Apostila Concurso PMAM - Delegado Péricles
Apostila Concurso PMAM - Delegado Péricles
Apostila Concurso PMAM - Delegado Péricles
Sucesso!
Delegado Péricles
Deputado estadual
SUMÁRIO
PORTUGUÊS.......................................................................... 004
MATEMÁTICA......................................................................... 085
LEGISLAÇÃO......................................................................... 145
HISTÓRIA............................................................................... 150
GEOGRAFIA........................................................................... 209
INFORMÁTICA....................................................................... 266
PORTUGUÊS
Português
005
Português
-as formas dos verbos em jar: -substantivos e verbos ligados a nomes terminados
viajei, arejou, marejava. em -to: isenção (isento);
-depois de ditongo: náusea, pausa, coisa, pouso, -substantivos e adjetivos relacionados com substan-
deusa; tivos terminados em -eia: baleeiro (baleia);
-verbos em -isar, derivados de vocábulos cujo -ditongos nasais: mãe, pães, capitães, alemães.
radical termina em s: pesquisar, (pesquisa), analisar
(análise); Escrevem-se com i:
-a terceira pessoa singular do presente do indicativo
-verbos derivados de vocábulos que terminam em s: dos verbos em -uir: possui;
bisar (bis);
-as formas rizotônicas dos verbos em -ear: passeio,
-verbos em -usar: abusar, acusar, recusar; freio (mas freamos, freada, passeemos).
-as formas verbais de pôr e querer: pus, quisesse. 3. NOÇÕES DE FONÉTICA E FONOLOGIA
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Português
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Português
008
Português
e) a, a, à, a, a.
e) Se ninguém se opuzesse, os Estados Unidos inter-
16) (FVG - 2018) Assinale a alternativa que com-
virem.
pleta corretamente as lacunas da frase inicial.
20) (FGV - 2020) O vocábulo que NÃO contém en-
Estou .... de que tais ......devem ser....... contro consonantal, é:
a) cônscio – privilégios - extintos
a) brasileira
b) côncio – privilégios – estintos
b) pedissem
c) cônscio – privilégios – estintos
c) influências
d) cônscio – previlégios – estintos
d) diversificadores
e) cônscio – previlégios – extintos
e) este
17) (FGV - SP) Assinale a alternativa correta, con-
21) (FGV - SP) A única opção que NÃO está correta-
siderando também erros de ortografia e acentuação: mente caracterizada é:
a) É preciso que a empresa continui crescendo e, po- a) carro/depois – dígrafo / ditongo decrescente oral
risso, tomarei as medidas que me convirem.
b) aqui/pareceram – dígrafo / ditongo decrescente
b) É preciso que a empresa continue crescendo e, po- nasal
risso, tomarei as medidas que me convir.
c) quase/magras – ditongo crescente oral / encontro
c) É preciso que a empresa continue crescendo e, pôr consonantal
isso, tomarei as medidas que me conviessem..
d) duas/mulheres – hiato / dígrafo
d) É preciso que a empresa continua crescendo e, por
isso, tomarei as medidas que me convem. e) coio/vinham – tritongo / dígrafo
e) É preciso que a empresa continue crescendo e, por 22) O único item que apresenta erro na divisão silá-
isso, tomarei as medidas que me convierem. bica é:
18) (FGV - SP) Assinale a alternativa correta, con- a) al-co-ó-li-co / a-guar-dan-do / ru-im
siderando também erros de ortografia e acentuação: b) ma-io-ri-a / pre-en-chi-da / jo-e-lho
a) Enquanto não reaverem o tempo perdido, não se c) in-vic-ta- / com-pas as-do / pi-gar-re-ou
dêm por satisfeitos.
d) vi-nha / res-pei-ta-bi-lís-si-ma / cap-ta-da
b) Enquanto não rehaverem o tempo perdido, não se
deem por satisfeitos. e) di-á-ria / vas-sou-ra / des-to- an-tes
c)Enquanto não reouverem o tempo perdido, não se
deem por satisfeitos. GABARITO
d)Enquanto não rehouverem o tempo perdido, não se 1-E 2-A 3-B 4-C 5-A 6-B 7-C
deêm por satisfeitos
8-E 9-D 10-A 11-E 12-E 13-B 14-C
e) Enquanto não reaver o tempo perdido, não se da-
ram por satisfeito. 15-B 16-A 17-E 18-C 19-D 20-B 21-E
19) (FGV - SP) Assinale a alternativa correta, con- 22-C
siderando também erros de ortografia e acentuação:
a) Se ninguém se opor, os Estados Unidos intervie- 4. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
rem.
b) Se ninguém se opôr, os Estados Unidos intervie-
ram. Os concursos apresentam questões interpreta-
tivas que têm por finalidade a identificação de um lei-
c)Se ninguém se opuzer, os Estados Unidos intervi- tor autônomo. Portanto, o candidato deve compreen-
ram. der os níveis estruturais da língua por meio da lógica,
d)Se ninguém se opuser, os Estados Unidos intervi- além de necessitar de um bom léxico internalizado.
rão.
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Português
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Português
Exemplos:
• A professora pediu aos alunos que pegassem Assunto: Compreensão e Interpretação de texto
o caderno de Geografia.
• A polícia capturou os três detentos que ha-
viam fugido da penitenciária de Santa Cruz Chão da infância. Algumas lembranças me pare-
do Céu. cem fixadas nesse chão movediço, as minhas pajens.
• O hibisco é uma planta que pode ser utiliza- Minha mãe fazendo seus cálculos na ponta do lápis
da tanto para ornamentação de jardins quanto ou mexendo o tacho da goiabeira ou ao piano, tocan-
para a fabricação de chás terapêuticos a partir do suas valsas. E Tia Laura, a viúva eterna que foi
das suas flores. morar na nossa casa e que repetia que meu pai era
um homem instável. Eu não sabia o que queria dizer
CONOTAÇÃO instável mas sabia que ele gostava de fumar charu-
Quando a linguagem está no sentido tos e gostava de jogar. A tia um dia explicou, esse
conotativo, significa que ela está sendo utili- tipo de homem não consegue parar muito tempo no
zada em seu sentido figurado, ou seja, aque- mesmo lugar e por isso estava sempre sendo remo-
le cujas palavras, expressões ou enunciados vido de uma cidade para a outra como promotor. Ou
ganham um novo significado em situações e delegado. Então minha mãe fazia os tais cálculos de
contextos particulares de uso. O sentido cono- futuro, dava aquele suspiro e ia tocar piano. E depois
tativo modifica o sentido denotativo (literal) arrumar as malas.
das palavras e expressões, ressignificando-as. - Escutei que a gente vai se mudar outra vez, vai
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso mesmo? Perguntou minha pajem Maricota. Estáva-
da linguagem conotativa nos gêneros discursivos mos no quintal chupando os gomos de cana que ela ia
textuais primários, ou seja, nos diálogos informais descascando. Não respondi e ela fez outra pergunta:
do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundá- Sua tia vive falando que agora é tarde porque Inês é
rios, ou seja, aqueles mais elaborados, como os morta, quem é essa tal de Inês?
literários e publicitários, que a linguagem conotati-
va aparece com maior expressividade. A utilização Sacudi a cabeça, não sabia. Você é burra, Maricota
da linguagem conotativa nos gêneros discursivos resmungou cuspindo o bagaço. Fiquei olhando meu
literários e publicitários ocorre para que se possa pé amarrado com uma tira de pano, tinha sempre um
atribuir mais expressividade às palavras, enunciados pé machucado (corte, espinho) onde ela pingava tin-
e expressões, causando diferentes efeitos de senti- tura de iodo (ai, ai!) e depois amarrava aquele pano.
do nos leitores/ouvintes. No outro pé, a sandália pesada de lama. [...]
É um não querer mais que bem querer; c) uma criança, em primeira pessoa, relembra expe-
É um andar solitário entre a gente; riências muito recentes.
É nunca contentar-se de contente;
d) um idoso resgata apenas o ponto de vista de
É um cuidar que se ganha em se perder. vista de uma mãe.
É querer estar preso por vontade; e) uma criança, a partir da memória dos sonhos, pro-
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Português
jeta o seu futuro. numa cidade pequena. Vim de Caicó para Natal, onde
ainda estou e não tenho vontade de sair. Geografica-
Leia o texto a seguir para responder à questão 2. mente falando, minha maior partida. Pessoalmente, o
Vencedora do Nobel de Química cria teste para encontro com o meu lugar no mundo.
detectar a Covid-19 em cinco minutos 3. Dominantemente, o parágrafo é composto pela
(10/10/2020) Jennifer Doudna, vencedora do Prê- sequência
mio Nobel de Química, desenvolveu um teste para a) injuntiva.
detectar o
b) argumentativa
vírus da Covid-19 em apenas cinco minutos. O teste
é fundamentado na genética CRISPR, invenção que c) descritiva
levou Doudna ao pódio do Nobel. A investigação d) narrativa.
foi desenvolvida em parceria com a Universidade da
Califórnia, nos Estados Unidos da América. e) dissertativa.
O teste está em fase experimental e aguarda aprova-
ção pela comunidade científica. No entanto, já cap- Leia o texto a seguir para responder à questão 4.
tou a atenção de muitos pelas suas características: o
Estudo afirma que bebês são altruístas
novo teste é pequeno, portátil e pode ser usado por
qualquer um, dispensando pessoal médico. Uma Um estudo publicado apontou que bebês pa-
câmara de telemóvel é o suficiente para saber se está recem ser capazes de comportamentos altruístas. A
positivo ou negativo para a Covid-19. Além de todas pesquisa envolveu quase 100 bebês de 19 meses de
as novidades, o teste também identifica a fase da idade.
infecção em que se encontra, sendo ela contagiosa Os cientistas montaram um cenário em que o
ou não. (...) bebê tinha _____ disposição algumas frutas. A ideia
Segundo a imprensa espanhola, esse teste era verificar se ele se disporia a dar comida a um es-
pode ser uma alternativa ao atual utilizado para tranho – no caso, um dos pesquisadores –, sem ser
identificar o vírus da Covid-19, cujo resultado pode encorajado.
demorar até 48 horas, e até mesmo às análises san- O pesquisador, sentado à frente da criança em
guíneas. uma mesa, mostrava a ela um pedaço de fruta. Caso
Disponível em: <https://www.cmjornal.pt/socieda- o bebê estivesse em um primeiro grupo selecionado
de/>. para a avaliação, o “de controle”, o cientista colocava
a comida em uma __________ no chão ao alcance da
Acesso em: 3 mar. 2021. (fragmento), com adapta-
criança e ficava parado, esperando a sua ação. Já no
ções
outro grupo, o pesquisador fingia derrubar a fruta e
2. No que tange à tipologia textual, o texto apresen- tentava recuperá-la, sem sucesso.
tado é A intenção dos cientistas era de que o adulto pa-
a) narrativo, pois conta uma sequência de fatos rela- recesse querer a fruta nesse último caso, enquanto, no
tivos à trajetória de Jennifer Doudna. primeiro, estaria indiferente à comida. A descoberta
foi de que apenas 4% das crianças no grupo de con-
b) argumentativo, já que defende um ponto de vista trole pegava a fruta e a devolvia ao pesquisador. No
relacionado aos testes mais eficazes para detectar a outro, a taxa de bebês que devolveu a comida foi de
Covid-19. mais de 50%.
c) descritivo, uma vez que trata da descrição deta- Na segunda parte do experimento, outras crian-
lhada da descoberta da genética CRISPR. ças foram observadas. Seus pais as levaram até o lo-
d) expositivo, tendo em vista o intuito de informar o cal da pesquisa logo antes de uma refeição ou lanche
leitor quanto à descoberta de um teste, ainda em fase que seus bebês estavam acostumados a fazer – ou
experimental, rápido e prático para identificação do seja, quando provavelmente estivessem famintos.
vírus da Covid-19. A diferença entre esse teste e o primeiro é de
que, neste caso, haveria um, digamos assim, custo
e) injuntivo, em razão de disponibilizar orientações para a criança que resolvesse devolver a fruta: ela
quanto à identificação rápida do vírus da Covid-19. continuaria passando fome. Desse modo, os pesqui-
sadores queriam verificar se o comportamento de
ajudar o próximo seria reproduzido até mesmo quan-
Leia o texto para responder à questão 3.
do resultasse em uma consequência negativa para o
Fui embora poucas vezes na vida. A mais dramática bebê.
foi mesmo quando saí de casa. Não houve briga ou
Os resultados foram __________: enquanto ne-
desentendimento. Eu apenas senti que não cabia mais
nhuma criança do grupo de controle ofereceu a co-
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Português
mida de volta ao cientista, 37% dos bebês do outro sos; o interesse maior das questões está em verificar
grupo o fizeram. Assim, os pesquisadores afirmam sua competência na compreensão/interpretação de
ter descoberto raízes do comportamento altruísta já textos e sua capacidade de estruturar pensamentos
no início da infância. com a língua escrita culta.
(Site: Abril - adaptado.) O poeta italiano Leopardi disse certa vez, sobre o ar-
4. Na oração “À medida que as horas passavam, fi- rependimento: “É possível repousar sobre qualquer
dor de qualquer desventura, menos sobre o arrepen-
cava mais ansioso.”, a expressão sublinhada exprime
dimento. No arrependimento não há descanso nem
ideia de: paz, e por isso é a maior ou a mais amarga de todas
a) tempo. as desgraças”.
b) Causa. 6. Trata-se de um texto:
c) Proporção.
d) Concessão. a) descritivo, de caráter visual;
e) Conformidade b) argumentativo, de base opinativa;
c) dissertativo, de caráter informativo;
Leia o texto a seguir para responder à questão 5. d) narrativo, de temática abstrata;
e) descritivo-narrativo, com mistura de dados e fa-
História da lenda do Bumba meu boi tos.
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Português
“O intelecto humano compreende algumas coisas felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a ansieda-
com tal perfeição, e delas tem uma certeza tão ab- de for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas
soluta, quanto as possui a própria natureza: e tais ninguém garante.
são as ciências matemáticas puras, ou seja, a geo- É temperamental, a felicidade. Não vem por
metria e a aritmética, das quais o intelecto divino qualquer coisa. E para ficar então… hi, não conheço
conhece muito mais infinitos teoremas, pois conhece nenhum caso de alguém que a tenha tido por perto a
todos eles: mas daqueles poucos compreendidos pelo vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la
intelecto humano, creio que a cognição se compare à quando ela chega. Entendeu agora por que a minha
divina na certeza objetiva...” pergunta? Será que você sabe mesmo quando está fe-
Galileo Galilei. liz? Ou será que você só consegue saber que foi feliz
quando a felicidade já passou?
8. Esse pensamento é, e mostra, uma estrutura argu- Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo
reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisio-
mentativa; tudo o que nele é afirmado se apoia em
nomista. Ou porque ela seja muito mais esperta do
a) opiniões pessoais. que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz
b) estudos e pesquisas. depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço:
“Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no
c) testemunhos de autoridade. presente ela sempre me dá uma rasteira. Ando por aí,
d) citações. feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por
isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter
e) princípios religiosos. assim, tão pertinho, a tal da felicidade.
Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de
Leia o texto a seguir para responder à questão 9. momentos felizes. E aqui é importante deixar claro
que esses momentos devem durar um certo período
de tempo. Um episódio isolado feliz – como quatro
Você reconhece quando chega a felicidade? dias de Carnaval, por exemplo – não significa felici-
dade. A felicidade, quando vem, não vem de passa-
Ana Paula Padrão
gem. Não dura para sempre, mas dura um tempinho.
Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser Gosta de uma certa estabilidade, a danada! O proble-
feliz que acompanha o Carnaval. Quem foge da folia ma é saber que ela está ali na hora em que ela está ali.
ganha o rótulo de antissocial, depressivo ou chato. Mas, voltando à lista, até que ela é longa.
Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão
Já fui bastante feliz. Talvez não na maior par-
de conceitos. Uma festa alegre não significa que você
te do tempo. Mas acho que ninguém é. A lista é um
esteja plenamente feliz. E forçar uma situação de fe-
grande exercício. Sabendo quando você foi feliz, é
licidade tem tudo para terminar em arrependimento e
mais fácil descobrir por que você foi feliz. Para ser
frustração. Aliás, você reconhece a felicidade quando
ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronoló-
ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momen-
gica. Lendo a minha, constato que fico cada vez mais
to? Espere um pouco antes de responder. Pense de
feliz e por mais tempo. Será que ela está aqui agora?
novo.
Não sei dizer. Mas a paz de que desfruto agora é um
Estamos falando de felicidade! Não de uma ale- sintoma dela.
gria qualquer. E qual é a diferença? Bem, descrever
E isso não tem nada a ver com a tal obrigação de
a felicidade não é fácil. Ela é muito recatada. Não
ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus
fica ali, posando para foto, sabe? Mas um Manual de
estudos. Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga
Reconhecimento da Felicidade diria mais ou menos
da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo.
o seguinte: Ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo
tempo é farta. Quando chega, ocupa um espaço dana- Disponível em: https://istoe.com.br/190975_VO-
do. Apesar disso, você quase não repara que ela está CE+RECONHECE+Q UANDO+CHEGA+A+FE-
ali. Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Ale- LICIDADE+/
gria. A licenciosidade de uma noite de Carnaval. Ou 9. Quanto à sua tipologia, no texto de Ana Paula Pa-
um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade. drão, a tipologia descritiva sobressai no:
A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito a) primeiro e segundo parágrafos;
tranquila. Ela te faz dormir melhor. E olha, vou te
b) segundo e terceiro parágrafos;
contar uma coisa: a felicidade é inimiga da ansieda-
de. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor c) terceiro e quarto parágrafos;
pista para o seu Manual de Reconhecimento da Feli- d) quarto e quinto parágrafos;
cidade. Se você se apaixonou e está naquela fase de e) sexto e sétimo parágrafos.
pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é
Leia o texto a seguir para responder à questão 10.
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Português
Tudo, tudo o que existia 04. Entidades: Deus, diabo, duende, fada, saci;
Era ele quem o fazia 05. Fenômenos: noite, chuva, ventania, temporal;
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Português
VÁ NESTA!
anão – anãos, anões
Há um grupo de substantivos que são usados castelão – castelãos, castelões
apenas no plural (pluralia tantum):
corrimão – corrimãos, corrimões
os afazeres, as algemas, os Alpes, as alvíssaras, os
cortesão – cortesãos, cortesões
anais, os Andes, as Antilhas, os Apalaches, os Apeni-
nos, os apetrechos, os arredores, as Astúrias, os Bál- fuão – fuãos, fuões
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Português
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Português
METAFONIA
Mas: cânon - cânones
Há certos SUBSTANTIVOS (comuns e mas-
- outros têm mais de um plural:
culinos) em que a vogal tônica fechada (ô) do mas-
hífen - hifens ou hífenes culino se transforma em aberta (ó) na passagem para
o plural. Tal fato recebe o nome de METAFONIA ou
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Português
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Português
SUBSTANTIVO + PRONOME
SUBSTANTIVO + SUBSTANTIVO
SUBSTANTIVO + ADJETIVO
ADJETIVO + SUBSTANTIVO - alguns pronomes variam, outros não
NUMERAL + SUBSTANTIVO
Zé-ninguém = Zés-ninguém
– VARIAM OS DOIS João-ninguém = Joões-ninguém
padre-nosso / padres-nossos
carta-bilhete / cartas-bilhetes
abelha-mestra / abelhas-mestras * é aceita também a forma padre-nossos
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Português
VÁ NESTA!
- varia só o SEGUNDO No caso de VERBOS REPETIDOS o
Português contemporâneo aceita também a variação
dos dois elementos, embora a norma culta da língua
sempre-viva / sempre-vivas prefira a regra geral:
alto-falante / alto-falantes pisca-pisca / pisca-piscas ou piscas-piscas
abaixo-assinado / abaixo-assinados quero-quero/ quero-queros ou queros-queros
ruge-ruge / ruge-ruges ou ruges-ruges
Salve-Rainha / Salve-Rainhas
Ave-Maria / Ave-Marias ELEMENTOS LIGADOS POR PREPOSIÇÃO.
auto-escola/ auto-escolas
- Varia só o PRIMEIRO
vice-rei / vice-reis
ex-diretor / ex-diretores
pé de moleque / pés de moleque
pôr de sol / pores de sol
Ficam INVARIÁVEIS
mula sem cabeça / mulas sem cabeça
o bota-fora / os bota-fora
o pisa-mansinho / os pisa-mansinho ELEMENTOS LIGADOS POR PALAVRAS
QUE NÃO SEJAM PREPOSIÇÕES.
o leva e traz / os leva e traz
o ganha-perde / os ganha-perde - Varia só o SEGUNDO
o troca-tintas / os troca-tintas
o saca-rolhas / os saca-rolhas bem-te-vi / bem-te-vis
bem-me-quer / bem-me-queres
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Português
guardas-marinhas
a) ficam invariáveis quando denominam unida- salvo-conduto / salvo-condutos
de: os sem-teto
os sem-terra, os sem-emprego salvos-condutos
terra-nova / terras-novas (cão)
CASOS ESPECIAIS
Frases substantivadas ficam INVARIÁVEIS:
a. Ficam INVARIÁVEIS:
- perderam o hífen pela Nova Ortografia. o louva-a-deus / os louva-a-deus
maria vai com as outras o arco-íris / os arco-íris
deus nos acuda o fora-da-lei / os fora-da-lei
deus me livre o ponto-e-vírgula / os ponto-e-vírgula
cor de burro quando foge
bicho de sete cabeças b. variam:
diz que diz que a pouca-vergonha / as poucas-vergonhas
faz de conta o pouco-caso / os poucos-casos
leva e traz o mapa-múndi / os mapas-múndi
o João-ninguém / joões-ninguém
- o artigo ou outro determinante indicam se é
singular ou plural:
GRAU DO SUBSTANTIVO
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Português
Não se usa o artigo - Em Provérbios e Compara- Falei com a senhorita Ana. / O senhor João mor-
ções: reu ontem.
Cão que ladra não morde (e não: O cão…).
Amor com amor se paga (e não: O Amor…). Porém, não quando nos dirigimos à própria pes-
soa: Adeus, senhor Antônio.
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Português
Exemplo: - Biformes
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Português
Assunto: Adjetivo
Joel é o menos atento da sala.
José é o pior dos filhos dela. 1) Assinale a alternativa que contém o grupo de
adjetivos gentílicos, relativos a “Japão”, “Três
FIQUE LIGADO!
Corações” e “Moscou”:
a) Oriental, Tricardíaco, Moscovita;
Os adjetivos bom, mau, pequeno e grande b) Nipônico,Tricordiano, Soviético;
possuem formas particulares para o comparativo e c) Japonês, Trêscoraçoense, Moscovita;
para o superlativo. Veja a tabela: d) Nipônico, Tricordiano, Moscovita;
e) Oriental, Tricardíaco, Soviético.
ADJETIVO COMPARATI- SUPERLATIVO SUPERLATIVO 2) Sabe-se que a posição do adjetivo, em relação
VO ABSOLUTO RELATIVO ao substantivo, pode ou não mudar o sentido do
SINTÉTICO enunciado. Assim, nas frases “Ele é um homem
BOM MELHOR QUE ÓTIMO O MELHOR DE pobre” e “Ele é um pobre homem”.
MAU PIOR QUE PÉSSIMO O PIOR DE a) 1ª fala de um sem recursos materiais; a 2ª fala de
GRANDE MAIOR QUE MÁXIMO O MAIOR DE
um homem infeliz;
PEQUENO MENOR QUE MÍNIMO O MENOR DE
b) a 1ª fala de um homem infeliz; a 2ª fala de um ho-
mem sem recursos materiais;
FIQUE ATENTO! c) em ambos os casos, o homem é apenas infeliz, sem
fazer referência a questões materiais;
Alguns adjetivos apresentam duas for- d) em ambos os casos o homem é apenas desprovido
mas de superlativo absoluto sintético: uma popular e de recursos;
outra erudita (de origem latina). Exemplo: e) o homem é infeliz e desprovido de recursos mate-
pobre > pobríssimo (popular) riais, em ambas.
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e diferentes na escrita:
• concertar (harmonizar), consertar (reparar);
• cegar (tornar cego), segar (cortar);
• apreçar (avaliar), apressar (acelerar);
• cela (quarto), sela (arreio), sela (verbo);
Parônimos são palavras parecidas na escrita e na 3. Observe o uso da palavra cabeça nas orações
pronúncia: abaixo
• coro e couro; Ele é o cabeça de uma organização criminosa.
• cesta e sesta; Estou com aquele garoto na cabeça desde o dia
• eminente e iminente; que o vi.
• tetânico (tétano) e titânico (titã – grande for- Depois da queda vi que a cabeça do menino esta-
ça); va machucada.
A multiplicidade de sentidos que uma mesma
• atoar e atuar;
palavra pode apresentar, em diferentes contextos
• degradar e degredar;
de uso chama-se:
• prescrever e proscrever; a) Hiperonímia b) Polissemia
• descrição e discrição; c) Hiponímia d) Ambiguidade
e) Metáfora
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manga da camisa.
15. No _____________ do violoncelista _________ d) Comprei figo na feira, mas a fruta não estava
havia muitas pessoas, pois era uma boa.
____________ beneficente, e) A sala de aula estava lotada e a escola é um
a) conserto – eminente – sessão. sucesso.
b) concerto – iminente – seção;
c) conserto – iminente – seção. 20. [FEC/UFF – PREF. Angra dos Reis/RJ - Ad-
d) concerto – eminente – sessão ministrador - 2012] Observe as frases:
I. O paciente submeteu-se a SESSÕES de san-
16. [FCC – TER/ RS – Analista Judiciário - 2010] gria, utilizando-se de sanguessugas.
A frase em que a palavra está grafada de modo II. Encontrou, na SEÇÃO de remédios, o que
equivocado é: procurava para o seu alívio.
a) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não O par de palavra SESSÃO/SEÇÃO relaciona-
lhe restou nada a fazer senão render-se. -se ao estudo da:
b) Há quem proscreva construções linguísticas a)Homonímia b) Sinonímia.
de cunho popular. c) Paronímia. d) Antonímia.
c) Fui informado do diferimento da reunião em e) Polissemia.
que o fato seria analisado.
d) A descriminalização de algumas drogas é Gabarito:
questão de polêmica.
e) A flagrância do perfume inebriava a todos os 1-D
convidados. 2- A filha interpreta galo como se fosse um baque
(inchaço); enquanto a mãe imagina que fosse um
17. [Cesgranrio – Petrobrás – Todos os cargos “galo bonito”.
(Nível Médio)] O vocábulo destacado, quanto
ao seu significado, está empregado adequada- 3-B 4-B 5-A 6-C 7-B 8-C 9-V-V-F-F-F
mente, na seguinte frase:
10-A 11-A 12-A 13-A 14-A 15-D 16-E 17-B
a) Ações malsucedidas prenunciam um fracasso
eminente. 18-E 29-C 20-C
b) Para acender profissionalmente, é preciso per-
severança. VERBO
c) O profissional de sucesso descrimina as eta-
pas de suas ações. Quando se pratica uma ação, a palavra que representa
d) A expectativa do triunfo motiva o empreen- essa ação indica o momento em que ela ocorre, é o
dedor. verbo.
e) É preciso deferir o amor do ódio. Exemplos:
Aquele pedreiro trabalhou muito. (ação – pretérito)
18. [Cesgranrio – SEPLAG/BA – Professor Por- Venta muito na primavera. (fenômeno – presente)
tuguês - 2010] Estabelece relação de hipero- Ana ficará feliz com a tua chegada. (estado - futuro)
nímia/hiponímia, nessa ordem, o seguinte par Maria enviuvou na semana passada. (mudança de
de palavras: estado – pretérito)
a) estrondo – ruído. A serra azula o horizonte. (qualidade – presente)
b) pescador – trabalhador.
c) pista – aeroporto. CONJUGAÇÃO VERBAL
d) piloto – comissário.
e) aeronave – jatinho. Existem 3 conjugações verbais:
A 1ª que tem como vogal temática o ‘’a’’
19) [Cesgranrio – FINEP – Técnico (Apoio Ad- Ex: cantar, pular, sonhar etc...
ministrativo e Secretariado - 2011)] Obser-
ve a palavra coral no par de frases: “[...] A 2ª que tem como vogal temática o ‘’e’’
cantei em coral”/ “Mergulhei e arranhei a Ex: vender, comer, chover, sofrer etc....
perna num coral.” A relação existente en-
tre as duas palavras é a mesma que se ob- A 3ª que tem como vogal temática o ‘’i’’
serva em: Ex: partir, dividir, sorrir, abrir etc....
a) O perigo é iminente./ O eminente deputado
fez uma declaração. OBS: O verbo pôr, assim como seus derivados
b) Passei em frente ao seu edifício hoje./ Implo- (compor, repor, depor, etc.), pertence 2º conjugação,
diram o prédio condenado. porque na sua forma antiga a terminação era er:
c) A manga que comi era docinha. / Rasguei a poer. A vogal “e”, apesar de haver desaparecido do
infinitivo, revela-se em algumas formas de verbo:
036
Português
3- Mais-que-perfeito Pessoal:
Ação acabada, ocorrida antes de outro fato passado.
Ex: Para poder trabalhar melhor, ela dividira a tur- Quando se refere às pessoas do discurso. Neste caso,
ma em dois grupos. não é flexionado nas 1a e 3a pessoas do singular e
flexionadas nas demais:
O futuro subdivide-se em futuro do presente e futuro
do pretérito. Falar (eu) – não flexionado Falarmos (nós) –
1. futuro do presente. flexionado
Falares (tu) – na flexionado Falardes (voz) –
Refere-se a um fato imediato e certo flexionado
Ex: Comprarei ingressos para o teatro. Falar (ele) – não flexionado Falarem (eles) –
flexionado
2. futuro do pretérito. Pessoal (flexionado)
Pode indicar condição, referindo-se a uma ação Ex: É conveniente estudares (É conveniente o estu-
futura, vinculada a um momento já passado. do)
Ex: Aprenderia tocar violão, se tivesse ouvido para a útil pesquisarmos (é útil a nossa pesquisa)
música (aqui indica condição)
Eles gostariam de convidá-la para a festa. ASPECTO
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Português
cluído, revela de certa forma, a idéia de continuida- Presente - cante,venda, parta, etc.
de. Pretérito imperfeito - cantasse, vendesse, partisse,
ex; Eu tenho estudado (eu estudei até o presente etc.
momento). Futuro - cantar, vender,partir.
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Português
01.(FCC) Assinale a única opção que traz oração 08. (CESGRANRIO)As testemunhas seriam ouvi-
na voz ativa: das pelo juiz corregedor. Transpondo para a voz
a) Os dois insultaram-se no meio da rua. ativa, teríamos:
b) Trouxeram todos os pedidos. a)As testemunhas estarão sendo ouvidas pelo juiz
c) Afina-se piano. corregedor.
d) Os noivos beijaram-se na cerimônia. b) O juiz corregedor estaria ouvindo as testemunhas.
e) Come-se bem naquela casa aos domingos. c) O juiz corregedor ouviria as testemunhas.
d) O juiz corregedor iria ouvir as testemunhas.
02. (FCC)Todas as orações estão na voz reflexi- e) O juiz corregedor ouvirá as testemunhas
va,exceto.
a) Marta pintava-se para a festa. 09.(CESGRANRIO)“Os mutuários devem conti-
b) Os meninos abraçavam-se felizes. nuar a seguir essa orientação”. Transpondo para
c) Vive-se alegre nesta casa. a voz passiva obtém-se:
d) A garota feriu-se com a faca. a) Essa orientação deve continuar a ser seguida pelos
e) Pedro casou-se ontem. mutuários.
b) Essa orientação deve ser continuada a seguir pelos
03. (FCC) Transpondo para a voz passiva a fra- mutuários.
se “A equipe já tinha preparado os convites para o c) Essa orientação deve ser continuada a ser seguida
jogo”, obtêm-se a forma verbal: pelos mutuários.
a) prepararam b) tinham preparado d) Essa orientação é devida continuar a seguir pelos
c) foram preparados d) tinham sido preparados mutuários.
e) fora preparada e) Essa orientação é devida ser continuada a seguir
pelos mutuários.
04. (FCC) Fala-se, aqui, uma bela língua.
Temos neste período: 10. (FGV) Assinale o item que traz voz reflexiva
a) Voz Ativa e sujeito indeterminado. com reciprocidade.
b) Voz Ativa e sujeito simples a) Viam-se flores pelo caminho.
c) Voz Passiva e sujeito indeterminado b) Cobravam-se ingressos para o espetáculo.
d) Voz Reflexiva e sujeito simples c) Acendiam-se as luzes naquele momento.
e) Voz Passiva e sujeito simples d) Cumprimentavam-se os amigos finalmente.
e) Embelezavam-se os jardins da cidade.
05.(CESGRANRIO)Explicou que aprendera
aquilo de ouvido. 11.(FGV)Todas as orações estão na voz reflexiva,
Transpondo a oração em destaque para a voz passiva exceto.
temos: a) Marta pintava-se para a festa.
a) aquilo tinha sido aprendido de ouvido. b) Os meninos abraçavam-se felizes.
b) aquilo fora aprendido de ouvido. c) Vive-se alegre nesta casa.
c) aquilo era aprendido de ouvido. d) A garota feriu-se com a faca.
d) aquilo seria aprendido de ouvido. e) Pedro casou-se ontem.
e) aquilo iria aprender de ouvido.
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Português
12. (FGV) Todas as orações estão na voz ativa, do a norma padrão do final século XIX, na moda-
exceto: lidade escrita e num registro formal. Se esse frag-
a) Come-se bem nesta casa. mento fosse reproduzido conforme a modalidade
b) Precisa-se de gente honesta neste país. oral e o registro coloquial dos dias de hoje, os três
c) Gosta-se de pessoas solidárias. termos poderiam ser substituídos, respectivamen-
d) Vive-se mal neste lugar. te, por
e) Compra-se ferro. a) sonhou; a; contava-lhes.
b) sonharia; ela; contava os sonhos.
13. (UFAM – PSC 2013 – 3ª ETAPA) Assinale a c) tinha sonhado; o; contava eles.
opção em que há voz reflexiva recíproca: d) sonhou; ela; contava-os.
a) Antes de soar o gongo, os lutadores se encararam e) tinha sonhado; ela; contava os sonhos
nervosamente.
b) Porque não prestaste atenção, tu te feriste 16. O gerúndio, uma das formas nominais do ver-
bastante. bo, está sendo utilizado de maneira adequada em
c) Os trabalhadores se surpreenderam com o todas as alternativas, exceto:
aumento salarial. a) A vida vai passando enquanto estamos ocupados
d) Por que te arrogas tantos direitos? fazendo planos.
e) O pai sacrifica-se pelo filho único. b) Eles estavam sorrindo, brincando e aproveitando o
passeio no parque.
14.(UFAM – PSC– 3ª ETAPA) O seringueiro leva c) Eu vou estar entrando em contato para estar resol-
umas três ou quatro horas para dar a volta de uma vendo o problema.
“estrada”, cortando árvore por árvore e nelas co- d) Ando procurando soluções para meus problemas.
locando as tigelas que aparam o látex gotejante.
Se começar às 5 horas da manhã, vai está de volta 17. Assinale a sequência que indica a forma nomi-
em sua barraca às 8 ou 9 horas. nal dos verbos em destaque:
Nos afluentes superiores do Amazonas, muitos I. Fumar é prejudicial para a saúde.
seringueiros, que precisam sair mais cedo, usam II. Se tu não falares agora, vou-me embora.
uma pequena lanterna de cabeça. Muito já se III. Mário tem estudado bastante para o concurso.
tem escrito sobre os grandes perigos a que se ex- IV. As crianças estão brincando no parquinho.
põe esse trabalhador em sua viagem matinal – as V. A carta foi escrita há vinte anos.
cobras venenosas que podem caí das árvores, os a) Infinitivo impessoal, Infinitivo pessoal, Particípio
índios selvagens que os atacam de surpresa e as regular, Gerúndio e Particípio irregular.
estreitas pontes de troncos que têm de atravessar b) Particípio irregular, Infinitivo pessoal, Particípio
nos pântanos. A desgraça seria iminente se a sorte regular, Gerúndio, Infinitivo impessoal.
ou o imponderável não intervisse. Era necessário c) Gerúndio, Infinitivo pessoal, Infinitivo impessoal,
que eles contessem seus nervos, para enfrentar Particípio irregular, Particípio regular.
tantas ameaças. (WAGLEY, Charles. Uma comu- d) Infinitivo pessoal, Infinitivo impessoal, Particípio
nidade irregular, Gerúndio e Particípio regular.
amazônica, p. 97. Texto adaptado.)
Assinale a opção em que a(s) forma(s) verbal(is) 18. “Acesas” é particípio adjetivo de “acender”,
foi/foram corretamente empregada(s): verbo chamado abundante, porque possui dupla
a) era necessário que eles contessem seus forma de particípio (acendido e aceso). Em abun-
nervos dância, que é geralmente do particípio, em alguns
b) vai está de volta em sua barraca às 8 ou 9 horas verbos ocorre em outras formas. Assim, por exem-
c) as estreitas pontes de troncos que têm de atravessar plo, é o caso de:
nos pântanos a) coser b) olhar
d) se a sorte ou o imponderável não intervisse c) haver d) vir
e) as cobras venenosas que podem caí das árvores e) dançar
15. (UEA – 2009 – VESTIBULAR MACRO) 19.Sobre as formas nominais do verbo, estão cor-
Quando me perguntava se sonhara com ela na vés- retas as seguintes proposições:
pera, e eu dizia que não, ouvia-lhe contar que sonha- I. A principal característica do gerúndio é conferir
ra comigo (...). Em todos esses sonhos andávamos ao verbo uma ideia de continuidade, ou seja, de uma
unidinhos. Os que eu tinha com ela não eram assim, ação que ainda está em andamento e que, por isso,
apenas reproduziam a nossa familiaridade, e muita não foi finalizada.
vez não passavam da simples repetição do dia, algu- II. Assim como o gerundismo, considerado um vício
ma frase, algum gesto. Também eu os contava. de linguagem, o gerúndio também deve ser evitado.
No trecho selecionado, as palavras sublinhadas III. O infinitivo pessoal é construído sem sujeito por-
correspondem a usos da língua portuguesa segun- que não faz referência a uma pessoa gramatical. Di-
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Português
Composição
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Português
Haverá composição quando se juntarem dois ou jantar (substantivo) deriva de jantar (verbo)
mais radicais para formar nova palavra. Há dois mulher aranha (o adjetivo aranha deriva do subs-
tipos de composição: justaposição e aglutinação. tantivo aranha)
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo por-
Justaposição: ocorre quando os elementos que quê deriva da conjunção porque)
formam o composto são postos lado a lado, ou seja,
justapostos:
para-raios Outros processos de formação de palavras:
corre-corre
guarda-roupa Hibridismo: é a palavra formada com elementos
segunda-feira oriundos de línguas diferentes.
girassol automóvel (auto: grego; móvel: latim)
Composição por aglutinação: ocorre quando os ele- sociologia (socio: latim; logia: grego)
mentos que formam o composto aglutinam-se e pelo sambódromo (samba: dialeto africano; dromo:
menos um deles perde sua integridade sonora: grego)
Aguardente (água + ardente), planalto (plano +
alto)
Pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre)
10. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma 10-E 11-C 12-B 13-E 14-A 15-C
das palavras não é formada por prefixação:
a) readquirir, predestinado, propor
b) irregular, amoral, demover Assunto: Processo de Formação de Palavras (II)
c) remeter, conter, antegozar
d) irrestrito, antípoda, prever 1. Assinale a alternativa que contém, pela ordem, o
e) dever, deter, antever nome do processo de formação das seguintes pala-
vras: ataque, tributária e expatriar:
11. (LONDRINA-PR) A palavra resgate é forma- a) prefixação, sufixação, derivação imprópria
da por derivação: b) derivação imprópria, sufixação, parassíntese
a) prefixal b) sufixal c) regressiva c) prefixação, derivação imprópria, parassíntese
d) parassintética e) imprópria d) derivação regressiva, sufixação, prefixação e su-
fixação
12. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que e)derivação regressiva, sufixação, parassíntese
nem todas as palavras são de um mesmo radical:
a) noite, anoitecer, noitada 2. (VUNESP) As palavras perda, corredor e saca-
b) luz, luzeiro, alumiar -rolha são formadas, respectivamente, por:
c) incrível, crente, crer a) derivação regressiva, derivação sufixal, composi-
d) festa, festeiro, festejar ção por justaposição
e) riqueza, ricaço, enriquecer b) derivação regressiva, derivação sufixal, derivação
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Português
6. (UECE) Assinale a única opção constituída por 11. (PUC-SP) O vocábulo ostentando apresenta
palavras formadas apenas por sufixação: em sua estrutura os seguintes elementos mórficos:
a) agulha, diplomata, costureira a) o radical ostenta e o prefixo -ndo.
b) silencioso, insuportável, saleta b) o radical ostent-, a vogal temática -a, o tema osten-
c) ordinário, orgulhoso, caminho ta e a desinência -ndo.
d) costureira, silencioso, saleta c) o prefixo os-, o radical tent-, a vogal temática -a e
a desinência -ndo.
7. (PUC-SP) “Recheio”, “fruta-do-conde” e d) o radical ostenta, o tema ostent- e a desinência -do.
“cruzamento” passaram, respectivamente, pelos e) o radical -ndo, o tema ostent- e a vogal temática -a.
seguintes processos de formação:
a) hibridismo, derivação sufixal e composição. 12. (ESALq-SP) São palavras formadas por pre-
b) derivação prefixal, composição e derivação sufi- fixação:
xal. a) luminoso, fraternidade
c) derivação prefixal, hibridismo e derivação sufixal. b) liberdade, sonhador
d) hibridismo, derivação sufixal e derivação prefixal. c) conselheiro, queimado
e) derivação sufixal, hibridismo e composição. d) linguagem, escravidão
e) percurso, ingrato
8.(Unifesp) Pneumotórax, palavra que dá título
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DE Q - Z Querido [de, por] – queixa [contra] - receio 5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que
[de] - relação [a, com, de, por, para com] - relaciona- está usado indevidamente um dos pronomes se-
do [com] - rente [a, de, com] - residente [em] - respei- guintes: o, lhe.
to [a, com, para com, por] – responsável [por] - rico a) Não lhe agrada semelhante providência?
[de, em] – sábio [em] - satisfeito [com, de, em, por] b) A resposta do professor não o satisfez.
- semelhante [a] - simpatia [a, para com, por] - sito c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas.
[em] - situado [a, em, entre] - solidário [com] - su- d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extre-
perior [a] – surdo [a, de] - suspeito [a, de] - tentativa ma dedicação.
[contra, de, para, para com] – triunfo [sobre] - último e) Vou visitar-lhe na próxima semana.
[a, de, em] - união, [a, com, entre] – único [em] - útil
[a, para] – vazio [de] - versado [em] – visível [a] - vi- 6. (BB) Regência imprópria:
zinho [a, de, com] – zelo [a, de, por] a) Não o via desde o ano passado.
b) Fomos à cidade pela manhã.
Assunto: Regência Verbal e nominal c) Informou ao cliente que o aviso chegara.
d) Respondeu à carta no mesmo dia.
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a re- e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago.
gência verbal incorreta, de acordo com a nor-
ma culta da língua: 7. (BB) Alternativa correta:
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortá- a) Precisei de que fosses comigo.
vel. b) Avisei-lhe da mudança de horário.
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho c) Imcumbiu-me para realizar o negócio.
do corte de cana. d) Recusei-me em fazer os exames.
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. e) Convenceu-se nos erros cometidos.
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao 8. (EPCAR) O que devidamente empregado só
lucro pretendido. não seria regido de preposição na opção:
a) O cargo ....... aspiro depende de concurso.
2. (IBGE) Assinale a opção que contém os prono- b) Eis a razão ....... não compareci.
mes relativos, regidos ou não de preposição, c) Rui é o orador ....... mais admiro.
que completam corretamente as frase abaixo: d) O jovem ....... te referiste foi reprovado.
Os navios negreiros, ....... donos eram trafican- e) Ali está o abrigo ....... necessitamos.
tes, foram revistados. Ninguém conhecia o tra-
ficante ....... o fazendeiro negociava. 9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são
a) nos quais / que aqueles ....... o diretor se referia.
b) cujos / com quem a) de que - que
c) que / cujo b) a cujos - cujos
d) de cujos / com quem c) por que - que
e) cujos / de quem d) cujos – cujo
e) a que - a que
3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases
se completam corretamente com o pronome 10. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite
lhe: ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju,
a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. ....... coração bate de noite, no silêncio.
b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. A alternativa que completa corretamente as
c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... per- lacunas da frase acima é:
doarei, João. a) as quais / de cujo
d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / De- b) a que / no qual
sejou-..... felicidades. c) de que / o qual
e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... d) às quais / cujo
de tolo. e) que / em cujo
4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adje- 11. (SANTA CASA) É tal a simplicidade .......
tivos devem ser seguidos pela mesma preposição: se reveste a redação desse documento, que ele não
a) ávido / bom / inconseqüente comporta as formalidades ....... demais.
b) indigno / odioso / perito a) que - os
c) leal / limpo / oneroso b) de que - aos
d) orgulhoso / rico / sedento c) com que - para os
e) oposto / pálido / sábio d) em que – nos
e) a que - dos
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b) que - que - sobre o qual - que “Era um tique peculiar ..... cavalariço o de dei-
c) sobre os quais - que - de que - de onde xar caído, ..... canto da boca, o cachimbo vazio
d) dos quais - aos quais - sobre cujo - dos quais ..... fumo, enquanto alheio ..... tudo e solícito
e) em quais - aos quais - a cujo - que apenas ..... animais, prosseguia ..... seu servi-
ço.”
24. (SANTA CASA) São excelentes técnicos, ....... a) ao - ao - de - a - com os - em
colaboração não podemos prescindir. b) do - no - em - de - dos - para
a) cuja b) de cuja c) para o - no - de - com - pelos - a
c) que a d) de que a d) ao - pelo - do - por - sobre - em
e) dos quais a e) do - para o - no - para - para com os - no
25. (FUVEST) Indique a alternativa correta: 31. (FMU) Observe o verbo que se repete: “aspi-
a) Preferia brincar do que trabalhar. rou o ar” e “aspirou à glória”. Tal verbo:
b) Preferia mais brincar a trabalhar. a) apresenta a mesma regência e o mesmo sentido
c) Preferia brincar a trabalhar. nas duas orações
d) Preferia brincar à trabalhar. b) embora apresente regências diferentes, ele tem
e) Preferia mais brincar que trabalhar. sentido equivalente nas duas orações
c) poderia vir regido de preposição também na pri-
26. (FUVEST) Destaque a frase em que o prono- meira oração sem que se modificasse o sentido
me relativo está empregado corretamente: dela
a) É um cidadão em cuja honestidade se pode con- d) apresenta regência e sentidos diferentes nas duas
fiar. orações
b) Feliz o pai cujos filhos são ajuizados. e) embora tenha o mesmo sentido nas duas orações,
c) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe ele apresenta regência diferente em cada uma de-
custou uma fortuna. las
d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não po-
derei terminar meu quadro. 32. (CESGRANRIO) Assinale o item em que a re-
e) Os jovens, cujos pais conversei com eles, prome- gência do verbo proceder contraria a norma
teram mudar de atitude. culta da língua:
a) O juiz procedeu ao julgamento.
27. (CESCEM) Sendo o carnaval uma das festas b) Não procede este argumento.
..... mais gosto, achei preferível ir ao baile ..... c) Procedo um inquérito.
viajar para a praia. d) Procedia de uma boa família.
a) que - à e) Procede-se cautelosamente em tais situações.
b) que - do que
c) das quais - que 33. (UM-SP)
d) de que – a I - Certifiquei-o ............ que uma pessoa muito
e) de que - do que querida aniversaria neste mês;
II - Lembre-se ............ que, baseada em caprichos,
28. (CESCEM) Embora pobre e falto ..... recur- não obterá bons resultados;
sos, foi fiel ..... ele, que ..... queria bem com III - Cientificaram-lhe ............ que aquela imagem
igual constância. refletia a alvura de seu mundo interno. De acordo
a) em - a - o com a regência verbal, a preposição de cabe:
b) em - para - o a) nos períodos I e II
c) de - para - o b) apenas no período II
d) de - a – lhe c) nos períodos I e III
e) de - para - lhe d) em nenhum dos três períodos
e) nos três períodos
29. (CESCEA) As palavras ansioso, contemporâ-
neo e misericordioso regem, respectivamente, 34. (PUCC) Assinale a letra correspondente à
as preposições: alternativa que preenche corretamente as la-
a) em - de - para cunas da frase apresentada: O projeto, ............
b) de - a – de realização sempre duvidara, exigiria toda a
c) por - com - de dedicação .......... fosse capaz.
d) de - com - para com a) do qual a, que
e) com - a - a b) cuja a, da qual
c) de cuja, de que
30. (MACK) Indique a alternativa que completa d) d) que sua, de cuja
corretamente as lacunas do seguinte período: e) e) cuja, a qual
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35. (UNIMEP-SP) Quando implicar tem sentido 40. (AMAN) Escolha, abaixo, a exata regência do
de “acarretar”, “produzir como conseqüên- verbo chamar:
cia”, constrói-se a oração como objeto direto, a) Chamamo-lo inteligente.
como se vê em: b) Chamamo-lo de inteligente.
a) Quando era pequeno, todos sempre implicavam c) Chamamos-lhe inteligente.
comigo. d) Chamamos-lhe de inteligente.
b) Muitas patroas costumam implicar com as empre- e) Todas as regências acima estão corretas.
gadas domésticas.
c) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar 41. (UFF) Assinale a frase que apresenta um erro
mais dinheiro. de regência verbal:
d) O banqueiro implicou-se em negócios escusos. a) Este autor tem idéias com que todos nós simpati-
e) Um novo congelamento de salários implicará uma zamos.
reação dos trabalhadores. b) Eis a ordem de que nos insurgimos.
c) Aludiram a incidentes de que já ninguém se lem-
36. (FMU) Assinale a única alternativa incorreta brava.
quanto à regência do verbo: d) Qual o cargo a que aspiras?
a) Perdoou nosso atraso no imposto. e) Há fatos que nunca esquecemos.
b) Lembrou ao amigo que já era tarde.
c) Moraram na rua da Paz.
d) Meu amigo perdoou ao pai. 42. (CARLOS CHAGAS-BA) Quanto a amigos,
e) Lembrou de todos os momentos felizes. prefiro João ....... Paulo, .......... quem sinto
37. (UF-PA) Assinale a alternativa que contém ............ simpatia.
as respostas certas: a) a, por, menos
I. Visando apenas os seus próprios interesses, b) do que, por, menos
ele, involuntariamente, prejudicou toda uma fa- c) a, para, menos
mília. d) do que, com, menos
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida e) do que, para, menos
a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro.
III. Desde criança sempre aspirava a uma posição 43. (CARLOS CHAGAS-BA) O projeto ............
de destaque, embora fosse tão humilde. estão dando andamento é incompatível ............
IV. Aspirando o perfume das centenas de flores tradições da firma.
que enfeitavam a sala, desmaiou. a) de que, com as
a) II - III - IV b) I - II - III b) a que, com as
c) I - III - IV d) I – III c) que, as
e) I – II d) à que, às
e) que, com as
38. (TTN) Há erro de regência no item:
a) Algumas idéias vinham ao encontro das reivindi- 44. (CARLOS CHAGAS-BA) Como não ..........
cações dos funcionários, contentando-os, outras não. vi, chamei o contínuo e mandei-.........., então,
b) Todos aspiravam a uma promoção funcional, en- .........
tretanto poucos se dedicavam àquele trabalho, a) o - o - procurá-lo
por ser desgastante. b) lhe - o - procurá-lo
c) Continuaram em silêncio, enquanto o relator pro- c) lhe - lhe - procurar-lhe
cedia à leitura do texto final. d) o - ele - procurar-lhe
d) No momento este Departamento não pode pres- e) lhe - lhe - procurá-lo
cindir de seus serviços devido ao grande volume
de trabalho. 45. (UF-PR) Preencha convenientemente as la-
e) Informamos a V. Senhoria sobre os prazos de en- cunas das frases seguintes, indicando o con-
trega das novas propostas, às quais devem ser junto obtido:
respondidas com urgência. 1. A planta ............ frutos são venenosos foi der-
rubada.
39. (FFCL SANTO ANDRÉ) Assinale a alternati- 2. O estado ............ capital nasci é este.
va em que a regência verbal está correta: 3. O escritor ............ obra falei morreu ontem.
a) Prefiro mais a cidade que o campo. 4. Este é o livro ........... páginas sempre me referi.
b) Chegamos finalmente em Santo André. 5. Este é o homem ............ causa lutei.
c) Esta é a cidade que mais gosto. a) em cuja, cuja, de cuja, a cuja, por cuja
d) Assisti ao concerto de que você tanto gostou. b) cujos, em cuja, de cuja, cujas, cuja
e) Ainda não paguei o médico. c) cujos, em cuja, de cuja, a cujas, por cuja
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Português
d) cujos, cujas, cuja, a cujas, por cuja e) Quando Lígia entrou, bateram onze horas no reló-
e) cuja, em cuja, cuja, cujas, cuja gio da sala.
50. (CESGRANRIO) A linguagem especial,
46. (SANTA CASA) Observe as frases seguintes: ................. emprego se opõe o uso da comuni-
I - Pedro pagou os tomates. dade, constitui um meio ................. os indiví-
II - Pedro pagou o feirante. duos de determinado grupo dispõem para sa-
III - Pedro pagou os tomates ao feirante. tisfazer o desejo de auto-afirmação.
Assinale a alternativa que teve considerações a) a cujo, de que b) do qual, ao qual
corretas sobre tais frases: c) cujo, que d) o qual, a que
a) Estão corretas apenas a I e II porque o verbo pagar e) de cujo, do qual
é transitivo direto.
b) A II está errada, porque pagar tem por objeto um 51. (CESGRANRIO) Assinale a opção que com-
nome de pessoa, é transitivo indireto (o certo se- pleta corretamente as lacunas da seguinte fra-
ria “ao feirante”). se: “O controle biológico de pragas, ............ o
c) Apenas a I está correta. texto faz referência, é certamente o mais efi-
d) A frase III é a única correta e pagar é transitivo ciente e adequado recurso ............ os lavrado-
direto nesta frase. res dispõem para proteger a lavoura sem pre-
e) Todas as frases estão construídas conforme as re- judicar o solo.”
gras de regência do verbo pagar. a) do qual, com que b) de que, que
c) que, o qual d) ao qual, cujos
47. (FUVEST) e) a que, de que
I - A arma ............ se feriu desapareceu.
II - Estas são as pessoas ............ que lhe falei. 52. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que o
III- Aqui está a foto ............ que me referi. verbo exige a mesma preposição que referir-se
IV - Encontrei um amigo de infância ............ em “... a boneca de pano a que me referi”:
nome não me lembrava. a) O homem .......... quem conversei há pouco.
V- Passei por uma fazenda ............ se criavam b) O livro .......... que lhe falei há pouco.
búfalos. c) A criança .......... quem aludi há pouco.
a) que, de que, à que, cujo, que d) O tema .......... que escrevi há pouco.
b) com que, que, a que, cujo qual, onde e) A fazenda .......... que estive há pouco.
c) com que, das quais, a que, de cujo, onde
d) com a qual, de que, que, do qual, onde 53. (UFV-MG) Assinale a alternativa correta:
e) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja a) Preferia antes morrer que fugir como covarde.
b) A cortesia mandava obedecer os desejos da minha
48. (TTN) Assinale a alternativa incorreta quanto antiga dama.
à regência: c) A legenda ficou, mas a lição esqueceu.
a) Creio que os trabalhadores estão muito conscien- d) O país inteiro simpatizou-se com esse princípio.
tes de suas obrigações para com a Pátria. e) Jesus perdoou o pecador.
b) O filme a que me refiro aborda corajosamente a
problemática dos direitos humanos. 54. (FUMEG-MG) Com referência à regência do
c) Esta nova adaptação teatral do grande romance verbo assistir, todas as alternativas estão cor-
não está agradando ao público; eu, porém, prefiro retas, exceto em:
esta àquela. a) Assistimos ontem um belo filme na televisão.
d) O trabalho inovador de Gláuber Rocha que lhe fa- b) Os médicos assistiram os doentes durante a guerra.
lei chama-se Deus e o Diabo na Terra do Sol. c) O técnico assistiu os jogadores no treino.
e) José crê que a classe operária está em condições d) Assistiremos amanhã a uma missa de sétimo dia.
de desempenhar um papel importante na condu- e) Machado de Assis assistia em Botafogo.
ção dos problemas nacionais.
55. (UEPG-PR) A alternativa incorreta de acordo
49. (FUVEST) Indique a alternativa na qual a re- com a gramática da língua culta é:
gência utilizada desobedece ao padrão da gra- a) Obedeça o regulamento.
mática normativa: b) Custa crer que eles brigaram.
a) Esta alternativa obedece o padrão da gramática c) Aspiro o ar da montanha.
normativa. d) Prefiro passear a ver televisão.
b) Entretanto, não costuma haver distúrbios na fila. e) O caçador visou o alvo.
c) Jamais poderão existir tantos recursos para tantos
planos. 56. (UFPEL-RS) A frase que não apresenta pro-
d) Só lhe faltou mandar-me embora de casa. blema(s) de regência, levando-se em conside-
051
Português
053
Português
de fim) Observações: No caso das expressões 5) Crase depois da preposição até. Se a preposi-
adverbiais femininas, muitas vezes empre- ção até vier seguida de um nome feminino,
gamos o acento indicatório de crase (`), sem poderá ou não ocorrer a crase. Isto porque
que tenha havido a fusão de dois as. É que essa preposição pode ser empregada sozinha
a tradição e o uso do idioma se impuseram (até) ou em locução com a preposição a (até
de tal sorte que, ainda quando não haja razão a). Ex: Chegou até à muralha. (locução pre-
suficiente, empregamos o acento de crase em positiva = até a) (artigo = a) Chegou até a mu-
tais ocasiões. ralha. (preposição sozinha = até) (artigo = a)
4) Uso facultativo da crase Antes de nomes pró- 6) Crase antes do que. Em geral, não ocorre
prios de pessoas femininos e antes de pro- crase antes do que. Ex: Esta é a cena a que me
nomes possessivos femininos, pode ou não referi. Pode, entretanto, ocorrer antes do que
ocorrer a crase. Ex: Falei à Maria. (preposi- uma crase da preposição a com o pronome
ção + artigo) Falei à sua classe. (preposição demonstrativo a (equivalente a aquela). Para
+ artigo) Falei a Maria. (preposição sem arti- empregar corretamente a crase antes do que
go) Falei a sua classe. (preposição sem artigo) convém pautar-se pelo seguinte artifício: 10
Note que os nomes próprios de pessoa femi- I. se, com antecedente masculino, ocorrer ao
ninos e os pronomes possessivos femininos que / aos que, com o feminino ocorrerá crase;
aceitam ou não o artigo antes de si. Por isso Ex: Houve um palpite anterior ao que você
mesmo é que pode ocorrer a crase ou não. Ca- deu. ( a + o ) Houve uma sugestão anterior à
sos especiais: que você deu. ( a + a ) II. se, com anteceden-
1) Crase antes de casa. A palavra casa, no senti- te masculino, ocorrer a que, no feminino não
do de lar, residência própria da pessoa, se não ocorrerá crase. Ex: Não gostei do filme a que
vier determinada por um adjunto adnominal você se referia. (ocorreu a que, não tem arti-
não aceita o artigo, portanto não ocorre a cra- go) Não gostei da peça a que você se referia.
se. Por outro lado, se vier determinada por um (ocorreu a que, não tem artigo) Observação:
adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a O mesmo fenômeno de crase (preposição a +
crase. Ex: Volte a casa cedo. (preposição sem pronome demonstrativo a) que ocorre antes
artigo) Volte à casa dos seus pais. (preposição do que, pode ocorrer antes do de. Ex: Meu
sem artigo) (adjunto adnominal) palpite é igual ao de todos. (a + o = prepo-
2) Crase antes de terra. A palavra terra, no sentido sição + pronome demonstrativo) Minha opi-
de chão firme, tomada em oposição a mar ou nião é igual à de todos. (a + a = preposição
ar, se não vier determinada, não aceita o arti- + pronome demonstrativo) 7) há / a 11 Nas
go e não ocorre a crase. expressões indicativas de tempo, é preciso
Ex: Já chegaram a terra. (preposição sem artigo) não confundir a grafia do a (preposição) com
Se, entretanto, vier determinada, aceita o arti- a grafia do há (verbo haver). Para evitar en-
go e ocorre a crase. ganos, basta lembrar que, nas referidas ex-
Ex: Já chegaram à terra dos antepassados. (prepo- pressões: a (preposição) indica tempo futuro
sição + artigo) (adjunto adnominal) (a ser transcorrido); há (verbo haver) indica
tempo passado (já transcorrido). Ex: Daqui a
3) Crase antes dos pronomes relativos. Antes dos pouco terminaremos a aula. Há pouco recebi
pronomes relativos quem e cujo não ocorre o seu recado.
crase.
Ex: Achei a pessoa a quem procuravas. Com-
preendo a situação a cuja gravidade você Assunto: Crase
se referiu. Antes dos relativos qual ou quais
ocorrerá crase se o masculino correspondente 1. (FCC/TRE-RN) Graças ___ resistência de por-
for ao qual, aos quais. Ex: Esta é a festa à qual tugueses e espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio
me referi. Este é o filme ao qual me referi. imposto por Napoleão e deu início ___ campanha
Estas são as festas às quais me referi. Estes vitoriosa que causaria ___ queda do imperador
são os filmes aos quais me referi. francês.
Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem
4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele dada,
(s), aquela (s), aquilo. Sempre que o termo a) a – à – a b) à – a – a
antecedente exigir a preposição a e vier se- c) à – à – a d) a – a – à
guido dos pronomes demonstrativos: aquele, e) à – a – à
aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase.
Ex: Falei àquele amigo. 2. (FCC/TRT –)O avanço rumo ___ um desenvol-
Dirijo-me àquela cidade. Aspiro a isto e àquilo. vimento sustentável depende de diversos fatores,
Fez referência àquelas situações. entre os quais estão o estímulo ___ novas tecno-
054
Português
logias e o compromisso ético de empresas que te- c) A empresa considerou a oferta inferior à outra.
nham como prioridade o respeito ___ causas am- d) Ele está propenso à deixar o cargo.
bientais. e) Não vou aderir à modismos passageiros.
Preenchem corretamente as lacunas da frase
acima, na ordem dada: 8. (TJ/SP VUNESP) Na expressão distância a
a) a – à – as b) a – a – às pé não se emprega o acento de crase no a. Isso
c) à – a – as d) a – à – às acontece, pelo mesmo motivo, na alternativa:
e) à – à – a a) É preciso comparecer a festas.
b) Vai pagar a perder de vista.
3 (IBGE) Assinale a opção em que o A sublinhado c) Gostava de andar a cavalo.
nas duas frases deve receber acento grave indica- d) Viajou a Brasília.
tivo de crase: e) Vai começar a viajar.
a) Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo come-
çou a falar em voz alta. 9. (CREMESP – 2011 – VUNESP) 5 – Assinale a
b) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça alternativa correta quanto ao uso ou não do acen-
central se esvaziava. to indicativo da crase.
c) Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros che- a) Doenças ocasionadas pelo uso de pesticidas em
garam a Bahia. alimentos podem levar a morte.
d) Bateram a porta fui atender. / O carro entrou a di- b) As pessoas são obrigadas à parar de comer alimen-
reita da rua. tos com agrotóxicos.
e) Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta. c) Os dados da pesquisa da Anvisa referem-se a ali-
mentos in natura.
4. (TTN) Preencha as lacunas da frase abaixo e d) A medida que as pesquisas avançam, mais testes
assinale a alternativa correta: com animais são feitos.
“Comunicamos ….. Vossa Senhoria que encami- e) Os trabalhadores rurais devem se submeter à uma
nhamos ….. petição anexa ….. Divisão de Fiscali- avaliação médica constante.
zação que está apta ….. prestar ….. informações
solicitadas.” 10. (DETRAN/RN – 2010 – FGV) – Assinale a
a) a, a, à, a, as d) à, à, a, à, às alternativa em que está correto o uso do acento
b) à, a, à, a, às e) à, a, à, à, as indicativo de crase:
c) a, à, a, à, as a) O autor se comparou à alguém que tem boa me-
mória.
5. (CESGRANRIO) A frase em que o sinal indica- b) Ele se referiu às pessoas de boa memória.
tivo de crase está usado de acordo com a norma- c) As pessoas aludem à uma causa específica.
-padrão é: d) Ele passou a ser entendido à partir de suas refle-
a) As determinações do comitê destinam-se àqueles xões sobre a memória.
atletas indicados. e) Os livros foram entregues à ele.
b) Ele se apoderou à bola e saiu correndo.
c) Ele ajuntou-se à um conjunto de mulheres inteli- 11. (FCC/TST/2012) Considere:
gentes. ___ angústia de imaginar que o homem pode es-
d) Este fato é comum à todo campeonato mundial. tar só no universo soma-se a curiosidade humana,
e) Tenho todas essas contas à pagar. que se prende ___ tudo o que é desconhecido, para
que não desapareça de todo o interesse por pistas
6. (ITA – SP) Dadas as afirmações: que dariam embasamento___ teses de que haveria
1- Tudo correu as mil maravilhas. vida em outros planetas.
2 – Caminhamos rente a parede. Preenchem corretamente as lacunas da frase aci-
3 – Ele jamais foi a festas. ma, na ordem dada:
Verificamos que o uso do acento indicador da a) À - a – às b) A - à - as
crase no “a” é obrigatório: c) À - a – as d) A - a - às
a) apenas na sentença nº 1 e) À - à - as
b) apenas na sentença nº 2
c) apenas nas sentenças nºs 1 e 2 12. (FCC/TRT - 24ª REGIÃO/2011) Considere as
d) em todas as sentenças frases seguintes:
I. As inovações no ramo da estética permitem ___
7. (TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRAN- um grande número de pessoas se sentirem mais
RIO) 3 – Indique a opção em que o sinal indicati- belas.
vo de crase está corretamente usado. II. Sempre existiu preocupação com a beleza, em-
a) Essa proposta convém à todos. bora mudem os critérios ___ que ela obedece.
b) O governo aumentou à quantidade de subsídios. III. A beleza, ___ parte alguns exageros, deve ser
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Português
17. Os que assistiram ...... peça chegaram ...... 1ª pess. + 3ª pess. Verbo na 1ª pess/pl. (nós).
aplaudi-la de pé, postando-se ...... poucos metros
do palco.
a) à, à, há b) à, a, a Ex.: Eu e Raimunda estaremos na cidade.
c) a, a, à d) à, a, há
e) a, à, a
2ª pess + 3ª pess: verbo na 2ª pess.pl (vós)
18. Foi ...... mais de um século que, numa reunião
de escritores, se propôs a maldição do cientista
que reduzira o arco-íris ...... simples matéria: era
uma ameaça ...... poesia. Ex.: Tu e alguns colegas saireis mais cedo.
056
Português
mais próximo.
Ex.: Na igreja, choraram/ chorou mãe e filha. Ex.: O rico ou o pobre morrerão um dia.
2) Núcleos sinônimos: verbos no plural ou concor- 5) Núcleos infinitivos (sujeito oracional): verbo na
dando com o núcleo mais próximo: 3ª pess/sg:
057
Português
b) o verbo concorda com os dois núcleos, isto é, no 2) Com a locução um ou outro (...) verbo no singu-
plural (nesse caso não há vírgulas). lar.
Ex.: O homem como todos os seres humanos são
mortais.
Ex.: Um ou outro assessor viajará a serviço.
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Português
9) Sujeito que
Sendo o sujeito o pronome relativo que, o verbo
concorda com o antecedente. Observação: o verbo auxiliar ficará na 3ª pess/sg,
se houver locução verbal:
a) Indicando tempo (fazer, haver, estar) Ex.: Deve fazer dias frios no Sul.
Ex.: Fez muito frio neste inverno. 11) Com a partícula apassivadora (VTD + SE
(PA)), o verbo concorda com o sujeito.
060
Português
Método prático: para determinar as funções básicas Ex.: Os zelos do pai era Maria.
do SE (em duas perguntas):
2) Predicativo quantidade:
1) O “se” é equivalente a “si mesmo” ou a “entre
si”?
Sim – Pronome pessoal reflexivo. (PPR)
Ex.: Dez mil reais seria muito.
Não – faça a segunda pergunta.
2) O verbo da oração é VTD?
Sim – Partícula Apassivadora.
3) Predicativo pronome o.
Não – Índice de indeterminação do sujeito / Partícu-
la de indeterminação do sujeito.
Exemplo: Concordar-se-ia (IIS/PIS) com o projeto,
desde que não se (PA) violassem direitos de pessoas
que se (PPR) machuquem em serviço. Ex.: Problema é o que não falta.
061
Português
Concordância facultativa
1. Quando o adjetivo vier depois de dois ou mais
substantivos do mesmo gênero, há duas possibilida-
des de concordância:
1) Sujeito tudo, isto, isso, aquilo:
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Português
Ex.: O governador recebeu ministro e secretário es- Ex.: Permaneceu fechada a porta e o portão.
panhóis (masculino/plural)
(predicativo do
sujeito, concorda com o mais próximo)
Ex.: Ele apresentou argumento e razão justa. Casos particulares de Concordância Nominal
(concordou com o substantivo mais próximo)
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Português
Dicas:
Estamos muito cansadas. 1. Quando a palavra só equivaler a sozinho ela será
adjetivo e, portanto, concordará com o substantivo.
2. Quando a palavra só equivaler a somente ela será
4. Os adjetivos anexos, obrigado, incluso, mesmo, advérbio e ficará invariável
próprio, só, leso, quite concordam com o substanti-
vo a que se referem. 3. Quando a palavra bastante equivaler a muitos/
muitas ela será adjetivo e, portanto, concordará
com o substantivo.
Ex.: Seguem anexos os documentos da partilha de 4. A palavra meio equivalente a metade é adjetivo
bens. e concorda com o substantivo.
5. A palavra meio equivalendo a um pouco é advér-
bio e não varia.
064
Português
os seus contemporâneos.
Assunto: Concordância Verbal e Concordância No- Sem nenhum erro contra a gramática, poderia
minal aparecer no singular:
a) apenas o verbo de I e o de II.
1. (UFMS-Modificada) Assinale a(s) alternati- b) apenas o verbo de I e o de III.
va(s) correta(s). c) cada um dos três verbos.
(01) De acordo com a norma culta, tanto em Che- d) apenas o verbo de II e o de III.
ga um momento que você pára de acreditar… e) nenhum dos três verbos.
quanto em Tem um momento que você perce- 4. (UFPE) Assinale a alternativa em que a norma
be…, o pronome relativo que deveria ter vindo de concordância, verbal e nominal, foi inteira-
acompanhado da preposição em. mente respeitada.
(02) O uso de ter (no exemplo acima), impessoal, a) A rejeição à ideia de inferioridade ou de submis-
por haver, existir, é muito comum na fala diária, são leva boa parte das pessoas que se preocupam
embora não seja recomendado pela gramática com a questão dos empréstimos linguísticos a exigi-
normativa, que regulamenta a norma culta. rem um posicionamento das autoridades.
(04) Em pára (mesmo exemplo) o acento dife- b) Se, em um país, existe, realmente, fatores de
rencial foi usado por ser essa forma verbal uma diferenciação que interfere na língua, existe também
palavra paroxítona, ao contrário da preposição elementos de unificação com o objetivo de preservá-
para. -la.
(08) Em homens de verdade e sapatinho de cris- c) O interesse do Brasil, como o de Portugal, é de
tal as locuções adjetivas em negrito podem ser que hajam resistências naturais aos modismos e aos
substituídas, respectivamente, por verdadeiros empréstimos lingüísticos.
e cristalino, sem que haja qualquer alteração de d) Aos termos regionais faltam força para atravessa-
sentido. rem as fronteiras dos locais em que são empregados.
(16) Os verbos acreditar, exigir e perceber pos- e) O número de termos regionais cresceram bastan-
suem a mesma regência verbal. Dê, como respos- tes, mas, por não haverem sido bem aceitos, não se
ta, a soma das alternativas corretas. incorporaram à língua nacional.
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Português
b) Havia – com que –Surpreendemo-nos – entender- Principais conjunções coordenativas aditivas: e, nem,
-lhes. não só... mas também (e semelhantes).
c) Havia – de que – Surpreendemo-nos – entendê-
-los. 2) Adversativas: as que expressam uma ideia contrá-
d) Haviam – com que – Surpreendemos-nos – en- ria, adversa.
tender-lhes. Trabalhei bem, mas fui rejeitado.
e) Haviam – de que – Surpreendemo-nos – entendê- Principais conjunções coordenativas adversativas:
-los. mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto,
e (equivalendo a mas).
16.( U. E. Londrina-PR) Observe as frases:
I. Quanto mais pessoas houverem a desenvolver 3) Conclusivas: as que exprimem uma conclusão.
essa ideia, mais chances terá a nação de prospe- Analisei o material, portanto posso falar sobre ele.
rar. Principais conjunções coordenativas conclusivas:
II. Não há dúvidas que fatores clássicos, como o portanto, logo, por isso, por conseguinte, pois (entre
acesso à recursos naturais são importantes. vírgulas).
III. As outras religiões monoteístas, incluindo o
judaísmo, faz da pobreza uma virtude. 4) Alternativas: as que expressam uma alternativa; a
IV. A política favorece aqueles que conseguem conjunção normalmente é repetida, considerando-se,
parecer bons, mesmo que não o sejam. nesse caso, alternativas as duas orações.
V. No que diz respeito à promoção de oportu- Ora lê, ora escreve.
nidades para todos, o capitalismo está muito à Principais conjunções coordenativas alternativas:ou-
frente de todas as outras formas de organização. ,ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer, nem...nem
Estão de acordo com a norma culta:
a) Apenas I e III. 5) Coordenadas sindéticas explicativas: as que expri-
b) Apenas II e IV. mem uma explicação, uma justificativa; aparecem,
c) Apenas IV e V. com mais frequência, depois deimperativo.
d) Apenas II e III. Choveu muito, porque o chão está alagado.
e) Apenas II, III e V. Volte logo, que vai chover.
1-21 2-D 3-A 4-B 5-C 6-A 7-E 8-C ORAÇÕES SUBORDINADAS
As orações subordinadas se distribuem em três gru-
9-C 10-B 11-C 12-C pos distintos: adjetivas, substantivas e adverbiais,
cada qual com suas características.
13- Foram aprovados nas Câmaras e seguem para os
Senados estudos que preveem as faltas as trabalhos,
I) Subordinadas adjetivas: representam o adjunto ad-
um dia por ano, para realizarem os exames preventi-
nominal da oração principal; começam, normalmen-
vos de câncer ginecológicos.
te, por um pronome relativo (que, o qual, quem, cujo,
onde, como, quanto, quando).
14-E 15-C 16-C A pessoa que estuda abre novos horizontes.
Classificação
ORAÇÕES COORDENADAS 1) Restritivas: as que limitam, restringem o significa-
I) Assindéticas: as que não são introduzidas por uma do do antecedente.
conjunção. O livro que ganhei é ótimo.
Assisti ao filme e fiz os comentários. A pessoa sobre quem lhe falei vai viajar.
II) Sindéticas: as que se introduzem por uma conjun- 2) Explicativas: as que explicam algo a respeito do
ção, chamada coordenativa. antecedente; lembram um aposto e exigem vírgula
Trabalhei bastante, logo estou cansado. antes do pronome relativo.
O homem, que é mortal, precisa evoluir.
Classificação
As coordenadas sindéticas recebem, de acordo com II) Subordinadas substantivas: as que equivalem a
o sentido e o valor das conjunções, cinco classifica- termos sintáticos normalmente representados por
ções. substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto,
1) Aditivas: as que indicam uma simples soma, adi- complemento nominal, predicativo e aposto). São
ção. iniciadas, geralmente, por uma conjunção integrante
Ele vendeu as mercadorias e voltou ao escritório.
067
Português
(que e se); às vezes, por um advérbio (onde, como embora, mesmo que, ainda que, apesar de que.
etc.) ou pronome (quem, qual etc.).
O rapaz falou que estava desconfiado. 3) Condicional: a que funciona como adjunto adver-
Não sei onde ficou o material. bial de condição da oração principal.
Apresentarei o projeto se me derem oportunidade.
Classificação: Principais conjunções subordinativas condicionais:
1) Objetiva direta: a que funciona como objeto direto se, caso, sem que.
da principal. Ex.: O funcionário pediu que todos en-
trassem. 4) Conformativa: a que indica conformidade, acordo.
Conforme nos informaram, faltou energia no
2) Objetiva indireta: a que funciona como objeto in- bairro.
direto da principal. Ex.: Esqueceu-se de que ia viajar. Principais conjunções subordinativas conformativas:
conforme, como, segundo, consoante.
3) Subjetiva: a que funciona como sujeito da princi-
pal; há vários tipos 5) Comparativa: a que indica comparação.
a) Com verbo de ligação e um adjetivo na principal. Falava alto como o irmão.
Ex.: É necessário que estudem bastante. Principais conjunções subordinativas comparativas:
b) Com verbos unipessoais (parece, urge, basta, con- como, que (ou do que), quanto.
vém, consta etc.) na principal.
Ex.: Basta que digam uma palavra. Obs.: Geralmente o verbo da oração comparativa é o
c) Com a partícula apassivadora (se) na principal. mesmo da principal e fica subentendido.
Ex.: Explicou-se que haveria alterações.
6) Consecutiva: indica consecução, consequência.
4) Predicativa: aque funciona como predicativo da Falou tão alto que a família acordou.
oração principal; só ocorre depois do verbo ser. Ex.: Principal conjunção: que (precedida de tal, tão, tanto,
A verdade é que ele não quer nada. tamanho).
5) Completiva nominal: a que funciona como com- 7) Final: a que indica finalidade.
plemento nominal da principal. Ex.: Tinha certeza de Abriu a porta para que o cachorro saísse.
que conseguiria. Principais conjunções subordinativas finais: para
que, a fim de que.
6) Apositiva: a que funciona como aposto; geralmen-
te aparece depois de dois-pontos. Ex.: Só queria uma 8) Proporcional: a que indica proporção.
coisa: que o compreendessem. Seremos felizes à medida que nos tornarmos bons.
Observação: Existe ainda a oração subordinada subs-
tantiva agente da passiva, que não consta da Nomen- Principais conjunções subordinativas proporcionais:
clatura Gramatical Brasileira, o órgão que dá os no- à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto
mes oficiais no que toca aos fatos gramaticais. Ex.: O mais...mais, quanto menos...menos.
trabalho foi feito por quem entende do assunto.
9) Temporal: a que indica tempo.
III) Subordinadas adverbiais: as que exercem a fun- Só voltou a jogar quando se sentiu bem.
ção de adjunto adverbial da oração principal. São Principais conjunções subordinativas temporais:
iniciadas por uma conjunção subordinativa que tem quando, assim que, depois que, antes
o mesmo nome da oração. Ex.: Os problema aparece- que, enquanto, mal.
ram quando chegamos à fazenda.
ORAÇÕES REDUZIDAS
Classificação: São aquelas que não começam por conectivo (con-
1) Causal: a que funciona como adjunto adverbial de junção ou pronome relativo) e apresentam o verbo
causa da oração principal. numa forma nominal. Classificam-se da mesma for-
A mulher gritou porque teve medo. ma que as desenvolvidas (com conectivo), sendo
Como fazia frio, fechou as janelas. necessário observar o sentido da frase. Veja alguns
Principais conjunções subordinativas causais: por- exemplos a seguir.
que, pois, que, como, já que, uma vez que, porquanto.
1) Reduzidas de gerúndio
2) Concessiva: a que funciona como adjunto adver- a) Vi um homem correndo na calçada. (que corria na
bial de concessão da oração principal, ou seja, uma calçada)
ideia contrária ao que se diz na oração principal. Oração subordinada adjetiva restritiva
Embora tenha corrido muito, não ficou suado. b) Chegando cedo, ele pôde assistir ao jogo. (Porque
Principais conjunções subordinativas concessivas: chegou cedo)
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Português
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Português
8. Qual o período em há oração subordinada subs- 15. Em qual dos períodos abaixo ocorre orações
tantiva predicativa? subordinada adverbial concessiva?
a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibu- a) Não compareci ao encontro porque não me convi-
lares. daram.
b) Sou favorável a que o aprovem. b) Se tivessem convidado o professor, ele teria com-
c) Desejo-te isto: que sejas feliz. parecido.
d) O aluno que estuda consegue superar as dificulda- c) Lúcia compareceu à festa, embora não tivesse sido
des do vestibular. convidada.
e) Lembre-se de que tudo passa neste mundo. d) Todos os convidados compareceram à festa, con-
forme era esperado.
9. Aponte a alternativa em que ocorre oração su- e) Á medida que os convidados chegavam, a festa ia
bordinada adjetiva. tornando-se mais animada.
a) Faça silêncio, que já é tarde.
b) Percebeu que não havia outra solução. 16. (FGV) Classifica-se como subordinada adver-
c) Desejo que todos voltem rapidamente. bial causal a oração destacada no período:
d) Soube-se que ele não viria. a) “Fabiano, uma coisa da fazenda, um traste, seria
e) É esta a rua em que moro. despedido quando menos esperasse.” (Graciliano
Ramos)
10. Em qual das alternativas ocorre oração subor- b) “Se morresse de fome ou nas pontas de um tou-
dinada adjetiva? ro, deixaria filhos robustos.” (Idem)
a) Verificou-se que os argumentos tinham fundamen- c) “Na luta que travou para segurar de novo o filho
to. rebelde, zangou-se de verdade.”(Idem)
b) A resposta que você me deu foi satisfatória. d) “Como os pequenos resistissem, aperrou-se.”(I-
c) Fiz-lhe um sinal para que se calasse. dem)
d) Luta que luta e nunca vê recompensa. e) “Examinou o terreno, viu Baleia coçando-se a es-
e) Comeu tanto que ficou doente. fregar as peladuras no pé de turco...”(Idem)
11. No período: “Falei o que querias”, a oração em 17. (CESGRANRIO) O conectivo e normalmente
destaque classifica-se como: é usado como conjunção coordenativa aditiva. No
a) adjetiva restritiva. entanto, em uma das alternativas abaixo, isso não
b) substantiva objetiva direta. ocorre:
c) adjetiva explicativa. a) Entrou, comprou ingressos e saiu logo.
d) coordenada assindética. b) Maria das Dores é amiga de César e Maria do Céu,
e) substantiva completiva nominal. de Mário.
c) Nem um nem outro conseguiu pagar a conta e, as-
12. No período: “Ele, que era velho, sentou-se no sim, ficaram devendo.
sofá”, a oração destacada classifica-se como: d) Não se preparou para o concurso e conseguiu pas-
a) adjetiva restritiva. sar!
b) substantiva predicativa. e) Saia daí e não volte mais!
c) adjetiva explicativa.
d) coordenada sindética explicativa. 18. (VUNESP) No período: “Enfim resolveu o
c) substantiva apositiva. Leão sair para fazer sua pesquisa, verificar se ain-
da era o Rei dos Animais”, a oração em destaque
13. No período: “Feliz o pai cujos filhos são ajui- é:
zados”, a oração em destaque é: a) subordinada adverbial condicional.
a) substantiva completiva nominal. b) subordinada substantiva objetiva direta.
b) coordenada sindética explicativa. c) subordinada substantiva objetiva indireta.
c) substantiva predicativa. d) subordinada substantiva predicativa.
070
Português
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Português
(Os corpos serão exumados pela segunda vez desde Assisti o filme. (ao filme)
que foi iniciado o inquérito ou pela segunda vez
nesta semana?)
Flamengo venceu o Vasco jogando em casa. (Quem
jogou em casa?) Figuras de Linguagem
4. Barbarismo - É todo erro que diz respeito à forma
da palavra.
A) Cacoépia: erro de pronúncia.
Com a finalidade artística ou retórica, o uso das
Esteje (incorreto) - esteja (correto) figuras de linguagem torna-se um recurso que
possibilita trazer à construção um efeito de sentido
B) Silabada: quando o erro se deve ao deslocamento renovado. Esse procedimento é alcançado por meio
do acento tônico. de combinações, assim classificadas:
072
Português
- o singular pelo plural: O paulista adora trabalhar. 9) Paradoxo ou oxímoro: é o emprego de duas ideias
antagônicas, que se excluem mutuamente, mas que
- o indivíduo pela espécie ou classe: Ele é um judas. aparecem em uma mesma frase.
- a matéria pelo objeto: A porcelana chinesa é belís- “Amor é fogo que arde sem se ver;
sima.
é ferida que dói e não se sente” (Camões)
- a marca pelo produto: pacote de bombril, fazer a
barba com gilete, mascar um chiclete. “Estou cego e vejo “ (Carlos Drummond de Andra-
de)
073
Português
21) Pleonasmo: repetição da mesma ideia com 27) Zeugma: é um tipo de elipse. Ocorre zeugma
objetivo de realce. quando duas orações compartilham o termo omiti-
do, isto é, quando o termo omitido é o mesmo que
Ó mar salgado, quanto do teu sal aparece na oração anterior. Exemplos:
São lágrimas de Portugal (Fernando Pessoa) Na terra dele só havia mato; na minha, só prédios.
Meus pios conheciam todos. Eu, poucos.
Inversões
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R. c) onomatopéia e aliteração
71. “Guardei na memória pedaços de conversas.” d) onomatopéia e metáfora
(Graciliano Ramos) e) prosopopéia e comparação
R,.
72. “Essas que ao vento vêm Relacione as figuras de palavras:
Belas chuvas de junho!” (Joaquim Cardoso) a) sinestesia d) metonímia
R. b) catacrese e) sinédoque
73. “Foi por ti que num sonho de ventura c) metáfora f) comparação
a flor da mocidade consumi.” (Álvares de Azevedo)
R. 77. ( ) “Deixe em paz meu coração
. Que ele é um pote até aqui de mágoa.”(Chico Buar-
que)
Identificar nos textos abaixo as figuras presentes nas
frases: 78. ( ) “... como um lustro de seda dentro de um
confuso montão de trapos de chita.” (Raquel de
74. ( ) “A casa tem muitas gavetas Queirós)
e papéis, escadas compridas. 79. ( ) “Por uma única janela envidraçada, entra-
Quem sabe a malícia das coisas vam claridades cinzentas e surdas, sem sombras.”
(Clarice Lispector)
quando a matéria se aborrece?” (Drummond)
80. ( ) Folheada, a folha de um livro retoma....”
a) antítese b) assíndeto c) prosopopéia d) cata-
crese (João Cabral de Melo Neto)
e) comparação. 81. ( ) “Navegam fome e cansaço nas profundezas
do rio.” (Mauro Mota).
75. ( ) “Senhora, partem tão tristes
82. ( ) “A cidadezinha está calada, entrevada.”
meus olhos por vós, meu bem, (Carlos Drummond de Andrade)
que nunca tão tristes vistes
outros nenhum por ninguém.” (Camões) Relacione as figuras de construção:
a) metáfora e sinestesia
b) silepse e catacrese a) silepse de gênero f) anáfora
c) catacrese e comparação b) elipse g) pleonasmo
d) anáfora e hipérbole c) zeugma h) hipérbato
e) hipérbato e sinédoque d) assíndeto i) anacoluto
76. ( ) “O préstito passando e) polissíndeto j) silepse de número
Bando de clarins em cavalos fogosos l) silepse de pessoa
Utiaritis aritis assoprando cometas sagradas
Fanfarras fanfarrans 83. ( ) “Política, Samuel não discutia.” (Carlos
Drummond de Andrade)
fenferrens
84. ( ) “Eu, parece-me que sim; pelo menos nada
finfirrins
conheço, que se lhe aparente.” (Mário de Sá Carnei-
forrobodó de cuia.” (Mário de Andrade) ro)
a) aliteração e metáfora 85. ( ) “Vossa Senhoria pode ficar descansado;
não digo nada; cá estou para outras.”( Machado de
b) comparação e silepse
079
Português
93. ( ) “Não nos movemos, as mãos é que se es- fino menino me inclino
tenderam pouco a pouco, todas quatro,pegando-se, pro lado do sim
apertando-se, fundindo-se.” (Machado de Assis)
rapte-me adapte-me capte-me coração.”
(Caetano Veloso)
Relacione as figuras de pensamento:
a) antítese
103.( ) “Plunct, plact, zum, você não vai a lugar
b) paradoxo ne-nhum.” (Raul Seixas)
c) ironia 104, ( ) “Toda gente homenageia Januária na
d) eufemismo janela.”
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Português
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Português
4) Atente-se para o enunciado abaixo, atribuindo- a) vimos pela presente solicitar de V.Sas., que
-lhe a devida pontuação: nos informe a situação econômica da firma em
questão;
Charles Darwin coletou muitos fósseis na b) cientificamo-lo de que na marcha do proces-
viagem naquela época os fósseis eram conside- so de restituição de suas contribuições, verifi-
rados restos preservados de animais e vegetais cou-se a ausência da declaração de beneficiá-
há muito extintos a opinião aceita era que esses rios;
fósseis se formavam após uma grande catás- c) o Instituto de Previdência do Estado, vem
trofe como o dilúvio que exterminava muitos solicitar de V.Sa. o preenchimento da declara-
seres vivos ção;
(PARKER, Steve. Darwin e a evolução. São d) encaminhamos a V.Sa., para o devido preen-
Paulo: Scipione, 2002.p.11. Caminhos da chimento, o formulário em anexo;
Ciência) e) estamos remetendo em anexo, o formulário.
5) Assinale a opção em que a supressão das vír- 9) Assinale as frases em que as vírgulas estão
gulas alteraria o sentido do anunciado: incorretas:
a) os países menos desenvolvidos vêm buscan- a) ora ríamos, ora chorávamos;
do, ultimamente, soluções para seus problemas b) amigos sinceros, já não os tinha;
no acervo cultural dos mais avançados; c) a parede da casa era, branquinha branqui-
b) alguns pesquisadores, que se encontram nha;
comprometidos com as culturas dos países d) Paulo, diga-me o que sabe a respeito do
avançados, acabam se tornando menos criati- caso;
vos; e) João, o advogado, comprou, ontem, uma
c) torna-se, portanto, imperativa uma revisão casa.
modelo presente do processo de desenvolvi-
mento tecnológico; 10) Observe:
d) a atividade científica, nos países desenvolvi- 1) depois de muito pedir ( ) obteve o que dese-
dos, é tão natural quanto qualquer outra ativi- java;
dade econômica; 2) se fosse em outras circunstâncias ( ) teria
e) por duas razões diferentes podem surgir, dado tudo certo;
da interação de uma comunidade com outra, 3) exigiam-me o que eu nunca tivera ( ) uma
mecanismos de dependência. boa educação;
4) fez primeiramente seus deveres ( ) depois
6) Assinale a opção em que está corretamente foi brincar;
indicada a ordem dos sinais de pontuação que
devem preencher as lacunas da frase abaixo: Assinale a alternativa que preencha mais ade-
“Quando se trata de trabalho científico ___ quadamente os parênteses:
duas coisas devem ser consideradas ____ uma
é a contribuição teórica que o trabalho oferece a) (;) (,) (:) (;);
___ a outra é o valor prático que possa ter. b) (,) (;) (:) (;);
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula c) (,) (,) (:) (;);
b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; d) (?) (,) (,) (:);
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; e) (,) (;) (.) (;).
d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
082
Português
11) Assinale o item em que as vírgulas estão em- portos .... para uma outra população de traba-
pregadas corretamente: lhadores ..... os imigrantes.
I - Foi ao fundo da farmácia, abriu um vidro, a) O - ponto e vírgula - vírgula - vírgula
fez um pequeno embrulho e entregou ao ho- b) O - O - dois pontos - vírgula
mem.
II - A sua fisionomia estava serena, o seu as- c) vírgula, vírgula - O - dois pontos
pecto tranqüilo.
d) vírgula - ponto e vírgula - O - dois pontos
III - E o farmacêutico, sentindo-se aliviado do
seu gesto, sentira-se feliz diante de suas lem- e) vírgula - dois pontos - vírgula – vírgula
branças.
IV - Quando, vi que não servia, dei às formi- 15) (BB) “Os textos são bons e entre outras coisas
gas, e nenhuma morreu. demonstram que há criatividade”. Cabem no
a) I - IV; máximo:
b) II - III; a) 3 vírgulas
c) II - IV;
d) I - II; b) 4 vírgulas
e) I - III. c) 2 vírgulas
12) .A frase: “O assunto desta reunião - voltou a d) 1 vírgula
afirmar o presidente - é sigiloso”.
Qual das alternativas apresenta as possibilida- e) 5 vírgulas
des corretas dentre as numeradas de I a V? 16) (CESGRANRIO) Assinale o texto de pontua-
I - O assunto desta reunião (voltou a afirmar o ção correta:
presidente ...) é sigiloso.
II - O assunto desta reunião (voltou a afirmar o a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa
presidente) é sigiloso. de uma comadre, minha avó.
III - O assunto desta reunião, voltou a afirmar o
b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emen-
presidente, é sigiloso.
dar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões.
V - O assunto desta reunião voltou a afirmar o
presidente: é sigiloso. c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é
a) I, II, III, V; que se riam deles os outros, sem que este riso
b) II, V; (*retificada) os impeça de conservar as suas roupas e o seu
c) I, III, V; (Nula) calçado.
d) I, IV, V;
e) II, IV, V d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me
impeliam muito dócil muito leve, como os pe-
13) (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro de daços da carta de ABC, triturados soltos no ar.
pontuação: e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só
a) Sem reforma, social, as desigualdades entre as mais tarde notei, que me achava lá, numa sala
cidades brasileiras, crescerão sempre... pequena.
b) No Brasil, a diferença social é motivo de cons- 17) (TTN) Das redações abaixo, assinale a
tante preocupação. que não está pontuada corretamente:
c) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o
teste no IBGE. resultado do concurso.
e) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as pro- c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o
vidências serão tomadas. resultado do concurso.
083
Português
tam diferenças de pontuação. Assinale a letra sobre o referido fato. A ocorrência da vírgula
que corresponde ao período de pontuação refere-se ao vocativo, uma vez que esse sempre
correta: aparece precedido daquela.
a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio. 6) Letra “C”
b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio.
c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio. 7) Letra “d”
d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio.
e) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio. 8) Letra “d”
19) (FMU) Em “A menina, conforme as ordens
recebidas, estudou”: 9) Letra “C”
a) há erro na colocação das vírgulas 10) Letra “C”
b) a primeira vírgula deve ser omitida
c) a segunda vírgula deve ser omitida 11) Letra “e”
d) a forma de colocação das vírgulas está correta
e) n.d.a 12) Letra “b”
20) (CARLOS CHAGAS-BA) Assinale o período
de pontuação correta: 13) Letra “A”
Gabarito:
084
MATEMÁTICA
Matemática
Toda função polinomial de expoente igual a 1
A função afim, definida pela formação f(x) = ax + b ou y = ax + b, é classificada como função de primeiro
grau, sendo os coeficientes a e b números reais e diferentes de zero. Como o grau de uma função é decidido
pela maior potência da variável independente (x), no caso da função afim o expoente também é igual a 1
(x¹).
Nesse tipo de função polinomial de primeiro grau o valor de “a” é chamado de taxa de variação ou coefi-
ciente angular, e o “b” de valor inicial ou coeficiente linear.
F(x) = 2x + 7 (a = 2 e b = 7); y = - 4x (a = - 4 e b = 0) e f(x) = 1/5x + 1/8 (a = 1/5 e b = 1/8) são exemplos de
função afim.
O gráfico da função afim é representado por uma reta. O valor da taxa de variação da função que determina
se a ela é do tipo crescente ou decrescente.
• Caso a seja maior que zero, a função é crescente;
• Caso a seja menor que zero, a função é decrescente;
• Se a função for crescente, o ângulo entre a reta e o eixo x será agudo (menor que 90°);
• Se a função for decrescente, o ângulo entre a reta e o eixo x será obtuso (maior que 90°).
A função 2x – 1, por exemplo, é crescente, pois o valor de a = 2 (maior que zero). Já - x + 4 é vista como
decrescente porque o valor de a = - 1 (menor que zero). Observe nos gráficos abaixo:
086
Matemática
Raiz
A raiz de uma função afim é o ponto que corta o eixo x (abscissa), isto é, no período em que y = 0. Com isso,
basta substituir o valor de y por 0 que a raiz será definida.
f(x) = ax + b
0 = ax + b
ax = -b
x = -b/a
As funções de primeiro grau possuem somente uma raiz e, como já sabemos, duas coordenadas (b, -b/a).
Em f(x)= ax +b, o valor de a é identificado como taxa de variação (crescimento) ou de coeficiente angular
porque aponta o quanto a função pode crescer e a inclinação da reta em relação ao eixo da abscissa (x) no
plano cartesiano.
Já o termo b, que é constante, é identificado como coeficiente linear da função porque define o ponto onde a
reta corta o eixo y do gráfico quando x = 0. Em f(x) = 3x + 10 a função irá cortar o eixo das ordenadas (y) no
ponto (0,10), pois f(0) = 3.0+10 = 10.
087
Matemática
Existem três classificações da função afim: linear, identidade e constante. Entenda as características de cada
uma delas.
Constante
Uma função afim é considerada como constante se f(x) = b, isto é, quando o coeficiente angular é igual a
zero. Nessa categoria o gráfico apresentará uma reta paralela ao eixo da abscissa (x), cortando o y no ponto
b.
Dado f(x) = 2x + 3, o gráfico será interceptado no eixo 3, pois:
f(x) = 2.0+3
f(x) = 3
Identidade
Uma função afim se enquadra como identidade se f(x) = x, ou seja, quando o coeficiente angular é igual a 1
e o coeficiente linear igual a zero (a = 1; b = 0). Nessas situações a reta passará pela origem (0,0).
A semirreta que separa o ângulo em dois de mesmo tamanho é chamada de bissetriz. Ela também é identifi-
cada como reta dos quadrantes ímpares (1° e 3°).
088
Matemática
Linear
Uma função afim é considerada como linear se f(x) = ax, sendo o coeficiente angular diferente de zero e o
coeficiente linear igual a zero (b = 0). Nesses casos a reta passará pela origem (0,0).
As funções f(x) = 2x; f(x) = - 6x ou f(x) = 1/3 são lineares. No gráfico abaixo temos a representação do pri-
meiro exemplo:
089
Matemática
Função com polinômio de segundo grau
A função quadrática, também chamada de função do segundo grau, é expressa como f(x) = ax² + bx + c ou
y = ax² + bx + c, sendo que os coeficientes “a, b e c” números reais e “a” diferente de 0 (zero).
De modo geral, as funções possuem dois elementos básicos: 1) domínio, que corresponde ao conjunto dos
valores possíveis das abscissas (x) e 2) imagem, que é o conjunto de valores das ordenas (y), estabelecida
pela aplicação de f(x).
Já o grau da função é determinado de acordo com o maior expoente da variável x. No caso da função qua-
drática, dois é o mais expoente de x. Mas atenção! Se em uma função não houver nenhum expoente na variá-
vel x significa que ela é do primeiro grau.
• Função afim ou função primeiro grau: expressa como f(x) = ax + b. Exemplo: f(x) = axé + 1;
• Função quadrática ou função de segundo grau: expressa como f(x) = ax² + bx+ c. Exemplo: f(x)= 2x² –
2x;
• Função cúbica ou função de terceiro grau: expressa como f(x) = ax³ + bx² + cx + d. Exemplo: f(x) = 4x³ +
x² + 2x + 4;
y = x² - 4x + 3, onde a = 1, b = -4 e c = 3
y = - x² + 2x + 4, onde a = - 1, b = 2 e c = 4
y = 3x² - 4x, onde a = 3, b = -4 e c = 0
Você percebeu que no exemplo y = 3x² – 4x, o coeficiente c é igual a zero? Isso indica que esta é uma função
incompleta, o mesmo vale quando o coeficiente b é igual a zero. Confira outros exemplos:
Existe também a função completa, a qual todos os coeficientes (a, b e c) são diferentes de zero. Confira alguns
exemplos
090
Matemática
Raízes e vértice
Dois conceitos estão relacionados à concavidade da parábola: as raízes (pontos onde o gráfico intercepta o
eixo x) e o vértice (ponto de máximo ou mínimo a função). As raízes podem ser calculadas pela fórmula de
Bháskara ou outros métodos. Lembrando que, as funções quadráticas possuem apenas duas raízes.
Em relação ao vértice, na função de primeiro grau é possível traçar o gráfico a partir de dois pontos. Con-
tudo, isso não acontece na função de segundo grau, pois é necessário conhecer mais que dois pontos.
• Se > 0, a função possui duas raízes reais distintas e a parábola intercepta o eixo x em dois pontos dife-
rentes;
• Se = 0, a função possui duas raízes reais iguais e a parábola é tangente ao eixo x;
• Se < 0, a função não possui raízes reais e a parábola não intercepta o eixo x;
Exemplo
091
Matemática
Cálculo delta.
O terceiro é substituir os valores da discriminante e nos coeficientes na fórmula de Bháskara. Vale ressalta
que, a presença do sinal +/- indica que o raiz de delta tem um valor positivo e outro negativo. Assim temos:
FUNÇÃO EXPONENCIAL
Chamamos de funções exponenciais aquelas nas quais temos a variável aparecendo em expoente.
Dado um número real a (a > 0 e a 1) denomina-se função exponencial de base a, toda função f:IR IR+ de-
finida por f(x) = ax. O domínio dessa função é o conjunto IR (reais) e o contradomínio é IR+ (reais positivos,
maiores que zero).
Exemplos: a) f(x) = 4x b) y =
092
Matemática
Gráfico da função exponencial
O gráfico da função exponencial é uma curva, na qual devemos considerar dois casos:
Função Logarítmica
Toda função definida pela lei de formação f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0 é denominada função logarítmica
de base a. Nesse tipo de função o domínio é representado pelo conjunto dos números reais maiores que zero
e o contradomínio, o conjunto dos reais.
f(x) = log2x
f(x) = log3x
f(x) = log1/2x
f(x) = log10x
Para a construção do gráfico da função logarítmica devemos estar atentos a duas situações:
?a>1
?0<a<1
093
Matemática
Função decrescente
Análise Combinatória
Fatorial
Permutação
Na permutação os elementos que compõem o agrupamento mudam de ordem, ou seja, de posição. Determi-
namos a quantidade possível de permutação dos elementos de um conjunto, com a seguinte expressão:
Pn = n!
Pn = n . (n-1) . (n-2) . (n-3).....1
Nessa permutação alguns elementos que compõem o evento experimental são repetidos, quando isso ocorrer
devemos aplicar a seguinte fórmula:
Pn(n1,n2,n3…nk) =
• Pn(n1,n2,n3…nk) = permutação com repetição
• n! = total de elemetos do evento
• n1!n2!n3!…nk! = Elementos repetidos do evento
Arranjo
No arranjo simples a localização de cada elemento do conjunto forma diferentes agrupamentos, devemos
levar em consideração, a ordem de posição do elemento e sua natureza, além disso, devemos saber que ao
mudar os elementos de posição isso causa diferenciação entre os agrupamentos.
Para saber a quantidade de arranjos possíveis em p agrupamento com n elementos, devemos utilizar a fór-
mula a seguir:
094
Matemática
An,p=n!/(n−p)!
• A = Arranjo
• n = elementos
• p = Agrupamentos
Combinação simples
Na combinação simples, em um agrupamento mudamos somente a ordem dos elementos distintos. Para que
isso seja feito podemos recorrer à utilização da fórmula:
Cn,p = n! / {p!⋅(n−p)!}
• C = Combinação
• n = Elementos.
• p = Agrupamento
• Progressão Aritmética
Progressão Geométrica
• Termo Geral:
• Termo Geral:
•
an = a1 + (n − 1). r
•
ou ainda:
an = a1 .q n −1 ou ainda: an = ak .q n−k
a n = ak + (n − k ). r
• Soma Finita dos Termos:
Soma dos Termos:
•
a .q − a1 a1 .( q n − 1)
(a1 + an ). n Sn = n ou ainda: Sn =
Sn = q −1 q −1
2 Soma Infinita: Produto dos Termos:
a1
S∞ = Pn = ± (a1 .an ) n
1− q
Razões trigonométricas
Catetos e Hipotenusa
Em um triângulo chamamos o lado oposto ao ângulo reto de hipotenusa e os lados adjacentes de catetos.
Observe a figura:
Hipotenusa:
Catetos: e
095
Matemática
Considere um triângulo retângulo BAC:
Hipotenusa: , ( ) = a.
Catetos: , ( ) = b.
, ( ) = c.
Ângulos: , e .
Tomando por base os elementos desse triângulo, podemos definir as seguintes razões trigonométricas:
• Seno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da
hipotenusa.
Assim:
• Cosseno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto adjacente a esse ângulo e a medida
da hipotenusa.
Assim:
Tangente
• Tangente de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adja-
cente a esse ângulo.
096
Matemática
Assim:
Ângulos Notáveis
x sen x cos x tg x
30º
45º
60º
GEOMETRIA PLANA, ESPACIAL e ANALÍTICA
097
Matemática
ESTUDO De Ponto e RETA
Distância entre dois Pontos
Coeficiente Angular da Reta
098
Matemática
Equação Geral da reta.
Equação Segmentária da Reta
Equação reduzida da reta
Distância de um ponto a uma reta
Retas paralelas
Perpendicularidade de duas retas
Área de uma região triangular
em que
099
Matemática
100
Matemática
Função do 1º Grau João observou que, para certo deslocamento que totalizava
quilômetros, era indiferente optar pelo plano ou pelo plano
1. (Espm 2017) O gráfico abaixo mostra a variação da tem pois o valor final a ser pago seria o mesmo.
peratura no interior de uma câmara frigorífica desde o instante
em que foi ligada. Considere que essa variação seja linear nas É correto afirmar que é um número racional entre
primeiras horas.
a) e b) e c) e d) e
a) b) c) d) e)
valor inicial
Se for um número divisível por execute o bloco
4. (Cpcar) 2017) João, ao perceber que seu carro apresentara Senão, execute bloco
um defeito, optou por alugar um veículo para cumprir seus com-
promissos de trabalho. A locadora, então, lhe apresentou duas
propostas:
Se for um número primo, execute o bloco
- plano no qual é cobrado um valor fixo de e mais
por quilômetro rodado. Senão,
- plano no qual é cobrado um valor fixo de mais
por quilômetro rodado.
101
Matemática
Se execute o bloco
Senão, execute o bloco
Se execute o bloco
102
Matemática
a)
b)
16. (G1 - cftmg 2014) A tabela seguinte mostra o número de
ovos postos, por semana, pelas galinhas de um sítio
c)
Número de galinhas Número de ovos
Semana
(x) (y)
1ª 2 11 d)
2ª 3 18
3ª 4 25
4ª 5 32
Considerando-se esses dados, é correto afirmar que os pares
ordenados (x, y) satisfazem a relação
a) y = 4x + 3. b) y = 6x – 1. 20. A função f, definida por f(x) = -3x + m, está representada
abaixo:
c) y = 7x – 3. d) y = 5x + 7.
Então o valor de é:
17. (Pucrs 2013) A equação que representa a reta na figura
abaixo é _________.
a) -1
b) 0
c) 1
d)
a) y = x b) y = – x + 1 c) y = – x – 1
e)
d) y = x – 1 e) y = x + 1
103
Matemática
Resposta da questão 4:
[D]
Resposta da questão 5:
[D]
Resposta da questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[A]
Resposta da questão 8:
[C]
Resposta da questão 9: O gráfico que pode representar a função é
[B]
Resposta da questão 10:
[E]
Resposta da questão 11:
[C]
Resposta da questão 12:
[D]
Resposta da questão 13:
[A] a)
Resposta da questão 14:
[A]
Resposta da questão 15:
[C]
Resposta da questão 16:
[C]
Resposta da questão 17:
[E]
Resposta da questão 18:
[B]
Resposta da questão 19: b)
[B]
Resposta da questão 20:
[D]
Função do 2º Grau
1. (Ueg 2017) A temperatura, em graus Celsius, de um objeto
armazenado em um determinado local é modelada pela função
a) b) c) d) e)
a) é decrescente para
b) A concavidade é para cima.
c) possui três zeros diferentes.
d) tem como vértice o ponto
e) O valor máximo de é
3. (ifal 2017) Em uma partida de futebol, um dos jogado-
res lança a bola e sua trajetória passa a obedecer à função
onde é a altura da bola em relação ao e)
solo medida em metros e é o intervalo de tempo, em se-
gundos, decorrido desde o instante em que o jogador chuta a
bola. Nessas condições, podemos dizer que a altura máxima 5. (Cpcar) 2017) Nos gráficos abaixo estão desenhadas uma
atingida pela bola é parábola e uma reta que representam as funções reais e de-
finidas por e respectiva-
a) b) c) d) e) mente.
104
Matemática
a)
b)
c)
d)
e)
Analisando cada um deles, é correto afirmar, necessariamente,
que
a) b)
c) d)
11. (Fgv 2017) Um fazendeiro dispõe de material para construir
metros de cerca em uma região retangular, com um lado ad-
6. (cftmg 2017) Sejam as funções reais jacente a um rio. Sabendo que ele não pretende colocar cerca no
e O produto das raízes da equação é lado do retângulo adjacente ao rio, a área máxima da superfície
que conseguirá cercar é:
a) b) c) d) a) b) c) d)
e)
a) b) c) d)
10. (Ufrgs 2017) Dadas as funções e definidas por Utilize o fragmento de texto abaixo para responder à(s) ques-
tão(ões).
e o intervalo tal que é
O salário total de um funcionário de certa empresa é
105
Matemática
[D]
composto de duas partes, uma fixa no valor de e Resposta da questão 2:
outra que varia de acordo com a função [E]
sendo o tempo de serviço, em anos, do funcionário na em- Resposta da questão 3:
presa, com [D]
Resposta da questão 4:
[B]
a) b) c) d) e)
Resposta da questão 5:
18) Seja : f : °→° uma função quadrática definida por f(x) = [D]
ax² + bx + c, cujo esboço do gráfico é dado a seguir. Podemos De acordo com os gráficos, temos:
afirmar que:
A parábola tem concavidade para baixo, portanto:
Resposta da questão 1:
106
Matemática
duplicou?
a) b) c)
Como e são os valores de que tornam podemos
escrever que: d) e)
5. (Ufrgs 2017) No estudo de uma população de bactérias, 12. (Ulbra 2016) Em um experimento de laboratório,
identificou-se que o número de bactérias, horas após o indivíduos de uma espécie animal foram submetidos a testes
de radiação, para verificar o tempo de sobrevivência da espé-
início do estudo, é dado por cie. Verificou-se que o modelo matemático que determinava o
número de indivíduos sobreviventes, em função do tempo era
Nessas condições, em quanto tempo a população de mosquitos
com o tempo dado em dias e e dependiam
107
Matemática
do tipo de radiação. Três dias após o início do experimento,
havia indivíduos. 18. (G1 - ifpe 2016) Agrônomos e Matemáticos do IFPE
estão pesquisando o crescimento de uma cultura de bactérias e
Quantos indivíduos vivos existiam no quarto dia após o início concluíram que a população de uma determinada cultura
do experimento? sob certas condições, em função do tempo em horas, evolui
a) b) c) d) e)
conforme a função Para atingir uma população
13. O governo de uma cidade está preocupado com a possível de bactérias, após o início do experimento, o tempo decor-
epidemia de uma doença infectocontagiosa causada por bacté- rido, em horas, corresponde a
ria. Para decidir que medidas tomar, deve calcular a velocidade a) b) c) d) e)
de reprodução da bactéria. Em experiências laboratoriais de
uma cultura bacteriana, inicialmente com mil unidades, 19. (Ufpr 2016) A análise de uma aplicação financeira ao lon-
obteve-se a fórmula para a população: go do tempo mostrou que a expressão
fornece uma boa aproximação do valor (em reais) em função
do tempo (em anos), desde o início da aplicação. Depois de
quantos anos o valor inicialmente investido dobrará?
em que é o tempo, em hora, e é a população, em milha-
res de bactérias. a) b) c) d) e)
108
Matemática
profissional dessa empresa com 2 anos de tempo de tempo de [B]
serviço será, em reais, Resposta da questão 7:
a) b) c) [C]
Resposta da questão 8:
d) e) [D]
Resposta da questão 9:
25. (Fgv 2015) Se é a fração irredutível que é solução da [C]
equação exponencial então, é igual Resposta da questão 10:
a [E]
Resposta da questão 11:
a) b) c) d) e) [E]
Resposta da questão 12:
26. (G1 - ifsul 2015) A solução real da equação [C]
é Resposta da questão 13:
a) b) c) d) [D]
Resposta da questão 14:
[E]
27. (Ufrgs 2014) A função definida por
Resposta da questão 15:
intercepta o eixo das abscissas em
[B]
a) b) c) d) e) Resposta da questão 16:
[B]
28. (Uepb 2014) Biólogos e Matemáticos acompanharam em Resposta da questão 17:
laboratório o crescimento de uma cultura de bactérias e con- [C]
Resposta da questão 18:
cluíram que esta população crescia com o tempo ao dia,
[B]
conforme a lei onde P0, é a população inicial da Resposta da questão 19:
cultura (t = 0) e é uma constante real positiva. Se, após dois [C]
dias, o número inicial de bactérias duplica, então, após seis Resposta da questão 20:
dias, esse número é: [A]
a) 10P0 b) 6P0 c) 3P0 d) 8P0 e) 4P0 Resposta da questão 21:
[C]
29. (Uepa 2014) Os dados estatísticos sobre violência no trân- Resposta da questão 22:
sito nos mostram que é a segunda maior causa de mortes no [E]
Brasil, sendo que 98% dos acidentes de trânsito são causados Resposta da questão 23:
por erro ou negligência humana e a principal falha cometida [E]
pelos brasileiros nas ruas e estradas é usar o celular ao volante. Resposta da questão 24:
Considere que em 2012 foram registrados 60.000 mortes [E]
decorrentes de acidentes de trânsito e destes, 40% das vítimas Resposta da questão 25:
estavam em motos. [D]
Resposta da questão 26:
Texto Adaptado: Revista Veja, 19/08/2013. [D]
Resposta da questão 27:
A função fornece o número de vítimas que [C]
estavam de moto a partir de 2012, sendo o número de anos Resposta da questão 28:
[D]
e o número de vítimas que estavam em moto em 2012. Resposta da questão 29:
Nessas condições, o número previsto de vítimas em moto para [A]
2015 será de: Resposta da questão 30:
a) 41.472. b) 51.840. c) 62.208. [C]
d) 82.944. e) 103.680.
30. (Ufpr 2014) Uma pizza a 185°C foi retirada de um forno Progressão Aritmética
quente. Entretanto, somente quando a temperatura atingir 65°C
será possível segurar um de seus pedaços com as mãos nuas, 1. (Eear 2017) Considere esses quatro valores em
sem se queimar. Suponha que a temperatura T da pizza, em
graus Celsius, possa ser descrita em função do tempo t, em mi- PA crescente. Se a soma dos extremos é então o terceiro
termo é
nutos, pela expressão Qual o tempo
necessário para que se possa segurar um pedaço dessa pizza a) b) c) d)
com as mãos nuas, sem se queimar?
a) 0,25 minutos. b) 0,68 minutos. c) 2,5 minutos. 2. (G1 - ifal 2017) Determine o termo de uma progressão
d) 6,63 minutos. e) 10,0 minutos. aritmética, sabendo que o primeiro termo é e a razão é
a) b) c) d) e)
Gabarito:
109
Matemática
110
Matemática
Gabarito:
6.A sequência ; ; ; ; .......; é uma P.G.. A soma
Resposta da questão 1: de seus termos, expressa em função de n, vale:
[B]
Resposta da questão 2: a) b) c)
[D]
Resposta da questão 3: d) e)
[A]
Resposta da questão 4: 7(UFAM) Na P.G. em que , a soma dos pri-
[D] meiros termos é:
Resposta da questão 5:
[C] a) b) c)
Resposta da questão 6:
[A] d) e)
Resposta da questão 7:
[D]
Resposta da questão 8: 8.(UFAM) Dada a soma 1+ + + +... , então a soma da série
[D] é:
Resposta da questão 9: a) b) c) 1 d) e)
[E]
Resposta da questão 10: 9.O lado de um quadrado mede Unindo-se os pontos mé-
[C] dios dos lados opostos, obtêm-se quatro novos quadrados. Se
Resposta da questão 11 procedermos assim sucessivamente, obteremos novos quadra-
[C] dos cada vez menores, conforme a figura abaixo, que mostra
parte de seqüência infinita.
...
Progressão Geométrica
111
Matemática
Resposta da questão 11: elementos da matriz X , obteremos o número:
[A]
a) - 1 b) - 2 c) 1 d) 2 e) 0
9. (Uern 2012) Sejam as matrizes
Se então é igual a:
a) b) c) d) e)
1 x + y + z 3y − z + 2
4 5 −5 é simétrica, o valor de x é
a)
y0− 2z
b) 1+ 3c) 6 d)z 3 e) –5 0
a) b) c)
112
Matemática
a) 25 b) 35 c) 37 d) 50 e) 53
a) -5 b) 5 c) -3 d) 3 e) 4
15) Se é uma matriz real definida por
21) (UFAM) São dadas as matrizes
18) (UEA) Um campeonato de futebol está sendo realizado a) -32 b) 32 c) Impossível de calcular d) 16 e) -16
entre os alunos de um colégio. A tabela 1 mostra o número
de vitórias (V), derrotas (D) e empates (E) de três equipes 24) (PSC UFAM) Uma matriz quadrada é simétrica se, e so-
dessa competição e a tabela 2 mostra os pontos atribuídos
a cada tipo de resultado.
mente se, At = A. Se a matriz A = é
. Se
M-1.N.X=P. então x³ + y² é igual a:
113
Matemática
Gabarito: a) +1 b) 0 c) -1 d) -2 e) -3
Resposta da questão 23: [A] 5. Na cantina do colégio em que Rebeca estuda, o preço de
um sanduíche natural junto com um copo de suco é R$
Resposta da questão 24: [B] 12,00. Rebeca comprou três desses sanduíches e dois co-
pos de suco e pagou R$ 33,00. Logo, o valor de um copo
Resposta da questão 25:[E] de suco é
a) R$ 2,00. b) R$ 2,50. c) R$ 3,00. d) R$ 3,50.
114
Matemática
a) -2 b) c) d) 2 e)
9. (ESPM) Sendo x e y números reais e (3x + 2y)² + (x – 2y 17. (CESGRANRIO – CMB) Os números m e n são racionais
+ 8)² = 0, o valor de yx é: e tais que m + 5n = 5 e 4m + 10n = 16. Qual o valor de m
+ n?
a) b) c) -8 d) 9 e) 8 a)9,4 b)7,9 c)5,5 d)3,4 e)2,6
12. (SFC) O salário de Sérgio é igual a três sétimos do salário 20. (Unirio) Luís e Maria resolveram comparar suas coleções
de Renato. No entanto, se Sérgio tivesse um acréscimo de de CDs. Descobriram que têm ao todo 104 Compact Discs
R$ 2400 em seu salário, passaria a ter um salário igual ao e que, se Maria tivesse 12 Cds a menos, teria o triplo do
de Renato. A soma dos salários de Sérgio e Renato é: número de discos do Luís. É possível afirmar que a quanti-
dade de Cds que Luís possui é:
a) R$ 3800 b) R$ 4200 c) R$ 5000 d) R$ 6000 e) a) 23 b) 29 c) 31 d) 52 e) 75
R$ 1000
Gabarito:
13. (ECT) Numa família, um pai tem 30 anos a mais do que o
seu filho. Depois de 20 anos, a idade do pai será o dobro da Resposta da questão 1:[A]
idade do filho. Qual a idade atual do filho?
Resposta da questão 2: [B]
a) 11 b) 20 c) 5 d) 10
Resposta da questão 3: [B]
14. (UFMG) Uma prova de múltipla escolha com 60 questões
foi corrigida da seguinte forma: o aluno ganhava 5 pontos Resposta da questão 4:[B]
por questão que acertava e perdia 1 ponto por questão que
Resposta da questão 5: [C]
errava ou deixava em branco. Se um aluno totalizou 210
pontos, qual o número de questões que ele acertou? Resposta da questão 6: [D]
a) 25 b) 30 c) 35 d) 40 e) 45 Resposta da questão 7: [E]
115
Matemática
Resposta da questão 8: [A] Especialistas no assunto, como o suíço Denis de
Rougemont, suspeitavam que a literatura medieval criou uma
Resposta da questão 9: [A] verdadeira expectativa neurótica no Ocidente sobre o que seria
o amor romântico em nossas vidas concretas, fazendo com que
Resposta da questão 10:[B] 7
sonhássemos com algo que, na verdade, nunca existiu como
experiência universal. 8Dos castelos da Provence francesa do
Resposta da questão 11: [E] século 12 ao cinema de Hollywood, teríamos perdido o verda-
deiro sentido do amor medieval, que seria uma doença da qual
Resposta da questão 12: [D] devemos fugir como o diabo da cruz.
Para além dos céticos e crentes, a literatura medieval
Resposta da questão 13: [D] de amor cortês é marcante pela sua descrição do que seria esse
pathos amoroso. Uma doença, uma verdadeira desgraça para
Resposta da questão 14: [E] quem fosse atingindo em seu coração por tamanha tristeza.
André Capelão, autor da época (Tratado do Amor Cortês, ed.
Resposta da questão 15: [D] Martins Fontes), sintetiza esse amor como sendo uma 9”doença
do pensamento”. Doença essa que podemos descrever como
Resposta da questão 16:[E] uma forma de obsessão em saber o que ela está pensando, o
que ela está fazendo nessa exata hora em que penso nela, com
Resposta da questão 17: [D] o que ela sonha à noite, como é seu corpo por baixo da roupa
que a veste, o desejo incontrolável de ouvir sua voz, de sentir
Resposta da questão 18: [B] seu perfume. Mas a doença avança: sentir o gosto da sua boca,
beijá-10la por horas a fio.
Resposta da questão 19:[A] 11
Mas, quando em público, jamais deixe ninguém
saber que se amam. Capelão chega a supor que desmaios
Resposta da questão 20: [A] femininos poderiam ser indicativos de que a infeliz estaria
em presença de seu desgraçado objeto de amor inconfessável.
A inveja dos outros pelos amantes, apesar de 12condenados
a 13tristeza pela interdição sempre presente nas narrativas
Análise Combinatória (casados com outras pessoas, detentores de responsabilidades
públicas e privadas), se dá pelo fato que se trata de uma doen-
Permutação ça encantadora quando correspondida.
Nada é mais forte do que o desejo de estar com
1. (Efomm 2017) Quantos anagramas é possível formar com alguém a quem você se sente ligado, mesmo que a milhares de
a palavra CARAVELAS, não havendo duas vogais consecuti- quilômetros de distância, sem poder trocar um único olhar ou
vas e nem duas consoantes consecutivas? toque com ela.
a) b) c) d) e) O erro dos modernos românticos teria sido a ilusão
de que esses medievais imaginariam o amor romântico numa
2. (Espcex (Aman) 2017) Um grupo é formado por oito ho- escala universal e capaz de 14conviver com um apartamento de
mens e cinco mulheres. Deseja-se dispor essas oito pessoas em dois quartos, pago em cem anos.
uma fila, conforme figura abaixo, de modo que as cinco mulhe- Não, o amor cortês seria algo que deveríamos temer
justamente por seu caráter intempestivo e avassalador. Sempre
res ocupem sempre as posições e e os homens as
fora do casamento, teria contra ele a condenação da norma
posições e social ou religiosa que, aos poucos, 15levaria as suas vítimas à
destruição, psicológica ou física.
Para os medievais, um homem arrebatado por esse
amor tomaria decisões que destruiriam seu patrimônio. A mu-
lher perderia sua reputação. Ambos viriam, necessariamente,
a morrer por conta desse amor, fosse ele em batalha, por obri-
gação de guerreiro, fosse fugindo do horror de trair seu melhor
Quantas formas possíveis de fila podem ser formadas obede- amigo com sua até então fiel esposa. Ela morreria eventual-
cendo a essas restrições? mente de tristeza, vergonha e solidão num convento, buscando
a) b) c) d) e) a paz de espírito há muito perdida. A distância física, social
ou moral, proibindo a realização plena desse desejo incessante
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: como tortura cotidiana.
A doença do amor O poeta mexicano Octavio Paz, que dedicou alguns
Luiz Felipe Pondé textos ao tema, entendia que a literatura medieval descrevia o
embate entre virtude e desejo, sendo a desgraça dos apaixona-
Existe de fato amor romântico? Esta é uma pergunta dos a maldição de ter que 16pôr medida nesse desejo 17(nesse
que ouço quando, em sala de aula, estamos a discutir questões amor fora do lugar), em meio à insuportável culpa de estar
como literatura romântica dos séculos 18 e 19. 1Quando o pú- doente de amor.
blico é composto de pessoas mais maduras, a tendência é um
certo ceticismo, muitas vezes elegante, apesar de trazer nele a 3. (G1 - ifsul 2017) Observando o segundo parágrafo do texto
marca eterna do desencanto. A doença do amor, o número de anagramas (qualquer permuta-
Quando o público é mais 2jovem há uma tendência ção das letras de uma palavra de modo a formar ou não novas
maior de crença no amor romântico. 3Alguns diriam que 4essa palavras) que podemos formar com a palavra escrita imediata-
crença é típica da idade jovem e inexperiente, assim como mente após “idade”, é
crianças creem em Papai Noel. a) b) c) d)
Mas, em matéria de amor romântico, melhor ainda do
que ir em busca da literatura dos séculos 18 e 19 é ir 5à fonte 4. (Imed 2016) O número de candidatos inscritos para realiza-
primária 6: a literatura europeia medieval, verdadeira fonte do ção do último vestibular de verão, em um determinado curso,
amor romântico. A literatura conhecida como amor cortês. corresponde ao número de anagramas da palavra VESTIBU-
116
Matemática
LAR que começam por VE e terminam por AR. Esse número nizou as pessoas lado a lado e colocou os filhos entre os pais.
é igual a: Mantida essa configuração, o número de formas em que pode-
a) b) c) d) e) rão se posicionar para a foto é
a) b) c) d) e)
5. (Epcar (Afa) 2016) Uma caixa contém bolas das quais
12. (Pucrj 2015) A quantidade de anagramas da palavra CON-
são amarelas e numeradas de a verdes numeradas de a CURSO é:
e mais bolas de outras cores todas distintas e sem numera- a) 2520 b) 5040 c) 10080 d) 20160 e) 40320
ção.
A quantidade de formas distintas de se enfileirar essas bolas TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
de modo que as bolas de mesmo número fiquem juntas é Leia atentamente o texto abaixo para responder à(s) ques-
a) b) c) d) tão(ões).
117
Matemática
[D]
a) b) c) d) Resposta da questão 11:
[E]
14. (Esc. Naval 2014) Qual a quantidade de números inteiros Resposta da questão 12:
de algarismos distintos, sendo dois algarismos pares e dois [C]
ímpares que podemos formar, usando algarismos de a Resposta da questão 13:
a) b) c) d) e) [A]
Resposta da questão 14:
[D]
15. (Esc. Naval 2014) A Escola Naval irá distribuir viagens
Resposta da questão 15:
para a cidade de Fortaleza, para a cidade de Natal e para [B]
a cidade de Salvador. De quantos modos diferentes podemos
distribuí-las entre aspirantes, dando somente uma viagem
para cada um? Arranjo
a) b) c) d) e)
1. (Ueg 2017) Uma comissão será composta pelo presidente,
Gabarito: tesoureiro e secretário. Cinco candidatos se inscrevem para
essa comissão, na qual o mais votado será o presidente, o se-
Resposta da questão 1: gundo mais votado o tesoureiro e o menos votado o secretário.
[C] Dessa forma, de quantas maneiras possíveis essa comissão
poderá ser formada?
A palavra CARAVELAS possui consoantes e vogais, a a) b) c) d) e)
única configuração possível dos anagramas que apresenta as
2. (Ufjf-pism 3 2017) Para concorrer à eleição a diretor e a
vogais e consoantes alternadas será dada abaixo, onde é
vice-diretor de uma escola, há candidatos. O mais votado
uma consoante e é uma vogal. assumirá o cargo de diretor e o segundo mais votado, o de
vice-diretor. Quantas são as possibilidades de ocupação dos
cargos de diretor e vice-diretor dessa escola?
a) b) c) d) e)
118
Matemática
Combinação trocaram apertos de mão entre si, e um único aperto por dupla
de pessoas. Nessas condições, o número máximo de apertos
trocados pelas pessoas é igual a
1. (Eear 2017) Em um campeonato de tênis estão inscritos
militares. Para disputar o campeonato, esses militares podem a) b) c)
formar _____ duplas diferentes.
a) b) c) d) d) e)
6. (Epcar (Afa) 2015) Um turista queria conhecer três estádios Logo, o dividendo dessa operação é
da Copa do Mundo no Brasil não importando a ordem de esco-
lha. Estava em dúvida em relação às seguintes situações: a) b)
c) d)
I. obrigatoriamente, conhecer o Estádio do Maracanã.
II. se conhecesse o Estádio do Mineirão, também teria que
conhecer a Arena Pantanal, caso contrário, não conheceria 4. (Pucpr 2015) Se é um fator do polinômio
nenhum dos dois. então, o valor de é igual a:
a) b) c) d) e)
7. (Fgv 2015) Em uma sala estão presentes pessoas, com
Pelo menos uma pessoa da sala não trocou aperto de 6. (Ufrgs 2014) Considere os polinômios e
mão com todos os presentes na sala, e os demais presentes O número de soluções da equação
119
Matemática
a) 1 b) 3 c) - 4 d) 11 e) n. d. a
no conjunto dos números reais, é
a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.
3. (FRANCO) Sabendo que - 2 é raiz da equação
7. (Ueg 2013) A divisão do polinômio por , então o valor de k é:
é igual a:
a) x – 3 b) x + 3 c) x – 6 d) x + 6 a) b) 8 c) 10 d) 28 e) n. d. a
8. (Uern 2013) O produto entre o maior e o me- 4. (FRANCO) Qual dos polinômios seguintes admite os nú-
nor dos coeficientes do quociente da divisão de meros -1 e 5 como raízes?
por
é a) b)
a) 3. b) 4. c) – 2. d) – 5.
c) d)
9. (Espm 2013) O resto da divisão do polinômio
pelo polinômio é: e)
a) x – 1 b) x + 2 c) 2x – 1 d) x + 1 e) x – 2
5. (FRANCO) O produto das raízes da equação
é:
10. (Cefet MG 2013) Perdeu-se parte da informação que cons-
tava em uma solução de um problema, pois o papel foi rasgado e a) – 1 b) 0 c) 120 d) – 120 e) 60
faz-se necessário encontrar três dos números perdidos que cha-
maremos de A, B e C na equação abaixo. 6. (FRANCO) A equação admite
uma raiz igual a 2. Então, as outras duas raízes são:
a) b) c)
O valor de A + B + C é
d) e)
a) –3. b) –2. c) 4. d) 5. e) 7.
7. (FRANCO) O número 1 é uma das raízes da equação
11. (Ufrgs 2012) Se 2 é raiz dupla do polinômio p(x) = 2x4 – ; a soma das outras duas raízes é:
7x3 + 3x2 + 8x – 4, então a soma das outras raízes é
a) – 7 b) 0 c) – 1 d) 1 e) 7
a) -1. b) -0,5. c) 0. d) 0,5. e) 1.
8. (FRANCO) Se os números - 3, a, b são as raízes da equa-
12. (G1 - cftmg 2011) O valor numérico da expressão ção , então o valor de é:
para é a) – 6 b) – 2 c) – 1 d) 2 e) 6
9. (FRANCO) Os valores do parâmetro P, para os quais a
a) b) c) d) equação tem uma raiz nula, são:
a) b) e)
13. (Fgv 2010) Um polinômio P(x) do terceiro grau tem o grá-
fico dado a seguir:
c) d)
Equações e)
1. (FRANCO) Qual dos valores abaixo é raiz da equação
?a) 0 b) 3 c) 2
d) 1 e) n. d. a 12.(FRANCO) Uma raiz da equação
é igual à soma das outras duas. As raízes são:
2. (FRANCO) Se 3 é uma das raízes da equação
, então o valor de k é:
a) b)
120
Matemática
9-D
c) d)
10-C
e)
11-E
12-C
13-C
14-D
Trigonometria
1. (G1 - cftmg 2014) Uma formiga sai do ponto A e segue
13. (FRANCO) Sabendo-se que por uma trilha, representada pela linha contínua, até chegar ao
tem uma raiz tripla, essa será: ponto B, como mostra a figura.
a) b) c) d) e)– 3
c) d)
e)
Polinômios
Resposta da questão 1:
[D]
Resposta da questão 2:
[A]
Resposta da questão 3:
[A]
Resposta da questão 4:
[E]
Resposta da questão 5:
[A]
Resposta da questão 6: A distância, em metros, percorrida pela formiga é
[D] a) b) c) d)
Resposta da questão 7:
[B] 2. (G1 - ifce 2014) Uma rampa faz um ângulo de 30° com o
Resposta da questão 8: plano horizontal. Uma pessoa que subiu 20 metros dessa ram-
[A] pa se encontra a altura de ___ do solo.
Resposta da questão 9: a) 6 metros. b) 7 metros. c) 8 metros.
[E] d) 9 metros. e) 10 metros.
Resposta da questão 10:
[D]
3. (Unifor 2014) Sobre uma rampa de de comprimento
Resposta da questão 11:
[B] e inclinação de com a horizontal, devem-se construir
Resposta da questão 12: degraus de altura
[D]
Resposta da questão 13:
[E]
Equações
1-D
2-C Quantos degraus devem ser construídos?
3-B a) b) c) d) e)
4-B
5-B
6-D
7-C
4. (Uemg 2014) Em uma de suas viagens para o exterior, Luís
8-B
121
Matemática
Alves e Guiomar observaram um monumento de arquitetura Dados: sen (37º) = 0,60, cos (37º) = 0,80 e tg (37º) = 0,75
asiática. Guiomar, interessada em aplicar seus conhecimentos
matemáticos, colocou um teodolito distante 1,20 m da obra e
obteve um ângulo de 60°, conforme mostra a figura:
a) 60 b) 65 c) 70 d) 75 e) 80
Sabendo-se que a altura do teodolito corresponde a 130 cm, a 9. (G1 - ifba 2012) Um atleta do IFBA se desloca com veloci-
altura do monumento, em metros, é aproximadamente dade de 10 km/h ao longo da reta OP, que forma um ângulo de
a) 6,86. b) 6,10. c) 5,24. d) 3,34.. 30° com a reta Ox, partindo do ponto O. Após 3 horas, qual a
distância do atleta até a reta Ox?
5. (Unifor 2014) Uma pessoa está a de um prédio e vê
o topo do prédio sob um ângulo de como mostra a figura
abaixo.
a) 30 km b) 15 km.. c) km
d) km e) km
122
Matemática
a) 1000 metros b) 1014 metros c) 1414 metros
d) 1714 metros e) 2414 metros
I. o é retângulo em B.
II.
III.
Ele corre aproximadamente 1000 metros na direção oeste e 16. (Enem 2010) Um balão atmosférico, lançado em Bauru
(343 quilômetros a Noroeste de São Paulo), na noite do último
observa novamente o barco a partir da posição . Neste novo domingo, caiu nesta segunda-feira em Cuiabá Paulista, na re-
ponto de observação , o ângulo de visão do barco, em rela- gião de Presidente Prudente, assustando agricultores da região.
ção à praia, é de 45°. O artefato faz parte do programa Projeto Hibiscus, desenvolvi-
Qual a distância aproximadamente? do por Brasil, Franca, Argentina, Inglaterra e Itália, para a me-
123
Matemática
dição do comportamento da camada de ozônio, e sua descida Geometria Plana
se deu após o cumprimento do tempo previsto de medição.
1. (G1 - ifsc 2015) O fenômeno conhecido como Agroglifo,
figuras geométricas ou grandes círculos, se repetiu em 2013
na cidade de Ipuaçu, no Oeste do Estado de Santa Catarina.
Moradores avistaram dois desenhos em formatos diferentes
e maiores que os do ano passado. Segundo os moradores, o
fenômeno acontece na cidade desde 2008, sempre nesta época
do ano e atrai curiosos e especialistas.
Suponha que uma das figuras encontradas na cidade de Ipuaçu
seja a figura abaixo, formada por um círculo maior e dois
semicírculos menores, cujas dimensões estão indicadas na
Na data do acontecido, duas pessoas avistaram o balão. Uma figura. Sendo assim, é CORRETO afirmar que a área da região
estava a 1,8 km da posição vertical do balão e o avistou sob destacada em preto é de:
um ângulo de 60°; a outra estava a 5,5 km da posição vertical
do balão, alinhada com a primeira, e no mesmo sentido, con-
forme se vê na figura, e o avistou sob um ângulo de 30°.
(Use )
Gabarito:
Resposta da questão 1: a) b) c)
[D] d) e)
Resposta da questão 2:
[E] 2. (Pucrs 2015) Em um ginásio de esportes, uma quadra retan-
Resposta da questão 3: gular está situada no interior de uma pista de corridas circular,
[B] como mostra a figura.
Resposta da questão 4:
[D]
Resposta da questão 5:
[B]
Resposta da questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[E]
Resposta da questão 8:
[D]
Resposta da questão 9:
[B]
Resposta da questão 10:
[C]
Resposta da questão 11: A área interior à pista, excedente à da quadra retangular, em
[B] é
Resposta da questão 12:
[C] a) b) c)
Resposta da questão 13: d) e)
[D]
Resposta da questão 14:
[C]
Resposta da questão 15:
[A]
Resposta da questão 16:
[C]
124
Matemática
mostrada na fotografia, tenha a forma e as dimensões indicadas
na figura.
a) b) c) d)
Após isso, o estudante descartou a parte triangular res- Usando a aproximação pode-se afirmar que a área
tando os dois esquadros. desmatada, em quilômetros quadrados, é, aproximadamente,
Admitindo que a espessura do acrílico seja desprezível e que a) 10,8. b) 13,2. c) 12,3. d) 11,3. e) 15,4.
a área, em do triângulo equivale a:
a) 80 b) 100 c) 140 d) 180
Obs.: use e
a) b) c) d) e)
125
Matemática
Com base nesses dados, a área da parte sombreada da figura 1,
em cm2, é igual a
a) 12. b) 18. c) 22. d) 24.
126
Matemática
fazendo com que os pontos E e F coincidam com um ponto P
do espaço.
quando radianos, é
a) b) c) d)
127
Matemática
Resposta da questão 5:
[D]
Resposta da questão 6:
[C]
Resposta da questão 7:
[C]
Resposta da questão 8:
[D]
Resposta da questão 9:
Sabendo que esse coração representa dois semicírculos com [D]
o diâmetro em dois lados consecutivos de um quadrado, cuja Resposta da questão 10:
diagonal mede , a área do coração, em cm quadrados, [C]
é: Resposta da questão 11:
a) 175 b) 160 c) 155 d) 140 e) 142 [C]
Resposta da questão 12:
[D]
Resposta da questão 13:
[A]
Resposta da questão 14:
[E]
24. (G1 - ifce 2012) Na figura abaixo, os segmentos AB, AE e Resposta da questão 15:
ED possuem o mesmo comprimento. Sendo F o ponto médio [C]
do segmento BE e sabendo-se que ABCD é um retângulo de Resposta da questão 16:
área 200 m2, é correto concluir-se que a área do triângulo [C]
CDF, em metros quadrados, vale Resposta da questão 17:
[A]
Resposta da questão 18:
[A]
Resposta da questão 19:
[C]
Resposta da questão 20:
[A]
Resposta da questão 21:
[D]
Resposta da questão 22:
a) 120. b) 100. c) 90. d) 75. e) 50.
[D]
Resposta da questão 23:
25. (Ufrn 2012) A figura a seguir representa uma área qua-
[A]
drada, no jardim de uma residência. Nessa área, as regiões
Resposta da questão 24:
sombreadas são formadas por quatro triângulos cujos lados
[D]
menores medem 3 m e 4 m, onde será plantado grama. Na
Resposta da questão 25:
parte branca, será colocado um piso de cerâmica.
[A]
Gabarito
Resposta da questão 1:
[B]
Resposta da questão 2:
[B]
Resposta da questão 3:
[C]
Resposta da questão 4:
[C]
128
Matemática
Geometria Espacial poço até encher integralmente a caixa d’água?
Primas a) b) c) d) e)
1. (Unesp 2016) Um paralelepípedo reto-retângulo foi dividi- 5. (Cefet MG 2015) A Organização Mundial da Saúde reco-
do em dois prismas por um plano que contém as diagonais de menda que, fazendo economia, um ser humano consuma
duas faces opostas, como indica a figura. litros de água por dia. Uma família com quatro pessoas possui,
em sua casa, uma caixa d’água na forma de um prisma reto
com metro quadrado de área da base cheia com litros de
água.
A altura a ser completada de forma que a água da caixa seja o
suficiente para abastecer a família por cinco dias, em metros,
é de
Comparando-se o total de tinta necessária para pintar as faces a) b) c)
externas do paralelepípedo antes da divisão com o total ne- d) e)
cessário para pintar as faces externas dos dois prismas obtidos
após a divisão, houve um aumento aproximado de
6. (Pucrs 2015) Um paralelepípedo possui dimensões
a) b) c) d) e)
e A medida da aresta de um cubo que possui volu-
2. (G1 - cftmg 2016) Deseja-se construir uma caixa d’água no me igual ao do paralelepípedo é, em centímetros,
formato de um paralelepípedo retângulo, que armazene a) b) c) d) e)
litros de água, como mostra a figura.
7. (Unesp 2015) Quando os meteorologistas dizem que a
precipitação da chuva foi de significa que houve uma
precipitação suficiente para que a coluna de água contida em
um recipiente que não se afunila como, por exemplo, um pa-
ralelepípedo reto-retângulo, subisse Essa precipitação,
se ocorrida sobre uma área de corresponde a litro de
água.
O esquema representa o sistema de captação de água da chuva
Sabe-se que o comprimento é o dobro da largura que a
que cai perpendicularmente à superfície retangular plana e
altura é da medida da largura e que equivale a horizontal da laje de uma casa, com medidas por
litros de água. Nesse sistema, o tanque usado para armazenar apenas a água
captada da laje tem a forma de paralelepípedo reto-retângulo,
Nessas condições, a largura dessa caixa d’água, em metros, é com medidas internas indicadas na figura.
igual a
a) b) c) d)
129
Matemática
- Libra e onça, bem como quilograma, são unidades de medida 15. (G1 - ifsp 2014) A figura a seguir representa uma piscina
de massa. em forma de bloco retangular.
- A relação lida por Calvin no 1º quadrinho está correta.
- é aproximadamente igual a libras.
11. (Fatec 2015) A altura mínima que a caixa de suco deve ter,
para conter todo o volume de suco obtido das quatro mangas é,
em decímetros, igual a
Desconsidere a espessura das paredes da caixa. De acordo com as dimensões indicadas, podemos afirmar cor-
a) b) c) d) e) retamente que o volume dessa piscina é, em m3, igual a
a) b) c) d) e)
12. (Uepb 2014) Uma cisterna de formato cúbico cuja área
lateral mede 200m2 tem por volume, aproximadamente: 16. Conforme regulamento da Agência Nacional de Aviação
a) b) c) Civil (Anac), o passageiro que embarcar em voo doméstico po-
derá transportar bagagem de mão, contudo a soma das dimen-
d) e) sões da bagagem (altura + comprimento + largura) não pode
130
Matemática
figura.
ser superior a
A figura mostra a planificação de uma caixa que tem a forma
de um paralelepípedo retângulo.
20. (Acafe 2014) Num reservatório com a forma de um O volume desse sólido é de:
paralelepípedo reto retângulo, de 1 metro de comprimento, 2 a) 8 cm3 b) 10 cm3 c) 12 cm3
metros de largura e 5 metros de altura, solta-se um bloco de d) 16 cm3 e) 24 cm3
concreto. O nível da água que estava com 60% da altura do
reservatório eleva-se até da altura. 25. (Upe 2013) Para pintar completamente o cubo representa-
O volume de água deslocado (em litros) foi de: do abaixo, são necessários 300 mililitros de tinta.
a) 4500. b) 1500. c) 5500. d) 6000.
131
Matemática
tada abaixo, formada por 13 desses cubos, sabendo-se que não Resposta da questão 25:
há cubos escondidos? [C]
Cilindro
1. (Imed 2016) Um reservatório de água tem o formato de um
cilindro reto de volume igual a Supondo que esse
cilindro está inscrito em um cubo de aresta igual ao dobro do
raio, o volume desse cubo, em é igual a:
a) b) c) d) e)
Resposta da questão 23: 5. Uma fábrica brasileira de exportação de peixes vende para
[D] o exterior atum em conserva, em dois tipos de latas cilíndricas:
Resposta da questão 24: uma de altura igual a e raio e outra de altura des-
[C]
132
Matemática
10. Uma empresa que organiza eventos de formatura confec-
conhecida e raio de respectivamente, conforme figura. ciona canudos de diplomas a partir de folhas de papel quadra-
Sabe-se que a medida do volume da lata que possui raio maior, das. Para que todos os canudos fiquem idênticos, cada folha
é 1,6 vezes a medida do volume da lata que possui raio é enrolada em torno de um cilindro de madeira de diâmetro
menor, em centímetros, sem folga, dando-se voltas completas em
torno de tal cilindro. Ao final, amarra-se um cordão no meio do
diploma, bem ajustado, para que não ocorra o desenrolamento,
como ilustrado na figura.
Dados:
a) litros. b) litros. c) litros. Nesse caso, é correto afirmar que e valem, respectiva-
d) litros. e) litros.
mente,
7. (Pucrj 2015) O volume do sólido gerado pela rotação de um a) e b) e c) e d) e
quadrado de lado em torno de um dos seus lados é, em
e) e
a) b) c) d) e) 12. (Unifor 2014) Um posto de combustível inaugurado recen-
temente em Fortaleza usa tanque subterrâneo que tem a forma
8. (Unifor 2014) Parte do líquido de um cilindro circular reto de um cilindro circular reto na posição vertical como mostra a
que está cheio é transferido para dois cones circulares retos figura abaixo. O tanque está completamente cheio com
idênticos de mesmo raio e mesma altura do cilindro. Saben-
do-se que os cones ficaram totalmente cheios e que o nível da de gasolina e de álcool. Considerando que a altura do
tanque é de 12 metros, a altura da camada de gasolina é:
água que ficou no cilindro é de a altura do cilindro é de:
a) b) c) d) e)
133
Matemática
134
Matemática
5. (Uemg 2014) Uma empresa deseja fabricar uma peça maci-
ça cujo formato é um sólido de revolução obtido pela rotação
de um trapézio isósceles em torno da base menor, como mostra
a figura a seguir. As dimensões do trapézio são: base maior
igual a 15 cm, base menor igual a 7 cm e altura do trapézio
igual a 3 cm.
e)
135
Matemática
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[B]
Resposta da questão 2:
[A]
Resposta da questão 3:
[D] O artesão deseja fazer um pião com a maior altura que esse
Resposta da questão 4: pedaço de madeira possa proporcionar e de modo a minimizar
[A] a quantidade de madeira a ser descartada.
Resposta da questão 5:
[B] Dados:
Resposta da questão 6:
O volume de uma esfera de raio é
[E]
Resposta da questão 7: O volume do cilindro de altura e área da base é
[E]
Resposta da questão 8: O volume do cone de altura e área da base é
[A] Por simplicidade, aproxime para
Resposta da questão 9:
[E] A quantidade de madeira descartada, em centímetros cúbicos, é
Resposta da questão 10: a) b) c) d) e)
[D]
Resposta da questão 11: 4. (Pucrs 2014) Uma esfera de raio está inscrita em um
[B]
Esfera cubo cujo volume, em é
a) 1 b) 2 c) 4 d) 8 e) 16
1. (Udesc 2015) Uma bola esférica é composta por faixas 5. (Pucrs 2014) Resolver a questão com base na regra 2 da
iguais, como indica a figura. FIFA, segundo a qual a bola oficial de futebol deve ter sua
maior circunferência medindo de 68cm a 70cm.
136
Matemática
a) b) c)
1. (Ufrgs 2016) Considere um paralelepípedo
d) e)
reto-retângulo conforme representado na figura abaixo.
6. (Espcex (Aman) 2014) Considere que uma laranja tem a
forma de uma esfera de raio 4 cm, composta de 12 gomos exa-
tamente Iguais. A superfície total de cada gomo mede:
a) b) c)
d) e)
a) b) c)
d) e)
137
Matemática
Resposta da questão 1:
[C]
Resposta da questão 2:
[D]
Resposta da questão 3:
5. Maria quer inovar em sua loja de embalagens e decidiu ven- [E]
der caixas com diferentes formatos. Nas imagens apresentadas Resposta da questão 4:
estão as planificações dessas caixas. [E]
Resposta da questão 5:
[A]
Resposta da questão 6:
[B]
Resposta da questão 7:
[D]
Geometria Analítica
Quais serão os sólidos geométricos que Maria obterá a partir
dessas planificações? Estudo do Ponto
a) Cilindro, prisma de base pentagonal e pirâmide.
b) Cone, prisma de base pentagonal e pirâmide. 1 (Uea 2014) Num plano cartesiano, sabe-se que os pontos A,
c) Cone, tronco de pirâmide e prisma. B (1, 2) e C (2, 3) pertencem a uma mesma reta, e que o ponto
d) Cilindro, tronco de pirâmide e prisma. A está sobre o eixo Oy. O valor da ordenada de A é
e) Cilindro, prisma e tronco de cone. a) 0. b) 3. c) – 1. d) 2. e) 1.
6. (G1 - cftmg 2008) Um faraó projetou uma pirâmide de 2 (Ufpr 2014) A figura abaixo apresenta o gráfico da reta r:
100m de altura, cuja base é um quadrado de lado 100 m, den- 2y – x + 2 = 0 no plano cartesiano.
tro da qual estaria seu túmulo. Para edificar 1000m3 a mão de
obra escrava gastava, em média, 72 dias. Nessas condições, o
tempo necessário, em anos, para a construção dessa pirâmide
foi, aproximadamente,
a) 76 b) 66 c) 56 d) 46
138
Matemática
a) 1500 m. b) 500 m.
7 . (Uff 2010)
a) 1 b) 2 c) 4 d) e)
A palavra “perímetro” vem da combinação de dois elementos
gregos: o primeiro, perí, significa “em torno de”, e o segundo,
5 (Fgv 2012) No plano cartesiano, M(3, 3), N(7, 3) e P(4, 0) metron, significa “medida”.
são os pontos médios respectivamente dos lados e O perímetro do trapézio cujos vértices têm coordenadas (−1,
de um triângulo ABC. A abscissa do vértice C é: 0), (9, 0), (8, 5) e (1, 5)
a) 10 + b) 16 +
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 e) 0
c) 22 + d) 17 + 2
139
Matemática
Considerando-se esses dados, é correto afirmar que os pares
10 . (Pucrj 2004) Sejam A e B os pontos (1, 1) e (5, 7) no ordenados (x, y) satisfazem a relação
plano. O ponto médio do segmento AB é:
a) y = 4x + 3. b) y = 6x – 1.
a) (3, 4) b) (4, 6) c) (-4, -6) d) (1, 7) e) (2, 3)
c) y = 7x – 3. d) y = 5x + 7.
Retas
1. (Pucrj 2014) O retângulo ABCD tem um lado sobre o eixo
e um lado sobre o eixo como mostra a figura. A área do a) y = x b) y = – x + 1 c) y = – x – 1
retângulo ABCD é 15 e a medida do lado AB é 5. A equação
da reta que passa por D e por B é: d) y = x – 1 e) y = x + 1
a) b) c) d) e)
a) b) c)
d) e)
2. (Upe 2014) No plano cartesiano, as interseções das retas de 8. (Pucrj 2013) O triângulo ABC da figura abaixo tem área 25
equações determinam um e vértices A = (4, 5), B = (4, 0) e C = (c, 0).
triângulo, cujos vértices são pontos de coordenadas:
a) (2, 4); (-4, 4); (2, -4) b) (-2,4); (-4, 4); (-2, -4)
c) (-2, -4); (8, -4); (3, 1) d) (4,2); (4, -8); (-1, -3)
e) (2,4); (-8,4); (-3, -1)
a) b) c) d) 9. (Uern 2013)
140
Matemática
e) y = 10000 – 2000t
tempo t
(em minu- 0 5 10 15 20
tos)
altitude y
(em me- 10000 8000 6000 4000 2000
tros)
Considere que, durante todo o procedimento de pouso, a rela-
ção entre y e t é linear.
141
Matemática
passando por OP é: [E]
Resposta da questão 7:
[B]
Resposta da questão 8:
[D]
Resposta da questão 9:
[C]
142
Matemática
a) b)
143
Matemática
salto para não cair na água é
2
c) d)
e)
a) b) 2 c) 2 2 d) 2 − 2 e) 5
13. (Enem 2014) A figura mostra uma criança brincando em
um balanço no parque. A corda que prende o assento do balanço 16. (Pucrs 2014) Uma circunferência de centro em
ao topo do suporte mede metros. A criança toma cuidado para com tangencia o eixo das abscissas e o eixo das ordena
não sofrer um acidente, então se balança de modo que a corda das. Sua equação é
não chegue a alcançar a posição horizontal.
a) b)
c) d)
e)
Circunferência
Resposta da questão 1: [C]
Resposta da questão 2: [D]
Resposta da questão 3: [A]
Resposta da questão 4: [A]
Resposta da questão 5: [A]
Resposta da questão 6: [E]
Resposta da questão 7: [A]
Resposta da questão 8: [C]
Resposta da questão 9: [B]
Resposta da questão 10: [D]
a) b) Resposta da questão 11: [D]
Resposta da questão 12: [A]
c) d) Resposta da questão 13: [D]
e) Resposta da questão 14: [B]
Resposta da questão 15: [A]
15. (Mackenzie 2014) Vitória-régia é uma planta aquática típi- Resposta da questão 16: [E]
ca da região amazônica. Suas folhas são grandes e têm formato Resposta da questão 17: [A]
circular, com uma capacidade notável de flutuação, graças aos Resposta da questão 18: [D]
compartimentos de ar em sua face inferior.
Em um belo dia, um sapo estava sobre uma folha de vitória-
-régia, cuja borda obedece à equação x 2 + y 2 + 2x + y + 1 =0,
apreciando a paisagem ao seu redor. Percebendo que a fo-
lha que flutuava à sua frente era maior e mais bonita, resol-
veu pular para essa folha, cuja borda é descrita pela equação
x 2 + y 2 − 2x − 3y + 1 =
0.
144
LEGISLAÇÃO
Legislação
LEI N.º 1154 DE 09 DE DEZEMBRO DE 1975 por ato do Governador do Estado, desde que haja
conveniência para o serviço.
DISPÕE sobre o Estatuto dos Policiais Militares do
Estado do Amazonas e dá outras providências. d) São equivalentes as expressões “na ativa”, “da
TÍTULO I ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”,
“em serviço”, “em atividade” ou “em atividade
GENERALIDADES policial militar” conferidas aos policiais militares
no desempenho de cargo, comissão, encargo, in-
cumbência ou missão, serviço ou atividade policial
militar ou considerada de natureza policial militar,
01. O presente Estatuto (Estatuto dos Policiais Mi-
nas organizações policiais militares, bem como em
litares do Estado do Amazonas) regula a situação,
outros órgãos do Estado, quando previsto em lei ou
obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos po-
regulamento.
liciais militares do Estado do Amazonas. Em relação
ao mesmo, marque a alternativa correta.
CAPÍTULO I
a) A Policia Militar subordina-se, ao Governador
DO INGRESSO NA POLÍ-
do Estado, nos termos da Constituição Estadual e,
CIA MILITAR
operacionalmente ao Secretário de Estado de Se-
gurança Pública sendo uma instituição destinada a
3) Em relação ao ingresso na polícia militar do esta-
manutenção da ordem púbica no Estado, em caráter
do do amazonas, assinale a alternativa correta.
ostensivo e judiciário.
a) O ingresso na Polícia Militar é obrigatório a todos
b) Os integrantes da Policia Militar do Amazonas,
os brasileiros, sem distinção de raça ou de crença
em razão da destinação constitucional da Corpora-
religiosa, mediante inclusão, matrícula ou nomea-
ção e em decorrência das leis vigentes, constituem
ção, observadas as condições prescritas, em lei e nos
uma categoria especial de servidores públicos esta-
regulamentos da Corporação.
duais e são denominados policiais militares.
c) O serviço policial militar consiste no exercício de b) Para a matrícula nos estabelecimentos de ensino
atividades inerentes à Policia Militar e compreende policial militar destinados à formação de oficiais e
todos os encargos previstos na legislação específica graduados, além das condições relativas à nacionali-
e relacionados com a manutenção da ordem pública dade, idade, aptidão intelectual, capacidade física e
no Estado, tanto no âmbito ostensivo quanto inves- idoneidade moral, é necessário que o candidato não
tigativo. tenha exercido atividades prejudiciais ou perigosas à
Segurança Nacional nos últimos 180 dias.
d) O serviço policial militar consiste no exercício de
atividades inerentes à Policia Militar e compreende c) Para a matrícula nos estabelecimentos de ensino
todos os encargos previstos na legislação específica policial militar destinados à formação de oficiais e
e relacionados, em parceria com a Policia Civil, na graduados, além das condições relativas à nacionali-
manutenção da ordem pública no Estado. dade, idade, aptidão intelectual, capacidade física e
idoneidade moral, é necessário que o candidato não
exerça, nem tenha exercido atividades prejudiciais
2) A carreira policial militar é caracterizada por ou perigosas à Segurança Nacional.
atividade continuada e inteiramente devotada às
finalidades da Policia Militar, denominada atividade d) aos candidatos ao ingresso nos Quadros de Ofi-
policial militar. Em relação a carreira de policial ciais é exigido o diploma ensino médio ou equiva-
militar, assinale a alternativa correta. lente reconhecido pelo Governo Estadual.
146
Legislação
denação da autoridade em níveis diferentes, dentro
da estrutura da Polícia Militar. a) tenham falecido;
b) tenham sido considerados extraviados;
b) Disciplina é a rigorosa observância e o acatamen-
to integral das leis, regulamentos, normas e c) tenham sido considerados desertores.
disposições que fundamentam o organismo policial d) estejam servindo à disposição de outros órgãos
militar e coordenam seu funcionamento regular e responsáveis pela Segurança Pública
harmônico.
d) Os cargos policiais militares são providos com A partir do excerto, assinale o que for incorreto.
pessoal que satisfaça (salvo exceções) aos requisitos
de grau hierárquico e de qualificação exigidos para a) amar a verdade e a responsabilidade como funda-
o seu desempenho. mento da dignidade pessoal;
b) exercer com autoridade, eficiência e probidade as
06. O cargo policial militar é considerado vago a funções que lhe couberem em decorrência do cargo;
partir de sua criação e até que um policial militar c) respeitar a dignidade da pessoa humana, salvo em
tome posse ou desde o momento em que o policial caso de resistência.
militar exonerado, dispensado ou que tenha recebido d) cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos,
determinação expressa de autoridade competente, o as instruções e as ordens das autoridades competen-
deixe ou até que outro policial militar tes;
tome posse de acordo com as normas de provimento e) ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na
previstas no Parágrafo Único do Art. 20. apreciação do mérito dos subordinados;
Consideram-se também vagos os cargos policiais 09. O sentimento do dever o pundonor policial
militares cujos ocupantes, exceto: militar e o decoro da classe impõem, a cada um
147
Legislação
dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral
e profissional irrepreensíveis com observância dos e) a obrigação de tratar o subordinado dignamente e
seguintes preceitos da ética policial militar. com urbanidade
c) praticar a camaradagem e desenvolver permanen- 12. Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar
temente o espírito de cooperação; mediante inclusão, matrícula ou nomeação, pres-
tará compromisso de honra, no qual afirmará a sua
d) ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres
linguagem escrita e falada; policiais militares e manifestará a sua firme disposi-
ção de bem cumpri-los.
e) abster-se, quando possível, de tratar, fora de âm-
bito apropriado de matéria sigilosa relativa à Segu- Certo Errado
rança Nacional;
10. O sentimento do dever o pundonor policial 13) O compromisso a que se refere o artigo anterior
militar e o decoro da classe impõem, a cada um terá caráter solene e será prestado na presença de
dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral tropa, tão logo o policial militar tenha adquirido
e profissional irrepreensíveis com observância dos um grau de instrução compatível com o perfeito
seguintes preceitos da ética policial militar. entendimento de seus deveres como integrante da
Polícia Militar, conforme os seguintes dizeres: “Ao
A partir do excerto, assinale o que for incorreto. ingressar na Polícia Militar do Amazonas, prometo
regular a minha conduta pelos preceitos da moral,
a) acatar as autoridades civis; cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a
b) cumprir seus deveres de cidadão; que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente
c) proceder de maneira ilibada na vida pública, ex- ao serviço policial militar, à manutenção da ordem
ceto na particular; pública e à
d) observar as normas da boa educação; segurança da comunidade, salvo quando gerar risco
e) garantir assistência moral e material ao seu lar e da própria vida”.
conduzir-se como chefe de família modelar;
Certo Errado
CAPÍTULO II
DOS DEVERES POLICIAISMILITARES
SEÇÃO II
11) Os deveres policiais militares emanam de víncu- DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
los racionais e morais que ligam o policial militar
a comunidade estadual e à sua segurança, e com-
preendem, essencialmente, exceto. 14) Comando é a soma de autoridade, deveres e
responsabilidades de que o policial militar
a) a dedicação integral ao serviço policial militar e a é investido legalmente, quando conduz homens ou
fidelidade a instituição a que pertence, mesmo com dirige uma organização policial militar.
o sacrifício da própria vida; O Comando é vinculado ao grau hierárquico e cons-
titui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício
b) o culto aos símbolos nacionais; o policial militar se define e se caracteriza como
Chefe.
c) a probidade e a lealdade em todas as circunstân-
cias; Certo Errado
148
Legislação
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS SEÇÃO IV
DEVERES DAS LICENÇAS
SEÇÃO I 1-B
DOS CRIMES MILITARES
17) O Tribunal de Justiça do Estado é competente 2-D
para processar e julgar os policiaismilitares 3-C
nos crimes definidos em lei como militares.
4-B
Certo Errado
5-B
6-D
7-A
8-C
9-E
10-C
11-D
12-CERTO
SEÇÃO II 13-ERRADO
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES 14-CERTO
O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar espe- 15-ERRADO
cificará e classificará as transgressões disciplinares
16-CERTO
e estabelecerá as normas relativas à amplitude e
aplicação das penas disciplinares, à classificação do 17-CERTO
comportamento policial militar e à interposição de
recursos contra as penas disciplinares. 18-ERRADO
19-D
A partir deste exposto, julgue o item a seguir:
Certo Errado
149
HISTÓRIA
História
ORIGEM DO HOMEM AMERI- fogo. Nas proximidades destes fogões também fo-
ram achados ossos de animais e instrumentos de
CANO pedras lascadas.
O homem americano, para uma grande Em torno da descoberta de Niéde Guidon
maioria de autores, não é autóctone. Possivelmente existem grandes discussões. Outros arqueólogos
surgiu a partir de migrações advindas da Ásia, ha- questionam essa datação para a presença huma-
vendo esses povos migrantes atravessado pelo es- na na América. A também arqueóloga Betty Me-
treito de Bering, no nordeste da América do Norte. ggers, diz que não se pode datar o carvão dos
De acordo com essas teorias, são três as correntes restos de uma fogueira e atribuir sua idade a de
de povoamento que vieram para a América: uma comunidade pré-histórica, pois esses vestí-
gios talvez tenham sido resultado de um incêndio
espontâneo. Para Betty Meggers, ainda não te-
mos provas, o suficiente, para afirmar a presença
Rota humana na América, antes de 20 mil anos. No
que se refere às datações para o povoamento da
Terrestre Amazônia, os estudos arqueológicos nos reme-
tem a proximidade 11 mil anos atrás. No entan-
Asiática: to, devemos perceber que, independentemente
É considerada por vários estudiosos como do período que vieram ou por onde, quando os
sendo a mais importante, mas não provavelmente europeus chegaram nessa região já havia pessoas
a única. Os mongóis teriam saído do nordeste da vivendo aqui.
Ásia, pela Sibéria (Russia), atravessando o Estreito
de Bering e entrado na América pelo Alasca (Esta-
dos Unidos). Essa travessia sófoi possível porque o FASES DA PRÉ-HISTÓRIA DA AMAZÔNIA
“nível do mar baixou e criou uma ponte terrestre”
permitindo a passagem humana de um continente
para o outro. Ø Fase Paleoindígena
151
História
velama presença dessas sociedades indígenas com-
plexas ao longo das várzeas dos rios Amazonas e
A cronologia da Fase Arcaica da Amazô- Orenoco e nos contrafortes orientais dos Andes e
nia, grosso modo, seria de 7.500 a 1.000 a.C.. De na região costeira do Caribe. Estavam localizadas
acordo como arqueólogo Pedro Ignácio Schmitz, em assentamentos contínuos e permanentes, cujos
a cultura dessa fase seria mais diversificada que territórios de domínio mediam cerca de dezenas de
a da Fase Paleoindígena. O homem do período milhares de quilômetros quadrados e comportavam
Arcaico já buscava novos recursos alimentares milhares de indivíduos, sendo possível que tenham
nas savanas, nas estepes, no litoral e nos lagos. existido outros ainda mais populosos.
A caça já não seria especializada em megafauna,
mas em geral e diversificada; a coleta animal TRATADO DE TORDESILHAS (1494)
e vegetal
152
História
alimentos e, em função da insalubridade da região,
muitos morreram. Comeram cães, cavalos, ervas
As expedições à Amazônia desconhecidas e algumas venenosas.
153
História
decidiu utilizar-se dessa gente na jornada de con-
quista do El Dorado e dos omáguas.
• Autonomia do país;
monopólioPortuguês;
Os descontentes acusavam-na de absoluta as-
cendência sobre o chefe. Esse foi o estopim do • Língua e moeda portuguesas como oficiais.
conflito no interior da expedição, resultando na
morte do comandante Pedro de Úrsua. Em outu-
bro 1560, a expedição alcançou o Marañon; em d) Os Portugueses na Amazônia
seguida, entrou em contato com as províncias de
Machifaro e Iurimágua, no Solimões.
154
História
1621 por Filipe II, com capital em São Luís e ceiros temidos e a inexistência de templos, ritos e
ligado a Lisboa. A região administrada por essa cerimônias religiosas.
unidade administrativa se estendia do Ceará ao
atual Estado do Amazonas. Essa organização
administrativa foi extinta em 1652. A expedição de Pedro Teixeira abriu as co-
municações com Quito, provando-as exeqüíveis;
tornou o trecho entre os Andes e o Atlântico conhe-
cido, possibilitando, dessa forma, o domínio por-
2. Estado do Maranhão e Grão-Pará
tuguês. Do ponto de vista geopolítico, a expedição
– Constituíaa administração da mesma unidade contribuiu para a reforma territorial, até então de-
territorial anterior. Em 1737, a sede dessa nova terminada pelo Tratado de Tordesilhas.
administração passou a ser Belém.
155
História
Negro, os banibas e os temidos Manaus. ram algumas rebeliões, tais como as dos muras e
mundurucus. O retorno da sede a Mariuá ocorreu
em1799, a partir da Carta Régia de 22 de agosto de
O colonizador foi estendendo seus do- 1798, assinada pela Coroaportuguesa sob a influên-
mínios sobre o miracangüera dos antepassados cia de Francisco de Souza Coutinho que, na época,
dos manauenses,o grande cemitério indígena que era governador do Pará.
cobria o grande largo da Trincheira. No lugar,
abriram as ruas Deus Padre, Deus Filho e Deus
Espírito Santo. Eram ruas estreitas, tortuosas e A reinstalação do governo no Lugar da Bar-
lamacentas, onde estava à matriz, a casa do vigá- ra ocorreu em 29 de março de 1808. Nesse período,
rio, do comandante e de outras praças. As casas o governador da Capitania de São José do Rio Ne-
eram humildes, feitas de taipa, chão batido, co- gro era o senhor José Joaquim Vitório da Costa. O
bertas e cercadas de palha. A mão-de-obra indí- genro do governador, Francisco Ricardo Zany, foi o
gena garantia a produção de anil, algodão, arroz, responsável pela destruição de Barcelos.
café, castanha, salsa e tabaco.
156
História
ram-se em Lages e nos sítios de Bonfim, com um
contingente de mil homense 30 peças de artilharias
vindas do forte Tabatinga, enfrentando as forças le- A Lei n.° 582 de 5 de setembro de 1850
galistas designadas pelo governo criou a Província do Amazonas, propiciando a
sua emancipação política com relação ao Pará.
da Província do Pará. A expedição, comandada O território da Província seria o mesmo da antiga
pelo coronel Domingos Simões da Cunha Bahia- Capitania de São José do Rio Negro, e a sede
na, saiu de Belém no dia 5 de maio, com 50 sol- seria a Cidade da Barra. A província surgiu a par-
dados, a canhoneira de guerra “Independência”, tir da necessidade da ocupação definitiva do Alto
recebendo o reforço de mais dois navios durante Amazonas e para impedir a expansão do Peru
o percurso: o “Patagônia”, em Cametá, e Ando- que, apoiado nos EUA, desejava internacionali-
rinha, em Santarém. Frei José dos Inocentes, ao zar o rio Amazonas, que se encontrava fechado
ser enviado à Corte como representante da Pro- às navegações internacionais desde o tratado de
víncia do Rio Negro, teve seu navio intercepta- Madri. Reivindicava-se a posse da margem es-
do no Mato Grosso e foi obrigado a regressar à querda do rio
Barra.
Solimões entre Japurá, Tabatinga e os territórios
ao suldo Amazonas e Acre.
Comarca do Alto Amazonas
O Brasil conseguiu neutralizar essas pre-
tensões em 23 de outubro de 1851, quando foi as-
O governo regencial instituiu o Código sinado um tratado com o Peru, que cedia a região
do Processo Criminal, em 1832, instrumento ju- pretendida no Solimões e concordava em manter o
rídico que tinha por finalidade unificar a legisla- rio Amazonas fechado à navegação estrangeira. E,
ção no território brasileiro. No dia 25 de junho de para reforçar as posições conseguidas no sentido de
1833, o governo da Província do Pará baixou um proteger o nosso território, o Império apressou-se
decreto que dividiu a Província em três Comar- em instalar a Província do Amazonas, empossando
cas: a do Grão-Pará, a do Alto Amazonas e a do como primeiro presidente João Batista de Figuei-
Baixo Amazonas. A criação da Comarca do Alto redo Tenreiro Aranha, que viajou para Manaus no
Amazonas, em substituição à antiga Capitania de Vapor Guapiaçu e instalou a província, em 1 de ja-
São José do Rio Negro, reduzia o território do neiro de 1852.
outeiro de Maracá-Açu até a Serra de Parintins
e contrariava as aspirações autonomistas. O de-
creto paraense também elevava o Lugar da Barra
à condição de Vila de Manaus e ganhava a prer- Economicamente, as atividades da provín-
rogativa de sede da Comarca do Alto Amazonas. cia eram inexpressivas. Dois anos após sua insta-
Ao termo de Manaus ficavam subodinadas as lação, os principais produtos de exportação eram
seguintes freguesias: Saracá (Silves), Serpa (Ita- a piaçava, a borracha, a salsaparrilha, o pirarucu, o
coatiara) e Santo Elias do Jaú (Airão) e as povoa- café, o tabaco, a manteiga de ovos de tartaruga, o
ções de Amatari, Jatapu e Uatumã. A população peixe-boi, o cacau, etc.
total era de 15.775 habitantes.
COLONIZAÇÃO DA AMAZONIA
Manaus, de vila a cidade
A Província do Amazonas
157
História
158
História
Os índios resgatados podiam ser escravi- ção daria a coroa de Portugal o enten-
zados durante dez anos em retribuição ao seu dimentode que seria preciso a criação
salvador, que os livrava da morte. No entanto, de uma legislação que melhor con-
1626, quando completaria os dez primeiros trolasse o processo de exploração das
anos de presença portuguesa na Amazônia e os riquezas da região daí em 1611 foram
primeiros escravos deveriam ser libertadas, as implantados os sistemas de chefia
legislações foi modificada estabelecendo que
pudessem ser escravizados por toda vida.
SISTEMA DE CAPITÃES
GUERRAS JUSTAS: Eram expedições
armadas, realizadas pelas tropas de guerra. In- DE ALDEIA(1616-1686)
vadiria os territórios indígenas com o objetivo
Quando Portugal decidiu ocupar a
de capturar o maior número possível de índios
Amazônia, enquadrou-a no sistema legal
inclusive mulherese crianças.
de organização do trabalho indígena vi-
gente na época: o sistema de “capitães de
aldeia”.
De acordo com o conjunto de leis de 1611, a
guerra só era considerada justa quando:
O início do projeto de colonização da
Amazônia por Portugal dá-se sob vigência da
1. Os nativos atacavam e roubavam colo- Carta de Lei de 10 de setembro de 1611, na
nos; qual estava determinado o cumprimento do
2. Se os nativos se negassem a ajudar os modo de organizar o trabalho indígena na re-
portugueses na luta contra outras tribos gião, denominado “capitães de aldeia”.
ouna defesa de suas vidas;
3. Fossem contra o Cristianismo, impe-
dindo a pregação do Santo Evangelho;
4. Se os nativos se aliassem a outros po-
voseuropeus como holandeses, france-
ses, ingleses e irlandeses.
159
História
saram-se do Solimões, enquanto Francisco de
Melo Palheta garantia o domínio lusitano no alto
Os Colonos Missionários Madeira e Belchior Mendes de Morais invadia a
bacia do Napo. Restava aproveitar o imenso es-
paço conquistado, tornando-o produtivo. A coroa
Os missionários constituam uma categoria portuguesa, necessitando assim consolidar sua
de colonos que, além dos interesses econômicos e posição, solicitou o trabalho missionário na área.
materiais, tinham objetivos espirituais declarados
converter os índios à religião, disciplina para que
aceitassem as novas condições de trabalho. A obra a que se deviam entregar os re-
ligiosos estava compreendida no chamado Re-
gimento das Missões (1686). Incluía, afora a
Nesta época, a igreja não estava separada conversão católica dos gentios, sua incorporação
do estado como agora. E os missionários das três ao domínio político da coroa mediante o apren-
ordens religiosas carmelitas, capuchinhos e jesuítas dizado da língua portuguesa, a organização das
eram funcionários da Coroa Portuguesa que lhes tribos em núcleos de caráter urbano e, sobretudo,
pagava o Côngrua, uma espécie de salário pelos o aproveitamento racionalizado de sua força de
serviços prestados. trabalho em atividades extrativas e agrícolas. Re-
gulada a divisão do território entre as ordens, por
meio de cartas régias (1687-1714), vários grupos
Como os colonos leigos controlavam os de religiosos iniciaram a tarefa sistemática de co-
dois sistemas de trabalho: os índios repartidos e dos lonização, espalhando suas missões num raio de
índios escravos, os missionários estavam descon- milhares de quilômetros pelo vale amazônico.
tentes e começaram a luta contra os colonos, para
tentar obter o controle de força de trabalho indíge-
na. Foram os carmelitas, acompanhados de
perto pelos inacianos e mercedários, que mais
aprofundaram a colonização nos antigos domí-
ORDENS RELIGIOSAS nios espanhóis, ocupando a área atual do estado
do Amazonas. As missões jesuíticas espalha-
ram-se pelo vale contíguo do Tapajós e, mais a
Presença dos missionários. Na virada do oeste, pelo do Madeira, enquanto os mercedários
século XVII o domínio português balizava-se na se estabeleceram próximo à divisa com o Pará,
Amazônia pelo posto avançado de Franciscana, a nos cursos do Urubu e do Uatumã. Os carmelitas
oeste, e por fortificações em Guaporé, ao norte. Os disseminaram seus aldeamentos ao longo do So-
franceses,instalados em Caiena, pretendiam descer limões, do Negro e, ao norte, do Branco, no atual
o litoral para alcançar o Amazonas, instigando sur- estado de Roraima.
tidas constantes de sacerdotes, pescadores e preda-
dores de índios. Ao mesmo tempo, as expedições
lusas de reconhecimento enfrentavam grandes difi- Assim distribuídas, as missões entrega-
culdades na atual região do Amazonas: no rio Ne- ram-se a diligente trabalho de exploração econô-
gro, os Manaus, coligados comtribos vizinhas, e os mica em suas circunscrições. A própria metrópo-
torás, na bacia do Madeira, entregavam-se a guerra le incentivou tal empreendimento, uma vez que
de morte contra sertanistas e coletores de especia- perdera seu império asiático e necessitava dar
rias. continuidade ao comércio de especiarias, de que
o Amazonas se mostrava muito rico. Os religio-
sos corresponderam de imediato a essa solicita-
Na zona do Solimões a penetração portu- ção, iniciando as primeiras atividades extrativas
guesa defrontou-se com missões castelhanas, diri- de vulto. Firmou-se, dessa maneira, a exportação
gidas pelo jesuíta Samuel Fritz, que floresciam na regular de cravo, cacau, baunilha, canela, resinas
bacia do Juruá, e talvez mais a leste. Logo chega- aromáticas e plantas medicinais, toda ela sob o
ram ordens de Lisboa para que forças militares in- controle dos missionários, que dispunham do in-
vadissem o território das missões espanholas, a dígena como mão-de- obra altamente produtiva.
fim de expulsar os padres e os
160
História
ência transferiam suas missões de um ponto a deram veementemente a liberdade dos índios, o
outro, seguindo sempre a margem dos rios. Da que lhe custou duas expulsões da região (1661 e
multiplicidade desses 1684).
v Os Mercedários
v Os Jesuítas
161
História
estedocumento dava o direito de tutela dos
índios capturadosaos missionários portugueses
e certificava o direito deposse de 20 % dos
escravos à Coroa Portuguesa.
Com esta tutela os missionários tinham
o direitode aculturar e doutrinar os índios de
acordo com seusinteresses, ou seja, converter
o índio em cristão. Apóscatequizar o índio era
mais fácil convencê-lo de executar as tarefas
designadas pelos missionários, comoextração
de madeira, frutos e drogas do sertão.
A Junta das Missões era habilitada para
autorizaros descimentos (persuadir índios, afim
de que saiam desuas aldeias de origem para
viver nas aldeias demissionários), as tropas de
resgates ( resgates de nativospresos por nati-
vos de outras tribos) e as guerrasjustas(guer-
ras promovidas com o propósito cristão),todas
estas tinham o acompanhamento de missioná-
rios.
Os padres da Companhia terão o gover-
no , não só espiritual, que antes tinham, mas o
político e temporal das aldeãs de sua administra-
ção, e o mesmo terão os Padres de Santo Anto-
nio, nas que lhes pertéce administrar...?.
162
História
Ocidente; . . . contudo, se acha, confor-
me asobservações mais exatas e modernas
Os privilégios eram atribuídos aos Mis- dos astronomos . . . se estende o domínio
sionários da Companhia de Jesus, que incluíam espanhol na extremidade Asiática do mar
o poder político e temporal destas aldeias, e que do sul, muito mais graus que os 180º da
depois também se estendeu aos franciscanos sua demarcação; e, por conseguinte, tem
de Santo Antonio. ocupado muito maior espaço do que pode
importar qualquer excesso que se atribua
aos portugueses, no que talvez terão ocu-
O Regimento das Missões foi um dos pado na América meridional, ao Ocidente
motivos de destruição de muitas tribos amazôni- da mesma Linha, . . .
cas, além de não conservar a liberdade e a cultura
destas, causando muitosconflitos entre co- Também se alegava que pela Escritu-
lonos e missionários. ra de venda, com pacto de retrovenda, outorgada
pelos procuradores das duas Coroas, em Sarago-
ça, a 22 de abril de 1529, vendeu a Coroa da Es-
O Regimento das Missões durou sete dé- panha à Portugal tudo o que por qualquer via ou
cadas. direito lhe pertencesse ao ocidente deoutra Linha
Meridiana, imaginada pelas Ilhas das Velas, si-
Foi no governo de Marques de Pombal tuadas no mar do sul, a 17 gráus de distancia de
que os jesuítas foram expulsos devido à concor- Molucas . . . Que, sem embargo desta convenção,
rência de poder entre eles.Pombal instituiu então, foram depois os espanhóis a descobrir as Filipi-
o Regimento do Diretório dos Índios. nas, . . .
163
História
reníssimos Monarcas, . . . resolveram pôr têrmo eventos que se relacionaram a um só esforço: a na-
às disputas passadas e futuras, e esquecer- se, e cionalização da economia brasi-
não usar de tôdas as ações e direitos, que possam leira. Pombal organizou uma política de
pertencer-lhes em virtude dos referidos tratados intervenção do Estado nos diferentes setores
de Tordesillas, Liboa, Utrecht e da escritura de da vida colonial, visando obter maior racionaliza-
Saragoça, ou de outros quaiquer fundamentos, ção administrativa e conseguir maior eficiência na
que possam influir na divisão dos seus domínios exploração colonial.
por linha meridiana; .
164
História
impostos atrasados. ciados pela companhia, além de muito caros, não
eram de boa qualidade. Revoltaram-se contra essa
situação elementos do clero, da classe mais elevada
e do povo, chefiados por Manuel Beckman, fazen-
• 1763: transferência da capital da colônia
deiro muito rico e respeitado na região. Os revol-
de Salvador para o Rio de janeiro.
tosos expulsaram os jesuítas, declararam deposto
o governador e extinta a Companhia de Comércio.
Beckman governou o Maranhão durante um ano,
Queda de Pombal até a chegada de uma frota portuguesa sob o co-
mando de Gomes Freire de Andrada. Manuel Be-
ckman foi, então, preso e enforcado.
Em 1777, com a morte de D. José I, subiu
ao trono Dona Maria I, que afastou pombal
do governo. A queda do ministro foi co- b) Guerra dos Emboabas (1709)
memorada por todos os opositores que, final-
mente, podiam voltar ao poder.
Inúmeros portugueses, da metrópole ou da
própria colônia, tão logo souberam da descoberta
O governo da metrópole suspendeu o de ouro, em Minas gerais, dirigiram-se para o local
monopóliodas companhias de comércio e baixou das jazidas com intenção de apoderar-se delas. In-
um alvará proibindo a produção manufaturei- conformados com a ambição lusa, os paulistas de-
ra da colônia (com exceção do fabrico de clararam guerra aos portugueses (emboabas). Em
tecidos grosseirospara uso dos escravos). 1709, ocorreu uma sangrenta matança de diversos
paulistas, no chamado “Capão da Traição”.
165
História
Recife. governava. Destaca-se no Diretório a intenção do
governo do Reino de Portugal, nesta época, de
evitar a escravização dos índios, sua segregação,
Os olindenses chamavam os recifenses seu isolamento e a repressão ao tratamento dos in-
de “mascates”. Os recifenses por sua vez, desig- dígenas como pessoas de segunda categoria entre
navam os habitantes de Olinda pelo apelido de os colonizadores e missionários brancos. O do-
“pés-rapados”. cumento estabelece, entre outras medidas, a proi-
bição do uso do termo ‘negro’ (10), o incentivo
ao casamento de colonos brancos com indígenas
(88-91), a substituição da língua geral pela língua
Em 1709, o rei D. João V elevou o povoa-
portuguesa (6), e punição contra discriminações.
do de Recife à categoria de vila, desagradan-
do os habitantes de Olinda, a vila mais antiga da
capitania.
Em 1755 uma lei foi editada por D. José I, rei
de Portugal, através de seu ministro o Marquês
de Pombal que era o responsável pelo estado do
A Coroa portuguesa confirmou Recife como Grão-Pará e Maranhão. Essa lei foi chamada de O
vila ecapital da Capitania de Pernambuco. Diretório dos Índios, que extinguia o trabalho mis-
sionário dos religiosos, e elevava os aldeamentos a
condição de vila ou aldeia, e seria administrada por
d) Revolta de Filipe dos Santos (1720) um diretor.
A Revolta de Filipe dos Santos, ou de Vila Essa lei assegurava a liberdade aos índios, e con-
Rica, ocorreu como conseqüência dos crescentes tinha algumas regras que beneficiavam ou preju-
impostos aplicados por Portugal em Minas Gerais. dicavamcomo, cada vila ou aldeia teria escola com
um mestre para menino e um para as meninas, só
seria ensinado em português, sendo assim proibido
A rebelião começou quando o governo qualquer outro idioma, todo indígena deveria ter so-
português proibiu a circulação de ouro em pó, brenome português e não poderiam andar nus. Com
exigindo que todo o ouro fosse entregue as Casas isso, o Marquês de Pombal, não tinha a intenção
de Fundição, onde seria quitado, transformado de acabar com os índios e com suas culturas, ele
em barras e selado. Mais de 2.000 mineradores, estava tentando inserir os índios nomeio social dos
liderados pelo português Filipe dos Santos, di- brancos, para poder transformá-los em trabalhadores
rigiram-se ao governador, o Conde de Assumar. ativos e assegurar o povoamento dacolônia.
Este, como não dispunha de força militar que
fizesse frente aos manifestantes, prometeu-lhes
atender às exigências; entre elas, a de não-instala- As mudanças iniciais foram de caráter econômico,
ção das Casas de Fundição. para o aumento da produção o índio seria ideal na
região centro-norte, pois o estado ganharia mais
mão de obra e eles conheciam toda a região e não
Quando o governador conseguiu reunir se tinha o risco de fuga como acontecia com os ne-
tropas suficientes, acabou com a manifestação gros. Isso diminuía os riscos para o estado portu-
à força. Filipe dos Santos foi enforcado. guês já que ainda não era uma região muito explo-
rada por eles.
O Diretório dos Índios foi elaborado em 1755,
mas só se tornou público em 1757. É um docu-
mento que expressa importantes aspectos da po- A idéia dos portugueses era mostrar aos índios que
lítica indígena do período da história de Portugal eles eram livres e não seriam escravizados, porém
e do Brasil denominado pombalino. Esse nome não seria possível torná-los cidadãos para que não
deriva do título nobiliárquico de Sebastião Jo- ficasse em igualcondição com os colonizadores.
seph de Carvalho e Mello, Marquês de Pombal,
poderoso ministro do rei de Portugal D. José I.
Mendonça Furtado, que assina a redação dos 95
artigos deste regimento, era irmão do Marquês e A primeira região brasileira em que foi inserido o
com ele trocou significativa correspondência so- diretório foi a região norte, governada por Mendon-
bre a administração do Grão-Pará e Maranhão, ça Furtado, lá foram feitas as primeiras expulsões
Estado que de jesuítas e a primeira inserção de tutela direta do
estado português.
166
História
Mendonça Furtado como criador e incentivador
dos novos núcleos e a Manuel da Gama Lobo
Após as mudanças as regiões ficaram sendo obser- D’Almada, governador da Capitania, partilhan-
vadas para que se o resultado fosse positivo pudes- do da implantação de serviços administrativos e
se então ser colocada em pratica nas outras regiões. de indústrias (incluíndo o hoje Território Federal
Em 1798 o diretorio é revogado através da Carta de Roraima) que vieram socorrer a situação de
Régia. Marques de miséria do homem amazônico. Deve-se a
Mendonça Furtado a fundação da Vila deMariúra
Pombal já não era mais o primeiro ministro por- (Barcelos), criada a 6 de maio de 1758; Borba,
tuguês, e os objetivos principais ja tinham sido criada em 1756; e outras a seguir. A capital da
alcançados: osíndios de uma região pouquíssima Capitania ficou sediada em Barcelos (Mariuá
explorada, agora trabalhavam diretamente para d’Almada), até que
a coroa e povoavam a região, garantindo a con-
solidação das fronteirasconquistadas em acordos Manuel da Gama Lobo D’Almada, já na governan-
políticos. ça da Capitania de 1786 a 1799, transferisse a capi-
tal para o lugar da Barra, atualmente Manaus.
167
História
São Tomé e Cabo Verde e demais partes ultrama- que aumentou a procura de produtos coloniais,
rinas, havia autorizado os habitantes da capitania bem como pela Guerra da Independência ameri-
brasileira do Grão- Pará, em 1752, a organizar uma cana. Foi ela a responsável pela introdução do
companhia para o tráfico de africanos. O governa- braço africano no Pará e Maranhão, assim como
dor e capitão-mor daquela capitania, Francisco Xa- as sementes de arroz e melhores processos de
vier de Mendonça Furtado (1700- 1769), irmão de cultura do algodão, o que incrementou grande-
José Sebastião de Carvalho e Melo, o marquês de mente o comércio dessa fibra vegetal e fez com
Pombal (1699-1782), tentou reunir os fundosneces- que sua exportação subisse, entre 1760-1771, de
sários à realização do projeto, mas como o dinheiro 651 para 25.473 arrobas. Os navios da Compa-
arrecadado não alcançou montante suficiente, uma nhia não navegavam apenas nos mares cujo trá-
delegação de moradores da localidade decidiu en- fego exclusivo lhe fora concedido, mas iam até
tão ir a Portugal para tentar convencer capitalistas aos portos da Índia e da China, eram carregados
portugueses a participarem da sociedade. O que de escravos na costa da África e percorriam todo
realmente foi conseguido após autorização do rei o litoral brasileiro. A prosperidade econômica
Dom José I (1714 1777). que beneficiou as capitanias do Grão-Pará e Ma-
ranhão logo se refletiu no perfil urbano de São
Luís, pois nessa época foi construída a maior
Mendonça Furtado servia no exército quan- parte dos casarões que compõem o Centro His-
do seu irmão assumiu o governo, sendo então tórico de São Luís que hoje é Patrimônio Mun-
designadopara os cargos que ocupou nas províncias dial da Humanidade. A região enriqueceu e ficou
brasileiras do Pará e Maranhão, com a incumbên- fortemente ligada à Metrópole, quase inexistindo
cia de reprimir as atividades dos jesuítas e obrigar relação comercial com o sul do país.
os índios, que eles dominavam, a submeter-se ao
governo da Metrópole. Regressando a Portugal em No entanto, abusos de toda a espécie pro-
1759, foi nomeado secretáriodos negócios do reino vocaram a decadência da companhia, e decorridos
até 1762, quando ocupou a pasta da Marinha e Ul- os vinte anos que o contrato estabelecia para a
tramar. Quanto ao marquês de Pombal, ao ser em- suaexistência, o prazo do privilégio não foi prorro-
possado como secretario dos Estrangeiros no rei- gado pela rainha Maria I, que havia sucedido seu
nado de D. José I - sucessor de D. João V, seu pai, pai dom José I no trono de Portugal. Oito dias de-
falecido em 1750 -, por indicação de um de seus pois de assumir o poder ela demitiu o marques de
mestres,demonstrou logo nas primeiras determina- Pombal, libertou os que se encontravam presos por
ções a prepotência que caracterizaria sua atuação ordem do célebre ministro, ao mesmo tempo em
como homem de confiança do rei, degredando, de- que fazia perseguir os parentes e afeiçoados do es-
portando, mandando prender e impondo reformas tadista, os quais fez processar. Em 16/06/1681 foi
com mão de ferro (uma das medidas que decretou exarada a sentença que considerava o marquês cul-
foi a criação da companhia comercial entregue à pado dos crimes de que fora acusado, e o declarava
direção de seu irmão). Pouco apouco, ele enfeixou merecedor de castigo exemplar, do qual foi poupa-
em suas mãos todos os poderes do Estado, conser- do por motivo de sua idade avançada e precárias
vando-os até o fim do reinado. condições de saúde.
Com relação à então recém-criada Com- Com relação aos atuais estados do Pará e
panhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, a ela foi Maranhão, ao longo dos anos de dominação por-
concedido o monopólio, por vinte anos, de toda tuguesa eles foram incluídos em diversas divisões
a importação e exportação feitas pelas duas capi- administrativas promovidas pela Metrópole:
tanias, ficando-lhe vedado, porém, o comércio a
varejo. A administração da companhia foi decla-
rada independente de todos os tribunais e subor- - Em 1621 o território brasilei-
dinada diretamente ao rei, ao mesmo tempo em ro foi dividido em dois Estados autônomos:
que lhe foram concedidas importantes isenções. o do Maranhão, ao norte, com capital em
Por sua vez, ela se obrigou a manter os preços São Luís, abrangendo as capitanias do Pará,
tabelados, a vender com abatimento considerável Maranhão e também a do Ceará, e o do Bra-
alguns produtos coloniais, e a auxiliar, em caso sil ao sul, com capital em Salvador, integra-
de guerra, a formação de armadas. do por todas as demais capitanias;
168
História
Grão-Pará e Maranhão, e sua capital foi No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independên-
transferida da cidade de São Luís para a de cia.
Belém do Pará. Seu território compreendia
as regiões dos atuais estados do Amazonas,
Roraima, Pará, Amapá,Maranhão e Piauí. Em meados do século XIX foram fundados os pri-
meiros núcleos que deram origem às atuais
cidades de Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Ca-
reiro e Moura.A capital foi situada em Mariuá (entre
- Em 1772, pouco antes de
1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra
expirar o contratoque privilegiava as ati- do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821).
vidades da Companhia Geral do Grão-Pará Uma revoltaem 1832 denominada “Revolta de
e Maranhão, a Coroa Portuguesa dividiu a Lages” exigiu a autonomia do Amazonas como
região Norte da colônia em duas unidades província separada doPará. A rebelião foi sufoca-
administrativas: a do Grão Pará e Rio Negro, da, mas os amazonenses conseguiram enviar um
com sede em Belém do Pará, e a do Mara- representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos
nhão e Piauí (que só se tornou capitania em Inocentes, que obteve no máximo a criação da
1811), com sede em São Luís. Comarca do Alto Amazonas. Com a Caba-
nagem, em 1835-1840, o Amazonas manteve-se fiel
O ESTADO DO GRÃO-PARÁ E RIO ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como
NEGRO(LOBO D’ ALMADA) espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma
província autônoma em 1850, separando-se definiti-
vamente do Pará. Com a autonomia, a capitalvoltou
O Estado do Maranhão virou “Grão-Pará e Mara- para esta última, renomeada como “Manaus” em
nhão” em 1737 e sua sede foi transferida de São 1856.
Luís para Belém do Pará. O tratado de Madride
1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área.
Para estudar e demarcaros limites, o governador
do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
Amazônia Pós Pombal
instituiu uma comissão com base emMariuá em
1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José
do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada Comandada pelo naturalista Alexandre Rodrigues
ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem dife- Ferreira, a Viagem Filosófica foi a mais importante
rentes das linhas retas atuais: o Amazonas incluía expedição científica portuguesa do século XVIII.
Roraima,parte do Acre e se expandia para sul com Ela percorreu o interior da América portuguesa du-
parte do que hoje é o Mato Grosso. O governo rante nove anos e produziu um rico acervo, com-
colonial concedeuprivilégios e liberdades para quem posto de diários, mapas populacionais e agrícolas,
se dispusesse a emigrar para a região, como isen- cerca de 900 pranchas e memórias (zoológicas,
ção de impostos por 16 anos seguidos. No mesmo botânicas e antropológicas). Os diários, a corres-
ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do pondência e umas poucas memórias somente foram
Grão-Pará e Maranhão para estimular a economia publicados a partir da segunda metade do século
local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador XIX, sobretudo na Revista do Instituto Histórico.
da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu Na década de 1870, os três primeiros volumes dos
do Marquês de Pombal a determinação de expul- Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro di-
sar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os vulgaram uma enorme lista de manuscritos oriun-
índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua dos da viagem. No entanto, somente na década
portuguesa). de 1970, o Conselho Federal de Cultura editou
uma parte representativa das pranchas e memórias.
Deve-se destacar, porém, que ainda há documen-
Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará tação da maior importância que continua inédita
e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com em arquivos portugueses e brasileiros. Na Funda-
a mudança da Família Real para o Brasil, foi per- ção Biblioteca Nacional e no Arquivo Histórico
mitida a instalação de manufaturas e o Amazonas do Museu Bocage estão depositados os principais
começou a produzir algodão, cordoalhas, mantei- registros textuais e visuais da expedição.
ga detartaruga, cerâmica evelas. Os governado-
res que mais trabalharam pelo desenvolvimento
até então foram Manuel da Gama Lobo D’Almada Contando com recursos precários, Ferrei-
e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão Pará e Rio ra comandou a Viagem Filosófica que percorreu as
Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso
169
História
e Cuiabá entre 1783 e 1792. O grupo era composto tégico, assegurando aos portugueses a posse
de um naturalista, um jardineiro botânico, Agosti- e exploração de fronteiras aindaindefinidas e
nho do Cabo, e dois riscadores (desenhistas), José disputadas por metrópoles européias.
Codina e José Joaquim Freire. A Viagem Filosófi-
ca foi planejada pela Secretaria de Estado de Ne-
gócios e Domínios Ultramarinos e pelo naturalista
Para além da polêmica, deve-se destacar
italiano Domenico Vandelli, radicado em Portugal
que,nem sempre, a Viagem Filosófica pautou-se
desde o fim do período pombalino. No mesmo ano
nas normas setecentistas para a coleta e descrição
da partida da Viagem Filosófica, duas outras expe-
do material. As memórias sobre plantas e ani-
dições foram lançadas aos domínios lusitanos. Em-
mais destacaram, sobretudo, o caráter econômi-
preendidas por bacharéis em Coimbra, as viagens
co e utilitarista, em detrimento dos avanços cien-
de Manuel Galvão da Silva e Joaquim José da Silva
tíficos. O farto material permaneceu, por quase
pretendiam investigar Goa, Moçambique e Angola.
um século, desconhecido e não foi devidamente
estudado pelos sábios portugueses, nem mesmo
por Ferreira. Ao retornar a Lisboa, o naturalista
Inicialmente planejada para ser composta dedicou o resto de sua vida à administração me-
porquatro naturalistas, a Viagem Filosófica à Amé- tropolitana, sendo nomeado vice-diretor do Real
rica ficou resumida a um apenas, sem contar com Gabinete de História Natural e do Jardim Botâ-
os drásticos cortes financeiros e materiais. Nessas nico e administrador das Reais Quintas da Bem-
condições, ficaram sobre os ombros de Alexandre posta, Caxias e Queluz. Jamais retornaria os tra-
R. Ferreira e uns poucos auxiliares as tarefas de balhos com as espécies e amostras recolhidas na
coletar espécies, classificar e prepará-las para o viagem; as memórias não foram aperfeiçoadas,
embarque rumo a Lisboa. Estudavam ainda o de- aprimoradas e publicadas. Boa parte desses frag-
sempenho das lavouras, os percursos de rios e pro- mentos da natureza amazônica seria, mais tarde,
duziam mapas populacionais e agrícolas. Cabia- conduzida a Paris como botim de guerra. Em
-lhes também verificar as condições materiais das poucas ocasiões, Alexandre Rodrigues Ferreira
vilas e fortalezas destinadas a suportar as possíveis observou a natureza e as comunidades indíge-
invasões estrangeiras. Esses aspectos constituem o nas como um naturalista setecentista, mas an-
corpo dos diários e memórias produzidos ao longo tes como um leal funcionário da coroa lusitana.
da Viagem Filosófica. A Viagem Filosófica, portanto, era parte de um
empreendimento colonial destinado a empreen-
der reformas de caráter ilustrado emum território
Há mais de um século a historiografia desconhecido e disputado pelas metrópoles eu-
se divide em relação ao caráter científico dessa ropéias. Desgostoso, entrevado e alcoólatra, Fer-
viagem. A farta bibliografia dedicada a Ferreira reira morreu em 1815.
prima por exaltar seus feitos, tornando-se, por
vezes, obras apologéticas, estudos de exaltação
ao naturalista esquecido e abandonado pela sorte. Apesar dos percalços, nas pranchas e me-
Em 1895, Emílio A. Goeldi, no entanto, apontou mórias dedicadas aos tapuias, Ferreira esboçou
a insuficiência das memórias sobre botânica e uma classificação muito original para identificar as
zoologia. Faltou ao naturalista, ressaltou Goeldi, diferentes etnias da Amazônia. Nesse sentido, ele
educação profissional. Em resposta às provoca- recorreu aos corpos, às deformidades físicas e aos
ções, Carlos França escreveu, em 1922, um ar- artefatos para identificar os grupos e entender a sua
tigo em defesa do naturalista, apontando a quali- capacidade de controlar a natureza. As roupas, ar-
dade científica das memórias e culpava Vandelli, mas e moradias eram indícios do grau de organiza-
considerado “estrangeiro traidor”, por inviabili- ção social das comunidades. A forma de controlar a
zar o aproveitamento posterior do material cole- natureza era, enfim, indício da evolução técnica dos
tado por Ferreira. O americano William J. Simon povos. Embora pouco explorada, essa abordagem
destacou a importância de Alexandre era, à época, extremamente inovadora, o que de-
R. Ferreira para o progresso do conhecimento na monstra a inserção do naturalista nos debates dedi-
cados a explicar a diversidade de raças e costumes.
História Natural. Rómulo de Carvalho descre-
veu a enorme coleção deixada por Ferreira.
Ao longo da jornada, ele compôs dezenas de
memórias e centenas de desenhos, recolheu CHARLES MARIE DE LA CONDAMINE
artefatos da cultura indígena eespécies dos
três reinos. Recentemente, P. E. Vanzolini
considerou que a expedição almejava, sobre- Quatro séculos antes da chegada dos conquistado-
tudo, metas de caráter administrativo e estra- res, os Omaguás usavam túnicas, tinham uma orga-
170
História
nização social, eram belicosos, hábeis agricultores uma estranha forma, fazendo com que pareçam
e pescadores. melhor, dizem eles, com a lua
cheia”.
171
História
cou o aumento na produção de ouro. Pouco depois os achados dos pesquisadores Francisco Jorge
começou a estudar Botânica, Física e Matemática. dos Santos e Carlos Tijolo, do Museu Amazôni-
Com o dinheiro herdado da mãe, pôde realizar o co deManaus. Eles descobriram um sítio arqueo-
grande sonho de sua vida: viajar pelas Américas, ao lógico nas margens do Paraná do Ramos, braço
lado do médico e botânico francês Aime Bonpland. do rio Amazonas no município de Barreirinha,
A dupla fez um estudo detalhado sobre a fauna 600 quilômetros a leste de Manaus. Uma civi-
e flora da região. O resultado dos mais de 9.500 lização pré-colombiana (anterior à chegada de
quilômetros de expedições está registrado no livro Colombo) parece ter ocupado dois quilômetros
Viagem às regiões equinociais do novo continente. da margem do canal durante pelo menosdois mil
Em outra obra, Ensaio político no reino da nova Es- anos. Agora, os fragmentos de cerâmica encon-
panha, eledesnudou o México, país até então prati- trados serão submetidos a testes com Carbono 14
camente desconhecido do europeu. para determinar a sua idade.
Um projeto pode levar 200 anos para ser concreti- Outras descobertas significativas foram feitas
zado. Difícil é esperar para ver. O cientista alemão pela equipe do microbiologista César Martins de
Alexander Von Humboldt, por exemplo, não con- Sá, coordenador dos estudos da área de ciências
seguiu realizar a sua maior empreitada. Em 1799, naturais. Foram encontradas duas espécies de
montou uma expedição e saiu em viagem pelo mar microorganismos desconhecidas até hoje. Uma
do Caribe. O sonho era subir o rio Orinoco na Ve- delas tem luminescência natural – brilha no escu-
nezuela e atravessar a Bacia Amazônica até alcan- ro – e poderá ser utilizada amplamente na medi-
çar o Oceano Atlântico, na costa do Pará. Só conse- cina. “Hoje, uma proteína luminescente extraída
guiu cumprir a primeira parte. Ao chegarà fronteira de algas marinhas, que brilha quando submetida
brasileira, no canal de Cassiquiare, Humboldt foi a raios ultravioleta, é usada para fazero acompa-
impedido de entrar no território tupiniquim pela nhamento de tumores cancerosos. Se o microor-
burocracia lusitana. O Brasil não passava de uma ganismo descoberto puder ser produzido em es-
colônia de Portugal e o conceituado cientista não cala industrial, a Amazônia estará colocando no
parecia ser tão conceituado assim. Dois séculos de- mercado um produto capaz de render milhões de
pois, 39 pesquisadores da Universidade de Brasília dólares ao ano para o País”, prevê César de Sá.
(UnB) e de outras nove universidades do Brasil e O outro microorganismo encontrado é um biodi-
do Exterior encamparam o projeto do alemão. gestor natural, ou seja, auxilia na decomposição
da biomassa gerada pela floresta. Poderá ser a
saída para o tratamento natural de rejeitos in-
A equipe partiu do Caribe em 1º de setembro e dustriais, agrícolas e domésticos. “A Amazônia
conseguiu alcançar o Atlântico no dia 4 de novem- é um potencial inesgotável de riquezas naturais
bro, dessa vez com o apoio dos governos do Brasil ainda desconhecidas”, garante.
e da Venezuela. Foram 9.200 quilômetros navega-
dos em 18 rios e canais da região. Os pesquisadores
repetiram o percurso de Humboldt e seguiram em Passado – Todo o aparato científico da Expedi-
frente. Desceram o rio Negro até Manaus e, depois çãoHumboldt – Amazônia 2000 não foi suficien-
de percorrer o Tapajós e o rio Trombetas, chegaram te para tirar o gostinho de passado. Os barcos
à foz do Amazonas, contornando a Ilha de Marajó utilizados pela equipe de cientistas, por exemplo,
até Belém do Pará. seguem modelos reproduzidos há muitas déca-
das e não diferem em nada dos barcos empre-
Diversidade Durante os 64 dias da expedição – gados atualmente no transporte da população
que ainda incluiu uma viagem por terra de Ma- local. O toque supremo de nostalgia ficou por
capá até o rio Oiapoque, na fronteira do Brasil conta dos artistas plásticos Carlos e Beatriz Ver-
com a Guiana Francesa gara, presentes à expedição. Suas telas, pintadas
durante a viagem, farão parte de um livro que a
–, os cientistas realizaram estudos em 18 áreas UnB lançará em 2001. Modernidade, só mesmo
de pesquisa tão diversas quanto microbiologia, no equipamento utilizadopara documentação em
ornitologia e história. “A expedição permitiu que vídeo, graças ao apoio dos governos brasileiro e
fizéssemos um mapeamento completo da Ama- venezuelano. Dois vídeo makers gravaram deze-
zônia. A região foi contemplada em todas as suas nas de horas de fitas, que serão transformadas em
peculiaridades e as conseqüências serão muito um documentário e em uma videoteca, com os
positivas”, afirma um dos coordenadores da ex- depoimentos de 50 moradores da Amazônia na
pedição, o professor Victor Leonardi, da UnB. íntegra. Outros registros do que os pesquisadores
Leonardi organizou os trabalhos de pesquisa nas viram, como as ruínas de cidades bicentenárias,
áreas de ciências humanas e se surpreendeu com a exuberância da mata, os povos e os animais da
172
História
floresta, ficaram a cargo do fotógrafo Juan Pra- de 1990.
tignestós, da UnB. Veterano em Amazônia, Pra-
tignestós colheu com sua câmera nada menos do
que dez mil fotos. São dele as belas imagens que
ISTOÉ publica com exclusividade.
AMAZONIA IMPERIAL
BARÃO DE LANGSDORFF
173
História
reiro e Moura.A capital foi situada em Mariuá (entre nas, a Cabanagem, foi um movimento revolucio-
1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do nário comcaracterísticas populares.
Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revol-
ta em 1832 exigiua autonomia do Amazonas como
província separada do Pará. A rebelião foi sufoca- A participação de tapuios, caboclos e negros,
da, mas os amazonenses conseguiram enviar um aparte mais pobre da população que habitava as
representante à Corte Imperial, Frei José dos San- cabanas, deu origem ao nome do movimento.
tos Inocentes, que obteve no máximo a criação da Essa população era explorada violentamente
Comarca do Alto Amazonas. Com a Cabanagem, em pelos fazendeiros e pelas autoridades políticas,
1835-1840, o Amazonas manteve-se fielao governo militares e religiosos locais. A revolta foi uma
imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de tentativa de modificar sua situação miserável e
recompensa, o Amazonas se tornou uma província de injustiça social.
autônoma em 1850, separando-se definitivamente
do Pará. Com a autonomia, a capitalvoltou para esta
última, renomeada como “Manaus” em 1856.
Tomaram parte na revolta Alberto Patronni, o Cô-
nego Batista Campos, Félix Clemente Malcher,
os irmãos Vinagre, Lavor Papagaio, Eduardo An-
No período em que ocorreu a Independência do gelim e outros. A guerra tomou, impetuosamen-
Brasil, em 1822, a Amazônia pertencia à Coroa te,o território paraensee,depois,o amazonense. O
portuguesa, como uma unidade político-adminis- líder no Amazonas foi Bernardo de Sena.
trativa, ou seja, como uma colônia, dividida em
duas capitanias: Pará e Rio Negro, subordinadas à
Província do Grão-Pará. A elevação do Estado do
O general Soares Andrea foi responsável por
Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Al-
reprimir o movimento no Pará. No Amazonas,
garves, em 1815, não modificou a estrutura política
os cabanos tomaram a vila de Manaus; poste-
anterior.
riormente, Maués, Parintins, Silves e Borba. O
repressor do movimento, no Amazonas, foi Am-
brósio Aires, o Bararoá.
O Grão-Pará só foi incorporado ao Brasil em 11de
agosto de 1823, quando as tropas do almirante in-
glês John Pascoe Greenfel assassinaram vá-rios
Ambrósio Aires formou um exército de voluntá-
paraenses, que, por sua vez, encontravam-se num
rio se ao retornar de Autazes foi atacado por sete
conflito com os portugueses.
canoas dos cabanos, grande parte compostas por
índios muras, onde foi morto.
A Capitania
174
História
núcleos urbanos. Daí que a instalação de mais atual Estado do Amazonas era simples Comarca da
fortalezas se seguisse numa ordem quase contí- Província do Grão-Pará, que então se denominava
nua: São José de Marabitanas, em 1762, no rio Capitania do Grão-Pará. O governo central solici-
Negro; São Francisco Xavier de Tabatinga, em tou a esses núcleos que mandassem representantes
1766 o forte de registro e em 1770 o forte real à Corte. A correspondência enviada do Amazo-
que caiu em ruínas até os nossos dias; Forte de nas foi toda retida em Belém do Pará e por isso
São Joaquim do Rio Branco, em 1775, levan- perdemos a oportunidade de alcançar a hegemonia
tado por Felipe Sturn; Santo Antônio do Iça em sonhada. Continuou a Comarca do Alto Amazonas
1754; Castelo, em Barcelos, capital da Capitania a depender da Província do Pará. Os amazonenses
em 1755; e em 1776 é fundado o forte Príncipe não aceitaram sem protesto a nova situação, que
da Beira. Esse círculo de defesas militares nas era humilhante. Uma revolta chefiada pelos patrio-
linhas com países estrangeiros demonstra a preo- tas sacerdotes Inácio Guilherme da Costa, Joaquim
cupação do governo em defender e consolidar o de Santa Luzia e frei José dos Santos Inocentes, a
espaço físico conquistado. dos civis João da Silva Craveiro, coadjuvados pelo
militar tenente Boa Ventura Ferreira Bentes promo-
veu a independência do Rio Negro, positivando o
A criação da Capitania de São José do Rio Negro, fato com o artilhamento ostensivo da região deno-
assegurada pela carta-régia de 3 de março de 1755, minada Lajes, próxima ao encontro das águas Ama-
sob a influência política e prestígio de Francisco zonas-rio Negro. Uma expedição enviada do Pará
Xavier de Mendonça Furtado, primeiramente go- nos barcos Santa Cruz eIndependência, comandada
vernador do Pará, mais tarde na qualidade de Co- pelo tenente-coronel Domingos Simões da Cunha
missário de Limites e Demarcações, trouxe para a Baiana, forçou a passagem com avariar grossas na
Amazônia benefícios sem conta em todas as áreas: barca, Independências, atingida pela artilharia diri-
administrativa, econômica, financeira, cultural, gida pessoalmente pelo padre SantaLuzia. Contudo
mas principalmente como criação de núcleos ati- a situação não se modificaria até 1850.
vos, considerando-se a enormidade de população
indígena entrada na mestiçagem. A dois homens de
pulso e de visão deve o Amazonas daquele tempo a
sua tentativa de expansão sócio-econômica; a Men-
donça Furtado como criador e incentivador dos no- A Província
vos núcleos e a Manuel da Gama Lobo D’Almada,
governador da Capitania, partilhando da implanta- A humilhação sofrida pela comarca do Alto
ção de serviços administrativos e de indústrias (o Amazonas não abateria os ânimos dos patriotas,
gado do hoje Território Federal de Roraima) que que agora passaram a lutar pela autonomia dos
vieram socorrer a situação de miséria do homem patriotas, que passaram pela autonomia no Sena-
amazônico. Deve-se a Mendonça Furtado a funda- do do Império. Nomes que ficaram inscritos na
ção da Vila de Mariúra (Barcelos), criada a 6 de memória dos amazonenses - tais como Ângelo
maio de 1758; Borba, criada em 1756; e outras a Custódio, ministro Honório Hermeto Carnei-
seguir. A capital da Capitania ficou sediada em Bar- ro Leão, Souza Franco, Paula Cândido, Miran-
celos (Mariuá d’Almada), até que Manuelda Gama da Ribeiro, João Batista de Figueiredo Tenreiro
Lobo D’Almada, já na governança da Capitania de Aranha, JoãoEnrique de Matos, João Inácio Roiz
1786 a 1799, transferisse a capital para o lugar da do Campo, Dom Romualdo, Marquês de Santa
Barra, atualmente Manaus. Cruz - se bateram contra as alegações formu-
ladas, que eram de escassez de população e de
carência de rendas públicas. Mas o projeto vin-
gou e o primeiro presidente na nova Província,
A Comarca e a Independência chamada de Amazonas, foi o ínclito João Batista
de Figueiredo Tenreiro Aranha. Foi a Província
constituída por Lei Imperial no. 1592, de 5 de
A Independência do Brasil não trouxe logo reais setembro de 1850.
benefícios ao setentrião. A Comarca do Amazonas,
subordinada ao Grão-Pará, teve a sua hegemonia
política prejudicada pela execução do Código de
Processo Penal, uma história muito comprida que Com a instalação da nova província, em 1 de ja-
envolve a participação da Igreja, da milícia e dos neiro de 1852, a situação de atraso da antiga co-
cidadãos de Manaus. Quando Dom Pedro I procla- marca do Alto Amazonas melhorou. Foi criada a
mou a independência do Brasil, as unidades federa- Biblioteca Pública. O
das denominadas Províncias mantiveram seus limi-
tes internos e suas prerrogativas de autonomia. O
175
História
Primeiro jornal foi fundado em 5 de setembro, com procura, e vai enriquecer os cofres do Estado. O
o 1 número circulando a 3 de maio de 1851, e subs- Amazonas viveu seus dias de esplendor afastado
tituído pelo nome de “Estrela do Amazonas”, do do Rio de Janeiro e de São Paulo, ligado à cultura
mesmo proprietário, o cidadão Manuel da Silva européia. Desde os primeiros dias da Província que
Ramos. depois destes, outros jornais apareceram: os filhos de famílias apossadas vão para a Europa
o “Amazonas”, por exemplo, fundado pelos jorna- Estudar, mesmo aqueles destinados à Igreja. Ma-
listas Antônio da Cunha Mendes, jornal que seria, naus povoa-se de construções magníficas, que vão
com o andar do tempo, o veículo dos atos oficiais substituindo as casinhas de taipa com telhados de
e o pensamento expresso dos governos provinciais. palha. A Europa - Inglaterra, França, Portugal e ou-
Seria também a primeira casa editora do Amazonas, tros países - fornece pontes de ferro, casas de ferro
editando o romance marítimo “A Fragata Diana”, pré-fabricadas, fontes ornamentais, material elé-
do Almirante Paulino Von Hoonholtz, em 1877. O trico, bondes, automóveis, movéis, vestidos, sapa-
jornal como a Biblioteca Pública foram as bases do tos, tudo quanto Paris e Londres anunciavam como
desenvolvimentos da cultura local, junto ao teatro novidades. Os primeiros cinemas “Hervet” foram
e às escolas de caráter profissional. Tenreiro Ara- montados em Manaus e o povo pôde assistir, com
nha idealizou o Instituto de Educandos Artífices, diferença de dias, Santos Dumont sobrevoar Paris
que funcionou em Manaus durante muitos anos e ou cenas da guerra russo-japonesa.
formou técnicos em várias profissões. O seminá-
rio episcopal, por sua vez, ofereceria uma espécie
de curso secundário até que fosse criado o Ginásio A par de toda essa criatividade e expansão mate-
Amazonense Pedro II, antigo Liceu. rial- cultural, a defesa e garantia do Estado passa
a constituir uma preocupação do governo central,
que instala emManaus uma Capitania dos Portos
A província do Amazonas também ofereceu ao e um Comando das Armas, uma flotilha de guer-
Brasil exemplos de interesse maior pela situação ra e outros elementos de destaque na segurança
dos escravos africanos, partindo daqui as primeiras nacional. O Amazonas participou da Campanha
leis manumissivas, posto que realmente a escrava- contra o Paraguai, enviando seus filhos - os Vo-
tura na região não tivesse a expressão que teve no luntários da Pátria, e nomes como Luís Antony
Maranhão, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio ou Benjamim Silva, para citar como exemplo, de-
de Janeiro e São Paulo, onde a agricultura susten- ram provasde bravuras e amor à Pátria, morrendo
tava a economia nacional. Não tivemosagricultura. na luta e recebendo a consagração universal do
A região sempre se favoreceu do sistema coletor País. O Amazonas também compareceu com um
primário e até hoje esse sistema vigora com sua Batalhão da Polícia Militarà Campanha de Canu-
componente - a troca, a permuta, a carência de nu- dos e comandados pelo valoroso Coronel Candi-
merário, de valor circulante. do Mariano. Esta Polícia Militar foi a primeira
a entrar no arraial de Canudos, mas lá ficaram
enterrados alguns dos briosos componentes. A
Tanto as sociedades manumissivas encarregadas de bandeira nacional transportada pelo 1 Batalhão
alforriar escravos, como as sociedades de letras e de Polícia conserva-se no quartel do mesmo, e
artes, existentes no passado, e vivendo de sua pró- podem-se ver os dilaceramentos provocados pela
pria constituição orgânica para o homem da Bacia metralha e as manchas de sangue.
Amazônia, em termos de cultura e de direitos hu-
manos, que se refletiria no futuro. É inegável que
foi durante a Província, isto é, em 1852 até 1889, Não poderíamos deixar de enumerar os grandes
que o entusiasmo pelo teatro floresceu, bem como surtos culturais dos últimos dias da província
pelas academias de artese letras. Tivemos menos de nos legaram e que foram malbaratados: o Mu-
cinco teatros antes da construção do moderno Tea- seu Botânico do Amazonas, que teve como di-
tro Amazonas, idealizado em1881 e inaugurado em retor o eminente Dr. João Barbosa Rodrigues; a
1896. Grandes artistas internacionais se exibiram Sociedade Geografia do Amazonas, dirigida pelo
em teatros de Manaus, mesmo antes da construção coronel Pimenta Bueno, além daquelas outras
do atual edifício, o que prova que havia necessida- de quem citamos, a Sociedade de Música de
de de derivados sadios e uma evasão cultural digna Letras e das Artes, de Danças, etc. Homens no-
de nota. táveis nas letras e nas artes o Amazonas naque-
le tempo produziu: Paulino de Brito, Torquato
Tapajós, poetas; Estelita Tapajós, filosofia; Lima
É na Província que começam a circular navios de Bacuri e Aprígio Martins de Meneses, historia-
grande cabotagem e as linhas internacionais para dores; Pedro Luís Sympson, tupinólogo; Bertino
a Europa e a América do Norte, porque é também de Miranda Lima, pesquisador social; e cientis-
nesse período que a goma elástica possui maior ta, botânico, prosadores, musicistas, etc. É ainda
176
História
na Província que floresce o jornalismo, tivemos A empresa de navegação de maior expressão era
jornais e revistas em todas as línguas, mas prin- a de Mauá, mas havia pequenas empresas locais.
cipalmente em inglês, espanhol, hebraico, árabe, Alexandre Amorim criara a Companhia Fluvial do
francês, italiano e alemão. Alto Amazonas, obtendo o monopólio do Purus, do
Madeira e rio Negro por vinte anos. Foi a partir daí
Durante dias do Império até o final da Província, que empresas inglesas e norte-americanas passa-
o Amazonas recebeu a visita de vários cientistas/ ram a se instalar no Amazonas.
exploradores: Carlos Felipe Von Martius, Von
Spix, Chandless, Sprice, Agassis, Wallace, Batés,
que enriqueceram o conhecimento universal com a
zoologia, a fitologia, o folclore, a linguística ama- A ÁRVORE QUE CHORA
zonense, semaludir a outros, como Júlio Verne, que
nunca tendo vindo ao amazonas, escreveu o ro-
mance amazônico “A Jangada”; ou Paul Marcoy, A industrialização do látex ocorreu após a viagem
Oliver Ordinaire, Henri Coudreau, etc. de Charles Marie de la Condamine, em 1743, que
desceu o Amazonas, comissionado pela Academia
de Ciências de Paris para a medição do arco do Me-
ridiano, no Equador, e levou amostra para a Acade-
mia de Ciências Naturais de Paris.
A Navegação a Vapor
A Mão-de-obra
Antes da utilização do navio a vapor, as trocas co-
merciais entre Belém e Manaus eram feitas por30 a
40 escunas de 15 toneladas e por cerca de duas mil Em princípio, os nordestinos passaram a se insta-
canoas, num transporte que durava até dois meses. lar ao longo dos rios, tanto os do Amazonas quan-
to os do Pará, mas logo se lançaram à empresa da
floresta. Nesse período, começou a penetração nos
rios Purus, Juruá, Bolívia (Acre) e Peru. Mas esse
A navegação a vapor no rio Amazonas iniciou-se a povoamento não se processou de forma planejada,
partir de pressões internacionais. A lei n.°. 3749,de pois teria vindo cerca de meio milhão de nordesti-
7 de dezembro de 1866, autorizou a navegação in- nos para a Região Amazônica.
ternacional no rio Amazonas, Tocantins, Tapajós e
o São Francisco.
O arrocho era a técnica utilizada pelos nordestinos;
tratava-se de fazer cortes profundos nas árvores e,
177
História
depois, amarrá-las com cipó a fim de espremê-la – três estradas, trabalhando uma a cada dia.A ta-
uma técnica predatória. refa de coleta era feita no verão. Em geral, ini-
ciava-se em maio e estendia-se até novembro.
O Seringal
O seringueiro saía de madrugada para a estrada,
levando uma lanterna na testa, a “poronga”, um
No início da exploração do produto, não se formou rifle a tiracolo e um terçado na cintura. Dessa for-
a propriedade fundiária. Os extratores atiravam-se ma, os seringueiros faziam pequenas incisões nas
às atividades predatórias, uma vez que a explora- árvores e, depois, colocavam uma tigelinha para
ção era passageira. coletar o látex. Seu regresso ocorria entre duas e
três horas da tarde, quando fazia uma rápida re-
feição e, depois, passava à defumaçãodo látex.
Com o rush da borracha, a situação modificou-se.
O abandono do sistema predatório de aniquilamen-
to das árvores e o início da concorrência entre os A borracha produzida não era homogênea. Era
que viviam da empresa tornaram-se necessários à classificada conforme seu acabamento, apresen-
ocupação permanenteda terra. A posse da terra não tação, resistência e impermeabilidade: borracha
ocorria de forma tranqüila. Geralmente, havia con- fina, entre fina e sernambi.
flitos entre os seringalistas e os seringueiros contra
os índios ou, ainda, entre os próprios seringalistas.
As Casas Aviadoras
Na margem, erguiam-se o barracão central e os
menores (esses barracões serviam como arma-
zém de borracha defumada). O barracão central, Eram estabelecimentos comerciais que abasteciam
construído de madeira oupaxiúba, com cobertura o seringal, dele recebendo a borracha.
de zinco e levantado sobre barrotes de madeira Realizavam, também, as operações de venda no ex-
para a proteção contra as enchentes, era a resi- terior.
dência do seringalista, o depósito de produtosde
abastecimento dos seringais e o escritório.Com o
desenvolvimento das atividades e os grandes lu- Toda a despesa necessária à instalação do seringal
cros, as residências ganharam a feição de chalés era financiada pela casa aviadora que, pela transa-
europeus. ção,cobrava juros e comissões.
Os barracões eram feitos de paxiúba e cobertos O abastecimento do seringal era feito,na época,da
de palha; neles moravam os empregados do se- coleta do látex. Os produtos aviados consistiam em
ringal. utensílios para a extração, vestuários, alimentação,
remédios etc., que eram vendidos a créditos ao se-
ringalista e transportados ao seringal pelos navios-
O “centro” era o interior do seringal, onde se ins- -gaiola pertencentes às casas aviadoras. O fruto do
talavam e trabalhavam os seringueiros. Próximo aviamento era, também, debitado na conta do se-
a ele, situava-se outra barraca onde se fazia a de- ringalista.
fumação do látex.
178
História
Em princípio, eram os portugueses ou os cabo- Em 1876, o botânico inglês Sir Henry Wikhan em-
clos que exerciam essas atividades; depois, foram barcou
substituídos por judeus, sírios, libaneses. Essa ati-
vidade era considerada ilegal pelos seringalistas, 70.000 sementes de seringueira para a Inglaterra
que,por sua vez,possuíam o monopólio sobre o for- clandestinamente. Dentre elas, vingaram7.000
necimento de mercadorias ao seringal. mudas, as quais foram levadas para o Ceilão
e,posteriormente, para a Malásia, Samatra,Bor-
néu e outras colônias britânicas e holandesas,
nas quais se produziu uma goma de qualidade
superior à nativa amazônica. A partir daí, a pro-
O Apogeu do Rush dução amazônica despencou vertiginosamente,
principalmente com a quedado preço do produto
no mercado internacional. A produção asiática
suplantou a nativa.
Até 1845, o Pará possuía, além da indústria extra- A libertação dos escravos negros ocorreu no go-
tiva, a manufatureira, produzindo sapatos, mochilas verno de Theodoreto Souto. José Paranaguá Foi
impermeabilizadas etc., exportando a borracha ma- um dos defensores da libertação, tendo sido o
nufaturada. Em 1850, foram exportados138 873 pa- presidente da Sociedade Libertadora, fundada
resde sapatos. Dessa data em diante, começou a ser em 24 de novembro de 1882. Outras entidades
mandada para o exterior apenas a borracha bruta e surgiram, tais como a “Comissão Central Aboli-
pouco manufaturada. cionista Amazonense, Primeiro de Janeiro, Li-
bertadora Vinte e Cinco de março, Cruzada Li-
bertadora, Clube Juvenil Emancipador, Cinco de
Até o início do século XIX, não existiam, no País, Setembro, Clube abolicionista Manacapuruense,
fábricas de artefatos de borracha. Na medida em Libertadora Codajaense e Amazonense Liberta-
que o mercado internacional solicitou a utiliza- dora”. (DOS SANTOS: 2003, p.173)
ção da borracha como matéria-prima industrial, o
Brasil aumentou sua produção. A partir de 1852,
a exportação cresceu sempre: em 1852: 1632 No dia 24 de maio de 1884, foram libertados os
toneladas; em 1875: 7 729 987 escravos de Manaus. E, em 10 de julho do mesmo
toneladas; em 1900: 24 301 456 toneladas. ano, foi a vez da libertação dos escravos da pro-
víncia.
179
História
rim e Santo Antônio, e criando condições para
que as riquezas minerais e florestais existentes
Em 1898, a Bolívia instalou uma alfândega no rio naquela região pudessem ser explo-
Aquiri, em Puerto Alonso, iniciando a cobrança de radas.
pedágios aos brasileiros, que se recusavam afazê-
-lo, originando repressões e revides.
A necessidade de implantação da ferrovia
foidefendida inicialmente por um representante
Em 1898, inúmeros seringalistas expulsaram osbo- graduado da marinha de guerra americana, que
livianos. Estava iniciado o conflito. Nessa época, em meados doséculo 19 preconizava a abertura
a Bolívia iniciou entendimentos com empresários do Amazonas e seus tributários ao comércio de
internacionais para organizar uma companhia des- todas as nações, e sua viabilidade técnica atesta-
tinadaa explorar o Acre. A empresa teria apoio mi- da posteriormente por outro oficial da mesma
litar dos Estados Unidos. força. Tais manifestações aceleraram as pri-
meiras tentativas para concretização da idéia,
realizadas pela companhia americana P. T. &
O Estado do Amazonas financiou a segunda rebe- Collins, empreiteira da obra do início de 1878 a
lião (1899), com a finalidade de incorporar o terri- agosto de 1879,quando seus técnicos e operários
tório ao Amazonas. abandonaram os trabalhos que faziam e retira-
ram-se da área, deixando para trás seis quilô-
metros de linha férrea construída e uma loco-
Em 1900, ocorreu a terceira rebelião. Os bolivia- motiva Baldwin (ilustração), máquina que após
nos temerosos aceleraram as negociações com os ter sido abandonada serviu a alguns moradores
grupos estrangeiros da Bélgica e dos Estados do lugar, durante anos, como galinheiro, for-
Unidos. Era uma tentativa de alijar a Inglaterra do no de padaria edepósito de água para
mercado da borracha. tomar banho. Em 1891, o coronel
norte-americano George Church organizou ou-
tro empreendimento com essamesma finalidade,
Em 1902, ocorreu a quarta revolta, comandada por tendo criado para tanto a Madeira- Mamoré
Plácido de Castro. O conflito teve início em Xapuri, Rail Co., que assinou contrato com a empre-
que foi proclamado Estado Independente do Acre. sa inglesa Public Works e obteve condições para
A luta prosseguiu pela bacia do Purus.Em janeiro construir a ferrovia a partir de um empréstimo
de 1903, Puerto Alonso foi tomada,passando a se de dois milhões de libras esterlinas, feito pelo
chamar Porto doAcre. governo boliviano junto a bancos de Londres.
Mas pouco tempo depois a Public Works reti-
rou-se do negócio sob a alegação de insalubri-
dade no local da obra, e processou o coronel
No dia 17 de novembro de 1903, foi assinado o Church. Outras empreiteiras foram contratadas
Tratado de Petrópolis entre Brasil e Bolívia. Pelo para dar continuidade ao trabalho, mas desisti-
acordo, a Bolívia vendia o Acre por dois milhões de ram ou faliram nomeio do
libras, e o Brasil terminaria a construção da estrada caminho.
de ferro Madeira–Mamoré.
180
História
Palco de um espetáculo audacioso e ao mes- I – A Proclamação da República no Amazonas
mo tempo trágico, os trilhos da Madeira-Mamoré
repousaram sobre as vidas de milhares de operá-
rios que nela trabalharam, vitimados pelos ataques O movimento republicano no Amazonas come-
de índios e animais ferozes, pelas doenças como çou em meados de 1889. Nesse período, um gru-
a malária e por acidentes na construção. Desativa- po de intelectuais da classe média (empregados
da em 10 de julho de 1972, a estrada de ferro que do comércio, jornalistas, professores e políticos)
recebeu a denominação de “Ferrovia do Diabo” criou, em Manaus, em 29 de junho, o Clube Re-
ainda mantém em atividade apenas um trecho de publicano do Amazonas.
sete quilômetros, entre Porto Velho e Cachoeira
de Santo Antônio, marco da fundação da cidade
de Porto Velho. A velha locomotiva, denominada
“Coronel Church” em homenagem ao militar nor- O Clube Republicano lançou o seu primeiro ma-
te- americano que idealizou as primeiras tentativas nifesto, no lançamento do Clube, e logo recebeu
de construção, foi removida em 3 de maio de 1981 o apoio do Partido Conservador e do Partido Li-
para o Museu Madeira-Mamoré e incorporada ao beral.
acervo histórico do estado
de Rondônia.
O Amazonas vivia isolado dos acontecimentos
do resto do País, pois não havia telégrafo em Ma-
naus. A linha de telégrafo chegava só até Belém.
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma Por isso, somente no dia
das últimas linhas de trem a vapor no Brasil, e a
21 de novembro de1889, chegou a notícia da Pro-
única na Amazônia. A história desta ferrovia faz
clamação da República. A República no Amazo-
parte doPatrimônio Histórico Nacional brasileiro e
nas foi proclamada por uma junta governativa
é também a história e patrimônio dos construtores
trazida pelo vapor “Manaus”.
americanos, ingleses, chineses, espanhóis, dina-
marqueses, caribenhos, italianos e alemães, entre
outras nacionalidades. Aproximadamente 6.000
destestrabalhadores morreram de forma trágica nas O governo provisório era composto pelo coro-
frentes de trabalhos da Madeira-Mamoré: naufrá- nel Pereira do Lago, capitão-de-fragata Lopes da
gios, mortes por flechadas de índios, afogamen- Cruz, Emílio Moreira, Joaquim Sarmento, Ca-
tos, picadas de animais silvestres, e doenças como valcante de Albuquerquee Carvalho Leal.
malaria, febre amarela, febre tifóide, tuberculose,
beribéri, e outras que ocasionaram estas per-
das. No dia 22, perante a Câmara Municipal de Ma-
naus, a junta assinou o termo de posse, inician-
do suas atividadesadministrativas. A Assembléia
A Madeira-Mamoré representa também a me- Provincial reconheceu o Governo Provisório.
mória viva para esses trabalhadores e seus descen- Jáno interior do Estado, a adesão foi completa.
dentes que ainda residem principalmente nas cida-
des de Porto Velho e Guajará-Mirim no Estado de
Rondônia. Nosso objetivo com este site é promover A luta política entre liberais e conservadores pelo
via internet a democratização das informações so- poder político e privilégios no Amazonas reini-
bre a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, expondo cia. O presidente do Governo Provisório foi o
para o Brasil e para mundo a Ferrovia que teve o tenente de engenheiro Augusto Ximeno de Ville-
seu passado de dificuldadese glórias, o seu presen- roy, escolhido à revelia.Augusto Ximeno dissol-
te de abandono e o seu futuro de incerteza. Para veu a Assembléia Provincial e as Câmaras Muni-
isto, preparamos este site com conteúdo bastante cipais; posteriormente, nomeou vários conselhos
diversificado e esperamos que este possa se tornar para os municípios do Amazonas. Instituiuvárias
referência como uma das maiores fontes educado- reformas administrativas, dentre as quais pode-
ras sobre a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré moscitar: criou o Instituto Normal Superior, fun-
na Internet. diu o Ginásio Amazonense e a Escola Normal e
extinguiu o Museu Botânico.
181
História
Ximeno retirou-se para o sul e entregou o gover- No início do século XX, a produção racional
no ao tenente de engenheiro Eduardo Gonçalves asiática começou a superar a produção nativa da
Ribeiro. Amazônia. A Associação Comercial do Amazonas
organizou, em 1910, em Manaus, o “Congresso
Comercial, Industrial e Agrícola”, para discutir os
problemas relativos à avicultura.
Eduardo Gonçalves Ribeiro, que chegara a Manaus
em 1887, ao receber os encargos da administração
do Estado, não decepcionou o espírito positivista, Em 1912, o governo federal encampou um pro-
procurando obter apoio da base popular para man- grama intitulado “Plano de Defesa da Borracha”.
ter-se no governo, que assumiu,pela primeira vez, Esse programa estabelecia um estímulo à produção
em 2 de novembro de 1890sendo afastado do cargo e industrialização da borracha, à migração, à saúde,
a 4 de abrilde 1891, re-tornando no dia 12 seguin- aosetor de transportes, à produção agrícola alimen-
te, pela vontade popular, em manifesto firmado por tar e à pesca.
363 pessoas dentre as de maior influência em Ma-
naus, nele permanecendo até 5 de maio de 1891,
quando transferiu o cargo ao Barãode Juruá, Gui-
lherme José Moreira, 1.° Vice-Governador. O programa destinava-se a todo território nacio-
nal, isto é, a todos os estados brasileiros onde ha-
via árvore produtora de goma elástica.
Seus serviços foram imediatamente reconhecidos
pelo comando militar e revolucionário, sendo pro-
movido a Capitão de 1.° classe em 7 de junho A Companhia Ford do Brasil, com o propósito de
fugir das manobras dos ingleses e holandeses de
reduzir a produção da borracha no sudeste
asiático, fez uma projeto de exploração da bor-
de 1891, o que provocou sua transferência para o racha silvestre e a plantação de mudas em San-
Rio de Janeiro logo no dia 27, onde deveria assumir tarém,num projeto chamado de Fordlândia. O
o cargo de professor da Escola Superior de Guerra, projeto faliu, pois tanto os fungos quanto a falta
para o qual fora designado. de mão-de-obra contribuíram para que o projeto
não tivesse sucesso.
182
História
governadores” ou do “café-com-leite”. Por essa vindos de outros Estados como forma de desmon-
organização, o governo brasileiro era escolhido tar possíveis focos derebelião
entre os paulistas e os mineiros, que, por sua vez,
recebia o apoio do Senado, representantes das
oligarquias estaduais. Por outro lado, em 1924, em Manaus, o clima de
inquietação e de descontentamento com o gover-
no de Rego Monteiro era geral. A população vivia
A política dos grupos oligárquicos não era, por- numa agudacrise econômica, e o grupo oligárquico
tanto, uma característica somente do Amazonas. dominante perseguia seus opositores.
Em todo o Brasil, havia práticas comuns tais
como o coronelismo, a fraude eleitoral, a perse-
guição política, a corrupção e o voto de cabresto. Percebendo a conjuntura favorável à rebelião, os
No Brasil, surgiram vários movimentos contrá- militares rebeldes, em geral, indivíduos sem víncu-
rios a essa política, dentre os quais podemos citar lo com a região, decidiram liderar o movimento na
oTenentismo. cidade. Porém a rebelião não deveria limitar-se a
Manaus. Pelo contrário, ainda sob influenciado pla-
no proposto pelos militares, em 1922, o movimento
se estenderia ao Nordeste até alcançar a capital da
Surgido no seio das Forças Armadas, entre os jo- República. Estava preparado o esquema geral da
vens da baixa oficialidade, o Tenentismo estendeu- revolta. Em meio a esse clima, surge a notícia da
-se de 1922 até 1934, opondo-se frontalmente ao rebelião de 05 de julho de 1924, em São Paulo, o
sistema republicano vigente, que privilegiava ape- que colaborava para aumentar ainda mais o entu-
nas as oligarquias estaduais e fazia proliferar a sias modos militares, bem como da população de
corrupção e a violência na política brasileira. Manaus e Belém que, a essa altura, já via o movi-
mento tenentista com simpatia.
183
História
Por isso, instituiu o Tributo de Redenção (que seguindo para Manaus.
foi o confisco das contas bancárias dos milioná-
rios,suspeitos de corrupção, e dos imóveis do go-
vernador Rego Monteiro, levados a leilão, para o No dia 28 de agosto, com a chegada do destróier
pagamento dos proventos dos funcionáriospúbli- Mato Grosso, aprisionou-se o tenente Ribeiro Ju-
cos, que estavam em atraso). nior e seus companheiros militares e civis integran-
tes do movimento. Diversos segmentos da socie-
dade manauense ainda prestaram homenagem ao
Pretendendo assegurar o controle total da capi-tal, governador deposto. Dessa forma, o movimento de
os militares prenderam autoridades e elementos 1924, em Manaus, chegara ao fim.
ligados ao grupo Rego Monteiro. Apossaram-se
das estações telegráficas, telefônicas e do vapor
Bahia do Lloyde Brasileiro. Difundiram suas
idéias através do Jornal do Povo, convocaram re-
servistas para a luta aramada e procuraram, logo Grandes projetos para a Amazônia
em seguida, alcançar outros pontos, fazendo com
que a rebelião chegasse ao município de Óbidos,
no baixo Amazonas. Em 1953, Getúlio Vargas criou a Superintendência
do Plano de Valorização Econômica da Amazônia
(SPVEA), a fim de promover o desenvolvimento
da produção agrícola e pecuária, além de promover
A Repressão ao Movimento a integração da região à economia nacional.
184
História
de passeio e artigos de perfumaria,cuja importação
só poderia ser feita medianteo pagamento de todos
Em 1967, no governo de Humberto de Alencar os impostos. Do leite em pó holandês ao cristal da
Castelo Branco, foi criada a Superintendência da Bohemia ou à gravata italiana, tudo era vendido
Zona Franca de Manaus(SUFRAMA), no con- livremente no comércio da cidade, com permissão
texto da expansão docapitalismo pela Amazônia. de serem levadas, como bagagem acompanhada de
passageiro saído de Manaus, seis unidades de cada
produto importado de uso pessoal, o que tornava a
Nesse período, com uma série de incentivos fis- viagem um grande atrativo.
cais especiais para integrar a Amazônia ao res-
tante do País, diminuindo as desigualdades re-
gionais e o vazio econômico e demográfico que Segundo dados da Junta Comercial do Amazonas,
a área então apresentava, a Zona Franca de Ma- só em 1967, foram registradas 1.339 novas empre-
naus teve como objetivos: sas, oferecendo, pelo menos, o dobro desse número
em novasoportunidades de trabalho aos amazonen-
ses.
nstalar no interior da Amazônia Ocidental um
programa de desenvolvimento Industrial,Co-
mercial e Agropecuário; Essa fase inicial durou até 1975, quando o Governo
Federal baixou o Decreto-Lei Nº1.435, modifican-
do o artigo 7º. do Decreto-Lei Nº 288/67, alterando
Gerar emprego e renda na Amazônia Ocidental, a alíquota do Imposto sobre Importação no interna-
propiciando um efeito multiplicador na econo- mento demercadorias para o território nacional. As
mia regional. importações foram limitadas em US$300 milhões,
divididos entre o comércio e a indústria, que, a par-
tir de então, teria de praticar índices mínimos de
3.Buscar a ocupação econômica da Amazônia nacionalização em seus produtos.
Ocidental e suas regiões fronteiriças; e, 4.Ate-
nuar as desigualdades existentes entre as duas
amazônias e as demais regiões doBrasil. Com novas pressões da indústria nacional, o co-
mércio da ZFM importa apenas os produtos que
ainda não são fabricados no Brasil, como medida
Setor Comercial de proteção à indústria instalada em outras regiões
do País, com reflexos na emergente indústria da
ZFM, que também tem de cumprir índices de na-
O setor comercial foi o primeiro a fortalecer-se cionalização em seus produtos.
coma
reformulação do projeto Zona Franca de Ma- No final dos anos 70, vêm a liberação das viagens
naus,estabelecida pelo Decreto-Lei nº 288/67: nos ao exterior e a permissão para entrada no País de
primeiros anos, logo após sua reformulação, a Zona bagagem procedente do exterior até 100 dólares.
Franca funcionou como um grande Shopping Cen- Começam as dificuldades do setor comercial da
ter para todos os brasileiros. O Governo Federal, Zona Franca de
à época, não permitia importações nem a saída de
brasileiros para o exterior. AZona Franca funcionou Manaus, que, a partir de então, só recebe con-
como uma válvula de escape para as pessoas de me- sumidores em determinadas épocas do ano, com
lhor poder aquisitivo, que encontravam emManaus grandes promoções. Durante toda a década de
as novidades importadas de todo o mundo. Por con- 80, o setor comercial promove pacotes turísticos
ta dessa corrida às compras, a cidade ampliou seus para atrair visitantes, e a SUFRAMA organiza
serviços, ganhou hotéis de 4e de 5 estrelas, um ae- Feiras e Exposições de Produtos da Zona Franca
roporto internacional e atraiu investidores das mais de Manaus em várias capitais brasileiras como
diversas procedências. forma de divulgar o produto local e captar novos
investimentos. O número de empregos gerados,
nessa época, atingiu a casados 80mil.
Nessa época, as importações não tinham limites,-
com apenas 5 restrições, estabelecidas no Decre-
to-Lei 288/67 (que permanecem até hoje):armas Nos anos 90, veio a abertura do mercado brasi-
e munições, fumo, bebidas alcoólicas,automóveis leiro ao produto estrangeiro. O País inteiro passa
185
História
a importar de tudo um pouco, com alíquotas do
imposto de importação bastante reduzidas. Para
adequar o regime fiscal e de importações da Zona Na década de 80, a economia brasileira sofreu as
Franca de Manaus à nova política industrial e de conseqüências de fenômenos externos como a des-
comércio exterior do Brasil, o Governo Fede- valorização do dólar americano, a valorização da
ral deu nova redação ao § 1º do art. 3º e ao sart. moeda japonesa e o excesso de protecionismo nas
7º e 9º do Decreto-Lei Nº 288/67, com a sanção economias industrializadas. Tudo isso restringiu as
da Lei Nº8.387, de 30 de dezembro de1991. Os perspectivas de exportações, provocando o dese-
efeitos nas atividades comerciais e no turismo quilíbrio do balanço de pagamento, que, associado
doméstico foram devastadores, com muitos ho- a fatores internos como a queda do poder aquisitivo
téis e estabelecimentos comerciais tradicionais do povo brasileiro e a inflação resistiram a todos
fechando as portas e demitindo funcionários, o os planos econômicos implementados nos diversos
que reduziu o número de empregos para 30 mil. Governos no período e fez com que o Brasil entras-
se nos anos90 em grave processo de recessão.
186
História
a infra-estrutura necessária à ocupação, havendo,
inclusive, áreas destinadas à construção de con-
juntos habitacionais para os trabalhadores. Da O Clube da Madrugada, criado em 22 de no-
mesma forma que o Distrito menor, essa área foi vembro de 1954, é umaassociação lite-
planejada preservando-se áreas verdes em pro- rária e artística brasileira. Os ecos da Semana de
porção às áreas construídas, para que o equilíbrio Arte Moderna de 1922, apesar de terem chegado
ecológico seja mantido. tardiamente a Manaus, contribuíram no sentido de
que fosse escrito, de acordo com A. Coutinho e J.
Galante de Souza, “um capítulo importante dahis-
tória da literatura amazonense” (Coutinho e
Souza, Enciclopédia de Literatura Brasileira, p.
Planos de Integração 496). O poeta Jorge Tufic, um dos fundadores do
Clube da Madrugada, influenciado pelo então em
voga movimento da Poesia Concreta, criou a Poesia
de Muro.
Em junho de 1970, o governo federal adotou o
Plano de Integração Nacional (PIN); em julho do Escreveu Alencar e Silva (nasc. em Fonte Boa
mesmo ano, o Instituto de Nacional de Coloniza- (Amazonas), 1930): “(...) Que nos resta dizer? Em
ção e Reforma Agrária(INCRA). verdade, bem mais, sobre as muitas faces da [poe-
sia de Jorge Tufic], a começar por alguns aspectos
formais da sua experiência concretista e sua con-
Em 1971, criou-se o Programa de redistribuição cepção da Poesia de Muro. Na área do concretismo,
de Terras e Estímulo à Agroindústria do Norte e por exemplo, depois de levar seus experimentos
Nordeste (PROTERRA). E, entre 1971–78,cons- aos limites extremos da palavra, “pintando”, por
truíram-se as várias rodovias importantes:Tran- assim dizer, uma paisagembucólica com apenas três
samazônica, Perimetral Norte, Cuiabá-Santarém vocábulos —
e Manaus-Caracarai (BR–174).
Ode campo bode.
187
História
HISTÓRIA DO AMAZONAS A) Os índios aprisionados nas guerras intertri-
bais podiam ser resgatados pelos colonos os
quais, em retribuição, obtinham o direito de
01. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: escravizar legalmente os indígenas por dez
anos.
B) As tropas de resgate eram conduzidas por
Leia as afirmativas a respeito do auge do primei- missionários que convenciam os índios a
ro ciclo da borracha (1879-1912) e assinale V buscar a liberdade e melhores condições de
para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. vida nos aldeamentos.
C) Os índios de repartição eram os que aceita-
vam ser descidos sem oferecer resistência
( ) A partir da segunda metade do século XIX, armada, em oposição aos índios escravos.
em função da crescente demanda internacional
D) Os descimentos abasteciam de índios os
por borracha, os seringalistas recrutaram grande
aldeamentos, de onde eram repartidos pelos
quantidade de nordestinos para a extração do moradores, para a realização de serviços e
látex nos Vales do Juruá e Purus, com a ajuda para trabalharem no próprio aldeamento.
financeira das Casas Aviadoras de Manaus e Be-
lém. E) As guerras justas eram expedições milita-
res que invadiam os territórios indígenas e
capturavam índios que estariam impedindo a
pregação do Evangelho ou atacando colonos.
( ) De 1877 até 1911, houve um aumento consi-
derável na produção da borracha que, devido às
técnicas de extração então empregadas, estava 3. ano: 2016 Banca FGV
associado à expansão do sistema de cultivo in-
tensivo das seringueiras.
A partir de meados do século XVIII, sob a adminis-
tração do Marquês de Pombal, a Coroa portuguesa
( ) Como a mão de obra disponível na região foi promoveu uma série de reformas com o objetivo
direcionado para a extração do látex, ocorreu de ampliar seu controle sobre as colônias na Amé-
uma diminuição da produção agrícola e as Casas rica. Diversas estratégias foram empregadas pela
Metrópole no intuito de estender a posse sobre os
Aviadoras passaram a fornecer também gêneros
territórios não ocupados, garantir a soberania sobre
agrícolas. as áreas consideradas ocupadas, incentivar o cresci-
mento econômico e aumentar a arrecadação colo-
nial.
As afirmativas são, respectivamente, Adaptado de: MACHADO, L. Mitos e realidade da
Amazônia brasileira no contexto geopolítico inter-
nacional (1540-1912), tese de doutorado, Universi-
A) V - V - F. dade de Barcelona, 1989.
Uma das estratégias adotadas pela Coroa portugue-
B) V - F - F. sa para ampliar o controle territorial sobre a bacia
C) F - F - V. amazônica no período pombalino consistiu:
A) na edificação de fortificações em pontos
D) V - F - V. estratégicos;
E) F - V - F. B) na expansão da área concedida às missões
jesuíticas;
C) na criação do Estado do Maranhão e Grão-
1. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: -Pará;
As afirmativas a seguir caracterizam corretamente D) na delimitação do segmento fronteiriço ama-
modalidades consideradas legais para obter escravos zônico;
na Amazônia colonial, à exceção de uma. Assinale-
E) na abertura do rio Amazonas à navegação
-a.
internacional.
188
História
4. FGV 2015 região norte ao longo do período colonial, é correto
afirmar que:
A ocupação e a exploração da região norte, durante
a 1ª metade do século XX, pode ser explicada pelo A) os negros não se adaptaram ao clima local e, por
grande fluxo de mão de obra migrante. Entre 1939 isso, não foram usados em larga escala;
e 1945, com o Brasil envolvido, direta ou indire-
tamente, na II Guerra Mundial, ocorreu um forte B) os jesuítas apoiaram a escravização dos indíge-
afluxo de migrantes para a região norte, devido à nas na região e, por isso, a sua larga utilização na
necessidade da ampliação da extração de borracha. região;
C) a baixa qualidade na produção da região não
gerou a necessidade de escravização dos negros;
Em relação aos migrantes responsáveis pelo de-
senvolvimento da produção da borracha, é correto D) o alto valor dos negros e o baixo lucro da região,
afirmar que: se comparada ao açúcar, gerou a necessidade da
utilização dos índios;
E) a coroa portuguesa não permitiu a utilização de
A) os gaúchos formaram a grande maioria dos mi- escravos indígenas na região norte.
grantes da região norte;
B) os paulistas buscaram um novo eldorado com a
ocupação da região norte; Gabarito
189
História
e) Uso de roupas de algodão em diversas cores. cano, o que dificultava enormemente o aproveita-
mento do indígena em qualquer atividade
c) setores da Igreja e da Coroa que se opunham à es-
2. (UNAMA) Na Amazônia, em todo o Período cravização indígena; fugas, epidemias e legisla-
Colonial foi constante a exploração do índio, faci- ção antiescravista indígena que a tornaram menos
litada por uma legislação confusa que ora proi- atraente e lucrativa
bia, ora autorizava, ou simplesmente omitia. Não
é de se espantar que, em determinados momentos d) religião dos povos indígenas, que proibia o
desse período, avolumaram-se as práticas da trabalho escravo. Preferiam morrer a ter que se
“guerra justa” e do “resgate”. submeterem às agruras da escravidão que lhes era
imposta nos engenhos de açúcar ou mesmo em
(Texto adaptado de ALVES FILHO, Armando. O outros trabalhos
Trabalho forçado na Amazônia In ALVES FILHO,
Armando et. al. Pontos de História da Amazônia. 3 e) ausência de comunicação entre os portugueses
ed. rev. ampl. Belém: Paka- Tatu, 2002,p.31) e os povos indígenas e à dificuldade de acesso
ao interior do continente, face ao pouco conhe-
cimento que se tinha do território e das línguas
A partir da leitura do texto acima, e dos estudos indígenas
que a história nos oferece sobre o assunto, é cor-
reto dizer que:
4. (UFAC) Foram muitas as anotações feitas
a) Na Amazônia, como em todo o território brasilei- pelos “conquistadores” das Américas, durante
ro, o índio foi o grande responsável pela geração os séculos XVI e XVII, para provar que os índios
de riquezas em todo o período colonial, pois a eram inferiores, entre outras, Galeano (1999, 63)
legislação vinda de Portugal permitia sua escravi- destacou:
zação através das chamadas “guerras justas”.
“Suicidam-se os índios das ilhas do Mar do Ca-
b) O índio foi a mão-de-obra mais utilizada na ribe? Porque são vadios e não querem trabalhar.
Amazônia colonial, pois a própria legislação Andam desnudos, como se o corpo todo fosse
portuguesa dava brechas para essa exploração, a cara? Porque são selvagens e não tem pudor
através das chamadas “guerras justas” e “tropas Ignoram o direito de propriedade, tudo compar-
de resgate”. tilham e não têm ambição de riqueza? Porque
c) Durante o Período Colonial, especialmente na são mais parentes do macaco do que do homem.
Amazônia, foram constantes as lutas em torno Banham-se com suspeitosa frequência? Porque
de uma legislação local, acerca da utilização da se parecem com hereges da seita de Maomé, que
mão-de-obra indígena, visto que, o Estado portu- com justiça ardem nas fogueiras da Inquisição.
guês já havia declarado ilegal o uso dessa força Acreditam nos sonhos e lhes obedecem as vozes?
de trabalho. Por influência de Satã ou por crassa ignorância.
É livre o homossexualismo? A virgindade não
d) A mão-de-obra usada na Amazônia, no Período tem importância alguma? Porque são promís-
Colonial, foi constituída basicamente da mão- cuos e vivem na ante- sala do inferno. Jamais
-de-obra nativa, através das “guerras justas” e da batem nas crianças e as deixam viver livremente?
mão-de-obra vinda do nordeste brasileiro, através Porque são incapazes de castigar e de ensinar.
das chamadas “tropas de resgate”. Comem quando têm fome e não quando é hora
de comer? Porque são incapazes de dominar seus
instintos. Adoram a natureza, considerando-a
3. (UFAC) No Brasil colonial e mesmo durante mãe, e acreditam que ela é sagrada? Porque são
o império, algumas razões são atribuídas como incapazes de ter religião e só podem professar a
explicação para que a escravidão africana pre- idolatria.”
dominasse em lugar da escravidão dos povos
indígenas. As razões alegadas podem ser identifi-
Com base no texto podemos inferir que:
cadas à:
a) As mais diversas etnias ameríndias, contatadas
a) reação dos povos indígenas que, por serem bas-
pelos europeus, haviam desenvolvido princípios
tante organizados e unidos, toda vez que se ten-
comportamentais de acordo com sua cosmogonia
tou capturá-los, eles encontravam alguma forma
e com seus modos de vida.
de escapar ao cerco dos portugueses
b) Os europeus compreenderam, desde o início, que
b) um enorme preconceito que existia do europeu
os ameríndios não poderiam ser humanos como
em relação ao indígena, e não em relação ao afri-
eles, pois eram selvagens e canibais.
190
História
c) Os ameríndios tomavam muito banho porque aqui c) Os manaós foram considerados culpados de
era mais quente que na Europa e eles não haviam manterem atividades mercantis com espanhóis e
desenvolvido perfumes como os franceses. franceses.
d) Os europeus tinham os melhores métodos para d) A resistência armada dos manaós, reagindo às
educar seus filhos. tropas de resgate provenientes do Pará, em busca
de mão-de-obra, foi fator decisivo na deflagração
e) Os europeus e os ameríndios, mesmo com suas da guerra.
diferenças, uniram-se para construir o Novo
Mundo. e) O cerco final aos manaós foi comandado por Ben-
to Maciel Parente na vigência da administração
de Mendonça Furtado.
5. (UFAM) “E porque tenho intendido que os
ditos gentios tem guerras uns com os outros, e
costumam matar e comer todos os que nellas se 7. (UFAM) Com relação à escravidão negra
captivam (...) hei por bem, que sejam captivos africana na Amazônia, podemos afirmar correta-
todos os gentios, que, estando presos (...) forem mente que:
comprados (...) serão captivos sómente por tempo
de dez anos (...) passados elles, ficarão livres a) O fraco desenvolvimento da escravidão negra
(...).” (Fragmentos da Lei de 10/09/1611 – Sobre na Amazônia deveu-se, dentre outros motivos, à
a liberdade do gentio da terra e da guerra que se insuficiência de capital para adquirir esta mão-
lhe pode fazer.) -de-obra e à relativa abundância de índios.
O texto acima justifica e explica procedimentos b) Os primeiros escravos negros foram introduzidos
de Tropas de Resgates. Sobre Tropas de Resgates, na Capitania do Rio Negro no período pré-pom-
é correto afirmar que: balino, por ação da Companhia Geral do Grão-
-Pará e Maranhão, em razão do êxito da econo-
a) A lei de 1688 previa somente o resgate de índios mia de plantation.
aprisionados por outros índios para fins de troca.
c) Em 24 de maio de 1884, Teodoreto Souto libertou
b) Foram fontes de recrutamento de mão-de-obra os escravos amazonenses em cumprimento ao
indígena abolidas definitivamente pelo Diretório decreto-lei aprovado pela Assembléia Legislativa
Pombalino em 1740. Provincial, que abolia oficialmente a escravidão
negra na Província do Amazonas.
c) O resgate praticado pelas tropas era sempre fiel
àquele previsto na legislação. d) O fenômeno da depopulação indígena e o caráter
extrativista da economia amazônica ocasionaram
d) Eram expedições militares nas quais não havia a larga superação quantitativa da mão-de-obra
participação de religiosos. negra, em relação à índia, circunscrita ao século
e) Foram a forma mais persistente de escravização XVII.
indígena, sendo proibidas e permitidas várias e) Na luta abolicionista, a Sociedade Emancipadora
vezes por diversas leis. Amazonense foi opositora da prática de manu-
missão por indenização, por considerá-la inócua
ao objetivo de libertação negra.
6. (UFAM) O conceito de guerra justa, inspirado
e extraído da doutrina da Igreja Católica, justifi-
cou a guerra contra os índios manaós na década 8. (UFAM) Segundo Fernando Novais, o Tratado
de 1720, cujo desfecho foi o extermínio desta de Tordesilhas foi um “acordo político num mun-
nação que emprestou seu nome à capital do Es- do onde a diplomacia não existia”, tornando-se o
tado do Amazonas. Sobre este conflito, é correto precursor das relações internacionais. Assinale a
afirmar que: alternativa que, segundo este acordo diplomático,
a) Ajuricaba, o manaó que liderou a rebelião por se indica a situação geopolítica da região ocupada
opor à aliança com os portugueses, foi remaneja- pelo atual Estado do Amazonas:
do para a cidade da Barra e enforcado em praça a) Pertencia a Portugal.
pública.
b) Pertencia à Espanha.
b) Ao final da rebelião dos manaós, houve um pro-
cesso de devassa que condenou os vencidos pelo c) Foi dividida entre Portugal e Espanha.
crime de lesa-majestade em virtude da união com
os Mundurucus. d) Ficou de fora da partilha.
191
História
e) Permaneceu sob domínio indígena. I. A ocupação da região possuía, naquele momento,
um sentido estratégico-militar, considerando as
pressões exercidas por franceses, ingleses e ho-
9. (UFAM) “Povos e povos indígenas desaparece- landeses, especialmente na área do litoral atlânti-
ram da face da terra como consequência do que co e da região do Delta amazônico.
hoje se chama, num eufemismo envergonhado, II. As duas primeiras fortalezas construídas na
‘o encontro’ de sociedades do Antigo e do Novo região – o Forte do Presépio (1616) e a Forta-
Mundo. Esse morticínio nunca visto foi fruto de leza da Barra do Rio Negro (1669) – marcaram
um processo complexo (..). que se convencionou também o processo de fundação das cidades de
chamar o capitalismo mercantil. Motivos mesqui- Belém e Manaus.
nhos (...) conseguiram esse resultado espantoso
de reduzir uma população que estava na casa dos III. O Estado do Maranhão (1621-1652), com ca-
milhões em 1500 aos parcos 200 mil índios que pital em S. Luís, era a sede administrativa, com
hoje habitam o Brasil”. jurisdição sobre territórios que se estendiam do
Ceará ao Amazonas.
(CUNHA, Manuela C. Introdução a uma História
Indígena. In História dos Índios no Brasil. p.12) IV. A expedição comandada por Pedro Teixeira
(1637-1639) foi uma das mais importantes para
o alargamento das fronteiras lusas na Amazônia,
Sobre os agentes da depopulação indígena referi- contudo, seu retorno a Belém foi marcado pela
da no contexto acima, é correto afirmar que: tragédia porque seus integrantes foram extermi-
nados por doenças, em disputas internas e nos
a) As epidemias são normalmente tidas como o prin- confrontos com os índios.
cipal agente da depopulação indígena.
b) A política de aldeamentos foi decisiva para a
morte cultural do índio, mas o preservava fisica- a) As proposições II e IV estão corretas.
mente. b) As proposições I e II estão corretas.
c) Devido à necessidade de mão-de-obra, a escravi- c) As proposições II e III estão corretas.
dão, pouco contribuiu para o colapso populacio-
nal. d) As proposições I e III estão corretas.
d) A economia nômade contribuiu para a depopula- e) As proposições I, II, III e IV estão corretas.
ção porque impedia auto-reprodução numerosa.
e) Guerras e fome generalizadas, comprovadamen-
te, foram fortes agentes que já atuavam antes de 12. (UFAM) No final do século XVII, o descon-
1500. tentamento local dos colonos do Estado do Ma-
ranhão era grande: não tinham acesso às aldeias
de índios para recrutar trabalhadores e estavam
insatisfeitos com o desempenho da Companhia
10. (UFAM) Assinale a única alternativa que não de Comércio do Maranhão (1682-1684). Logo
foi fator preponderante para o domínio portu- traduzido em sublevação, o movimento dos colo-
guês na região amazônica: nos maranhenses ficou conhecido como:
a) Coleta de drogas do sertão. a) Guerra dos Emboabas
b) Ação missionária. b) Guerra dos Mascates
c) Busca de escravo indígena. c) Confederação do Equador
d) Expansão da fronteira pecuária. d) Revolta dos Beckman
e) Implantação de fortificações. e) Sedição de Vila Rica
11. (UFAM) Durante a União Ibérica (1580 13. (UFAM “Um amazonense que frequentou
-1640), iniciou-se a ocupação do território que qualquer escola primária, que teve o privilégio de
hoje denominamos de Amazônia. Utilizando seus terminar a escola secundária ou até mesmo finali-
conhecimentos sobre esse momento histórico, zar qualquer curso universitário, pode atravessar
analise as proposições e assinale a opção correta, esses três ciclos sem nunca [...] haver discutido
de acordo com o código abaixo. [...] sobre sua própria condição indígena”.
192
História
(MELO, Lenilson M. Uma Síntese da História da d) Somente III e IV são corretas
Amazônia. Mens’Sana)
e) Somente I e III são corretas
193
História
líderes indígenas, que comandaram a adaptação à dos primeiros à casa exportadora e esta à expor-
nova ordem. tação do látex para o exterior.
e) Os europeus pretendiam modificar os costumes
e o modo de vida dos indígenas, os quais consi-
deravam bárbaros. A partir da leitura dos textos acima e dos estudos
históricos sobre essa temática podemos afirmar que
as relações de trabalho, construídas no espaço dos
seringais, se caracterizavam por um (a):
Gabarito
a) cadeia de dependências, envolvendo o seringuei-
1-B ro, o seringalista e a casa aviadora que, em última
2-B instância, se subordinava ao capital estrangeiro.
194
História
em que Pombal é ministro de Portugal e desenvolve borracha, vendia sua produção de borracha
uma ação urbanística através do arquiteto italiano diretamente às chamadas Casas Aviadoras.
Antônio Landi.
• III. As chamadas Casas Exportadoras parti-
ciparam do financiamento e exportação da
3) (UFAC/2006) Assinale a alternativa que repre- borracha.
senta os elementos que foram indispensáveis à • IV. Os proprietários dos seringais da região
produção de borracha em larga escala, durante o acreana venderam a sua produção de borra-
primeiro surto da borracha na Amazônia/Acre: cha diretamente às Casas Exportadoras.
a) Reforma agrária; inovação técnica no corte da • V. Na produção e comercialização da borra-
seringueira; e abertura de ferrovias. cha quem menos lucrou foi os seringalistas.
b) Uma larga oferta de capitais; a incorporação de Considerando o que está acima evidenciado mar-
novas áreas produtoras às já existentes; e um acrés- que a alternativa correta.
cimo de mão-de-obra ao processo produtivo.
a) Todas as afirmativas estão erradas
c) Plantio racional de seringueiras; abertura de fer-
rovias; e melhor qualificação da mão-de-obra. b) Apenas as afirmativas IV e V estão erradas
d) Uma larga oferta de capitais; plantio racional de c) Apenas a afirmativa III está correta
seringueiras; e abertura de rodovias.
d) Somente as afirmativas I e III estão corretas
e) Inovação técnica no corte da seringueira; abertura
de rodovias; e seringais de cultivo. e) Apenas a afirmativa II está errada
195
História
XX, era marcada pelo espaço da colocação compos- c) conflito armado entre os dois estados e suas res-
ta pelo Barracão. pectivas populações, que se estendeu por duas déca-
das e provocou a dizimação da população acreana;
c) Trata-se de referência literária que narra eventos
relativos aos conflitos decorrentes da “pecuariza- d) longo processo de negociação, que culminou
ção” do Acre. comum acordo por meio do qual o Brasil arrendava
o Acre pelo prazo de cem anos;
d) Trata da exploração da borracha, de acordo com
os termos dos Acordos de Washington, assinados e) compromissos de ambos os estados na desmi-
entre o Bolivian Syndicate e o Estado Independente litarização da região e na partilha igual dos lucros
do Acre. obtidos na exploração agrícola e extrativista.
e) Foram expostos os modos de vida dos seringa-
listas e seringueiros, segundo as proposições do
Conselho Nacional do Seringueiro (CNS), para as
relações de trabalho nos seringais amazônicos.
196
História
c) era interesse do Brasil estender seus domínios A despeito da impiedade do sistema de aviamen-
até essa estratégica área, pertencente à Bolívia, para to, ele sustentou a estrutura social na Amazônia.
controlar o mercado de couro, de sebo e de especia- Dentre outros motivos, esta sustentação deveu-se:
rias da região.
a) À distribuição de renda equitativa nos centros
d) a expansão da pecuária no Nordeste e a coleta urbanos.
das drogas do sertão na Amazônia determinaram a
b) Ao peso da tradição secular do escambo.
ocupação de territórios bolivianos pelos sertanejos
nordestinos. c) À monetização da sociedade assentada no merca-
do capitalista.
e) a descoberta do ouro em locais vizinhos a essa
área pertencente à Bolívia deu origem a um deslo- d) À atrofia do setor terciário.
camento maciço de habitantes de vários lugares do
e) Ao estímulo da industrialização.
Brasil para a região.
197
História
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
a) A mecanização dos portos e a queda vertiginosa
no crescimento da indústria de pneumáticos redu-
Gabarito
ziram a necessidade dos estivadores, que foram
dispensados e reivindicaram suas recontratações. 1-A
198
História
têxteis, de olaria, de cuias.
a) O Regimento das Missões
b) As Missões de Resgates 3) (UNAMA)
c) As Missões religiosas
d) O Corpo de Milícias e o Corpo Efetivo de Índios. “Os preços cobrados no Grão-Pará e Maranhão
por cada escravo vermelho, que em épocas nor-
e) O Diretório Pombalino
mais eram de R$20$000 e em épocas de escassez
chegavam a Rs70$000, eram proibitivos para
a maioria dos colonos, cuja sobrevivência vin-
2) (UFAM) No governo de Manuel da Gama
culava-se ao cultivo de pequenos sítios, onde se
Lobo d’Almada (1788-1799), a Capitania do Rio
plantava mandioca para a fabricação da farinha,
Negro vivenciou algumas mudanças de cunho
arroz, feijão e à atividade de extração das “dro-
positivo, dentre as quais se destacam: a mudança
gas do sertão”, esta última quase que inteira-
da sede da capitania, para melhorar a comuni-
mente dependente do trabalho indígena, devido
cação com Belém; o relacionamento menos tenso
ao conhecimento que os índios tinham dos locais
entre as autoridades coloniais e os índios, carac-
onde as mesmas poderiam ser encontradas.”
terizando um período de relativa paz interna;
a implementação e intensificação de atividades (ALVES JÚNIOR, José. As ordens religiosas na
agrícolas e manufatureiras, culminando numa Amazônia: o conflito pelo controle do trabalho
relativa prosperidade econômica. Quanto ao go- indígena.
verno de Lobo d’Almada é correto afirmar que:
In FONTES, Edilza (org.). Contanto a História do
Pará. Vol. I. Belém: E.Motion, 2002, p.155) .
a) Transferiu a sede da capitania de Barcelos para
a Barra do Rio Negro; promoveu a pacificação
A partir da leitura do texto e dos estudos históri-
dos índios Mundurucus; desenvolveu os cultivos
cos sobre a organização do trabalho na Amazô-
de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de
nia colonial, podemos dizer que diversos fatores
têxteis, de olaria, de cuias.
contribuíram para a escassez da mão-de-obra
b) Transferiu a sede da capitania de Barcelos para a indígena usada pelos colonos, tais como:
Barra do Rio Negro; promoveu a pacificação dos
índios Muras; desenvolveu os cultivos de man-
dioca, anil, algodão, e as manufaturas de têxteis, a) o aumento do tráfico negreiro para a Capitania do
de olaria, de cuias. Grão-Pará, a partir da criação da Companhia de
Comércio do Maranhão, pelo Marquês de Pom-
c) Transferiu a sede da capitania da Barra do Rio
bal, a qual tinha, entre suas finalidades, diminuir
Negro para Barcelos; promoveu a pacificação dos
a necessidade de mão-de-obra indígena na região,
índios Maués; desenvolveu os cultivos de man-
pois este era o assunto mais presente nas reivin-
dioca, anil, algodão, e as manufaturas de têxteis,
dicações dos colonos à Metrópole.
de olaria, de cuias.
b) os índios não se adaptavam ao trabalho agrícola,
d) Transferiu a sede da capitania de Barcelos para
pois até a chegada do europeu na Amazônia, as
a Barra do Rio Negro; promoveu a pacificação
diversas tribos indígenas que habitavam essa
dos índios Miranhas; desenvolveu os cultivos
região eram coletoras, principalmente das cha-
de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de
madas “drogas do sertão”, o que as fez reagir de
têxteis, de olaria, de cuias.
forma violenta ao processo de escravidão que
e) Transferiu a sede da capitania da Barra do Rio lhes queriam impor.
Negro para Barcelos; promoveu a pacificação
c) a pobreza da Capitania do Grão-Pará, cujos ha-
dos índios Mundurucus; desenvolveu os cultivos
bitantes trabalham em minifúndios, assentados
de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de
em uma agricultura de subsistência, apoiada,
199
História
basicamente, na mão-de-obra familiar, o que os b) Sua expulsão foi realizada sob a justificativa de
faziam não ir atrás da mão-de-obra indígena, que que a Companhia se transformara em “um Estado
era muito cara, pois os que praticavam o tráfico dentro do Estado” devido ao seu grande poder
de escravos vermelhos cobravam preços muito econômico e político.
altos, devido à dificuldade de obtê-la através das
c) Com a saída dos missionários, Pombal descen-
chamadas tropas de resgate.
traliza a administração colonial e transforma as
d) o preço cobrado pelos traficantes de escravos missões em centros autônomos pertencentes a
indígenas era considerado alto, para uma capita- diferentes ordens religiosas.
nia que vivia em uma situação financeira difícil,
d) Os bens da Companhia de Jesus existentes no
praticando, de um modo geral, a troca de produ-
Brasil permaneceram sob o controle da Ordem
tos devido à inexistência, até 1750, de moedas
que nomeava administradores residentes na pró-
metálicas, e o crescente controle dos missioná-
pria colônia.
rios, principalmente jesuítas, sobre o trabalho
indígena. e) Os aldeamentos indígenas dos jesuítas não so-
freram alterações porque passaram, de imediato,
e) a abundância da mão-de-obra indígena, já que
para a gestão de outras ordens religiosas que
na região amazônica, diferente do que ocorreu
deram continuidade a política inaciana.
em outras regiões do Brasil, o índio foi dócil ao
colonizador europeu.
c) Confederação do Equador
d) Revolta dos Beckman 7) Entre as mudanças operadas na Amazônia
pela intervenção do Marquês de Pombal estão
e) Sedição de Vila Rica a/o:
200
História
d) Expulsão dos missionários da Companhia de a) D. Maria I - Viradeira.
Jesus e a criação do Regimento das Missões.
b) D. José II - Período Josentino.
e) Perseguição aos missionários da Companhia de
c) D. João VI - Governo joanino.
Jesus e a criação do Diretório Pombalino.
d) D. Maria I - Corpo de Trabalhadores.
e) D. Pedro I - Primeiro Império Brasileiro.
8) O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José
I (1750-1777), foi o responsável por uma série de
reformas na economia, educação e administração
do Estado e do império português, inspiradas na 11) (UFAM) Na segunda metade do século XVIII,
filosofia iluminista. o Estado do Grão-Pará e Maranhão não ficou de
fora das medidas reformistas adotadas por Se-
O Marquês de Pombal foi um dos representantes bastião José de Carvalho e Melo (então Conde de
do chamado: Oeiras e futuro Marquês de Pombal), que tinham
como principal objetivo minimizar a dependên-
cia econômica do Reino de Portugal em relação à
a) Parlamentarismo monárquico. Inglaterra. No caso específico desta outra colô-
nia portuguesa na América do Sul, a criação da
b) Socialismo Utópico.
Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e
c) Despotismo Esclarecido. Maranhão, em 1755, foi a medida econômica de
maior vulto para a sua integração às novas dire-
d) Liberalismo.
trizes da Coroa lusitana, e reinseriria a Amazô-
e) Príncipe das Trevas. nia, em novas bases, no comércio atlântico.
9) Sobre a Capitania de São José do Rio Negro, Dentre as ações elencadas abaixo, assinale aquela
marque a alternativa INCORRETA: que corresponde ao conjunto de realizações desta
Companhia:
a) Foi criada por ordem real e instalada por Francis-
co Xavier de Mendonça Furtado.
b) Diversos governadores administraram a Capitania a) Monopolizou o comércio de escravos africanos
de São Jose do Rio Negro. O primeiro foi Fran- e incentivou o cultivo do café, da cana-de-açú-
cisco de Melo e Póvoas. car, do tabaco, do anil e do cacau, bem como a
realização de experiências agrícolas, introduzin-
c) Esta Capitania é a raiz do Estado do Amazonas. O do o arroz branco, além de estimular a coleta das
destaque governamental foi Lobo D’Almada. drogas do sertão.
d) Para sede (capital) da Capitania foi escolhido o b) Assegurou aos colonos leigos e missionários a
Lugar da Barra, hoje Manaus. liberdade para o recrutamento pacífico (desci-
e) Em 1822, com a Independência do Brasil, a mentos) ou violento (guerras justas) da força de
Capitania de São José do Rio Negro passou a ser trabalho indígena, bem como o livre-comércio
administrada pelo governo do Pará. dos índios que haviam sido cativados nas guer-
ras intertribais em diversas regiões do Estado do
Grão-Pará e Maranhão.
10) Com a morte do rei D. José I, em 1777, estava c) Incentivou a imigração de agricultores dos Açores
terminado o ciclo de poder do Marquês de Pom- e de Mazagão para os diversos lugares e vilas do
bal. Quem assumiu então o poder na Coroa por- Estado do Grão-Pará e Maranhão, os quais, com
tuguesa e como ficou conhecido o fenômeno que o auxílio de escravos índios e africanos, introdu-
mudou toda a estrutura administrativa no reino: ziriam a agricultura comercial do algodão.
d) Demarcou terras específicas para a mineração,
201
História
principalmente de ouro, concorrendo com a capi- a) à ação repressiva do mercenário inglês John
tania das Minas Gerais, no Estado do Brasil. Grenfell que, a serviço do governo imperial, obteve
a adesão do Pará à independência, após ordenar o
massacre de centenas de paraenses que se opunham
e) Concedeu honrarias aos Principais indígenas do à autoridade de Pedro I.
Estado do Grão-Pará e Maranhão que colabora-
b) à repressão violenta, desencadeada pelas autori-
vam nas diversas atividades econômicas, dado
dades portuguesas, ao levante realizado por vários
que os índios sob sua jurisdição foram empre-
segmentos da população paraense que não aceita-
gados em atividades agrícolas voltadas para o
vam o fato de a província do Grão–Pará permanecer
comércio exterior, como o cultivo do algodão
subordinada a Lisboa, quando o Brasil já havia se
tornado independente da metrópole.
Gabarito c) às manifestações de rua ocorridas no mês de
outubro, após a adesão do Pará à independência do
1-D
Brasil, o que redundou na prisão e morte de cente-
2-A nas de pessoas, principalmente soldados, presos por
3-D ordem de John Grenfell nos porões do navio, depois
conhecido como Brigue Palhaço.
4-D
d) ao massacre desencadeado pelo governo local,
5-B
nas mãos de John Grenfell, ao movimento liderado
6-D pelo cônego Batista Campos a favor da adesão do
7-E Pará à independência, porque o mesmo tinha em sua
fileiras centenas de escravos africanos e indígenas.
8-C
9-E
2. (UNAMA) “A assembleia legislativa provincial
10-A
do Grão-Pará, possuída do mais perene júbilo e
11-A contentamento pelo feliz dia do aniversário da
restauração de sua pátria, vem por esta deputa-
ção congratular-se com V. Exa. como quem fez
1. (UNAMA) “Uma série de eventos e iniciativas este dia notável aos paraenses, restituindo-os com
político–culturais serão patrocinados por artis- glória a seus lares, bens e famílias. Sim, foi V.Exa.
tas, intelectuais, Comissão Permanente de Direi- que, ajuntando os infelizes emigrados [...] do
tos Humanos e Câmara de Vereadores de Belém, Maranhão até as praias de Tatuoca, entrou triun-
de modo a marcar o transcurso dos 180 anos da fante e vitorioso nesta capital, no memorável dia
chacina que ficou conhecida como o “massacre 13 de maio de 1836 e, decepando a altiva cabeça
do Brigue Palhaço”, fato ocorrido em Belém nas da anarquia, arvorou o estandarte da legal idade
águas da baía do Guajará, quase em frente ao sobre [...] a cidade.”
Ver–o–Peso, na noite de 20 para 21 de outubro de
(Discurso aprovado pela A ssembléia Provincial
1823”.
do Pará, em sessão de 12 de maio de 1838, assina-
da por Dr. Lourenço da Silva Santiago, Francisco
Antônio Bittencourt e Bernardo Joaquim de Matos.
(Texto adaptado do jornal O Liberal, Caderno Atua-
IN RAIOL, Domingos Antônio. Motins Políticos:
lidades, 9 de novembro de 2003, p.06)
ou História dos Principais acontecimentos Políticos
da província do Pará desde o ano de 1821 até 1835.
3 v.UFPA, 1970, p.996)
202
História
Pará ao Marechal Soares Andréia, militar en- que se aproveitaram da disputa pelo poder entre
viado pela Regência para combater os revoltosos segmentos da elite paraense e a elas se aliaram para
cabanos, fica evidenciado: chegar ao governo da província do Grão- Pará.
203
História
do Rio Negro não chegou a receber o status de um fato militar e, no máximo, social.
Província, como o concedido à ex-capitania do
d) A Cabanagem começou como um conflito entre
Grão-Pará. Desse modo, na divisão político-ad-
setores oligárquicos do Pará durante a Regência,
ministrativa imperial, esse território amazônico
mas, pelas condições socioeconômicas da região
recebeu a categoria de Comarca do Rio Negro,
Norte e devido à participação popular intensa, con-
subordinado à Província do Pará. Esta condição
verteu-se em autêntica rebelião social.
deveu-se:
e) O desfecho da Cabanagem, com perseguição
a) À inabilidade política da elite rionegrina em de-
feroz e massacre dos cabanos, deveu-se mais à
fender o novo status da antiga capitania.
excitação e ao ódio dos mercenários estrangeiros do
b) À inexistência, no texto da Constituição de 1824, que ao ódio de classe das elites brasileiras contra os
da menção ao Rio Negro como Província. pobres e não-brancos derrotados.
c) À pressão exercida pela elite paraense para que
a região do Rio Negro continuasse subordinada ao
poder de Belém.
7- (UEA) Assinale a alternativa que situa correta-
d) À falta de interesse do governo imperial em ter mente o movimento cabano na crise da Regência.
mais uma unidade administrativa no norte do Brasil.
a) Uns começavam a temer a violência crescente e
e) Às dificuldades de transporte e comunicação a pobreza das massas, como Clemente Malcher, que
entre a sede do governo imperial e a região do Rio pretendeu manter a vinculação ao Império e perma-
Negro. necer no poder indefinidamente.
b) Os poderes legislativos dados à situação pela
recente alteração constitucional induziram as fac-
ções regionais de oposição a se aproveitarem poli-
6- (UEA)
ticamente das indefesas massas populares, como na
“Examinando-se o movimento no que ele expres- Cabanagem.
sa como explosão de multidões mestiças e indíge-
c) No movimento cabano, alguns, como o Cônego
nas da Província, contra a vida e a propriedade
Batista Campos, esperavam fazer a maioria na As-
dos que desfrutavam de poder político, econômi-
sembleia Legislativa Provincial recém-criada, para
co e projeção social, compreende-se que a Caba-
obter as reformas que defendiam.
nagem não pode ser inscrita na história nacional
como um episódio a mais de aspiração meramen- d) A instabilidade econômica, social e política da
te política.” Amazônia nos anos posteriores à independência ori-
ginava-se do agravamento da subordinação da elite
REIS, Artur C. Ferreira.
local aos interesses britânicos desde o Ato Adicional
Assinale a alternativa que melhor caracteriza a de 1831.
Cabanagem.
e) O movimento cabano, apesar de abolicionista, foi
a) participação intensa das massas de origem indí- a continuação da guerra de independência, também
gena na Cabanagem do Pará deveu-se à inexistência reprimida por esquadra britânica.
de agricultura de exportação na região e à ausência
completa de negros.
b) A Cabanagem era um risco maior para os impe-
8- (UEA) “No Grão-Pará, agitado desde a Revo-
rialismos do que para a unidade política pretendida
lução do Porto, ocorria a revolta dos cabanos – a
pelo Império brasileiro, como atestam as seguidas
Cabanagem – que se distinguiria dos demais mo-
intervenções americanas e britânicas no Grão-Pará.
vimentos do período pela amplitude que assumiu,
c) A Cabanagem não pode ser inscrita na história chegando a dominar o governo da província por
nacional como um episódio político, pois, por se alguns anos.”
tratar de uma sublevação generalizada no Pará, foi
(Ilmar Rohlof de Mattos, História do Brasil Impé-
204
História
rio.) 1822, o Amazonas pretendia emancipar-se politi-
camente, contudo, ficou responsável pela gestão
política do Amazonas:
a) Governadores da Capitania de São José do Rio
A respeito da Cabanagem, assinale a afirmativa
Negro.
correta.
b) Juntas Governativas.
a) Os descendentes de índios não participavam
de nenhuma forma de manifestação política e c) Presidente da Província do Amazonas.
foram apenas utilizados nos conflitos entre os
d) Governador do Estado do Amazonas.
grandes fazendeiros.
e) Governador da região do Alto rio Negro.
b) A ordeira massa dos cabanos, sem qualquer expe-
riência anterior em conflitos, foi usada pelas tropas
do governo imperial contra os fazendeiros locais.
11. (Ufpe 1998) O mapa a seguir apresenta o Bra-
c) A Cabanagem foi o conflito em que os fazendei-
sil pré-independente, no século XIX. Algumas
ros paraenses, reagindo às intervenções do Poder
províncias estão coloridas e se destacam das
Moderador, exigiram a extinção do Conselho de
restantes.
Estado.
d) A Cabanagem foi um conflito social semelhante
à Balaiada, em que a participação das forças oligár-
quicas foi sempre secundária.
e) O Ato Adicional deu grande poder à oligarquia
dominante, provocando a reação armada da oli-
garquia oposicionista, que recorreu às lideranças
radicais e atraiu para o conflito a massa cabana.
b) Não foi aplicado, sendo então criada a Capitania a) As províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí,
de S. José do Rio Negro. Bahia e Cisplatina foram as primeiras a aderir ao
movimento de independência.
c) Foi aplicado, sendo então criada a Província do
Amazonas. b) Todas as províncias destacadas no mapa foram
visitadas pela esquadra de Cochrane, militar que
d) Não foi aplicado, sendo então criada a Comarca combateu na guerra da Independência do lado brasi-
do Alto Amazonas. leiro.
e) Foi aplicado, sendo então criada a Comarca do c) Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão e Bahia
Rio Negro. a resistência contra a independência foi mais forte,
ocasionando lutas que se prolongaram além do 7 de
setembro de 1822.
205
História
brasileiro”, que reunia aristocracia rural, os comer- b) Separatista
ciantes nativos e os burocratas, e não defendiam a
c) Socialista
separação de Portugal.
d) Autonomista
e) A província Cisplatina conseguiu sua independên-
cia mais cedo que o próprio Brasil. Antes de 1822 a e) Abolicionista
Cisplatina já se chamava Uruguai.
14 CESPE 2008
206
História
b) O interesse de empresas multinacionais em explo- d) I e IV
rar os recursos naturais da Amazônia e consolidar a
região Norte como um polo de atração de empresas e) III, IV, V
de pesquisas sobre as plantas medicinais da Amazô-
nia. 18. Durante o século XIX, a região Norte vivenciou
um grande crescimento populacional impulsionado,
c) Ampliar a ocupação do território da região Norte entre outros fatores, pelo:
por meio da atracão de empresas nacionais e estran-
geiras a partir de subsídios fiscais, bem como estimu- a) Ciclo do ouro
lar o comércio intrarregional e com as demais regiões
do país. b) Ciclo da cana-de-açúcar
c) II e IV
207
História
A) a falta de um equilíbrio entre os projetos de
exploração da região amazônica e a preservação da
região;
Gabarito
1-C
2-D
3-B
4-A
5-B
6-D
7-C
8-D
9-D
10-B
11-C
12-A
13-D
14-B
15-C
16-C
17-D
18-C
19-A
20-A
208
GEOGRAFIA
Geografia
GEOGRAFIA DO AMAZONAS:
I. A organização do espaço: a conquista e a expansão da Amazônia Colonial; a produção do espaço amazôni-
co atual.
A colonização da Amazônia - que hoje corresponde aos estados do Amazonas e do Pará - foi estimulada
pelas preocupações de garantir a posse e o acesso ao rio Amazonas e impe¬dir a presença de rivais de outros
países. A base de ocupação se deu através do extrativismo vegetal e do apresamento indígena.
O extrativismo vegetal consistiu na exploração das chamadas “drogas do sertão”: cacau, guaraná, borracha,
urucu, salsaparrilha, castanha-do-pará, gergelim, noz de pixurim, baunilha, coco, etc. Por isso, a escravidão
tinha ali um terreno desfavorável, pois a exploração da Amazônia dependia do bom conhecimento da região.
Daí a importância dos índios locais que serviam de guias. A forma predominante que caracterizou a integra-
ção da Amazônia ao conjunto da economia colonial foi o estabelecimento das missões jesuíticas, que chega-
ram a aldear perto de 50 mil índios.
“... Do rio das Amazonas afirmam os que descobriram que seus campos parecem Paraísos e suas ilhas
jardins, e que se a arte ajudar a fecundidade do solo serão paraísos e jardins bem tratados.” (Alonso de
Rojas)
Introdução
A abordagem que iremos realizar sobre a Amazônia, no seu processo de colonização será na perspectiva da
História Social, em que os contextos sócio, político e econômico são responsáveis pela forma de coloniza-
ção, numa relação que se estabelece entre o paradigma “Velho Mundo e o Novo Mundo”. Falar da Amazônia
significa realizar uma viagem no tempo e tentar entender que os europeus imaginavam e pensavam a respei-
to dessa terra fantástica. O fantástico fora construído pelas histórias ainda durante a Idade Média, pois,
segundo GONDIM,1994:16:
“...o imaginário do homem medieval estava povoado, por outro lado, pelas lendas que descreviam o mundo
fantástico oriental, retratado nas viagens de Marco Polo (1251-1323), nas Maravilhas do mundo de Jehan de
Mandeville (1300-1372), na Imago Mundi (1410) do cardeal frncês Pierre d’ Ailly (1350-1420), nas Etimo-
logie (sec. VII) de Santo Isodoro de Sevilhe ou ainda na Navigatio Sancti Brendani (séc.X)¨.
Essas histórias fantásticas acompanharam a humanidade no decorrer dos séculos, em que homens e mulheres
procuravam viver uma outra realidade. É a procura do Paraíso, longe de vários problemas e doenças, das
pestes, da fome e da dor. É a representação de viver eternamente, feliz e próspero. É o
sonho daquelas pessoas (aventureiras) que queriam uma terra somente para si. Uma terra próspera sem os
problemas do ¨Velho Mundo¨. O ¨Velho Mundo¨ seria renovado através do além-mar, do ¨Novo Mundo¨,
onde havia terra para ¨descobrir¨, ocupar, apossar...É o Des-cobrimento! É a conquista! Como afirma Orlan-
di,1990:14: ¨Descobrir é dizer o conhecido.¨ É se apossar e dominar uma terra alheia.
A Expansão Lusa.
No ano de 1415 – Portugal conquistou Ceuta. Esse ato significou a sua expansão para o litoral da África e as
Ilhas do Atlântico, pois vencia os limites da navegação, era o início de novas conquistas. No séc. XV - com a
descoberta do novo caminho para as Índias e a possibilidade de adquirir os produtos orientais por preços
mais baixos, transformaram-se no principal objetivo do Estado português. Nesse processo de conquistas e
expansão, Lisboa se transformou num centro comercial importantíssimo, pela oferta de produtos concebidos
como exóticos no mercado europeu. Anos depois, em 1500 - Cabral oficializou a posse sobre o Brasil.
210
Geografia
Deu-se início a um grande empreendimento português, uma grande colônia prometia prosperidade e muito
lucro.
A expansão espanhola
Em 1492 - a Espanha tendo superado a presença árabe e a divisão interna, reuniu forças para participar das
disputas comerciais e exploração do mundo colonial, pois também tinha necessidades mercantis. Cristóvão
Colombo, navegador genovês, partiu em agosto de 1492 - rumou alçando a ilha de Guanabara (San Salva-
dor), nas Bahamas, na América Central para descobrir novas terras, novos horizontes que ampliasse a rique-
za da Espanha.
Os Traçados Ultramarinos
No séc. XV - a corrida expansionista de Portugal e Espanha gerou controvérsias. Para definir direitos e
territórios formularam-se diversos tratados, dos quais o mais antigo é o Tratado de Toledo - assinado em
1480. Esse tratado garantia as terras ao sul das Ilhas Canárias a Portugal, pois assegurava a rota das Índias
pelo sul da África. No ano de 1493 pela Bula Intercoetera, o papa Alexandre VI determinou a partilha
ultramarina entre espanhóis e portugueses. Os portugueses acharam que estavam sendo prejudicados, propu-
seram o Tratado de Tordesilhas. Em 07 de junho de1494 foi decidido que a Espanha ficaria com as terras
descobertas ao ocidente de uma linha imaginária, tirada de pólo a pólo, e a 70 léguas das ilhas do Cabo
Verde, cabendo a Portugal a que se descobrisse ao oriente. Com esta divisão, a Espanha ganhava quase toda
a América, os estados do: Amazonas, Pará, Mato Grosso, quase todo Goiás, 2/3 de S. Paulo, parte de Minas
Gerais, todo Paraná, Sta. Catarina e Rio Grande do Sul. Para Portugal cabia um pedaço de terra à foz do
Rio-Madeira, na Amazônia. No ano de 1.500 – o espanhol Vicente Yanez Pinzon atingiu o Brasil, na altura
de Pernambuco, visitando Povo Dias o estuário do Amazonas. Pelo Tratado de Tordesilhas, os Portugueses
não deviam passar além do estuário do Amazonas. Em 1532 - Francisco Pizarro, chegou ao Peru, encontran-
do o povo Inca. Os espanhóis estabeleceram-se em seguida, organizando a administração pública nos moldes
da Espanha. Pizarro se tornou autoridade suprema do território. A Espanha tinha-se espalhado pelas terras da
América Central e Andina. E a Amazônia compreendia-se uma região sob seu governo. Até 1538 devido a
falta de recursos financeiros, muitas pessoas doentes e que também faleceram, a exploração fora abandonada
e fechada.
AS CONQUISTAS NA AMAZÔNIA
Espanholas
Em 1538 - Pedro de Anzurey reiniciou a abertura para Amazônia, com uma expedição com muitos índios,
espanhóis, através dos Andes, mas não obteve sucesso. As várias intempéries de fator climático, temporal,
geográfico e a falta de conhecimento da mata impossibilitaram o avanço da expansão territorial. No mês de
fevereiro de 1541 - Pizarro partiu de Quito (Peru) para encontrar o “El Dorado”. Orellana que estava em
Guaiaquil, chegou depois da expedição com fome e sem dinheiro, mas mesmo assim partiu em busca de seu
líder. Pois as maiores dificuldades a serem enfrentadas eram os desafios da região tropical, desconhecida
para o mundo europeu. Artur Reis, 1989:43, ao descrever sobre a conquista do Amazonas, relata a entrada
nas matas e rios afirma:
¨...Se impressionaram com a expansão do rio. A Amazônia aparecia-lhes em seus aspectos selvagens, em
toda sua grandeza assombrosa.¨
Pizarro em sua expedição adoeceu de tal forma que foi acolhido por um cacique que lhe deu assistência
necessária, com medicação e alimentos. Ali, com o índio, Pizarro permaneceu dois meses. Várias tentativas
foram realizadas para continuar com a expansão espanhola, mas no séc.XVI os espanhóis deixaram a Ama-
zônia. Morreram muitos espanhóis de sua expedição, bem como muitos índios que fizeram parte da mesma
para auxiliarem no enfrentamento da mata com suas belezas naturais, mas difícil de ser enfrentada, princi-
palmente para quem não conhecia. Contam os relatos de viagem, que a expedição, em certo momento não
tinha mais nada a comer, pois os índios morreram de fome e de doenças e os que sobraram se recusaram a
continuar a trabalhar com os espanhóis. Neide Gondim em sua obra Invenção da Amazônia, analisa a postu-
ra do europeu ao ter encontrado o ¨Paraíso Perdido¨, o ¨Eldorado¨, a ¨Fonte de Juventude¨. E afirma que:
211
Geografia
A viagem pelo Amazonas é dividida em três etapas: a reação, regressiva e a pretérita. O conjunto ora apre-
senta-se conforme suas características naturais específicas.
No período de 1580 - 1640 devido a todo um contexto histórico, social e político e a morte de D. Henrique,
rei de Portugal, deu-se a anexação de Portugal a Espanha. Nessa época, isto é em 1595, holandeses, ingleses,
franceses, tentam a colonização da Amazônia. Foram realizadas inúmeras tentativas de colonização. Entre
1530 e 1668 dezenas de expedições desceram dos Andes para a selva tropical enfrentando também todos os
desafios da mata e dos rios.
No ano de 1538 - o imperador Carlos V, da Espanha, outorgou aos comerciantes da cidade de Augsburg o
direito de posse de uma parte da Venezuela, procurando assim uma tentativa estratégica para entrar na
Amazônia. Várias expedições tentaram ocupá-la. Pedro de Candia e Pedro Anzurey tentaram explora-lá, em
1533 entrando pelo rio Madre de Dios e o Beni (Bolívia). George de Spires, sucessor de Alfinger, em 1536,
tentou uma outra expedição, porém não obteve lucros. Em abril de 1539, Alonso de Alvarado fundou a
cidade que hoje é Chahapoyos, no vale do Marañon. Em 1541 - o alemão, Philip von Huten, viajou pelo rio
Caquetá por quase 1 ano, sem sucesso. Ao voltar para o litoral da Venezuela, encontrou a povoação alemã
ocupada por piratas espanhóis, e foi decapitado.
Pizarro confiara o cargo a Francisco Orellana para continuar a obra de conquista. Sua expedição detectou
como se formava o rio Amazonas: ¨pela direita e pela esquerda¨: Rio Negro e Rio Madeira, tentando desem-
barque nas aldeias indígenas em vários trechos do rio. Nessa mesma época de 1541, Orellana encontrou as
índias Amazonas, diferentes das outras índias. Um ano depois atingiu o Antlântico. Orellana recebeu em 13
de fevereiro de 1544 o título de Adelantado, Governador e Capitão General das terras que colonizou, a Nova
Andaluzia – depois chamada de Amazônia. Há controvérsias quanto a viagem de Orellana. Historiadores
afirmam que ele teria entrado pelo rio Pará, e outros pelo Amazonas. Veio a falecer em 1546. Outros navega-
dores pretenderam chegar até a Amazônia, entrando pelo Atlântico: Luiz de Melo da Silva e o piloto francês
João Afonso, sem, porém, alcançar o objetivo. Houve várias outras tentativas espanholas para ocupação da
Amazônia em 1560: Pedro de Ursua, Gusman e Lope de Aguirre. Muitas lendas e histórias eram tecidas a
respeito do Dorado recolhido. Entre muitas que eram contadas, se dizia que: havia tanta riqueza que era
impossível medir; os templos, os palácios, a pavimentação das ruas da cidade de Manao eram construídos
com ouro puro; o rei ao banhar-se, pelas manhãs, banhava-se num lago de águas perfumadas, sobre as quais
lançavam ouro em pó.
Reação Portuguesa.
A obra dos portugueses, nesse período foi muito vagarosa, pois havia pouca gente no reino de Portugal para
vir ao Brasil, principalmente para trabalhar. Por volta de 1600, pelo lado do Atlântico começou a ser ocupa-
da a terra do Amazonas. Holandeses, ingleses e franceses disputaram as terras invadindo a explorando o
delta do rio comercializando com os nativos, como se fossem donos da região. Os portugueses partiram de
Pernambuco à caça dos franceses que estavam se fixando nas costas brasileiras, no Maranhão, onde S. Luiz
era o sítio mais importante da colônia francesa. Eles atingiram a colônia em 1616. Nesse mesmo ano Fran-
cisco Caldeira Castelo Branco comandou uma expedição, expulsou os franceses do Maranhão e avançou
para o norte, fundando o Forte do Presépio que se tornou o núcleo de origem da povoação de Belém e base
de operações dos portugueses contra os estrangeiros.
Em 1612 - os primeiros jesuítas entraram no Maranhão, onde se encarregaram da catequese dos nativos,
submetendo-os aos trabalhos aos colonizadores. Segundo o pensamento europeu: ¨... mostravam necessida-
des de trazer as tribos ao convívio da civilização européia¨.
No ano de 1621 - sob o comando de Pedro Teixeira, os portugueses esmagaram os últimos postos ingleses,
irlandeses e holandeses. Além de Teixeira, sertanistas entraram no território amazonense. Estes avançaram
muito mais que Teixeira. Partiram de Belém, Gurupá e Cametá, passando por Tapajós, pelo Ocidente, rumo
aos limites com as colônias espanholas e adiantaram-se até o rio Solimões, com o objetivo de buscar ouro e
drogas do sertão. E ao adentrarem na mata caçavam os índios. Porém, não foram bem sucedidos nas pesqui-
sas para as descobertas das minas de ouro, colhiam com dificuldades as drogas do sertão. A caça ao índio era
mais lucrativa, porém mais trabalhosa. Em 10 anos os portugueses se tornaram ocupantes da Amazônia.
Entre 1600 e 1630 - os portugueses consolidaram o seu total domínio da boca do rio Amazonas. Em 28 de
outubro de 1637 - sob o comando de Pedro Teixeira, a expedição partiu do Porto de Belém com toda segu-
rança, obtendo sucessos. O Tratado de Tordesilhas foi violado em quase 1.500 milhas. Em 1669 - para
impedir a passagem de navios holandeses que desciam do Orenoco para comercializar com os índios Omá-
212
Geografia
gua, o comandante Pedro da Costa Favela construiu a fortaleza da Barra de S. José do Rio Negro. Frei
Teodoro (franciscano) foi responsável pelo aldeamento dos índios Tarumá, na boca do rio Negro, dando a
origem ao povoado que no futuro seria a cidade de Manaus.
A Amazônia constituiu-se um mundo diverso do restante do Brasil, pelos seus aspectos geográficos, naturais
e culturais, distinto de várias outras naturezas. E como suas condições econômicas eram diferentes do restan-
te do país, a administração e legislação também eram especiais. Conforme Érico Veríssimo: “Uma história,
senão diversa, pelo independente da do Brasil”. Artur Reis, denominava Portugal até o séc. XV de monar-
quia agrária. Afirma que deste século em diante alterou sua fisionomia sócio-econômica, por força dos
empreendimentos marítimos que lhes faltaram em detrimento dos poucos rendimentos das especiarias do
Oriente e da África, e depois a lavoura do Brasil, com suas riquezas naturais, a matéria prima e os produtos
do solo atenderam as necessidades mercantis da Coroa Portuguesa.
A Amazônia, na verdade, se apresentava de forma peculiar. Portugal via como a grande empresa onde
dominaria, pois já trazia experiência de séculos. Não foi difícil colonizar mais uma parte do ¨Novo Mundo¨.
A Amazônia era vista como o “El Dorado”, onde se encontrariam espécies variadas de vegetais aproveitá-
veis, principalmente na alimentação e na farmacopéia. Na sua esplêndida mata, os colonizadores encontra-
ram uma variedade de plantas, que denominaram a chamada de drogas do sertão, pela utilidade que as
mesmas apresentaram para o mercado europeu. Produtos que no Oriente e na Europa eram denominadas de
especiarias.
Essas drogas (especiarias) da Amazônia eram: o cacau, a salsa, o urucum, as sementes oleaginosas, o paturi,
o cravo, a canela, a baunilha, as raízes aromáticas, e tantas outras.
A Europa procurava as “drogas” com mais intenso interesse, pois as dificuldades da colheita das especiarias
no Oriente, onde outros povos, bem mais armados e preparados tecnicamente, concorriam com os portugue-
ses.
O extremo-norte do Brasil se apresentava para Portugal, como um ponto estratégico, geograficamente e
também comercialmente, de início, sem concorrências, constituindo uma verdadeira revelação ao Reino
Português. Sérgio Buarque de Holanda, historiador brasileiro, em suas pesquisas constata num documento,
que:
¨Um português – comentava certo viajante em fins do século XVIII – pode fretar um navio para o Brasil com
menos dificuldade do que lhe é preciso para ir a cavalo de Lisboa ao Porto¨.
última fronteira de riquezas naturais para a Metrópole. Sua economia deveria suprir as necessidades e os
problemas de Portugal. A Amazônia era vista como o Eldorado não só pela imensidão de suas terras, matas e
rios, mas a promessa do empreendimento era voltuoso.
Ainda segundo Reis, id ib.:
¨A economia não deveria se apoiar só na colheita da produção natural, deveria se apoiar também no “trato da
Terra”, devido ao novo clima e temperamento do céu, nela se podendo cultivar espécies de toda a redondeza
do mundo.¨
213
Geografia
Os Holandeses e ingleses, ao ocuparem uma parte da Amazônia já cultivavam em suas feitorias a cana de
açúcar, obtendo resultados positivos, principalmente em Belém onde foi realizada primeira tentativa do
plantio da cana de açúcar. Os portugueses, em seguida, cultivaram as próprias drogas: cacau, cravo, canela e
baunilha. Para os colonos eram dados prêmios em dinheiro, em garantias, concessões, facilidades que
serviam de incentivos para continuarem a trabalhar na terra. Em 1731 o lavrador solicitava as mercês (re-
compensas) prometidas pelas cartas régias, à Caravana de Belém e ao governador do estado para implemen-
tar na sua obra. Constatou-se que nessa época esse mesmo lavrador plantou 18.900 pés de cacau.
(REIS,1993:93) Foram ainda plantadas outras espécies como: o anil, o café, o algodão e o tabaco. Havia
uma legislação que amparava e protegia a atividade do colono. Ele era isento de impostos e tinha instruções
de procedimentos da colheita. (id ib) Essa experiência de cultivo durou até meados do séc. XVIII. De Pom-
bal em diante, ao realizar a reforma na Metrópole através da Amazônia, continuou-se tal cultivo e foram
introduzidos outros tipos exóticos. (id.ib:94) Já nesta época, segundo as afirmações de Mendonça Furtado, o
objetivo era transformar o Estado num grande campo onde o colono exercitasse a larga agricultura. As
atividades agrícolas eram assim distribuídas: o anil aconselhava pelo Reino, foi desenvolvido principalmente
na capitania de S. José do Rio Negro. O arroz,, o café, o cacau, o tabaco, continuaram a ser trabalhados. A
maior lavoura era das manibas, de que se fazia farinha, base da alimentação indígena, a que o colono foi se
adaptando. Novos gêneros eram o cânhamo, o linho, pimenta, nós moscada, frutos europeus. De Cayena
chegavam várias, espécies cobiçadas e imediatamente cultivadas. Para assistir os colonos com mudas e
sementes, o capitão-general Souza Coutinho estabeleceu em Belém, um grande horto, que recebeu o título
de Jardim Botânico, sendo louvada por Lisboa a iniciativa.Por parte da coroa eram emitidos elogios e aplau-
sos pelo sucesso da agricultura e pelos seus novos empreendimentos.
O progresso da agricultura encontrava entrave forte na concorrência das “drogas”, sempre lembradas de
Portugal, na pobreza dos colonos, forçados a empresas de vulto, na resistência do índio que não se substitua
pelo africano pela falta de conhecimentos técnicos dos povoadores, improdutividade dos diretores de povoa-
dos, mais interessados em operações imediatas de comércio. A política protecionista, em consequência, não
podia surtir efeitos sensíveis. Os empreendedores na Amazônia, como por exemplo, D. Francisco de Souza
Coutinho, comunicava à Metrópole a série de esforços que vinha desempenhando para tirar o Estado da
condição de produtor, unicamente em especiarias, pois o medo de Portugal era perder essa terra. Outra
tentação do colono na Amazônia (como em todas as partes do mundo), era explorar a riqueza do sub-solo,
principalmente na Amazônia, pelo fato de ter-se criado o mito do ouro. Tendo em vista tal objetivo, várias
expedições, com o povo oficial, foram realizadas, procurando os POTOSIS.
Em 1640 - Bartolomeu Barreiro de Athayde, saiu de Belém em busca de um Rio do Ouro, que nunca foi
identificado. Anos após, em 1647 – partiu outra expedição com a mesma finalidade e sem
resultados. Para a exploração do subsolo com a pretensão de encontrar ouro, tantas outras expedições foram
realizadas:
• Paulistas descendo o Mato Grosso, de Goiás, pelo Rio Madeira, pelo Rio Tapajós e pelo Rio Tocantins.
• Em 1673 - na Corte correu a notícia de que no Rio Tocantins os bandeirantes da Paulicéia tinham afinal
encontrada usinas. O Pe.Antônio Raposo verificou, onde D. Pedro sulcou o rio, e nada encontrou.
• Várias tentativas foram realizadas, mas todos foram falsos descobrimentos, de forma que o governo portu-
guês proibiu qualquer aventura para descobrir minas de ouro.
Outra fonte de riqueza foi encontrada pelos portugueses – a pesca. Foram encontrados os rios com peixes de
vários tamanhos e cores, para todas as utilidades, inclusive para o comércio. Os campos de Marajó (localiza-
dos no norte de Belém) - ofereciam boa pastagem, clima ameno, propício para fundação de fazendas para
criação de gado.
214
Geografia
• Em Salinas, na beira do mar, aproveitava-se o sal.
• No final do século, a atividade industrial cresceu.
• 1784 - Belém - 07 engenhos de descascadores de arroz, fiadores de algodão.
• O leite da seringueira começou a ser aproveitado em pequenos artefatos.
• O cacau para o fabrico de chocolate. Na capitania de S. José do Rio Negro o governador montou estabele-
cimentos de fiação de algodão e outras fibras.
A Amazônia foi ocupada em todos os aspectos, principalmente foi constituída em função da água e da
floresta e esta ocupada apenas nas margens dos rios, igarapés, lagos, onde o colono e o nativo fizeram a
clareia necessária à pousada que levantaram. Mendonça Furtado dizia: “A Amazonas era a estrada real”. O
governo lusitano não permitiu o estrangeiro ao acesso à região. A navegação do Madeira por onde podia
passar o contrabando do ouro do Mato Grosso, o espanhol descer de Santa Cruz, foi fechada pelo Alvará de
27/10/1733. . A do Tocantins, foi decretado em 10/01/1730. O alvará de 14/11/1752 - abrira o Rio Madeira,
abrindo relações comerciais com as outras capitanias. Em 1761 foi inaugurado o estaleiro em Belém, que
substituiu a velha Casa das Canoas, onde a Cia. Do Comércio do Grão-Pará construiu três grandes navios
para viagens à Europa. Durante um século e meio se praticava o escambo.
No interior do Estado os produtos eram trocados porque não circulava dinheiro. Tudo se pagava em gêneros:
rolos de pano, novelos de fino, cacau e cravo, inclusive o vencimento (salário) do funcionalismo.
Em 1726 - circulava algum dinheiro, vindo do interior do Maranhão, que receberam nas comunicações com
Pernambuco. Em 1743 - foi oficializado o salário dos oficiais em moeda. A circulação oficial iniciou em
1749 - remetidos de Lisboa para o estado do Maranhão e Grão -Pará. O comércio não tinha nenhum incenti-
vo judiciário, continuando nas mãos de regatões, “traficantes”, mantendo na canoa tripulada de índios para
irem aos sítios dos lavradores, estabelecidos em diversos rios, lagos, fazendo permuta de gêneros. Era todo
um processo primitivo.
As relações com o exterior se faziam apenas com Lisboa, em charruas que tocavam o porto de Belém em
épocas determinadas. Em 1759 - a Câmara de Belém requereu a vinda de navios para buscar a produção da
Capitania.
No fim do séc. XVIII em diante, no início da Revolução Industrial, de Belém foram embarcados arrobas de
cacau, algodão, café, arroz, o que se juntava em grande escala, a madeira, para a construção de edifícios
reais e de embarcações no Arsenal de Lisboa. Entre 1773 e 1802 foram exportados milhares de toneladas de
produtos: cacau, milho, arroz, café. No ano de 1809 - iniciou-se a exportação da seringa, para a Inglaterra. A
abertura dos portos brasileiros ao comércio das nações amigas, abriu novos horizontes. Belém começou a
comercializar com a Inglaterra, América do Norte, Antilhas e Holanda.
Os elementos humanos que contribuíram para o povoamento foram os mesmos que encontramos no restante
do Brasil:
• O índio – uma população numerosa, porém não era considerado fonte suficientemente para o duro trabalho,
por isso era caçado violentamente pelo sertanista, reunido em aldeamento pelos Missionários e descido pelas
autoridades civis e militares. O aldeamento foi o núcleo humano com maior número de membros e era
utilizado para todo tipo de tarefas.
• O negro africano – não foi tão representativo, mas era escravizado. Como a agricultura era incipiente não
se fazia tão necessária sua mão de obra. A falta de fundos financeiros não permitia o comércio negreiro dos
colonos, mesmo com a insistência das representações do governo para que se facilitasse o mercado negreiro.
Os primeiros negros foram introduzidos pelos holandeses.
A Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará trouxe 12.587 pessoas para a região, sendo 7.606 escravos.
No início da colonização da Amazônia, a força de trabalho do negro era desprezada, devido às facilidades do
aprisionamento dos índios. A Lei de 06 de junho de 1755 aboliu a escravização do índio, daí a procura do
negro foi se intensificando. Ainda em 1616, com a fundação do Presépio os portugueses já cogitavam em
trazer os açorianos. Entre 1620 e 1921 chegaram mais de 200 pessoas que se distribuíam pelas capitanias.
Anos depois, em 1667, foram distribuídos nos distritos políticos – um pouco mais de 700 pessoas. Cada
capitão mor ou governador que chegava de Portugal a Belém trazia consigo novos povoadores. As primeiras
décadas de colonização da Amazônia as expedições coletoras eram baseadas na base da produção. A ativida-
de era organizada com os índios, espalhados em diversas áreas para extraírem substâncias naturais: óleo de
215
Geografia
tartaruga, especiarias, madeiras de lei, óleos vegetais
e sementes de cacau. Em troca recebiam dos missionários e comerciantes portugueses, ferramentas, bugigan-
gas e ocasionalmente salário.
A Coroa Portuguesa, oficialmente estimulava empreendimentos agrícolas, com o objetivo de constituir uma
base mais estável para a efetivação da colonização da região. Porém, para o desenvolvimento agrícolas as
condições ainda eram enviáveis, porque:
A solução encontrada pelos colonos portugueses era escravizar os índios para utiliza-los como mão-de-obra.
Devido aos maus tratos aos índios, os missionários impediam o acesso aos índios das missões. Esta política
hostilizava ainda mais os colonos, cujos investimentos econômicos regrediram por falta de mão-obra, en-
quanto florescia a agricultura e a pecuária dos jesuítas. A atividade coletora tornou-se atraente para a popula-
ção ¨cabocla¨ devido às exigências mínimas de capital. Devido a falta de material e de contatos externos, o
coletor geralmente tinha que fazer um tipo de acerto com um comerciante local, a fim de adquirir os bens de
que necessitava. No período de 1760 a 1822, mais da metade das exportações do Pará, provinha principal-
mente mais de fontes silvestres do que de plantações (agricultura). Muitos elementos teríamos para discursar
sobre a Amazônia, porém finalizo aqui com um pensamento de Neide Gondim,(op.cit):
“Para o estrangeiro, a Amazônia é a metade do início e do fim, é o encontro dos opostos. Vem a ser igual-
mente, o refúgio da insatisfação do homem diante de seus iguais”.
Fontes
http://www.culturabrasil.org/contestacoes.htm
http://www.amazonia2002.de/Porto_Velho/Moser/Moser_Portugues/body_moser_portugues.html
Exercícios
216
Geografia
1. (UFAM) Dentre as muitas sociedades nativas da Amazônia, que chamaram a atenção dos conquis-
tadores e colonizadores ibéricos durante os séculos XVI-XVII, encontravam-se os Omáguas, também
chamados de Cambebas, os quais habitavam densamente cerca de 700 quilômetros ao longo do alto
Amazonas (região atualmente compartilhada pelos estados nacionais brasileiro, peruano, colombiano
e equatoriano). Cronistas como Gaspar de Carvajal, Francisco Vásquez, Cristóbal de Acuña, Mauricio
de Heriarte e Samuel Fritz notaram algumas particularidades que distinguiam os Omáguas/Cambebas
dos outros povos indígenas. Das particularidades elencadas a seguir, identifique aquela que NÃO consta
nas descrições fornecidas pelos cronistas sobre os Omáguas/Cambebas:
a) Remodelagem craniana.
b) Fabricação de utensílios metálicos, que eram comercializados com outros povos indígenas.
c) Sistema político caracterizado pela coexistência de chefias das aldeias e uma chefia geral de seu território.
d) Utilização de cativos de guerra para o trabalho em suas roças e outras atividades.
e) Uso de roupas de algodão em diversas cores.
2. (UNAMA) Na Amazônia, em todo o Período Colonial foi constante a exploração do índio, facilitada
por uma legislação confusa que ora proibia, ora autorizava, ou simplesmente omitia. Não é de se espan-
tar que, em determinados momentos desse período, avolumaram-se as práticas da “guerra justa” e do
“resgate”.
(Texto adaptado de ALVES FILHO, Armando. O Trabalho forçado na Amazônia In ALVES FILHO, Arman-
do et. al. Pontos de História da Amazônia. 3 ed. rev. ampl. Belém: Paka- Tatu, 2002,p.31)
A partir da leitura do texto acima, e dos estudos que a história nos oferece sobre o assunto, é correto
dizer que:
a) Na Amazônia, como em todo o território brasileiro, o índio foi o grande responsável pela geração de rique-
zas em todo o período colonial, pois a legislação vinda de Portugal permitia sua escravização através das
chamadas “guerras justas”.
b) O índio foi a mão-de-obra mais utilizada na Amazônia colonial, pois a própria legislação portuguesa dava
brechas para essa exploração, através das chamadas “guerras justas” e “tropas de resgate”.
c) Durante o Período Colonial, especialmente na Amazônia, foram constantes as lutas em torno de uma legis-
lação local, acerca da utilização da mão-de-obra indígena, visto que, o Estado português já havia declarado
ilegal o uso dessa força de trabalho.
d) A mão-de-obra usada na Amazônia, no Período Colonial, foi constituída basicamente da mão-de-obra na-
tiva, através das “guerras justas” e da mão-de-obra vinda do nordeste brasileiro, através das chamadas
“tropas de resgate”.
3. (UFAC) No Brasil colonial e mesmo durante o império, algumas razões são atribuídas como expli-
cação para que a escravidão africana predominasse em lugar da escravidão dos povos indígenas. As
razões alegadas podem ser identificadas à:
a) reação dos povos indígenas que, por serem bastante organizados e unidos, toda vez que se tentou capturá-
-los, eles encontravam alguma forma de escapar ao cerco dos portugueses
b) um enorme preconceito que existia do europeu em relação ao indígena, e não em relação ao africano, o que
dificultava enormemente o aproveitamento do indígena em qualquer atividade
c) setores da Igreja e da Coroa que se opunham à escravização indígena; fugas, epidemias e legislação anties-
cravista indígena que a tornaram menos atraente e lucrativa
d) religião dos povos indígenas, que proibia o trabalho escravo. Preferiam morrer a ter que se submeterem às
agruras da escravidão que lhes era imposta nos engenhos de açúcar ou mesmo em outros trabalhos
e) ausência de comunicação entre os portugueses e os povos indígenas e à dificuldade de acesso ao interior do
continente, face ao pouco conhecimento que se tinha do território e das línguas indígenas
4. (UFAC) Foram muitas as anotações feitas pelos “conquistadores” das Américas, durante os séculos
XVI e XVII, para provar que os índios eram inferiores, entre outras, Galeano (1999, 63) destacou:
“Suicidam-se os índios das ilhas do Mar do Caribe? Porque são vadios e não querem trabalhar. Andam
desnudos, como se o corpo todo fosse a cara? Porque são selvagens e não tem pudor Ignoram o direito de
propriedade, tudo compartilham e não têm ambição de riqueza? Porque são mais parentes do macaco
do que do homem. Banham-se com suspeitosa frequência? Porque se parecem com hereges da seita de
Maomé, que com justiça ardem nas fogueiras da Inquisição. Acreditam nos sonhos e lhes obedecem as
vozes? Por influência de Satã ou por crassa ignorância. É livre o homossexualismo? A virgindade não
tem importância alguma? Porque são promíscuos e vivem na ante- sala do inferno. Jamais batem nas
217
Geografia
crianças e as deixam viver livremente? Porque são incapazes de castigar e de ensinar. Comem quando
têm fome e não quando é hora de comer? Porque são incapazes de dominar seus instintos. Adoram a
natureza, considerando-a mãe, e acreditam que ela é sagrada? Porque são incapazes de ter religião e só
podem professar a idolatria.”
5. (UFAM) “E porque tenho intendido que os ditos gentios tem guerras uns com os outros, e costumam
matar e comer todos os que nellas se captivam (...) hei por bem, que sejam captivos todos os gentios, que,
estando presos (...) forem comprados (...) serão captivos sómente por tempo de dez anos (...) passados
elles, ficarão livres (...).” (Fragmentos da Lei de 10/09/1611 – Sobre a liberdade do gentio da terra e da
guerra que se lhe pode fazer.)
O texto acima justifica e explica procedimentos de Tropas de Resgates. Sobre Tropas de Resgates, é
correto afirmar que:
a) A lei de 1688 previa somente o resgate de índios aprisionados por outros índios para fins de troca.
b) Foram fontes de recrutamento de mão-de-obra indígena abolidas definitivamente pelo Diretório Pombalino
em 1740.
c) O resgate praticado pelas tropas era sempre fiel àquele previsto na legislação.
d) Eram expedições militares nas quais não havia participação de religiosos.
e) Foram a forma mais persistente de escravização indígena, sendo proibidas e permitidas várias vezes por
diversas leis.
6. (UFAM) O conceito de guerra justa, inspirado e extraído da doutrina da Igreja Católica, justificou a
guerra contra os índios manaós na década de 1720, cujo desfecho foi o extermínio desta nação que em-
prestou seu nome à capital do Estado do Amazonas. Sobre este conflito, é correto afirmar que:
a) Ajuricaba, o manaó que liderou a rebelião por se opor à aliança com os portugueses, foi remanejado para a
cidade da Barra e enforcado em praça pública.
b) Ao final da rebelião dos manaós, houve um processo de devassa que condenou os vencidos pelo crime de
lesa-majestade em virtude da união com os Mundurucus.
c) Os manaós foram considerados culpados de manterem atividades mercantis com espanhóis e franceses.
d) A resistência armada dos manaós, reagindo às tropas de resgate provenientes do Pará, em busca de mão-de-
-obra, foi fator decisivo na deflagração da guerra.
e) O cerco final aos manaós foi comandado por Bento Maciel Parente na vigência da administração de Men-
donça Furtado.
7. (UFAM) Com relação à escravidão negra africana na Amazônia, podemos afirmar corretamente que:
a) O fraco desenvolvimento da escravidão negra na Amazônia deveu-se, dentre outros motivos, à insuficiência
de capital para adquirir esta mão-de-obra e à relativa abundância de índios.
b) Os primeiros escravos negros foram introduzidos na Capitania do Rio Negro no período pré-pombalino, por
ação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, em razão do êxito da economia de plantation.
c) Em 24 de maio de 1884, Teodoreto Souto libertou os escravos amazonenses em cumprimento ao decreto-lei
aprovado pela Assembléia Legislativa Provincial, que abolia oficialmente a escravidão negra na Província
do Amazonas.
d) O fenômeno da depopulação indígena e o caráter extrativista da economia amazônica ocasionaram a larga
superação quantitativa da mão-de-obra negra, em relação à índia, circunscrita ao século XVII.
e) Na luta abolicionista, a Sociedade Emancipadora Amazonense foi opositora da prática de manumissão por
indenização, por considerá-la inócua ao objetivo de libertação negra.
8. (UFAM) Segundo Fernando Novais, o Tratado de Tordesilhas foi um “acordo político num mundo
onde a diplomacia não existia”, tornando-se o precursor das relações internacionais. Assinale a alter-
nativa que, segundo este acordo diplomático, indica a situação geopolítica da região ocupada pelo atual
218
Geografia
Estado do Amazonas:
a) Pertencia a Portugal.
b) Pertencia à Espanha.
c) Foi dividida entre Portugal e Espanha.
d) Ficou de fora da partilha.
e) Permaneceu sob domínio indígena.
9. (UFAM) “Povos e povos indígenas desapareceram da face da terra como consequência do que hoje
se chama, num eufemismo envergonhado, ‘o encontro’ de sociedades do Antigo e do Novo Mundo. Esse
morticínio nunca visto foi fruto de um processo complexo (..). que se convencionou chamar o capitalis-
mo mercantil. Motivos mesquinhos (...) conseguiram esse resultado espantoso de reduzir uma popula-
ção que estava na casa dos milhões em 1500 aos parcos 200 mil índios que hoje habitam o Brasil”.
(CUNHA, Manuela C. Introdução a uma História Indígena. In História dos Índios no Brasil. p.12)
Sobre os agentes da depopulação indígena referida no contexto acima, é correto afirmar que:
a) As epidemias são normalmente tidas como o principal agente da depopulação indígena.
b) A política de aldeamentos foi decisiva para a morte cultural do índio, mas o preservava fisicamente.
c) Devido à necessidade de mão-de-obra, a escravidão, pouco contribuiu para o colapso populacional.
d) A economia nômade contribuiu para a depopulação porque impedia auto-reprodução numerosa.
e) Guerras e fome generalizadas, comprovadamente, foram fortes agentes que já atuavam antes de 1500.
10. (UFAM) Assinale a única alternativa que não foi fator preponderante para o domínio português na
região amazônica:
a) Coleta de drogas do sertão.
b) Ação missionária.
c) Busca de escravo indígena.
d) Expansão da fronteira pecuária.
e) Implantação de fortificações.
11. (UFAM) Durante a União Ibérica (1580 -1640), iniciou-se a ocupação do território que hoje denomi-
namos de Amazônia. Utilizando seus conhecimentos sobre esse momento histórico, analise as proposi-
ções e assinale a opção correta, de acordo com o código abaixo.
I. A ocupação da região possuía, naquele momento, um sentido estratégico-militar, considerando as pressões
exercidas por franceses, ingleses e holandeses, especialmente na área do litoral atlântico e da região do
Delta amazônico.
II. As duas primeiras fortalezas construídas na região – o Forte do Presépio (1616) e a Fortaleza da Barra do
Rio Negro (1669) – marcaram também o processo de fundação das cidades de Belém e Manaus.
III. O Estado do Maranhão (1621-1652), com capital em S. Luís, era a sede administrativa, com jurisdição
sobre territórios que se estendiam do Ceará ao Amazonas.
IV. A expedição comandada por Pedro Teixeira (1637-1639) foi uma das mais importantes para o alargamento
das fronteiras lusas na Amazônia, contudo, seu retorno a Belém foi marcado pela tragédia porque seus in-
tegrantes foram exterminados por doenças, em disputas internas e nos confrontos com os índios.
12. (UFAM) No final do século XVII, o descontentamento local dos colonos do Estado do Maranhão era
grande: não tinham acesso às aldeias de índios para recrutar trabalhadores e estavam insatisfeitos com
o desempenho da Companhia de Comércio do Maranhão (1682-1684). Logo traduzido em sublevação,
o movimento dos colonos maranhenses ficou conhecido como:
a) Guerra dos Emboabas
b) Guerra dos Mascates
c) Confederação do Equador
d) Revolta dos Beckman
e) Sedição de Vila Rica
219
Geografia
13. (UFAM “Um amazonense que frequentou qualquer escola primária, que teve o privilégio de termi-
nar a escola secundária ou até mesmo finalizar qualquer curso universitário, pode atravessar esses três
ciclos sem nunca [...] haver discutido [...] sobre sua própria condição indígena”.
(MELO, Lenilson M. Uma Síntese da História da Amazônia. Mens’Sana)
A afirmação do autor é procedente, porém, nos últimos anos, ações de organismos nacionais e interna-
cionais sinalizam na reversão deste quadro, induzidas, dentre outros motivos, pela discussão mundial
sobre impacto ecológico na qual a Amazônia ostenta a posição de grande reduto natural da Terra, e
nela, as populações indígenas são prioridades como guardiãs do desenvolvimento sustentável. Dentre
estas ações podemos citar a proposta da ONU para promoção da “década indígena” (1995-2004); a im-
posição da OIT para que os países observem os direitos indígenas como reconhecimento de sua cultura
diferenciada; a publicação pelo MEC de livros didáticos de autores índios; o Plano de Gestão Ambiental
executado no Brasil com a participação indígena; a criação de instituições educacionais brasileiras com
educação diferenciada; o lançamento da campanha estadual Biotecnologia – Ciência dos Brancos, Sa-
bedoria dos Índios, e outras que buscam valorizar e resgatar a cultura indígena.
III A Constituição de 1988 reconheceu os direitos originários dos índios sobre terras tradicionalmente ocupa-
das, dentre outras razões, porque a redemocratização do país reabriu questões como identidade nacional,
fortalecendo a consciência indígena.
IV O Diretório Pombalino, apesar de suas medidas despóticas, resguardou os valores naturais dos índios,
contribuindo para a ascendência majoritariamente indígena da população do Amazonas e para o resgate
cultural que ora ocorre.
14. (UFAM) “O somatório dessas peculiaridades deu um certo toque de originalidade à história colonial
da Amazônia, fazendo da região um exemplo ímpar de colonização [...]”
(SANTOS, Francisco J. Além da Conquista. EDUA)
Devia haver um protetor dos índios para os fazer castigar, quando houvesse mister (necessidade), e defender
dos agravos (males) que lhes fizessem (...). A lei que lhes hão de dar é defender-lhes de comer carne humana e
guerrear (...), fazer-lhes ter uma só mulher, vestirem-se, pois têm muito algodão, ao menos depois de cristãos,
tirar-lhes os feiticeiros, mantê-los em justiça entre si e para com os cristãos; fazê-los viver quietos e sem se
mudarem para outra parte...
220
Geografia
(Pe. Manuel da Nóbrega, 08.05.1558.)
GABARITO:
1-B 6-D 11-D
2-B 7-A 12-D
3-A 8-B 13-E
4-A 9-A 14-D
5-E 10-D 15-A
Relevo do Amazonas
Por João Marcelo Vela
Mestrado em Geografia (UFSC, 2015)
Graduação em Geografia (UFSC, 2012)
Entre 1970 e 1985, o projeto Radam-Brasil foi importantíssimo para as análises da geografia física do Brasil,
fazendo imagens de todo o território brasileiro por meio de fotografias aéreas, possibilitou a obtenção de
melhores detalhamentos, especialmente, sobre a Amazônia brasileira.
Quem sistematizou e muito contribuiu para as atuais noções do relevo brasileiro foi o geógrafo Jurandyr
Ross, que em 1988 divulgou seus estudos com a nova classificação no relevo do Brasil. O projeto Radam-
-Brasil, de início, se restringia ao mapeamento da área da Amazônia, mas foi ampliado para todo o território
brasileiro.
Especificamente sobre o relevo da Amazônia, Jurandyr Ross o define, de modo geral, com a presença de
depressões na sua maior parte, com uma estreita faixa de planície ao longo do Rio Amazonas e planaltos nas
porções norte e leste.
Segundo ele: “Os planaltos e bacias sedimentares são quase inteiramente circundados por depressões pe-
riféricas ou marginais; planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma, apresentando-se como
um pontilhado de serras e morros isolados, associados a intrusões graníticas, derrames vulcânicos antigos e
dobramentos com ou sem metamorfismo.
As depressões apresentam características marcantes, por terem sido geradas por processos erosivos por
intermédio do arrasamento das formas de relevo mais salientes, pelo efeito conjugado dos diferentes agentes
erosivos e planícies geradas por deposição de sedimentos mais recentes de origem marinha e fluvial”.
As unidades do relevo do Amazonas estão assim representadas:
Planalto do Amazonas-Orinoco: está localizado ao norte do estado, com grandes altitudes. Na serra do
Imeri, na fronteira com a Venezuela, estão os pontos de maiores altitudes do relevo brasileiro: o Pico da
Neblina, com 2.994 metros; o Pico 31 de Março, com 2.974 metros; além do Pico da Codorna, que fica em
19º lugar no país, com 2.596 metros. Esse planalto se caracteriza por ser um divisor de águas entre as bacias
hidrográficas do Amazonas, no Brasil, e do Orinoco, na Venezuela, sendo constituído por um relevo tabular,
221
Geografia
com grandes mesas de topos horizontalizados e irregulares.
Planalto do Negro-Jari: tem uma forma alongada entre o Rio Negro (margem direita) e próximo ao Rio
Jari, possuindo pequenas colinas originadas do efeito do entalhe da drenagem incipiente, por encostas ravi-
nadas e por drenagem densa, formadas sobre sedimentos da Formação Alter do Chão.
Planalto Residual da Amazônia Oriental: representado por agrupamento de relevo com intensa fragmenta-
ção, na parte sul do Amazonas. Caracteriza-se pela feição de aplainamento, com escarpas erosivas.
Depressão da Amazônia Setentrional: estende-se pelo noroeste do estado, com continuidade na Venezue-
la, Colômbia e Guianas, apresentando grandes áreas de relevo plano a oeste e com aumento da dissecação a
leste. As altitudes variam entre 80 e 200 metros, Blocos dos planaltos no norte no sul, resultantes da ação do
processo de pediplanação homogênea, interrompem essa unidade.
Depressão da Amazônia Central: estende-se no sentido leste-oeste (do litoral do Pará ao estado do Acre),
alargando-se para o interior nas duas margens do rio Amazonas. Possui formas onduladas, com a presença
de cristas, colinas e relevos residuais com altitudes superiores a 100 metros em relação a altimetria local. Na
porção sul, destacam-se os grandes afluentes que desaguam no rio Amazonas, com seus leitos largos e uma
rede de drenagem mais densa, com canais de maior densidade de meandros e extensas planícies.
Planície: são áreas de depósitos fluviais do período Terciário-Quaternário, que acompanham o curso dos
grandes rios, representando 5% da região. São formados por argilas e siltes depositados nos terrenos pelas
enchentes, com tendência a concavidade, cujas camadas de sedimentos podem ultrapassar até 5.000 metros
de profundidade. A Planície Amazônica destaca-se, estendendo-se ao longo do rio Amazonas, por mais de
2.500km, apresentando, para o interior, largura variável de alguns metros a dezenas de quilômetros e, para a
foz, cujo gradiente de declividade é bastante fraco, aparecendo em um emaranhado de canais, furos, igarapés
e lagos. Divide-se em três níveis, de acordo com a disposição do relevo: os Terrenos de Várzea, constante-
mente inundados (entre 8 a 10 meses), por estarem mais próximos ao nível do rio; os Tesos ou Terraços, que
alagam no período das cheias (entre 4 a 6 meses); e os Terrenos de Terra Firme, que estão livres das cheias,
por estarem em patamares mais elevados da planície.
Exercicios
01. (FMJ) A Serra do Japi apresenta-se como uma barreira aos ventos que saem do Oceano Atlântico, loca-
lizado a sudeste da Serra, rumo ao planalto paulista, produzindo, assim, uma significativa diferença entre os
índices pluviométricos nas faces sul e noroeste da Serra.
(www.dedoverde.com.br. Adaptado.)
222
Geografia
O cenário apontado pelo texto é característico de um tipo de precipitação conhecido como chuva
a) oceânica.
b) ácida.
c) orográfica.
d) convectiva.
e) frontal.
02. (UFAM) A figura abaixo representa o clima da cidade de Manaus. Observe-a com atenção e assinale a
alternativa que está correta sobre os dados apresentados no gráfico.
Vegetação
03. (UEA) Tipo de vegetação característica da Floresta Amazônica, situada nas áreas de planícies inundáveis
pelas cheias sazonais dos rios, com árvores que não ultrapassam 20 metros de altura. Essa vegetação corres-
ponde à
a) Mata de Mangue.
b) Mata de Veredas.
c) Mata de Igapó.
d) Mata de Babaçu.
e ) Mata de Terra Firme.
04. (UEA) As atuais mudanças do novo Código Florestal brasileiro têm gerado conflitos acalorados de inte-
resses entre as bases de apoio dos ruralistas e dos ambientalistas. Entre as discussões mais importantes estão
as mudanças relacionadas às Áreas de Proteção Permanente (APP) em torno de rios e córregos. A proteção
dessa vegetação, denominada ripária, é fundamental, uma vez que ela exerce importantes funções ambien-
tais, entre as quais pode-se citar
223
Geografia
a) a proteção dos rios contra os problemas de erosão do solo e do assoreamento dos cursos d’água.
b) a diminuição da umidade do ambiente, devido à retenção das água pela vegetação que margeia os rios.
c) a interrupção do ciclo hidrológico, permitindo que a água seja armazenada nos rios e nos aquíferos.
d) o aumento da temperatura do ambiente no entorno dos rios, o que favorece a evaporação.
e) a função de barreira ecológica que impede o fluxo de espécies entre diferentes áreas.
05. (UFSM)
LUCCI, E. A.; MENDONÇA, C; BRANCO, A. L. Geografia Geral e do Brasil - ensino médio. São Paulo:
Saraiva, 2005. p.326.
Em relação ao perfil da vegetação mostrado na figura, é correto afirmar que caracteriza o bioma de forma-
ção vegetal do tipo
a) floresta equatorial com o dossel superior formado por árvores de grande porte e, no nível médio, por espé-
cies arbóreas de médio porte e epífitas.
b) tundra com cobertura vegetal de pequeno porte, constituída de musgos, liquens e gramíneas de ciclo vege-
tativo curto.
c) floresta boreal, caracterizada por uma vegetação de grande porte, relativamente homogênea, representada
pela taiga.
d) vegetação mediterrânea bastante variada, com predominância de arbustos.
e) savana composta por dois extratos, o arbóreo-arbustivo de caráter lenhoso e o herbáceo-subarbustivo,
formado pelas gramíneas e outras ervas.
Solo
06. (UFAL)
224
Geografia
Disponível em: http://www.botanic.com.br. Acesso em: 08/12/2013
A imagem mostra um dos maiores problemas da atualidade, a perda de solo devido à ocupação irregular ou
o mau aproveitamento da terra. O processo de destruição do solo mostrado na figura, uma vez iniciado, não
tem retorno, há medidas para conter seu avanço, mas não há garantias de recuperação da fertilidade perdida.
Esses buracos são chamados de
a) deslizamento.
b) voçoroca.
c) afundamento.
d) assoreamento.
e) lixiviação.
07. (UNICAMP) Solo é a camada superior da superfície terrestre, onde se fixam as plantas, que dependem
de seu suporte físico, água e nutrientes. Um perfil de solo é representado na figura abaixo. Sobre o perfil
apresentado é correto afirmar que:
b) O horizonte A apresenta muitos minerais não alterados da rocha que deu origem ao solo, sendo normal-
mente o horizonte menos fértil do perfil.
GABARITO:
1-C 6-B
2-E 7-C
3-C
4-A
5-A
Desafio
225
Geografia
01. (UCS) A Amazônia ocupa uma área de mais de 6,5 milhões de km2, na parte norte da América do Sul,
abrangendo nove países: Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana
Francesa. Em toda a região amazônica, calcula-se que cerca de 26.000 km2 são desmatados todos os anos.
Uma pesquisa da revista Science alerta que, até 2050, poderá ocorrer a extinção de cerca de 80% das espé-
cies de vertebrados, em áreas que sofreram desmatamento. (FARIA, C. Desmatamento da Amazônia. Dispo-
nível em:
<http://www.infoescola.com/geografia/desmatamento-da-amazonia.>. Acesso em: 22 out. 2012.) (WEARN,
O. R.; REUMAN, D. C.; EVERS, R. M. Extinction Debt and Windows of Conservation Opportunity in the
Brazilian Amazon. Science, v. 337, n. 6091, p. 228-232, 13 July 2012.)
Analise as afirmativas abaixo, relacionadas ao processo de desmatamento.
I. A menor evapotranspiração diminui os índices pluviométricos. Estima-se que metade das chuvas que ocor-
rem nas florestas tropicais são resultantes da evapotranspiração, ou seja, da troca de água da floresta com a
atmosfera.
II. Boa parte da energia solar é absorvida pelas florestas para os processos de fotossíntese e evapotranspira-
ção. Sem a floresta, com o solo exposto, quase toda essa energia seria devolvida para a atmosfera em forma
de calor, o que elevaria as temperaturas médias.
III. O aumento do processo erosivo leva a um empobrecimento dos solos, como resultado da retirada de sua
camada superficial. Isso, muitas vezes, acaba inviabilizando a agricultura.
Das afirmativas acima,
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas III está correta.
d) apenas I e II estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.
02. (UNESP) Leia.
O fenômeno dos “rios voadores”
“Rios voadores” são cursos de água atmosféricos, invisíveis, que passam por cima de nossas cabeças trans-
portando umidade e vapor de água da bacia Amazônica para outras regiões do Brasil. A floresta Amazônica
funciona como uma bomba d’água. Ela “puxa” para dentro do continente umidade evaporada do oceano
Atlântico que, ao seguir terra adentro, cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração da
floresta, as árvores e o solo devolvem a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor de água, que
volta a cair novamente como chuva mais adiante. O Projeto Rios Voadores busca entender mais sobre a
evapotranspiração da floresta Amazônica e a importante contribuição da umidade gerada por ela no regime
de chuvas do Brasil.
226
Geografia
A partir da leitura do texto e da observação do mapa, é correto afirmar que, no Brasil,
a) cada vez mais, a floresta é substituída por agricultura ou pastagem, procedimento que promove o desen-
volvimento econômico, sem influenciar, significativamente, o clima na América do Sul.
b) os recursos hídricos são abundantes e os regimes fluviais não serão alterados, apesar das mudanças climá-
ticas que ameaçam modificar o regime de chuvas na América do Sul.
c) o atual desenvolvimento da Amazônia não afeta o sistema hidrológico, devido à aplicação de medidas
rigorosas contra o desmatamento e danos à biodiversidade da floresta.
d) os mecanismos climatológicos devem ser considerados na avaliação dos riscos decorrentes de ações como
o desmatamento, as queimadas, a abertura de novas fronteiras agrícolas e a liberação dos gases do efeito
estufa.
e) a circulação atmosférica é dominada por massas de ar carregadas de umidade que, encontrando a barreira
natural formada pelos Andes, precipitam-se na encosta leste, alimentando as bacias hidrográficas do país.
03. (PUCMG) Um sério conflito se estabeleceu no Congresso Nacional entre os ambientalistas e os repre-
sentantes da “bancada ruralista” em torno das alterações no Código Florestal brasileiro, uma legislação da-
tada de 1965. Mesmo reconhecendo que a legislação precisa ser atualizada, algumas medidas propostas são
extremamente polêmicas, em especial a redução de 30 para 15 metros da faixa de matas ciliares nas margens
dos cursos d’água com até 5 metros de largura. A redução das matas ciliares terá como efeitos, EXCETO:
a) o assoreamento mais rápido dos cursos d’água e dos mananciais.
b) a perda de estabilidade de morros e encostas nas margens dos rios.
c) a perda da biodiversidade vegetal e animal nessas áreas.
d) a melhoria da fertilização das várzeas nos períodos de cheias dos rios.
GABARITO:
1-E
2-D
3-D
Exercício 3
227
Geografia
Professor: William Pablo
01. (IFSul) A foz do rio Amazonas tem cerca de 300 quilômetros de largura e vai do Farol de Curuçá, no
Pará, até o norte do Arquipélago de Bailique, próximo à foz do rio Araguari, no Amapá. No meio da foz, está
a ilha de Marajó, maior que a Suiça, e um número de ilhas menores em constante crescimento. Nesta região,
ocorre o que os cientistas chamam de ‘encontro de gigantes’: o grande gigante é o próprio rio Amazonas que
descarrega, no Atlântico, um volume de água correspondente a um quinto de toda a
vazão dos rios de todo o Planeta.
Disponível em: <http://www.ograndeamazonas.com.br/a-foz-do-rio-amazonas/ > Acesso em: 20 ago. 2013.
Na foz do rio, os ventos alísios, a corrente norte brasileira e as grandes mares oceânicas geram o fenômeno
conhecido como
a) piracema.
b) pororoca.
c) estuário.
d) delta.
02. (UCPEL) Entende-se como bacia hidrográfica o conjunto de terras drenadas pelas águas de um rio
principal e seus afluentes. Embora o Brasil apresente problemas de escassez de água no Nordeste, reúne as
maiores bacias hidrográficas do planeta.
Analise a seguinte afirmativa. A maior bacia hidrográfica do mundo apresenta extenso percurso navegável e
drena áreas do Brasil e de outros países sul-americanos, apresentando, também, um grande potencial hidrelé-
trico ainda muito fracamente aproveitado.
O texto da afirmativa se refere à Bacia
a) Platina.
b) do Tocantins-Araguaia.
c) Amazônica.
d) do São Francisco.
e) do Orinoco.
228
Geografia
04. (ESPM) Na bacia hidrográfica, indicada no mapa abaixo, está sendo construída aquela que será a segun-
da maior usina hidrelétrica do país e uma das maiores do mundo, tendo gerado forte debate nacional.
(http://educacao.uol.com.br/geografia/bacia-amazonica.jhtm. (Acesso: 13/10/11)
A usina será construída:
a) No alto curso do rio principal da bacia.
b) Junto à foz do principal rio da bacia.
c) Em um afluente da margem direita do principal rio da bacia.
d) À montante do mais extenso rio da margem esquerda da bacia.
e) À jusante do mais importante rio da margem esquerda da bacia.
1-B
2-C
3-A
4-C
229
Geografia
Mapa do Amazonas mostrando seus municípios agrupados em microrregiões, que por sua vez estão agrupa-
das em mesorregiões.
Esta é a lista de mesorregiões e microrregiões do Amazonas, estado brasileiro da Região Norte do país. O
estado do Amazonas foi divido geograficamente pelo IBGE em quatro mesorregiões, que por sua vez abran-
giam 13 microrregiões, segundo o quadro vigente entre 1989 e 2017.
Em 2017, o IBGE extinguiu as mesorregiões e microrregiões, criando um novo quadro regional brasileiro,
com novas divisões geográficas denominadas, respectivamente, regiões geográficas intermediárias e imedia-
tas.[3]
Índice
Mesorregiões do Amazonas
Número
Mesorre- Códi- de Microrre- Códi-
Localização
gião[1][2] go municí- giões go
pios
Barcellos 001
Norte Amazo-
01 6
nense Japurá 002
Sudoeste Ama-
02 16
zonense Juruá 004
Tefé 005
Coari 006
Manaus 007
Centro Amazo-
03 30 Rio Preto da
nense 008
Eva
Itacoatiara 009
Parintins 010
Boca do Acre 011
Purus 012
Sul Amazonen-
03 10
se
Madeira 013
230
Geografia
Microrregião[1] Códi-
Localização Municípios
[2]
go
Barcelos
Novo Airão
Barcelos 001 Santa Isabel do Rio Negro
Japurá
Japurá 002
Maraã
Anamã
Anori
Beruri
Coari 006
Caapiranga
Coari
Codajás
Autazes
Careiro
Careiro da Várzea
Manaus 007 Iranduba
Manacapuru
Manaquiri
Manaus
Presidente Figueiredo
231
Geografia
Microrregião[1] Códi-
Localização Municípios
[2]
go
Itacoatiara
Itapiranga
Itacoatiara 009 Nova Olinda do Norte
Silves
Urucurituba
Barreirinha
Boa Vista do Ramos
Maués
Parintins 010 Nhamundá
Parintins
São Sebastião do Uatumã
Urucará
Mesorregião do Sul Amazonense
Microrregião[1] Códi- Municí-
Localização
[2]
go pios
Boca do Acre
Canutama
Lábrea
Purus 012
Tapauá
Apuí
Borba
Madeira 013 Humaitá
Manicoré
Novo Aripuanã
O desenvolvimento da Amazônia não começou com a chegada dos primeiros europeus que passaram pela
região. Esses aventureiros apenas deram notícias deste universo para o restante do mundo: descreveram as
maravilhas de nossas riquezas florestais e minerais; falaram dos seres mitológicos que povoavam as lendas
locais.
Foi assim que o colonizador conheceu a seiva da seringueira já usada pelos índios e por alguns aventureiros
que buscavam minérios e as drogas do sertão. Entretanto o látex só era usada artesanalmente. Ocorreu que
no final do século XIX o látex ganhou um novo destino: a indústria automobilística. Assim nasceu a indús-
tria da borracha que necessitava de materiaprima e mão de obra para explorar os seringais.
Para isso o governo federal criou alguns programas com a finalidade de atrair trabalhadores dispostos a do-
mar o oceano de vegetação equatorial, superar as adversidades e insetos a fim de localizar as seringueiras e
232
Geografia
sangrá-las para que vertessem o sangue lácteo.
Os nordestinos, vítimas da seca e da fome, foram os primeiros convidados para essa aventura – na realidade
muitos foram obrigados a migrar, forçados pela força policial, como no caso de famílias em que o homem
era arrastado para o norte e a mulher para o sul. Vieram aos milhares no tempo da grande seca de 1877-1879,
mobilizados mais pelas necessidades de sobrevivência do que pela expectativa da industria.
A partir desse primeiro “ciclo da borracha” se deu a ocupação da região do atual estado do Acre, originado
o conflito que ficou conhecido como a “questão acreana” a qual foi solucionada com o Brasil comprando o
território e hoje estado do Acre dando inicio à epopéia da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Por conta da biopeirataria – praticada desde há muito tempo, ao redor do mundo – milhares de seringueiras
foram transplantadas na Malásia. Logo em seguida a borracha nacional perdeu espaço para a produção do
Oriente. Nossos preços despencarem, deixando de ser competitivos frente à produção malasiana.
Em 1942 estoura a II Guerra Mundial e a seiva elástica do oriente torna-se inviável para a indústria nor-
teamericana. Novamente os trabalhadores brasileiros foram mobilizados: eram os “soldados da borracha”,
atraídos aos milhares para as brenhas amazônicas; era o segundo ciclo da borracha (que também entrou em
declínio, pouco depois do fim da guerra). Mas era também a necessidade de convencer os trabalhadores a se
dirigirem para a Amazônia localizar, sangrar e coletar o látex.
O convencimento dos trabalhadores ocorreu por meio de propaganda enganosa, pois a Amazônia era descrita
como paraíso e a coleta da seiva elástica apresentada como trabalho fácil. Não se mencionava as dificuldades
naturais e o isolamento da região.
O fato é que a propaganda falando em “árvores de dinheiro” atraiu milhares de trabalhadores. Novamente
o governo federal enganou os trabalhadores, falando de facilidades onde existiam enormes dificuldades e
doenças. Na realidade os “soldados da borracha” nunca tiveram condições de fazer seu trabalho nem foram
assistidos em sua “guerra”. Com o fim da guerra a demanda pela goma elástica diminuiu, pois o oriente vol-
tou a ser atrativo. Com isso cessou a corrente migratória e os soldados da borracha, já abandonados, perma-
neceram entregues à própria sorte.
A nova corrente migratória só começou na década de 1960: abertura de vias de acesso (BR 364) incentivo
à mineração e distribuição de terras na região de Rondônia. Esse processo deu inicio à atual fase da história
amazônica. Ela produziu o atual fluxo de desenvolvimento regional. Desse fluxo migratório e de uma nova
fase de propaganda (novamente enganosa) sobre a Amazônia, foi que nos anos 1970-80 se intensificou a
ocupação de Rondônia, um território (depois estado) inventado para ser depósito de gente excluída do sul-
-sudeste e destinada ao norte onde deveriam “amansar” a selvageria da selva...
233
Geografia
Publicado por TAXCEL em julho 6, 2020 | Atualizado em março 10, 2021
1. Introdução
A Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma área de livre comércio, de importação e exportação e de incentivos
fiscais, criada com o fito de estimular o desenvolvimento econômico no interior da Amazônia, mediante a
criação de um centro industrial, comercial e agropecuário.
A Zona Franca de Manaus foi criada em 1957, pela Lei nº 3.173/1957. Em 1967, o Governo Federal promo-
veu uma remodelação das normas relativas à Zona Franca de Manaus, por meio do Decreto-Lei nº 288/1967.
Com o advento da Constituição Federal de 1988, houve a manutenção da ZFM, com suas características de
área de livre comércio, de exportação e importação e de incentivos fiscais. O prazo previsto foi de vinte e
cinco anos a partir da promulgação da Constituição, ou seja, 2013. Posteriormente, o prazo foi prorrogado
por dez anos, pelo art. 92 do ADCT, ou seja, até 2023. Por fim, o prazo foi novamente prorrogado, dessa
vez pelo art. 92-A do ADCT, dessa vez por mais cinquenta anos, resultando na existência da Zona Franca de
Manaus ao menos até 2073.
Feitas essas considerações iniciais, passaremos a analisar os benefícios fiscais previstos para a ZFM.
2. Benefícios Fiscais do IPI
O art. 81 do Regulamento do IPI (RIPI) prevê a isenção do imposto sobre:
· Produtos industrializados na ZFM, destinados ao consumo interno;
· Produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, por estabelecimento com projeto aprovado
pelo Conselho de Administração da SUFRAMA, que não industrializados na modalidade de acondi-
cionamento ou reacondicionamento, destinados à comercialização em qualquer ponto do território; e
· Os produtos nacionais entrados na ZFM, para seu consumo interno, utilização ou industrialização.
O art. 82, por sua vez, prevê a isenção do IPI para bens do setor de informática industrializados na ZFM,
desde que atendidos os requisitos acima, nos itens “i” e “ii”, e mais os seguintes:
· Investimento, anual, em atividade de pesquisa, de, no mínimo, 5% sobre o faturamento, nos termos
disciplinados pela Resolução SUFRAMA nº 71/2016;
· Isenção somente aplicável aos bens de informativa relacionados pelo Poder Executivo e produzidos
conforme Processo Produtivo Básico (PPB), estabelecido em Portaria Conjunta dos Ministros do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência e Tecnologia;
· Consideram-se bens de informativa, por exemplo, os componentes eletrônicos a semicondutor, op-
toeletrônicos, bem como respectivos insumos de natureza eletrônica (inciso I do § 3º), e os demais
previstos no § 3º.
Nos termos do art. 82 do RIPI, as remessas realizadas para a ZFM são feitas com suspensão do IPI. Essa
suspensão é convertida na isenção mencionada acima, quando da efetiva entrada na ZFM.
Da mesma forma, a saúda de produtos da ZFM conta com suspensão nos seguintes casos:
234
Geografia
· Produtos nacionais enviados à ZFM, especificamente para exportação; e
· Produtos que, antes da remessa à ZFM, são enviados pelo fabricante a outro estabelecimento, para
industrialização adicional, por conta e ordem do destinatário.
Nos casos em que os requisitos da suspensão não são atendidos, o imposto é considerado devido de imedia-
to.
Em relação às importações, também há suspensão do IPI no desembaraço aduaneiro, a ser convertida em
isenção quando os produtos são consumidos ou utilizados em industrialização na ZFM. Também é garanti-
da a possibilidade de as mercadorias importadas serem destinadas à exportação, aplicando-se à isenção na
entrada.
Os produtos importados por meio da ZFM e destinados a outros pontos do território nacional se sujeitam ao
imposto exigível na importação, salvo exceções previstas nos incisos do art. 87 do RIPI.
Outro ponto relevante a ser destacado é que a remessa de produtos de origem nacional para a ZFM é promo-
vida com suspensão de IPI, convertida em isenção quando da entrada da mercadoria na ZFM. Em relação
aos produtos importados e remetidos à ZFM, a suspensão (e posterior isenção) não se aplica. No entanto, a
Receita Federal tem exarado entendimentos no sentido de que os produtos estrangeiros importados de países
do Mercosul e do GATT devem ser equiparados aos nacionais para esses fins, considerando a garantia da
igualdade no tratamento.
Ainda, é permitido aos contribuintes na ZFM a manutenção do crédito escritural de IPI sobre as entradas de
insumos isentos. A questão gerou amplos debates ao longo dos anos, mas restou definida pelo STF no julga-
mento do RE nº 592.891.
Em relação à emissão de Nota Fiscal, é válido mencionar que a legislação prevê diversos requisitos adicio-
nais aos já constantes da legislação estadual. No caso de remessa para a ZFM, é necessário o preenchimento
do campo “informações complementares” e do quadro “dados adicionais” da seguinte forma:
· Número da inscrição do destinatário na SUFRAMA e código de identificação da repartição fiscal
estadual competente;
· Expressão “Isenção do IPI”, com o dispositivo legal aplicável;
· Expressão “saído com suspensão do IPI”, nos casos aplicáveis, com o dispositivo legal citado;
· Expressão “Produzido na Zona Franca de Manaus”, para os produtos industrializados na ZFM e des-
tinados a consumo interno ou comercialização em qualquer ponto do território nacional;
· Expressão “Zona Franca de Manaus – Exportação para o Exterior”, quando aplicável;
· Natureza da operação: “Venda – Zona Franca de Manaus”;
· CFOP: 5.109 (operação interna) ou 6.109 (operação interestadual); e
· Código de situação tributária: 040 (mercadoria nacional isenta do ICMS).
2. Benefícios Fiscais do PIS e da COFINS
A legislação em vigor ainda prevê benefícios relacionados às contribuições ao PIS e à COFINS.
Nesse sentido, a pessoa jurídica industrial, sujeita ao lucro real, no caso de venda de produção próprio, con-
forme projeto aprovado pela SUFRAMA, se sujeita às seguintes alíquotas:
· 0,65% de PIS e 3% de COFINS nas saídas para PJ situada na ZFM ou em Área de Livre Comércio
(ACL), ou fora da ZFM ou de ACL e que apure as contribuições pelo regime não cumulativo;
· 1,3% de PIS e 6% de COFINS nas vendas efetuadas a PJ fora da ZFM e ACL que apure o imposto
de renda pelo lucro presumido, ou que apure pelo lucro real mas tenha suas receitas, total ou parcial-
mente, excluídas do regime de não cumulatividade, ou seja optante do simples nacional, e, ainda, ara
órgãos das administração federal, estadual, distrital ou municipal; e
· 1,65% de PIS e 7,6% de COFINS, para vendas a pessoas físicas.
A pessoa jurídica adquirente deverá fornecer à vendedora declaração de qual condição é aplicável, a fim de
que seja verificada a alíquota correta.
235
Geografia
As receitas decorrentes da comercialização de matérias primas, produtos intermediários e embalagens, pro-
duzidos na ZFM, para emprego em processo industrial por estabelecimentos ali situados e em conformidade
com projetos aprovados pela SUFRAMA, são sujeitas à alíquota zero das contribuições.
Também, as vendas destinadas à ZFM, de mercadorias para consumo ou industrialização na ZFM, se sujei-
tam à alíquota zero das contribuições.
Em relação às Notas Fiscais, é necessário que conste a expressão “venda de mercadoria efetuada com alí-
quota zero da Contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins”, com indicação do dispositivo legal aplicável.
No que se refere aos créditos das contribuições, a legislação em vigor prevê que as pessoas jurídicas situadas
na ZFM, de acordo com projeto aprovado pela SUFRAMA, podem descontar créditos às alíquotas de 1% de
PIS e 4,6% de COFINS. Aplica-se a regra geral de vedação a crédito em aquisições não sujeitas às contribui-
ções.
3. Benefícios Fiscais de Imposto de Importação
O art. 3º do Decreto-Lei nº 288/1967 prevê a isenção do imposto de importação de produtos entrados na
ZFM para consumo interno, industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, e destinadas a
estocagem para exportação.
Em caso de mercadorias estrangeiras estocadas na ZFM, quando da saída para comercialização em qualquer
ponto do território, o imposto de importação é considerado devido. Nos termos do art. 7º, o imposto é devido
em caso de produtos industrializados na ZFM sobre matérias primas, produtos intermediários, materiais
secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de origem estrangeira. O cálculo do imposto,
nesse caso, se dá pelo coeficiente de redução de alíquota (CRA).
O CRA é calculado por fórmula que contém, como dividendo, a soma do valor das matérias primas, produ-
tos intermediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e insumos de produção nacional e
mão de obra no processo produtivo; e como divisor, a soma dos valores de matérias primas, produtos inter-
mediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de produção nacional e de
origem estrangeira, e da mão de obra empregada no processo produtivo.
Há, ainda, a previsão de redução fixa, de 88%, para os produtos industrializados na ZFM, conforme projetos
aprovados pelo Conselho de Administração da SUFRAMA, exceto bens de informativa e veículos automó-
veis, tratores e outros veículos terrestres, estes sujeitos ao cálculo do CRA.
Desmatamento na Amazônia
O desmatamento na Amazônia é um dos problemas ambientais mais graves do Brasil e que afeta diretamente
esse bioma.
Desde 2012 ele tem voltado a aumentar e as principais causas estão relacionadas com o aumento das frontei-
ras agropastoris, a falta de políticas públicas ambientais mais eficazes e de fiscalização do local.
As principais causas do desmatamento na Amazônia
Dentre os principais motivos do desmatamento na Amazônia, destacam-se:
Queimadas ou os incêndios florestais: os incêndios que acontecem na região são fruto de ações humanas.
O principal intuito é ampliar o espaço para plantação ou criação de animais.
Atividade das madeireiras: muitas empresas que utilizam madeira para diversos fins, exploram de maneira
ilegal o ambiente. Dessa maneira, diversas árvores são cortadas e os responsáveis não são punidos.
Atividade pecuária: a expansão das atividades voltadas para a criação de animais é um dos principais
motivos do desmatamento na Amazônia. Dessa maneira, muitas empresas desmatam o local para expandir o
negócio.
236
Geografia
Uma das razões para o desmatamento na Amazônia é a ampliação das fronteiras agropastoris. Fonte: Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)
Especulação fundiária (grilagem): gerada pela falta de fiscalização, o estímulo da grilagem na Amazônia
tem sido um dos problemas associados à invasão de terras públicas.
Impunidade de crimes ambientais: o desmatamento ilegal realizado por diversas empresas tem colaborado
com a devastação da floresta amazônica. Muitos crimes ambientais seguem sem punição por falta de uma
legislação mais perene e fiscalização local.
Retrocessos políticos: alguns exemplos notórios de retrocessos são: a criação do novo código florestal
(2012) e a redução das Unidades de Conservação. Além disso, destaca-se a diminuição de pessoal especiali-
zado em entidades ambientais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Reno-
váveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Retomada de grandes obras: a construção de obras na região realizada sem planejamento para diminuir
os impactos do aumento de pessoas é um dos grandes problemas a ser observado. Como exemplo, podemos
citar a construção da hidrelétrica de Belo Monte, inaugurada em 2011.
Leia também o texto: O que são Unidades de Conservação?
Quais são as consequências do desmatamento na Amazônia?
Vale lembrar que o desmatamento da Amazônia tem gerado inúmeras consequências nocivas para o meio
ambiente e para a população brasileira, tais como:
· alteração do funcionamento dos ecossistemas;
· alterações climáticas do mundo e do clima regional;
· prejuízos econômicos e sociais para o ambiente;
· impacto na fertilidade do solo e nos ciclos hidrológicos;
· aumento dos gases que colaboram com o efeito estufa;
· crescimento das taxas de nascimentos prematuros;
· aumento de mortes e doenças respiratórias nas pessoas e nos animais.
Alguns dados atuais sobre o desmatamento da Amazônia
Segundo dados do projeto de monitoramento da floresta amazônica por satélite (PRODES) e do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os anos de 1995 e 2004 foram os mais preocupantes em relação ao
237
Geografia
desmatamento da Amazônia.
De 2004 a 2012, a taxa de desmatamento foi diminuindo e chegou a baixar cerca de 80% nesse período. No
entanto, em 2012 o problema voltou a ser uma triste realidade.
Segundo estudos de diversas entidades ambientais (Greenpeace, Imaflora, Imazon, Instituto Centro de Vida,
Instituto Socioambiental, IPAM, The Nature Conservancy, WWF) realizados em 2017, as principais causas
desse aumento foram:
· Impunidade de crimes ambientais;
· Retrocessos de políticas ambientais;
· Falhas nos acordos da pecuária;
· O lucro decorrente de grilar terras públicas;
· Grandes obras aceleram as ameaças.
Observe abaixo o gráfico que mostra mais detalhadamente o desmatamento na Amazônia entre os anos de
2012 e 2017:
238
Geografia
Fonte: Desmatamento zero na Amazônia: como e por que chegar lá. Acesso em 23 de julho de 2020: https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/desmatamento_zero_como_e_por_
que_chegar_lafinal.pdf
239
Geografia
Do contrário, a destruição da Amazônia continuará trazendo consequências irreversíveis para o meio am-
biente e a vida da população que habita a região como os indígenas, os quilombolas e os ribeirinhos.
Para ampliar mais ainda seus conhecimentos sobre o tema, confira o vídeo do Greenpeace Brasil sobre a
Amazônia e o Desmatamento zero:
Atividades
Área do conhecimento: Aspectos socioeconômicos da Amazônia.
Até por volta de 1970, a Amazônia brasileira era uma imensa região natural, onde predominavam baixíssi-
mas densidades demográficas e na qual a atividade econômica mais importante era o extrativismo vegetal.
Sobre o processo de ocupação e integração dessa região a partir dos anos de 1970, é correto afirmar que
A) esse processo se acelerou com a abertura de novas rodovias, como a Transamazônica, Perimetral Norte,
BR-364, além de outras e também pela concessão de incentivos fiscais e parcerias a inúmeros empreendi-
mentos industriais e de mineração.
B) a construção de várias hidrelétricas na Amazônia nesse período garantiu o suprimento de energia elétrica
para a população local, a industrialização de pequenas e médias cidades e também contribuiu para maior
oferta de salários e empregos devido à baixa tecnologia dessas indústrias.
C) a abertura de estradas, como a Belém-Brasília, foi de suma importância para esse processo, pois contri-
buiu para a implantação e exploração da serra de Carajás, a fim de escoar os minerais aí explorados para o
mercado internacional.
D) o processo de povoamento e exploração econômica na Amazônia nesse período foi responsável pelo cres-
cimento do IDH na maioria de seus estados com a diminuição da mortalidade infantil, o aumento da expec-
tativa de vida e o crescimento da renda per capita.
240
Geografia
02. FADESP - 2019 Geografia Amazônia Prefeitura de Marabá – PA
Professor – História
Durante a época áurea da borracha na Amazônia, as chamadas dívidas dos seringueiros eram o principal
pesadelo. Elas ocorriam normalmente porque a borracha extraída quase nunca era suficiente para pagar as
dívidas que o seringueiro fazia cotidianamente. Este sistema de endividamento era conhecido como
A) aviamento, e era feito no barracão de aviamento, onde os seringueiros pegavam os instrumentos que ne-
cessitavam para a extração da borracha, a comida e os utensílios pessoais, endividando-se nesta negociação
a ser paga depois da coleta do látex.
B) servidão por dívida, e era feita nos barcos com a figura dos atravessadores – chamados então de aviadores
– que pagavam todas as despesas iniciais dos seringueiros, que se endividavam muito.
C) endividamento do barracão, e era feito por capatazes que vendiam produtos aos seringueiros a mando dos
seringalistas, atravessadores que cobravam preços muito elevados.
D) dívida bancária, que era feita pelas agências de aviamento de grandes cidades, como Belém ou Manaus,
que emprestavam dinheiro aos seringueiros, que, por sua vez, se endividavam muito.
A Amazônia Legal, estabelecida no artigo 2 da lei nº 5.173, de outubro de 1966, representa 59% do territó-
rio brasileiro, distribuído por 775 municípios, onde viviam em 2000, segundo o Censo Demográfico, 20,3
milhões de pessoas (12,32% da população nacional), sendo que 68,9% desse contingente em zona urbana.
Assinale a alternativa que apresenta um estado que não faz parte da Amazônia Legal:
241
Geografia
A) Mato Grosso do Sul
B) Acre
C) Amazonas
D) Tocantins
E) Amapá
06. (UENP) De acordo com os fluxos migratórios no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) Os fluxos migratórios do Nordeste para os grandes centros urbanos do Sudeste, sobretudo em direção ao
estado de São Paulo, ocorreram a partir da década de 1970.
b) Os fluxos migratórios do Nordeste para a Amazônia, em direção a novas áreas agrícolas e garimpos, ocor-
reram a partir da década de 1980.
c) Os fluxos migratórios do Nordeste e sudeste para a região Centro Oeste ocorreram entre o final da década
de 1970 e a de 1980, principalmente em razão da construção de Brasília.
d) Os fluxos migratórios dos estados do Sul, além de São Paulo e de Minas Gerais, para as regiões Centro
Oeste e Norte, ocorreram especialmente a partir da década de 1960/70, graças à expansão das áreas de fron-
teira agrícola na região Centro Oeste e na Amazônia.
e) O fluxo contínuo e constante de nordestinos para o Sudeste e para a Amazônia ocorreu a partir da segunda
metade do século XIX.
242
Geografia
In: GONÇALVES, Adelaide e COSTA, Pedro E. B. (orgs.). Mais borracha para a vitória. Brasília: Ideal
Gráfica, 2008.
No governo Vargas, foi criado o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia −
S.E.M.T.A., uma medida direcionada para a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Com base no cartaz, as ações programadas por esse serviço tiveram como principal objetivo:
Alternativas
A) ocupação militar relacionada à redefinição das fronteiras nacionais
B) proteção dos trabalhadores rurais em resposta à depressão econômica
C) estímulo à migração para exploração de recursos naturais estratégicos
D) demarcação de reservas florestais associada à política de defesa ambiental
GABARITO:
1-A 6-D
2-A 7-C
3-C
4-C
5-A
243
Geografia
Atividades parte 2
01.
GeografiaAmazônia
Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: CESPE - 2008 - Instituto Rio
Branco - Diplomata - 1ª Etapa ÁGUA
Texto associado
Certo
Errado
02.
GeografiaAmazônia
Ano: 2009 Banca: FUNCAB Órgão: PC-RO Prova: FUNCAB - 2009 - PC-RO - Delegado de Polícia - r
Nos últimos anos, grupos de ambientalistas de todo o mundo estão de olhos abertos sobre a preservação da
Floresta Amazônica. Desde que começaram os grandes investimentos na região, cerca de 13% da floresta
deixou de existir. O problema não está só na retirada da mata, mas também no solo, que é alimentado pela
ampla deposição de matéria orgânica, advinda da queda de folhas mortas, galhos, flores e frutos.Tal fato só
faz com que o solo da floresta...:
Alternativas
A
fruto da deposição dos rios, passe a ter grande fertilidade em todo território.
B
originário da decomposição de rochas basálticas, se torne apto para o cultivo.
C
de origem fluvial-marinha, sofra o processo de laterização e fique impróprio para o cultivo.
D
fruto da decomposição de rochas magmáticas, adquira grande fertilidade.
E
de origem fluvial, possua, nas várzeas, solos mais férteis.
244
Geografia
03.
GeografiaAmazônia
Ano: 2009 Banca: FUNCAB Órgão: PC-RO Prova: FUNCAB - 2009 - PC-RO - Delegado de Polícia - r
Há mais de um século, subordinados a relações quase servis de trabalho, reproduzindo as mesmas relações
de geração em geração – num mesmo espaço da floresta extraindo látex, colhendo castanha-do-pará, sem ter
precisado para isso mais do que pequenas clareiras na mata – os habitantes da floresta lutam pela concretiza-
ção das reservas extrativas que representam:
Alternativas
A
a volta do sistema de “aviamento” onde o empresário capitalista responsabiliza-se pelo escoamento da pro-
dução.
B
experiências de colonização com a introdução de programas tecnológicos, econômicos e sociais para promo-
verem a elevação do nível da vida da população local.
C
a transformação das áreas ocupadas em espaços agrícolas e pecuários rentáveis e modernos.
D
uma subdivisão da área florestal em lotes individuais de acordo com os módulos rurais regionais.
E
uma proposta de exploração racional para a preservação da floresta e que garanta a elevação do nível de vida
da população local.
04.
GeografiaAmazônia
Ano: 2010 Banca: CESGRANRIO Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: CESGRANRIO - 2010 -
Prefeitura de Salvador - BA - Professor - Geografia
Texto associado
A autora considera que, no caso da Amazônia, é fora de dúvida que as organizações da sociedade civil e as
experiências alternativas têm influído decisivamente na mudança de rumo da política governamental para
a região. Nessa perspectiva, a reestruturação contemporânea não decorre apenas das estratégias globais do
capital, mas, de forma mais efetiva, da ação de
Alternativas
A
capital privado nacional, envolvendo empresas rurais.
B
múltiplos atores, envolvendo as sociedades territorialmente localizadas.
C
245
Geografia
poder público, envolvendo a escala geográfica do estado do Amazonas.
D
Organizações Não Governamentais, envolvendo estratégias de liberação de recursos.
E
ordem econômica de toda a região Norte e Nordeste, envolvendo investimentos de prefeitos e governadores.
Durante o ciclo de produção da borracha na região amazônica, centenas de milhares de nordestinos transferi-
ram-se para aquela região, em grande medida, em consequência de anos de grande seca no Nordeste.
Alternativas
Certo
Errado
05.
GeografiaAmazônia
Ano: 2011 Banca: TJ-SC Órgão: TJ-SC Prova: TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar - Se-
cretaria
“ No cinturão de máxima diversidade biológica do planeta – que tornou possível o advento do homem- a
Amazônia se destaca pela extraordinária continuidade de suas florestas, pela ordem de grandeza de sua prin-
cipal rede hidrográfica e pelas sutis variações de seus ecossistemas, em nível regional e de altitude.”
Ab’Saber, Aziz- Os Domínios de Natuza do Brasil: Potencialidades Paisagísticas. São Paulo: Ateliê Edito-
rial, 2003, p. 65.
Sobre a Amazônia , suas características e aspectos fisionômicos, todas as alternativas estão corretas, EXCE-
TO:
Alternativas
A
A Amazônia é caracterizada pela predominância de terras baixas florestadas,delimitadas pelas bordas dos
planaltos ao norte e ao sul..
B
A região é caracterizada pelo predomínio do clima equatorial que apresenta médias térmicas elevadas e pe-
quena amplitude térmica anual.Os índices pluviométricos são elevados, superiores a 2 000mm. anuais.
C
O processo de degradação e devastação da região Amazônica pode-se facilmente ser observado pelas ima-
gens de satélite, o “arco do desmatamento,” que avança de Rondônia e Mato Grosso para o sul e sudeste do
Pará.
D
Os fatores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia são: o avanço das fronteiras agrícolas, com a soja,
a exploração madeireira, a criação de gado, com a queimada das vegetação para a instalação das pastagens e
os grandes projetos mineralógicos da região.
E
A Amazônia apresenta a maior diversidade biológica do planeta e isto está diretamente relacionada com a
grande variação latitudinal da região.
246
Geografia
06.
GeografiaAmazônia
Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: CESPE - 2012 - Instituto Rio
Branco - Diplomata - 1ª Etapa
Texto associado
A partir das informações apresentadas no texto acima, julgue (C ou E) os itens seguintes.
A implantação, na região amazônica, de atividades industriais e agrárias exploradas por empresas públicas e
privadas exemplifica o processo de desenvolvimento descrito no texto.
Alternativas
Certo
Errado
07.
GeografiaAmazônia
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Ciclo Regu-
lar
Assinale:
Alternativas
A
se apenas a afirmativa I estiver correta.
B
se apenas a afirmativa II estiver correta.
C
se apenas a afirmativa III estiver correta.
247
Geografia
D
se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
E
se todas as afirmativas estiverem corretas.
08.
GeografiaAmazônia
Ano: 2010 Banca: IFC Órgão: IFC-SC Prova: IFC - 2010 - IFC-SC - Professor - Geografia
“Ecologistas do mundo inteiro há décadas denunciam as ameaças crônicas que rondam a Amazônia [...] Dos
5,1 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia Legal, cerca de 80% ainda não conhecem o ímpeto das
queimadas e motosserras. Habitam esse gigantesco universo verde milhões de espécies de animais e plantas,
a grande maioria ainda não catalogada pela ciência.
09.
GeografiaAmazônia
10.
GeografiaAmazônia
Ano: 2016 Banca: CESGRANRIO Órgão: IBGE Prova: CESGRANRIO - 2016 - IBGE - Agente de Pes-
quisas e Mapeamento
248
Geografia
A partir da década de 1980, o cultivo da soja passa a ocupar predominantemente terras da seguinte porção do
território:
Alternativas
A
Planalto das Guianas
B
Borda da Amazônia
C
Interior do Nordeste
D
Campanha Gaúcha
E
Chapada Diamantina
GABARITO:
1- ERRADO 6- CERTO
2-E 7-C
3-E 8-E
4-B 9-B
5-E 10-B
249
INFORMÁTICA
Informática
Vamos começar observando atentamente a Pirâmide do Conhecimento representada na figura logo
abaixo. Nesta figura podemos observar quatro divisões bastante significativas (Dados, Informação
Conhecimento e Sabedoria).
Existe outra divisão à esquerda que logo a seguir, entenderemos porque DADOS eINFORMA-
ÇÃO são considerados de forma MAIS ESTRUTURADO (+ estruturado), e poroutro lado, CO-
NHECIMENTO e SABEDORIA serem considerados MENOS ESTRUTURADOS (- estruturado).
Na Unidade a seguir, estaremos também explorando mais detalhadamente, o lado direito da figura, os
termos BANCO de DADOS, DATAWAREHOUSE, DATAMINING, e ONTOLOGIAS.
Mas, o mais importante agora, é você entender as diferenciações existentes entre DADOS,INFOR-
MAÇÃO, CONHECIMENTO e SABEDORIA.
DADOS
Para explicarmos mais adequadamente esses conceitos tão abstratos, vamos fazer uma analogia com
algo bem concreto. Você muito provavelmente conhece, desde a infância, um dado de jogo. Mas, que
nunca teve a oportunidade de explorar mais profundamente (espero que não!), pois iremos detalhar e
relacioná-lo com a Pirâmide do Conhecimento.
Se você, na figura abaixo, estivesse identificando exatamente um desses DADOS tão comuns em
jogos, você conseguiria encontrar algum? Ou existe alguma coisa esquisita?!?
251
Informática
Vamos dificultar um pouquinho mais ... Se um MARCIANO, vindo de outro planeta, te questionasse:
“Mas o que é um DADO? Dado é físico, lógico, ou virtual? Vocês terráqueos são estranhos mesmo!!
Usam a mesma palavra com vários sentidos!!!” Como você responderia??!!!??
Portanto, de uma forma bem “bruta”, já temos uma definição de DADO para responder aonosso
MARCIANO. Conseguimos identificar que DADO é um objeto CÚBICO, podendo serde vários
tipos de materiais tais como: madeira, osso, marfim, etc. E que, basicamente, emcada face do
CUBO, possui pontinhos com uma quantidade distinta de 1 até 6. LEGAL!!Chegamos, portanto,
finalmente a base da nossa especial Pirâmide: os DADOS de um “DADO” ...
INFORMAÇÃO
Alguma vez na vida você se questionou qual foi o critério de se colocar os “pontinhos” em umDADO?!?
Ou será que não existe nenhum critério??? Os pontinhos são colocados de qualquer jeito, somente to-
mando o cuidado de não se repetirem?? Será que é isso, ou será outra coisa?
Vamos então responder a esse grande mistério!! (rs,rs,rs) O critério que foi adotado internacionalmen-
te, é de que a soma dos pontinhos em cada face oposta do CUBO, deva serSETE. Ou seja, se de um
lado temos três pontinhos, do outro lado teremos automaticamente o número quatro. Se de um lado
temos o número seis, do outro lado, com certeza, será oum, e assim por diante ...
OBSERVAÇÃO: Diz-se que isso foi feito para “balancear” o dado fisicamente, pois cada pontinho é
retirado uma pequena parte física de material, o que poderia viciar o dado em alguns números.
Repare que agora NÃO temos mais dados tão “brutos”, temos um dado processado ainda de forma
primária, mas com maior riqueza de informação. Repare que não conseguiríamos obter essa in-
formação, simplesmente consultando um dicionário. Talvez, sim, pesquisando em uma enciclopédia
252
Informática
(aonde poderíamos fazer isso?). Pronto, agora você tem mais INFORMAÇÃO de um DADO!! Esta-
mos no segundo nível da Pirâmide ...
Continuando com os nossos “DADOS”, vamos ver agora como eles podem
nosajudar a explorar o conceito de CONHECIMENTO.
Na figura ao lado representamos dois dados. Se jogarmos esses dois dados simultaneamente, somando
os pontinhos, eles nos darão trinta e seis (36) possíveis resultados (1+1,1+2, 1+3, ... ,6+4,6+5,6+6).
Ou seja, o menor resultado seria ao dar umponto em cada dado, e a maior soma seria a resultante de
seis em ambos dados.
E agora, vamos ao ponto que queremos chegar, existirá algum número desses resultados, que me dará
maiores chances de vitória?!? Será que existe um número que saia mais vezes que outros, me dando
maiores possibilidades de ganho? Ou todos eles saem com a mesma incidência?? Repare que o menor
resultado será 2, e o maior 12. Você concorda?
Se você quiser arriscar um palpite, baixe o arquivo em: http://novainter.net/arq/dice.exe (ele étão pequeno
que você pode escolher a opção de ABRIR no download) e a seguir, altere OPTIONS no item “NUMBERS
of DICE” (número de dados) para 2, e dê um OK. Devem aparecer dois dados na tela, e a partir daí é somen-
te clicar em ROLL! Que ele aleatoriamente lhe dará um resultado. Então, já descobriu a resposta?!?
253
Informática
Qual é o número que mais aparece na região amarela? Repare que o número que mais aparece nessa
matriz é o número 7!! Portanto, esse é resultado que permite o maior número de combinações com a
soma de dois dados (1+6, 2+5, 3+4, 4+3, 5+2 e 6+1). Ou seja, do ponto de vista estatístico, na média,
a cada seis jogadas com os dois dados, sairá um 7 (6 possibilidades em 36), e portanto é o número com
maiores chances de sair!!
Logo, devido a elaboração abstrata, matemática e mental, estamos agora no nível doCONHECIMEN-
TO. E acima de tudo, com maiores vantagens de ganho que outra pessoaque não possuía esse CO-
NHECIMENTO. Logo, em termos genéricos, podemos dizer que CONHECIMENTO é DINHEIRO!!
SABEDORIA
Para finalizarmos, vamos apresentar uma MÁGICA. Na foto abaixo, você está vendo uma caixa ci-
líndrica com as tampas ovaladas, e dois dados inseridos na mesma (facilmente encontrada em cada de
mágicas). Quando fechamos a caixa e batemos duas vezes no ar, podemos garantir os resultados de
como estarão esses dados, sem abrir a caixa. Você acredita? Consegue descobrir essa magia?!?
Segredo revelado: Como a caixa é ovalada, quando “batemos” a mesma no ar, os dados não conse-
guem passar pelo centro da mesma. Portanto, giram pelas bordas. Como a cada batida eles giram 90º,
com duas batidas eles ficam exatamente ao contrário da posição que eles estavam. Já matou?!? Como
sabemos que os lados opostos de um dado somam sete, fica muito fácil saber o resultado desses dados
guardando mentalmente os números originaisantes de fecharmos a caixa. Portanto, se antes de fechar
estava um 3 e 5, o resultado final será um 4 e 2. Legal, não é?
Agora imagina se fizéssemos essa mesma mágica numa tribo indígena. Era capaz de eles destronarem
o pajé e nos elegerem ... (rs,rs,rs)
Por isso, que fica tão difícil definir o que é sabedoria. É algo mítico, e até espiritualista. Na bíblia ci-
ta-se que Deus ao perguntar a Salomão o que ele gostaria de receber por suasobras, respondeu
de imediato o queria, e se transformou no homem mais rico da época.
Adivinha o que ele respondeu?
254
Informática
Repare na figura acima que, dependendo do estágio de uma empresa, ela pode estar superior a outra
(Organização A, B ou C), devido a sua maturidade na Pirâmide do Conhecimento.
Quando dizemos que DADOS e INFORMAÇÃO são mais ESTRUTURADOS, estamos querendo
dizer que esses elementos são mais facilmente inseridos nos computadores para nos ajudar a trabalhar,
principalmente, quando precisamos lidar com um grande número de fatores.
Esse é o grande desafio da Gestão do Conhecimento (KM). Pois, administrar dados e informação até
que as máquinas nos ajudam, mas como mensurar e registrar todo o conteúdo de um cérebro humano?
Os fatos que acabamos de considerar também são úteis para entendermos a evolução da Informática.
Enquanto nos primeiros estágios a preocupação era contabilizar dados, a áreade Informática desse
tempo era chamada de CPD – Centro de Processamento ... do quê?
Isso mesmo, de DADOS!!
Finalmente, nas empresas mais avançadas, o foco hoje está na Gestão do Conhecimento (K.M. -
Knowledge Management), que visa transformar efetivamente o capital intelectual dos seus colabora-
dores, em recursos tangíveis e intangíveis, e naturalmente, em lucro.
255
Informática
BANCO de DADOS
Um Banco de Dados basicamente é uma coleção de dados organizados para atender a muitas aplica-
ções, centralizando eficientemente os dados e minimizando dados redundantes (LAUDON & LAU-
DON).
Para definirmos todos os conceitos envolvidos na figura anterior, intitulada “Hierarquia dosDa-
dos”, gostaríamos que você fizesse uma pequena “lição de casa”. Navegue na famosaenciclopé-
dia on-line que, em inglês, já possui mais verbetes do que a própria Enciclopédia Barsa, a já comen-
tada WIKIPÉDIA (http://pt.wikipedia.org). E veja cada um dos termosutilizados na figura.
DATAWAREHOUSE
Muito utilizado em Administração e Marketing para auxiliar e apoiar as tomadas de decisões que de-
pendam de muitas variáveis. Pode-se definir o Datawarehouse como sendo o conjunto de hardware e
software que possibilitam o acesso a dados estratificados e consolidados de forma consistente e rápida,
a fim de evitar buscas redundantes e dispersivas pelos diversos repositórios genéricos existentes na
organização.
256
Informática
Parte do nome em inglês “warehouse” representa armazém ou mesmo depósito, ou seja, emgrosso
modo poderíamos dizer como sendo um conjunto de vários Banco de Dados Corporativos (um arma-
zém de muitos Banco de Dados).
DATAMINING
De nada adianta termos um enorme conjunto de dados, e não conseguirmos extrair nada significativo
deles. Portanto, o Datamining utiliza uma grande variedade de técnicas para descobrir modelos e rela-
ções ocultas em grandes repositórios de dados e, a partir daí, inferir regras para prever comportamento
futuro e orientar a tomada de decisões (Hirji, 2001).
O Datamining funciona como a própria palavra significa: “a mineração de dados”. Normalmente en-
contramos na literatura técnica o par casado DATAWAREHOUSE e DATAMINING, pois, pratica-
mente em todas as aplicações, um depende do outro.
ONTOLOGIAS
As ontologias são, a bem dizer, bases de conhecimento, e não de dados. Através de estruturas especiais
podemos diferenciar de forma semântica palavras semelhantes, mas com significados distintos. Um
bom exemplo seria a palavra REDE. Enquanto para um profissional de computação terá como signi-
ficado a conexão de computadores, para um pescador terá outro sentido. E num outro contexto, por
exemplo, nas férias, poderá até significar uma rede de descanso (bom se lembrar disso agora, não é?).
Para entendermos melhor a grande influência dos Sistemas de Informação no cotidiano empresarial,
vamos analisar com maiores detalhes seus principais eixos (Hardware, Software, Peopleware, Netwa-
re e Banco de Dados) e suas definições a seguir.
HARDWARE
257
Informática
SOFTWARE
PEOPLEWARE
São todos os profissionais que, diretamente ou indiretamente, estão relacionados e utilizamos Siste-
mas de Informação.
NETWARE (REDE)
A figura anterior aborda os vários tipos de rede possíveis de existir num Sistema de Informações:
TI- Descrição
POS
PAN Redes pessoais, para conexão de curtas distâncias.
MAN Redes de dimensões de uma cidade, por exemplo: a USP, com a sua Cidade
Universitária toda conectada.
WAN Redes de longa distância, o melhor exemplo é a própria Internet.
258
Informática
Sem uma Rede, hoje em dia, os computadores transformam-se em “carros sem rodas”. De que adianta
você ter uma BMW na garagem para mostrar para seus amigos, se eles ao pedirem para dar uma “vol-
tinha”, você diz que as rodas ainda estão sendo importadas? rs,rs,rs ...
BANCO de DADOS
Canalizando todos os eixos temos o Banco de Dados. Sem esse importante recurso tecnológico os
outros eixos ficam debilitados. E como já vimos na Unidade anterior, com base nele, podemos
estruturar outras formas de organização de dados numa empresa ou organização.
PESSOAS
PROCESSOS
Podemos definir PROCESSO como a forma pela qual uma empresa cria, trabalha ou transforma in-
sumos para gerar bens ou serviços que serão disponibilizados para seus clientes. Uma forma mais
simples de definir PROCESSO seria “a maneira pela qual se realiza uma operação, seguindo normas
preestabelecidas”. Essa definição é tão importante para o nosso módulo, que a palavra-chave para to-
dos os temas de nossas aulas é justamente PROCESSO.
259
Informática
Veja que na figura acima até mesmo o computador ao processar entradas, e gerar saídas, utiliza a pa-
lavra PROCESSO. O computador PROCESSA as entradas e produz as saídas correspondentes ao que
foi especificado nos programas.
TECNOLOGIA
Pode-se definir, neste contexto, que Tecnologia é todo o ferramental computacional de apoioe supor-
te da área de Informática, com o intuito de atender as necessidades dos Sistemas de Informação.
Praticamente representa os eixos vistos na Unidade anterior, e
maisplanejamento, desenvolvimento de sistemas, suporte de software, processos de produção e
operação, suporte de hardware, etc.
Para entendermos melhor como que, em curto espaço de tempo, a Internet conseguiu alterar a vida
pessoal e profissional de todos (com maior apelo popular a partir da década de 90), vamos conhecê-la
um pouco mais profundamente (veja a figura abaixo). Na nuvem azul da figura abaixo, está represen-
tado o conjunto de roteadores existentes na rede mundial, interligando os países, e temos na periferia
as principais aplicações usuais da Web.
260
Informática
Um roteador, em grosso modo, pode-se definir como, análogo a um guarda de trânsito inteligente, que
direciona os diversos pacotes para as vias de melhor tráfego. Interessante que para interligar fisica-
mente os pontos geográficos do nosso planeta, várias estratégias “malucas” são utilizadas. Utilizam-
-se desde os famosos satélites, até cabos submarinosatravessando os oceanos, e mesmo o recurso
das redes sem fio (wireless).
No início das telecomunicações, a mídia (qualquer meio para conexão) uma vez ocupada,ficava
bloqueada enquanto estava em uso, e nenhum outro usuário conseguia utilizá-la. Como avanço da
tecnologia, evoluiu-se da “comutação de circuitos” para a revolucionária “comutação de pacotes”.
Ou seja, divide-se tudo o que os usuários irão encaminhar empequenos pacotes misturando-os, e
consegue-se assim compartilhar simultaneamente amídia para todos esses usuários.
Portanto, através das três primeiras letras da famosa sigla TCP/IP conseguimos potencializar essas
comunicações. E para identificarmos os computadores e roteadores da rede usamosas duas últimas
letras, o IP. Seria praticamente como se cada equipamento tivesse um “número de telefone” (IP), para
poder ser localizado e identificado pela rede.
Um termo bastante utilizado na Web é o download, ou seja, o processo de “baixar” arquivos, música,
dados da grande rede. Vamos ver agora, o inverso disso: o upload. O upload na verdade ocorre em
todo momento que estamos navegando na Web, no entanto, não percebemos. E é graças ao estudo da
quantidade de uploads que fazemos, é que o SPEEDY, ou mesmo um VIRTUA, somente para citar
dois representantes dessa tecnologia, conseguem dimensionar as tais “bandas (não de ROCK) largas”.
Como fazemos na grande maioria das vezes uploads de pequenas dimensões (ao clicarmos num link,
digitarmos um site para conhecê-lo, pesquisarmos uma palavra-chave num Google, etc.) a banda re-
servada para isso é pequena. Para tanto, encaminhamos para os principais servidores da Internet essa
pequena quantidade de bytes. No entanto, quando baixamos uma página cheia de imagens, texto
261
Informática
e som, “extraindo” uma música conhecida da Web, ou mesmo quando atualizamos os nossos e-mails
com o monte de arquivos em anexo, a banda necessária é muito maior do que os uploads que fazemos.
O termo Web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly, entusiasta do Software Livre, em outubro de 2004,
com a seguinte definição adaptada: “... é a mudança para uma “nova” Internet como plataforma, e o
entendimento das regras para obter o sucesso nesse novo ambiente. Uma das regras mais importantes
é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos da grande rede, tornando-os melhores, e à medida
que mais pessoas os utilizem, aproveita-se da Inteligência Coletiva”.
Com isso vivencia-se, de fato, uma nova geração da informática. Primeiramente, na décadade 60,
os Mainframes, com as suas máquinas de grande porte, atendiam (e ainda atendem) às grandes cor-
porações. Apenas uma empresa com altos recursos financeiros tinha sentidode ter um computador
desse tipo. Com o advento do PC (Personal Computer) a computaçãopassou o poder de proces-
samento para o simples cidadão – um computador para cadapessoa, como era o sonho de Bill
Gates.
Essa evolução foi tão significativa, que permitiu a criação de aplicativos extremamente análogos com
aqueles que rodam em computadores pessoais, sem a necessidade de nenhuma instalação adicional.
Aproveitando dos atuais e disponíveis recursos tecnológicos (popularização da banda larga e desen-
volvimento de linguagens novas), a Web 2.0 está praticamente sendo um verdadeiro Sistema Opera-
cional, como se fosse um Windows. Nessamesma linha de pensamento temos o interessante artigo de
Paul Graham com o forte título “Microsoft is Dead”, apresentando a sua visão quanto ao extraordiná-
rio avanço do Google e os caminhos incertos que a Microsoft tem perseguido.
Damos um destaque adicional para as atuais interfaces gráficas. Enquanto, no antigo DOStínha-
mos uma típica interface 1D, podendo somente navegar na horizontal, avançamos paraas de 2D
(duas dimensões) no Windows. E atualmente, podemos através de um “filhote” da Web 2.0, o famoso
SECOND LIFE (www.secondlifebrasil.com.br) navegar e literalmente voarnuma interface 3D. Num
curto espaço de tempo todos esses recursos farão mudar a nossaforma de explorar a Internet.
262
Informática
Você acredita que já está disponibilizada para as grandes universidades do mundo a INTERNET 2?
Ela se diferencia da Web 2.0, pois enquanto a primeira tem como utilidade a realização de experimen-
tos, principalmente científicos e acadêmicos (com altos índices de tráfego e com novas tecnologias),
a segunda se dedica a potenciar os recursos já existentes da atual rede mundial. Alguns exemplos da
Internet 2 seriam a Telemedicina, aonde animais, e em breve seres humanos, sofrem operações por
especialistas de qualquer lugar do globo terrestre. E algumas experiências especiais de educação futu-
rística (mouses inteligentes com sensores de temperatura, pressão, umidade para dimensionar aulas
mais adequadas, em tempo real, pela Web).
Podemos definir a Internet, de uma forma sintética, como uma rede global de computadoresque se
comunicam através de um grupo de protocolos – principalmente o TCP/IP. Paraadaptar-se às
diversas aplicações do mundo empresarial, a Internet criou dois “filhotes”: a Intranet e a Extranet.
Vamos agora definir essas duas variantes da Internet. Uma Intranet seria a plataforma de rede inde-
pendente, conectando os membros de uma organização, utilizando os protocolos padrões da Internet.
E a Extranet é uma extensão privada de uma empresa, podendo usar a sua Intranet corporativa (ou
não!), permitindo aos seus clientes, parceiros e fornecedoresque acessem seus processos internos,
comunicando-se e realizando negócios.
Muitas vezes ocorrem definições errôneas quanto a esses dois conceitos. Acredita-se que uma Extra-
net seria simplesmente um conjunto de Intranets de uma Instituição. Mas, se olharmos atentamente a
definição de Extranet, podemos observar que ela não está necessariamente vinculada a uma Intranet,
embora possa utilizar-se de tais recursos.
Outro conceito errôneo é imaginar que um funcionário acessando o site interno da empresa, fora de
suas instalações, estará na verdade acessando uma Extranet. O que devemos ter bem claro, em mente,
é que a Intranet é dirigida para o seu público interno (funcionários, diretores, proprietários, etc.) en-
quanto a Extranet tem como objetivo atingir fornecedores, parceiros, clientes, etc. (público externo).
Portanto, a título de ilustrar melhor esses conceitos, vejamos como isso funcionaria acessando um site
de um banco qualquer. Uma pessoa que simplesmente esteja analisando em qual banco irá abrir a sua
conta corrente, estará acessando o site simplesmente comoum usuário geral, ou seja, como qualquer
público, portanto estará entrando na Internet.
Se fosse um funcionário do banco, tendo senhas especiais para acessar conteúdos, quedizem res-
peito somente aos controles internos técnico/administrativos, estará acessando a Intranet da Instituição.
Mesmo que para isso tenha que fazê-lo fora da empresa.
E na situação de correntista do Banco, como cliente e principal parceiro nesse processo, com a posse
de uma senha específica, estará acessando a Extranet. Nenhuma outra pessoa, em principio, poderá
acessar esse material, que por questões de segurança, o banco somentelibera os dados específicos desse
cliente para movimentações.
263
Informática
Informática (Área Policial) FGV
Ranking de assuntos/Tópicos mais cobrados incidência
1) Word 24,24%
2) Writer 18,18%
3) Windows 7 9,09%
4) Memórias (RAM, ROM, CACHE, HD etc.) 4,04%
5) Extensão de Arquivos 3,03%
NOÇÕES DE INFORMÁTICA:
Dispositivos de entrada e saída e de armazenamento de dados. Impressoras, teclado, mouse, disco rígido,
pendrives, scanner plotter, discos ópticos.
Noções do ambiente Windows. MSOffice (Word, Excel, Powerpoint, Outlook). LibreOffice (Writer, Calc,
Impress, eM Client).
Noções de sistemas operacionais. Ícones, atalhos de teclado, pastas, tipos de arquivos; localização, criação,
cópia e remoção de arquivos; cópias de arquivos para outros dispositivos; ajuda do Windows, lixeira,
remoção e recuperação de arquivos e de pastas; cópias de segurança/backup, uso dos recursos.
264
Informática
Disciplina Noções de Informática
Assunto 1 Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
1
Q1825474
NC-UFPR - 2021
Noções de Informática
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
PC-PR
Investigador de Polícia
Em um site de vendas por internet, foi anunciado um computador com a seguinte especificação: No-
tebook Gamer Core i7-9750H 16GB 256GB SSD Tela Full HD 15.6” Linux. O termo SSD refere-se à
memória:
A
BIOS.
B
primária.
C
de massa.
D
de vídeo.
E
ROM.
2
Q1776198
INSTITUTO AOCP - 2021
Noções de Informática
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
PC-PA
Investigador de Polícia Civil
O dispositivo de armazenamento de dados que não possuiu partes móveis em sua estrutura, fazendo
com que não sofra falhas mecânicas, pois nada se movimenta dentro da sua estrutura, denomina-se
A
HDDs.
B
SSDs.
C
SATA.
D
SCSI.
E
SASs.
3
Q1850438
OBJETIVA - 2021
Noções de Informática
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
Prefeitura de Santa Maria - RS
265
Informática
Analista de Sistemas
Sobre o que são exemplos de hardware, analisar os itens abaixo:
I. Google Chrome.
II. CD.
III. Programa editor de texto.
Está(ão) CORRETO(S):
A
Somente o item II.
B
Somente os itens I e II.
C
Somente os itens I e III.
D
Somente os itens II e III.
E
Todos os itens.
4
Q1850437
OBJETIVA - 2021
Noções de Informática
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
Prefeitura de Santa Maria - RS
Analista de Sistemas
Sobre alguns conceitos de informática, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assina-
lar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
266
Informática
5
Q1850436
OBJETIVA - 2021
Noções de Informática
Hardware - Dispositivos de Armazenamento, Memórias e Periféricos
Prefeitura de Santa Maria - RS
Analista de Sistemas
Em relação aos conceitos de informática, sobre os periféricos de um computador, analisar a sentença abaixo:
Os periféricos são dispositivos instalados junto ao computador, cuja função é auxiliar na comunicação entre
o usuário e a máquina (1ª parte). Impressora é um exemplo de periférico (2ª parte). O monitor é um exemplo
de periférico de entrada (3ª parte).
A sentença está:
A
Correta somente em sua 2ª parte.
B
Correta somente em suas 1ª e 2ª partes.
C
Correta somente em suas 1ª e 3ª partes.
D
Correta somente em suas 2ª e 3ª partes.
E
Totalmente correta.
Gabarito
1-C
2-B
3-A
4-A
5-B
Assunto 5.1 Microsoft Word 2.7 Windows 7 5 Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
1
Q1851206
Avança SP - 2021
Noções de Informática
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Prefeitura de Laranjal Paulista - SP
267
Informática
Auxiliar administrativo
Em se tratando de MS Word 2016, assinale a alternativa da guia Revisão que é usada para adicionar uma
anotação acerca de determinada parte do texto:
A
Mostrar ajustes.
B
Novo comentário.
C
Pesquisa própria.
D
Pesquisa inteligente.
E
Mostrar sombras para comentários.
2
Q1851203
Avança SP - 2021
Noções de Informática
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Prefeitura de Laranjal Paulista - SP
Auxiliar administrativo
No MS Word 2016, pode-se elaborar um sumário automático, que pode ser atualizado toda vez que se alterar
o texto utilizado para criar os itens do sumário. Para elaborar esse tipo de sumário, o Word utiliza como
entrada:
A
os títulos no documento.
B
as caixas de texto.
C
as caixas de reposição.
D
as notas de rodapé.
E
as referências cruzadas.
3
Q1850843
Máxima - 2021
Noções de Informática
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG
Assistente Administrativo
No MS-Word 2016, a opção de formatação em que o texto é uniformemente distribuído entre as margens é
chamado de:
A
Centralizado;
B
Alinhado ao centro;
C
Alinhado às margens;
268
Informática
D
Justificado.
4
Q1850842
Máxima - 2021
Noções de Informática
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG
Assistente Administrativo
São tipos de fonte que podem ser utilizadas dentro do MS-Word 2016, EXCETO:
A
Times New Roman;
B
Tompson;
C
Calibri;
D
Arial.
5
Q1850841
Máxima - 2021
Noções de Informática
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG
Assistente Administrativo
No MS-Word 2016, versão português, a opção de inserção de sumários pode ser encontrada na aba/guia:
A
Inserir;
B
Referências;
C
Desenhar;
D
Layout.
6
Q1850840
Máxima - 2021
Noções de Informática
Teclas de atalho
Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG
Assistente Administrativo
As combinações “CTRL + P” e “CTRL + Z”, no MS-Word 2016, versão português, tem, respectivamente, as
seguintes funções:
A
Imprimir documento / Desfazer ação.
269
Informática
B
Copiar um determinado texto / Repetir ação dupla.
C
Colar um determinado texto / Copiar um determinado texto.
D
Aplicar negrito ao texto selecionado / Sublinhar texto selecionado.
7
Q1850637
MetroCapital Soluções - 2021
Noções de Informática
Microsoft Word
Prefeitura de Nova Odessa - SP
Professor - Educação Básica I
WordArt é uma forma rápida de fazer o texto destacar-se com efeitos especiais. Você começa escolhendo um
estilo de WordArt, na galeria e WordArt, na guia:
A
Animações.
B
Estrutura.
C
Transições.
D
Design.
E
Inserir.
8
Q1850636
MetroCapital Soluções - 2021
Noções de Informática
Editor de Textos - Microsoft Word e BrOffice.org Writer
Prefeitura de Nova Odessa - SP
Professor - Educação Básica I
O Microsoft Word é o editor de textos do Microsoft Office. Extremamente, completo, o programa permite
um alto nível de controle das suas funções e ferramentas a partir do uso de atalhos de teclado. A tecla de
atalho CTRL+Q, no Word 2016:
A
Centralizar o texto.
B
Alinha à esquerda.
C
Alinha à direita.
D
Justifica o texto.
E
Sublinhar o texto.
270
Informática
9
Q1850635
MetroCapital Soluções - 2021
Noções de Informática
Sistema Operacional
Prefeitura de Nova Odessa - SP
Professor - Educação Básica I
Acerca do Windows 7 e o formato de seus arquivos. Qual das alternativas, a seguir, apresenta uma extensão
de arquivo do tipo texto?
A
.rtf
B
.csv
C
.ppt
D
.bmp
E
.sts
Gabarito
1-B
2-A
3-D
4-B
5-B
6-A
7-E
8-B
9-A
271
Informática
Disciplina Noções de Informática
Assunto 15 Extensão de Arquivo
1
Q1850635
MetroCapital Soluções - 2021
Noções de Informática
Sistema Operacional
Prefeitura de Nova Odessa - SP
Professor - Educação Básica I
Acerca do Windows 7 e o formato de seus arquivos. Qual das alternativas, a seguir, apresenta uma extensão
de arquivo do tipo texto?
A
.rtf
B
.csv
C
.ppt
D
.bmp
E
.sts
2
Q1848802
IBFC - 2021
Noções de Informática
Extensão de Arquivo
Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN
Agente Administrativo
Leia atentamente a frase a seguir:
As extensões de arquivos são _____ que designam seu _____ e principalmente a função que desempe-
nham no computador. Umas das extensões utilizadas para arquivos de imagens é a _____ que consiste em
pixels dentro de uma grade retangular.
Assinale a alternativa correta que preencha correta e respectivamente as lacunas.
A
sufixos / formato / BMP
B
números / princípio / JPEG
C
caracteres especiais / formato / JPEG
D
símbolos / formato / DLL
3
Q1845345
AMEOSC - 2021
Noções de Informática
Editor de Apresentações - PowerPoint e Impress
272
Informática
Prefeitura de Bandeirante - SC
Professor - Matemática
A professora Flávia preparou alguns slides no PowerPoint versão 2019 para fazer uma apresentação e deci-
diu transformá-los em imagens. Qual é o procedimento para executar essa tarefa dentro do programa?
A
Realizar o procedimento normal para salvar o arquivo, mas escolher a extensão (.exe).
B
Realizar o procedimento normal para salvar o arquivo, mas escolher a extensão (.jpg).
C
Realizar o procedimento normal para salvar o arquivo, mas escolher a extensão (.docx).
D
Realizar o procedimento normal para salvar o arquivo, mas escolher a extensão (.html).
4
Q1840503
CETAP - 2019
Noções de Informática
Extensão de Arquivo
Prefeitura de Maracanã - PA
Advogado
Um funcionário da prefeitura precisa salvar seu documento feito no Microsoft Word 2010 (configuração
padrão e em português). Assim que ele clicar nas teclas CTRL + B, por padrão, o arquivo gerado será de
extensão:
A
.doc
B
.docx
C
.rtr
D
.pdf
5
Q1840202
Prefeitura de Gaspar - SC - 2021
Noções de Informática
Extensão de Arquivo
Prefeitura de Gaspar - SC
Professor - Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Selecione a alternativa que indica corretamente uma extensão de um arquivo de texto.
A
.exe
B
.zip
C
.txt
D
.ppt
273
Informática
6
Q1839269
FGV - 2021
Noções de Informática
Extensão de Arquivo
FUNSAÚDE - CE
Assistente Administrativo
Assinale a opção que indica a extensão que se aplica a um arquivo cujo conteúdo é resultado de operações
de compactação.
A
.docx
B
.pdf
C
.png
D
.xlsx
E
.zip
7
Q1837339
FGV - 2021
Noções de Informática
Planilhas Eletrônicas - Microsoft Excel e BrOffice.org Calc
IMBEL
Nível Médio
Renata usa o LibreOffice Calc, e tem uma planilha de clientes da sua clínica. Os dados estão dispostos em
dez colunas uniformes, com títulos na primeira linha. Não há gráficos ou imagens, pois todas as informações
são textuais.
Renata precisa preparar esses dados para exportação, pois serão usados em bancos de dados e em outras
planilhas.
Nesse caso, a opção simples e prática é salvar a planilha no formato
A
Texto CSV (.csv)
B
Modelo de Planilha ODF (.ots)
C
Planilha ODF (.ods)
D
Planilha Office Open XML (.xlsx)
E
Documento HTML (.html)
274
Informática
8
Q1837325
FGV - 2021
Noções de Informática
Extensão de Arquivo
IMBEL
Nível Médio
Uma edição pública do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis tem, numa página típica, aproximada-
mente 525 palavras, 3.000 caracteres incluindo os espaços, e 34 linhas.
Sabendo-se que essa edição, com cerca de 110 páginas, está gravada num arquivo do tipo “.txt”, sem gráfi-
cos, formatação ou figuras, assinale a melhor aproximação do tamanho total desse arquivo.
A
3,3 KB
B
110 KB
C
330 KB
D
3,3 MB
E
3,3 GB
9
Q1837269
FGV - 2021
Noções de Informática
Editor de Apresentações - PowerPoint e Impress
IMBEL
Analista Administrativo
No LibreOffice Impress, uma apresentação de slides pode ser gravada com diversas formatações, de acordo
com a extensão de arquivo escolhida.
Assinale a extensão de arquivo usada como default pelo Impress.
A
.imp
B
.impx
C
.isp
D
.odp
E
.ppi
10
Q1837261
FGV - 2021
Noções de Informática
Extensão de Arquivo
275
Informática
IMBEL
Analista Administrativo
Com relação aos arquivos característicos da extensão “.csv”, assinale a tarefa na qual são normalmente utili-
zados.
A
Armazenagem de e-mails.
B
Armazenagem de páginas Web.
C
Conversão de imagens de um tipo para outro.
D
Importação/exportação de dados textuais.
E
Gravar versões simplificadas de documentos MS Word.
Gabarito
1-A
2-A
3-B
4-B
5-C
6-E
7-A
8-C
9-D
10-D
276
PORTUGUÊS
MATEMÁTICA
LEGISLAÇÃO
HISTÓRIA DO AMAZONAS
GEOGRAFIA
INFORMÁTICA