V CAPITULO - Normalização Contabilística1

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Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moambique CONTABILIDADE BSICA FICHA DE APONTAMENTOS CAP. V NORMALIZAO CONTABILSTICA 5.

.1 Princpios Contabilsticos Vimos anteriormente que a funo principal da Contabilidade recolher, tratar e interpretar tudo que afecta a riqueza ou o patrimnio de uma unidade econmica. Este tratamento da informao resultante das transaces tem utilizadores internos e externos prpria entidade ultrapassando, muitas vezes, o mbito dos seus produtores originrios. Sendo assim, importante que as informaes contabilsticas sejam apresentadas e obtidas de acordo com procedimentos padronizados que sejam perfeitamente claros para todos . Isto , que os utilizadores as possam utilizar sem interpretaes incorrectas. Este objectivo consegue-se pela definio adequada dos princpios contabilsticos a serem utilizados e do mbito e nomenclatura das contas. Sabemos j que o principal objectivo da contabilidade fornecer informao aos interessados. Estes podem ser internos prpria organizao, e externos. Os primeiros, gestores, directores financeiros, etc., tm acesso totalidade da informao e ao detalhe das transaces e, sendo eles prprios os produtores dessa mesma informao contabilstica, no tm dificuldades maiores em obter os elementos de que necessitam. Os utilizadores externos, accionistas que no participam na gesto, credores, bancos, Estado, pblico em geral, dependem da informao tornada pblica, tendo que confiar em contas preparadas por outros com fins genricos. Assim a menos que as contas sejam preparadas de acordo com princpios padronizados e de conhecimento generalizado, podero ser mal interpretadas e sujeitas a manipulao. Os princpios contabilsticos so regras que guiam a execuo dos movimentos da contabilidade e a preparao das contas, de modo a que estas dem uma imagem verdadeira e apropriada da posio financeira e dos resultados da entidade, que sejam ao mesmo tempo compreensvel e til para os seus utilizadores. Os princpios no so leis no sentido cientfico do termo mas apenas regras construdas pelo homem para incrementar a utilidade da informao contabilstica e que tm evoludo de acordo com a necessidade da sua utilizao. Estes princpios contabilsticos baseiam-se na considerao de alguns aspectos do meio envolvente em que a contabilidade elaborada e que afectam directamente os seus objectivos os quais poderemos designar por fundamentos ou conceitos bsicos. Alguns destes aspectos j foram abordados anteriormente, no entanto, necessitam de maior desenvolvimento o que se faz seguidamente, analisando os fundamentos bsicos de Entidade Separada, Continuidade, Unidade Monetria e Periodizao. Entidade Separada Segundo este conceito, cada negcio ou empresa, tratado contabilisticamente como entidade separada e perfeitamente autnoma dos seus proprietrios. Assim, cada unidade visualizada como possuindo todos os recursos que lhe esto atribudos e sendo responsvel pelas suas dvidas e obrigaes. A contabilidade est em primeiro lugar interessada com o que se passa com a unidade econmica e s secundariamente com os seus scios ou proprietrios.

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Sendo as sociedades entidades legalmente separadas dos scios e proprietrios aplica-se-lhes sem dificuldade este conceito. Aplica-se tambm s actividades comerciais exercidas pelos individuais, embora neste caso, de um ponto de vista jurdico, no haja tal separao de bens e direitos. Por exemplo, a casa da residncia de um comerciante actuando em nome individual no deve ser includa na sua contabilidade, muito embora tenha o mesmo proprietrio, e possa vir a ser chamado a satisfazer as suas dvidas de natureza comercial. Continuidade De acordo com este conceito considera-se que as contas das entidades devem ser preparadas, a menos que haja evidncia do contrrio, pressupondo a vida indefinida da unidade ou empresa, isto , que no se espera que venha a ser liquidada no futuro prximo. Este conceito permite fundamentar as bases de preparao das contas, nomeadamente dos Balanos. Por exemplo, este conceito que justifica o processo de contabilizao dos bens do Activo imobilizado, tais como mquinas, edifcios ou viaturas e a sua apresentao nos Balanos pelo seu valor de custo deduzido das amortizaes acumuladas, isto , pela parcela do seu custo imputvel a exerccios futuros. tambm justificao para incluir no Activo pelo seu custo, as existncias de impressos, cartas etc., que tenham impresso o nome da sociedade que no caso de cessao da actividade tero o seu valor diminudo para o equivalente ao seu peso de papel-velho. Nestes casos a inteno da posse destes bens no a venda, da a justificao, baseada neste conceito, para a sua valorizao, e incluso dos bens activos. O conceito da continuidade faz, igualmente, ressaltar a importncia da demonstrao de resultados e da correspondncia entre proveitos e custos. No entanto quando se tem conhecimento que determinada entidade, vai ser dissolvida, este conceito no se aplica, devendo-se aplicar outros princpios que levem em conta a situao particular em causa. Unidade (Monetria) de Medida Na actualidade as actividades econmicas e as transaces efectuadas utilizam a moeda como elemento essencial nas relaes de troca. A troca directa embora possa ser encontrada cada vez menos frequente. Por outro lado, a diversidade dos bens e direitos que necessitam de ser registados exigem a utilizao de uma unidade comum de medida que, normalmente, a unidade monetria do pas em que se encontra localizada a entidade ou a empresa. Assim este conceito fundamental estabelece que a contabilidade mede e reporta os resultados da entidade utilizando uma unidade monetria, ( metical, escudo, dlar ). Este processo realizado como se a unidade monetria, ela prpria, no variasse tambm de valor (tamanho) quando se sabe que em perodos longos, a inflao modifica este valor. Por causa disto diz-se muitas vezes que a contabilidade assume a existncia de uma unidade monetria estvel. Sobretudo em pases com elevadas taxas de inflao, tm-se tentado desenvolver tcnicas para incorporar nas contas apresentadas pelas entidades, (Balanos, Conta de Resultados) os efeitos da modificao do valor da unidade monetria. Contudo, apesar da justificao terica dos critrios utilizados para esse efeito, estes continuam a ser baseados no subjectivismo, pelo que, a sua utilizao no se tem generalizado. Periodizao Embora os resultados finais dos negcios de uma entidade ou empresa s se possam conhecer no final da sua vida, isto , quando se proceder a sua liquidao, so necessrias demonstraes financeiras referentes a perodos mais curtos. Por exemplo os impostos so baseados em contas anuais, os scios necessitam de conhecer a situao da empresa e seus lucros ( ou prejuzos ) anualmente. A diviso da vida da entidade em perodos mais curtos, normalmente o ano um conceito perfeitamente estabelecido que determina a execuo da contabilidade. Por outro lado para efeitos de gesto e controlo, o perodo ainda normalmente encurtado elaborando-se contas trimestrais ou mensais, ou mesmo semanais.
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O conceito fundamental da periodizao implica a chamada separao, segregao por especializao dos perodos exigindo o corte de proveitos e custos de modo a serem atribudos ao perodo a que respeitam, como veremos quando tratarmos do encerramento anual das contas. Tomando como base estes conceitos fundamentais foram-se desenvolvendo ao longo dos tempos um conjunto de princpios contabilsticos, geralmente aceites, quer pelas legislaes, quer pelos tcnicos e tericos da Contabilidade. Estes princpios contabilsticos, so guias genricos que completam os fundamentos anteriores, tendo como principal finalidade garantir que a contabilidade cumpre o seu objectivo fundamental de fornecer informao relevante aos interessados. Os principais princpios so: Princpio do Custo Histrico De acordo com este princpio, o custo a base mais adequada para o registo de qualquer transaco, como seja compra de bens, compra de servios, despesas e custos, assuno de responsabilidades, etc. Estabelece igualmente que posteriormente durante todo o processamento contabilstico o mesmo conceito deve ser mantido. Por exemplo, ao proceder valorizao da existncia das mercadorias em armazm deve utilizar-se o preo de custo das mesmas. As grandes vantagens deste princpio ser determinvel, definido e objectivo. Tem igualmente algumas dificuldades na sua aplicao em transaces em que no se utiliza dinheiro como contrapartida, em que se dever considerar custo, o valor da contrapartida entregue ou, quando se trata de donativos de bens recebidos em que se ter que se proceder a uma avaliao. Princpio da Correspondncia Custo - Proveito Este princpio estabelece que o maior objectivo da contabilidade a determinao do resultado lquido do perodo ( ano normalmente ) fazendo a correspondncia dos custos incorridos com os correspondentes proveitos obtidos. O princpio reconhece que o fluxo de rendimento entra continuamente no negcio e que isto exige que exista uma perfeita separao do fluxo no final do perodo, que os fluxos entrados no perodo sejam medidos e que os custos suportados para obter os rendimentos sejam apurados e que, por diferena, se determine o resultado lquido do perodo. Este princpio exige que o conjunto dos proveitos ( rendimentos ) seja atribudo a cada perodo o que implica que seja identificado o momento em que tais proveitos so considerados realizados. Existem trs bases que podem ser utilizadas de acordo com as circunstncias, para esse reconhecimento: Base de Venda, Base de Caixa e Percentagem de Acabamento. A Base de Venda, o mais generalizado princpio de reconhecimento de proveitos. Neste princpio, o proveito considerado como realizado, isto , efectivado, quando se d a entrega da mercadoria vendida ou o servio prestado, contra a entrega ou, a promessa de entrega, de uma importncia em dinheiro. Segundo a Base de Caixa, que deve ser utilizado quando existem srias dvidas do recebimento da contrapartida em dinheiro, o proveito deve ser registado como tal apenas no momento do seu recebimento. A Percentagem de Acabamento utiliza-se principalmente na actividade de grandes obras pblicas, como barragens, pontes, etc., em que o perodo de construo abrange vrios anos. Neste caso atribui-se a cada exerccio uma percentagem dos proveitos finais de acordo com a percentagem de avano do projecto. O problema da determinao do momento em que os proveitos devem ser reconhecidos evidentemente, muito importante. No entanto, dadas as diferenas naturais na natureza das transaces no pode existir uma teoria geral aplicvel a todas as situaes. Em resumo, o princpio da correspondncia custos-proveitos estabelece que para qualquer perodo em que se esteja a determinar o respectivo resultado lquido, os proveitos devem ser reconhecidos de acordo com uma das bases mencionadas acima. Em contrapartida os custos incorridos para gerar aqueles proveitos devem ser determinados e atribudos igualmente ao mesmo perodo. Se determinados proveitos so atribudos a perodos futuros,
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a todos os custos relacionados com esses mesmos proveitos dever suceder o mesmo. Apesar desta correspondncia entre custos e proveitos nem sempre ser de fcil execuo, ela , contudo, essencial se se pretende determinar correctamente os resultados respectivos. Muitos custos so assim, de acordo com este princpio, diferidos, isto , adiados para o futuro, com a natureza de bens Activos, porque os mesmos produziro benefcios ou geraro rendimentos no futuro. Como exemplo, podemos indicar as existncias em stocks, despesas pagas adiantadamente, bens sujeitos a depreciao. Futuramente sero registados como custos imputveis a esses perodos futuros. A aplicao deste princpio exige a chamada segregao de exerccios, em oposio contabilizao com base de caixa, pelo que nos procedimentos de encerramento anual de contas so necessrios lanamentos de regularizao para adequar esses mesmos custos aos perodos respectivos. Princpio da Objectividade Segundo este princpio, a contabilidade e as correspondentes demonstraes financeiras devem na mxima extenso possvel ser elaborados com base em dados objectivamente determinados e verificveis. Transaces com entidades externas livremente negociadas e suportadas em documentos originados fora da unidade econmica so a melhor evidncia que se pode ter da adequao das mesmas. Princpio da Consistncia Em muitos casos, dois ou mais mtodos ou procedimentos contabilsticos podem ser igualmente vlidos para registar determinado tipo de factos contabilsticos. A escolha entre os diferentes mtodos possveis depende, da anlise de qual melhor serve os objectivos particulares da empresa naquelas circunstncias particulares. Esta liberdade de escolha no no entanto total. De acordo com o princpio da consistncia, uma vez adoptada uma poltica contabilstica, esta deve ser seguida consistentemente nos diversos perodos contabilsticos, com o objectivo de tornar totalmente comparveis as demonstraes financeiras dos sucessivos perodos. Por exemplo, se uma companhia utiliza o critrio de valorizar as suas existncias utilizando o custo mdio num ano, deve de acordo com este princpio continuar a us-lo nos perodos seguintes. O princpio da consistncia no inibe, no entanto, uma empresa de, se chegar a concluso, de que uma poltica ou prtica contabilstica deixarem de ser adequadas sua actividade, alter-lo para outro mais adequado. Nestas circunstncias, no entanto, existe a obrigatoriedade de se dar a conhecer aos utilizadores da informao contabilstica, mediante nota adequada, essa alterao bem como a quantificao dos respectivos efeitos. Princpio da Informao Completa Segundo este princpio, as demonstraes financeiras normalmente designadas por contas, devem incluir a totalidade da informao relativa aos negcios da entidade econmica. Deve entender-se aqui por demonstraes financeiras no apenas o Balano e a Demonstrao de Resultados, mas igualmente as notas anexas explicativas, dos princpios e polticas contabilsticas. Esto tambm includas nas contas, outros elementos de reporte como so os relatrios das administraes e eventuais pareceres de auditores sobre as mesmas. Isso no significa que a informao a publicitar deva ser excessivamente pormenorizada, deve no entanto ser completa, no sentido de que toda a informao apresentada deve ser suficiente para uma viso apropriada da situao da entidade de modo que um investigador prudente no seja induzido em erro. Este princpio incide portanto, na necessidade de se apresentar informao adequada e clara. Princpio da Excepo ( ou Modificao )

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Salientou-se atrs que os princpios contabilsticos no emanavam da cincia natural (natureza) mas eram criao do homem. Alm disto, os princpios contabilsticos so sujeitos a mudanas quando as condies se alteram ou quando as necessidades dos utilizadores tambm se alteram. Os princpios contabilsticos so pragmticos e necessitam de ser aplicados s mais diversas situaes e circunstncias. Com base nestas consideraes podem portanto, aparecer excepes na sua aplicao. Entre estes casos podem ter-se os seguintes princpios Modificativos ou de excepo: Materialidade ( ou significncia ) - que permite que uma transaco se contabilize de uma maneira menos correcta, em casos em que, por se fazer o registo, digamos, errado, isto no afecta a avaliao dos interessados. Por vezes bens de pequeno valor, que de um ponto de vista do seu perodo de vida til deviam ser considerados no imobilizado e levados a custos durante esse perodo pela via das amortizaes, so considerados como custo no ano de aquisio, para evitar o trabalho administrativo do seu controlo. Conservadorismo ( ou prudncia ) - que considera que quando existam vrias alternativas aceitveis para se contabilizar determinada operao, deve escolher-se aquela que influencia menos favoravelmente a situao lquida. O princpio de prudncia muitas vezes mal interpretado e criticado. No entanto devemo-lo considerar essencial uma vez que os utilizadores externos da informao, quando o valor correcto no est bem determinado, so melhor servidos por uma subavaliao dos resultados lquidos e do patrimnio lquido do que o contrrio. Exemplos de conservadorismo podem encontrar-se na criao de provises para dvidas de difcil cobrana, na utilizao do critrio de avaliao de stocks ou custo ou valor de realizao dos dois o mais baixo, uso de mtodos de amortizao aceleradas, etc. Especificidades Sectoriais - segundo este princpio so permitidos procedimentos contabilsticos derivados da especial natureza da actividade e que tradicionalmente tenham vindo a ser utilizados em virtude da sua especificidade, racionalidade e viabilidade. Estas diferenas podem mesmo ser provocadas por legislao especificamente aplicveis a esse sector de actividade, como o caso dos sectores bancrio e segurador. 5.2 Planos de Contas Estudou-se no ponto anterior, a importncia que os princpios contabilsticos desempenham na preparao de demonstraes financeiras de modo a poder obter-se uma compreenso uniforme destes mesmos documentos. Os princpios contabilsticos so o fundamento mais importante desta uniformidade, mas no so, no entanto, suficientes. Outro aspecto muito importante a definio clara das contas a serem utilizadas, o seu mbito e regras de movimentao, ou mais genericamente a definio do sistema contabilstico a utilizar. Noo de Plano de Contas O sistema contabilstico abrange os documentos, registos, livros e relatrios emitidos, mas igualmente os procedimentos, descritos ou no em manuais, e as instrues utilizadas no processo. Dentro dos elementos essenciais dos sistemas contabilsticos deve existir uma enumerao, exaustiva das contas a serem utilizadas, definindo o seu mbito bem como as regras gerais e particulares da sua movimentao. Ao conjunto das contas, regras de movimentao e sua articulao chama-se Plano de Contas. Todas as entidades necessitam deste plano para permitir executar os seus movimentos contabilsticos, desde as de menor dimenso at aos grandes grupos econmicos. Estes ltimos, que normalmente abrangem elevado nmero de empresas, por vezes espalhadas pelos mais diversos pases, por necessidade de uniformidade no tratamento contabilstico, alargam mesmo o conceito do plano de contas elaborando verdadeiros manuais de contabilidade que descrevem os princpios contabilsticos adoptados, as polticas contabilsticas, lista das contas, mbito das mesmas, e regras de movimentao das transaces menos vulgares. Um plano de contas, para poder ser considerado como tal, e poder desempenhar as suas funes, deve abranger: princpios contabilsticos adoptados, polticas contabilsticas, listas das contas, mbito das
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contas e regras especficas de movimentao. Os modelos dos documentos e demonstraes financeiras so igualmente peas importantes para que o plano de contas desempenhe a sua funo. 5.3 Normalizao Contabilstica Em virtude da crescente importncia das demonstraes financeiras para os investidores externos, credores e o pblico em geral existe um generalizado interesse pelos princpios contabilsticos e pelo conhecimento das polticas e prticas contabilsticas. A exigncia da existncia de uma linguagem comum a nvel contabilstico tem levado ao desenvolvimento de regras e princpios de aplicao generalizada. Poderemos considerar, em termos gerais, que a Normalizao Contabilstica consiste no estabelecimento de um sistema de princpios, normas, polticas e prticas contabilsticas que tratem uniformemente as mesmas situaes independentemente da entidade econmica em que se verifiquem. Esta normalizao tem como instrumentos principais a emisso de normas e o estabelecimento de planos de contas, estes ltimos em especial a nvel de pas, podendo ser genricos ou sectoriais. As normas de contabilidade tm sido desenvolvidas quer a nvel internacional, quer a nvel nacional. As normas internacionais pretendem ter como campo de aplicao mundial ou a nvel de regies, como por exemplo a Comunidade Europeia. So de destacar neste contexto o trabalho e as normas j emitidas, do International Accounting Standards Comitee (IASC). De acordo com os objectivos estabelecidos o IASC trabalha para o aperfeioamento e harmonizao do reporting financeiro, basicamente atravs do desenvolvimento e publicao de normas (Standards) Internacionas de contabilidade. Estas normas tratam de aspectos que so importantes internacionalmente nas contas sujeitas publicao. Estas normas so desenvolvidas mediante um processo de consulta internacional que envolve os profissionais da contabilidade, representados pelas suas organizaes, a comunidade empresarial, as organizaes intergovernamentais e os rgos nacionais responsveis pela normalizao contabilstica. Este processo contribui para que as Normas Internacionais atinjam elevados nveis de qualidade. Os trabalhos do IASC so realizados em estreita colaborao com os rgos nacionais responsveis pela normalizao contabilstica e com os reguladores dos mercados financeiros em especial das Bolsas de Valores. Relativamente cooperao com os rgos nacionais, as Normas Internacionais so utilizadas essencialmente para:
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Servir como guias para o estabelecimento das normas nacionais; Servir como padres internacionais no processo de estabelecimento das normas a nvel nacional; Servir como base do estabelecimento de normas pelas entidades reguladoras dos mercados, tanto para as empresas nacionais, como internacionais; Servir de guia s prprias empresas.

O Plano Geral de Contabilidade Vide Decreto 70/2009 de 22 de Dezembro Plano Geral de Contabilidade.

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