Trabalho de Geografia de Mocambique
Trabalho de Geografia de Mocambique
Trabalho de Geografia de Mocambique
Critérios de avaliação.
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ÍNDICE.
Conteúd
o.
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
1.1 Objectivos.............................................................................................................................4
1.1.1 Objectivo geral...................................................................................................................4
1.1.2 Objectivos específicos.......................................................................................................5
1.2 Metodologias.........................................................................................................................5
2. ANÁLISE E DISCUSSÃO.....................................................................................................6
2.1 Alguns conceitos importantes e seus significados................................................................6
2.1.1Clima e seus conceitos na visão dos autores.......................................................................6
2.1.2 Latitude..............................................................................................................................7
2.2 Circulação Geral da Atmosfera.............................................................................................7
2.2.1 Células de circulação meridional.......................................................................................9
2.2.1.1 A célula de Hadley........................................................................................................10
2.2.1.2 A célula de Ferrel..........................................................................................................11
2.2.1.3 A célula Polar................................................................................................................11
2.3 Zona de convergência intertropical.....................................................................................12
3. CONCLUSÃO......................................................................................................................14
4. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO.
A relevância deste trabalho, justifica-se pelo facto de que as mudanças climáticas vêm
causando uma crise múltipla na medida em que afectam os recursos naturais e o meio
ambiente. Mas também produzem um impacto económico que ainda não pode ser
quantificado. Com efeito, a sociedade, pela primeira vez, confronta-se com um problema para
o qual talvez não esteja preparada.
A Terra sempre passou por ciclos naturais de aquecimento e resfriamento, da mesma forma
que períodos de intensa actividade geológica lançaram à superfície quantidades colossais de
gases que formaram de tempos em tempos uma espécie de bolha gasosa sobre o planeta,
criando um efeito estufa natural. Neste contexto torna-se indubitável possuir um arcabouço
teórico para lidar-se com esta nova realidade.
Ocorre que, actualmente, a circulação geral da atmosfera constitui um dos grandes temas de
debate para os geógrafos quando o assunto tem a ver com a variabilidade climática no planeta,
terra. É comummente aceite que nos dias de hoje bem como no passado no âmbito da
circulação geral da atmosfera, vários processos ocorrem quer nas regiões equatoriais, quer nas
regiões de altas e baixas altitudes entre outros que contribuem significativamente para as
mudanças do clima.
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1.1 Objectivos.
1.2 Metodologias.
A Metodologia usada no presente trabalho foi a pesquisa bibliográfica. Foi utilizado o método
dedutivo, onde procedeu-se a análise dos principais pontos pertinentes a temática tratada,
buscando elucidar as questões descritas. Quanto a estrutura, o presente trabalho, apresente os
aspectos pré-textuais, introdução, Analise e discussão, conclusão e bibliografia.
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2. ANÁLISE E DISCUSSÃO.
No final do século XIX, Hann, elabora o conceito clássico do Clima, sendo este “o conjunto
dos fenómenos meteorológicos que caracteriza a condição média da atmosfera sobre cada
lugar”. Max Sorre (2006) propõe a definição habitualmente aceita até os dias actuais,
denominando clima como sendo “a série de estados atmosféricos sobre determinado lugar em
sua sucessão habitual”. Ainda sobre o clima, Max Sorre afirma:
O clima tem sido sempre em geografia física a pedra de toque que constitui a base
para uma racionalização física definida do globo [...]. Em um sentido mais amplo,
clima é uma condição característica da atmosfera próxima à superfície terrestre em um
lugar, ou sobre uma região determinada., (p.147).
Romero (2000) busca fazer uma diferenciação entre elementos meteorológicos ou climáticos
e factores climáticos. “O primeiro define o clima, o segundo tem a função de dar a origem ou
determinar o climaˮ.
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Assim sendo, os elementos climáticos são definidos pelos atributos físicos que representam as
propriedades da atmosfera geográfica de um dado local. A temperatura, a humidade e a
pressão influenciam na manifestação dos elementos precipitação, vento, nebulosidade, ondas
de calor e frio, dentre outros.
2.1.2 Latitude.
Sabe-se que as regiões equatoriais recebem mais energia solar do que as áreas polares, e que
no Equador o calor ganho por radiação é maior que o calor perdido, enquanto o inverso ocorre
nos polos. O excesso de calor é transportado do equador para os polos, enquanto o excesso de
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frio dos polos é trazido para as latitudes mais baixas, num movimento contínuo, que tendem a
manter certo equilíbrio em toda a atmosfera.
O primeiro modelo de circulação geral da atmosfera, proposto por Hadley (1735), “restringe a
circulação entre os trópicos supondo existir duas grandes células de circulação meridional,
uma em cada hemisfério como forma de explicar os ventos observados à superfície na zona
tropical, chamados alísios.ˮ (Varejão-Silva, 2005, p.532).
Com o avanço das pesquisas e estudos, modelos foram desenvolvidos, até chegar aos
propostos por Ferrel (1856) e aperfeiçoado por Rossby (1941):
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Ocorre nas zonas de baixas latitudes, ou seja, nas regiões localizadas entre a Linha do
Equador e os Trópicos de Câncer e de Capricórnio. “Ela se origina pelo aquecimento da
região próxima à zona equatorial que promove a subida do ar e seu deslocamento em direcção
aos trópicos, região na qual resfriam e descem, e retornando ao Equador, onde o ciclo se
reiniciaˮ. (INMET, 2015, p.108).
Em conformidade com Hoguane, (2007), para o caso especifico de Moçambique, esta célula,
ocorre nas zonas de clima tropical semi-árido (Gaza na cadeia de Pafuri) e clima tropical seco
(no interiorior de Inhambane, Gaza, Maputo, norte de Manica e sul de Tete). Estes tipos de
clima na visão deste autor, apresenta as seguintes características:
Ocorre nas zonas de médias latitudes e caracteriza-se por um movimento dos ventos que
ocorrem próximos à superfície em direcção as áreas polares.“ Nesse processo, as massas de ar
resfriam e sobem, retornando para o seu local de origem completando o cicloˮ. (INMET,
2015, p.108).
Este modelo, foi desenvolvido por Ferrel (1856) e aperfeiçoado por Rossby (1941). (Moreira,
2002).
A distribuição das células no modelo de Rossby (1941) se faz da seguinte ordem, conforme
Varejão-Silva (op.cit.):
Uma na faixa tropical, célula de Hadley, com ramo ascendente próximo ao equador e
ramo descendente próximo a 30° de latitude;
Uma localizada na faixa de latitudes médias (célula de Ferrel) com ramo ascendente
próximo aos 60° de latitude e descendente nos 30°;
E a última localizada na região Polar (célula polar).
Em conformidade com Saetre e Silva (1979), para o caso especifico de Moçambique, esta
célula, ocorre no norte do País, na província de Sofala, quase todo o interior da província de
Tete e na zona litoral do país. Trata-se de zona de clima tropical húmido que tem as seguintes
características:
As temperaturas médias anuais variam entre 24˚C e 26˚C, a precipitação varia entre
1000mm e 2000mm. A estação chuvosa quente é mais longa que a estação seca.
Ocupa norte e Sofala quase na sua totalidade interior de Tete e o litoral do país. De
uma forma geral a região centro e norte de Moçambique e o litoral sul (Saetre &
Silva, 1979, p.57).
Neste sentido, são zonas que apresentam temperaturas moderadas, umas vezes que a latitude é
relativamente média. São zonas de grande abundância de chuvas e que nalgum momento
chove acima do normal, podendo causar cheias, logo apresentam o clima tropical húmido.
2.2.1.3 A célula Polar.
Ocorre nas zonas de altas latitudes, mais próximas aos polos. “As massas de ar oriundas das
outras células, ao chegarem aos polos, tornam-se carregadas de humidade e sofrem uma
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De acordo com esse modelo conceitual, na faixa equatorial predomina uma zona de
baixa pressão (B), cujo centro fica, em média, um pouco acima do Equador
geográfico. Em torno da latitude de 30o, nos dois hemisférios, existe uma faixa de alta
pressão (latitude de Cavalos). De 60o e 70o N ou S, há novamente uma zona de baixa
pressão e, nos Polos, ou nas proximidades, predominam centros de alta pressão (A).
(Varejão-Silva, 2005, p.132).
Como a força de Coriolis desvia o sentido dos ventos, deflectindo-os para a esquerda no
Hemisfério Sul, e para direita do Hemisfério Norte, originam-se os ventos predominantes em
cada faixa latitudinal. Assim, entre os Trópicos e o Equador, predominam os ventos Alísios
de Nordeste, no Hemisfério Norte, e de Sudeste, no Hemisfério Sul.
Moçambique localiza-se na zona intertropical, das altas pressões tropicais, onde situa-se a
zona de divergência. Na faixa equatorial, os ventos Alísios, nos dois hemisférios, convergem
formando-se a Zona de Convergência Intertropical (ITCZ ou ZCIT). Já, na faixa de 60º de
latitude N ou S, ocorre o encontro dos ventos de Leste com os de Oeste, formando-se a Zona
de Convergência Extratropical (ETCZ ou ZCET).
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A ascensão dos Alísios a níveis superiores da troposfera proporciona uma redução gradativa
na temperatura, perda de humidade e ocorrência de condensação. Em altitude, haverá um
movimento no sentido oposto (subsidente), ou seja, contra Alísios, que ao retornar a faixa
aquecida formará, novamente, os Alísios.
3. CONCLUSÃO.
O estado do tempo varia com a evolução mais ou menos rápida das condições atmosféricas.
Tal evolução pode ser prevista em horas ou em dias e é objecto de estudo da Meteorologia.
Mais alem, concluímos que devido ao facto de a superfície da Terra não ser uniforme
(aquecimento diferenciado da água e do solo) ou plana, associado ao facto de a circulação
poder desenvolver vértices bem como a questão de o sol não incidir verticalmente sobre o
equador todo mas entre 23,5ºN e 23,5ºS ao longo do ano, faz com que formam-se sistemas de
baixas e altas pressões semi-permanentes e não paralelos ao equador, pois variam em
intensidade e localização ao longo do ano, contribuindo desta forma para a variabilidade do
clima ao longo do ano.
Por fim concluímos que, devido, ainda, ao efeito da força de “Coriolis”, resultado da rotação
da terra, a circulação dos ventos à superfície não se faz sentir no sentido Norte-Sul mas (no
hemisfério norte) de Nordeste no caso dos ventos alísios e polares, e de Sudoeste no caso dos
ventos das latitudes médias, contribuindo de igual modo para a variação do clima no planeta
terra.
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4. BIBLIOGRAFIA.