História de Educação em Moçambique VF

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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

História de Educação em Moçambique

Fátima Moisés Domingos

31220450

Xai-Xai, Maio de 2022


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

História de Educação em Moçambique

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Biologia na UnISCED.
Tutor: Msc. Gumissai Raul

Fátima Moisés Domingos

31220450

Xai-Xai, Maio de 2022


Índice
Introdução 4

História de Educação em Moçambique 5

1. O período antes da Independência…………………………………………………………….5

1.1. A Educação antes da Independência 5

1.1.1. A Educação no período colonial (1845 – 1974) 5

1.1.2. A educação no Governo de Transição (1974-1975) 6

2. A educação pós - Independência 7

2.1. Antes do Sistema Nacional de Educação (1975–1982)


………………………………..…7
2.2. O surgimento da lei 4/83 (1983 – 1991)
………………………………………………….7
2.3. O surgimento da Lei nº 6/92 (1992 - 2018)
………………………………………………8
2.4. O surgimento da Lei nº 18/2018, de 28 de
Dezembro……………………………………8

Conclusão………………………………………………………………………………….………9

Referências Bibliográficas……………………………………………………………….………10
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Introdução

O presente trabalho da Disciplina de Pedagogia Geral, pretende compreender história de


educação em Moçambique na abordagem de vários autores.

O trabalho é de carácter individual e pretende avaliar a capacidade investigativa do estudante.

Para o sucesso do mesmo, recorreu – se ao uso de Módulo da Internet.

Para a melhor organização, o trabalho está estruturado em: Introdução, Desenvolvimento,


Conclusão e Referências Bibliográficas, de forma a facilitar e fornecer bases sólidas para uma
percepção mais abrangente de matéria em pesquisa.
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História de Educação em Moçambique

A educação em Moçambique não teve sempre as mesmas características, deste modo,


considerando a Independência Nacional (1975) como marco referencial, a caracterização da
educação em Moçambique pode ser dividida em dois grandes períodos:

1. O período antes da Independência;


1.1. A Educação antes da Independência

A história da educação em Moçambique antes da Independência pode ser dividida em duas


etapas relevantes: a educação no período colonial e a educação no governo de transição.

1.1.1. A Educação no período colonial (1845 – 1974)

A educação neste período foi caracterizada pela dominação, alienação e cristianização. Foi o
período em que surgiu a primeira regulamentação do ensino nas colónias, período da Monarquia
em Portugal, a 2 de Abril de 1845 a 14 de Agosto do mesmo ano, foi estabelecido um decreto
que diferenciava o ensino nas colónias na Metrópole e criava as escolas públicas nas colónias.

Em 1846 foi publicada a primeira providência legal para a organização da instrução primária no
ultramar português; depois de 1854 foram criadas, por decreto, as primeiras escolas primárias na
Ilha de Moçambique, no Ibo, Quelimane, Sena, Tete, Inhambane e Lourenço Marques.

A 30 de Novembro de 1869, foi reformado o Ensino Ultramar, onde se decretava o ensino


primário obrigatório, dividido em dois graus, com duas classes cada, em que as escolas estavam
sob tutela das missões católicas.

Um dos maiores marcos da educação colonial em Moçambique é a vigência de dois subsistemas


de ensino, nomeadamente:

 Ensino Oficial – para os filhos dos colonos ou assimilados;


 Ensino rudimentar – para os chamados “indígenas”- os nativos.

Neste sentido, o sistema de ensino em Moçambique era de dois tipos, correspondendo a duas
concepções de educação – para indígenas é educação da elite, para o colonizador é assimilado.
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O ensino oficial destinava – se à transmissão de valores e padrões aristocráticos. O ensino para


indígenas era para o povo colonizado que praticamente estava reduzido apenas a aprender a ler,
escrever e a domesticação.

Foi a partir de 1930, com a assinatura dos acordos missionários (A concordata em 1940 e o
Estatuto missionário em 1941) que o governo impôs uma política rigorosa de educação e
assimilação em Moçambique. Com a assinatura da Concordata e do Estatuto Missionário, o
Estado transferiu para a igreja a sua responsabilidade sobre o ensino rudimentar, comprometendo
– se a dar um apoio financeiro às missões e às escolas católicas.

1.1.2. A educação no Governo de Transição (1974-1975)

Este período é consequência dos acontecimentos destacados nos anos anteriores. Por exemplo, a
fundação da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), em 1962, permitiu o
desencadeamento da luta armada para a libertação nacional, na sequência da qual, com os
Acordos de Luzaka em 1974, condicionou o surgimento do Governo de Transição.

Assim, uma das razões que leva à consideração deste período prende – se com o facto de que
grande parte das transformações no campo educacional aplicadas a nível nacional teve como
origem as experiências levadas a cabo pela FRELIMO e resultam da visão deste movimento
sobre o modelo de sociedade pretendido e os princípios defendidos durante a Luta Armada.

A FRELIMO implementou um tipo de escola ligada ao povo, às suas causas e interesses. A


educação realizada nestas escolas era essencialmente política e ideológica, uma vez que estava
condicionada pelos factores que têm a ver com a natureza revolucionária da luta conduzida pela
FRELIMO.
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2. A educação pós - Independência

Ao longo deste período, o sistema educativo sofreu várias reformas que tinham em vista adequar
a formação dos moçambicanos aos contextos sócio – políticos, económicos e culturais, marcado
pelo alcance da Independência, em 1975.

Neste período, destacam – se como principais marcos: o surgimento da lei 4/83; da lei 6/92; e da
Lei 18/2018.

2.1. Antes do Sistema Nacional de Educação (1975–1982)

Neste período registaram – se os seguintes factos:

 A nacionalização da educação a 24 de Julho de 1975, e a consequente suspensão de todas


as formas do sistema do ensino colonial português;
 A proclamação do direito à educação para todos os moçambicanos, pela Constituição da
República Popular de Moçambique (20 de Junho de 1975) e a consequente massificação
do acesso à educação em todos os níveis de ensino;
 A introdução de um currículo educacional transitório do sistema colonial português para
o nacional (1975);
 A criação dos centros de formação de professores primários e a consequente abolição das
instituições portuguesas vocacionadas à formação de professores (1975).
2.2. O surgimento da lei 4/83 (1983 – 1991)

Em 1983, procedeu – se à introdução do Sistema Nacional de Educação (SNE), através da Lei nº


4/83 de 23 de Março.

Em 1990, é introduzida a Constituição da República, que possibilita a reabertura do ensino


particular em 1991 e o reajustamento da Lei do SNE.
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2.3. O surgimento da Lei nº 6/92 (1992 - 2018)

A lei nº 6/92, de 6 de Maio, surgiu para reajustar a lei 4/83. Em 2004 é introduzido o Plano
Curricular do Ensino Básico, ora em vigor, em consequência da reforma do currículo escolar
anterior (vide REGEB 2008).

Neste período, nota – se uma educação democrática, baseada na aplicação de métodos de


aprendizagem centrados no aluno, em função da evolução das ciências da educação e do
contexto em que a aprendizagem ocorre.

2.4. O surgimento da Lei nº 18/2018, de 28 de Dezembro.

Esta lei traz as seguintes alterações ao Sistema Nacional de Educação:

 Introdução da educação pré – escolar;


 O ensino primário em seis classes;
 O ensino bilingue como modalidade do ensino primário;
 O ensino básico obrigatório gratuito de nove classes;
 O ensino secundário de seis classes;
 O ensino à distância como modalidade do ensino secundário e superior;
 O perfil de ingresso para formação de professores;
 A Educação Inclusiva em todos os níveis de ensino e;
 A Educação vocacional.

Nos termos do artigo 6 desta lei, a educação básica confere competências fundamentais à
criança, jovem e adulto para o exercício da cidadania, fornecendo – lhes conhecimento geral
sobre o mundo que os rodeia e meios para progredir no trabalho e na aprendizagem ao longo da
vida.
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Conclusão

Num trabalho científico, é sempre difícil dar por terminado um determinado tema, porém, após a
leitura minuciosa sobre o assunto em pesquisa sempre há espaço para deixar algumas
considerações finais, dai que, chegado a esta parte, pretendo realçar que antes do colonialismo a
educação era transmitida através de fontes orais.

Outrossim, com a chegada dos portugueses, a educação verificou mudanças,


o português passou a impor regras de ensino, onde só participavam do ensino qualificado os
filhos dos mesmos e os assimilados.

 No período pós colonial o efectivo dos alunos nas escolas cresceu e a educação atingiu assim o


seu auge, visto que a educação no período colonial só era garantida para os colonos e já neste
momento ficou garantida para todos moçambicanos e de uma forma igual. 

Nas escolas começaram a se introduzir novas disciplinas e já nesse período a educação estava
dividida em ensino primário, secundário e superior, portanto os moçambicanos começaram a ser
educados para tomar consciência dos seus direitos que não eram valorizados pelos colonos, tirar
a mentalidade colonial, formar intelectuais, quadros políticos e económicos para desenvolverem
o país.
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Referências Bibliográficas

https://www.unicef.org/mozambique/pesquisas-e-publicações

Boletim da República, 3º Suplemento, Publicação Oficial da República Popular de Moçambique,


1983 ____________________, 1992

GÓMEZ, Miguel B., Educação  de  Moçambique  História  de  um  Processo:  1962-1984

MAZULA, Brazão, Moçambique – Eleições, Democracia e Desenvolvimento. Inter-Africa


Group. Maputo. 1995

MAZULA, Brazão, Educação,  Cultura,  e  Ideologia  em  Moçambique: 1985,

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