Atendimento Pré Hospitalar Enf32n

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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

APH
Profa. Cleide
CURSO
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO
• Primeiros socorros são intervenções que devem
ser feitas de maneira rápida, logo após o
acidente ou mal súbito, que visam a evitar o
agravamento do problema até que um serviço
especializado de atendimento chegue até o local.
• Essas intervenções são muito importantes, pois
podem evitar complicações e até mesmo evitar a
morte de um indivíduo.
INTRODUÇÃO
• São inúmeras as situações de urgências e
emergências que necessitam do atendimento de
um profissional de saúde ou de um socorrista
especializado: traumatismos, queimaduras,
doenças cardiovasculares, parada
cardiorrespiratória, crise convulsiva, afogamento,
intoxicações, etc.
• E para cada caso específico, o profissional deverá
estar apto a prestar um socorro adequado e de
qualidade.
INTRODUÇÃO
• O APH tem como objetivos específicos preservar
as condições vitais e transportar a vítima sem
causar traumas iatrogênicos durante sua
abordagem, como, por exemplo, danos ocorridos
durante manipulação e remoção inadequada (do
interior de ferragens, escombros, etc.).
• O socorrista deve ter como princípio básico evitar
o agravamento das lesões e procurar estabilizar
as funções ventilatórias e hemodinâmicas do
paciente.
APH
• Como o próprio nome diz, o serviço de Atendimento Pré-
hospitalar (APH) envolve todas as ações efetuadas com o
paciente, antes da chegada dele ao ambiente hospitalar.
• Compreende, portanto, três etapas:

• 1) Assistência ao paciente na cena (no local da ocorrência);


• 2) Transporte do paciente até o hospital;
• 3) Chegada do paciente ao hospital.
Telefones úteis em caso de emergência

Samu 192

Corpo de Bombeiros 193

Disque-intoxicação (Anvisa) 0800-722-6001

Defesa Civil 199

Polícia Militar 190


APH

É muito importante salientar que algumas


pessoas não estão preparadas para realizar
os primeiros socorros e, portanto, o ideal é
que deixe outra pessoa realizar os
procedimentos adequados e auxiliar de
outra maneira, como, buscando socorro.
PRIMEIROS SOCORROS
OMISSÃO DE SOCORRO

• A omissão de socorro é considerada crime em


nosso país. Segundo o Decreto-Lei Nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940, deixar de prestar
assistência a uma pessoa em risco pode
resultar em detenção ou multa.
• Veja o art. 135 que aborda o tema:
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses
casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
triplicada, se resulta a morte.
APH
O APH divide-se, ainda, basicamente em duas modalidades de
atendimento:
A. Suporte Básico à vida (SBV): caracteriza-se por não realizar
manobras invasivas.
B. Suporte Avançado à Vida (SAV): tem como característica a
realização de procedimentos invasivos de suporte
ventilatório e circulatório, como, por exemplo, a intubação
orotraqueal, acesso venoso e administração de
medicamentos. Geralmente, o suporte avançado é
prestado por equipe composta por médico e enfermeiro.
APH
Lembramos que a função de quem está fazendo o socorro é:
• Contatar o serviço de atendimento emergencial do SAMU.
• Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de:
a.) Salvar uma vida
b.) Prevenir danos maiores
• Manter o acidentado vivo até a chegada deste
atendimento.
• Manter a calma e a serenidade frente a situação inspirando
confiança.
APH
• Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros
ao acidentado.
• Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o
acidentado, afastando-as do local do acidente, evitando assim
causar o chamado "segundo trauma", isto é, não ocasionar
outras lesões ou agravar as já existentes.
• Ser o elo das informações para o serviço de atendimento
emergencial.
• Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de
atendimento. Saber avaliar seus limites físicos e de
conhecimento. Não tentar transportar um acidentado ou
medicá-lo.
ETAPAS BÁSICAS DE PRIMEIROS
SOCORROS
• O atendimento de primeiros socorros pode ser
dividido em etapas básicas que permitem a
maior organização no atendimento e,
portanto, resultados mais eficazes.
1.Avaliação do Local do Acidente: É importante
observar rapidamente se existem perigos para
o acidentado e para quem estiver prestando o
socorro nas proximidades da ocorrência.
ETAPAS BÁSICAS DE PRIMEIROS
SOCORROS
• Proteção do Acidentado: Ela deve ser
realizada simultaneamente ou imediatamente
à "avaliação do acidente e proteção do
acidentado". O exame deve ser rápido e
sistemático, observando prioridades como
estado de consciência, condição respiratória,
existência de hemorragia, estado das pupilas e
temperatura do corpo.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE APH
Equipamento de Proteção Individual
• Este conjunto de equipamentos destinam-se a
proteção do socorrista e da vítima, objetivando evitar a
transmissão de doenças, seja pelo contato com a pele
ou através da contaminação das mucosas; materiais de
uso obrigatório no atendimento no interior das
viaturas do Corpo de Bombeiros: luvas descartáveis,
máscara de proteção facial, óculos de proteção,
aventais e capacetes (em locais de risco iminente de
acidentes)
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE APH
Equipamento de Segurança no Local
• Este conjunto de equipamentos destinam-se a
garantir a segurança das guarnições no local
do acidente, bem como, das vítimas
envolvidas e da população em geral;
destacam-se entre esses materiais os cones de
sinalização, lanternas, fitas para isolamento e
extintores de incêndios.
EQUIPAMENTOS DE REANIMAÇÃO E
ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
Cânula orofaríngea ou Cânula de Guedel
• Equipamento destinado a garantir a
permeabilidade das vias áreas em vítimas
inconscientes devido a queda da língua contra
as estruturas do palato, promovendo a
passagem de ar através da orofaringe, estando
disponível em vários tamanhos
EQUIPAMENTOS DE REANIMAÇÃO E
ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
Reanimador ventilatório manual ou Ambu
• Equipamento destinado a estabelecer ventilação
artificial manual.
• Composto de bolsa, valva ou válvula e máscara,
garantindo assim eficiente insuflação de ar e
maior concentração de oxigênio para a vítima.
• Equipamento disponível nos tamanhos adulto e
infantil.
EQUIPAMENTOS DE IMOBILIZAÇÃO E
FIXAÇÃO DE CURATIVOS
Tala articulada de madeira e tala de papelão
• São equipamentos indispensáveis na
imobilização de fraturas e luxações.
EQUIPAMENTOS DE IMOBILIZAÇÃO E
FIXAÇÃO DE CURATIVOS
Bandagens triangulares e ataduras de crepom
• Destinam-se à fixação de talas e curativos.
EQUIPAMENTOS DE IMOBILIZAÇÃO E
FIXAÇÃO DE CURATIVOS
Cintos de fixação
• Cintos flexíveis e resistentes que destinam-se
a prender a vítima junto a tábua de
imobilização.
EQUIPAMENTOS DE IMOBILIZAÇÃO E
FIXAÇÃO DE CURATIVOS
Colete de imobilização dorsal (ked)
• Destina-se a retirada de vítimas do interior de
veículos que estiverem sentadas.
• Fixação através de tirantes flexíveis, fixos e
móveis.
EQUIPAMENTOS DE IMOBILIZAÇÃO E
FIXAÇÃO DE CURATIVOS
Colar cervical
• Utilizado para imobilização da coluna cervical.
Material dobrável e possui vários tamanhos e
modelos.
EQUIPAMENTOS DE IMOBILIZAÇÃO E
FIXAÇÃO DE CURATIVOS
Prancha de imobilização
• Destina-se a imobilizar a vítima deitada.
Possui aberturas para fixação de cintos e
estabilizador de cabeça.
Estabilizador de cabeça
• Responsável por impedir movimentação da
cabeça, promovendo imobilização total.
MATERIAIS UTILIZADOS EM
CURATIVOS
Gaze, ataduras de crepom, bandagem, fita
adesiva
• Material indispensável na limpeza superficial
de ferimentos e contenção de hemorragias em
vítimas.
MATERIAIS UTILIZADOS EM
CURATIVOS
Material de assistência ao parto
• Material esterilizado, normalmente colocado
em pacotes hermeticamente fechados,
contendo campos duplos e simples, clamps
para laqueadura umbilical, lençóis e tesoura.
EQUIPAMENTOS PARA VERIFICAÇÃO
DE SINAIS VITAIS
Esfigmomanômetro
• Destina-se a aferição da pressão arterial.
Estetoscópio
• Aparelho destinado a realizar ausculta cardíaca e
pulmonar.
Oxímetro de pulso portátil
• Aparelho eletrônico destinado a medição da
saturação periférica de oxigênio.
EQUIPAMENTOS PARA VERIFICAÇÃO
DE SINAIS VITAIS
Desfibriladores automáticos externos (DEA)
• Pode ser utilizado como monitor cardíaco, verificando
o padrão de atividade elétrica cardíaca.
• Nos casos de arritmias ventriculares (taquicardia e
fibrilação), quando confirmadas, resultarão em
aplicação de choques para reversão do quadro.
• É um material de uso de pessoal treinado, mas não
necessariamente de profissional de saúde, o que o
diferencia do cardioversor.
EQUIPAMENTOS DE USO EXCLUSIVO
DO MÉDICO
Laringoscópio
• Promove visualização da laringe para auxiliar
no procedimento de entubação endotraqueal.
Cânula de entubação endotraqueal
• Utilizado para manter a abertura das vias
aéreas permitindo a passagem da ventilação.
EQUIPAMENTOS DE USO EXCLUSIVO
DO MÉDICO
Cardioversor (Desfibrilador)
• Aparelho com função de monitorização
cardíaca e aplicação de choque, quando
identificadas arritmias cardíacas (taquicardia e
fibrilação).
• Semelhante ao DEA, porém de utilização
exclusiva por médicos.
AVALIAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE
• Deve avaliar questões como por exemplo: fios elétricos
soltos e desencapados; tráfego de veículos; andaimes;
vazamento de gás; máquinas funcionando.
• Devem-se identificar pessoas que possam ajudar.
• Deve-se desligar a corrente elétrica; evitar chamas,
faíscas e fagulhas; afastar pessoas desprotegidas da
presença de gás; retirar vítima de afogamento da água,
desde que o faça com segurança para quem está
socorrendo; evacuar área em risco iminente de
explosão ou desmoronamento.
AVALIAÇÃO DO ACIDENTADO
• A avaliação e exame do estado geral de um
acidentado de emergência clínica ou traumática é
a segunda etapa básica na prestação dos
primeiros socorros.
• Deve-se ter sempre uma ideia bem clara do que
se vai fazer, para não expor desnecessariamente
o acidentado, verificando se há ferimento com o
cuidado de não movimentá-lo excessivamente.
AVALIAÇÃO DO ACIDENTADO
• Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas
(nome, idade, etc).
• Respiração: movimentos torácicos e abdominais com
entrada e saída de ar normalmente pelas narinas ou boca.
• Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade
do sangue que se perde. Se é arterial ou venoso.
• Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria
(igualdade entre as pupilas).
• Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na
face e extremidades
AVALIAÇÃO DO ACIDENTADO
Cabeça e Pescoço
• Sempre verificando o estado de consciência e a respiração
do acidentado, apalpar, com cuidado, o crânio a procura de
fratura, hemorragia ou depressão óssea.
• Correr os dedos pela coluna cervical, desde a base do
crânio até os ombros, procurando alguma irregularidade.
• Solicitar que o acidentado movimente lentamente o
pescoço, verificar se há dor nessa região.
• Em caso de dor pare qualquer mobilização desnecessária.
AVALIAÇÃO DO ACIDENTADO
Coluna Dorsal
• Perguntar ao acidentado se sente dor.
• Na coluna dorsal correr a mão pela espinha do acidentado desde a
nuca até o sacro.
• A presença de dor pode indicar lesão da coluna dorsal.
Tórax e Membros
• Verificar se há lesão no tórax, se há dor quando respira ou se há dor
quando o tórax é levemente comprimido.
• Solicitar ao acidentado que movimente de leve os braços e verificar
a existência de dor ou incapacidade funcional.
• Localizar o local da dor e procurar deformação, edema e marcas de
injeções.
SINAIS VITAIS
Sinais vitais são aqueles que indicam a existência de vida.
São reflexos ou indícios que permitem concluir sobre o estado geral de
uma pessoa.
Os sinais sobre o funcionamento do corpo humano que devem ser
compreendidos e conhecidos são:
• Temperatura,
• Pulso,
• Respiração,
• Pressão arterial.
Os sinais vitais são sinais que podem ser facilmente percebidos,
deduzindo-se assim, que na ausência deles, existem alterações nas
funções vitais do corpo.
SINAIS VITAIS
• Deve-se saber identificar se a pessoa está respirando e como está
respirando.
• A respiração pode ser basicamente classificada por tipo e
frequência.
• A contagem pode ser feita observando-se a elevação do tórax se o
acidentado for mulher ou do abdome se for homem ou criança.
• Pode ser feita ainda contando-se as saídas de ar quente pelas
narinas.
• A frequência média por minuto dos movimentos respiratórios varia
com a idade se levarmos em consideração uma pessoa em estado
normal de saúde.
ASFIXIA
• Asfixia pode ser definida como sendo parada
respiratória, com o coração ainda funcionando.
• É causado por certos tipos de traumatismos
como aqueles que atingem a cabeça, a boca, o
pescoço, o tórax; por fumaça no decurso de um
incêndio; por afogamento; em soterramentos,
dentre outros acidentes, ocasionando dificuldade
respiratória, levando à parada respiratória.
ASFIXIA
• Nesse caso, a identificação da dificuldade
respiratória pela respiração arquejante nas
vitimas inconscientes, pela falta de ar de que
se queixam os conscientes, ou ainda, pela
cianose acentuada do rosto, dos lábios e das
extremidades (dedos), servirá de guia para o
socorro à vítima.
ASFIXIA
PRINCIPAIS CAUSAS
A. Bloqueio da passagem de ar.
Pode acontecer nos casos de afogamento, secreções e
espasmos da laringe, estrangulamento, soterramento e
bloqueio do ar causado por ossos, alimentos ou qualquer
corpo estranho na garganta.
B. Insuficiência de oxigênio no ar.
Pode ocorrer em altitudes onde o oxigênio é insuficiente,
em compartimentos não ventilados, nos incêndios em
compartimentos fechados e por contaminação do ar por
gases tóxicos (principalmente emanações de motores,
fumaça densa).
ASFIXIA
C. Impossibilidade do sangue em transportar oxigênio.
D. Paralisia do centro respiratório no cérebro.
Pode ser causada por choque elétrico, venenos, doenças,
(AVC), ferimentos na cabeça ou no aparelho respiratório,
por ingestão de grande quantidade de álcool, ou de
substâncias anestésicas, psicotrópicos e tranquilizantes.
E. Compressão do corpo.
Pode ser causado por forte pressão externa (por exemplo,
traumatismo torácico), nos músculos respiratórios.
ASFIXIA
PRIMEIROS SOCORROS
• A primeira conduta é favorecer a passagem do ar através da
boca e das narinas
• Afastar a causa.
• Verificar se o acidentado está consciente.
• Desapertar as roupas do acidentado, principalmente em
volta do pescoço, peito e cintura.
• Retirar qualquer objeto da boca ou da garganta do
acidentado, para abrir e manter desobstruída a passagem
de ar.
• Para assegurar que o acidentado inconsciente continue
respirando, coloque-a na posição lateral de segurança.
ASFIXIA
• Iniciar a respiração de socorro (conforme relatado a
frente), tão logo tenha sido o acidentado colocado na
posição correta.
• Lembrar que cada segundo é importante para a vida do
acidentado.
• Repetir a respiração de socorro tantas vezes quanto
necessário, até que o acidentado de entrada em local
onde possa receber assistência adequada.
• Continuar observando cuidadosamente o acidentado,
para evitar que a respiração cesse novamente.
• Solicitar socorro especializado mesmo que o
acidentado esteja recuperado.
RESSUSCITAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
• Parada cardiorrespiratória é a perda repentina
de circulação sanguínea em resultado da
incapacidade do coração em bombear sangue.
• Os sintomas incluem perda de consciência
e respiração ausente ou anormal.
• Algumas pessoas podem sentir dor no peito, falta
de ar ou náuseas antes da paragem cardíaca.
• Quando não é tratada no prazo de minutos,
geralmente leva à morte.
RESSUSCITAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
PROCEDIMENTOS INICIAIS

• Avalie a capacidade de resposta do acidentado: Chame-o pelo nome!


• Avalie a respiração e pulso simultaneamente por 10 segundos.
• Em caso de detecção de ausência de resposta, respiração e pulso, solicite a
outro profissional, de forma clara e objetiva, que acione a equipe médica
de emergência (se houver no local);
• Caso no local não exista equipe de emergência, ou pessoa devidamente
capacitada, os seguintes procedimentos deverão ser cumpridos:
A - Abertura das vias aéreas
B - Ventilação artificial
C - Suporte circulatório
RESSUSCITAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
COMPRESSÕES TORÁCICAS

1. Ajoelhe-se ao lado da vítima;


2. Coloque a base de uma mão no centro do tórax da vítima;
3. Coloque a base da outra mão em cima da primeira mão;
4. Enlace os dedos das duas mãos. Posicione-as na porção
inferior do osso esterno (linha média dos mamilos). Atenção
para não comprimir costelas ou apêndice xifoide, pois há risco
de fratura.
5. Certifique-se que os seus ombros estão diretamente acima
do centro do tórax da vítima. Com os braços esticados, exerça
pressão 5 a 6 centímetros diretamente para baixo.
RESSUSCITAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
6. Cada vez que pressionar para baixo, deixe que o
tórax se eleve totalmente. Isto permitirá que o
sangue flua de volta ao coração. As suas mãos
devem manter-se sempre em contato com o tórax
sem sair da posição inicial;
7. Execute 30 compressões torácicas desta forma, a
um ritmo de cerca de 100 compressões por minuto.
Isto é equivalente a pouco menos de 2 compressões
por segundo.
Localizando a porção inferior do osso esterno.

Posicionamento das mãos e do corpo


RESSUSCITAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
COMO REALIZAR AS VENTILAÇÕES

1. Incline a cabeça da vítima para trás e eleve-lhe o queixo;


2. Deixe ficar a mão na testa da vítima. Comprima as narinas
da vítima com o seu polegar e indicador;
3. Com a outra mão, mantenha o queixo elevado e deixe que a
boca se abra;
4. Inspire normalmente, incline-se para a frente e coloque a
sua boca completamente sobre a boca da vítima;
RESSUSCITAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA

5. Insufle ar para dentro da boca da vítima de forma


homogénea e ao mesmo tempo verifique se o tórax se eleva.
Deixe que cada insuflação dure cerca de 1 segundo;
6. Mantenha a cabeça da vítima para trás com a elevação do
queixo. Eleve a sua cabeça para verificar se o tórax baixa;
7. Inspire normalmente e faça uma 2ª insuflação;
8. Reposicione as suas mãos adequadamente e continue com
mais 30 compressões torácicas.
RESSUSCITAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
RESSUSCITAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
Notas:
 A insuflação "boca-nariz" é uma alternativa viável à insuflação "boca-
a-boca" se esta for difícil de executar.
 Sempre que possível, recomenda-se o uso de máscara de proteção
individual.
 Se por algum motivo não quiser ou não puder executar as insuflações
boca-a-boca, deve efetuar continuamente as compressões torácicas.
Quando as manobras de reanimação devem ser
interrompidas?
 Com a chegada de pessoal qualificado que tome conta da situação;
 Quando a vítima começar a ventilar normalmente;
 Quando ficar exausto.
 Caso esteja sozinho retomar o procedimento o quanto antes.
RESSUSCITAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
IMPORTANTE
• A grande maioria das mortes em adulto é causada pela
PCR, e por mais bem feita que seja, a RCP não consegue
reverter este quadro.
• Caso o socorrista esteja sozinho no local da ocorrência o
acionamento do SAMU, para a aplicação do desfibrilador, é
prioritário para então na sequência iniciar a RCP.
• A exceção fica para os casos de parada respiratória
(engasgo, afogamento, etc) em que o emprego imediato de
ventilações tem prioridade sobre o acionamento do SME.
• O socorrista se estiver sozinho deve então executar o RCP
por pelos menos 2 (dois) minutos antes de acionar o SAMU.
ESTADO DE CHOQUE
• O choque é um complexo grupo de
síndromes cardiovasculares agudas que não
possui, uma definição única que compreenda
todas as suas diversas causas e origens.
• Didaticamente, o estado de choque se dá
quando há mal funcionamento entre o
coração, vasos sanguíneos (artérias ou
veias) e o sangue, instalando-se um
desequilíbrio no organismo.
ESTADO DE CHOQUE
• O choque é uma grave emergência médica.
• O correto atendimento exige ação rápida e
imediata.
• Vários fatores predispõem ao choque.
• Com a finalidade de facilitar a análise dos
mecanismos, considera-se especialmente
para estudo o choque hipovolêmico, por ter a
vantagem de apresentar uma sequência bem
definida.
ESTADO DE CHOQUE
Entre os principais tipos de Choque estão os seguintes:
• Choque Hipovolêmico
• É o choque que ocorre devido à redução do volume intravascular por
causa da perda de sangue, de plasma ou de água perdida em diarreia e
vômito.
• Choque Cardiogênico
• Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume de sangue
suficiente para atender às necessidades metabólicas dos tecidos.
• Choque Septicêmico
• Pode ocorrer devido a uma infecção sistêmica.
• Choque Anafilático
• É uma reação de hipersensibilidade sistêmica, que ocorre quando um
indivíduo é exposto a uma substância à qual é extremamente alérgico.
CAUSAS PRINCIPAIS DO ESTADO DE
CHOQUE
• Hemorragias intensas (internas ou externas)
• Infarto
• Taquicardias
• Bradicardias
• Queimaduras graves
• Processos inflamatórios do coração
• Traumatismos do crânio
• Traumatismos graves de tórax e abdômen
• Envenenamentos
• Afogamento
• Choque elétrico
• Picadas de animais peçonhentos
• Exposição a extremos de calor e frio
• Septicemia
SINTOMAS DO ESTADO DE CHOQUE
• O quadro clínico pode começar com letargia, sonolência e confusão.
• A pele torna-se fria, úmida e, frequentemente, azulada e pálida.
• Ao pressionar a pele, a cor demora muito mais para se restabelecer do que em
situações normais.
• Os vasos sanguíneos podem tornar mais visíveis, como uma rede de linhas
azuladas sob a pele.
• A pulsação é fraca e rápida, exceto quando a causa do choque é uma frequência
cardíaca lenta.
• Frequentemente, a pessoa não pode se sentar sem sentir tontura ou desmaiar.
• A respiração é rápida, mas tanto a respiração quanto a pulsação podem tornar-se
mais lentas quando a morte está iminente.
• A pressão arterial cai a um nível tão baixo que, frequentemente, não pode ser
detectada com um esfigmomanômetro.
• A micção diminui e, por fim, cessa.
• Finalmente, a pessoa pode entrar em coma e morrer.
ESTADO DE CHOQUE
IMPORTANTE

• Em todos os casos de reconhecimento dos sinais


e sintomas de estado de choque, providenciar
imediatamente assistência especializada.
• A vítima pode necessitar de tratamento complexo
que só poderá ser feito por profissionais e
recursos especiais para intervir nestes casos.
PRIMEIROS SOCORROS
QUEIMADURAS
Conceito
• São lesões envolvendo diversas camadas do
corpo , causadas pelos vários tipos de agentes
agressores.
Classificação
Quanto ao agente causal
Físicos: temperatura: vapor, objetos aquecidos, água
quente, chama, etc.
eletricidade : corrente elétrica, raio, etc.
radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas,
nucleares, etc.
Químicos: produtos químicos: ácidos, bases, álcool,
gasolina, etc. e
Biológicos: animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa,
etc. e vegetais : o látex de certas plantas, urtiga, etc.
Classificação
Quanto a profundidade da lesão
1º Grau
Não sangra , geralmente seca
Rosa e toda inervada
Não passam da Epiderme
Queimadura de Sol(exemplo)
Hiperemia(Vermelhidão)
Dolorosa
Obs: Normalmente não chega na emergência
FOTOS (1º GRAU)
PRIMEIROS SOCORROS
QUEIMADURAS
• O primeiro passo em caso de queimadura é
retirar a pessoa da região próxima à fonte de
calor. Feito isso, deve-se avaliar a lesão. Se o
dano for leve, recomenda-se lavar o local com
água corrente ou colocar compressas de soro
fisiológico para reduzir a temperatura do local.
Caso apareçam bolhas, elas nunca devem ser
furadas.
QUEIMADURAS
QUANDO A PROFUNDIDADE DA LESÃO
2º Grau
Atinge derme
Úmida
Presença de Flictenas(Bolhas)
Retirar ou não?
Rosa, Hiperemia(Vermelhidão)
Dolorosa
Cura espontânea mais lenta,
com possibilidade de formação de cicatriz
FOTOS (2º GRAU)
Classificação
Quanto a profundidade da lesão
3º Grau
 Atinge todos os apêndices da pele
Ossos , musculos, nervos , vasos
 Pouca ou nenhuma dor
 Úmida
 Cor Branca, Amarela ou Marrom
 Não cicatriza espontaneamente,
necessita de enxerto
FOTOS (3º GRAU)
Classificação
Quanto a profundidade da lesão
4º Grau
Necrose Total
Carbonização
Tecido negro
FOTOS (4º GRAU)
PRIMEIROS SOCORROS
QUEIMADURAS
• Se ao avaliar a lesão, você perceber que o
dano é grave, é fundamental procurar ajuda
médica imediatamente. Outro ponto
importante é nunca passar no local nenhuma
substância caseira nem mesmo medicamentos
sem que sejam recomendados por um
médico.
PRIMEIROS SOCORROS
DESENGASGAMENTO
• MANOBRA DE HEIMLICH

• A manobra de Heimlich é o melhor método pré-hospitalar de


desobstrução das vias aéreas superiores por um corpo
estranho. Esta manobra foi descrita pela primeira vez pelo
médico Henry Heimlich em 1974 que induz uma tosse
artificial,que vai expelir o objeto da traqueia da vítima.
MANOBRA DE HEIMLICH
• Uma pessoa sozinha consegue realizar a
técnica correta e desobstruir a via aérea,
posicionando suas mãos na região abdominal
e exercendo uma pressão sobre o final do
diafragma, comprimindo indiretamente a base
dos pulmões e expelindo assim, o objeto
causador da obstrução.
CAUSAS MAIS FREQUENTES

1.Alimentos –carne;
2. Próteses dentárias, fragmentos
dentários;
3. Chicletes, balas, etc;
4. Aspiração de sangue
LACTENTES E CRIANÇAS
1.Aspiração de pequenos objetos

2. Aspiração de leite regurgitado


RECONHECIMENTO

Subitamente para de
respirar;

Cianose e inconsciência
TÉCNICA DA MANOBRA-VÍTIMA EM PÉ
Ficar atrás da vítima;
Posicionar uma de suas pernas entre as
pernas da vítima, servindo de base caso ela
desmaie;
Colocar o braço em volta da cintura da
mesma;
Fechar uma mão e colocar o lado do
polegar contra o abdômen da vítima entre a
cicatriz umbilical e o apêndice xifóide;
Com a outra mão envolver a mão fechada
e pressionar o abdômen da vítima;
- Realizar cinco vezes a manobra com
uma compressão firme e vigorosa,
suficiente para movimentar o objeto e
desobstruir as vias aéreas;

- Caso a vítima fique inconsciente, a


manobra deverá ser interrompida e deve-
se iniciar a reanimação
cardiorrespiratória.
OBSERVE A MANOBRA

EFETUE POR TRÊS VEZES ATÉ CONSTATAR O EXPELIMENTO DO CORPO


ESTRANHO
AFOGAMENTO
• Afogamento é a paragem respiratória
resultante da imersão em líquido.
O afogamento geralmente ocorre de forma
silenciosa, sendo poucas as pessoas que
conseguem acenar com a mão ou gritar por
socorro. Após o salvamento, os sintomas
incluem problemas respiratórios, vómitos,
confusão ou perda de consciência.
AFOGAMENTO
• Em caso de afogamento, a primeira coisa a
fazer é tirar a vítima da água.
• O ideal é socorrer a pessoa que está se
afogando sem entrar na água, utilizando uma
boia, tábua, colete salva-vidas, corda, galho
ou qualquer outro objeto que a faça
flutuar ou lhe permita agarrar para não
afundar.
AFOGAMENTO
• Após retirá-la da água, mantenha-a aquecida e
peça ajuda ligando para o número 193. Se a
vítima estiver consciente, deixe-a sentada
enquanto aguarda pela chegada da
ambulância.
AFOGAMENTO
• Se estiver inconsciente, siga os
seguintes primeiros socorros:
• 1) Deite a vítima de lado e mantenha-a aquecida;
• 2) Observe se ela está respirando;
• 3) Ligue e siga as instruções dadas pelo atendente
do 193 (leve a vítima ao hospital ou espere pela
chegada do socorro).
• Se a pessoa não estiver respirando, é necessário
fazer a reanimação cardiopulmonar:
PRIMEIROS SOCORROS
FRATURAS
• Dizemos que ocorreu uma fratura quando o
osso perde sua continuidade. A fratura pode
ser exposta quando a pele é rompida e pode-
se ver o osso, e fechada quando a pele não se
rompe. Em ambos os casos, é fundamental
ajuda médica profissional para que a
recuperação do osso seja feita de maneira
adequada.
PRIMEIROS SOCORROS
FRATURAS
• Primeiramente, o socorrista deve imobilizar a região
acometida para evitar a movimentação dos fragmentos
dos ossos lesionados. Não se deve tentar colocar o
osso no local, pois isso pode agravar o quadro, caso
seja feito de maneira inadequada. Em caso de fraturas
expostas, é necessário tentar controlar, caso esteja
presente, a hemorragia com um pano limpo que deve
ser colocado sobre o local e pressionado. Lembre-se
que fraturas em costas e pescoço necessitam de mais
atenção e a movimentação só deve ser feita por
profissionais.
PRIMEIROS SOCORROS
FRATURAS
TIPOS DE FRATURA

• Aberta ou exposta – com exposição óssea


• Fechada – sem exposição óssea
PRIMEIROS SOCORROS
FRATURAS
Sinais e sintomas
- Dor
- Inchaço
- Incapacidade funcional
- Deformidade
- Em expostas, ferimentos na pele, podendo
levar ou não a exposição óssea.
PRIMEIROS SOCORROS
FRATURAS
LUXAÇÃOE ENTORSE

Luxação: Trauma de articulação com saída desta


da posição anatômica.
Entorse: Trauma de articulação sem saída desta
da posição anatômica.
PRIMEIROS SOCORROS
FRATURAS
LUXAÇÃO E ENTORSE

CONDUTAS:
• Imobilização
• Posição confortável
• Compressa fria no local
HEMORRAGIA

INTERNA

EXTERNA
HEMORRAGIA
INTERNA
manter o paciente calmo, deitado
com a cabeça de lado
aplicar compressas frias ou gelo
no local suspeito de hemorragia
afrouxar a roupa
providenciar transporte urgente
não oferecer líquidos e alimentos
HEMORRAGIA NASAL
 sentar a vítima
 colocar um chumaço de algodão na narina
 colocar toalha úmida, fria ou gelo sobre o rosto
 não assoar nariz pelo menos
1 hora após cessar sangramento
HEMORRAGIA EXTERNA
Técnicas de controle:

 pressão direta
 elevação dos membros
 pontos de pressão arterial
 torniquete
TORNIQUETE

• Usar essencialmente no
caso de amputação de
membro

• ( Braço ou Perna)
Como fazer?
• Usar panos resistentes e largos acima do
ferimento

• Nunca usar arame, corda, barbante ou


outros materiais muito finos

• Desapertar gradualmente a cada 10 a 15


minutos ou quando notar extremidades
frias ou arroxeadas

• Não tirar do lugar caso pare a hemorragia


FERIMENTOS /
CORTES
 Leves e / ou superficiais

 Extensos e / ou profundos
FERIMENTOS FECHADOS / CONTUSÃO
FERIMENTOS
O QUE FAZER?
 lavar o ferimento com água e
sabão
 proteger o ferimento com gaze ou
pano limpo
 não tentar retirar farpas, vidros ou
partículas de metal do ferimento
 não colocar pastas, pomadas,
óleos ou pó secante
FERIMENTOS ABERTOS
• É toda lesão na pele que permite um contado do meio interno
do organismo com o meio externo, propiciando contaminação
que quando não for adequadamente tratado pode levar a um
quadro de infecção.
• Geralmente são visíveis e causam dor, que se dividi em:

 ferimentos não penetrantes (que são superficiais),


 ferimentos penetrantes (que são profundos atingindo órgãos
internos) e as grandes lacerações ou amputações.
FERIMENTOS
EXTENSOS E/OU PROFUNDOS
 cobrir o ferimento com pano limpo
 não lavar para não aumentar o risco
de hemorragia
 não remover objetos fixados no
ferimento
 usar técnicas para cessar hemorragia
 providenciar transporte
ACIDENTE OCULAR
 Lavar o olho com a água ou soro
fisiológico, em abundância
 Não remover corpo estranho
 Proteger os dois olhos
 Transportar a vítima para
 atendimento médico
OS 10 MANDAMENTOS DE UM
SOCORRISTA
1. Mantenha a calma
2. Tenha em mente a seguinte ordem de
segurança, quando vc estiver prestando o
socorro: Primeiro o socorrista, depois a
minha equipe, incluindo os transeuntes e por
ultimo a vítima. Isto parece ser contraditório
a primeira vista, mas tem o intuito básico de
não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao
atendimento pré-hospitalar de imediato ao
chegar no local do acidente.
4. Sempre verificar se há riscos no local, para
você e sua equipe, antes de agir no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança pedindo
ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que
poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se
sentirão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de
forma imprudente, com pressa).
9. Em caso de múltiplas vítimas de preferência
aquelas que correm maior risco de vida como,
por exemplo vítimas em parada-cardio-
respiratória ou que estejam sangrando muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2º
mandamento).
"Ser socorrista é estar atento, estar alerta é atuar na hora
certa...Sem nunca desfalecer... Ser socorrista é amar o
semelhante, estar presente no instante em que alguém está
a sofrer. Ser socorrista, é não pensar no amanhã, é ter
espirito de DEUS dentro de nós. Ser socorrista é uma missão
sublime que enaltece e que redime praticada com amor. Ser
socorrista é saber, PREVENIR, ALERTAR e SOCORRER... Ser
altruísta e não deixar de ajudar um irmão, seja qual for, a
raça ou a cor, sem distinção...A nossa missão, é SALVAR...“
Adriano Mota

Obrigada!!!

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