Apostila Concurso PMAM - Delegado Péricles

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Oi, pessoal!

Aqui estou eu, um ex-concurseiro - foram no mínimo


cinco concursos - para afirmar: o caminho é árduo,
mas vale cada noite em claro, cada evento perdido,
cada momento de abdicação.

Sim, eu já estive aí do outro lado, inicialmente na luta


por vaga na universidade pública - passei em Direito
na Ufam - e, alguns anos depois, para concursos pú-
blicos.

O concurso para as Forças de Segurança Pública do


Amazonas era muito esperado. É um desejo de muitos
que desejam ser um concursado. E você vai ser um
deles. Só depende de você.

Não dá mais pra esperar: a ordem é estudar, estudar e


estudar. Disciplina é o segredo. Força de vontade é a
dose extra necessária pra você seguir me frente.

Eu tô aqui pra te ajudar nessa batalha. Esse material


aqui é o que posso fazer pra te apoiar de forma efeti-
va, sem rodeios, sem discursos vazios.

Faça bom proveito dele. Torcida aqui, neste delegado


e concursado pela Polícia Civil, você já tem.

Sucesso!

Delegado Péricles
Deputado estadual
SUMÁRIO
PORTUGUÊS.......................................................................... 004
MATEMÁTICA......................................................................... 085
LEGISLAÇÃO......................................................................... 145
HISTÓRIA............................................................................... 150
GEOGRAFIA........................................................................... 209
INFORMÁTICA....................................................................... 266
PORTUGUÊS
Português

Assunto: Acentuação gráfica, Ortografia, Fonologia Azáfama - muita pressa; atrapalhação.


Bátega - aguaceiro grosso.
1. ACENTUAÇÃO GRÁFICA Bígamo - que tem dois cônjuges ao mesmo tempo.
Bínubo - casado pela segunda vez.
A prosódia trata da correta acentuação tônica das pa- Catecúmeno- quem se prepara para o batismo.
lavras. Quando o falante desloca a posição do acento Célere - veloz; ligeiro.
tônico da palavra, comete uma infração denominada Chávena - xícara para chá.
SILABADA. A acentuação gráfica tem como pré-re- Cônjuge - cada um dos casados.
quisito principal a correta pronúncia de determinadas Dígamo - que tem dois sexos.
palavras: Díptero - que tem duas asas.
Égide - escudo; amparo; proteção.
Oxítonas (tônica na última):

Refém - prisioneiro DUPLA PROSÓDIA


Recém - há pouco tempo Existem não poucas palavras cujo acento prosódico
Negus - título de um soberano é incerto, oscilante, mesmo na língua culta. Registra-
Gibraltar - ponto geográfico mos, entre outras, as seguintes:
Cister - título de um romance de Alexandre Hercu-
lano. Apresentam pronúncia oscilante as palavras:
Civil - que diz respeito às relações dos cidadãos. Acróbata ou acrobata
Condor - grande ave de rapina da Cordilheira dos oceânia ou oceania
Andes. Ambrósia ou ambrosia
Frenesi - delírio furioso; excitação; arrebatamento. ortoépia ou ortoepia
Hangar - galpão; abrigo para aviões. Anídrido ou anidrido
Mister - aquilo que é forçoso; emprego. projétil ou projetil
réptil ou reptil
PAROXÍTONAS (tônica na penúltima): Catéter ou Cateter
Crisântemo ou crisantemo
Austero - rígido sóror ou soror
Acrobacia - arte do acrobata. xérox ou xerox
Bênção - ato de abençoar.
Boêmia - vadiagem; vida airada. 2. ORTOGRAFIA
Caracteres - plural de caráter.
Cartomancia- suposta adivinhação por meio de Ainda que a Gramática Histórica possa justificar o
cartas. emprego de algumas letras no sistema ortográfico,
Decano - membro mais antigo de uma corporação. hoje, a maioria dos alunos não tem mais condições
Difteria - doença infecciosa. de apelar para esses conhecimentos no sentido de
Erudito - quem sabe muito e variado. eliminar dúvidas nessa área. Assim, acertar ou não a
Estratégia - tática; estratagema. forma gráfica das palavras transformou-se em ques-
Filantropo - que tem amor à humanidade. tão de memorização, não devendo, por isso mesmo,
Fluido - o que corre como líquido. ser considerada como falha grave uma possível troca
Grácil - fino; delicado; sutil. de letras em palavras pouco usadas. Algumas normas
Gratuito - concedido de graça; sem fundamento. práticas podem diminuir o problema.
Ignomínia - infâmia; desonra.
Impudico - sem pudor; lascivo. Escrevem-se com g:
Insânia - loucura; demência. As terminações -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio,
Intuito - intento; plano. -agem, -igem, -ugem, -ege e -oge.
Látex - suco leitoso de algumas plantas.
Néctar - bebida deliciosa. pedágio, egrégio, litígio, relógio, refúgio, moleca-
Pudico - envergonhado; casto. gem, fuligem, ferrugem, frege, paragoge;
Rubrica - sinal; assinatura abreviada.
Têxtil - próprio para ser tecido. Em geral, depois de r:
vargem, margem, virgem, urge, argila, liturgia.
PROPAROXÍTONAS (tônica na antepenúltima):
Escrevem-se com j:
Apóstata - aquele que abandona a fé -derivados de palavras grafadas com j antes de o/a:
Ágape - refeição dos antigos; banquete. gorjeta (gorja);
Álacre - alegre; jovial. -a terminação aje:
Álibi - ausência do acusado no lugar do crime. ultraje, laje;

005
Português

-as formas dos verbos em jar: -substantivos e verbos ligados a nomes terminados
viajei, arejou, marejava. em -to: isenção (isento);

Escrevem-se com x: -substantivos cognatos de verbos em -ter: contenção


-normalmente depois de ditongo: (conter), retenção (reter);
seixo, feixe, deixar.
-vocábulos terminados em -açu: Iguaçu.
Escrevem-se com s:
-nomes ligados a verbos com o radical do infinitivo Escrevem-se com ss:
em -corr-, -nd-, -pel-, -rg-, -rt-: -substantivos ligados a verbos com o radical do infi-
nitivo em -ced-, -gred-, -prim- e -met-:
-percurso (percorrer), defesa (defender), impulso
(impelir), imerso (imergir), conversão (converter); -processo (proceder), agressão (agredir), impressão

-adjetivos com o sufixo -oso e -osa: perigoso, har- Escrevem-se com c:


moniosa;
*vocábulos formados com o sufixo -ecer e deriva-
-vocábulos que indicam naturalidade, procedência, dos: agradecer, agradecimento, receber, recebimen-
título nobiliárquico e as formas femininas corres- to.
pondentes:
burguês, marquês, francês, burguesa, marquesa, Escrevem-se com e:
francesa;
-vocábulos formados com os prefixos trans-,tras-, -as formas do presente do subjuntivo dos verbos
tres-: transeunte, traspassar, tresandar; terminados em -oar e -uar: abençoe, acentue, voe;

-depois de ditongo: náusea, pausa, coisa, pouso, -substantivos e adjetivos relacionados com substan-
deusa; tivos terminados em -eia: baleeiro (baleia);

-verbos em -isar, derivados de vocábulos cujo -ditongos nasais: mãe, pães, capitães, alemães.
radical termina em s: pesquisar, (pesquisa), analisar
(análise); Escrevem-se com i:
-a terceira pessoa singular do presente do indicativo
-verbos derivados de vocábulos que terminam em s: dos verbos em -uir: possui;
bisar (bis);
-as formas rizotônicas dos verbos em -ear: passeio,
-verbos em -usar: abusar, acusar, recusar; freio (mas freamos, freada, passeemos).

-as formas verbais de pôr e querer: pus, quisesse. 3. NOÇÕES DE FONÉTICA E FONOLOGIA

Escrevem-se com z: Letra: sinal gráfico que representa o fonema (som).


Ex: fixo
-verbos terminados em -zer e -zir: fazer, produzir,
reluzir; Fonema: é a menor unidade sonora distintiva de
uma língua. Ex: fikso
-vocábulos derivados terminados em -zada, -zal,
-zarrão, -zeiro, -zinho, -zito: anguzada, cafezal, Classificação dos fonemas - Vogais, semivogais e
canzarrão, juazeiro, cãozinho, mãozita; consoantes

-verbos em -izar derivados de vocábulos que não 01. Vogais: a, o, e, i, u.


têm s no final: democratizar (democracia), exorcizar
(exorcismo); Características:
• a corrente de ar passa livremente pela cavi-
-verbos derivados de vocábulos que terminam em z: dade bucal;
cruzar (cruz); • fonema central (é a base da sílaba);
• função silábica (forma sílaba isoladamente);
-substantivos derivados de adjetivos: beleza (belo), e
moleza (mole), grandeza (grande). • recebe acento (tônico ou gráfico).
Escrevem-se com ç: 02. Semivogais: o, e, i, u; desde que não sejam base

006
Português

de sílaba. gu — representa o fonema: /g/: sangue, guia


qu — representa o fonema: /k/: aqui, quero
SÍLABA
Formada por um ou mais fonemas pronunciados em b) Dígrafos vocálicos
uma só emissão de voz. Quanto à tonicidade, elas po- am e an — equivalendo ao fonema /ã/: tampa, tanto
dem ser átonas, tônicas e subtônicas. em e en — equivalendo ao fonema / ẽ /: exemplo,
tenda
PALAVRA im e in — equivalendo ao fonema / ῖ /: jasmim, tinta
Grupo de sílabas pronunciado separadamente. om e on — equivalendo ao fonema / õ /: tombo, pon-
to
Classificação quanto ao número de sílabas: um e un — equivalendo ao fonema / ῦ /: algum,
a) monossílabos — formados por apenas uma sílaba: nunca
é, ar, lá, dar, etc.;
b) dissílabos — formados por duas sílabas: aí, rever, c) Dífonos
claro, etc.; Dois sons para uma letra.
c) trissílabos — formados por três sílabas: aliás, Ex.: Fixo, nexo
perspicaz, etc.;
d) polissílabos — formados por mais de três sílabas:
camarada, constitucional, etc.

Classificação quanto à tonicidade:


• Oxítonas: sílaba tônica é a última. 1. (FGV – 2018 – Assembleia Legislativa - RO)
Ex.: papai, saiu, xilindró. - Duas palavras do texto que obedecem à mesma re-
• Paroxítonas: sílaba tônica é a penúltima. gra de acentuação gráfica são:
Ex.: gratuito, recorde, gostoso. a) indébita / também;
• Proparoxítonas: sílaba tônica é a antepenúl- b) história / veículo;
tima. c) crônicas / atribuídos;
Ex.: ínterim, crisântemo, lêvedo. d) coíba / já;
e) calúnia / plágio.
ENCONTROS VOCÁLICOS
Os encontros vocálicos são de três tipos: 2) (FGV – 2018 – Assembleia Legislativa -
RO)Assinale a frase em que a forma sublinhada está
a) ditongo — vogal + semivogal, ou vice-versa. Ex.: corretamente grafada.
muito, chapéu, falam, bem. a) “Sabe-se lá por quê, quando faço a barba no
b) tritongo — semivogal + vogal + semivogal. Ex.: banho, se tento cantarolar um motivo breve e atual,
Paraguai, saguão, enxáguam. me corto.”
c) hiato — vogal + vogal. Ex.: saúde (sa-ú-de), ruim b) “Marido e mulher amavam os hóspedes,
(ru-im), caatinga (ca-atin-ga). porquê sem eles acabavam brigando.”
c) “Por que amou muito, Madalena teve seus
pecados perdoados.”
ENCONTROS CONSONANTAIS d) “Eis os crimes porque os homens devem ser
São o agrupamento de consoantes. Ex.: amnésia, punidos por Deus.”
feldspato, tungstênio, fixo. e) “Às vezes somos castigados sem saber por-
quê.”
Dígrafos: duas letras para um som.
3) (FGV – 2017 – Técnico Administrativo) As-
a) Dígrafos consonantais
sinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado
ch — representa o fonema: / ᶴ /: chave, chinês
está equivocada.
lh — representa o fonema: / ʎ /: pilha, folha, molho
nh — representa o fonema: / ɳ /: rapidinho, banho, a) Por que sentimos calafrio?
farinha b) A razão porque sentimos calafrios é conhecida.
rr — representa o fonema: /R/, quando, intervocáli- c) Qual o porquê de sentirmos calafrios?
co: barro, barra d) Sentimos calafrios porque precisamos defender
ss — representa o fonema: /s/, quando intervocálico: nossa audição.
massa, passo e) Sentimos calafrios por quê?
sc — representa o fonema: /s/: crescer, descer
sç — representa o fonema: /s/: desço, cresça 4) (FGV – Escrivão de Polícia Civil Substituto)
xc — representa o fonema: /s/: exceção, excelente A opção em que o termo onde está bem empregado é
xs — representa o fonema: /s/: exsuar, exsicar a) Não importa onde a polícia vá, ela será sempre

007
Português

bem-vinda; d) através / também


b) Não sei onde vou, mas quero chegar bem; e) vácuo / municípios
c) Onde quer que você esteja, este deve ser o seu
ponto de partida; 11) (FGV - 2013) As alternativas a seguir apresen-
d) Queria saber onde você quer chegar; tam palavras do texto acentuadas pela mesma regra
e) Onde você quer dirigir-se após o almoço? de acentuação, à exceção de uma. Assinale-a
5) (FGV – 2017 – Prefeitura de Salvador) As pa- a) será / está
lavras do texto acentuadas pela mesma regra de b) ônibus / últimos
acentuação gráfica são. c) três / há
a) cóclea / células d) política / econômica
b) frequências / destruídas. e) médio / saúde
c) responsável / média.
d) frágeis / música. 12) (FGV - ALERJ - 2017) Entre as palavras abai-
e) ondulatório / daí. xo, aquela que só existe com acento gráfico é:
a) história;
6) (FGV – 2017 – Prefeitura de Salvador) A palavra b) evidência;
década tem acento gráfico pela mesma razão que c) até;
o vocábulo. d) país;
a) após. e) humanitárias.
b) trágica.
c) além. 13) (FGV - ALERJ - 2017) Com relação aos di-
d) ninguém. tongos ÉI/ÓI, o Novo Acordo Ortográfico retirou o
e) matá-lo. acento gráfico do seguinte par de palavras: a) des-
tróier/caracóis;
7) (FGV – 2017 – Prefeitura de Salvador) A palavra b) jibóia/odisséia;
“sucuri” não leva acento em sua sílaba tônica. c) méier/alcalóide;
Assinale a opção que apresenta outra palavra que d) constrói/colméia;
não recebe acento pela mesma regra. e) pastéis/ovóide.
a) Lua
b) Marejado 14) (FGV – SEE PE - 2016) Em uma prova de
c) Caju Português, uma das questões solicitava a separação
d) Ideia silábica da palavra importância e o gabarito seguido
e) Rochedo pela professora era o de que a palavra deveria ser
separada da seguinte forma: im-por-tân-cia.
8) (FGV - 2015) As duas palavras que recebem Assinale a opção que indica o comentário correto
acento gráfico por razões diferentes são: sobre a questão.
a) homicídio/média; a) O gabarito está incorreto, porque se trata de uma
b) país/juízes; palavra com hiato. b) O gabarito está correto, já que
c) histórico/pública; essa é a única separação silábica possível.
d) secretários/relatório; c) O gabarito está correto, mas incompleto, pois ou-
e) está/é. tra separação é possível.
d) O gabarito está incorreto, pois a acentuação mos-
9) (FGV - 2013) Assinale a alternativa que indica tra que se trata de proparoxítono.
a palavra que só pode ser empregada com acen- e) O gabarito está correto, pois se trata de um diton-
to gráfico. a) científico. go crescente e não de um hiato.
b) é.
c) até. 15) (FGV - 2018) Escolha a alternativa que com-
d) físico. pleta corretamente o período: “Marta acaba de rece-
e) vítima. ber _____ visita do professor de artes cênicas, que
_____ convidou para assistirem _____ peça teatral,
10) (FGV - 2013) Assinale a alternativa que indica em exibição _____ uma semana, _____ poucos me-
os vocábulos do texto que não são acentuados pela tros de sua casa”.
mesma regra de acentuação gráfica. a) a, à, à, a, há;
a) após / só b) a, a, à, há, a;
b) Petrópolis / óbitos c) a, a, à, à, --;
c) possuíam / constituídas d) à, a, a, há, à;

008
Português

e) a, a, à, a, a.
e) Se ninguém se opuzesse, os Estados Unidos inter-
16) (FVG - 2018) Assinale a alternativa que com-
virem.
pleta corretamente as lacunas da frase inicial.
20) (FGV - 2020) O vocábulo que NÃO contém en-
Estou .... de que tais ......devem ser....... contro consonantal, é:
a) cônscio – privilégios - extintos
a) brasileira
b) côncio – privilégios – estintos
b) pedissem
c) cônscio – privilégios – estintos
c) influências
d) cônscio – previlégios – estintos
d) diversificadores
e) cônscio – previlégios – extintos
e) este
17) (FGV - SP) Assinale a alternativa correta, con-
21) (FGV - SP) A única opção que NÃO está correta-
siderando também erros de ortografia e acentuação: mente caracterizada é:
a) É preciso que a empresa continui crescendo e, po- a) carro/depois – dígrafo / ditongo decrescente oral
risso, tomarei as medidas que me convirem.
b) aqui/pareceram – dígrafo / ditongo decrescente
b) É preciso que a empresa continue crescendo e, po- nasal
risso, tomarei as medidas que me convir.
c) quase/magras – ditongo crescente oral / encontro
c) É preciso que a empresa continue crescendo e, pôr consonantal
isso, tomarei as medidas que me conviessem..
d) duas/mulheres – hiato / dígrafo
d) É preciso que a empresa continua crescendo e, por
isso, tomarei as medidas que me convem. e) coio/vinham – tritongo / dígrafo
e) É preciso que a empresa continue crescendo e, por 22) O único item que apresenta erro na divisão silá-
isso, tomarei as medidas que me convierem. bica é:
18) (FGV - SP) Assinale a alternativa correta, con- a) al-co-ó-li-co / a-guar-dan-do / ru-im
siderando também erros de ortografia e acentuação: b) ma-io-ri-a / pre-en-chi-da / jo-e-lho
a) Enquanto não reaverem o tempo perdido, não se c) in-vic-ta- / com-pas as-do / pi-gar-re-ou
dêm por satisfeitos.
d) vi-nha / res-pei-ta-bi-lís-si-ma / cap-ta-da
b) Enquanto não rehaverem o tempo perdido, não se
deem por satisfeitos. e) di-á-ria / vas-sou-ra / des-to- an-tes
c)Enquanto não reouverem o tempo perdido, não se
deem por satisfeitos. GABARITO
d)Enquanto não rehouverem o tempo perdido, não se 1-E 2-A 3-B 4-C 5-A 6-B 7-C
deêm por satisfeitos
8-E 9-D 10-A 11-E 12-E 13-B 14-C
e) Enquanto não reaver o tempo perdido, não se da-
ram por satisfeito. 15-B 16-A 17-E 18-C 19-D 20-B 21-E
19) (FGV - SP) Assinale a alternativa correta, con- 22-C
siderando também erros de ortografia e acentuação:
a) Se ninguém se opor, os Estados Unidos intervie- 4. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
rem.
b) Se ninguém se opôr, os Estados Unidos intervie-
ram. Os concursos apresentam questões interpreta-
tivas que têm por finalidade a identificação de um lei-
c)Se ninguém se opuzer, os Estados Unidos intervi- tor autônomo. Portanto, o candidato deve compreen-
ram. der os níveis estruturais da língua por meio da lógica,
d)Se ninguém se opuser, os Estados Unidos intervi- além de necessitar de um bom léxico internalizado.
rão.

009
Português

As frases produzem significados diferentes de crônicas, fábulas, romance, biografias etc.


acordo com o contexto em que estão inseridas. Tor-
na-se, assim, necessário sempre fazer um confronto ► Dissertação: Tipo de texto opinativo em que ideias
entre todas as partes que compõem o texto. Além são desenvolvidas por meio de estratégias argumen-
disso, é fundamental apreender as informações apre- tativas. Sua maior finalidade é conquistar a adesão do
sentadas por trás do texto e as inferências a que ele leitor aos argumentos apresentados. Os gêneros que
remete. Este procedimento justifica-se por um texto se apropriam da estrutura dissertativa são: ensaio,
ser sempre produto de uma postura ideológica do au- carta argumentativa, dissertação, editorial etc.
tor diante de uma temática qualquer. ►  Descrição:  Têm por objetivo descrever objetiva
ou subjetivamente coisas, pessoas ou situações. Os
gêneros que se apropriam da estrutura descritiva são:
GÊNEROS TEXTUAIS laudo, relatório, ata, guia de viagem etc. Também po-
dem ser encontrados em textos literários por meio da
descrição subjetiva.
Os gêneros textuais cumprem uma importante função
social quando o assunto é comunicação. Embora se- ►  Injunção:  São textos que apresentam a finalida-
jam muitos, apresentam peculiaridades que nos per- de de instruir e orientar o leitor, utilizando verbos no
mitem identificá-los. imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo,
sempre indeterminando o sujeito. Os gêneros que se
apropriam da estrutura injuntiva são: manual de ins-
Da necessidade de nos comunicar nasceram os gê- truções, receitas culinárias, bulas, regulamentos, edi-
neros textuais e, antes mesmo deles, os tipos tex- tais, códigos, leis etc.
tuais, estruturas nas quais os mais variados textos
apoiam-se. Os tipos são limitados e estão relacio- ►  Exposição:  O texto expositivo tem por finalida-
nados com a forma, enquanto os gêneros são incon- de apresentar informações sobre um objeto ou fato
táveis e estão relacionados com o tipo de conteúdo específico, enumerando suas características por meio
veiculado. Os gêneros estão ancorados em modelos de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros que se
predefinidos e assim se apresentam para os leitores e apropriam da estrutura expositiva são: reportagem,
interlocutores. São também tipos estáveis de enun- resumo, fichamento, artigo científico, seminário etc.
ciados, com estruturas e conteúdos temáticos que
facilitam sua definição. Observe alguns exemplos de
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
gêneros textuais: artigo, crônica, conto, reportagem,
notícia, e-mail, carta, relatório, resumo, resenha,
biografia, diário, fábula, ofício, poema
Piada, etc. A linguagem é o maior instrumento de interação en-
tre sujeitos socialmente organizados. Isso porque
TIPOS TEXTUAIS ela possibilita a troca de ideias, a circulação de
Podemos chamar de tipos textuais o conjunto de saberes e faz intermediação entre todas as formas
enunciados organizados em uma estrutura bem defi- de relação humanas. Quando queremos nos expres-
nida e facilmente identificada por suas característi- sar verbalmente, seja de maneira oral (fala), seja na
cas predominantes. O termo tipologia textual (outra forma escrita, recorremos às palavras, expressões
nomenclatura possível) designa uma sequência de- e enunciados de uma língua, os quais atuam em
finida pela natureza linguística de sua composição, dois planos de sentido distintos: o denotativo, que é
ou seja, está relacionado com questões estruturais da o sentido literal da palavra, expressão ou enunciado,
língua, determinadas por aspectos lexicais, sintáti- e o conotativo, que é o sentido figurado da palavra,
cos, relações lógicas e tempo verbal. Objetivamente, expressão ou enunciado.
dizemos que o tipo textual é a forma como o texto Vejamos mais detalhadamente cada um deles:
apresenta-se.
Podem variar entre cinco e nove tipos, contudo, os DENOTAÇÃO
mais estudados e exigidos nas diferentes provas de Quando a linguagem está no sentido denotativo,
vestibular e concursos no Brasil são a narração, a significa que ela está sendo utilizada em seu sentido
dissertação, a descrição, a injunção e a exposição. literal, ou seja, o sentido que carrega o significado
Veja as principais características de cada um deles: básico das palavras, expressões e enunciados de
uma língua. Em outras palavras, o sentido denotati-
►  Narração:  Sua principal característica é contar vo é o sentido real, dicionarizado das palavras.
uma história, real ou não, geralmente situada em um De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado
tempo e espaço, com personagens, foco narrativo, na produção de textos que tenham função referen-
clímax, desfecho, entre outros elementos. Os gêneros cial, cujo objetivo é transmitir informações, argu-
que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, mentar, orientar a respeito de diversos assuntos,

010
Português

como é o caso da reportagem, editorial, artigo de É servir a quem vence, o vencedor;


opinião, resenha, artigo científico, ata, memorando,
receita, manual de instrução, bula de remédios, entre É ter com quem nos mata, lealdade.
outros. Mas como causar pode seu favor
Nesses gêneros discursivos textuais, as palavras são Nos corações humanos amizade,
utilizadas para fazer referência a conceitos, fatos, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
ações em seu sentido literal. (Luís Vaz de Camões, séc. XVI)

Exemplos:
• A professora pediu aos alunos que pegassem Assunto: Compreensão e Interpretação de texto
o caderno de Geografia.
• A polícia capturou os três detentos que ha-
viam fugido da penitenciária de Santa Cruz Chão da infância. Algumas lembranças me pare-
do Céu. cem fixadas nesse chão movediço, as minhas pajens.
• O hibisco é uma planta que pode ser utiliza- Minha mãe fazendo seus cálculos na ponta do lápis
da tanto para ornamentação de jardins quanto ou mexendo o tacho da goiabeira ou ao piano, tocan-
para a fabricação de chás terapêuticos a partir do suas valsas. E Tia Laura, a viúva eterna que foi
das suas flores. morar na nossa casa e que repetia que meu pai era
um homem instável. Eu não sabia o que queria dizer
CONOTAÇÃO instável mas sabia que ele gostava de fumar charu-
Quando a linguagem está no  sentido tos e gostava de jogar. A tia um dia explicou, esse
conotativo, significa que ela está sendo utili- tipo de homem não consegue parar muito tempo no
zada em seu sentido figurado, ou seja, aque- mesmo lugar e por isso estava sempre sendo remo-
le cujas palavras, expressões ou enunciados vido de uma cidade para a outra como promotor. Ou
ganham um novo significado em situações e delegado. Então minha mãe fazia os tais cálculos de
contextos particulares de uso. O sentido cono- futuro, dava aquele suspiro e ia tocar piano. E depois
tativo modifica o sentido denotativo (literal) arrumar as malas.
das palavras e expressões, ressignificando-as. - Escutei que a gente vai se mudar outra vez, vai
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso mesmo? Perguntou minha pajem Maricota. Estáva-
da linguagem conotativa nos gêneros discursivos mos no quintal chupando os gomos de cana que ela ia
textuais primários, ou seja, nos diálogos informais descascando. Não respondi e ela fez outra pergunta:
do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundá- Sua tia vive falando que agora é tarde porque Inês é
rios, ou seja, aqueles mais elaborados, como os morta, quem é essa tal de Inês?
literários e publicitários, que a linguagem conotati-
va aparece com maior expressividade. A utilização Sacudi a cabeça, não sabia. Você é burra, Maricota
da linguagem conotativa nos gêneros discursivos resmungou cuspindo o bagaço. Fiquei olhando meu
literários e publicitários ocorre para que se possa pé amarrado com uma tira de pano, tinha sempre um
atribuir mais expressividade às palavras, enunciados pé machucado (corte, espinho) onde ela pingava tin-
e expressões, causando diferentes efeitos de senti- tura de iodo (ai, ai!) e depois amarrava aquele pano.
do nos leitores/ouvintes. No outro pé, a sandália pesada de lama. [...]

Exemplo: (TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e Memória.


Leia um trecho do poema Amor é fogo que Rio de Janeiro. Rocco, 2000, p.9)
arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe 1. O texto é narrativo e possui um caráter memoria-
a maneira como o poeta define a palavra/sentimento lístico. Desse modo, é correto afirmar que:
‘amor’ utilizando linguagem conotativa:
Amor é fogo que arde sem se ver a) alguém recorda, em primeira pessoa, a sua infân-
Amor é fogo que arde sem se ver; cia.
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente; b) alguém relembra, em terceira pessoa, apenas a
É dor que desatina sem doer. vida de um conhecido.

É um não querer mais que bem querer; c) uma criança, em primeira pessoa, relembra expe-
É um andar solitário entre a gente; riências muito recentes.
É nunca contentar-se de contente;
d) um idoso resgata apenas o ponto de vista de
É um cuidar que se ganha em se perder. vista de uma mãe.
É querer estar preso por vontade; e) uma criança, a partir da memória dos sonhos, pro-

011
Português

jeta o seu futuro. numa cidade pequena. Vim de Caicó para Natal, onde
ainda estou e não tenho vontade de sair. Geografica-
Leia o texto a seguir para responder à questão 2. mente falando, minha maior partida. Pessoalmente, o
Vencedora do Nobel de Química cria teste para encontro com o meu lugar no mundo.
detectar a Covid-19 em cinco minutos 3. Dominantemente, o parágrafo é composto pela
(10/10/2020) Jennifer Doudna, vencedora do Prê- sequência
mio Nobel de Química, desenvolveu um teste para a) injuntiva.
detectar o
b) argumentativa
vírus da Covid-19 em apenas cinco minutos. O teste
é fundamentado na genética CRISPR, invenção que c) descritiva
levou Doudna ao pódio do Nobel. A investigação d) narrativa.
foi desenvolvida em parceria com a Universidade da
Califórnia, nos Estados Unidos da América. e) dissertativa.
O teste está em fase experimental e aguarda aprova-
ção pela comunidade científica. No entanto, já cap- Leia o texto a seguir para responder à questão 4.
tou a atenção de muitos pelas suas características: o
Estudo afirma que bebês são altruístas
novo teste é pequeno, portátil e pode ser usado por
qualquer um, dispensando pessoal médico. Uma Um estudo publicado apontou que bebês pa-
câmara de telemóvel é o suficiente para saber se está recem ser capazes de comportamentos altruístas. A
positivo ou negativo para a Covid-19. Além de todas pesquisa envolveu quase 100 bebês de 19 meses de
as novidades, o teste também identifica a fase da idade.
infecção em que se encontra, sendo ela contagiosa Os cientistas montaram um cenário em que o
ou não. (...) bebê tinha _____ disposição algumas frutas. A ideia
Segundo a imprensa espanhola, esse teste era verificar se ele se disporia a dar comida a um es-
pode ser uma alternativa ao atual utilizado para tranho – no caso, um dos pesquisadores –, sem ser
identificar o vírus da Covid-19, cujo resultado pode encorajado.
demorar até 48 horas, e até mesmo às análises san- O pesquisador, sentado à frente da criança em
guíneas. uma mesa, mostrava a ela um pedaço de fruta. Caso
Disponível em: <https://www.cmjornal.pt/socieda- o bebê estivesse em um primeiro grupo selecionado
de/>. para a avaliação, o “de controle”, o cientista colocava
a comida em uma __________ no chão ao alcance da
Acesso em: 3 mar. 2021. (fragmento), com adapta-
criança e ficava parado, esperando a sua ação. Já no
ções
outro grupo, o pesquisador fingia derrubar a fruta e
2. No que tange à tipologia textual, o texto apresen- tentava recuperá-la, sem sucesso.
tado é A intenção dos cientistas era de que o adulto pa-
a) narrativo, pois conta uma sequência de fatos rela- recesse querer a fruta nesse último caso, enquanto, no
tivos à trajetória de Jennifer Doudna. primeiro, estaria indiferente à comida. A descoberta
foi de que apenas 4% das crianças no grupo de con-
b) argumentativo, já que defende um ponto de vista trole pegava a fruta e a devolvia ao pesquisador. No
relacionado aos testes mais eficazes para detectar a outro, a taxa de bebês que devolveu a comida foi de
Covid-19. mais de 50%.
c) descritivo, uma vez que trata da descrição deta- Na segunda parte do experimento, outras crian-
lhada da descoberta da genética CRISPR. ças foram observadas. Seus pais as levaram até o lo-
d) expositivo, tendo em vista o intuito de informar o cal da pesquisa logo antes de uma refeição ou lanche
leitor quanto à descoberta de um teste, ainda em fase que seus bebês estavam acostumados a fazer – ou
experimental, rápido e prático para identificação do seja, quando provavelmente estivessem famintos.
vírus da Covid-19. A diferença entre esse teste e o primeiro é de
que, neste caso, haveria um, digamos assim, custo
e) injuntivo, em razão de disponibilizar orientações para a criança que resolvesse devolver a fruta: ela
quanto à identificação rápida do vírus da Covid-19. continuaria passando fome. Desse modo, os pesqui-
sadores queriam verificar se o comportamento de
ajudar o próximo seria reproduzido até mesmo quan-
Leia o texto para responder à questão 3.
do resultasse em uma consequência negativa para o
Fui embora poucas vezes na vida. A mais dramática bebê.
foi mesmo quando saí de casa. Não houve briga ou
Os resultados foram __________: enquanto ne-
desentendimento. Eu apenas senti que não cabia mais
nhuma criança do grupo de controle ofereceu a co-
012
Português

mida de volta ao cientista, 37% dos bebês do outro sos; o interesse maior das questões está em verificar
grupo o fizeram. Assim, os pesquisadores afirmam sua competência na compreensão/interpretação de
ter descoberto raízes do comportamento altruísta já textos e sua capacidade de estruturar pensamentos
no início da infância. com a língua escrita culta.
(Site: Abril - adaptado.) O poeta italiano Leopardi disse certa vez, sobre o ar-
4. Na oração “À medida que as horas passavam, fi- rependimento: “É possível repousar sobre qualquer
dor de qualquer desventura, menos sobre o arrepen-
cava mais ansioso.”, a expressão sublinhada exprime
dimento. No arrependimento não há descanso nem
ideia de: paz, e por isso é a maior ou a mais amarga de todas
a) tempo. as desgraças”.
b) Causa. 6. Trata-se de um texto:
c) Proporção.
d) Concessão. a) descritivo, de caráter visual;
e) Conformidade b) argumentativo, de base opinativa;
c) dissertativo, de caráter informativo;
Leia o texto a seguir para responder à questão 5. d) narrativo, de temática abstrata;
e) descritivo-narrativo, com mistura de dados e fa-
História da lenda do Bumba meu boi tos.

Leia o texto a seguir para responder à questão 7.


“No nordeste, a história do Bumba meu boi foi ins-
pirada na lenda da Mãe Catirina e do Pai Francisco Antigamente
(Chico).
Antigamente, as moças chamavam-se  mademoi-
Nessa versão, Mãe Catirina e Pai Francisco são um selles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
casal de negros trabalhadores de uma fazenda. Quan- faziam anos: completavam primaveras, em geral
do Mãe Catirina fica grávida, ela tem desejo de co- dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, fa-
mer a língua de um boi. ziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas fica-
Empenhado em satisfazer a vontade de Catirina, Chi- vam longos meses debaixo do balaio. E se levavam
co mata um dos bois do rebanho, que, no entanto, era tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pre-
um dos preferidos do fazendeiro. gar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam,
antigamente, era para tirar o pai da forca e não caíam
Ao notar a falta do boi, o fazendeiro pede para que de cavalo magro. Algumas jogavam verde para co-
todos os empregados saiam em busca dele. lher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma
Eles encontram o boi quase morto, mas com a ajuda canoa. O que não impedia que, nesses entrementes,
de um curandeiro ele se recupera. Noutras versões, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. Encon-
o boi já está morto e com o auxílio de um pajé, ele travam alguém que lhes passasse a manta e azula-
ressuscita. va, dando às de vila-diogo. Os mais idosos, depois
A lenda, dessa maneira, está associada ao conceito de da janta, faziam o quilo, saindo para tomar fresca;
milagre do catolicismo ao trazer de volta o animal. e também tomavam cautela de não apanhar sereno.
Ao mesmo tempo, mostra a presença de elementos Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais
indígenas e africanos, tal como a cura pelo pajé ou tarde ao cinematógrafo, chupando balas de altéia. Ou
curandeiro e a ressurreição. sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de pouco
siso, se metiam em camisa de onze varas, e até em
A festa do Bumba meu boi é celebrada para comemo- calças pardas; não admira que dessem com os burros
rar esse milagre.” n’água.
5. O texto, em termos de predominância quase abso- ANDRADE, Carlos Drummond de. Seleta em prosa
luta, deve ser classificado como: e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1971. p. 3.
a) descritivo; 7. Assinale a opção que apresenta o tipo
b) narrativo; textual predominante no Texto.
c) dissertativo-expositivo; a) Crônica.
d) dissertativo-argumentativo; b) Injunção.
e) injuntivo. c) Narração.
d) Conto.
Leia o texto a seguir para responder à questão 6. e) Descrição.
Toda esta prova aborda erros do ser humano, inclusi- Leia o texto a seguir para responder à questão 8.
ve de linguagem, utilizando frases de autores diver-

013
Português

“O intelecto humano compreende algumas coisas felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a ansieda-
com tal perfeição, e delas tem uma certeza tão ab- de for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas
soluta, quanto as possui a própria natureza: e tais ninguém garante.
são as ciências matemáticas puras, ou seja, a geo- É temperamental, a felicidade. Não vem por
metria e a aritmética, das quais o intelecto divino qualquer coisa. E para ficar então… hi, não conheço
conhece muito mais infinitos teoremas, pois conhece nenhum caso de alguém que a tenha tido por perto a
todos eles: mas daqueles poucos compreendidos pelo vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la
intelecto humano, creio que a cognição se compare à quando ela chega. Entendeu agora por que a minha
divina na certeza objetiva...” pergunta? Será que você sabe mesmo quando está fe-
Galileo Galilei. liz? Ou será que você só consegue saber que foi feliz
quando a felicidade já passou?
8. Esse pensamento é, e mostra, uma estrutura argu- Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo
reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisio-
mentativa; tudo o que nele é afirmado se apoia em
nomista. Ou porque ela seja muito mais esperta do
a) opiniões pessoais. que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz
b) estudos e pesquisas. depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço:
“Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no
c) testemunhos de autoridade. presente ela sempre me dá uma rasteira. Ando por aí,
d) citações. feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por
isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter
e) princípios religiosos. assim, tão pertinho, a tal da felicidade.
Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de
Leia o texto a seguir para responder à questão 9. momentos felizes. E aqui é importante deixar claro
que esses momentos devem durar um certo período
de tempo. Um episódio isolado feliz – como quatro
Você reconhece quando chega a felicidade? dias de Carnaval, por exemplo – não significa felici-
dade. A felicidade, quando vem, não vem de passa-
Ana Paula Padrão
gem. Não dura para sempre, mas dura um tempinho.
Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser Gosta de uma certa estabilidade, a danada! O proble-
feliz que acompanha o Carnaval. Quem foge da folia ma é saber que ela está ali na hora em que ela está ali.
ganha o rótulo de antissocial, depressivo ou chato. Mas, voltando à lista, até que ela é longa.
Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão
Já fui bastante feliz. Talvez não na maior par-
de conceitos. Uma festa alegre não significa que você
te do tempo. Mas acho que ninguém é. A lista é um
esteja plenamente feliz. E forçar uma situação de fe-
grande exercício. Sabendo quando você foi feliz, é
licidade tem tudo para terminar em arrependimento e
mais fácil descobrir por que você foi feliz. Para ser
frustração. Aliás, você reconhece a felicidade quando
ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronoló-
ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momen-
gica. Lendo a minha, constato que fico cada vez mais
to? Espere um pouco antes de responder. Pense de
feliz e por mais tempo. Será que ela está aqui agora?
novo.
Não sei dizer. Mas a paz de que desfruto agora é um
Estamos falando de felicidade! Não de uma ale- sintoma dela.
gria qualquer. E qual é a diferença? Bem, descrever
E isso não tem nada a ver com a tal obrigação de
a felicidade não é fácil. Ela é muito recatada. Não
ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus
fica ali, posando para foto, sabe? Mas um Manual de
estudos. Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga
Reconhecimento da Felicidade diria mais ou menos
da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo.
o seguinte: Ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo
tempo é farta. Quando chega, ocupa um espaço dana- Disponível em: https://istoe.com.br/190975_VO-
do. Apesar disso, você quase não repara que ela está CE+RECONHECE+Q UANDO+CHEGA+A+FE-
ali. Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Ale- LICIDADE+/
gria. A licenciosidade de uma noite de Carnaval. Ou 9. Quanto à sua tipologia, no texto de Ana Paula Pa-
um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade. drão, a tipologia descritiva sobressai no:
A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito a) primeiro e segundo parágrafos;
tranquila. Ela te faz dormir melhor. E olha, vou te
b) segundo e terceiro parágrafos;
contar uma coisa: a felicidade é inimiga da ansieda-
de. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor c) terceiro e quarto parágrafos;
pista para o seu Manual de Reconhecimento da Feli- d) quarto e quinto parágrafos;
cidade. Se você se apaixonou e está naquela fase de e) sexto e sétimo parágrafos.
pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é
Leia o texto a seguir para responder à questão 10.

014
Português

portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado


Medo da eternidade cair no chão de areia.
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático — Olha só o que me aconteceu! — Disse eu em fin-
contato com a eternidade. Quando eu era muito pe- gidos espanto e tristeza. — Agora não posso mastigar
quena ainda não tinha provado chicles e mesmo em mais! A bala acabou!
Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de — Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ele não aca-
que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo ba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a
o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com gente pode ir mastigando, mas para não engolir no
o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste,
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
sairmos de casa para a escola me explicou: Eu estava envergonhada diante da bondade
—Tome cuidado para não perder, porque esta bala de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara
nunca se acaba. Dura a vida inteira dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.
— Como não acaba? — Parei um instante na Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre
mim.
rua, perplexa.
— Não acaba nunca, e pronto.
LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. Jornal
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para do Brasil, Rio de Janeiro, Caderno B, p.2, 6 jun.
o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pe- 1970.
quena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir
do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acre- 10. No trecho “Agora não posso mastigar mais! A
ditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às bala acabou!” (l. 54-55), o segundo período apresen-
vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chu- ta, em relação à informação explicitada no primeiro,
par depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com uma noção de:
aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, a) causa
tornando possível o mundo impossível do qual eu já b) condição
começara a me dar conta. c) consequência
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na d) modo
boca. e) tempo
— E agora que é que eu faço? —Perguntei para não
errar no ritual que certamente deveria haver. GABARITO
— Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho 1-A 2-D 3-D 4-C 5-B 6-B 7-E
dele, e só depois que passar o gosto você começa a
mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que 8-A 9-B 10-A
você perca, eu já perdi vários.
Perder a eternidade? Nunca.
S U B S T A N T I V O
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer
que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo- Ao ler um texto observa-se que, para nomear
-nos para a escola. coisas, seres, ações e sentimentos o autor usa o
— Acabou-se o docinho. E agora? SUBSTANTIVO.
— Agora mastigue para sempre.
Observe:
Assustei-me, não sabia dizer por quê Comecei a mas-
tigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cin- “Operário em Construção”
zento de borracha que não tinha gosto de nada.
Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na
verdade, eu não estava gostando do gosto. E a vanta- Vinícius
gem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de de
medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou Moraes
de infinito.
Eu não quis confessar que não estava à altu-
ra da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto
isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.
Até que não suportei mais, e, atravessando o

015
Português

(...) Mas ele desconhecia palavra:


livraria, arvoredo, carteiro, dentista, pedreira, flo-
Esse fato extraordinário: rista, paredão, ventania, amizade, jogador...
Que o operário faz a coisa
 Simples – com apenas um radical: chuva, livreiro,
E a coisa faz o operário. guarda, bondade, flor...
De forma que, certo dia
 Composto – com mais de um radical: rodapé,
À mesa, ao cortar o pão girassol, couve-flor, pontapé, cirurgião-dentista,
salário-família, mão de obra...
O operário foi tomado
De uma súbita emoção Classificação semântica do substantivo

Ao constatar assombrado  Comuns – nomeiam todos os seres da mesma


espécie: gato, loja, dança, pianista, cadeira, vela.
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão – Podem ser:
Era ele quem os fazia • Concretos – nomeia os seres independentes –
Ele, um humilde operário, aqueles que existem na realidade ou aqueles que
podemos visualizar de forma independente em
Um operário em construção. nossa imaginação. São substantivos concretos:
Olhou em torno: gamela 01. Pessoas: Marcelo, Eliana, professor, juíza;
Banco, enxerga, caldeirão 02. Animais: bode, cavalo, mosquito, pavão;
Vidro, parede, janela 03. Concepções: número, algarismo, quadrado, linha,
Casa, cidade, nação! tempo;

Tudo, tudo o que existia 04. Entidades: Deus, diabo, duende, fada, saci;

Era ele quem o fazia 05. Fenômenos: noite, chuva, ventania, temporal;

Ele, um humilde operário 06. Instituições: parlamento, universidade;

Um operário que sabia 07. Minerais: chumbo, água, oxigênio, tungstênio;

Exercer a profissão. 08. Vegetais: capim, árvore, planta, margarida.

(...) • Abstratos – designam qualidades, sentimentos,


estados e ações tomados como seres e que não
podemos visualizar em nossa imaginação como
seres independentes. Indicam:
Vá ao texto lido e sublinhe todos os substanti-
vos.
- sentimentos: amor, amizade, medo.
- qualidades: bondade, doçura, coragem
– Definição
- ações: viagem, colheita, ataque
- sensações: dor, frio, fome
SUBSTANTIVO é a palavra variável em
gênero, número e grau, usada para nomear coisas, - estados: vida, doença, viuvez
seres, ações, qualidades, estado e sentimentos.

Classificação estrutural do substantivo • Coletivos – são os que, no singular, designam


conjuntos de seres da mesma espécie trazendo
 Primitivo – os que não derivam de outra pala- uma idéia de plural:
vra: livro, árvore, carta, dente, pedra, flor, parede, acervo (bens), atilho (espigas), arsenal (armas)
vento, amor, jogo... atlas (mapas), baixela (utensílios de mesa)
boiada (bois) boana (peixes miúdos)
cabido (cônegos), cabilda (selvagens)
 Derivado – os que se formaram a partir de outra cáfila (camelos), caravana (viajantes)
016
Português

código (leis),corja (bandidos)


cortiço (abelhas, casas velhas), Apresentam uma só forma para o masculino e
correição (formigas) para o feminino e podem ser:
constelação (estrelas), dactilioteca (anéis)
falange (soldados, anjos), farândola (maltrapilhos)  Epicenos – não flexionam os determinantes e
fato (cabras), fressura (vísceras), mó (gente) designam animais e plantas: tatu, onça, jacaré,
girândola (fogos), hemeroteca (jornais, revistas) cobra, anta, borboleta, mosquito, barata, capiv-
matilha (cães), nuvem (gafanhotos), ara, tamanduá, sabiá, formiga, jaguar.
oitava (oito dias, oito versos),
panapaná (borboletas), pinacoteca (quadros)  Sobrecomuns – servem para designar pessoas e
penca (bananas, laranjas, chaves), prole (filhos) não flexionam os determinantes: vítima, criança,
récua (animais de carga) criatura, ídolo, cônjuge, sósia, mascote, sentine-
resma (vinte mãos de papel – 500 folhas) la, apóstolo, carrasco, testemunha, pessoa.
sequência (série de cartas do mesmo naipe)
sexênio (seis anos)  Comuns-de-dois – referem-se a pessoas e flexio-
sodalício (pessoas que vivem em comum) nam os determinantes: jurista, pianista, estudante,
tertúlia (amigos), turba (muitas pessoas) jornalista, fã, rival, motorista, cliente, indígena,
súcia (gente ordinária), vara (porcos)... líder, paciente, selvagem.

 Próprios – nomes específicos, próprios de um FIQUE LIGADO!


único ser: Ana, Creusa, Juliana, Phelipe, Rosânia,
Valério, Zarli, Apeninos, Brasília, Europa, Jeová, DETERMINANTES são palavras que servem
Vila Velha, Matilde, Medicina. para acompanhar e determinar o substantivo: artigos,
adjetivos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos.
FLEXÃO DO SUBSTANTIVO Substantivos biformes

Apresentam uma forma para o masculino e out-


Gênero ... Número ... Grau ra para o feminino, o que pode ser feito por:

 Flexão desinencial - quando a oposição masculi-


Gênero
no e feminino é feita pela troca de desinências: il-
héu/ilhoa; ator/atriz; guri/guria; pardal/pardoca.
Gênero é uma categoria gramatical comum a
todos os substantivos que pertencem ao gênero mas-
 Troca de radicais - são os chamados heterônimos
culino ou ao feminino.
ou desconexos, apresentando a forma feminina
com um radical diferente da masculina: bode/
Normalmente são masculinos os nomes a que
cabra, marido/mulher, pai/mãe, frade/freira, frei/
se pode antepor o artigo “O” e são femininos os
sóror e soror, burro/besta, genro/nora, cavalheiro/
nomes a que se antepõe o artigo “A”. No entanto, essa
dama, confrade/confreira, padrinho/madrinha,
determinação genérica não se manifesta pela flexão,
boi/vaca, patriarca/matriarca, cão/-cadela, cava-
como no adjetivo e no pronome, mas pela derivação.
lo/égua, burro/besta, rinoceronte/abada, carneiro/
ovelha, peixe-boi/peixe-mulher, zângão ou zan-
UMA DICA:
gão /abelha, avali/javalina ou gironda.
 Os substantivos que se referem a ações, qual-
VEJA AGORA!
idades e estados e a seres inanimados em geral
não apresentam variação de gênero e são mascu-
Há palavras que apresentam dúvidas quanto
linos ou femininos: o embarque, o lápis, a cadei-
ao gênero.
ra, o amor, a maldade, a caneta, o lampião.
 São masculinos:
OUTRA:
o ágape, o alvará, o alpiste, o amálgama, o anáte-
ma, o aneurisma, o apêndice, o avestruz, o caudal,
 Os substantivos que se referem a pessoas e ani-
o champanha, o clã, o dengue, o dó, o contralto,
mais (seres animados em geral) podem apresen-
o cós, o delta, o eclipse, o edema, o epigrama, o
tar uma só forma para o masculino e para o femi-
estratagema, o fibroma, o formicida, o gengibre,
nino (são uniformes) ou apresentam duas formas
o grama (unidade de peso), o guaraná, o herpes,
(são biformes).
o haras, o lança-perfume, o laringe, o magma, o
matiz, o milhar, o plasma, o proclama, o sósia, o
Substantivos uniformes

017
Português

saca-rolhas, o telefonema, o teorema, o trema e cãs, os bastidores, as bodas, os bofes, as calendas, as


os nomes das letras do alfabeto. Canárias, as cãs, as ceroulas, as cócegas, as condolên-
cias, os confins, as costas, as custas, as efemérides, as
 São femininos: entranhas, os Estados Unidos.
a aguardente, a alface, a alcunha, a aluvião a
análise, a apendicite, a bacanal, a bílis, a bólide, N FORMAÇÃO DO PLURAL
a cal, a cataplasma, a comichão, a derme, a din-
amite, a elipse, a ênfase, a entorse, a faringe, a 1. Substantivos SIMPLES
fruta-pão, a gesta (= façanha), a grafite, a hélice,
a libido, a musse, a omelete, a omoplata, a orde-
nança, a sentinela, a síndrome, a tíbia, a variante - REGRA GERAL
e os nomes terminados em -gem (menos person- Acrescenta-se “S” ao singular:
agem que pode ser masculino ou feminino.
pássaro - pássaros
 São masculinos ou femininos:
loja - lojas
diabete ou diabetes, personagem, pijama e víspo-
ra. quadro - quadros

 As orações, os grupos de palavras, as palavras e


suas partes tomadas materialmente são consid- - OUTRAS REGRAS
eradas como do gênero masculino:
o pega-pra-capar, o pai-nosso, o credo, o mea-cul-
pa, o sim, o não.
• Substantivos terminados em - ÃO
PRESTE ATENÇÃO! Fazem o plural em:
ãos - mão/ mãos; cidadão/ cidadãos
Há SUBSTANTIVOS que ao mudar o gênero
alteram o sentido: ões - limão/ limões; mamão/ mamões
ães - pão/ pães; tabelião/ tabeliães
o apocalipse (último livro do Novo Testamento), a
apocalipse (a catástrofe); o bolso (a algibeira), a bol-
sa (a carteira); o cabeça (o líder, o chefe), a cabeça
(parte do corpo); o capital (dinheiro), a capital (ci- FIQUE ATENTO !
dade principal); o casco (a unha do animal), a casca
(o invólucro); o cinza (cinzento), a cinza (resíduos de Alguns substantivos terminados em -ão admi-
combustão); o cisma (a separação), a cisma (a des- tem mais de um plural.
confiança); o corneta (o corneteiro), a corneta (o in-
strumento); o crisma (o óleo santo), a crisma (o sac-
ramento); o cura (o vigário), a cura (ato de curar); o
1. Admitem as 3 formas: -ãos; -ães; -ões
coma (paralisia cerebral),
alão aldeão ancião
NÚMERO
O número é uma categoria gramatical cuja dif- ermitão sultão vilão
erença se manifesta por desinências. Normalmente a
alternância é feita com as desinências Ø para o mas-
culino e -S para o feminino: 2. Admitem 2 plurais:

boneco / bonecos; livro / livros; cadeira / cadeiras;


cajarana / cajaranas; tênue / tênues; sapoti / sapotis; – fazem em - ÃOS e - ÕES
manati / manatis; caju / cajus; babaçu / babaçus

VÁ NESTA!
anão – anãos, anões
Há um grupo de substantivos que são usados castelão – castelãos, castelões
apenas no plural (pluralia tantum):
corrimão – corrimãos, corrimões
os afazeres, as algemas, os Alpes, as alvíssaras, os
cortesão – cortesãos, cortesões
anais, os Andes, as Antilhas, os Apalaches, os Apeni-
nos, os apetrechos, os arredores, as Astúrias, os Bál- fuão – fuãos, fuões

018
Português

hortelão – hortelãos, hortelões o atlas - os atlas


refrão – refrãos, refrões
verão – verãos, verões – acrescenta-se ES se forem oxítonos ou monos-
sílabos tônicos:
refrão – refrãos, refrões
inglês - ingleses
mês - meses
– fazem em - ÕES e - ÃES
freguês - fregueses
país - países
alazão – alazões, alazães
charlatão – charlatões, charlatães
Nota: cais e xis são invariáveis.
cirurgião – cirurgiões, cirurgiãs
cós – cós ou coses
faisão – faisões, faisães
guardião – guardiões, guardiães
• Substantivos terminados em X e PS
peão – peões, peães São invariáveis:
rufião – rufiões, rufiães o tórax - os tórax
truão – truões, truães (bobo, saltimbanco) uma xerox - umas xerox
um telex - uns telex
– faz em - ÃOS e - ÃES o bíceps - os bíceps
o fórceps - os fórceps.

sacristão – sacristãos. sacristães • Alguns substantivos terminados em X, já em de-


suso, fazem o plural em ICE – da mesma forma
que as variantes em uso:
• Substantivos terminados em R, Z, cálix ou cálice - cálices
Acrescenta-se ES ao singular:
apêndix ou apêndice - apêndices
açúcar - açúcares
códex ou códice - códices
revólver - revólveres córtex ou córtice - córtices
índex ou índice = índices.
vez - vezes
cartaz - cartazes • Substantivos em AL, EL, OL, UL
Substitui-se o L por IS:
animal - animais
Mas: caráter - caracteres
anel - anéis
júnior - juniores
anzol - anzóis
sênior - seniores
paul - pauis
Mas:
• Substantivos terminados em S
* mel / méis ou meles

– são invariáveis se forem paroxítonos ou o mal / os males

proparoxítonos: real (moeda antiga) / réis

o pires - os pires cônsul / cônsules

o ônibus - os ônibus gol / gols (Em Portugal: golo / golos)

019
Português

abdômen - abdomens ou abdômenes


(abdome - abdomes)
• Substantivos em IL dólmen - dolmens ou dólmenes
pólen - polens ou pólenes.
a) substitui-se o L por S, quando oxítonos: • Plural de nomes de letras:
funil - funis De acordo com as demais regras:
barril - barris Os dês, os efes, os bês, os agás
ardil - ardis
covil - covis * Na escrita, também podem ser indicados assim:
b) substitui-se o L por EIS, quando paroxítonos: os ii, os bb, os gg
fóssil - fósseis

VÁ NESTA! • Plural de nomes próprios

As palavras RÉPTIL e PROJÉTIL possuem as


formas REPTIL e PROJETIL. Assim, temos no plu- Segue as mesmas regras dos comuns: os Maias,
ral: os Menezes, os Silvas, as Teresas, as Raquéis.

– formas cultas: projétil / réptil – paroxítonas (do


latim) NOTA: 1. Há vezes em que o plural é desaconse-
plural: projéteis / répteis lhável, por se tratar de nomes de cunho nitidamente
estrangeiro: os Sandeck, os Wilson, os Val, os Do-
– formas coloquiais: projétil / réptil – oxítonas (do niak.
francês)
plural: projetis / reptis
2. Há substantivos que, apesar de sua
forma no plural, conservam o valor singular:
• Substantivos terminados em M
o Amazonas.

Troca-se o “m” por NS:


• Plural de SIGLAS
nuvem - nuvens
fim - fins
Algumas siglas tornaram-se verdadeiros
totem - totens substantivos - flexionam-se normalmente:
refém - reféns multas em OTNs
5 000 UPCs
• Substantivos terminados em N
E ATENÇÃO!...
Normalmente acrescenta-se S: Merecem destaque os plurais das seguintes pa-
próton - prótons lavras em que a sílaba tônica avança:

pólen - polens caráter – caracteres; sênior = seniores (ô)


júnior = juniores (ô); Júpiter = jupiteres
nêutron - nêutrons espécimen = especímenes; Lúcifer = Lucíferes.

METAFONIA
Mas: cânon - cânones
Há certos SUBSTANTIVOS (comuns e mas-
- outros têm mais de um plural:
culinos) em que a vogal tônica fechada (ô) do mas-
hífen - hifens ou hífenes culino se transforma em aberta (ó) na passagem para
o plural. Tal fato recebe o nome de METAFONIA ou
020
Português

plural metafônico: ferro (metal)


abrolho / abrolhos, antolho / antolhos aposto / apostos,
avô /avós, caroço / caroços, choco / chocos, corcovo / ferros ( ferramentas, aparelhos)
corcovos, coro/coros, corno / cornos, corpo / corpos,
corvo/corvos, fogo / fogos, despojo / despojos, es-
forço / esforços, destroço / destroços, entreposto / en- copa (ramagem)
trepostos, esgoto / esgotos, forno /fornos, foro / foros
copas (naipe do baralho)
, fosso/fossos, imposto /impostos, jogo/jogos, olho /
olhos, osso / ossos, poço / poços, porco / porcos, por-
to / portos, povo / povos, ovo / ovos, posto / postos,
reforço / reforços, socorro / socorros, rogo / rogos, costa (litoral)
tijolo/ tijolos, troco / trocos, torto / tortos, ovo /ovos, costas (dorso)
troço / troços, mirolho / mirolhos, sobrolho / sobrol-
hos, despojo / despojos.

PRESTE ATENÇÃO! féria (dia semanal, salário)


férias (descanso)
Alguns substantivos que conservam a vogal
“O” fechada ao passar para o plural:
acordo polvo rofo (áspero, enrugado) 3. O substantivo AVÔ tem dois plurais:
avôs (o avô paterno e o materno)
adorno golfo reboco
avós (o avô e a avó, os antepassados)
almoço globo repolho
alvoroço gosto restolho
4. Há substantivos que só se usam no singular:
bojo gozo rolo o Sul, o Norte, a fé...
cachorro lobo rosto
coco logro sogro 5. Há substantivos que usamos no singular, mas dão
colmo moço suborno idéia de plural - usamos no sentido generalizado:
Aqui se matou muito negro.
consolo molho transtorno
O homem é mortal.
dorso morro topo
encosto piloto tolo PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
estojo piolho ferrolho Em virtude da Nova Ortografia, houve altera-
ções no uso do hífen de alguns substantivos compos-
tos. Assim, é importante rever o conteúdo de Ortogra-
Nota: Os substantivos próprios não admitem plural fia referente ao emprego de hífen para compreender
metafônico: melhor o assunto.
os Portos (ô), os Matosos (ô), os Cardosos (ô)

• SUBSTANTIVOS COMPOSTOS SEM HÍFEN


PRESTE ATENÇÃO!
Seguem as mesmas regras dos simples.

1. Há substantivos que só se empregam no plural:


os óculos as exéquias pontapé - pontapés
os anais as fezes fidalgo - fidalgos
os idos as cãs girass ol - girassóis
os pêsames as condolências videoteipe - videoteipes
vaivem - vaivéns
2. Alguns substantivos têm um significado no singu-
lar e outro no plural:

021
Português

• SUBSTANTIVOS COMPOSTOS COM HÍFEN banana-maçã / bananas-maçã e bananas-maçãs 


salário-família / salários-família e salários-famí-
lias
FIQUE ATENTO! couve-flor / couves-flor e couves-flores 
Alguns desses compostos perderam o hífen na  ° MAS.... CUIDADO!!!
Nova Ortografia
laranjas-baianas
Observe a composição do substantivo para salários-mínimos
fazer o olural: - é a soma de substantivo com adjetivo.

 SUBSTANTIVO + PRONOME
 SUBSTANTIVO + SUBSTANTIVO
 SUBSTANTIVO + ADJETIVO
 ADJETIVO + SUBSTANTIVO - alguns pronomes variam, outros não
 NUMERAL + SUBSTANTIVO

Zé-ninguém = Zés-ninguém
– VARIAM OS DOIS João-ninguém = Joões-ninguém
padre-nosso / padres-nossos

carta-bilhete / cartas-bilhetes
abelha-mestra / abelhas-mestras * é aceita também a forma padre-nossos

capitão-mor / capitães-mores  Apenas o último elemento vai para o PLURAL


nos compostos com as formas adjetivas GRÃO,
bóia-fria / bóias-frias GRÃ E BEL:
amor-perfeito / amores-perfeitos
grão- mestre / grão-mestres
grão-duque / grão-duques
alta-sociedade / altas-sociedades
grã- cruz / grã-cruzes
gentil-homem / gentis-homens  
bel-prazer / bel-prazeres
segunda-feira / segundas-feiras  
meio-fio / meios-fios
 VERBO + SUBSTANTIVO
meio-termo / meios-termos
- varia só o SUBSTANTIVO
VÁ NESTA!
Se o segundo termo é um SUBSTAN-
TIVO determinante específico, indicando espécie, guarda-roupa / guarda-roupas
forma ou finalidade do primeiro – varia apenas o pri-
meiro elemento da composição: beija-flor / beija-flores
salário-família / salários-família busca-pé / busca-pés
banana-prata / bananas-prata
caneta-tinteiro / canetas-tinteiro PRESTE ATENÇÃO!

– os substantivos compostos iniciados pelo verbo


E ATENÇÃO!... PARAR perderam o acento em virtude da Reforma
Modernamente, os autores têm admitido Ortográfica:
duas pluralizações para esses compostos: ambos no
PLURAL ou somente o PRIMEIRO. para-brisa para-raio
para-choque para-lama.

022
Português

varia apenas o ÚLTIMO ELEMENTO


– o substantivo composto PARAQUEDAS e os
derivados dele PARAQUEDISTA e PARAQUEDIS-
MO perderam também o hífen. tico-tico / tico-ticos
pingue-pongue / pingue-pongues
 PALAVRA INVARIÁVEL + PALAVRA VARIÁ-
VEL reco-reco / reco-recos
corre-corre / corre-corres
advérbio + adjetivo
bem-te-vi / bem-te-vis
interjeição + substantivo
blá-blá-blá / blá-blá-blás
prefixo + substantivo zum-zum-zum / zum-zum-zuns

VÁ NESTA!
- varia só o SEGUNDO No caso de VERBOS REPETIDOS o
Português contemporâneo aceita também a variação
dos dois elementos, embora a norma culta da língua
sempre-viva / sempre-vivas prefira a regra geral:
alto-falante / alto-falantes pisca-pisca / pisca-piscas ou piscas-piscas
abaixo-assinado / abaixo-assinados quero-quero/ quero-queros ou queros-queros
ruge-ruge / ruge-ruges ou ruges-ruges
Salve-Rainha / Salve-Rainhas
Ave-Maria / Ave-Marias  ELEMENTOS LIGADOS POR PREPOSIÇÃO.
auto-escola/ auto-escolas
- Varia só o PRIMEIRO
vice-rei / vice-reis
ex-diretor / ex-diretores
pé de moleque / pés de moleque
pôr de sol / pores de sol
 Ficam INVARIÁVEIS
mula sem cabeça / mulas sem cabeça

verbo + advérbio cravo-da-índia / cravos-da-índia

verbo + verbo (diferentes ou opostos) pimenta-do-reino / pimentas-do-reino

verbo + substantivo no plural água-de-colônia / águas-de-colônia


pé-de-meia / pés-de-meia

o bota-fora / os bota-fora
o pisa-mansinho / os pisa-mansinho  ELEMENTOS LIGADOS POR PALAVRAS
QUE NÃO SEJAM PREPOSIÇÕES.
o leva e traz / os leva e traz
o ganha-perde / os ganha-perde - Varia só o SEGUNDO
o troca-tintas / os troca-tintas
o saca-rolhas / os saca-rolhas bem-te-vi / bem-te-vis
bem-me-quer / bem-me-queres

 PALAVRAS REPETIDAS / ONOMATOPAI- ponto-e-vírgula / ponto-e-vírgulas


CAS

 Composto da palavra SEM + SUBSTANTIVO

023
Português

guardas-marinhas
a) ficam invariáveis quando denominam unida- salvo-conduto / salvo-condutos
de: os sem-teto
os sem-terra, os sem-emprego salvos-condutos
terra-nova / terras-novas (cão)

b) pela regra geral, também estariam corretas as terra-novas


construções: os sem-tetos padre-nosso / padre-nossos
os sem-terras padres-nossos
os sem-empregos

CASOS ESPECIAIS
 Frases substantivadas ficam INVARIÁVEIS:

a. Ficam INVARIÁVEIS:
- perderam o hífen pela Nova Ortografia. o louva-a-deus / os louva-a-deus
maria vai com as outras o arco-íris / os arco-íris
deus nos acuda o fora-da-lei / os fora-da-lei
deus me livre o ponto-e-vírgula / os ponto-e-vírgula
cor de burro quando foge
bicho de sete cabeças b. variam:
diz que diz que a pouca-vergonha / as poucas-vergonhas
faz de conta o pouco-caso / os poucos-casos
leva e traz o mapa-múndi / os mapas-múndi
o João-ninguém / joões-ninguém
- o artigo ou outro determinante indicam se é
singular ou plural:
GRAU DO SUBSTANTIVO

O maria vai com as outras


Normal - Diminutivo - Aumentativo
Os maria vai com as outras

O grau é a categoria gramatical indica au-


Aquele leva e traz mento ou diminuição do tamanho dos seres. Além
do grau normal, o substantivo pode apresentar-se no
Aqueles leva e traz grau aumentativo e no grau diminutivo.

FIQUE ATENTO! O AUMENTATIVO e o DIMINUTIVO po-


dem ser feitos de modo:
ADMITEM MAIS DE UMA FORMA DE PLURAL
 analítico - usa-se um adjetivo que indique dimi-
nuição ou aumento:
sala pequena sala grande
banho-maria / banhos-maria
semente minúscula semente enorme
banhos-marias
estátua pequenina estátua colossal
fruta-pão / frutas-pães
frutas-pão
 sintético - anexa-se ao substantivo um sufixo
guarda-marinha / guardas-marinha indicador de grau: -ão, -az, -astro, -aço -alhão,

024
Português

-ona, ázio, -orra, -eirão, -arrão, -zarrão, -arra, coronéis - coronei


-inho, -ito, -acho, -culo, -ejo, -elho, -ela, -ete,
-eto, -icho -ico, -ilho, -im, -olo, -ota, -ote, -ucho, mulheres - mulhere
-únculo, -ulo, etc: balão - balõe
casinha casarão
pés - pé
barquinho barcaça
caixote caixão
3. Acrescenta-se o sufixo diminutivo + -S
bare + zinho + s = barezinhos
* * Os diminutivos e aumentativos eruditos mere- coronei + zinho + s = coroneizinhos
cem destaque:
mulhere + zinha + s = mulherezinhas
grão - grânulo ladrão - ladravaz
balõe + zinho + s = balõezinhos
obra - opúsculo cruz - cruzeiro
pé + zito + s = pezitos
raiz - radícula muro - muralha
ovo - óvulo pedra - pedregulho

Artigo: É a palavra que, vindo antes de


FIQUE LIGADO! um substantivo, indica se ele está sendo empregado
de maneira definida ou indefinida. Além disso, o
1. Os diminutivos e aumentativos também podem artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número
ser usados no sentido pejorativo ou depreciativo: ca- dos substantivos.
sebre, gentalha, musiqueta, papelucho, gentinha... Exemplos.:
2. Também podem ser
usados afetivamente: filhinho, mãezinha,
maridão, Carlito, namoradinha... Um garoto pediu dinheiro. 
1. Há aumentativos fic-
O garoto pediu dinheiro. 
tícios, isto é, têm a forma aumentativa,
mas estão no graus normal: cartão, por-
tão, caldeirão, colchão...
2. Registram-se aumen- Combinação dos Artigos
tativos e diminutivos formados por prefi-
xação: minissaia, minifúndio, supermer-
cado... PREPOSIÇÕES
O, A OS, AS
FIQUE ATENTO! A AO, À AOS, ÀS
DE DO, DA DOS, DAS
 Plural dos diminutivos em -ZINHO e
EM NO, NA NOS, NAS
- ZITO
POR (=PER) PELO, PELA PELOS, PELAS

1. Coloca-se a palavra primitiva no plural: EMPREGO DO ARTIGO: O artigo é uma palavra


bar - bares que se antepõe ao substantivo para determiná-lo.
É a sua marca. Em razão disso, fica substantivada,
coronel - coronéis qualquer palavra que venha precedida de artigo.
mulher - mulheres
balão - balões Diga-me um sim, ou um não.
pé - pés
Ele tem um falar que não tem fim.
2. Retira-se o -S da palavra primitiva:
bares - bare
O que vale é o aqui e o agora.
025
Português

Não se usa o artigo - Em Provérbios e Compara- Falei com a senhorita Ana. / O senhor João mor-
ções: reu ontem.
Cão que ladra não morde (e não: O cão…).
Amor com amor se paga (e não: O Amor…). Porém, não quando nos dirigimos à própria pes-
soa: Adeus, senhor Antônio.

Amor e tosse não dão para esconder (e


não: O Amor e a tosse…). Antes da Palavra Casa e Terra

Depois de Cujo e o Substantivo Imediato Quando casa designa “moradia” de quem fala


e terra “chão firme”:

Era o homem cujo pai procurávamos (e


não: cujo o pai…). Eles estavam em casa. (e não: estavam na casa)

Há animais cujo pelo é liso (e não: cujo Voltou para casa mais tarde do que de hábito. (e


o pelo…). não: para a casa)

Este é o homem cujo amigo desapareceu (e Os marinheiros permaneciam em terra. (chão


não: cujo o amigo). firme)
Mas, atenção: usa-se o artigo com casa quando
não usada na acepção de moradia, ou particula-
Antes de Nomes de Sentido Generalizado rizada (o mesmo com terra):
 Ele estava na casa [do amigo]. (uma casa espe-
Amor é sacrifício (e não: O Amor…). cífica)
Voltou para a casa dos pais. (uma casa específi-
ca)
Avareza não é economia (e não: A Avareza).
Os marinheiros permaneceram na terra [dos
anões].
Escrever certo é difícil (e não: O Escrever). Com Ambos (ambas) é obrigatório o emprego
do artigo definido

Sal, pimenta e açúcar devem ser usados em


quantidades moderadas. Coloque-o entre o numeral ambos e o substanti-
vo a que se refere:
Antes de Pronomes Tratamento

 O juiz solicitou a presença de ambos os cônju-


Sua Alteza casou com Dona Teresa Cristina (e
ges.
não: A Sua, a Dona).
Ambas as partes chegaram a um acordo.
Atenção:
Espero não ter interrompido Vossa Excelência (e
não: A Vossa). Ambos participaram da festa.

Mas, atenção: senhor, senhora e senhorita são Com Cujo (e flexões) não usamos artigo:


exceções e admitem artigo:
Este é o homem cujo amigo desapareceu. [e não;
cujo o amigo.]

026
Português

 Este é o autor cuja obra conheço. xo em que há ERRO no emprego ou na ausência do


artigo definido é:
Não se combina com preposição o artigo que
faz parte do nome de revistas, jornais e obras a) Não importa se o gato é preto ou branco, desde
literárias: que ele pegue os ratos;
b) As grandes ideias sempre encontram os homens
que as procuram;
Li a notícia em O Estado de São Paulo. (e c) As ideias concordam bem mais entre si do que os
não: no Estado.) homens;
d) Todo o dia em que se trabalha é um dia perdido;
e) A virtude premeditada é a virtude do vício.
 A notícia foi publicada em O Globo. (e
não: no Globo.) 2) (FGV – 2021 – Analista Judiciário - RO) O
que se pode depreender do emprego desses diminuti-
Usa-se o artigo entre o pronome indefinido
vos é que há em:
todos e o elemento posterior, caso este exija seu
uso. a) (1) uma recomendação ao comportamento de
João;
Todos os atletas foram declarados vencedores.
b) (2) uma maior intensidade na afirmação;
c) (2) e (4) idêntico valor;
d) (3) um valor afetivo;
Todas as leis devem ser cumpridas. e) (4) um valor irônico.

Leia o texto a seguir para responder à questão 4.


Todos vocês estão dispensados.
 História da lenda do Bumba meu boi

Todo “No nordeste, a história do Bumba meu boi foi ins-


Todo o país participou das manifestações. (o pirada na lenda da Mãe Catirina e do Pai Francisco
país inteiro). (Chico).
Nessa versão, Mãe Catirina e Pai Francisco são um
casal de negros trabalhadores de uma fazenda. Quan-
Todo país sofre por algum motivo. (qualquer do Mãe Catirina fica grávida, ela tem desejo de co-
país, todos os países) mer a língua de um boi.
Empenhado em satisfazer a vontade de Catirina, Chi-
co mata um dos bois do rebanho, que, no entanto, era
Diferenças entre Numeral e Artigo indefinido um dos preferidos do fazendeiro.
Ao notar a falta do boi, o fazendeiro pede para que
todos os empregados saiam em busca dele.
Apenas um funcionário se manifestou acerca da Eles encontram o boi quase morto, mas com a ajuda
greve durante a reunião. (numeral) de um curandeiro ele se recupera. Noutras versões,
o boi já está morto e com o auxílio de um pajé, ele
ressuscita.
Quando viajamos, trouxemos só um presente
para você. (numeral) A lenda, dessa maneira, está associada ao conceito de
milagre do catolicismo ao trazer de volta o animal.
Ao mesmo tempo, mostra a presença de elementos
indígenas e africanos, tal como a cura pelo pajé ou
Ao viajarmos, trouxemos um presente para você. curandeiro e a ressurreição.
(artigo)
A festa do Bumba meu boi é celebrada para comemo-
Ao sair, encontrei uma criança aos prantos lá rar esse milagre.”
fora. (artigo)
“Empenhado em satisfazer a vontade de Catirina,
Chico mata um dos bois do rebanho, que, no entanto,
era um dos preferidos do fazendeiro.”
Assunto: Substantivo e Artigo
Nesse segmento do texto há uma relação vocabular
correta, ao escrever-se “um dos bois do rebanho”, já
1) (FGV – 2021 – Escrivão de Polícia) A frase abai- que “rebanho” é o vocábulo coletivo adequado para

027
Português

“boi”. c) homem / homenzarrão;


3) (FGV – 2021 – TCE – AM - Auditor)A opção d) pacote / pacotão;
abaixo em que o emprego do coletivo é INADE- e) cão / canzarrão.
QUADO é:
7) No que se refere aos substantivos coletivos, assi-
a) uma das abelhas do enxame; nale a alternativa INCORRETA:
b) um dos mosquitos da nuvem;
c) um dos elefantes da manada; a) cabra / caravana.
d) uma das cabras do fato; b) cão / matilha.
e) um dos porcos do chiqueiro. c) cavaleiro / cavalgada.
d) diabo / legião.
Leia o texto para responder à questão 5. e) elefante / manada.
Atribuições do oficial de justiça: “Cumprir man- 8) Em relação à flexão em gênero, assinalar a alter-
dados judiciais; preparar salas com livros e mate-
nativa que contém a relação CORRETA:
riais necessários ao funcionamento das sessões de
julgamento; buscar, na Secretaria e nos Gabinetes, a) O bode - a ovelha
os processos de cada Relator, separando-os e orde- b) O cavaleiro - a dama.
nando-os, colhendo assinaturas, quando for o caso;
atender e dar informações aos advogados, partes e c) O indivíduo - a indivídua.
estagiários presentes na sessão, anotando os pedi- d) O profeta - a profetisa.
dos de preferência pela ordem de chegada dos inte-
ressados; auxiliar na manutenção da ordem e efetuar e) O sogro - a nora.
prisões, quando determinado; auxiliar o Secretário
de Câmara, quando solicitado o auxílio; cumprir as 9) Assinale a alternativa que o plural dos substan-
demais atribuições previstas em lei ou regulamen- tivos está incorreto.
to”.
a) Guarda-sol = Guardas-sóis
4) Em cada opção a seguir foi destacado um subs-
tantivo do texto acima; a opção em que o adjetivo b) Réptil = Répteis
referente ao substantivo destacado está INCORRE- c) Papai-Noel = Papais-noéis
TO é: d) Túnel = Túneis
a) livros e materiais / necessários; e) Guarda-roupa = Guarda-roupas
b) advogados, partes e estagiários / presentes;
c) pedidos / interessados; GABARITO
d) auxílio / solicitado;
e) atribuições / previstas. 1-D 2-A 3-E 4-C 5-E 6-B 7-A
8-D 9-A
5) Uma reportagem que abordava a delinquência
juvenil trazia a seguinte frase: “A maioria desses A D J E T I V O
jovens vivem à custa dos pais”. A palavra custa
traz sentido diferente de custas no plural, empre-
gada na linguagem jurídica; o exemplo abaixo em
que a possível mudança de sentido NÃO ocorre
com a passagem do singular para o plural é:
a) ferro / ferros;
b) féria / férias;
c) cobre / cobres;
d) humanidade / humanidades;
e) motivo / motivos.

6) (FGV - 2021) “Um homem acorda gravemente


ferido no meio de um lixão”; a palavra “lixão”, ape- A personagem do texto, atribui ao amigo algu-
sar do sufixo aumentativo, não mostra esse valor, mas qualidades. Vá ao texto e sublinhe essas palavras
formando um vocábulo com novo sentido (texto 3). que caracterizam o ser em questão.
O mesmo ocorre em:
a) casa / casarão;
b) papel / papelão; A palavra variável que caracteriza o substantivo,

028
Português

atribuindo-lhe qualidades, defeitos e modos de ser,


ou indicando-lhe o aspecto ou o estado é o ADJETI-
VO. Indicam a nacionalidade, o lugar de ori-
gem. Conhecidos também como gentílicos:
brasileiro, americano, russo, amazonens
DICA...
carioca, francês, napolitano...
O ADJETIVO se refere sempre a um subs-
tantivo. É um termo determinante e concorda com
o substantivo em gênero e número. Na oração será N
Flexão do adjetivo
sempre adjunto adnominal, predicativo do sujeito ou  gênero, número e grau.
predicativo do objeto.
 
• Gênero do adjetivo
O adjetivo pode ser usado sozinho ou em forma  
de locução. Observe
O adjetivo flexiona-se no mesmo gênero do
substantivo a que se refere. Exemplo:
Ayrton Senna foi um excelente piloto.    
A moça do quadro é belíssima. Menino atrevido. (substantivo masculino – adjetivo
Teresa ganhou um anel de ouro. masculino)

A luz da manhã entrava pela janela.  

  Menina atrevida. (substantivo feminino – adjetivo


feminino)
Locução adjetiva
 
Quanto ao gênero o adjetivo pode ser:
É a expressão de valor adjetivo formada por
preposição + substantivo: - Uniformes

Exemplo: - Biformes 

A região de indústrias do Curado precisa de


mais incentivos.
  As árvores sem flores simbolizam o outono. – Uniformes
   
FORMAÇÃO DO ADJETIVO Os adjetivos uniformes apresentam apenas
uma forma tanto para o masculino como para o femi-
. Primitivo – não tem origem em outra palavra da nino. Exemplos:
língua: triste, azul, verde, branco, livre, bom...
Homem gentil.      Mulher gentil.
. Derivado – formado a partir de outra palavra da Precisamos lutar por interesses comuns.
língua: azulado,amado,cheiroso, entristecido...
A causa comum é defendida por todos.
 
. Simples – contém apenas um radica alegre, triste,
– Biformes
felicidade...

  Os adjetivos biformes possuem duas formas


. Composto – formado por mais de um radical: azul-
distintas; uma para o masculino e outra para o femi-
-marinho, luso-brasileiro, grã-fino...
nino.  
Exemplos:  
 Adjetivos Pátrios
O professor português.      A professora portu-

029
Português

guesa vestido verde- escuro / camisa verde-escura


  Macarrão cru.      Pizza crua filme franco-nipo-alemão / pela franco-nipo-ale-

 
Os adjetivos biformes seguem as mesmas  Se o último elemento for um substantivo – não
regras de flexão do substantivo na formação do fe- varia:
minino.   blusa verde-esmeralda / blusas verde-esmeralda
Rapaz sofredor       Moça sofredora vestido azul-pavão / vestidos azul-pavão
saia amarelo-ouro / saias amarelo-ouro
  Ator brincalhão       Atriz brincalhona camisa verde-limão / camisas verde-limão
  Pai cristão       Mãe cristã
 Ficam INVARIÁVEIS as locuções adjetivas for-
  madas por cor + de + substantivo, mesmo quando
a expressão cor de estiver subentendida:
MAS... Alguns adjetivos não seguem essa regra: vestidos cor de abacate
  saias cor de rosa
olhos cor do mar
Homem ateu       Mulher atéia camisas creme sapatos gelo
ternos cinza saias grená
  Menino mau       Menina má botões rosa blusas café
 
FIQUE ATENTO!
• Número do adjetivo
 
Existem algumas exceções:
O adjetivo flexiona-se em número (singular/
plural) para concordar com o substantivo que se re-
fere. 01. São invariáveis:
  Exemplos: azul-marinho ultravioleta sem-par
  Casa desarrumada azul-celeste infravermelho sem-sal
– substantivo singular – adjetivo singular azul-ferrete
 
Olhos azuis – substantivo plural – adjetivo 02. No adjetivo SURDO-MUDO os dois elementos
plural variam em gênero e número:
  menino surdo-mudo / menina surda-muda
DICA: meninos surdos-mudos / meninas surdas-mudas
Na maioria das vezes os adjetivos fazem o plu-
ral seguindo as mesmas regras do substantivo:
03. No adjetivo CLARO-ESCURO, os dois elemen-
  tos variam em número:
Carro novo       Carros novos claro-escuro / claros-escuros
  Cão feroz       Cães ferozes
  Ternos azul       Ternos azuis FIQUE LIGADO!
 
FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS – o fenômeno da METAFONIA também ocorre
  com os adjetivo terminados em –OSO;
 Na formação do FEMININO e do PLURAL varia
só ÚLTIMO elemento, se este for adjetivo: – o timbre fechado /ÔSO/ torna-se aberto no plu-
ral /ÓSOS/. Assim, todos os adjetivos com essa
acordo luso-brasileiro / causa luso-brasileira terminação têm plural metafônico:

030
Português

mau ....... pior alto ........... superior


famosos – famosos grande ... maior baixo .......... inferior
poderoso – poderosos
estudioso – estudiosos José é maior que Luís.
Este filme é melhor que o outro.
GRAU DOS ADJETIVOS O artigo está bom, mas o outro foi superior.

O grau do adjetivo demonstra a intensidade FIQUE LIGADO!


com que o adjetivo caracteriza substantivo. Há dois
graus:
 As formas analíticas MAIS BOM, MAIS
- comparativo; MAU, MAIS GRANDE, MAIS PEQUENA só de-
vem ser usadas quando se compara duas característi-
- superlativo. cas de um mesmo ser:
  Carlos é mais bom que inteligente.
– Grau Comparativo Todo corrupto é mais mau do que esperto.
  O salário dele é mais pequeno que justo.
Estabelece uma comparação entre dois seres
de uma mesma característica que ambos possuem,
ou estabelece uma comparação entre duas ou mais • Comparativo de inferioridade
caracterpisticas de um mesmo ser. Há três tipos de /menos que /do que)/
grau comparativo:

Juliana é menos alta que Karla.


• Comparativo de igualdade:
/tão + adjetivo + quanto (como, que nem)/ Paulo é menos problemático que o irmão.
 

A sua casa é tão luxuosa quanto a minha. – Grau Superlativo

  O linux é tão seguro quanto o Windows.


Carlos é tão educado quanto inteligente. Usa-se o grau superlativo para intensificar uma
característica de um ser. Pode ser:
  - ABSOLUTO
• Comparativo de superioridade:
/ mais + adjetivo + que (do que)/  - RELATIVO
• Superlativo Absoluto

  Gabriel é mais inteligente que João.


Intensica ao máximo ou ao mínimo a caracte-
Lia é mais bonita que Sofia rística de um. Pode ser analítico ou sintético.
  Esse carro é mais caro do que rápido.
– Superlativo Absoluto Analítico: é composto por pa-
lavras que dão idéia de intensidade + adjetivo:
FIQUE ATENTO!

Alguns adjetivos possuem formas sintéticas,


herdadas do Latim, para o comparativo de superio- Ele é um empresário muito competente.
ridade:   O cão do vizinho é extremamente violento.
Laura é bastante compreensiva.
bom........melhor pequeno ...... menor

031
Português

– Superlativo Absoluto Sintético: é composto pelo paupérrimo (erudito)


adjetivo + um sufixo:
As duplas sertanejas são riquíssimas.
magro > magríssimo (popular)
  Ele é um fortíssimo candidato.
macérrimo (erudito)
 
• Superlativo Relativo
frio > friíssimo (popular)

Intensica ao máximo ou ao mínimo a carac- frigidíssimo (erudito)


terística de um ser, relacionando-o a outro ser. Pode
ser de superioridade ou de inferioridade.
OUTRAS FORMAS DE SUPERLATIVO ABSO-
LUTO
– Superlativo Relativo de Superioridade
/o mais + adjetivo + de/ – por meio de certos prefixos
extrafino, ultra-rápido, supersimpático...
Esse carro é o mais sofisticado do mercado.
  Luís é o mais alto do grupo. – repetindo adjetivos

Esta praia é a maior daqui. Sílvia é linda,linda! (=lindíssima)

Este anel é superior a todos.


– através de uma comparação
Ele era feio como o diabo. (= feíssimo)
– Superlativo Relativo de Inferioridade
/o menos + adjetivo + de/
... e outros muito usados na linguagem coloquial.

Assunto: Adjetivo
Joel é o menos atento da sala.
José é o pior dos filhos dela. 1) Assinale a alternativa que contém o grupo de
adjetivos gentílicos, relativos a “Japão”, “Três
FIQUE LIGADO!
  Corações” e “Moscou”:
a) Oriental, Tricardíaco, Moscovita;
Os adjetivos bom, mau, pequeno e grande b) Nipônico,Tricordiano, Soviético;
possuem formas particulares para o comparativo e c) Japonês, Trêscoraçoense, Moscovita;
para o superlativo. Veja a tabela: d) Nipônico, Tricordiano, Moscovita;
e) Oriental, Tricardíaco, Soviético.
 
ADJETIVO COMPARATI- SUPERLATIVO SUPERLATIVO 2) Sabe-se que a posição do adjetivo, em relação
VO ABSOLUTO RELATIVO ao substantivo, pode ou não mudar o sentido do
SINTÉTICO enunciado. Assim, nas frases “Ele é um homem
BOM MELHOR QUE ÓTIMO O MELHOR DE pobre” e “Ele é um pobre homem”.
MAU PIOR QUE PÉSSIMO O PIOR DE a) 1ª fala de um sem recursos materiais; a 2ª fala de
GRANDE MAIOR QUE MÁXIMO O MAIOR DE
um homem infeliz;
PEQUENO MENOR QUE MÍNIMO O MENOR DE
b) a 1ª fala de um homem infeliz; a 2ª fala de um ho-
mem sem recursos materiais;
FIQUE ATENTO! c) em ambos os casos, o homem é apenas infeliz, sem
fazer referência a questões materiais;
Alguns adjetivos apresentam duas for- d) em ambos os casos o homem é apenas desprovido
mas de superlativo absoluto sintético: uma popular e de recursos;
outra erudita (de origem latina). Exemplo: e) o homem é infeliz e desprovido de recursos mate-
pobre > pobríssimo (popular) riais, em ambas.

032
Português

3) (UECE) Assinale a alternativa que completa rimo.


corretamente as lacunas da frase: “As mulheres usa- e) comunérrimo, sobérrimo, filíssimo, minutíssi-
vam saias ........,enquanto os homens usavam calças mo.
..........”
a) verdes-claras; amarelas-ouro 7) Nas orações “Esse livro é melhor que aquele” e
b) verdes-claras; amarelas-ouros “Este livro é mais lindo que aquele”, Há os graus
c) verdes-claras; amarelo-ouro comparativos:
d) verde-claras; amarelo-ouro a) de superioridade, respectivamente sintético e ana-
lítico;
4) (ITA - SP)O plural de “terno azul-claro” e b) de superioridade, ambos analíticos;
“terno verde-mar” é: c) de superioridade, ambos sintéticos;
a) ternos azuis-claros; ternos verdes-mares. d) relativos;
b) ternos azuis-claros; ternos verde-mares. e) superlativos.
c) ternos azul-claro; ternos verde-mar.
d) ternos azul-claros; ternos verde-mar. 8) Assinale a alternativa correta em relação à
e) ternos azuis-claros; ternos verde-mar. classificação dos adjetivos destacados nas
frases:
5) (EFOA - MG)“... onde predomina o corte de I. Carolina comprou para a mãe um vestido ama-
cabelo afro-oxigenado.” relo-claro.
A concordância do adjetivo destacado com o II. Ele estava feliz porque foi aprovado no vesti-
substantivo a que se refere manteve-se cor- bular.
reta em: III. A torcida transbordou  felicidade pela con-
a) cabelos afros-oxigenado. quista do título.
b) cabeleiras afras-oxigenadas. IV. O  mineiro  Carlos Drummond de Andrade é
c) cabelos afros-oxigenados. considerado um dos maiores poetas brasilei-
d) cabeleiras afra-oxigenadas. ros.
e) cabelos afro-oxigenados. V. A  menina bonita  colocou um laço de fita no
cabelo e foi para a escola.
Assinale a sequência correta em relação aos a) biforme, pátrio, derivado, primitivo compos-
tipos de adjetivos e suas definições: to.
I. Adjetivos formados por apenas um radical. b) primitivo, composto, biforme, pátrio e
II. Adjetivos formados por dois ou mais derivado.
radicais. c) composto, primitivo, derivado, pátrio e
III. Adjetivos que não são derivados de outra biforme.
palavra em língua portuguesa. d) composto, derivado, primitivo, pátrio e
IV. Adjetivos formados a partir de outros biforme.
substantivos ou verbos.
V. Adjetivos que se referem à origem ou Gabarito
nacionalidade do substantivo.
1) d 2) a 3) d 4) d 5) e 6) c 7) a
( ) pátrios 8) c
( ) primitivos
( ) compostos 1. SEMÂNTICA: SIGNIFICAÇÃO DAS PALA-
( ) derivados VRAS
( ) simples
Homônimos são palavras que têm a mesma pronún-
a) II, III, V, IV e I cia e às vezes a mesma grafia, mas significação dife-
b) V, IV, III, III e I rente. Só o contexto é que determina a significação
c) I, III, IV, II e V dos homônimos. A homonímia pode ser causa de am-
d) V, III, II, IV e I. biguidade, por isso, muita atenção nessas palavras.
6) (ITA - SP) Os superlativos absolutos sinté-
a) homógrafos heterofônicos: iguais na escrita e di-
ticos de comum, soberbo,fiel e miúdo são,
ferentes no timbre ou na intensidade das vogais:
respectivamente:
a) comuníssimo, super, fielíssimo, minúsculo. • rego (substantivo), rego (verbo);
b) comuníssimo, sobérrimo, fidelíssimo, minús- • colher (verbo), colher (substantivo);
culo. • jogo (substantivo), jogo (verbo);
c) comuníssimo, superbíssimo, fidelíssimo, • vede (verbo ver), vede (verbo vedar);
minutíssimo.
d) comunérrimo, sobérrimo, fidelíssimo, miudér- b) homófonos heterográficos: iguais na pronúncia

033
Português

e diferentes na escrita:
• concertar (harmonizar), consertar (reparar);
• cegar (tornar cego), segar (cortar);
• apreçar (avaliar), apressar (acelerar);
• cela (quarto), sela (arreio), sela (verbo);

c) homófonos homográficos: iguais na escrita e na


pronúncia:
• caminho (substantivo) e caminho (verbo); . Explique o duplo sentido da expressão “belo
• cedo (verbo) e cedo (advérbio); galo na cabeça” de acordo com a tira.
• somem (verbo somar) e somem (verbo su- A filha interpreta galo como se fosse um baque
mir); (inchaço); enquanto a mãe imagina que fosse um
• livre (adjetivo) e livre (verbo); “galo bonito”.

Parônimos são palavras parecidas na escrita e na 3. Observe o uso da palavra cabeça nas orações
pronúncia: abaixo
• coro e couro; Ele é o cabeça de uma organização criminosa.
• cesta e sesta; Estou com aquele garoto na cabeça desde o dia
• eminente e iminente; que o vi.
• tetânico (tétano) e titânico (titã – grande for- Depois da queda vi que a cabeça do menino esta-
ça); va machucada.
 A multiplicidade de sentidos que uma mesma
• atoar e atuar;
palavra pode apresentar, em diferentes contextos
• degradar e degredar;
de uso chama-se:
• prescrever e proscrever; a) Hiperonímia b) Polissemia
• descrição e discrição; c) Hiponímia d) Ambiguidade
e) Metáfora

Assunto: Semântica 4. Os vocábulos destacados em “Na banca da


feira da vinte e cinco, havia cupuaçu, bacuri,
taperebá e outras frutas regionais.”, têm relação
entre si por possuírem o mesmo campo semân-
tico, isto é, todos são frutas inclusive típicas da
Amazônia.
Tais termos grifados, em relação à palavra “fru-
ta”, são designados como:
a) hiperônimos. b) hipônimos.
c) cognatos. d) polissêmicos.
1.Sobre a tira acima é correto o que se afirma em e) parônimos.
todas as opções, exceto:
a) No último quadrinho a palavra circulação apre- 5. Entende-se por polissemia:
senta uma dupla interpretação. a) conjunto de significados, cada um unitário, rela-
b) A secretária imagina que a aliança esteja muito cionados com uma mesma forma, ou seja, a polis-
apertada e possa prejudicar a circulação de sangue semia consiste em uma palavra que apresenta vários
no local. significados.
c) Pela resposta do general, no último quadrinho fica b) É a tendência que o falante – culto ou inculto –
evidente que ele está se referindo à sua liberdade. revela em aproximar uma palavra a um determinado
d) A palavra circulação nas duas ocorrências oferece significado, com o qual verdadeiramente não se rela-
a mesma interpretação. ciona.
e) Circulação no caso da secretária refere-se a cir- c) Erro no emprego de uma palavra em um contexto
culação sanguinea e na resposta do general significa inapropriado de interação verbal.
liberdade. d) Erro de sintaxe que torna a palavra incompreensí-
vel ou imprecisa, ou a inadequação de se levar para
2. uma variedade de língua a norma de outra variedade.
e) Colocação de uma expressão fora do lugar que lo-
gicamente lhe compete.

6. Observe a tirinha “Garfield”, de Jim Davis:

034
Português

( ) Casa é antônimo de lar.


( ) A palavra homem não possui antônimo.

10. “A cessão de crédito não vale em relação ao


devedor, senão quando a este notificada, mas por
notificado [...]” (Art. 1069 – Código Civil)
Assinale o item em que o vocábulo homônimo está
incorretamente grafado:
a) A seção do Congresso Nacional está encerra-
Tirinha “Garfield”, de Jim Davis. A polissemia
da por hoje.
consiste em atribuir a uma única palavra várias
b) Dirija-se, por favor, à Seção de documenta-
significações
ção do Ministério.
Encontramos o efeito polissêmico empregado na
c) A cessão de terras aos índios é um problema
seguinte palavra:
muito mal resolvido no País.
a) vaca. b) humano.
d) A Seção de Pessoal é a mais freqüentada no
c) costela. d) radiografia.
Ministério.
e) conversa.
e) A cessão de pessoal capacitado é um proble-
ma a ser resolvido.
7. (UCSAL) TEXTO
Quando saí de casa, o velho José Paulino me disse:
11. Indique o item em que o antônimo da palavra
Não vá perder o seu tem-
ou expressão em destaque estão corretamente
po. Estude, que não se arrepende.
apontados:
Eu não sabia nada. Levava para o colégio um
a) duradouro sucesso – efêmero.
corpo sacudido pelas paixões de homem fei-
b) fama em ascendência – excelsa.
to e uma alma mais velha do que o meu cor-
c) elegante região – carente.
po. Aquele Sérgio, de Raul Pompéia, entra-
d) sala lotada – desabitada.
va no internato de cabelos grandes e com uma
alma de anjo cheirando a virgindade. Eu não:
12. A palavra tráfico não deve ser confundida com
era sabendo de tudo, era adiantado nos anos,
tráfego, seu parônimo. Em que item a seguir
que ia atravessar as portas do meu colégio.
o par de vocábulos é exemplo de homonímia e
Menino perdido, menino de engenho.
não de paronímia?
José Lins do Rego – Menino de Enge-
a) estrato / extrato.
nho, Ed. Moderna Ltda., São Paulo, 1983.
b) flagrante / fragrante.
No texto, o verbo cheirar tem significado de:
c) eminente / iminente.
a) agradar. b) parecer
d) inflação / infração.
c) enfeitiçar. d) indagar.
e) cavaleiro / cavalheiro.
e) bisbilhotar
13. Assinale a alternativa correta, considerando
8. A palavra “agudo” com significado de “perspi-
que à direita de cada palavra há um sinônimo.
caz” ocorre apenas em:
a) emergir (=vir à tona); imergir (=mergulhar)
a) As paredes do quarto formavam um estranho ân-
b) emigra = entrar (no país); imigrar = sair (do
gulo agudo, revelando a construção precária, prestes
país.)
a ruir.
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar.
b) Uma crise aguda dos rins levou-o a uma in-
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder.
ternação repentina na Santa Casa da cidade.
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação.
c) raciocínio agudo de Carlos surpreendeu os confe-
rencistas e tirou-lhes elogios!
14.Indique a letra a qual as palavras completam,
d) É pequena, frágil, possui uma voz aguda
corretamente, os espaços das frases abaixo:
que sempre perturba e incomoda os ouvintes.
Quem possui deficiência auditiva não consegue
e) Matou-a com a ponta aguda do punhal, assustan-
______________ os sons com nitidez.
do-se e deliciando-se a cada gota de sangue que to-
Hoje são muitos os governos que passaram a
cava o chão.
combater o ______________ de entorpecen-
tes com rigor.
9. Marque  V  para as afirmações verdadeiras
O diretor do presídio____________ pesado casti-
e F para as falsas.
go aos prisioneiros revoltosos.
a) Discriminar – tráfico – infligiu.
( ) “Gordo” é sinônimo de “magro”. b) Discrimar – tráfico – infringiu.
( ) O antônimo representa o contrário de uma pala- c) Descriminar – tráfego – infringiu.
vra. d) Descriminar – tráfico – inflingiu.
( )O antônimo classifica-se em perfeito e imperfeito.

035
Português

manga da camisa.
15. No _____________ do violoncelista _________ d) Comprei figo na feira, mas a fruta não estava
havia muitas pessoas, pois era uma boa.
____________ beneficente, e) A sala de aula estava lotada e a escola é um
a) conserto – eminente – sessão. sucesso.
b) concerto – iminente – seção;
c) conserto – iminente – seção. 20. [FEC/UFF – PREF. Angra dos Reis/RJ - Ad-
d) concerto – eminente – sessão ministrador - 2012] Observe as frases:
I. O paciente submeteu-se a SESSÕES de san-
16. [FCC – TER/ RS – Analista Judiciário - 2010] gria, utilizando-se de sanguessugas.
A frase em que a palavra está grafada de modo II. Encontrou, na SEÇÃO de remédios, o que
equivocado é: procurava para o seu alívio.
a) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não O par de palavra SESSÃO/SEÇÃO relaciona-
lhe restou nada a fazer senão render-se. -se ao estudo da:
b) Há quem proscreva construções linguísticas a)Homonímia b) Sinonímia.
de cunho popular. c) Paronímia. d) Antonímia.
c) Fui informado do diferimento da reunião em e) Polissemia.
que o fato seria analisado.
d) A descriminalização de algumas drogas é Gabarito:
questão de polêmica.
e) A flagrância do perfume inebriava a todos os 1-D
convidados. 2- A filha interpreta galo como se fosse um baque
(inchaço); enquanto a mãe imagina que fosse um
17. [Cesgranrio – Petrobrás – Todos os cargos “galo bonito”.
(Nível Médio)] O vocábulo destacado, quanto
ao seu significado, está empregado adequada- 3-B 4-B 5-A 6-C 7-B 8-C 9-V-V-F-F-F
mente, na seguinte frase:
10-A 11-A 12-A 13-A 14-A 15-D 16-E 17-B
a) Ações malsucedidas prenunciam um fracasso
eminente. 18-E 29-C 20-C
b) Para acender profissionalmente, é preciso per-
severança. VERBO
c) O profissional de sucesso descrimina as eta-
pas de suas ações. Quando se pratica uma ação, a palavra que representa
d) A expectativa do triunfo motiva o empreen- essa ação indica o momento em que ela ocorre, é o
dedor. verbo.
e) É preciso deferir o amor do ódio. Exemplos:
Aquele pedreiro trabalhou muito. (ação – pretérito)
18. [Cesgranrio – SEPLAG/BA – Professor Por- Venta muito na primavera. (fenômeno – presente)
tuguês - 2010] Estabelece relação de hipero- Ana ficará feliz com a tua chegada. (estado - futuro)
nímia/hiponímia, nessa ordem, o seguinte par Maria enviuvou na semana passada. (mudança de
de palavras: estado – pretérito)
a) estrondo – ruído. A serra azula o horizonte. (qualidade – presente)
b) pescador – trabalhador.
c) pista – aeroporto. CONJUGAÇÃO VERBAL
d) piloto – comissário.
e) aeronave – jatinho. Existem 3 conjugações verbais:
A 1ª que tem como vogal temática o ‘’a’’
19) [Cesgranrio – FINEP – Técnico (Apoio Ad- Ex: cantar, pular, sonhar etc...
ministrativo e Secretariado - 2011)] Obser-
ve a palavra coral no par de frases: “[...] A 2ª que tem como vogal temática o ‘’e’’
cantei em coral”/ “Mergulhei e arranhei a Ex: vender, comer, chover, sofrer etc....
perna num coral.” A relação existente en-  
tre as duas palavras é a mesma que se ob- A 3ª que tem como vogal temática o ‘’i’’
serva em: Ex: partir, dividir, sorrir, abrir etc....
a) O perigo é iminente./ O eminente deputado
fez uma declaração. OBS: O verbo pôr, assim como seus derivados
b) Passei em frente ao seu edifício hoje./ Implo- (compor, repor, depor, etc.), pertence 2º conjugação,
diram o prédio condenado. porque na sua forma antiga a terminação era er:
c) A manga que comi era docinha. / Rasguei a poer. A vogal “e”, apesar de haver desaparecido do
infinitivo, revela-se em algumas formas de verbo:
036
Português

põe, pões, põem etc.


  Apresenta o fato de maneira real, certa, positiva.
Pessoas: Ex: Eu estudo geografia
1ª, 2ª e 3ª pessoa a bordadas em 2 situações: singu-
lar e plural. 2- subjuntivo.
Primeira - singular - eu  ex: canto
Segunda - singular - tu  ex: cantas Pode exprimir um desejo e apresenta o fato como
Terceira - singular - ele  ex: canta possível ou duvidoso, hipotético.
Ex: Queria que me levasses ao teatro.
Primeira - plural - nós   ex: cantamos
Segunda - plural - vós   ex: cantais 3- Imperativo
Terceira - plural - eles   ex: cantam
Exprime ordem, conselho ou súplica.
TEMPOS E MODO DE VERBO Ex: Limpa a cozinha, Maria.
Descanse bastante nestas férias.
1. Presente. Senhor tende piedade de nós.
Fato ocorrido no momento em que se fala.
Ex: Faz As formas nominais do verbo são Três: infinitivo,
2. Pretérito gerúndio e particípio.
Fato ocorrido antes
Ex: Fez Infinitivo:
3. Futuro
Fato ocorrido depois Pessoal - cantar (eu) , cantares (tu), vender( eu),
Ex: Fará venderes(tu),  partir (eu), partires (tu)
O pretérito subdivide-se em perfeito, imperfeito e Impessoal - cantar, vender,partir.
mais-que-perfeito. Gerúndio - cantando, vendendo, partindo.
Particípio - cantado,vendido,partido.
1. Perfeito
Ação acabada. Impessoal:
Ex: Eu li o ultimo romance de Rubens Fonseca.
Uma forma em que o verbo não se refere a nenhuma
2. Imperfeito pessoa gramatical: é o infinitivo impessoal,
Ação inacabada no momento a que se refere à nar- Quando não se refere às pessoas do discurso.
ração. Exemplos: viver é bom. (a vida é boa)
Ex: Ele olhava o mar durante horas e horas. É proibido fumar. (é proibido o fumo)

3- Mais-que-perfeito Pessoal:
Ação acabada, ocorrida antes de outro fato passado.
Ex:  Para poder trabalhar melhor, ela dividira a tur- Quando se refere às pessoas do discurso. Neste caso,
ma em dois grupos.        não é flexionado nas 1a e 3a pessoas do singular e
  flexionadas nas demais:
O futuro subdivide-se em futuro do presente e futuro
do pretérito. Falar (eu) – não flexionado        Falarmos (nós) –
1. futuro do presente. flexionado
Falares (tu) – na flexionado       Falardes (voz) –
Refere-se a um fato imediato e certo flexionado
Ex: Comprarei ingressos para o teatro. Falar (ele) – não flexionado       Falarem (eles) –
flexionado
2. futuro do pretérito. Pessoal (flexionado)

Pode indicar condição, referindo-se a uma ação Ex: É conveniente estudares (É conveniente o estu-
futura, vinculada a um momento já passado. do)
Ex: Aprenderia tocar violão, se tivesse ouvido para a útil pesquisarmos (é útil a nossa pesquisa)
música (aqui indica condição)
Eles gostariam de convidá-la para a festa. ASPECTO

MODOS Aspecto é a maneira de ser ação.

1- Indicativo. O Pretérito Perfeito Composto: indica um fato con-

037
Português

cluído, revela de certa forma, a idéia de continuida- Presente - cante,venda, parta, etc.
de. Pretérito imperfeito  - cantasse, vendesse, partisse,
ex; Eu tenho estudado (eu estudei até o presente etc.
momento). Futuro - cantar, vender,partir.

Os verbos invocativos (terminados em “ecer” ou Imperativo:


“escer”) indica uma continuidade gradual. Ao indicar ordem, conselho, pedido, o fato verbal
Ex: embranquecer é começar a ficar grisalho e enve- pode expressar negação ou afirmação. São, portanto,
lhecer é ir ficando velho. duas as formas do imperativo:

O Presente do Indicativo pode: - Imperativo Negativo: Não falem alto.


- Imperativo Afirmativo: Falem mais alto.
a) indicar frequência.
Ex: O sol nasce para todos. Imperativo negativo:

b) ser empregado no lugar do futuro. É formado do presente do subjuntivo.


Ex: amanhã vou ao teatro. (irei)
Se continuam as indiretas, perco a paciência. (conti- 1º 2º 3º
nuarem; perderei) CONJUGAÇAO CONJUGAÇÃO CONJUGAÇÃO
CANT - AR VEND - ER PART - IR
Não cantes Não vendas Não partas
c) ser empregado no lugar do pretérito (presente his- Não cante Não venda Não parta
tórico) Não cantemos Não vendamos Não partamos
Ex: É 1939: alemães invadem o território polonês Não canteis Não vendais Não partais
Não cantem Não vendam Não partam
(era; invadiram)

O Pretérito Imperfeito do Indicativo pode: Imperativo afirmativo:


a)Substituir o futuro do pretérito. Também é formado do presente do subjuntivo, com
Ex: se eu soubesse, não dizia aquilo. (diria) exceção da 2º pessoa do singular e da 2º pessoa do
plural, que são retiradas do presente do indicativo
b)Expressar cortesia ou timidez. sem o “s”.
Ex: o senhor podia fazer o fa- E X :
vor de me emprestar uma caneta?(pode) c a n t a
c a n t e
Futuro do Presente pode: c a n t e m o s
c a n t a i
a) Indicar probabilidade. cantem
Ex: Ele terá, no máximo, uns 70 quilos.
OBS: O imperativo não possui a 1º pes-
b) Substituir o imperativo. soa do singular, pois não se prevê a or-
Ex: não matarás. (não mates) dem, o pedido ou o conselho a si mesmo.
TEMPOS SIMPLES E TEMPOS COMPOSTOS. Tempos são composto quando formados pelos auxi-
Os tempos simples quando formados apenas pelo liares ter ou haver.
verbo principal
São os seguintes São os seguintes:
Indicativo: Indicativo:
Presente - canto, vendo, parto, etc.
Pretérito perfeito - cantei,vendi,parti, etc. Pretérito perfeito composto - tenho cantado,tenho
Pretérito imperfeito - cantava, vendia, partia,etc. vendido, tenho partido,etc.
Pretérito mais-que-perfeito - cantara, vendera,parti- Pretérito mais-que-perfeito composto - tinha canta-
ra, etc. do,tinha vendido,tinha partido,etc.
Futuro do presente - cantarei, venderei, partirei, etc. Futuro do presente composto - terei cantado,terei
Futuro do pretérito - cantaria, venderia, partiria,etc. vendido, terei partido,etc.
Futuro do pretérito composto - teria cantado, teria
vendido,teria parido, etc.
Subjuntivo: Subjuntivo:

038
Português

Pretérito perfeito composto - tenha cantado, tenha


vendido,tenha partido,etc. 06. (CESGRANRIO) “As compras estavam sendo
Pretérito mais-que-perfeito composto - tivesse canta- feitas naquela tarde”. Passando para a voz ativa
do,tivesse vendido,tivesse partido etc. temos:
a) Alguém estava fazendo as compras naquela tarde.
Futuro composto - tiver cantado,tiver vendido,tiver b) Faziam as compras naquela tarde.
partido,etc c) Fizeram as compras naquela tarde.
Infinitivo: d) Estiveram fazendo as compras naquela tarde.
Pretérito impessoal composto - ter cantado,ter ven- e) Estavam fazendo as compras naquela tarde.
dido,ter partido,etc.
Pretérito pessoal composto - ter (teres) cantado, 07.(CESGRANRIO) Todas as orações estão na
ter(teres) vendido,ter(teres) partido. voz passiva, exceto:
Gerúndio pretérito composto - tendo cantado, tendo a) O caso foi julgado pelo juiz corregedor.
vendido, tendo partido. b) Via-se o mar da sacada.
c) Receberam-se as flores da festa.
d) A nota do aluno foi considerada justa.
Assunto: Verbos e) Foi-se feliz naquela observação.

01.(FCC) Assinale a única opção que traz oração 08. (CESGRANRIO)As testemunhas seriam ouvi-
na voz ativa: das pelo juiz corregedor. Transpondo para a voz
a) Os dois insultaram-se no meio da rua. ativa, teríamos:
b) Trouxeram todos os pedidos. a)As testemunhas estarão sendo ouvidas pelo juiz
c) Afina-se piano. corregedor.
d) Os noivos beijaram-se na cerimônia. b) O juiz corregedor estaria ouvindo as testemunhas.
e) Come-se bem naquela casa aos domingos. c) O juiz corregedor ouviria as testemunhas.
d) O juiz corregedor iria ouvir as testemunhas.
02. (FCC)Todas as orações estão na voz reflexi- e) O juiz corregedor ouvirá as testemunhas
va,exceto.
a) Marta pintava-se para a festa. 09.(CESGRANRIO)“Os mutuários devem conti-
b) Os meninos abraçavam-se felizes. nuar a seguir essa orientação”. Transpondo para
c) Vive-se alegre nesta casa. a voz passiva obtém-se:
d) A garota feriu-se com a faca. a) Essa orientação deve continuar a ser seguida pelos
e) Pedro casou-se ontem. mutuários.
b) Essa orientação deve ser continuada a seguir pelos
03. (FCC) Transpondo para a voz passiva a fra- mutuários.
se “A equipe já tinha preparado os convites para o c) Essa orientação deve ser continuada a ser seguida
jogo”, obtêm-se a forma verbal: pelos mutuários.
a) prepararam b) tinham preparado d) Essa orientação é devida continuar a seguir pelos
c) foram preparados d) tinham sido preparados mutuários.
e) fora preparada e) Essa orientação é devida ser continuada a seguir
pelos mutuários.
04. (FCC) Fala-se, aqui, uma bela língua.
Temos neste período: 10. (FGV) Assinale o item que traz voz reflexiva
a) Voz Ativa e sujeito indeterminado. com reciprocidade.
b) Voz Ativa e sujeito simples a) Viam-se flores pelo caminho.
c) Voz Passiva e sujeito indeterminado b) Cobravam-se ingressos para o espetáculo.
d) Voz Reflexiva e sujeito simples c) Acendiam-se as luzes naquele momento.
e) Voz Passiva e sujeito simples d) Cumprimentavam-se os amigos finalmente.
e) Embelezavam-se os jardins da cidade.
05.(CESGRANRIO)Explicou que aprendera
aquilo de ouvido. 11.(FGV)Todas as orações estão na voz reflexiva,
Transpondo a oração em destaque para a voz passiva exceto.
temos: a) Marta pintava-se para a festa.
a) aquilo tinha sido aprendido de ouvido. b) Os meninos abraçavam-se felizes.
b) aquilo fora aprendido de ouvido. c) Vive-se alegre nesta casa.
c) aquilo era aprendido de ouvido. d) A garota feriu-se com a faca.
d) aquilo seria aprendido de ouvido. e) Pedro casou-se ontem.
e) aquilo iria aprender de ouvido.

039
Português

12. (FGV) Todas as orações estão na voz ativa, do a norma padrão do final século XIX, na moda-
exceto: lidade escrita e num registro formal. Se esse frag-
a) Come-se bem nesta casa. mento fosse reproduzido conforme a modalidade
b) Precisa-se de gente honesta neste país. oral e o registro coloquial dos dias de hoje, os três
c) Gosta-se de pessoas solidárias. termos poderiam ser substituídos, respectivamen-
d) Vive-se mal neste lugar. te, por
e) Compra-se ferro. a) sonhou; a; contava-lhes.
b) sonharia; ela; contava os sonhos.
13. (UFAM – PSC 2013 – 3ª ETAPA) Assinale a c) tinha sonhado; o; contava eles.
opção em que há voz reflexiva recíproca: d) sonhou; ela; contava-os.
a) Antes de soar o gongo, os lutadores se encararam e) tinha sonhado; ela; contava os sonhos
nervosamente.
b) Porque não prestaste atenção, tu te feriste 16. O gerúndio, uma das formas nominais do ver-
bastante. bo, está sendo utilizado de maneira adequada em
c) Os trabalhadores se surpreenderam com o todas as alternativas, exceto:
aumento salarial. a) A vida vai passando enquanto estamos ocupados
d) Por que te arrogas tantos direitos? fazendo planos.
e) O pai sacrifica-se pelo filho único. b) Eles estavam sorrindo, brincando e aproveitando o
passeio no parque.
14.(UFAM – PSC– 3ª ETAPA) O seringueiro leva c) Eu vou estar entrando em contato para estar resol-
umas três ou quatro horas para dar a volta de uma vendo o problema.
“estrada”, cortando árvore por árvore e nelas co- d) Ando procurando soluções para meus problemas.
locando as tigelas que aparam o látex gotejante.
Se começar às 5 horas da manhã, vai está de volta 17. Assinale a sequência que indica a forma nomi-
em sua barraca às 8 ou 9 horas. nal dos verbos em destaque:
Nos afluentes superiores do Amazonas, muitos I. Fumar é prejudicial para a saúde.
seringueiros, que precisam sair mais cedo, usam II. Se tu não falares agora, vou-me embora.
uma pequena lanterna de cabeça. Muito já se III. Mário tem estudado bastante para o concurso.
tem escrito sobre os grandes perigos a que se ex- IV. As crianças estão brincando no parquinho.
põe esse trabalhador em sua viagem matinal – as V. A carta foi escrita há vinte anos.
cobras venenosas que podem caí das árvores, os a) Infinitivo impessoal, Infinitivo pessoal, Particípio
índios selvagens que os atacam de surpresa e as regular, Gerúndio e Particípio irregular.
estreitas pontes de troncos que têm de atravessar b) Particípio irregular, Infinitivo pessoal, Particípio
nos pântanos. A desgraça seria iminente se a sorte regular, Gerúndio, Infinitivo impessoal.
ou o imponderável não intervisse. Era necessário c) Gerúndio, Infinitivo pessoal, Infinitivo impessoal,
que eles contessem seus nervos, para enfrentar Particípio irregular, Particípio regular.
tantas ameaças. (WAGLEY, Charles. Uma comu- d) Infinitivo pessoal, Infinitivo impessoal, Particípio
nidade irregular, Gerúndio e Particípio regular.
amazônica, p. 97. Texto adaptado.)
Assinale a opção em que a(s) forma(s) verbal(is) 18. “Acesas” é particípio adjetivo de “acender”,
foi/foram corretamente empregada(s): verbo chamado abundante, porque possui dupla
a) era necessário que eles contessem seus forma de particípio (acendido e aceso). Em abun-
nervos dância, que é geralmente do particípio, em alguns
b) vai está de volta em sua barraca às 8 ou 9 horas verbos ocorre em outras formas. Assim, por exem-
c) as estreitas pontes de troncos que têm de atravessar plo, é o caso de:
nos pântanos a) coser b) olhar
d) se a sorte ou o imponderável não intervisse c) haver d) vir
e) as cobras venenosas que podem caí das árvores e) dançar

15. (UEA – 2009 – VESTIBULAR MACRO) 19.Sobre as formas nominais do verbo, estão cor-
Quando me perguntava se sonhara com ela na vés- retas as seguintes proposições:
pera, e eu dizia que não, ouvia-lhe contar que sonha- I. A principal característica do gerúndio é conferir
ra comigo (...). Em todos esses sonhos andávamos ao verbo uma ideia de continuidade, ou seja, de uma
unidinhos. Os que eu tinha com ela não eram assim, ação que ainda está em andamento e que, por isso,
apenas reproduziam a nossa familiaridade, e muita não foi finalizada.
vez não passavam da simples repetição do dia, algu- II. Assim como o gerundismo, considerado um vício
ma frase, algum gesto. Também eu os contava. de linguagem, o gerúndio também deve ser evitado.
No trecho selecionado, as palavras sublinhadas III. O infinitivo pessoal é construído sem sujeito por-
correspondem a usos da língua portuguesa segun- que não faz referência a uma pessoa gramatical. Di-

040
Português

zemos que essa é a “forma pura” do verbo, tal qual Gabarito


são encontrados nos verbetes de dicionários.
IV. O infinitivo impessoal é uma peculiaridade lin- 1-B 2-C 3-D 4-E 5-B 6-E 7-E 8-C 9-A
guística e é conhecido também como idiotismo. Sua
10-D 11-C 12-D 13-D 14-C 15-A 16-C
terminação é idêntica à terminação do futuro do sub-
juntivo, sendo empregado principalmente nas ora- 17-D 18-C 19-D
ções reduzidas de infinitivo.
V. Os verbos no particípio irregular serão empregados 20-
na voz passiva ao lado dos verbos auxiliares ser e es- a-voz ativa
tar.
VI. Os verbos no particípio regular serão empregados b-voz pasiva analítica
na voz ativa ao lado dos verbos auxiliares ter e ha-
ver. c-voz reflexiva
a) II, III e IV. d-voz ativa
b) I, IV e VI.
c) V e VI. e-voz reflexiva
d) I, V e VI. f-voz passiva analítica
e) I e III.
g-voz ativa
20. Identifique a voz ativa, a passiva e a reflexiva:
a) A mulher se matou. Voz ativa h-voz passiva analítica
b) O boi foi morto. Voz passiva analítica 21-
c) O menino se feriu com a faca. Voz reflexiva.
d) Tranquei todos no quarto. Voz ativa. a-limpado
e) Barbeio-me diariamente. Voz reflexiva.
b-entregado
f) Sou barbeado diariamente. Voz passiva ana-
lítica. c-salvado
g) Freei o carro bruscamente. Voz ativa
h) O carro foi freado bruscamente.Voz passiva d-eleito
analítica. e-pego
21. Use um dos particípios dados para completar f-pego
as frases, conforme convier; quando ambos
forem possíveis, deixe em branco. g-pago
a) A empregada tem ____________ os quartos h-aceitado
todos os dias. [limpo - limpado]
b) Disseram que o goleiro tinha ____________ o i-soltado
jogo naquela decisão. [entregado - entregue]
j-pego
c) O governo tem _____________ muitas pes-
soas da falência. [salvado - salvo]
d) O povo tem __________ bons deputados ulti-
mamente? [elegido - eleito] Há em Português palavras primitivas, palavras deri-
e) Eu tinha _________________ resfriado, por vadas, palavras simples e palavras compostas.
isso não trabalhei aquele dia. [pegado - pego]
f) O ladrão foi __________ em flagrante. [pegado Palavras primitivas: aquelas que, na língua portu-
- pego] guesa, não provêm de outra palavra. Ex.: pedra, flor.
g) Tínhamos _________ todas as nossa dívidas. Palavras derivadas: aquelas que, na língua portu-
[pago - pagado] guesa, provêm de outra palavra. Ex.: pedreiro, flori-
h O ministro já tinha ____________ todas as nos- cultura.
sas sugestões. [aceitado - aceito] Palavras simples: aquelas que possuem um só radi-
i) As crianças tinham _______________ todos cal. Ex.: azeite, cavalo.
os passarinhos da gaiola. [soltado - solto] Palavras compostas: aquelas que possuem mais de
j) Os pescadores têm __________ muitos pei- um radical. Ex.: couve-flor, planalto.
xes ultimamente. [pegado - pego] As palavras compostas podem ou não ter seus ele-
mentos ligados por hífen.

Como processos de formação de palavras, podemos


citar:

Composição

041
Português

Haverá composição quando se juntarem dois ou jantar (substantivo) deriva de jantar (verbo)
mais radicais para formar nova palavra. Há dois mulher aranha (o adjetivo aranha deriva do subs-
tipos de composição: justaposição e aglutinação. tantivo aranha)
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo por-
Justaposição: ocorre quando os elementos que quê deriva da conjunção porque)
formam o composto são postos lado a lado, ou seja,  
justapostos:
para-raios Outros processos de formação de palavras:
corre-corre
guarda-roupa Hibridismo: é a palavra formada com elementos
segunda-feira oriundos de línguas diferentes.
girassol automóvel (auto: grego; móvel: latim)
Composição por aglutinação: ocorre quando os ele- sociologia (socio: latim; logia: grego)
mentos que formam o composto aglutinam-se e pelo sambódromo (samba: dialeto africano; dromo:
menos um deles perde sua integridade sonora: grego)
Aguardente (água + ardente), planalto (plano +
alto)
Pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre)

Derivação por acréscimo de afixos

É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri-


vadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A Assunto: Estrutura e Formação de palavras
derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.
1. (IBGE) Assinale a opção em que todas as pala-
  Prefixal (ou prefixação):  a palavra nova é obtida vras se formam pelo mesmo processo:
por acréscimo de prefixo. a) ajoelhar / antebraço / assinatura
b) atraso / embarque / pesca
In--------feliz       c) o jota / o sim / o tropeço
des----------leal d) entrega / estupidez / sobreviver
e) antepor / exportação / sanguessuga
prefixo + radical 
prefixo + radical 2. (BB) A palavra “aguardente” formou-se por:
a) hibridismo d) parassíntese
⇒  Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida b) aglutinação e) derivação regressiva
por acréscimo de sufixo. c) justaposição
Feliz----mente   leal------dade
radical + sufixo   radical + sufixo 3. (AMAN) Que item contém somente palavras
⇒ Parassintética: a palavra nova é obtida pelo formadas por justaposição?
acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Por paras- a) desagradável - complemente
síntese formam-se principalmente verbos. b) vaga-lume - pé-de-cabra
En-------trist-----ecer c) encruzilhada - estremeceu
prefixo + radical + sufixo d) supersticiosa - valiosas
en--------tard-----ecer  e) desatarraxou - estremeceu
prefixo + radical + sufixo
• Outros tipos de derivação: 4. (UE-PR) “Sarampo” é:
a) forma primitiva
Há dois casos em que a palavra derivada é forma- b) formado por derivação parassintética
da sem que haja a presença de afixos. São eles: c) formado por derivação regressiva
a derivação regressiva e a derivação imprópria. d) formado por derivação imprópria
e) formado por onomatopéia
Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na 5. (EPCAR) Numere as palavras da primeira colu-
formação de substantivos derivados de verbos. na conforme os processos de formação numerados
Derivação imprópria:  a palavra nova (derivada) é à direita. Em seguida, marque a alternativa que
obtida pela mudança de categoria gramatical da pa- corresponde à seqüência numérica encontrada:
lavra primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, ( ) aguardente 1) justaposição
mas tão somente na classe gramatical. ( ) casamento 2) aglutinação
Observe: ( ) portuário 3) parassíntese
( ) pontapé 4) derivação sufixal
042
Português

( ) os contras 5) derivação imprópria


( ) submarino 6) derivação prefixal 13. (SANTA CASA) Em qual dos exemplos abaixo
( ) hipótese está presente um caso de derivação parassintéti-
a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6 ca?
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6 a) Lá vem ele, vitorioso do combate.
c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6 b) Ora, vá plantar batatas!
c) Começou o ataque.
6. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao d) Assustado, continuou a se distanciar do animal.
processo de formação de chapechape: e) Não vou mais me entristecer, vou é cantar.
a) zunzum b) reco-reco c) toque-toque
d) tlim-tlim e) vivido 14. (UF-MG) Em todas as frases, o termo grifado
exemplifica corretamente o processo de formação
7. (UF-MG) Em que alternativa a palavra subli- de palavras indicado, exceto em:
nhada resulta de derivação imprópria? a) derivação parassintética - Onde se viu perversida-
a) Às sete horas da manhã começou o trabalho prin- de semelhante?
cipal: a votação. b) derivação prefixal - Não senhor, não procedi nem
b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... percorri.
Voto secreto ... Bobagens, bobagens! c) derivação regressiva - Preciso falar-lhe amanhã,
c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições sem falta.
continuariam sendo uma farsa! d) derivação sufixal - As moças me achavam maça-
d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se en- dor, evidentemente.
tenderam. e) derivação imprópria - Minava um apetite surdo
e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando pelo jantar.
de raiva.
15. (UF-MG) Em “O girassol da vida e o passa-
8. (AMAN) Assinale a série de palavras em que tempo do tempo que passa não brincam nos lagos
todas são formadas por parassíntese: da lua”, há, respectivamente:
a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer a) um elemento formado por aglutinação e outro por
b) solução, passional, corrupção, visionário justaposição
c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente b) um elemento formado por justaposição e outro por
d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide aglutinação
e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo c) dois elementos formados por justaposição
d) dois elementos formados por aglutinação
9. (FFCL SANTO ANDRÉ) As palavras couve-
-flor, planalto e aguardente são formadas por:
a) derivação d) composição Gabarito
b) onomatopéia e) prefixação
c) hibridismo 1-B 2-B 3-B 4-C 5-E 6-E 7-D 8-A 9-D

10. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma 10-E 11-C 12-B 13-E 14-A 15-C
das palavras não é formada por prefixação:
a) readquirir, predestinado, propor
b) irregular, amoral, demover Assunto: Processo de Formação de Palavras (II)
c) remeter, conter, antegozar
d) irrestrito, antípoda, prever 1. Assinale a alternativa que contém, pela ordem, o
e) dever, deter, antever nome do processo de formação das seguintes pala-
vras: ataque, tributária e expatriar:
11. (LONDRINA-PR) A palavra resgate é forma- a) prefixação, sufixação, derivação imprópria
da por derivação: b) derivação imprópria, sufixação, parassíntese
a) prefixal b) sufixal c) regressiva c) prefixação, derivação imprópria, parassíntese
d) parassintética e) imprópria d) derivação regressiva, sufixação, prefixação e su-
fixação
12. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que e)derivação regressiva, sufixação, parassíntese
nem todas as palavras são de um mesmo radical:
a) noite, anoitecer, noitada 2. (VUNESP) As palavras perda, corredor e saca-
b) luz, luzeiro, alumiar -rolha são formadas, respectivamente, por:
c) incrível, crente, crer a) derivação regressiva, derivação sufixal, composi-
d) festa, festeiro, festejar ção por justaposição
e) riqueza, ricaço, enriquecer b) derivação regressiva, derivação sufixal, derivação

043
Português

parassintética ao famoso poema de Manuel Bandeira, é vocábu-


c) composição por aglutinação, derivação parassinté- lo constituído de dois radicais gregos (pneum[o]-
tica, derivação regressiva + -tórax). Significa o procedimento médico que
d) derivação parassintética, composição por justapo- consiste na introdução de ar na cavidade pleural,
sição, composição por aglutinação como forma de tratamento de moléstias pulmo-
e) composição por justaposição, composição por nares, particularmente a tuberculose. Tal enfer-
aglutinação, derivação prefixal. midade é referida no diálogo entre médico e pa-
ciente, quando o primeiro explica a seu cliente que
3. (ACAFE-SC) Quanto à formação de palavras, ele tem “uma escavação no pulmão esquerdo e o
aponte o exemplo que não corresponde à afirma- pulmão direito infiltrado”. Esta última palavra é
ção: formada com base em um radical: filtro.
a) infeliz – derivação prefixal Quanto à formação vocabular, o título do poema
b) inutilmente – derivação prefixal e sufixal e o vocábulo infiltrado são constituídos, respecti-
c) couve-flor – composição por justaposição vamente, por:
d) planalto – composição por aglutinação a) composição e derivação prefixal e sufixal
e) semideus – composição por aglutinação b) derivação prefixal e sufixal e composição
c) composição por hibridismo e composição prefixal
4. (PUC-SP) Considerando o processo de forma- e sufixal
ção de palavras, relacione a coluna da direita com d) simples flexão e derivação prefixal e sufixal
a da e) simples derivação e composição sufixal e prefixal
esquerda:
1. derivação imprópria ( ) desenredo 9. (UFPI) “Esses monstros atuais, não os cativa
2. prefixação ( ) narrador Orfeu, a vagar, taciturno, entre o talvez e o se.”
3. prefixação e sufixação ( ) infinitamente (“Legado”, Carlos Drummond de Andrade)
4. sufixação ( ) o voar As palavras talvez e se são formadas por:
5. composição por justaposição ( ) pão de mel a) derivação sufixal
Identifique a alternativa que apresenta a numera- b) derivação prefixal
ção em sequência correta: c) derivação parassintética
a) 3, 4, 2, 5, 1 b) 2, 4, 3, 1, 5 d) derivação imprópria
c) 4, 1, 5, 3, 2 d) 2, 4, 3, 5, 1 e) composição
e) 4, 1, 5, 2, 3
10. (UFPE) Quanto à formação de palavras:
5. (FAAP-SP) Infatigavelmente (in + fatigável + a) preconceito é formação parassintética.
mente): Processo de formação de palavras a que b) pluralismo e fragilidade são formações sufixais.
chamamos: c) incontroverso, individual e interna são formadas
a) derivação prefixal com o prefixo latino in-, com sentido de negação.
b) derivação sufixal d) ampliação, repetência, preparação e cidadania são
c) derivação prefixal e sufixal substantivos formados a partir de formas verbais.
d) composição por justaposição e) em fragilizar, modernizar e democratizar o sufixo
e) composição por aglutinação -izar forma verbos a partir de adjetivos.

6. (UECE) Assinale a única opção constituída por 11. (PUC-SP) O vocábulo ostentando apresenta
palavras formadas apenas por sufixação: em sua estrutura os seguintes elementos mórficos:
a) agulha, diplomata, costureira a) o radical ostenta e o prefixo -ndo.
b) silencioso, insuportável, saleta b) o radical ostent-, a vogal temática -a, o tema osten-
c) ordinário, orgulhoso, caminho ta e a desinência -ndo.
d) costureira, silencioso, saleta c) o prefixo os-, o radical tent-, a vogal temática -a e
a desinência -ndo.
7. (PUC-SP) “Recheio”, “fruta-do-conde” e d) o radical ostenta, o tema ostent- e a desinência -do.
“cruzamento” passaram, respectivamente, pelos e) o radical -ndo, o tema ostent- e a vogal temática -a.
seguintes processos de formação:
a) hibridismo, derivação sufixal e composição. 12. (ESALq-SP) São palavras formadas por pre-
b) derivação prefixal, composição e derivação sufi- fixação:
xal. a) luminoso, fraternidade
c) derivação prefixal, hibridismo e derivação sufixal. b) liberdade, sonhador
d) hibridismo, derivação sufixal e derivação prefixal. c) conselheiro, queimado
e) derivação sufixal, hibridismo e composição. d) linguagem, escravidão
e) percurso, ingrato
8.(Unifesp) Pneumotórax, palavra que dá título

044
Português

Gabarito 1. Todos aspiram o ar poluído. (Respirar)


2. Ele aspira ao cargo mais elevado. (Almejar)
1-E 2-A 3-E 4-B 5-C 6-D 7-B 8-A
Assistir o / a cuidar ao / à ver à/ ao pertencer em
9-D 10-E 11-B 12-E morar

1. O Setor Médico assiste os funcionários. (Cuidar)


REGÊNCIA VERBAL 2. Assistiram ao filme ontem. (Ver)
Trata-se do termo que completa o verbo por meio de 3. É um direito que assiste à mulher. (Pertencer)
preposição cujo nome é objeto indireto, ou sem pre- 4. Assistiam em Campos do Jordão. (Morar) Proce-
posição cujo nome é objeto direto. As principais pre- der ter fundamento de origem à / ao iniciar advérbio
posições quanto à regência são (à, ao, de, com, em, modo
por), embora haja outras, essas são as mais comuns. 1. Essa regra não procede. (Ter fundamento)
2. Estes resultados procedem de onde. (Origem)
HÁ DOIS TIPOS DE REGÊNCIA VERBAL 3. Procederão às investigações. (Iniciar)
4. Procederam bem durante a auditoria. (Advérbio)
1. As que apresentam pronomes relativos: (que Visar a / o assinar / mirar à / ao desejar / almejar
– quem – qual – cuja – onde) 1. O funcionário visou o cheque. (Assinar)
Principais erros: 2. Ele visou o alvo. (Mirar)
1. Falta de preposição 3. Visamos à vaga e ao salário. (Almejar)
· A pessoa que a professora gosta não virá. (de que)
2. Excesso de preposição Custar à / ao ser difícil algo / à - ao acarretar
· A menina com que namoro é muito nova. (com que) 1. Custou ao operário entender o problema.
3. Falta de preposição 2. O desemprego custa sacrifício ao povo.
· A casa em que vou é muito velha. (a que) ό
Normalmente, deve-se questionar o verbo posterior Chegar Ir Sempre “à – ao”, nunca “em” 1. A ambu-
ao pronome relativo para saber se há ou não preposi- lância chegou ao local.
ção antes do pronome relativo. 3. O presidente irá ao sindicato hoje.
4. Vamos para Divinópolis.
2. Regência sem pronomes relativos: Principais er-
ros: Residir Situar Morar Sempre “em – no -na”, nunca
“à”
1. Excesso de preposição 1. O assessor reside na Rua das Flores.
· O menino esqueceu do livro. (o livro) 2. Troca de 2. Ele situa na Rua Sete de Setembro. 3. Nós mora-
preposição mos na cidade.
· Vamos no cinema hoje. (ao)
2. Uso incorreto de pronomes oblíquos (se, te, me, Implicar Com ser chato algo acarretar 1. Ele implica
lhe, nos, vos, o, a, lo, la, no, na) sempre com o menino. (Ser chato)
· Eu o obedeço sempre. (lhe) 2. Criatividade implica em mudança. (Acarretar)
· Ela se simpatizou com ele. (se)
· Informei-lhe de que viria. (- o de que) É necessário Obedecer Desobedecer Sempre (à / ao / lhe / a ele)
entender os principais verbos que aparecem nas pro- 1. Obedeça aos sinais de trânsito.
vas e analisar o contexto em que eles são emprega- 2. Obedeceu à sinalização.
dos. Alguns verbos aceitam várias regências, enquan-
to outros aceitam uma forma ou duas. Preferir Não se emprega (do que – que) ou advérbios
Como fazer: (mais – muito – antes), deve-se empregar “à – ao”
1. Ache o verbo na frase. 1. Preferiu trabalhar a estudar.
2. Questione o verbo. 2. Preferi Maria a você.
3. Veja se ele pede preposição ou não. Segue uma 3. Eles preferiram cinema ao parque. 4. Ele prefere o
lista com os principais verbos que mais aparecem nas leito à sopa.
provas de concursos públicos para que você não per-
ca tempo. É necessário muito treino e exercícios para Agradecer algo receber ao ser grato a alguém
que se domine a regência verbal. 1. Agradeceu os cumprimentos.
2. Agradeceu ao colega a colaboração. Simpatizar
SEGUEM OS 26 PRINCIPAIS VERBOS PARA
CONCURSOS PÚBLICOS VERBOS COMPLE- Antipatizar Não se emprega (se – te – me – nos)
MENTOS E SENTIDO EXEMPLO 1. Os garotos simpatizaram com o professor.
2. Eu simpatizei muito com você. Namorar Não se
Aspirar a / o respirar à / ao almejar emprega “com”

045
Português

1. A jovem namora a vitrina. complemento é chamado de (complemento nominal):


2. Marcos namora Júlia.
Avisar Informar Certificar Comunicar Proibir Não se REGÊNCIA DE A - B Acesso [a] - acessível [a, para]
emprega “lhe + de que” Lhe + que o + de que algo + - acostumado [a, com] - adequado [a] - admiração [a,
ao - à alguém + de - sobre por] - afável [com, para com] - afeição [a, por] - aflito
[com, por] - alheio [a, de] - aliado [a, com] - alusão
1. Avise-lhe que chegamos. [a] – amante [de] – amigo [de] - amor [a, de, para
2. Avise-o de que chegamos. com, por] – amoroso [com] - análogo [a] - ansioso
3. Avisei o número telefônico ao professor. [de, para, por] - antipatia [a, contra, por] – aparenta-
4. Avisei o aluno da prova. do [com] - apologia [de] - apto [a, para] - assíduo [a,
em] - atenção [a] - atento [a, em] - atencioso [com,
Esquecer Lembrar (se – te – me – nos ) + de (se – te para com] - aversão [a, para, por] - avesso [a] - ávido
– me – nos ) + algo 1. Esqueci-me dos documentos. [de, por] - benéfico [a] - benefício [a] – bom [para].
3. Ela se esqueceu dos documentos. 3. Esqueci os REGÊNCIA DE C - D Cobiçoso [de] - capacidade
documentos. [de, para] - capaz [de, para] – cego [a] - certeza [de] -
coerente [com] – comum [de] - compaixão [de, para
Atender à / ao coisas a, à / o, ao pessoas a / o conceder com, por] - compatível [com] - concordância [a, com,
1. Atendi ao telefone. de, entre] - conforme [a, com] – contemporâneo [de]
2. Atendi o cliente. - constituído [com, de, por] - consulta [a] - contente
3. Ele atenderá seu pedido. [com, de, em, por] - contíguo [a] – constante [em]
– cruel [com, para, para com] – cuidadoso [com] –
Pagar Perdoar à / ao / lhe pessoa algo coisa cúmplice [em] - curioso [de, por] - desacostumado [a,
1. Pagou ao cobrador e à professora tudo. com] - desatento [a] – descontente [com] - desejoso
2. Pagou a conta e fomos embora. [de] - desfavorável [a] – desleal [a] - desrespeito [a]
- desgostoso [com, de] - desprezo [a, de, por] - de-
Agradar o / a acariciar ao / à satisfazer voção [a, para, com, por] - devoto [a, de] – diferente
1. O pai agradou o filho antes de este dormir. [de] - dificuldade [com, de, em, para] – digno [de]
2. O presidente agradou ao público. - discordância [com, de, sobre] – disposição [para]
- dotado [de] - dúvida [acerca de, em, sobre]. RE-
Querer o / a desejo ao / à estimar - amar GÊNCIA DE E - L Equivalente [a] - empenho [de,
1. O pai quer o carro. em, por] – entendido [em] – erudito [em] – escasso
2. O pai quer ao filho. [de] – essencial [para] – estreito [de] - exato [em] -
fácil [a, de, para] - facilidade [de, em, para] - falho
PRINCIPAIS FRASES ERRADAS Ela namora com [de, em] - falta [a] - fanático [por] - favorável [a] - fiel
o Marcos. [a] - feliz [de, com, em, por] - fértil [de, em] – forte
Avisei-lhe de que não iria à festa. [em] - fraco [em, de] – furioso [com] - grato [a] -
Ela assistiu o jogo. graduado [a] - guerra [a] - hábil [em] - habituado [a]
Procedeu o culto. - horror [a, de, por] - hostil [a, contra, para com] - ida
Pagou o professor ontem. [a] – idêntico [a] - impaciência [com] – impossibili-
Foi no parque ontem. dade [de, em] - impotente [para, contra] - impróprio
Chegou em casa às 10h. [para] - imune [a, de] - inábil [para] - inacessível [a]
Moro à rua Goiás. – incansável [em] - incapaz [de, para] – incerto [em] -
Obedeceu o policial. inconsequente [com] – indeciso [em] - indiferente [a]
Visei o cargo de diretor. – indigno [de] - inerente [a] – infiel [a] – influência
Prefiro ela do que você. [sobre] - ingrato [com] – insensível [a] - intolerante
Aspiro a vaga de diretora. [com] - invasão [de] – inútil [para] - isento [de] - jun-
Eu me simpatizei com ele. to [a, de] - leal [a] - lento [em] – liberal [com].
Custo o homem entender a matéria. Agradou o pú- REGÊNCIA DE M - P Maior [de] – manifestação
blico. [contra] - medo [de, a] – menor [de] – misericordioso
Informei-o que viria à festa. Esqueceu do livro. [com] - morador [em] - natural [de] - necessário [a] -
Procedeu o jogo. necessidade [de] – nobre [em] - nocivo [a] - obedien-
Sua atitude implica em demissão. Vou obedecê-lo. te [a] - ódio [a, contra] - ojeriza [a, por] - oposto [a]
Perdoou o pai ontem. – orgulhoso [de, com] - paixão [de, por] – pálido [de]
Pagaram-no. - parecido [a, com] - paralelo [a] – parecido [a, com]
- pasmado [de] - passível [de] - peculiar [a] – perito
REGÊNCIA NOMINAL Assim como há verbos de [em] – prático [em] - preferência [a, por] – preferível
sentido incompleto (transitivos), há também nomes [a] - preste [a, para] - pendente [de] – prodigo [em,
de sentido incompletos. Substantivos, adjetivos ou de] - propício [a] - próximo [a, de] - pronto [para, em]
advérbios que solicitam um complemento e esse - propensão [para] - próprio [de, para]. REGÊNCIA

046
Português

DE Q - Z Querido [de, por] – queixa [contra] - receio 5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que
[de] - relação [a, com, de, por, para com] - relaciona- está usado indevidamente um dos pronomes se-
do [com] - rente [a, de, com] - residente [em] - respei- guintes: o, lhe.
to [a, com, para com, por] – responsável [por] - rico a) Não lhe agrada semelhante providência?
[de, em] – sábio [em] - satisfeito [com, de, em, por] b) A resposta do professor não o satisfez.
- semelhante [a] - simpatia [a, para com, por] - sito c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas.
[em] - situado [a, em, entre] - solidário [com] - su- d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extre-
perior [a] – surdo [a, de] - suspeito [a, de] - tentativa ma dedicação.
[contra, de, para, para com] – triunfo [sobre] - último e) Vou visitar-lhe na próxima semana.
[a, de, em] - união, [a, com, entre] – único [em] - útil    
[a, para] – vazio [de] - versado [em] – visível [a] - vi- 6. (BB) Regência imprópria:
zinho [a, de, com] – zelo [a, de, por] a) Não o via desde o ano passado.
b) Fomos à cidade pela manhã.
Assunto: Regência Verbal e nominal c) Informou ao cliente que o aviso chegara.
d) Respondeu à carta no mesmo dia.
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a re- e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago.
gência verbal incorreta, de acordo com a nor-     
ma culta da língua: 7. (BB) Alternativa correta:
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortá- a) Precisei de que fosses comigo.
vel. b) Avisei-lhe da mudança de horário.
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho c) Imcumbiu-me para realizar o negócio.
do corte de cana. d) Recusei-me em fazer os exames.
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. e) Convenceu-se nos erros cometidos.
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao 8. (EPCAR) O que devidamente empregado só
lucro pretendido. não seria regido de preposição na opção:
a) O cargo ....... aspiro depende de concurso.
2. (IBGE) Assinale a opção que contém os prono- b) Eis a razão ....... não compareci.
mes relativos, regidos ou não de preposição, c) Rui é o orador ....... mais admiro.
que completam corretamente as frase abaixo: d) O jovem ....... te referiste foi reprovado.
Os navios negreiros, ....... donos eram trafican- e) Ali está o abrigo ....... necessitamos.
tes, foram revistados. Ninguém conhecia o tra-    
ficante ....... o fazendeiro negociava. 9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são
a) nos quais / que aqueles ....... o diretor se referia.
b) cujos / com quem a) de que - que
c) que / cujo b) a cujos - cujos
d) de cujos / com quem c) por que - que
e) cujos / de quem d) cujos – cujo
e) a que - a que
3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases
se completam corretamente com o pronome 10. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite
lhe: ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju,
a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. ....... coração bate de noite, no silêncio.
b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem.       A alternativa que completa corretamente as
c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... per- lacunas da frase acima é:
doarei, João. a) as quais / de cujo
d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / De- b) a que / no qual
sejou-..... felicidades. c) de que / o qual
e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... d) às quais / cujo
de tolo. e) que / em cujo

4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adje- 11. (SANTA CASA) É tal a simplicidade .......
tivos devem ser seguidos pela mesma preposição: se reveste a redação desse documento, que ele não
a) ávido / bom / inconseqüente comporta as formalidades ....... demais.
b) indigno / odioso / perito a) que - os
c) leal / limpo / oneroso b) de que - aos
d) orgulhoso / rico / sedento c) com que - para os
e) oposto / pálido / sábio d) em que – nos
e) a que - dos

047
Português

ar de grande dama decadente. (em)


12. (PUC-RS) Diferentes são os tratamentos ....... d) uma companheira desta, ..... cuja figura andara
se pode submeter o texto literário. Sempre se todo o regimento apaixonado. (por)
deve aspirar, no entanto, ....... objetividade e) uma companheira desta, ..... cuja figura as crian-
científica, fugindo ....... subjetivismo. ças se assustavam. (de)
a) à que, a, do
b) que, a, ao 19. (UF-PR) Assinale a alternativa que substi-
c) à que, à, ao tui corretamente as palavras sublinhadas:
d) a que, a, do 1. Assistimos à inauguração da piscina.
e) a que, à, ao 2. O governo assiste os flagelados.
      3. Ele aspirava a uma posição de maior destaque.
13. (PUC-RS) Alguns demonstram verdadeira 4. Ele aspirava o aroma das flores.
aversão ..... exames, porque nunca se empe- 5. O aluno obedece aos mestres.
nharam o suficiente ..... utilização do tempo a) lhe, os, a ela, a ele, lhes
..... dispunham para o estudo. b) a ela, os, a ela, o, lhe
a) com - pela - de que c) a ela, os, a, a ele, lhe
b) por - com - que d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes
c) a - na - que e) lhe, a eles, a ela, o, lhes
d) com - na – que      
e) a - na - de que 20. (CESGRANRIO) Assinale a opção que com-
pleta corretamente as lacunas da seguinte fra-
se: Toda comunidade, ..... aspirações e necessi-
14. (BB) “Ele não ..... viu”. não cabe na frase: dades devem vincular-se os temas da pesquisa
a) nos b) lhe c) me científica, possui uma cultura própria, ..... pre-
d) te e) o cisa ser preservada.
      a) cujas / de que
15. (BB) Emprego indevido de o: b) a cujas / que
a) O irmão o abraçou. c) cujas / pela qual
b) O irmão o encontrou. d) cuja / que
c) O irmão o atendeu. e) a cujas / de que
d) O irmão o obedeceu.      
e) O irmão o ouviu. 21. (FUVEST) Assinale a alternativa gramatical-
  mente correta:
16. (UF-RS) Isso ..... autorizava ..... tomar a ini- a) Não tenham dúvidas que ele vencerá.
ciativa. b) O escravo ama e obedece o seu senhor.
a) o - à b) lhe - de c) Prefiro estudar do que trabalhar.
c) o - de d) o – a d) O livro que te referes é célebre.
e) lhe - a e) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no.
         
17. (CESESP-PE) “... trepado numa rede afave- 22. (UF-UBERLÂNDIA) Assinale o período em
lada cujas varandas serviam-lhe de divisórias que foi empregado o pronome relativo inade-
do casebre”. Em qual das alternativas o uso de quado:
cujo não está conforme a norma culta? a) O livro a que eu me refiro é Tarde da Noite.
a) Tenho um amigo cujos filhos vivem na Europa. b) Ele é uma pessoa de cuja honestidade ninguém
b) Rico é o livro cujas páginas há lições de vida. duvida.
c) Naquela sociedade, havia um mito cuja memória c) O livro em cujos dados nos apoiamos é este.
não se apagava. d) A pessoa perante a qual comparecemos foi muito
d) Eis o poeta cujo valor exaltamos. agradável.
e) Afirmam-se muitos fatos de cuja veracidade se e) O moço de cujo lhe falei ontem é este.
deve desconfiar.     
  23. (PUC) Assinale a alternativa que preencha
18. (CESGRANRIO) Assinale a opção cuja lacu- corretamente as lacunas abaixo:
na não pode ser preenchida pela preposição 1. Veja bem estes olhos ....... se tem ouvido falar.
entre parênteses: 2. Veja bem estes olhos ....... se dedicaram muitos
a) uma companheira desta, ..... cuja figura os mais versos.
velhos se comoviam. (com) 3. Veja bem estes olhos ....... brilho fala o poeta.
b) uma companheira desta, ..... cuja figura já nos re- 4. Veja bem estes olhos ....... se extraem confissões
ferimos anteriormente. (a) e promessas.
c) uma companheira desta, ..... cuja figura havia um a) de que - a que - sobre o qual - dos quais

048
Português

b) que - que - sobre o qual - que “Era um tique peculiar ..... cavalariço o de dei-
c) sobre os quais - que - de que - de onde xar caído, ..... canto da boca, o cachimbo vazio
d) dos quais - aos quais - sobre cujo - dos quais ..... fumo, enquanto alheio ..... tudo e solícito
e) em quais - aos quais - a cujo - que apenas ..... animais, prosseguia ..... seu servi-
    ço.”
24. (SANTA CASA) São excelentes técnicos, ....... a) ao - ao - de - a - com os - em
colaboração não podemos prescindir. b) do - no - em - de - dos - para
a) cuja b) de cuja c) para o - no - de - com - pelos - a
c) que a d) de que a d) ao - pelo - do - por - sobre - em
e) dos quais a e) do - para o - no - para - para com os - no
 
25. (FUVEST) Indique a alternativa correta: 31. (FMU) Observe o verbo que se repete: “aspi-
a) Preferia brincar do que trabalhar. rou o ar” e “aspirou à glória”. Tal verbo:
b) Preferia mais brincar a trabalhar. a)  apresenta a mesma regência e o mesmo sentido
c) Preferia brincar a trabalhar. nas duas orações
d) Preferia brincar à trabalhar. b) embora apresente regências diferentes, ele tem
e) Preferia mais brincar que trabalhar. sentido equivalente nas duas orações
c) poderia vir regido de preposição também na pri-
26. (FUVEST) Destaque a frase em que o prono- meira oração sem que se modificasse o sentido
me relativo está empregado corretamente: dela
a) É um cidadão em cuja honestidade se pode con- d) apresenta regência e sentidos diferentes nas duas
fiar. orações
b) Feliz o pai cujos filhos são ajuizados. e)  embora tenha o mesmo sentido nas duas orações,
c) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe ele apresenta regência diferente em cada uma de-
custou uma fortuna. las
d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não po-   
derei terminar meu quadro. 32. (CESGRANRIO) Assinale o item em que a re-
e) Os jovens, cujos pais conversei com eles, prome- gência do verbo proceder contraria a norma
teram mudar de atitude. culta da língua:
    a) O juiz procedeu ao julgamento.
27. (CESCEM) Sendo o carnaval uma das festas b) Não procede este argumento.
..... mais gosto, achei preferível ir ao baile ..... c) Procedo um inquérito.
viajar para a praia. d) Procedia de uma boa família.
a) que - à e) Procede-se cautelosamente em tais situações.
b) que - do que   
c) das quais - que 33. (UM-SP)
d) de que – a I - Certifiquei-o ............ que uma pessoa muito
e) de que - do que querida aniversaria neste mês;
  II - Lembre-se ............ que, baseada em caprichos,
28. (CESCEM) Embora pobre e falto ..... recur- não obterá bons resultados;
sos, foi fiel ..... ele, que ..... queria bem com III - Cientificaram-lhe ............ que aquela imagem
igual constância. refletia a alvura de seu mundo interno. De acordo
a) em - a - o com a regência verbal, a preposição de cabe:
b) em - para - o a) nos períodos I e II
c) de - para - o b) apenas no período II
d) de - a – lhe c) nos períodos I e III
e) de - para - lhe d) em nenhum dos três períodos
      e) nos três períodos
29. (CESCEA) As palavras ansioso, contemporâ-
neo e misericordioso regem, respectivamente, 34. (PUCC) Assinale a letra correspondente à
as preposições: alternativa que preenche corretamente as la-
a) em - de - para cunas da frase apresentada: O projeto, ............
b) de - a – de realização sempre duvidara, exigiria toda a
c) por - com - de dedicação .......... fosse capaz.
d) de - com - para com a) do qual a, que
e) com - a - a b) cuja a, da qual
c) de cuja, de que
30. (MACK) Indique a alternativa que completa d) d) que sua, de cuja
corretamente as lacunas do seguinte período: e) e) cuja, a qual

049
Português

35. (UNIMEP-SP) Quando implicar tem sentido 40. (AMAN) Escolha, abaixo, a exata regência do
de “acarretar”, “produzir como       conseqüên- verbo chamar:
cia”, constrói-se a oração como objeto direto, a) Chamamo-lo inteligente.
como se vê em: b) Chamamo-lo de inteligente.
a) Quando era pequeno, todos sempre implicavam c) Chamamos-lhe inteligente.
comigo. d) Chamamos-lhe de inteligente.
b) Muitas patroas costumam implicar com as empre- e) Todas as regências acima estão corretas.
gadas domésticas.
c) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar 41. (UFF) Assinale a frase que apresenta um erro
mais dinheiro. de regência verbal:
d) O banqueiro implicou-se em negócios escusos. a) Este autor tem idéias com que todos nós simpati-
e) Um novo congelamento de salários implicará uma zamos.
reação dos trabalhadores. b) Eis a ordem de que nos insurgimos.
    c) Aludiram a incidentes de que já ninguém se lem-
36. (FMU) Assinale a única alternativa incorreta brava.
quanto à regência do verbo: d) Qual o cargo a que aspiras?
a) Perdoou nosso atraso no imposto. e) Há fatos que nunca esquecemos.
b) Lembrou ao amigo que já era tarde.
c) Moraram na rua da Paz.
d) Meu amigo perdoou ao pai. 42. (CARLOS CHAGAS-BA) Quanto a amigos,
e) Lembrou de todos os momentos felizes.   prefiro João ....... Paulo, .......... quem sinto
37. (UF-PA) Assinale a alternativa que contém ............ simpatia.
as respostas certas: a) a, por, menos
I. Visando apenas os seus próprios interesses, b) do que, por, menos
ele, involuntariamente, prejudicou toda uma fa- c) a, para, menos
mília. d) do que, com, menos
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida e) do que, para, menos
a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro.
III. Desde criança sempre aspirava a uma posição 43. (CARLOS CHAGAS-BA) O projeto ............
de destaque, embora fosse tão humilde. estão dando andamento é incompatível ............
IV. Aspirando o perfume das centenas de flores tradições da firma.
que enfeitavam a sala, desmaiou. a) de que, com as
a) II - III - IV b) I - II - III b) a que, com as
c) I - III - IV d) I – III c) que, as
e) I – II d) à que, às
e) que, com as
38. (TTN) Há erro de regência no item:
a) Algumas idéias vinham ao encontro das reivindi- 44. (CARLOS CHAGAS-BA) Como não ..........
cações dos funcionários, contentando-os, outras não. vi, chamei o contínuo e mandei-.........., então,
b) Todos aspiravam a uma promoção funcional, en- .........
tretanto poucos se dedicavam àquele trabalho, a) o - o - procurá-lo
por ser desgastante. b) lhe - o - procurá-lo
c) Continuaram em silêncio, enquanto o relator pro- c) lhe - lhe - procurar-lhe
cedia à leitura do texto final. d) o - ele - procurar-lhe
d)  No momento este Departamento não pode pres- e) lhe - lhe - procurá-lo
cindir de seus serviços devido ao grande volume
de trabalho. 45. (UF-PR) Preencha convenientemente as la-
e) Informamos a V. Senhoria sobre os prazos de en- cunas das frases seguintes, indicando o con-
trega das novas propostas, às quais devem ser junto obtido:
respondidas com urgência. 1. A planta ............ frutos são venenosos foi der-
   rubada.
39. (FFCL SANTO ANDRÉ) Assinale a alternati- 2. O estado ............ capital nasci é este.
va em que a regência verbal está correta: 3. O escritor ............ obra falei morreu ontem.
a) Prefiro mais a cidade que o campo. 4. Este é o livro ........... páginas sempre me referi.
b) Chegamos finalmente em Santo André. 5. Este é o homem ............ causa lutei.
c) Esta é a cidade que mais gosto. a) em cuja, cuja, de cuja, a cuja, por cuja
d) Assisti ao concerto de que você tanto gostou. b) cujos, em cuja, de cuja, cujas, cuja
e) Ainda não paguei o médico. c) cujos, em cuja, de cuja, a cujas, por cuja

050
Português

d) cujos, cujas, cuja, a cujas, por cuja e) Quando Lígia entrou, bateram onze horas no reló-
e) cuja, em cuja, cuja, cujas, cuja gio da sala.
          
    50. (CESGRANRIO) A linguagem especial,
46. (SANTA CASA) Observe as frases seguintes: ................. emprego se opõe o uso da comuni-
      I - Pedro pagou os tomates. dade, constitui um meio ................. os indiví-
      II - Pedro pagou o feirante. duos de determinado grupo dispõem para sa-
      III - Pedro pagou os tomates ao feirante. tisfazer o desejo de auto-afirmação.
      Assinale a alternativa que teve considerações a) a cujo, de que b) do qual, ao qual
corretas sobre tais frases: c) cujo, que d) o qual, a que
a) Estão corretas apenas a I e II porque o verbo pagar e) de cujo, do qual
é transitivo direto.
b) A II está errada, porque pagar tem por objeto um 51. (CESGRANRIO) Assinale a opção que com-
nome de pessoa, é transitivo indireto (o certo se- pleta corretamente as lacunas da seguinte fra-
ria “ao feirante”). se: “O controle biológico de pragas, ............ o
c) Apenas a I está correta. texto faz referência, é certamente o mais efi-
d) A frase III é a única correta e pagar é transitivo ciente e adequado recurso ............ os lavrado-
direto nesta frase. res dispõem para proteger a lavoura sem pre-
e)  Todas as frases estão construídas conforme as re- judicar o solo.”
gras de regência do verbo pagar. a) do qual, com que b) de que, que
     c) que, o qual d) ao qual, cujos
47. (FUVEST) e) a que, de que
      I - A arma ............ se feriu desapareceu.      
      II - Estas são as pessoas ............ que lhe falei. 52. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que o
      III- Aqui está a foto ............ que me referi. verbo exige a mesma preposição que referir-se
      IV - Encontrei um amigo de infância ............ em “... a boneca de pano a que me referi”:
nome não me lembrava. a) O homem .......... quem conversei há pouco.
      V- Passei por uma fazenda ............ se criavam b) O livro .......... que lhe falei há pouco.
búfalos. c) A criança .......... quem aludi há pouco.
a) que, de que, à que, cujo, que d) O tema .......... que escrevi há pouco.
b) com que, que, a que, cujo qual, onde e) A fazenda .......... que estive há pouco.
c) com que, das quais, a que, de cujo, onde      
d) com a qual, de que, que, do qual, onde 53. (UFV-MG) Assinale a alternativa correta:
e) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja a) Preferia antes morrer que fugir como covarde.
    b) A cortesia mandava obedecer os desejos da minha
48. (TTN) Assinale a alternativa incorreta quanto antiga dama.
à regência: c) A legenda ficou, mas a lição esqueceu.
a)   Creio que os trabalhadores estão muito conscien- d) O país inteiro simpatizou-se com esse princípio.
tes de suas obrigações para com a Pátria. e) Jesus perdoou o pecador.
b) O filme a que me refiro aborda corajosamente a  
problemática dos direitos humanos. 54. (FUMEG-MG) Com referência à regência do
c) Esta nova adaptação teatral do grande romance verbo assistir, todas as alternativas estão cor-
não está agradando ao público; eu, porém, prefiro retas, exceto em:
esta àquela. a) Assistimos ontem um belo filme na televisão.
d) O trabalho inovador de Gláuber Rocha que lhe fa- b) Os médicos assistiram os doentes durante a guerra.
lei chama-se Deus e o Diabo na Terra do Sol. c) O técnico assistiu os jogadores no treino.
e) José crê que a classe operária está em condições d) Assistiremos amanhã a uma missa de sétimo dia.
de desempenhar um papel importante na condu- e) Machado de Assis assistia em Botafogo.
ção dos problemas nacionais.    
     55. (UEPG-PR) A alternativa incorreta de acordo
49. (FUVEST) Indique a alternativa na qual a re- com a gramática da língua culta é:
gência utilizada desobedece ao padrão da gra- a) Obedeça o regulamento.
mática normativa: b) Custa crer que eles brigaram.
a) Esta alternativa obedece o padrão da gramática c) Aspiro o ar da montanha.
normativa. d) Prefiro passear a ver televisão.
b) Entretanto, não costuma haver distúrbios na fila. e) O caçador visou o alvo.
c) Jamais poderão existir tantos recursos para tantos  
planos. 56. (UFPEL-RS) A frase que não apresenta pro-
d) Só lhe faltou mandar-me embora de casa. blema(s) de regência, levando-se em conside-

051
Português

ração a língua escrita, é: ram a uma cena .......... não gostavam.”


a) Preferiu sair antes do que ficar até o fim da peça. a) cujos - que b) em cujos - que
b) O cargo a que todos visavam já foi preenchido. c) de cujos - de que d) cujos - de que
c) Lembrou de que precisava voltar ao trabalho. e) de cujos - que
d) As informações que dispomos não são suficientes
para esclarecer o caso. 63. (BB) Opção que completa corretamente os
e) Não tenho dúvidas que ele chegará breve. claros: Obedeceu ..... instruções ..... tratam as
normas.
57. (CEFET-PR) Assinale a alternativa que apre- a) a, que b) às, que
senta incorreção quanto à regência: c) as, de que d) à, de que
a) Nós nos valemos dos artifícios que dispúnhamos e) às, de que
para vencer.     
b) Ele preferiu pudim a groselha. 64. (BB) Complete corretamente o texto: Em aten-
c) O esporte de que gosto não é praticado no meu ção ............ sua carta, envio-lhe o pedido.
colégio.       1. à 2. a 3. de 4. com 5. para
d) Sua beleza lembrava a mãe, quando apenas casada. a) 5 e 1 b) 2 e 4
e) Não digo com quem eu simpatizei, pois não lhe c) 3 e 1 d) 4 e 5
interessa. e) 1 e 2
    
58. (ITA) Assinale a alternativa correta: 65. (BB) Única frase com regência verbal incor-
a) Antes prefiro aspirar uma posição honesta que fi- reta:
car aqui. a) Trata-se do ideal a que me referi.
b) Prefiro aspirar uma posição honesta que ficar aqui. b) As leis que carecemos são outras.
c) Prefiro aspirar a uma posição honesta que ficar c) Encerrou-se o inquérito a que se procedeu.
aqui. d) São justas as punições de que se queixam?
d) Prefiro antes aspirar a uma posição honesta que e) Empenhemo-nos em produzir mais.
ficar aqui.      
e) Prefiro aspirar a uma posição honesta a ficar aqui. 66. (BB) Opção incorreta:
a) Prefiro ganhar a perder. d) Assisti a um filme.
59. (FESP) Sua avidez ............ lucros, ............ ri- b) Esqueceram-se de tudo. e) Eu lhe estimo muito.
quezas, não era compatível ............ seus senti- c) Há muito que não o vejo.
mentos de amor ............ próximo.      
a) por, por, em, do 67. (TRT) Assinale a alternativa que completa
b) de, de, com, para o convenientemente as lacunas abaixo:
c) de, de, por, para com o       I - Certifiquei ............ de que o prazo esgota-
d) para, para, de, pelo ra-se.
e) por, por, com, ao       II - Recebi ............ em meu escritório.
        III - Informo ............ que as notas fiscais estão
60. (UM-SP) Assinale a alternativa incorreta rasuradas.
quanto à regência verbal:       IV - Avisei ............ de que tudo fora resolvido.
a) Ele custará muito para me entender. a) o - o - lhe - o
b) Hei de querer-lhe como se fosse minha filha. b) o - o - o - o
c) Em todos os recantos do sítio, as crianças sentem- c) lhe - lhe - lhe - o
-se felizes, porque aspiram o ar puro. d) o - lhe - lhe – o
d) O presidente assiste em Brasília há quatro anos. e) lhe - lhe - o – o
e) Chamei-lhe sábio, pois sempre soube decifrar os
enigmas da vida.
  Gabarito
61. (PUC-RS) Obedeça-............, estime-............ e
sempre que precisar .......... . 1-D 2-D 3-C 4-D 5-E 6-E 7-A 8-E
a) os, os, recorra a eles
b) lhes, os, recorra a eles 9-E 10-D 11-D 12-D 13-D 14-E 15-C
c) lhes, lhe, recorra-lhes 16-C 17-B 18-E 19-B 20-B 21-E 22-E
d) os, lhes, recorra-lhes
e) os, lhes, recorra a eles 23-D 24-B 25-C 26-A 27-D 28-D 29-C
30-A 31-D 32-C 33-A 34-C 35-E 36-E
62. (GAMA FILHO) Assinale a opção que preen-
che corretamente as lacunas da frase: “As mu- 37-A 38-E 39-D 40-E 41-B 42-A 43-B
lheres, .......... olhos as lágrimas caíam, assisti-
44-A 45-C 46-B 47-C 48-D 49-A 50-A
052
Português

51-E 52-C 53-C 54-A 55-A 56-B 57-A 2) Antes de verbo.


Estou disposto a falar. (preposição)
58-E 59-E 60-A 61-B 62-C 63-E 64-E
65-B 66-E 67-A 3) Antes de pronomes em geral. Eu
me referi a esta menina. (preposi-
ção e pronome demonstrativo)
Eu falei a ela. (preposição e pronome
1 TUDO SOBRE CRASE
pessoal)
Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natu-
4) Antes de pronomes de tratamento.
reza.
Dirijo-me a Vossa Senhoria. (pre-
No português assinalamos a crase com o acento gra-
posição)
ve (`).
Observações:
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam
Observe: Obedecemos ao regulamento. ( a + o )
o artigo e, obviamente, a crase: senhora, se-
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vo-
nhorita e dona.
gais diferentes.
Dirijo-me à senhora.
2. Haverá crase antes dos pronomes que aceita-
Mas: Obedecemos à norma. ( a + a )
rem o artigo, tais como: mesma, própria... Eu
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais (
me referi à mesma pessoa.
a+a=à)
3. Com as expressões formadas de palavras re-
petidas. Venceu de ponta a ponta. (preposi-
Regra Geral: Haverá crase sempre que:
ção)
Observação: É fácil demonstrar que entre expres-
I. o termo antecedente exija a
sões desse tipo ocorre apenas a preposição:
preposição a;
Caminhavam passo a passo. (preposição)
II. o termo conseqüente aceite o
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o arti-
artigo a. Fui à cidade. ( a + a
go o e teríamos o seguinte: Caminhavam pas-
= preposição + artigo ) ( subs-
so ao passo – o que não ocorre.
tantivo feminino )
4. Antes dos nomes de cidade. Cheguei a Curi-
tiba. (preposição) Observação: Se o nome da
Conheço a cidade. ( verbo transitivo
cidade vier determinado por algum adjunto
direto – não exige preposição
adnominal, ocorrerá a crase. Cheguei à Curi-
)
tiba dos pinheirais. (adjunto adnominal)
5. Quando um a (sem o s de plural) vem antes
2 ( artigo ) ( substantivo feminino )
de um nome plural. Falei a pessoas estranhas.
6. preposição)
Vou a Brasília. ( verbo que exige pre-
posição a ) ( preposição ) ( pa-
Observação: Se o mesmo a vier seguido de s ha-
lavra que não aceita artigo )
verá crase. Falei às pessoas estranhas. (a + as
= preposição + artigo) Sempre ocorre crase:
Observação: Para saber se uma pala-
1) Na indicação pontual do número de horas.
vra aceita ou não o artigo, bas-
Às duas horas chegamos. (a + as) Para com-
ta usar o seguinte artifício:
provar que, nesse caso, ocorre preposição +
artigo, basta confrontar com uma expressão
I. se pudermos empregar a combinação
masculina correlata. Ao meio-dia chegamos.
da antes da palavra, é sinal de que ela
(a + o)
aceita o artigo
2) Com a expressão à moda de e à maneira de. A
II. se pudermos empregar apenas a preposição de, é
crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que
sinal de que não aceita. Ex: Vim da Bahia. (aceita)
parte da expressão (moda de) venha implíci-
Vim de Brasília (não aceita) Vim da Itália. (aceita)
ta. Escreve à (moda de) Alencar.
Vim de Roma. (não aceita)
3) Nas expressões adverbiais femininas. Expres-
sões adverbiais femininas são aquelas que se
referem a verbos, exprimindo circunstâncias
Nunca ocorre crase:
de tempo, de lugar, de modo...
Chegaram à noite. (expressão adverbial feminina
1) Antes de masculino.
de tempo) Caminhava às pressas. (expressão
Caminhava a passo lento. (preposi-
adverbial feminina de modo) Ando à procura
ção)
de meus livros. (expressão adverbial feminina

053
Português

de fim) Observações: No caso das expressões 5) Crase depois da preposição até. Se a preposi-
adverbiais femininas, muitas vezes empre- ção até vier seguida de um nome feminino,
gamos o acento indicatório de crase (`), sem poderá ou não ocorrer a crase. Isto porque
que tenha havido a fusão de dois as. É que essa preposição pode ser empregada sozinha
a tradição e o uso do idioma se impuseram (até) ou em locução com a preposição a (até
de tal sorte que, ainda quando não haja razão a). Ex: Chegou até à muralha. (locução pre-
suficiente, empregamos o acento de crase em positiva = até a) (artigo = a) Chegou até a mu-
tais ocasiões. ralha. (preposição sozinha = até) (artigo = a)
4) Uso facultativo da crase Antes de nomes pró- 6) Crase antes do que. Em geral, não ocorre
prios de pessoas femininos e antes de pro- crase antes do que. Ex: Esta é a cena a que me
nomes possessivos femininos, pode ou não referi. Pode, entretanto, ocorrer antes do que
ocorrer a crase. Ex: Falei à Maria. (preposi- uma crase da preposição a com o pronome
ção + artigo) Falei à sua classe. (preposição demonstrativo a (equivalente a aquela). Para
+ artigo) Falei a Maria. (preposição sem arti- empregar corretamente a crase antes do que
go) Falei a sua classe. (preposição sem artigo) convém pautar-se pelo seguinte artifício: 10
Note que os nomes próprios de pessoa femi- I. se, com antecedente masculino, ocorrer ao
ninos e os pronomes possessivos femininos que / aos que, com o feminino ocorrerá crase;
aceitam ou não o artigo antes de si. Por isso Ex: Houve um palpite anterior ao que você
mesmo é que pode ocorrer a crase ou não. Ca- deu. ( a + o ) Houve uma sugestão anterior à
sos especiais: que você deu. ( a + a ) II. se, com anteceden-
1) Crase antes de casa. A palavra casa, no senti- te masculino, ocorrer a que, no feminino não
do de lar, residência própria da pessoa, se não ocorrerá crase. Ex: Não gostei do filme a que
vier determinada por um adjunto adnominal você se referia. (ocorreu a que, não tem arti-
não aceita o artigo, portanto não ocorre a cra- go) Não gostei da peça a que você se referia.
se. Por outro lado, se vier determinada por um (ocorreu a que, não tem artigo) Observação:
adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a O mesmo fenômeno de crase (preposição a +
crase. Ex: Volte a casa cedo. (preposição sem pronome demonstrativo a) que ocorre antes
artigo) Volte à casa dos seus pais. (preposição do que, pode ocorrer antes do de. Ex: Meu
sem artigo) (adjunto adnominal) palpite é igual ao de todos. (a + o = prepo-
2) Crase antes de terra. A palavra terra, no sentido sição + pronome demonstrativo) Minha opi-
de chão firme, tomada em oposição a mar ou nião é igual à de todos. (a + a = preposição
ar, se não vier determinada, não aceita o arti- + pronome demonstrativo) 7) há / a 11 Nas
go e não ocorre a crase. expressões indicativas de tempo, é preciso
Ex: Já chegaram a terra. (preposição sem artigo) não confundir a grafia do a (preposição) com
Se, entretanto, vier determinada, aceita o arti- a grafia do há (verbo haver). Para evitar en-
go e ocorre a crase. ganos, basta lembrar que, nas referidas ex-
Ex: Já chegaram à terra dos antepassados. (prepo- pressões: a (preposição) indica tempo futuro
sição + artigo) (adjunto adnominal) (a ser transcorrido); há (verbo haver) indica
tempo passado (já transcorrido). Ex: Daqui a
3) Crase antes dos pronomes relativos. Antes dos pouco terminaremos a aula. Há pouco recebi
pronomes relativos quem e cujo não ocorre o seu recado.
crase.
Ex: Achei a pessoa a quem procuravas. Com-
preendo a situação a cuja gravidade você Assunto: Crase
se referiu. Antes dos relativos qual ou quais
ocorrerá crase se o masculino correspondente 1. (FCC/TRE-RN) Graças ___ resistência de por-
for ao qual, aos quais. Ex: Esta é a festa à qual tugueses e espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio
me referi. Este é o filme ao qual me referi. imposto por Napoleão e deu início ___ campanha
Estas são as festas às quais me referi. Estes vitoriosa que causaria ___ queda do imperador
são os filmes aos quais me referi. francês.
Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem
4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele dada,
(s), aquela (s), aquilo. Sempre que o termo a) a – à – a b) à – a – a
antecedente exigir a preposição a e vier se- c) à – à – a d) a – a – à
guido dos pronomes demonstrativos: aquele, e) à – a – à
aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase.
Ex: Falei àquele amigo. 2. (FCC/TRT –)O avanço rumo ___ um desenvol-
Dirijo-me àquela cidade. Aspiro a isto e àquilo. vimento sustentável depende de diversos fatores,
Fez referência àquelas situações. entre os quais estão o estímulo ___ novas tecno-

054
Português

logias e o compromisso ético de empresas que te- c) A empresa considerou a oferta inferior à outra.
nham como prioridade o respeito ___ causas am- d) Ele está propenso à deixar o cargo.
bientais. e) Não vou aderir à modismos passageiros.
Preenchem corretamente as lacunas da frase
acima, na ordem dada: 8. (TJ/SP VUNESP)   Na expressão  distância a
a) a – à – as b) a – a – às pé não se emprega o acento de crase no a. Isso
c) à – a – as d) a – à – às acontece, pelo mesmo motivo, na alternativa:
e) à – à – a a) É preciso comparecer a festas.
b) Vai pagar a perder de vista.
3 (IBGE) Assinale a opção em que o A sublinhado c) Gostava de andar a cavalo.
nas duas frases deve receber acento grave indica- d) Viajou a Brasília.
tivo de crase: e) Vai começar a viajar.
a) Fui a  Lisboa receber o prêmio. / Paulo come-
çou a falar em voz alta. 9. (CREMESP – 2011 – VUNESP) 5 – Assinale a
b) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça alternativa correta quanto ao uso ou não do acen-
central se esvaziava. to indicativo da crase.
c) Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros che- a) Doenças ocasionadas pelo uso de pesticidas em
garam a Bahia. alimentos podem levar a morte.
d) Bateram a porta fui atender. / O carro entrou a di- b) As pessoas são obrigadas à parar de comer alimen-
reita da rua. tos com agrotóxicos.
e) Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta. c) Os dados da pesquisa da Anvisa referem-se a ali-
mentos in natura.
4. (TTN) Preencha as lacunas da frase abaixo e d) A medida que as pesquisas avançam, mais testes
assinale a alternativa correta: com animais são feitos.
“Comunicamos ….. Vossa Senhoria que encami- e) Os trabalhadores rurais devem se submeter à uma
nhamos ….. petição anexa ….. Divisão de Fiscali- avaliação médica constante.
zação que está apta ….. prestar ….. informações
solicitadas.” 10. (DETRAN/RN – 2010 – FGV)   – Assinale a
a) a, a, à, a, as d) à, à, a, à, às alternativa em que está correto o uso do acento
b) à, a, à, a, às e) à, a, à, à, as indicativo de crase:
c) a, à, a, à, as a) O autor se comparou à alguém que tem boa me-
mória.
5. (CESGRANRIO) A frase em que o sinal indica- b) Ele se referiu às pessoas de boa memória.
tivo de crase está usado de acordo com a norma- c) As pessoas aludem à uma causa específica.
-padrão é: d) Ele passou a ser entendido à partir de suas refle-
a) As determinações do comitê destinam-se àqueles xões sobre a memória.
atletas indicados. e) Os livros foram entregues à ele.
b) Ele se apoderou à bola e saiu correndo.
c) Ele ajuntou-se à um conjunto de mulheres inteli- 11. (FCC/TST/2012) Considere: 
gentes. ___ angústia de imaginar que o homem pode es-
d) Este fato é comum à todo campeonato mundial. tar só no universo soma-se a curiosidade humana,
e) Tenho todas essas contas à pagar. que se prende ___ tudo o que é desconhecido, para
que não desapareça de todo o interesse por pistas
6. (ITA – SP) Dadas as afirmações: que dariam embasamento___ teses de que haveria
1- Tudo correu as mil maravilhas. vida em outros planetas. 
2 – Caminhamos rente a parede. Preenchem corretamente as lacunas da frase aci-
3 – Ele jamais foi a festas. ma, na ordem dada: 
Verificamos que o uso do acento indicador da a) À - a – às b) A - à - as
crase no “a” é obrigatório: c) À - a – as d) A - a - às
a) apenas na sentença nº 1 e) À - à - as
b) apenas na sentença nº 2
c) apenas nas sentenças nºs 1 e 2 12. (FCC/TRT - 24ª REGIÃO/2011) Considere as
d) em todas as sentenças frases seguintes: 
I. As inovações no ramo da estética permitem ___
7.  (TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRAN- um grande número de pessoas se sentirem mais
RIO) 3 – Indique a opção em que o sinal indicati- belas. 
vo de crase está corretamente usado. II. Sempre existiu preocupação com a beleza, em-
a) Essa proposta convém à todos. bora mudem os critérios ___ que ela obedece. 
b) O governo aumentou à quantidade de subsídios. III. A beleza, ___ parte alguns exageros, deve ser

055
Português

buscada até mesmo com intervenções cirúrgicas.  a) a, a, à b) há, à, a


As lacunas das frases acima estarão corretamente c) há, à, à  d) a, a, a
preenchidas, respectivamente, por: e) há, a, à 
a) à - a – à b) a - a - a
c) a - à – à d) à - à - a Gabarito
e) a - a - à
1-C 2-B 3-D 4-A 5-A 6-C 7-C 8-C
13. (FCC/TRT - 24ª REGIÃO/2011)  Justifica-se
plenamente o emprego de ambos os sinais de cra- 9-C 10-B 11-A 12-E 13-E 14-C 15-A
se em: 16-C 17-B 18-E
a) Ela pode voltar à qualquer momento, fiquemos
atentos à sua chegada.
b) Dispôs-se à devolver o livro, à condição de o libe-
rarem da multa por atraso. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
c) Postei-me à entrada do cinema, mas ela faltou tam- CONCORDÂNCIA VERBAL
bém à esse compromisso.
d) Àquela altura da velhice já não assistia à filmes Sujeito simples
trágicos, apenas aos de humor.
e) Não confie à priminha os documentos que obtive à O verbo concorda com o núcleo do sujeito em nú-
revelia do nosso advogado. mero e pessoa:

14 (FCC/TRE-RN/2011) Graças ___ resistência


de portugueses e espanhóis, a Inglaterra furou o Ex.: Os alunos estudaram muito.
bloqueio imposto por Napoleão e deu início ___
campanha vitoriosa que causaria ___ queda do
imperador francês. Nós somos bons alunos.
Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem
dada, 
a) a - à – a b) à - a - a Sujeito composto
c) à - à – a d) a - a - à
e) à - a – à
15. (FCC/Banco do Brasil) Quando comparado Ex.: Verbo no plural, na pessoa gramatical do nú-
___ outras aves, os tucanos parecem ser bem cleo de número mais baixo:
maiores ___ quem os observa, ___ voar na natu-
reza. 
Os espaços pontilhados da frase acima estarão 3ª pess + 3ª pess: verbo na 3ª pess/pl. (eles):
correta- mente preenchidos, na ordem, por: 
a) às - a – a b) às - à - a
c) as - a – a d) às - a - à Ex.: O diretor e a secretária já saíram.
e) as - à - à

16.  Opção que preenche corretamente as lacunas:


“O gerente dirigiu-se ...... sua sala e pôs-se ...... fa- 1ª pess. + 2ª pess: verbo na 1ª pess/pl (nós):
lar ...... todas as pessoas convocadas.” 
a) à, à, a  b) a, à, à 
c) à, a, a d) a, a, à  Ex.: Eu e tu iremos passar no concurso.
e) à, a, à

17. Os que assistiram ...... peça chegaram ...... 1ª pess. + 3ª pess. Verbo na 1ª pess/pl. (nós).
aplaudi-la de pé, postando-se ...... poucos metros
do palco. 
a) à, à, há  b) à, a, a  Ex.: Eu e Raimunda estaremos na cidade.
c) a, a, à d) à, a, há 
e) a, à, a
2ª pess + 3ª pess: verbo na 2ª pess.pl (vós)
18. Foi ...... mais de um século que, numa reunião
de escritores, se propôs a maldição do cientista
que reduzira o arco-íris ...... simples matéria: era
uma ameaça ...... poesia.  Ex.: Tu e alguns colegas saireis mais cedo.

056
Português

mais próximo.

2ª pess. + 3ª pess.: verbo na 3ª pess/pl. (Vocês):

Ex.: João ou José casará com Raimunda.


Ex.: Tu e alguns colegas sairão mais cedo.

Casos Especiais de Concordância com o Sujeito


Composto Os gaúchos ou nós venceremos a corrida.

1) Núcleos pospostos: verbo no plural ou concor-


dância com o núcleo mais próximo:
b) Sem exclusão: verbo no plural.

Ex.: Na igreja, choraram/ chorou mãe e filha. Ex.: O rico ou o pobre morrerão um dia.

2) Núcleos sinônimos: verbos no plural ou concor- 5) Núcleos infinitivos (sujeito oracional): verbo na
dando com o núcleo mais próximo: 3ª pess/sg:

Ex.: Caminhar e correr faz bem à saúde.

Ex.: A dor e o sofrimento sempre me acompa-


nham / acompanha.

Porém, verbo no plural se os infinitivos forem antô-


nimos, ou se estiverem determinados por artigo.

3) Núcleos em gradação: verbo no plural ou con-


cordando com o núcleo mais próximo.

Ex.: Amar e odiar fazem parte do corpo humano.

Ex.: Um ano, um mês, um dia pouco importam /


importa.
O falar e o escrever bem revelam cultura.

4) Núcleos ligados pela conjunção ou:

6) Núcleos ligados pela preposição “com” – o ver-


bo de preferência no plural, podendo concordar com
a) com exclusão: o verbo concorda com o núcleo o 1º núcleo para realçá-lo”

057
Português

Ex.: Nem um nem outro aluno saiu/ saíram on-


tem.
Ex.: O professor com seus alunos realizaram /
realizou a pesquisa.
Observação.: se o núcleo preposicionado vier sepa-
rado por vírgulas, o verbo deverá concordar como o
1º núcleo. (suj. simples) Ex.: Nem livro nem apostila basta / bastam.

Ex.: O professor, com seus alunos, realizará a pes-


quisa.
Observações:

a) Havendo reciprocidade, verbo no plural:


7) Núcleos ligados por conjunção comparativa

Ex.: Nem um nem outro se olham mais.


a) O verbo concorda com o 1º núcleo, se quisermos
destacá-lo (o 2º núcleo vem separado por vírgulas).
b) Havendo exclusão, verbo no singular.
Ex.: Na realidade, a felicidade, como o paraíso, não
existe.

Ex.: Nem Paulo nem José casará com ela.

b) o verbo concorda com os dois núcleos, isto é, no 2) Com a locução um ou outro (...) verbo no singu-
plural (nesse caso não há vírgulas). lar.
Ex.: O homem como todos os seres humanos são
mortais.
Ex.: Um ou outro assessor viajará a serviço.

8) Seguido do aposto resumitivo – o verbo concor-


da com o aposto. 3) Com a locução mais de um (...) verbo no singu-
lar:
Ex.: Vinho, dinheiro, mulheres (sujeito composto),
nada (aposto resumitivo) o alegrava mais. Ex.: Mais de um jogador será convocado.

Casos especiais de concordância Observação: havendo reciprocidade ou repetição,


verbo no plural.

1) Com as locuções um e outro (...), nem um nem


outro (...) e nem (...) nem (...), verbo no singular ou
no plural:
Ex.: Mais de um carro se chocaram na pista.

Ex.: Um e outro assunto será / serão visto(s).

058
Português

Ex.: Mais de um carro, mais de um caminhão


derraparam na pista.
Ex.: Um bando de pássaros pousou.

4) Sujeito locução pronominal com pronome pes-


soal preposicionado. Ex.: Um por cento dos alunos já saiu.

a) Núcleo no singular: verbo na 3ª pess/sg.: b) Concordância com o determinante:

Ex.: Qual de nós sobreviverá? Ex.: A maioria dos alunos passarão.

b) Núcleo no plural: verbo na 3ª pess/pl ou concor-


da com o pronome pessoal.
Ex.: Um bando de pássaros pousaram.

Ex.: Quais de nós vencerão / venceremos.

Ex.: Um por cento dos alunos já saíram.

5) Sujeito que, da locução “um dos (...) que”:

7) Sujeito nome pluralício


a) Verbo no singular (para enfatizar o indivíduo):

a) Com artigo no plural, verbo no plural.


Ex.: Vieira foi um dos escritores que me fascinou.

Ex.: Os Estados Unidos invadiram o Iraque.


b) Verbo no plural (para enfatizar o conjunto):

b) Sem artigo, verbo no singular.

Ex.: Vieira foi um dos escritores que me fascina-


Ex.: Alagoas nos deu políticos ilustres.
ram.

6) Sujeito coletivo, partitivo ou percentual


8) Sujeito quem
a) Concordância com o núcleo:

a) Pronome relativo (sem ênfase) – verbo na 3ª


Ex.: A maioria dos alunos passará.
pess/sg.

059
Português

Ex.: Não serei eu quem pagará a conta.


c) Verbo haver significando existir, ocorrer:
b) Pronome relativo (com ênfase) – verbo concor-
da com o antecedente.
Ex.: Não serei eu quem pagarei a conta.
Ex.: Houve muitas faltas às aulas.

9) Sujeito que
Sendo o sujeito o pronome relativo que, o verbo
concorda com o antecedente. Observação: o verbo auxiliar ficará na 3ª pess/sg,
se houver locução verbal:

Ex.: Sou eu que faço as contas.

Ex.: Pode fazer dez anos que não a vejo.


10) Oração sem sujeito, verbo na 3ª pess/sg (tam-
bém conhecido por verbos impessoais)

a) Indicando tempo (fazer, haver, estar) Ex.: Deve fazer dias frios no Sul.

Ex.: Faz anos que estudo Português.


Ex.: Amanhã poderá haver problemas sérios.

Ex.: Fez muito frio neste inverno. 11) Com a partícula apassivadora (VTD + SE
(PA)), o verbo concorda com o sujeito.

Ex.: Há séculos não vou ao cinema.


Ex.: Nesta oficina, consertam-se televisores.

Ex.: Hoje está muito quente.


12) Com o Índice de indeterminação do sujeito
(VTI/VI /VL+ SE (PIS)): verbo na 3º pess/sg.

b) Indicando fenômenos da natureza. Ex.: Precisa-se de calma. (VTI)

Ex.: Trovejou no Norte, mas choveu no Sul.


Ex.: Vive-se calmamente. (VI)

060
Português

Ex.: As crianças parece estarem felizes.

Ex.: Nunca se está satisfeito. (VL)

14) Concordância do verbo ser


Quando se empregar o objeto direto preposiciona-
do, o verbo ficará, também na 3ª pessoa do singular:
o sujeito está indeterminado. Concordância com o predicativo

Ex.: Louva-se a Deus, porque se teme ao demônio. 1) Predicativo pessoa:

Método prático: para determinar as funções básicas Ex.: Os zelos do pai era Maria.
do SE (em duas perguntas):

2) Predicativo quantidade:
1) O “se” é equivalente a “si mesmo” ou a “entre
si”?
Sim – Pronome pessoal reflexivo. (PPR)
Ex.: Dez mil reais seria muito.
Não – faça a segunda pergunta.
2) O verbo da oração é VTD?
Sim – Partícula Apassivadora.
3) Predicativo pronome o.
Não – Índice de indeterminação do sujeito / Partícu-
la de indeterminação do sujeito.
Exemplo: Concordar-se-ia (IIS/PIS) com o projeto,
desde que não se (PA) violassem direitos de pessoas
que se (PPR) machuquem em serviço. Ex.: Problema é o que não falta.

13) Verbo “parecer” seguido de infinitivo.


Flexiona-se o verbo parecer ou o outro verbo, nun- 4) Predicativo horas, distâncias, datas.
ca os dois.

Ex.: São exatamente 10h45min.

Ex.: As crianças parecem estar felizes.

Ex.: Daqui ao centro, é 1 km apenas.

061
Português

3) Sujeito singular e predicativo “coisas”


Observação: com datas, concorda com o numeral
ou com a palavra dia clara ou subentendida.
Ex.: A cama era / eram só coisas velhas.

Ex.: Hoje são 15 de Maio. Concordância Nominal


Regra Geral

O artigo, o pronome, o numeral e o adjetivo devem


concordar em gênero e número com o substantivo
Ex.: Hoje é dia 15 de Maio. ao qual se referem.

Ex.: Os nossos dois brinquedos preferidos estão


quebrados.
Ex.: Hoje é 15 de Maio. Os – (artigo definido, masculino, plural)
nossos – (pronome adjetivo possessivo, masculino,
plural).
dois – (numeral adjetivo masculino plural)
5) O sujeito é pronome interrogativo ou nome parti- brinquedos – (substantivo, masculino plural)
tivo:
preferidos – (adjetivo, masculino, plural)
Observe que o artigo os, o pronome nossos, o
Ex.: Quem são os melhores alunos? numeral dois e o adjetivo preferidos referem-se ao
substantivo (masculino/plural) brinquedos. Por isso
é que estão todos no masculino/plural.

Ex.: A maioria eram pobres ou desempregados. Casos especiais de Concordância Nominal

I. Adjetivo referente a vários substantivos:

Concordância facultativa
1. Quando o adjetivo vier depois de dois ou mais
substantivos do mesmo gênero, há duas possibilida-
des de concordância:
1) Sujeito tudo, isto, isso, aquilo:

O adjetivo assume o gênero do substantivo e vai


Ex.: Na juventude tudo é / são flores.
para o plural, ou concorda em gênero e número
com o mais próximo.

2) Sujeito titulo pluralício de obras.


Ex.: O governador recebeu ministro e secretário es-
panhol. (concordou apenas com o mais próximo)
Ex.: Os Lusíadas é / são uma epopeia.

062
Português

Ex.: O governador recebeu ministro e secretário es- Ex.: Permaneceu fechada a porta e o portão.
panhóis (masculino/plural)
(predicativo do
sujeito, concorda com o mais próximo)

Ex.: Permaneceram fechados a porta e o portão.


(predicativo do
sujeito – masculino plural)
2. Quando o adjetivo vier posposto a dois ou
mais substantivos de gêneros diferentes, II. Dois ou mais adjetivos referentes a um subs-
também há duas possibilidades de concor- tantivo determinado por artigo:
dância:
 O adjetivo vai para o masculino plural ou
concorda em gênero e número com o substanti- Admitem duas possibilidades:
vo mais próximo.

a) O substantivo fica no singular e põe-se o artigo


Ex.: Ele apresentou argumento e razão justos. também antes do segundo adjetivo.
(masculino/plural)

Ex.: Meu professor ensina a língua inglesa e a fran-


cesa

Ex.: Ele apresentou argumento e razão justa. Casos particulares de Concordância Nominal
(concordou com o substantivo mais próximo)

1. As palavras menos, alerta e pseudo são advér-


bios e ficam invariáveis.

Ex.: Ele apresentou razão e argumento justo.


(concordou com o substantivo mais próximo) Ex.: Os soldados estavam alerta.
Há menos pessoas do que prevíamos.
2. As expressões: é proibido, é necessário, é bom,
3. Quando o adjetivo vier anteposto a dois ou é preciso quando se referem a palavras desacom-
mais substantivos, concordará com o mais panhadas de determinantes, tomadas, portanto,
próximo, se funcionar como adjunto adno- em sua generalidade, ficam invariáveis.
minal; entretanto se funcionar como predi- Ex.: É proibido entrada.
cativo, haverá duas possibilidades: poderá ir
para o plural ou concordar com o mais próxi- Cerveja é bom.
mo.
Coragem é necessário.

Adj – Adj. Adn


Porém, se a palavra estiver acompanhada de deter-
minante, com ela devem concordar.
Ex.: Nunca vi tamanho desrespeito e ingratidão.
Ex.: É proibida a entrada.
Substantivo Substan-
tivo
A cerveja é boa.
A coragem é necessária.

063
Português

A carta segue anexa.


3. As palavras bastante, meio, pouco, muito, caro,
barato.
a) Quando têm valor de adjetivo, concordam com o
substantivo. Os documentos estão inclusos.

Ex.: Serviu-nos meia porção de arroz.

Conversamos bastantes vezes a esse respeito. Ela mesma redigiu a carta.

Os automóveis estão caros.


Eles estão sós.

As frutas estão baratas.

Já é meio-dia e meia. Estou quite com você.

b) Quando têm valor de advérbio ficam invariáveis.


Muito obrigada – disse ela.

Ex.: Maria está meio aborrecida.


Observação:
Os advérbios só (equivalente a somente), menos e
alerta e as expressões em anexo e a sós são invariá-
Os alunos são bastante estudiosos. veis.

Ex.: Elas só esperam uma nova oportunidade.


Esses automóveis custam caro.
Leia a carta e veja as fotografias em anexo.

As laranjas custam barato. As meninas ficaram a sós no quarto.

Dicas:
Estamos muito cansadas. 1. Quando a palavra só equivaler a sozinho ela será
adjetivo e, portanto, concordará com o substantivo.
2. Quando a palavra só equivaler a somente ela será
4. Os adjetivos anexos, obrigado, incluso, mesmo, advérbio e ficará invariável
próprio, só, leso, quite concordam com o substanti-
vo a que se referem. 3. Quando a palavra bastante equivaler a muitos/
muitas ela será adjetivo e, portanto, concordará
com o substantivo.
Ex.: Seguem anexos os documentos da partilha de 4. A palavra meio equivalente a metade é adjetivo
bens. e concorda com o substantivo.
5. A palavra meio equivalendo a um pouco é advér-
bio e não varia.

064
Português

os seus contemporâneos.
Assunto: Concordância Verbal e Concordância No- Sem nenhum erro contra a gramática, poderia
minal aparecer no singular:
a) apenas o verbo de I e o de II.
1. (UFMS-Modificada) Assinale a(s) alternati- b) apenas o verbo de I e o de III.
va(s) correta(s). c) cada um dos três verbos.
(01) De acordo com a norma culta, tanto em Che- d) apenas o verbo de II e o de III.
ga um momento que você pára de acreditar… e) nenhum dos três verbos.
quanto em Tem um momento que você perce- 4. (UFPE) Assinale a alternativa em que a norma
be…, o pronome relativo que deveria ter vindo de concordância, verbal e nominal, foi inteira-
acompanhado da preposição em. mente respeitada.
(02) O uso de ter (no exemplo acima), impessoal, a) A rejeição à ideia de inferioridade ou de submis-
por haver, existir, é muito comum na fala diária, são leva boa parte das pessoas que se preocupam
embora não seja recomendado pela gramática com a questão dos empréstimos linguísticos a exigi-
normativa, que regulamenta a norma culta. rem um posicionamento das autoridades.
(04) Em pára (mesmo exemplo) o acento dife- b) Se, em um país, existe, realmente, fatores de
rencial foi usado por ser essa forma verbal uma diferenciação que interfere na língua, existe também
palavra paroxítona, ao contrário da preposição elementos de unificação com o objetivo de preservá-
para. -la.
(08) Em homens de verdade e sapatinho de cris- c) O interesse do Brasil, como o de Portugal, é de
tal as locuções adjetivas em negrito podem ser que hajam resistências naturais aos modismos e aos
substituídas, respectivamente, por verdadeiros empréstimos lingüísticos.
e cristalino, sem que haja qualquer alteração de d) Aos termos regionais faltam força para atravessa-
sentido. rem as fronteiras dos locais em que são empregados.
(16) Os verbos acreditar, exigir e perceber pos- e) O número de termos regionais cresceram bastan-
suem a mesma regência verbal. Dê, como respos- tes, mas, por não haverem sido bem aceitos, não se
ta, a soma das alternativas corretas. incorporaram à língua nacional.

SOMA : 5. (UFSE) No que se refere à concordância, o ter-


mo grifado está empregado corretamente em:
2. (PUC/Campinas-SP) Quanto à concordância, a a) As leis do futebol, que sofrem controle da CBF, é
frase inteiramente correta é: reticente em alguns pontos.
a) Supõem-se que as notícias de jornal correspon- b) A obtenção do título de campeão do futebol é tido
dem à objetividade que está nos fatos, mas logo como justificativa para certas atitudes indesejáveis.
salta aos olhos as interferências de quem os colheu, c) Quando se trata de reportagem que se sujeita à
de quem redigiu e de quem editou a matéria. avaliação da torcida, os jogadores ficam temerosos.
b) Quaisquer notícias, em qualquer meio de comuni- d) A publicação dos códigos de ética específicos
cação, traz consigo a marca subjetiva de um ângulo de cada modalidade esportiva dependem da verba
adotado, determinante para que se interprete os fatos disponível.
desta e não daquela maneira. e) O técnico afirma que não tem idéia das penalida-
c) O prestígio das palavras impressas não raro do- des legais ao qual está sujeito.
tam as notícias de uma aparência de
verdade tão indiscutível que a veracidade dos pró- 6. (Unifor-CE) As lacunas da frase “... que ......
prios fatos fica num segundo plano. no bolso da camisa muitos computadores” estão
d) Dar como verdadeiro, num noticiário, toda e corretamente preenchidas em:
qualquer informação divulgada, é renunciar à análi- a) Consta – haverá de caber
se e interpretação própria — operações a que não se b) Constam – haverão de caberem
devem furtar. c) Constam – haverão de caber
e) Não se abra mão de bem avaliar, nas notícias, os d) Consta – haverá de caberem
interesses de quem as propaga já que por trás da su- e) Consta – haverão de caber
posta objetividade do noticiário atuam as intenções
de quem as manipula. 7. (Unifor) As lacunas da frase
“Viemos ...... , Senhor Presidente, pelo ..... sucesso
3. (PUC-PR) Considere estas orações: com as medidas que ..... tomando para coibir atos
I. Uma grande parte de seus desenhos se extra- de violência.”
viaram. a) cumprimentar-vos – vosso – vindes
II. Agradam a todos a pintura e a cenografia de b) cumprimentar-vos – seu – vem
Santa Rosa. c) cumprimentá-lo – vosso – vinde
III. Essa é uma das pinturas que mais chocaram d) cumprimentá-lo – vosso – vem

065
Português

e) cumprimentá-lo – seu – vem c) “Sede de preferência, pedreiro, se é para isso que


tendes habilidade.”
8. (F. I. de Vitória-ES) Observe a concordância d) “Matamos o tempo; o tempo nos enterra.”
de cada período. e) “Crê em ti; mas nem sempre duvida dos outros.”
I. “Os que não sabem alemão temos o maior res-
peito por essa língua”. 13. (U. F. Pelotas) Observe o texto abaixo:
II. Informamos-lhes que, em anexo, seguem as “FOLGA PARA FAZER O EXAME
duplicatas conforme a sua solicitação. Foi aprovado na Câmara e segue para o Senado
III. Já vão fazer duas semanas que os soldados estudo que prevê a falta ao trabalho, um dia por
partiram. ano, para realizar o exame preventivo de câncer
IV. Para Dulcinéia deveria restar alguns trocados ginecológico.” Revista Cláudia, novembro 2000,
e um lanche apetitoso. p. 48 – adaptado.
A sequência que contém apenas frases corretas é: Reescreva esse fragmento, colocando a palavra
a) I e II. b) I e III. destacada no plural e fazendo as adaptações
. necessárias.
c) II e IV. d) III e IV. R=
e) II e III

9. (F. I. de Vitória-ES) Assinale o item em que a


concordância nominal é inadequada, segundo a
norma culta:
a) O homem e a mulher atenciosos conquistam as
pessoas.
b) A primeira e a segunda séries farão prova final.
c) Os problemas da prova foram o mais fáceis pos-
sível. 14. (Unipar) Hoje ........ com absoluta segurança
d) Aquelas meninas são tal qual a mãe delas. que dois terços do planeta ......... de água, mas an-
e) Belo relógio e pulseira ganhei no Natal. tigamente nem 1% da população ......... esse fato.
a) sabem-se, são cobertos, conhecia.
10. (Emescam) A uniformidade de tratamento, b) sabe-se, é cobertos, conhecia.
exigida pela norma culta, não está respeitada em: c) sabe-se, é coberto, conheciam.
a) Quando vieres, certamente ficará muito feliz com d) sabem-se, são cobertos, conheciam.
a beleza de nossa cidade e a simpatia do nosso povo. e) sabe-se, são cobertos, conhecia.
Seja bem-vindo!
b) Venha o mais rápido possível, e eu o apresentarei 15. (PUC-RJ) O uso da expressão “a gente” em
aos nossos amigos. “A gente melhora bastante o sofrimento das pes-
c) Não tenhas receio; vem rápido! soas que estão atingidas mentalmente” confere
d) Não se preocupe com possíveis assaltos; mas, à passagem um tom coloquial, que seria prova-
caso eles ocorram, não reaja. velmente considerado inadequado em um texto
e) Faça boa viagem; venha descansada. escrito mais formal, como um artigo científico.
As frases abaixo constituem exemplos de constru-
11. (Emescam) O princípio da concordância no- ções bastante comuns no português falado, que
minal não foi levado em consideração em: não poderiam figurar em textos escritos formais,
a) Os governantes, infelizmente, se esquecem de não só porque, como no caso acima, marcam co-
que eles próprios são povo. loquialismo, mas também porque são vistas como
b) Cuidado, embora possam parecer, elas não são erros ou desvios da norma culta padrão. Marque
nenhumas doidas. a opção em que essas construções são, respecti-
c) Fiquem alertas, porque nem sempre as promessas vamente, substituídas por outras, adequadas à
são cumpridas. escrita formal.
d) Não se preocupe, Joana mesma fará a comunica- I. Tinha muito menos loucos no século passado.
ção oficial. II. O tratamento que os doentes mais gostam é o
e) A encomenda, com alguns bilhetes anexos, foi que não envolve internação.
enviada ontem de manhã. III. Nos surpreendemos quando descobrimos a
lucidez de alguns loucos.
12. (Univali) Em um dos provérbios a seguir, há IV. Desconfiamos muito dos loucos; entender eles
problema de concordância. Identifique-o. é um passo importante para lidar com o proble-
a) “Quem não quer ser lobo, não lhe vista a pele.” ma.
b) “Escreve as injúrias na areia e grava os benefícios a) Havia – de que – Surpreendemos-nos – entender-
no mármore.” -lhes.

066
Português

b) Havia – com que –Surpreendemo-nos – entender- Principais conjunções coordenativas aditivas: e, nem,
-lhes. não só... mas também (e semelhantes).
c) Havia – de que – Surpreendemo-nos – entendê-
-los. 2) Adversativas: as que expressam uma ideia contrá-
d) Haviam – com que – Surpreendemos-nos – en- ria, adversa.
tender-lhes. Trabalhei bem, mas fui rejeitado.
e) Haviam – de que – Surpreendemo-nos – entendê- Principais conjunções coordenativas adversativas:
-los. mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto,
e (equivalendo a mas).
16.( U. E. Londrina-PR) Observe as frases:
I. Quanto mais pessoas houverem a desenvolver 3) Conclusivas: as que exprimem uma conclusão.
essa ideia, mais chances terá a nação de prospe- Analisei o material, portanto posso falar sobre ele.
rar. Principais conjunções coordenativas conclusivas:
II. Não há dúvidas que fatores clássicos, como o portanto, logo, por isso, por conseguinte, pois (entre
acesso à recursos naturais são importantes. vírgulas).
III. As outras religiões monoteístas, incluindo o
judaísmo, faz da pobreza uma virtude. 4) Alternativas: as que expressam uma alternativa; a
IV. A política favorece aqueles que conseguem conjunção normalmente é repetida, considerando-se,
parecer bons, mesmo que não o sejam. nesse caso, alternativas as duas orações.
V. No que diz respeito à promoção de oportu- Ora lê, ora escreve.
nidades para todos, o capitalismo está muito à Principais conjunções coordenativas alternativas:ou-
frente de todas as outras formas de organização. ,ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer, nem...nem
Estão de acordo com a norma culta:
a) Apenas I e III. 5) Coordenadas sindéticas explicativas: as que expri-
b) Apenas II e IV. mem uma explicação, uma justificativa; aparecem,
c) Apenas IV e V. com mais frequência, depois deimperativo.
d) Apenas II e III. Choveu muito, porque o chão está alagado.
e) Apenas II, III e V. Volte logo, que vai chover.

Principais conjunções coordenativas explicativas:


Gabarito porque, que, pois.

1-21 2-D 3-A 4-B 5-C 6-A 7-E 8-C ORAÇÕES SUBORDINADAS
As orações subordinadas se distribuem em três gru-
9-C 10-B 11-C 12-C pos distintos: adjetivas, substantivas e adverbiais,
cada qual com suas características.
13- Foram aprovados nas Câmaras e seguem para os
Senados estudos que preveem as faltas as trabalhos,
I) Subordinadas adjetivas: representam o adjunto ad-
um dia por ano, para realizarem os exames preventi-
nominal da oração principal; começam, normalmen-
vos de câncer ginecológicos.
te, por um pronome relativo (que, o qual, quem, cujo,
onde, como, quanto, quando).
14-E 15-C 16-C A pessoa que estuda abre novos horizontes.

Classificação
ORAÇÕES COORDENADAS 1) Restritivas: as que limitam, restringem o significa-
I) Assindéticas: as que não são introduzidas por uma do do antecedente.
conjunção. O livro que ganhei é ótimo.
Assisti ao filme e fiz os comentários. A pessoa sobre quem lhe falei vai viajar.
II) Sindéticas: as que se introduzem por uma conjun- 2) Explicativas: as que explicam algo a respeito do
ção, chamada coordenativa. antecedente; lembram um aposto e exigem vírgula
Trabalhei bastante, logo estou cansado. antes do pronome relativo.
O homem, que é mortal, precisa evoluir.
Classificação
As coordenadas sindéticas recebem, de acordo com II) Subordinadas substantivas: as que equivalem a
o sentido e o valor das conjunções, cinco classifica- termos sintáticos normalmente representados por
ções. substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto,
1) Aditivas: as que indicam uma simples soma, adi- complemento nominal, predicativo e aposto). São
ção. iniciadas, geralmente, por uma conjunção integrante
Ele vendeu as mercadorias e voltou ao escritório.
067
Português

(que e se); às vezes, por um advérbio (onde, como embora, mesmo que, ainda que, apesar de que.
etc.) ou pronome (quem, qual etc.).
O rapaz falou que estava desconfiado. 3) Condicional: a que funciona como adjunto adver-
Não sei onde ficou o material. bial de condição da oração principal.
Apresentarei o projeto se me derem oportunidade.
Classificação: Principais conjunções subordinativas condicionais:
1) Objetiva direta: a que funciona como objeto direto se, caso, sem que.
da principal. Ex.: O funcionário pediu que todos en-
trassem. 4) Conformativa: a que indica conformidade, acordo.
Conforme nos informaram, faltou energia no
2) Objetiva indireta: a que funciona como objeto in- bairro.
direto da principal. Ex.: Esqueceu-se de que ia viajar. Principais conjunções subordinativas conformativas:
conforme, como, segundo, consoante.
3) Subjetiva: a que funciona como sujeito da princi-
pal; há vários tipos 5) Comparativa: a que indica comparação.
a) Com verbo de ligação e um adjetivo na principal. Falava alto como o irmão.
Ex.: É necessário que estudem bastante. Principais conjunções subordinativas comparativas:
b) Com verbos unipessoais (parece, urge, basta, con- como, que (ou do que), quanto.
vém, consta etc.) na principal.
Ex.: Basta que digam uma palavra. Obs.: Geralmente o verbo da oração comparativa é o
c) Com a partícula apassivadora (se) na principal. mesmo da principal e fica subentendido.
Ex.: Explicou-se que haveria alterações.
6) Consecutiva: indica consecução, consequência.
4) Predicativa: aque funciona como predicativo da Falou tão alto que a família acordou.
oração principal; só ocorre depois do verbo ser. Ex.: Principal conjunção: que (precedida de tal, tão, tanto,
A verdade é que ele não quer nada. tamanho).

5) Completiva nominal: a que funciona como com- 7) Final: a que indica finalidade.
plemento nominal da principal. Ex.: Tinha certeza de Abriu a porta para que o cachorro saísse.
que conseguiria. Principais conjunções subordinativas finais: para
que, a fim de que.
6) Apositiva: a que funciona como aposto; geralmen-
te aparece depois de dois-pontos. Ex.: Só queria uma 8) Proporcional: a que indica proporção.
coisa: que o compreendessem. Seremos felizes à medida que nos tornarmos bons.
Observação: Existe ainda a oração subordinada subs-
tantiva agente da passiva, que não consta da Nomen- Principais conjunções subordinativas proporcionais:
clatura Gramatical Brasileira, o órgão que dá os no- à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto
mes oficiais no que toca aos fatos gramaticais. Ex.: O mais...mais, quanto menos...menos.
trabalho foi feito por quem entende do assunto.
9) Temporal: a que indica tempo.
III) Subordinadas adverbiais: as que exercem a fun- Só voltou a jogar quando se sentiu bem.
ção de adjunto adverbial da oração principal. São Principais conjunções subordinativas temporais:
iniciadas por uma conjunção subordinativa que tem quando, assim que, depois que, antes
o mesmo nome da oração. Ex.: Os problema aparece- que, enquanto, mal.
ram quando chegamos à fazenda.
ORAÇÕES REDUZIDAS
Classificação: São aquelas que não começam por conectivo (con-
1) Causal: a que funciona como adjunto adverbial de junção ou pronome relativo) e apresentam o verbo
causa da oração principal. numa forma nominal. Classificam-se da mesma for-
A mulher gritou porque teve medo. ma que as desenvolvidas (com conectivo), sendo
Como fazia frio, fechou as janelas. necessário observar o sentido da frase. Veja alguns
Principais conjunções subordinativas causais: por- exemplos a seguir.
que, pois, que, como, já que, uma vez que, porquanto.
1) Reduzidas de gerúndio
2) Concessiva: a que funciona como adjunto adver- a) Vi um homem correndo na calçada. (que corria na
bial de concessão da oração principal, ou seja, uma calçada)
ideia contrária ao que se diz na oração principal. Oração subordinada adjetiva restritiva
Embora tenha corrido muito, não ficou suado. b) Chegando cedo, ele pôde assistir ao jogo. (Porque
Principais conjunções subordinativas concessivas: chegou cedo)

068
Português

Oração subordinada adverbial temporal tos”, o conectivo oracional indica:


c) Estudando mais, você teria sido aprovado. (Se es-
tudasse mais) a) junção de ideias, logo é conjunção aditiva
Oração subordinada adverbial condicional
b) disjunção de ideias, logo é conj. Alternativa
2) Reduzidas de infinitivo
c) contraste de ideias, logo é conj. Adversativa
a) É necessário pensar sobre o assunto. (que se pen-
se) Oração subordinada substantiva subjetiva d) oposição de ideias, logo é conj. Concessiva
b) Deixei sair o funcionário. (que o funcionário saís-
se) e) sequência de ideias, logo é conj. Conclusiva.
Oração subordinada substantiva objetiva direta

3) Reduzidas de particípio 4. (FCC) Fez isso ______ não conseguiu o resul-


a) Terminada a prova, todos saíram. (Assim que a tado. Qual das alternativas abaixo preenche
prova terminou) Oração subordinada adverbial tem- a lacuna, indicando que B é um fato anterior a
poral A?___________b___________A
b) Aborrecido com o chefe, abandonou a reunião.
(Porque se aborreceu com o colega) Oração subordi- a) entretanto b) pois
nada adverbial causal
c) porém d) enquanto
Observação
Existem duas orações adverbiais que não constam da e) e.
Nomenclatura Gramatical Brasileira: locativas e mo-
dais, esta última sempre reduzida de gerúndio. São
cobradas pelo sentido, não pela classificação.
5) “Deus não fala comigo, e eu sei que Ele
Ex.: Trabalho onde me sinto bem. (subordinada ad-
me escuta.” O conectivo “e” pode ser subs-
verbial locativa)
Costuma ser analisada como adjetiva, por estar su- tituído, sem contrariar o sentido, por:
bentendido um antecedente de onde: no local onde a) ou. b) no entanto
me sinto bem.
c) porque d) porquanto
Salvou-se fazendo dieta. (subordinada adverbial mo-
dal) e) nem
Costuma ser classificada como conformativa.

Assunto: Orações Coordenadas e Orações Subordi-


nadas 6.(FGV) Leia as frases.
I. Além da pesquisa da Gartner, há um estudo
1. A oração “Não se verificou, todavia, uma trans- realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do
plantação integral de gosto e de estilo” tem valor: Silício.
a) conclusivo b) adversativo II. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação
c) concessivo d) explicativo da Comunidade do Vale do Silício, acredita que
e) alternativo as tecnologias “verdes” também conquistarão es-
paço pelo fato de que, atualmente, conta pontos
junto ao consumidor…
2. “Estudamos, logo deveremos passar nos exa- As expressões destacadas estabelecem, correta e res-
mes”. A oração em destaque é: pectivamente, relação de:
a) adversidade e comparação.
a) coordenada explicativa b) concessão e finalidade.
c) adição e causa.
b) coordenada conclusiva d) conclusão e proporcionalidade.
e) tempo e condição.
c) coordenada adversativa .
7. “Já era noite. Parecia viável que todos enten-
d) coordenada alternativa dessem que, naquele momento, deviam-se lem-
brar de que nada é eternamente assim. Mas nada
e) coordenada aditiva
acontecia. A verdade é que todos estavam extasia-
dos e certos de que não há prazeres no mundo.”
As orações destacadas são, respectivamente, subor-
3. No verso, “Tenta chorar e os olhos sente enxu- dinadas substantivas:

069
Português

a) subjetiva, subjetiva, subjetiva e completiva nomi- d) adjetiva restritiva.


nal. e) coordenada assindética.
b) subjetiva, objetiva direta, subjetiva e completiva
nominal. 14. Assinale o período em que há oração subordi-
c) objetiva direta, subjetiva, predicativa e objetiva nada adjetiva.
indireta. a) Falaram tudo quanto queriam falar.
d) subjetiva, objetiva indireta, predicativa e comple- b) Urge que tomenos uma providência.
tiva nominal. c) Recomendei-lhe muita paciência.
e) objetiva direta, objetiva indireta, predicativa e ob- d) Espera-se que ele retorne ainda hoje.
jetiva indireta. e) Estudou tanto que conseguiu a aprovação.

8. Qual o período em há oração subordinada subs- 15. Em qual dos períodos abaixo ocorre orações
tantiva predicativa? subordinada adverbial concessiva?
a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibu- a) Não compareci ao encontro porque não me convi-
lares. daram.
b) Sou favorável a que o aprovem. b) Se tivessem convidado o professor, ele teria com-
c) Desejo-te isto: que sejas feliz. parecido.
d) O aluno que estuda consegue superar as dificulda- c) Lúcia compareceu à festa, embora não tivesse sido
des do vestibular. convidada.
e) Lembre-se de que tudo passa neste mundo. d) Todos os convidados compareceram à festa, con-
forme era esperado.
9. Aponte a alternativa em que ocorre oração su- e) Á medida que os convidados chegavam, a festa ia
bordinada adjetiva. tornando-se mais animada.
a) Faça silêncio, que já é tarde.
b) Percebeu que não havia outra solução. 16. (FGV) Classifica-se como subordinada adver-
c) Desejo que todos voltem rapidamente. bial causal a oração destacada no período:
d) Soube-se que ele não viria. a) “Fabiano, uma coisa da fazenda, um traste, seria
e) É esta a rua em que moro. despedido quando menos esperasse.” (Graciliano
Ramos)
10. Em qual das alternativas ocorre oração subor- b) “Se morresse de fome ou nas pontas de um tou-
dinada adjetiva? ro, deixaria filhos robustos.” (Idem)
a) Verificou-se que os argumentos tinham fundamen- c) “Na luta que travou para segurar de novo o filho
to. rebelde, zangou-se de verdade.”(Idem)
b) A resposta que você me deu foi satisfatória. d) “Como os pequenos resistissem, aperrou-se.”(I-
c) Fiz-lhe um sinal para que se calasse. dem)
d) Luta que luta e nunca vê recompensa. e) “Examinou o terreno, viu Baleia coçando-se a es-
e) Comeu tanto que ficou doente. fregar as peladuras no pé de turco...”(Idem)

11. No período: “Falei o que querias”, a oração em 17. (CESGRANRIO) O conectivo e normalmente
destaque classifica-se como: é usado como conjunção coordenativa aditiva. No
a) adjetiva restritiva. entanto, em uma das alternativas abaixo, isso não
b) substantiva objetiva direta. ocorre:
c) adjetiva explicativa. a) Entrou, comprou ingressos e saiu logo.
d) coordenada assindética. b) Maria das Dores é amiga de César e Maria do Céu,
e) substantiva completiva nominal. de Mário.
c) Nem um nem outro conseguiu pagar a conta e, as-
12. No período: “Ele, que era velho, sentou-se no sim, ficaram devendo.
sofá”, a oração destacada classifica-se como: d) Não se preparou para o concurso e conseguiu pas-
a) adjetiva restritiva. sar!
b) substantiva predicativa. e) Saia daí e não volte mais!
c) adjetiva explicativa.
d) coordenada sindética explicativa. 18. (VUNESP) No período: “Enfim resolveu o
c) substantiva apositiva. Leão sair para fazer sua pesquisa, verificar se ain-
da era o Rei dos Animais”, a oração em destaque
13. No período: “Feliz o pai cujos filhos são ajui- é:
zados”, a oração em destaque é: a) subordinada adverbial condicional.
a) substantiva completiva nominal. b) subordinada substantiva objetiva direta.
b) coordenada sindética explicativa. c) subordinada substantiva objetiva indireta.
c) substantiva predicativa. d) subordinada substantiva predicativa.

070
Português

e) subordinada adverbial concessiva. adverbial consecutiva.


e) adverbial causal, adverbial comparativa, adjetiva
19. Assinale a alternativa em que a oração desta- restritiva.
cada é uma subordinada completiva nominal.
a) Este é o relátorio de que lhe falei ontem.
b) Insisto em que partas logo. Gabarito
c) Lembraram-se de que a reunião fora adiada.
d) Espalhou-se a notícia de que ele chegou. 1-B 2-B 3-C 4-B 5-B 6-C 7-D 8-A
20. (FGV) Leia o trecho abaixo e responda a ques- 9-E 10-B 11-B 12-C 13-D 14-A 15-C
tão.
16-D 17-D 18-B 19-D 20-B 21-B
“Sempre abafando os passos, dirigi-me novamen-
te ao fundo do quintal, com medo daquela gente 22-A
que nem me havia mandado buscar à escola para
assistir à morte de meu pai.”
As orações grifadas acima são, respectivamente:
a) oração subordinada adverbial temporal, oração su- Vícios de linguagem - Chama-se vício de linguagem
bordinada substantiva objetiva direta, oração subor- ao modo de falar ou escrever que contraria as nor-
dinada adverbial consecutiva mas de uma língua. A infração à norma só recebe o
b) oração subordinada adverbial temporal, oração su- nome de vício quando se torna frequente e habitual
bordinada adjetiva explicativa, oração subordinada na expressão de um indivíduo ou de um grupo.
adverbial causal
c) oração subordinada adverbial modal, oração su- 1. Arcaísmo - Consiste no emprego de palavras ou
bordinada adjetiva restritiva e oração subordinada construções que já caíram em desuso, que perten-
adverbial final cem ao passado da língua e não entram mais em seu
d) oração subordinada adverbial modal, oração su- uso normal.
bordinada substantiva subjetiva, oração subordinada Exemplos:
adjetiva explicativa
e) oração subordinada adverbial causal, oração su- Mui = muito
bordinada adjetiva explicativa, oração subordinada
substantiva objetiva indireta Fumo = fumaça

21. (PSC) “A persistirem os sintomas, deve-se con- Nojo = luto


sultar o médico.” A expressão sublinhada tem o
mesmo sentido de:
2. Anfibologia ou ambiguidade - Ocorre quando
a) ainda que persistam uma mensagem apresenta mais de um sentido. Anfi-
b) caso venham a persistir bologia geralmente resulta da disposição inadequada
c) tão logo persistam das palavras na frase:
d) mesmo se vierem a persistir
e) a menos que persistam Deixei-o contrariado. (quem estava contrariado: eu
ou ele?)
22. (PSC) Leia os enunciados abaixo:
Barcelona muda até a Olimpíada. (Barcelona sofrerá
I) Ele é um grande violinista porque estuda o mudanças ou Barcelona alterará a própria Olimpía-
instrumento desde criança. da?)
II) Os cantores de hoje em dia rebolam mais do
que cantam.
III) As palavras cujo significado é desconheci-
do devem ser consultadas no dicionário. 3. Ambiguidade - Ocorre sempre que uma palavra
As orações subordinadas nos exemplos acima admite duas ou mais interpretações. A função da
são, respectivamente: ambiguidade é sugerir significados diversos para
a) adjetiva explicativa, adverbial comparativa, adje- uma mesma mensagem. Embora funcione como
tiva explicativa. recurso estilístico, também pode ser um vício de
b) substantiva objetiva direta, adverbial conformati- linguagem, que decorre da má colocação da palavra
va, adverbial consecutiva. na frase.
c) adjetiva explicativa, adverbial temporal, adverbial
condicional. Os corpos do casal serão exumados pela segunda
d) adverbial consecutiva, substantiva predicativa, vez nesta semana.

071
Português

(Os corpos serão exumados pela segunda vez desde Assisti o filme. (ao filme)
que foi iniciado o inquérito ou pela segunda vez
nesta semana?)
Flamengo venceu o Vasco jogando em casa. (Quem
jogou em casa?) Figuras de Linguagem
4. Barbarismo - É todo erro que diz respeito à forma
da palavra.
A) Cacoépia: erro de pronúncia.
Com a finalidade artística ou retórica, o uso das
Esteje (incorreto) - esteja (correto) figuras de linguagem torna-se um recurso que
possibilita trazer à construção um efeito de sentido
B) Silabada: quando o erro se deve ao deslocamento renovado. Esse procedimento é alcançado por meio
do acento tônico. de combinações, assim classificadas:

Rúbrica (incorreto) - rubrica (correto)

I – Figuras de palavras (ou tropos);


C) Cacografia: Qualquer erro de grafia.
II – Figuras de pensamento;
Hontem (errado) - ontem (correto)
III – Figuras de construção (ou de sintaxe).
OBS: Erros de separação de sílabas também se in-
cluem na Cacografia.
5. Cacófato - É a palavra inconveniente, descabida,
ridícula ou obscena que resulta da união de duas ou- I – Figuras de Palavras
tras ou de partes de outras palavras vizinhas.
Ela tinha muito dinheiro. (é latinha)
1) Comparação: é feita de forma “explícita”, ou seja,
É preciso ter fé demais! (fede mais) com uso de conectivo comparativo (como, tal qual,
igual)
6. Colisão - É a sequência de sons consonantais
iguais, da qual resulta um efeito acústico desagradá- Minha irmã é bondosa como um anjo.
vel. Difere da aliteração, que tem finalidade expres-
siva.
 2) Metáfora: é uma comparação abreviada, associa-
Sabe, se você se sair satisfatoriamente bem, sere- ção de ideias ou de característica comum entre dois
mos salvos... seres. Nasce por meio da analogia e da similaridade
7. Eco - É a rima em prosa. Será um defeito quando e dispensa os conectivos que aparecem na compara-
ção.
não se tratar de prosa literária.
Minha irmã é um anjo.
O requerimento que enviamos naquele momento
era o único instrumento de que dispúnhamos.
8. Hiato - É o cúmulo de vogais que produz um 3) Metonímia: é a utilização de uma palavra por
efeito acústico desagradável. outra, porque mantêm elas uma relação constante ou
contiguidade de sentido. Eis os principais casos:
Assava a asa da ave.
- o autor pela obra: Você já leu Camões?
- o efeito pela causa: Respeite minhas rugas.
9. Solecismo - É o nome dado às construções que
- o instrumento pela pessoa: Júlio é um bom garfo.
infringem as normas da sintaxe.
- o continente pelo conteúdo: Ele comeu dois pratos.
A) de concordância:
- o lugar pelo produto: Ele gosta de um bom havana.
Haviam dez alunos em sala. (havia)
- a parte pelo todo: Não tinha teto aquela família.
B) de regência:

072
Português

- o singular pelo plural: O paulista adora trabalhar. 9) Paradoxo ou oxímoro: é o emprego de duas ideias
antagônicas, que se excluem mutuamente, mas que
- o indivíduo pela espécie ou classe: Ele é um judas. aparecem em uma mesma frase.
- a matéria pelo objeto: A porcelana chinesa é belís- “Amor é fogo que arde sem se ver;
sima.
é ferida que dói e não se sente” (Camões)
- a marca pelo produto: pacote de bombril, fazer a
barba com gilete, mascar um chiclete. “Estou cego e vejo “ (Carlos Drummond de Andra-
de)

4) Catacrese: metáfora tão usada que perdeu seu va-


lor de figura e tornou-se cotidiana, não representan- 10) Hipérbole: exagero proposital.
do mais um desvio: céu da boca; cabeça do prego;
asa da xícara; dente de alho; pé da cadeira. Estou morrendo de alegria. Chorou um rio de lágri-
mas.
Também se encontra no emprego impróprio por
esquecimento ou ignorância de origem. Isso ocorre
pela inexistência de palavras mais apropriadas e 11) Ironia: forma intencional de dizer o contrário do
dá-se devido à semelhança da forma ou da função: que pensamos.
ferradura de prata; embarcar no avião; fazer sabatina
na sexta-feira; péssima caligrafia; ficou de quaren- Ele era fino e educado (comeu como um porco),
tena dois meses; fazer uma novena durante esta além de ser gentil (nem disse obrigado).
semana.

12) Personificação ou prosopopeia: É dar a vida aos


5) Antonomásia: é uma espécie de apelido que se seres inanimados ou dar características humanas aos
confere aos seres, valorizando algum de seus feitos animais e objetos.
ou atributos.
A formiga disse que tinha de trabalhar
Leu a obra do Poeta dos Escravos (Castro Alves).
A vida ensinou-me a ser humilde.
O Rei do Futebol fez mais de mil gols (Pelé).
Você gosta da Terra da Garoa (São Paulo)?
13) Silepse: é a concordância que se faz com a ideia,
e não com a palavra expressa. Há três tipos:
6) Sinestesia: é a figura que proporciona a mistura - de gênero: Vossa Santidade será homenageado.
de percepções, mistura de sentidos.
- de pessoa: Os brasileiros somos massacrados.
Tinha um olhar gelado.
- de número: Havia muita gente na rua, corriam
desesperadamente.
II – Figuras de Pensamento
14) Apóstrofe: invocação ou interpelação de ouvinte
ou leitor, seres reais ou imaginários, presentes ou
ausentes. Também é conhecido como vocativo.
Ó Deus! Mereço tanto sofrimento?
7) Antítese: aproximação de ideias de sentidos opos- Tenha piedade, Senhor, de seus filhos.
tos.
Tinha na alma um herói e um covarde.
15) Gradação: aumento ou diminuição gradual.
A paixão crescia, amadurecia, vingava...
8) Eufemismo: emprego de palavra ou expressão
com objetivo de amenizar alguma verdade triste,
chocante ou desagradável.
Ele foi desta para melhor.
III – Figuras de Construção

073
Português

Repetições 22) Hipérbato: é a alteração da ordem direta dos


termos ou das próprias orações.
Aquela pessoa nunca mais quero ver.
16) Aliteração: repetição de fonemas idênticos ou
semelhantes. Da casa saíram as crianças.
Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando. Da igreja estava ele na frente.
(Guimarães Rosa)

23) Sínquise: é a inversão muito violenta na ordem


17) Polissíndeto: repetição de conjunções (síndetos). natural dos termos, de modo que a compreensão seja
seriamente prejudicada.
Não sorriu, nem feliz ficou, nem quis me ver, nem
se importou com a partida. Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um
povo heroico o brado retumbante.
E resmunga, e chora, e grita, e pula, e berra.
(As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
retumbante de um povo heroico.)
18) Repetição: é a repetição de palavras com o intui-
to de exprimir a ideia de progressão e intensificação.
Termo desvinculado
Aquela noite era linda, linda, linda.
Enquanto tudo isso acontecia, a garota crescia,
crescia. 24)  Anacoluto: é a quebra da estrutura normal da
frase a fim de introduzir nova palavra sem ligação
sintática com as demais.
19)  Anáfora: é também a repetição de palavras, Minha vida, tudo sem importância.
porém no início de frase ou versos.
Eu, eles diziam que a culpa era minha.
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigo
Omissões
Eu quase não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado (Gilberto Gil)
25) Assíndeto: ausência da conjunção entre palavras
ou entre orações de um período.
20) Anadiplose: consiste em repetir, no início de Nunca tivemos glória, amores, dinheiro, perdão.
uma oração ou de um verso, a última palavra da
oração ou verso anterior. Vim, vi, venci.
Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade,
verdade é, meu senhor, que hei delinquido, 26) Elipse: É a omissão de palavra ou expressão que
pode ser facilmente subentendida.
delinquido vos tenho, e ofendido;
Requer-se seja intimado.
ofendido vos tem minha maldade (Gregório de
Matos) Toda a cidade parada por causa do calor.

21) Pleonasmo: repetição da mesma ideia com 27) Zeugma: é um tipo de elipse. Ocorre zeugma
objetivo de realce. quando duas orações compartilham o termo omiti-
do, isto é, quando o termo omitido é o mesmo que
Ó mar salgado, quanto do teu sal aparece na oração anterior. Exemplos:
São lágrimas de Portugal (Fernando Pessoa)  Na terra dele só havia mato; na minha, só prédios. 
Meus pios conheciam todos. Eu, poucos.
Inversões

074
Português

Assunto: Vícios de linguagem d) barbarismo


e) ambiguidade
Qual vício de linguagem se observa em:
Gabarito
1. “Você notou a boca dela” ?
a) solecismo 1-B
b) cacófato
c) arcaísmo 2-B
d) barbarismo 3-C
e) colisão
4-B
2. Paguei cinco mil reais por cada.
a) solecismo 5-E
b) cacófato 6-C
c) arcaísmo
d) barbarismo 7-D
e) colisão
8-A
3. O guarda deteve o suspeito em sua casa. Assunto: Figuras de linguagem
a) solecismo
b) eco Nos exercícios de número 1 a 22, faça a associação
c) ambiguidade de acordo com o seguinte código:
d) barbarismo
e) colisão a) elipse g) anacoluto
b) zeugma h) silepse de gênero
4. O aluno repetente nunca mente alegremente.
a) solecismo c) pleonasmo i) silepse de número
b) eco
c) ambiguidade d) polissíndeto j) silepse de pessoa
d) barbarismo e) assíndeto l) anáfora
e) colisão
f) hipérbato m) anástrofe
5. O menino viu o incêndio do prédio.
a) solecismo
b) eco 1. ( ) “Dizem que os cariocas somos pouco dados
c) colisão aos jardins públicos.”(Machado de Assis)
d) barbarismo
e) ambiguidade 2. ( ) “Aquela mina de ouro, ele não ia deixar que
outras espertas botassem as mãos.” (José Lins do
6.Embora doente, Tito teima em tomar café a todo Rego)
instante. 3) ( ) “Este prefácio, apesar de interessante, inú-
a) solecismo til.” (Mário Andrade)
b) eco
c) colisão 4. ( ) “Era véspera de Natal, as horas passavam,
d) barbarismo ele devia de querer estar ao lado de lá-Dijina, em
e) ambiguidade sua casa deles dois, da outra banda, na Lapa-Laje.”
(Guimarães Rosa)
7. Muitos cidadões ou não votam ou votam mau
a) solecismo 5. ( ) “Em volta: leões deitados, pombas voando,
b) eco ramalhetes de flores com laços de fitas, o Zé-Povi-
c) colisão nho de chapéu erguido.”
d) barbarismo (Aníbal Machado)
e) ambiguidade
6. ( ) “Sob os tetos abatidos e entre os esteios
8. Amanhã começa as aulas nas escolas e há mui- fumegantes, deslizavam melhor, a salvo, ou tinham
tas salas onde falta carteiras. mais invioláveis esconderijos, os sertanejos embos-
a) solecismo cados. “ (Euclides da Cunha)
b) eco 7. ( ) V. Exa. está cansado?
c) colisão

075
Português

8. ( ) “Caça, ninguém não pegava... (Mário de


Andrade)
Nos exercícios de números 23 a 40, faça a associa-
9. ( ) “Mas, me escute, a gente vamos chegar lá.”(- ção de acordo com o seguinte código:
Guimarães Rosa)
a) metáfora f) sinédoque
10. ( ) “Grande parte, porém, dos membros daquela
assembléia estavam longe destas idéias.”(Alexandre b) comparação g) sinestesia
Herculano) c) prosopopéia h) onomatopéia
11. ( ) “E brinquei, e dancei e fui d) antonomásia i) aliteração
Vestido de rei....”(Chico Buarque) e) metonímia j) catacrese
12. ( ) “Wilfredo foge. O horror vai com ele, incle-
mente. Foge, corre, e vacila, e tropeça e resvala, E
levanta-se, e foge alucinadamente....”(Olavo Bilac) 23. ( ) “Asas tontas de luz, cortando o firmamen-
to!”
13. ( ) “Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma
brasa com a colher, acendeu o cachimbo, pôs-se a (Olavo Bilac)
chupar o canudo do taquari cheio de sarro.” (Graci-
24. ( ) “Redondos tomates de pele quase estalan-
liano Ramos)
do.”(Clarice Lispector)
14. ( ) “Tão bom se ela estivesse viva me ver as-
25. ( ) “O administrador José Ferreira
sim.”
Vestia a mais branca limpeza.”
(Antônio Olavo Pereira)
(João Cabral de Melo Neto)
15. ( ) “Coisa curiosa é gente velha. Como co-
mem!” (Aníbal Machado) 26. ( ) “A cidade inteira viu assombrada, de queixo
caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cas-
16. ( ) “Sonhei que estava sonhando um sonho
cos de seu cavalo.”
sonhado.”(Martinho da Vila)
(José Cândido de Carvalho)
17. ( ) “Rubião fez um gesto. Palha outro; mas
quão diferentes.”( Machado de Assis) 27. ( ) “A noite é como um olhar longo e claro de
mulher. “ (Vinícius de Morais)
18. ( ) “Estava certo de que nunca jamais ninguém
saberia do meu crime.” (Aurélio Buarque de Holan- 28. ( ) A virgem dos lábios de mel é um das perso-
da) nagens mais famosas de nossa literatura.
19. ( ) “Fulgem as velhas almas namoradas.... 29. ( ) “O pé que tinha no mar a si recolhe.” (Ca-
mões)
- Almas tristes, severas, resignadas,
30. ( ) “Se os deuses se vingam, que faremos nós
De guerreiros, de santos, de poetas. “
os mortais? “ ( V. Bergo)
(Camilo Pessanha)
31. ( ) “Solução onda trépida e lacrimosa; geme a
20. ( ) “Muita gente anda no mundo sem saber pra brisa folhagem; o mesmo silêncio anela de opresso.”
quê: vivem porque vêem os outros viverem.”
( José de |Alencar)
(J. Simões Lopes Neto)
32. ( ) “Avista-se o grito das araras.” (Guimarães
21. ( ) “Um mundo de vapores no ar flutua.” Rosa)
(Raimundo Correa) 33. ( ) “Da noite a tarde ea taciturna trova
22. ( ) “Tende piedade de mulher no instante do Soluça...”
parto.
34. ( ) “O Forte ergue seus braços para o céu de
Onde ela é como a água explodindo em convulsão estrelas e de paz.” ( Adonias Filho)
Onde ela é como a terra vomitando cólera 35. ( ) “Lá fora a noite é um pulmão ofegante.”
(Fernando Namora)
Onde ela é como a lua parindo desilusão.”
36. ( ) “O meu abraço te informará de mim.”
(Vinícius de Morais)
(Alcântara Machado)

076
Português

37. ( ) “Iam-se as sombras lentas desfazendo (Olavo Bilac)


Sobre as flores da terra frio orvalho. “( Camões) 47. ( ) “Quando a indesejada das gentes chegar.”
38. ( ) “Não há criação nem morte perante a poesia (Manuel Bandeira)
Diante dela, a vida é um sol estático 48. ( ) “Voando e não remando, lhe fugiram. “
Não aquece, nem ilumina” (Camões)
(Carlos Drummond de Andrade.) 49. ( ) “O dinheiro é uma força tremenda, onipo-
tente, assombrosa.” ( Olavo Bilac)
39. ( ) “Um olhar dessa pálpebra sombra.”
50. ( ) “Moça linda, bem tratada, três séculos de
(Álvares de Azevedo) família, burra como uma porta: um amor.” (Mário
40. ( ) “O arco-íris saltou como serpente multico- de Andrade)
lor nessa piscina de desenhos delicados. “ (Cecília
Meireles)
Identifique nos textos abaixo os tipos de recursos
expressivos que ocorrem.
51. “Olha a bolha d’água
Nos exercícios de números 41 a 50, faça a associa- no galho
ção de acordo com o seguinte código:
Olha o orvalho!” (Cecília Meireles)
R.
a) ironia d) paradoxo
52. “Bomba atômica que aterra!
b)eufemismo e) hipérbole
Pomba atônita da paz!
c) antítese f) gradação
Pomba tonta, bomba atômica.” (Vinícius de
Morais)
41. ( ) “Na chuva de cores R.
Da tarde que explode 53. “Belo belo belo.
A lagoa brilha (Carlos Drummond de Andrade) Tenho tudo quanto quero.” (Manuel Bandeira)
R.
42. ( ) “Nasce o sol, e não dura mais que um dia. 54. “Não quero amar,
Depois de luz, se segue a noite escura, Não quero ser amado,
Em tristes sombras morre a formosura Não quero combater
Em contínuas tristezas, a alegria.” Não quero ser soldado.”(Manuel Bandeira)
(Gregório de Matos) R.
43. ( ) “Se eu pudesse contar as lágrimas que cho- 55. “Lá vem o vaqueiro, pelos atalhos,
rei na
tangendo as reses para os currais...
véspera e na manhã, somaria mais que todas as ver-
tidas desde Adão e Eva. “(Machado de Assis) Blém... Blém... blém... cantam os chocalhos
44. ( ) “Todo sorriso é feito de mil prantos, dos tristes bodes patriarcais.” (Ascenso Ferrei-
ra).
toda vida se tece de mil mortes.”( Carlos de Laet)
R.
45. ( ) “Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.”
56. “dúvida sombra
(Monteiro Lobato)
Sem dúvida na sombra
46. ( ) “Residem juntamente no teu peito
Na dúvida, sem sombra.” (Haroldo de Campos)
Um demônio que ruge e um deus que chora.”

077
Português

R. 61. ( ) “Diamante. Vidraça


57. “E fria, fluente, frouxa claridade arisca, áspera asa risca
Flutua como as brumas de um letargo....“ (Cruz o ar. E brilha. E passa.” (Guilherme de Almeida)
e Souza)
62. ( ) “É pleno dia. O ar cheira a passarinho,
R.
O lábio se dissolve em açúcares breves.
58. “A onda anda
O zumbido da mosca embalança de sede.
aonde anda
.... Assurbanipa!....”(Mário de Andrade)
a onda?
63. ( ) “Do amor morto motor da saudade
a onde ainda
(...)
ainda onda
Divindade do duro totem futuro total” (Caetano
ainda onda Veloso)
aonde?
aonde?
a onda a onda.” (Manuel Bandeira) Nomeie as figuras encontradas nos exercícios abai-
xo:
R.
64. ( ) “Adeus: vamos para a frente,
recuando de olhos acesos.” (Drummond)
Estabeleça a correlação:
R.
a) assonância
65. “Plantava tudo que era verdura, que ficavam
b) paronomásia velhas no chão. “(José Lins do Rego)
c) onomatopéia R.
d) aliteração 66 “A igreja era grande e pobre. Os altares, humil-
des.” (Carlos Drummond de Andrade)
59. ( ) “Se você gritasse R.
Se você gemesse, 67. “Algumas janelas, aqui e ali, continuam acesas,
esquecidas da noite que se foi.”( Fernando Sabino)
se você tocasse
R.
a valsa vienense,
68. “- Ninguém não vê nem um pé de cana.” (J. Lins
se você dormisse do Rego)
se você cansasse R.
se você morresse 69. “E o olhar estaria ansioso esperando
Mas você não morre, e a cabeça ao saber da mágoa balançando
você é duro, José!” (Drummond) e o coração fugindo e o coração voltando
60. ( ) Rua e os minutos passando e os minutos passando...”
torta, (Vinícius de Morais)
Lua R.
morta. 70. “E os sessenta milhões de brasileiros falamos e
escrevemos de inúmeras maneiras a língua que nos
Tua
deu Portugal.”
porta.” (Cassiano Ricardo)
(Raquel de Queirós)

078
Português

R. c) onomatopéia e aliteração
71. “Guardei na memória pedaços de conversas.” d) onomatopéia e metáfora
(Graciliano Ramos) e) prosopopéia e comparação
R,.
72. “Essas que ao vento vêm Relacione as figuras de palavras:
Belas chuvas de junho!” (Joaquim Cardoso) a) sinestesia d) metonímia
R. b) catacrese e) sinédoque
73. “Foi por ti que num sonho de ventura c) metáfora f) comparação
a flor da mocidade consumi.” (Álvares de Azevedo)
R. 77. ( ) “Deixe em paz meu coração
. Que ele é um pote até aqui de mágoa.”(Chico Buar-
que)
Identificar nos textos abaixo as figuras presentes nas
frases: 78. ( ) “... como um lustro de seda dentro de um
confuso montão de trapos de chita.” (Raquel de
74. ( ) “A casa tem muitas gavetas Queirós)
e papéis, escadas compridas. 79. ( ) “Por uma única janela envidraçada, entra-
Quem sabe a malícia das coisas vam claridades cinzentas e surdas, sem sombras.”
(Clarice Lispector)
quando a matéria se aborrece?” (Drummond)
80. ( ) Folheada, a folha de um livro retoma....”
a) antítese b) assíndeto c) prosopopéia d) cata-
crese (João Cabral de Melo Neto)
e) comparação. 81. ( ) “Navegam fome e cansaço nas profundezas
do rio.” (Mauro Mota).
75. ( ) “Senhora, partem tão tristes
82. ( ) “A cidadezinha está calada, entrevada.”
meus olhos por vós, meu bem, (Carlos Drummond de Andrade)
que nunca tão tristes vistes
outros nenhum por ninguém.” (Camões) Relacione as figuras de construção:
a) metáfora e sinestesia
b) silepse e catacrese a) silepse de gênero f) anáfora
c) catacrese e comparação b) elipse g) pleonasmo
d) anáfora e hipérbole c) zeugma h) hipérbato
e) hipérbato e sinédoque d) assíndeto i) anacoluto
76. ( ) “O préstito passando e) polissíndeto j) silepse de número
Bando de clarins em cavalos fogosos l) silepse de pessoa
Utiaritis aritis assoprando cometas sagradas
Fanfarras fanfarrans 83. ( ) “Política, Samuel não discutia.” (Carlos
Drummond de Andrade)
fenferrens
84. ( ) “Eu, parece-me que sim; pelo menos nada
finfirrins
conheço, que se lhe aparente.” (Mário de Sá Carnei-
forrobodó de cuia.” (Mário de Andrade) ro)
a) aliteração e metáfora 85. ( ) “Vossa Senhoria pode ficar descansado;
não digo nada; cá estou para outras.”( Machado de
b) comparação e silepse

079
Português

Assis) 98. ( ) “Colombo, fecha a porte dos teus mares.”


(Castro Alves)
86. ( ) “Os outros reparos, aceitei-os todos.”
99. ( ) “Tendes a volúpia suprema da vaidade, qu é
(Mário de Andrade) a vaidade da modéstia.” (Machado de Assis)
87. ( ) “Entramos os cinco, em fila, na sacristia 100. ( ) “Gente que nasceu, amou, sofreu aqui.”
escura.” (Fernan-do Brandt)
(Carlos Drummond de Andrade) 101. ( ) “E pela paz derradeira que enfim vai nos
88. ( ) “Ama, e treme, e delira, e voa, e foge e redi-mir. Deus lhe pague.” (Chico Buarque)
engana.”
(Alberto de Oliveira) Relacione as figuras de som:
89. ( ) “- E o povo de Marvalha? perguntava ele a) aliteração
aos canoeiros.
b) assonância
- Estão em São Miguel.” (José Lins do Rego)
c) kparonomásia
90. ( ) “Tenho certeza que fala de amor.”(Otto
Lara Resende). d) onomatopéia
91. ( ) “noite sem lua, concha sem pérola”( Gui-
marães Rosa).
102. ( ) “Leis perfeitos seus peitos direitos
92. ( ) “Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo dige-
re.”( Vieira) me olham assim

93. ( ) “Não nos movemos, as mãos é que se es- fino menino me inclino
tenderam pouco a pouco, todas quatro,pegando-se, pro lado do sim
apertando-se, fundindo-se.” (Machado de Assis)
rapte-me adapte-me capte-me coração.”
(Caetano Veloso)
Relacione as figuras de pensamento:
a) antítese
103.( ) “Plunct, plact, zum, você não vai a lugar
b) paradoxo ne-nhum.” (Raul Seixas)
c) ironia 104, ( ) “Toda gente homenageia Januária na
d) eufemismo janela.”

e) hipérbole (Chico Buarque)

f) gradação 105. ( ) “Há um pinheiro estático e extático.” (Ru-


bem Braga)
g) prosopopéia ou personificação
apóstrofe
Gabarito
1. j
94. ( )“Parece que toda cidade precisava ter um 2. g
louco na rua para chamar o povo à razão.” (José J 3. a
Veiga) 4. c
5. e
95. ( )“E me beija com alma e fundo/ até minh’al- 6. f
ma se sentir beijada...” (Chico Buarque) 7. h
96. ( ) “Holanda defenderá a verdade de vossos 8. g
sacra-mentos. Holanda edificará templos, Holanda 9. j
levantará altares...” (Vieira) 10. i
11. d
97. ( )“As florestas ergueram os braços peludos.” 12. d
(Raul Bopp) 13. e

080
Português

14. a 72. hipérbato


15. i 73. anástrofe
16. c 74. c
17. b 75. e
18. c 76. c
19. b 77. c
20. I 78. f
21. m 79. a
22. l 80. b
23. f 81. d
24. j 82. e
25. e 83. i
26. f 84. i
27. g 85. a
28. d 86. i/g
29. j 87. l
30. f 88. e
31. c 89. j
32. g 90. b
33. i/c 91. b
34. c 92. f
35. a 93. d
36. e 94. a
37. f 95. e
38. a 96. c
 39. f 97. g
40. b 98. h
41. e 99. b
42. c 100. f
43. e 101. d
44. e/c 102. b/c
45. f 103. d
46. c 104. a
47. b 105. c
48. e
49. f Assunto: Pontuação
50. a
51. assonância, aliteração, paronomásia 1) Analise o fragmento extraído de um conto ma-
52. paronomássia, assonância chadiano,  intitulado – “Um apólogo”, pontuando-o
53. assonância, paronomásia de acordo com as regras preestabelecidas:
54. anáfora, assonância
55. onomatopéia, antítese Era uma vez uma agulha que disse a um novelo de
56. aliteração, assonância linha
57. aliteração Por que está você com esse ar toda cheia de si toda
58. aliteração, assonância, paronomásia, onomato- enrolada para fingir que vale alguma cousa neste
péia mundo
59. anáfora
60. a/b
61. a/d 2) De acordo com o enunciado linguístico pre-
62. a/d sente em um anúncio publicitário, responda ao que
63. b/d se pede:
64. paradoxo
65. silepse de número Só uma coisa
66. zeugma Pode convencer você a trocar seu Guia Brasil:
67. sinédoque O guia Brasil 2003 
68. pleonasmo, catacrese Atribua seus conhecimentos ao emprego do sinal
69. metonímia, polissíndeto de pontuação em evidência justificando o uso do
70. silepse de pessoa mesmo.
71. metáfora
3) (Fund. Carlos Chagas) Os períodos abaixo apre-

081
Português

sentam diferenças de pontuação.    Assinale a letra e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.


correspondente ao período de pontuação correta:
a) Hoje, eu daria o mesmo conselho, menos doutrina 7) Assinale o exemplo em que há emprego incor-
e, mais análise.  reto da vírgula:
b) Hoje eu daria o mesmo conselho: menos doutrina
e mais análise. a) como está chovendo, transferi o passeio;
c) Hoje, eu, daria o mesmo conselho, menos doutri- b) não sabia, por que todos lhe viravam o
na e mais análise. rosto;
d) Hoje eu daria o mesmo conselho menos doutrina c) ele, caso queira, poderá vir hoje;
e mais análise. d) não sabia, porque não estudou;
e) Hoje eu, daria o mesmo conselho: menos doutri- e) o livro, comprei-o por conselho do profes-
na, e, mais análise. sor.
8) Assinale o trecho sem erro de pontuação:

4) Atente-se para o enunciado abaixo, atribuindo- a) vimos pela presente solicitar de V.Sas., que
-lhe a devida pontuação: nos informe a situação econômica da firma em
questão;
Charles Darwin coletou muitos fósseis na b) cientificamo-lo de que na marcha do proces-
viagem naquela época os fósseis eram conside- so de restituição de suas contribuições, verifi-
rados restos preservados de animais e vegetais cou-se a ausência da declaração de beneficiá-
há muito extintos a opinião aceita era que esses rios;
fósseis se formavam após uma grande catás- c) o Instituto de Previdência do Estado, vem
trofe como o dilúvio que exterminava muitos solicitar de V.Sa. o preenchimento da declara-
seres vivos ção;
 (PARKER, Steve. Darwin e a evolução. São d) encaminhamos a V.Sa., para o devido preen-
Paulo: Scipione, 2002.p.11. Caminhos da chimento, o formulário em anexo;
Ciência) e) estamos remetendo em anexo, o formulário.
5)  Assinale a opção em que a supressão das vír- 9) Assinale as frases em que as vírgulas estão
gulas alteraria o sentido do anunciado: incorretas:
a) os países menos desenvolvidos vêm buscan- a) ora ríamos, ora chorávamos;
do, ultimamente, soluções para seus problemas b) amigos sinceros, já não os tinha;
no acervo cultural dos mais avançados; c) a parede da casa era, branquinha branqui-
b) alguns pesquisadores, que se encontram nha;
comprometidos com as culturas dos países d) Paulo, diga-me o que sabe a respeito do
avançados, acabam se tornando menos criati- caso;
vos; e) João, o advogado, comprou, ontem, uma
c) torna-se, portanto, imperativa uma revisão casa.
modelo presente do processo de desenvolvi-
mento tecnológico; 10)  Observe:
d) a atividade científica, nos países desenvolvi- 1) depois de muito pedir ( ) obteve o que dese-
dos, é tão natural quanto qualquer outra ativi- java;
dade econômica; 2) se fosse em outras circunstâncias ( ) teria
e) por duas razões diferentes podem surgir, dado tudo certo;
da interação de uma comunidade com outra, 3) exigiam-me o que eu nunca tivera ( ) uma
mecanismos de dependência. boa educação;
4) fez primeiramente seus deveres ( ) depois
6) Assinale a opção em que está corretamente foi brincar;
indicada a ordem dos sinais de pontuação que
devem preencher as lacunas da frase abaixo: Assinale a alternativa que preencha mais ade-
“Quando se trata de trabalho científico ___ quadamente os parênteses:
duas coisas devem ser consideradas ____ uma
é a contribuição teórica que o trabalho oferece a) (;) (,) (:) (;);
___ a outra é o valor prático que possa ter. b) (,) (;) (:) (;); 
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula c) (,) (,) (:) (;);
b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; d) (?) (,) (,) (:);
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; e) (,) (;) (.) (;).
d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;

082
Português

11) Assinale o item em que as vírgulas estão em- portos .... para uma outra população de traba-
pregadas corretamente: lhadores ..... os imigrantes. 

I - Foi ao fundo da farmácia, abriu um vidro, a) O - ponto e vírgula - vírgula - vírgula    
fez um pequeno embrulho e entregou ao ho- b) O - O - dois pontos - vírgula
mem.
II - A sua fisionomia estava serena, o seu as- c) vírgula, vírgula - O - dois pontos          
pecto tranqüilo.
d) vírgula - ponto e vírgula - O - dois pontos
III - E o farmacêutico, sentindo-se aliviado do
seu gesto, sentira-se feliz diante de suas lem- e) vírgula - dois pontos - vírgula – vírgula
branças.
IV - Quando, vi que não servia, dei às formi- 15) (BB) “Os textos são bons e entre outras coisas
gas, e nenhuma morreu. demonstram que há criatividade”. Cabem no
a) I - IV; máximo: 
b) II - III; a) 3 vírgulas         
c) II - IV;
d) I - II; b) 4 vírgulas         
e) I - III. c) 2 vírgulas
12) .A frase: “O assunto desta reunião - voltou a d) 1 vírgula
afirmar o presidente - é sigiloso”.
Qual das alternativas apresenta as possibilida- e) 5 vírgulas
des corretas dentre as numeradas de I a V? 16) (CESGRANRIO) Assinale o texto de pontua-
I - O assunto desta reunião (voltou a afirmar o ção correta: 
presidente ...) é sigiloso.
II - O assunto desta reunião (voltou a afirmar o a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa
presidente) é sigiloso. de uma comadre, minha avó.
III - O assunto desta reunião, voltou a afirmar o
b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emen-
presidente, é sigiloso.
dar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões.
V - O assunto desta reunião voltou a afirmar o
presidente: é sigiloso. c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é
a) I, II, III, V; que se riam deles os outros, sem que este riso
b) II, V; (*retificada) os impeça de conservar as suas roupas e o seu
c) I, III, V; (Nula) calçado.
d) I, IV, V;
e) II, IV, V d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me
impeliam muito dócil muito leve, como os pe-
13) (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro de daços da carta de ABC, triturados soltos no ar.
pontuação:  e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só
a) Sem reforma, social, as desigualdades entre as mais tarde notei, que me achava lá, numa sala
cidades brasileiras, crescerão sempre... pequena. 

b) No Brasil, a diferença social é motivo de cons- 17) (TTN) Das redações abaixo, assinale a
tante preocupação. que não está pontuada corretamente: 

c) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o
teste no IBGE. resultado do concurso.

d) Tenho esperanças, pois a situação econômica b) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o


não demora a mudar. resultado do concurso.

e) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as pro- c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o
vidências serão tomadas.  resultado do concurso.

14) (IBGE) Assinale a seqüência correta dos sinais d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado


de pontuação que devem ser usados nas la- do concurso, em fila.
cunas da frase abaixo. Não cabendo qualquer e) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o
sinal, O indicará essa inexistência: Aos poucos resultado do concurso. 
.... a necessidade de mão-de-obra foi aumen-
tando .... tornando-se necessária a abertura dos 18 (SANTA CASA) Os períodos abaixo apresen-

083
Português

tam diferenças de pontuação. Assinale a letra sobre o referido fato. A ocorrência da vírgula
que corresponde ao período de pontuação refere-se ao vocativo, uma vez que esse sempre
correta:  aparece precedido daquela.
a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio. 6) Letra “C”
b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio.
c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio. 7) Letra “d”
d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio.
e) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio.  8) Letra “d”
19)  (FMU) Em “A menina, conforme as ordens
recebidas, estudou”:  9) Letra “C”
a) há erro na colocação das vírgulas 10) Letra “C”
b) a primeira vírgula deve ser omitida
c) a segunda vírgula deve ser omitida 11) Letra “e”
d) a forma de colocação das vírgulas está correta
e) n.d.a  12) Letra “b”
20)  (CARLOS CHAGAS-BA) Assinale o período
de pontuação correta:  13) Letra “A”

a) As folhas amarelecidas durante o outono, estão 14) Letra “C”


caídas ao pé, da árvore.
15) Letra “e”
b) As folhas amarelecidas durante o outono estão
caídas ao pé da árvore. 16) Letra ”c”
c) As folhas, amarelecidas durante o outono estão 17) Letra “e”
caídas, ao pé da árvore. 18) Letra “e”
19) Letra “d”
d) As folhas amarelecidas durante, o outono estão
20) Letra “c”
caídas, ao pé da árvore.
e) As folhas, amarelecidas durante, o outono, estão
caídas ao pé da árvore.

Gabarito:

1) Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo


de linha:
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si,
toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa
neste mundo?
2) A expressão “O guia Brasil 2003” retoma à afir-
mação feita anteriormente. Desta forma, faz-se
necessário  o emprego dos dois pontos, por
tratar-se de um aposto.
3) B
4) Charles Darwin coletou muitos fósseis na via-
gem, naquela época os fósseis eram considera-
dos restos preservados de animais e vegetais, há
muito extintos. A opinião aceita era que esses
fósseis se formavam após uma grande catástrofe,
como o dilúvio que exterminava muitos seres
vivos
5) Na primeira oração há uma afirmação sobre o
desejo do eleitor em querer justificar seu voto.
Já a segunda evoca uma diferença de sentido,
pois o emissor se dirige ao eleitor, indagando-o

084
MATEMÁTICA
Matemática
Toda função polinomial de expoente igual a 1
  
A função afim, definida pela formação f(x) = ax + b ou y = ax + b, é classificada como função de primeiro
grau, sendo os coeficientes a e b números reais e diferentes de zero. Como o grau de uma função é decidido
pela maior potência da variável independente (x), no caso da função afim o expoente também é igual a 1
(x¹). 

Nesse tipo de função polinomial de primeiro grau o valor de “a” é chamado de taxa de variação ou coefi-
ciente angular, e o “b” de valor inicial ou coeficiente linear.
 
F(x) = 2x + 7 (a = 2 e b = 7); y = - 4x (a = - 4 e b = 0) e f(x) = 1/5x + 1/8 (a = 1/5 e b = 1/8) são exemplos de
função afim.

Gráfico da Função Afim

O gráfico da função afim é representado por uma reta. O valor da taxa de variação da função que determina
se a ela é do tipo crescente ou decrescente.
  
• Caso a seja maior que zero, a função é crescente;
• Caso a seja menor que zero, a função é decrescente; 
• Se a função for crescente, o ângulo entre a reta e o eixo x será agudo (menor que 90°);
• Se a função for decrescente, o ângulo entre a reta e o eixo x será obtuso (maior que 90°). 

A função 2x – 1, por exemplo, é crescente, pois o valor de a = 2 (maior que zero). Já - x + 4 é vista como
decrescente porque o valor de a = - 1 (menor que zero). Observe nos gráficos abaixo:

Gráfico da função crescente.

086
Matemática

Gráfico da função decrescente.


 
É necessário determinar dois pontos para traçar a reta do gráfico: pela raiz da função e substituição do x pelo
valor de zero (y = b):
f(x) = ax + b
f(x) = a . 0 + b
y=b

Raiz

A raiz de uma função afim é o ponto que corta o eixo x (abscissa), isto é, no período em que y = 0. Com isso,
basta substituir o valor de y por 0 que a raiz será definida.

f(x) = ax + b
0 = ax + b
ax = -b
x = -b/a

As funções de primeiro grau possuem somente uma raiz e, como já sabemos, duas coordenadas (b, -b/a).

Coeficientes da Função Afim

Em f(x)= ax +b, o valor de a é identificado como taxa de variação (crescimento) ou de coeficiente angular
porque aponta o quanto a função pode crescer e a inclinação da reta em relação ao eixo da abscissa (x) no
plano cartesiano.
  
Já o termo b, que é constante, é identificado como coeficiente linear da função porque define o ponto onde a
reta corta o eixo y do gráfico quando x = 0. Em f(x) = 3x + 10 a função irá cortar o eixo das ordenadas (y) no
ponto (0,10), pois f(0) = 3.0+10 = 10.

087
Matemática

Categorias da Função Afim

Existem três classificações da função afim: linear, identidade e constante. Entenda as características de cada
uma delas.
  
Constante

Uma função afim é considerada como constante se f(x) = b, isto é, quando o coeficiente angular é igual a
zero. Nessa categoria o gráfico apresentará uma reta paralela ao eixo da abscissa (x), cortando o y no ponto
b.
  
Dado f(x) = 2x + 3, o gráfico será interceptado no eixo 3, pois:

f(x) = 2.0+3
f(x) = 3

Exemplo de gráfico constante.

Identidade

Uma função afim se enquadra como identidade se f(x) = x, ou seja, quando o coeficiente angular é igual a 1
e o coeficiente linear igual a zero (a = 1; b = 0). Nessas situações a reta passará pela origem (0,0).
  
A semirreta que separa o ângulo em dois de mesmo tamanho é chamada de bissetriz. Ela também é identifi-
cada como reta dos quadrantes ímpares (1° e 3°).

088
Matemática

Exemplo de gráfico identidade.

Linear

Uma função afim é considerada como linear se f(x) = ax, sendo o coeficiente angular diferente de zero e o
coeficiente linear igual a zero (b = 0). Nesses casos a reta passará pela origem (0,0).
  
As funções f(x) = 2x; f(x) = - 6x ou f(x) = 1/3 são lineares. No gráfico abaixo temos a representação do pri-
meiro exemplo:

089
Matemática
Função com polinômio de segundo grau

A função quadrática, também chamada de função do segundo grau, é expressa como f(x) = ax² + bx + c ou
y = ax² + bx + c, sendo que os coeficientes “a, b e c” números reais e “a” diferente de 0 (zero).

De modo geral, as funções possuem dois elementos básicos: 1) domínio, que corresponde ao conjunto dos
valores possíveis das abscissas (x) e 2) imagem, que é o conjunto de valores das ordenas (y), estabelecida
pela aplicação de f(x). 

Já o grau da função é determinado de acordo com o maior expoente da variável x. No caso da função qua-
drática, dois é o mais expoente de x. Mas atenção! Se em uma função não houver nenhum expoente na variá-
vel x significa que ela é do primeiro grau.

• Função afim ou função primeiro grau: expressa como f(x) = ax + b. Exemplo: f(x) = axé + 1;
• Função quadrática ou função de segundo grau: expressa como f(x) = ax² + bx+ c. Exemplo: f(x)= 2x² –
2x;
• Função cúbica ou função de terceiro grau: expressa como f(x) = ax³ + bx² + cx + d. Exemplo: f(x) = 4x³ +
x² + 2x + 4;

Observe abaixo outros exemplos de funções quadráticas:

y = x² - 4x + 3, onde a = 1, b = -4 e c = 3
y = - x² + 2x + 4, onde a = - 1, b = 2 e c = 4 
y = 3x² - 4x, onde a = 3, b = -4 e c = 0

Função quadrática completa e incompleta

Você percebeu que no exemplo y = 3x² – 4x, o coeficiente c é igual a zero? Isso indica que esta é uma função
incompleta, o mesmo vale quando o coeficiente b é igual a zero. Confira outros exemplos:

f(x) = 2x² + 5, onde a = 2, b = 0 e c = 5


f(x) = 3x² , onde a = 3, b = 0 e c = 0

Existe também a função completa, a qual todos os coeficientes (a, b e c) são diferentes de zero. Confira alguns
exemplos

f(x) = 5x² + 2y+ 1, onde a = 5, b = 2 e c = 1


f(x) = x² + 4y+ 11, onde a = 1, b = 4 e c = 11

Gráfico da função quadrática


O gráfico da função quadrática é uma parábola, cuja concavidade é determinada de acordo com o valor de
a. Se a > 0, a concavidade da parábola estará voltada para cima e se a < 0, a concavidade da parábola estará
voltada para baixo.

090
Matemática

a > 0 e a < 0. (Foto: Wikipédia)

Raízes e vértice

Dois conceitos estão relacionados à concavidade da parábola: as raízes (pontos onde o gráfico intercepta o
eixo x) e o vértice (ponto de máximo ou mínimo a função). As raízes podem ser calculadas pela fórmula de
Bháskara ou outros métodos. Lembrando que, as funções quadráticas possuem apenas duas raízes. 

Em relação ao vértice, na função de primeiro grau é possível traçar o gráfico a partir de dois pontos. Con-
tudo, isso não acontece na função de segundo grau, pois é necessário conhecer mais que dois pontos. 

A partir do valor do  = b² - 4ac, sabemos que:

• Se  > 0, a função possui duas raízes reais distintas e a parábola intercepta o eixo x em dois pontos dife-
rentes;
• Se  = 0, a função possui duas raízes reais iguais e a parábola é tangente ao eixo x;
• Se  < 0, a função não possui raízes reais e a parábola não intercepta o eixo x;

Exemplo 

Dada a função 4x² – 4x – 24 = 0, vamos resolvê-la seguindo algumas etapas:

O primeiro passo é escrever o valor dos coeficientes, sabemos que a = 4, b = – 4 e c = - 24.

O segundo passo consiste em o calcular o valor da discriminante delta, logo:

091
Matemática

Cálculo delta. 

O terceiro é substituir os valores da discriminante e nos coeficientes na fórmula de Bháskara. Vale ressalta
que, a presença do sinal +/- indica que o raiz de delta tem um valor positivo e outro negativo. Assim temos:

FUNÇÃO EXPONENCIAL

Chamamos de funções exponenciais aquelas nas quais temos a variável aparecendo em expoente.
Dado um número real a (a > 0 e a 1) denomina-se função exponencial de base a, toda função f:IR IR+ de-
finida por f(x) = ax. O domínio dessa função é o conjunto IR (reais) e o contradomínio é IR+ (reais positivos,
maiores que zero).

Exemplos: a) f(x) = 4x b) y =

092
Matemática
Gráfico da função exponencial

O gráfico da função exponencial é uma curva, na qual devemos considerar dois casos:

função crescente função descrescente

Função Logarítmica

Toda função definida pela lei de formação f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0 é denominada função logarítmica
de base a. Nesse tipo de função o domínio é representado pelo conjunto dos números reais maiores que zero
e o contradomínio, o conjunto dos reais.

Exemplos de funções logarítmicas:

f(x) = log2x
f(x) = log3x
f(x) = log1/2x
f(x) = log10x

Gráfico de uma função logarítmica

Para a construção do gráfico da função logarítmica devemos estar atentos a duas situações:

?a>1

?0<a<1

Para a > 1, temos o gráfico da seguinte forma:


Função crescente

Para 0 < a < 1, temos o gráfico da seguinte forma:

093
Matemática
Função decrescente

Análise Combinatória

Podemos determinar a análise combinatória como sendo um conjunto de possibilidade constituído


por elementos finitos, a mesma baseia-se em critérios que possibilitam a contagem .Realizamos o seu estudo
na lógica matemática, analisando possibilidades e combinações.

Fatorial

O fatorial de um número qualquer, e representado pelo produto:


n! = n . (n - 1) . (n - 2) . (n - 3) . ... . 1

Permutação

Na permutação os elementos que compõem o agrupamento mudam de ordem, ou seja, de posição. Determi-
namos a quantidade possível de permutação dos elementos de um conjunto, com a seguinte expressão:
Pn = n!
Pn = n . (n-1) . (n-2) . (n-3).....1

Permutação com repetição

Nessa permutação alguns elementos que compõem o evento experimental são repetidos, quando isso ocorrer
devemos aplicar a seguinte fórmula:

Pn(n1,n2,n3…nk) =
• Pn(n1,n2,n3…nk) = permutação com repetição
• n! = total de elemetos do evento
• n1!n2!n3!…nk! = Elementos repetidos do evento

Arranjo
No arranjo simples a localização de cada elemento do conjunto forma diferentes agrupamentos, devemos
levar em consideração, a ordem de posição do elemento e sua natureza, além disso, devemos saber que ao
mudar os elementos de posição isso causa diferenciação entre os agrupamentos.
Para saber a quantidade de arranjos possíveis em p agrupamento com n elementos, devemos utilizar a fór-
mula a seguir:

094
Matemática

An,p=n!/(n−p)!
• A = Arranjo
• n = elementos
• p = Agrupamentos

Combinação simples
Na combinação simples, em um agrupamento mudamos somente a ordem dos elementos distintos. Para que
isso seja feito podemos recorrer à utilização da fórmula:
Cn,p = n! / {p!⋅(n−p)!}
• C = Combinação
• n = Elementos.
• p = Agrupamento
• Progressão Aritmética
Progressão Geométrica
• Termo Geral:
• Termo Geral:

an = a1 + (n − 1). r

ou ainda:
an = a1 .q n −1 ou ainda: an = ak .q n−k
a n = ak + (n − k ). r
• Soma Finita dos Termos:
Soma dos Termos:

a .q − a1 a1 .( q n − 1)
(a1 + an ). n Sn = n ou ainda: Sn =
Sn = q −1 q −1
2 Soma Infinita: Produto dos Termos:

a1
S∞ = Pn = ± (a1 .an ) n
1− q

Razões trigonométricas
Catetos e Hipotenusa
   Em um triângulo chamamos o lado oposto ao ângulo reto de hipotenusa e os lados adjacentes de catetos.
   Observe a figura:

Hipotenusa:    
Catetos:           e 

 Seno, Cosseno e Tangente

095
Matemática
   Considere um triângulo retângulo BAC:

Hipotenusa:     , ( ) = a.
Catetos:          , ( ) = b.
                        , ( ) = c.
Ângulos:          ,    e   .

   Tomando por base os elementos desse triângulo, podemos definir as seguintes razões trigonométricas:
• Seno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da
hipotenusa.

    Assim:

• Cosseno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto adjacente a esse ângulo e a medida
da hipotenusa.

   Assim:

Tangente
• Tangente de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adja-
cente a esse ângulo.

096
Matemática

   
Assim:

Ângulos Notáveis
x sen x cos x tg x

30º

45º

60º

GEOMETRIA PLANA, ESPACIAL e ANALÍTICA 

097
Matemática

 
 
ESTUDO De Ponto e RETA 
 
Distância entre dois Pontos 
 

 
 
Coeficiente Angular da Reta 

098
Matemática
 

 
 
Equação Geral da reta. 
 

 
 
Equação Segmentária da Reta 
 

 
 
Equação reduzida da reta 
 

 
 
Distância de um ponto a uma reta 
 

 
 
Retas paralelas 
 
Perpendicularidade de duas retas 

 
 
Área de uma região triangular 

em que 
 

099
Matemática
 

100
Matemática

Função do 1º Grau João observou que, para certo deslocamento que totalizava
quilômetros, era indiferente optar pelo plano ou pelo plano
1. (Espm 2017) O gráfico abaixo mostra a variação da tem­ pois o valor final a ser pago seria o mesmo.
peratura no interior de uma câmara frigo­rífica desde o instante
em que foi ligada. Considere que essa variação seja linear nas É correto afirmar que é um número racional entre
primeiras horas.
a) e b) e c) e d) e

5. (Fmp 2017) Considere as seguintes cinco retas do plano car-


tesiano, definidas pelas equações:

O tempo necessário para que a temperatura atinja é de:


a) b) c) d) e)

2. (Ufpr 2017) O gráfico abaixo representa o consumo de ba-


teria de um celular entre as e as de um determinado
dia. Apenas uma das retas definidas acima NÃO é gráfico de uma
função polinomial de grau Essa reta é a

a) b) c) d) e)

6. (G1 - ifsul 2017) Numa serigrafia, o preço de cada camise-


ta relaciona-se com a quantidade de camisetas encomendadas,
através da fórmula Se foram encomendadas
camisetas, qual é o custo de cada camiseta?
Supondo que o consumo manteve o mesmo padrão até a bateria
se esgotar, a que horas o nível da bateria atingiu a) b) c) d)
a) b) c) d) e)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
3. (G1 - ifsul 2017) Uma função do 1º grau possui o Leia as instruções a seguir para responder à(s) questão(ões).
gráfico abaixo.
- Blocos de instruções são representados por letras. Nem todos
serão executados, pois dependem do que acontece durante a
execução dos blocos anteriores.
- Nos blocos de instruções, cada linha representa uma instrução.
A sequência de execução das instruções é uma após a outra, de
cima para baixo, como se faz na leitura de um texto.
- Variável é um espaço reservado para armazenar um dado. é
uma variável. é outra variável, assim como e
- O símbolo representa um comando de atribuição. No co-
mando de atribuição, a variável à esquerda da seta receberá o
A lei da função é valor resultante da operação à direita da seta.
a) b)
c) d) 7. (G1 - cp2 2017) Considere o primeiro bloco de instrução,
em que o valor inicial é igual a 9.

valor inicial
Se for um número divisível por execute o bloco
4. (Cpcar) 2017) João, ao perceber que seu carro apresentara Senão, execute bloco
um defeito, optou por alugar um veículo para cumprir seus com-
promissos de trabalho. A locadora, então, lhe apresentou duas
propostas:
Se for um número primo, execute o bloco
- plano no qual é cobrado um valor fixo de e mais
por quilômetro rodado. Senão,
- plano no qual é cobrado um valor fixo de mais
por quilômetro rodado.

101
Matemática

Se execute o bloco
Senão, execute o bloco

Se execute o bloco

Um comerciante que pretende comprar unidades desse


produto para revender pagará, nessa compra, o valor total de:
Se faça
a) b) c)
Senão,
d) e)
O valor que aparecerá na variável do bloco será
a) b) c) d) 11. (Eear 2016) Na função e
Sabendo que e os valores de e são,
8. Uma cisterna de foi esvaziada em um período de respectivamente
Na primeira hora foi utilizada apenas uma bomba, mas nas a) e b) e c) e d) e
duas horas seguintes, a fim de reduzir o tempo de esvaziamento,
outra bomba foi ligada junto com a primeira. O gráfico, forma- 12. (Upe-ssa 2016) Everton criou uma escala E de tempera-
do por dois segmentos de reta, mostra o volume de água presen- tura, com base na temperatura máxima e mínima de sua cidade
te na cisterna, em função do tempo. durante determinado período. A correspondência entre a escala
E e a escala Celsius (C) é a seguinte:

Em que temperatura, aproximadamente, ocorre a solidificação


da água na escala E?
a) b) c) d) e)

13. Um dos grandes desafios do Brasil é o gerenciamento dos


seus recursos naturais, sobretudo os recursos hídricos. Existe
uma demanda crescente por água e o risco de racionamento não
Qual é a vazão, em litro por hora, da bomba que foi ligada no pode ser descartado. O nível de água de um reservatório foi mo-
início da segunda hora? nitorado por um período, sendo o resultado mostrado no gráfico.
a) b) c) d) e) Suponha que essa tendência linear observada no monitoramento
9. Um reservatório é abastecido com água por uma torneira e se prolongue pelos próximos meses.
um ralo faz a drenagem da água desse reservatório. Os gráficos
representam as vazões em litro por minuto, do volume de
água que entra no reservatório pela torneira e do volume que sai
pelo ralo, em função do tempo em minuto.

Nas condições dadas, qual o tempo mínimo, após o sexto mês,


para que o reservatório atinja o nível zero de sua capacidade?
Em qual intervalo de tempo, em minuto, o reservatório tem uma a) meses e meio. b) meses e meio.
vazão constante de enchimento? c) mês e meio. d) meses. e) mês.
a) De a b) De a c) De a
d) De a e) De a 14. (Ucs 2016) O custo total em reais, de produção de
de certo produto é dado pela expressão
10. (G1 - ifsp 2016) O gráfico abaixo apresenta informações O gráfico abaixo é o da receita em reais, obtida pelo fabrican-
sobre a relação entre a quantidade comprada e o valor total te, com a venda de desse produto.
pago para um determinado produto que é comercializado
para revendedores.

102
Matemática

19. (Ifsul 2011) A equação da reta, representada no gráfico


abaixo, é:
Qual porcentagem da receita obtida com a venda de do
produto é lucro?
a) b) c) d) e)

15. (G1 - ifal 2016) Os pontos de um plano cartesiano de coor-


denadas e pertencem ao gráfico de uma função
definida por Qual o valor de
a) b) c) d) e)

a)

b)
16. (G1 - cftmg 2014) A tabela seguinte mostra o número de
ovos postos, por semana, pelas galinhas de um sítio
c)
Número de galinhas Número de ovos
Semana
(x) (y)
1ª 2 11 d)
2ª 3 18
3ª 4 25
4ª 5 32
Considerando-se esses dados, é correto afirmar que os pares
ordenados (x, y) satisfazem a relação
a) y = 4x + 3. b) y = 6x – 1. 20. A função f, definida por f(x) = -3x + m, está representada
abaixo:
c) y = 7x – 3. d) y = 5x + 7.

Então o valor de é:
17. (Pucrs 2013) A equação que representa a reta na figura
abaixo é _________.

a) -1
b) 0
c) 1
d)
a) y = x b) y = – x + 1 c) y = – x – 1
e)
d) y = x – 1 e) y = x + 1

18. (Uepb 2013) A reta de equação Gabarito Comentado:


com m constante real,
passa pelo ponto Então, seu coeficiente angular é: Resposta da questão 1:
[B]
a) b) c) d) e) Resposta da questão 2:
[B]
Resposta da questão 3:
[D]

103
Matemática
Resposta da questão 4:
[D]
Resposta da questão 5:
[D]
Resposta da questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[A]
Resposta da questão 8:
[C]
Resposta da questão 9: O gráfico que pode representar a função é
[B]
Resposta da questão 10:
[E]
Resposta da questão 11:
[C]
Resposta da questão 12:
[D]
Resposta da questão 13:
[A] a)
Resposta da questão 14:
[A]
Resposta da questão 15:
[C]
Resposta da questão 16:
[C]
Resposta da questão 17:
[E]
Resposta da questão 18:
[B]
Resposta da questão 19: b)
[B]
Resposta da questão 20:
[D]

Função do 2º Grau
1. (Ueg 2017) A temperatura, em graus Celsius, de um objeto
armazenado em um determinado local é modelada pela função

com dado em horas. c)

A temperatura máxima atingida por esse objeto nesse local de


armazenamento é de

a) b) c) d) e)

2. (pism - 2017) É correto afirmar sobre a função quadrática


que: d)

a) é decrescente para
b) A concavidade é para cima.
c) possui três zeros diferentes.
d) tem como vértice o ponto
e) O valor máximo de é
3. (ifal 2017) Em uma partida de futebol, um dos jogado-
res lança a bola e sua trajetória passa a obedecer à função
onde é a altura da bola em relação ao e)
solo medida em metros e é o intervalo de tempo, em se-
gundos, decorrido desde o instante em que o jogador chuta a
bola. Nessas condições, podemos dizer que a altura máxima 5. (Cpcar) 2017) Nos gráficos abaixo estão desenhadas uma
atingida pela bola é parábola e uma reta que representam as funções reais e de-
finidas por e respectiva-
a) b) c) d) e) mente.

4. (Ufrgs 2017) Considere a função representada no


sistema de coordenadas cartesianas abaixo.

104
Matemática

a)

b)

c)

d)
e)
Analisando cada um deles, é correto afirmar, necessariamente,
que

a) b)
c) d)
11. (Fgv 2017) Um fazendeiro dispõe de material para construir
metros de cerca em uma região retangular, com um lado ad-
6. (cftmg 2017) Sejam as funções reais jacente a um rio. Sabendo que ele não pretende colocar cerca no
e O produto das raízes da equação é lado do retângulo adjacente ao rio, a área máxima da superfície
que conseguirá cercar é:
a) b) c) d) a) b) c) d)
e)

12. (Eear 2017) Seja a função Se


é o vértice do gráfico de então é igual a

a) b) c) d)

13. (Pucrs 2017) O morro onde estão situadas as emissoras de


TV em Porto Alegre pode ser representado graficamente, com
7. (ifba 2017) Durante as competições Olímpicas, um jogador algum prejuízo, em um sistema cartesiano, através de uma fun-
de basquete lançou a bola para o alto em direção à cesta. A tra- ção polinomial de grau 2 da forma com a
jetória descrita pela bola pode ser representada por uma curva base da montanha no eixo das abscissas.
chamada parábola, que pode ser representada pela expressão:

(onde é a altura da bola e é a distância percorrida pela


bola, ambas em metros)

A partir dessas informações, encontre o valor da altura máxima


alcançada pela bola:
Para que fique mais adequada essa representação, devemos ter
a) b) c) d) e)
a) e b) e
8. (Uemg 2017) Seja um polinômio do 2º grau, satisfazen-
do as seguintes condições: c) e d) e
e) e
e são raízes de
14. (Acafe 2017) Utilizando-se exatamente metros de
arame, deseja-se cercar um terreno retangular de modo que a
parte do fundo não seja cercada, pois ele faz divisa com um rio,
O maior valor de para o qual é
e que a cerca tenha fios paralelos de arame.
Nessas condições, para cercar a maior área possível do terreno
a) b) c) d)
com o arame disponível, os valores de e (em metros), res-
pectivamente, são:
9. (Uece 2017) Se e são números reais tais que
a) e b) e
então, o menor valor que pode assumir é
c) e d) e

a) b) c) d) TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

10. (Ufrgs 2017) Dadas as funções e definidas por Utilize o fragmento de texto abaixo para responder à(s) ques-
tão(ões).
e o intervalo tal que é
O salário total de um funcionário de certa empresa é

105
Matemática
[D]
composto de duas partes, uma fixa no valor de e Resposta da questão 2:
outra que varia de acordo com a função [E]
sendo o tempo de serviço, em anos, do funcionário na em- Resposta da questão 3:
presa, com [D]
Resposta da questão 4:
[B]

15. (G1 - ifsul 2017) O salário total do funcionário que trabalha


há três anos nesta empresa é
a) b)
c) d)

16. (G1 - ifsul 2017) A função que descreve o salário total do


funcionário é
a) b)
c) d)

17. (Espm 2016) O lucro (em reais) obtido com a produção e


venda de unidades de um certo produto é dado pela função
onde é uma constante negativa.
Podemos avaliar que o maior lucro possível será obtido para
igual a:

a) b) c) d) e)
Resposta da questão 5:
18) Seja : f : °→° uma função quadrática definida por f(x) = [D]
ax² + bx + c, cujo esboço do gráfico é dado a seguir. Podemos De acordo com os gráficos, temos:
afirmar que:
A parábola tem concavidade para baixo, portanto:

A parábola intercepta o eixo no ponto portanto:

O vértice da parábola tem abscissa maior que zero, logo:

a) a < 0, b = 0 e c > 0 Multiplicando os dois membros por e sabendo que


b) a < 0, b > 0 e c > 0 temos:
c) a < 0, b < 0 e c > 0
d) a > 0, b = 0 e c > 0 A reta é crescente, portanto o valor de é positivo.
e) a < 0, b = 0 e c < 0
A reta intercepta o eixo das ordenadas no ponto logo:
19) Uma função quadrática possui a soma e o produto de suas
raízes iguais a 5 e − 3 respectivamente. A lei que melhor repre-
senta esta função é dada por: Analisando cada alternativa, temos:

a)f(x) = x² - 3x – 5 b)f(x) = x² - 5x – 3 [A] Falsa: e então,


c)f(x) = x² + 5x – 3 d)f(x) = x² + 3x - 5
e)f(x) = x² + 5x + 3 [B] Falsa: e então,
20) Sabe-se que -1 e 5 são raízes de uma função quadrática. Se
o ponto (-2, -7) pertence ao gráfico dessa função então o seu [C] Falsa: e então, pode ser nega-
valor máximo é: tivo.
a)-1
b)9 [D] Verdadeira: e então,
c)-7
d)9,25
e)-9
Resposta da questão 6:
[B]
Gabarito Comentado : Devemos inicialmente resolver a equação:

Resposta da questão 1:

106
Matemática
duplicou?
a) b) c)
Como e são os valores de que tornam podemos
escrever que: d) e)

portanto: 6. (Uefs 2017) Considerando-se que, sob certas condições, o


número de colônias de bactérias, horas após ser preparada
a cultura, pode ser dado pela função
ou
pode-se estimar que o tempo mínimo necessário para
esse número ultrapassar colônias é de
a) horas. b) horas. c) horas. d) horas.
Logo, o produto das raízes será dado por: e) horas.

7. (G1 - ifce 2016) Tomando como universo o conjunto dos


Resposta da questão 7:
[C] números reais, o conjunto solução da equação é
Resposta da questão 8: a) b) c)
[B]
Resposta da questão 9: d) e)
[C]
Resposta da questão 10:
[E]

A equação não possui raízes reais, logo


para todo o concluímos que a solução desta 8. (G1 - ifsul 2017) Uma aplicação bancária é representada
inequação é o conjunto dos números reais que também poderá graficamente conforme figura a seguir.
ser representado por

Resposta da questão 11:


[E]
Resposta da questão 12:
[A]
Resposta da questão 13:
[D]
Resposta da questão 14:
[D]
Resposta da questão 15: é o montante obtido através da função exponencial
[C] é o capital inicial e é o tempo da aplicação.
Resposta da questão 16: Ao final de meses o montante obtido será de
[A]
Resposta da questão 17: a) b)
[D] c) d)

Resposta da questão 18: 9. (Unicamp 2017) Considere as funções e


[A] definidas para todo número real O número de
Resposta da questão 19:
[B] soluções da equação é igual a
Resposta da questão 20: a) b) c) d)
[B]
10. (G1 - ifal 2017) Sabendo que determine o
Funções, Equações e inequações Exponenciais e Logarítmi- valor de
cas a) b) c) d) e)
4. (G1 - ifsul 2017) A equação possui como
solução 11. (Imed 2016) Em relação à função real definida por
a) e b) e c) e é correto afirmar que corresponde a:
d) e a) b) c) d) e)

5. (Ufrgs 2017) No estudo de uma população de bactérias, 12. (Ulbra 2016) Em um experimento de laboratório,
identificou-se que o número de bactérias, horas após o indivíduos de uma espécie animal foram submetidos a testes
de radiação, para verificar o tempo de sobrevivência da espé-
início do estudo, é dado por cie. Verificou-se que o modelo matemático que determinava o
número de indivíduos sobreviventes, em função do tempo era
Nessas condições, em quanto tempo a população de mosquitos
com o tempo dado em dias e e dependiam

107
Matemática
do tipo de radiação. Três dias após o início do experimento,
havia indivíduos. 18. (G1 - ifpe 2016) Agrônomos e Matemáticos do IFPE
estão pesquisando o crescimento de uma cultura de bactérias e
Quantos indivíduos vivos existiam no quarto dia após o início concluíram que a população de uma determinada cultura
do experimento? sob certas condições, em função do tempo em horas, evolui
a) b) c) d) e)
conforme a função Para atingir uma população
13. O governo de uma cidade está preocupado com a possível de bactérias, após o início do experimento, o tempo decor-
epidemia de uma doença infectocontagiosa causada por bacté- rido, em horas, corresponde a
ria. Para decidir que medidas tomar, deve calcular a velocidade a) b) c) d) e)
de reprodução da bactéria. Em experiências laboratoriais de
uma cultura bacteriana, inicialmente com mil unidades, 19. (Ufpr 2016) A análise de uma aplicação financeira ao lon-
obteve-se a fórmula para a população: go do tempo mostrou que a expressão
fornece uma boa aproximação do valor (em reais) em função
do tempo (em anos), desde o início da aplicação. Depois de
quantos anos o valor inicialmente investido dobrará?
em que é o tempo, em hora, e é a população, em milha-
res de bactérias. a) b) c) d) e)

20. (Upe-ssa 1 2016) Os técnicos de um laboratório obser-


Em relação à quantidade inicial de bactérias, após a varam que uma população de certo tipo de bactérias cresce
população será
a) reduzida a um terço. b) reduzida à metade. segundo a função com “t” sendo medido em
c) reduzida a dois terços. d) duplicada. horas. Qual o tempo necessário para que ocorra uma reprodu-
e) triplicada. ção de bactérias?
a) b) c) d) e)
14. (G1 - ifpe 2016) Biólogos estimam que a população de
certa espécie de aves é dada em função do tempo em anos, 21. (G1 - ifal 2016) Em 2000, certo país da América Latina
pediu um empréstimo de 1 milhão de dólares ao FMI (Fundo
de acordo com a relação sendo o mo- Monetário Internacional) para pagar em 100 anos. Porém, por
mento em que o estudo foi iniciado. problemas políticos e de corrupção, nada foi pago até hoje e a
dívida foi sendo “rolada” com a taxação de juros compostos de
Em quantos anos a população dessa espécie de aves irá tripli- ao ano. Determine o valor da dívida no corrente ano de
car? (dados: e 2015, em dólar. Considere
a) b) c) d) e) a) 1,2 milhões. b) 2,2 milhões. c) 3,375 milhões.
d) 1,47 milhões. e) 2 milhões.
15. Admita que um tipo de eucalipto tenha expectativa de
crescimento exponencial, nos primeiros anos após seu plantio, 22. (Imed 2015) Em um experimento no laboratório de
modelado pela função na qual representa a pesquisa, observou-se que o número de bactérias de uma
determinada cultura, sob certas condições, evolui conforme a
altura da planta em metro, é considerado em ano, e é uma
função em que expressa a quantidade
constante maior que O gráfico representa a função
de bactérias e representa o tempo em horas. Para atingir
uma cultura de bactérias, após o início do experimento, o
tempo decorrido, em horas, corresponde a:
a) b) c) d) e)

23. (Upe 2015) Os biólogos observaram que, em condições


ideais, o número de bactérias em uma cultura cres-
ce exponencialmente com o tempo de acordo com a lei
sendo uma constante que depende da
natureza das bactérias; o número irracional vale aproximada-
Admita ainda que fornece a altura da muda quando plan- mente e é a quantidade inicial de bactérias.
tada, e deseja-se cortar os eucaliptos quando as mudas cresce-
rem após o plantio. Se uma cultura tem inicialmente bactérias e, minu-
O tempo entre a plantação e o corte, em ano, é igual a
tos depois, aumentou para quantas bactérias estarão
a) b) c) d) e)
presentes depois de hora?
a) b) c)
16. (Unisinos 2016) Se e são tais que então d) e)
é igual a
24. O sindicato de trabalhadores de uma empresa sugere que
a) b) c) d) e)
o piso salarial da classe seja de propondo um
17. (Pucrj 2016) Quanto vale a soma de todas as soluções aumento percentual fixo por cada ano dedicado ao trabalho. A
reais da equação abaixo? expressão que corresponde à proposta salarial em função
do tempo de serviço em anos, é
a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4 De acordo com a proposta do sindicato, o salário de um

108
Matemática
profissional dessa empresa com 2 anos de tempo de tempo de [B]
serviço será, em reais, Resposta da questão 7:
a) b) c) [C]
Resposta da questão 8:
d) e) [D]
Resposta da questão 9:
25. (Fgv 2015) Se é a fração irredutível que é solução da [C]
equação exponencial então, é igual Resposta da questão 10:
a [E]
Resposta da questão 11:
a) b) c) d) e) [E]
Resposta da questão 12:
26. (G1 - ifsul 2015) A solução real da equação [C]
é Resposta da questão 13:
a) b) c) d) [D]
Resposta da questão 14:
[E]
27. (Ufrgs 2014) A função definida por
Resposta da questão 15:
intercepta o eixo das abscissas em
[B]
a) b) c) d) e) Resposta da questão 16:
[B]
28. (Uepb 2014) Biólogos e Matemáticos acompanharam em Resposta da questão 17:
laboratório o crescimento de uma cultura de bactérias e con- [C]
Resposta da questão 18:
cluíram que esta população crescia com o tempo ao dia,
[B]
conforme a lei onde P0, é a população inicial da Resposta da questão 19:
cultura (t = 0) e é uma constante real positiva. Se, após dois [C]
dias, o número inicial de bactérias duplica, então, após seis Resposta da questão 20:
dias, esse número é: [A]
a) 10P0 b) 6P0 c) 3P0 d) 8P0 e) 4P0 Resposta da questão 21:
[C]
29. (Uepa 2014) Os dados estatísticos sobre violência no trân- Resposta da questão 22:
sito nos mostram que é a segunda maior causa de mortes no [E]
Brasil, sendo que 98% dos acidentes de trânsito são causados Resposta da questão 23:
por erro ou negligência humana e a principal falha cometida [E]
pelos brasileiros nas ruas e estradas é usar o celular ao volante. Resposta da questão 24:
Considere que em 2012 foram registrados 60.000 mortes [E]
decorrentes de acidentes de trânsito e destes, 40% das vítimas Resposta da questão 25:
estavam em motos. [D]
Resposta da questão 26:
Texto Adaptado: Revista Veja, 19/08/2013. [D]
Resposta da questão 27:
A função fornece o número de vítimas que [C]
estavam de moto a partir de 2012, sendo o número de anos Resposta da questão 28:
[D]
e o número de vítimas que estavam em moto em 2012. Resposta da questão 29:
Nessas condições, o número previsto de vítimas em moto para [A]
2015 será de: Resposta da questão 30:
a) 41.472. b) 51.840. c) 62.208. [C]
d) 82.944. e) 103.680.

30. (Ufpr 2014) Uma pizza a 185°C foi retirada de um forno Progressão Aritmética
quente. Entretanto, somente quando a temperatura atingir 65°C
será possível segurar um de seus pedaços com as mãos nuas, 1. (Eear 2017) Considere esses quatro valores em
sem se queimar. Suponha que a temperatura T da pizza, em
graus Celsius, possa ser descrita em função do tempo t, em mi- PA crescente. Se a soma dos extremos é então o terceiro
termo é
nutos, pela expressão Qual o tempo
necessário para que se possa segurar um pedaço dessa pizza a) b) c) d)
com as mãos nuas, sem se queimar?
a) 0,25 minutos. b) 0,68 minutos. c) 2,5 minutos. 2. (G1 - ifal 2017) Determine o termo de uma progressão
d) 6,63 minutos. e) 10,0 minutos. aritmética, sabendo que o primeiro termo é e a razão é
a) b) c) d) e)
Gabarito:

Resposta da questão 4: 3. (Upe-ssa 2 2017) As medidas dos lados e de um


[A] triângulo formam, nessa ordem, uma progressão aritmé-
tica.
[B]
Resposta da questão 5:
[D]
Resposta da questão 6:

109
Matemática

de 1996 como o 1º termo de uma Progressão Aritmética, a


expressão algébrica que melhor representa o termo geral
da sequência de anos em que essas cigarras sairão à superfície,
com é dada por
a) b)
c) d)
e)
Qual é a medida do perímetro desse triângulo? 7. (Fatec 2016) Em 2015, um arranha-céu de metros de
a) b) c) d) e) altura foi construído na China em somente dias, utilizando
um modelo de arquitetura modular pré-fabricada. Suponha
4. (G1 - ifba 2017) A Meia Maratona Shopping da Bahia Farol que o total de metros de altura construídos desse prédio varie
a Farol foi criada pela Personal Club e mais uma vez contará diariamente, de acordo com uma Progressão Aritmética (
com a parceria do Shopping da Bahia.
), de primeiro termo igual a metros (altura construída du-
Tradicional no mês de outubro, a maior e mais esperada cor- rante o primeiro dia), e o último termo da igual a metros
rida de rua da Bahia, que já se encontra em sua sexta edição e (altura construída durante o último dia).
será realizada nos percursos de e com Com base nessas informações, o valor de é, aproximadamen-
largada no Farol de Itapuã e chegada no Farol da Barra, dois te,
dos principais cartões postais da cidade de Salvador. Lembre-se de que:
Soma da PA
Um atleta, planejando percorrer o percurso de fez um
plano de treinamento, que consistia em correr no
a) b) c) d) e)
primeiro dia e, a cada dia subsequente, percorreria a distância
do dia anterior acrescida de Sendo assim, esse atleta 8. (G1 - ifal 2016) Em uma apresentação circense, forma-se
irá atingir a distância diária de no: uma pirâmide humana com uma pessoa no topo sustentada por
a) 54º dia b) 53º dia c) 52º dia d) 51º dia e) 50º dia duas outras que são sustentadas por mais três e assim suces-
sivamente. Quantas pessoas são necessárias para formar uma
5. (Uerj 2017) Um fisioterapeuta elaborou o seguinte plano de pirâmide com oito filas de pessoas, da base ao topo?
treinos diários para o condicionamento de um maratonista que a) b) c) d) e)
se recupera de uma contusão:
- primeiro dia – corrida de 9. (Puccamp 2016) Um jogo de boliche é jogado com
- dias subsequentes - acréscimo de à corrida de cada dia pinos dispostos em quatro linhas, como mostra a figura abaixo.
imediatamente anterior.O último dia de treino será aquele em
que o atleta correr O total percorrido pelo atleta nes-
se treinamento, do primeiro ao último dia, em quilômetros,
corresponde a:
a) b) c) d)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto publicado em maio de 2013 para responder à(s)
questão(ões) a seguir.

Os Estados Unidos se preparam para uma invasão de inse-


tos após 17 anos

Elas vivem a pelo menos centímetros sob o solo


há anos. E neste segundo trimestre, bilhões de cigarras
(Magicicada septendecim) emergirão para invadir partes da Se fosse inventado um outro jogo, semelhante ao boliche, no
Costa Leste, enchendo os céus e as árvores, e fazendo muito qual houvesse um número maior de pinos, dispostos da mesma
barulho. forma, e ao todo com linhas, o número de pinos necessários
Há mais de espécies de cigarras na América do seria igual a
Norte, e mais de mil espécies ao redor do mundo. A maioria a) b) c) d) e)
aparece todos os anos, mas alguns tipos surgem a cada ou
10. (Espcex (Aman) 2016) João e Maria iniciam juntos uma
anos. Os visitantes deste ano, conhecidos como Brood II corrida, partindo de um mesmo ponto. João corre uniforme-
(Ninhada II, em tradução livre) foram vistos pela última vez
em 1996. Os moradores da Carolina do Norte e de Connecticut mente por hora e Maria corre na primeira hora
talvez tenham de usar rastelos e pás para retirá-las do caminho, e acelera o passo de modo a correr mais cada hora que
já que as estimativas do número de insetos são de bilhões a se segue. Assinale a alternativa correspondente ao número de
trilhão. horas corridas para que Maria alcance João.
Um estudo brasileiro descobriu que intervalos ba- a) b) c) d) e)
seados em números primos ofereciam a melhor estratégia de 11. (Eear 2016) A progressão aritmética, cuja fórmula do ter-
sobrevivência para as cigarras. mo geral é dada por tem razão igual a
6. (Fatec 2017) Com relação à Ninhada II, e adotando o ano a) b) c) d)

110
Matemática
Gabarito:
6.A sequência ; ; ; ; .......; é uma P.G.. A soma
Resposta da questão 1: de seus termos, expressa em função de n, vale:
[B]
Resposta da questão 2: a) b) c)
[D]
Resposta da questão 3: d) e)
[A]
Resposta da questão 4: 7(UFAM) Na P.G. em que , a soma dos pri-
[D] meiros termos é:
Resposta da questão 5:
[C] a) b) c)
Resposta da questão 6:
[A] d) e)
Resposta da questão 7:
[D]
Resposta da questão 8: 8.(UFAM) Dada a soma 1+ + + +... , então a soma da série
[D] é:
Resposta da questão 9: a) b) c) 1 d) e)
[E]
Resposta da questão 10: 9.O lado de um quadrado mede Unindo-se os pontos mé-
[C] dios dos lados opostos, obtêm-se quatro novos quadrados. Se
Resposta da questão 11 procedermos assim sucessivamente, obteremos novos quadra-
[C] dos cada vez menores, conforme a figura abaixo, que mostra
parte de seqüência infinita.
...
Progressão Geométrica

1. (G1 - ifal 2017) Sabendo que o primeiro termo de uma


Progressão Geométrica é e a razão determine a
soma dos primeiros termos dessa progressão: Considerando a seqüência infinita dos quadrados pintados
a) b) c) d) e) de cinza, podemos afirmar que a soma infinita das áreas desses
quadrados é igual a:
2. (Eear 2016) Quatro números estão dispostos de forma tal
a) b) c) d) e)
que constituem uma PG finita. O terceiro termo é igual a e
a razão é igual a Desta maneira, o produto de vale 10.Imagens de satélite mostraram que os números de quilôme-
a) b) c) d) tros quadrados desmatados em certa região, nos anos de 2006,
2007, 2008, 2009 e 2010 constituem uma PG de 5 termos, cuja
3. (Ufrgs 2016) Considere o padrão de construção representa- soma dos três primeiros é 26, e de razão q = 3. A área desmata-
do pelos triângulos equiláteros abaixo. da em 2008 foi, em km², igual a:
(A) 36.(B) 30.(C) 24.(D) 20.(E) 18

11.Os preços dos produtos A, B e C, nesta ordem, formam uma


PG de razão 2,5. Sabendo que os três produtos juntos custam
R$ 195,00, é correto concluir que a diferença entre o preço do
produto mais caro e o preço do mais barato é:
(A) R$ 105,00. (B) R$ 75,00. (C) R$ 50,00.
O perímetro do triângulo da etapa é e sua altura é a (D) R$ 30,00. (E) R$ 25,00
altura do triângulo da etapa é metade da altura do triângulo
Gabarito:
da etapa a altura do triângulo da etapa é metade da altura
do triângulo da etapa e, assim, sucessivamente. Resposta da questão 1:
Assim, a soma dos perímetros da sequência infinita de triângu- [D]
los é Resposta da questão 2:
a) b) c) d) e) [C]
Resposta da questão 3:
4. (Efomm 2016) Numa progressão geométrica crescente, o [E]
Resposta da questão 4:
termo é igual à soma do triplo do termo com o dobro do
[A]
termo. Sabendo que a soma desses três termos é igual a Resposta da questão 5:
determine o valor do termo. E
Resposta da questão 6:
a) b) c) d) e) [D]
Resposta da questão 7:
5.(UFAM) Uma empresa contratou um empregado para traba- [D]
lhar de segunda a sexta durante duas semanas. O dono da em- Resposta da questão 8:
presa pagou R$ 1,00 pelo primeiro dia de trabalho e nos dias [E]
seguintes o dobro do que ele recebeu no dia anterior. Quanto o Resposta da questão 9:
empregado recebeu pelos 10 dias que trabalhou? [D]
a) R$ 511,00 b) R$ 660,00 c) R$ 830,00 Resposta da questão 10:
d) R$ 941,00 e) R$ 1.023,00 [E]

111
Matemática
Resposta da questão 11: elementos da matriz X , obteremos o número:
[A]
a) - 1 b) - 2 c) 1 d) 2 e) 0
9. (Uern 2012) Sejam as matrizes

Matrizes e Determinantes O me-


nor elemento da matriz P é:
1. (Unicamp 2016) Em uma matriz, chamam-se elementos in- a) – 7. b) – 1. c) – 5. d) 2.
ternos aqueles que não pertencem à primeira nem à última linha
ou coluna. O número de elementos internos em uma matriz com TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
5 linhas e 6 colunas é igual a: Arquimedes,candidato a um dos cursos da Faculdade de En-
genharia, visitou a PUCRS para colher informações. Uma das
a) b) c) d) constatações que fez foi a de que existe grande proximidade
entre Engenharia e Matemática.
2. (Pucrs 2015) Dada a matriz e a função defini-
10. (Pucrs 2012) Numa aula de Álgebra Matricial dos cursos
da no conjunto das matrizes por então
de Engenharia, o professor pediu que os alunos resolvessem a
é: seguinte questão:

Se então é igual a:
a) b) c) d) e)

3. (Uern 2015) Considere a seguinte operação entre matrizes: a) b) c) d) e)


A soma de todos os elementos da matriz 11. (Uel 2011) Uma indústria utiliza borracha, couro e teci-
é: do para fazer três modelos de sapatos. A matriz Q fornece a
a) b) c) d) quantidade de cada componente na fabricação dos modelos de
sapatos, enquanto a matriz C fornece o custo unitário, em reais,
4. (Mackenzie 2014) Se a matriz destes componentes.

 1 x + y + z 3y − z + 2
 4 5 −5  é simétrica, o valor de x é

a)
 y0− 2z
b) 1+ 3c) 6 d)z 3 e) –5 0 

5. (Ufsj 2013) A matriz inversa de é:

a) b) c)

d) A matriz V que fornece o custo final, em reais, dos três modelos


de sapatos é dada por:

6. (Esc. Naval 2013) Sejam e


a) b) c)
e a transposta de O produto da matriz
pela matriz é:
d) e)

12.(AFA) Dadas as matrizes: A = (aij)3x2, definida por aij = -2i


a) b) c) d) + j; B = (bij)2x4, definida por bij = 2i – j; C = (cij) onde C =
A.B. Determine o elemento c33:
e) a) -1 b) 0 c) 1 d) 2 e) 3

13) (EsFAO) O determinante da matriz A = (aij)2x2 onde aij


7. (Uern 2013) Sejam duas matrizes A e tal = 2i² + j vale
a) -66 b) -6 c) 0 d) 6 e) 66
que e Assim, a soma dos ele-
mentos da diagonal secundária de B é: 14) (UFAM) Sejam e duas matrizes

a) 149. b) 153. c) 172. d) 194. reais definidas por e


. Se C é a matriz real definida pela multiplicação da matriz
8. (Fgvrj ) Seja X a matriz que satisfaz a equação matricial A pela matriz B , o elemento da terceira linha e segunda
coluna da matriz C é:
X.A = B, em que: e . Ao multiplicar os

112
Matemática
a) 25 b) 35 c) 37 d) 50 e) 53
a) -5 b) 5 c) -3 d) 3 e) 4
15) Se é uma matriz real definida por
21) (UFAM) São dadas as matrizes

, então o determinante da matriz in- . Considerando-se que o


versa de A é: determinante de B é igual a 1, o determinante de A será
igual a:
a) 10 b) 1/10 c) – 1/10 d) – 1/5 e) 1/5
a) -1/3 b) 3 c) -3 d) 1/3 e) -1
16) (UFAM) Para qual valor positivo de x, a matriz real
22) (PSC UFAM) Dadas as matrizes: A = (aij)2x3, definida
por aij = i + j; B = (bij)3x3, definida por bij = j; C = (cij)
é simétrica. onde C = A.B. Determine o elemento c23:
a) - 5 b) 9 c) 1 d) 4 e) 2
a) 36 b) 23 c) 9 d) 18 e) 27
17) ( UEA) Considera as matrizes , com
e a matriz , com .A 23) (PSC UFAM) Sendo a matriz A = e uma
soma de todos os elementos da matriz C = A.B é igual a: matriz B também de ordem 3. Sabendo-se que det(A.B) =
a) 13 b) 14 c) 15 d) 16 e) 17 32, pode-se afirmar que det(b) é:

18) (UEA) Um campeonato de futebol está sendo realizado a) -32 b) 32 c) Impossível de calcular d) 16 e) -16
entre os alunos de um colégio. A tabela 1 mostra o número
de vitórias (V), derrotas (D) e empates (E) de três equipes 24) (PSC UFAM) Uma matriz quadrada é simétrica se, e so-
dessa competição e a tabela 2 mostra os pontos atribuídos
a cada tipo de resultado.
mente se, At = A. Se a matriz A = é

simétrica, então o valor de 3x + y é igual a:


a) 4 b) 1 c) 5 d) -5 e) -1

25) (PSC UFAM) Uma matriz quadrada é simétrica se, e so-

Considerando os resultados obtidos e as respectivas pon-


tuações, mente se, At = A. Se a matriz A = é
o número total de pontos que as três equipes somam, simétrica, então o valor de (x + y) : 3 é:
juntas, é: a) -1 b) 3 c) 1 d) 4 e) 0

a) 34. b) 36. c) 38. d) 40. e) 42.

19) (UEA) Um lojista está fazendo um orçamento sobre o pre-


ço de determinada camiseta. A matriz A representa o preço,
em reais, dessa camiseta de acordo com o tamanho: peque-
no (P), médio (M) ou grande (G), em três lojas diferentes,
e a matriz B representa a quantidade de camisetas, por ta-
manho, que o lojista pretende comprar.

A diferença entre o maior e o menor orçamento é:

a) R$ 80,00. b) R$ 150,00. c) R$ 230,00 d)R$ 290,00


e) R$ 320,00.

20) (UFAM) Considerando as matrizes

. Se
M-1.N.X=P. então x³ + y² é igual a:

113
Matemática
Gabarito: a) +1 b) 0 c) -1 d) -2 e) -3

2. No quintal do Senhor João, há galinhas e porcos, totali-


Resposta da questão 1: [A] zando 57 animais e 182 pés. Sabendo dessa informação,
a quantia que representa a metade do número de porcos é:
Resposta da questão 2: [B]
a) maior que o número de galinhas.
Resposta da questão 3: [A]
b) um número primo.
Resposta da questão 4: [C]
c) inferior a dez animais.
Resposta da questão 5: [B]
d) um número divisor de 2013.
Resposta da questão 6: [D]
e) exatamente 34 porcos.
Resposta da questão 7:[A]
3. Em um estacionamento, há 45 veículos entre carros e
Resposta da questão 8: [B] motos. Feita uma contagem, foi verificado que havia 162
pneus. Observação: Cada carro = 4 pneus Cada moto = 2
Resposta da questão 9: [A] pneus
Resposta da questão 10: [C] Podemos afirmar que:
Resposta da questão 11: [E] a) o número de carros é o triplo do número de motos.
Resposta da questão 12: [C] b) há 27 carros a mais que motos.
Resposta da questão 13: [B] c) existem mais motos que carros nesse estacionamento.
Resposta da questão 14: [B] d) o número de motos é a metade do número de carros.
Resposta da questão 15: [B] e) existem 72 pneus de motos.
Resposta da questão 16:[A]
4. Em um sítio, há 75 animais, entre galinhas e vacas leitei-
Resposta da questão 17: [E] ras, totalizando 260 patas. Para que um sítio como este dê
lucro, a quantidade de vacas leiteiras precisa ser maior que
Resposta da questão 18: [B] a quantidade de galinhas. Este sítio é lucrativo porque
a) a quantidade de vacas leiteiras é o dobro da quantidade de
Resposta da questão 19: [C] galinhas.
b) possui 35 vacas leiteiras a mais que galinhas.
Resposta da questão 20: [C]
c) as galinhas representam 25% das vacas leiteiras.
Resposta da questão 21: [B]
d) possui 20 galinhas a menos que vacas leiteiras.
Resposta da questão 22:[A]

Resposta da questão 23: [A] 5. Na cantina do colégio em que Rebeca estuda, o preço de
um sanduíche natural junto com um copo de suco é R$
Resposta da questão 24: [B] 12,00. Rebeca comprou três desses sanduíches e dois co-
pos de suco e pagou R$ 33,00. Logo, o valor de um copo
Resposta da questão 25:[E] de suco é
a) R$ 2,00. b) R$ 2,50. c) R$ 3,00. d) R$ 3,50.

6. (UEA) Na era do real, o brasileiro nunca guardou tantos


recursos na poupança quanto no mês de junho de 2013.
Nesse mês, a caderneta captou R$ 9,5 bilhões líquidos
(depósitos menos saques), um recorde mensal na série do
Banco Central, iniciada em 1995. Sabendo que, nesse mês,
a metade do valor total depositado mais dois quintos do
valor total sacado foi igual a R$ 100,6 bilhões, pode-se
Sistemas Lineares I concluir que o valor total depositado na poupança em ju-
nho de 2013 foi, em bilhões de reais, igual a:
a) 112,5. b) 108. c) 106,5. d) 116. e) 98.
1. Resolvendo o sistema , qual o valor de y
– x²? 7. (Unicamp) resolva o seguinte sistema de equações linea-

114
Matemática

15. (ITA) Analisando o sistema concluí-


res:

a) (1,2,3,4) b) (-1,2,-3,4) c) (-1,-2,-3,-4) d) (1,0,2,3) mos que x.y.z é:


e) (-1,0,1,2)
a) 7 b) 8 c) -8 d) 6 e) -6
8. (FGV) Se a terna ordenada (a, b, c), de números reais, é

solução do sistema , então a soma a +


b + c é igual a: 16. (UFAM) Resolvendo o sistema ,o
valor de xy + zw é:
a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4

a) -2 b) c) d) 2 e)
9. (ESPM) Sendo x e y números reais e (3x + 2y)² + (x – 2y 17. (CESGRANRIO – CMB) Os números m e n são racionais
+ 8)² = 0, o valor de yx é: e tais que m + 5n = 5 e 4m + 10n = 16. Qual o valor de m
+ n?
a) b) c) -8 d) 9 e) 8 a)9,4 b)7,9 c)5,5 d)3,4 e)2,6

10. ( UFAM) Considere as retas r : 2y - x =10 e s : y + 2x = 5.


É correto afirmar que: 18. (CESGRANRIO – IBGE) Ao pagar três cafezinhos e um
a) As retas são paralelas. sorvete com uma nota de R$10,00, João recebeu R$1,20
b) As retas são perpendiculares. de troco. Se o sorvete custa R$1,60 a mais que cada cafezi-
nho, qual é, em reais, o preço de um cafezinho?
c) As retas são concorrentes no ponto (5,0).
a) 1,60 b) 1,80 c) 2,00 d) 2,20
d) As retas são concorrentes no ponto (-10,0).
e) As retas são coincidentes.

11. ( UFAM) Pedro e João foram a uma pizzaria. Pedro pagou


R$ 8,40 por duas fatias de pizza e uma lata de suco. João
pagou R$ 13,60 por três fatias da mesma pizza de Pedro 19. (VUNESP – TJ-SP) Em uma biblioteca escolar, uma pilha
e duas latas do mesmo suco. Nessa ocasião, a diferença de 50 livros tinha 1,8 m de altura e era formada por livros
entre o preço de uma fatia de pizza e o preço de uma lata paradidáticos iguais, de 3 cm de espessura, e livros didá-
de suco era de: ticos iguais, de 6 cm de espessura. A bibliotecária retirou
metade dos livros didáticos da pilha, para arrumá-los numa
a) R$ 3,20 b) R$ 2,30 c) R$ 2,00 d) R$ 1,90 e) R$ estante e, assim, a altura da pilha foi reduzida em:
1,20 a) 30 cm. b) 42 cm. c) 50 cm. d) 56 cm. e) 60 cm.

12. (SFC) O salário de Sérgio é igual a três sétimos do salário 20. (Unirio) Luís e Maria resolveram comparar suas coleções
de Renato. No entanto, se Sérgio tivesse um acréscimo de de CDs. Descobriram que têm ao todo 104 Compact Discs
R$ 2400 em seu salário, passaria a ter um salário igual ao e que, se Maria tivesse 12 Cds a menos, teria o triplo do
de Renato. A soma dos salários de Sérgio e Renato é: número de discos do Luís. É possível afirmar que a quanti-
dade de Cds que Luís possui é:
a) R$ 3800 b) R$ 4200 c) R$ 5000 d) R$ 6000 e) a) 23 b) 29 c) 31 d) 52 e) 75
R$ 1000
Gabarito:
13. (ECT) Numa família, um pai tem 30 anos a mais do que o
seu filho. Depois de 20 anos, a idade do pai será o dobro da Resposta da questão 1:[A]
idade do filho. Qual a idade atual do filho?
Resposta da questão 2: [B]
a) 11 b) 20 c) 5 d) 10
Resposta da questão 3: [B]
14. (UFMG) Uma prova de múltipla escolha com 60 questões
foi corrigida da seguinte forma: o aluno ganhava 5 pontos Resposta da questão 4:[B]
por questão que acertava e perdia 1 ponto por questão que
Resposta da questão 5: [C]
errava ou deixava em branco. Se um aluno totalizou 210
pontos, qual o número de questões que ele acertou? Resposta da questão 6: [D]
a) 25 b) 30 c) 35 d) 40 e) 45 Resposta da questão 7: [E]

115
Matemática
Resposta da questão 8: [A] Especialistas no assunto, como o suíço Denis de
Rougemont, suspeitavam que a literatura medieval criou uma
Resposta da questão 9: [A] verdadeira expectativa neurótica no Ocidente sobre o que seria
o amor romântico em nossas vidas concretas, fazendo com que
Resposta da questão 10:[B] 7
sonhássemos com algo que, na verdade, nunca existiu como
experiência universal. 8Dos castelos da Provence francesa do
Resposta da questão 11: [E] século 12 ao cinema de Hollywood, teríamos perdido o verda-
deiro sentido do amor medieval, que seria uma doença da qual
Resposta da questão 12: [D] devemos fugir como o diabo da cruz.
Para além dos céticos e crentes, a literatura medieval
Resposta da questão 13: [D] de amor cortês é marcante pela sua descrição do que seria esse
pathos amoroso. Uma doença, uma verdadeira desgraça para
Resposta da questão 14: [E] quem fosse atingindo em seu coração por tamanha tristeza.
André Capelão, autor da época (Tratado do Amor Cortês, ed.
Resposta da questão 15: [D] Martins Fontes), sintetiza esse amor como sendo uma 9”doença
do pensamento”. Doença essa que podemos descrever como
Resposta da questão 16:[E] uma forma de obsessão em saber o que ela está pensando, o
que ela está fazendo nessa exata hora em que penso nela, com
Resposta da questão 17: [D] o que ela sonha à noite, como é seu corpo por baixo da roupa
que a veste, o desejo incontrolável de ouvir sua voz, de sentir
Resposta da questão 18: [B] seu perfume. Mas a doença avança: sentir o gosto da sua boca,
beijá-10la por horas a fio.
Resposta da questão 19:[A] 11
Mas, quando em público, jamais deixe ninguém
saber que se amam. Capelão chega a supor que desmaios
Resposta da questão 20: [A] femininos poderiam ser indicativos de que a infeliz estaria
em presença de seu desgraçado objeto de amor inconfessável.
A inveja dos outros pelos amantes, apesar de 12condenados
a 13tristeza pela interdição sempre presente nas narrativas
Análise Combinatória (casados com outras pessoas, detentores de responsabilidades
públicas e privadas), se dá pelo fato que se trata de uma doen-
Permutação ça encantadora quando correspondida.
Nada é mais forte do que o desejo de estar com
1. (Efomm 2017) Quantos anagramas é possível formar com alguém a quem você se sente ligado, mesmo que a milhares de
a palavra CARAVELAS, não havendo duas vogais consecuti- quilômetros de distância, sem poder trocar um único olhar ou
vas e nem duas consoantes consecutivas? toque com ela.
a) b) c) d) e) O erro dos modernos românticos teria sido a ilusão
de que esses medievais imaginariam o amor romântico numa
2. (Espcex (Aman) 2017) Um grupo é formado por oito ho- escala universal e capaz de 14conviver com um apartamento de
mens e cinco mulheres. Deseja-se dispor essas oito pessoas em dois quartos, pago em cem anos.
uma fila, conforme figura abaixo, de modo que as cinco mulhe- Não, o amor cortês seria algo que deveríamos temer
justamente por seu caráter intempestivo e avassalador. Sempre
res ocupem sempre as posições e e os homens as
fora do casamento, teria contra ele a condenação da norma
posições e social ou religiosa que, aos poucos, 15levaria as suas vítimas à
destruição, psicológica ou física.
Para os medievais, um homem arrebatado por esse
amor tomaria decisões que destruiriam seu patrimônio. A mu-
lher perderia sua reputação. Ambos viriam, necessariamente,
a morrer por conta desse amor, fosse ele em batalha, por obri-
gação de guerreiro, fosse fugindo do horror de trair seu melhor
Quantas formas possíveis de fila podem ser formadas obede- amigo com sua até então fiel esposa. Ela morreria eventual-
cendo a essas restrições? mente de tristeza, vergonha e solidão num convento, buscando
a) b) c) d) e) a paz de espírito há muito perdida. A distância física, social
ou moral, proibindo a realização plena desse desejo incessante
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: como tortura cotidiana.
A doença do amor O poeta mexicano Octavio Paz, que dedicou alguns
Luiz Felipe Pondé textos ao tema, entendia que a literatura medieval descrevia o
embate entre virtude e desejo, sendo a desgraça dos apaixona-
Existe de fato amor romântico? Esta é uma pergunta dos a maldição de ter que 16pôr medida nesse desejo 17(nesse
que ouço quando, em sala de aula, estamos a discutir questões amor fora do lugar), em meio à insuportável culpa de estar
como literatura romântica dos séculos 18 e 19. 1Quando o pú- doente de amor.
blico é composto de pessoas mais maduras, a tendência é um
certo ceticismo, muitas vezes elegante, apesar de trazer nele a 3. (G1 - ifsul 2017) Observando o segundo parágrafo do texto
marca eterna do desencanto. A doença do amor, o número de anagramas (qualquer permuta-
Quando o público é mais 2jovem há uma tendência ção das letras de uma palavra de modo a formar ou não novas
maior de crença no amor romântico. 3Alguns diriam que 4essa palavras) que podemos formar com a palavra escrita imediata-
crença é típica da idade jovem e inexperiente, assim como mente após “idade”, é
crianças creem em Papai Noel. a) b) c) d)
Mas, em matéria de amor romântico, melhor ainda do
que ir em busca da literatura dos séculos 18 e 19 é ir 5à fonte 4. (Imed 2016) O número de candidatos inscritos para realiza-
primária 6: a literatura europeia medieval, verdadeira fonte do ção do último vestibular de verão, em um determinado curso,
amor romântico. A literatura conhecida como amor cortês. corresponde ao número de anagramas da palavra VESTIBU-

116
Matemática
LAR que começam por VE e terminam por AR. Esse número nizou as pessoas lado a lado e colocou os filhos entre os pais.
é igual a: Mantida essa configuração, o número de formas em que pode-
a) b) c) d) e) rão se posicionar para a foto é
a) b) c) d) e)
5. (Epcar (Afa) 2016) Uma caixa contém bolas das quais
12. (Pucrj 2015) A quantidade de anagramas da palavra CON-
são amarelas e numeradas de a verdes numeradas de a CURSO é:
e mais bolas de outras cores todas distintas e sem numera- a) 2520 b) 5040 c) 10080 d) 20160 e) 40320
ção.
A quantidade de formas distintas de se enfileirar essas bolas TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
de modo que as bolas de mesmo número fiquem juntas é Leia atentamente o texto abaixo para responder à(s) ques-
a) b) c) d) tão(ões).

Agora todo mundo tem opinião


6. (Unisc 2016) Newton possui livros distintos, sendo de
Álgebra, de Cálculo e de Geometria. O número de manei- Meu amigo Adamastor, o gigante, me apareceu hoje
ras diferentes que Newton pode organizar esses livros em uma de manhã, muito cedo, aqui na biblioteca, e disse que vinha a
estante, de forma que os livros de um mesmo assunto perma- fim de um cafezinho. 1Mentira, eu sei. 2Quando ele vem tomar
neçam juntos, é um cafezinho é porque está com alguma ideia borbulhando em
a) b) c) d) e) sua mente.
E estava. 3Depois do primeiro gole e antes do segun-
7. (Upf 2016) Na figura a seguir, as linhas horizontais e verti- do, café muito quente, ele afirmou que concorda plenamente
cais representam ruas e os quadrados representam quarteirões. com a democratização da informação. Agora, com o advento
A quantidade de trajetos de comprimento mínimo ligando a da internet, qualquer pessoa, democraticamente, pode externar
aquilo que pensa.
é: 4
Balancei a cabeça, na demonstração de uma quase
divergência, e seu 5espanto também me espantou. Como assim,
ele perguntou, está renegando a democracia6? Pedi com modos
a meu amigo que não 7embaralhasse as coisas. Democracia não
é um termo 8divinatório, que se aplique sempre, em qualquer
situação.
Ele tomou o segundo gole com certa avidez e 9quei-
mou a língua.
Bem, voltando ao assunto, nada contra a democrati-
a) b) c) d) e) zação dos meios para que se divulguem as opiniões, as mais
diversas, mais esdrúxulas, mais inovadoras, e tudo o mais. É
8. (G1 - ifpe 2016) Uma urna contém bolas, sendo bolas um direito que toda pessoa tem10: emitir opinião.
pretas iguais, bolas brancas iguais, bolas verdes iguais e O que o Adamastor não sabia é que uns dias atrás an-
bolas azuis iguais. Quantas são as maneiras diferentes de se dei consultando uns filósofos, alguns antigos, outros modernos,
desses que tratam de um 11palavrão que sobrevive até os dias
extrair, uma a uma, as bolas da urna, sem reposição? atuais: gnoseologia. Isso aí, para dizer teoria do conhecimento.
a) b) c) d) e) Sim, e daí?12, ele insistiu.
O mal que vejo, continuei, não está na 13enxurrada de
9. (Fatec 2016) No Boxe, um dos esportes olímpicos, um opiniões as mais isso ou aquilo na internet, e principalmente
pugilista tem à sua disposição quatro golpes básicos: o jab, o com a chegada do Facebook. Isso sem contar a imensa quanti-
direto, o cruzado e o gancho. Suponha que um pugilista, pre- dade de textos 14apócrifos, muitas vezes até opostos ao pensa-
parando-se para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, queira mento do presumido autor, falsamente presumido. A graça está
criar uma sequência com golpes, empregando necessaria- no fato de que todos, agora, têm opinião sobre tudo.
mente dois jabs, dois diretos, um cruzado e um gancho. − Mas isso não é bom?
O gigante15, depois da maldição de Netuno16, tornou-
Assim, o número máximo de sequências que ele poderá criar -se um ser impaciente.
será de O fato, em si, não tem importância alguma. O proble-
ma é que muita gente lê a enxurrada de bobagens que apare-
Lembre-se de que: cem na internet não como opinião, mas como conhecimento.
O Platão, por exemplo, afirmava que opinião (doxa) era o falso
Permutação com repetição conhecimento. O conhecimento verdadeiro (episteme) depende
de estudo profundo, comprovação metódica, teste de validade.
Essas coisas de que se vale em geral a ciência.
a) b) c) d) e) O mal que há nessa “democratização” dos veículos
é que se formam crenças sem fundamento, mudam-se as opi-
niões das pessoas, afirmam-se absurdos em que muita pessoa
ingênua acaba acreditando. Sim, porque estudar, comprovar
metodicamente, testar a validade, tudo isso dá muito trabalho.
10. (Efomm 2016) A quantidade de anagramas da palavra O Adamastor não estava muito convencido da 17jus-
MERCANTE que não possui vogais juntas é teza dos meus argumentos, mas o café tinha terminado e ele se
despediu.
a) b) c) d) e)

13. (G1 - ifsul ) Observando o texto “Agora todo mundo tem


11. (Pucrs 2015) Um fotógrafo foi contratado para tirar fotos opinião”, o número de anagramas que formamos com o nome
de uma família composta por pai, mãe e quatro filhos. Orga- do gigante é

117
Matemática
[D]
a) b) c) d) Resposta da questão 11:
[E]
14. (Esc. Naval 2014) Qual a quantidade de números inteiros Resposta da questão 12:
de algarismos distintos, sendo dois algarismos pares e dois [C]
ímpares que podemos formar, usando algarismos de a Resposta da questão 13:
a) b) c) d) e) [A]
Resposta da questão 14:
[D]
15. (Esc. Naval 2014) A Escola Naval irá distribuir viagens
Resposta da questão 15:
para a cidade de Fortaleza, para a cidade de Natal e para [B]
a cidade de Salvador. De quantos modos diferentes podemos
distribuí-las entre aspirantes, dando somente uma viagem
para cada um? Arranjo
a) b) c) d) e)
1. (Ueg 2017) Uma comissão será composta pelo presidente,
Gabarito: tesoureiro e secretário. Cinco candidatos se inscrevem para
essa comissão, na qual o mais votado será o presidente, o se-
Resposta da questão 1: gundo mais votado o tesoureiro e o menos votado o secretário.
[C] Dessa forma, de quantas maneiras possíveis essa comissão
poderá ser formada?
A palavra CARAVELAS possui consoantes e vogais, a a) b) c) d) e)
única configuração possível dos anagramas que apresenta as
2. (Ufjf-pism 3 2017) Para concorrer à eleição a diretor e a
vogais e consoantes alternadas será dada abaixo, onde é
vice-diretor de uma escola, há candidatos. O mais votado
uma consoante e é uma vogal. assumirá o cargo de diretor e o segundo mais votado, o de
vice-diretor. Quantas são as possibilidades de ocupação dos
cargos de diretor e vice-diretor dessa escola?
a) b) c) d) e)

3. (Ueg 2016) Um aluno terá que escrever a palavra PAZ uti-


Temos então consoantes distintas e vogais com repetidas.
lizando sua caneta de quatro cores distintas, de tal forma que
Logo, o número de anagramas pedido será dado por: nenhuma letra dessa palavra tenha a mesma cor. O número de
maneiras que esse aluno pode escrever essa palavra é
a) 64 b) 24 c) 12 d) 4
Resposta da questão 2:
4. (Pucsp 2015) No vestiário de uma Academia de Ginástica
[C]
há exatamente armários, cada qual para uso individual.
Se, no instante em que dois alunos dessa Academia entram no
vestiário para mudar suas roupas, apenas dos armários estão
desocupados, quantas opções eles terão para escolher seus
respectivos armários?
a) b) c) d) e)
Permutando as mulheres nas cinco primeiras posições, temos:
5. (Uepb 2012) A solução da equação é
a) 3 b) 4 c) 8 d) 6 e) 5
Calculando todas as sequências de três homens possíveis,
escolhidos em um total de temos: 6. (Fatec 2008) Para mostrar aos seus clientes alguns dos pro-
dutos que vende, um comerciante reservou um espaço em uma
vitrine, para colocar exatamente 3 latas de refrigerante, lado a
Portanto, o número de formas possíveis de fila que podem ser lado. Se ele vende 6 tipos diferentes de refrigerante, de quantas
formadas e obedecendo a essas restrições são: maneiras distintas pode expô-los na vitrine?
a) 144 b) 132 c) 120 d) 72 e) 20

Resposta da questão 3: Gabarito:


[A]
Resposta da questão 4: Resposta da questão 1:
[E] [B]
Resposta da questão 5: Resposta da questão 2:
[A] [D]
Resposta da questão 6: Resposta da questão 3:
[E] [B]
Resposta da questão 7: Resposta da questão 4:
[E] [D]
Resposta da questão 8: Resposta da questão 5:
[A] [D]
Resposta da questão 9: Resposta da questão 6:
[A] [C]
Resposta da questão 10:

118
Matemática
Combinação trocaram apertos de mão entre si, e um único aperto por dupla
de pessoas. Nessas condições, o número máximo de apertos
trocados pelas pessoas é igual a
1. (Eear 2017) Em um campeonato de tênis estão inscritos
militares. Para disputar o campeonato, esses militares podem a) b) c)
formar _____ duplas diferentes.
a) b) c) d) d) e)

2. (G1 - ifal 2017) Cinco cursos do IFAL CAMPUS-MACEIÓ


resolveram fazer um torneio de futebol, onde cada time de Gabarito:
cada curso joga contra os demais times apenas uma vez. Quan-
tos serão os jogos nesse torneio? Resposta da questão 1:
[D]
a) b) c) d) e)
Resposta da questão 2:
[E]
Resposta da questão 3:
3. (Upe-ssa 2 2017) Nos jogos escolares do sertão, dez
[C]
equipes disputam um campeonato de queimado. Cada equipe
Resposta da questão 4:
enfrenta as demais uma única vez.
[B]
Quantos jogos compõem esse campeonato de queimado?
Resposta da questão 5:
a) b) c) d) e) [B]
Resposta da questão 6:
[A]
4. (G1 - ifal 2016) No Instituto Federal de Alagoas, há pro- Resposta da questão 7:
fessores de Matemática para serem distribuídos em turmas. [E]
De quantas maneiras distintas se poderá fazer a distribuição
dos professores nas turmas, independente da ordem?
a) b) c) d) e)
Polinômios
5. (Uemg 2015) Observe a tirinha abaixo:
1. (Fmp 2016) Seja a função polinomial definida por

O fato de ser um zero da função é equivalente ao fato


de o polinômio ser divisível por
a) b) c) d) e)

2. (G1 - cftmg 2016) Se uma das raízes do polinômio


é e então o valor de
Passando por uma sorveteria, Magali resolve parar e pedir uma
é
casquinha. Na sorveteria, há sabores diferentes de sorvete e
é o número máximo de bolas por casquinha, sendo sempre a) b) c) d)
uma de cada sabor.
3. (Uern 2015) - Divisor:
O número de formas diferentes com que Magali poderá pedir
essa casquinha é igual a - Resto: e,
a) b) c) d) - Quociente:

6. (Epcar (Afa) 2015) Um turista queria conhecer três estádios Logo, o dividendo dessa operação é
da Copa do Mundo no Brasil não importando a ordem de esco-
lha. Estava em dúvida em relação às seguintes situações: a) b)
c) d)
I. obrigatoriamente, conhecer o Estádio do Maracanã.
II. se conhecesse o Estádio do Mineirão, também teria que
conhecer a Arena Pantanal, caso contrário, não conheceria 4. (Pucpr 2015) Se é um fator do polinômio
nenhum dos dois. então, o valor de é igual a:

Sabendo que a Copa de 2014 se realizaria em estádios bra- a) b) c) d) e)


sileiros, a razão entre o número de modos distintos de escolher
a situação I e o número de maneiras diferentes de escolha para 5. (Espcex (Aman) 2015) O polinômio
a situação II, nessa ordem, é quando dividido por deixa resto
a) b) c) d) Sabendo disso, o valor numérico de é

a) b) c) d) e)
7. (Fgv 2015) Em uma sala estão presentes pessoas, com
Pelo menos uma pessoa da sala não trocou aperto de 6. (Ufrgs 2014) Considere os polinômios e
mão com todos os presentes na sala, e os demais presentes O número de soluções da equação

119
Matemática
a) 1 b) 3 c) - 4 d) 11 e) n. d. a
no conjunto dos números reais, é

a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.
3. (FRANCO) Sabendo que - 2 é raiz da equação
7. (Ueg 2013) A divisão do polinômio por , então o valor de k é:
é igual a:
a) x – 3 b) x + 3 c) x – 6 d) x + 6 a) b) 8 c) 10 d) 28 e) n. d. a
8. (Uern 2013) O produto entre o maior e o me- 4. (FRANCO) Qual dos polinômios seguintes admite os nú-
nor dos coeficientes do quociente da divisão de meros -1 e 5 como raízes?
por
é a) b)
a) 3. b) 4. c) – 2. d) – 5.
c) d)
9. (Espm 2013) O resto da divisão do polinômio
pelo polinômio é: e)
a) x – 1 b) x + 2 c) 2x – 1 d) x + 1 e) x – 2
5. (FRANCO) O produto das raízes da equação
é:
10. (Cefet MG 2013) Perdeu-se parte da informação que cons-
tava em uma solução de um problema, pois o papel foi rasgado e a) – 1 b) 0 c) 120 d) – 120 e) 60
faz-se necessário encontrar três dos números perdidos que cha-
maremos de A, B e C na equação abaixo. 6. (FRANCO) A equação admite
uma raiz igual a 2. Então, as outras duas raízes são:

a) b) c)
O valor de A + B + C é
d) e)
a) –3. b) –2. c) 4. d) 5. e) 7.
7. (FRANCO) O número 1 é uma das raízes da equação
11. (Ufrgs 2012) Se 2 é raiz dupla do polinômio p(x) = 2x4 – ; a soma das outras duas raízes é:
7x3 + 3x2 + 8x – 4, então a soma das outras raízes é
a) – 7 b) 0 c) – 1 d) 1 e) 7
a) -1. b) -0,5. c) 0. d) 0,5. e) 1.
8. (FRANCO) Se os números - 3, a, b são as raízes da equa-
12. (G1 - cftmg 2011) O valor numérico da expressão ção , então o valor de é:
para é a) – 6 b) – 2 c) – 1 d) 2 e) 6
9. (FRANCO) Os valores do parâmetro P, para os quais a
a) b) c) d) equação tem uma raiz nula, são:

a) b) e)
13. (Fgv 2010) Um polinômio P(x) do terceiro grau tem o grá-
fico dado a seguir:
c) d)

10. (FRANCO) Na equação , a mul-


tiplicidade da raiz é:
a) 1 b) 9 c) 18 d) 36 e) 54

11.FRANCO) Sabe-se que a equação


Os pontos de intersecção com o eixo das abscissas são (–1, 0), admite as raízes comple-
(1, 0) e (3,0) .
xas . Quais as demais raízes dessa equação ?
O ponto de intersecção com o eixo das ordenadas é (0,2). Por-
tanto o valor de P(5) é:
a) b)
a) 24 b) 26 c) 28 d) 30 e) 32
c) d)

Equações e)
1. (FRANCO) Qual dos valores abaixo é raiz da equação
?a) 0 b) 3 c) 2
d) 1 e) n. d. a 12.(FRANCO) Uma raiz da equação
é igual à soma das outras duas. As raízes são:
2. (FRANCO) Se 3 é uma das raízes da equação
, então o valor de k é:
a) b)

120
Matemática
9-D
c) d)
10-C
e)
11-E
12-C
13-C
14-D

Trigonometria

1. (G1 - cftmg 2014) Uma formiga sai do ponto A e segue
13. (FRANCO) Sabendo-se que por uma trilha, representada pela linha contínua, até chegar ao
tem uma raiz tripla, essa será: ponto B, como mostra a figura.
a) b) c) d) e)– 3

14. (FRANCO) As raízes da equação


são 1, -2 e 3; então a, b e c valem, respectivamente:
a) b)

c) d)

e)
Polinômios
Resposta da questão 1:
[D]
Resposta da questão 2:
[A]
Resposta da questão 3:
[A]
Resposta da questão 4:
[E]
Resposta da questão 5:
[A]
Resposta da questão 6: A distância, em metros, percorrida pela formiga é
[D] a) b) c) d)
Resposta da questão 7:
[B] 2. (G1 - ifce 2014) Uma rampa faz um ângulo de 30° com o
Resposta da questão 8: plano horizontal. Uma pessoa que subiu 20 metros dessa ram-
[A] pa se encontra a altura de ___ do solo.
Resposta da questão 9: a) 6 metros. b) 7 metros. c) 8 metros.
[E] d) 9 metros. e) 10 metros.
Resposta da questão 10:
[D]
3. (Unifor 2014) Sobre uma rampa de de comprimento
Resposta da questão 11:
[B] e inclinação de com a horizontal, devem-se construir
Resposta da questão 12: degraus de altura
[D]
Resposta da questão 13:
[E]

Equações
1-D
2-C Quantos degraus devem ser construídos?
3-B a) b) c) d) e)

4-B
5-B
6-D
7-C
4. (Uemg 2014) Em uma de suas viagens para o exterior, Luís
8-B

121
Matemática
Alves e Guiomar observaram um monumento de arquitetura Dados: sen (37º) = 0,60, cos (37º) = 0,80 e tg (37º) = 0,75
asiática. Guiomar, interessada em aplicar seus conhecimentos
matemáticos, colocou um teodolito distante 1,20 m da obra e
obteve um ângulo de 60°, conforme mostra a figura:

a) 60 b) 65 c) 70 d) 75 e) 80

Sabendo-se que a altura do teodolito corresponde a 130 cm, a 9. (G1 - ifba 2012) Um atleta do IFBA se desloca com veloci-
altura do monumento, em metros, é aproximadamente dade de 10 km/h ao longo da reta OP, que forma um ângulo de
a) 6,86. b) 6,10. c) 5,24. d) 3,34.. 30° com a reta Ox, partindo do ponto O. Após 3 horas, qual a
distância do atleta até a reta Ox?
5. (Unifor 2014) Uma pessoa está a de um prédio e vê
o topo do prédio sob um ângulo de como mostra a figura
abaixo.

a) 30 km b) 15 km.. c) km
d) km e) km

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Arquimedes,candidato a um dos cursos da Faculdade de Enge-
nharia, visitou a PUCRS para colher informações. Uma das
constatações que fez foi a de que existe grande proximidade
entre Engenharia e Matemática.
Se o aparelho que mede o ângulo está a de distância do
solo, então podemos afirmar que a altura do prédio em metros 10. (Pucrs 2012) Em uma aula prática de Topografia, os alu-
é: nos aprendiam a trabalhar com o teodolito, instrumento usado
a) b) .. c) d) e) para medir ângulos. Com o auxílio desse instrumento, é possí-
vel medir a largura y de um rio. De um ponto A, o observador
6. (Unicamp 2013) Ao decolar, um avião deixa o solo com um desloca-se 100 metros na direção do percurso do rio, e então
ângulo constante de 15°. A 3,8 km da cabeceira da pista existe visualiza uma árvore no ponto C, localizada na margem oposta
um morro íngreme. A figura abaixo ilustra a decolagem, fora sob um ângulo de 60°, conforme a figura abaixo.
de escala.

Podemos concluir que o avião ultrapassa o morro a uma altura,


a partir da sua base, de
a) 3,8 tan (15°) km.. b) 3,8 sen (15°) km.
c) 3,8 cos (15°) km. d) 3,8 sec (15°) km.
Nessas condições, conclui-se que a largura do rio, em metros, é
7. (G1 - utfpr 2012) Uma escada rolante de de compri-
mento liga dois andares de uma loja e tem inclinação de 30°. a) b) c) d) e) 200
Determine, em metros, a altura entre estes dois andares.
Use os valores: e 11. (G1 - ifsc 2011) Uma baixa histórica no nível das águas no
rio Amazonas em sua parte peruana deixou o Estado do Ama-
a) 3,48. b) 4,34. c) 5,22. d) 5. e) 3. zonas em situação de alerta e a Região Norte na expectativa da
pior seca desde 2005. [...] Em alguns trechos, o Rio Amazonas
já não tem profundidade para que balsas com mercadorias e
8. (G1 - ifpe 2012) Um estudante do Curso de Edificações do combustível para energia elétrica cheguem até as cidades. A
IFPE tem que medir a largura de um rio. Para isso ele toma os Defesa Civil já declarou situação de atenção em 16 municípios
pontos A e C que estão em margens opostas do rio. Em seguida e situação de alerta – etapa imediatamente anterior à situação
ele caminha de A até o ponto B, distante 100 metros, de tal de emergência – em outros nove. Porém, alguns trechos do rio
forma que os segmentos AB e AC são perpendiculares. Usando Amazonas ainda permitem plenas condições de navegabilida-
instrumento de precisão, a partir do ponto B ele visa o ponto de.
C e em seguida o ponto A, determinando o ângulo CBˆA que
mede 37º. Com isso ele determinou a largura do rio e achou,
em metros:

122
Matemática
a) 1000 metros b) 1014 metros c) 1414 metros
d) 1714 metros e) 2414 metros

13. (G1 - cftmg 2011) Um foguete é lançado de uma rampa


situada no solo sob um ângulo de , conforme a figura.

Considerando que um barco parte de A para atravessar o rio


Amazonas; que a direção de seu deslocamento forma um ângu-
lo de 120º com a margem do rio; que a largura do rio, teorica-
mente constante, de 60 metros, então, podemos afirmar que a
distância AB em metros percorrida pela embarcação foi de... Dados: ; ; .
Dados: A altura em que se encontra o foguete, após ter percorrido

Seno Cosseno Tangente
a) b)

c) d)

45º 14. (G1 - ifsc 2011) A trigonometria estuda as relações entre


os lados e os ângulos de um triângulo. Em um triângulo retân-
60º gulo, sabemos que , e
. Considere o triângulo abaixo e as proposi-
a) metros. b) metros. c) metros. ções I, II e III.
d) metros. e) metros.

I. o é retângulo em B.
II.
III.

Assinale a alternativa correta.


a) Apenas a proposição I é verdadeira.
b) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
12. (Uel 2011) Um indivíduo em férias na praia observa, a c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) Apenas a proposição II é verdadeira.
partir da posição , um barco ancorado no horizonte norte na
e) Todas as proposições são verdadeiras.
posição B. Nesta posição , o ângulo de visão do barco, em
relação à praia, é de 90°, como mostrado na figura a seguir.
15. (Uemg 2010) Na figura, a seguir, um fazendeiro (F) dista
600 m da base da montanha (ponto B). A medida do ângulo A
B é igual a 30º.

Ao calcular a altura da montanha, em metros, o fazendeiro


encontrou a medida correspondente a
a) 200 b) 100 c) 150 d) 250

Ele corre aproximadamente 1000 metros na direção oeste e 16. (Enem 2010) Um balão atmosférico, lançado em Bauru
(343 quilômetros a Noroeste de São Paulo), na noite do último
observa novamente o barco a partir da posição . Neste novo domingo, caiu nesta segunda-feira em Cuiabá Paulista, na re-
ponto de observação , o ângulo de visão do barco, em rela- gião de Presidente Prudente, assustando agricultores da região.
ção à praia, é de 45°. O artefato faz parte do programa Projeto Hibiscus, desenvolvi-
Qual a distância aproximadamente? do por Brasil, Franca, Argentina, Inglaterra e Itália, para a me-

123
Matemática
dição do comportamento da camada de ozônio, e sua descida Geometria Plana
se deu após o cumprimento do tempo previsto de medição.
1. (G1 - ifsc 2015) O fenômeno conhecido como Agroglifo,
figuras geométricas ou grandes círculos, se repetiu em 2013
na cidade de Ipuaçu, no Oeste do Estado de Santa Catarina.
Moradores avistaram dois desenhos em formatos diferentes
e maiores que os do ano passado. Segundo os moradores, o
fenômeno acontece na cidade desde 2008, sempre nesta época
do ano e atrai curiosos e especialistas.
Suponha que uma das figuras encontradas na cidade de Ipuaçu
seja a figura abaixo, formada por um círculo maior e dois
semicírculos menores, cujas dimensões estão indicadas na
Na data do acontecido, duas pessoas avistaram o balão. Uma figura. Sendo assim, é CORRETO afirmar que a área da região
estava a 1,8 km da posição vertical do balão e o avistou sob destacada em preto é de:
um ângulo de 60°; a outra estava a 5,5 km da posição vertical
do balão, alinhada com a primeira, e no mesmo sentido, con-
forme se vê na figura, e o avistou sob um ângulo de 30°.

Qual a altura aproximada em que se encontrava o balão?


a) 1,8 km b) 1,9 km c) 3,1 km
d) 3,7 km e) 5,5 km

(Use )
Gabarito:
Resposta da questão 1: a) b) c)
[D] d) e)
Resposta da questão 2:
[E] 2. (Pucrs 2015) Em um ginásio de esportes, uma quadra retan-
Resposta da questão 3: gular está situada no interior de uma pista de corridas circular,
[B] como mostra a figura.
Resposta da questão 4:
[D]
Resposta da questão 5:
[B]
Resposta da questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[E]
Resposta da questão 8:
[D]
Resposta da questão 9:
[B]
Resposta da questão 10:
[C]
Resposta da questão 11: A área interior à pista, excedente à da quadra retangular, em
[B] é
Resposta da questão 12:
[C] a) b) c)
Resposta da questão 13: d) e)
[D]
Resposta da questão 14:
[C]
Resposta da questão 15:
[A]
Resposta da questão 16:
[C]

3. (Acafe 2014) Na figura abaixo, o quadrado está inscrito na


circunferência. Sabendo que a medida do lado do quadrado é
8cm, então, a área da parte hachurada, em cm2, é igual a:

124
Matemática
mostrada na fotografia, tenha a forma e as dimensões indicadas
na figura.

a) b) c) d)

4. (Uerj 2014) Considere uma placa retangular de


acrílico, cuja diagonal mede Um estudante, para
construir um par de esquadros, fez dois cortes retos nessa placa
nas direções e de modo que e
conforme ilustrado a seguir:

Após isso, o estudante descartou a parte triangular res- Usando a aproximação pode-se afirmar que a área
tando os dois esquadros. desmatada, em quilômetros quadrados, é, aproximadamente,
Admitindo que a espessura do acrílico seja desprezível e que a) 10,8. b) 13,2. c) 12,3. d) 11,3. e) 15,4.
a área, em do triângulo equivale a:
a) 80 b) 100 c) 140 d) 180

5. (G1 - col.naval 2014) Seja ABC um triângulo retângulo de


hipotenusa 26 e perímetro 60. A razão entre a área do círculo
inscrito e do círculo circunscrito nesse triângulo é, aproxima-
damente:
a) 0,035 b) 0,055 c) 0,075 d) 0,095 e) 0,105

6. (Unifor 2014) A prefeitura do município de Jaguaribe, no


interior cearense, projeta fazer uma reforma na praça ao lado
da igreja no distrito de Feiticeiro. A nova praça terá a forma
de um triângulo equilátero de de lado, sobre cujos lados
serão construídas semicircunferências, que serão usadas na 8. (G1 - cftmg 2014) A figura 1 é uma representação plana
construção de boxes para a exploração comercial. A figura da “Rosa dos Ventos”, composta pela justaposição de quatro
abaixo mostra um desenho da nova praça. quadriláteros equivalentes mostrados na figura 2.

Com base nos dados acima, qual é aproximadamente a área da


nova praça em

Obs.: use e
a) b) c) d) e)

7. (Uea 2014) Admita que a área desmatada em Altamira,

125
Matemática
Com base nesses dados, a área da parte sombreada da figura 1,
em cm2, é igual a
a) 12. b) 18. c) 22. d) 24.

9. (Espm 2014) Na figura abaixo, é um paralelogramo


de área e são pontos médios de e respec-
tivamente.
a) 415m2 b) 420m2 c) 425m2
d) 455m2 e) 475m2

13. (G1 - utfpr 2013) Seja a circunferência que passa pelo


ponto B com centro no ponto C e a circunferência que passa
pelo ponto A com centro no ponto C, como mostra a figura
dada. A medida do segmento é igual à medida do segmento
e o comprimento da circunferência mede Então
a área do anel delimitado pelas circunferências e (região
escura) é, em cm2, igual a:
A área do polígo­no é igual a:
a) 20 cm2 b) 16 cm2 c) 12 cm2
d) 15 cm2 e) 18 cm2

10. (Uece 2014) O palco de um teatro tem a forma de um


trapézio isósceles cujas medidas de suas linhas de frente e de
fundo são respectivamente 15 m e 9 m. Se a medida de cada
uma de suas diagonais é 15 m, então a medida da área do
palco, em m2, é
a) 80. b) 90. c) 108. d) 1182. a) b) c) d) e)

14. (Ufrgs 2013) Observe a figura abaixo.

11. (Upe 2014) A figura a seguir representa um hexágono re-


gular de lado medindo 2 cm e um círculo cujo centro coincide
com o centro do hexágono, e cujo diâmetro tem medida igual à
No quadrado ABCD de lado 2, os lados AB e BC são diâme-
medida do lado do hexágono.
tros dos semicírculos. A área da região sombreada é
a) b) c) d) e)

15. (Espm 2013) A figura abaixo mostra um trapézio re­tângulo


ABCD e um quadrante de círculo de centro A, tangente ao lado
CD em F.
Considere: e
Nessas condições, quanto mede a área da superfície pintada?
a) 2,0 cm2 b) 3,0 cm2 c) 7,2 cm2
d) 8,0 cm2 e) 10,2 cm2

12. (Ibmecrj 2013) Uma emissora de TV, em parceria com


uma empresa de alimentos, criou um programa de perguntas
e respostas chamado “UM MILHÃO NA MESA”. Nele, o Se AB = 8 cm e DE = 2 cm, a área desse tra­pézio é igual a:
apresentador faz perguntas sobre temas escolhidos pelos par- a) 48 cm2 b) 72 cm2 c) 56 cm2 d) 64 cm2 e) 80 cm2
ticipantes. O prêmio máximo é de que fica, 16. (G1 - cftmg 2013) Um hexágono regular de área 12 cm2 e
inicialmente, sobre uma mesa, distribuído em pacotes com de centro P foi pintado em duas tonalidades, conforme a figura.
cédulas de cada um.
Cada cédula de é um retângulo de de base por
de altura. Colocando todas as cédulas uma ao lado da
outra, teríamos uma superfície de:

126
Matemática
fazendo com que os pontos E e F coincidam com um ponto P
do espaço.

A área pintada na tonalidade mais clara, em cm2, é


a) 3. b) 4. c) 5. d) 6.
A distância desse ponto P ao ponto A é igual a:
17. (Unicamp 2013) O segmento AB é o diâmetro de um
semicírculo e a base de um triângulo isósceles ABC, conforme a) 6 cm b) 5 cm c) cm d) cm e) cm
a figura abaixo.

21. (Ufrgs 2012) Os círculos desenhados na figura abaixo são


tangentes dois a dois.

Denotando as áreas das regiões semicircular e triangular, res-


pectivamente, por e podemos afirmar que a razão

quando radianos, é
a) b) c) d)

18. (Ibmecrj 2013) O mosaico da figura adiante foi desenhado


em papel quadriculado A razão entre a área da parte
escura e a área da parte clara, na região compreendida pelo
quadrado ABCD, é igual a A razão entre a área de um círculo e a área da região sombrea-
da é
a) 1. b) 2. c) d) e)

22. (G1 - ifpe 2012) O SBT, em parceria com a Nestlé, criou


um novo programa de perguntas e respostas chamado “UM
MILHÃO NA MESA”. Nele o apresentador Silvio Santos faz
perguntas sobre temas escolhidos pelos participantes. O prê-
mio máximo é de R$ 1.000.000,00 que fica, inicialmente, so-
bre uma mesa, distribuídos em 50 pacotes com 1.000 cédulas
de R$ 20,00 cada um. Cada cédula de R$20,00 é um retângulo
de 14 cm de base por 6,5 cm de altura. Colocando todas as
a) b) c) d) e) cédulas uma ao lado da outra, teríamos uma superfície de:

19. (Uepb 2013) Sabendo que a área do triângulo acutângulo


indicado na figura é o ângulo é:

a) 415m2 b) 420m2 c) 425m2 d) 455m2 e) 475m2


a) b) c) d) e)
23. (G1 - ifba 2012) A figura a seguir representa o coração
20. (Espm 2012) Na figura plana abaixo, ABCD é um qua- perfeito que Jair desenhou para a sua amada.
drado de área 10 cm2. Os segmentos CE e CF medem 4 cm
cada. Essa figura deverá ser dobrada nas linhas tracejadas,

127
Matemática
Resposta da questão 5:
[D]
Resposta da questão 6:
[C]
Resposta da questão 7:
[C]
Resposta da questão 8:
[D]
Resposta da questão 9:
Sabendo que esse coração representa dois semicírculos com [D]
o diâmetro em dois lados consecutivos de um quadrado, cuja Resposta da questão 10:
diagonal mede , a área do coração, em cm quadrados, [C]
é: Resposta da questão 11:
a) 175 b) 160 c) 155 d) 140 e) 142 [C]
Resposta da questão 12:
[D]
Resposta da questão 13:
[A]
Resposta da questão 14:
[E]
24. (G1 - ifce 2012) Na figura abaixo, os segmentos AB, AE e Resposta da questão 15:
ED possuem o mesmo comprimento. Sendo F o ponto médio [C]
do segmento BE e sabendo-se que ABCD é um retângulo de Resposta da questão 16:
área 200 m2, é correto concluir-se que a área do triângulo [C]
CDF, em metros quadrados, vale Resposta da questão 17:
[A]
Resposta da questão 18:
[A]
Resposta da questão 19:
[C]
Resposta da questão 20:
[A]
Resposta da questão 21:
[D]
Resposta da questão 22:
a) 120. b) 100. c) 90. d) 75. e) 50.
[D]
Resposta da questão 23:
25. (Ufrn 2012) A figura a seguir representa uma área qua-
[A]
drada, no jardim de uma residência. Nessa área, as regiões
Resposta da questão 24:
sombreadas são formadas por quatro triângulos cujos lados
[D]
menores medem 3 m e 4 m, onde será plantado grama. Na
Resposta da questão 25:
parte branca, será colocado um piso de cerâmica.
[A]

O proprietário vai ao comércio comprar esses dois produtos e,


perguntado sobre a quantidade de cada um, responde:
a) de grama e de cerâmica.
b) de grama e de cerâmica.
c) de grama e de cerâmica.
d) de grama e de cerâmica.

Gabarito

Resposta da questão 1:
[B]
Resposta da questão 2:
[B]
Resposta da questão 3:
[C]
Resposta da questão 4:
[C]

128
Matemática
Geometria Espacial poço até encher integralmente a caixa d’água?
Primas a) b) c) d) e)

1. (Unesp 2016) Um paralelepípedo reto-retângulo foi dividi- 5. (Cefet MG 2015) A Organização Mundial da Saúde reco-
do em dois prismas por um plano que contém as diagonais de menda que, fazendo economia, um ser humano consuma
duas faces opostas, como indica a figura. litros de água por dia. Uma família com quatro pessoas possui,
em sua casa, uma caixa d’água na forma de um prisma reto
com metro quadrado de área da base cheia com litros de
água.
A altura a ser completada de forma que a água da caixa seja o
suficiente para abastecer a família por cinco dias, em metros,
é de
Comparando-se o total de tinta necessária para pintar as faces a) b) c)
externas do paralelepípedo antes da divisão com o total ne- d) e)
cessário para pintar as faces externas dos dois prismas obtidos
após a divisão, houve um aumento aproximado de
6. (Pucrs 2015) Um paralelepípedo possui dimensões
a) b) c) d) e)
e A medida da aresta de um cubo que possui volu-
2. (G1 - cftmg 2016) Deseja-se construir uma caixa d’água no me igual ao do paralelepípedo é, em centímetros,
formato de um paralelepípedo retângulo, que armazene a) b) c) d) e)
litros de água, como mostra a figura.
7. (Unesp 2015) Quando os meteorologistas dizem que a
precipitação da chuva foi de significa que houve uma
precipitação suficiente para que a coluna de água contida em
um recipiente que não se afunila como, por exemplo, um pa-
ralelepípedo reto-retângulo, subisse Essa precipitação,
se ocorrida sobre uma área de corresponde a litro de
água.
O esquema representa o sistema de captação de água da chuva
Sabe-se que o comprimento é o dobro da largura que a
que cai perpendicularmente à superfície retangular plana e
altura é da medida da largura e que equivale a horizontal da laje de uma casa, com medidas por
litros de água. Nesse sistema, o tanque usado para armazenar apenas a água
captada da laje tem a forma de paralelepípedo reto-retângulo,
Nessas condições, a largura dessa caixa d’água, em metros, é com medidas internas indicadas na figura.
igual a
a) b) c) d)

3. (G1 - ifpe 2016) Uma folha retangular de papelão de


por será utilizada para confeccionar uma caixa,
sem tampa, em forma de paralelepípedo, de base retangular.
Para isso, deve-se, a partir desta folha de papelão, retirar
quadrados de lado de cada um dos vértices e, em segui-
da, dobrar os lados, conforme a figura abaixo:

Estando o tanque de armazenamento inicialmente vazio, uma


precipitação de no local onde se encontra a laje da
casa preencherá
a) da capacidade total do tanque.
b) da capacidade total do tanque.
c) da capacidade total do tanque.
d) da capacidade total do tanque.
e) da capacidade total do tanque.
Determine, em litros, o volume dessa caixa.
8. (Unisc 2015) Um reservatório cúbico de de profun-
a) litros b) litros c) litro
d) litros e) litros didade está com de água e precisa ser totalmente esvaziado.
O volume de água a ser retirado desse reservatório é de
4. (G1 - ifpe 2016) Na residência de Laércio, há uma caixa a) litros. b) litros. c) litros.
d’água vazia com capacidade de metros cúbicos. Ele vai en- d) litros. e) litros.
cher a caixa trazendo água de um poço próximo, em uma lata
cuja base é um quadrado de lado e cuja altura é 9. (Pucrj 2015) O diagrama abaixo mostra uma pilha de caixas
Qual é o número mínimo de vezes que Laércio precisará ir ao cúbicas iguais, encostadas no canto de um depósito.

129
Matemática

13. Um fazendeiro tem um depósito para armazenar leite


formado por duas partes cúbicas que se comunicam, como in-
dicado na figura. A aresta da parte cúbica de baixo tem medida
igual ao dobro da medida da aresta da parte cúbica de cima. A
torneira utilizada para encher o depósito tem vazão constante e
levou minutos para encher metade da parte de baixo.

Se a aresta de cada caixa é de então o volume total


Quantos minutos essa torneira levará para encher completa-
dessa pilha, em metros cúbicos, é de:
mente o restante do depósito?
a) b) c) d) e)
a) b) c) d) e)
10. (Uemg 2015) Um reservatório de água, de formato cônico,
com raio da tampa circular igual a metros e altura igual a
metros, será substituído por outro de forma cúbica, de aresta
igual a metros.

Estando o reservatório cônico completamente cheio, ao se


transferir a água para o reservatório cúbico, a altura do nível
atingida pela água será de (considere )
a) b) c) d)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto, a tirinha e as informações do quadro para respon- 14. (Ufrgs 2014) No cubo de aresta 10, da figura abaixo,
der à(s) questão(ões). encontra-se representado um sólido sombreado com as alturas
indicadas no desenho.
Uma caixa de suco de manga tem o formato de um bloco
retangular com base quadrada de lado O suco contido
nela é feito com a polpa de quatro mangas. Sabe-se que a pol-
pa obtida de cada manga rende litros de suco.

O volume do sólido sombreado é


a) 300. b) 350. c) 500. d) 600. e) 700.

- Libra e onça, bem como quilograma, são unidades de medida 15. (G1 - ifsp 2014) A figura a seguir representa uma piscina
de massa. em forma de bloco retangular.
- A relação lida por Calvin no 1º quadrinho está correta.
- é aproximadamente igual a libras.

11. (Fatec 2015) A altura mínima que a caixa de suco deve ter,
para conter todo o volume de suco obtido das quatro mangas é,
em decímetros, igual a

Desconsidere a espessura das paredes da caixa. De acordo com as dimensões indicadas, podemos afirmar cor-
a) b) c) d) e) retamente que o volume dessa piscina é, em m3, igual a
a) b) c) d) e)
12. (Uepb 2014) Uma cisterna de formato cúbico cuja área
lateral mede 200m2 tem por volume, aproximadamente: 16. Conforme regulamento da Agência Nacional de Aviação
a) b) c) Civil (Anac), o passageiro que embarcar em voo doméstico po-
derá transportar bagagem de mão, contudo a soma das dimen-
d) e) sões da bagagem (altura + comprimento + largura) não pode

130
Matemática
figura.
ser superior a
A figura mostra a planificação de uma caixa que tem a forma
de um paralelepípedo retângulo.

Qual é o volume do lote mínimo comercializado pela fábrica


de rapaduras?
a) b) c)
d) e)
O maior valor possível para em centímetros, para que a cai-
xa permaneça dentro dos padrões permitidos pela Anac é 22. (Ufrgs 2014) Os vértices do hexágono sombreado, na figu-
a) b) c) d) e) ra abaixo, são pontos médios das arestas de um cubo.

17. (Fgv 2014) Uma piscina vazia, com formato de paralele-


pípedo reto retângulo, tem comprimento de 10m, largura igual Se o volume do cubo é 216, o perímetro do hexágono é
a 5m e altura de 2m. Ela é preenchida com água a uma vazão a) b) c) d) e)
de litros por hora.
Após três horas e meia do início do preenchimento, a altura da 23. (Uneb 2014) A pele é o maior órgão de seu corpo, com
água na piscina atingiu: uma superfície de até 2 metros quadrados. Ela tem duas
a) 25cm b) 27,5cm c) 30 cm d) 32,5 cm e) 35 cm camadas principais: a epiderme, externa, e a derme, interna.
De acordo com o texto, a superfície máxima coberta pela pele
18. O condomínio de um edifício permite que cada pro- humana é equivalente a de um cubo cuja diagonal, em m, é
prietário de apartamento construa um armário em sua vaga igual a
de garagem. O projeto da garagem, na escala foi
a) b) c) d) e)
disponibilizado aos interessados já com as especificações das
dimensões do armário, que deveria ter o formato de um para- 24. (Espm 2014) No sólido representado abaixo, sabe-se que
lelepípedo retângulo reto, com dimensões, no projeto, iguais a
as faces e são retângulos de áreas e
e
respectivamente.
O volume real do armário, em centímetros cúbicos, será
a) b) c) d) e)

19. (Ucs 2014) O volume de um prisma reto, cuja base é um


retângulo com lados de medidas e é igual a
Qual será o volume, em do prisma reto que tem como base
o polígono com vértices nos pontos médios da base do prisma
anterior e que tem o triplo da altura do prisma anterior?
a) 30 b) 60 c) 120 d) 180 e) 300

20. (Acafe 2014) Num reservatório com a forma de um O vo­lume desse sólido é de:
paralelepípedo reto retângulo, de 1 metro de comprimento, 2 a) 8 cm3 b) 10 cm3 c) 12 cm3
metros de largura e 5 metros de altura, solta-se um bloco de d) 16 cm3 e) 24 cm3
concreto. O nível da água que estava com 60% da altura do
reservatório eleva-se até da altura. 25. (Upe 2013) Para pintar completamente o cubo representa-
O volume de água deslocado (em litros) foi de: do abaixo, são necessários 300 mililitros de tinta.
a) 4500. b) 1500. c) 5500. d) 6000.

21. (Enem PPL 2014) Uma fábrica de rapadura vende seus


produtos empacotados em uma caixa com as seguintes di-
mensões: de comprimento; de altura e
de profundidade. O lote mínimo de rapaduras vendido pela
fábrica é um agrupamento de caixas dispostas conforme a Mantendo o mesmo rendimento de pintura, quantos litros
seriam necessários para pintar completamente a peça represen-

131
Matemática
tada abaixo, formada por 13 desses cubos, sabendo-se que não Resposta da questão 25:
há cubos escondidos? [C]

Cilindro
1. (Imed 2016) Um reservatório de água tem o formato de um
cilindro reto de volume igual a Supondo que esse
cilindro está inscrito em um cubo de aresta igual ao dobro do
raio, o volume desse cubo, em é igual a:
a) b) c) d) e)

2. (Upe-ssa 2 2016) A figura abaixo representa um tanque de


a) 0,7 litro b) 1,9 litros c) 2,1 litros combustível de certa marca de caminhão a diesel. Sabendo que
d) 3,0 litros e) 4,2 litros
esse veículo faz, em média, e, observando o marcador
Gabarito: de combustível no início e no final de uma viagem, quantos
quilômetros esse caminhão percorreu?
Resposta da questão 1: Considere
[D]
Resposta da questão 2:
[D]
Resposta da questão 3:
[A]
Resposta da questão 4:
[D]
Resposta da questão 5:
[D] a) b) c)
Resposta da questão 6:
[C] d) e)
Resposta da questão 7:
[C] 3. (Faculdade Albert Einstein 2016) Sobre uma artéria média,
Resposta da questão 8: sabe-se que o diâmetro externo de uma seção reta e a espes-
[B] sura da parede medem e respectivamente.
Resposta da questão 9: Considerando que uma seção reta dessa artéria, obtida por dois
[E]
cortes transversais distantes um do outro, tem a forma
Resposta da questão 10:
[A] de um cilindro circular reto, quantos mililitros de sangue ela
Resposta da questão 11: deve comportar, em relação ao seu diâmetro interno? (Consi-
[C] dere a aproximação:
Resposta da questão 12: a) b) c) d)
[A]
Resposta da questão 13: 4. (Upe 2015) A figura a seguir representa a vista de cima de
[B]
Resposta da questão 14: uma cisterna cilíndrica. Os pontos e indicam os locais de
[C] abastecimento, diametralmente opostos, e o ponto mostra a
Resposta da questão 15: posição de uma pessoa que se encontra a de e a de
[E]
Resposta da questão 16:
[E]
Resposta da questão 17:
[E]
Resposta da questão 18:
[E]
Resposta da questão 19:
[D]
Resposta da questão 20:
[B]
Resposta da questão 21:
[D] Sabendo-se que a profundidade da cisterna é de qual a
Resposta da questão 22: sua capacidade máxima?
[E] (Considere
a) litros. b) litros. c) litros.
d) litros. e) litros.

Resposta da questão 23: 5. Uma fábrica brasileira de exportação de peixes vende para
[D] o exterior atum em conserva, em dois tipos de latas cilíndricas:
Resposta da questão 24: uma de altura igual a e raio e outra de altura des-
[C]

132
Matemática
10. Uma empresa que organiza eventos de formatura confec-
conhecida e raio de respectivamente, conforme figura. ciona canudos de diplomas a partir de folhas de papel quadra-
Sabe-se que a medida do volume da lata que possui raio maior, das. Para que todos os canudos fiquem idênticos, cada folha
é 1,6 vezes a medida do volume da lata que possui raio é enrolada em torno de um cilindro de madeira de diâmetro
menor, em centímetros, sem folga, dando-se voltas completas em
torno de tal cilindro. Ao final, amarra-se um cordão no meio do
diploma, bem ajustado, para que não ocorra o desenrolamento,
como ilustrado na figura.

Em seguida, retira-se o cilindro de madeira do meio do papel


A medida da altura desconhecida vale enrolado, finalizando a confecção do diploma. Considere que a
a) b) c) d) e) espessura da folha de papel original seja desprezível.
Qual é a medida, em centímetros, do lado da folha de papel
6. (G1 - ifsc 2015) Um galão de vinho de formato cilíndri- usado na confecção do diploma?
co tem raio da base igual a e altura Se do seu a) b) c) d) e)
volume está ocupado por vinho, é CORRETO afirmar que a
quantidade de vinho existente no galão é: 11. (Uea 2014) As figuras mostram um cilindro reto de raio
da base altura e volume e um cilindro reto de raio da
base altura e volume cujas superfícies laterais são
retângulos, de áreas e

Dados:

a) litros. b) litros. c) litros. Nesse caso, é correto afirmar que e valem, respectiva-
d) litros. e) litros.
mente,
7. (Pucrj 2015) O volume do sólido gerado pela rotação de um a) e b) e c) e d) e
quadrado de lado em torno de um dos seus lados é, em
e) e
a) b) c) d) e) 12. (Unifor 2014) Um posto de combustível inaugurado recen-
temente em Fortaleza usa tanque subterrâneo que tem a forma
8. (Unifor 2014) Parte do líquido de um cilindro circular reto de um cilindro circular reto na posição vertical como mostra a
que está cheio é transferido para dois cones circulares retos figura abaixo. O tanque está completamente cheio com
idênticos de mesmo raio e mesma altura do cilindro. Saben-
do-se que os cones ficaram totalmente cheios e que o nível da de gasolina e de álcool. Considerando que a altura do
tanque é de 12 metros, a altura da camada de gasolina é:
água que ficou no cilindro é de a altura do cilindro é de:
a) b) c) d) e)

9. (Upe 2014) Um torneiro mecânico construiu uma peça


retirando, de um cilindro metálico maciço, uma forma cônica,
de acordo com a figura 01 a seguir:
Considere
a) b) c) d) e)

13. (Ufsm 2014) Uma alternativa encontrada para a melhoria


da circulação em grandes cidades e em rodovias é a construção
de túneis. A realização dessas obras envolve muita ciência e
tecnologia.
 Um túnel em formato semicircular, destinado ao transporte
rodoviário, tem as dimensões conforme a figura a seguir.

Qual é o volume aproximado da peça em milímetros cúbicos?


a) b) c)
d) e)

133
Matemática

Qual é o volume, em no interior desse túnel?


a) b) c)
d) e) Admita que o funil esteja completamente cheio do óleo a ser
escoado para o recipiente cilíndrico vazio. Durante o escoa-
Gabarito: mento, quando o nível do óleo estiver exatamente na metade
Resposta da questão 1: da altura do funil o nível do óleo no recipiente cilíndrico
[C] corresponderá ao ponto K na geratriz AB.
Resposta da questão 2: A posição de K, nessa geratriz, é melhor representada por:
[D]
Resposta da questão 3:
[B]
Resposta da questão 4:
[D]
Resposta da questão 5: a)
[B]
Resposta da questão 6:
[E]
Resposta da questão 7:
[E]
Resposta da questão 8: b)
[D]
Resposta da questão 9:
[A]
Resposta da questão 10:
[D]
Resposta da questão 11: c)
[A]
Resposta da questão 12:
[B]

Resposta da questão 13:


[B] d)
Cone
3. (Pucrs 2015) Uma casquinha de sorvete na forma de cone
1. (Ucs 2016) Uma ampulheta tem a forma de dois cones cir- foi colocada em um suporte com formato de um cilindro, cujo
culares retos idênticos (mesmo raio e mesma altura) no interior raio da base e a altura medem conforme a figura.
de um cilindro circular reto, conforme mostra a figura.

O volume da parte da casquinha que está no interior do cilin-


O volume da parte do cilindro sem os dois cones é igual dro, em é
__________ soma dos volumes desses cones. Assinale a alter- a) b) c) d) e)
nativa que preenche corretamente a lacuna acima.
a) à b) ao dobro da c) à metade da 4. (Uemg 2015) Um reservatório de água, de formato cônico,
d) a um terço da e) a dois terços da
com raio da tampa circular igual a metros e altura igual a
2. (Uerj 2015) Um funil, com a forma de cone circular reto, é metros, será substituído por outro de forma cúbica, de aresta
utilizado na passagem de óleo para um recipiente com a forma igual a metros.
de cilindro circular reto. O funil e o recipiente possuem a
mesma capacidade. Estando o reservatório cônico completamente cheio, ao se
De acordo com o esquema, os eixos dos recipientes estão con- transferir a água para o reservatório cúbico, a altura do nível
tidos no segmento TQ, perpendicular ao plano horizontal atingida pela água será de (considere )
a) b) c) d)

134
Matemática
5. (Uemg 2014) Uma empresa deseja fabricar uma peça maci-
ça cujo formato é um sólido de revolução obtido pela rotação
de um trapézio isósceles em torno da base menor, como mostra
a figura a seguir. As dimensões do trapézio são: base maior
igual a 15 cm, base menor igual a 7 cm e altura do trapézio
igual a 3 cm.

8. (Cefet MG 2014) Um artesão resolveu fabricar uma ampu-


lheta de volume total V constituída de uma semiesfera de raio
4 cm e de um cone reto, com raio e altura 4 cm, comunicando-
-se pelo vértice do cone, de acordo com a figura abaixo.

Considerando-se o volume, em litros, da peça fabricada


corresponde a
a) 0,212. b) 0,333. c) 0,478. d) 0,536.

6. Para fazer um pião, brinquedo muito apreciado pelas crian-


ças, um artesão utilizará o torno mecânico para trabalhar num
pedaço de madeira em formato de cilindro reto, cujas medidas Para seu funcionamento, o artesão depositará na ampulheta
do diâmetro e da altura estão ilustradas na Figura 1. A parte de areia que corresponda a 25% de V. Portanto o volume de areia,
cima desse pião será uma semiesfera, e a parte de baixo, um em cm3, é
cone com altura conforme Figura 2. O vértice do cone a) b) c) d) e)
deverá coincidir com o centro da base do cilindro.
9. Um sinalizador de trânsito tem o formato de um cone
circular reto. O sinalizador precisa ser revestido externamente
com adesivo fluorescente, desde sua base (base do cone) até a
metade de sua altura, para sinalização noturna. O responsável
pela colocação do adesivo precisa fazer o corte do material
de maneira que a forma do adesivo corresponda exatamente à
parte da superfície lateral a ser revestida.

Qual deverá ser a forma do adesivo?

O artesão deseja fazer um pião com a maior altura que esse


pedaço de madeira possa proporcionar e de modo a minimizar
a quantidade de madeira a ser descartada. a)
Dados:
O volume de uma esfera de raio é
O volume do cilindro de altura e área da base é
b)
O volume do cone de altura e área da base é
Por simplicidade, aproxime para

A quantidade de madeira descartada, em centímetros cúbicos, é


a) b) c) d) e) c)

7. (Ufrgs 2014) Um cone reto com raio da base medindo


e altura de será seccionado por um plano paralelo
à base, de forma que os sólidos resultantes da secção tenham o
mesmo volume.
d)
A altura do cone resultante da secção deve, em ser
a) b) c) d) e)

e)

135
Matemática

10. (Unesp 2014) Prato da culinária japonesa, o temaki é um


tipo de sushi na forma de cone, enrolado externamente com
nori, uma espécie de folha feita a partir de algas marinhas, e
recheado com arroz, peixe cru, ovas de peixe, vegetais e uma
pasta de maionese e cebolinha.

Sabendo-se que o volume da bola é então a área


da superfície de cada faixa é de:
a) b) c)
Um temaki típico pode ser representado matematicamente d) e)
por um cone circular reto em que o diâmetro da base mede 8
cm e a altura 10 cm. Sabendo-se que, em um temaki típico de 2. (Ueg 2015) Suponha que haja laranjas no formato de uma
salmão, o peixe corresponde a 90% da massa do seu recheio,
esfera com de diâmetro e que a quantidade de suco que
que a densidade do salmão é de 0,35 g/cm3, e tomando
a quantidade aproximada de salmão, em gramas, nesse temaki, se obtém ao espremer cada laranja é de seu volume, sendo
é de o volume dado em litros. Nessas condições, se quiser obter
a) 46. b) 58. c) 54. d) 50. e) 62. litro de suco de laranja, deve-se espremer no mínimo

11. (Pucrs 2013) Um desafio matemático construído pelos Use


alunos do Curso de Matemática tem as peças no formato de a) laranjas b) laranjas
um cone. A figura abaixo representa a planificação de uma das
c) laranjas d) laranjas
peças construídas.
3. Para fazer um pião, brinquedo muito apreciado pelas crian-
ças, um artesão utilizará o torno mecânico para trabalhar num
pedaço de madeira em formato de cilindro reto, cujas medidas
do diâmetro e da altura estão ilustradas na Figura 1. A parte de
cima desse pião será uma semiesfera, e a parte de baixo, um
cone com altura conforme Figura 2. O vértice do cone
deverá coincidir com o centro da base do cilindro.

A área dessa peça é de ______ cm2.


a) b) c) d) e)

Gabarito:

Resposta da questão 1:
[B]
Resposta da questão 2:
[A]
Resposta da questão 3:
[D] O artesão deseja fazer um pião com a maior altura que esse
Resposta da questão 4: pedaço de madeira possa proporcionar e de modo a minimizar
[A] a quantidade de madeira a ser descartada.
Resposta da questão 5:
[B] Dados:
Resposta da questão 6:
O volume de uma esfera de raio é
[E]
Resposta da questão 7: O volume do cilindro de altura e área da base é
[E]
Resposta da questão 8: O volume do cone de altura e área da base é
[A] Por simplicidade, aproxime para
Resposta da questão 9:
[E] A quantidade de madeira descartada, em centímetros cúbicos, é
Resposta da questão 10: a) b) c) d) e)
[D]
Resposta da questão 11: 4. (Pucrs 2014) Uma esfera de raio está inscrita em um
[B]
Esfera cubo cujo volume, em é
a) 1 b) 2 c) 4 d) 8 e) 16
1. (Udesc 2015) Uma bola esférica é composta por faixas 5. (Pucrs 2014) Resolver a questão com base na regra 2 da
iguais, como indica a figura. FIFA, segundo a qual a bola oficial de futebol deve ter sua
maior circunferência medindo de 68cm a 70cm.

136
Matemática

Considerando a mesma circunferência de 70cm, o volume da


bola referida na questão anterior é _____ cm3. Pirâmides

a) b) c)
1. (Ufrgs 2016) Considere um paralelepípedo
d) e)
reto-retângulo conforme representado na figura abaixo.
6. (Espcex (Aman) 2014) Considere que uma laranja tem a
forma de uma esfera de raio 4 cm, composta de 12 gomos exa-
tamente Iguais. A superfície total de cada gomo mede:

a) b) c)

d) e)

7. (Uern 2013) Uma esfera e um cilindro possuem volumes e


raios iguais. O raio da esfera ao cubo é igual ao triplo do qua-
drado do raio do cilindro. A altura do cilindro, em unidades, é
a) 2. b) 3. c) 4. d) 8. Se as arestas do paralelepípedo medem e o volume do
sólido é
8. (Uern 2013) Uma fruta em formato esférico com um caroço a) b) c) d) e)
também esférico no centro apresenta 7/8 de seu volume ocupa-
do pela polpa. Desprezando-se a espessura da casca, conside-
rando que o raio da esfera referente à fruta inteira é de 12 cm,
então a superfície do caroço apresenta uma área de
a) b)
c) d)

9. (Uepa 2012) A ideologia dominante também se manifesta


por intermédio do acesso aos produtos do mercado, sobretudo
daqueles caracterizados por tecnologias de ponta. O “Cubo
Magnético” é um brinquedo constituído por 216 esferas iguais 2. (Ufpr 2016) Temos, abaixo, a planificação de uma pirâmide
e imantadas. Supondo que esse brinquedo possa ser coloca- de base quadrada, cujas faces laterais são triângulos equiláte-
do perfeitamente ajustado dentro de uma caixa, também no ros. Qual é o volume dessa pirâmide?
formato de um cubo, com aresta igual a a razão entre
o volume total das esferas que constituem o “Cubo Magnético”
e o volume da caixa que lhe serve de depósito é:

a) b) c)
d) e)

a) b) c) d) e) 3. (Ufsm 2015) Desde a descoberta do primeiro plástico


sintético da história, esse material vem sendo aperfeiçoado
e aplicado na indústria. Isso se deve ao fato de o plástico ser
Resposta da questão 1: leve, ter alta resistência e flexibilidade. Uma peça plástica
[B] usada na fabricação de um brinquedo tem a forma de uma pi-
Resposta da questão 2: râmide regular quadrangular em que o apótema mede e
[B] a aresta da base mede A peça possui para encaixe, em
Resposta da questão 3:
[E] seu interior, uma parte oca de volume igual a
Resposta da questão 4: O volume, em dessa peça é igual a
[D] a) b) c) d) e)
Resposta da questão 5:
[E] 4. (Insper 2014) Uma empresa fabrica porta-joias com a forma
Resposta da questão 6: de prisma hexagonal regular, com uma tampa no formato de
[A] pirâmide regular, como mostrado na figura.
Resposta da questão 7:
[C]
Resposta da questão 8:
[B]
Resposta da questão 9:
[A]

137
Matemática

As faces laterais do porta-joias são quadrados de lado medindo


6 cm e a altura da tampa também vale 6 cm. A parte externa Assim, o volume médio de terra que Hagar acumulou em cada
das faces laterais do porta-joias e de sua tampa são revestidas ano de trabalho é, em igual a:
com um adesivo especial, sendo necessário determinar a área a) 12
total revestida para calcular o custo de fabricação do produto. b) 13
A área da parte revestida, em cm2, é igual a c) 14
a) b) c) d) 15
d) e)
Gabarito:

Resposta da questão 1:
[C]
Resposta da questão 2:
[D]
Resposta da questão 3:
5. Maria quer inovar em sua loja de embalagens e decidiu ven- [E]
der caixas com diferentes formatos. Nas imagens apresentadas Resposta da questão 4:
estão as planificações dessas caixas. [E]
Resposta da questão 5:
[A]
Resposta da questão 6:
[B]
Resposta da questão 7:
[D]

Geometria Analítica
Quais serão os sólidos geométricos que Maria obterá a partir
dessas planificações? Estudo do Ponto
a) Cilindro, prisma de base pentagonal e pirâmide.
b) Cone, prisma de base pentagonal e pirâmide. 1 (Uea 2014) Num plano cartesiano, sabe-se que os pontos A,
c) Cone, tronco de pirâmide e prisma. B (1, 2) e C (2, 3) pertencem a uma mesma reta, e que o ponto
d) Cilindro, tronco de pirâmide e prisma. A está sobre o eixo Oy. O valor da ordenada de A é
e) Cilindro, prisma e tronco de cone. a) 0. b) 3. c) – 1. d) 2. e) 1.
6. (G1 - cftmg 2008) Um faraó projetou uma pirâmide de 2 (Ufpr 2014) A figura abaixo apresenta o gráfico da reta r:
100m de altura, cuja base é um quadrado de lado 100 m, den- 2y – x + 2 = 0 no plano cartesiano.
tro da qual estaria seu túmulo. Para edificar 1000m3 a mão de
obra escrava gastava, em média, 72 dias. Nessas condições, o
tempo necessário, em anos, para a construção dessa pirâmide
foi, aproximadamente,
a) 76 b) 66 c) 56 d) 46

7. (Uerj 2002) Leia os quadrinhos:

As coordenadas cartesianas do ponto P, indicado nessa figura,


são:
a)(3,6). b)(4,3). c)(8,3). d) (6,3). e) (3,8).

Suponha que o volume de terra acumulada no carrinho de mão


do personagem seja igual ao do sólido esquematizado na figura
a seguir, formado por uma pirâmide reta sobreposta a um para-
lelepípedo retângulo.

138
Matemática

3 (Ufrgs 2013) Considere os gráficos das funções e defi-


nidas por e representadas
no mesmo sistema de coordenadas cartesianas, e os pontos A
e B, interseção dos gráficos das funções e como na figura
abaixo. 6 [ (Unicamp 2011) Sabendo que a distância real entre a
catedral e a prefeitura é de 500 m, podemos concluir que a
distância real, em linha reta, entre a catedral e a câmara de
vereadores é de

a) 1500 m. b) 500 m.

c) 1000 m. d) 500 + 500 m.

7 . (Uff 2010)

A distância entre os pontos A e B é


a) b) c) d) e)

4 (Pucrj 2013) Se os pontos A = (–1, 0), B = (1, 0) e C = (x, y)


são vértices de um triângulo equilátero, então a distância entre
AeCé

a) 1 b) 2 c) 4 d) e)
A palavra “perímetro” vem da combinação de dois elementos
gregos: o primeiro, perí, significa “em torno de”, e o segundo,
5 (Fgv 2012) No plano cartesiano, M(3, 3), N(7, 3) e P(4, 0) metron, significa “medida”.
são os pontos médios respectivamente dos lados e O perímetro do trapézio cujos vértices têm coordenadas (−1,
de um triângulo ABC. A abscissa do vértice C é: 0), (9, 0), (8, 5) e (1, 5)
a) 10 + b) 16 +
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 e) 0
c) 22 + d) 17 + 2

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: e) 17 +


A figura a seguir apresenta parte do mapa de uma cidade, no 8 . (Ufrgs 2008) Sendo os pontos A = (- 1, 5) e
qual estão identificadas a catedral, a prefeitura e a câmara de
vereadores. Observe que o quadriculado não representa os B = (2, 1) vértices consecutivos de um quadrado, o compri-
quarteirões da cidade, servindo apenas para a localização dos mento da diagonal desse quadrado é
pontos e retas no plano cartesiano.
a) 2. b) . c) .
Nessa cidade, a Avenida Brasil é formada pelos pontos
equidistantes da catedral e da prefeitura, enquanto a Avenida
d) 5. e) .
Juscelino Kubitschek (não mostrada no mapa) é formada pelos
pontos equidistantes da prefeitura e da câmara de vereadores.

9 . (G1 - cftmg 2005) Os pontos A(- 5, 2) e C(3, - 4) são extre-


midades de uma diagonal de um quadrado. O perímetro desse
quadrado é
a) 22 b).20 c).10 d) 5 e) .

139
Matemática
Considerando-se esses dados, é correto afirmar que os pares
10 . (Pucrj 2004) Sejam A e B os pontos (1, 1) e (5, 7) no ordenados (x, y) satisfazem a relação
plano. O ponto médio do segmento AB é:
a) y = 4x + 3. b) y = 6x – 1.
a) (3, 4) b) (4, 6) c) (-4, -6) d) (1, 7) e) (2, 3)
c) y = 7x – 3. d) y = 5x + 7.

11 . (Pucrj 2000) Os pontos (0,8), (3,1) e (1,y) do plano são


colineares. O valor de y é igual a: 6. (Pucrs 2013) A equação que representa a reta na figura
a) 5 b) 6 c) 17/3 d) 11/2 e) 5,3 abaixo é _________.

12 . (Pucrj 1999) O valor de x para que os pontos (1,3), (-2,4),


e (x,0) do plano sejam colineares é:
a) 8. b) 9. c) 11. d) 10. e) 5.

Retas
1. (Pucrj 2014) O retângulo ABCD tem um lado sobre o eixo
e um lado sobre o eixo como mostra a figura. A área do a) y = x b) y = – x + 1 c) y = – x – 1
retângulo ABCD é 15 e a medida do lado AB é 5. A equação
da reta que passa por D e por B é: d) y = x – 1 e) y = x + 1

7. (Uepb 2013) A reta de equação


com m constante real,
passa pelo ponto Então, seu coeficiente angular é:

a) b) c) d) e)

a) b) c)

d) e)
2. (Upe 2014) No plano cartesiano, as interseções das retas de 8. (Pucrj 2013) O triângulo ABC da figura abaixo tem área 25
equações determinam um e vértices A = (4, 5), B = (4, 0) e C = (c, 0).
triângulo, cujos vértices são pontos de coordenadas:
a) (2, 4); (-4, 4); (2, -4) b) (-2,4); (-4, 4); (-2, -4)
c) (-2, -4); (8, -4); (3, 1) d) (4,2); (4, -8); (-1, -3)
e) (2,4); (-8,4); (-3, -1)

3. (Espm 2014) Os pontos e


do plano cartesiano são distintos e colineares. A área do qua-
drado de diagonal vale:
a) 12 b) 16 c) 25 d) 4 e) 9
A equação da reta r que passa pelos vértices A e C é:

4. (Unicamp 2014) No plano cartesiano, a reta de equação a) b) c)


intercepta os eixos coordenados nos pontos A e
B. O ponto médio do segmento AB tem coordenadas d) e)

a) b) c) d) 9. (Uern 2013)

5. (G1 - cftmg 2014) A tabela seguinte mostra o número de


ovos postos, por semana, pelas galinhas de um sítio
Número de galinhas Número de ovos
Semana
(x) (y)
1ª 2 11
2ª 3 18
3ª 4 25
4ª 5 32

140
Matemática
e) y = 10000 – 2000t

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Arquimedes,candidato a um dos cursos da Faculdade de Enge-
nharia, visitou a PUCRS para colher informações. Uma das
constatações que fez foi a de que existe grande proximidade
entre Engenharia e Matemática.
12. (Pucrs 2012) Em uma aula de Geometria Analítica, o
professor salientava a importância do estudo de triângulos em
Engenharia, e propôs a seguinte questão:

A área do triângulo retângulo formada pela sobreposição das


retas r e s, no gráfico, é igual a 36 unidades. Logo, a equação
da reta r é O triângulo determinado pelos pontos A (0,0), B (5,4) e C (3,8)
do plano cartesiano tem área igual a ______.
a) y = x + 12 b) y = – x + 16
c) y = – 2x + 16 d) y = – 2x + 12
Feitos os cálculos, os alunos concluíram que a resposta correta
era:

10. (Uern 2012) Uma reta tem coeficiente angular igual a – 2 e a) 2 b) 4 c) 6 d) 14 e) 28


passa pelos pontos (3, 4) e (4, k). A soma do coeficiente linear
da reta com o valor de k é
a) 5. b) 7. c) 12. d) 14.
13. (Ifsul 2011) A equação da reta, representada no gráfico
abaixo, é:

11. (Enem PPL 2012) Os procedimentos de decolagem e pou-


so de uma aeronave são os momentos mais críticos de opera-
ção, necessitando de concentração total da tripulação e da torre
de controle dos aeroportos. Segundo levantamento da Boeing, a) b)
realizado em 2009, grande parte dos acidentes aéreos com
vítimas ocorre após iniciar-se a fase de descida da aeronave. c) d)
Desta forma, é essencial para os procedimentos adequados de
segurança monitorar-se o tempo de descida da aeronave.
A tabela mostra a altitude y de uma aeronave, registrada pela 14. (Pucrj 2009) Calcule a área do triângulo de vértices A =
torre de controle, t minutos após o início dos procedimentos de (1,2), B = (2,4) e C = (4,1).
pouso.

tempo t
(em minu- 0 5 10 15 20
tos)
altitude y
(em me- 10000 8000 6000 4000 2000
tros)
Considere que, durante todo o procedimento de pouso, a rela-
ção entre y e t é linear.

De acordo com os dados apresentados, a relação entre y e t é


dada por
a) y = – 400t
b) y = – 2000t
a) b) 3 c) d) 4 e)
c) y = 8000 – 400t
15. (Pucrj 2006) Dado que uma das retas na figura tem equa-
d) y = 10000 – 400t ção x = 4 e que a distância entre O e P é 5, a equação da reta

141
Matemática
passando por OP é: [E]
Resposta da questão 7:
[B]
Resposta da questão 8:
[D]
Resposta da questão 9:
[C]

Resposta da questão 10:


a) 4x - 3y = 0 b) 2x - 3y = 5 c) 3x - 4y = 0 [C]
d) 3x - 4y = 3 e) 4x - 3y = 5 Resposta da questão 11:
[D]
Resposta da questão 12:
GABARITO - PONTO [D]
Resposta da questão 13:
Resposta da questão 1: [B]
[E] Resposta da questão 14:
Resposta da questão 2: [C]
[C] Resposta da questão 15:
Resposta da questão 3: [C]
[E]
Resposta da questão 4: Circunferência
[B]
Resposta da questão 5: 1. (Pucsp 2016) Na figura tem-se a representação de cir-
[C] cunferência de centro e tangente aos eixos coordenados nos
pontos e
Resposta da questão 6:
[B]
Resposta da questão 7:
[E]
Resposta da questão 8:
[E]
Resposta da questão 9:
[B]
Resposta da questão 10:
[A]
Resposta da questão 11:
[C]
Resposta da questão 12:
[D] Se a equação de é então a área
da região hachurada, em unidades de superfície, é
GABARITO-RETAS a) b) c) d)
Resposta da questão 1: 2. (Uece 2016) No plano cartesiano usual, a equação da cir-
[D]
cunferência que contém os pontos e é
Resposta da questão 2: O valor da soma é
[E] a) 30. b) 10. c) 40. d) 20.
Resposta da questão 3:
[E]
3. (Mackenzie 2015) Há duas circunferências secantes e
Resposta da questão 4: de equações e
[D] respectivamente. A equação da reta que passa pelos pontos de
Resposta da questão 5: interseção de e é
[C] a) b) c)
d) e)
Resposta da questão 6:

142
Matemática

4. (Ufrgs 2015) Considere as circunferências definidas por


e repre-
sentadas no mesmo plano cartesiano.

As coordenadas do ponto de interseção entre as circunferências


são
a) b) c) d) e)

5. (Cefet MG 2015) Considere as circunferências

A área do triângulo cujos os vértices são os centros dessas cir-


Sabendo-se que a circunferência de maior raio passa pelo centro
cunferências e o ponto em unidades de área, é igual a da circunferência de menor raio, a equação da circunferência de
maior raio é
a) b) c) d) e) a)
b)
6. (Pucsp 2015) Num sistema de eixos cartesianos ortogonais, c)
as interseções das curvas de equações e d)
são as extremidades de um diâmetro de uma circunferência cuja
equação é:
a) b) 9. (Imed 2015) No plano cartesiano a circunferência
c) d) com centro no ponto é tangente ao eixo das ordena-
e) das. Nessa situação, a equação geral dessa circunferência cor-
responde a:
7. (Uema 2015) Um fabricante de brinquedos utiliza material
reciclado: garrafas, latinhas e outros. Um dos brinquedos des- a)
pertou a atenção de um estudante de Geometria, por ser con- b)
feccionado da seguinte forma: amarra-se um barbante em um c)
bico de garrafa pet cortada e, na extremidade, cola-se uma bola
de plástico que, ao girar em torno do bico, forma uma circunfe- d)
rência. O estudante representou-a no sistema por coordenadas e)
cartesianas, conforme a figura a seguir:
10. (Uern 2015) O raio da circunferência determinada pela
equação é, em unidades de medi-
da:
a) b) c) d)

11. (Unisc 2015) Observando o círculo abaixo, representado no


sistema de coordenadas cartesianas, identifique, entre as alter-
nativas apresentadas, a equação que o representa.

Considerando o tamanho do barbante igual a unidades de


comprimento (u.c.) e o bico centrado no ponto a equação
que representa a circunferência é igual a
a)
b)
c)
d) a) b)
e) c) d)
8. (Ueg 2015) Observe a figura a seguir. e)

12. (Ufsm 2015) Uma antena de telefone celular rural cobre


uma região circular de área igual a Essa antena está
localizada no centro da região circular e sua posição no sistema
cartesiano, com medidas em quilômetros, é o ponto
Assim, a equação da circunferência que delimita a região cir-
cular é

a) b)

143
Matemática
salto para não cair na água é

2
c) d)
e)
a) b) 2 c) 2 2 d) 2 − 2 e) 5
13. (Enem 2014) A figura mostra uma criança brincando em
um balanço no parque. A corda que prende o assento do balanço 16. (Pucrs 2014) Uma circunferência de centro em
ao topo do suporte mede metros. A criança toma cuidado para com tangencia o eixo das abscissas e o eixo das ordena­
não sofrer um acidente, então se balança de modo que a corda das. Sua equação é
não chegue a alcançar a posição horizontal.
a) b)
c) d)
e)

17. (Fgv 2014) No plano cartesiano, uma circunferência tem


centro C(5,3) e tangencia a reta de equação
Na figura, considere o plano cartesiano que contém a trajetória A equação dessa circunferência é:
do assento do balanço, no qual a origem está localizada no topo
do suporte do balanço, o eixo é paralelo ao chão do parque, e a)
o eixo tem orientação positiva para cima. b)
A curva determinada pela trajetória do assento do balanço é par- c)
te do gráfico da função d)
e)
a) b)
c) d)
18. (Ufrgs 2014) A área de um quadrado inscrito na circunfe-
e)
rência de equação é
a)
14. (Pucrs 2014) Resolver a questão com base na regra 2 da
FIFA, segundo a qual a bola oficial de futebol deve ter sua maior b)
circunferência medindo de 68cm a 70cm. c)
Considerando essa maior circunferência com 70cm e usando d)
um referencial cartesiano para representá-la, como no desenho
abaixo, poderíamos apresentar sua equação como e)

Circunferência
Resposta da questão 1: [C]
Resposta da questão 2: [D]
Resposta da questão 3: [A]
Resposta da questão 4: [A]
Resposta da questão 5: [A]
Resposta da questão 6: [E]
Resposta da questão 7: [A]
Resposta da questão 8: [C]
Resposta da questão 9: [B]
Resposta da questão 10: [D]
a) b) Resposta da questão 11: [D]
Resposta da questão 12: [A]
c) d) Resposta da questão 13: [D]
e) Resposta da questão 14: [B]
Resposta da questão 15: [A]
15. (Mackenzie 2014) Vitória-régia é uma planta aquática típi- Resposta da questão 16: [E]
ca da região amazônica. Suas folhas são grandes e têm formato Resposta da questão 17: [A]
circular, com uma capacidade notável de flutuação, graças aos Resposta da questão 18: [D]
compartimentos de ar em sua face inferior.
Em um belo dia, um sapo estava sobre uma folha de vitória-
-régia, cuja borda obedece à equação x 2 + y 2 + 2x + y + 1 =0,
apreciando a paisagem ao seu redor. Percebendo que a fo-
lha que flutuava à sua frente era maior e mais bonita, resol-
veu pular para essa folha, cuja borda é descrita pela equação
x 2 + y 2 − 2x − 3y + 1 =
0.

A distância linear mínima que o sapo deve percorrer em um

144
LEGISLAÇÃO
Legislação
LEI N.º 1154 DE 09 DE DEZEMBRO DE 1975 por ato do Governador do Estado, desde que haja
conveniência para o serviço.
DISPÕE sobre o Estatuto dos Policiais Militares do
Estado do Amazonas e dá outras providências. d) São equivalentes as expressões “na ativa”, “da
TÍTULO I ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”,
“em serviço”, “em atividade” ou “em atividade
GENERALIDADES policial militar” conferidas aos policiais militares
no desempenho de cargo, comissão, encargo, in-
cumbência ou missão, serviço ou atividade policial
militar ou considerada de natureza policial militar,
01. O presente Estatuto (Estatuto dos Policiais Mi-
nas organizações policiais militares, bem como em
litares do Estado do Amazonas) regula a situação,
outros órgãos do Estado, quando previsto em lei ou
obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos po-
regulamento.
liciais militares do Estado do Amazonas. Em relação
ao mesmo, marque a alternativa correta.
CAPÍTULO I
a) A Policia Militar subordina-se, ao Governador
DO INGRESSO NA POLÍ-
do Estado, nos termos da Constituição Estadual e,
CIA MILITAR
operacionalmente ao Secretário de Estado de Se-
gurança Pública sendo uma instituição destinada a
3) Em relação ao ingresso na polícia militar do esta-
manutenção da ordem púbica no Estado, em caráter
do do amazonas, assinale a alternativa correta.
ostensivo e judiciário.
a) O ingresso na Polícia Militar é obrigatório a todos
b) Os integrantes da Policia Militar do Amazonas,
os brasileiros, sem distinção de raça ou de crença
em razão da destinação constitucional da Corpora-
religiosa, mediante inclusão, matrícula ou nomea-
ção e em decorrência das leis vigentes, constituem
ção, observadas as condições prescritas, em lei e nos
uma categoria especial de servidores públicos esta-
regulamentos da Corporação.
duais e são denominados policiais militares.

c) O serviço policial militar consiste no exercício de b) Para a matrícula nos estabelecimentos de ensino
atividades inerentes à Policia Militar e compreende policial militar destinados à formação de oficiais e
todos os encargos previstos na legislação específica graduados, além das condições relativas à nacionali-
e relacionados com a manutenção da ordem pública dade, idade, aptidão intelectual, capacidade física e
no Estado, tanto no âmbito ostensivo quanto inves- idoneidade moral, é necessário que o candidato não
tigativo. tenha exercido atividades prejudiciais ou perigosas à
Segurança Nacional nos últimos 180 dias.
d) O serviço policial militar consiste no exercício de
atividades inerentes à Policia Militar e compreende c) Para a matrícula nos estabelecimentos de ensino
todos os encargos previstos na legislação específica policial militar destinados à formação de oficiais e
e relacionados, em parceria com a Policia Civil, na graduados, além das condições relativas à nacionali-
manutenção da ordem pública no Estado. dade, idade, aptidão intelectual, capacidade física e
idoneidade moral, é necessário que o candidato não
exerça, nem tenha exercido atividades prejudiciais
2) A carreira policial militar é caracterizada por ou perigosas à Segurança Nacional.
atividade continuada e inteiramente devotada às
finalidades da Policia Militar, denominada atividade d) aos candidatos ao ingresso nos Quadros de Ofi-
policial militar. Em relação a carreira de policial ciais é exigido o diploma ensino médio ou equiva-
militar, assinale a alternativa correta. lente reconhecido pelo Governo Estadual.

a) A carreira policial militar é privativa do pessoal


da ativa. Inicia-se com o ingresso na Policia Militar,
sendo facultativo a sequência de graus hierárquicos. CAPÍTULO II
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

b) É privativa de brasileiro nato ou naturalizado a 4) A hierarquia e a disciplina são a base institucional


carreira de Oficial da Policia Militar. da Policia Militar. A autoridade e a
responsabilidade crescem com o gráu hierárquico.
c) Os policiais militares da reserva remunerada não Sobre o excerto, assinale o que for correto.
poderão ser convocados para o serviço ativo, em
caráter transitório e mediante aceitação voluntária, a) A hierarquia policial militar pode ou não ser a or-

146
Legislação
denação da autoridade em níveis diferentes, dentro
da estrutura da Polícia Militar. a) tenham falecido;
b) tenham sido considerados extraviados;
b) Disciplina é a rigorosa observância e o acatamen-
to integral das leis, regulamentos, normas e c) tenham sido considerados desertores.
disposições que fundamentam o organismo policial d) estejam servindo à disposição de outros órgãos
militar e coordenam seu funcionamento regular e responsáveis pela Segurança Pública
harmônico.

c) A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser


TÍTULO II
mantidos em todas as circunstâncias da vida, entre
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES
policiais militares da ativa, não sendo obrigatório
POLICIAISMILITARES
aos da reserva remunerada e reformados.
CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAISMILITARES
d) Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido
SEÇÃO I
por ato do Comandante-Geral da Polícia Militar.
DO VALOR POLICIALMILITAR

07. São manifestações essenciais do valor policial


militar, exceto:

CAPÍTULO III a) o sentimento de servir à comunidade estadual,


DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAISMILITA- traduzido pela vontade inabalável de cumprir o
RES dever policial militar e pelo integral devotamento à
manutenção da ordem pública, salvo quando houver
5) Em relação ao cargo e da função de policiais risco iminente da própria vida;
militares, está correto o que se afirma em:
b) o civismo e o culto das tradições históricas;
a) Cargo policial militar é aquele que pode ser
exercido por policial militar em serviço ativo ou da c) a fé na elevada missão da Policia Militar;
reserva remunerada.
d) o aprimoramento técnico-profissional

b) A cada cargo policial militar corresponde um


conjunto de atribuições, deveres e responsabilida- SEÇÃO II
des que se constituem em obrigações do respectivo DA ÉTICA POLICIALMILITAR
titular.
08. O sentimento do dever o pundonor policial
c) As obrigações inerentes ao cargo policial militar militar e o decoro da classe impõem, a cada um
podem (salvo exceções) ser compatíveis com o cor- dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral
respondente grau hierárquico e definidas em legisla- e profissional irrepreensíveis com observância dos
ção ou regulamentação específicas. seguintes preceitos da ética policial militar.

d) Os cargos policiais militares são providos com A partir do excerto, assinale o que for incorreto.
pessoal que satisfaça (salvo exceções) aos requisitos
de grau hierárquico e de qualificação exigidos para a) amar a verdade e a responsabilidade como funda-
o seu desempenho. mento da dignidade pessoal;
b) exercer com autoridade, eficiência e probidade as
06. O cargo policial militar é considerado vago a funções que lhe couberem em decorrência do cargo;
partir de sua criação e até que um policial militar c) respeitar a dignidade da pessoa humana, salvo em
tome posse ou desde o momento em que o policial caso de resistência.
militar exonerado, dispensado ou que tenha recebido d) cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos,
determinação expressa de autoridade competente, o as instruções e as ordens das autoridades competen-
deixe ou até que outro policial militar tes;
tome posse de acordo com as normas de provimento e) ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na
previstas no Parágrafo Único do Art. 20. apreciação do mérito dos subordinados;

Consideram-se também vagos os cargos policiais 09. O sentimento do dever o pundonor policial
militares cujos ocupantes, exceto: militar e o decoro da classe impõem, a cada um

147
Legislação
dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral
e profissional irrepreensíveis com observância dos e) a obrigação de tratar o subordinado dignamente e
seguintes preceitos da ética policial militar. com urbanidade

A partir do excerto, assinale o que for incorreto.

a) zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual,


físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em
vista o cumprimento da missão comum;
SEÇÃO I
b) empregar todas as suas energias em benefício do
serviço; DO COMPROMISSO POLICIALMILITAR

c) praticar a camaradagem e desenvolver permanen- 12. Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar
temente o espírito de cooperação; mediante inclusão, matrícula ou nomeação, pres-
tará compromisso de honra, no qual afirmará a sua
d) ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres
linguagem escrita e falada; policiais militares e manifestará a sua firme disposi-
ção de bem cumpri-los.
e) abster-se, quando possível, de tratar, fora de âm-
bito apropriado de matéria sigilosa relativa à Segu- Certo Errado
rança Nacional;

10. O sentimento do dever o pundonor policial 13) O compromisso a que se refere o artigo anterior
militar e o decoro da classe impõem, a cada um terá caráter solene e será prestado na presença de
dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral tropa, tão logo o policial militar tenha adquirido
e profissional irrepreensíveis com observância dos um grau de instrução compatível com o perfeito
seguintes preceitos da ética policial militar. entendimento de seus deveres como integrante da
Polícia Militar, conforme os seguintes dizeres: “Ao
A partir do excerto, assinale o que for incorreto. ingressar na Polícia Militar do Amazonas, prometo
regular a minha conduta pelos preceitos da moral,
a) acatar as autoridades civis; cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a
b) cumprir seus deveres de cidadão; que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente
c) proceder de maneira ilibada na vida pública, ex- ao serviço policial militar, à manutenção da ordem
ceto na particular; pública e à
d) observar as normas da boa educação; segurança da comunidade, salvo quando gerar risco
e) garantir assistência moral e material ao seu lar e da própria vida”.
conduzir-se como chefe de família modelar;
Certo Errado

CAPÍTULO II
DOS DEVERES POLICIAISMILITARES
SEÇÃO II
11) Os deveres policiais militares emanam de víncu- DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
los racionais e morais que ligam o policial militar
a comunidade estadual e à sua segurança, e com-
preendem, essencialmente, exceto. 14) Comando é a soma de autoridade, deveres e
responsabilidades de que o policial militar
a) a dedicação integral ao serviço policial militar e a é investido legalmente, quando conduz homens ou
fidelidade a instituição a que pertence, mesmo com dirige uma organização policial militar.
o sacrifício da própria vida; O Comando é vinculado ao grau hierárquico e cons-
titui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício
b) o culto aos símbolos nacionais; o policial militar se define e se caracteriza como
Chefe.
c) a probidade e a lealdade em todas as circunstân-
cias; Certo Errado

d) a disciplina e o respeito à hierarquia quando con-


veniente; CAPÍTULO III

148
Legislação
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS SEÇÃO IV
DEVERES DAS LICENÇAS

19) Licença é a autorização para o afastamento total


15) A violação das obrigações ou dos deveres poli- do serviço, em caráter temporário, concedida ao
ciais militares não constituirá crime ou transgres- policial militar, obedecidos as disposições legais e
são, podendo ser classificada como PADM (Proces- regulamentares.
so Administrativo Disciplinar Militar)
A licença pode ser:

Certo Errado a) especial;

b) para tratar de interesse particular;


16. A violação dos preceitos da ética policial mili-
tar é tão mais grave quanto mais elevado for o grau c) para tratamento de saúde de pessoa da família;
hierárquico de quem a cometer.
d) para tratamento de saúde de parentes por afinida-
de (enteado(a).
Certo Errado
Gabarito

SEÇÃO I 1-B
DOS CRIMES MILITARES
17) O Tribunal de Justiça do Estado é competente 2-D
para processar e julgar os policiaismilitares 3-C
nos crimes definidos em lei como militares.
4-B
Certo Errado
5-B
6-D
7-A
8-C
9-E
10-C
11-D
12-CERTO

SEÇÃO II 13-ERRADO
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES 14-CERTO
O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar espe- 15-ERRADO
cificará e classificará as transgressões disciplinares
16-CERTO
e estabelecerá as normas relativas à amplitude e
aplicação das penas disciplinares, à classificação do 17-CERTO
comportamento policial militar e à interposição de
recursos contra as penas disciplinares. 18-ERRADO
19-D
A partir deste exposto, julgue o item a seguir:

18) As penas disciplinares de detenção ou prisão não


podem ultrapassar de quinze dias

Certo Errado

149
HISTÓRIA
História
ORIGEM DO HOMEM AMERI- fogo. Nas proximidades destes fogões também fo-
ram achados ossos de animais e instrumentos de
CANO pedras lascadas.
O homem americano, para uma grande Em torno da descoberta de Niéde Guidon
maioria de autores, não é autóctone. Possivelmente existem grandes discussões. Outros arqueólogos
surgiu a partir de migrações advindas da Ásia, ha- questionam essa datação para a presença huma-
vendo esses povos migrantes atravessado pelo es- na na América. A também arqueóloga Betty Me-
treito de Bering, no nordeste da América do Norte. ggers, diz que não se pode datar o carvão dos
De acordo com essas teorias, são três as correntes restos de uma fogueira e atribuir sua idade a de
de povoamento que vieram para a América: uma comunidade pré-histórica, pois esses vestí-
gios talvez tenham sido resultado de um incêndio
espontâneo. Para Betty Meggers, ainda não te-
mos provas, o suficiente, para afirmar a presença
Rota humana na América, antes de 20 mil anos. No
que se refere às datações para o povoamento da
Terrestre Amazônia, os estudos arqueológicos nos reme-
tem a proximidade 11 mil anos atrás. No entan-
Asiática: to, devemos perceber que, independentemente
É considerada por vários estudiosos como do período que vieram ou por onde, quando os
sendo a mais importante, mas não provavelmente europeus chegaram nessa região já havia pessoas
a única. Os mongóis teriam saído do nordeste da vivendo aqui.
Ásia, pela Sibéria (Russia), atravessando o Estreito
de Bering e entrado na América pelo Alasca (Esta-
dos Unidos). Essa travessia sófoi possível porque o FASES DA PRÉ-HISTÓRIA DA AMAZÔNIA
“nível do mar baixou e criou uma ponte terrestre”
permitindo a passagem humana de um continente
para o outro. Ø Fase Paleoindígena

As culturas paleoindígenas da Améri-


Rotas Transoceâ-
ca do Norte parecem ter começado entre 11.200
e 10.900 anos e terminado por volta 8.500 anos
nicasAustraliana:
atrás. Em geral, as populações paleoindígenas
A migração provavelmente saiu da Aus- eram dispersas e pouco numerosas; viviam orga-
trália, em pequenas embarcações, navegou pelo nizadas socialmente em bandos frouxos e nôma-
Oceano Pacífico e entrou na América pela Terra do des; eram caçadoras especializadas nacaptura de
Fogo, na Argentina. animais de grande porte, pertencia à chamada
megafauna (mastodonte, bisontes, cervídeos e
camelídeos, antigos cavalos, elefantes, preguiças
Malaio-Polinésia: e tatus gigantes, antas, tigre-dente-de-sabre etc.),
estavam altamente adaptados aos ambientes ter-
restre abertos, de clima temperado das Américas.
A corrente migratória provavelmente nave-
gou pelo Oceano Pacífico à America Central, tam-
bémprovavelmente em pequenas embarcações. Os bandos paleoindígenas da América
do Sul, apesar da sua contemporaneidade com
os da América do Norte, apresentavam caracte-
rísticas diferenciadas no padrão de subsistência.
Arqueóloga Niéde Guidon vem realizando Enquanto que as populações paleoindígenas nor-
pesquisas no município de São Raimundo Nonato, te-americanas davam ênfase à caça de megafau-
no Piauí. Lá foram encontrados vestígios da pre- na, as sul-americanas davam maior importância à
sença humana que datam de pelo menos 32.000 coleta de moluscos de plantas e à caça de animais
anos. As descobertas mais recentes podem chegar entre os paleoíndigenas da América do Sul cons-
a 56.000 anos. Os vestígios descobertos na Gruta tituía-se em uma rara freqüência.
do Boqueirão da Pedra Furada, após numerosas
escavações são: fogões pré-históricos, isto é con-
junto de pedras (seixos) colocadas em forma de
círculos ou triângulo, no meio dos quais se fazia Ø Fase Arcaica

151
História
velama presença dessas sociedades indígenas com-
plexas ao longo das várzeas dos rios Amazonas e
A cronologia da Fase Arcaica da Amazô- Orenoco e nos contrafortes orientais dos Andes e
nia, grosso modo, seria de 7.500 a 1.000 a.C.. De na região costeira do Caribe. Estavam localizadas
acordo como arqueólogo Pedro Ignácio Schmitz, em assentamentos contínuos e permanentes, cujos
a cultura dessa fase seria mais diversificada que territórios de domínio mediam cerca de dezenas de
a da Fase Paleoindígena. O homem do período milhares de quilômetros quadrados e comportavam
Arcaico já buscava novos recursos alimentares milhares de indivíduos, sendo possível que tenham
nas savanas, nas estepes, no litoral e nos lagos. existido outros ainda mais populosos.
A caça já não seria especializada em megafauna,
mas em geral e diversificada; a coleta animal TRATADO DE TORDESILHAS (1494)
e vegetal

aumentaria, e a experimentação e o conhecimento


acumulado levariam a domesticação das plantas e
deanimais.

Foram descobertos e identificados diversos


sambaquis no delta e região do baixo Amazonas,
costa da Guiana e foz do Orenoco, pelos quais foi
possível inferir-se uma transição da subsistência
baseada na caça e coleta para uma agricultura inci-
piente, e do estágio pré-cerâmico. O sambaqui de Pelo tratado de Tordesilhas (1494), a maior par-
Taperinha (região de Samtarém-Pará), por exem- te do território que representa hoje a Amazônia
plo, é um sitio arqueológicoda Fase Arcaica. Nele, pertencia à Espanha. Apenas uma pequena parte,
foram encontrados instrumentos de pedra lascada: mais a Leste, pertencia a Portugal. Desde a expe-
machados, pedras de quebrar nozes, moedores, ali- dição de Vicente Yañes Pinzón, que descobriu a
sadores e utensílios de osso e chifre. foz do rio Amazonas, até por volta de 1570, cerca
de duas dezenas de expedições com patrocínio
tentaram penetrar na Amazônia. Dessas apenas
duas percorreram, totalmente, a calha do Soli-
O sambaqui de Taperinha também contém um mões-Amazonas: a expedições de Francisco de
componente cerâmico de cor avermelhada, cujas Orellana, em 1542, e a Pedro de Ursúa / Lopo de
formas se resumem a cuias abertas, de bases arre- Aguirre, em 1560-1561.
dondadas e bordas cônicas, arredondadas ou qua-
dradas, algumas peças desse conjunto, cerâmicas
apresentavam incisões curvilíneas nas bordas.
O encontro entre o novo e o velho mundo

Ø Fase da Pré-História Tardia


O genovês Cristóvão Colombo chegou a
América, em 1492, a serviço da Coroa espanho-
la. Um “Novo Mundo” era “descoberto” pelos
A Fase Pré-História Tardia (1.000 a.C. a espanhóis, enquanto os portugueses conquista-
1.000 d.C.) pode ser caracterizada pelo surgimento, vam o Oriente. Mas, Portugal, para garantir uma
ao longo dos principais braços e deltas dos rios, de parte desse “Novo Mundo”, recorreu ao Tratado
sociedades indígenas com grau de complexidade de Toledo, acordo firmado com a Espanha em
bastante significativo na sua economia, na demo- 1488. Como resultado, os dois países ibéricos
grafia e nas suas organizações políticas e sociais. firmaram o Tratado de Tordesilhas, em 1492, no
Tinham domínios culturais tão grandes ou até mes- qual eles dividiam a América. Em 1498, o por-
mo maiores que os de muitos Estados pré-indus- tuguês Duarte Pacheco Pereira navega o litoral
triais do Velho Mundo, tais como a civilizações brasileiro rumo ao norte e chega a navegar o rio
minóica e micênica e os Estados africanos como Amazonas, ainda nesse mesmo ano.
Ahanti Benim, ou as do vale do Indo, índia. Essas
sociedades indígenas são denominadas pelosantro-
pólogos de cacicados complexos. Em janeiro de 1500, Vicente Iañes Pin-
zon visitou o estuário do Amazonas, entrando em
contato com as “drogas do sertão”. Pinzon bati-
Os dados arqueológicos e os históricos re- zou o rio de SantaMaria De La Mar Dulce.

152
História
alimentos e, em função da insalubridade da região,
muitos morreram. Comeram cães, cavalos, ervas
As expedições à Amazônia desconhecidas e algumas venenosas.

O capitalismo vivido na naquela época, O comandante Gonzalo Pizarro era impla-


no dizer de Eduardo Hoornaert, era um mito cável, quando chegava às aldeias e perguntava so-
grandioso de descobertas, pois essa era a práti- bre o El Dorado e os índios não lhe sabiam respon-
ca do mercantilismo. E foi assim que as notícias der, não poupava uma só vida. Mandava queimar
sobre o enriquecimento fácil no “Novo Mundo” os aborígines vivos ou os jogavam aos cães, que
chegavam à Europa. Várias expedições saíram dilaceravam-lhes as carnes. Pizarro mandou cons-
do “Velho” para o “Novo Mundo” na iminência truir um bergantim ecolocou Francisco de Orella-
de encontrar riqueza fácil na América. Dessasex- na como comandante e frei
pedições, muitas se voltaram para a conquista
da Gaspar de Carvajal como relator. A partir desse
momento, a viagem ganhou nova dimensão: fo-
Amazônia, em busca do El Dorado e do País da ram descobertos os caudais que engrossam o rio
Canela. Pedro de Candia e Pedro de Anzurey de Amazonas, batizado de o rio de Orellana, tanto
Camporrendondo tentaram explorar, em 1533, res- pela direita quanto pela esquerda.
pectivamente, o Madre de Dios e o Beni. Em abril
de 1539, Allonso de Alvarado fundou o que hoje é
o Chachapoyos, no vale do Marañon.
Orellana batizou o rio Negro, após en-
trar em contato com esse rio, em 3 de junho, e o
rio Madeira, em 10 de junho. Em 22 de junho de
1541, quase na foz do Nhamundá, aproximou-se
a) A Expedição de Gonzalo Pizarro e da margem do rio para abastecer a expedição e
Franciscode Orellana (1541–1542). foi violentamente atacado pelas lendárias Ama-
zonas. Segundo o relator Gaspar de Carvajal, as
mulheres eram brancas e altas, com abundantes
cabeleiras e de membros desenvolvidos;

vestiam-se com pequenas tangas. Na realidade,


a expedição foi atacada pelos índios tapajós.
Após essa luta, a expedição chegou ao Atlântico;
Orellana partiu para a Espanha.

b) A Expedição de Pedro de Úrsua e Lopo de


Aguirre (1560-1561).

A primeira expedição que navegou todo o rio Ama-


zonas foi organizada por Gonzalo Pizarro, gover-
nador de Quitoe irmão de Francisco Pizarro. Inten-
tava conquistar o El Dorado e o País da Canela.
Essa expedição foi composta por índios dos Andes,
espanhóis de origens sociais diversas: nobres, mili-
tares e degredados.

A expedição partiu de Quito e, após uma


árdua luta contra o meio ambiente e com o tempo,
devido a chuvas constantes, chegou ao povoado de
Zimaco, nas proximidades do rio Coca, onde en- A presença de desocupados, saqueadores,
contraram o País da Canela. A região era farta de assassinos e outras escórias era muito grande na
canela, mas as árvores eram dispersas, não com- América. Eles eram enviados da Espanha. Para
pensando a atividade de exploração para o mer- resolver esse problema social e político, o gover-
cado. Passado um período de três meses, faltaram nador e vice-rei Andrés Hurtado de Mendonza

153
História
decidiu utilizar-se dessa gente na jornada de con-
quista do El Dorado e dos omáguas.
• Autonomia do país;

O governador passou a responsabilida-


de da empreitada a Pedro de Úrsua, que partiu • Funcionários portugueses nas Cortes;
de Lima, no Peru, rumo ao Atlântico. Pedro de
Úrsua trouxe em sua companhia a mestiça Ignez
Atienza para lhe dar auxílio. Viúva, D.Ignez des-
pertava paixões entre os tripulantes. • Comércio das colônias sob o

monopólioPortuguês;
Os descontentes acusavam-na de absoluta as-
cendência sobre o chefe. Esse foi o estopim do • Língua e moeda portuguesas como oficiais.
conflito no interior da expedição, resultando na
morte do comandante Pedro de Úrsua. Em outu-
bro 1560, a expedição alcançou o Marañon; em d) Os Portugueses na Amazônia
seguida, entrou em contato com as províncias de
Machifaro e Iurimágua, no Solimões.

Os soldados conjurados foram chefiados A presença dos portugueses na Amazônia


por Lopo de Aguirre, segundo os relatos de Fran- está vinculada ao processo de expansão do movi-
cisco Vasquez, do capitão Altamirano e de Pedraria mento bandeirante, que propiciou a expansão dos
de Almesto, que participaram da expedição. A ex- domínios lusos na América durante a União Ibéri-
pedição atingiu o Atlântico, em julho de 1561. ca. Os portugueses chegaram pelo nordeste, parti-
ram de Pernambuco e, no Maranhão, chocaram-se
com os franceses, já haviam fundado a cidade de
São Luís, em 1612. Na Amazônia, os holandeses,
c) A União Ibérica os ingleses e os

alemães já haviam fundado feitorias. O bandei-


Em 1578, o rei de Portugal, D. Sebastião, rante Francisco Caldeira Castelo Branco, em
morreu na batalha de Alcácer-Quibir, travada con- 1616, após a expulsão dos franceses fundou o
tra os árabes, no norte da África. A morte do mo- Forte do Presépio de Belém, iniciando o proces-
narca português gerou um problema dinástico no so de ocupação da Amazônia.
país, pois o rei não possuía nenhum descendente
para substituí-lo. Inicialmente, o trono foi ocupado
pelo seu tio-avô, o cardeal D. Henrique. Mas, com Os missionários foram responsáveis pela
a morte deste, em 1580, o problema continuou. Fi- catequização dos indígenas. Para essa tarefa, re-
lipe II apresentou-se como candidato legítimo ao cebiam a côngrua. Os irmãos leigos Domingos
trono português, pois era neto do antigo rei de Brieba e André de Toledo, dedicados à tarefa
de “docilizar” os “gentios”, partiram rumo ao
território amazônico, em 17 de outubro de 1636,
português D. Manuel I, o Venturoso. A atitude de e chegaram a Belém em 5 de fevereiro de 1637.
Filipe II provocou forte resistência dos nacionalis-
tas portugueses, que não queriam a anexação de seu
país à Espanha. As tropas espanholas invadiram e) A Administração Colonial
Portugal, obtendo uma série de vitórias, e impuse-
ram como rei Filipe II, cujo governo foi legalizado
em 1581 nas Cortesde Tomar.
A anexação da Amazônia ao Estado português
ocorreu num período em que se desenvolvia a
colonização do Brasil. A distância entre a Ama-
O Juramento de Tomar zônia e o Brasil criava dificuldades administra-
tivas. Daí é que a organização administrativa da
região foi concebida da seguinte forma:
Filipe II da Espanha, ou Filipe I de Portu-
gal, assumiu vários compromissos pelo Juramento
de Tomar com relação ao reino luso, entre eles: 1. Estado do Maranhão – Criado em

154
História
1621 por Filipe II, com capital em São Luís e ceiros temidos e a inexistência de templos, ritos e
ligado a Lisboa. A região administrada por essa cerimônias religiosas.
unidade administrativa se estendia do Ceará ao
atual Estado do Amazonas. Essa organização
administrativa foi extinta em 1652. A expedição de Pedro Teixeira abriu as co-
municações com Quito, provando-as exeqüíveis;
tornou o trecho entre os Andes e o Atlântico conhe-
cido, possibilitando, dessa forma, o domínio por-
2. Estado do Maranhão e Grão-Pará
tuguês. Do ponto de vista geopolítico, a expedição
– Constituíaa administração da mesma unidade contribuiu para a reforma territorial, até então de-
territorial anterior. Em 1737, a sede dessa nova terminada pelo Tratado de Tordesilhas.
administração passou a ser Belém.

3. Estado do Grão-Pará e Maranhão (1751-


1772)
– Constituía uma organização administrativa FUNDAÇÃO DE MANAUS
cuja sede passou definitivamente para Belém.
Em 1772, foi desmembrada em duas unidades:
Maranhão e Piauí; Grão-Pará e Rio Negro. Em I – Forte de São José do rio Negro
1823, a Amazônia foi anexada ao Brasil, como
região norte, pelas tropas do almirante inglês
John Pascoe Greenfel, que estava a serviço de D. A fortaleza de São José do rio Negro foi
Pedro I. construída pelo colonizador português para asse-
gurar o controle da confluência do rio Negro com
o rio Amazonas e controlar o portão de entrada da
e) A Expedição de Pedro Teixeira Amazônia ocidental, que pertencia à Espanha pelo
Tratado de Tordesilhas. Não se parecia muito com
uma fortaleza, mas sim com pequeno fortim com
formato quadrangular e muros baixos, com quatro
canhões de pequeno calibre, cujas ruínas sumiram
da paisagem da cidade há mais de 100 anos. Esse
fortim era a marca da colonização e símbolo donas-
cimento da cidade. Na fachada do belo edifício em
que funcionou durante muitos anos a Secretaria de
Fazenda, na antiga rua do Tesouro, hoje Monteiro
A expedição de Pedro Teixeira foi organi- de Souza, há uma placa com a seguinte inscrição:
zada por Jácome de Noronha (1637-1638), após a “Neste local, em 1669, foi construída a Fortaleza
expedição de Brieba e Toledo que lhe deram as in- de São José do RioNegro, sob a inspiração do Cabo
formações necessárias. Em 27 de outubro de 1637, de tropas Pedro da Costa Favela. Os construtores
a expediçãopartiu de Cametá e subiu o rio Amazo- foram o capitão Francisco da Mota Falcão e seu
nas. Os relatos foram feitos pelos padres Cristóbal filho Manuel da Mota Siqueira. O
de Acuña e Alonsode Rojas.
prédio, atualmente, pertence à administração do
Porto, e oacesso a área é restrito.
O relato de Alonso de Rojas, intitulado
“Descobrimento do Rio Amazonas”, junto com o
relato do padre Cristóbal de Acuña, “Descobrimen- I.1. Lugar da Barra
to Del Grand Rio de la Amazonas”, surpreendem
pela precisão dos dados técnicos sobre a largura,
a profundidade e o comprimento do rio; as suges- Em 1669, os portugueses fundaram o
tões de aproveitamento das terras que o margeiam, forte de São José do Rio Negro, e em 1695, os
assim como a construção de fortalezas em pontos carmelitas ergueram a primeira capela em ho-
estratégicos. As crônicas enfatizam a densidade menagem a Nossa Senhora de conceição. Sur-
populacional às margens do grande rio e dos tribu- giu, assim, o primeiro povoado de Manaus, a
tários, informa sobre a diversidade lingüística, as princípio um aldeamento de índios descidos do
habitações asseadas, a alimentação farta, os feiti- Japurá, os bares; do Japurá/Içá, os passes; do rio

155
História
Negro, os banibas e os temidos Manaus. ram algumas rebeliões, tais como as dos muras e
mundurucus. O retorno da sede a Mariuá ocorreu
em1799, a partir da Carta Régia de 22 de agosto de
O colonizador foi estendendo seus do- 1798, assinada pela Coroaportuguesa sob a influên-
mínios sobre o miracangüera dos antepassados cia de Francisco de Souza Coutinho que, na época,
dos manauenses,o grande cemitério indígena que era governador do Pará.
cobria o grande largo da Trincheira. No lugar,
abriram as ruas Deus Padre, Deus Filho e Deus
Espírito Santo. Eram ruas estreitas, tortuosas e A reinstalação do governo no Lugar da Bar-
lamacentas, onde estava à matriz, a casa do vigá- ra ocorreu em 29 de março de 1808. Nesse período,
rio, do comandante e de outras praças. As casas o governador da Capitania de São José do Rio Ne-
eram humildes, feitas de taipa, chão batido, co- gro era o senhor José Joaquim Vitório da Costa. O
bertas e cercadas de palha. A mão-de-obra indí- genro do governador, Francisco Ricardo Zany, foi o
gena garantia a produção de anil, algodão, arroz, responsável pela destruição de Barcelos.
café, castanha, salsa e tabaco.

Agitações autonomistas – 1821


Em 1757, ocorreu uma rebelião dos ín-
dios do rio Negro que destruiu as aldeias dos ca-
boquenas, bararoás e lama longas, e apavorou os No dia 29 de setembro de 1821, o governa-
moradores da Barra. dor Manuel Joaquim do Paço foi deposto por se re-
cusar a jurar a Constituição do Porto de 1820. A po-
pulação, em resposta, destruiu as principais obras
Em 1743, o cientista francês Charles-Marie de públicas realizadas pelo governador deposto, entre
La Condamine viajou pelo rio Marañon e todo o as quais podemos citar: a capela de Nossa Senhora
rio Amazonas – de Jaén, Peru, a Belém – e regis- dos Remédios e o passeio público, arborizado com
trou os contrastes existentes entre a prosperidade tamarindeiros. Daí em diante, por todo o período
das missões portuguesas, que ele visitou ao lon- colonial até os primeiros anos do império, o gover-
go de sua viagem, e a de Belém. no passou a ser exercido por sucessivas juntas pro-
visórias. A luta pela autonomia do rio Negro tinha
forte conotação nativista, favorecendo a propaga-
I.2. Regulamentação das fronteiras com a Es- ção do movimento pró-independência do Brasil.
panha Francisco Xavier de Mendonça
A notícia da proclamação da Independência
Furtado assumiu
do Brasil chegou à Barra do Rio Negro com mais
a responsabilidade de definir as áreas de fron- de um ano de atraso, em novembro de 1823; no
teiras na Amazônia entre Portugal e Espanha, mesmo dia, foi proclamada a adesão do Rio Negro
estabelecida pelo Tratado de Madri. O governa- à Independência.
dor chefiou as equipes técnicas demarcadoras e
criou as condições para a infra estrutura. Para
acomodar a equipe técnica demarcadora, man- O conflito de Lages
dou construir casas e estabelecimentos militares
em Mariuá (fundada em 1728 pelo frei carmelita
Matias de São Boa Aventura). Mariuá passou a Na noite de 12 de abril de 1832, o solda-
ser a sede da Capitania de São José do Rio Ne- do Joaquim Pedro da Silva liderou um levante no
gro, fundada por Mendonça Furtado, até 1791, quartel da Barra, motivado pela falta de pagamento
período em que Manuel da Gama Lobo D’Alma- do soldo aos praças. Dois meses depois, no dia 22
da transferiu-a para o Lugar da Barra. Na Barra, de junho do mesmoano, houve uma memorável de-
D’Almada dinamizou a economia, construiu o monstração de civismo: o povo rebelou-se contra a
Palácio do Governador, o hospital de São Vicen- subordinação política do Rio Negro ao Grão-Pa-
te, um quartel, a cadeia pública, o depósito de rá, e foi proclamada a Província do Rio Negro.
pólvora, etc.Reergueu a pequena matriz e instalou Os grandes articuladores do movimento foram: frei
pequenas indústrias. José dos Santos Inocentes, frei Joaquim de Santa
Luzia e frei Inácio Guilherme da Costa. As vilas de
Ainda estava presente a coleta de drogas do sertão: Serpa e Barcelos aderiram à Província do Rio Ne-
o breu, a piaçaba, o cravo, a salsaparrilha, o cacau gro, masBorba recusou-se, guardando fidelidade ao
selvagem. No governo de Lobo D’Almada, ocorre- foi governo doGrão-Pará. Os rebeldes entrincheira-

156
História
ram-se em Lages e nos sítios de Bonfim, com um
contingente de mil homense 30 peças de artilharias
vindas do forte Tabatinga, enfrentando as forças le- A Lei n.° 582 de 5 de setembro de 1850
galistas designadas pelo governo criou a Província do Amazonas, propiciando a
sua emancipação política com relação ao Pará.
da Província do Pará. A expedição, comandada O território da Província seria o mesmo da antiga
pelo coronel Domingos Simões da Cunha Bahia- Capitania de São José do Rio Negro, e a sede
na, saiu de Belém no dia 5 de maio, com 50 sol- seria a Cidade da Barra. A província surgiu a par-
dados, a canhoneira de guerra “Independência”, tir da necessidade da ocupação definitiva do Alto
recebendo o reforço de mais dois navios durante Amazonas e para impedir a expansão do Peru
o percurso: o “Patagônia”, em Cametá, e Ando- que, apoiado nos EUA, desejava internacionali-
rinha, em Santarém. Frei José dos Inocentes, ao zar o rio Amazonas, que se encontrava fechado
ser enviado à Corte como representante da Pro- às navegações internacionais desde o tratado de
víncia do Rio Negro, teve seu navio intercepta- Madri. Reivindicava-se a posse da margem es-
do no Mato Grosso e foi obrigado a regressar à querda do rio
Barra.
Solimões entre Japurá, Tabatinga e os territórios
ao suldo Amazonas e Acre.
Comarca do Alto Amazonas
O Brasil conseguiu neutralizar essas pre-
tensões em 23 de outubro de 1851, quando foi as-
O governo regencial instituiu o Código sinado um tratado com o Peru, que cedia a região
do Processo Criminal, em 1832, instrumento ju- pretendida no Solimões e concordava em manter o
rídico que tinha por finalidade unificar a legisla- rio Amazonas fechado à navegação estrangeira. E,
ção no território brasileiro. No dia 25 de junho de para reforçar as posições conseguidas no sentido de
1833, o governo da Província do Pará baixou um proteger o nosso território, o Império apressou-se
decreto que dividiu a Província em três Comar- em instalar a Província do Amazonas, empossando
cas: a do Grão-Pará, a do Alto Amazonas e a do como primeiro presidente João Batista de Figuei-
Baixo Amazonas. A criação da Comarca do Alto redo Tenreiro Aranha, que viajou para Manaus no
Amazonas, em substituição à antiga Capitania de Vapor Guapiaçu e instalou a província, em 1 de ja-
São José do Rio Negro, reduzia o território do neiro de 1852.
outeiro de Maracá-Açu até a Serra de Parintins
e contrariava as aspirações autonomistas. O de-
creto paraense também elevava o Lugar da Barra
à condição de Vila de Manaus e ganhava a prer- Economicamente, as atividades da provín-
rogativa de sede da Comarca do Alto Amazonas. cia eram inexpressivas. Dois anos após sua insta-
Ao termo de Manaus ficavam subodinadas as lação, os principais produtos de exportação eram
seguintes freguesias: Saracá (Silves), Serpa (Ita- a piaçava, a borracha, a salsaparrilha, o pirarucu, o
coatiara) e Santo Elias do Jaú (Airão) e as povoa- café, o tabaco, a manteiga de ovos de tartaruga, o
ções de Amatari, Jatapu e Uatumã. A população peixe-boi, o cacau, etc.
total era de 15.775 habitantes.

COLONIZAÇÃO DA AMAZONIA
Manaus, de vila a cidade

Francisco Caldeira de Castelo Branco,


A Assembléia Provincial do Pará editou a construiu um alojamento provisório e um forte ao
Lei n.° 147, de 24 de outubro de 1848, elevando qual denominou forte do Presépio, em lembrança
a Vila de Manaus à categoria de Cidade da Bar- ao dia em que partira dacapital do Maranhão. Com
ra de São José do Rio Negro, fazendo retornar a isso, assentaram-se as bases da cidade que viria a
antiga denominação do povoado que havia co- ser chamada de Santa Maria de Belém, atual capital
meçado em 1669. Em 4 de setembro de 1856, a do Estado do Pará (Belém), cuja função principal
cidade receberia a sua denominaçãodefinitiva de consistia em permitir que Portugal pudesse contro-
Manaus. lar toda a bacia amazônica e ir dominando, grada-
tivamente, as terras que pertenciam à Espanha.

A Província do Amazonas

157
História

EXPLORAÇÃ DA MÃO DE OBRA INDÍNENA


(Ouro Vermelho)

A expansão do mercantilismo europeu trans-


formou a Amazônia num palco de batalhas, onde
os principais protagonistas eram estrangeiros que
estrangeiros que disputavam a posse do território
e as riquezas nele contidas. Colonos dediferentes
nacionalidades, armados, se instalaram na área,
realizando um intenso comércio e a exploração
§ Com a fundação do forte do Presépio, em da força de trabalho indígena.
1616, por Francisco Caldeira, intensificou-
-se o processo de depopulação dos povos
indígenas daregião, pois o colonizador Ø Processo de Recrutamento
(Portugal) decidiratomar posse da região.
§ A maior parte da Europa (PORTUGUE-
Descimentos: Eram expedições, em princípio não
SES, INGLESES, FRANCESES,HOLAN- militares, realizada desde o inicio da colonização
DESES, do Brasil pelos missionários com o objetivo de
convencer os nativos para que “descessem”, de
IRLANDESES), estava em guerra suas aldeias de origem para os aldeamentos dos
pelaAMAZONIA. religiosos.
§ Interessada em conquistar a região, já ti-
Os descimentos eram feitos através do con-
nhammanchado os rios da Amazônia com vencimento dos nativos para saírem de suas
o sanguedas tribos indígenas aliadas ou terras por livre e espontânea vontade. Os mis-
adversárias, usadas nas lutas, agora, os inva- sionários, para conseguirem tal objetivo, fa-
sores portuguesesvisavam não apenas usar o ziam inúmeras promessas de melhorias nas
corpo, mas também dominar o espírito dos condições de vida dos nativos, caso fossem
povos nativos. viver nos aldeamentos quando isso não funcio-
nava, usavam a coação, obrigando-os, através
do medo, a aceitarem a convivência indesejada
A DESTRUIÇÃO DA IDENTIDADE NHEEN- nos aldeamentos. Após o descimento os nativos
GATU (LINGUA GERAL) eram armazenados em “aldeias de repartições”,
pois eram considerados “livres”, para daí serem
alugados e distribuídos entreos colonos, os mis-
sionários e o serviço real.
O processo de conquista da Amazônia ca-
racterizou-se, entre outras, por uma contradição
fundamental: de um lado, a absoluta dependên-
cia dos europeus recém-chegados em relação aos ÍNDIOS DE REPARTIÇÃO: Também chama-
índios que já ocupavam a região com uma ex- dos de índios “livres”em oposição aos escravos,
periência devido às dificuldades de comunicação eram todos aqueles que aceitavam ser descidos
originadas pelas diferenças de línguas. Estas di- sem oferecer resistência armada.
ferentes formas, ditadas pela política de línguas
da Coroa Portuguesa e mais tarde do Estado bra-
sileiro, não foram ainda suficientemente estuda- TROPAS DE RESGATE: Eram expedições ar-
das, e por esta razão torna-se prematuro tentar madas realizadas pelas tropas de resgates, com
estabelecer uma periodização, mesmo porque o o objetivo de fazer uma troca comercial entre
processo não se desenvolveu em forma simul- os portugueses e as tribos consideradas aliadas.
tânea em todas as regiões da Amazônia, reque- Os colonos trocavam quinquilharias (espelhos,
rendo-se uma aproximação histórica da questão facões, miçangas, colares, panelas, etc), por
língua em cada sub-região. nativos prisioneiros de guerras intertribais, os
chamados “índios de corda”.

158
História
Os índios resgatados podiam ser escravi- ção daria a coroa de Portugal o enten-
zados durante dez anos em retribuição ao seu dimentode que seria preciso a criação
salvador, que os livrava da morte. No entanto, de uma legislação que melhor con-
1626, quando completaria os dez primeiros trolasse o processo de exploração das
anos de presença portuguesa na Amazônia e os riquezas da região daí em 1611 foram
primeiros escravos deveriam ser libertadas, as implantados os sistemas de chefia
legislações foi modificada estabelecendo que
pudessem ser escravizados por toda vida.

SISTEMA DE CAPITÃES
GUERRAS JUSTAS: Eram expedições
armadas, realizadas pelas tropas de guerra. In- DE ALDEIA(1616-1686)
vadiria os territórios indígenas com o objetivo
Quando Portugal decidiu ocupar a
de capturar o maior número possível de índios
Amazônia, enquadrou-a no sistema legal
inclusive mulherese crianças.
de organização do trabalho indígena vi-
gente na época: o sistema de “capitães de
aldeia”.
De acordo com o conjunto de leis de 1611, a
guerra só era considerada justa quando:
O início do projeto de colonização da
Amazônia por Portugal dá-se sob vigência da
1. Os nativos atacavam e roubavam colo- Carta de Lei de 10 de setembro de 1611, na
nos; qual estava determinado o cumprimento do
2. Se os nativos se negassem a ajudar os modo de organizar o trabalho indígena na re-
portugueses na luta contra outras tribos gião, denominado “capitães de aldeia”.
ouna defesa de suas vidas;
3. Fossem contra o Cristianismo, impe-
dindo a pregação do Santo Evangelho;
4. Se os nativos se aliassem a outros po-
voseuropeus como holandeses, france-
ses, ingleses e irlandeses.

Enfim, qualquer demonstração de


independência e vontade própria po-
deria servir de pretexto para a guerra
justa. Tarefas do Capitão de aldeia:

Os nativos presos eram conduzidos § Representar e fazer cumprir as atri-


ao mercado de escravos da aldeia, buiçõesimpostas pela Coroa portu-
onde também eram repartidos entre
guesa à aldeia;
os colonos, os religiosos e os serviços
da coroa portuguesa. Foram incontá-
veis as expedições que penetraram no § Comandar as formas de recrutamento e
sertão Amazônico com o objetivo de escravização de mão-de-obra indígena;
capturar nativos forçados.
§ Empreender a distribuição e aluguel dos
índios entre colonos, missionários e o ser-
viço real da Coroa portuguesa;
Cabo das Canoas
§ Atuar como juiz, civil e criminal, julgando
eestabelecendo penas;
Encarregado de dirigir as pri-
meiras expedições de exploração da § Fiscalizar o pagamento dos “salários” aos
mão de obraindígena usava esta para índios,a fim de impedir que esses fossem
a coleta das drogas do sertão, assim enganados pelos colonos.
como a função de remeiros, sua fun-

159
História
saram-se do Solimões, enquanto Francisco de
Melo Palheta garantia o domínio lusitano no alto
Os Colonos Missionários Madeira e Belchior Mendes de Morais invadia a
bacia do Napo. Restava aproveitar o imenso es-
paço conquistado, tornando-o produtivo. A coroa
Os missionários constituam uma categoria portuguesa, necessitando assim consolidar sua
de colonos que, além dos interesses econômicos e posição, solicitou o trabalho missionário na área.
materiais, tinham objetivos espirituais declarados
converter os índios à religião, disciplina para que
aceitassem as novas condições de trabalho. A obra a que se deviam entregar os re-
ligiosos estava compreendida no chamado Re-
gimento das Missões (1686). Incluía, afora a
Nesta época, a igreja não estava separada conversão católica dos gentios, sua incorporação
do estado como agora. E os missionários das três ao domínio político da coroa mediante o apren-
ordens religiosas carmelitas, capuchinhos e jesuítas dizado da língua portuguesa, a organização das
eram funcionários da Coroa Portuguesa que lhes tribos em núcleos de caráter urbano e, sobretudo,
pagava o Côngrua, uma espécie de salário pelos o aproveitamento racionalizado de sua força de
serviços prestados. trabalho em atividades extrativas e agrícolas. Re-
gulada a divisão do território entre as ordens, por
meio de cartas régias (1687-1714), vários grupos
Como os colonos leigos controlavam os de religiosos iniciaram a tarefa sistemática de co-
dois sistemas de trabalho: os índios repartidos e dos lonização, espalhando suas missões num raio de
índios escravos, os missionários estavam descon- milhares de quilômetros pelo vale amazônico.
tentes e começaram a luta contra os colonos, para
tentar obter o controle de força de trabalho indíge-
na. Foram os carmelitas, acompanhados de
perto pelos inacianos e mercedários, que mais
aprofundaram a colonização nos antigos domí-
ORDENS RELIGIOSAS nios espanhóis, ocupando a área atual do estado
do Amazonas. As missões jesuíticas espalha-
ram-se pelo vale contíguo do Tapajós e, mais a
Presença dos missionários. Na virada do oeste, pelo do Madeira, enquanto os mercedários
século XVII o domínio português balizava-se na se estabeleceram próximo à divisa com o Pará,
Amazônia pelo posto avançado de Franciscana, a nos cursos do Urubu e do Uatumã. Os carmelitas
oeste, e por fortificações em Guaporé, ao norte. Os disseminaram seus aldeamentos ao longo do So-
franceses,instalados em Caiena, pretendiam descer limões, do Negro e, ao norte, do Branco, no atual
o litoral para alcançar o Amazonas, instigando sur- estado de Roraima.
tidas constantes de sacerdotes, pescadores e preda-
dores de índios. Ao mesmo tempo, as expedições
lusas de reconhecimento enfrentavam grandes difi- Assim distribuídas, as missões entrega-
culdades na atual região do Amazonas: no rio Ne- ram-se a diligente trabalho de exploração econô-
gro, os Manaus, coligados comtribos vizinhas, e os mica em suas circunscrições. A própria metrópo-
torás, na bacia do Madeira, entregavam-se a guerra le incentivou tal empreendimento, uma vez que
de morte contra sertanistas e coletores de especia- perdera seu império asiático e necessitava dar
rias. continuidade ao comércio de especiarias, de que
o Amazonas se mostrava muito rico. Os religio-
sos corresponderam de imediato a essa solicita-
Na zona do Solimões a penetração portu- ção, iniciando as primeiras atividades extrativas
guesa defrontou-se com missões castelhanas, diri- de vulto. Firmou-se, dessa maneira, a exportação
gidas pelo jesuíta Samuel Fritz, que floresciam na regular de cravo, cacau, baunilha, canela, resinas
bacia do Juruá, e talvez mais a leste. Logo chega- aromáticas e plantas medicinais, toda ela sob o
ram ordens de Lisboa para que forças militares in- controle dos missionários, que dispunham do in-
vadissem o território das missões espanholas, a dígena como mão-de- obra altamente produtiva.
fim de expulsar os padres e os

soldados que as amparavam. Com efeito, entre No empenho de converter os gentios à fé


1691 e 1697, Inácio Correia de Oliveira, Antô- católica e de ampliar o comércio de especiarias,
nio de Miranda e José Antunes da Fonseca apos- ou “drogas do sertão”, os religiosos com freqü-

160
História
ência transferiam suas missões de um ponto a deram veementemente a liberdade dos índios, o
outro, seguindo sempre a margem dos rios. Da que lhe custou duas expulsões da região (1661 e
multiplicidade desses 1684).

aldeamentos surgiram dezenas de povoados, a


exemplo de Cametá, no deságüe do Tocantins; Ai- Esses atos foram liderados por colonos lei-
rão, Carvoeiro, Moura e Barcelos, no rio Negro; gos descontentes com a política indigenista que
Santarém, na foz do Tapajós; Faro, no rio Nha- praticavam. A partir de fins do século XVII, atua-
mundã; Borba, no rio Madeira; Tefé, São Paulo de ram como administradores espirituais e temporais
Olivença e Coari, no Solimões; e em continuação, em cerca de dezenove aldeamentos indígenas ao
no curso do Amazonas, Itacoatiara e Silves.Capita- longo do rio Amazonas. Pela margem direita e
nia do Rio Negro. Os sertanistas acompanharam seu sertão azul, no
os missionários na intensa atividade de exploração
do Amazonas. Sua ação, em geral estimulada pelas trecho compreendido do delta do rio ate a região
autoridades coloniais, devia facilitar o trabalho dos domadeira.
provedores da fazenda, sob a direção dos quais cor-
riam os serviços do fisco.
v Os Carmelitas
v Os Franciscanos
Os primeiros carmelitas chegaram a Belém em
1627. Esses missionários administravam todos
Os Franciscanos da Província de Santo An- os aldeamentos indígenas do Solimões a partir do
tônio chegaram a Belém em 1618, mas já estava século XVIII quando os portugueses expulsaram
a mais tempo no Maranhão. Os da Província da os espanhóis da região. Administraram também
Piedade e da Província da Conceição da Beira do os aldeamentos do rio negro e branco. A grande
Mecho chegaram a Belém nos anos 1693 3 1706, maioria desses núcleos colônias foram transfor-
respectivamente. madas em vilas, que atualmente são cidades e
municípios.

Esses missionários, até o século XVIII,


administraram cerca de 20 aldeamentos indígenas Alguns dos aldeamentos missionários do
distribuídos por diversas áreas do baixo Amazo- Solimões administrados pelos carmelitas foram
nas: Lado Marajó, região entre a margem esquerda fundados em fins do século XVII e inicio do
do rio Amazonas e a fronteira da Guiana Francesa, XVIII pelo padre Samuel Fritz, jesuíta a serviço
adjacência de Gurupá, distritos do Amazonas até do governo espanhol.
Nhamundá,inclusive o Xingu e Trombetas.

v Os Mercedários
v Os Jesuítas

Os mercedários espanhóis da ordem de Nos-


Antes mesmo de ser iniciada a colonização sa Senhora das Mercês chegaram a Belém, com
da Amazônia, os Jesuítas já tinham se apresentado expedição de Pedro Texeira, em 1639, oriundo
na parte norte da América Portuguesa. Em 1607, do vice-reino do Peru. Administraram uns pou-
esteve na serra de Ibiapada, no Ceará, sob a lide- cos aldeamentos no delta do Amazonas, mas
rança do padre Luís Figueira. Outros chegaram a atuaram, principalmente, na porção territorial
São Luís nos anos de 1615, 1622 e em 1636 e 1643 que compreende o rio urubu até o baixo rio ne-
chegaram até Belém. Mas suas obras missionárias, gro.
propriamente ditas, iniciam-se com a chegada do
padre Antonio Vieira na Amazônia, em 1653. Essa
obra passou por várias fases, perdurou até 1759,
REGIMENTO DAS MISSÕES
quando foram expulsos definitivamente da Amazô-
nia e de todos os domínios portugueses.
Em 21 de dezembro de 1686, foi
baixado pelorei de Portugal o Regimento
No tempo do padre Vieira, os jesuítasdefen-
das Missões,

161
História
estedocumento dava o direito de tutela dos
índios capturadosaos missionários portugueses
e certificava o direito deposse de 20 % dos
escravos à Coroa Portuguesa.
Com esta tutela os missionários tinham
o direitode aculturar e doutrinar os índios de
acordo com seusinteresses, ou seja, converter
o índio em cristão. Apóscatequizar o índio era
mais fácil convencê-lo de executar as tarefas
designadas pelos missionários, comoextração
de madeira, frutos e drogas do sertão.
A Junta das Missões era habilitada para
autorizaros descimentos (persuadir índios, afim
de que saiam desuas aldeias de origem para
viver nas aldeias demissionários), as tropas de
resgates ( resgates de nativospresos por nati-
vos de outras tribos) e as guerrasjustas(guer-
ras promovidas com o propósito cristão),todas
estas tinham o acompanhamento de missioná-
rios.
Os padres da Companhia terão o gover-
no , não só espiritual, que antes tinham, mas o
político e temporal das aldeãs de sua administra-
ção, e o mesmo terão os Padres de Santo Anto-
nio, nas que lhes pertéce administrar...?.

162
História
Ocidente; . . . contudo, se acha, confor-
me asobservações mais exatas e modernas
Os privilégios eram atribuídos aos Mis- dos astronomos . . . se estende o domínio
sionários da Companhia de Jesus, que incluíam espanhol na extremidade Asiática do mar
o poder político e temporal destas aldeias, e que do sul, muito mais graus que os 180º da
depois também se estendeu aos franciscanos sua demarcação; e, por conseguinte, tem
de Santo Antonio. ocupado muito maior espaço do que pode
importar qualquer excesso que se atribua
aos portugueses, no que talvez terão ocu-
O Regimento das Missões foi um dos pado na América meridional, ao Ocidente
motivos de destruição de muitas tribos amazôni- da mesma Linha, . . .
cas, além de não conservar a liberdade e a cultura
destas, causando muitosconflitos entre co- Também se alegava que pela Escritu-
lonos e missionários. ra de venda, com pacto de retrovenda, outorgada
pelos procuradores das duas Coroas, em Sarago-
ça, a 22 de abril de 1529, vendeu a Coroa da Es-
O Regimento das Missões durou sete dé- panha à Portugal tudo o que por qualquer via ou
cadas. direito lhe pertencesse ao ocidente deoutra Linha
Meridiana, imaginada pelas Ilhas das Velas, si-
Foi no governo de Marques de Pombal tuadas no mar do sul, a 17 gráus de distancia de
que os jesuítas foram expulsos devido à concor- Molucas . . . Que, sem embargo desta convenção,
rência de poder entre eles.Pombal instituiu então, foram depois os espanhóis a descobrir as Filipi-
o Regimento do Diretório dos Índios. nas, . . .

TRATADO DE UTRECHT - 1713 Quanto ao território da margem setentrio-


nal do rio da Prata, alegava que, com o motivo da
fundação da colônia do Sacramento, se excitou
Primeiro Tratado de Utrecht - 1713. Firmado en- uma disputa entre as duas corôas sobre limites; a
tre Portugal e a França para estabelecer os limites saber, se as terras, em que se fundou aquela pra-
entre os dois países na costa norte do Brasil. Estas ça, estavam ao oriente, ou ao ocidente da linha
disposições serviram, quase dois séculos após, para divisória, determinada em Tordesilhas; .
defender a posição brasileira na questão do Amapá.

Que tocando aquele território a Portugal


TRATADO DE MADRI - 1750 por título diverso da linha divisória determinada
em Tordesillas, isto é, pela transação feita no tra-
tado de Utrecht (de 1715) . . .
D. João V (Portugal) / D. Fernando VI (Espanha)

Por parte da coroa de Espanha se alega-


- 13.Janeiro.1750 - va que, havendo de imaginar-se a linha de norte
a sul a 370 léguas ao poente das ilhas de Cabo
Verde, . . . e ainda que por não estar declarado de
qual das ilhas de Cabo Verde se hão de come-
desejando eficazmente consolidar e estreitar a çar a contar as 370 léguas, . . . e consentindo que
sincera e cordial amizade . . . e particularmente os se comece a contar desde a mais ocidental, que
que se podem oferecer com o motivo dos limites chamam de Santo Antão, apenas poderão chegar
das duas Coroas na América, cujas conquistas se as 370 léguas à cidade doPará . . . e como a coroa
tem adiantado com incerteza e dúvida, por se não de Portugal tem ocupado as duas margens do rio
haverem averiguado até agora os verdadeiros li- dos Amazonas, ou Marañon, subindo até a boca
mites daqueles domínios, ou a paragem donde se do rio Javarí, . .
há de imaginar a Linha Divisória, . . .
. sucedendo o mesmo pelo interior do Brasil com
a internação que fez esta coroa até o Cuiabá e
Por parte da Coroa de Portugal, se alegava Mato Grosso.
que havendo de contar-se os 180º de sua
demarcação, desde a linha para o Oriente,
ficando para Espanha os outros 180º para Vistas e examinadas estas razões pelos dous Se-

163
História
reníssimos Monarcas, . . . resolveram pôr têrmo eventos que se relacionaram a um só esforço: a na-
às disputas passadas e futuras, e esquecer- se, e cionalização da economia brasi-
não usar de tôdas as ações e direitos, que possam leira. Pombal organizou uma política de
pertencer-lhes em virtude dos referidos tratados intervenção do Estado nos diferentes setores
de Tordesillas, Liboa, Utrecht e da escritura de da vida colonial, visando obter maior racionaliza-
Saragoça, ou de outros quaiquer fundamentos, ção administrativa e conseguir maior eficiência na
que possam influir na divisão dos seus domínios exploração colonial.
por linha meridiana; .

TRATADO PRELIMINAR DE LIMITES - Medidas Pombalinas


Sto.ILDEFONSO

• Incentivos estatais para a instalação de manufatu-


Dona Maria I (Portugal) / Carlos III (Espanha) ras.
-1.Outubro.1777

• 1755: criação da Capitania de São José do


Rio Negro,hoje Estado do Amazonas.

Havendo a Divina Providência excitado • 1755: criação da Companhia de Comércio do


nos augustos corações de Suas Majestades Fide-
líssima(Portugal) e Católica (Espanha) o sincero
desejo de extinguir as discórdias que tem havido Estado do Grão-Pará e Maranhão, estimu-
entre as duas Coroas de Portugal e Espanha, e seus lando as culturas do algodão, do arroz, do
respectivos Vassalos no espaço de quase três sécu- cacau, etc., e tentando resolver o problema da
los, sobre os limites de seus domínios na América mão- de-obra escrava para a região.
e da Ásia: . . .

• 1755: criação do Diretório, órgão compos-


Para efeito, pois de conseguir tão importan- to por homensde confiança do governo
tes objetos, se nomeou . . . os quais depois português, cuja função era geriros antigos
de haver-se comunicado os seus plenos po- aldeamentos. Pombal proibiu a utilização
deres, e de havê-los julgado expedidos em de línguas gerais (uma mistura das línguas
boa e devida forma, convieram nos artigos nativas com o português), tornando obri-
seguintes, regulados pelas ordens e inten-
gatório o uso do idioma português em toda
ções dos seus Soberanos.
a Colônia.

ERA POMBALINA (1750-1777)


• 1759: criação da Companhia de Comércio
de Pernambuco e Paraíba, com o objetivo
Primeiro-Ministro de estimular o cultivo da cana-de-açúcar e
do tabaco.

No reinado de D. José I, foi nomeado Se-


bastião José de carvalho e Melo, o Marquês • 1759: extinção do sistema de capitanias.
de Pombal, para o cargo de primeiro-ministro do
governo português. Por mais de 25 anos, Pombal
dirigiu o destino do Reino e da Colônia. • 1759: expulsão dos jesuítas (inacianos) da
metrópole e da colônia, confiscando-lhes
os bens.
Despotismo esclarecido

• 1762: criação da Derrama com a finalida-


Durante o governo de Pombal, instaurou-se
oDespotismo Esclarecido e ocorreu uma serie de de de obrigar os mineradores a pagar os

164
História
impostos atrasados. ciados pela companhia, além de muito caros, não
eram de boa qualidade. Revoltaram-se contra essa
situação elementos do clero, da classe mais elevada
e do povo, chefiados por Manuel Beckman, fazen-
• 1763: transferência da capital da colônia
deiro muito rico e respeitado na região. Os revol-
de Salvador para o Rio de janeiro.
tosos expulsaram os jesuítas, declararam deposto
o governador e extinta a Companhia de Comércio.
Beckman governou o Maranhão durante um ano,
Queda de Pombal até a chegada de uma frota portuguesa sob o co-
mando de Gomes Freire de Andrada. Manuel Be-
ckman foi, então, preso e enforcado.
Em 1777, com a morte de D. José I, subiu
ao trono Dona Maria I, que afastou pombal
do governo. A queda do ministro foi co- b) Guerra dos Emboabas (1709)
memorada por todos os opositores que, final-
mente, podiam voltar ao poder.
Inúmeros portugueses, da metrópole ou da
própria colônia, tão logo souberam da descoberta
O governo da metrópole suspendeu o de ouro, em Minas gerais, dirigiram-se para o local
monopóliodas companhias de comércio e baixou das jazidas com intenção de apoderar-se delas. In-
um alvará proibindo a produção manufaturei- conformados com a ambição lusa, os paulistas de-
ra da colônia (com exceção do fabrico de clararam guerra aos portugueses (emboabas). Em
tecidos grosseirospara uso dos escravos). 1709, ocorreu uma sangrenta matança de diversos
paulistas, no chamado “Capão da Traição”.

O fim da guerra dos Emboabas fez que os


paulistas se lançassem à procura de novas jazidas
de ouro em outras regiões do Brasil. Como conse-
CRISE DO SISTEMA CO- qüência, houve a descoberta do ouro na região cen-
tro-oeste (em Goiás e em mato Grosso).
LONIAL(séc. XVII-XVIII)
MOVIMENTOS NATIVISTAS
c) Guerra dos Mascates (1710)

Foram rebeliões coloniais com tendên-


cias localizadas. Não contestavam o sistema A Guerra dos Mascates foi um movimento
colonial de caráter regionalista desencadeado pelos seguin-
tesfatores:
e nem pretendiam a independência do Brasil. As
principais revoltas desse período foram:
1) decadência da atividade agroindustrial açucareira
em virtude da concorrência internacional;
a) Revolta de Beckman (1684)

Em 1661, os religiosos da Companhia de Jesus 2) desenvolvimento comercial e urbano em Per-


foramexpulsos do Maranhão.
nambuco;3)elevação do povoado de Recife à

Nessa data, o governo português proibiu categoria de vila.


termi- nantemente a escravização de índios. Em
1682, o governo português criou a Companhia de Com a decadência do açúcar, a situação
Comercio do Estado do Maranhão, que não cum- dos poderosos senhores de engenho de Pernam-
priu os compromissos assumidos: os escravos afri- buco sofreu grandes modificações. Empobreci-
canos não foram trazidos para o Maranhão em dos, os fazendeiros de Olinda eram obrigados a
numero suficiente, e os gêneros alimentícios nego- endividar-se comos comerciantes portugueses do

165
História
Recife. governava. Destaca-se no Diretório a intenção do
governo do Reino de Portugal, nesta época, de
evitar a escravização dos índios, sua segregação,
Os olindenses chamavam os recifenses seu isolamento e a repressão ao tratamento dos in-
de “mascates”. Os recifenses por sua vez, desig- dígenas como pessoas de segunda categoria entre
navam os habitantes de Olinda pelo apelido de os colonizadores e missionários brancos. O do-
“pés-rapados”. cumento estabelece, entre outras medidas, a proi-
bição do uso do termo ‘negro’ (10), o incentivo
ao casamento de colonos brancos com indígenas
(88-91), a substituição da língua geral pela língua
Em 1709, o rei D. João V elevou o povoa-
portuguesa (6), e punição contra discriminações.
do de Recife à categoria de vila, desagradan-
do os habitantes de Olinda, a vila mais antiga da
capitania.
Em 1755 uma lei foi editada por D. José I, rei
de Portugal, através de seu ministro o Marquês
de Pombal que era o responsável pelo estado do
A Coroa portuguesa confirmou Recife como Grão-Pará e Maranhão. Essa lei foi chamada de O
vila ecapital da Capitania de Pernambuco. Diretório dos Índios, que extinguia o trabalho mis-
sionário dos religiosos, e elevava os aldeamentos a
condição de vila ou aldeia, e seria administrada por
d) Revolta de Filipe dos Santos (1720) um diretor.

A Revolta de Filipe dos Santos, ou de Vila Essa lei assegurava a liberdade aos índios, e con-
Rica, ocorreu como conseqüência dos crescentes tinha algumas regras que beneficiavam ou preju-
impostos aplicados por Portugal em Minas Gerais. dicavamcomo, cada vila ou aldeia teria escola com
um mestre para menino e um para as meninas, só
seria ensinado em português, sendo assim proibido
A rebelião começou quando o governo qualquer outro idioma, todo indígena deveria ter so-
português proibiu a circulação de ouro em pó, brenome português e não poderiam andar nus. Com
exigindo que todo o ouro fosse entregue as Casas isso, o Marquês de Pombal, não tinha a intenção
de Fundição, onde seria quitado, transformado de acabar com os índios e com suas culturas, ele
em barras e selado. Mais de 2.000 mineradores, estava tentando inserir os índios nomeio social dos
liderados pelo português Filipe dos Santos, di- brancos, para poder transformá-los em trabalhadores
rigiram-se ao governador, o Conde de Assumar. ativos e assegurar o povoamento dacolônia.
Este, como não dispunha de força militar que
fizesse frente aos manifestantes, prometeu-lhes
atender às exigências; entre elas, a de não-instala- As mudanças iniciais foram de caráter econômico,
ção das Casas de Fundição. para o aumento da produção o índio seria ideal na
região centro-norte, pois o estado ganharia mais
mão de obra e eles conheciam toda a região e não
Quando o governador conseguiu reunir se tinha o risco de fuga como acontecia com os ne-
tropas suficientes, acabou com a manifestação gros. Isso diminuía os riscos para o estado portu-
à força. Filipe dos Santos foi enforcado. guês já que ainda não era uma região muito explo-
rada por eles.
O Diretório dos Índios foi elaborado em 1755,
mas só se tornou público em 1757. É um docu-
mento que expressa importantes aspectos da po- A idéia dos portugueses era mostrar aos índios que
lítica indígena do período da história de Portugal eles eram livres e não seriam escravizados, porém
e do Brasil denominado pombalino. Esse nome não seria possível torná-los cidadãos para que não
deriva do título nobiliárquico de Sebastião Jo- ficasse em igualcondição com os colonizadores.
seph de Carvalho e Mello, Marquês de Pombal,
poderoso ministro do rei de Portugal D. José I.
Mendonça Furtado, que assina a redação dos 95
artigos deste regimento, era irmão do Marquês e A primeira região brasileira em que foi inserido o
com ele trocou significativa correspondência so- diretório foi a região norte, governada por Mendon-
bre a administração do Grão-Pará e Maranhão, ça Furtado, lá foram feitas as primeiras expulsões
Estado que de jesuítas e a primeira inserção de tutela direta do
estado português.

166
História
Mendonça Furtado como criador e incentivador
dos novos núcleos e a Manuel da Gama Lobo
Após as mudanças as regiões ficaram sendo obser- D’Almada, governador da Capitania, partilhan-
vadas para que se o resultado fosse positivo pudes- do da implantação de serviços administrativos e
se então ser colocada em pratica nas outras regiões. de indústrias (incluíndo o hoje Território Federal
Em 1798 o diretorio é revogado através da Carta de Roraima) que vieram socorrer a situação de
Régia. Marques de miséria do homem amazônico. Deve-se a
Mendonça Furtado a fundação da Vila deMariúra
Pombal já não era mais o primeiro ministro por- (Barcelos), criada a 6 de maio de 1758; Borba,
tuguês, e os objetivos principais ja tinham sido criada em 1756; e outras a seguir. A capital da
alcançados: osíndios de uma região pouquíssima Capitania ficou sediada em Barcelos (Mariuá
explorada, agora trabalhavam diretamente para d’Almada), até que
a coroa e povoavam a região, garantindo a con-
solidação das fronteirasconquistadas em acordos Manuel da Gama Lobo D’Almada, já na governan-
políticos. ça da Capitania de 1786 a 1799, transferisse a capi-
tal para o lugar da Barra, atualmente Manaus.

CAPITANIA DE SÃO JOSÉ DO RIO NEGRO


Barcelos – Primeira Capital

Com a separação do Brasil em dois governos


administrativos por Filipe IV da Espanha, a parte A aldeia de Mariuá, fundada em 1621 Carmeli-
norte, representada pelo governo do Maranhão ta Frei Martias de São Boa Aventura, iniciamente
(incluindo os atuais Estados do Pará e Amazo- povoada pelos índios Manaos, bares, wanivas, foi
nas), com sede em São Luís, ficou destacada indicada em 1754 para sediar as negociações das
do governo do Brasil. Depois desse golpe veio demarcações de limites. A partir de 1755, começou
a criação da Capitania do Cabo Norte, tornada a mudar de aspecto, com a chegada do pessoal das
realidade pela carta-régia expedida em 1637 e demarcações: de aldeia passou a ser “arraial do Rio
cujo governo fora dado a Bento Maciel Parente. Negro” e, a partir de um planejamento urbano, fo-
O sentimento de distância, que preocupava aos ram executadas diversas obras de infra estruturas,
governantes, não impediria que lentamente fosse tais como: os aterramentos das areias alagadiças;
ocupada a região com a implantação dos núcleos as construções de pontes ligando os bairros; ater-
urbanos. Daí que a instalação de mais fortalezas ramento das terras alagadiças; arruamento de uma
se seguisse numa ordem quase contínua: São grande praça, envolta de que um engenheiro ale-
José de Marabitanas, em 1762, no rio Negro; São mão Filipe Sturn erigiu o prédio da resistência do
Francisco Xavier de Tabatinga, em 1766 o forte demarcador espanhol o palácio das demarcações,
de registro e em 1770 o forte real que caiu em local de reunião dos plenipotenciários, a casa de
ruínas até os nossos dias; Forte de São Joaquim espera, local das cortesias entre os demarcadores
do Rio Branco, em 1775, levantado por Felipe de terra.
Sturn; Santo Antônio do Iça em 1754; Castelo,
em Barcelos, capital da Capitania em 1755; e em
1776 é fundado o forte Príncipe da Beira. Esse
círculo de defesas militares nas linhas com paí- A vila de Barcelos ficou como sede da capitania
ses estrangeiros demonstrava a preocupação do do Rio Negro até 1791, quando então governador
governo em defender e consolidar o espaço Manuel Gama Lobo D’ almada a transferia a barra
físico conquistado. A criação da Capitania de do rio negro a 200km da boca do rio negro. Voltou
São José do Rio Negro, assegurada pela carta- a ser novamente sede em 1798, mas 1808 a sede da
-régia de 3 de março de 1755, sob a influência capitania mudou-se definitivamente para a barra do
política e prestígio de Francisco Xavier de Men- Rio Negro.
donça Furtado, primeiramente governador do
Pará, mais tarde na qualidade de Comissário de
Limites e Demarcações, trouxe para a Amazônia 1755 – COMPANHIA GERAL DO GRÃO-PARÁ
benefícios sem conta em todas as áreas: admi- EMARANHÃO
nistrativa, econômica, financeira, cultural, mas
principalmente com a criação de núcleos ativos,
considerando-se a enormidade de população in- O Conselho Ultramarino português, órgão
dígena entrada na mestiçagem. A dois homens de regulamentado em julho de 1642 para tratar de to-
pulso e de visão deve o Amazonas daquele tempo das as matérias e negócios de qualquer qualidade
a sua tentativa de expansão sócio-econômica; a que fossem relativos à Índia, Brasil, Guiné, ilhas de

167
História
São Tomé e Cabo Verde e demais partes ultrama- que aumentou a procura de produtos coloniais,
rinas, havia autorizado os habitantes da capitania bem como pela Guerra da Independência ameri-
brasileira do Grão- Pará, em 1752, a organizar uma cana. Foi ela a responsável pela introdução do
companhia para o tráfico de africanos. O governa- braço africano no Pará e Maranhão, assim como
dor e capitão-mor daquela capitania, Francisco Xa- as sementes de arroz e melhores processos de
vier de Mendonça Furtado (1700- 1769), irmão de cultura do algodão, o que incrementou grande-
José Sebastião de Carvalho e Melo, o marquês de mente o comércio dessa fibra vegetal e fez com
Pombal (1699-1782), tentou reunir os fundosneces- que sua exportação subisse, entre 1760-1771, de
sários à realização do projeto, mas como o dinheiro 651 para 25.473 arrobas. Os navios da Compa-
arrecadado não alcançou montante suficiente, uma nhia não navegavam apenas nos mares cujo trá-
delegação de moradores da localidade decidiu en- fego exclusivo lhe fora concedido, mas iam até
tão ir a Portugal para tentar convencer capitalistas aos portos da Índia e da China, eram carregados
portugueses a participarem da sociedade. O que de escravos na costa da África e percorriam todo
realmente foi conseguido após autorização do rei o litoral brasileiro. A prosperidade econômica
Dom José I (1714 1777). que beneficiou as capitanias do Grão-Pará e Ma-
ranhão logo se refletiu no perfil urbano de São
Luís, pois nessa época foi construída a maior
Mendonça Furtado servia no exército quan- parte dos casarões que compõem o Centro His-
do seu irmão assumiu o governo, sendo então tórico de São Luís que hoje é Patrimônio Mun-
designadopara os cargos que ocupou nas províncias dial da Humanidade. A região enriqueceu e ficou
brasileiras do Pará e Maranhão, com a incumbên- fortemente ligada à Metrópole, quase inexistindo
cia de reprimir as atividades dos jesuítas e obrigar relação comercial com o sul do país.
os índios, que eles dominavam, a submeter-se ao
governo da Metrópole. Regressando a Portugal em No entanto, abusos de toda a espécie pro-
1759, foi nomeado secretáriodos negócios do reino vocaram a decadência da companhia, e decorridos
até 1762, quando ocupou a pasta da Marinha e Ul- os vinte anos que o contrato estabelecia para a
tramar. Quanto ao marquês de Pombal, ao ser em- suaexistência, o prazo do privilégio não foi prorro-
possado como secretario dos Estrangeiros no rei- gado pela rainha Maria I, que havia sucedido seu
nado de D. José I - sucessor de D. João V, seu pai, pai dom José I no trono de Portugal. Oito dias de-
falecido em 1750 -, por indicação de um de seus pois de assumir o poder ela demitiu o marques de
mestres,demonstrou logo nas primeiras determina- Pombal, libertou os que se encontravam presos por
ções a prepotência que caracterizaria sua atuação ordem do célebre ministro, ao mesmo tempo em
como homem de confiança do rei, degredando, de- que fazia perseguir os parentes e afeiçoados do es-
portando, mandando prender e impondo reformas tadista, os quais fez processar. Em 16/06/1681 foi
com mão de ferro (uma das medidas que decretou exarada a sentença que considerava o marquês cul-
foi a criação da companhia comercial entregue à pado dos crimes de que fora acusado, e o declarava
direção de seu irmão). Pouco apouco, ele enfeixou merecedor de castigo exemplar, do qual foi poupa-
em suas mãos todos os poderes do Estado, conser- do por motivo de sua idade avançada e precárias
vando-os até o fim do reinado. condições de saúde.

Com relação à então recém-criada Com- Com relação aos atuais estados do Pará e
panhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, a ela foi Maranhão, ao longo dos anos de dominação por-
concedido o monopólio, por vinte anos, de toda tuguesa eles foram incluídos em diversas divisões
a importação e exportação feitas pelas duas capi- administrativas promovidas pela Metrópole:
tanias, ficando-lhe vedado, porém, o comércio a
varejo. A administração da companhia foi decla-
rada independente de todos os tribunais e subor- - Em 1621 o território brasilei-
dinada diretamente ao rei, ao mesmo tempo em ro foi dividido em dois Estados autônomos:
que lhe foram concedidas importantes isenções. o do Maranhão, ao norte, com capital em
Por sua vez, ela se obrigou a manter os preços São Luís, abrangendo as capitanias do Pará,
tabelados, a vender com abatimento considerável Maranhão e também a do Ceará, e o do Bra-
alguns produtos coloniais, e a auxiliar, em caso sil ao sul, com capital em Salvador, integra-
de guerra, a formação de armadas. do por todas as demais capitanias;

Foi muito grande a influência que a Com-


panhia exerceu na vida da colônia. Suas ativida- - Em 1737 o Estado do Ma-
des foram favorecidas pela Revolução Industrial, ranhão passou a denominar-se Estado do

168
História
Grão-Pará e Maranhão, e sua capital foi No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independên-
transferida da cidade de São Luís para a de cia.
Belém do Pará. Seu território compreendia
as regiões dos atuais estados do Amazonas,
Roraima, Pará, Amapá,Maranhão e Piauí. Em meados do século XIX foram fundados os pri-
meiros núcleos que deram origem às atuais
cidades de Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Ca-
reiro e Moura.A capital foi situada em Mariuá (entre
- Em 1772, pouco antes de
1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra
expirar o contratoque privilegiava as ati- do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821).
vidades da Companhia Geral do Grão-Pará Uma revoltaem 1832 denominada “Revolta de
e Maranhão, a Coroa Portuguesa dividiu a Lages” exigiu a autonomia do Amazonas como
região Norte da colônia em duas unidades província separada doPará. A rebelião foi sufoca-
administrativas: a do Grão Pará e Rio Negro, da, mas os amazonenses conseguiram enviar um
com sede em Belém do Pará, e a do Mara- representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos
nhão e Piauí (que só se tornou capitania em Inocentes, que obteve no máximo a criação da
1811), com sede em São Luís. Comarca do Alto Amazonas. Com a Caba-
nagem, em 1835-1840, o Amazonas manteve-se fiel
O ESTADO DO GRÃO-PARÁ E RIO ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como
NEGRO(LOBO D’ ALMADA) espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma
província autônoma em 1850, separando-se definiti-
vamente do Pará. Com a autonomia, a capitalvoltou
O Estado do Maranhão virou “Grão-Pará e Mara- para esta última, renomeada como “Manaus” em
nhão” em 1737 e sua sede foi transferida de São 1856.
Luís para Belém do Pará. O tratado de Madride
1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área.
Para estudar e demarcaros limites, o governador
do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
Amazônia Pós Pombal
instituiu uma comissão com base emMariuá em
1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José
do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada Comandada pelo naturalista Alexandre Rodrigues
ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem dife- Ferreira, a Viagem Filosófica foi a mais importante
rentes das linhas retas atuais: o Amazonas incluía expedição científica portuguesa do século XVIII.
Roraima,parte do Acre e se expandia para sul com Ela percorreu o interior da América portuguesa du-
parte do que hoje é o Mato Grosso. O governo rante nove anos e produziu um rico acervo, com-
colonial concedeuprivilégios e liberdades para quem posto de diários, mapas populacionais e agrícolas,
se dispusesse a emigrar para a região, como isen- cerca de 900 pranchas e memórias (zoológicas,
ção de impostos por 16 anos seguidos. No mesmo botânicas e antropológicas). Os diários, a corres-
ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do pondência e umas poucas memórias somente foram
Grão-Pará e Maranhão para estimular a economia publicados a partir da segunda metade do século
local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador XIX, sobretudo na Revista do Instituto Histórico.
da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu Na década de 1870, os três primeiros volumes dos
do Marquês de Pombal a determinação de expul- Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro di-
sar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os vulgaram uma enorme lista de manuscritos oriun-
índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua dos da viagem. No entanto, somente na década
portuguesa). de 1970, o Conselho Federal de Cultura editou
uma parte representativa das pranchas e memórias.
Deve-se destacar, porém, que ainda há documen-
Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará tação da maior importância que continua inédita
e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com em arquivos portugueses e brasileiros. Na Funda-
a mudança da Família Real para o Brasil, foi per- ção Biblioteca Nacional e no Arquivo Histórico
mitida a instalação de manufaturas e o Amazonas do Museu Bocage estão depositados os principais
começou a produzir algodão, cordoalhas, mantei- registros textuais e visuais da expedição.
ga detartaruga, cerâmica evelas. Os governado-
res que mais trabalharam pelo desenvolvimento
até então foram Manuel da Gama Lobo D’Almada Contando com recursos precários, Ferrei-
e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão Pará e Rio ra comandou a Viagem Filosófica que percorreu as
Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso

169
História
e Cuiabá entre 1783 e 1792. O grupo era composto tégico, assegurando aos portugueses a posse
de um naturalista, um jardineiro botânico, Agosti- e exploração de fronteiras aindaindefinidas e
nho do Cabo, e dois riscadores (desenhistas), José disputadas por metrópoles européias.
Codina e José Joaquim Freire. A Viagem Filosófi-
ca foi planejada pela Secretaria de Estado de Ne-
gócios e Domínios Ultramarinos e pelo naturalista
Para além da polêmica, deve-se destacar
italiano Domenico Vandelli, radicado em Portugal
que,nem sempre, a Viagem Filosófica pautou-se
desde o fim do período pombalino. No mesmo ano
nas normas setecentistas para a coleta e descrição
da partida da Viagem Filosófica, duas outras expe-
do material. As memórias sobre plantas e ani-
dições foram lançadas aos domínios lusitanos. Em-
mais destacaram, sobretudo, o caráter econômi-
preendidas por bacharéis em Coimbra, as viagens
co e utilitarista, em detrimento dos avanços cien-
de Manuel Galvão da Silva e Joaquim José da Silva
tíficos. O farto material permaneceu, por quase
pretendiam investigar Goa, Moçambique e Angola.
um século, desconhecido e não foi devidamente
estudado pelos sábios portugueses, nem mesmo
por Ferreira. Ao retornar a Lisboa, o naturalista
Inicialmente planejada para ser composta dedicou o resto de sua vida à administração me-
porquatro naturalistas, a Viagem Filosófica à Amé- tropolitana, sendo nomeado vice-diretor do Real
rica ficou resumida a um apenas, sem contar com Gabinete de História Natural e do Jardim Botâ-
os drásticos cortes financeiros e materiais. Nessas nico e administrador das Reais Quintas da Bem-
condições, ficaram sobre os ombros de Alexandre posta, Caxias e Queluz. Jamais retornaria os tra-
R. Ferreira e uns poucos auxiliares as tarefas de balhos com as espécies e amostras recolhidas na
coletar espécies, classificar e prepará-las para o viagem; as memórias não foram aperfeiçoadas,
embarque rumo a Lisboa. Estudavam ainda o de- aprimoradas e publicadas. Boa parte desses frag-
sempenho das lavouras, os percursos de rios e pro- mentos da natureza amazônica seria, mais tarde,
duziam mapas populacionais e agrícolas. Cabia- conduzida a Paris como botim de guerra. Em
-lhes também verificar as condições materiais das poucas ocasiões, Alexandre Rodrigues Ferreira
vilas e fortalezas destinadas a suportar as possíveis observou a natureza e as comunidades indíge-
invasões estrangeiras. Esses aspectos constituem o nas como um naturalista setecentista, mas an-
corpo dos diários e memórias produzidos ao longo tes como um leal funcionário da coroa lusitana.
da Viagem Filosófica. A Viagem Filosófica, portanto, era parte de um
empreendimento colonial destinado a empreen-
der reformas de caráter ilustrado emum território
Há mais de um século a historiografia desconhecido e disputado pelas metrópoles eu-
se divide em relação ao caráter científico dessa ropéias. Desgostoso, entrevado e alcoólatra, Fer-
viagem. A farta bibliografia dedicada a Ferreira reira morreu em 1815.
prima por exaltar seus feitos, tornando-se, por
vezes, obras apologéticas, estudos de exaltação
ao naturalista esquecido e abandonado pela sorte. Apesar dos percalços, nas pranchas e me-
Em 1895, Emílio A. Goeldi, no entanto, apontou mórias dedicadas aos tapuias, Ferreira esboçou
a insuficiência das memórias sobre botânica e uma classificação muito original para identificar as
zoologia. Faltou ao naturalista, ressaltou Goeldi, diferentes etnias da Amazônia. Nesse sentido, ele
educação profissional. Em resposta às provoca- recorreu aos corpos, às deformidades físicas e aos
ções, Carlos França escreveu, em 1922, um ar- artefatos para identificar os grupos e entender a sua
tigo em defesa do naturalista, apontando a quali- capacidade de controlar a natureza. As roupas, ar-
dade científica das memórias e culpava Vandelli, mas e moradias eram indícios do grau de organiza-
considerado “estrangeiro traidor”, por inviabili- ção social das comunidades. A forma de controlar a
zar o aproveitamento posterior do material cole- natureza era, enfim, indício da evolução técnica dos
tado por Ferreira. O americano William J. Simon povos. Embora pouco explorada, essa abordagem
destacou a importância de Alexandre era, à época, extremamente inovadora, o que de-
R. Ferreira para o progresso do conhecimento na monstra a inserção do naturalista nos debates dedi-
cados a explicar a diversidade de raças e costumes.
História Natural. Rómulo de Carvalho descre-
veu a enorme coleção deixada por Ferreira.
Ao longo da jornada, ele compôs dezenas de
memórias e centenas de desenhos, recolheu CHARLES MARIE DE LA CONDAMINE
artefatos da cultura indígena eespécies dos
três reinos. Recentemente, P. E. Vanzolini
considerou que a expedição almejava, sobre- Quatro séculos antes da chegada dos conquistado-
tudo, metas de caráter administrativo e estra- res, os Omaguás usavam túnicas, tinham uma orga-

170
História
nização social, eram belicosos, hábeis agricultores uma estranha forma, fazendo com que pareçam
e pescadores. melhor, dizem eles, com a lua
cheia”.

Por seis mil quilômetros dos rios Napo e Amazonas


(do Equador ao Brasil), fizeram sua cultura a qual E descreve também a estranha e desconhe-
hoje se podem encontrar objetos cerâmicos, utensí- cida resina que utilizavam: “A resina chamada
lios de trabalho doméstico, urnas funerárias e jóias cahuchu nas terras da província de Quito, vizinha
em ouro de grande força expressiva, pois têm uma ao mar, é também muito comum nas margens do
decoração que reflete uma forma de escrita bastan- Marañon, e se presta aos mesmos usos. Quan-
te desenvolvida para o século XII, quando nasceu do fresca, pode ser moldada na forma desejada.
esta comunidade indígena. É impermeável à chuva, mas o que a torna mais
notável é a sua grande elasticidade. Fazem-se
garrafas que não são frágeis, botas, bolas ocas,
Com a chegada dos espanhóis, são eles que alimen- que se achatam quando apertadas, mas retomam
tam as lendas do Eldorado repleto de ouro. Têm a formaoriginal quando cessa a
seus primeiros enfrentamentos já em 1540 pressão”.
com Orellana.

Charles-Marie de la Condamine leva a Euro-


Quando chegam os Jesuítas, são os Omaguás que pa e começa a estudar o processo do látex mas é
tornam viável a conquista primeira da região ama- só em 1839 que Charles Goodyear desenvolve
zônica, pois todas as outras tribos são pequenas, uma maneira industrial de utilização com a des-
nômades e com distintas línguas, o que torna a ca- coberta da vulcanização.
tequização inviável. Os Omaguás se unem as redu-
ções jesuítas para escapar ao cerco dos bandeiran-
tes do lado português e dos encomendeiros do lado Com a expulsão dos jesuítas em 1767, os Oma-
espanhol que buscavam índios para escravi- guás se viram ameaçados por todos os lados: os
zar. índios de outras etnias os viam como traidores
por terem ajudado aos jesuítas, os portugueses
os achavam aliados dos espanhóis e os espa-
O movimento Iluminista promoveu o interesse nhóis aliados dos portugueses. Em pouco tempo
científico europeu pelo Novo Mundo, como por a grande nação desceu o Amazonas, fugindo de
outras desconhecidas regiões do Globo. A primei- tudo, perecendo com doenças e enfim, desapare-
ra expedição científica na Amazônia aconteceu ceram mesclados com outras etnias.
em 1743 com a viagem de Charles-Marie de La
Condamine, membro da Academia de Ciências da
França, em uma viagem empreendida a partir de Como disse o padre Angel Cabo devilla: “A re-
1735, para comprovar ou não as teorias de New- lação comos estranhos trouxe sobre eles todas as
ton sobre a circunferência terrestre. Comprovada a enfermidades do contato, principal causa de seu
hipótese newtoniana, ele decidiu conhecer a Terra extermínio, assim como as demais violências
das Amazonas e empreendeu a primeira viagem próprias de uma conquista”.
completa pelo rio Amazonas desde asua nascen-
te até o Atlântico, pelas vias fluviais amazônicas. ALEXANDER VON HUMBOLT
Novamente aparecem os Omaguás, que lhe apre-
sentam o látex e demonstram os vários tipos de uti-
lidades daquilo que, no século XIX, seria o produto Charles Darwin Alemão - Não seria um exagero
principal da economia amazônica. dizer que Alexander Von Humboldt foi uma espécie
de Charles Darwin alemão. A exemplo do célebre
cientista e biólogo inglês, Humboldt passou boa
É ele que descreve os Omaguás: “A Missão de parte da vida em navios e expedições. Ele nasceu
São Joaquim é composta de muitas nações in- no dia 14 de setembro de 1769, em Berlim. A morte
dígenas e, sobretudo os Omaguás. Seu nome, do pai, um oficial do exército prussiano, quando ti-
assim como o de Cambebas que lhes deram os nha oito anos, não atrapalhou sua formação, volta-
portugueses do Pará na língua do Brasil, signi- da à Matemática e aos estudos lingüísticos. Aos 23
fica “cabeça plana”. É que esses povos têm o bi- anos, empregou-se em uma companhia mineradora.
zarro costume de prensar entre duas pranchas a Obcecado pela eficiência, conseguiu racionalizar
cabeça das crianças recém nascidas, para lhesdar os procedimentos da mineração. A medida provo-

171
História
cou o aumento na produção de ouro. Pouco depois os achados dos pesquisadores Francisco Jorge
começou a estudar Botânica, Física e Matemática. dos Santos e Carlos Tijolo, do Museu Amazôni-
Com o dinheiro herdado da mãe, pôde realizar o co deManaus. Eles descobriram um sítio arqueo-
grande sonho de sua vida: viajar pelas Américas, ao lógico nas margens do Paraná do Ramos, braço
lado do médico e botânico francês Aime Bonpland. do rio Amazonas no município de Barreirinha,
A dupla fez um estudo detalhado sobre a fauna 600 quilômetros a leste de Manaus. Uma civi-
e flora da região. O resultado dos mais de 9.500 lização pré-colombiana (anterior à chegada de
quilômetros de expedições está registrado no livro Colombo) parece ter ocupado dois quilômetros
Viagem às regiões equinociais do novo continente. da margem do canal durante pelo menosdois mil
Em outra obra, Ensaio político no reino da nova Es- anos. Agora, os fragmentos de cerâmica encon-
panha, eledesnudou o México, país até então prati- trados serão submetidos a testes com Carbono 14
camente desconhecido do europeu. para determinar a sua idade.

Um projeto pode levar 200 anos para ser concreti- Outras descobertas significativas foram feitas
zado. Difícil é esperar para ver. O cientista alemão pela equipe do microbiologista César Martins de
Alexander Von Humboldt, por exemplo, não con- Sá, coordenador dos estudos da área de ciências
seguiu realizar a sua maior empreitada. Em 1799, naturais. Foram encontradas duas espécies de
montou uma expedição e saiu em viagem pelo mar microorganismos desconhecidas até hoje. Uma
do Caribe. O sonho era subir o rio Orinoco na Ve- delas tem luminescência natural – brilha no escu-
nezuela e atravessar a Bacia Amazônica até alcan- ro – e poderá ser utilizada amplamente na medi-
çar o Oceano Atlântico, na costa do Pará. Só conse- cina. “Hoje, uma proteína luminescente extraída
guiu cumprir a primeira parte. Ao chegarà fronteira de algas marinhas, que brilha quando submetida
brasileira, no canal de Cassiquiare, Humboldt foi a raios ultravioleta, é usada para fazero acompa-
impedido de entrar no território tupiniquim pela nhamento de tumores cancerosos. Se o microor-
burocracia lusitana. O Brasil não passava de uma ganismo descoberto puder ser produzido em es-
colônia de Portugal e o conceituado cientista não cala industrial, a Amazônia estará colocando no
parecia ser tão conceituado assim. Dois séculos de- mercado um produto capaz de render milhões de
pois, 39 pesquisadores da Universidade de Brasília dólares ao ano para o País”, prevê César de Sá.
(UnB) e de outras nove universidades do Brasil e O outro microorganismo encontrado é um biodi-
do Exterior encamparam o projeto do alemão. gestor natural, ou seja, auxilia na decomposição
da biomassa gerada pela floresta. Poderá ser a
saída para o tratamento natural de rejeitos in-
A equipe partiu do Caribe em 1º de setembro e dustriais, agrícolas e domésticos. “A Amazônia
conseguiu alcançar o Atlântico no dia 4 de novem- é um potencial inesgotável de riquezas naturais
bro, dessa vez com o apoio dos governos do Brasil ainda desconhecidas”, garante.
e da Venezuela. Foram 9.200 quilômetros navega-
dos em 18 rios e canais da região. Os pesquisadores
repetiram o percurso de Humboldt e seguiram em Passado – Todo o aparato científico da Expedi-
frente. Desceram o rio Negro até Manaus e, depois çãoHumboldt – Amazônia 2000 não foi suficien-
de percorrer o Tapajós e o rio Trombetas, chegaram te para tirar o gostinho de passado. Os barcos
à foz do Amazonas, contornando a Ilha de Marajó utilizados pela equipe de cientistas, por exemplo,
até Belém do Pará. seguem modelos reproduzidos há muitas déca-
das e não diferem em nada dos barcos empre-
Diversidade Durante os 64 dias da expedição – gados atualmente no transporte da população
que ainda incluiu uma viagem por terra de Ma- local. O toque supremo de nostalgia ficou por
capá até o rio Oiapoque, na fronteira do Brasil conta dos artistas plásticos Carlos e Beatriz Ver-
com a Guiana Francesa gara, presentes à expedição. Suas telas, pintadas
durante a viagem, farão parte de um livro que a
–, os cientistas realizaram estudos em 18 áreas UnB lançará em 2001. Modernidade, só mesmo
de pesquisa tão diversas quanto microbiologia, no equipamento utilizadopara documentação em
ornitologia e história. “A expedição permitiu que vídeo, graças ao apoio dos governos brasileiro e
fizéssemos um mapeamento completo da Ama- venezuelano. Dois vídeo makers gravaram deze-
zônia. A região foi contemplada em todas as suas nas de horas de fitas, que serão transformadas em
peculiaridades e as conseqüências serão muito um documentário e em uma videoteca, com os
positivas”, afirma um dos coordenadores da ex- depoimentos de 50 moradores da Amazônia na
pedição, o professor Victor Leonardi, da UnB. íntegra. Outros registros do que os pesquisadores
Leonardi organizou os trabalhos de pesquisa nas viram, como as ruínas de cidades bicentenárias,
áreas de ciências humanas e se surpreendeu com a exuberância da mata, os povos e os animais da

172
História
floresta, ficaram a cargo do fotógrafo Juan Pra- de 1990.
tignestós, da UnB. Veterano em Amazônia, Pra-
tignestós colheu com sua câmera nada menos do
que dez mil fotos. São dele as belas imagens que
ISTOÉ publica com exclusividade.
AMAZONIA IMPERIAL

BARÃO DE LANGSDORFF

Capitania junto com Grão-Pará


Fascinado por viagens e conhecimentos científicos,
o barão Langsdorff conseguiu patrocínio do czar A ocupação do Amazonas se deu em povoa-
russo Alexandre I para organizar uma grande expe- mento esparso, por causa da floresta densa.
dição de reconhecimento no interior do Brasil, em
1821. Entre os integrantes estavam artistas, botâni-
cos, naturalistas e cientistas.
O Estado do Maranhão virou “Grão-Pará e Mara-
A cidade do Rio de Janeiro, sede do governo portu- nhão” em 1737 e sua sede foi transferida de São
guês no Brasil, foi o ponto de partida para o grupo Luís para Belém do Pará. O tratado de Madride
de exploradores, que percorreria cerca de 17 mil 1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área.
quilômetros entre os anos de 1822 e 1829. Primei- Para estudar e demarcaros limites, o governador
ramente, os estudiosos exploraram a região do Rio do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
de Janeiro. No ano de 1824, partiram rumo à instituiu uma comissão com base emMariuá em
província de Minas Gerais. No mesmo ano, ainda 1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José
em território mineiro, o artista austríaco Rugendas do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada
deixou a expedição, após uma série de desenten- ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem dife-
dimentos com Langsdorff, e retornou ao Rio de Ja- rentes das linhas retas atuais: o Amazonas incluía
neiro. Rugendas foi substituído por Aimé-Adrien Roraima,parte do Acre e se expandia para sul com
Taunay, jovem desenhista filho de Nicolas Taunay parte do que hoje é o Mato Grosso. O governo
— integrante da Missão Artística Francesa. A par- colonial concedeuprivilégios e liberdades para quem
tir de 1825, a expedição seguiu viagem pelas pro- se dispusesse a emigrar para a região, como isen-
víncias de São Paulo, Mato Grosso e Amazonas, ção de impostos por 16 anos seguidos. No mesmo
analisando os aspectos naturais, sociais, etnológi- ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do
cos e lingüísticos brasilei- Grão-Pará e Maranhão para estimular a economia
ros. A fantástica trajetória desses estudiosos — os local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador
primeiros a estudar certos aspectos da flora, fauna e da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu
povos indígenas brasileiros —, também apresentou do Marquês de Pombal a determinação de expul-
momentos ruins, pois muitos sofreram com doen- sar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os
ças tropicais, sobretudo, malária. O próprio barão índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua
Langsdorff perdeu a memória em 1828, após con- portuguesa).
trair febre tropical, da qual nunca se recuperou. Co-
locando em números, dos 39 integrantes da expe-
dição, somente 12 sobreviveram. Todo o material Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará
coletado — amostras minerais, animais e vegetais e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com
—, os desenhos e os manuscritos foram enviados à a mudança da Família Real para o Brasil, foi per-
Rússia, permanecendo no esquecimento em caixas mitida a instalação de manufaturas e o Amazonas
lacradas no Jardim Botânico de São Petersburgo começou a produzir algodão, cordoalhas, mantei-
até 1930, quando foram encontrados ocasional- ga de tartaruga, cerâmica evelas. Os governado-
mente em função de uma reforma. Mesmo com as res que mais trabalharam pelo desenvolvimento
dificuldades enfrentadas pela Rússia durante a Se- até então foram Manuel da Gama Lobo d’Almada
gunda Guerra Mundial (1939-1945) e a Guerra Fria e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão Pará e Rio
(1945-1989), pesquisadores conseguiram estudar e Negro viraram a província unificada do Grão-Pará.
divulgar boa parte da coleção enviada pela expedi- No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independên-
ção um século antes. Atualmente, o professor Boris cia.
Komissarov, da Universidade de São Petersburgo,
é considerado o maior especialista no estudo do
material coletado pela Expedição Langsdorff, além Em meados do século XIX foram fundados os pri-
de ser presidente da Associação Internacional de meiros núcleos que deram origem às atuais
Estudos Langsdorff, fundada em Brasília no ano cidades de Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Ca-

173
História
reiro e Moura.A capital foi situada em Mariuá (entre nas, a Cabanagem, foi um movimento revolucio-
1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do nário comcaracterísticas populares.
Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revol-
ta em 1832 exigiua autonomia do Amazonas como
província separada do Pará. A rebelião foi sufoca- A participação de tapuios, caboclos e negros,
da, mas os amazonenses conseguiram enviar um aparte mais pobre da população que habitava as
representante à Corte Imperial, Frei José dos San- cabanas, deu origem ao nome do movimento.
tos Inocentes, que obteve no máximo a criação da Essa população era explorada violentamente
Comarca do Alto Amazonas. Com a Cabanagem, em pelos fazendeiros e pelas autoridades políticas,
1835-1840, o Amazonas manteve-se fielao governo militares e religiosos locais. A revolta foi uma
imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de tentativa de modificar sua situação miserável e
recompensa, o Amazonas se tornou uma província de injustiça social.
autônoma em 1850, separando-se definitivamente
do Pará. Com a autonomia, a capitalvoltou para esta
última, renomeada como “Manaus” em 1856.
Tomaram parte na revolta Alberto Patronni, o Cô-
nego Batista Campos, Félix Clemente Malcher,
os irmãos Vinagre, Lavor Papagaio, Eduardo An-
No período em que ocorreu a Independência do gelim e outros. A guerra tomou, impetuosamen-
Brasil, em 1822, a Amazônia pertencia à Coroa te,o território paraensee,depois,o amazonense. O
portuguesa, como uma unidade político-adminis- líder no Amazonas foi Bernardo de Sena.
trativa, ou seja, como uma colônia, dividida em
duas capitanias: Pará e Rio Negro, subordinadas à
Província do Grão-Pará. A elevação do Estado do
O general Soares Andrea foi responsável por
Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Al-
reprimir o movimento no Pará. No Amazonas,
garves, em 1815, não modificou a estrutura política
os cabanos tomaram a vila de Manaus; poste-
anterior.
riormente, Maués, Parintins, Silves e Borba. O
repressor do movimento, no Amazonas, foi Am-
brósio Aires, o Bararoá.
O Grão-Pará só foi incorporado ao Brasil em 11de
agosto de 1823, quando as tropas do almirante in-
glês John Pascoe Greenfel assassinaram vá-rios
Ambrósio Aires formou um exército de voluntá-
paraenses, que, por sua vez, encontravam-se num
rio se ao retornar de Autazes foi atacado por sete
conflito com os portugueses.
canoas dos cabanos, grande parte compostas por
índios muras, onde foi morto.

O último foco do movimento foi a cidade de


A CABANAGEM (1835-1840) Maués. Nesse período, destacou-se o comandan-
te Miranda Leão, que pôs fim ao movimento no
Amazonas.

A Capitania

Com a separação do Brasil em dois governos ad-


ministrativos por Filipe IV da Espanha, a parte
norte, representada pelo governo do Maranhão
(incluindo os atuais Estados do Pará e Ama-
zonas), com sede em São Luís, ficou destacada
do governo do Brasil. Depois desse golpe veio
a criação da Capitania do Cabo Norte, tornada
realidade pela carta-régia expedida em 1637 e
cujo governo fora dado a Bento Maciel Paren-
te. O sentimento de distância, que preocupava
aos governantes, não impediria que lentamente
A guerra civil que ocorreu no Pará e no Amazo- fosse ocupada a região com a implantação dos

174
História
núcleos urbanos. Daí que a instalação de mais atual Estado do Amazonas era simples Comarca da
fortalezas se seguisse numa ordem quase contí- Província do Grão-Pará, que então se denominava
nua: São José de Marabitanas, em 1762, no rio Capitania do Grão-Pará. O governo central solici-
Negro; São Francisco Xavier de Tabatinga, em tou a esses núcleos que mandassem representantes
1766 o forte de registro e em 1770 o forte real à Corte. A correspondência enviada do Amazo-
que caiu em ruínas até os nossos dias; Forte de nas foi toda retida em Belém do Pará e por isso
São Joaquim do Rio Branco, em 1775, levan- perdemos a oportunidade de alcançar a hegemonia
tado por Felipe Sturn; Santo Antônio do Iça em sonhada. Continuou a Comarca do Alto Amazonas
1754; Castelo, em Barcelos, capital da Capitania a depender da Província do Pará. Os amazonenses
em 1755; e em 1776 é fundado o forte Príncipe não aceitaram sem protesto a nova situação, que
da Beira. Esse círculo de defesas militares nas era humilhante. Uma revolta chefiada pelos patrio-
linhas com países estrangeiros demonstra a preo- tas sacerdotes Inácio Guilherme da Costa, Joaquim
cupação do governo em defender e consolidar o de Santa Luzia e frei José dos Santos Inocentes, a
espaço físico conquistado. dos civis João da Silva Craveiro, coadjuvados pelo
militar tenente Boa Ventura Ferreira Bentes promo-
veu a independência do Rio Negro, positivando o
A criação da Capitania de São José do Rio Negro, fato com o artilhamento ostensivo da região deno-
assegurada pela carta-régia de 3 de março de 1755, minada Lajes, próxima ao encontro das águas Ama-
sob a influência política e prestígio de Francisco zonas-rio Negro. Uma expedição enviada do Pará
Xavier de Mendonça Furtado, primeiramente go- nos barcos Santa Cruz eIndependência, comandada
vernador do Pará, mais tarde na qualidade de Co- pelo tenente-coronel Domingos Simões da Cunha
missário de Limites e Demarcações, trouxe para a Baiana, forçou a passagem com avariar grossas na
Amazônia benefícios sem conta em todas as áreas: barca, Independências, atingida pela artilharia diri-
administrativa, econômica, financeira, cultural, gida pessoalmente pelo padre SantaLuzia. Contudo
mas principalmente como criação de núcleos ati- a situação não se modificaria até 1850.
vos, considerando-se a enormidade de população
indígena entrada na mestiçagem. A dois homens de
pulso e de visão deve o Amazonas daquele tempo a
sua tentativa de expansão sócio-econômica; a Men-
donça Furtado como criador e incentivador dos no- A Província
vos núcleos e a Manuel da Gama Lobo D’Almada,
governador da Capitania, partilhando da implanta- A humilhação sofrida pela comarca do Alto
ção de serviços administrativos e de indústrias (o Amazonas não abateria os ânimos dos patriotas,
gado do hoje Território Federal de Roraima) que que agora passaram a lutar pela autonomia dos
vieram socorrer a situação de miséria do homem patriotas, que passaram pela autonomia no Sena-
amazônico. Deve-se a Mendonça Furtado a funda- do do Império. Nomes que ficaram inscritos na
ção da Vila de Mariúra (Barcelos), criada a 6 de memória dos amazonenses - tais como Ângelo
maio de 1758; Borba, criada em 1756; e outras a Custódio, ministro Honório Hermeto Carnei-
seguir. A capital da Capitania ficou sediada em Bar- ro Leão, Souza Franco, Paula Cândido, Miran-
celos (Mariuá d’Almada), até que Manuelda Gama da Ribeiro, João Batista de Figueiredo Tenreiro
Lobo D’Almada, já na governança da Capitania de Aranha, JoãoEnrique de Matos, João Inácio Roiz
1786 a 1799, transferisse a capital para o lugar da do Campo, Dom Romualdo, Marquês de Santa
Barra, atualmente Manaus. Cruz - se bateram contra as alegações formu-
ladas, que eram de escassez de população e de
carência de rendas públicas. Mas o projeto vin-
gou e o primeiro presidente na nova Província,
A Comarca e a Independência chamada de Amazonas, foi o ínclito João Batista
de Figueiredo Tenreiro Aranha. Foi a Província
constituída por Lei Imperial no. 1592, de 5 de
A Independência do Brasil não trouxe logo reais setembro de 1850.
benefícios ao setentrião. A Comarca do Amazonas,
subordinada ao Grão-Pará, teve a sua hegemonia
política prejudicada pela execução do Código de
Processo Penal, uma história muito comprida que Com a instalação da nova província, em 1 de ja-
envolve a participação da Igreja, da milícia e dos neiro de 1852, a situação de atraso da antiga co-
cidadãos de Manaus. Quando Dom Pedro I procla- marca do Alto Amazonas melhorou. Foi criada a
mou a independência do Brasil, as unidades federa- Biblioteca Pública. O
das denominadas Províncias mantiveram seus limi-
tes internos e suas prerrogativas de autonomia. O

175
História
Primeiro jornal foi fundado em 5 de setembro, com procura, e vai enriquecer os cofres do Estado. O
o 1 número circulando a 3 de maio de 1851, e subs- Amazonas viveu seus dias de esplendor afastado
tituído pelo nome de “Estrela do Amazonas”, do do Rio de Janeiro e de São Paulo, ligado à cultura
mesmo proprietário, o cidadão Manuel da Silva européia. Desde os primeiros dias da Província que
Ramos. depois destes, outros jornais apareceram: os filhos de famílias apossadas vão para a Europa
o “Amazonas”, por exemplo, fundado pelos jorna- Estudar, mesmo aqueles destinados à Igreja. Ma-
listas Antônio da Cunha Mendes, jornal que seria, naus povoa-se de construções magníficas, que vão
com o andar do tempo, o veículo dos atos oficiais substituindo as casinhas de taipa com telhados de
e o pensamento expresso dos governos provinciais. palha. A Europa - Inglaterra, França, Portugal e ou-
Seria também a primeira casa editora do Amazonas, tros países - fornece pontes de ferro, casas de ferro
editando o romance marítimo “A Fragata Diana”, pré-fabricadas, fontes ornamentais, material elé-
do Almirante Paulino Von Hoonholtz, em 1877. O trico, bondes, automóveis, movéis, vestidos, sapa-
jornal como a Biblioteca Pública foram as bases do tos, tudo quanto Paris e Londres anunciavam como
desenvolvimentos da cultura local, junto ao teatro novidades. Os primeiros cinemas “Hervet” foram
e às escolas de caráter profissional. Tenreiro Ara- montados em Manaus e o povo pôde assistir, com
nha idealizou o Instituto de Educandos Artífices, diferença de dias, Santos Dumont sobrevoar Paris
que funcionou em Manaus durante muitos anos e ou cenas da guerra russo-japonesa.
formou técnicos em várias profissões. O seminá-
rio episcopal, por sua vez, ofereceria uma espécie
de curso secundário até que fosse criado o Ginásio A par de toda essa criatividade e expansão mate-
Amazonense Pedro II, antigo Liceu. rial- cultural, a defesa e garantia do Estado passa
a constituir uma preocupação do governo central,
que instala emManaus uma Capitania dos Portos
A província do Amazonas também ofereceu ao e um Comando das Armas, uma flotilha de guer-
Brasil exemplos de interesse maior pela situação ra e outros elementos de destaque na segurança
dos escravos africanos, partindo daqui as primeiras nacional. O Amazonas participou da Campanha
leis manumissivas, posto que realmente a escrava- contra o Paraguai, enviando seus filhos - os Vo-
tura na região não tivesse a expressão que teve no luntários da Pátria, e nomes como Luís Antony
Maranhão, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio ou Benjamim Silva, para citar como exemplo, de-
de Janeiro e São Paulo, onde a agricultura susten- ram provasde bravuras e amor à Pátria, morrendo
tava a economia nacional. Não tivemosagricultura. na luta e recebendo a consagração universal do
A região sempre se favoreceu do sistema coletor País. O Amazonas também compareceu com um
primário e até hoje esse sistema vigora com sua Batalhão da Polícia Militarà Campanha de Canu-
componente - a troca, a permuta, a carência de nu- dos e comandados pelo valoroso Coronel Candi-
merário, de valor circulante. do Mariano. Esta Polícia Militar foi a primeira
a entrar no arraial de Canudos, mas lá ficaram
enterrados alguns dos briosos componentes. A
Tanto as sociedades manumissivas encarregadas de bandeira nacional transportada pelo 1 Batalhão
alforriar escravos, como as sociedades de letras e de Polícia conserva-se no quartel do mesmo, e
artes, existentes no passado, e vivendo de sua pró- podem-se ver os dilaceramentos provocados pela
pria constituição orgânica para o homem da Bacia metralha e as manchas de sangue.
Amazônia, em termos de cultura e de direitos hu-
manos, que se refletiria no futuro. É inegável que
foi durante a Província, isto é, em 1852 até 1889, Não poderíamos deixar de enumerar os grandes
que o entusiasmo pelo teatro floresceu, bem como surtos culturais dos últimos dias da província
pelas academias de artese letras. Tivemos menos de nos legaram e que foram malbaratados: o Mu-
cinco teatros antes da construção do moderno Tea- seu Botânico do Amazonas, que teve como di-
tro Amazonas, idealizado em1881 e inaugurado em retor o eminente Dr. João Barbosa Rodrigues; a
1896. Grandes artistas internacionais se exibiram Sociedade Geografia do Amazonas, dirigida pelo
em teatros de Manaus, mesmo antes da construção coronel Pimenta Bueno, além daquelas outras
do atual edifício, o que prova que havia necessida- de quem citamos, a Sociedade de Música de
de de derivados sadios e uma evasão cultural digna Letras e das Artes, de Danças, etc. Homens no-
de nota. táveis nas letras e nas artes o Amazonas naque-
le tempo produziu: Paulino de Brito, Torquato
Tapajós, poetas; Estelita Tapajós, filosofia; Lima
É na Província que começam a circular navios de Bacuri e Aprígio Martins de Meneses, historia-
grande cabotagem e as linhas internacionais para dores; Pedro Luís Sympson, tupinólogo; Bertino
a Europa e a América do Norte, porque é também de Miranda Lima, pesquisador social; e cientis-
nesse período que a goma elástica possui maior ta, botânico, prosadores, musicistas, etc. É ainda

176
História
na Província que floresce o jornalismo, tivemos A empresa de navegação de maior expressão era
jornais e revistas em todas as línguas, mas prin- a de Mauá, mas havia pequenas empresas locais.
cipalmente em inglês, espanhol, hebraico, árabe, Alexandre Amorim criara a Companhia Fluvial do
francês, italiano e alemão. Alto Amazonas, obtendo o monopólio do Purus, do
Madeira e rio Negro por vinte anos. Foi a partir daí
Durante dias do Império até o final da Província, que empresas inglesas e norte-americanas passa-
o Amazonas recebeu a visita de vários cientistas/ ram a se instalar no Amazonas.
exploradores: Carlos Felipe Von Martius, Von
Spix, Chandless, Sprice, Agassis, Wallace, Batés,
que enriqueceram o conhecimento universal com a
zoologia, a fitologia, o folclore, a linguística ama- A ÁRVORE QUE CHORA
zonense, semaludir a outros, como Júlio Verne, que
nunca tendo vindo ao amazonas, escreveu o ro-
mance amazônico “A Jangada”; ou Paul Marcoy, A industrialização do látex ocorreu após a viagem
Oliver Ordinaire, Henri Coudreau, etc. de Charles Marie de la Condamine, em 1743, que
desceu o Amazonas, comissionado pela Academia
de Ciências de Paris para a medição do arco do Me-
ridiano, no Equador, e levou amostra para a Acade-
mia de Ciências Naturais de Paris.

As principais ocorrências desse período:


Mas o interesse comercial e industrial pelo látex
• A primeira viagem do navio a vapor “Guapi- só aumentou significativamente a partir da segunda
çu”, que saiu de Belém, em 1843, com desti- metade do século XIX, após a descoberta do pro-
cesso de industrialização. Com a vulcanização da
no a Manaus.
borracha, em 1839, por Charles Good-year e por
Hancock, em 1842, que tornou mais resistente e
quase insensível às variações de temperatura, asse-
• A criação das diretorias de Índios pelas gurando sua elasticidade e impermeabilidade, o uso
quais as aldeiaspassavam a ser administra- do produto estendeu-se pelaEuropa e pelos Estados
das por diretores pagos com honras e gra- Unidos.
duações –instituídas em 1845.

É a partir daí que o surto da borracha inicia-se, pois


• A elevação da vila de Manaus para cidade aumenta a procura dessa matéria-prima no merca-
do mundial. Em princípio, o trabalho utilizado na
de Nossa Senhora da Conceição da Barra de
produção era o do indígena e do caboclo. Com o
São José do RioNegro, em 1848.
tempo, essa mão- de-obra tornou-se insuficiente.
Os governos locais passaram a importar mão-de-
-obra nordestina por meio de propagandas engano-
sas.

A Navegação a Vapor
A Mão-de-obra
Antes da utilização do navio a vapor, as trocas co-
merciais entre Belém e Manaus eram feitas por30 a
40 escunas de 15 toneladas e por cerca de duas mil Em princípio, os nordestinos passaram a se insta-
canoas, num transporte que durava até dois meses. lar ao longo dos rios, tanto os do Amazonas quan-
to os do Pará, mas logo se lançaram à empresa da
floresta. Nesse período, começou a penetração nos
rios Purus, Juruá, Bolívia (Acre) e Peru. Mas esse
A navegação a vapor no rio Amazonas iniciou-se a povoamento não se processou de forma planejada,
partir de pressões internacionais. A lei n.°. 3749,de pois teria vindo cerca de meio milhão de nordesti-
7 de dezembro de 1866, autorizou a navegação in- nos para a Região Amazônica.
ternacional no rio Amazonas, Tocantins, Tapajós e
o São Francisco.
O arrocho era a técnica utilizada pelos nordestinos;
tratava-se de fazer cortes profundos nas árvores e,

177
História
depois, amarrá-las com cipó a fim de espremê-la – três estradas, trabalhando uma a cada dia.A ta-
uma técnica predatória. refa de coleta era feita no verão. Em geral, ini-
ciava-se em maio e estendia-se até novembro.

O Seringal
O seringueiro saía de madrugada para a estrada,
levando uma lanterna na testa, a “poronga”, um
No início da exploração do produto, não se formou rifle a tiracolo e um terçado na cintura. Dessa for-
a propriedade fundiária. Os extratores atiravam-se ma, os seringueiros faziam pequenas incisões nas
às atividades predatórias, uma vez que a explora- árvores e, depois, colocavam uma tigelinha para
ção era passageira. coletar o látex. Seu regresso ocorria entre duas e
três horas da tarde, quando fazia uma rápida re-
feição e, depois, passava à defumaçãodo látex.
Com o rush da borracha, a situação modificou-se.
O abandono do sistema predatório de aniquilamen-
to das árvores e o início da concorrência entre os A borracha produzida não era homogênea. Era
que viviam da empresa tornaram-se necessários à classificada conforme seu acabamento, apresen-
ocupação permanenteda terra. A posse da terra não tação, resistência e impermeabilidade: borracha
ocorria de forma tranqüila. Geralmente, havia con- fina, entre fina e sernambi.
flitos entre os seringalistas e os seringueiros contra
os índios ou, ainda, entre os próprios seringalistas.
As Casas Aviadoras
Na margem, erguiam-se o barracão central e os
menores (esses barracões serviam como arma-
zém de borracha defumada). O barracão central, Eram estabelecimentos comerciais que abasteciam
construído de madeira oupaxiúba, com cobertura o seringal, dele recebendo a borracha.
de zinco e levantado sobre barrotes de madeira Realizavam, também, as operações de venda no ex-
para a proteção contra as enchentes, era a resi- terior.
dência do seringalista, o depósito de produtosde
abastecimento dos seringais e o escritório.Com o
desenvolvimento das atividades e os grandes lu- Toda a despesa necessária à instalação do seringal
cros, as residências ganharam a feição de chalés era financiada pela casa aviadora que, pela transa-
europeus. ção,cobrava juros e comissões.

Os barracões eram feitos de paxiúba e cobertos O abastecimento do seringal era feito,na época,da
de palha; neles moravam os empregados do se- coleta do látex. Os produtos aviados consistiam em
ringal. utensílios para a extração, vestuários, alimentação,
remédios etc., que eram vendidos a créditos ao se-
ringalista e transportados ao seringal pelos navios-
O “centro” era o interior do seringal, onde se ins- -gaiola pertencentes às casas aviadoras. O fruto do
talavam e trabalhavam os seringueiros. Próximo aviamento era, também, debitado na conta do se-
a ele, situava-se outra barraca onde se fazia a de- ringalista.
fumação do látex.

As Técnicas de Produção Os Tipos Sociais

O regatão marcou a paisagem social da Amazônia


A primeira tarefa, que levava dias, era a aber- desde o início do século XVIII. Foi obscurecido
tura deestradas (caminhos) para a coleta do látex. pela presença das casas aviadoras. Eram aventurei-
Em cadaestrada, havia, em média, cem ou duzen- ros que iam vender quinquilharias ao homem ama-
tas árvores, ecada seringueiro tinha, a seu cargo, zônico.

178
História

Em princípio, eram os portugueses ou os cabo- Em 1876, o botânico inglês Sir Henry Wikhan em-
clos que exerciam essas atividades; depois, foram barcou
substituídos por judeus, sírios, libaneses. Essa ati-
vidade era considerada ilegal pelos seringalistas, 70.000 sementes de seringueira para a Inglaterra
que,por sua vez,possuíam o monopólio sobre o for- clandestinamente. Dentre elas, vingaram7.000
necimento de mercadorias ao seringal. mudas, as quais foram levadas para o Ceilão
e,posteriormente, para a Malásia, Samatra,Bor-
néu e outras colônias britânicas e holandesas,
nas quais se produziu uma goma de qualidade
superior à nativa amazônica. A partir daí, a pro-
O Apogeu do Rush dução amazônica despencou vertiginosamente,
principalmente com a quedado preço do produto
no mercado internacional. A produção asiática
suplantou a nativa.

A borracha apareceu, pela primeira vez, nos regis-


tros de exportação brasileira em 1827, comum a
modesta exportação de trinta e uma toneladas. Du- A LIBERTAÇÃO DOS ESCRA-
rante muitos anos, nem toda a exportação do Ama-
zonas era feita diretamente para o exterior; grande VOS NOAMAZONAS
parte descia ao Paráe seguia rumo à Europa.
Os negros tiveram pouca participação na pro-
dução de riquezas na Amazônia devido à grande
quantidade de mão-de-obra indígena, com preços
De 1850 em diante, a goma elástica passou a ser o mais baixos. Além domais, foi criada, em1873, a
principal produto de exportação do vale do Amazo- Sociedade EmancipadoraAmazonense,cuja fina-
nas, desaparecendo as produções de café, tabaco, lidade era arrecadar fundos para libertar os es-
algodão, salsa, cravo e diminuindo a de cacau. cravos.

Até 1845, o Pará possuía, além da indústria extra- A libertação dos escravos negros ocorreu no go-
tiva, a manufatureira, produzindo sapatos, mochilas verno de Theodoreto Souto. José Paranaguá Foi
impermeabilizadas etc., exportando a borracha ma- um dos defensores da libertação, tendo sido o
nufaturada. Em 1850, foram exportados138 873 pa- presidente da Sociedade Libertadora, fundada
resde sapatos. Dessa data em diante, começou a ser em 24 de novembro de 1882. Outras entidades
mandada para o exterior apenas a borracha bruta e surgiram, tais como a “Comissão Central Aboli-
pouco manufaturada. cionista Amazonense, Primeiro de Janeiro, Li-
bertadora Vinte e Cinco de março, Cruzada Li-
bertadora, Clube Juvenil Emancipador, Cinco de
Até o início do século XIX, não existiam, no País, Setembro, Clube abolicionista Manacapuruense,
fábricas de artefatos de borracha. Na medida em Libertadora Codajaense e Amazonense Liberta-
que o mercado internacional solicitou a utiliza- dora”. (DOS SANTOS: 2003, p.173)
ção da borracha como matéria-prima industrial, o
Brasil aumentou sua produção. A partir de 1852,
a exportação cresceu sempre: em 1852: 1632 No dia 24 de maio de 1884, foram libertados os
toneladas; em 1875: 7 729 987 escravos de Manaus. E, em 10 de julho do mesmo
toneladas; em 1900: 24 301 456 toneladas. ano, foi a vez da libertação dos escravos da pro-
víncia.

A última década do século XIX e os primeiros


anos do século XX constituíram a época áurea ANEXAÇÃO DO ACRE
da borracha. Os preços altos, então, alcançaram
o apogeu. Com o ciclo da borracha, milhares de nordestinos
em busca de novas seringueiras ultra-passaram os
limites do território brasileiro e chegaram ao Acre,
A Decadência do Ciclo em território boliviano.

179
História
rim e Santo Antônio, e criando condições para
que as riquezas minerais e florestais existentes
Em 1898, a Bolívia instalou uma alfândega no rio naquela região pudessem ser explo-
Aquiri, em Puerto Alonso, iniciando a cobrança de radas.
pedágios aos brasileiros, que se recusavam afazê-
-lo, originando repressões e revides.
A necessidade de implantação da ferrovia
foidefendida inicialmente por um representante
Em 1898, inúmeros seringalistas expulsaram osbo- graduado da marinha de guerra americana, que
livianos. Estava iniciado o conflito. Nessa época, em meados doséculo 19 preconizava a abertura
a Bolívia iniciou entendimentos com empresários do Amazonas e seus tributários ao comércio de
internacionais para organizar uma companhia des- todas as nações, e sua viabilidade técnica atesta-
tinadaa explorar o Acre. A empresa teria apoio mi- da posteriormente por outro oficial da mesma
litar dos Estados Unidos. força. Tais manifestações aceleraram as pri-
meiras tentativas para concretização da idéia,
realizadas pela companhia americana P. T. &
O Estado do Amazonas financiou a segunda rebe- Collins, empreiteira da obra do início de 1878 a
lião (1899), com a finalidade de incorporar o terri- agosto de 1879,quando seus técnicos e operários
tório ao Amazonas. abandonaram os trabalhos que faziam e retira-
ram-se da área, deixando para trás seis quilô-
metros de linha férrea construída e uma loco-
Em 1900, ocorreu a terceira rebelião. Os bolivia- motiva Baldwin (ilustração), máquina que após
nos temerosos aceleraram as negociações com os ter sido abandonada serviu a alguns moradores
grupos estrangeiros da Bélgica e dos Estados do lugar, durante anos, como galinheiro, for-
Unidos. Era uma tentativa de alijar a Inglaterra do no de padaria edepósito de água para
mercado da borracha. tomar banho. Em 1891, o coronel
norte-americano George Church organizou ou-
tro empreendimento com essamesma finalidade,
Em 1902, ocorreu a quarta revolta, comandada por tendo criado para tanto a Madeira- Mamoré
Plácido de Castro. O conflito teve início em Xapuri, Rail Co., que assinou contrato com a empre-
que foi proclamado Estado Independente do Acre. sa inglesa Public Works e obteve condições para
A luta prosseguiu pela bacia do Purus.Em janeiro construir a ferrovia a partir de um empréstimo
de 1903, Puerto Alonso foi tomada,passando a se de dois milhões de libras esterlinas, feito pelo
chamar Porto doAcre. governo boliviano junto a bancos de Londres.
Mas pouco tempo depois a Public Works reti-
rou-se do negócio sob a alegação de insalubri-
dade no local da obra, e processou o coronel
No dia 17 de novembro de 1903, foi assinado o Church. Outras empreiteiras foram contratadas
Tratado de Petrópolis entre Brasil e Bolívia. Pelo para dar continuidade ao trabalho, mas desisti-
acordo, a Bolívia vendia o Acre por dois milhões de ram ou faliram nomeio do
libras, e o Brasil terminaria a construção da estrada caminho.
de ferro Madeira–Mamoré.

Anos mais tarde, a assinatura do Tratado


1907 - ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MA- de Petrópolis pactuado em 1903 com a Bolívia,
MORÉ permitindo a anexação pelo Brasil da área que
hoje forma o estado do Acre, tornava obrigató-
rio o reinício das obras, o que foi efetivado em
1907 e concluído em 1912, quando o percurso de
Guajará-Mirim a Porto Velho, com 365 quilôme-
A construção da estrada de ferro Madei-
tros, aproximadamente, finalmente foi inaugura-
ra- Mamoré, aspiração de quantos no final do
do. Essa tarefa foi executada por Percifal
século 19 e princípio do século 20 viviam na
Farquhar, fundador da Madeira-Mamoré Rai-
região hoje pertencente ao estado de Rondônia,
lway, mediante concessões que lhe foram feitas
visava ligar as bacias dos rios Guaporé, Mamo-
pelo governo brasileiro, tendo sido encarregada
ré e Beni, à navegação livre dos rios Madeira
da parte física da construção a empresa May, Je-
e Amazonas, até alcançar o Oceano Atlântico,
ckyll & Randolph.
contornando o problema representado pelas de-
zenove cachoeiras existentes entre Guajará-Mi-

180
História
Palco de um espetáculo audacioso e ao mes- I – A Proclamação da República no Amazonas
mo tempo trágico, os trilhos da Madeira-Mamoré
repousaram sobre as vidas de milhares de operá-
rios que nela trabalharam, vitimados pelos ataques O movimento republicano no Amazonas come-
de índios e animais ferozes, pelas doenças como çou em meados de 1889. Nesse período, um gru-
a malária e por acidentes na construção. Desativa- po de intelectuais da classe média (empregados
da em 10 de julho de 1972, a estrada de ferro que do comércio, jornalistas, professores e políticos)
recebeu a denominação de “Ferrovia do Diabo” criou, em Manaus, em 29 de junho, o Clube Re-
ainda mantém em atividade apenas um trecho de publicano do Amazonas.
sete quilômetros, entre Porto Velho e Cachoeira
de Santo Antônio, marco da fundação da cidade
de Porto Velho. A velha locomotiva, denominada
“Coronel Church” em homenagem ao militar nor- O Clube Republicano lançou o seu primeiro ma-
te- americano que idealizou as primeiras tentativas nifesto, no lançamento do Clube, e logo recebeu
de construção, foi removida em 3 de maio de 1981 o apoio do Partido Conservador e do Partido Li-
para o Museu Madeira-Mamoré e incorporada ao beral.
acervo histórico do estado
de Rondônia.
O Amazonas vivia isolado dos acontecimentos
do resto do País, pois não havia telégrafo em Ma-
naus. A linha de telégrafo chegava só até Belém.
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma Por isso, somente no dia
das últimas linhas de trem a vapor no Brasil, e a
21 de novembro de1889, chegou a notícia da Pro-
única na Amazônia. A história desta ferrovia faz
clamação da República. A República no Amazo-
parte doPatrimônio Histórico Nacional brasileiro e
nas foi proclamada por uma junta governativa
é também a história e patrimônio dos construtores
trazida pelo vapor “Manaus”.
americanos, ingleses, chineses, espanhóis, dina-
marqueses, caribenhos, italianos e alemães, entre
outras nacionalidades. Aproximadamente 6.000
destestrabalhadores morreram de forma trágica nas O governo provisório era composto pelo coro-
frentes de trabalhos da Madeira-Mamoré: naufrá- nel Pereira do Lago, capitão-de-fragata Lopes da
gios, mortes por flechadas de índios, afogamen- Cruz, Emílio Moreira, Joaquim Sarmento, Ca-
tos, picadas de animais silvestres, e doenças como valcante de Albuquerquee Carvalho Leal.
malaria, febre amarela, febre tifóide, tuberculose,
beribéri, e outras que ocasionaram estas per-
das. No dia 22, perante a Câmara Municipal de Ma-
naus, a junta assinou o termo de posse, inician-
do suas atividadesadministrativas. A Assembléia
A Madeira-Mamoré representa também a me- Provincial reconheceu o Governo Provisório.
mória viva para esses trabalhadores e seus descen- Jáno interior do Estado, a adesão foi completa.
dentes que ainda residem principalmente nas cida-
des de Porto Velho e Guajará-Mirim no Estado de
Rondônia. Nosso objetivo com este site é promover A luta política entre liberais e conservadores pelo
via internet a democratização das informações so- poder político e privilégios no Amazonas reini-
bre a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, expondo cia. O presidente do Governo Provisório foi o
para o Brasil e para mundo a Ferrovia que teve o tenente de engenheiro Augusto Ximeno de Ville-
seu passado de dificuldadese glórias, o seu presen- roy, escolhido à revelia.Augusto Ximeno dissol-
te de abandono e o seu futuro de incerteza. Para veu a Assembléia Provincial e as Câmaras Muni-
isto, preparamos este site com conteúdo bastante cipais; posteriormente, nomeou vários conselhos
diversificado e esperamos que este possa se tornar para os municípios do Amazonas. Instituiuvárias
referência como uma das maiores fontes educado- reformas administrativas, dentre as quais pode-
ras sobre a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré moscitar: criou o Instituto Normal Superior, fun-
na Internet. diu o Ginásio Amazonense e a Escola Normal e
extinguiu o Museu Botânico.

República no Amazonas O governo de Augusto Ximeno, também, proces-


sou as eleições para representação amazonense
na Constituinte de 1891. Licenciado, Augusto

181
História
Ximeno retirou-se para o sul e entregou o gover- No início do século XX, a produção racional
no ao tenente de engenheiro Eduardo Gonçalves asiática começou a superar a produção nativa da
Ribeiro. Amazônia. A Associação Comercial do Amazonas
organizou, em 1910, em Manaus, o “Congresso
Comercial, Industrial e Agrícola”, para discutir os
problemas relativos à avicultura.
Eduardo Gonçalves Ribeiro, que chegara a Manaus
em 1887, ao receber os encargos da administração
do Estado, não decepcionou o espírito positivista, Em 1912, o governo federal encampou um pro-
procurando obter apoio da base popular para man- grama intitulado “Plano de Defesa da Borracha”.
ter-se no governo, que assumiu,pela primeira vez, Esse programa estabelecia um estímulo à produção
em 2 de novembro de 1890sendo afastado do cargo e industrialização da borracha, à migração, à saúde,
a 4 de abrilde 1891, re-tornando no dia 12 seguin- aosetor de transportes, à produção agrícola alimen-
te, pela vontade popular, em manifesto firmado por tar e à pesca.
363 pessoas dentre as de maior influência em Ma-
naus, nele permanecendo até 5 de maio de 1891,
quando transferiu o cargo ao Barãode Juruá, Gui-
lherme José Moreira, 1.° Vice-Governador. O programa destinava-se a todo território nacio-
nal, isto é, a todos os estados brasileiros onde ha-
via árvore produtora de goma elástica.
Seus serviços foram imediatamente reconhecidos
pelo comando militar e revolucionário, sendo pro-
movido a Capitão de 1.° classe em 7 de junho A Companhia Ford do Brasil, com o propósito de
fugir das manobras dos ingleses e holandeses de
reduzir a produção da borracha no sudeste
asiático, fez uma projeto de exploração da bor-
de 1891, o que provocou sua transferência para o racha silvestre e a plantação de mudas em San-
Rio de Janeiro logo no dia 27, onde deveria assumir tarém,num projeto chamado de Fordlândia. O
o cargo de professor da Escola Superior de Guerra, projeto faliu, pois tanto os fungos quanto a falta
para o qual fora designado. de mão-de-obra contribuíram para que o projeto
não tivesse sucesso.

Retornou ao cargo de Governador do Estado quan-


do da renúncia do Coronel. Gregório Thau-matur- A Fordlândia foi permutada, em 1934, por Bel
go de Azevedo, sendo, inclusive, o candidato do terra, ou seja, uma área mais próxima de Santa-
partido Democrata para a chefia do Poder Exe- rém.
cutivo estadual,em 1892, mesmo estando em pleno
exercício do cargo. Por essa razão, foi Governador
do Amazonas no período de 23de julho de 1892 a
23 de julho de 1896. Morreu em Manaus, em cir-
cunstâncias ainda não bem esclarecidas, em 14 de III – O Tenentismo no Amazonas ou a
outubro de 1900.
Rebeliãode 1924, em Manaus
A brutal recessão que se seguiu após a deca-
As principais transformações ocorridas no gover- dência do Ciclo da Borracha gerou um clima de
no de Eduardo Ribeiro foram: criou a Comarca de ins-tabilidade política no Estado do Amazonas.
Antimari, Humaitá e Coari; iniciou a construção do Des-de a proclamação da República no Amazo-
Teatro Amazonas; elevou à categoria de vila a pa- nas e em função da enorme receita do Esta-
róquia de Fonte-Boa e declarou feriado nos dias do, devido ao Ciclo da Borracha, havia acirradas
13 de março, 10 de julho, 5 de setembro e 21 de disputas políticas, em época de eleição, entre as
novembro. oligarquias locais. No período que se seguiu,pós-
-rush,a crise política acentuou-se.

Mas essa crise não era só uma particularidade


amazonense, pois, no Brasil, foi instalada a
II – Os Projetos de Intervenções na Eco- política oligárquica, desde a chegada dos cafei-
cultoresao poder. A maior expressão dessa políti-
nomiana Amazônia
ca foi a instalação da convencional “política dos

182
História
governadores” ou do “café-com-leite”. Por essa vindos de outros Estados como forma de desmon-
organização, o governo brasileiro era escolhido tar possíveis focos derebelião
entre os paulistas e os mineiros, que, por sua vez,
recebia o apoio do Senado, representantes das
oligarquias estaduais. Por outro lado, em 1924, em Manaus, o clima de
inquietação e de descontentamento com o gover-
no de Rego Monteiro era geral. A população vivia
A política dos grupos oligárquicos não era, por- numa agudacrise econômica, e o grupo oligárquico
tanto, uma característica somente do Amazonas. dominante perseguia seus opositores.
Em todo o Brasil, havia práticas comuns tais
como o coronelismo, a fraude eleitoral, a perse-
guição política, a corrupção e o voto de cabresto. Percebendo a conjuntura favorável à rebelião, os
No Brasil, surgiram vários movimentos contrá- militares rebeldes, em geral, indivíduos sem víncu-
rios a essa política, dentre os quais podemos citar lo com a região, decidiram liderar o movimento na
oTenentismo. cidade. Porém a rebelião não deveria limitar-se a
Manaus. Pelo contrário, ainda sob influenciado pla-
no proposto pelos militares, em 1922, o movimento
se estenderia ao Nordeste até alcançar a capital da
Surgido no seio das Forças Armadas, entre os jo- República. Estava preparado o esquema geral da
vens da baixa oficialidade, o Tenentismo estendeu- revolta. Em meio a esse clima, surge a notícia da
-se de 1922 até 1934, opondo-se frontalmente ao rebelião de 05 de julho de 1924, em São Paulo, o
sistema republicano vigente, que privilegiava ape- que colaborava para aumentar ainda mais o entu-
nas as oligarquias estaduais e fazia proliferar a sias modos militares, bem como da população de
corrupção e a violência na política brasileira. Manaus e Belém que, a essa altura, já via o movi-
mento tenentista com simpatia.

O movimento recebeu apoio de militares de paten-


tes superiores e civis provenientes da classe média Então, ao lançar a candidatura de Aristides da
urbana, que pregavam a moralização das políticas Rocha para o governo do Amazonas, de 1925
públicas, maior centralização do Estado, voto se- a1929, a fim de assegurar a continuidade do do-
creto e restauração das forças militares. Os mili- mínio da oligarquia que estava no poder, Rego
tares entendiam que os civis degeneraram a Re- Monteiro (cacique político dessa oligarquia do-
pública por meio das oligarquias e julgavam seus minante) acendeu o estopim que levou os milita-
salvadores. res à ação decisiva de iniciar o levante.

O levante de 1922, que culminou com o episó- Eclode a Rebelião


dio do Dezoito do Forte, fracassou. Todavia uma
nova rebelião tenentista, em 15 de julho de 1924,
foi deflagrada, na qual se tomou a capital paulista,
ocupando-a por 22 dias. Nesse segundo momento O governador em exercício, Turiano Meira, já
do Tenentismo, é que influenciou a rebelião de Ma- havia sidoalertado pelo presidente da República,
naus. Arthur Bernardes,sobre a preparação da rebelião
militar em Manaus. No entanto nenhuma inicia-
tiva foi tomada para desarticular o movimento
e,em 23 de julho de 1924, deflagrou-se a revolta.
A estratégia tenentista partia da tomada de várias
capitais do País e, simultaneamente, ocuparia a ca-
pital da República e tomaria poder.
O governador fugiu pelos fundos do palácio,
enquanto os militares tomavam a sede do gover-
no pela frente, impondo, por meio das forças das
O governo federal, para desarticular os rebeldes, armas, o 1.° tenente Alfredo Augusto Ribeiro
principalmente no Rio de Janeiro, onde o foco era Junior à frente do governo dos revoltosos, que
mais forte, optou por transferir esses militares para agora dominavam Manaus.
outras cidades do Brasil, principalmente no Nor-
te. Para Manaus, vieram transferidos os tenentes
Alfredo Augusto Ribeiro Júnior e José Azamor,
dentre outros. A oficialidade do exército na região O tenente Ribeiro Júnior, logo após tomar o po-
era basicamente constituída de militares ”rebeldes” der, verificou que os salários dos funcionários
públicos estavam atrasados já fazia seis meses.

183
História
Por isso, instituiu o Tributo de Redenção (que seguindo para Manaus.
foi o confisco das contas bancárias dos milioná-
rios,suspeitos de corrupção, e dos imóveis do go-
vernador Rego Monteiro, levados a leilão, para o No dia 28 de agosto, com a chegada do destróier
pagamento dos proventos dos funcionáriospúbli- Mato Grosso, aprisionou-se o tenente Ribeiro Ju-
cos, que estavam em atraso). nior e seus companheiros militares e civis integran-
tes do movimento. Diversos segmentos da socie-
dade manauense ainda prestaram homenagem ao
Pretendendo assegurar o controle total da capi-tal, governador deposto. Dessa forma, o movimento de
os militares prenderam autoridades e elementos 1924, em Manaus, chegara ao fim.
ligados ao grupo Rego Monteiro. Apossaram-se
das estações telegráficas, telefônicas e do vapor
Bahia do Lloyde Brasileiro. Difundiram suas
idéias através do Jornal do Povo, convocaram re-
servistas para a luta aramada e procuraram, logo Grandes projetos para a Amazônia
em seguida, alcançar outros pontos, fazendo com
que a rebelião chegasse ao município de Óbidos,
no baixo Amazonas. Em 1953, Getúlio Vargas criou a Superintendência
do Plano de Valorização Econômica da Amazônia
(SPVEA), a fim de promover o desenvolvimento
da produção agrícola e pecuária, além de promover
A Repressão ao Movimento a integração da região à economia nacional.

A estratégia de combate e repressão do governo Em 1957, visando atender à idéia de desenvolve-


central aos militares rebeldes operou-se planeja- ra região amazônica, foi criada a Zona Franca de
damente por etapas, porém sem demoras. Primeiro Manaus, uma área de livre comércio com isenção
reprimiu o movimento que havia tomado São Paulo fiscal.
em fim de julho. Em seguida, partiu para o Nordes-
te e desfez o motim sergipano, que havia iniciado Em 1966, no governo Castelo Branco, a SPVEA
em de 2 de agosto. Restava somente liquidar a re- foi substituída pela Superintendência de De-
belião do Norte, para a qual se montou uma opera- senvolvimento da Amazônia (SUDAM), órgão
ção mais ampla. responsável para dinamizar a economia amazô-
nica. A SUDAM seria o órgão responsável em
coordenar, supervisionar, elaborar e executar
Comandado pelo general João de Deus Menna Bar- projetos de outros órgãos federais. Para isso, ti-
reto, odestacamento do Norte saiu do Rio de Janei- nha poderes de criar incentivos fiscais e finan-
ro no dia 2 de agosto e chegou a Belém no dia 11, ceiros especiais para atrair investidores privados
fixando-se aí, inicialmente, para estudar as condi- nacionais e estrangeiros.
ções, os propósitos e as posições dos rebeldes.

Foi a partir da SUDAM que os setores agríco-


As ações dos rebeldes estendiam-se até áreas si- las, pecuários, indústrias de bens e de mineração
tuadas nas proximidades de Belém, descendo o rio passaram a ganhar maior dinamismo.
Amazonas, suficientemente armadas e guarneci-
das, a partir das quais dominavam as cidades ribei-
rinhas, apoderando-se de estações telegráficas e das Nesse mesmo ano, o Banco de Crédito da Ama-
embarcações em trânsito. zônia foi transformado em Banco da Amazônia
S.A. (BAS A).

O primeiro passo do destacamento do Norte para


iniciar a repressão seria a tomada em Santarém,o Zona Franca de Manaus e SUFRAMA
que foi realizado, e de onde se obteve, fazendo-se
passar por rebeldes, informações preciosas refe-
rentes às operações dos rebelados. Posteriormente, Em 1957, no governo de Juscelino Kubtschek,
as forças do destacamento do Norte (Exército e foi criada a Zona Franca de Manaus no contesto
Marinha) tomaram Alenquer e Óbidos (esta foi da Guerra Fria como parte do Projeto de conten-
a última bombardeada, em 26 de agosto de 1924), ção do avanço do comunismo.

184
História
de passeio e artigos de perfumaria,cuja importação
só poderia ser feita medianteo pagamento de todos
Em 1967, no governo de Humberto de Alencar os impostos. Do leite em pó holandês ao cristal da
Castelo Branco, foi criada a Superintendência da Bohemia ou à gravata italiana, tudo era vendido
Zona Franca de Manaus(SUFRAMA), no con- livremente no comércio da cidade, com permissão
texto da expansão docapitalismo pela Amazônia. de serem levadas, como bagagem acompanhada de
passageiro saído de Manaus, seis unidades de cada
produto importado de uso pessoal, o que tornava a
Nesse período, com uma série de incentivos fis- viagem um grande atrativo.
cais especiais para integrar a Amazônia ao res-
tante do País, diminuindo as desigualdades re-
gionais e o vazio econômico e demográfico que Segundo dados da Junta Comercial do Amazonas,
a área então apresentava, a Zona Franca de Ma- só em 1967, foram registradas 1.339 novas empre-
naus teve como objetivos: sas, oferecendo, pelo menos, o dobro desse número
em novasoportunidades de trabalho aos amazonen-
ses.
nstalar no interior da Amazônia Ocidental um
programa de desenvolvimento Industrial,Co-
mercial e Agropecuário; Essa fase inicial durou até 1975, quando o Governo
Federal baixou o Decreto-Lei Nº1.435, modifican-
do o artigo 7º. do Decreto-Lei Nº 288/67, alterando
Gerar emprego e renda na Amazônia Ocidental, a alíquota do Imposto sobre Importação no interna-
propiciando um efeito multiplicador na econo- mento demercadorias para o território nacional. As
mia regional. importações foram limitadas em US$300 milhões,
divididos entre o comércio e a indústria, que, a par-
tir de então, teria de praticar índices mínimos de
3.Buscar a ocupação econômica da Amazônia nacionalização em seus produtos.
Ocidental e suas regiões fronteiriças; e, 4.Ate-
nuar as desigualdades existentes entre as duas
amazônias e as demais regiões doBrasil. Com novas pressões da indústria nacional, o co-
mércio da ZFM importa apenas os produtos que
ainda não são fabricados no Brasil, como medida
Setor Comercial de proteção à indústria instalada em outras regiões
do País, com reflexos na emergente indústria da
ZFM, que também tem de cumprir índices de na-
O setor comercial foi o primeiro a fortalecer-se cionalização em seus produtos.
coma

reformulação do projeto Zona Franca de Ma- No final dos anos 70, vêm a liberação das viagens
naus,estabelecida pelo Decreto-Lei nº 288/67: nos ao exterior e a permissão para entrada no País de
primeiros anos, logo após sua reformulação, a Zona bagagem procedente do exterior até 100 dólares.
Franca funcionou como um grande Shopping Cen- Começam as dificuldades do setor comercial da
ter para todos os brasileiros. O Governo Federal, Zona Franca de
à época, não permitia importações nem a saída de
brasileiros para o exterior. AZona Franca funcionou Manaus, que, a partir de então, só recebe con-
como uma válvula de escape para as pessoas de me- sumidores em determinadas épocas do ano, com
lhor poder aquisitivo, que encontravam emManaus grandes promoções. Durante toda a década de
as novidades importadas de todo o mundo. Por con- 80, o setor comercial promove pacotes turísticos
ta dessa corrida às compras, a cidade ampliou seus para atrair visitantes, e a SUFRAMA organiza
serviços, ganhou hotéis de 4e de 5 estrelas, um ae- Feiras e Exposições de Produtos da Zona Franca
roporto internacional e atraiu investidores das mais de Manaus em várias capitais brasileiras como
diversas procedências. forma de divulgar o produto local e captar novos
investimentos. O número de empregos gerados,
nessa época, atingiu a casados 80mil.
Nessa época, as importações não tinham limites,-
com apenas 5 restrições, estabelecidas no Decre-
to-Lei 288/67 (que permanecem até hoje):armas Nos anos 90, veio a abertura do mercado brasi-
e munições, fumo, bebidas alcoólicas,automóveis leiro ao produto estrangeiro. O País inteiro passa

185
História
a importar de tudo um pouco, com alíquotas do
imposto de importação bastante reduzidas. Para
adequar o regime fiscal e de importações da Zona Na década de 80, a economia brasileira sofreu as
Franca de Manaus à nova política industrial e de conseqüências de fenômenos externos como a des-
comércio exterior do Brasil, o Governo Fede- valorização do dólar americano, a valorização da
ral deu nova redação ao § 1º do art. 3º e ao sart. moeda japonesa e o excesso de protecionismo nas
7º e 9º do Decreto-Lei Nº 288/67, com a sanção economias industrializadas. Tudo isso restringiu as
da Lei Nº8.387, de 30 de dezembro de1991. Os perspectivas de exportações, provocando o dese-
efeitos nas atividades comerciais e no turismo quilíbrio do balanço de pagamento, que, associado
doméstico foram devastadores, com muitos ho- a fatores internos como a queda do poder aquisitivo
téis e estabelecimentos comerciais tradicionais do povo brasileiro e a inflação resistiram a todos
fechando as portas e demitindo funcionários, o os planos econômicos implementados nos diversos
que reduziu o número de empregos para 30 mil. Governos no período e fez com que o Brasil entras-
se nos anos90 em grave processo de recessão.

O novo século iniciou com esse quadro pouco al-


terado, com pequenos períodos de aquecimento e Implantação do DI
outros de retração.

O lançamento da pedra fundamental do Distrito


Setor Industrial Industrial, no dia 30 de setembro de 1968, reunin-
do, no ato, o Superintendente Floriano Pacheco e
o Governador do Estado Danilo Duarte deMattos
Areosa, marcou também a aprovação do primeiro
Os primeiros projetos industriais da ZFM come- projeto industrial para instalar-se na ZFM: o da in-
çaram a se implantar em 1969, embora o mar- dústria Beta S/A, fabricante de jóias e de relógios,
co do setor industrial seja o ano de 1972, com que funcionou até meados dadécada de 90.
a inauguração do Distrito Industrial. O começo
não foi diferente de outros lugares: importava-
-se o produto acabado, em partes e com peças
desagregadas para montagem do produto final os Os trabalhos de infra-estrutura começaram no final
operários amazonenses para atender ao mercado de 1969, com a instalação das redes de energia elé-
nacional. O Amazonas precisava criar empregos trica, água e esgotos, além da abertura da malha
para evitar que os amazonenses migrassem para viária. Todas as obras foram feitas com recursos
outras regiões, e a Zona Franca era, justamente, o próprios. Em 1972, o Distrito recebe a primeira in-
projeto de desenvolvimento concebido pelo Go- dústria, a CIA – Companhia Industrial Amazonen-
verno Federal para ocupação racional da região, se, ocupando uma área de 45.416 m², para produ-
por brasileiros. ção de estanho, e, logo em seguida, a Springer,
para produção de aparelhos de ar condicionado.

Para adequar-se à nova ordem, a indústria local


ainda nascente teve que substituir alguns com- O Distrito possui estação de captação e de trata-
ponentes e insumos importados por similares -mento deágua, rede de esgotos sanitários e de tele-
produzidos no Brasil. AZona Franca de Manaus, comunicações e sistema viário com 48 km de ruas
sob o pretexto de harmonizaçãocom o parque in- asfaltadas e com manutenção própria. A área dispõe
dustrial brasileiro, só podia produzir bensque não de hospital, creche, centro de treinamento do Senai,
fossem produzidos em outras regiões. Os índices entidades das classes empresariais e trabalhadoras,
mínimos de nacionalização eram progressivos, o escolas de tecnologia,centros de pesquisa, hotéis
que possibilitou o surgimento de uma indústria de 4 estrelas, pistas apropriadas para caminhadas,
nacional de componentes e de insumos em vá- para cooper, para ciclismo, quadras de esportes e
rias regiões, sobretudo áreas de lazer,bares, restaurantes e shopping center.
Os lotes são vendidos às empresas a preço simbóli-
no Estado de São Paulo, de forma que, no final da co, com prazo de 10 anos para pagamento.
década de 80,para cada dólar gasto com importa-
ções, a ZFM comprava o equivalente a quatro dó-
lares no mercado nacional. Alguns produtos, como Em 1980, a SUFRAMA adquiriu uma área de
tele-visores em cores, alcançaram índices de 93% 5.700 ha, contígua à do Distrito já ocupado, para
de nacionalização; outros 100%, como as motoci- expansão. Nessa área, já estão instaladas algu-
cletas de 125cc. mas empresas, nos 1000 ha que receberam toda

186
História
a infra-estrutura necessária à ocupação, havendo,
inclusive, áreas destinadas à construção de con-
juntos habitacionais para os trabalhadores. Da O Clube da Madrugada, criado em 22 de no-
mesma forma que o Distrito menor, essa área foi vembro de 1954, é umaassociação lite-
planejada preservando-se áreas verdes em pro- rária e artística brasileira. Os ecos da Semana de
porção às áreas construídas, para que o equilíbrio Arte Moderna de 1922, apesar de terem chegado
ecológico seja mantido. tardiamente a Manaus, contribuíram no sentido de
que fosse escrito, de acordo com A. Coutinho e J.
Galante de Souza, “um capítulo importante dahis-
tória da literatura amazonense” (Coutinho e
Souza, Enciclopédia de Literatura Brasileira, p.
Planos de Integração 496). O poeta Jorge Tufic, um dos fundadores do
Clube da Madrugada, influenciado pelo então em
voga movimento da Poesia Concreta, criou a Poesia
de Muro.
Em junho de 1970, o governo federal adotou o
Plano de Integração Nacional (PIN); em julho do Escreveu Alencar e Silva (nasc. em Fonte Boa
mesmo ano, o Instituto de Nacional de Coloniza- (Amazonas), 1930): “(...) Que nos resta dizer? Em
ção e Reforma Agrária(INCRA). verdade, bem mais, sobre as muitas faces da [poe-
sia de Jorge Tufic], a começar por alguns aspectos
formais da sua experiência concretista e sua con-
Em 1971, criou-se o Programa de redistribuição cepção da Poesia de Muro. Na área do concretismo,
de Terras e Estímulo à Agroindústria do Norte e por exemplo, depois de levar seus experimentos
Nordeste (PROTERRA). E, entre 1971–78,cons- aos limites extremos da palavra, “pintando”, por
truíram-se as várias rodovias importantes:Tran- assim dizer, uma paisagembucólica com apenas três
samazônica, Perimetral Norte, Cuiabá-Santarém vocábulos —
e Manaus-Caracarai (BR–174).
Ode campo bode.

Em 1974, foi criado o Programa de Pólos Agro-


pecuários e Agrominerais da Amazônia (POLA- Jorge Tufic leva tais experimentos ainda mais
-AMAZÔNIA).
longe, mediante a inclusão de elementos extra-
verbais no texto poemático. (...) “.
Em 1994, foi criado o Plano Estratégico do De- Às experiências modernistas de vanguarda e à arte
senvolvimento do Amazonas (PLANAMAZÔ- pós- modernista praticada por vários de seus in-
NIA), o qual projetava suas atividades até o ano, tegrantes Adrino Aragão, por exemplo, é um dos
estimando investimento na ordem de US$3,14 cultores, no Brasil, do miniconto , soma-se, por
bi, os quais seriam cinco prioridades: 1)Meio exemplo, os Haikais de Luiz Bacellar .
Ambiente; 2) Infra-estrutura;
Um dos mais ativos participantes do Clube era um
3) Distrito Industrial e ZFM; 4) Formação de re- eclesiástico, o Pe. Luiz Ruas, autor de uma reunião
cursos humanos; 5) Desenvolvimento de Pesqui- de poemas, “Aparição do Clown”, que mereceu elo-
sas Científicas. giosos comentários do filólogo Raimundo Nonato
Pinheiro (Pe. Nonato Pinheiro), membro da Acade-
mia Amazonense deLetras. (nasc. em Manaus, em
1936) sobre o Clube da Madrugada, assinalou:
“(...) O Clubeda Madrugada nunca possuiu sede
Terceiro Ciclo própria: seus escritores sempre se reuníram embai-
xo de um mulateiro [grande árvore da Amazônia]
na Praça da Polícia [Praça Heliodoro Balbi, Centro,
Consistiu num programa, desenvolvido no go- Manaus]. Massua existência transcendeu os limites
verno Amazonino Mendes, de reestruturação da geográficos dessa Praça. E, hoje, é reconhecido não
economia do Amazonas. Esse Programa econô- apenas no Brasil, masem várias parte do mundo
mico pretendia dar prioridades para o setor pri- (...)” (Rev. O Pioneiro, Brasília).As reuniões do Clu-
mário (agricultura). be da Madrugada acontecem ao abrigo da sombra
de uma árvore imponente da Praça Heliodoro Balbi,
entre os prédios, de linhas neoclássicas,da Polícia e
CLUBE DA MADRUGADA do Colégio Estadual.

187
História
HISTÓRIA DO AMAZONAS A) Os índios aprisionados nas guerras intertri-
bais podiam ser resgatados pelos colonos os
quais, em retribuição, obtinham o direito de
01. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: escravizar legalmente os indígenas por dez
anos.
B) As tropas de resgate eram conduzidas por
Leia as afirmativas a respeito do auge do primei- missionários que convenciam os índios a
ro ciclo da borracha (1879-1912) e assinale V buscar a liberdade e melhores condições de
para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. vida nos aldeamentos.
C) Os índios de repartição eram os que aceita-
vam ser descidos sem oferecer resistência
( ) A partir da segunda metade do século XIX, armada, em oposição aos índios escravos.
em função da crescente demanda internacional
D) Os descimentos abasteciam de índios os
por borracha, os seringalistas recrutaram grande
aldeamentos, de onde eram repartidos pelos
quantidade de nordestinos para a extração do moradores, para a realização de serviços e
látex nos Vales do Juruá e Purus, com a ajuda para trabalharem no próprio aldeamento.
financeira das Casas Aviadoras de Manaus e Be-
lém. E) As guerras justas eram expedições milita-
res que invadiam os territórios indígenas e
capturavam índios que estariam impedindo a
pregação do Evangelho ou atacando colonos.
( ) De 1877 até 1911, houve um aumento consi-
derável na produção da borracha que, devido às
técnicas de extração então empregadas, estava 3. ano: 2016 Banca FGV
associado à expansão do sistema de cultivo in-
tensivo das seringueiras.
A partir de meados do século XVIII, sob a adminis-
tração do Marquês de Pombal, a Coroa portuguesa
( ) Como a mão de obra disponível na região foi promoveu uma série de reformas com o objetivo
direcionado para a extração do látex, ocorreu de ampliar seu controle sobre as colônias na Amé-
uma diminuição da produção agrícola e as Casas rica. Diversas estratégias foram empregadas pela
Metrópole no intuito de estender a posse sobre os
Aviadoras passaram a fornecer também gêneros
territórios não ocupados, garantir a soberania sobre
agrícolas. as áreas consideradas ocupadas, incentivar o cresci-
mento econômico e aumentar a arrecadação colo-
nial.
As afirmativas são, respectivamente, Adaptado de: MACHADO, L. Mitos e realidade da
Amazônia brasileira no contexto geopolítico inter-
nacional (1540-1912), tese de doutorado, Universi-
A) V - V - F. dade de Barcelona, 1989.
Uma das estratégias adotadas pela Coroa portugue-
B) V - F - F. sa para ampliar o controle territorial sobre a bacia
C) F - F - V. amazônica no período pombalino consistiu:
A) na edificação de fortificações em pontos
D) V - F - V. estratégicos;
E) F - V - F. B) na expansão da área concedida às missões
jesuíticas;
C) na criação do Estado do Maranhão e Grão-
1. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: -Pará;
As afirmativas a seguir caracterizam corretamente D) na delimitação do segmento fronteiriço ama-
modalidades consideradas legais para obter escravos zônico;
na Amazônia colonial, à exceção de uma. Assinale-
E) na abertura do rio Amazonas à navegação
-a.
internacional.

188
História
4. FGV 2015 região norte ao longo do período colonial, é correto
afirmar que:
A ocupação e a exploração da região norte, durante
a 1ª metade do século XX, pode ser explicada pelo A) os negros não se adaptaram ao clima local e, por
grande fluxo de mão de obra migrante. Entre 1939 isso, não foram usados em larga escala;
e 1945, com o Brasil envolvido, direta ou indire-
tamente, na II Guerra Mundial, ocorreu um forte B) os jesuítas apoiaram a escravização dos indíge-
afluxo de migrantes para a região norte, devido à nas na região e, por isso, a sua larga utilização na
necessidade da ampliação da extração de borracha. região;
C) a baixa qualidade na produção da região não
gerou a necessidade de escravização dos negros;
Em relação aos migrantes responsáveis pelo de-
senvolvimento da produção da borracha, é correto D) o alto valor dos negros e o baixo lucro da região,
afirmar que: se comparada ao açúcar, gerou a necessidade da
utilização dos índios;
E) a coroa portuguesa não permitiu a utilização de
A) os gaúchos formaram a grande maioria dos mi- escravos indígenas na região norte.
grantes da região norte;
B) os paulistas buscaram um novo eldorado com a
ocupação da região norte; Gabarito

C) a presença de nordestinos foi a marca desse pro- 1-D


cesso em função da seca no nordeste; 2-B
D) os catarinenses em busca de terras baratas forma- 3-A
ram o grupo majoritário;
4-C
E) a população mestiça prevaleceu, oriunda da re-
gião centrooeste. 5-E
6-D
5. FGV 2015 1. (UFAM) Dentre as muitas sociedades nati-
vas da Amazônia, que chamaram a atenção dos
O desenvolvimento econômico da região norte conquistadores e colonizadores ibéricos durante
pode ser entendido a partir da criação de um projeto os séculos XVI-XVII, encontravam-se os Omá-
ferroviário para interligar a região amazônica entre guas, também chamados de Cambebas, os quais
o final do século XIX e a primeira metade do século habitavam densamente cerca de 700 quilômetros
XX. No entanto, com o advento do regime militar ao longo do alto Amazonas (região atualmente
brasileiro, nos anos 60 do século XX, o projeto compartilhada pelos estados nacionais brasileiro,
ferroviário foi abandonado em razão da prioridade peruano, colombiano e equatoriano). Cronistas
dada pelo regime militar ao transporte: como Gaspar de Carvajal, Francisco Vásquez,
Cristóbal de Acuña, Mauricio de Heriarte e
Samuel Fritz notaram algumas particularida-
A) pluvial na região norte; des que distinguiam os Omáguas/Cambebas dos
outros povos indígenas. Das particularidades
B) naval pelo litoral da região norte; elencadas a seguir, identifique aquela que NÃO
C) aéreo na região norte; consta nas descrições fornecidas pelos cronistas
sobre os Omáguas/Cambebas: 
D) misto aéreo e pluvial da região norte;
E) rodoviário da região norte.
a) Remodelagem craniana. 
b) Fabricação de utensílios metálicos, que eram co-
6. FGV 2015 mercializados com outros povos indígenas. 
A utilização da mão de obra escrava na região norte c) Sistema político caracterizado pela coexistência
durante o período colonial brasileiro foi constante. de chefias das aldeias e uma chefia geral de seu
Porém, a população frequentemente usada nesse território. 
processo escravista foi a indígena, e não a popu-
lação negra. Sobre esse aspecto da escravidão na d) Utilização de cativos de guerra para o trabalho
em suas roças e outras atividades. 

189
História
e) Uso de roupas de algodão em diversas cores. cano, o que dificultava enormemente o aproveita-
mento do indígena em qualquer atividade 
c) setores da Igreja e da Coroa que se opunham à es-
2. (UNAMA) Na Amazônia, em todo o Período cravização indígena; fugas, epidemias e legisla-
Colonial foi constante a exploração do índio, faci- ção antiescravista indígena que a tornaram menos
litada por uma legislação confusa que ora proi- atraente e lucrativa 
bia, ora autorizava, ou simplesmente omitia. Não
é de se espantar que, em determinados momentos d) religião dos povos indígenas, que proibia o
desse período, avolumaram-se as práticas da trabalho escravo. Preferiam morrer a ter que se
“guerra justa” e do “resgate”. submeterem às agruras da escravidão que lhes era
imposta nos engenhos de açúcar ou mesmo em
(Texto adaptado de ALVES FILHO, Armando. O outros trabalhos 
Trabalho forçado na Amazônia In ALVES FILHO,
Armando et. al. Pontos de História da Amazônia. 3 e) ausência de comunicação entre os portugueses
ed. rev. ampl. Belém: Paka- Tatu, 2002,p.31) e os povos indígenas e à dificuldade de acesso
ao interior do continente, face ao pouco conhe-
cimento que se tinha do território e das línguas
A partir da leitura do texto acima, e dos estudos indígenas 
que a história nos oferece sobre o assunto, é cor-
reto dizer que:
4. (UFAC) Foram muitas as anotações feitas
a) Na Amazônia, como em todo o território brasilei- pelos “conquistadores” das Américas, durante
ro, o índio foi o grande responsável pela geração os séculos XVI e XVII, para provar que os índios
de riquezas em todo o período colonial, pois a eram inferiores, entre outras, Galeano (1999, 63)
legislação vinda de Portugal permitia sua escravi- destacou: 
zação através das chamadas “guerras justas”.
“Suicidam-se os índios das ilhas do Mar do Ca-
b) O índio foi a mão-de-obra mais utilizada na ribe? Porque são vadios e não querem trabalhar.
Amazônia colonial, pois a própria legislação Andam desnudos, como se o corpo todo fosse
portuguesa dava brechas para essa exploração, a cara? Porque são selvagens e não tem pudor
através das chamadas “guerras justas” e “tropas Ignoram o direito de propriedade, tudo compar-
de resgate”. tilham e não têm ambição de riqueza? Porque
c) Durante o Período Colonial, especialmente na são mais parentes do macaco do que do homem.
Amazônia, foram constantes as lutas em torno Banham-se com suspeitosa frequência? Porque
de uma legislação local, acerca da utilização da se parecem com hereges da seita de Maomé, que
mão-de-obra indígena, visto que, o Estado portu- com justiça ardem nas fogueiras da Inquisição.
guês já havia declarado ilegal o uso dessa força Acreditam nos sonhos e lhes obedecem as vozes?
de trabalho. Por influência de Satã ou por crassa ignorância.
É livre o homossexualismo? A virgindade não
d) A mão-de-obra usada na Amazônia, no Período tem importância alguma? Porque são promís-
Colonial, foi constituída basicamente da mão- cuos e vivem na ante- sala do inferno. Jamais
-de-obra nativa, através das “guerras justas” e da batem nas crianças e as deixam viver livremente?
mão-de-obra vinda do nordeste brasileiro, através Porque são incapazes de castigar e de ensinar.
das chamadas “tropas de resgate”. Comem quando têm fome e não quando é hora
de comer? Porque são incapazes de dominar seus
instintos. Adoram a natureza, considerando-a
3. (UFAC) No Brasil colonial e mesmo durante mãe, e acreditam que ela é sagrada? Porque são
o império, algumas razões são atribuídas como incapazes de ter religião e só podem professar a
explicação para que a escravidão africana pre- idolatria.” 
dominasse em lugar da escravidão dos povos
indígenas. As razões alegadas podem ser identifi-
Com base no texto podemos inferir que: 
cadas à: 
a) As mais diversas etnias ameríndias, contatadas
a) reação dos povos indígenas que, por serem bas-
pelos europeus, haviam desenvolvido princípios
tante organizados e unidos, toda vez que se ten-
comportamentais de acordo com sua cosmogonia
tou capturá-los, eles encontravam alguma forma
e com seus modos de vida. 
de escapar ao cerco dos portugueses 
b) Os europeus compreenderam, desde o início, que
b) um enorme preconceito que existia do europeu
os ameríndios não poderiam ser humanos como
em relação ao indígena, e não em relação ao afri-
eles, pois eram selvagens e canibais. 

190
História
c) Os ameríndios tomavam muito banho porque aqui c) Os manaós foram considerados culpados de
era mais quente que na Europa e eles não haviam manterem atividades mercantis com espanhóis e
desenvolvido perfumes como os franceses.  franceses. 
d) Os europeus tinham os melhores métodos para d) A resistência armada dos manaós, reagindo às
educar seus filhos.  tropas de resgate provenientes do Pará, em busca
de mão-de-obra, foi fator decisivo na deflagração
e) Os europeus e os ameríndios, mesmo com suas da guerra. 
diferenças, uniram-se para construir o Novo
Mundo. e) O cerco final aos manaós foi comandado por Ben-
to Maciel Parente na vigência da administração
de Mendonça Furtado. 
5. (UFAM) “E porque tenho intendido que os
ditos gentios tem guerras uns com os outros, e
costumam matar e comer todos os que nellas se 7. (UFAM) Com relação à escravidão negra
captivam (...) hei por bem, que sejam captivos africana na Amazônia, podemos afirmar correta-
todos os gentios, que, estando presos (...) forem mente que: 
comprados (...) serão captivos sómente por tempo
de dez anos (...) passados elles, ficarão livres a) O fraco desenvolvimento da escravidão negra
(...).” (Fragmentos da Lei de 10/09/1611 – Sobre na Amazônia deveu-se, dentre outros motivos, à
a liberdade do gentio da terra e da guerra que se insuficiência de capital para adquirir esta mão-
lhe pode fazer.)  -de-obra e à relativa abundância de índios. 

O texto acima justifica e explica procedimentos b) Os primeiros escravos negros foram introduzidos
de Tropas de Resgates. Sobre Tropas de Resgates, na Capitania do Rio Negro no período pré-pom-
é correto afirmar que:  balino, por ação da Companhia Geral do Grão-
-Pará e Maranhão, em razão do êxito da econo-
a) A lei de 1688 previa somente o resgate de índios mia de plantation. 
aprisionados por outros índios para fins de troca. 
c) Em 24 de maio de 1884, Teodoreto Souto libertou
b) Foram fontes de recrutamento de mão-de-obra os escravos amazonenses em cumprimento ao
indígena abolidas definitivamente pelo Diretório decreto-lei aprovado pela Assembléia Legislativa
Pombalino em 1740.  Provincial, que abolia oficialmente a escravidão
negra na Província do Amazonas. 
c) O resgate praticado pelas tropas era sempre fiel
àquele previsto na legislação.  d) O fenômeno da depopulação indígena e o caráter
extrativista da economia amazônica ocasionaram
d) Eram expedições militares nas quais não havia a larga superação quantitativa da mão-de-obra
participação de religiosos.  negra, em relação à índia, circunscrita ao século
e) Foram a forma mais persistente de escravização XVII. 
indígena, sendo proibidas e permitidas várias e) Na luta abolicionista, a Sociedade Emancipadora
vezes por diversas leis.  Amazonense foi opositora da prática de manu-
missão por indenização, por considerá-la inócua
ao objetivo de libertação negra. 
6. (UFAM) O conceito de guerra justa, inspirado
e extraído da doutrina da Igreja Católica, justifi-
cou a guerra contra os índios manaós na década 8. (UFAM) Segundo Fernando Novais, o Tratado
de 1720, cujo desfecho foi o extermínio desta de Tordesilhas foi um “acordo político num mun-
nação que emprestou seu nome à capital do Es- do onde a diplomacia não existia”, tornando-se o
tado do Amazonas. Sobre este conflito, é correto precursor das relações internacionais. Assinale a
afirmar que:  alternativa que, segundo este acordo diplomático,
a) Ajuricaba, o manaó que liderou a rebelião por se indica a situação geopolítica da região ocupada
opor à aliança com os portugueses, foi remaneja- pelo atual Estado do Amazonas: 
do para a cidade da Barra e enforcado em praça a) Pertencia a Portugal. 
pública. 
b) Pertencia à Espanha. 
b) Ao final da rebelião dos manaós, houve um pro-
cesso de devassa que condenou os vencidos pelo c) Foi dividida entre Portugal e Espanha. 
crime de lesa-majestade em virtude da união com
os Mundurucus.  d) Ficou de fora da partilha. 

191
História
e) Permaneceu sob domínio indígena.  I. A ocupação da região possuía, naquele momento,
um sentido estratégico-militar, considerando as
pressões exercidas por franceses, ingleses e ho-
9. (UFAM) “Povos e povos indígenas desaparece- landeses, especialmente na área do litoral atlânti-
ram da face da terra como consequência do que co e da região do Delta amazônico.
hoje se chama, num eufemismo envergonhado, II. As duas primeiras fortalezas construídas na
‘o encontro’ de sociedades do Antigo e do Novo região – o Forte do Presépio (1616) e a Forta-
Mundo. Esse morticínio nunca visto foi fruto de leza da Barra do Rio Negro (1669) – marcaram
um processo complexo (..). que se convencionou também o processo de fundação das cidades de
chamar o capitalismo mercantil. Motivos mesqui- Belém e Manaus.
nhos (...) conseguiram esse resultado espantoso
de reduzir uma população que estava na casa dos III. O Estado do Maranhão (1621-1652), com ca-
milhões em 1500 aos parcos 200 mil índios que pital em S. Luís, era a sede administrativa, com
hoje habitam o Brasil”. jurisdição sobre territórios que se estendiam do
Ceará ao Amazonas.
(CUNHA, Manuela C. Introdução a uma História
Indígena. In História dos Índios no Brasil. p.12)  IV. A expedição comandada por Pedro Teixeira
(1637-1639) foi uma das mais importantes para
o alargamento das fronteiras lusas na Amazônia,
Sobre os agentes da depopulação indígena referi- contudo, seu retorno a Belém foi marcado pela
da no contexto acima, é correto afirmar que:  tragédia porque seus integrantes foram extermi-
nados por doenças, em disputas internas e nos
a) As epidemias são normalmente tidas como o prin- confrontos com os índios. 
cipal agente da depopulação indígena. 
b) A política de aldeamentos foi decisiva para a
morte cultural do índio, mas o preservava fisica- a) As proposições II e IV estão corretas. 
mente.  b) As proposições I e II estão corretas. 
c) Devido à necessidade de mão-de-obra, a escravi- c) As proposições II e III estão corretas.
dão, pouco contribuiu para o colapso populacio-
nal.  d) As proposições I e III estão corretas.
d) A economia nômade contribuiu para a depopula- e) As proposições I, II, III e IV estão corretas.
ção porque impedia auto-reprodução numerosa. 
e) Guerras e fome generalizadas, comprovadamen-
te, foram fortes agentes que já atuavam antes de 12. (UFAM) No final do século XVII, o descon-
1500.  tentamento local dos colonos do Estado do Ma-
ranhão era grande: não tinham acesso às aldeias
de índios para recrutar trabalhadores e estavam
insatisfeitos com o desempenho da Companhia
10. (UFAM) Assinale a única alternativa que não de Comércio do Maranhão (1682-1684). Logo
foi fator preponderante para o domínio portu- traduzido em sublevação, o movimento dos colo-
guês na região amazônica:  nos maranhenses ficou conhecido como: 
a) Coleta de drogas do sertão.  a) Guerra dos Emboabas 
b) Ação missionária.  b) Guerra dos Mascates 
c) Busca de escravo indígena.  c) Confederação do Equador 
d) Expansão da fronteira pecuária.  d) Revolta dos Beckman 
e) Implantação de fortificações. e) Sedição de Vila Rica 

11. (UFAM) Durante a União Ibérica (1580 13. (UFAM “Um amazonense que frequentou
-1640), iniciou-se a ocupação do território que qualquer escola primária, que teve o privilégio de
hoje denominamos de Amazônia. Utilizando seus terminar a escola secundária ou até mesmo finali-
conhecimentos sobre esse momento histórico, zar qualquer curso universitário, pode atravessar
analise as proposições e assinale a opção correta, esses três ciclos sem nunca [...] haver discutido
de acordo com o código abaixo.  [...] sobre sua própria condição indígena”.

192
História
(MELO, Lenilson M. Uma Síntese da História da d) Somente III e IV são corretas 
Amazônia. Mens’Sana) 
e) Somente I e III são corretas 

A afirmação do autor é procedente, porém, nos


últimos anos, ações de organismos nacionais e in- 14. (UFAM) “O somatório dessas peculiaridades
ternacionais sinalizam na reversão deste quadro, deu um certo toque de originalidade à história
induzidas, dentre outros motivos, pela discussão colonial da Amazônia, fazendo da região um
mundial sobre impacto ecológico na qual a Ama- exemplo ímpar de colonização [...]” 
zônia ostenta a posição de grande reduto natural (SANTOS, Francisco J. Além da Conquista. EDUA) 
da Terra, e nela, as populações indígenas são
prioridades como guardiãs do desenvolvimento
sustentável. Dentre estas ações podemos citar a
Um dos aspectos da singularidade referida pelo
proposta da ONU para promoção da “década
autor foi: 
indígena” (1995-2004); a imposição da OIT para
que os países observem os direitos indígenas a) Ausência de legislação específica 
como reconhecimento de sua cultura diferencia-
da; a publicação pelo MEC de livros didáticos b) Subordinação da elite mercantil na hierarquia
de autores índios; o Plano de Gestão Ambiental social 
executado no Brasil com a participação indígena; c) Ocupação com objetivo exclusivamente econômi-
a criação de instituições educacionais brasileiras co 
com educação diferenciada; o lançamento da
campanha estadual Biotecnologia – Ciência dos d) Loteamento territorial entre ordens religiosas 
Brancos, Sabedoria dos Índios, e outras que bus-
cam valorizar e resgatar a cultura indígena.  e) Preferência pela mão-de-obra negra africana 

Sobre o elemento indígena, considere as afirma- 15.   (UEA) Leia o texto.


ções seguintes e marque a alternativa correta:  Novas Cartas Jesuíticas
I A afirmação do autor se justifica pela introdução da
ideologia colonizadora que fabricou uma popula-
ção identificada com valores não-índios. Devia haver um protetor dos índios para os fazer
castigar, quando houvesse mister (necessidade), e
II As iniciativas governamentais brasileiras também defender dos agravos (males) que lhes fizessem (...).
são um reflexo da política indigenista vigente no A lei que lhes hão de dar é defender-lhes de comer
Brasil, que atua no sentido de integrar as popula- carne humana e guerrear (...), fazer-lhes ter uma só
ções indígenas à sociedade nacional, retornando mulher, vestirem-se, pois têm muito algodão, ao
às concepções de Alexandre Rodrigues Ferreira e menos depois de cristãos, tirar-lhes os feiticeiros,
La Condamine. mantê-los em justiça entre si e para com os cristãos;
III A Constituição de 1988 reconheceu os direitos fazê-los viver quietos e sem se mudarem para outra
originários dos índios sobre terras tradicional- parte...
mente ocupadas, dentre outras razões, porque a (Pe. Manuel da Nóbrega, 08.05.1558.)
redemocratização do país reabriu questões como
identidade nacional, fortalecendo a consciência
indígena. A partir do texto, pode-se concluir que
IV O Diretório Pombalino, apesar de suas medidas a)   Os europeus demonstraram respeito e consi-
despóticas, resguardou os valores naturais dos deração pelos hábitos e práticas das sociedades
índios, contribuindo para a ascendência majorita- indígenas.
riamente indígena da população do Amazonas e
para o resgate cultural que ora ocorre.  b)  As recomendações foram acatadas pelas popula-
ções indígenas, pois não se distanciavam de seus
usos.
a) Todas são corretas  c)   Os europeus e as sociedades indígenas estabe-
b) Somente I, II e III são corretas  leceram intensas trocas culturais, em clima de
reciprocidade.
c) Somente II e IV são corretas 
d)  A superioridade europeia foi reconhecida pelos

193
História
líderes indígenas, que comandaram a adaptação à dos primeiros à casa exportadora e esta à expor-
nova ordem. tação do látex para o exterior. 
e)   Os europeus pretendiam modificar os costumes
e o modo de vida dos indígenas, os quais consi-
deravam bárbaros. A partir da leitura dos textos acima e dos estudos
históricos sobre essa temática podemos afirmar que
as relações de trabalho, construídas no espaço dos
seringais, se caracterizavam por um (a): 
Gabarito
a) cadeia de dependências, envolvendo o seringuei-
1-B ro, o seringalista e a casa aviadora que, em última
2-B instância, se subordinava ao capital estrangeiro. 

3-A b) sistema de exploração da mão-de-obra dos serin-


gueiros pelos seringalistas, visto que estes últimos
4-A eram os que maior lucro tinham com a exportação
do látex. 
5-E
c) sistema em que o seringueiro se tornava escravo
6-D
do dono do seringal quando não conseguia pagar
7-A suas dívidas, semelhante ao que ocorria na Grécia
Antiga. 
8-B
d) sistema de trabalho assalariado em que os serin-
9-A gueiros, na sua maioria vindos do Nordeste, con-
10-D seguiam juntar dinheiro e comprar seus próprios
seringais. 
11-D
e) dependência do seringalista em relação ao serin-
12-D gueiro, que tinha neste último a única mão-de-obra
possível nos seringais. 
13-E
14-D
2) (UNAMA/2008) Em 1874 não passava de um
15-A matagal, anos depois com a morte da proprie-
tária as terras passaram a pertencer à Câmara
Municipal de Belém do Pará. Dentro do seu
1) (UNAMA2007) O produto final do seringueiro, plano de “Jardins sem grades” o intendente
o látex defumado, deveria ser encaminhado ao inaugura uma das mais belas praças de Belém e
“patrão” que em troca deveria lhe pagar. Como homenageia um dos personagens do movimento
o seringueiro já vinha devendo desde o Nordes- Cabano. 
te, o saldo dessas dívidas era difícil. Mas se por
um lado o “patrão” exercia seu poder sobre o (Texto adaptado da http://pt. Wikipedia.org/wiki/
seringueiro, não raro o prendendo por dívidas, o Pra%C3%A7a_Batista_Campos, em 22/04/2008) 
próprio patrão, nessa chamada “cadeia do avia-
mento” também estava sujeito aos negociantes
estrangeiros a quem exportava o látex coletado.  O contexto histórico em que ocorre o surgimento
de praças, como a citada acima é: 
LACERDA, Franciane. A vida e o trabalho nos
seringais.  a) o da Belle Époque paraense em que o discurso de
modernidade, higienização e embelezamento fazem
In FONTES, Edilza. Contando a História do Pará. parte do projeto político de Antônio Lemos. 
V.I. Belém. E-Motion. 2002. 
b) o do período da borracha, mais precisamente se
situa na ação de urbanização do governo de Lauro
Milhões de brasileiros assistiram, pela TV Globo, Sodré. 
à mini -série Amazônia: de Galvez a Chico Men- c) contemporâneo ao movimento cabano, fazendo
des, que mostrou, em vários de seus capítulos , parte das estratégias de ocupação da cidade de Be-
cenas em que se evidenciavam as relações sociais lém por parte do governo regencial. 
de conflito, presentes no espaço dos seringais,
entre seringueiros e seringalistas, a dependência d) o do governo de Mendonça Furtado, no período

194
História
em que Pombal é ministro de Portugal e desenvolve borracha, vendia sua produção de borracha
uma ação urbanística através do arquiteto italiano diretamente às chamadas Casas Aviadoras. 
Antônio Landi. 
• III. As chamadas Casas Exportadoras parti-
ciparam do financiamento e exportação da
3) (UFAC/2006) Assinale a alternativa que repre- borracha. 
senta os elementos que foram indispensáveis à • IV. Os proprietários dos seringais da região
produção de borracha em larga escala, durante o acreana venderam a sua produção de borra-
primeiro surto da borracha na Amazônia/Acre:  cha diretamente às Casas Exportadoras. 
a) Reforma agrária; inovação técnica no corte da • V. Na produção e comercialização da borra-
seringueira; e abertura de ferrovias.  cha quem menos lucrou foi os seringalistas. 
b) Uma larga oferta de capitais; a incorporação de Considerando o que está acima evidenciado mar-
novas áreas produtoras às já existentes; e um acrés- que a alternativa correta. 
cimo de mão-de-obra ao processo produtivo. 
a) Todas as afirmativas estão erradas 
c) Plantio racional de seringueiras; abertura de fer-
rovias; e melhor qualificação da mão-de-obra.  b) Apenas as afirmativas IV e V estão erradas 
d) Uma larga oferta de capitais; plantio racional de c) Apenas a afirmativa III está correta 
seringueiras; e abertura de rodovias. 
d) Somente as afirmativas I e III estão corretas 
e) Inovação técnica no corte da seringueira; abertura
de rodovias; e seringais de cultivo.  e) Apenas a afirmativa II está errada

4) (UFAC/2006) Sobre o Sistema de Aviamento


utilizado na Amazônia/Acre, a assertiva correta 6) (UFAC/2011) “O pai era bom seringueiro.
é:  Trabalhava três estradas da ‘colocação’, alterna-
damente, na época do fabrico. Iniciava o corte às
a) tratava-se de uma técnica bastante avançada de se duas horas da madrugada e o fechava cerca de
cortarem as árvores seringueiras. 
meio-dia. Na embocadura do varadouro, comia
b) era uma espécie de empréstimo feito apenas por a minguada refeição que trouxera da barraca,
bancos brasileiros.  uma farofa de banha misturada com uma fita
c) constituía-se no modo pelo qual os seringueiros de balata. Já quase noite voltava à barraca e ia
organizavam suas estradas de seringa.  direto ao defumador, para não correr o risco de
ver, com qualquer demora, o látex transformado
d) consistia no fornecimento de mercadorias das
casas aviadoras para os seringalistas e destes para em sernambi. A borracha colhida, entretanto,
as colocações dos seringueiros, sendo o pagamento nunca dava para pagar o débito do Barracão,
feito com borracha.  para comprar nada além da banha, do tabaco,
do feijão, do arroz, do querosene, do sabão, do
e) era o documento necessário para quem recebia
um seringal para administrar. açúcar e do sal.” 
FERRANTE, Miguel J. O seringal. São Paulo: Clu-
be do Livro, 1973, p.24-5. 
5) (UFAC/2008) O Sistema de Aviamento se cons-
tituiu no final do século XIX e início do XX, como
uma forma complexa, mas funcional, de organi-
zação da produção e comercialização de borra- Ao ler e examinar o trecho da obra O seringal, de
cha na Amazônia brasileira. Para a eficácia de Miguel de Ferrante, pode-se assegurar que: 
seu funcionamento contribuíram as articulações
realizadas entre as seguintes estruturas e sujeitos
sociais: 
a) Há apresentação do seringueiro e de seu modo de
• I. As chamadas Casas Aviadoras não tiveram vida nos seringais acreanos, inseridos no sistema de
nenhuma vinculação com as Casas Exporta- aviamento. 
doras. 
b) A distribuição de território para o trabalho dos se-
• II. O seringueiro, como produtor direto da ringueiros dentro dos seringais, no início do século

195
História
XX, era marcada pelo espaço da colocação compos- c) conflito armado entre os dois estados e suas res-
ta pelo Barracão.  pectivas populações, que se estendeu por duas déca-
das e provocou a dizimação da população acreana; 
c) Trata-se de referência literária que narra eventos
relativos aos conflitos decorrentes da “pecuariza- d) longo processo de negociação, que culminou
ção” do Acre. comum acordo por meio do qual o Brasil arrendava
o Acre pelo prazo de cem anos; 
d) Trata da exploração da borracha, de acordo com
os termos dos Acordos de Washington, assinados e) compromissos de ambos os estados na desmi-
entre o Bolivian Syndicate e o Estado Independente litarização da região e na partilha igual dos lucros
do Acre.  obtidos na exploração agrícola e extrativista. 
e) Foram expostos os modos de vida dos seringa-
listas e seringueiros, segundo as proposições do
Conselho Nacional do Seringueiro (CNS), para as
relações de trabalho nos seringais amazônicos.

7) Sobre o fracasso da exploração da seringueira


(produção da borracha) na Amazônia, é correto
afirmar que uma de suas principais causas foi: 
a) a falta de mão-de-obra especializada na região,
suprida pela migração nordestina que, no entanto, 9. (Puccamp 2004) A marcha do povoamento 
mostrou-se insuficiente. 
b) a concorrência com a borracha produzida nas
colônias britânicas do Sudeste asiático, cujo preço
no mercado internacional era inferior. 
c) a inadequação dessa atividade ao clima tropical
úmido, que dificultava o transporte e o armazena-
mento do látex. 
d) a crise econômica decorrente da Primeira Guerra
Mundial, que paralisou as exportações brasileiras e
a produção da borracha. 
e) o subsídio governamental à produção de algodão (Adaptado de José William Vesentini. “Geografia:
e cacau no Nordeste, que tornou esses produtos mais série Brasil”. São Paulo: Ática, 2003. p. 181) 
lucrativos. 

A área hachurada no mapa foi incorporada ao


8) O presidente boliviano Evo Morales relembrou território brasileiro em 1903. Pode-se associar a
recentemente o conflito entre Brasil e Bolívia pelo essa incorporação o fato de que 
Acre, na passagem do século XIX para o XX. A
disputa pelo Acre envolveu:  a) as expedições dos bandeirantes, à procura de
riquezas minerais, promoveram a ocupação da pro-
a) interesses ligados à exploração do látex, que pro- víncia boliviana e garantiram a posse do território
vocaram, na segunda metade do século XIX, grande pelo ‘uti possidetis’. 
migração de brasileiros para a região; 
b) era uma província boliviana habitada por nordes-
b) mediação de potências estrangeiras, que tentaram tinos que para lá migraram devido à seca, à moder-
aproveitar a disputa entre os países sul-americanos nização da lavoura no Nordeste e ao surto da produ-
para obter o gás boliviano a baixo preço;  ção da borracha. 

196
História
c) era interesse do Brasil estender seus domínios A despeito da impiedade do sistema de aviamen-
até essa estratégica área, pertencente à Bolívia, para to, ele sustentou a estrutura social na Amazônia.
controlar o mercado de couro, de sebo e de especia- Dentre outros motivos, esta sustentação deveu-se: 
rias da região. 
a) À distribuição de renda equitativa nos centros
d) a expansão da pecuária no Nordeste e a coleta urbanos. 
das drogas do sertão na Amazônia determinaram a
b) Ao peso da tradição secular do escambo. 
ocupação de territórios bolivianos pelos sertanejos
nordestinos.  c) À monetização da sociedade assentada no merca-
do capitalista. 
e) a descoberta do ouro em locais vizinhos a essa
área pertencente à Bolívia deu origem a um deslo- d) À atrofia do setor terciário. 
camento maciço de habitantes de vários lugares do
e) Ao estímulo da industrialização. 
Brasil para a região.  

12) (PSC/2005) A produção de borracha na Ama-


10) (PSC/2003) A borracha brasileira propiciou
zônia: 
o desenvolvimento industrial de vários países,
mas na Amazônia foi responsável apenas por um a) Favoreceu a ascensão social do seringueiro. 
pequeno período faustoso, no qual, segundo se
diz, “uma minoria chegou a acender charuto com b) Propiciou o aparecimento do regatão. 
dinheiro”. Dentre as alternativas, a que melhor c) Instituiu o barracão como unidade produtiva. 
caracteriza este pequeno período, do ponto de
vista econômico, foi:  d) Incentivou o acúmulo de capital e do mercado
interno. 
a) A criação de indústrias de base produzindo equi-
pamentos que diminuíram a atividade predatória e e) Consolidou o sistema de aviamento. 
aumentaram a produtividade. 
b) A valorização da terra e a corrida aos cartórios
para assegurar a posse dos coronéis de barranco.  13) (PSC/2005) “Enquanto restrito à crítica de
c) O aumento do poder aquisitivo dos seringueiros grupos econômicos localizados (...) a greve dos es-
proveniente da prática do aviamento.  tivadores poderia ser tolerada e até mesmo incen-
tivada por certos setores da sociedade (...) [mas]
d) A diversificação da economia geradora do cresci- o vigor com que entabulavam suas reivindicações
mento autossustentado.  e a capacidade de articulação interna demonstra-
e) A introdução da navegação a vapor e o investi- da pelos trabalhadores, ensejava receios de uma
mento na compra destas embarcações pelo capital ampliação desmedida do movimento paredista
nacional.  que, suscitando apoios e solidariedades de outras
categorias e mostrando-se um caminho alternati-
vo dos trabalhadores para a conquista de me-
lhorias efetivas, poderia por em xeque a própria
estrutura social”. 
11) (PSC/2004) Euclides da Cunha ficou impres-
sionado com o regime espoliativo do aviamento (PINHEIRO, Maria Luiza U. A cidade sobre os om-
e escreveu: “(...) o homem, ao penetrar as duas bros: trabalho e conflito no Porto de Manaus -1889-
portas que o levam ao paraíso diabólico dos se- 1925. pp.163/4) 
ringais, abdica às melhores qualidades nativas e
fulmina-se a si próprio (...) trabalha para escra- A autora se refere à greve dos estivadores de
vizar-se”.  Manaus, deflagrada em 1889. A relação entre a
situação descrita no texto e fatos ocorridos na
(CUNHA, Euclides da. À Margem da História, I época, é expressa corretamente por: 
Parte, “Na Amazônia, Terra sem História”.) 

197
História
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
a) A mecanização dos portos e a queda vertiginosa
no crescimento da indústria de pneumáticos redu-
Gabarito
ziram a necessidade dos estivadores, que foram
dispensados e reivindicaram suas recontratações.  1-A

b) Os estivadores articulavam-se para combater a 2-A


concorrência de mão-de-obra com os migrantes 3-B
nordestinos que, ao chegarem a Manaus, em vez
4-D
de seguirem para os seringais, empregavam-se nos
serviços de estiva.  5-B
c) A principal reivindicação dos grevistas era o rea- 6-A
juste do pagamento de suas diárias, depreciadas pelo 7-B
aumento da jornada de trabalho, não sendo portanto
suficientes para acompanhar a alta do custo de vida.  8-A
9-B
d) A Associação Comercial do Amazonas deu apoio
incondicional aos estivadores temendo que uma gre- 10-E
ve prolongada pusesse seus negócios em risco.  11-B
e) Atos de repressão violenta levaram à greve geral 12-E
e à radicalização do movimento dos estivadores que
13-C
receberam o apoio do Sindicato dos Carroceiros e da
Federação Marítima.  14-A

1) Insere-se no mesmo conjunto das imagens, sem


14) (PSC/2006) A recente historiografia sobre o que seja possível saber se intencionalmente ou
desenvolvimento urbano de Manaus tem asseve- não, a Missão Rondon registrou a marcante dife-
rado que:  rença na altivez do índio ainda tribalizado (Fig.
01) em relação aos já militarizados, notadamente
cabisbaixos, portando o uniforme e a carabina
a) A importante modernização da cidade iniciada em exclusiva das forças armadas (Fig. 02). É inte-
fins do século XIX gerou também diversos confli- ressante notar que esse tipo de engajamento dos
tos e problemas sociais em decorrência de medidas índios como militares, certamente para preen-
segregadoras subjacentes aos projetos urbanísticos e cher o vazio da presença do elemento branco na
de saneamento;  mediação dos conflitos, já havia sido ensaiado
por meio da Carta Régia de 1798, estruturando
b) O desenvolvimento urbano foi fruto da iniciativa
militarmente: ]
pioneira de Eduardo Gonçalves Ribeiro, responsável
pela aplicação do projeto urbanístico e pelas edifica-
ções mais suntuosas da cidade; 
c) A riqueza gerada pela exploração da borracha ao
mesmo tempo em que favoreceu o desenvolvimento
urbano de Manaus e seu embelezamento, impediu o
surgimento de contradições sociais, pela maior ofer-
ta de empregos e pela adoção de melhores salários; 
d) Por força da forte presença de ingleses e fran-
ceses, a população da cidade incorporou hábitos (Santos, Nogueira & Nogueira, 2002, p. 96). 
europeizados, abandonando os costumes, valores e
práticas regionais. 

198
História
têxteis, de olaria, de cuias. 
a) O Regimento das Missões 
b) As Missões de Resgates  3) (UNAMA)
c) As Missões religiosas 
d) O Corpo de Milícias e o Corpo Efetivo de Índios.  “Os preços cobrados no Grão-Pará e Maranhão
por cada escravo vermelho, que em épocas nor-
e) O Diretório Pombalino
mais eram de R$20$000 e em épocas de escassez
chegavam a Rs70$000, eram proibitivos para
a maioria dos colonos, cuja sobrevivência vin-
2) (UFAM) No governo de Manuel da Gama
culava-se ao cultivo de pequenos sítios, onde se
Lobo d’Almada (1788-1799), a Capitania do Rio
plantava mandioca para a fabricação da farinha,
Negro vivenciou algumas mudanças de cunho
arroz, feijão e à atividade de extração das “dro-
positivo, dentre as quais se destacam: a mudança
gas do sertão”, esta última quase que inteira-
da sede da capitania, para melhorar a comuni-
mente dependente do trabalho indígena, devido
cação com Belém; o relacionamento menos tenso
ao conhecimento que os índios tinham dos locais
entre as autoridades coloniais e os índios, carac-
onde as mesmas poderiam ser encontradas.” 
terizando um período de relativa paz interna;
a implementação e intensificação de atividades (ALVES JÚNIOR, José. As ordens religiosas na
agrícolas e manufatureiras, culminando numa Amazônia: o conflito pelo controle do trabalho
relativa prosperidade econômica. Quanto ao go- indígena. 
verno de Lobo d’Almada é correto afirmar que: 
In FONTES, Edilza (org.). Contanto a História do
Pará. Vol. I. Belém: E.Motion, 2002, p.155) .
a) Transferiu a sede da capitania de Barcelos para
a Barra do Rio Negro; promoveu a pacificação
A partir da leitura do texto e dos estudos históri-
dos índios Mundurucus; desenvolveu os cultivos
cos sobre a organização do trabalho na Amazô-
de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de
nia colonial, podemos dizer que diversos fatores
têxteis, de olaria, de cuias. 
contribuíram para a escassez da mão-de-obra
b) Transferiu a sede da capitania de Barcelos para a indígena usada pelos colonos, tais como: 
Barra do Rio Negro; promoveu a pacificação dos
índios Muras; desenvolveu os cultivos de man-
dioca, anil, algodão, e as manufaturas de têxteis, a) o aumento do tráfico negreiro para a Capitania do
de olaria, de cuias.  Grão-Pará, a partir da criação da Companhia de
Comércio do Maranhão, pelo Marquês de Pom-
c) Transferiu a sede da capitania da Barra do Rio
bal, a qual tinha, entre suas finalidades, diminuir
Negro para Barcelos; promoveu a pacificação dos
a necessidade de mão-de-obra indígena na região,
índios Maués; desenvolveu os cultivos de man-
pois este era o assunto mais presente nas reivin-
dioca, anil, algodão, e as manufaturas de têxteis,
dicações dos colonos à Metrópole. 
de olaria, de cuias. 
b) os índios não se adaptavam ao trabalho agrícola,
d) Transferiu a sede da capitania de Barcelos para
pois até a chegada do europeu na Amazônia, as
a Barra do Rio Negro; promoveu a pacificação
diversas tribos indígenas que habitavam essa
dos índios Miranhas; desenvolveu os cultivos
região eram coletoras, principalmente das cha-
de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de
madas “drogas do sertão”, o que as fez reagir de
têxteis, de olaria, de cuias. 
forma violenta ao processo de escravidão que
e) Transferiu a sede da capitania da Barra do Rio lhes queriam impor. 
Negro para Barcelos; promoveu a pacificação
c) a pobreza da Capitania do Grão-Pará, cujos ha-
dos índios Mundurucus; desenvolveu os cultivos
bitantes trabalham em minifúndios, assentados
de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de
em uma agricultura de subsistência, apoiada,

199
História
basicamente, na mão-de-obra familiar, o que os b) Sua expulsão foi realizada sob a justificativa de
faziam não ir atrás da mão-de-obra indígena, que que a Companhia se transformara em “um Estado
era muito cara, pois os que praticavam o tráfico dentro do Estado” devido ao seu grande poder
de escravos vermelhos cobravam preços muito econômico e político. 
altos, devido à dificuldade de obtê-la através das
c) Com a saída dos missionários, Pombal descen-
chamadas tropas de resgate. 
traliza a administração colonial e transforma as
d) o preço cobrado pelos traficantes de escravos missões em centros autônomos pertencentes a
indígenas era considerado alto, para uma capita- diferentes ordens religiosas. 
nia que vivia em uma situação financeira difícil,
d) Os bens da Companhia de Jesus existentes no
praticando, de um modo geral, a troca de produ-
Brasil permaneceram sob o controle da Ordem
tos devido à inexistência, até 1750, de moedas
que nomeava administradores residentes na pró-
metálicas, e o crescente controle dos missioná-
pria colônia. 
rios, principalmente jesuítas, sobre o trabalho
indígena.  e) Os aldeamentos indígenas dos jesuítas não so-
freram alterações porque passaram, de imediato,
e) a abundância da mão-de-obra indígena, já que
para a gestão de outras ordens religiosas que
na região amazônica, diferente do que ocorreu
deram continuidade a política inaciana. 
em outras regiões do Brasil, o índio foi dócil ao
colonizador europeu. 

6) Está relacionada com as realizações de Lobo


D’Almada: 
4) (UFAM) No final do século XVII, o desconten-
tamento local dos colonos d
o Estado do Maranhão era grande: não tinham a) Transferiu a capital da Capitania de São José do
acesso às aldeias de índios para recrutar traba- Rio Negro do Lugar da Barra para a Vila de Bar-
lhadores e estavam insatisfeitos com o desempe- celos, em 1791. 
nho da Companhia de Comércio do Maranhão
(1682-1684). Logo traduzido em sublevação, o b) Fundou a vila de Barcelos. 
movimento dos colonos maranhenses ficou co- c) Criação do Corpo de trabalhadores, visando me-
nhecido como:  lhorar a organização da mão-de-obra indígena. 
d) Preocupou-se com o abastecimento de gado para
a) Guerra dos Emboabas  a região. 

b) Guerra dos Mascates  e) Elevou a condição de vila várias aldeias. 

c) Confederação do Equador 
d) Revolta dos Beckman  7) Entre as mudanças operadas na Amazônia
pela intervenção do Marquês de Pombal estão
e) Sedição de Vila Rica  a/o: 

5) Na segunda metade do século XVIII, Pombal a) Criação da Companhia Geral do Grão-Pará e


expulsou os missionários da Companhia de Jesus Maranhão e o incentivo à ampliação dos colégios
do Brasil. Sobre essa medida controvertida, po- jesuíticos. 
demos assegurar que: 
b) Expulsão da Companhia de Jesus e a extinção da
Companhia de Comércio do Grão-Pará. 
a) A expulsão não se realizou e os jesuítas continua- c) Criação da Companhia de Comércio do Grão-
ram a obra de catequese até o século XIX em vá- -Pará e Maranhão e a educação orientada pelos
rias regiões brasileiras, em especial na Amazônia.  missionários da Companhia de Jesus. 

200
História
d) Expulsão dos missionários da Companhia de a) D. Maria I - Viradeira. 
Jesus e a criação do Regimento das Missões. 
b) D. José II - Período Josentino. 
e) Perseguição aos missionários da Companhia de
c) D. João VI - Governo joanino. 
Jesus e a criação do Diretório Pombalino. 
d) D. Maria I - Corpo de Trabalhadores. 
e) D. Pedro I - Primeiro Império Brasileiro.
8) O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José
I (1750-1777), foi o responsável por uma série de
reformas na economia, educação e administração
do Estado e do império português, inspiradas na 11) (UFAM) Na segunda metade do século XVIII,
filosofia iluminista.  o Estado do Grão-Pará e Maranhão não ficou de
fora das medidas reformistas adotadas por Se-
O Marquês de Pombal foi um dos representantes bastião José de Carvalho e Melo (então Conde de
do chamado:  Oeiras e futuro Marquês de Pombal), que tinham
como principal objetivo minimizar a dependên-
cia econômica do Reino de Portugal em relação à
a) Parlamentarismo monárquico.  Inglaterra. No caso específico desta outra colô-
nia portuguesa na América do Sul, a criação da
b) Socialismo Utópico. 
Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e
c) Despotismo Esclarecido.  Maranhão, em 1755, foi a medida econômica de
maior vulto para a sua integração às novas dire-
d) Liberalismo. 
trizes da Coroa lusitana, e reinseriria a Amazô-
e) Príncipe das Trevas.  nia, em novas bases, no comércio atlântico. 

9) Sobre a Capitania de São José do Rio Negro, Dentre as ações elencadas abaixo, assinale aquela
marque a alternativa INCORRETA:  que corresponde ao conjunto de realizações desta
Companhia: 
a) Foi criada por ordem real e instalada por Francis-
co Xavier de Mendonça Furtado. 
b) Diversos governadores administraram a Capitania a) Monopolizou o comércio de escravos africanos
de São Jose do Rio Negro. O primeiro foi Fran- e incentivou o cultivo do café, da cana-de-açú-
cisco de Melo e Póvoas.  car, do tabaco, do anil e do cacau, bem como a
realização de experiências agrícolas, introduzin-
c) Esta Capitania é a raiz do Estado do Amazonas. O do o arroz branco, além de estimular a coleta das
destaque governamental foi Lobo D’Almada.  drogas do sertão. 
d) Para sede (capital) da Capitania foi escolhido o b) Assegurou aos colonos leigos e missionários a
Lugar da Barra, hoje Manaus.  liberdade para o recrutamento pacífico (desci-
e) Em 1822, com a Independência do Brasil, a mentos) ou violento (guerras justas) da força de
Capitania de São José do Rio Negro passou a ser trabalho indígena, bem como o livre-comércio
administrada pelo governo do Pará.  dos índios que haviam sido cativados nas guer-
ras intertribais em diversas regiões do Estado do
Grão-Pará e Maranhão. 
10) Com a morte do rei D. José I, em 1777, estava c) Incentivou a imigração de agricultores dos Açores
terminado o ciclo de poder do Marquês de Pom- e de Mazagão para os diversos lugares e vilas do
bal. Quem assumiu então o poder na Coroa por- Estado do Grão-Pará e Maranhão, os quais, com
tuguesa e como ficou conhecido o fenômeno que o auxílio de escravos índios e africanos, introdu-
mudou toda a estrutura administrativa no reino:  ziriam a agricultura comercial do algodão. 
d) Demarcou terras específicas para a mineração,

201
História
principalmente de ouro, concorrendo com a capi- a) à ação repressiva do mercenário inglês John
tania das Minas Gerais, no Estado do Brasil.  Grenfell que, a serviço do governo imperial, obteve
a adesão do Pará à independência, após ordenar o
massacre de centenas de paraenses que se opunham
e) Concedeu honrarias aos Principais indígenas do à autoridade de Pedro I.
Estado do Grão-Pará e Maranhão que colabora-
b) à repressão violenta, desencadeada pelas autori-
vam nas diversas atividades econômicas, dado
dades portuguesas, ao levante realizado por vários
que os índios sob sua jurisdição foram empre-
segmentos da população paraense que não aceita-
gados em atividades agrícolas voltadas para o
vam o fato de a província do Grão–Pará permanecer
comércio exterior, como o cultivo do algodão
subordinada a Lisboa, quando o Brasil já havia se
tornado independente da metrópole.
Gabarito c) às manifestações de rua ocorridas no mês de
outubro, após a adesão do Pará à independência do
1-D
Brasil, o que redundou na prisão e morte de cente-
2-A nas de pessoas, principalmente soldados, presos por
3-D ordem de John Grenfell nos porões do navio, depois
conhecido como Brigue Palhaço.
4-D
d) ao massacre desencadeado pelo governo local,
5-B
nas mãos de John Grenfell, ao movimento liderado
6-D pelo cônego Batista Campos a favor da adesão do
7-E Pará à independência, porque o mesmo tinha em sua
fileiras centenas de escravos africanos e indígenas.
8-C
9-E
2. (UNAMA) “A assembleia legislativa provincial
10-A
do Grão-Pará, possuída do mais perene júbilo e
11-A contentamento pelo feliz dia do aniversário da
restauração de sua pátria, vem por esta deputa-
ção congratular-se com V. Exa. como quem fez
1. (UNAMA) “Uma série de eventos e iniciativas este dia notável aos paraenses, restituindo-os com
político–culturais serão patrocinados por artis- glória a seus lares, bens e famílias. Sim, foi V.Exa.
tas, intelectuais, Comissão Permanente de Direi- que, ajuntando os infelizes emigrados [...] do
tos Humanos e Câmara de Vereadores de Belém, Maranhão até as praias de Tatuoca, entrou triun-
de modo a marcar o transcurso dos 180 anos da fante e vitorioso nesta capital, no memorável dia
chacina que ficou conhecida como o “massacre 13 de maio de 1836 e, decepando a altiva cabeça
do Brigue Palhaço”, fato ocorrido em Belém nas da anarquia, arvorou o estandarte da legal idade
águas da baía do Guajará, quase em frente ao sobre [...] a cidade.” 
Ver–o–Peso, na noite de 20 para 21 de outubro de
(Discurso aprovado pela A ssembléia Provincial
1823”.
do Pará, em sessão de 12 de maio de 1838, assina-
da por Dr. Lourenço da Silva Santiago, Francisco
Antônio Bittencourt e Bernardo Joaquim de Matos.
(Texto adaptado do jornal O Liberal, Caderno Atua-
IN RAIOL, Domingos Antônio. Motins Políticos:
lidades, 9 de novembro de 2003, p.06)
ou História dos Principais acontecimentos Políticos
da província do Pará desde o ano de 1821 até 1835.
3 v.UFPA, 1970, p.996) 

O episódio identificado no texto acima está asso-


ciado: 
No documento acima, elaborado e encaminhado
pelos deputados da Assembleia Provincial do

202
História
Pará ao Marechal Soares Andréia, militar en- que se aproveitaram da disputa pelo poder entre
viado pela Regência para combater os revoltosos segmentos da elite paraense e a elas se aliaram para
cabanos, fica evidenciado:  chegar ao governo da província do Grão- Pará. 

a) O júbilo de todos os segmentos da população 4- (PSC/UFAM) A cidade moderna em que aca-


belenense – cansados dos anos de guerrilha – pela bamos de chegar é chamada pelos brasileiros A
retomada de Belém das mãos dos cabanos, através Barra do Rio Negro. Situa-se a leste da fortale-
de tropas vindas do Maranhão e de Tatuoca, coman- za a cerca de mil passos geométricos do sítio de
dadas pelo Marechal português.  Manaos. Ela está constituída numa superfície tão
irregular que chega a ter morrinhos mais altos do
b) O profundo pesar da Assembléia, em decorrência
que os telhados das casas, o que seria pitoresco se
dos atos que se seguiram após a saída dos cabanos
não fosse absurdo.
da capital paraense, pois isso deu ensejo à anarquia
praticada pelos soldados legalistas. 
c) A instituição da data de 13 de maio de 1836 como (Paul Marcoy. Viagem Pelo Rio Amazonas. Manaus:
a que deve ser objeto de comemorações por parte Edua/Secretaria de Estado da Cultura, 2001) 
da população paraense, pois, na mesma, os cabanos
assumiram o poder, destituindo os portugueses do
governo da província. 
A descrição acima, feita por um viajante francês
d) As comemorações e homenagens feitas a Soares
em meados do século XIX, flagra o acanhamento
Andréia como o restaurador da ordem na cidade de
do núcleo urbano daquela que anos depois seria
Belém, após a anarquia que nela havia sido instituí-
a sede da Província do Amazonas. 
da pelo movimento cabano. 
Das alternativas abaixo, associadas à história de
Manaus, assinale aquela que está incorreta. 
3. (UNAMA) A Cabanagem, movimento social
ocorrido na província do Grão-Pará, entre 1835
a 1840, tem sido objeto de revisões historiográfi- a) A mudança de denominação de Lugar da Barra
cas por parte de muitos estudiosos.  para Cidade de Manaós ocorre em 1856 por iniciati-
va de Tenreiro Aranha. 
Os estudos mais recentes têm apontado que os
cabanos eram:  b) Sua origem remonta à construção da Fortaleza de
São José do Rio Negro, em 1669, e aos aldeamentos
a) homens e mulheres pobres que viviam em caba-
fundados em sua adjacência. 
nas às margens do rio Amazonas e seus afluentes,
cuja luta se fazia por melhores condições de vida e , c) Por intervenção de Lobo D’almada, em 1792, é
principalmente, se opunham à presença do império transferida de Barcelos para o Lugar da Barra
colonial português na região.  a sede da Capitania de São José do Rio Negro. 
b) negros, índios, brancos, mestiços, senhores e d) Em 1832 é alterado o seu predicamento, passando
escravos, os quais lutaram inicialmente contra o de lugar para vila. 
autoritarismo da Regência mas que, no decorrer da
luta, apresentaram objetivos específicos, de acordo e) Em 1848 é estabelecido o predicamento de cida-
com sua condição de classe e de cor.  de, com a denominação de N. S. da Conceição da
Barra do Rio Negro. 
c) basicamente os caboclos amazônidas que, es-
palhados ao longo das margens dos rios da região
norte, desencadearam uma luta contra a opressão
política e econômica dos portugueses e ingleses, que 5. (PSC/UFAM) Logo após o antigo Estado do
governavam a região.  Grão-Pará e Rio Negro ter sido incorporado
d) pessoas pobres, na sua maioria índios aldeados, ao Império do Brasil, em 1823, a ex-capitania

203
História
do Rio Negro não chegou a receber o status de um fato militar e, no máximo, social. 
Província, como o concedido à ex-capitania do
d) A Cabanagem começou como um conflito entre
Grão-Pará. Desse modo, na divisão político-ad-
setores oligárquicos do Pará durante a Regência,
ministrativa imperial, esse território amazônico
mas, pelas condições socioeconômicas da região
recebeu a categoria de Comarca do Rio Negro,
Norte e devido à participação popular intensa, con-
subordinado à Província do Pará. Esta condição
verteu-se em autêntica rebelião social. 
deveu-se: 
e) O desfecho da Cabanagem, com perseguição
a) À inabilidade política da elite rionegrina em de-
feroz e massacre dos cabanos, deveu-se mais à
fender o novo status da antiga capitania. 
excitação e ao ódio dos mercenários estrangeiros do
b) À inexistência, no texto da Constituição de 1824, que ao ódio de classe das elites brasileiras contra os
da menção ao Rio Negro como Província.  pobres e não-brancos derrotados. 
c) À pressão exercida pela elite paraense para que
a região do Rio Negro continuasse subordinada ao
poder de Belém. 
7- (UEA) Assinale a alternativa que situa correta-
d) À falta de interesse do governo imperial em ter mente o movimento cabano na crise da Regência. 
mais uma unidade administrativa no norte do Brasil. 
a) Uns começavam a temer a violência crescente e
e) Às dificuldades de transporte e comunicação a pobreza das massas, como Clemente Malcher, que
entre a sede do governo imperial e a região do Rio pretendeu manter a vinculação ao Império e perma-
Negro.  necer no poder indefinidamente. 
b) Os poderes legislativos dados à situação pela
recente alteração constitucional induziram as fac-
ções regionais de oposição a se aproveitarem poli-
6- (UEA)
ticamente das indefesas massas populares, como na
“Examinando-se o movimento no que ele expres- Cabanagem. 
sa como explosão de multidões mestiças e indíge-
c) No movimento cabano, alguns, como o Cônego
nas da Província, contra a vida e a propriedade
Batista Campos, esperavam fazer a maioria na As-
dos que desfrutavam de poder político, econômi-
sembleia Legislativa Provincial recém-criada, para
co e projeção social, compreende-se que a Caba-
obter as reformas que defendiam. 
nagem não pode ser inscrita na história nacional
como um episódio a mais de aspiração meramen- d) A instabilidade econômica, social e política da
te política.” Amazônia nos anos posteriores à independência ori-
ginava-se do agravamento da subordinação da elite
REIS, Artur C. Ferreira.
local aos interesses britânicos desde o Ato Adicional
Assinale a alternativa que melhor caracteriza a de 1831. 
Cabanagem. 
e) O movimento cabano, apesar de abolicionista, foi
a) participação intensa das massas de origem indí- a continuação da guerra de independência, também
gena na Cabanagem do Pará deveu-se à inexistência reprimida por esquadra britânica. 
de agricultura de exportação na região e à ausência
completa de negros. 
b) A Cabanagem era um risco maior para os impe-
8- (UEA) “No Grão-Pará, agitado desde a Revo-
rialismos do que para a unidade política pretendida
lução do Porto, ocorria a revolta dos cabanos – a
pelo Império brasileiro, como atestam as seguidas
Cabanagem – que se distinguiria dos demais mo-
intervenções americanas e britânicas no Grão-Pará. 
vimentos do período pela amplitude que assumiu,
c) A Cabanagem não pode ser inscrita na história chegando a dominar o governo da província por
nacional como um episódio político, pois, por se alguns anos.” 
tratar de uma sublevação generalizada no Pará, foi
(Ilmar Rohlof de Mattos, História do Brasil Impé-

204
História
rio.)  1822, o Amazonas pretendia emancipar-se politi-
camente, contudo, ficou responsável pela gestão
política do Amazonas:
a) Governadores da Capitania de São José do Rio
A respeito da Cabanagem, assinale a afirmativa
Negro. 
correta. 
b) Juntas Governativas. 
a) Os descendentes de índios não participavam
de nenhuma forma de manifestação política e c) Presidente da Província do Amazonas. 
foram apenas utilizados nos conflitos entre os
d) Governador do Estado do Amazonas. 
grandes fazendeiros. 
e) Governador da região do Alto rio Negro.
b) A ordeira massa dos cabanos, sem qualquer expe-
riência anterior em conflitos, foi usada pelas tropas
do governo imperial contra os fazendeiros locais. 
11. (Ufpe 1998) O mapa a seguir apresenta o Bra-
c) A Cabanagem foi o conflito em que os fazendei-
sil pré-independente, no século XIX. Algumas
ros paraenses, reagindo às intervenções do Poder
províncias estão coloridas e se destacam das
Moderador, exigiram a extinção do Conselho de
restantes.
Estado. 
d) A Cabanagem foi um conflito social semelhante
à Balaiada, em que a participação das forças oligár-
quicas foi sempre secundária. 
e) O Ato Adicional deu grande poder à oligarquia
dominante, provocando a reação armada da oli-
garquia oposicionista, que recorreu às lideranças
radicais e atraiu para o conflito a massa cabana. 

9- (UFAM) A primeira Constituição brasileira es-


tabeleceu que as divisões político-administravas
do Império seriam a mesmas existentes antes da
emancipação política. Podemos afirmar que, no
Amazonas, este critério de divisão: 
a) Foi aplicado, sendo então criada a Cidade da Bar- Sobre as coloridas, analise as proposições a se-
ra do Rio Negro.  guir: 

b) Não foi aplicado, sendo então criada a Capitania a) As províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí,
de S. José do Rio Negro.  Bahia e Cisplatina foram as primeiras a aderir ao
movimento de independência. 
c) Foi aplicado, sendo então criada a Província do
Amazonas.  b) Todas as províncias destacadas no mapa foram
visitadas pela esquadra de Cochrane, militar que
d) Não foi aplicado, sendo então criada a Comarca combateu na guerra da Independência do lado brasi-
do Alto Amazonas.  leiro. 
e) Foi aplicado, sendo então criada a Comarca do c) Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão e Bahia
Rio Negro.  a resistência contra a independência foi mais forte,
ocasionando lutas que se prolongaram além do 7 de
setembro de 1822. 

10- Com o nascimento do império brasileiro em d) As províncias destacadas representam o “partido

205
História
brasileiro”, que reunia aristocracia rural, os comer- b) Separatista 
ciantes nativos e os burocratas, e não defendiam a
c) Socialista 
separação de Portugal. 
d) Autonomista 
e) A província Cisplatina conseguiu sua independên-
cia mais cedo que o próprio Brasil. Antes de 1822 a e) Abolicionista 
Cisplatina já se chamava Uruguai. 

14 CESPE 2008

12- (UFAM/PSC) O processo de criação da Pro-


víncia do Amazonas é peculiar. Após ser aprova- Surgida em 1969, a Superintendência da Zona
do pela Câmara dos Deputados (1843), o projeto Franca de Manaus (SUFRAMA) impulsionou a
passou sete anos para ser apreciado pelo Senado. economia amazonense, sobretudo a de Manaus, que
Então, em julho de 1850 entrou em pauta, foi hoje responde por mais de 50% do PIB do estado do
aprovado em agosto e sancionado pelo Impe- Amazonas. A Zona Franca está em transformação;
rador no mês seguinte. O que aconteceu, nesse desde os anos 80 do século XX, vêm sendo redu-
momento, que justificaria tal celeridade para zidos os incentivos presentes na sua origem. Isso
aprovação de um projeto que já estava há tanto se deve, entre outras razões, à contestação feita por
tempo em tramitação?  outros estados às vantagens fiscais concedidas ao
Amazonas. Com relação a esse assunto, assinale a
a) As pressões internacionais para a abertura do rio
opção correta.
Amazonas à navegação que recrudesceram nes-
se momento, fazendo com que o Império se visse
premido a adotar medidas estratégicas para garantir
suas prerrogativas na região. 
b) A força da pressão do movimento autonomista no a) A maior vantagem obtida pela Zona Franca de
Amazonas que ganhou a adesão de importantes polí- Manaus sempre foi a isenção de impostos para a
exportação de seus produtos.
ticos paraenses como João Batista Tenreiro Aranha. 
b) A contestação citada no texto pode ser entendida
c) Uma vigorosa reação do Império brasileiro às ma-
como parte da chamada guerra fiscal entre esta-
nobras internacionais dos EUA na tentativa de criar
dos brasileiros.
um território destinado aos ex-escravos, libertos a
partir da Guerra de Secessão.  c) O Pólo Industrial de Manaus tradicionalmente
concentra-se na produção de bens primários,
d) O avançado estado das negociações do governo como os alimentícios.
brasileiro com a Argentina, Paraguai, Colômbia e
Peru, para construção de uma rede comercial que d) A proliferação de hidrelétricas na bacia ama-
se estenderia da região do rio da Prata até o Oceano zônica estimula a industrialização não só em
Pacífico.  Manaus, mas também em outras cidades do
Amazonas.
e) Uma manobra – fracassada – dos políticos pa-
raenses no sentido de abortar definitivamente o e) Em geral, tal como ocorre no Amazonas, a po-
projeto de separação do Amazonas do Pará.  pulação da região Norte é desconcentrada, disse-
minada pelo interior.

15 Entre os objetivos que levaram o Governo Brasi-


13- (UFAM/PSC) Em abril de 1832, um levante leiro a instalar a Zona Franca de Manaus, podemos
militar no Lugar da Barra foi apropriado pela citar:
elite transformando-se em uma importante mani-
festação de caráter essencialmente:  a) A preocupação com as fronteiras brasileiras na re-
gião Norte e a necessidade de garantir a ocupação do
a) Populista  território amazônico contra possíveis invasões norte-
-americanas.

206
História
b) O interesse de empresas multinacionais em explo- d) I e IV
rar os recursos naturais da Amazônia e consolidar a
região Norte como um polo de atração de empresas e) III, IV, V
de pesquisas sobre as plantas medicinais da Amazô-
nia. 18. Durante o século XIX, a região Norte vivenciou
um grande crescimento populacional impulsionado,
c) Ampliar a ocupação do território da região Norte entre outros fatores, pelo:
por meio da atracão de empresas nacionais e estran-
geiras a partir de subsídios fiscais, bem como estimu- a) Ciclo do ouro
lar o comércio intrarregional e com as demais regiões
do país. b) Ciclo da cana-de-açúcar

d) Atrair investimento internacional para as questões c) Ciclo da borracha


da preservação da biodiversidade da Amazônia e
d) Ciclo da madeira
consolidar políticas de desenvolvimento sustentável
na região Norte. 19 FGV 2015
16. A Zona Franca de Manaus foi idealizada no Go- “A BR-319 foi inaugurada oficialmente em 1976,
verno de Juscelino Kubitschek, mas somente em no governo Ernesto Geisel. Porém, nunca foi con-
1967, sob o governo militar, passou efetivamente a cluída integralmente. Nas décadas de 1980 e 1990,
funcionar. O lema de sua construção foi: a manutenção da estrada foi abandonada pelo poder
público. Somente na década de 2000, as obras de
a) Dividir para conquistar
pavimentação foram retomadas com o asfaltamento
b) Ocupar e industrializar das duas pontas da rodovia (...)”

c) Ocupar para não entregar Fonte: http://www.ariquemesonline.com.br,


02/10/2015. Acesso em 03 de outubro de 2015.
d) 50 anos em 5
A importância da rodovia citada no texto está rela-
e) Industrializar para desenvolver cionada ao fato de ser a via de integração por terra: 
Alternativas
a) entre Porto Velho e Manaus
17. b) de Rondônia com a Bolívia;
(UFPB - adaptada) - Quanto à criação da Zona Fran- c) entre as regiões Norte e Nordeste;
ca da cidade de Manaus, que buscou instalar um polo
industrial na região Norte, esse empreendimento d) da região Norte com Brasília;
apoiou-se em:
e) de Rondônia com o Mato Grosso.
I - Isenção de impostos sobre a importação de equi-
pamentos

II - Exploração de mão de obra especializada


20. FVG 2015
III - Instalação de pequenas e médias empresas, tanto
nacionais quanto estrangeiras A partir do século XX, diversos governos brasilei-
ros determinaram a execução de uma política de
IV - Exportação de produtos ocupação e exploração da Região Amazônica. O
período varguista (1930/1945) e o Regime Militar
V - Destinação de produtos eletrônicos para consu-
(1964/1985) foram dois desses períodos com pro-
midores da região Nordeste do Brasil.
jetos audaciosos de integração da região amazônica
Destas, quais assertivas estão corretas? ao restante do país. Dentre as consequências desse
processo, percebe-se a deterioração da região norte
a) I, II, III em função de vários aspectos, sendo um dos mais
importantes:
b) II, IV, V

c) II e IV

207
História
A) a falta de um equilíbrio entre os projetos de
exploração da região amazônica e a preservação da
região;

B) a opção prioritária pelos projetos ferroviários


para interligar a região;

c) o monopólio do capital estrangeiro sobre a explo-


ração da região amazônica;

d) o interesse exclusivo no desenvolvimento do


transporte naval na região;

e) exclusividade dada ao capital externo na explora-


ção da atividade mineradora.

Gabarito

1-C
2-D
3-B
4-A
5-B
6-D
7-C
8-D
9-D
10-B
11-C
12-A
13-D
14-B
15-C
16-C
17-D
18-C
19-A
20-A

208
GEOGRAFIA
Geografia
GEOGRAFIA DO AMAZONAS:
I. A organização do espaço: a conquista e a expansão da Amazônia Colonial; a produção do espaço amazôni-
co atual.

A Conquista e colonização da Amazônia e a submissão do indígena

A colonização da Amazônia - que hoje corresponde aos estados do Amazonas e do Pará - foi estimulada
pelas preocupações de garantir a posse e o acesso ao rio Amazonas e impe¬dir a presença de rivais de outros
países. A base de ocupação se deu através do extrativismo vegetal e do apresamento indígena.
O extrativismo vegetal consistiu na exploração das chamadas “drogas do sertão”: cacau, guaraná, borracha,
urucu, salsaparrilha, castanha-do-pará, gergelim, noz de pixurim, baunilha, coco, etc. Por isso, a escravidão
tinha ali um terreno desfavorável, pois a exploração da Amazônia dependia do bom conhecimento da região.
Daí a importância dos índios locais que serviam de guias. A forma predominante que caracterizou a integra-
ção da Amazônia ao conjunto da economia colonial foi o estabelecimento das missões jesuíticas, que chega-
ram a aldear perto de 50 mil índios.

HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO DA AMAZÔNIA

(Lílian Maria Moser)

“... Do rio das Amazonas afirmam os que descobriram que seus campos parecem Paraísos e suas ilhas
jardins, e que se a arte ajudar a fecundidade do solo serão paraísos e jardins bem tratados.” (Alonso de
Rojas)

Introdução

A abordagem que iremos realizar sobre a Amazônia, no seu processo de colonização será na perspectiva da
História Social, em que os contextos sócio, político e econômico são responsáveis pela forma de coloniza-
ção, numa relação que se estabelece entre o paradigma “Velho Mundo e o Novo Mundo”. Falar da Amazônia
significa realizar uma viagem no tempo e tentar entender que os europeus imaginavam e pensavam a respei-
to dessa terra fantástica. O fantástico fora construído pelas histórias ainda durante a Idade Média, pois,
segundo GONDIM,1994:16:

“...o imaginário do homem medieval estava povoado, por outro lado, pelas lendas que descreviam o mundo
fantástico oriental, retratado nas viagens de Marco Polo (1251-1323), nas Maravilhas do mundo de Jehan de
Mandeville (1300-1372), na Imago Mundi (1410) do cardeal frncês Pierre d’ Ailly (1350-1420), nas Etimo-
logie (sec. VII) de Santo Isodoro de Sevilhe ou ainda na Navigatio Sancti Brendani (séc.X)¨.
Essas histórias fantásticas acompanharam a humanidade no decorrer dos séculos, em que homens e mulheres
procuravam viver uma outra realidade. É a procura do Paraíso, longe de vários problemas e doenças, das
pestes, da fome e da dor. É a representação de viver eternamente, feliz e próspero. É o

sonho daquelas pessoas (aventureiras) que queriam uma terra somente para si. Uma terra próspera sem os
problemas do ¨Velho Mundo¨. O ¨Velho Mundo¨ seria renovado através do além-mar, do ¨Novo Mundo¨,
onde havia terra para ¨descobrir¨, ocupar, apossar...É o Des-cobrimento! É a conquista! Como afirma Orlan-
di,1990:14: ¨Descobrir é dizer o conhecido.¨ É se apossar e dominar uma terra alheia.

A Expansão Lusa.

No ano de 1415 – Portugal conquistou Ceuta. Esse ato significou a sua expansão para o litoral da África e as
Ilhas do Atlântico, pois vencia os limites da navegação, era o início de novas conquistas. No séc. XV - com a
descoberta do novo caminho para as Índias e a possibilidade de adquirir os produtos orientais por preços
mais baixos, transformaram-se no principal objetivo do Estado português. Nesse processo de conquistas e
expansão, Lisboa se transformou num centro comercial importantíssimo, pela oferta de produtos concebidos
como exóticos no mercado europeu. Anos depois, em 1500 - Cabral oficializou a posse sobre o Brasil.

210
Geografia
Deu-se início a um grande empreendimento português, uma grande colônia prometia prosperidade e muito
lucro.

A expansão espanhola

Em 1492 - a Espanha tendo superado a presença árabe e a divisão interna, reuniu forças para participar das
disputas comerciais e exploração do mundo colonial, pois também tinha necessidades mercantis. Cristóvão
Colombo, navegador genovês, partiu em agosto de 1492 - rumou alçando a ilha de Guanabara (San Salva-
dor), nas Bahamas, na América Central para descobrir novas terras, novos horizontes que ampliasse a rique-
za da Espanha.

Os Traçados Ultramarinos

No séc. XV - a corrida expansionista de Portugal e Espanha gerou controvérsias. Para definir direitos e
territórios formularam-se diversos tratados, dos quais o mais antigo é o Tratado de Toledo - assinado em
1480. Esse tratado garantia as terras ao sul das Ilhas Canárias a Portugal, pois assegurava a rota das Índias
pelo sul da África. No ano de 1493 pela Bula Intercoetera, o papa Alexandre VI determinou a partilha
ultramarina entre espanhóis e portugueses. Os portugueses acharam que estavam sendo prejudicados, propu-
seram o Tratado de Tordesilhas. Em 07 de junho de1494 foi decidido que a Espanha ficaria com as terras
descobertas ao ocidente de uma linha imaginária, tirada de pólo a pólo, e a 70 léguas das ilhas do Cabo
Verde, cabendo a Portugal a que se descobrisse ao oriente. Com esta divisão, a Espanha ganhava quase toda
a América, os estados do: Amazonas, Pará, Mato Grosso, quase todo Goiás, 2/3 de S. Paulo, parte de Minas
Gerais, todo Paraná, Sta. Catarina e Rio Grande do Sul. Para Portugal cabia um pedaço de terra à foz do
Rio-Madeira, na Amazônia. No ano de 1.500 – o espanhol Vicente Yanez Pinzon atingiu o Brasil, na altura
de Pernambuco, visitando Povo Dias o estuário do Amazonas. Pelo Tratado de Tordesilhas, os Portugueses
não deviam passar além do estuário do Amazonas. Em 1532 - Francisco Pizarro, chegou ao Peru, encontran-
do o povo Inca. Os espanhóis estabeleceram-se em seguida, organizando a administração pública nos moldes
da Espanha. Pizarro se tornou autoridade suprema do território. A Espanha tinha-se espalhado pelas terras da
América Central e Andina. E a Amazônia compreendia-se uma região sob seu governo. Até 1538 devido a
falta de recursos financeiros, muitas pessoas doentes e que também faleceram, a exploração fora abandonada
e fechada.

AS CONQUISTAS NA AMAZÔNIA

Espanholas

Em 1538 - Pedro de Anzurey reiniciou a abertura para Amazônia, com uma expedição com muitos índios,
espanhóis, através dos Andes, mas não obteve sucesso. As várias intempéries de fator climático, temporal,
geográfico e a falta de conhecimento da mata impossibilitaram o avanço da expansão territorial. No mês de
fevereiro de 1541 - Pizarro partiu de Quito (Peru) para encontrar o “El Dorado”. Orellana que estava em
Guaiaquil, chegou depois da expedição com fome e sem dinheiro, mas mesmo assim partiu em busca de seu
líder. Pois as maiores dificuldades a serem enfrentadas eram os desafios da região tropical, desconhecida
para o mundo europeu. Artur Reis, 1989:43, ao descrever sobre a conquista do Amazonas, relata a entrada
nas matas e rios afirma:

¨...Se impressionaram com a expansão do rio. A Amazônia aparecia-lhes em seus aspectos selvagens, em
toda sua grandeza assombrosa.¨

Pizarro em sua expedição adoeceu de tal forma que foi acolhido por um cacique que lhe deu assistência
necessária, com medicação e alimentos. Ali, com o índio, Pizarro permaneceu dois meses. Várias tentativas
foram realizadas para continuar com a expansão espanhola, mas no séc.XVI os espanhóis deixaram a Ama-
zônia. Morreram muitos espanhóis de sua expedição, bem como muitos índios que fizeram parte da mesma
para auxiliarem no enfrentamento da mata com suas belezas naturais, mas difícil de ser enfrentada, princi-
palmente para quem não conhecia. Contam os relatos de viagem, que a expedição, em certo momento não
tinha mais nada a comer, pois os índios morreram de fome e de doenças e os que sobraram se recusaram a
continuar a trabalhar com os espanhóis. Neide Gondim em sua obra Invenção da Amazônia, analisa a postu-
ra do europeu ao ter encontrado o ¨Paraíso Perdido¨, o ¨Eldorado¨, a ¨Fonte de Juventude¨. E afirma que:

211
Geografia
A viagem pelo Amazonas é dividida em três etapas: a reação, regressiva e a pretérita. O conjunto ora apre-
senta-se conforme suas características naturais específicas.
No período de 1580 - 1640 devido a todo um contexto histórico, social e político e a morte de D. Henrique,
rei de Portugal, deu-se a anexação de Portugal a Espanha. Nessa época, isto é em 1595, holandeses, ingleses,
franceses, tentam a colonização da Amazônia. Foram realizadas inúmeras tentativas de colonização. Entre
1530 e 1668 dezenas de expedições desceram dos Andes para a selva tropical enfrentando também todos os
desafios da mata e dos rios.

Novas Tentativas de Colonização.

No ano de 1538 - o imperador Carlos V, da Espanha, outorgou aos comerciantes da cidade de Augsburg o
direito de posse de uma parte da Venezuela, procurando assim uma tentativa estratégica para entrar na
Amazônia. Várias expedições tentaram ocupá-la. Pedro de Candia e Pedro Anzurey tentaram explora-lá, em
1533 entrando pelo rio Madre de Dios e o Beni (Bolívia). George de Spires, sucessor de Alfinger, em 1536,
tentou uma outra expedição, porém não obteve lucros. Em abril de 1539, Alonso de Alvarado fundou a
cidade que hoje é Chahapoyos, no vale do Marañon. Em 1541 - o alemão, Philip von Huten, viajou pelo rio
Caquetá por quase 1 ano, sem sucesso. Ao voltar para o litoral da Venezuela, encontrou a povoação alemã
ocupada por piratas espanhóis, e foi decapitado.

Pizarro confiara o cargo a Francisco Orellana para continuar a obra de conquista. Sua expedição detectou
como se formava o rio Amazonas: ¨pela direita e pela esquerda¨: Rio Negro e Rio Madeira, tentando desem-
barque nas aldeias indígenas em vários trechos do rio. Nessa mesma época de 1541, Orellana encontrou as
índias Amazonas, diferentes das outras índias. Um ano depois atingiu o Antlântico. Orellana recebeu em 13
de fevereiro de 1544 o título de Adelantado, Governador e Capitão General das terras que colonizou, a Nova
Andaluzia – depois chamada de Amazônia. Há controvérsias quanto a viagem de Orellana. Historiadores
afirmam que ele teria entrado pelo rio Pará, e outros pelo Amazonas. Veio a falecer em 1546. Outros navega-
dores pretenderam chegar até a Amazônia, entrando pelo Atlântico: Luiz de Melo da Silva e o piloto francês
João Afonso, sem, porém, alcançar o objetivo. Houve várias outras tentativas espanholas para ocupação da
Amazônia em 1560: Pedro de Ursua, Gusman e Lope de Aguirre. Muitas lendas e histórias eram tecidas a
respeito do Dorado recolhido. Entre muitas que eram contadas, se dizia que: havia tanta riqueza que era
impossível medir; os templos, os palácios, a pavimentação das ruas da cidade de Manao eram construídos
com ouro puro; o rei ao banhar-se, pelas manhãs, banhava-se num lago de águas perfumadas, sobre as quais
lançavam ouro em pó.

Reação Portuguesa.

A obra dos portugueses, nesse período foi muito vagarosa, pois havia pouca gente no reino de Portugal para
vir ao Brasil, principalmente para trabalhar. Por volta de 1600, pelo lado do Atlântico começou a ser ocupa-
da a terra do Amazonas. Holandeses, ingleses e franceses disputaram as terras invadindo a explorando o
delta do rio comercializando com os nativos, como se fossem donos da região. Os portugueses partiram de
Pernambuco à caça dos franceses que estavam se fixando nas costas brasileiras, no Maranhão, onde S. Luiz
era o sítio mais importante da colônia francesa. Eles atingiram a colônia em 1616. Nesse mesmo ano Fran-
cisco Caldeira Castelo Branco comandou uma expedição, expulsou os franceses do Maranhão e avançou
para o norte, fundando o Forte do Presépio que se tornou o núcleo de origem da povoação de Belém e base
de operações dos portugueses contra os estrangeiros.
Em 1612 - os primeiros jesuítas entraram no Maranhão, onde se encarregaram da catequese dos nativos,
submetendo-os aos trabalhos aos colonizadores. Segundo o pensamento europeu: ¨... mostravam necessida-
des de trazer as tribos ao convívio da civilização européia¨.
No ano de 1621 - sob o comando de Pedro Teixeira, os portugueses esmagaram os últimos postos ingleses,
irlandeses e holandeses. Além de Teixeira, sertanistas entraram no território amazonense. Estes avançaram
muito mais que Teixeira. Partiram de Belém, Gurupá e Cametá, passando por Tapajós, pelo Ocidente, rumo
aos limites com as colônias espanholas e adiantaram-se até o rio Solimões, com o objetivo de buscar ouro e
drogas do sertão. E ao adentrarem na mata caçavam os índios. Porém, não foram bem sucedidos nas pesqui-
sas para as descobertas das minas de ouro, colhiam com dificuldades as drogas do sertão. A caça ao índio era
mais lucrativa, porém mais trabalhosa. Em 10 anos os portugueses se tornaram ocupantes da Amazônia.
Entre 1600 e 1630 - os portugueses consolidaram o seu total domínio da boca do rio Amazonas. Em 28 de
outubro de 1637 - sob o comando de Pedro Teixeira, a expedição partiu do Porto de Belém com toda segu-
rança, obtendo sucessos. O Tratado de Tordesilhas foi violado em quase 1.500 milhas. Em 1669 - para
impedir a passagem de navios holandeses que desciam do Orenoco para comercializar com os índios Omá-

212
Geografia
gua, o comandante Pedro da Costa Favela construiu a fortaleza da Barra de S. José do Rio Negro. Frei
Teodoro (franciscano) foi responsável pelo aldeamento dos índios Tarumá, na boca do rio Negro, dando a
origem ao povoado que no futuro seria a cidade de Manaus.

A INTEGRAÇÃO DA AMAZÔNIA AO COLONIALISMO MERCANTIL

A Amazônia constituiu-se um mundo diverso do restante do Brasil, pelos seus aspectos geográficos, naturais
e culturais, distinto de várias outras naturezas. E como suas condições econômicas eram diferentes do restan-
te do país, a administração e legislação também eram especiais. Conforme Érico Veríssimo: “Uma história,
senão diversa, pelo independente da do Brasil”. Artur Reis, denominava Portugal até o séc. XV de monar-
quia agrária. Afirma que deste século em diante alterou sua fisionomia sócio-econômica, por força dos
empreendimentos marítimos que lhes faltaram em detrimento dos poucos rendimentos das especiarias do
Oriente e da África, e depois a lavoura do Brasil, com suas riquezas naturais, a matéria prima e os produtos
do solo atenderam as necessidades mercantis da Coroa Portuguesa.
A Amazônia, na verdade, se apresentava de forma peculiar. Portugal via como a grande empresa onde
dominaria, pois já trazia experiência de séculos. Não foi difícil colonizar mais uma parte do ¨Novo Mundo¨.
A Amazônia era vista como o “El Dorado”, onde se encontrariam espécies variadas de vegetais aproveitá-
veis, principalmente na alimentação e na farmacopéia. Na sua esplêndida mata, os colonizadores encontra-
ram uma variedade de plantas, que denominaram a chamada de drogas do sertão, pela utilidade que as
mesmas apresentaram para o mercado europeu. Produtos que no Oriente e na Europa eram denominadas de
especiarias.
Essas drogas (especiarias) da Amazônia eram: o cacau, a salsa, o urucum, as sementes oleaginosas, o paturi,
o cravo, a canela, a baunilha, as raízes aromáticas, e tantas outras.
A Europa procurava as “drogas” com mais intenso interesse, pois as dificuldades da colheita das especiarias
no Oriente, onde outros povos, bem mais armados e preparados tecnicamente, concorriam com os portugue-
ses.
O extremo-norte do Brasil se apresentava para Portugal, como um ponto estratégico, geograficamente e
também comercialmente, de início, sem concorrências, constituindo uma verdadeira revelação ao Reino
Português. Sérgio Buarque de Holanda, historiador brasileiro, em suas pesquisas constata num documento,
que:

¨Um português – comentava certo viajante em fins do século XVIII – pode fretar um navio para o Brasil com
menos dificuldade do que lhe é preciso para ir a cavalo de Lisboa ao Porto¨.

Buarque de Holanda, id ib, ainda questiona:


¨E essa ânsia de prosperidade sem custo, de títulos honoríficos, de posições e riquezas fáceis, tão notoria-
mente característica das gentes de nossa terra, não é bem uma das manifestações mais cruas do espírito de
aventura?¨
Portugal esperava encontrar um sucedâneo da Índia, que satisfizesse as necessidades mercantis para a rique-
za de sua Coroa. Nos relatos e documentos encontrados consta que : “As ordens e instruções, para se incor-
porasse à riqueza da colônia, a grossa produção do sertão, durante os séc. XVII e XVIII foram realizadas”.
Ainda em 1797 - a Metrópole mandava que se buscasse encontrar algumas drogas raras, mas necessárias, o
quina, o paxuri, a árvore da casca preciosa e o salitre. Reis,1982:92 afirma que: “Do Natal até S. João,
fazia-se a colheita do cacau silvestre com cravo. Se penetravam todos os cursos fluviais com os olhares
voltados para a floresta amiga..... As drogas do sertão são para o Estado do Pará o mesmo que as minas têm
sido para Portugal”. Na verdade, a Amazônia constituía a

última fronteira de riquezas naturais para a Metrópole. Sua economia deveria suprir as necessidades e os
problemas de Portugal. A Amazônia era vista como o Eldorado não só pela imensidão de suas terras, matas e
rios, mas a promessa do empreendimento era voltuoso.
Ainda segundo Reis, id ib.:

¨A economia não deveria se apoiar só na colheita da produção natural, deveria se apoiar também no “trato da
Terra”, devido ao novo clima e temperamento do céu, nela se podendo cultivar espécies de toda a redondeza
do mundo.¨

213
Geografia
Os Holandeses e ingleses, ao ocuparem uma parte da Amazônia já cultivavam em suas feitorias a cana de
açúcar, obtendo resultados positivos, principalmente em Belém onde foi realizada primeira tentativa do
plantio da cana de açúcar. Os portugueses, em seguida, cultivaram as próprias drogas: cacau, cravo, canela e
baunilha. Para os colonos eram dados prêmios em dinheiro, em garantias, concessões, facilidades que
serviam de incentivos para continuarem a trabalhar na terra. Em 1731 o lavrador solicitava as mercês (re-
compensas) prometidas pelas cartas régias, à Caravana de Belém e ao governador do estado para implemen-
tar na sua obra. Constatou-se que nessa época esse mesmo lavrador plantou 18.900 pés de cacau.
(REIS,1993:93) Foram ainda plantadas outras espécies como: o anil, o café, o algodão e o tabaco. Havia
uma legislação que amparava e protegia a atividade do colono. Ele era isento de impostos e tinha instruções
de procedimentos da colheita. (id ib) Essa experiência de cultivo durou até meados do séc. XVIII. De Pom-
bal em diante, ao realizar a reforma na Metrópole através da Amazônia, continuou-se tal cultivo e foram
introduzidos outros tipos exóticos. (id.ib:94) Já nesta época, segundo as afirmações de Mendonça Furtado, o
objetivo era transformar o Estado num grande campo onde o colono exercitasse a larga agricultura. As
atividades agrícolas eram assim distribuídas: o anil aconselhava pelo Reino, foi desenvolvido principalmente
na capitania de S. José do Rio Negro. O arroz,, o café, o cacau, o tabaco, continuaram a ser trabalhados. A
maior lavoura era das manibas, de que se fazia farinha, base da alimentação indígena, a que o colono foi se
adaptando. Novos gêneros eram o cânhamo, o linho, pimenta, nós moscada, frutos europeus. De Cayena
chegavam várias, espécies cobiçadas e imediatamente cultivadas. Para assistir os colonos com mudas e
sementes, o capitão-general Souza Coutinho estabeleceu em Belém, um grande horto, que recebeu o título
de Jardim Botânico, sendo louvada por Lisboa a iniciativa.Por parte da coroa eram emitidos elogios e aplau-
sos pelo sucesso da agricultura e pelos seus novos empreendimentos.
O progresso da agricultura encontrava entrave forte na concorrência das “drogas”, sempre lembradas de
Portugal, na pobreza dos colonos, forçados a empresas de vulto, na resistência do índio que não se substitua
pelo africano pela falta de conhecimentos técnicos dos povoadores, improdutividade dos diretores de povoa-
dos, mais interessados em operações imediatas de comércio. A política protecionista, em consequência, não
podia surtir efeitos sensíveis. Os empreendedores na Amazônia, como por exemplo, D. Francisco de Souza
Coutinho, comunicava à Metrópole a série de esforços que vinha desempenhando para tirar o Estado da
condição de produtor, unicamente em especiarias, pois o medo de Portugal era perder essa terra. Outra
tentação do colono na Amazônia (como em todas as partes do mundo), era explorar a riqueza do sub-solo,
principalmente na Amazônia, pelo fato de ter-se criado o mito do ouro. Tendo em vista tal objetivo, várias
expedições, com o povo oficial, foram realizadas, procurando os POTOSIS.
Em 1640 - Bartolomeu Barreiro de Athayde, saiu de Belém em busca de um Rio do Ouro, que nunca foi
identificado. Anos após, em 1647 – partiu outra expedição com a mesma finalidade e sem

resultados. Para a exploração do subsolo com a pretensão de encontrar ouro, tantas outras expedições foram
realizadas:

• Paulistas descendo o Mato Grosso, de Goiás, pelo Rio Madeira, pelo Rio Tapajós e pelo Rio Tocantins.
• Em 1673 - na Corte correu a notícia de que no Rio Tocantins os bandeirantes da Paulicéia tinham afinal
encontrada usinas. O Pe.Antônio Raposo verificou, onde D. Pedro sulcou o rio, e nada encontrou.
• Várias tentativas foram realizadas, mas todos foram falsos descobrimentos, de forma que o governo portu-
guês proibiu qualquer aventura para descobrir minas de ouro.

Outra fonte de riqueza foi encontrada pelos portugueses – a pesca. Foram encontrados os rios com peixes de
vários tamanhos e cores, para todas as utilidades, inclusive para o comércio. Os campos de Marajó (localiza-
dos no norte de Belém) - ofereciam boa pastagem, clima ameno, propício para fundação de fazendas para
criação de gado.

• Em 1680 - Francisco Rodrigues Pereira - fundou a primeira fazenda.


• 1696 - Os religiosos das Mercês também instalaram fazendas.
• Em 1759 - só os Jesuítas possuíam 136.000 cabeças de gado.
• Em 1793 - na ilha, haviam 153 fazendas de gado
• O aproveitamento fabril da flora e da fauna regionais consistiu objeto de ocupação do colono.O gentio
trabalhava, em moldes ainda rudes, no preparo da manteiga de tartaruga, farinhas e artefatos de borracha.
• Em 1751 - contavam-se 42 engenhocas no Pará.
• No fabrico do anil - eram sistemas muito primitivas, montados sob o aplauso do Estado que ajudou com a
isenção de taxas e outros favores.
• No Solimões - manufatura-se a manteiga de tartaruga.

214
Geografia
• Em Salinas, na beira do mar, aproveitava-se o sal.
• No final do século, a atividade industrial cresceu.
• 1784 - Belém - 07 engenhos de descascadores de arroz, fiadores de algodão.
• O leite da seringueira começou a ser aproveitado em pequenos artefatos.
• O cacau para o fabrico de chocolate. Na capitania de S. José do Rio Negro o governador montou estabele-
cimentos de fiação de algodão e outras fibras.

A Amazônia foi ocupada em todos os aspectos, principalmente foi constituída em função da água e da
floresta e esta ocupada apenas nas margens dos rios, igarapés, lagos, onde o colono e o nativo fizeram a
clareia necessária à pousada que levantaram. Mendonça Furtado dizia: “A Amazonas era a estrada real”. O
governo lusitano não permitiu o estrangeiro ao acesso à região. A navegação do Madeira por onde podia
passar o contrabando do ouro do Mato Grosso, o espanhol descer de Santa Cruz, foi fechada pelo Alvará de
27/10/1733. . A do Tocantins, foi decretado em 10/01/1730. O alvará de 14/11/1752 - abrira o Rio Madeira,
abrindo relações comerciais com as outras capitanias. Em 1761 foi inaugurado o estaleiro em Belém, que
substituiu a velha Casa das Canoas, onde a Cia. Do Comércio do Grão-Pará construiu três grandes navios
para viagens à Europa. Durante um século e meio se praticava o escambo.

No interior do Estado os produtos eram trocados porque não circulava dinheiro. Tudo se pagava em gêneros:
rolos de pano, novelos de fino, cacau e cravo, inclusive o vencimento (salário) do funcionalismo.
Em 1726 - circulava algum dinheiro, vindo do interior do Maranhão, que receberam nas comunicações com
Pernambuco. Em 1743 - foi oficializado o salário dos oficiais em moeda. A circulação oficial iniciou em
1749 - remetidos de Lisboa para o estado do Maranhão e Grão -Pará. O comércio não tinha nenhum incenti-
vo judiciário, continuando nas mãos de regatões, “traficantes”, mantendo na canoa tripulada de índios para
irem aos sítios dos lavradores, estabelecidos em diversos rios, lagos, fazendo permuta de gêneros. Era todo
um processo primitivo.
As relações com o exterior se faziam apenas com Lisboa, em charruas que tocavam o porto de Belém em
épocas determinadas. Em 1759 - a Câmara de Belém requereu a vinda de navios para buscar a produção da
Capitania.
No fim do séc. XVIII em diante, no início da Revolução Industrial, de Belém foram embarcados arrobas de
cacau, algodão, café, arroz, o que se juntava em grande escala, a madeira, para a construção de edifícios
reais e de embarcações no Arsenal de Lisboa. Entre 1773 e 1802 foram exportados milhares de toneladas de
produtos: cacau, milho, arroz, café. No ano de 1809 - iniciou-se a exportação da seringa, para a Inglaterra. A
abertura dos portos brasileiros ao comércio das nações amigas, abriu novos horizontes. Belém começou a
comercializar com a Inglaterra, América do Norte, Antilhas e Holanda.

O Povoamento e a Mão de Obra utilizada na Economia

Os elementos humanos que contribuíram para o povoamento foram os mesmos que encontramos no restante
do Brasil:

• O índio – uma população numerosa, porém não era considerado fonte suficientemente para o duro trabalho,
por isso era caçado violentamente pelo sertanista, reunido em aldeamento pelos Missionários e descido pelas
autoridades civis e militares. O aldeamento foi o núcleo humano com maior número de membros e era
utilizado para todo tipo de tarefas.
• O negro africano – não foi tão representativo, mas era escravizado. Como a agricultura era incipiente não
se fazia tão necessária sua mão de obra. A falta de fundos financeiros não permitia o comércio negreiro dos
colonos, mesmo com a insistência das representações do governo para que se facilitasse o mercado negreiro.
Os primeiros negros foram introduzidos pelos holandeses.

A Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará trouxe 12.587 pessoas para a região, sendo 7.606 escravos.
No início da colonização da Amazônia, a força de trabalho do negro era desprezada, devido às facilidades do
aprisionamento dos índios. A Lei de 06 de junho de 1755 aboliu a escravização do índio, daí a procura do
negro foi se intensificando. Ainda em 1616, com a fundação do Presépio os portugueses já cogitavam em
trazer os açorianos. Entre 1620 e 1921 chegaram mais de 200 pessoas que se distribuíam pelas capitanias.
Anos depois, em 1667, foram distribuídos nos distritos políticos – um pouco mais de 700 pessoas. Cada
capitão mor ou governador que chegava de Portugal a Belém trazia consigo novos povoadores. As primeiras
décadas de colonização da Amazônia as expedições coletoras eram baseadas na base da produção. A ativida-
de era organizada com os índios, espalhados em diversas áreas para extraírem substâncias naturais: óleo de

215
Geografia
tartaruga, especiarias, madeiras de lei, óleos vegetais

e sementes de cacau. Em troca recebiam dos missionários e comerciantes portugueses, ferramentas, bugigan-
gas e ocasionalmente salário.
A Coroa Portuguesa, oficialmente estimulava empreendimentos agrícolas, com o objetivo de constituir uma
base mais estável para a efetivação da colonização da região. Porém, para o desenvolvimento agrícolas as
condições ainda eram enviáveis, porque:

• Era muito distante o acesso aos escravos negros


• O transporte muito caro
• A Amazônia não ostentava recursos agrícolas excepcionais e nem metais preciosos.
• Baixa produção nas colheitas.
• A maioria dos colonos da Amazônia eram pobres para comprar escravos.

A solução encontrada pelos colonos portugueses era escravizar os índios para utiliza-los como mão-de-obra.
Devido aos maus tratos aos índios, os missionários impediam o acesso aos índios das missões. Esta política
hostilizava ainda mais os colonos, cujos investimentos econômicos regrediram por falta de mão-obra, en-
quanto florescia a agricultura e a pecuária dos jesuítas. A atividade coletora tornou-se atraente para a popula-
ção ¨cabocla¨ devido às exigências mínimas de capital. Devido a falta de material e de contatos externos, o
coletor geralmente tinha que fazer um tipo de acerto com um comerciante local, a fim de adquirir os bens de
que necessitava. No período de 1760 a 1822, mais da metade das exportações do Pará, provinha principal-
mente mais de fontes silvestres do que de plantações (agricultura). Muitos elementos teríamos para discursar
sobre a Amazônia, porém finalizo aqui com um pensamento de Neide Gondim,(op.cit):

“Para o estrangeiro, a Amazônia é a metade do início e do fim, é o encontro dos opostos. Vem a ser igual-
mente, o refúgio da insatisfação do homem diante de seus iguais”.

Fontes

http://www.culturabrasil.org/contestacoes.htm
http://www.amazonia2002.de/Porto_Velho/Moser/Moser_Portugues/body_moser_portugues.html

Exercícios

216
Geografia
1. (UFAM) Dentre as muitas sociedades nativas da Amazônia, que chamaram a atenção dos conquis-
tadores e colonizadores ibéricos durante os séculos XVI-XVII, encontravam-se os Omáguas, também
chamados de Cambebas, os quais habitavam densamente cerca de 700 quilômetros ao longo do alto
Amazonas (região atualmente compartilhada pelos estados nacionais brasileiro, peruano, colombiano
e equatoriano). Cronistas como Gaspar de Carvajal, Francisco Vásquez, Cristóbal de Acuña, Mauricio
de Heriarte e Samuel Fritz notaram algumas particularidades que distinguiam os Omáguas/Cambebas
dos outros povos indígenas. Das particularidades elencadas a seguir, identifique aquela que NÃO consta
nas descrições fornecidas pelos cronistas sobre os Omáguas/Cambebas: 

a) Remodelagem craniana. 
b) Fabricação de utensílios metálicos, que eram comercializados com outros povos indígenas. 
c) Sistema político caracterizado pela coexistência de chefias das aldeias e uma chefia geral de seu território. 
d) Utilização de cativos de guerra para o trabalho em suas roças e outras atividades. 
e) Uso de roupas de algodão em diversas cores.

2. (UNAMA) Na Amazônia, em todo o Período Colonial foi constante a exploração do índio, facilitada
por uma legislação confusa que ora proibia, ora autorizava, ou simplesmente omitia. Não é de se espan-
tar que, em determinados momentos desse período, avolumaram-se as práticas da “guerra justa” e do
“resgate”.
(Texto adaptado de ALVES FILHO, Armando. O Trabalho forçado na Amazônia In ALVES FILHO, Arman-
do et. al. Pontos de História da Amazônia. 3 ed. rev. ampl. Belém: Paka- Tatu, 2002,p.31)

A partir da leitura do texto acima, e dos estudos que a história nos oferece sobre o assunto, é correto
dizer que:
a) Na Amazônia, como em todo o território brasileiro, o índio foi o grande responsável pela geração de rique-
zas em todo o período colonial, pois a legislação vinda de Portugal permitia sua escravização através das
chamadas “guerras justas”.
b) O índio foi a mão-de-obra mais utilizada na Amazônia colonial, pois a própria legislação portuguesa dava
brechas para essa exploração, através das chamadas “guerras justas” e “tropas de resgate”.
c) Durante o Período Colonial, especialmente na Amazônia, foram constantes as lutas em torno de uma legis-
lação local, acerca da utilização da mão-de-obra indígena, visto que, o Estado português já havia declarado
ilegal o uso dessa força de trabalho.
d) A mão-de-obra usada na Amazônia, no Período Colonial, foi constituída basicamente da mão-de-obra na-
tiva, através das “guerras justas” e da mão-de-obra vinda do nordeste brasileiro, através das chamadas
“tropas de resgate”.

3. (UFAC) No Brasil colonial e mesmo durante o império, algumas razões são atribuídas como expli-
cação para que a escravidão africana predominasse em lugar da escravidão dos povos indígenas. As
razões alegadas podem ser identificadas à: 
a) reação dos povos indígenas que, por serem bastante organizados e unidos, toda vez que se tentou capturá-
-los, eles encontravam alguma forma de escapar ao cerco dos portugueses 
b) um enorme preconceito que existia do europeu em relação ao indígena, e não em relação ao africano, o que
dificultava enormemente o aproveitamento do indígena em qualquer atividade 
c) setores da Igreja e da Coroa que se opunham à escravização indígena; fugas, epidemias e legislação anties-
cravista indígena que a tornaram menos atraente e lucrativa 
d) religião dos povos indígenas, que proibia o trabalho escravo. Preferiam morrer a ter que se submeterem às
agruras da escravidão que lhes era imposta nos engenhos de açúcar ou mesmo em outros trabalhos 
e) ausência de comunicação entre os portugueses e os povos indígenas e à dificuldade de acesso ao interior do
continente, face ao pouco conhecimento que se tinha do território e das línguas indígenas 

4. (UFAC) Foram muitas as anotações feitas pelos “conquistadores” das Américas, durante os séculos
XVI e XVII, para provar que os índios eram inferiores, entre outras, Galeano (1999, 63) destacou: 
“Suicidam-se os índios das ilhas do Mar do Caribe? Porque são vadios e não querem trabalhar. Andam
desnudos, como se o corpo todo fosse a cara? Porque são selvagens e não tem pudor Ignoram o direito de
propriedade, tudo compartilham e não têm ambição de riqueza? Porque são mais parentes do macaco
do que do homem. Banham-se com suspeitosa frequência? Porque se parecem com hereges da seita de
Maomé, que com justiça ardem nas fogueiras da Inquisição. Acreditam nos sonhos e lhes obedecem as
vozes? Por influência de Satã ou por crassa ignorância. É livre o homossexualismo? A virgindade não
tem importância alguma? Porque são promíscuos e vivem na ante- sala do inferno. Jamais batem nas

217
Geografia
crianças e as deixam viver livremente? Porque são incapazes de castigar e de ensinar. Comem quando
têm fome e não quando é hora de comer? Porque são incapazes de dominar seus instintos. Adoram a
natureza, considerando-a mãe, e acreditam que ela é sagrada? Porque são incapazes de ter religião e só
podem professar a idolatria.” 

Com base no texto podemos inferir que: 


a) As mais diversas etnias ameríndias, contatadas pelos europeus, haviam desenvolvido princípios comporta-
mentais de acordo com sua cosmogonia e com seus modos de vida. 
b) Os europeus compreenderam, desde o início, que os ameríndios não poderiam ser humanos como eles, pois
eram selvagens e canibais. 
c) Os ameríndios tomavam muito banho porque aqui era mais quente que na Europa e eles não haviam desen-
volvido perfumes como os franceses. 
d) Os europeus tinham os melhores métodos para educar seus filhos. 
e) Os europeus e os ameríndios, mesmo com suas diferenças, uniram-se para construir o Novo Mundo.

5. (UFAM) “E porque tenho intendido que os ditos gentios tem guerras uns com os outros, e costumam
matar e comer todos os que nellas se captivam (...) hei por bem, que sejam captivos todos os gentios, que,
estando presos (...) forem comprados (...) serão captivos sómente por tempo de dez anos (...) passados
elles, ficarão livres (...).” (Fragmentos da Lei de 10/09/1611 – Sobre a liberdade do gentio da terra e da
guerra que se lhe pode fazer.) 
O texto acima justifica e explica procedimentos de Tropas de Resgates. Sobre Tropas de Resgates, é
correto afirmar que: 
a) A lei de 1688 previa somente o resgate de índios aprisionados por outros índios para fins de troca. 
b) Foram fontes de recrutamento de mão-de-obra indígena abolidas definitivamente pelo Diretório Pombalino
em 1740. 
c) O resgate praticado pelas tropas era sempre fiel àquele previsto na legislação. 
d) Eram expedições militares nas quais não havia participação de religiosos. 
e) Foram a forma mais persistente de escravização indígena, sendo proibidas e permitidas várias vezes por
diversas leis. 

6. (UFAM) O conceito de guerra justa, inspirado e extraído da doutrina da Igreja Católica, justificou a
guerra contra os índios manaós na década de 1720, cujo desfecho foi o extermínio desta nação que em-
prestou seu nome à capital do Estado do Amazonas. Sobre este conflito, é correto afirmar que: 
a) Ajuricaba, o manaó que liderou a rebelião por se opor à aliança com os portugueses, foi remanejado para a
cidade da Barra e enforcado em praça pública. 
b) Ao final da rebelião dos manaós, houve um processo de devassa que condenou os vencidos pelo crime de
lesa-majestade em virtude da união com os Mundurucus. 
c) Os manaós foram considerados culpados de manterem atividades mercantis com espanhóis e franceses. 
d) A resistência armada dos manaós, reagindo às tropas de resgate provenientes do Pará, em busca de mão-de-
-obra, foi fator decisivo na deflagração da guerra. 
e) O cerco final aos manaós foi comandado por Bento Maciel Parente na vigência da administração de Men-
donça Furtado. 

7. (UFAM) Com relação à escravidão negra africana na Amazônia, podemos afirmar corretamente que: 
a) O fraco desenvolvimento da escravidão negra na Amazônia deveu-se, dentre outros motivos, à insuficiência
de capital para adquirir esta mão-de-obra e à relativa abundância de índios. 
b) Os primeiros escravos negros foram introduzidos na Capitania do Rio Negro no período pré-pombalino, por
ação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, em razão do êxito da economia de plantation. 
c) Em 24 de maio de 1884, Teodoreto Souto libertou os escravos amazonenses em cumprimento ao decreto-lei
aprovado pela Assembléia Legislativa Provincial, que abolia oficialmente a escravidão negra na Província
do Amazonas. 
d) O fenômeno da depopulação indígena e o caráter extrativista da economia amazônica ocasionaram a larga
superação quantitativa da mão-de-obra negra, em relação à índia, circunscrita ao século XVII. 
e) Na luta abolicionista, a Sociedade Emancipadora Amazonense foi opositora da prática de manumissão por
indenização, por considerá-la inócua ao objetivo de libertação negra. 

8. (UFAM) Segundo Fernando Novais, o Tratado de Tordesilhas foi um “acordo político num mundo
onde a diplomacia não existia”, tornando-se o precursor das relações internacionais. Assinale a alter-
nativa que, segundo este acordo diplomático, indica a situação geopolítica da região ocupada pelo atual

218
Geografia
Estado do Amazonas: 
a) Pertencia a Portugal. 
b) Pertencia à Espanha. 
c) Foi dividida entre Portugal e Espanha. 
d) Ficou de fora da partilha. 
e) Permaneceu sob domínio indígena. 

9. (UFAM) “Povos e povos indígenas desapareceram da face da terra como consequência do que hoje
se chama, num eufemismo envergonhado, ‘o encontro’ de sociedades do Antigo e do Novo Mundo. Esse
morticínio nunca visto foi fruto de um processo complexo (..). que se convencionou chamar o capitalis-
mo mercantil. Motivos mesquinhos (...) conseguiram esse resultado espantoso de reduzir uma popula-
ção que estava na casa dos milhões em 1500 aos parcos 200 mil índios que hoje habitam o Brasil”.
(CUNHA, Manuela C. Introdução a uma História Indígena. In História dos Índios no Brasil. p.12) 

Sobre os agentes da depopulação indígena referida no contexto acima, é correto afirmar que: 
a) As epidemias são normalmente tidas como o principal agente da depopulação indígena. 
b) A política de aldeamentos foi decisiva para a morte cultural do índio, mas o preservava fisicamente. 
c) Devido à necessidade de mão-de-obra, a escravidão, pouco contribuiu para o colapso populacional. 
d) A economia nômade contribuiu para a depopulação porque impedia auto-reprodução numerosa. 
e) Guerras e fome generalizadas, comprovadamente, foram fortes agentes que já atuavam antes de 1500. 

10. (UFAM) Assinale a única alternativa que não foi fator preponderante para o domínio português na
região amazônica: 
a) Coleta de drogas do sertão. 
b) Ação missionária. 
c) Busca de escravo indígena. 
d) Expansão da fronteira pecuária. 
e) Implantação de fortificações.

11. (UFAM) Durante a União Ibérica (1580 -1640), iniciou-se a ocupação do território que hoje denomi-
namos de Amazônia. Utilizando seus conhecimentos sobre esse momento histórico, analise as proposi-
ções e assinale a opção correta, de acordo com o código abaixo. 
I. A ocupação da região possuía, naquele momento, um sentido estratégico-militar, considerando as pressões
exercidas por franceses, ingleses e holandeses, especialmente na área do litoral atlântico e da região do
Delta amazônico.
II. As duas primeiras fortalezas construídas na região – o Forte do Presépio (1616) e a Fortaleza da Barra do
Rio Negro (1669) – marcaram também o processo de fundação das cidades de Belém e Manaus.
III. O Estado do Maranhão (1621-1652), com capital em S. Luís, era a sede administrativa, com jurisdição
sobre territórios que se estendiam do Ceará ao Amazonas.
IV. A expedição comandada por Pedro Teixeira (1637-1639) foi uma das mais importantes para o alargamento
das fronteiras lusas na Amazônia, contudo, seu retorno a Belém foi marcado pela tragédia porque seus in-
tegrantes foram exterminados por doenças, em disputas internas e nos confrontos com os índios. 

a) As proposições II e IV estão corretas. 


b) As proposições I e II estão corretas. 
c) As proposições II e III estão corretas.
d) As proposições I e III estão corretas.
e) As proposições I, II, III e IV estão corretas.

12. (UFAM) No final do século XVII, o descontentamento local dos colonos do Estado do Maranhão era
grande: não tinham acesso às aldeias de índios para recrutar trabalhadores e estavam insatisfeitos com
o desempenho da Companhia de Comércio do Maranhão (1682-1684). Logo traduzido em sublevação,
o movimento dos colonos maranhenses ficou conhecido como: 
a) Guerra dos Emboabas 
b) Guerra dos Mascates 
c) Confederação do Equador 
d) Revolta dos Beckman 
e) Sedição de Vila Rica 

219
Geografia
13. (UFAM “Um amazonense que frequentou qualquer escola primária, que teve o privilégio de termi-
nar a escola secundária ou até mesmo finalizar qualquer curso universitário, pode atravessar esses três
ciclos sem nunca [...] haver discutido [...] sobre sua própria condição indígena”.
(MELO, Lenilson M. Uma Síntese da História da Amazônia. Mens’Sana) 

A afirmação do autor é procedente, porém, nos últimos anos, ações de organismos nacionais e interna-
cionais sinalizam na reversão deste quadro, induzidas, dentre outros motivos, pela discussão mundial
sobre impacto ecológico na qual a Amazônia ostenta a posição de grande reduto natural da Terra, e
nela, as populações indígenas são prioridades como guardiãs do desenvolvimento sustentável. Dentre
estas ações podemos citar a proposta da ONU para promoção da “década indígena” (1995-2004); a im-
posição da OIT para que os países observem os direitos indígenas como reconhecimento de sua cultura
diferenciada; a publicação pelo MEC de livros didáticos de autores índios; o Plano de Gestão Ambiental
executado no Brasil com a participação indígena; a criação de instituições educacionais brasileiras com
educação diferenciada; o lançamento da campanha estadual Biotecnologia – Ciência dos Brancos, Sa-
bedoria dos Índios, e outras que buscam valorizar e resgatar a cultura indígena. 

Sobre o elemento indígena, considere as afirmações seguintes e marque a alternativa correta: 


I A afirmação do autor se justifica pela introdução da ideologia colonizadora que fabricou uma população
identificada com valores não-índios.
II As iniciativas governamentais brasileiras também são um reflexo da política indigenista vigente no Brasil,
que atua no sentido de integrar as populações indígenas à sociedade nacional, retornando às concepções de
Alexandre Rodrigues Ferreira e La Condamine.

III A Constituição de 1988 reconheceu os direitos originários dos índios sobre terras tradicionalmente ocupa-
das, dentre outras razões, porque a redemocratização do país reabriu questões como identidade nacional,
fortalecendo a consciência indígena.
IV O Diretório Pombalino, apesar de suas medidas despóticas, resguardou os valores naturais dos índios,
contribuindo para a ascendência majoritariamente indígena da população do Amazonas e para o resgate
cultural que ora ocorre. 

a) Todas são corretas 


b) Somente I, II e III são corretas 
c) Somente II e IV são corretas 
d) Somente III e IV são corretas 
e) Somente I e III são corretas 

14. (UFAM) “O somatório dessas peculiaridades deu um certo toque de originalidade à história colonial
da Amazônia, fazendo da região um exemplo ímpar de colonização [...]” 
(SANTOS, Francisco J. Além da Conquista. EDUA) 

Um dos aspectos da singularidade referida pelo autor foi: 


a) Ausência de legislação específica 
b) Subordinação da elite mercantil na hierarquia social 
c) Ocupação com objetivo exclusivamente econômico 
d) Loteamento territorial entre ordens religiosas 
e) Preferência pela mão-de-obra negra africana 

15.   (UEA) Leia o texto.


Novas Cartas Jesuíticas

Devia haver um protetor dos índios para os fazer castigar, quando houvesse mister (necessidade), e defender
dos agravos (males) que lhes fizessem (...). A lei que lhes hão de dar é defender-lhes de comer carne humana e
guerrear (...), fazer-lhes ter uma só mulher, vestirem-se, pois têm muito algodão, ao menos depois de cristãos,
tirar-lhes os feiticeiros, mantê-los em justiça entre si e para com os cristãos; fazê-los viver quietos e sem se
mudarem para outra parte...

220
Geografia
(Pe. Manuel da Nóbrega, 08.05.1558.)

A partir do texto, pode-se concluir que


a)   Os europeus demonstraram respeito e consideração pelos hábitos e práticas das sociedades indígenas.
b)  As recomendações foram acatadas pelas populações indígenas, pois não se distanciavam de seus usos.
c)   Os europeus e as sociedades indígenas estabeleceram intensas trocas culturais, em clima de reciprocidade.
d)  A superioridade europeia foi reconhecida pelos líderes indígenas, que comandaram a adaptação à nova
ordem.
e)   Os europeus pretendiam modificar os costumes e o modo de vida dos indígenas, os quais consideravam
bárbaros.

GABARITO:
1-B 6-D 11-D
2-B 7-A 12-D
3-A 8-B 13-E
4-A 9-A 14-D
5-E 10-D 15-A

2. O espaço natural: estrutura geológica e características do relevo; ecossistemas florestais e não-florestais; o


clima; a rede hidrográfica; aproveitamento dos recursos naturais e impactos ambientais.

Relevo do Amazonas
Por João Marcelo Vela
Mestrado em Geografia (UFSC, 2015)
Graduação em Geografia (UFSC, 2012)

Entre 1970 e 1985, o projeto Radam-Brasil foi importantíssimo para as análises da geografia física do Brasil,
fazendo imagens de todo o território brasileiro por meio de fotografias aéreas, possibilitou a obtenção de
melhores detalhamentos, especialmente, sobre a Amazônia brasileira.
Quem sistematizou e muito contribuiu para as atuais noções do relevo brasileiro foi o geógrafo Jurandyr
Ross, que em 1988 divulgou seus estudos com a nova classificação no relevo do Brasil. O projeto Radam-
-Brasil, de início, se restringia ao mapeamento da área da Amazônia, mas foi ampliado para todo o território
brasileiro.
Especificamente sobre o relevo da Amazônia, Jurandyr Ross o define, de modo geral, com a presença de
depressões na sua maior parte, com uma estreita faixa de planície ao longo do Rio Amazonas e planaltos nas
porções norte e leste.
Segundo ele: “Os planaltos e bacias sedimentares são quase inteiramente circundados por depressões pe-
riféricas ou marginais; planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma, apresentando-se como
um pontilhado de serras e morros isolados, associados a intrusões graníticas, derrames vulcânicos antigos e
dobramentos com ou sem metamorfismo.
As depressões apresentam características marcantes, por terem sido geradas por processos erosivos por
intermédio do arrasamento das formas de relevo mais salientes, pelo efeito conjugado dos diferentes agentes
erosivos e planícies geradas por deposição de sedimentos mais recentes de origem marinha e fluvial”.
As unidades do relevo do Amazonas estão assim representadas:
Planalto do Amazonas-Orinoco: está localizado ao norte do estado, com grandes altitudes. Na serra do
Imeri, na fronteira com a Venezuela, estão os pontos de maiores altitudes do relevo brasileiro: o Pico da
Neblina, com 2.994 metros; o Pico 31 de Março, com 2.974 metros; além do Pico da Codorna, que fica em
19º lugar no país, com 2.596 metros. Esse planalto se caracteriza por ser um divisor de águas entre as bacias
hidrográficas do Amazonas, no Brasil, e do Orinoco, na Venezuela, sendo constituído por um relevo tabular,

221
Geografia
com grandes mesas de topos horizontalizados e irregulares.
Planalto do Negro-Jari: tem uma forma alongada entre o Rio Negro (margem direita) e próximo ao Rio
Jari, possuindo pequenas colinas originadas do efeito do entalhe da drenagem incipiente, por encostas ravi-
nadas e por drenagem densa, formadas sobre sedimentos da Formação Alter do Chão.
Planalto Residual da Amazônia Oriental: representado por agrupamento de relevo com intensa fragmenta-
ção, na parte sul do Amazonas. Caracteriza-se pela feição de aplainamento, com escarpas erosivas.
Depressão da Amazônia Setentrional: estende-se pelo noroeste do estado, com continuidade na Venezue-
la, Colômbia e Guianas, apresentando grandes áreas de relevo plano a oeste e com aumento da dissecação a
leste. As altitudes variam entre 80 e 200 metros, Blocos dos planaltos no norte no sul, resultantes da ação do
processo de pediplanação homogênea, interrompem essa unidade.
Depressão da Amazônia Central: estende-se no sentido leste-oeste (do litoral do Pará ao estado do Acre),
alargando-se para o interior nas duas margens do rio Amazonas. Possui formas onduladas, com a presença
de cristas, colinas e relevos residuais com altitudes superiores a 100 metros em relação a altimetria local. Na
porção sul, destacam-se os grandes afluentes que desaguam no rio Amazonas, com seus leitos largos e uma
rede de drenagem mais densa, com canais de maior densidade de meandros e extensas planícies.
Planície: são áreas de depósitos fluviais do período Terciário-Quaternário, que acompanham o curso dos
grandes rios, representando 5% da região. São formados por argilas e siltes depositados nos terrenos pelas
enchentes, com tendência a concavidade, cujas camadas de sedimentos podem ultrapassar até 5.000 metros
de profundidade. A Planície Amazônica destaca-se, estendendo-se ao longo do rio Amazonas, por mais de
2.500km, apresentando, para o interior, largura variável de alguns metros a dezenas de quilômetros e, para a
foz, cujo gradiente de declividade é bastante fraco, aparecendo em um emaranhado de canais, furos, igarapés
e lagos. Divide-se em três níveis, de acordo com a disposição do relevo: os Terrenos de Várzea, constante-
mente inundados (entre 8 a 10 meses), por estarem mais próximos ao nível do rio; os Tesos ou Terraços, que
alagam no período das cheias (entre 4 a 6 meses); e os Terrenos de Terra Firme, que estão livres das cheias,
por estarem em patamares mais elevados da planície.

Pico da Neblina. Foto: Força Aérea Brasileira.

Exercicios
01. (FMJ) A Serra do Japi apresenta-se como uma barreira aos ventos que saem do Oceano Atlântico, loca-
lizado a sudeste da Serra, rumo ao planalto paulista, produzindo, assim, uma significativa diferença entre os
índices pluviométricos nas faces sul e noroeste da Serra.
(www.dedoverde.com.br. Adaptado.)

222
Geografia
 
O cenário apontado pelo texto é característico de um tipo de precipitação conhecido como chuva
a) oceânica.
b) ácida.
c) orográfica.
d) convectiva.
e) frontal.

02. (UFAM) A figura abaixo representa o clima da cidade de Manaus. Observe-a com atenção e assinale a
alternativa que está correta sobre os dados apresentados no gráfico.
 

a) As amplitudes entre as temperaturas registradas são sempre superiores a 1,5ºC.


b) Os registros de índices pluviométricos baixos apresentam correlações positivas com os meses de baixas
temperaturas.
c) As temperaturas médias são elevadas, geralmente superiores a 28ºC.
d) O mês mais frio apresenta correlação positiva como mês mais chuvoso.
e) As chuvas são abundantes, e mesmo entre junho e outubro não se registra um mês verdadeiramente seco.

Vegetação

03. (UEA) Tipo de vegetação característica da Floresta Amazônica, situada nas áreas de planícies inundáveis
pelas cheias sazonais dos rios, com árvores que não ultrapassam 20 metros de altura. Essa vegetação corres-
ponde à
 
a) Mata de Mangue.
b) Mata de Veredas.
c) Mata de Igapó.
d) Mata de Babaçu.
e ) Mata de Terra Firme.

04. (UEA) As atuais mudanças do novo Código Florestal brasileiro têm gerado conflitos acalorados de inte-
resses entre as bases de apoio dos ruralistas e dos ambientalistas. Entre as discussões mais importantes estão
as mudanças relacionadas às Áreas de Proteção Permanente (APP) em torno de rios e córregos. A proteção
dessa vegetação, denominada ripária, é fundamental, uma vez que ela exerce importantes funções ambien-
tais, entre as quais pode-se citar
 

223
Geografia
a) a proteção dos rios contra os problemas de erosão do solo e do assoreamento dos cursos d’água.
b) a diminuição da umidade do ambiente, devido à retenção das água pela vegetação que margeia os rios.
c) a interrupção do ciclo hidrológico, permitindo que a água seja armazenada nos rios e nos aquíferos.
d) o aumento da temperatura do ambiente no entorno dos rios, o que favorece a evaporação.
e) a função de barreira ecológica que impede o fluxo de espécies entre diferentes áreas.
 
05. (UFSM)
 
 

LUCCI, E. A.; MENDONÇA, C; BRANCO, A. L. Geografia Geral e do Brasil - ensino médio. São Paulo:
Saraiva, 2005. p.326.
 
Em relação ao perfil da vegetação mostrado na figura, é correto afirmar que caracteriza o bioma de  forma-
ção vegetal do tipo
 
a) floresta equatorial com o dossel superior formado por árvores de grande porte e, no nível médio, por espé-
cies arbóreas de médio porte e epífitas.
b) tundra com cobertura vegetal de pequeno porte, constituída de musgos, liquens e gramíneas de ciclo vege-
tativo curto.
c) floresta boreal, caracterizada por uma vegetação de grande porte, relativamente homogênea, representada
pela taiga.
d) vegetação mediterrânea bastante variada, com predominância de arbustos.
e) savana composta por dois extratos, o arbóreo-arbustivo de caráter lenhoso e o herbáceo-subarbustivo,
formado pelas gramíneas e outras ervas.
 

Solo
06. (UFAL)
 

224
Geografia
Disponível em: http://www.botanic.com.br. Acesso em: 08/12/2013
A imagem mostra um dos maiores problemas da atualidade, a perda de solo devido à ocupação irregular ou
o mau aproveitamento da terra. O processo de destruição do solo mostrado na figura, uma vez iniciado, não
tem retorno, há medidas para conter seu avanço, mas não há garantias de recuperação da fertilidade perdida.
Esses buracos são chamados de
a) deslizamento.
b) voçoroca.
c) afundamento.
d) assoreamento.
e) lixiviação.

07. (UNICAMP) Solo é a camada superior da superfície terrestre, onde se fixam as plantas, que dependem
de seu suporte físico, água e nutrientes. Um perfil de solo é representado na figura abaixo. Sobre o perfil
apresentado é correto afirmar que:
 

a) O horizonte (ou camada) O corresponde ao acúmulo de material orgânico que é gradualmente decompos-


to e incorporado aos horizontes inferiores, acumulando-se nos horizontes B e C.

b) O horizonte A apresenta muitos minerais não alterados da rocha que deu origem ao solo, sendo normal-
mente o horizonte menos fértil do perfil.

c) O horizonte C corresponde à transição entre solo e rocha, apresentando, normalmente, em seu interior,


fragmentos da rocha não alterada.

d) O horizonte B apresenta baixo desenvolvimento do solo, sendo um dos primeiros horizontes a se formar e


o horizonte com a menor fertilidade em relação aos outros horizontes.
 

GABARITO:
1-C 6-B
2-E 7-C
3-C
4-A
5-A
Desafio

225
Geografia
01. (UCS) A Amazônia ocupa uma área de mais de 6,5 milhões de km2, na parte norte da América do Sul,
abrangendo nove países: Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana
Francesa. Em toda a região amazônica, calcula-se que cerca de 26.000 km2 são desmatados todos os anos.
Uma pesquisa da revista Science alerta que, até 2050, poderá ocorrer a extinção de cerca de 80% das espé-
cies de vertebrados, em áreas que sofreram desmatamento. (FARIA, C. Desmatamento da Amazônia. Dispo-
nível em:
 
<http://www.infoescola.com/geografia/desmatamento-da-amazonia.>. Acesso em: 22 out. 2012.) (WEARN,
O. R.; REUMAN, D. C.; EVERS, R. M. Extinction Debt and Windows of Conservation Opportunity in the
Brazilian Amazon. Science, v. 337, n. 6091, p. 228-232, 13 July 2012.)
 
Analise as afirmativas abaixo, relacionadas ao processo de desmatamento.
 
I. A menor evapotranspiração diminui os índices pluviométricos. Estima-se que metade das chuvas que ocor-
rem nas florestas tropicais são resultantes da evapotranspiração, ou seja, da troca de água da floresta com a
atmosfera.
II. Boa parte da energia solar é absorvida pelas florestas para os processos de fotossíntese e evapotranspira-
ção. Sem a floresta, com o solo exposto, quase toda essa energia seria devolvida para a atmosfera em forma
de calor, o que elevaria as temperaturas médias.
III. O aumento do processo erosivo leva a um empobrecimento dos solos, como resultado da retirada de sua
camada superficial. Isso, muitas vezes, acaba inviabilizando a agricultura.
 
 
Das afirmativas acima,
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas III está correta.
d) apenas I e II estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.

02. (UNESP) Leia.
 
O fenômeno dos “rios voadores”
 
“Rios voadores” são cursos de água atmosféricos, invisíveis, que passam por cima de nossas cabeças trans-
portando umidade e vapor de água da bacia Amazônica para outras regiões do Brasil. A floresta Amazônica
funciona como uma bomba d’água. Ela “puxa” para dentro do continente umidade evaporada do oceano
Atlântico que, ao seguir terra adentro, cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração da
floresta, as árvores e o solo devolvem a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor de água, que
volta a cair novamente como chuva mais adiante. O Projeto Rios Voadores busca entender mais sobre a
evapotranspiração da floresta Amazônica e a importante contribuição da umidade gerada por ela no regime
de chuvas do Brasil.
 

226
Geografia

 
A partir da leitura do texto e da observação do mapa, é correto afirmar que, no Brasil,
a) cada vez mais, a floresta é substituída por agricultura ou pastagem, procedimento que promove o desen-
volvimento econômico, sem influenciar, significativamente, o clima na América do Sul.   
b) os recursos hídricos são abundantes e os regimes fluviais não serão alterados, apesar das mudanças climá-
ticas que ameaçam modificar o regime de chuvas na América do Sul.   
c) o atual desenvolvimento da Amazônia não afeta o sistema hidrológico, devido à aplicação de medidas
rigorosas contra o desmatamento e danos à biodiversidade da floresta.   
d) os mecanismos climatológicos devem ser considerados na avaliação dos riscos decorrentes de ações como
o desmatamento, as queimadas, a abertura de novas fronteiras agrícolas e a liberação dos gases do efeito
estufa.   
e) a circulação atmosférica é dominada por massas de ar carregadas de umidade que, encontrando a barreira
natural formada pelos Andes, precipitam-se na encosta leste, alimentando as bacias hidrográficas do país.   
 
03. (PUCMG) Um sério conflito se estabeleceu no Congresso Nacional entre os ambientalistas e os repre-
sentantes da “bancada ruralista” em torno das alterações no Código Florestal brasileiro, uma legislação da-
tada de 1965. Mesmo reconhecendo que a legislação precisa ser atualizada, algumas medidas propostas são
extremamente polêmicas, em especial a redução de 30 para 15 metros da faixa de matas ciliares nas margens
dos cursos d’água com até 5 metros de largura. A redução das matas ciliares terá como efeitos, EXCETO:
 
a) o assoreamento mais rápido dos cursos d’água e dos mananciais.
b) a perda de estabilidade de morros e encostas nas margens dos rios.
c) a perda da biodiversidade vegetal e animal nessas áreas.
d) a melhoria da fertilização das várzeas nos períodos de cheias dos rios.

GABARITO:
1-E
2-D
3-D

Exercício 3

Área do conhecimento: Hidrografia.

227
Geografia
Professor: William Pablo

01. (IFSul) A foz do rio Amazonas tem cerca de 300 quilômetros de largura e vai do Farol de Curuçá, no
Pará, até o norte do Arquipélago de Bailique, próximo à foz do rio Araguari, no Amapá. No meio da foz, está
a ilha de Marajó, maior que a Suiça, e um número de ilhas menores em constante crescimento. Nesta região,
ocorre o que os cientistas chamam de ‘encontro de gigantes’: o grande gigante é o próprio rio Amazonas que
descarrega, no Atlântico, um volume de água correspondente a um quinto de toda a
vazão dos rios de todo o Planeta.
 
Disponível em: <http://www.ograndeamazonas.com.br/a-foz-do-rio-amazonas/ > Acesso em: 20 ago. 2013.
 
Na foz do rio, os ventos alísios, a corrente norte brasileira e as grandes mares oceânicas geram o fenômeno
conhecido como
 
a) piracema.
b) pororoca.
c) estuário.
d) delta.

02. (UCPEL) Entende-se como bacia hidrográfica o conjunto de terras drenadas pelas águas de um rio
principal e seus afluentes. Embora o Brasil apresente problemas de escassez de água no Nordeste, reúne as
maiores bacias hidrográficas do planeta.
Analise a seguinte afirmativa. A maior bacia hidrográfica do mundo apresenta extenso percurso navegável e
drena áreas do Brasil e de outros países sul-americanos, apresentando, também, um grande potencial hidrelé-
trico ainda muito fracamente aproveitado.
 
O texto da afirmativa se refere à Bacia
 
a) Platina.
b) do Tocantins-Araguaia.
c) Amazônica.
d) do São Francisco.
e) do Orinoco.

03. (FGV-SP) Considere o texto.


 
A extensão da bacia hidrográfica favoreceu penetrações muito grandes e é provável que a colonização
portuguesa que rompeu a linha de Tordesilhas pôde penetrar pelo rio principal impedindo a penetração dos
colonizadores espanhóis que vinham pelo norte, sudoeste etc. Paradoxalmente, a drenagem foi fundamental
como alongado eixo de penetração dos portugueses e isto resultou em grandes conflitos com os habitantes
indígenas regionais, o que representou uma história bastante trágica.
 
(www.iea.usp.br/iea/boletim/entrevistaazizabsaber.pdf)
 
O texto refere-se à bacia
 
a) Amazônica.
b) do Paraguai.
c) do Uruguai.
d) do Paraná.
e) do Tocantins-Araguaia.

228
Geografia
04. (ESPM) Na bacia hidrográfica, indicada no mapa abaixo, está sendo construída aquela que será a segun-
da maior usina hidrelétrica do país e uma das maiores do mundo, tendo gerado forte debate nacional.
 

 
(http://educacao.uol.com.br/geografia/bacia-amazonica.jhtm. (Acesso: 13/10/11)
 
 
A usina será construída:
 
a) No alto curso do rio principal da bacia.
b) Junto à foz do principal rio da bacia.
c) Em um afluente da margem direita do principal rio da bacia.
d) À montante do mais extenso rio da margem esquerda da bacia.
e) À jusante do mais importante rio da margem esquerda da bacia.

1-B
2-C
3-A
4-C

3. Organização do espaço amazonense: posição geográfica; mesorregiões e microrregiões; o processo de


ocupação: aspectos geopolíticos e planos de desenvolvimento regional.
4. Aspectos socioeconômicos: ciclos econômicos e crescimento da população; dinâmica dos fluxos migra-
tórios e problemas sociais; o extrativismo florestal (importância da biodiversidade; biodiversidade e mani-
pulação genética para fins comerciais; ecoturismo); extrativismo mineral; concentração fundiária e conflitos
pela terra; o processo de urbanização e redes urbanas; fontes de energia: potencial hidrelétrico, hidrelétricas
e meio-ambiente; a produção de gás; transportes: a malha viária, importância do transporte fluvial. A Zona
Franca de Manaus.
5. Questões atuais: a questão indígena: invasão, demarcação das terras indígenas. A questão ecológica: des-
matamento, queimadas, poluição das vias hídricas, alterações climáticas.

Amazonas: Lista de mesorregiões e microrregiões.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

229
Geografia

Mapa do Amazonas mostrando seus municípios agrupados em microrregiões, que por sua vez estão agrupa-
das em mesorregiões.
Esta é a lista de mesorregiões e microrregiões do Amazonas, estado brasileiro da Região Norte do país. O
estado do Amazonas foi divido geograficamente pelo IBGE em quatro mesorregiões, que por sua vez abran-
giam 13 microrregiões, segundo o quadro vigente entre 1989 e 2017.
Em 2017, o IBGE extinguiu as mesorregiões e microrregiões, criando um novo quadro regional brasileiro,
com novas divisões geográficas denominadas, respectivamente, regiões geográficas intermediárias e imedia-
tas.[3]

Índice

Mesorregiões do Amazonas
Número
Mesorre- Códi- de Microrre- Códi-
Localização
gião[1][2] go municí- giões go
pios
Barcellos 001

Norte Amazo-
01 6
nense Japurá 002

Alto Solimões 003

Sudoeste Ama-
02 16
zonense Juruá 004

Tefé 005
Coari 006
Manaus 007
Centro Amazo-
03 30 Rio Preto da
nense 008
Eva
Itacoatiara 009
Parintins 010
Boca do Acre 011
Purus 012
Sul Amazonen-
03 10
se
Madeira 013

Microrregiões do Amazonas divididas por mesorregiões


Mesorregião do Norte Amazonense

230
Geografia

Microrregião[1] Códi-
Localização Municípios
[2]
go
Barcelos
Novo Airão
Barcelos 001 Santa Isabel do Rio Negro

São Gabriel da Cachoeira

Japurá

Japurá 002
Maraã

Mesorregião do Sudoeste Amazonense


Microrregião[1] Códi-
Localização Municípios
[2]
go
Amaturá
Atalaia do Norte
Benjamin Constant
Fonte Boa
Alto Solimões 003 Jutaí
Santo Antônio do Içá
São Paulo de Olivença
Tabatinga
Tonantins
Carauari
Eirunepé
Envira
Juruá 004 Guajará
Ipixuna
Itamarati
Juruá
Mesorregião do Centro Amazonense
Microrregião[1] Códi-
Localização Municípios
[2]
go
Alvarães
Tefé
Tefé 005
Uarini

Anamã
Anori
Beruri
Coari 006
Caapiranga
Coari
Codajás
Autazes
Careiro
Careiro da Várzea
Manaus 007 Iranduba
Manacapuru
Manaquiri
Manaus
Presidente Figueiredo

Rio Preto da Eva 008


Rio Preto da Eva

231
Geografia

Microrregião[1] Códi-
Localização Municípios
[2]
go
Itacoatiara
Itapiranga
Itacoatiara 009 Nova Olinda do Norte
Silves
Urucurituba
Barreirinha
Boa Vista do Ramos
Maués
Parintins 010 Nhamundá
Parintins
São Sebastião do Uatumã
Urucará
Mesorregião do Sul Amazonense
Microrregião[1] Códi- Municí-
Localização
[2]
go pios
Boca do Acre

Boca do Acre 011


Pauini

Canutama
Lábrea
Purus 012
Tapauá

Apuí
Borba
Madeira 013 Humaitá
Manicoré
Novo Aripuanã

MIGRAÇÕES PARA AMAZÔNIA


Publicado em 27 de setembro de 2011 por NERI P. CARNEIRO

Migrações para Amazônia

O desenvolvimento da Amazônia não começou com a chegada dos primeiros europeus que passaram pela
região. Esses aventureiros apenas deram notícias deste universo para o restante do mundo: descreveram as
maravilhas de nossas riquezas florestais e minerais; falaram dos seres mitológicos que povoavam as lendas
locais.

Foi assim que o colonizador conheceu a seiva da seringueira já usada pelos índios e por alguns aventureiros
que buscavam minérios e as drogas do sertão. Entretanto o látex só era usada artesanalmente. Ocorreu que
no final do século XIX o látex ganhou um novo destino: a indústria automobilística. Assim nasceu a indús-
tria da borracha que necessitava de materiaprima e mão de obra para explorar os seringais.

Para isso o governo federal criou alguns programas com a finalidade de atrair trabalhadores dispostos a do-
mar o oceano de vegetação equatorial, superar as adversidades e insetos a fim de localizar as seringueiras e

232
Geografia
sangrá-las para que vertessem o sangue lácteo.

Os nordestinos, vítimas da seca e da fome, foram os primeiros convidados para essa aventura – na realidade
muitos foram obrigados a migrar, forçados pela força policial, como no caso de famílias em que o homem
era arrastado para o norte e a mulher para o sul. Vieram aos milhares no tempo da grande seca de 1877-1879,
mobilizados mais pelas necessidades de sobrevivência do que pela expectativa da industria.

A partir desse primeiro “ciclo da borracha” se deu a ocupação da região do atual estado do Acre, originado
o conflito que ficou conhecido como a “questão acreana” a qual foi solucionada com o Brasil comprando o
território e hoje estado do Acre dando inicio à epopéia da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

Por conta da biopeirataria – praticada desde há muito tempo, ao redor do mundo – milhares de seringueiras
foram transplantadas na Malásia. Logo em seguida a borracha nacional perdeu espaço para a produção do
Oriente. Nossos preços despencarem, deixando de ser competitivos frente à produção malasiana.

Em 1942 estoura a II Guerra Mundial e a seiva elástica do oriente torna-se inviável para a indústria nor-
teamericana. Novamente os trabalhadores brasileiros foram mobilizados: eram os “soldados da borracha”,
atraídos aos milhares para as brenhas amazônicas; era o segundo ciclo da borracha (que também entrou em
declínio, pouco depois do fim da guerra). Mas era também a necessidade de convencer os trabalhadores a se
dirigirem para a Amazônia localizar, sangrar e coletar o látex.

O convencimento dos trabalhadores ocorreu por meio de propaganda enganosa, pois a Amazônia era descrita
como paraíso e a coleta da seiva elástica apresentada como trabalho fácil. Não se mencionava as dificuldades
naturais e o isolamento da região.

O fato é que a propaganda falando em “árvores de dinheiro” atraiu milhares de trabalhadores. Novamente
o governo federal enganou os trabalhadores, falando de facilidades onde existiam enormes dificuldades e
doenças. Na realidade os “soldados da borracha” nunca tiveram condições de fazer seu trabalho nem foram
assistidos em sua “guerra”. Com o fim da guerra a demanda pela goma elástica diminuiu, pois o oriente vol-
tou a ser atrativo. Com isso cessou a corrente migratória e os soldados da borracha, já abandonados, perma-
neceram entregues à própria sorte.

A nova corrente migratória só começou na década de 1960: abertura de vias de acesso (BR 364) incentivo
à mineração e distribuição de terras na região de Rondônia. Esse processo deu inicio à atual fase da história
amazônica. Ela produziu o atual fluxo de desenvolvimento regional. Desse fluxo migratório e de uma nova
fase de propaganda (novamente enganosa) sobre a Amazônia, foi que nos anos 1970-80 se intensificou a
ocupação de Rondônia, um território (depois estado) inventado para ser depósito de gente excluída do sul-
-sudeste e destinada ao norte onde deveriam “amansar” a selvageria da selva...

Neri de Paula Carneiro

Filósofo, teólogo, historiador-Mestre em Educação

ZONA FRANCA DE MANAUS – PRINCIPAIS BENEFÍCIOS FISCAIS

233
Geografia
Publicado por TAXCEL em julho 6, 2020 | Atualizado em março 10, 2021

1. Introdução
A Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma área de livre comércio, de importação e exportação e de incentivos
fiscais, criada com o fito de estimular o desenvolvimento econômico no interior da Amazônia, mediante a
criação de um centro industrial, comercial e agropecuário.
A Zona Franca de Manaus foi criada em 1957, pela Lei nº 3.173/1957. Em 1967, o Governo Federal promo-
veu uma remodelação das normas relativas à Zona Franca de Manaus, por meio do Decreto-Lei nº 288/1967.
Com o advento da Constituição Federal de 1988, houve a manutenção da ZFM, com suas características de
área de livre comércio, de exportação e importação e de incentivos fiscais. O prazo previsto foi de vinte e
cinco anos a partir da promulgação da Constituição, ou seja, 2013. Posteriormente, o prazo foi prorrogado
por dez anos, pelo art. 92 do ADCT, ou seja, até 2023. Por fim, o prazo foi novamente prorrogado, dessa
vez pelo art. 92-A do ADCT, dessa vez por mais cinquenta anos, resultando na existência da Zona Franca de
Manaus ao menos até 2073.
Feitas essas considerações iniciais, passaremos a analisar os benefícios fiscais previstos para a ZFM.
2. Benefícios Fiscais do IPI
O art. 81 do Regulamento do IPI (RIPI) prevê a isenção do imposto sobre:
· Produtos industrializados na ZFM, destinados ao consumo interno;
· Produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, por estabelecimento com projeto aprovado
pelo Conselho de Administração da SUFRAMA, que não industrializados na modalidade de acondi-
cionamento ou reacondicionamento, destinados à comercialização em qualquer ponto do território; e
· Os produtos nacionais entrados na ZFM, para seu consumo interno, utilização ou industrialização.
O art. 82, por sua vez, prevê a isenção do IPI para bens do setor de informática industrializados na ZFM,
desde que atendidos os requisitos acima, nos itens “i” e “ii”, e mais os seguintes:
· Investimento, anual, em atividade de pesquisa, de, no mínimo, 5% sobre o faturamento, nos termos
disciplinados pela Resolução SUFRAMA nº 71/2016;
· Isenção somente aplicável aos bens de informativa relacionados pelo Poder Executivo e produzidos
conforme Processo Produtivo Básico (PPB), estabelecido em Portaria Conjunta dos Ministros do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência e Tecnologia;
· Consideram-se bens de informativa, por exemplo, os componentes eletrônicos a semicondutor, op-
toeletrônicos, bem como respectivos insumos de natureza eletrônica (inciso I do § 3º), e os demais
previstos no § 3º.
Nos termos do art. 82 do RIPI, as remessas realizadas para a ZFM são feitas com suspensão do IPI. Essa
suspensão é convertida na isenção mencionada acima, quando da efetiva entrada na ZFM.
Da mesma forma, a saúda de produtos da ZFM conta com suspensão nos seguintes casos:

234
Geografia
· Produtos nacionais enviados à ZFM, especificamente para exportação; e
· Produtos que, antes da remessa à ZFM, são enviados pelo fabricante a outro estabelecimento, para
industrialização adicional, por conta e ordem do destinatário.
Nos casos em que os requisitos da suspensão não são atendidos, o imposto é considerado devido de imedia-
to.
Em relação às importações, também há suspensão do IPI no desembaraço aduaneiro, a ser convertida em
isenção quando os produtos são consumidos ou utilizados em industrialização na ZFM. Também é garanti-
da a possibilidade de as mercadorias importadas serem destinadas à exportação, aplicando-se à isenção na
entrada.
Os produtos importados por meio da ZFM e destinados a outros pontos do território nacional se sujeitam ao
imposto exigível na importação, salvo exceções previstas nos incisos do art. 87 do RIPI.
Outro ponto relevante a ser destacado é que a remessa de produtos de origem nacional para a ZFM é promo-
vida com suspensão de IPI, convertida em isenção quando da entrada da mercadoria na ZFM. Em relação
aos produtos importados e remetidos à ZFM, a suspensão (e posterior isenção) não se aplica. No entanto, a
Receita Federal tem exarado entendimentos no sentido de que os produtos estrangeiros importados de países
do Mercosul e do GATT devem ser equiparados aos nacionais para esses fins, considerando a garantia da
igualdade no tratamento.
Ainda, é permitido aos contribuintes na ZFM a manutenção do crédito escritural de IPI sobre as entradas de
insumos isentos. A questão gerou amplos debates ao longo dos anos, mas restou definida pelo STF no julga-
mento do RE nº 592.891.
Em relação à emissão de Nota Fiscal, é válido mencionar que a legislação prevê diversos requisitos adicio-
nais aos já constantes da legislação estadual. No caso de remessa para a ZFM, é necessário o preenchimento
do campo “informações complementares” e do quadro “dados adicionais” da seguinte forma:
· Número da inscrição do destinatário na SUFRAMA e código de identificação da repartição fiscal
estadual competente;
· Expressão “Isenção do IPI”, com o dispositivo legal aplicável;
· Expressão “saído com suspensão do IPI”, nos casos aplicáveis, com o dispositivo legal citado;
· Expressão “Produzido na Zona Franca de Manaus”, para os produtos industrializados na ZFM e des-
tinados a consumo interno ou comercialização em qualquer ponto do território nacional;
· Expressão “Zona Franca de Manaus – Exportação para o Exterior”, quando aplicável;
· Natureza da operação: “Venda – Zona Franca de Manaus”;
· CFOP: 5.109 (operação interna) ou 6.109 (operação interestadual); e
· Código de situação tributária: 040 (mercadoria nacional isenta do ICMS).
2. Benefícios Fiscais do PIS e da COFINS
A legislação em vigor ainda prevê benefícios relacionados às contribuições ao PIS e à COFINS.
Nesse sentido, a pessoa jurídica industrial, sujeita ao lucro real, no caso de venda de produção próprio, con-
forme projeto aprovado pela SUFRAMA, se sujeita às seguintes alíquotas:
· 0,65% de PIS e 3% de COFINS nas saídas para PJ situada na ZFM ou em Área de Livre Comércio
(ACL), ou fora da ZFM ou de ACL e que apure as contribuições pelo regime não cumulativo;
· 1,3% de PIS e 6% de COFINS nas vendas efetuadas a PJ fora da ZFM e ACL que apure o imposto
de renda pelo lucro presumido, ou que apure pelo lucro real mas tenha suas receitas, total ou parcial-
mente, excluídas do regime de não cumulatividade, ou seja optante do simples nacional, e, ainda, ara
órgãos das administração federal, estadual, distrital ou municipal; e
· 1,65% de PIS e 7,6% de COFINS, para vendas a pessoas físicas.
A pessoa jurídica adquirente deverá fornecer à vendedora declaração de qual condição é aplicável, a fim de
que seja verificada a alíquota correta.

235
Geografia
As receitas decorrentes da comercialização de matérias primas, produtos intermediários e embalagens, pro-
duzidos na ZFM, para emprego em processo industrial por estabelecimentos ali situados e em conformidade
com projetos aprovados pela SUFRAMA, são sujeitas à alíquota zero das contribuições.
Também, as vendas destinadas à ZFM, de mercadorias para consumo ou industrialização na ZFM, se sujei-
tam à alíquota zero das contribuições.
Em relação às Notas Fiscais, é necessário que conste a expressão “venda de mercadoria efetuada com alí-
quota zero da Contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins”, com indicação do dispositivo legal aplicável.
No que se refere aos créditos das contribuições, a legislação em vigor prevê que as pessoas jurídicas situadas
na ZFM, de acordo com projeto aprovado pela SUFRAMA, podem descontar créditos às alíquotas de 1% de
PIS e 4,6% de COFINS. Aplica-se a regra geral de vedação a crédito em aquisições não sujeitas às contribui-
ções.
3. Benefícios Fiscais de Imposto de Importação
O art. 3º do Decreto-Lei nº 288/1967 prevê a isenção do imposto de importação de produtos entrados na
ZFM para consumo interno, industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, e destinadas a
estocagem para exportação.
Em caso de mercadorias estrangeiras estocadas na ZFM, quando da saída para comercialização em qualquer
ponto do território, o imposto de importação é considerado devido. Nos termos do art. 7º, o imposto é devido
em caso de produtos industrializados na ZFM sobre matérias primas, produtos intermediários, materiais
secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de origem estrangeira. O cálculo do imposto,
nesse caso, se dá pelo coeficiente de redução de alíquota (CRA).
O CRA é calculado por fórmula que contém, como dividendo, a soma do valor das matérias primas, produ-
tos intermediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e insumos de produção nacional e
mão de obra no processo produtivo; e como divisor, a soma dos valores de matérias primas, produtos inter-
mediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de produção nacional e de
origem estrangeira, e da mão de obra empregada no processo produtivo.
Há, ainda, a previsão de redução fixa, de 88%, para os produtos industrializados na ZFM, conforme projetos
aprovados pelo Conselho de Administração da SUFRAMA, exceto bens de informativa e veículos automó-
veis, tratores e outros veículos terrestres, estes sujeitos ao cálculo do CRA.

4. Benefícios Fiscais de Imposto de Renda


A legislação em vigor também prevê a redução de 75% do imposto de renda e adicional, calculado sobre o
lucro da exploração.
Com efeito, o art. 1º da Medida Provisória nº 2.199-14/2001 prevê tal redução para as pessoas jurídicas que
protocolizem e tenham aprovados, até dezembro de 2023, projeto de instalação, ampliação, modernização
ou diversificação, desde que enquadrados em setores econômicos considerados como prioritários. Atual-
mente, os setores econômicos considerados dessa forma para fins da SUDAM estão listados no Decreto nº
4.212/2002.
5. Conclusões
Como visto acima, a legislação em vigor estipula benefícios extremamente atraentes para que as industrias
se instalem na ZFM. No entanto, a legislação também prevê uma série de contrapartidas não necessariamen-
te simples.
Por essa razão, é necessária atenção à normatização dos benefícios fiscais mencionados, bem como à regula-
mentação infralegal exarada pela SUFRAMA e Receita Federal.

Desmatamento na Amazônia
O desmatamento na Amazônia é um dos problemas ambientais mais graves do Brasil e que afeta diretamente
esse bioma.
Desde 2012 ele tem voltado a aumentar e as principais causas estão relacionadas com o aumento das frontei-
ras agropastoris, a falta de políticas públicas ambientais mais eficazes e de fiscalização do local.
As principais causas do desmatamento na Amazônia
Dentre os principais motivos do desmatamento na Amazônia, destacam-se:
Queimadas ou os incêndios florestais: os incêndios que acontecem na região são fruto de ações humanas.
O principal intuito é ampliar o espaço para plantação ou criação de animais.
Atividade das madeireiras: muitas empresas que utilizam madeira para diversos fins, exploram de maneira
ilegal o ambiente. Dessa maneira, diversas árvores são cortadas e os responsáveis não são punidos.
Atividade pecuária: a expansão das atividades voltadas para a criação de animais é um dos principais
motivos do desmatamento na Amazônia. Dessa maneira, muitas empresas desmatam o local para expandir o
negócio.

236
Geografia

Uma das razões para o desmatamento na Amazônia é a ampliação das fronteiras agropastoris. Fonte: Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)
Especulação fundiária (grilagem): gerada pela falta de fiscalização, o estímulo da grilagem na Amazônia
tem sido um dos problemas associados à invasão de terras públicas.
Impunidade de crimes ambientais: o desmatamento ilegal realizado por diversas empresas tem colaborado
com a devastação da floresta amazônica. Muitos crimes ambientais seguem sem punição por falta de uma
legislação mais perene e fiscalização local.
Retrocessos políticos: alguns exemplos notórios de retrocessos são: a criação do novo código florestal
(2012) e a redução das Unidades de Conservação. Além disso, destaca-se a diminuição de pessoal especiali-
zado em entidades ambientais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Reno-
váveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Retomada de grandes obras: a construção de obras na região realizada sem planejamento para diminuir
os impactos do aumento de pessoas é um dos grandes problemas a ser observado. Como exemplo, podemos
citar a construção da hidrelétrica de Belo Monte, inaugurada em 2011.
Leia também o texto: O que são Unidades de Conservação?
Quais são as consequências do desmatamento na Amazônia?
Vale lembrar que o desmatamento da Amazônia tem gerado inúmeras consequências nocivas para o meio
ambiente e para a população brasileira, tais como:
· alteração do funcionamento dos ecossistemas;
· alterações climáticas do mundo e do clima regional;
· prejuízos econômicos e sociais para o ambiente;
· impacto na fertilidade do solo e nos ciclos hidrológicos;
· aumento dos gases que colaboram com o efeito estufa;
· crescimento das taxas de nascimentos prematuros;
· aumento de mortes e doenças respiratórias nas pessoas e nos animais.
Alguns dados atuais sobre o desmatamento da Amazônia
Segundo dados do projeto de monitoramento da floresta amazônica por satélite (PRODES) e do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os anos de 1995 e 2004 foram os mais preocupantes em relação ao

237
Geografia
desmatamento da Amazônia.

De 2004 a 2012, a taxa de desmatamento foi diminuindo e chegou a baixar cerca de 80% nesse período. No
entanto, em 2012 o problema voltou a ser uma triste realidade.
Segundo estudos de diversas entidades ambientais (Greenpeace, Imaflora, Imazon, Instituto Centro de Vida,
Instituto Socioambiental, IPAM, The Nature Conservancy, WWF) realizados em 2017, as principais causas
desse aumento foram:
· Impunidade de crimes ambientais;
· Retrocessos de políticas ambientais;
· Falhas nos acordos da pecuária;
· O lucro decorrente de grilar terras públicas;
· Grandes obras aceleram as ameaças.
Observe abaixo o gráfico que mostra mais detalhadamente o desmatamento na Amazônia entre os anos de
2012 e 2017:

238
Geografia

Fonte: Desmatamento zero na Amazônia: como e por que chegar lá. Acesso em 23 de julho de 2020: https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/desmatamento_zero_como_e_por_
que_chegar_lafinal.pdf

Entenda melhor sobre o tema Desmatamento e o Desmatamento no Brasil.


O que pode ser feito para reduzir o desmatamento na Amazônia?
Algumas soluções são possíveis para evitar ou mesmo impedir o desmatamento na Amazônia. Dentre todas
as ações e programas para combater esse problema urgente, podemos destacar o chamado “desmatamento
zero”.
O desmatamento zero é uma proposta lançada em 2012 que pretende acabar com o desmatamento no país.
Isso porque além do bioma Amazônia, muitas outras florestas sofrem com o desmatamento no território
nacional.
Em 2016, foi elaborado um documento pelo Greenpeace e entregue ao Congresso para criação de uma pro-
posta de lei. A ideia central é que o desmatamento zero seja uma realidade em 2030.
Dentre as principais ações do desmatamento zero, estão:
· Implementação de políticas públicas efetivas de conservação ambiental;
· Aumento da fiscalização ambiental;
· Coibição da grilagem de terras;
· Cumprimento do Código Florestal por todos;
· Fim do desmatamento pela agropecuária;
· Melhoria nas práticas agropecuárias;
· Criação de Unidades de Conservação Ambiental;
· Demarcação de áreas indígenas protegidas pela lei;
· Apoio aos usos sustentáveis da floresta;
· Redução e boicote dos mercados associados ao desmatamento;
· Maior engajamento da população.
Ainda que tenha tido o apoio de grande parte da população e de algumas entidades, há ainda um longo cami-
nho a se percorrer até que a lei vire realidade.

239
Geografia
Do contrário, a destruição da Amazônia continuará trazendo consequências irreversíveis para o meio am-
biente e a vida da população que habita a região como os indígenas, os quilombolas e os ribeirinhos.
Para ampliar mais ainda seus conhecimentos sobre o tema, confira o vídeo do Greenpeace Brasil sobre a
Amazônia e o Desmatamento zero:

Atividades
Área do conhecimento: Aspectos socioeconômicos da Amazônia.

· Ciclos econômicos e crescimento da população;

· Dinâmica dos fluxos migratórios e problemas sociais; o extrativismo florestal

Professor: William Pablo

01. FADESP - 2019 Geografia Amazônia Prefeitura de Marabá - PA Professor - Geografia

Até por volta de 1970, a Amazônia brasileira era uma imensa região natural, onde predominavam baixíssi-
mas densidades demográficas e na qual a atividade econômica mais importante era o extrativismo vegetal.
Sobre o processo de ocupação e integração dessa região a partir dos anos de 1970, é correto afirmar que

A) esse processo se acelerou com a abertura de novas rodovias, como a Transamazônica, Perimetral Norte,
BR-364, além de outras e também pela concessão de incentivos fiscais e parcerias a inúmeros empreendi-
mentos industriais e de mineração.

B) a construção de várias hidrelétricas na Amazônia nesse período garantiu o suprimento de energia elétrica
para a população local, a industrialização de pequenas e médias cidades e também contribuiu para maior
oferta de salários e empregos devido à baixa tecnologia dessas indústrias. 

C) a abertura de estradas, como a Belém-Brasília, foi de suma importância para esse processo, pois contri-
buiu para a implantação e exploração da serra de Carajás, a fim de escoar os minerais aí explorados para o
mercado internacional.

D) o processo de povoamento e exploração econômica na Amazônia nesse período foi responsável pelo cres-
cimento do IDH na maioria de seus estados com a diminuição da mortalidade infantil, o aumento da expec-
tativa de vida e o crescimento da renda per capita.

240
Geografia
02. FADESP - 2019 Geografia Amazônia Prefeitura de Marabá – PA
Professor – História

Durante a época áurea da borracha na Amazônia, as chamadas dívidas dos seringueiros eram o principal
pesadelo. Elas ocorriam normalmente porque a borracha extraída quase nunca era suficiente para pagar as
dívidas que o seringueiro fazia cotidianamente. Este sistema de endividamento era conhecido como

A) aviamento, e era feito no barracão de aviamento, onde os seringueiros pegavam os instrumentos que ne-
cessitavam para a extração da borracha, a comida e os utensílios pessoais, endividando-se nesta negociação
a ser paga depois da coleta do látex.

B) servidão por dívida, e era feita nos barcos com a figura dos atravessadores – chamados então de aviadores
– que pagavam todas as despesas iniciais dos seringueiros, que se endividavam muito. 

C) endividamento do barracão, e era feito por capatazes que vendiam produtos aos seringueiros a mando dos
seringalistas, atravessadores que cobravam preços muito elevados.

D) dívida bancária, que era feita pelas agências de aviamento de grandes cidades, como Belém ou Manaus,
que emprestavam dinheiro aos seringueiros, que, por sua vez, se endividavam muito.

03. FADESP - 2019 Geografia Amazônia Prefeitura de Marabá - PA  Administrador


A Amazônia brasileira é uma região com muitas peculiaridades sociais, culturais e econômicas e essas pe-
culiaridades requerem uma ação estatal planejada para toda a região, visando a seu desenvolvimento econô-
mico-social, mas também à preservação de seus ecossistemas. Por isso foi instituído, em 1953, o conceito
de Amazônia Legal, que inclui vários estados brasileiros. Compõem, hoje, a chamada Amazônia Legal, os
seguintes estados:
A) Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia e Roraima.
B) Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão.
C) Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e parte do estado do Mara-
nhão.
D) Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão e parte dos estados do Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás e Tocantins.

04. IBADE - 2021 Geografia Amazônia IAPEN - AC Auxiliar administrativo


O avanço na indústria, durante o período da Segunda Revolução Industrial, impulsionou a procura e extração
da borracha. No Brasil, a extração da borracha na região amazônica foi destinada principalmente a:
A) engenharia civil.
B) indústria têxtil.
C) indústria automobilista.
D) produção de equipamentos agrícolas.
E) indústria de comunicação.
05. AMAUC - 2018 Geografia Amazônia Prefeitura de Seara - SC Médico

A Amazônia Legal, estabelecida no artigo 2 da lei nº 5.173, de outubro de 1966, representa 59% do territó-
rio brasileiro, distribuído por 775 municípios, onde viviam em 2000, segundo o Censo Demográfico, 20,3
milhões de pessoas (12,32% da população nacional), sendo que 68,9% desse contingente em zona urbana.
Assinale a alternativa que apresenta um estado que não faz parte da Amazônia Legal:

241
Geografia
A) Mato Grosso do Sul
B) Acre
C) Amazonas
D) Tocantins
E) Amapá

06. (UENP) De acordo com os fluxos migratórios no Brasil, assinale a alternativa correta.
 

 
a) Os fluxos migratórios do Nordeste para os grandes centros urbanos do Sudeste, sobretudo em direção ao
estado de São Paulo, ocorreram a partir da década de 1970.

b) Os fluxos migratórios do Nordeste para a Amazônia, em direção a novas áreas agrícolas e garimpos, ocor-
reram a partir da década de 1980.

c) Os fluxos migratórios do Nordeste e sudeste para a região Centro Oeste ocorreram entre o final da década
de 1970 e a de 1980, principalmente em razão da construção de Brasília.

d) Os fluxos migratórios dos estados do Sul, além de São Paulo e de Minas Gerais, para as regiões Centro
Oeste e Norte, ocorreram especialmente a partir da década de 1960/70, graças à expansão das áreas de fron-
teira agrícola na região Centro Oeste e na Amazônia.

e) O fluxo contínuo e constante de nordestinos para o Sudeste e para a Amazônia ocorreu a partir da segunda
metade do século XIX.

07. Ano: 2011 Banca: UERJ Órgão: UERJ Provas: UERJ - 2011 - UERJ - Vestibular - Segundo Exame 

242
Geografia

In: GONÇALVES, Adelaide e COSTA, Pedro E. B. (orgs.). Mais borracha para a vitória. Brasília: Ideal
Gráfica, 2008.

No governo Vargas, foi criado o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia −
S.E.M.T.A., uma medida direcionada para a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Com base no cartaz, as ações programadas por esse serviço tiveram como principal objetivo:
Alternativas
A) ocupação militar relacionada à redefinição das fronteiras nacionais
B) proteção dos trabalhadores rurais em resposta à depressão econômica
C) estímulo à migração para exploração de recursos naturais estratégicos
D) demarcação de reservas florestais associada à política de defesa ambiental

GABARITO:
1-A 6-D
2-A 7-C
3-C
4-C
5-A

243
Geografia
Atividades parte 2

Componente curricular: Geografia


Área do conhecimento: Aspectos socioeconômicos da Amazônia (Parte 02).
Professor: William Pablo

01.
GeografiaAmazônia
Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: CESPE - 2008 - Instituto Rio
Branco - Diplomata - 1ª Etapa ÁGUA

Texto associado

Acerca das transformações globais, nacionais e locais


relacionadas ao desafio do desenvolvimento ambiental
sustentável, julgue (C ou E) os itens a seguir.
Na Amazônia, o crescimento do agronegócio e a expansão das culturas de commodities têm sido observados
em um grande número de pequenas propriedades, o que se justifica por serem tais empreendimentos prioritá-
rios para a desconcentração da propriedade da terra.
Alternativas

Certo

Errado
02.
GeografiaAmazônia
Ano: 2009 Banca: FUNCAB Órgão: PC-RO Prova: FUNCAB - 2009 - PC-RO - Delegado de Polícia - r

Nos últimos anos, grupos de ambientalistas de todo o mundo estão de olhos abertos sobre a preservação da
Floresta Amazônica. Desde que começaram os grandes investimentos na região, cerca de 13% da floresta
deixou de existir. O problema não está só na retirada da mata, mas também no solo, que é alimentado pela
ampla deposição de matéria orgânica, advinda da queda de folhas mortas, galhos, flores e frutos.Tal fato só
faz com que o solo da floresta...:

Alternativas
A
fruto da deposição dos rios, passe a ter grande fertilidade em todo território.
B
originário da decomposição de rochas basálticas, se torne apto para o cultivo.
C
de origem fluvial-marinha, sofra o processo de laterização e fique impróprio para o cultivo.
D
fruto da decomposição de rochas magmáticas, adquira grande fertilidade.
E
de origem fluvial, possua, nas várzeas, solos mais férteis.

244
Geografia

03.
GeografiaAmazônia
Ano: 2009 Banca: FUNCAB Órgão: PC-RO Prova: FUNCAB - 2009 - PC-RO - Delegado de Polícia - r

Há mais de um século, subordinados a relações quase servis de trabalho, reproduzindo as mesmas relações
de geração em geração – num mesmo espaço da floresta extraindo látex, colhendo castanha-do-pará, sem ter
precisado para isso mais do que pequenas clareiras na mata – os habitantes da floresta lutam pela concretiza-
ção das reservas extrativas que representam:
Alternativas
A
a volta do sistema de “aviamento” onde o empresário capitalista responsabiliza-se pelo escoamento da pro-
dução.
B
experiências de colonização com a introdução de programas tecnológicos, econômicos e sociais para promo-
verem a elevação do nível da vida da população local.
C
a transformação das áreas ocupadas em espaços agrícolas e pecuários rentáveis e modernos.
D
uma subdivisão da área florestal em lotes individuais de acordo com os módulos rurais regionais.
E
uma proposta de exploração racional para a preservação da floresta e que garanta a elevação do nível de vida
da população local.

04.
GeografiaAmazônia
Ano: 2010 Banca: CESGRANRIO Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: CESGRANRIO - 2010 -
Prefeitura de Salvador - BA - Professor - Geografia
Texto associado

A autora considera que, no caso da Amazônia, é fora de dúvida que as organizações da sociedade civil e as
experiências alternativas têm influído decisivamente na mudança de rumo da política governamental para
a região. Nessa perspectiva, a reestruturação contemporânea não decorre apenas das estratégias globais do
capital, mas, de forma mais efetiva, da ação de

Alternativas
A
capital privado nacional, envolvendo empresas rurais.
B
múltiplos atores, envolvendo as sociedades territorialmente localizadas.
C

245
Geografia
poder público, envolvendo a escala geográfica do estado do Amazonas.
D
Organizações Não Governamentais, envolvendo estratégias de liberação de recursos.
E
ordem econômica de toda a região Norte e Nordeste, envolvendo investimentos de prefeitos e governadores.

Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: CESPE - 2011 - Instituto Rio


Branco - Diplomata - 1ª Etapa
Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos à região Nordeste do Brasil.

Durante o ciclo de produção da borracha na região amazônica, centenas de milhares de nordestinos transferi-
ram-se para aquela região, em grande medida, em consequência de anos de grande seca no Nordeste.

Alternativas

Certo
Errado

05.
GeografiaAmazônia
Ano: 2011 Banca: TJ-SC Órgão: TJ-SC Prova: TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar - Se-
cretaria

“ No cinturão de máxima diversidade biológica do planeta – que tornou possível o advento do homem- a
Amazônia se destaca pela extraordinária continuidade de suas florestas, pela ordem de grandeza de sua prin-
cipal rede hidrográfica e pelas sutis variações de seus ecossistemas, em nível regional e de altitude.”
Ab’Saber, Aziz- Os Domínios de Natuza do Brasil: Potencialidades Paisagísticas. São Paulo: Ateliê Edito-
rial, 2003, p. 65.

Sobre a Amazônia , suas características e aspectos fisionômicos, todas as alternativas estão corretas, EXCE-
TO:

Alternativas

A
A Amazônia é caracterizada pela predominância de terras baixas florestadas,delimitadas pelas bordas dos
planaltos ao norte e ao sul..
B
A região é caracterizada pelo predomínio do clima equatorial que apresenta médias térmicas elevadas e pe-
quena amplitude térmica anual.Os índices pluviométricos são elevados, superiores a 2 000mm. anuais.
C
O processo de degradação e devastação da região Amazônica pode-se facilmente ser observado pelas ima-
gens de satélite, o “arco do desmatamento,” que avança de Rondônia e Mato Grosso para o sul e sudeste do
Pará.
D
Os fatores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia são: o avanço das fronteiras agrícolas, com a soja,
a exploração madeireira, a criação de gado, com a queimada das vegetação para a instalação das pastagens e
os grandes projetos mineralógicos da região.
E
A Amazônia apresenta a maior diversidade biológica do planeta e isto está diretamente relacionada com a
grande variação latitudinal da região.

246
Geografia

06.
GeografiaAmazônia
Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: CESPE - 2012 - Instituto Rio
Branco - Diplomata - 1ª Etapa
Texto associado

A partir das informações apresentadas no texto acima, julgue (C ou E) os itens seguintes.

A implantação, na região amazônica, de atividades industriais e agrárias exploradas por empresas públicas e
privadas exemplifica o processo de desenvolvimento descrito no texto.
Alternativas

Certo

Errado

07.
GeografiaAmazônia
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Ciclo Regu-
lar

A Amazônia brasileira é uma região de grande importância para o país em função de

I. apresentar maior número de representantes no Senado.


II. registrar a maior concentração industrial do país.
III. possuir uma floresta com enorme biodiversidade.

Assinale:

Alternativas
A
se apenas a afirmativa I estiver correta.
B
se apenas a afirmativa II estiver correta.
C
se apenas a afirmativa III estiver correta.

247
Geografia
D
se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
E
se todas as afirmativas estiverem corretas.

08.
GeografiaAmazônia
Ano: 2010 Banca: IFC Órgão: IFC-SC Prova: IFC - 2010 - IFC-SC - Professor - Geografia
“Ecologistas do mundo inteiro há décadas denunciam as ameaças crônicas que rondam a Amazônia [...] Dos
5,1 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia Legal, cerca de 80% ainda não conhecem o ímpeto das
queimadas e motosserras. Habitam esse gigantesco universo verde milhões de espécies de animais e plantas,
a grande maioria ainda não catalogada pela ciência.

(Extraído de: Os caminhos da Terra, nov. 1999.p.51.)

Os ecossistemas presentes na floresta amazônica são:


Alternativas
A
Mata de terra firme, mata de várzea e mata de transição.
B
Mata de igapó, mata de terra firme e mata de transição.
C
Mata de cipós, mata de igapó e mata de várzeas
D
Mata de várzea, mata de terra firme e matas transição.
E
Mata de igapó, mata de terra firme e mata de várzea.

09.
GeografiaAmazônia

Ano: 2012 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: NUCEPE - 2012 - PC-PI - Perito Papiloscopista


Entre as atividades que se expandem e impactam a Região Amazônica, destacam-se claramente:
Alternativas
A
o cultivo da cana-de-açúcar e do milho.
B
a pecuária de corte e de leite e a plantação de soja.
C
a pecuária de leite e o cultivo de seringueira.
D
a caprinocultura e a pecuária de leite, especialmente em Rondônia.
E
o plantio de soja e o cultivo da cana-de-açúcar, sobretudo em Roraima.

10.
GeografiaAmazônia
Ano: 2016 Banca: CESGRANRIO Órgão: IBGE Prova: CESGRANRIO - 2016 - IBGE - Agente de Pes-
quisas e Mapeamento

248
Geografia

Disponível em: <http://s1.static.brasilescola.uol.com.br/img/2014/08/mapa-da-soja-no-brasil.jpg>. Acesso


em: 31 maio 2016.

A partir da década de 1980, o cultivo da soja passa a ocupar predominantemente terras da seguinte porção do
território:

Alternativas
A
Planalto das Guianas
B
Borda da Amazônia
C
Interior do Nordeste
D
Campanha Gaúcha
E
Chapada Diamantina

GABARITO:
1- ERRADO 6- CERTO
2-E 7-C
3-E 8-E
4-B 9-B
5-E 10-B

249
INFORMÁTICA
Informática
Vamos começar observando atentamente a Pirâmide do Conhecimento representada na figura logo
abaixo. Nesta figura podemos observar quatro divisões bastante significativas (Dados, Informação
Conhecimento e Sabedoria).

Existe outra divisão à esquerda que logo a seguir, entenderemos porque DADOS eINFORMA-
ÇÃO são considerados de forma MAIS ESTRUTURADO (+ estruturado), e poroutro lado, CO-
NHECIMENTO e SABEDORIA serem considerados MENOS ESTRUTURADOS (- estruturado).

Na Unidade a seguir, estaremos também explorando mais detalhadamente, o lado direito da figura, os
termos BANCO de DADOS, DATAWAREHOUSE, DATAMINING, e ONTOLOGIAS.
Mas, o mais importante agora, é você entender as diferenciações existentes entre DADOS,INFOR-
MAÇÃO, CONHECIMENTO e SABEDORIA.

DADOS

Para explicarmos mais adequadamente esses conceitos tão abstratos, vamos fazer uma analogia com
algo bem concreto. Você muito provavelmente conhece, desde a infância, um dado de jogo. Mas, que
nunca teve a oportunidade de explorar mais profundamente (espero que não!), pois iremos detalhar e
relacioná-lo com a Pirâmide do Conhecimento.

Se você, na figura abaixo, estivesse identificando exatamente um desses DADOS tão comuns em
jogos, você conseguiria encontrar algum? Ou existe alguma coisa esquisita?!?

251
Informática
Vamos dificultar um pouquinho mais ... Se um MARCIANO, vindo de outro planeta, te questionasse:
“Mas o que é um DADO? Dado é físico, lógico, ou virtual? Vocês terráqueos são estranhos mesmo!!
Usam a mesma palavra com vários sentidos!!!” Como você responderia??!!!??

Como você já deve ter percebido, na figura


acima existem vários objetos cúbicos, oupróximos disso, mas nenhum semelhante àquele que
gostaríamos de utilizar em um jogoclássico. Então, para respondermos ao nosso MARCIANO,
uma primeira tentativa seriautilizarmos o velho “pai dos burros”, e nesse caso nada melhor do que
um dicionário como o AURÉLIO:

Portanto, de uma forma bem “bruta”, já temos uma definição de DADO para responder aonosso
MARCIANO. Conseguimos identificar que DADO é um objeto CÚBICO, podendo serde vários
tipos de materiais tais como: madeira, osso, marfim, etc. E que, basicamente, emcada face do
CUBO, possui pontinhos com uma quantidade distinta de 1 até 6. LEGAL!!Chegamos, portanto,
finalmente a base da nossa especial Pirâmide: os DADOS de um “DADO” ...

INFORMAÇÃO

Alguma vez na vida você se questionou qual foi o critério de se colocar os “pontinhos” em umDADO?!?
Ou será que não existe nenhum critério??? Os pontinhos são colocados de qualquer jeito, somente to-
mando o cuidado de não se repetirem?? Será que é isso, ou será outra coisa?

Vamos então responder a esse grande mistério!! (rs,rs,rs) O critério que foi adotado internacionalmen-
te, é de que a soma dos pontinhos em cada face oposta do CUBO, deva serSETE. Ou seja, se de um
lado temos três pontinhos, do outro lado teremos automaticamente o número quatro. Se de um lado
temos o número seis, do outro lado, com certeza, será oum, e assim por diante ...

OBSERVAÇÃO: Diz-se que isso foi feito para “balancear” o dado fisicamente, pois cada pontinho é
retirado uma pequena parte física de material, o que poderia viciar o dado em alguns números.

Repare que agora NÃO temos mais dados tão “brutos”, temos um dado processado ainda de forma
primária, mas com maior riqueza de informação. Repare que não conseguiríamos obter essa in-
formação, simplesmente consultando um dicionário. Talvez, sim, pesquisando em uma enciclopédia

252
Informática

(aonde poderíamos fazer isso?). Pronto, agora você tem mais INFORMAÇÃO de um DADO!! Esta-
mos no segundo nível da Pirâmide ...

Continuando com os nossos “DADOS”, vamos ver agora como eles podem
nosajudar a explorar o conceito de CONHECIMENTO.

Na figura ao lado representamos dois dados. Se jogarmos esses dois dados simultaneamente, somando
os pontinhos, eles nos darão trinta e seis (36) possíveis resultados (1+1,1+2, 1+3, ... ,6+4,6+5,6+6).
Ou seja, o menor resultado seria ao dar umponto em cada dado, e a maior soma seria a resultante de
seis em ambos dados.

E agora, vamos ao ponto que queremos chegar, existirá algum número desses resultados, que me dará
maiores chances de vitória?!? Será que existe um número que saia mais vezes que outros, me dando
maiores possibilidades de ganho? Ou todos eles saem com a mesma incidência?? Repare que o menor
resultado será 2, e o maior 12. Você concorda?
Se você quiser arriscar um palpite, baixe o arquivo em: http://novainter.net/arq/dice.exe (ele étão pequeno
que você pode escolher a opção de ABRIR no download) e a seguir, altere OPTIONS no item “NUMBERS
of DICE” (número de dados) para 2, e dê um OK. Devem aparecer dois dados na tela, e a partir daí é somen-
te clicar em ROLL! Que ele aleatoriamente lhe dará um resultado. Então, já descobriu a resposta?!?

Vendo a tabela abaixo podemos entender melhor a lógi-


ca dessa resposta.

Na linha branca horizontal temos de 1 a 6, representando os resultados do primeiro dado, e na linha


branca vertical temos os resultados do segundo dado. Na região amarela obtém-sea soma de todos as
36 possíveis combinações anteriores.

253
Informática
Qual é o número que mais aparece na região amarela? Repare que o número que mais aparece nessa
matriz é o número 7!! Portanto, esse é resultado que permite o maior número de combinações com a
soma de dois dados (1+6, 2+5, 3+4, 4+3, 5+2 e 6+1). Ou seja, do ponto de vista estatístico, na média,
a cada seis jogadas com os dois dados, sairá um 7 (6 possibilidades em 36), e portanto é o número com
maiores chances de sair!!

Logo, devido a elaboração abstrata, matemática e mental, estamos agora no nível doCONHECIMEN-
TO. E acima de tudo, com maiores vantagens de ganho que outra pessoaque não possuía esse CO-
NHECIMENTO. Logo, em termos genéricos, podemos dizer que CONHECIMENTO é DINHEIRO!!

SABEDORIA
Para finalizarmos, vamos apresentar uma MÁGICA. Na foto abaixo, você está vendo uma caixa ci-
líndrica com as tampas ovaladas, e dois dados inseridos na mesma (facilmente encontrada em cada de
mágicas). Quando fechamos a caixa e batemos duas vezes no ar, podemos garantir os resultados de
como estarão esses dados, sem abrir a caixa. Você acredita? Consegue descobrir essa magia?!?

Segredo revelado: Como a caixa é ovalada, quando “batemos” a mesma no ar, os dados não conse-
guem passar pelo centro da mesma. Portanto, giram pelas bordas. Como a cada batida eles giram 90º,
com duas batidas eles ficam exatamente ao contrário da posição que eles estavam. Já matou?!? Como
sabemos que os lados opostos de um dado somam sete, fica muito fácil saber o resultado desses dados
guardando mentalmente os números originaisantes de fecharmos a caixa. Portanto, se antes de fechar
estava um 3 e 5, o resultado final será um 4 e 2. Legal, não é?

Agora imagina se fizéssemos essa mesma mágica numa tribo indígena. Era capaz de eles destronarem
o pajé e nos elegerem ... (rs,rs,rs)

Por isso, que fica tão difícil definir o que é sabedoria. É algo mítico, e até espiritualista. Na bíblia ci-
ta-se que Deus ao perguntar a Salomão o que ele gostaria de receber por suasobras, respondeu
de imediato o queria, e se transformou no homem mais rico da época.
Adivinha o que ele respondeu?

254
Informática

Repare na figura acima que, dependendo do estágio de uma empresa, ela pode estar superior a outra
(Organização A, B ou C), devido a sua maturidade na Pirâmide do Conhecimento.

Mais ESTRUTURADO x Menos ESTRUTURADO

Quando dizemos que DADOS e INFORMAÇÃO são mais ESTRUTURADOS, estamos querendo
dizer que esses elementos são mais facilmente inseridos nos computadores para nos ajudar a trabalhar,
principalmente, quando precisamos lidar com um grande número de fatores.

Os MAINFRAMES (computadores de grande porte) nasceram através dessa necessidade. O governo


americano precisava processar o censo de 1890, e se não utilizasse alguma máquina, demoraria mais
de 10 anos para processar todo o volumoso trabalho. Nascia a primeira aplicação dos antigos cartões
perfurados, e que em seguida ajudou a alavancar os primeiros computadores.

No entanto, o conhecimento e a sabedoria são considerados menos estruturados, porque o processo


que transforma dados em informação, informação em conhecimento, e conhecimento em sabedoria é
a INTELIGÊNCIA. E como a inteligência somente é manifestada em seres vivos, basicamente no ser
humano, a estruturação desses elementos numa máquina ainda é um desafio a ser vencido.

Esse é o grande desafio da Gestão do Conhecimento (KM). Pois, administrar dados e informação até
que as máquinas nos ajudam, mas como mensurar e registrar todo o conteúdo de um cérebro humano?

Os fatos que acabamos de considerar também são úteis para entendermos a evolução da Informática.
Enquanto nos primeiros estágios a preocupação era contabilizar dados, a áreade Informática desse
tempo era chamada de CPD – Centro de Processamento ... do quê?
Isso mesmo, de DADOS!!

Em seguida, temos a preocupação em administrar a informação. E os antigos CPD‟s adequaram seus


nomes para Tecnologia de INFORMAÇÃO (T.I.), sigla mais usual em nossos dias para as áreas res-
ponsáveis pela Informática nas empresas.

Finalmente, nas empresas mais avançadas, o foco hoje está na Gestão do Conhecimento (K.M. -
Knowledge Management), que visa transformar efetivamente o capital intelectual dos seus colabora-
dores, em recursos tangíveis e intangíveis, e naturalmente, em lucro.

255
Informática

BANCO de DADOS

Um Banco de Dados basicamente é uma coleção de dados organizados para atender a muitas aplica-
ções, centralizando eficientemente os dados e minimizando dados redundantes (LAUDON & LAU-
DON).

Hierarquia dos Dados

Para definirmos todos os conceitos envolvidos na figura anterior, intitulada “Hierarquia dosDa-
dos”, gostaríamos que você fizesse uma pequena “lição de casa”. Navegue na famosaenciclopé-
dia on-line que, em inglês, já possui mais verbetes do que a própria Enciclopédia Barsa, a já comen-
tada WIKIPÉDIA (http://pt.wikipedia.org). E veja cada um dos termosutilizados na figura.

DATAWAREHOUSE

Muito utilizado em Administração e Marketing para auxiliar e apoiar as tomadas de decisões que de-
pendam de muitas variáveis. Pode-se definir o Datawarehouse como sendo o conjunto de hardware e
software que possibilitam o acesso a dados estratificados e consolidados de forma consistente e rápida,
a fim de evitar buscas redundantes e dispersivas pelos diversos repositórios genéricos existentes na
organização.

256
Informática

Parte do nome em inglês “warehouse” representa armazém ou mesmo depósito, ou seja, emgrosso
modo poderíamos dizer como sendo um conjunto de vários Banco de Dados Corporativos (um arma-
zém de muitos Banco de Dados).

DATAMINING

De nada adianta termos um enorme conjunto de dados, e não conseguirmos extrair nada significativo
deles. Portanto, o Datamining utiliza uma grande variedade de técnicas para descobrir modelos e rela-
ções ocultas em grandes repositórios de dados e, a partir daí, inferir regras para prever comportamento
futuro e orientar a tomada de decisões (Hirji, 2001).

O Datamining funciona como a própria palavra significa: “a mineração de dados”. Normalmente en-
contramos na literatura técnica o par casado DATAWAREHOUSE e DATAMINING, pois, pratica-
mente em todas as aplicações, um depende do outro.

ONTOLOGIAS

As ontologias são, a bem dizer, bases de conhecimento, e não de dados. Através de estruturas especiais
podemos diferenciar de forma semântica palavras semelhantes, mas com significados distintos. Um
bom exemplo seria a palavra REDE. Enquanto para um profissional de computação terá como signi-
ficado a conexão de computadores, para um pescador terá outro sentido. E num outro contexto, por
exemplo, nas férias, poderá até significar uma rede de descanso (bom se lembrar disso agora, não é?).

Para entendermos melhor a grande influência dos Sistemas de Informação no cotidiano empresarial,
vamos analisar com maiores detalhes seus principais eixos (Hardware, Software, Peopleware, Netwa-
re e Banco de Dados) e suas definições a seguir.

HARDWARE

É o equipamento físico usado para atividades de entrada, processamento e saída de um Sistema de


Informação. Tem como principais partes: Unidade Central de Processamento (CPU), dispositivos de
Entradas e/ou Saídas e os dispositivos de Armazenamento (memóriase disco rígido).

257
Informática
SOFTWARE

Consiste em instruções detalhadas e pré-programadas que controlam e coordenam os componentes do


hardware de um Sistema de Informação. Para você entender melhor esses dois primeiros componentes
de TI, vamos utilizar uma definição bem popular, aonde se brinca dizendo que Hardware é tudo aquilo
que você “chuta”, e Software aquilo que você “xinga”.

PEOPLEWARE

São todos os profissionais que, diretamente ou indiretamente, estão relacionados e utilizamos Siste-
mas de Informação.

NETWARE (REDE)

Responsável em interligar os diversos equipamentos de computação e transferir dados de uma locali-


zação física para outra. Equipamentos de computação e comunicação podem ser conectados em rede
para compartilhar voz, dados, imagens, som e até vídeo. Uma rede liga dois ou mais computadores
para compartilhar dados ou recursos, como uma impressora por exemplo.

A figura anterior aborda os vários tipos de rede possíveis de existir num Sistema de Informações:

TI- Descrição
POS
PAN Redes pessoais, para conexão de curtas distâncias.

LAN Tipicamente as Redes Locais de escritório, ou de Laboratório.

MAN Redes de dimensões de uma cidade, por exemplo: a USP, com a sua Cidade
Universitária toda conectada.
WAN Redes de longa distância, o melhor exemplo é a própria Internet.

258
Informática

Sem uma Rede, hoje em dia, os computadores transformam-se em “carros sem rodas”. De que adianta
você ter uma BMW na garagem para mostrar para seus amigos, se eles ao pedirem para dar uma “vol-
tinha”, você diz que as rodas ainda estão sendo importadas? rs,rs,rs ...

BANCO de DADOS

Canalizando todos os eixos temos o Banco de Dados. Sem esse importante recurso tecnológico os
outros eixos ficam debilitados. E como já vimos na Unidade anterior, com base nele, podemos
estruturar outras formas de organização de dados numa empresa ou organização.

Os principais elementos básicos de qualquer tipo de organização empresarial, quanto aosSistemas de


Informação, são:

PESSOAS

Todos os trabalhadores que participam da empresa. Funcionários diretos, indiretos, terceiros,consultores,


executivos. Cada um desses tipos tem papel relevante no processo quedisponibiliza bens ou serviços.
Repare a diferença quanto a PEOPLEWARE. Enquanto PESSOAS referem-se a qualquer tipo de
recurso humano aplicado numa atividadeempresarial, PEOPLEWARE significa as pessoas com maior
contato com os recursostecnológicos (hardware, software, netware).

PROCESSOS

Podemos definir PROCESSO como a forma pela qual uma empresa cria, trabalha ou transforma in-
sumos para gerar bens ou serviços que serão disponibilizados para seus clientes. Uma forma mais
simples de definir PROCESSO seria “a maneira pela qual se realiza uma operação, seguindo normas
preestabelecidas”. Essa definição é tão importante para o nosso módulo, que a palavra-chave para to-
dos os temas de nossas aulas é justamente PROCESSO.

259
Informática

Veja que na figura acima até mesmo o computador ao processar entradas, e gerar saídas, utiliza a pa-
lavra PROCESSO. O computador PROCESSA as entradas e produz as saídas correspondentes ao que
foi especificado nos programas.

TECNOLOGIA

Pode-se definir, neste contexto, que Tecnologia é todo o ferramental computacional de apoioe supor-
te da área de Informática, com o intuito de atender as necessidades dos Sistemas de Informação.
Praticamente representa os eixos vistos na Unidade anterior, e
maisplanejamento, desenvolvimento de sistemas, suporte de software, processos de produção e
operação, suporte de hardware, etc.

Para entendermos melhor como que, em curto espaço de tempo, a Internet conseguiu alterar a vida
pessoal e profissional de todos (com maior apelo popular a partir da década de 90), vamos conhecê-la
um pouco mais profundamente (veja a figura abaixo). Na nuvem azul da figura abaixo, está represen-
tado o conjunto de roteadores existentes na rede mundial, interligando os países, e temos na periferia
as principais aplicações usuais da Web.

260
Informática

Um roteador, em grosso modo, pode-se definir como, análogo a um guarda de trânsito inteligente, que
direciona os diversos pacotes para as vias de melhor tráfego. Interessante que para interligar fisica-
mente os pontos geográficos do nosso planeta, várias estratégias “malucas” são utilizadas. Utilizam-
-se desde os famosos satélites, até cabos submarinosatravessando os oceanos, e mesmo o recurso
das redes sem fio (wireless).

No início das telecomunicações, a mídia (qualquer meio para conexão) uma vez ocupada,ficava
bloqueada enquanto estava em uso, e nenhum outro usuário conseguia utilizá-la. Como avanço da
tecnologia, evoluiu-se da “comutação de circuitos” para a revolucionária “comutação de pacotes”.
Ou seja, divide-se tudo o que os usuários irão encaminhar empequenos pacotes misturando-os, e
consegue-se assim compartilhar simultaneamente amídia para todos esses usuários.

Portanto, através das três primeiras letras da famosa sigla TCP/IP conseguimos potencializar essas
comunicações. E para identificarmos os computadores e roteadores da rede usamosas duas últimas
letras, o IP. Seria praticamente como se cada equipamento tivesse um “número de telefone” (IP), para
poder ser localizado e identificado pela rede.

Um termo bastante utilizado na Web é o download, ou seja, o processo de “baixar” arquivos, música,
dados da grande rede. Vamos ver agora, o inverso disso: o upload. O upload na verdade ocorre em
todo momento que estamos navegando na Web, no entanto, não percebemos. E é graças ao estudo da
quantidade de uploads que fazemos, é que o SPEEDY, ou mesmo um VIRTUA, somente para citar
dois representantes dessa tecnologia, conseguem dimensionar as tais “bandas (não de ROCK) largas”.

Como fazemos na grande maioria das vezes uploads de pequenas dimensões (ao clicarmos num link,
digitarmos um site para conhecê-lo, pesquisarmos uma palavra-chave num Google, etc.) a banda re-
servada para isso é pequena. Para tanto, encaminhamos para os principais servidores da Internet essa
pequena quantidade de bytes. No entanto, quando baixamos uma página cheia de imagens, texto

261
Informática
e som, “extraindo” uma música conhecida da Web, ou mesmo quando atualizamos os nossos e-mails
com o monte de arquivos em anexo, a banda necessária é muito maior do que os uploads que fazemos.

Web 2.0 x Internet 2.0

O termo Web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly, entusiasta do Software Livre, em outubro de 2004,
com a seguinte definição adaptada: “... é a mudança para uma “nova” Internet como plataforma, e o
entendimento das regras para obter o sucesso nesse novo ambiente. Uma das regras mais importantes
é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos da grande rede, tornando-os melhores, e à medida
que mais pessoas os utilizem, aproveita-se da Inteligência Coletiva”.

Com isso vivencia-se, de fato, uma nova geração da informática. Primeiramente, na décadade 60,
os Mainframes, com as suas máquinas de grande porte, atendiam (e ainda atendem) às grandes cor-
porações. Apenas uma empresa com altos recursos financeiros tinha sentidode ter um computador
desse tipo. Com o advento do PC (Personal Computer) a computaçãopassou o poder de proces-
samento para o simples cidadão – um computador para cadapessoa, como era o sonho de Bill
Gates.

Portanto, historicamente passou-se de grandes computadores direcionados para as empresas gigantes,


depois um micro para cada usuário e agora muitos usuários e muitos computadores, numa única rede,
ajudando a gerar valor para o cidadão (veja a figura anterior). Nos primórdiosda Internet tentava-se
explorar, tanto técnica como financeiramente, todas as possibilidades que essa rede mundial poderia
fornecer. Com a natural maturidade, a Internet avançou de modelos técnicos e econômicos fracassa-
dos, para uma Web de valor mais significativo e efetivo para o usuário.

Essa evolução foi tão significativa, que permitiu a criação de aplicativos extremamente análogos com
aqueles que rodam em computadores pessoais, sem a necessidade de nenhuma instalação adicional.
Aproveitando dos atuais e disponíveis recursos tecnológicos (popularização da banda larga e desen-
volvimento de linguagens novas), a Web 2.0 está praticamente sendo um verdadeiro Sistema Opera-
cional, como se fosse um Windows. Nessamesma linha de pensamento temos o interessante artigo de
Paul Graham com o forte título “Microsoft is Dead”, apresentando a sua visão quanto ao extraordiná-
rio avanço do Google e os caminhos incertos que a Microsoft tem perseguido.

Damos um destaque adicional para as atuais interfaces gráficas. Enquanto, no antigo DOStínha-
mos uma típica interface 1D, podendo somente navegar na horizontal, avançamos paraas de 2D
(duas dimensões) no Windows. E atualmente, podemos através de um “filhote” da Web 2.0, o famoso
SECOND LIFE (www.secondlifebrasil.com.br) navegar e literalmente voarnuma interface 3D. Num
curto espaço de tempo todos esses recursos farão mudar a nossaforma de explorar a Internet.

262
Informática
Você acredita que já está disponibilizada para as grandes universidades do mundo a INTERNET 2?
Ela se diferencia da Web 2.0, pois enquanto a primeira tem como utilidade a realização de experimen-
tos, principalmente científicos e acadêmicos (com altos índices de tráfego e com novas tecnologias),
a segunda se dedica a potenciar os recursos já existentes da atual rede mundial. Alguns exemplos da
Internet 2 seriam a Telemedicina, aonde animais, e em breve seres humanos, sofrem operações por
especialistas de qualquer lugar do globo terrestre. E algumas experiências especiais de educação futu-
rística (mouses inteligentes com sensores de temperatura, pressão, umidade para dimensionar aulas
mais adequadas, em tempo real, pela Web).

Internet x Intranet x Extranet

Podemos definir a Internet, de uma forma sintética, como uma rede global de computadoresque se
comunicam através de um grupo de protocolos – principalmente o TCP/IP. Paraadaptar-se às
diversas aplicações do mundo empresarial, a Internet criou dois “filhotes”: a Intranet e a Extranet.

Vamos agora definir essas duas variantes da Internet. Uma Intranet seria a plataforma de rede inde-
pendente, conectando os membros de uma organização, utilizando os protocolos padrões da Internet.
E a Extranet é uma extensão privada de uma empresa, podendo usar a sua Intranet corporativa (ou
não!), permitindo aos seus clientes, parceiros e fornecedoresque acessem seus processos internos,
comunicando-se e realizando negócios.

Muitas vezes ocorrem definições errôneas quanto a esses dois conceitos. Acredita-se que uma Extra-
net seria simplesmente um conjunto de Intranets de uma Instituição. Mas, se olharmos atentamente a
definição de Extranet, podemos observar que ela não está necessariamente vinculada a uma Intranet,
embora possa utilizar-se de tais recursos.

Outro conceito errôneo é imaginar que um funcionário acessando o site interno da empresa, fora de
suas instalações, estará na verdade acessando uma Extranet. O que devemos ter bem claro, em mente,
é que a Intranet é dirigida para o seu público interno (funcionários, diretores, proprietários, etc.) en-
quanto a Extranet tem como objetivo atingir fornecedores, parceiros, clientes, etc. (público externo).

Portanto, a título de ilustrar melhor esses conceitos, vejamos como isso funcionaria acessando um site
de um banco qualquer. Uma pessoa que simplesmente esteja analisando em qual banco irá abrir a sua
conta corrente, estará acessando o site simplesmente comoum usuário geral, ou seja, como qualquer
público, portanto estará entrando na Internet.

Se fosse um funcionário do banco, tendo senhas especiais para acessar conteúdos, quedizem res-
peito somente aos controles internos técnico/administrativos, estará acessando a Intranet da Instituição.
Mesmo que para isso tenha que fazê-lo fora da empresa.

E na situação de correntista do Banco, como cliente e principal parceiro nesse processo, com a posse
de uma senha específica, estará acessando a Extranet. Nenhuma outra pessoa, em principio, poderá
acessar esse material, que por questões de segurança, o banco somentelibera os dados específicos desse
cliente para movimentações.

263
Informática
Informática (Área Policial) FGV
Ranking de assuntos/Tópicos mais cobrados incidência
1) Word 24,24%
2) Writer 18,18%
3) Windows 7 9,09%
4) Memórias (RAM, ROM, CACHE, HD etc.) 4,04%
5) Extensão de Arquivos 3,03%

Ranking de assuntos/Tópicos menos cobrados


1) Outlook Express 1,01%
2) Compactadores e Descompactadores (Winzip, Winrar, etc.) 1,01%
3) Intranet e Extranet 1,01%

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA PMAM 2021

NOÇÕES DE INFORMÁTICA:

Dispositivos de entrada e saída e de armazenamento de dados. Impressoras, teclado, mouse, disco rígido,
pendrives, scanner plotter, discos ópticos.

Noções do ambiente Windows. MSOffice (Word, Excel, Powerpoint, Outlook). LibreOffice (Writer, Calc,
Impress, eM Client).

Conceitos relacionados à Internet; correio eletrônico.

Noções de sistemas operacionais. Ícones, atalhos de teclado, pastas, tipos de arquivos; localização, criação,
cópia e remoção de arquivos; cópias de arquivos para outros dispositivos; ajuda do Windows, lixeira,
remoção e recuperação de arquivos e de pastas; cópias de segurança/backup, uso dos recursos.

264
Informática
Disciplina Noções de Informática
Assunto 1 Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos

1
Q1825474
NC-UFPR - 2021 
Noções de Informática 
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
PC-PR 
Investigador de Polícia
Em um site de vendas por internet, foi anunciado um computador com a seguinte especificação: No-
tebook Gamer Core i7-9750H 16GB 256GB SSD Tela Full HD 15.6” Linux. O termo SSD refere-se à
memória:
A
BIOS.
B
primária.
C
de massa.
D
de vídeo.
E
ROM.

2
Q1776198
INSTITUTO AOCP - 2021 
Noções de Informática 
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
PC-PA 
Investigador de Polícia Civil
O dispositivo de armazenamento de dados que não possuiu partes móveis em sua estrutura, fazendo
com que não sofra falhas mecânicas, pois nada se movimenta dentro da sua estrutura, denomina-se 
A
HDDs.
B
SSDs.
C
SATA.
D
SCSI.
E
SASs.
3
Q1850438
OBJETIVA - 2021 
Noções de Informática 
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
Prefeitura de Santa Maria - RS 

265
Informática
Analista de Sistemas
Sobre o que são exemplos de hardware, analisar os itens abaixo:

I. Google Chrome.
II. CD.
III. Programa editor de texto.

Está(ão) CORRETO(S):

A
Somente o item II.
B
Somente os itens I e II.
C
Somente os itens I e III.
D
Somente os itens II e III. 
E
Todos os itens.

4
Q1850437
OBJETIVA - 2021 
Noções de Informática 
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
Prefeitura de Santa Maria - RS 
Analista de Sistemas
Sobre alguns conceitos de informática, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assina-
lar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

(  ) O sistema operacional é o hardware mais importante do computador, responsável pelo armazenamento dos


dados no dispositivo.
(  ) USB é uma porta de entrada para conexão com outros dispositivos, como teclados ou carregadores.
(  ) O disco rígido é um software essencial para o funcionamento do dispositivo, pois faz o computador fun-
cionar e permite que outros programas sejam instalados e funcionem.
A
E - C - E.
B
C - C - E.
C
E - E - C.
D
C - E - E.
E
E - C - C.

266
Informática
5
Q1850436
OBJETIVA - 2021 
Noções de Informática 
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
Prefeitura de Santa Maria - RS 
Analista de Sistemas
Em relação aos conceitos de informática, sobre os periféricos de um computador, analisar a sentença abaixo:

Os periféricos são dispositivos instalados junto ao computador, cuja função é auxiliar na comunicação entre
o usuário e a máquina (1ª parte). Impressora é um exemplo de periférico (2ª parte). O monitor é um exemplo
de periférico de entrada (3ª parte).

A sentença está:
A
Correta somente em sua 2ª parte.
B
Correta somente em suas 1ª e 2ª partes.
C
Correta somente em suas 1ª e 3ª partes.
D
Correta somente em suas 2ª e 3ª partes.
E
Totalmente correta.

Gabarito
1-C
2-B
3-A
4-A
5-B

Disciplina Noções de Informática

Assunto 5.1 Microsoft Word 2.7 Windows 7 5 Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer

1
Q1851206
Avança SP - 2021 
Noções de Informática 
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Prefeitura de Laranjal Paulista - SP 

267
Informática
Auxiliar administrativo

Em se tratando de MS Word 2016, assinale a alternativa da guia Revisão que é usada para adicionar uma
anotação acerca de determinada parte do texto: 
A
Mostrar ajustes. 
B
Novo comentário. 
C
Pesquisa própria. 
D
Pesquisa inteligente.
E
Mostrar sombras para comentários. 

2
Q1851203
Avança SP - 2021 
Noções de Informática 
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Prefeitura de Laranjal Paulista - SP 
Auxiliar administrativo

No MS Word 2016, pode-se elaborar um sumário automático, que pode ser atualizado toda vez que se alterar
o texto utilizado para criar os itens do sumário. Para elaborar esse tipo de sumário, o Word utiliza como
entrada: 
A
os títulos no documento. 
B
as caixas de texto. 
C
as caixas de reposição. 
D
as notas de rodapé. 
E
as referências cruzadas. 

3
Q1850843
Máxima - 2021 
Noções de Informática 
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG 
Assistente Administrativo
No MS-Word 2016, a opção de formatação em que o texto é uniformemente distribuído entre as margens é
chamado de:
A
Centralizado;
B
Alinhado ao centro;
C
Alinhado às margens;

268
Informática
D
Justificado.

4
Q1850842
Máxima - 2021 
Noções de Informática 
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG 
Assistente Administrativo
São tipos de fonte que podem ser utilizadas dentro do MS-Word 2016, EXCETO:
A
Times New Roman; 
B
Tompson;
C
Calibri;
D
Arial.

5
Q1850841
Máxima - 2021 
Noções de Informática 
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG 
Assistente Administrativo
No MS-Word 2016, versão português, a opção de inserção de sumários pode ser encontrada na aba/guia:
A
Inserir;
B
Referências;
C
Desenhar;
D
Layout.

6
Q1850840
Máxima - 2021 
Noções de Informática 
Teclas de atalho
Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG 
Assistente Administrativo
As combinações “CTRL + P” e “CTRL + Z”, no MS-Word 2016, versão português, tem, respectivamente, as
seguintes funções:
A
Imprimir documento / Desfazer ação.

269
Informática
B
Copiar um determinado texto / Repetir ação dupla.
C
Colar um determinado texto / Copiar um determinado texto. 
D
Aplicar negrito ao texto selecionado / Sublinhar texto selecionado.

7
Q1850637
MetroCapital Soluções - 2021 
Noções de Informática 
Microsoft Word
Prefeitura de Nova Odessa - SP 
Professor - Educação Básica I
WordArt é uma forma rápida de fazer o texto destacar-se com efeitos especiais. Você começa escolhendo um
estilo de WordArt, na galeria e WordArt, na guia: 
A
Animações.
B
Estrutura. 
C
Transições. 
D
Design.
E
Inserir.

8
Q1850636
MetroCapital Soluções - 2021 
Noções de Informática 
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Prefeitura de Nova Odessa - SP 
Professor - Educação Básica I
O Microsoft Word é o editor de textos do Microsoft Office. Extremamente, completo, o programa permite
um alto nível de controle das suas funções e ferramentas a partir do uso de atalhos de teclado. A tecla de
atalho CTRL+Q, no Word 2016:
A
Centralizar o texto. 
B
Alinha à esquerda. 
C
Alinha à direita.
D
Justifica o texto.
E
Sublinhar o texto.

270
Informática
9
Q1850635
MetroCapital Soluções - 2021 
Noções de Informática 
Sistema Operacional
Prefeitura de Nova Odessa - SP 
Professor - Educação Básica I
Acerca do Windows 7 e o formato de seus arquivos. Qual das alternativas, a seguir, apresenta uma extensão
de arquivo do tipo texto? 
A
.rtf
B
.csv
C
.ppt 
D
.bmp
E
.sts

Gabarito

1-B
2-A
3-D
4-B
5-B
6-A
7-E
8-B
9-A

271
Informática
Disciplina Noções de Informática
Assunto 15 Extensão de Arquivo

1
Q1850635
MetroCapital Soluções - 2021 
Noções de Informática 
Sistema Operacional
Prefeitura de Nova Odessa - SP 
Professor - Educação Básica I

Acerca do Windows 7 e o formato de seus arquivos. Qual das alternativas, a seguir, apresenta uma extensão
de arquivo do tipo texto? 
A
.rtf
B
.csv
C
.ppt 
D
.bmp
E
.sts

2
Q1848802
IBFC - 2021 
Noções de Informática 
Extensão de Arquivo
Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN 
Agente Administrativo
Leia atentamente a frase a seguir:
    As extensões de arquivos são _____ que designam seu _____ e principalmente a função que desempe-
nham no computador. Umas das extensões utilizadas para arquivos de imagens é a _____ que consiste em
pixels dentro de uma grade retangular.
Assinale a alternativa correta que preencha correta e respectivamente as lacunas.
A
sufixos / formato / BMP
B
números / princípio / JPEG
C
caracteres especiais / formato / JPEG
D
símbolos / formato / DLL
3
Q1845345
AMEOSC - 2021 
Noções de Informática 
Editor de Apresentações - PowerPoint e Impress

272
Informática
Prefeitura de Bandeirante - SC 
Professor - Matemática
A professora Flávia preparou alguns slides no PowerPoint versão 2019 para fazer uma apresentação e deci-
diu transformá-los em imagens. Qual é o procedimento para executar essa tarefa dentro do programa? 
A
Realizar o procedimento normal para salvar o arquivo, mas escolher a extensão (.exe).
B
Realizar o procedimento normal para salvar o arquivo, mas escolher a extensão (.jpg).
C
Realizar o procedimento normal para salvar o arquivo, mas escolher a extensão (.docx).
D
Realizar o procedimento normal para salvar o arquivo, mas escolher a extensão (.html).

4
Q1840503
CETAP - 2019 
Noções de Informática 
Extensão de Arquivo
Prefeitura de Maracanã - PA 
Advogado
Um funcionário da prefeitura precisa salvar seu documento feito no Microsoft Word 2010 (configuração
padrão e em português). Assim que ele clicar nas teclas CTRL + B, por padrão, o arquivo gerado será de
extensão:  
A
.doc  
B
.docx 
C
.rtr 
D
.pdf 

5
Q1840202
Prefeitura de Gaspar - SC - 2021 
Noções de Informática 
Extensão de Arquivo
Prefeitura de Gaspar - SC 
Professor - Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Selecione a alternativa que indica corretamente uma extensão de um arquivo de texto.  
A
.exe 
B
.zip 
C
.txt  
D
.ppt 

273
Informática
6
Q1839269
FGV - 2021 
Noções de Informática 
Extensão de Arquivo
FUNSAÚDE - CE 
Assistente Administrativo
Assinale a opção que indica a extensão que se aplica a um arquivo cujo conteúdo é resultado de operações
de compactação.
A
.docx
B
.pdf
C
.png
D
.xlsx
E
.zip

7
Q1837339
FGV - 2021 
Noções de Informática 
Planilhas Eletrônicas - Microsoft Excel e BrOffice.org Calc
IMBEL 
Nível Médio

Renata usa o LibreOffice Calc, e tem uma planilha de clientes da sua clínica. Os dados estão dispostos em
dez colunas uniformes, com títulos na primeira linha. Não há gráficos ou imagens, pois todas as informações
são textuais.
Renata precisa preparar esses dados para exportação, pois serão usados em bancos de dados e em outras
planilhas.
Nesse caso, a opção simples e prática é salvar a planilha no formato
A
Texto CSV (.csv)
B
Modelo de Planilha ODF (.ots)
C
Planilha ODF (.ods)
D
Planilha Office Open XML (.xlsx)
E
Documento HTML (.html)

274
Informática
8
Q1837325
FGV - 2021 
Noções de Informática 
Extensão de Arquivo
IMBEL 
Nível Médio
Uma edição pública do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis tem, numa página típica, aproximada-
mente 525 palavras, 3.000 caracteres incluindo os espaços, e 34 linhas.
Sabendo-se que essa edição, com cerca de 110 páginas, está gravada num arquivo do tipo “.txt”, sem gráfi-
cos, formatação ou figuras, assinale a melhor aproximação do tamanho total desse arquivo.
A
3,3 KB
B
110 KB
C
330 KB
D
3,3 MB
E
3,3 GB

9
Q1837269
FGV - 2021 
Noções de Informática 
Editor de Apresentações - PowerPoint e Impress
IMBEL 
Analista Administrativo

No LibreOffice Impress, uma apresentação de slides pode ser gravada com diversas formatações, de acordo
com a extensão de arquivo escolhida.
Assinale a extensão de arquivo usada como default pelo Impress.
A
.imp
B
.impx
C
.isp
D
.odp
E
.ppi

10
Q1837261
FGV - 2021 
Noções de Informática 
Extensão de Arquivo

275
Informática
IMBEL 
Analista Administrativo
Com relação aos arquivos característicos da extensão “.csv”, assinale a tarefa na qual são normalmente utili-
zados.
A
Armazenagem de e-mails.
B
Armazenagem de páginas Web.
C
Conversão de imagens de um tipo para outro. 
D
Importação/exportação de dados textuais. 
E
Gravar versões simplificadas de documentos MS Word.

Gabarito

1-A
2-A
3-B
4-B
5-C
6-E
7-A
8-C
9-D
10-D

276
PORTUGUÊS

MATEMÁTICA

LEGISLAÇÃO

HISTÓRIA DO AMAZONAS

GEOGRAFIA

INFORMÁTICA

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