Medicina Aeroespacial
Medicina Aeroespacial
Medicina Aeroespacial
Atendimento Pré-hospitalar
Os acidentes de transportes são considerados uma epidemia
mundial. Suas causas devem ser combatidas pelo envolvimento
dos órgãos públicos, em todas as suas esferas (municipal,
estadual e federal), dos órgãos privados e da sociedade civil
organizada, através de ações de segurança viária em seus âmbitos
médico, legal e educacional.
Medicina Aeroespacial Curativa
Atendimento Pré-hospitalar
A implantação dos serviços de Atendimento Pré-Hospitalar
(APH), nos grandes centros urbanos, e os programas de
atendimento integrado ao politraumatizado modificaram a rotina
dos hospitais de trauma, que recebem cada vez mais pacientes
vivos com lesões críticas e, consequentemente, com maior chance
de sobreviverem diminuindo a morbimortalidade do trauma.
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Atendimento Pré-hospitalar
O APH é um modelo misto, composto por médicos, profissionais
de enfermagem e socorristas. As viaturas utilizadas são as
ambulâncias avançada e básica. A ambulância avançada tem uma
equipe chefiada por um médico, dispõe de equipamentos de
suporte básico de vida e de imobilização, e daqueles de suporte
avançado de vida, como material de intubação endotraqueal, de
acesso cirúrgico de vias aéreas, de descompressão de tórax, além
de medicamentos, desfibrilador e ventilador de transporte.
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Atendimento Pré-hospitalar
A ambulância básica é tripulada por técnico de emergência
médica (TEM) e socorristas, sendo equipada com equipamentos
de suporte básico de vida e de imobilização.
Atendimento Pré-hospitalar
As vítimas submetidas ao tratamento definitivo, dentro dos
primeiros 60 minutos após o trauma, apresentam maior chance de
sobrevivência. Este intervalo de uma hora foi denominado de golden
hour – hora de ouro. O tempo que é gasto no APH, antes da chegada
da vítima ao hospital para tratamento definitivo, deve ser o menor
possível, pois consome minutos da golden hour.
Atendimento Pré-hospitalar
Conceitos básicos do APH
Atendimento Pré-hospitalar
Rotinas do atendimento pré-hospitalar
❖ Avaliação da Cena
Atendimento Pré-hospitalar
❖ Segurança
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Neste momento, deve ser realizado o pedido de auxílio ao órgão
competente, no caso o Corpo de Bombeiros, relatando tipo do
evento, localização do mesmo e número de vítimas.
Atendimento Pré-hospitalar
Em relação ao mecanismo do trauma, deve-se observar, por
exemplo, em um acidente automobilístico, o grau de dano do
veículo, utilização do cinto de segurança e posição da vítima. Em
vítimas de traumatismo por arma de fogo é importante saber, se
possível, qual o tipo de armamento, munição e distância do
disparo. Em vítimas de queda, saber de que altura e se houve
contusão com algum anteparo, antes da mesma.
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Atendimento Pré-hospitalar
Deve-se suspeitar de traumatismo grave nas seguintes situações:
• Atropelamento;
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Peso dos órgãos humanos durante o impacto
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Equipamentos essenciais na cena, para evitar perda de tempo com retorno
à ambulância:
• EPIs;
• Colar cervical;
• Bandagens.
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❖ Avaliação da vítima
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Aqueles exclusivos aos médicos são: intubação,
cricotireoidotomia, ventilação translaríngea e descompressão
torácica. O acesso venoso e a reposição volêmica podem ser
realizados por TEM, porém, somente sob supervisão médica.
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➢ Exame primário
Atendimento Pré-hospitalar
As prioridades de avaliação do exame primário são:
• Avaliação da respiração;
• Avaliação da circulação;
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Ao término do exame primário, deve-se decidir se uma situação
crítica está presente e se a vítima deve ser transportada
imediatamente para uma unidade hospitalar avançada de
referência.
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Os procedimentos não essenciais devem esperar até que a vítima
esteja sendo transportada.
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Deve-se identificar e perguntar à vítima o que aconteceu. A
resposta adequada da mesma mostra informação sobre o nível de
consciência, via aérea, respiração e circulação. A presença de
resposta verbal indica que a via aérea está pérvia, que existe
respiração e circulação cerebral.
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Determina-se o nível de consciência por meio do método AVDI:
A – acordado;
I – inconsciente.
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- Avaliação da via aérea e coluna cervical
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É importante lembrar que, no caso de vítima inconsciente, deve-
se pensar sempre em lesão cervical.
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- Avaliação da respiração
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3. Deve-se observar se existe dificuldade respiratória e a coloração
de pele e mucosas.
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- Avaliação da circulação
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- Exame do pescoço
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- Exame do tórax
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2. A ausculta cardíaca deve ser realizada rapidamente para
identificar abafamento das bulhas cardíacas ou não. O
abafamento das bulhas cardíacas, associado à hipotensão arterial
e turgência de veia jugular, sugere a tríade do tamponamento
cardíaco.
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- Exame do abdome
- Exame da pelve
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- Exame das extremidades
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3. Realizar contenção de hemorragias importantes. A maioria dos
sangramentos pode ser contido com compressão direta. Os
torniquetes são realizados em situações extremas de amputação
traumática, com sangramento incontrolável.
- Exame do dorso
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- Intervenções críticas
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- Intervenções críticas e decisões de transporte
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» Tórax instável;
» Pneumotórax hipertensivo;
» Pelve instável;
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» Fratura bilateral de fêmur;
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➢ Exame secundário
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Nesta fase são verificados os sinais vitais, como pressão arterial,
pulso e frequência respiratória, e deve ser colhida a história
SAMPRE da vítima consciente ou do acompanhante.
A – alergias.
M – medicações.
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O exame detalhado é realizado da cabeça aos pés e compreende
inspeção, palpação e ausculta. Lesões já diagnosticadas no exame
primário não devem ser palpadas novamente.
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• Avaliação da respiração e do suporte de oxigênio que já foi
instalado;
• Avaliação da circulação;
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A vítima que apresentar alguma lesão crítica, identificada durante o
decorrer do exame, deve ser transportada imediatamente.
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- Imobilização e transporte
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A vítima (coluna cervical) deve permanecer estabilizada
manualmente até estar fixada completamente no imobilizador.
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O rolamento de 90º está indicado em vítima encontrada em
decúbito dorsal, e o rolamento de 180º, naquela em decúbito
ventral. Não se pode esquecer que mesmo se a vítima estiver
deambulando na cena, ela pode apresentar risco de lesão de
coluna e, por este motivo, deve ser realizada imobilização com
todos os dispositivos – prancha longa, colar cervical e
imobilizador lateral da cabeça, inclusive com a vítima em pé.
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Outra técnica utilizada é a extricação, manobra que consiste em
retirar a vítima de um local onde ela não pode ou não deve sair
por meios próprios. É indicada na presença de obstáculos físicos,
inconsciência, risco de lesões secundárias causadas pela própria
vítima. Também é utilizada em vítima sentada dentro do veículo.
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Em vítima estável, é realizada a técnica padrão, empregando
equipamentos de imobilização, tais como o KED, um colete de
imobilização dorsal, aplicado ao dorso da vítima, estabilizando da
cabeça ao tronco. E, em vítima instável ou na presença de risco
no local, deve ser realizada a técnica rápida, sem a utilização de
equipamentos, movimentando-a o mínimo possível – é a chamada
Chave de Rauteck.
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• Pedir auxílio.
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
EXAME PRIMÁRIO
Nível de consciência
Imobilização alinhada da coluna cervical
Abertura de vias aéreas
Ventilação e respiração
Circulação
Desastre
Para área de
estabilização Para o
hospital
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Referências
• BRASIL. Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978 Aprova as normas regulamentadoras que
consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. NR-9. Programa
de prevenção de riscos ambientais.
Referências
• Departamento de química - UFPR Segurança do trabalho e Ambiente . Acessado em 18
mar. Disponível em: http://www.quimica.ufpr.br.
Referências
• SAVARIZ, M. C. Manual de Produtos Perigosos - Emergência e Transporte. 2a Edição.
Sagra - DC Luzzatto - Porto Alegre - RS - 1994.