUMANIZADORAS E TRANSFORMADORAS”, participada por todos os educadores das
unidades de ensino localizadas nas Ilhas Sul, tem sido feito formação para os barqueiros e
ajudantes na perspectiva freireana, essa coordenadoria incentiva os estudos da Hora
Pedagógica-HP e tem organizado ou incentivado a participação em seminários que discutem a
ECAF, como o que ocorreu no dia 16 de abril do corrente ano de 2024, com a realização do 1º
Seminário de Educação do Campo, intitulado “O processo de Construção de uma política
municipal de educação do campo, das águas e das florestas”. Este evento formativo teve como
objetivo refletir sobre os avanços e os desafios da educação do campo, das águas e das florestas
30
no contexto da Rede Municipal de ensino de Belém, tendo como público alvo: professores e
todos os servidores das escolas do campo e suas comunidades, movimentos sociais do campo e
universidades.

Para esse âmbito, seguem as orientações abaixo listadas

1 – As unidades escolares elaborem um calendário de formação continuada para equipe interna


da Unidade Escolar, a fim de aperfeiçoar e qualificar as discussões para o fortalecimento da
prática pedagógica freiriana. Essas formações podem ser realizadas no período dedicado a
Jornada Pedagógica, no início de ano letivo, contudo precisam ocorrer em outros momentos
coletivos, incluindo neste processo a comunidade local, bem como garantir a efetiva
participação das educadoras e educadores nas formações promovidas pela SEMEC e nas
atividades afins, organizadas por outras instituições, que promovam eventos formativos
direcionados à educação do campo;

2 - Para fins de formação nas unidades escolares, solicitar a presença de representantes dos
movimentos sociais do campo e/ou de especialistas em Educação do campo em suas variadas
abordagens, tais como a educação do campo no contexto da política nacional de educação; os
componentes curriculares para a transformação da escola do campo, entre outras.

3 - Sistematizar registros das ações realizadas, tais como fotos, textos produzidos por
estudantes, educadoras e educadores, relatos de experiências pedagógicas na escola e nos
lugares de aprendizagens da comunidade escolar. Orienta-se que esses registros sejam
sistematizados semestralmente, criando um banco de dados para divulgação e disponibilização
para a equipe escolar, comunidade local, DIED/SEMEC e demais instituições interessadas.

4 - O momento formativo deve ser previamente dialogado com a comunidade escolar e pautado
no planejamento anual.

Para quaisquer outras dúvidas sobre a aplicação dessas orientações, os gestores da unidade
escolar podem entrar em contato através do e-mail institucional:
[email protected]

31
6. Coordenação de Educação para Relações Étnico-Raciais – CODERER

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS ACERCA DA


EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

FINALIDADE
Regulamentar os processos de trabalho da Educação para as Relações Étnico-raciais na Rede
Municipal de Educação de Belém (RMEB) a serem organizados nas unidades educacionais com
vistas a orientar os profissionais da educação que atuam com os bebês, crianças, adolescentes,
jovens, adultos e idosos.
ABRANGÊNCIA
Abrange a todas as crianças, jovens, adultos e idosos matriculadas na RMEB e aos profissionais
da educação atuantes na Secretaria Municipal de Educação de Belém.

CURRÍCULO DA ERER
O currículo pensado a partir da perspectiva da ERER é previsto a partir da Resolução CNE/CP
n° 01 de 22 de junho de 2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Esse documento define o objetivo da ERER nos níveis e modalidades da educação ofertada no
Brasil.
Em âmbito municipal, a SEMEC publicou em 2022 as Diretrizes Curriculares para a Educação
Infantil, em cujo texto a Educação Antirracista configura como um dos Princípios a serem
seguidos pelas educadoras e educadores da RMEB.

32
Desse modo, em conformidade a esse objetivo, orienta-se a partir desse documento e à
aproximação a um currículo freiriano, que se considerem estes princípios, que em síntese
permitem:

1. Reconhecer a Liberdade Religiosa como valor fundamental para a vida humana,


desestimulando atitudes de racismo religioso entre os alunos, funcionários e comunidade
escolar. Nesse sentido, é importante considerar que os termos “macumba”, “macumbeiro”,
feitiçaria ou “magia negra” para designar as religiões de matrizes africanas são pejorativos e
devem ser evitados e combatidos. O termo correto é afro-religioso.
2. É importante que as Unidades Escolares, ao desenvolver ações pedagógicas a partir de fatos
históricos e datas/ períodos significativos, considere nessa lista a participação dos povos negros
com o intuito de ressignificar seus papéis nesses eventos e valorizar seus protagonismos,
afastando as compreensões redutoras de sua atuação. Para tal fim, elencamos as seguintes datas:
Revolução da Cabanagem – 06 de janeiro; Dia de Combate à Intolerância Religiosa – 21 de
janeiro; Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial e Dia Nacional das
Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé - 21 de março; Abolição
legal da Escravidão – 13 de maio; Dia da África - 25 de maio, Dia Nacional de Combate à
Discriminação Racial - 03 de julho; Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e
Caribenha – 25 de julho; Independência do Brasil – 7 de setembro; Proclamação da República
– 15 de novembro; Dia da Consciência Negra - 20 de novembro; Revolta da Chibata - 22 a 27
de novembro;
3. O currículo escolar é largamente influenciado pelo tipo de material didático ao qual as (os)
estudantes tem acesso. Dessa forma, orientamos que se catalogue o acervo bibliográfico
documental e de audiovisual que a Unidade Escolar possua, identificando os materiais
referentes à temática étnico-racial, garantindo a utilização e disponibilização para a comunidade
escolar em todas as suas categorias. Para tal fim, destacamos as seguintes ações:

• Valorizar a oralidade e a circularidade como valor civilizatório das culturas africanas,


realizando contação das histórias desses povos em sala de aula e pontuando que os mitos
são registros da memória repassados de geração em geração como forma de perpetuar a
cultura e fortalecer a identidade das populações negras.

33
• Promover a leitura de livros das literaturas africanas e afro-brasileira, dando visibilidade
a autoras e autores negros.
• Incentivar as(os) estudantes a escreverem sobre a sua identidade ou ascendência
africana e sobre a realidade das suas relações étnico-raciais para organização de
relatórios e publicações a serem realizadas pela SEMEC.

4 - Incluir no Projeto Político Pedagógico das Unidades Escolares a descrição do trabalho


pedagógico para o cumprimento das Leis n° 10.639/03 e n° 11.645/08 (concepção, objetivos,
conteúdos. abordagem metodológica e prática avaliativa) garantindo que as temáticas
perpassem, de forma transversal, os diversos componentes curriculares e projetos didáticos.

ENFRENTAMENTO E SUPERAÇÃO DO RACISMO


O racismo é uma ideologia de poder que pressupõe a supremacia das pessoas brancas sobre as
pessoas negras em várias dimensões, mas sempre agindo em função da desvalorização,
apagamento e silenciamento de todas as contribuições da cultura negra para a sociedade.
Dessa forma, criar mecanismos eficientes não só de enfrentamento, mas de superação do
racismo é parte essencial de um processo educacional que se pretende fortalecedor da garantia
de direitos de todas (os) as(os) estudantes. Desse modo, orientamos:
• Ampliar o debate sobre o racismo e relações étnico-raciais no cotidiano escolar,
garantindo a efetiva participação da comunidade escolar em todas as suas categorias
(Direção, Coordenações Pedagógicas, Assistentes Administrativos, Professoras e
Professores, Estudantes, Auxiliares de Serviços Gerais, Responsáveis dos estudantes e
moradores da região onde a escola se localiza), sempre com ampla divulgação de cada
evento;
• Promover ações de combate e prevenção ao Racismo Institucional (campanhas,
seminários, oficinas, etc.), com o objetivo de combater a ocorrência de comportamentos
discriminatórios no espaço escolar a partir de estereótipos racistas. Destacamos aqui os
mais comuns no ambiente escolar:
• Black face – Surgido no século XIX quando pessoas negras não podiam subir nos palcos
por conta da cor da pele, os atores brancos pintavam a pele de preto e ridicularizavam
as pessoas negras se comportando de forma exagerada e estereotipada, demonstrando o
pensamento racista da sociedade. Essa Prática reaparece na sociedade brasileira
34
principalmente ligada à imagem da “nega maluca”, estereótipo da mulher negra que
deve ser combatido. Assim, o uso de perucas e a pintura da pele com tinta preta não
devem ocorrer em nenhum momento das atividades promovidas pela escola, dentro ou
fora do espaço da unidade escolar.
• Racismo Recreativo – “Piadas” e “brincadeiras” de cunho racial que causam
constrangimento por associarem características físicas e culturais das pessoas negras
como algo inferior, demoníaco ou desagradável, tais como formato do cabelo, dos olhos,
nariz, orelhas, cor da pele, dentre outros.
• Folclorização das culturas africanas e afro-brasileiras - tentativa errônea de valorização
destas culturas através de uma visão embranquecida e estereotipada das mesmas, usando
elementos dessa cultura como adereços, adornos, pinturas ou peças de vestuário sem
contexto com a cultura e população da qual são originários. Por exemplo, o uso de
turbantes, colares ou estampas africanas sem citar suas origens, grupos que criaram e/ou
utilizam, bem como seus significados, cria um esvaziamento que ao invés de valorizar,
cria uma imagem de pouca importância e de banalização.
• Racismo religioso - Discriminação histórica que demoniza sobretudo as religiões afro-
brasileiras, tendo o racismo por base, retirando delas o reconhecimento enquanto
religião e como instituições que buscam valorizar a vida e a harmonia entre os seres
humanos e a natureza e provoca em seus membros a vergonha ou medo de publicizar
seu pertencimento à religião, bem como o uso de seus elementos rituais, tais como
colares, turbantes, pulseiras, etc.
• Estabelecer diálogo permanente com a Coordenadoria da Educação para as Relações
Étnico-raciais (CODERER), vinculada à Diretoria de Educação- DIED/SEMEC, para
fortalecer as ações de combate e enfrentamento ao racismo nas Unidades Escolares por
seus educadores(as), diretores(as) e coordenadores(as) pedagógicos(as).
• Divulgar o Estatuto da Equidade Racial no Estado do Pará (Lei Estadual nº 9341/21) e
o Estatuto Municipal da Igualdade Racial no Município de Belém (Lei Municipal
9769/22), no âmbito escolar, com o objetivo de fortalecer o princípio da igualdade e o
respeito as diferenças.
• Divulgar a lei 14.523/23, que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, como um
avanço importante na luta contra o racismo no país.

35
FORMAÇÃO PERMANENTE
Conforme a LDB (Lei nº 9.394/96) que discorre no inciso V, art. 13, quanto à participação do
docente na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; e no período
dedicado ao planejamento, à avaliação e ao seu desenvolvimento profissional.
A SEMEC promove modalidades de formação permanente e valoriza os servidores em
formação complementar, por meio de licença curso e gratificação de incentivo conforme os
critérios legais. Dentre as modalidades formativas, para além da necessária busca de formação
pessoal, no âmbito da educação antirracista, destacamos as formações realizadas pela
Coordenadoria da Educação para as Relações Étnico-Raciais (CODERER), que desde a sua
criação em 2021 vem promovendo formações permanentes para todas as categorias de
servidores da educação.
Para esse âmbito, orientamos que:
1. As unidades escolares elaborem um calendário de formação continuada para equipe
interna da Unidade Escolar, a fim de aperfeiçoar e qualificar as discussões para o
fortalecimento da prática pedagógica antirracista, que pode fazer parte da Jornada
Pedagógica e reuniões de início de ano letivo, incluindo neste processo a comunidade
local, bem como garantir a efetiva participação das educadoras e educadores nas
formações promovidas pela SEMEC e nas atividades afins organizadas por outras
instituições na cidade de Belém.
2. Para fins de formação nas unidades escolares, solicitar a presença de representantes dos
movimentos negros, prioritariamente, ou de especialistas em Educação para as Relações
Étnico-raciais ou representantes de instituições de combate ao racismo, para evitar
distorções provocadas pelo deslocamento do lugar de fala.
3. Sistematizar registros das ações realizadas (fotos, textos produzidos por estudantes,
educadoras e educadores, relatos de experiências pedagógicas antirracistas exitosas e
testemunhos da comunidade escolar) referentes ao combate à discriminação racial,
semestralmente, criando um banco de dados para divulgação e disponibilização para a
equipe escolar, comunidade local, DIED/SEMEC e demais instituições interessadas.
4. O momento formativo deve ser previamente dialogado com a comunidade e pautado no
planejamento anual. Na existência de formação ampla promovida diretamente pela
CODERER/SEMEC em um determinado mês, a formação em contexto de trabalho é
suspensa.

36
Para quaisquer outras dúvidas sobre a aplicação dessas orientações, os gestores da unidade
escolar podem entrar em contato através do e-mail institucional:
[email protected].

7. Coordenação de Educação Escolar de Indígenas Imigrantes e Refugiados –


CEIIR

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO ESCOLAR DE INDÍGENAS IMIGRANTES E


REFUGIADOS
FINALIDADE

A CEEIIR tem como missão promover uma educação intercultural, socialmente referenciada
pelos grupos atendidos, buscando visibilidade e valorização da pluralidade identitária e
transterritorial, com reconhecimento de seus direitos à dignidade humana. Sendo esses sujeitos
os grupos de indígenas, imigrantes, refugiados e apátridas.
São atribuições da CEEIIR:
1. Assessorar a DIED em análises e construção de pareceres e de processos relativos ao
campo de atuação da CEEIIR;
2. Acompanhar a inclusão escolar dos alunos indígenas, imigrantes e refugiados;
3. Manter atualizado o fluxo dos alunos atendidos por esta coordenação;
4. Desenvolver ações de assessoramento técnico-pedagógico e formação continuada para
as escolas que atendem a demanda específica desta coordenação;
5. Elaborar, Implantar, Implementar, participar e fomentar nas unidades educativas da
RMEB projetos e ações que permitam o acesso dos educandos e o fortalecimento de
seu processo de ensino-aprendizagem;
6. Participar de ações articuladas e promover formação permanente em parceria com as
demais coordenações da DIED;
7. Participar de ações promovidas pela DIED e pela SEMEC;
8. Elaborar documentos e material pedagógico que versem sobre as especificidades do
atendimento escolar interétnico e intercultural;
9. Fortalecer vínculos intersetoriais e interinstitucionais para ações planejadas ao público
atendido pela coordenação.

37
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS COMPLEMENTARES
1. Ao receber um estudante indígena, imigrante ou refugiado em sua escola, comunicar à
CEEIIR;
2. Quanto à matrícula de indígenas refugiados (Warao), de acordo com a Resolução
CNE/CEB nº 1, de 13 de novembro de 2020, a qual dispõe sobre o direito de matrícula de
crianças e adolescentes migrantes, refugiados, apátridas e solicitantes de refúgio no sistema
público de ensino brasileiro, não há obrigatoriedade de exigência de documentos que
comprovem estudos anteriores;
3. A Resolução CNE/CEB nº 1, de 13 de novembro de 2020 também prevê a necessidade
da realização de teste classificatório para crianças e adolescentes que possuem idade igual ou
superior a 7 anos;
4. O teste classificatório é padronizado pela CEEIIR e deve ser realizado, prioritariamente,
pelo professor de Língua Espanhola na presença dos pais, parentes ou algum responsável que
fale a língua warao;
5. Após o teste classificatório e a devida enturmação indicada pelo teste e pela idade, dar
atenção para alocar sempre duas ou mais crianças e adolescentes juntos, na mesma sala, para
que possam se sentir protegidas e amparadas quanto à comunicação;
6. No primeiro dia de aula, realizar o acolhimento desses estudantes. A CEEIIR ficará
responsável pelo deslocamento de um professor de espanhol para esse momento, caso não haja
esse profissional lotado na escola;
7. Promover o contato das famílias indígenas, imigrantes e refugiadas com a comunidade
escolar para possibilitar a experiência de partilha intercultural, fortalecendo, com isso, uma
educação mais democrática;
8. Realizar campanhas e eventos de combate ao racismo contra os povos indígenas e contra
a xenofobia ao longo do ano letivo;
9. Elaborar projetos pedagógicos que dêem visibilidade às diferentes identidades étnicas
com a devida inclusão no Projeto Político Pedagógico da escola;
10. Para os gestores e professores que atendem estudantes indígenas torna-se prioritária a
participação nas formações com a temática indígena que são realizadas pela CEEIIR ou outras
instituições parceiras;

38
11. Respeitar a cultura alimentar quando houver rejeição da merenda escolar e, quando
possível, fazer adaptações no cardápio que contemplem as necessidades nutricionais desses
estudantes;
12. A inserção de materiais pedagógicos produzidos pelas diferentes culturas indígenas
(literatura, filmes, música, artesanato, etc) no planejamento das aulas dos professores que
atendem esses estudantes;
13. Comunicar à CEEIIR as dificuldades no processo de ensino-aprendizagem para a
elaboração de formações e materiais que contribuam para a superação dessas dificuldades.

8. Núcleo de Arte Cultura e Educação – NACE

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS DO NÚCLEO DE ARTE,


CULTURA E EDUCAÇÃO (NACE)

FINALIDADE
Regulamentar os processos de trabalho da Educação para o ensino de artes na Rede Municipal
de Educação de Belém (RMEB) com vistas a orientar os profissionais da educação que atuam
com as crianças, adolescentmes, jovens, adultos e idosos.
ABRANGÊNCIA
Abrange a todas as crianças, jovens, adultos e idosos matriculadas na RMEB e aos profissionais
da educação atuantes na SEMEC/Belém.
CURRÍCULO DE ARTE
Com a Lei nº 9.394/96, revogam-se as disposições anteriores e a arte é considerada obrigatória
na educação básica: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos
diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos
alunos” (artigo 26, parágrafo 2º).
Em âmbito municipal, a SEMEC publicou em 2022 as Diretrizes Curriculares para o Ensino
Fundamental, em cujo texto sobre o Componente Curricular de Artes entre as paginas 266 e
283 apontando os princípios a serem seguidos pelo professores e professoras da RMEB.
É preciso pensar a arte como instrumento para ressignificação de valores, em que o seu
potencial criativo seja utilizado para a desconstrução da cultura eurocêntrica. Neste sentido,
estas experiências oriundas de estudos, experimentações e aprendizagens nas artes visuais,
musicais, teatrais, dançantes e museais podem oferecer um repertório de possibilidades para
uma educação que valorize identidades, saberes ancestrais e humanidade eticamente
responsável com suas histórias passadas e presentes.

39
Defende-se a interdisciplinaridade enquanto uma nova possibilidade de aprofundamento do
conhecimento da arte, relacionando-o aos saberes de outras componentes curriculares que
ajudarão a compreender e expressar-se na linguagem artística para a construção do aprendizado
na escola.
A LDB nº 9.394/96 inclui a Arte como componente obrigatório do currículo, garantindo o
respeito às suas áreas específicas. Esse aspecto legaliza as licenciaturas específicas, que
conceitualmente reflete a rejeição pela formação polivalente e sinaliza para a formação nas
linguagens artísticas específicas, desta feita deve-se garantir a especificidade de cada linguagem
a partir da formação inicial de cada docente.
Desse modo, em conformidade com as linguagens artísticas da dança, teatro, música e artes
visuais, orienta-se para atentar para as seguintes dimensões do conhecimento que, de forma
“indissolúvel e simultânea, caracterizam a singularidade da experiência artísticas” (p. 271),
quais sejam:
Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem;
Críticas: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a novas compreensões
do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de relações entre as diversas
experiências e manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas;
Estesia: refere-se à experiência do sensível dos sjuetos em relação ao espaço, ao tempo, ao som,
à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materais;
Expressão: refere-se as possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por
meio dos procedimentos artísdticos, tanto no âmbito individual quanto coletivo;
Fruição: refere-se ao contato, ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e, portanto, à abertura
para se sensibilizar durante a participação em práticas artíticas e culturais;
Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as fruições, as
experiências e os processos criativos, artísticos e culturais.
Nesse sentido, ao citar o ensino de Artes na escola pública municipal é relevante reafirmar a
necessidade da
efetivação de leis que assegurem o direito de aprendizagem deste conhecimento nos currículos
da Educação Básica, contribuindo com a sua inserção curricular, ao afirmar que a prática
artística possibilita o compartilhamento de saberes e de produções entre os educandos por meio
de exposições, saraus, espetáculos, performances, concertos, recitais, intervenções e outras
apresentações e eventos artísticos e culturais, na escola ou em outros locais. (DCM, 2022, p.
97)
Também reafirmar que visitas a exposições de arte, concertos musicais, óperas, espetáculos
teatrais, espetáculos de dança, circuitos interativos, etc fora do território escolar são vivências
significatiuvas e expressões de um currículo vivo e pulsante.
FORMAÇÃO PERMANENTE

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Conforme a LDB (Lei nº 9.394/96) que discorre no inciso V, art. 13, quanto à participação do
docente na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; e no período
dedicado ao planejamento, à avaliação e ao seu desenvolvimento profissional.
O NACE promove formação permanente dos professores(as), oficineiros(as), mestres(as) dos
saberes por meio encontros mensais de modo sistematizado e, em outros momentos, mais
pontuais, sempre que demandado pelo coletivo.
No contexto da formação permanente, orientamos que:
1 – Os momentos formativos estejam orientadas/os por uma proposição que almeja que o
processo de ensino/aprendizagem em arte se mova dentro de uma concepção da educação
sensível, num processo de despertar para os sentidos, e aqui se compreende sentidos numa
perspectiva ampliada; trabalhando com temas como: decolonização, territorialidades, natureza,
identidades e diversidades culturais, patrimônio cultural, voltados para as práticas docentes no
ensino de artes;
2 – A oferta do programa de formação permanente em Artes para os/as professores/as,
oficineiros(as), mestres/as de arte desta rede de ensino em um conjunto de ações que passam
entre jornada pedagógica, experiências estéticas formativas, formações em contexto de
trabalho/assessoramento, formações permanentes gerais, formações permanentes específicas
por linguagem, oficinas e culminância geral; buscando, nesse conjunto de ações, respeitar as
linguagens das Artes e a concepção de Ciclos de Formação e Totalidades existentes na RME
de Belém.
3 – Sistematizar e registrar das ações realizadas na escola e em outros territórios (fotos, vídeos,
produção textual de estudantes e professores(as), relatos de experiências exitosas e/ou
reflexivas, relatos orais da comunidade escolar etc.) referentes aos aprendizados em Arte, de
modo a consolidar junto à comunidade escolar as aprendizagens oriundas dessas vivências
significativas artísticos e culturais.
4 – O momento formativo deve ser incentivado no coletivo escolar e pautado no planejamento
anual. Na existência de formação permanente promovida pelo NACE em determinada
(agendada) sexta-feira de cada mês deve ser respeitada pela escola e incentivada junto aos
professores(as), oficineiros(as), mestres(as), bem como evitar propor acões no mesmo dia do
Calendário de Formações da DIED.
Observações:
1) Para dirimir quaisquer outras dúvidas disponibiliza-se o contato do e-mail institucional:
[email protected]
2) Orienta-se para a (re)leitura do “DOCUMENTO ORIENTADOR para o trabalho pedagógico
de oficineiras, oficineiros, mestras e mestres de saberes” enviado aos gestores(as), cujo debate
foi pauta da formação de 25/4/2024 realizada no Palacete Pinho
3) Sobre Tempo Integral e o atendimento da EMAB (Escola Municipal de Artes de Belém)
sugerimos a leitura:
https://www.gov.br/mec/pt-br/escola-em-tempo-integral
41
(cartilha e documento orientador)

4) Sobre a relevância e a garantia da Hora Pedagógica (HP), consultar:


Portaria nº 835/2023 (GABS/SEMEC) - Regulamenta o cumprimento da HP pelos professores
da Rede municioal e dá outras providências.

5) Sobre as diretrizes para o ensino de Artes, consultar:


Diretrizes Curriculares Municipais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação de
Belém, 2022 (texto compreendido entre as páginas 266 e 283)

9. Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes -CRIE

42
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS PARA A
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO
DE BELÉM

Estas orientações pedagógicas e administrativas abrangem todos os estudantes e profissionais


da educação atuantes na Secretaria Municipal de Belém e visa orientar a Educação Especial e
Inclusiva da Rede Municipal de Educação de Belém – RMEB.

FINALIDADE
Orientar e regulamentar os trabalhos da educação Especial e Inclusiva na Rede Municipal de
Educação (RMEB) a serem organizados nas unidades educacionais com vistas a orientar os
profissionais atuantes com os estudantes com deficiência, Transtornos diversos e altas
habilidades/superdotação.

DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA


A Educação Especial e Inclusiva é uma responsabilidade de todos os profissionais da Rede
Municipal de Ensino de Belém - RMEB, que trabalharam em parceria e com assessoramento
dos profissionais especializados do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel
Lima Mendes- CRIE a fim de assegurar práticas inclusivas nas escolas do município de Belém
que consideram as especificidades, peculiaridades e direcionam ao acesso e permanência
viabilizando as aprendizagens dos estudantes público alvo da Educação Especial e Inclusiva. A
Educação Especial e Inclusiva deve ser assegurada em todos os espaços escolares, em seus
níveis e modalidades pelos profissionais de todos os setores por meios de práticas inclusivas,
que propiciem inclusão, diversidade e direitos humanos, por estarem presentes e entrelaçados
na dinâmica social e na construção do sujeito. A educação constitui direito da pessoa com
deficiência, assegurado pelo sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao
longo de toda a vida, de forma a alcançar o desenvolvimento de seus talentos e habilidades
físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades
de aprendizagem. Será ofertada na rede regular de ensino, para os educandos com deficiência,
Transtorno do Espectro Autista - TEA, Altas Habilidades/Superdotação, Dislexia, Transtorno
Deficit de Atenção e Hiperatividade- TDAH, e outros transtornos, sendo respeitado no processo
educacional as especificidades e o desenvolvimento dos estudantes. Considera-se pessoa com
deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual

43
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Terão direito
ao Atendimento Educacional Especializado - AEE, realizado em Salas de Recursos
Multifuncionais - SRM, Instituições Educacionais Especializados- IES ou Serviço de
Atendimento Educacional Especializado- SAEE, estudantes com deficiência, Transtorno do
Espectro Autista- TEA, altas habilidades/superdotação em todas as etapas, níveis e modalidades
de ensino. Sublinha-se que estudantes com dislexia, TDAH e outros transtornos de
aprendizagem que apresentam alterações no desenvolvimento da leitura e da escrita, ou
instabilidade na atenção, que repercutem na aprendizagem devem ter assegurado o
acompanhamento específico direcionado à sua dificuldade, da forma mais precoce possível,
pelos seus educadores no espaço escolar, podendo estes profissionais contarem com o
assessoramento dos profissionais especializados das SRMs. O Projeto Político-Pedagógico das
instituições de Ensino deve assegurar as práticas inclusivas nas escolas e assegurar o
Atendimento Educacional Especializado, assim como os demais serviços de apoio e adaptações
razoáveis, nos termos da Lei 13.146/15, para atender às características e às necessidades dos
educandos com deficiência e, com isso, garantir o seu acesso ao currículo em condições de
igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia.

ABRANGÊNCIA E
PRINCIPIOS ORIENTADORES
A Educação Especial e Inclusiva no âmbito da RMEB deve garantir direitos, respeito às
diferenças, justiça social e inclusão em vários segmentos da sociedade com interface nas
dimensões humana, histórica, social, cultural, política e respeito aos territórios e os sujeitos que
neles vivenciam; Educação Especial e Inclusiva do município de Belém se coaduna com a
perspectiva da Educação Inclusiva, entendida como um conjunto de metodologias, recursos e
conhecimentos que a escola disporá para garantir processos educacionais de qualidade,
respeitando a diversidade de seus estudantes.
A concepção educacional adotada pela RMB no âmbito da educação especial perpassa pela
perspectiva da Educação Inclusiva e os princípios filosóficos e educacionais ancorados em
concepções crítico-progressistas da educação. O processo de ensino e aprendizagem está
baseado nos princípios de igualdade de condições para o acesso, permanência na escola e
terminalidade de estudos.

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MODALIDADE DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
A modalidade da Educação Especial e inclusiva, assegurada no capítulo V, Lei nº 9.394/96,
das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), será ofertada preferencialmente na rede
regular de ensino para estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação. No âmbito da SEMEC, a Educação Especial e Inclusiva é
orientada pela Resolução Nº 012/2007 CME/Belém e é compreendida como uma
responsabilidade do Sistema Municipal de Educação de Belém, com fundamentação no
princípio da inclusão educacional e social, com objetivo de garantir acesso, permanência e
igualdade de oportunidade de todas as crianças, jovens e adultos matriculados na RME de
Belém, com utilização de estratégias diversificadas e condições de prosseguimento de estudos,
adequação e real aproveitamento. A modalidade da Educação Especial e Inclusiva
transversaliza outras modalidades de ensino da RMEB, a saber: a Educação de Jovens, Adultos
e Idosos (EJAI), a Educação do Campo, das Águas e das Florestas, a Educação Escolar
Quilombola e a Educação Escolar para Indígenas, Imigrantes e Refugiados. As unidades
escolares da RMEB se organizarão para atender os estudantes que apresentam deficiências
assegurando condições necessárias para uma educação de qualidade para todos e contribuir para
a construção dos sistemas de ensino inclusivos. A Educação Especial e Inclusiva da RMEB será
articulada entre as áreas da saúde, assistência social e educação, a fim de garantir o
fortalecimento da rede de serviço.

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)


O AEE será ofertado nas SRMs aos estudantes com deficiência, TGD, altas habilidades e
superdotação nas classes comuns do ensino regular que estão matriculados nos sistemas de
ensino ou em centros de AEE da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos.
As atividades desenvolvidas no AEE requerem diferenciação daquelas realizadas na sala de
aula comum, de modo a serem ofertadas com especificação aos estudantes público-alvo da
Educação Especial, uma vez que elas não são substitutivas à escolarização, mas
complementares e suplementares a formação desses estudantes.

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O Atendimento aos estudantes da Educação Especial e Inclusiva no município de Belém ocorre
por meio do AEE, no contexto da escola regular, no contraturno e prevê a dupla matrícula, uma
no ensino regular da rede municipal de ensino e outra no atendimento educacional
especializado. As Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs) são espaços pedagógicos
especializados e de acessibilidade da RMEB em que cabem aos professores neles atuantes a/o:

• Garantia do AEE ao estudante, preferencialmente, no contra turno da classe regular por


ele frequentada e na própria escola em que esse aluno é matriculado, ou em uma outra
escola próxima, ou ainda em um centro especializado;
• Desenvolvimento de avaliação educacional especializada aos estudantes público-alvo
da educação especial e àqueles em processo de avaliação diagnóstica;
• Construção de recursos pedagógicos especializados e de acessibilidade para serem
utilizados pelos estudantes no AEE;
• Organização de Planos de AEE a serem executados no AEE em articulação com os
professores das classes regulares;
• Organização da dinâmica de atendimento, com definição da quantidade e duração de
atendimentos na SRM;
• Orientação aos professores das classes regulares e famílias sobre a especificidade do
trabalho do AEE nas SRM;
• Estimulação dos professores a construírem e usarem as tecnologias assistivas e recursos
• pedagógicos acessíveis, de forma a ampliar as habilidades funcionais dos estudantes,
promovendo autonomia e participação.

CENTRO DE REFERÊNCIA EM INCLUSÃO EDUCACIONAL GABRIEL LIMA


MENDES (CRIE) O CRIE
é constituído por Equipes, Núcleos e Programas, responsáveis por desenvolver um conjunto de
ações que visam contribuir para a inclusão do estudante com deficiência, transtornos diversos
e superdotação/altas habilidades na RMEB. O foco de trabalho do CRIE é o assessoramento, o
acompanhamento, o atendimento, a formação continuada e permanente com qualidade aos
professores (as) das SRM’s, assim como a avaliação dos estudantes pertencentes ao público-
alvo da Educação Especial e Inclusiva na RMBE. Essas atribuições no âmbito do CRIE são:

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Assegurar o AEE realizado por Professores Especializados nas SRMs;
• Estar em constante contato com as famílias para que em situações do
afastamento do estudante por motivo de saúde em períodos prolongados, a
família deverá entrar em contato com a escola para providências necessárias do
atendimento educacional especializado por meio do CRIE;
• Orientar em conjunto com a equipe multiprofissional os familiares e/ou
estudantes público-alvo da educação especial;
• Viabilizar avaliações multiprofissionais que favoreçam a construção do Plano
de Atendimento Educacional Especializado dos estudantes público-alvo da
educação especial;
• Oportunizar ações de formação continuada, aos professores das salas de
recursos, professores do ensino regular, gestores e corpo técnico das escolas,
oferecendo cursos específicos da área da educação especial, voltados para as
práticas inclusivas na RME;
• Realizar semanalmente Horas Pedagógicas (HP) de modo presencial, virtual,
híbrido (virtual ou presencial) com os professores das SRMs;
• Assessorar as escolas pólos que abrigam as Salas de Recursos Multifuncionais
(SRM) realizado tanto pelos Professores de Referência Distritais, quanto pelos
Núcleos e Programas do CRIE.
• Realizar trabalho articulado e colaborativo entre Equipes, Núcleos e Programas
para o desenvolvimento de ações pedagógico-especializadas conjuntas
relativas ao processo de inclusão dos estudantes com deficiência nas escolas e
no CRIE.

CURRICULOS
A flexibilização curricular será fomentada no sentido de efetivar o processo de inclusão
educacional e social, no âmbito da Rede Municipal de Educação de Belém (RMEB). O Sistema
Municipal de Educação assegurará aos estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro
Autista e altas habilidades/superdotação:

• Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização, específicos para


atender às suas necessidades;
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• Trabalhar um currículo, flexível, coletivo, dialógico, em que os estudantes possam
desenvolver suas aprendizagens e constituir suas formações numa escola crítica e
criativa é importante, pois serão alicerces na vida em sociedade.
• Ações individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento
acadêmico e social dos educandos com deficiência, favorecendo o acesso, a
permanência, a participação e a aprendizagem em instituições educacionais;
• Adequações específicas às necessidades daqueles estudantes que não puderem atingir o
nível, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o
programa escolar aos superdotados;
• Professores com especialização na área na educação especial e inclusiva, para realização
de atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para
a inclusão desses educandos nas classes comuns;
• Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para
o respectivo nível do ensino regular. Para garantir a inclusão dos estudantes público-
alvo da educação especial escola em parceria com o CRIE/DIED/SEMEC oportunizar:
• Acesso às etapas da Educação Básica ofertada;
• Assegurar a participação em formação continuada, capacitações e aperfeiçoamento para
os servidores da escola em ações internas nas instituições escolares em parceria com o
CRIE ou profissionais especializados ou em formações promovidas pelo
CRIE/DIED/SEMEC;
• Trabalho pedagógico especializado e salas de recursos, em articulação com a equipe do
CRIE, podendo ser prestados por outros órgãos e instituições, em convênio ou parceria
com a SEMEC, se o caso assim exigir;

A Proposta pedagógica da Educação Especial e Inclusiva considera:


• As diferentes formas de aprender, inclusive no que se refere à organização e
desenvolvimento dos currículos e avaliações;
• O trabalho colaborativo e em parceria com as famílias dos educandos;
• Procedimentos para a garantia dos recursos humanos necessários, aquisição de materiais
/ equipamentos e adaptações para a acessibilidade do prédio escolar.

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• As escolas, com o suporte do CRIE/DIED/DEMEC, e em conformidade com a
legislação e normas vigentes, viabilizará aos estudantes com necessidades educacionais
especiais:
• Matrícula por turma respeitando o filtro de matrícula da RMEB;
• Atendimento Educacional Especializado - AEE em Salas de Recursos Multifuncionais-
SRM, no contraturno;
• Oferta de alternativas para o prosseguimento e conclusão de estudos com qualidade;
Aos docentes e equipe técnico-pedagógica caberá:
• Desenvolver currículos, assim como alternativas curriculares e instrumentos de
avaliação diferenciados, de forma a atender as peculiaridades dos estudantes com
necessidades educacionais especiais;
• Emitir relatório situacional para encaminhamento dos estudantes com possíveis
necessidades educacionais especiais aos profissionais especializados das SRMs do
CRIE, solicitando a avaliação pedagógica especializada e orientação de propostas
educacionais inclusivas acessíveis para os estudantes;
• Elaborar de maneira colaborativa com de profissionais especializados das SRM do
CRIE, plano de intervenção pedagógica que atenda às necessidades educacionais
especiais dos estudantes;

10. Centro Educacional de Inovação Tecnológica e Computacional – CETEC

Este material vem dar suporte aos docentes das Unidades Tecnológicas - UNITECs, assim como
à Coordenação Pedagógica e gestores das escolas a respeito da gestão da UNITEC. É, portanto,
um documento administrativo e pedagógico.
A ideia é que tenhamos um documento orientador sobre os diferentes aspectos do trabalho,
desde o Planejamento, até a avaliação dos trabalhos, perpassando pelo assessoramento dos
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docentes de UNITECs pela equipe do CETEC, assim como as questões técnicas e tecnológicas
que necessitem de algum tipo de suporte.
Servirá de consulta e diálogo sobre o saber-fazer das tecnologias aplicadas à Educação na Rede
Municipal de Ensino de Belém. É um documento preliminar, podendo sofrer ajustes e
modificações durante o ano letivo

FUNCIONAMENTO DO ESPAÇO
A frequência diária dos alunos que estão sendo atendidos é um registro essencial para o trabalho
pedagógico. Um instrumento de registro específico é necessário na rotina diária do professor
da Unidade Tecnológica.
O horário de atendimento das turmas precisa estar fixado em local visível na UNITEC, além de
estar disponibilizado para a Coordenação Pedagógica. Um livro de ocorrências específico da
Unidade Tecnológica precisa estar disponível para comunicação entre os turnos, para registro
de visitas técnicas, visitas pedagógicas, situações atípicas ocorridas na UNITEC, assim como
as ocorrências em geral. A utilização do espaço ocorrerá sempre com a supervisão do professor
da UNITEC.
A utilização em outros momentos, em que o professor não esteja presente, deverá se dar com o
conhecimento do professor da UNITEC ou com sua autorização. É importante destacar que os
atendimentos das UNITECs não deverão cobrir as HP de outros professores. O hábito do
registro precisa ser fortalecido pelo docente da UNITEC, uma vez que facilita o controle das
atividades, a avaliação dos resultados, a retomada de ações e atividades, além de promover a
reflexão da prática cotidiana.
O registro diário das atividades desenvolvidas com os alunos requer realização em instrumento
próprio, contendo os seguintes tópicos: data, turno, turma, número de alunos, atividades
realizadas, recursos utilizados e observações gerais.

Quadro: Exemplo de Diário de bordo

50
O quadro acima mostra um modelo/exemplo de "Diário de Bordo" a ser utilizado pelos docentes
da UNITEC, englobando os tópicos do item anterior.

CUIDADOS COM O AMBIENTE


A limpeza da sala deverá acontecer diariamente na troca de turnos. Não deverá ocorrer em
horários em que os alunos estiverem no ambiente. Para a limpeza, recomendamos o uso de
vassoura de pelos e panos úmidos para o piso, bancadas e móveis do ambiente. Para a limpeza
dos computadores deve-se utilizar flanelas seca e limpa ou levemente umedecidas com álcool
e pincéis para a limpeza dos teclados. O professor não pode permitir a entrada de comida ou
bebidas nas salas, atentando para o uso de chicletes.

MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS


Os problemas técnicos nos computadores deverão ser registrados no livro de ocorrências
específico da UNITEC e contatar a Secretaria do CETEC pelo telefone 91-98494 5062 para
abrir chamado técnico. Pode ser contatado também o professor que assessora o Distrito para
isso.
Não é necessário fazer ofício para solicitar esses serviços. As necessidades de consertos de ar
condicionado devem ser, da mesma forma, registrados no livro de ocorrência e os reparos
solicitados via protocolo da SEMEC. Reforçamos que a aquisição de periféricos como mouse,
teclado, caixa de som, fones de ouvido, modem, hardware e outros são responsabilidade da
escola.
Em relação às visitas técnicas, deve-se ter sempre uma pessoa da escola para acompanhar a
ação e, ao final, conferir o trabalho executado e dar ciência (assinar) ao documento do técnico.

51
PLANEJAMENTO
O planejamento do professor não é um documento burocrático. É, sim, um instrumento de
trabalho, que organiza sua prática cotidiana e reflete seu saber-fazer pedagógico. No início do
ano o professor deverá elaborar seu projeto de trabalho, podendo este ser anual ou semestral.
No caso deste último, deverá ser elaborado outro projeto de trabalho no início do segundo
semestre.
No caso de ser anual, o projeto deve ser reavaliado e reorganizado no início do segundo
semestre. O Planejamento do professor da UNITEC deve atingir as dimensões do currículo, as
ferramentas e os processos tecnológicos. É recomendável que o planejamento seja: Objetivo -
apresente com clareza seus propósitos e proposições Claro - expresse seus pontos de forma fácil
de se entender Integrado - articulado com outros elementos que funcionem em conjunto de
maneira complementar Colaborativo - envolva ou tenha abertura à produção conjunta com
outras pessoas.
O Projeto do professor da UNITEC deve ser compartilhado, nos prazos estabelecidos, com a
Coordenação Pedagógica da escola e com o CETEC, a fim de que o professor do Centro que
assessora o Distrito tenha conhecimento e possa estabelecer um diálogo sobre o trabalho
realizado. O Planejamento do professor precisa estar articulado com os objetivos traçados pela
proposta educacional da escola e com as orientações do CETEC.

ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO
Os professores do CETEC acompanharão as ações relativas a UNITEC através de: Visitas
previamente agendadas com a escola; Formações; Reuniões; Acompanharão o
desenvolvimento do projeto e a sua efetividade durante o ano letivo, dando suporte pedagógico
de acordo com as necessidades. Os professores lotados nas UNITECs no noturno serão
assessorados pelos professores do noturno do CETEC.

FORMAÇÃO
Em relação a HP do professor da UNITEC: A participação na Hora Pedagógica (HP) se dará de
acordo com a Portaria 043/2011 ou outra que venha a substitui-la. Ocorrerá no CETEC, em
calendário previamente divulgado Organizada pelo grupo de professores do Centro, às sextas
feiras, no turno de trabalho do professor. Espera-se a disponibilidade dos professores de SIE
nos horários: 8 às 12h e 13 às 17h. Nas escolas - Organizadas pela gestão nos horários

52
estabelecidos pela escola. Nos dias em que não há formação no CETEC, a HP dos professores
deverá ocorrer na Escola em que o professor estiver lotado, ou que concentra a sua maior Carga
Horária. Excepcionalmente os professores poderão participar de outros encontros formativos,
em outros dias e horários, negociando previamente com a gestão da escola. Nessas ocasiões, os
professores deverão solicitar Declaração de Comparecimento a ser emitida pela Coordenação
do CETEC. As datas de realização das ações serão disponibilizadas através de meios eletrônicos
(http://niedbelem.blogspot.com.br e aplicativos de mensagens)

SOCIALIZAÇÃO DOS TRABALHOS


Ao final de cada semestre os professores e professoras de UNITEC têm a oportunidade de
mostrar seus trabalhos aos demais parceiros da SIE, o que se dá em eventos específicos para
isso. Ao final do primeiro semestre, cada docente fará uma amostra parcial do trabalho realizado
até a ocasião. Ao final do ano letivo, essa amostra será completa, o que se dará em um seminário
organizado com esse intuito, resultando em uma publicação nos Anais do evento

11. Sistema Municipal de Biblioteca Escolares – SISMUBE

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS DO SISTEMA MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS


ESCOLARES PARA AS UNIDADES ESCOLARES DA RME

FINALIDADE

53
Regulamentar os processos de trabalho da formação leitora criados pelo Sistema Municipal de
Bibliotecas Escolares (SISMUBE), vinculado à Diretoria de Educação (DIED) da Secretaria
Municipal de Educação (SEMEC), a serem promovidos nas unidades escolares da Rede
Municipal de Ensino de Belém (RMEB) com vistas a orientar os profissionais da educação que
atuam nas Bibliotecas Escolares, Projeto de Mediação de Leitura e Projeto Baú das Histórias,
alcançando educandos de todas as idades: bebês, crianças, adolescentes, jovens, adultos e
idosos.
ABRANGÊNCIA
Abrange a todas as crianças, jovens, adultos e idosos matriculadas na RMEB e aos profissionais
da educação atuantes nas Bibliotecas Escolares, Projeto de Mediação de Leitura e Projeto Baú
das Histórias promovidos pelo SISMUBE/DIED.

CURRÍCULO NA PERSPECTIVA DO SISMUBE/DIED


O currículo pensado a partir da perspectiva do SISMUBE/DIED é pautado a partir da Lei nº
12.244, de 24 de maio de 2010, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas
instituições de ensino do País;
Em âmbito municipal, a SEMEC amplia o número de profissionais bibliotecários para atuarem
nos espaços das Bibliotecas Escolares em 2024, colocando em prática a Lei nº 9.674 de 25 de
junho de 1998 que dispõe sobre o exercício da profissão de bibliotecário(a) e determina outras
providências; bem como o Projeto Mediação de Leitura e o Baú das Histórias, promovendo e
ampliando, assim, um trabalho mais direcionado para a formação leitora de nossos educandos.
Desse modo, em conformidade a esse objetivo, orienta-se a partir desse documento e à
aproximação a um currículo freiriano, que considere a missão do SISMUBE/DIED, que em
síntese permite disseminar a cultura leitora nos espaços educativos da RME democratizando o
acesso aos livros e às produções orais pautadas em nossa pluridiversidade cultural amazônica,
incentivando e promovendo o ato de ler num processo de mediação que prime pela formação
de leitores críticos, criativos e autônomos, capazes de ler e transformar o mundo, reafirmando
a importância do ato de ler como ato político e emancipatório.
Diante dessa perspectiva, o SISMUBE/DIED desenvolve as seguintes estratégias diferenciadas
e específicas:
1. Formação de leitores com ênfase no letramento literário, difundindo a literatura como
direito vital para a formação e o desenvolvimento humano;

54
2. Formação permanente de bibliotecários lotados em Biblioteca Escolar e profissionais
mediadores (professor e coordenador pedagógico) que atuam nos Projeto de Mediação
de Leitura e Projeto Baú das Histórias, respectivamente, na perspectiva de potencializar
a formação de leitores críticos, criativos e participativos;
3. Alinhamento das ações e os projetos do SISMUBE/DIED com as demais propostas de
gestão da SEMEC que concorram para consolidação de uma cidade alfabetizada,
educadora, leitora, inclusiva, antirracista e conectada.
4. Reconhecimento da Semana Estadual dos Contadores de Histórias e Mediadores de
Leitura regido pela Lei 9.555 de 2023.
5. Reconhecimento da Semana Estadual dos Escritores Paraenses na última semana de
junho.
6. Culminância nas escolas no dia 05/11, intitulada Cuíra Literária.

FORMAÇÃO PERMANENTE
Considerando a LDB (Lei nº 9.394/96), que discorre no inciso V, art. 13, sobre a participação
do docente na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; e no período
dedicado ao planejamento, à avaliação e ao seu desenvolvimento profissional; o
SISMUBE/DIED promove ações de formação permanente intitulada Puxirum Formativo,
valorizando diversos aspectos do fazer nas escolas: Contação de Histórias, Mediação de Leitura,
Escrita Criativa, Artes Circenses, Artistagens, Dinamização e Organização dos espaços de
Biblioteca Escolar. O objetivo é valorizar a formação leitora e brincante de nossos profissionais
a fim de alcançar os educandos matriculados na RMEB.
Para esse âmbito, orientamos que as unidades escolares:
1. Liberem os/as profissionais lotados/as nos espaços de Biblioteca Escolar e de Projeto
de Mediação de Leitura, bem como os envolvidos no Projeto Baú das Histórias, nos dias
de formação permanente;
2. Promovam reuniões para discutir sobre formação leitora a partir das ações do Puxirum;
3. Incentivem todas as ações/projetos promovidos pelas Bibliotecas Escolares e Projeto de
Mediação de Leitura.
4. Possibilitem oportunidades para que os educandos estejam diariamente com um livro
na mão nos espaços escolares, estendendo a leitura para seus próprios lares.
Recomendamos ainda que:

55
a) as escolas tenham ciência de que os bibliotecários não são formados para a regência de
classe e que, portanto, não devem acolher turmas inteiras sem a presença de um
professor no espaço da biblioteca escolar;
b) professores do Projeto de Mediação de Leitura precisam assumir somente aquilo que o
seu papel lhe cabe: formar leitores literários, estimular a leitura, trabalhar com
letramento literário a partir de projetos. Não é seu papel alfabetizar, nem trabalhar com
outros componentes curriculares.
Para elucidamento de quaisquer outras dúvidas sobre a aplicação dessas orientações, os gestores
das unidades escolares podem entrar em contato através do
e-mail institucional: [email protected].

12. Centro de Formação de Educadores Paulo Freire

CENTRO DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES PAULO FREIRE - CFEPF

FINALIDADES
O Centro de Formação de Educadores Paulo Freire – CFEPF, vinculado à Diretoria de Educação
da Secretaria Municipal de Educação, com a finalidade de garantir aos(às) profissionais da
educação da Rede Municipal de Educação de Belém – RME a oportunidade de estudar e aplicar
teorias e práticas educacionais cientificamente comprovadas, com vista a melhoria da qualidade
da educação ofertada pelo município de Belém.
O processo de estudo de que trata o caput deste artigo se dará durante a jornada de trabalho
dos(as) agentes educacionais, salvo em casos excepcionais, sendo-lhes garantido o
ressarcimento dessas horas em forma de folgas.
Para efeito desta portaria, o processo de estudos permanente dos(as) agentes da educação será
denominado de formação permanente em serviço.
Nesse sentido, são considerados(as) agentes da educação escolar:
I – Os(as) profissionais da Educação: docentes, gestores(as) escolares e coordenadores(as)
pedagógicos(as);
II – Os(as) servidores(as) do quadro de apoio administrativo lotados(as) nas unidades
educacionais;
III – Os(as) Agentes de Serviços Gerais - ASG e merendeiras(os);
IV - Os(as) assistentes escolares.
56
ATRIBUIÇÕES DO CENTRO DE FORMAÇÃO
I - Promover a formação permanente em serviço dos(as) Agentes da Educação Escolar da RME;
II - Assessorar a prática docente, em todos os níveis e modalidades ofertadas pela Rede
Municipal de Educação, tendo em vista a alfabetização, o letramento e a aprendizagem com
sucesso nas diversas áreas do conhecimento;
III - Articular, em constante diálogo com os demais núcleos e coordenadorias da SEMEC, o
desenvolvimento das ações formativas;
IV - Articular Grupos de Trabalhos (GT) para o desenvolvimento das ações formativas por
modalidades de ensino e áreas de conhecimentos;
V - Assegurar a formação política e técnica dos(as) professores(as), pessoal técnico-
administrativo e assistentes de serviços gerais;
VI - Desenvolver estudos e pesquisas em ensino e aprendizagem, bem como, sistematizar,
organizar e compartilhar práticas pedagógicas exitosas e publicar estudos e materiais didáticos
produzidos na RME;
VII - Coordenar as redes de cooperação entre a Secretaria de Educação e as Instituições de
Ensino Superior, que visem o desenvolvimento de processos formativos, pesquisa e práticas
pedagógicas.
VIII - Avaliar e acompanhar permanentemente o processo de aprendizagem dos(as)
educandos(as) por meio de um sistema de avaliação próprio, que permita a produção,
organização e análise de dados que possibilitem o diagnóstico para o planejamento de ações
voltadas para superação das dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos(as)
educandos(as);
IX - Propor e coordenar projetos, ações ou programas de recomposição das aprendizagens
dos(as) educandos(as), especialmente daqueles(as) que apresentam distorção na idade/ciclo.

ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
I – Um(a) coordenador(a) geral;
II – Cinco coordenadores(as) adjuntos(as) de segmento: Educação Infantil, Alfabetização (Ciclo
I), Pós-alfabetização (Ciclo II), Ensino fundamental anos finais (Ciclos III e IV) e Educação de
Jovens Adultos e Idosos (Totalidades);
III – Um(a) secretário(a) administrativo(a);

57
IV – Equipe de formadores(as).
§ 1º 1º A equipe gestora do Centro de Formação será composta pelo(a) coordenador(a) geral e
os(as) coordenadores(as) adjuntos(as) de segmento;
§ 2º O(A) coordenador(a) geral será nomeado(a) pelo(a) secretária(o) de educação;
§ 3º Os(As) coordenadores(as) de segmentos serão escolhidos(as) pelo(a) coordenador(a) geral;
§ 4º O CFEPF contará com uma secretaria administrativa, que cuidará dos trâmites burocráticos
e logísticas do Centro.
Art. 4º - O CFEPF elaborará seu Projeto Político-Pedagógico que deverá ser atualizado
anualmente, considerando as Diretrizes Curriculares Municipais de Belém, as políticas e
concepções do governo municipal e as normas e legislações vigentes.
§ 1º A partir do Projeto Político-Pedagógico, o CFEPF deverá elaborar seu regimento interno,
que disciplinará o seu funcionamento e suas ações;
§ 2º O Projeto Político-Pedagógico e o regimento interno do Centro de Formação serão
aprovados pelo(a) secretário(a) de educação do município.
Art. 5º - O processo formativo, coordenado pelo CFEPF, é compreendido a partir da articulação
de uma tríade organizacional de ações que se entrelaçam numa perspectiva interdisciplinar, tais
como: encontros formativos, assessoramento pedagógico e pesquisa educacional.
Art. 6º - O processo formativo de CFEPF será baseado nos seguintes princípios:
I – foco no desenvolvimento e aprendizagens dos(as) educandos(as);
II – respeito aos(às) agentes da educação escolar;
III – trabalho coletivo;
IV – compromisso com uma educação inclusiva, antirracista, plural, democrática e cidadã.

DIRETRIZES DO PROCESSO FORMATIVO DO CFEPF


I - Diagnóstico: realizar o diagnóstico do processo de ensino-aprendizagem necessário para a
definição de ações formativas dos(as) agentes da educação escolar, visando fundamentalmente
o desenvolvimento pessoal e às aprendizagens dos(as) educandos(as).
II – Planejamento: planejar o conteúdo dos encontros formativos e dos assessoramentos
pedagógicos, considerando as necessidades de aprendizagem dos(as) educandos(as) e as
demandas didático-pedagógicas dos(as) educadores(as).

58
III - Monitoramento: acompanhar a participação dos(as) agentes da educação escolar nos
encontros formativos, com vista a garantir seu direito à formação permanente e ao apoio
didático-pedagógico no espaço escolar em que atua;
IV - Avaliação: avaliar continuamente o processor formativo e replanejar as ações propostas.
A formação permanente deve ser constantemente revisada e aprimorada a partir dos
instrumentos de monitoramento da atuação dos(as) formadores(as), do desempenho dos(as)
educadores(as), das aprendizagens dos(as) educandos(as), dos assessoramentos pedagógicos,
das devolutivas nas unidades educacionais relativas às ações formativas.
V – Assessoramento: subsidiar didática e pedagogicamente os(as) agentes da educação escolar
no local de trabalho. A ação formativa não está restrita aos momentos formativos promovidos
pelo Centro de Formação, mas também, nas reuniões pedagógicas e em momentos de
acompanhamento e assessoramento com os(as) professores(as).
Art. 8º - As Diretrizes do processo formativo do Centro de Formação de Educadores Paulo
Freire deverão possibilitar aos(às) agentes da educação escolar compreender, utilizar e criar
estratégias didáticas e metodológicas de forma reflexiva, crítica, significativa para as práticas
do cotidiano escolar e exercer protagonismo e autoria na prática pedagógica, propondo para
esta finalidade uma:
a) Educação que se apresente como ato político-pedagógico emancipatório,
caracterizado pelo acolhimento e pela amorosidade, que valoriza a solidariedade, a cooperação,
o respeito e a construção colaborativa da aprendizagem;
b) Educação como prática da liberdade e formação como processos de autonomia e
emancipação dos sujeitos;
c) Formação reflexiva, crítica, social e politicamente comprometida com novas formas
de perceber, de sentir, de pensar, de agir, de se comunicar e de interagir;

FORMAÇÕES PERMANENTES
I - Formação Permanente de professores(as) da Educação Infantil;
II - Formação Permanente de professores(as) do Ensino Fundamental;
III - Formação Permanente de gestores(as) das Unidades Educacionais da RME;
IV - Formação Permanente de coordenadores(as) pedagógicos(as) da RME;
V - Formação Permanente de servidores(as) não docentes da RME.
Art. 10 - São elementos da organização do Processo Formativo:

59
I - Os encontros formativos destinados aos(às) professores(as) do Ensino Fundamental, em
ambas as modalidades, deverão ocorrer no dia e turno de sua hora pedagógica - HP;
II – Os(as) gestores(as) e coordenadores(as) pedagógicos(as) deverão participar dos encontros
formativos de acordo com o calendário anual organizado pelo Centro de Formação de
Educadores Paulo Freire;
III – Os(as) servidores(as) não docentes (ASG, merendeiras(os), porteiros(as),
administrativos(as)) deverão participar dos encontros formativos de acordo com o calendário
anual organizado por este Centro de Formação de Educadores Paulo Freire;
Parágrafo Único. Aos(às) professores(as) que não têm HP definidas semanalmente deverão
participar dos encontros formativos de acordo com o calendário anual organizado por este
Centro de Formação de Educadores Paulo Freire.
Art. 11 - São atribuições do(a) formador(a) do Centro de Formação de Educadores Paulo Freire:
I - Analisar os resultados das de Avaliações mensais (periódica) das aprendizagens dos(as)
educandos(as);
II - Acompanhar os resultados das avaliações em larga escala nas esferas municipal, estadual e
federal junto às unidades educacionais;
III - Elaborar e organizar pautas para os encontros formativos e para os assessoramentos
pedagógicos;
IV - Elaborar itens para as Avaliações em larga escala em nível municipal;
V - Elaborar relatórios anuais das atividades formativas ou quando solicitados;
VI - Elaborar e planejar o calendário anual das ações formativas;
VII - Elaborar propostas de atividades e de materiais para serem utilizados com e pelos(as)
educandos(as) das unidades educacionais da Rede Municipal de Educação de Belém;
VIII - Elaborar e reavaliar, juntos com as condenações geral e adjuntas, o Projeto Político
Pedagógico do Centro de Formação de Educadores Paulo Freire (CFEPF);
IX - Promover e acompanhar as parcerias intersetoriais e interinstitucionais celebradas pela
secretaria de educação;
X - Assessorar os(as) professores(as) em HP nas escolas;
XI - Intervir com ação didática em sala de aula junto aos(às) educandos(as) das unidades
educacionais da Rede Municipal de Ensino de Belém;
XII – Assessorar a elaboração e acompanhar as ações do Plano de Ação Pedagógica (PAP) das
unidades educacionais;

60
XIII – Planejar e organizar o Seminário Anual de socialização das práticas docentes, de gestão
e de coordenação pedagógica exitosas que visem o desenvolvimento e aprendizagens dos(as)
educandos(as) da RME.

OS(AS) PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO QUE COMPORÃO O CORPO DE


FORMADORES(AS) DO CENTRO DE FORMAÇÃO DEVERÃO ATENDER AOS
SEGUINTES REQUISITOS

I – Ser profissional do magistério efetivo da RME;


II - Ser profissional formado nas Licenciaturas (Artes, Ciências, Educação Física, Filosofia,
Geografia, História, Letras Libras, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Matemática, Sociologia
e Pedagogia);
III - Ter experiência mínima de 5 anos de atuação na RME de Belém.
IV - Ter disponibilidade para trabalhar 200 horas;
V - Ter no mínimo pós-graduação latu-sensu;
VI - Ter noções de informática básica;
A lotação de profissionais da educação no CFEPF se dará por meio de processo seletivo interno
organizado e coordenado pela equipe gestora do Centro.

13. Escola de Apoio a Gestão - EGE


ESCOLA DE APOIO A GESTÃO ESCOLAR – EGE
A Escola de Apoio a Gestão Escolar – EGE, criada pela Portaria Nº 1.123/21 –
GABS/SEMEC, tem como público alvo os conselheiros escolares e os membros da equipe
diretiva das escolas da Rede Pública Municipal de Ensino de Belém – PMEB, e como
atribuições primeiras: a) promover debates e diálogos acerca das políticas públicas
educacionais, prioritariamente da Rede Pública Municipal de Belém; b) realizar de
assessoramento técnico especializado e formação permanente às instâncias democráticas das
unidades de ensino da SEMEC; c) auxiliar técnica e pedagogicamente aos diversos setores da
SEMEC no que concerne à legislação educacional, prioritariamente o Sistema Municipal de
Educação e o Plano Municipal de Educação; d) desenvolver pesquisas e produção de
conhecimento voltado à gestão escolar, na perspectiva democrática, no territóriosingular de

61
Belém.
Para o desenvolvimento de suas atribuições a EGE tem como diretriz primeira a
concepção de que cada escola possui uma realidade, perpassada por múltiplas relações socio-
administrativa-pedagógicas, que são premissas do processo de análise, reflexão e debate acerca
da organização do trabalho escolar eno empenho para elucidar as dimensões pedagógicas que
necessitam ser assumidas no coletivo de uma escola que se quer libertária, de acordo com o
pensamento freiriano, viabilizando ações mais conscientes e consistentes na busca da superação
dos desafios impostos a garantia de uma gestão escolar, na perspectiva democrática, rompendo
com processos autoritários e personalistas de gestões centralizadoras do/no cotidiano escolar.

OBJETIVOS
Contribuir para o alcance dos objetivos estratégicos da SEMEC, na garantia da oferta de uma
educação de qualidade e efetivação de uma política que defende o Estado democrático de direito
e defende uma educação como direito humano, democrática, inclusiva, antirracista, leitora,
laica, anti-LGBTfóbica, multicultural, sustentável, conectada e socialmente referenciada para
Belém;

Incentivar, auxiliar e cooperar para revitalização e consolidação da gestão escolar na


perspectiva democrática na/da RPMEB,especialmente em suas instâncias colegiadas
(Conselhos Escolares, Equipe Diretiva das Escolas e Grêmios Estudantis), bem como práticas
einiciativas educativas inclusivas;

Consolidar a atuação da EGE junto aos Conselhos Escolares e membros da Equipe Diretivas
das escolas como setor de apoio técnico especializado à implantação e implementação de
instâncias e instrumentos que possibilitem práticas cotidianas de gestão democrática.

Importante ressaltar que esses objetivos coadunam com a proposta da SEMEC com o objetivo
estabelecido do Plano Plurianual do Governo, no que trata ao Fortalecer a gestão democrática

na formulação e implementação das políticas educacionais.1

AÇÕES

1
Objetivo nº 1103 do PPA 202-2025; Diário Oficial do Município de Belém, 13 de dezembro de 2021, Ano XII
-Nº 14.379, 2º Caderno.
62
• Apoio técnico a SEMEC na construção de normativas que impliquem na consolidação
de práticas democráticas nas escolas da RPMEB, bem como aconstrução de proposta
de trabalho de coordenadorias e equipes técnicas;

• Promoção da criação do Fórum Municipal dos Conselhos Escolares da RPMEB;

• Coordenação e realização do Processo eleitoral para função de diretor(a)de escola na


RPMEB (Curso para exercício da função); Estabelecimentode parceiras/cooperações
necessárias ao desenvolvimento do trabalho;

• Instituição e revitalização de Conselhos Escolares e Grêmios Estudantis na/da


RPMEB;

• Oferta de Formação Continuada e Assessoramento para conselheiros escolares e


membros das Equipe Diretivas das Escolas;

• Produção e divulgação de material técnico-pedagógico, físico e/ou virtual, para


ampliação e registro de práticas de gestão escolar na perspectivademocrática.

14. Coordenação Integrada de Educação e Saúde (CINES)

COORDENAÇÃO INTEGRADA DE EDUCAÇÃO E SAÚDE (CINES)

FINALIDADES
A CINES é responsável por promover um modelo intersetorial integrado de políticas de
educação, saúde, assistência, segurança e justiça, buscando garantir uma Educação Integral com
atenção ao desenvolvimento das diversas dimensões de estudantes no âmbito intelectual, físico,
psíquico, social, cultural e ambiental.
Suas atribuições constituem, principalmente, em favorecer o desenvolvimento
biopsicossocial da comunidade escolar por meio de ações de orientação, intervenção e

63
acompanhamento em saúde – bem-estar físico, psíquico, social – que cooperem para o processo
de ensino-aprendizagem.
O setor conta com aparato tecnológico, Programa Guardiões, que consiste em um
aplicativo que opera um sistema de vigilância e monitoramento à saúde com objetivo de mapear
territórios, conhecer realidades, realizar intervenções e orientar práticas de cuidados sobre
questões sociais e de saúde como violências, gravidez e casamento na infância e adolescência,
uso de álcool, tabaco e outras drogas, doenças infecciosas, raras e crônicas, desnutrição e
obesidade, atualização da carteira de vacinação e de saúde mental para construção de políticas
educacionais mais assertivas. Para isto, é imprescindível que gestores (as) e coordenadores (as)
pedagógicos das escolas tenham acesso, façam o uso do aplicativo que está disponível por meio
do site guardioes-e2693.web.app e/ou da Play Store. Login, senha e orientação para uso é
exclusivo desta coordenação.
A CINES também é responsável por supervisionar o Programa Saúde na Escola
(PSE). Este programa intersetorial é executado pela Secretaria Municipal de Saúde (SESMA)
a partir da articulação entre escola e rede básica de saúde e trabalha com os eixos de saúde
ambiental, promoção da atividade física, alimentação saudável e prevenção da obesidade,
promoção da cultura de paz e direitos humanos, prevenção das violências e dos acidentes,
prevenção de doenças negligenciadas, verificação da situação vacinal, saúde sexual e
reprodutiva e prevenção do HIV/IST, prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas, saúde
bucal, saúde auditiva e ocular, prevenção a Covid-19. Isto é, as equipes de saúde devem atuar
com nossas escolas promovendo as temáticas previamente articuladas.
Em parceria com a Guarda Municipal de Belém (GMB), coordena através do projeto
“Guarda Amigo da Escola” a segurança das escolas com desenvolvimento da cidadania e
baseado em Direitos Humanos com rodas de conversas, visita as escolas, monitoramento (via
Programa Guardiões), etc. Este alinhamento aproxima escolas e ronda escolar possibilitando
segurança em nossos espaços.

O serviço de Psicologia e de Serviço Social é gerido por esta coordenação que


supervisona as atividades realizadas nas escolas e devem acontecer de maneira multidisciplinar
(psicologia, serviço social e pedagogia). Ressalta-se a importância das atribuições destas
profissionais no espaço escolar, descritas abaixo:
• Assegurar o direito de acesso e de permanência na escola;

64
• Garantir condições de pleno desenvolvimento do/a estudante;
• Acompanhar processos de ingresso, regresso, permanência e sucesso do/a
estudante;
• Ampliar e fortalecer a participação familiar e comunitária em projetos
oferecidos pelo sistema de ensino;
• Viabilizar o acesso do direito à educação de estudantes com deficiências,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
crianças, jovens, adultos/as e idosos/as;
• Viabilizar o acesso do direito à educação de estudantes quilombolas, povos
indígenas,do campo, das águas e das florestas, crianças, jovens, adultos/as e
idosos/as;
• Viabilizar o acesso do direito à educação de pessoas em privação de liberdade;
• Viabilizar o acesso do direito à educação via regime domiciliar à/ao estudante
em licença maternidade/paternidade;
• Viabilizar o acesso do direito à educação à/ao estudante que, por motivos de
saúde ou outras situações, estejam impedidos de frequentar os trabalhos
escolares por tempo determinado;
• Promover a valorização do trabalho de professores e de profissionais da rede
pública de educação básica;
• Promover o processo formativo de questões raciais, de gênero, religioso,
sexualidade, territorial, geracional, ambiental, antiespecista e anticapacitista;
• Propor estratégias de intervenção em dificuldades escolares relacionadas a
situações de violência, uso abusivo de drogas, gravidez na adolescência,
vulnerabilidade social;
• Articular a rede de serviços para assegurar proteção de mulheres, crianças,
adolescentes, idosos, vítimas de violência doméstica, dentre outros grupos
sociais, de intimidação sistemática (bullying);
• Oferecer programas de orientação e apoio às famílias mediante articulação das
áreas de educação, saúde, assistência social, e outras políticas públicas que se
fizerem necessárias, conforme as demandas das famílias atendidas;
• Acompanhar famílias em situações de ameaça, violações de direitos humanos
e sociais;
65
• Monitorar junto aos outros/as profissionais da educação o acesso, a
permanência e o aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de
transferência de renda;
• Incentivar o reconhecimento do território no processo de articulação do
estabelecimento de ensino e demais instituições públicas, privadas,
organizações comunitárias locais e movimentos sociais;
• Promover ações de combate ao racismo, misoginia, sexismo, LGTBQIA+fobia,
discriminação social, cultural, religiosa;
• Estimular a organização estudantil em estabelecimentos de ensino e na
comunidade por meio de grêmios, conselhos, comissões, fóruns, grupos de
trabalhos, associações, federações, formas de participação social;
• Divulgar o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto da Igualdade
Racial, o Estatuto da Juventude, o Estatuto do Idoso, a legislação social em
vigor e as políticas públicas, contribuindo para a formação e o exercício da
cidadania do/a estudante e da comunidade escolar;
• Articular com as instituições que acompanham estudantes em cumprimento de
medidas socioeducativas e outras medidas de proteção, bem como sua
respectiva famíliana consecução de objetivos educacionais e a permanência na
escola;
• Fortalecer a cultura de promoção da saúde física, mental, social, sexual,
reprodutiva;
• Apoiar o preparo básico para inserção do/a estudante no mundo do trabalho e
na formação profissional permanente;
• Promover a formação permanente de profissionais da educação.
• Fortalecer a gestão democrática das Instituições de Ensino.
• Fortalecer e contribuir com o trabalho em equipes interdisciplinares visando
oacompanhamento integral das/dos estudantes da rede municipal de Ensino de
Belém.

A CINES é responsável pela orientação as escolas quanto aos procedimentos a serem


realizados com crianças e adolescentes vítimas e/ou testemunhas de violência. Neste

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documento temos delineado os principais procedimentos para enfrentamento, a partir do
processo de escuta e realização dos encaminhamentos necessários para rede de proteção.
Em casos de revelação espontânea, suspeita ou flagrante de violências no espaço escolar
é importante seguir com 5 (cinco) pontos: acolher, registrar, encaminhar, notificar e
acompanhar. Nesse sentido, a/o profissional de educação deverá:
ACOLHER - casos de revelação espontânea e flagrante
• Fazer a acolhida, ouvindo sem julgamentos e com postura empática o que a
criança/adolescente tem a dizer, sem questionamentos e/ou interferências;
• Informar, conforme nível de instrução, faixa etária e entendimento, à criança/adolescente
sobre direitos, deveres e procedimentos de comunicação às autoridades – escolar, policial,
saúde e ao conselho tutelar e, responsável (ou à pessoa de referência apontada por ele/ela);
• Reforçar, conforme nível de instrução, faixa etária e entendimento, o ato de confiança da
criança/adolescente por relatar a/ao profissional de educação a situação de violência
vivenciada e explicar a importância e necessidade das medidas que terão que ser tomadas
para a sua proteção e do sigilo e a manutenção de privacidade das informações que foram
repassadas.

REGISTRAR – casos de revelação espontânea, suspeita e flagrante


• Preencher a Ficha para Registro de Revelação Espontânea/Suspeita/Flagrante, que consta
no Guia xxxxx e no Caderno de Registro do/a Estudante, imediatamente.
• A/O profissional pode pedir ajuda ao/a diretor/a para o registro.
• Em escolas que possuam serviço de Psicologia e de Serviço Social, procurar o setor para
apoio na elaboração do registro.
• Ressalta-se que a criança/adolescente não deve relatar o fato novamente, e nem ser
exposta a situações de revitimização.
1. Obs.: É de obrigação do/a Ouvinte do fato registrar a revelação ou suspeita ou
flagrante.
2. Obs.: O/A ouvinte deverá encaminhar para a direção da escola a ficha para registro
de revelação espontânea, suspeita ou flagrante através de modelo de ofício de comunicação que
consta no Guia e no Caderno de Registro do/a Estudante.

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3. Obs.: O/A diretor/a, por sua vez, quanto representante da instituição educacional,
deverá dar os encaminhamentos protocolares em nome da escola, através do modelo de ofício
de comunicação aos órgãos competentes que consta no Guia e no Caderno de Registro do/a
Estudante anexando em envelope lacrado a Ficha de Registro de Revelação Espontânea,
suspeita ou flagrante.
4. Obs.: Em caso de insegurança e medo em notificar violências contra crianças e
adolescentes, a denúncia pode ser anônima, pois o que importa é o fato revelado. Ressalta-se
que o ofício para as autoridades competentes é enviado em nome da instituição e não do/a
Ouvinte.
5. Obs.: Lembramos que o estudante dentro da Unidade escolar é de responsabilidade
da escola.
6. Obs.: O modelo que irá para as autoridades com o relato do fato, anexado com ofício,
é o mesmo da Ficha de Registro de Revelação Espontânea, suspeita, flagrante. Pode ser
ocultado o nome do/a Ouvinte. No entanto, o que foi relatado na íntegra, inclusive com o nome
do/a ouvinte deverá ser arquivado de maneira sigilosa na escola com acesso restrito da secretaria
e da coordenação pedagógica.
7. Obs.: O relato conterá, no mínimo, os dados pessoais da Criança / Adolescente, a
descrição do atendimento, o relato espontâneo, suspeita ou flagrante da criança e adolescente,
na íntegra, e os encaminhamentos efetuados.

IMPORTANTE
Deve-se ater compartilhar informações apenas com quem for necessário para os
encaminhamentos devidos ao caso, preservando o sigilo da criança e adolescente. Em casos que
o/a diretor(a) é o/a acusado/a, o/a Ouvinte do fato, da suspeita ou do flagrante deverá fazer o
relato na Ficha de Registro da Revelação Espontânea e, em envelope lacrado, encaminhar para
o Parapaz.
ENCAMINHAR (casos de revelação espontânea, suspeita ou flagrante)
O/A Diretor/a deverá encaminhar a criança/ adolescente, quando couber, para
atendimento emergencial em Órgãos/Serviços do Sistema de Garantias de Direitos da criança
e adolescentes, vítima ou testemunha de violência (modelo de encaminhamento neste Guia e
no Caderno de Registro do/a Estudante): PARÁPAZ (casos de revelação espontânea e suspeitas
e Guarda Municipal (flagrante)
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NOTIFICAR (casos de revelação espontânea, suspeita ou flagrante)
• O/A Diretor/a deverá comunicar o Conselho Tutelar de referência de sua região através
da Ficha de Registro de Revelação Espontânea, suspeita ou flagrante ofício da escola com
os dados pessoais da Criança / Adolescente, a descrição do atendimento, o relato
espontâneo, de suspeita ou do flagrante e os encaminhamentos efetuados pela escola em
envelope lacrado.
• O/A Diretor/a deverá notificar no Programa Guardião através da aba de Violência para
mapeamento das ocorrências de violências no espaço escolar e tornar o fato de
conhecimento da Secretaria Municipal de Educação (notificar em até 24 horas);
• Compreendendo que uma criança ou adolescente vítima de violência está em risco de
evasão escolar, o/a Diretor/a deverá acionar o operador social da Busca Ativa Escolar na
sua unidade ou a Secretaria Municipal de Educação, por meio do Bora Belém;
• O/A Diretor/a deverá preencher a ficha de notificação de violência disponibilizada pelo
SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e encaminhar para a SESMA
em até 24 horas.

ACOMPANHAR (casos de revelação espontânea, suspeita ou flagrante)


• Acompanhar através de equipe multidisciplinar e da estratégia de Busca Ativa Escolar a
vida escolar do/a estudante, pelo período de 1 (um) ano, suprindo de apoio pedagógico
caso seja identificado necessidade
1. Obs.: O acompanhamento deve ser feito no Caderno de Registro do/a Estudante;
2. Obs.: É de extremo sigilo as ocorrências identificadas e registradas na escola,
preservando tanto o/a ouvinte quanto a criança/adolescente. O Caderno de Registro do/a
Estudante deve ter acesso restrito podendo ser manejado pela secretaria e coordenação
pedagógica.
IMPORTANTE
• Em caso de a violência relatada ter ocorrido no espaço escolar, os procedimentos deverão
ser mantidos, encaminhando os/as envolvidos (as) para os serviços competentes.
• Caso a violência ocorra entre profissional de educação contra criança/adolescente
este/esta deverá ter o registro em sua ficha funcional, e encaminhado para Diretoria de
Educação (DIED) para os procedimentos administrativos cabíveis.
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• A Diretoria de Educação, através da Coordenação Integrada de Educação e
Saúde (CINES) deverá, em um prazo de 24 horas, dar retorno acerca das medidas tomadas
sobre o profissional.

15. Bora Belém


BORA BELÉM
FINALIDADES
O PROGRAMA BORA BELÉM é um programa municipal de renda cidadã que na
intersetorialidade com a educação compõe uma das coordenadorias da Diretoria de Educação
da Secretaria Municipal de Educação de Belém. Criado com a missão ao Enfrentamento da
Exclusão Social que levam mães e filhos para situação pobreza, extrema pobreza vem com a
finalidade de concentrar esforços no enfrentamento à evasão escolar, atuando com os programas
Bolsa Família- PBF, na garantia da frequência escolar dos estudantes beneficiários do PBF, em
consonância com as condicionalidades da saúde e assistência social. E direciona ainda a atuação
no Programa da Busca Ativa Escolar, em parceria com a UNICEF, para que o aluno da rede
municipal esteja sendo acompanhado com seu direito garantido de acesso e permanência na
escola.
BUSCA ATIVA ESCOLAR -BAE
A iniciativa Busca Ativa Escolar (BAE) é uma solução tecnológica com uma
metodologia inovadora por meio da qual o UNICEF, a União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime), o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de
Assistência Social (Congemas) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
(Conasems) apoiam os municípios na identificação das crianças e dos adolescentes que estão
em situação de infrequência ou fora da escola, ajudando-os a voltar às salas de aula.

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A Equipe do Bora Belém, composta de Assistentes Sociais e Pedagogos, que realizam:
• Visitas domiciliares aos alunos com infrequência ou evadidos de suas escolas,
• Acompanhamento dos operadores escolares, cadastrados na plataforma;
• Diálogo intersetorial com as Secretarias de Saúde e de Assistência Social (em
ambos os programas, BAE E PBF).

FUNCIONAMENTO
Atendimento ao público: de 08 às 17h na SEMEC – DIED. Também são realizadas
visitas domiciliares semanalmente de acordo com a demanda recebida pelas escolas e plantões
de atendimento aos operadores do Sistema Presença no período de abertura de lançamento da
frequência a cada bimestre, de acordo com calendário oficial do Sistema via Brasília

ANEXOS

Anexo A - contato de e-mail das coordenações DIED

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