Capital de Giro e Gestão de Activos Circulantes

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade Ciências e Politicas


Contabilidade e Auditoria
Gestão Financeira II
3o Ano Laboral

CAPITAL DE GIRO E GESTÃO DE ACTIVOS CIRCULANTES

Discente:
CELCIO REMISSE

Quelimane, Outubro de 2021

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Faculdade Ciências e Politicas

CAPITAL DE GIRO E GESTÃO DE ACTIVOS CIRCULANTES

Trabalho Científico de Carácter Avaliativo a


ser entregue Universidade Católica de
Moçambique na Faculdade de Ciências
Sociais e Politicas na leccionada pela:
MSc:

Quelimane, Outubro de 2021

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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
1.1.Objectivos.............................................................................................................................4
1.1.2.Objectivo geral:..................................................................................................................4
1.1.3.Objectivo Específicos........................................................................................................4
2.Metodologia.............................................................................................................................4
3.CAPITAL DE GIRO E GESTÃO DE ACTIVOS CIRCULANTES......................................5
3.1.Definição dos Conceitos.......................................................................................................5
3.1.1.Capital Circulante Líquido.................................................................................................5
3.2. Rentabilidade e Risco..........................................................................................................6
3.3.Gestão de Activos Circulantes..............................................................................................6
3.4. Caixa e Títulos Negociáveis – Disponibilidades.................................................................6
3.5.Contas a Receber...................................................................................................................7
3.6.Estoques................................................................................................................................7
3.7.Indicadores de Gestão de Activos Correntes Indicadores de liquidez.................................8
3.8.Indicadores da actividade......................................................................................................8
3.8.1. O Ciclo Operacional.........................................................................................................8
3.8.2.O Ciclo de Caixa................................................................................................................9
Conclusão..................................................................................................................................10
Bibliografia...............................................................................................................................11

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Introdução

O presente trabalho da Cadeira de Gestão Financeira II , tem como tema: CAPITAL DE GIRO E
GESTÃO DE ACTIVOS CIRCULANTES.

A gestão de capital de giro tem participação de grande importância no desempenho operacional


de uma empresa, pois através dele serão financiado as actividades da empresa. Uma má gestão
do capital de giro traz sérias e desastrosas consequências financeiras para empresa, contribuindo
para uma situação de insolvência. Por isso é de extrema importância o estudo do mesmo.

1.1.Objectivos

1.1.2.Objectivo geral:

 Apresentar um estudo do capital de giro;

1.1.3.Objectivo Específicos

 Definir o conceito de capital de giro;


 Abordar as contas do activo circulante, o capital circulante líquido;
 Explicar os índices ou rácios do capital de giro.

2.Metodologia

Como metodologia de trabalho foi elaborado através de pesquisas bibliográficas, das principais
obras que abordam sobre o tema, em seguida foi realizado um levantamento dos principais
autores que trataram do assunto referente a gestão de capital de giro e como uma boa gestão
auxilia no resultados de uma empresa.

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3.CAPITAL DE GIRO E GESTÃO DE ACTIVOS CIRCULANTES

3.1.Definição dos Conceitos

Para Gitman (1987) a “administração de capital de giro abrange a administração das contas
circulantes da empresa, incluindo activos e passivos circulantes”. A administração de capital de
giro é um dos aspectos mais importantes da administração financeira considerada globalmente, já
que os activos circulantes representam mais da metade do activo total, e uma parcela dos
financiamentos totais que é representado pelo passivo circulante nas empresas.

Para Assaf, (2003) “o capital de giro representa o valor total dos recursos demandados pela
empresa para seu ciclo operacional”. Isto é, para atender suas necessidades operacionais imediatas
e financiar o seu crescimento.

3.1.1.Capital Circulante Líquido

Por definição, capital circulante líquido é a quantia de dinheiro que sobra após os passivos
circulantes serem subtraídos dos activos correntes. Diante disso, poderão existir três espécies de
capital circulante líquido:

 Positivo (Activo Circulante > Passivo Circulante);

 Nulo (Activo Circulante = Passivo Circulante); e

 Negativo (Activo Circulante < Passivo Circulante).


No primeiro caso (AC > PC), o capital circulante líquido é a parcela do activo circulante da
empresa financiada com recursos a longo prazo, os quais excedem as necessidades de
financiamento dos activos permanentes.

CCL = AC (activo circulante) – PC (passivo circulante).

De forma geral, quanto maior a margem pela qual os activos circulantes de uma empresa cobrem
suas obrigações de curto prazo (passivos circulantes), tanto mais apta ela estará para pagar suas
contas no vencimento. (Assaf, 2003)

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3.2. Rentabilidade e Risco

Há uma relação entre rentabilidade e risco. Quanto mais capital de giro líquido, maior sua
liquidez, e portanto menor o seu risco.

3.3.Gestão de Activos Circulantes

A gestão do capital de giro, envolve um processo contínuo de tomada de decisões voltadas


principalmente para preservação da liquidez da empresa, cujo objectivo é gerir cada um dos
activos e passivos circulantes, de forma que um nível aceitável de capital circulante líquido
seja mantido.

Em sentido restrito, o capital de giro corresponde aos recursos aplicados no activo circulante:
disponibilidades, contas a receber e estoques. Pode-se dizer que esses activos constituem o
capital da empresa que circula até transformar-se em dinheiro dentro de um ciclo de operações
em curto prazo.

Os investimentos em capital de giro, como vimos anteriormente, são basicamente em


disponibilidades, contas a receber e estoques. Abordaremos cada um desses activos. (Assaf,
2003)

3.4. Caixa e Títulos Negociáveis – Disponibilidades

Caixa significa recursos monetários armazenados e saldos mantidos em contas bancárias.


Representam valores que podem ser usados a qualquer momento em pagamento de diversas
naturezas.

Segundo Ross (1995), o objectivo básico na administração do caixa, é fazer com que o
investimento nesse activo seja tão pequeno quanto possível, sem prejudicar a eficiência e a
eficácia das actividades da empresa.

A gestão do caixa visa manter uma liquidez imediata necessária para fazer frente à incerteza
associada ao seu fluxo de recebimento e pagamento.

Títulos negociáveis são instrumentos a curto prazo do mercado financeiro, que proporcionam
juros, usados pelas empresas para obter retornos sobre recursos temporariamente ociosos.

Keynes (1936) identificou três motivos que levam as empresas a manterem determinados níveis
de liquidez.

I. Primeiro motivo, chamado de transacção, é explicado pela necessidade que a empresa


apresenta de manter dinheiro em caixa para efectuar os pagamentos oriundos de suas

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operações normais e certas. A empresa que precisa fazer pagamentos, em futuro
próximo, já tem antecipadamente caixa para esse fim.

II. Segundo motivo refere-se a precaução. É comum ocorrerem despesas imprevistas nos
negócios da empresa, por conta de variações de preços, inadimplências, etc, e quanto
maior for o saldo de caixa para enfrentar essas exigências monetárias inesperadas, tanto
maior será a margem de segurança de actuação da empresa.
III. E por fim, o terceiro motivo é o da especulação. Os recursos mantidos por razões
especulativas ocorrem quando a empresa não encontra, no momento, outra aplicação
para os recursos.

3.5.Contas a Receber

As contas a receber de uma empresa representam concessão de crédito da empresa aos seus
clientes.

O ideal é que a empresa estabeleça uma política de concessão de crédito, de modo a manter um
nível adequado de contas a receber, que possibilite a minimização dos seus custos de
manutenção, redução da inadimplência e consequente aumento do volume de vendas.

3.6.Estoques

É activo circulante que permite que o processo de produção e de venda opere com um mínimo
de distúrbios, os três tipos de estoques são: matérias primas, produtos em processo e produtos
acabados.

O principal propósito da gestão de estoques é determinar e manter o nível de estoque que


satisfaça os pedidos dos clientes em quantidades suficientes e a tempo.

O objectivo básico em relação a estoques é minimizar as necessidades de investimento neste tipo


de activo, pois além de reduzir a rotação geral dos recursos comprometendo a rentabilidade da
empresa, também produz custos decorrentes de sua manutenção.

O ideal é manter estoque num nível óptimo que equilibre devidamente os custos sem prejudicar
o atendimento ao cliente ou a produção. (Keynes, 1936)

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3.7.Indicadores de Gestão de Activos Correntes Indicadores de liquidez

São alguns indicadores que mostram, em termos, como a empresa está administrando seu

capital de giro.

 CCL (capital circulante líquido) = AC (activo circulante) – PC (passivo circulante)


 Liquidez Imediata = Disponível/ PC

 Liquidez Corrente = AC/PC

 Liquidez Seca = AC – estoques/ PC

 Liquidez geral = (AC + RLP-realizável a longo prazo) / (PC + ELP-exigível a longo


prazo).

3.8.Indicadores da actividade

São alguns indicadores que ajudam a interpretar a administração dos recebíveis e a pagar.

 Giro estoques = (CPV = Vendas / Estoque) x 360

 PMC (período médio de cobrança) = (contas a receber/ receita bruta) x 360

 PMP (período médio de pagamento) = (contas a pagar/CMV) x 360.

 GAT (giro de activos circulantes) = (Vendas / Contas a Receber).

 PMS (prazo ou período médio de stock) = (Stock / Vendas) x 360.

Este tipo de indicador baseia-se em dois factores ou ciclos: (ciclo operacional e ciclo de
caixa ou volume de capital) (Keynes, 1936)

3.8.1. O Ciclo Operacional

O ciclo operacional é formado por dois componentes, a idade média do estoque e o período
médio de cobrança das vendas e é representado pela seguinte fórmula:

CO = IME + PMC onde:


 CO = Ciclo Operacional

 IME = Idade Média do Estoque

 PMC = Período Médio de Cobrança ou PMR – Prazo médio de recebimento.


A empresa adquire muitos dos seu insumos de produção a crédito. O tempo que a empresa
leva para pagar esses insumos é chamado de Período Médio de Pagamento (PMP).

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3.8.2.O Ciclo de Caixa

O número total de dias no ciclo de operação menos o período médio de pagamento para
insumos de produção representa o ciclo de caixa (CC).
O Ciclo de Caixa é representado pela fórmula:
CC = CO – PMP
CC = IME +PMC-PMP onde:
 CC = Ciclo de Caixa

 CO = Ciclo Operacional

 PMP = Período Médio de Pagamento


O regime por competência reconhece as receitas no momento da venda e as despesas,
quando incorridas.
O regime de caixa reconhece as receitas e despesas apenas quando ocorrem entradas e
saídas efectivas de caixa.

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Conclusão

Terminado o trabalho, conclui-se que é de extrema importância uma boa gestão do capital de
giro para saúde financeira de uma empresa, pois estão directamente ligados com ciclo
operacional e o giro dos negócios. Ora, o presente estudo mostrou os conceitos, algumas técnicas
para gestão financeira do capital de giro e sua importância para saúde financeira das empresas.

A gestão eficiente dos seus elementos contribui significativamente para a maximização do lucro
da empresa, entretanto uma má gestão do capital giro pode causar problemas financeiros para
empresa, levando até a falência.

O capital de giro está directamente associado às fontes, as quais a empresa necessita para
financiar seu crescimento.

A necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do administrador financeiro. Um


elevado volume de capital de giro irá desviar recursos financeiros que poderiam ser investidos
nos activos permanentes da empresa. Por outro lado, o capital de giro muito reduzido restringirá
a capacidade de operação e de vendas da empresa. Por fim, concluímos que as empresas de um
modo geral necessitam de uma reserva de capital de giro e que este é de fundamental
importância para o sucesso.

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Bibliografia

Assaf, Neto. (2003). Finanças Corporativas e Valor. São Paulo: Atlas.

Braga, Roberto. ( 1992) Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo.


Editora Atlas.
Gitman, Lawrence. J.(1987) Princípiosda Administração Financeira. Editora Harbra:
Gitman, Laurence J; (2001) Princípios da Administração Financeira Páginas. 2a Edição. Porto
Alegre. Bookmann.
Keynes, John Maynard. (1936.) Theory of Employment, Interest and Money. New York,
Harcourt, Brace & Wored, Inc.
Ross, Stephen A., Westerfield, Randolph W. & Jaffe, Jeffrey F. (
1995) Administração Financeira. São Paulo: Editora Atlas..

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