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ÍNDICE

Programação anual.................................................................................. 1
Subsídios teóricos................................................................................. 20
Apresentação e orientação para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico............................................................................................ 25
Orientações e gabaritos do 1.o bimestre................................................. 51

Autoras:
Bruna Fabiani Fonseca
Deborah Cristina Catarinacho
Elizabete Alves dos Santos Nascimento
PROGRAMAÇÃO ANUAL
LÍNGUA PORTUGUESA
Coordenadora: Prof.a Deborah Cristina Catarinacho
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

1.o SEMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS Análise linguística / Semiótica
Oralidade, leitura, escuta e produção –– Alfabeto
Quadrinhas populares; Parlendas; Trava-línguas; Cantigas de roda; Cantigas folclóricas; Adivinhas; –– Ordem alfabética
Fórmulas de escolha; Pintura; Listas; Agenda; Poemas; Poema visual; Relato oral; Calendário de –– Letras de imprensa e cursiva
apresentações; Regras de jogos; Texto instrucional; Texto informativo (enciclopédico); Fábulas; –– Brincando com palavras
Contos populares; Teatro de fantoches; Receita; Conto acumulativo; Convite; Piadinha; Capa de livro –– Semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais
–– Sílaba

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO SEMESTRE


ORALIDADE, LEITURA, ESCUTA E PRODUÇÃO ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF01LP01 / EF01LP02 / EF01LP03 / EF01LP04 / EF01LP16 / EF01LP17 / EF01LP18 / EF01LP19 / EF01LP06 / EF01LP07 / EF01LP08 / EF01LP10 / EF01LP11 / EF01LP13 / EF12LP19 /
EF01LP24 / EF01LP25 / EF12LP01 / EF12LP04 / EF12LP05 / EF12LP06 / EF12LP07 / EF12LP10 / EF01LP20
1.o ANO

EF12LP17 / EF12LP18
8 HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP15 / EF15LP17 / EF15LP18

2.o SEMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção –– Alfabeto
Cantiga folclórica; Cantiga de ninar; Parlenda; Ficha informativa; Curiosidades; História em quadrinhos; –– Ordem alfabética
Lenda folclórica; Texto instrucional (instrução de montagem, regra de jogo); Contos de fadas; Contos –– Letras de imprensa e cursiva
clássicos; Poemas; Sumário; Convite; Sinopse; Reconto oral; Exposição oral; Aviso; Bilhete; Listas; –– Brincadeiras poéticas (rimas e jogos sonoros)
Infográfico; Tirinha; Biografia; Notícia; Reportagem; Fotolegenda; Campanha de conscientização; –– Sílaba
Slogan; Entrevista; Capa de gibi; Jornal mural; Jornal falado; Cartaz; Relato oral –– Segmentação de palavras
–– Letras maiúsculas
–– Pontuação (ponto de interrogação e de exclamação)
–– Sinonímia
–– Estrutura do texto narrativo

–1
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS
HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO SEMESTRE

ORALIDADE, LEITURA, ESCUTA E PRODUÇÃO ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


EF01LP16 / EF01LP17 / EF01LP18 / EF01LP21 / EF01LP22 / EF01LP23 / EF01LP24 / EF01LP25 / EF01LP02 / EF01LP04 / EF01LP05 / EF01LP06 / EF01LP08 / EF01LP10 / EF01LP11 /
1.o ANO

EF01LP26 / EF12LP01 / EF12LP02 / EF12LP03 / EF12LP04 / EF12LP05 / EF12LP06 / EF12LP07 / EF01LP12 / EF01LP14 / EF01LP15 / EF01LP20 / EF01LP26 / EF12LP12 / EF12LP13 /
8 EF12LP08 / EF12LP09 / EF12LP10 / EF12LP11 / EF12LP17 / EF12LP18 EF12LP14 / EF12LP15 / EF12LP16 / EF12LP19

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP14 / EF15LP15 / EF15LP16 /
EF15LP18 / EF15LP19

1.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Quadrinhas populares; Contos de fadas; Texto de opinião; Bilhete; Listas; Crachá; Recado; Parlendas; –– Jogos de linguagem (diversos) –– Sílabas CV, V, CVC, CCV
Trava-línguas; Cantigas de roda; Adivinhas; Fórmulas de escolha; História em quadrinhos; Narrativa –– Letras do nome
em imagens; Fotolegenda; Teatro de fantoches; Quiz; Painel colaborativo; Reportagem; Ficha do –– Nomes da turma
brinquedo; Cartaz de conscientização; Relato oral; Relato de memória; Recado; Obra de arte – –– Diferentes grafias da mesma letra
pintura; Poemas; Regras de jogo; Frases rimadas; Convite; Contos tradicionais; Foto / Desenho –– Mais nomes
–– Alfabeto
–– Ordem alfabética
2.o ANO

–– Brincando com palavras


7 –– Vogais e consoantes
–– Sílabas

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


EF02LP12 / EF02LP13 / EF02LP14 / EF02LP15 / EF02LP18 / EF02LP20 / EF02LP21 / EF02LP24 / EF02LP02 / EF02LP04 / EF02LP06 / EF02LP07 / EF02LP08 / EF02LP16 / EF12LP07 /
EF02LP25 / EF02LP26 / EF02LP27 / EF12LP01 / EF12LP02 / EF12LP04 / EF12LP05 / EF12LP06 / EF12LP14 / EF12LP15 / EF12LP16 / EF12LP19
EF12LP08 / EF12LP09 / EF12LP10 / EF12LP12 / EF12LP13 / EF12LP17 / EF12LP18

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP14 / EF15LP15 / EF15LP18 /
EF15LP19

2–
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

2.o BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Poema; Texto informativo; Pintura; Biografia; Texto instrucional; História em quadrinhos; Você sabia?; –– Segmentação entre as palavras –– Correspondências P/B, T/D, F/V
Cartaz; Contos tradicionais; Conto moderno; Conto acumulativo; Carta; Notícia; Fábula; Verbete de –– Palavras de uma e duas letras
enciclopédia; Reconto oral –– Letras maiúsculas e minúsculas
–– Separação silábica

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


EF02LP01 / EF02LP14 / EF02LP15 / EF02LP18 / EF02LP20 / EF02LP21 / EF02LP26 / EF02LP27 / EF02LP02 / EF02LP03 / EF02LP04 / EF02LP07 / EF02LP08 / EF02LP16 / EF02LP17
EF12LP01 / EF12LP02 / EF12LP03 / EF12LP04 / EF12LP06 / EF12LP08 / EF12LP10 / EF12LP18

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF15LP19
2.o ANO

3.o BIMESTRE
7
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Conto popular; Cantiga popular; Fórmulas de escolha; Capa de gibi; Reconto oral; História em –– Sílabas –– Sons nasais: M, N e til
quadrinhos; Adivinhas; Lendas folclóricas; Entrevista; Parlenda; Ficha informativa – QR code; –– Tipos de balão e onomatopeias –– Letras C, G e Q
Trava-línguas; Listas; Texto informativo; Regra de jogo; Poemas; Poemas visuais; Limeriques –– Pontuação –– A cedilha
–– Brincadeiras poéticas com palavras
–– Brincando com rimas
–– Sinônimos e antônimos

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE


GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF02LP01 / EF02LP03 / EF02LP07 / EF02LP12 / EF02LP14 /EF02LP15 / EF02LP20 / EF02LP22 / EF02LP04 / EF02LP05 / EF02LP08 / EF02LP09 / EF02LP10 / EF02LP11 / EF02LP16 /
EF02LP23 / EF02LP24 /EF02LP26 / EF02LP27 / EF12LP01 / EF12LP02 / EF12LP03 / EF12LP04 / EF02LP17 / EF02LP25 / EF02LP28 / EF02LP29 / EF12LP07 / EF12LP14 / EF12LP19
EF12LP05 / EF12LP06 / EF12LP17 / EF12LP18

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP14 / EF15LP15 / EF15LP16 /
EF15LP17 / EF15LP18 / EF15LP19

–3
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

4.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Aviso; Lista; Quiz; Contos de fadas; Contos tradicionais; Reconto oral; Anúncio; Convite; Manchete; –– Estrutura do texto narrativo –– Letra H (inicial)
Reportagem; Jornal falado; Bilhete; Poema; "Scrapbook encantado"; Regras de jogo –– Pontuação –– Letra H (interna)
–– Caracterização de personagens –– Correspondências P/B, T/D, F/V
–– Aumentativo e diminutivo –– Correspondências C/Q, E/I, O/U finais
2.o ANO

–– Letra R
–– Separação silábica
7
HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF02LP01 / EF02LP13 / EF02LP20 / EF02LP21 / EF02LP22 / EF02LP23 / EF02LP26 / EF02LP27 / EF02LP02 / EF02LP03 / EF02LP04 / EF02LP05 / EF02LP07 / EF02LP08 / EF02LP09 /
EF12LP01 / EF12LP02 / EF12LP03 / EF12LP04 / EF12LP05 / EF12LP06 / EF12LP08 / EF12LP09 / EF02LP11 / EF02LP16 / EF02LP17 / EF02LP28 / EF12LP14 / EF12LP16
EF12LP11 / EF12LP12 / EF12LP17

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF15LP19

1.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Autorretrato; Ficha informativa; Lista; Obras de arte (pinturas, gravuras); Contos; Diálogos; Ditados –– Uso do dicionário –– Introdução aos estudos ortográficos
populares; Regra de brincadeira; Reportagem; Legenda; Carta enigmática; Verbetes; Texto –– Classificação das palavras quanto ao –– Releitura com focalização
informativo; Carta pessoal / Carta do leitor; Cartão postal; Bilhete; Quiz; Curiosidades; Boletim de número de sílabas –– Letra R/RR
curiosidades; História em quadrinhos; Tirinhas; Você sabia?; Biografia; Relatos de observação de –– Sílaba tônica
3.o ANO

fatos; Experiências pessoais; Opiniões

7 HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


EF03LP11 / EF03LP12 / EF03LP13 / EF03LP14 / EF03LP15 / EF03LP18 / EF03LP20 / EF03LP22 / EF03LP01 / EF03LP02 / EF03LP03 / EF35LP12 / EF35LP13 EF03LP04 / EF03LP05 /
EF03LP24 / EF03LP25 / EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP06 / EF03LP06 / EF03LP07 / EF03LP16 / EF03LP17 / EF35LP16 / EF03LP23 / EF03LP26 /
EF35LP07 / EF35LP10 / EF35LP11 / EF35LP15 / EF35LP17 / EF35LP18 / EF35LP19 / EF35LP20 / EF35LP29 / EF35LP31
EF35LP21 / EF35LP22 / EF35LP23 / EF35LP25 / EF35LP26 / EF35LP27

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP14 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP18

4–
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

2.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Relatos de observação de fatos, experiências pessoais, opiniões; Reconto oral; Fábula; Fábula em –– Paragrafação –– Letras C e QU
quadrinhos; Texto teatral; Gráficos e tabelas; Texto informativo; Biografia; Sumário; Tirinha; Diário; Áudio: –– Substantivos próprios e comuns –– Palavras terminadas com E e I
gincana de onomatopeias; Curiosidades; Lista; Poema; Reportagem; Leitura de mapas e legendas; –– Substantivos coletivos –– Letras G e GU
Roteiro de visitação; Cartaz: Campanha de conscientização; Conto etiológico; Entrevista; Conto clássico –– Substantivos: gênero, número e grau

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE


GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP12 / EF35LP13 / EF35LP29 / EF35LP30 / EF35LP31 / EF03LP01 / EF03LP02 /
EF35LP09 / EF35LP10 / EF35LP15 / EF35LP17 / EF35LP18 / EF35LP20 / EF35LP21 / EF35LP22 / EF03LP03 / EF03LP04 / EF03LP05 / EF03LP06 / EF03LP07 / EF03LP08 / EF03LP09 /
EF35LP23 / EF35LP24 / EF35LP25 / EF35LP26 / EF35LP27 / EF35LP28 / EF03LP11 / EF03LP12 / EF03LP10 / EF03LP16 / EF03LP17
EF03LP13 / EF03LP14 / EF03LP19 / EF03LP21 / EF03LP22 / EF03LP24 / EF03LP25 / EF35LP24

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


3.o ANO

EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP14 / EF15LP15 /
EF15LP16 / EF15LP17 / EF15LP18
7
3.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA Ortografia
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática –– Sons nasais: letras M, N e til
Relatos de observação de fatos, experiências pessoais, opiniões; Reconto oral; Texto informativo; –– Pontuação expressiva –– Palavras com JE/JI, GE/GI
Tirinha; História em quadrinhos; Lista; Poemas; Teste; Tela (pintura); Contos modernos; Contos –– Criação de histórias de suspense
tradicionais; Contos de suspense; Conto acumulativo; Contos populares; Biografia; Cordel; Receitas –– Adjetivos
culinárias (oral / em vídeo); Cruzadinha; Regras de jogos; Entrevista; Mapas; Adivinhas –– Repetição de palavras
–– Pronomes

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE


GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF03LP01 / EF03LP02 / EF03LP04 / EF03LP07 / EF03LP08 / EF03LP09 / EF35LP12 /
EF35LP09 / EF35LP10 / EF35LP11 / EF35LP15 / EF35LP17 / EF35LP21 / EF35LP23 / EF35LP25 / EF35LP13 / EF35LP14 / EF35LP29
EF35LP26 / EF35LP27 / EF03LP11 / EF03EF15 / EF03LP19 / EF03LP24 / EF03LP25 / EF03LP27

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF15LP19
–5
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

4.o BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Relatos de observação de fatos, experiências pessoais, opiniões; Exposição oral; Reconto oral; Letra –– Pontuação de diálogos –– Família de palavras
de música; Conto; Texto instrucional; Tirinha; História em quadrinhos; Contos tradicionais; Biografia; –– Verbos –– Letra S no início da palavra
QR Code; Cruzadinha; Regras de jogos; Tutorial; Dedicatória; Receita; Carta; Lista; Resumo –– SS
–– S entre vogais
3.o ANO

7 HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


EF03LP11 / EF03LP14 / EF03LP25 / EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP12 / EF35LP13 / EF35LP30 / EF03LP13 / EF03LP16 / EF03LP01 / EF03LP02 /
EF35LP05 / EF35LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP09 / EF35LP10 / EF35LP11 / EF35LP21 / EF03LP07 / EF03LP08 / EF03LP09 / EF03LP10 / EF03LP26 / EF35LP30
EF35LP22 / EF35LP25 / EF35LP26

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP09 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP14 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP18

1.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Contos de fadas; Listas; Textos informativos; Reconto de histórias; Obras de arte (pinturas, desenhos); –– Tonicidade das palavras –– E/I e O/U no final das palavras
Sinopse; Entrevista; Contos modernos; Anúncios classificados; Jogral / Leitura dramatizada; Poemas –– Monossílabos átonos e tônicos –– EL ou ÉU em final de palavra
/ Poemas visuais; Biografia; Histórias em quadrinhos / Tirinhas; Fotografias; Filmes; Relatos de –– Acentuação
observação de fatos, experiências pessoais, opiniões
4.o ANO

7 HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP09 / EF04LP01 / EF04LP02 / EF04LP04 / EF04LP05 / EF04LP26 / EF35LP31
EF35LP10 / EF35LP17 / EF35LP19 / EF35LP21 / EF35LP23 / EF35LP27 / EF35LP28 / EF04LP22 /
EF04LP10 / EF35LP12

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP17 / EF15LP18

6–
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

2.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Relatos de observação de fatos, experiências pessoais, opiniões; Texto instrucional; Mensagem –– Substantivos próprios e comuns, simples –– Letra Z (partes 1 e 2)
secreta; Regra de jogo; Biografia; Conto de mistério; Conto de investigação; Quiz; Lista; Anotações e compostos, primitivos e derivados
gerais; Texto teatral; Teatro musical; Sinopse; Poster / Cartaz; Reportagem; Textos informativos; –– Artigos e substantivos
Tirinha; Fábula –– Concordância: substantivos e adjetivos
–– Locuções adjetivas
–– Adjetivos pátrios

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE


GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF35LP01 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP09 / EF35LP19 / EF04LP01 / EF04LP02 / EF04LP05 / EF04LP06 / EF04LP07 / EF04LP13 / EF04LP27 /
EF35LP21 / EF35LP25 / EF35LP26 / EF04LP21 / EF04LP25 EF35LP13 / EF35LP29

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


4.o ANO

EF15LP02 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP16 / EF15LP19
7
3.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Relatos de observação de fatos, experiências pessoais, opiniões; Lendas; Superstições populares; –– Pontuação interna: ponto final, dois –– Letras X e CH
Almanaque; Cantigas de roda; Adivinhas; Curiosidades populares; Cruzadinhas; Caça-palavras; pontos, uso da vírgula –– Sons do X
Brincadeiras; Reconto oral; Contos clássicos; Contos de aventura; Histórias em quadrinhos; –– Vocativo
Cards; Regras de jogo; Quiz; Lista; Sumário; Cartaz; Reportagem; Textos informativos; Tirinha; –– Uso do travessão
Onomatopeias; Mapa conceitual –– Pronomes

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE


GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP08 / EF35LP09 / EF35LP17 / EF04LP01 / EF04LP02 / EF04LP03 / EF04LP05 / EF04LP06 / EF04LP13 / EF04LP23 /
EF35LP21 / EF35LP26 / EF04LP14 / EF04LP20 / EF04LP21 / EF04LP22 / EF35LP24 / EF35LP30 EF35LP13 / EF35LP14 / EF35LP29

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP13 / EF15LP14 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP18

–7
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

4.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Relatos de observação de fatos, experiências pessoais, opiniões; Exposição oral; Tabelas; Notícia / –– Verbos –– Terminações OU/OL, EU/EL, IU/IL
Fake news; Reportagem; Gráficos; Vídeo; Regras de jogo; Texto informativo; Primeira página de jornal; –– Verbos: flexão e concordância –– AM ou ÃO no final das palavras
Manchete / lide / fotomanchete / legenda / cabeçalho; Home de jornal digital; Textos argumentativos;
Tirinhas; Podcasts; Infográfico; Crônica; Teste; Artigos; Anúncio classificado; Listas; Planner daily;
4.o ANO

Entrevista; Folheto; Cartaz


7
HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF35LP01 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP09 / EF35LP10 / EF04LP01 / EF04LP02 / EF04LP05 / EF04LP06 / EF04LP07 / EF04LP08 / EF04LP13 /
EF35LP17 / EF35LP15 / EF04LP14 / EF04LP15 / EF04LP16 / EF04LP17 / EF04LP19 / EF04LP20 / EF04LP18 / EF04LP23 / EF04LP24 / EF35LP13 / EF35LP16
EF04LP21 / EF04LP11 / EF04LP12

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP09 / EF15LP11 / EF15LP13 / EF15LP18

1.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Contos de aventura; Testes; Contos clássicos; Textos informativos; Crônica; Regras de jogo; Tabuleiro –– Encontros vocálicos e consonantais –– Som da letra /s/
de jogo de percurso; Ficha de dados pessoais; Notícia; Reportagem; Gráfico de barras; Tirinha; –– Dígrafos –– Marcas de oralidade – Escrevo como
Infográfico; Resumo; Você sabia?; Nanoconto; Reconto de histórias; Letra de música; Filmes –– Discurso direto e indireto se fala?
5.o ANO

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE


7
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF05LP24 / EF05LP09 / EF05LP10 / EF05LP11 / EF05LP12 / EF05LP15 / EF05LP16 / EF05LP23 / EF05LP01 / EF05LP02 / EF05LP03 / EF05LP08 / EF35LP12 / EF35LP13 / EF35LP30
EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 /
EF35LP09 / EF35LP10 / EF35LP11 / EF35LP17 / EF35LP19 / EF35LP21 / EF35LP22 / EF35LP25 /
EF35LP28

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF15LP19

8–
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

2.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Relatos de observação de fatos, experiências pessoais, opiniões; Regras de jogo; Textos informativos; –– Acentuação gráfica –– DEZ/ DES no início da palavra
QR Code; Esboço / Legenda; Ficha informativa; Podcast; Lista; Crônica (oral e escrita); Anúncio –– Monossílabos átonos e tônicos –– S/Z no final da palavra
publicitário; Cartaz; Slogan / Jingle; Campanha de conscientização; Biografia; Contos modernos; –– Verbo: modo imperativo –– Palavras com mesmo som, mas com
Receita; Sinopse; Capítulo de livro (pop-up) –– Preposição grafia e significados diferentes
–– Pronomes possessivos e demonstrativos

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


EF05LP09 / EF05LP10 / EF05LP11 / EF05LP12 / EF05LP15 / EF05LP17 / EF05LP18 / EF05LP19 / EF05LP01 / EF05LP02 / EF05LP03 / EF05LP08 / EF05LP14 / EF05LP20 / EF05LP21 /
EF05LP24 / EF05LP25 / EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP07 / EF05LP26 / EF35LP12 / EF35LP13 / EF35LP14 / EF35LP29
EF35LP08 / EF35LP09 / EF35LP10 / EF35LP15 / EF35LP17 / EF35LP18 / EF35LP19 / EF35LP21 /
EF35LP25 / EF35LP26
5.o ANO

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


7
EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP18

3.o BIMESTRE
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Hashtag / legenda; Você sabia?; Anotações – Álbum de viagem; Contos mitológicos; Expressões –– Advérbio e locução adverbial –– Palavras com NS e NÇ
populares; Memes; Exposição oral: Seminário; Videominuto; Ficha informativa; Textos informativos; –– Verbos: tempo, número e pessoa –– Eu, revisor!
Poema; Contos africanos; Cordel; Biografia; Contos etiológicos; Lista de indicações de leitura (curadoria)

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE


GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA
EF05LP09 / EF05LP10 / EF05LP13 / EF05LP16 / EF05LP18 / EF05LP19 / EF05LP20 / EF05LP22 / EF05LP01 / EF05LP02 / EF05LP03 / EF05LP04 / EF05LP05 / EF05LP06 / EF05LP08 /
EF05LP24 / EF05LP30 / EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP07 / EF05LP26 / EF05LP27 / EF35LP12 / EF35LP13 / EF35LP14 / EF35LP29 / EF35LP30
EF35LP08 / EF35LP09 / EF35LP10 / EF35LP11 / EF35LP17 / EF35LP18 / EF35LP19 / EF35LP20 /
EF35LP21 / EF35LP23 / EF35LP27 / EF35LP28

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP15 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF15LP19

–9
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

4.o BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


Oralidade, leitura, escuta e produção Gramática Ortografia
Painel colaborativo; Verbetes enciclopédicos; QR Code; Você sabia?; Contos; Resumo; Textos –– Interjeição –– Construindo regras
informativos; Resenha crítica; Entrevista; Infográfico; História em quadrinhos; Quiz; Diário pessoal –– Numerais
–– Conjunção
–– Formação de palavras: prefixos e sufixos
5.o ANO

7 HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO BIMESTRE

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


EF05LP09 / EF05LP10 / EF05LP11 / EF05LP12 / EF05LP15 / EF05LP16 / EF05LP22 / EF05LP24 / EF05LP01 / EF05LP02 / EF05LP03 / EF05LP04 / EF05LP06 /EF05LP07 / EF05LP08 /
EF35LP01 / EF35LP02 / EF35LP03 / EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF05LP14 / EF05LP20 / EF05LP26 / EF05LP27 / EF35LP12 / EF35LP13 / EF35LP14 /
EF35LP09 / EF35LP10 / EF35LP17 / EF35LP20 / EF35LP21 / EF35LP22 / EF35LP25 / EF35LP26 EF35LP29 / EF35LP30

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO DESENVOLVIMENTO DO 1.o AO 5.o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP04 / EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF15LP14 / EF15LP15 / EF15LP16 /
EF15LP18 / EF15LP19

10 –
LÍNGUA PORTUGUESA – 4.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
1 Unidade 1 – Histórias de reinos distantes EF15LP09
1
2 Atividade inicial – Código secreto EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP11

3 Hora do texto – “A chave dourada” EF15LP01 / EF15LP15 / EF35LP01 /EF35LP03

1 4 Hora do texto – “Era uma vez”, texto informativo EF15LP18 / EF35LP17 / EF35LP21

5 Hora da história – Rotação por estações EF35LP10 / EF35LP19 / EF15LP18 / EF15LP10 / EF35LP02

6 Hora da história – Rotação por estações EF35LP10 / EF35LP19 / EF15LP18 / EF15LP10 / EF35LP02

7 Hora do texto – “Quem foi Charles Perrault” EF15LP18 / EF35LP17 / EF35LP21

8 Produção de texto — Sinopse EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF35LP07 / EF35LP09

9 Produção de texto — “A Bela Adormecida no bosque” EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF35LP07 / EF35LP09

10 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Tonicidade das palavras EF04LP04

11 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Tonicidade das palavras EF04LP04


2
12 Hora do texto – “Quem foram os Irmãos Grimm” EF15LP18 / EF35LP17 / EF35LP21

EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF35LP01 / EF35LP03 /


13 Hora do texto – “O Príncipe-Rã ou Henrique de Ferro”, Contos de Grimm, trad. M. H. Penteado
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21
EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF35LP01 / EF35LP03 /
14 Hora do texto – “O Príncipe-Rã ou Henrique de Ferro”, Contos de Grimm, trad. M. H. Penteado
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21
EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF35LP01 / EF35LP03 /
15 Hora do texto – “O Príncipe-Rã ou Henrique de Ferro”, Contos de Grimm, trad. M. H. Penteado
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21

16 Produção de texto – Diálogo EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF04LP10

17 Produção de texto – Diálogo EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08 / EF04LP10

Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – Letras E ou I no final da palavra / Letras O ou U no final
3 18 EF04LP01 / EF04LP02
da palavra
Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – Letras E ou I no final da palavra / Letras O ou U no final
19 EF04LP01 / EF04LP02
da palavra

20 Produção de texto – Anúncio classificado EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF15LP08

21 Hora do texto – “Quem foi Hans Christian Andersen” EF15LP18 / EF35LP17 / EF35LP21

– 11
LÍNGUA PORTUGUESA – 4.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF35LP01 / EF35LP03 /
1 22 Hora do texto – “A roupa nova do rei”, de Willian J. Bennett
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21 / EF04LP22 / EF35LP12
EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF15LP18 / EF35LP01 / EF35LP03 /
23 Hora do texto – “A roupa nova do rei”, de Willian J. Bennett
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21 / EF04LP22 / EF35LP12
EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 /EF15LP18 / EF35LP01 / EF35LP03 /
24 Hora do texto – “A roupa nova do rei”, de Willian J. Bennett
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21 / EF04LP22 / EF35LP12
4
25 Hora do texto – “Cinderela”, de Perrault / Grimm EF15LP12 / EF15LP02 / EF15LP15 / EF35LP01

26 Hora do texto – “Cinderela”, de Perrault / Grimm EF15LP12 / EF15LP02 / EF15LP15 / EF35LP01

27 Produção de texto – Áudio-história EF15LP05 / EF15LP08

28 Hora da história – “Uma ideia toda azul”, de Marina Colassanti EF15LP01 / EF35LP02

29 Produção de texto – Conto de fadas EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP09

30 Produção de texto – Conto de fadas EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP09

31 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF35LP09 / EF04LP05

5 32 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF35LP09 / EF04LP05

33 Unidade 2 – De poesia em poesia EF15LP09 / EF35LP28

34 Atividade inicial – Círculo poético EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP12 /EF15LP13 / EF35LP10 / EF35LP28

35 Atividade inicial – Círculo poético EF15LP09 / EF15LP10 / EF15LP12 / EF15LP13 / EF35LP10 / EF35LP28

36 Hora do texto – “Eles, os poetas” EF35LP01 / EF35LP23

37 Produção de texto – Criatividade EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP27

38 Hora do texto – “Meu amigão”, Pedro Bandeira EF15LP01 / EF15LP15 / EF35LP23

6 39 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Acentuação EF04LP04

40 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Acentuação EF04LP04

41 Hora do texto – “Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz”, de Otavio Roth EF15LP01 / EF15LP15 / EF35LP23 / EF35LP31

42 Produção de texto – “Coisinhas à toa que deixam a gente feliz” EF15LP01 / EF15LP15 / EF35LP23 / EF35LP31

12 –
LÍNGUA PORTUGUESA – 4.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
43 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Ditado acentuado EF04LP04 / EF35LP31
1
44 Hora do texto – “Trem de ferro”, de Manuel Bandeira EF15LP01 / EF15LP15 / EF35LP23 / EF35LP31

45 Hora do texto – “Trem de ferro”, de Manuel Bandeira EF15LP01 / EF15LP15 / EF35LP23 / EF35LP31

7 46 Hora do texto – “O leão”, de Vinicius de Moraes EF15LP01 / EF15LP15 / EF35LP23 / EF35LP31

47 Hora do texto – “O leão”, de Vinicius de Moraes EF15LP01 / EF15LP15 / EF35LP23 / EF35LP31

48 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – EL ou EU em final de palavra EF04LP01 / EF04LP02

49 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – EL ou EU em final de palavra EF04LP01 / EF04LP02

50 Hora do texto – Poesia visual – “Chuva”, de Fernando Paixão EF35LP23

51 Produção de texto – Poema visual EF15LP17 / EF15LP08

EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP28 / EF35LP27 / EF35LP31 /


52 Produção de texto – Café poético
EF35LP27 / EF04LP26
EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP28 / EF35LP27 / EF35LP31 /
8 53 Produção de texto – Café poético
EF35LP27 / EF04LP26
EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP28 / EF35LP27 / EF35LP31 /
54 Produção de texto – Café poético
EF35LP27 / EF04LP26

55 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF35LP09 / EF04LP05 / EF35LP31 / EF04LP26

56 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF35LP09 / EF04LP05 / EF35LP31 / EF04LP26

57 Unidade 3 – Elementar, meu caro aluno! EF15LP11


2
58 Atividade inicial EF15LP09 / EF15LP10

59 Exploração e descoberta – Hora do jogo: Detetive EF15LP12 / EF04LP13

60 Exploração e descoberta – Hora do jogo: Detetive EF15LP12 / EF04LP13


9
EF15LP10 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF35LP01 / EF35LP03 /
61 Hora do texto – “Sherlock Holmes”, de Marcos Rey
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21
EF15LP10 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF35LP01 / EF35LP03 /
62 Hora do texto – “Sherlock Holmes”, de Marcos Rey
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21

63 Produção de texto (parte 1) – Conto de investigação EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP25 / EF35LP29

– 13
LÍNGUA PORTUGUESA – 4.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
64 Produção de texto (parte 1) – Conto de investigação EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP25 / EF35LP29
2
65 Produção de texto (parte 1) – Conto de investigação EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP25 / EF35LP29
Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Substantivos: próprios/comuns, simples/compostos, primitivos/
66 EF04LP06 / EF04LP07
derivados
Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Substantivos: próprios/comuns, simples/compostos, primitivos/
67 EF04LP06 / EF04LP07
10 derivados
Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Substantivos: próprios/comuns, simples/compostos, primitivos/
68 EF04LP06 / EF04LP07
derivados
EF15LP10 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF35LP01 / EF35LP03 /
69 Hora do texto – “O incrível enigma do galinheiro”, de Marcos Rey
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21
EF15LP10 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF35LP01 / EF35LP03 /
70 Hora do texto – “O incrível enigma do galinheiro”, de Marcos Rey
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21
71 Exploração e descoberta – Troca de ideias – Pegadas EF15LP09 / EF35LP19 / EF15LP19

72 Produção de texto (parte 2) – Detetive EF35LP25 / EF35LP29

73 Hora do texto – “As ‘dez mais’ regras de vigilância”, de Dan Waddell e Jim Smith EF15LP09 / EF15LP02 / EF35LP01 / EF35LP03

11 74 Hora do texto – “As ‘dez mais’ regras de vigilância”, de Dan Waddell e Jim Smith EF15LP09 / EF15LP02 / EF35LP01 / EF35LP03

75 Produção de texto (parte 3) – Suspeitos EF35LP25 / EF35LP29

76 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Artigos e substantivos EF04LP06 / EF04LP07

77 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Artigos e substantivos EF04LP06 / EF04LP07


EF15LP10 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF35LP01 / EF35LP03 /
78 Hora do texto – “Os três gravetos”, de Rogério Andrade Barbosa
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21
EF15LP10 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF15LP16 / EF35LP01 / EF35LP03 /
79 Hora do texto – “Os três gravetos”, de Rogério Andrade Barbosa
EF35LP04 / EF35LP05 / EF35LP21
80 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – Letra Z (parte 1) EF04LP01 / EF04LP02 / EF35LP13
12
81 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – Letra Z (parte 1) EF04LP01 / EF04LP02 / EF35LP13

82 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – Letra Z (parte 1) EF04LP01 / EF04LP02 / EF35LP13

83 Produção de texto (parte 4) – Finalização do caso EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP25 / EF35LP29

84 Produção de texto (parte 4) – Finalização do caso EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP07 / EF35LP08 / EF35LP25 / EF35LP29

14 –
LÍNGUA PORTUGUESA – 4.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
85 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF04LP01 / EF35LP09 / EF04LP05
2 86 Unidade 4 – Abrem-se as cortinas EF15LP11
87 Atividade inicial EF15LP09 / EF15LP10
13 88 Atividade inicial – Máscaras EF04LP25 / EF15LP12 / EF04LP13
89 Produção de texto – Roteiro inicial EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27
90 Produção de texto – Roteiro inicial EF15LP05 / EF15LP06 / EF15LP07 / EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27
91 Produção de texto – Camarim EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27 /
92 Hora do texto – “Pequena história do teatro ocidental”, de Tania Brandão EF15LP08 / EF15LP02
93 Hora do texto – “Pequena história do teatro ocidental”, de Tania Brandão EF15LP08 / EF15LP02
94 Hora do texto – “O rapto das cebolinhas”, de Maria Clara Machado EF15LP08 / EF15LP02 / EF35LP26 / EF04LP27
14 95 Hora do texto – “O rapto das cebolinhas”, de Maria Clara Machado EF15LP08 / EF15LP02 / EF35LP26 / EF04LP27
96 Hora do texto – “O rapto das cebolinhas”, de Maria Clara Machado EF15LP08 / EF15LP02 / EF35LP26 / EF04LP27
97 Produção de texto — Nasce um musical EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27 / EF35LP24
98 Produção de texto — Nasce um musical EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27 / EF35LP24
99 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Concordância, substantivo e adjetivo/adjetivos pátrios EF04LP06 / EF04LP07
100 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Concordância, substantivo e adjetivo/adjetivos pátrios EF04LP06 / EF04LP07
101 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Concordância, substantivo e adjetivo/adjetivos pátrios EF04LP06 / EF04LP07
15 102 Produção de texto (parte 2) – Cartaz EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27 / EF04LP21
103 Produção de texto (parte 2) – Cartaz EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27 / EF04LP21
104 Hora do texto – “Peça lambe-lambe é vista através de um buraquinho”, de Gabriella Mancini EF15LP08 / EF15LP02
105 Hora do texto – “Peça lambe-lambe é vista através de um buraquinho”, de Gabriella Mancini EF15LP08 / EF15LP02
106 Produção de texto (parte 3) – Roteiro EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27
107 Produção de texto (parte 3) – Roteiro EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27
108 Produção de texto – Apresentação do musical EF04LP25 / EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27
16 109 Produção de texto – Apresentação do musical EF04LP25 / EF35LP26 / EF35LP29 / EF04LP27
110 Hora do texto – “Os dois viajantes e a onça”, de José Carlos Aragão EF15LP08 / EF15LP02 / EF35LP26 / EF04LP27
111 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – Letra Z (parte 2) EF04LP01 / EF04LP02 / EF35LP13
112 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF04LP01 / EF35LP09 / EF04LP05

– 15
LÍNGUA PORTUGUESA – 4.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
113 Unidade 5 – Tantas lendas... EF15LP09 / EF15LP10
3 114 Atividade inicial EF04LP13 / EF35LP02
115 Produção de texto – Cartaz "Procurado" EF04LP23 / EF35LP08 / EF04LP22
17 116 Almanaque EF04LP23 / EF35LP08 / EF04LP22
117 Hora da história – “Como nasceram as estrelas”, de Clarice Lispector EF15LP01 / EF35LP02 / EF15LP15
118 Hora da história – “Como nasceram as estrelas”, de Clarice Lispector EF15LP01 / EF35LP02 / EF15LP15
119 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Pontuação interna / vocativo EF04LP05
120 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Pontuação interna / vocativo EF04LP05
121 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Pontuação interna / vocativo EF04LP05
122 Hora do texto – “A lenda do guaraná”, de Roberval Cardoso EF15LP15 / EF15LP16
18 123 Hora do texto – “A lenda do guaraná”, de Roberval Cardoso EF15LP18 / EF35LP05 / EF04LP03
124 Hora da história – “O choro dos ipês” EF15LP15 / EF35LP21 / EF15LP01 / EF35LP02
125 Hora da história – “O choro dos ipês” EF15LP15 / EF35LP21 / EF15LP01 / EF35LP02
126 Produção de texto – Explicação para lendas EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP09 / EF35LP17
127 Produção de texto – Explicação para lendas EF15LP05 / EF15LP06 / EF35LP09 / EF35LP17
128 Produção de texto – Almanaque EF04LP23 / EF35LP08 / EF04LP22
129 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – X ou CH? EF04LP01 / EF04LP02 / EF35LP13
19 130 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – X ou CH? EF04LP01 / EF04LP02 / EF35LP13
131 Produção de texto – Criação de lenda EF04LP06 / EF35LP29 / EF15LP07 / EF35LP09 / EF35LP26
132 Produção de texto – Criação de lenda EF04LP06 / EF35LP29 / EF15LP07 / EF35LP09 / EF35LP26
133 Almanaque EF04LP23 / EF35LP08 / EF04LP22
134 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Pontuação interna – Travessão EF04LP05 / EF35LP30
135 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Pontuação interna – Travessão EF04LP05 / EF35LP30
136 Produção de texto – Roteiro criação de lenda EF15LP07 / EF35LP09
20 137 Produção de texto – Criação de lenda EF04LP06 / EF35LP29
138 Produção de texto – Almanaque EF04LP23 / EF35LP08 / EF04LP22
139 Produção de texto – Almanaque EF04LP23 / EF35LP08 / EF04LP22
140 Produção de texto – Almanaque EF04LP23 / EF35LP08 / EF04LP22

16 –
LÍNGUA PORTUGUESA – 4.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
141 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF04LP01 / EF35LP09 / EF04LP05
3 142 Unidade 6 – Vida de herói EF15LP09 / EF15LP10
143 Atividade inicial EF15LP11 / EF15LP13
21 144 Missão “Em ordem” – Hora da história – “Paulo e o fantasma”, de Carmen Gil e Anna Laura Cantatone EF35LP03 / EF15LP15
145 Hora do texto – “A competição”, de Neil Philip EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF35LP01 / EF35LP04
146 Hora do texto – “A competição”, de Neil Philip EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF35LP01 / EF35LP04
147 Missão “Escolha certa” EF35LP04
148 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Pronomes EF04LP06 / EF35LP14
149 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Pronomes EF04LP06 / EF35LP14
150 Missão “Perguntei sem querer” EF35LP14
22 151 Produção de texto – Cards superincríveis EF04LP13
152 Produção de texto – Cards superincríveis EF35LP08
153 Produção de texto – Criação de vilão EF04LP21
154 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – Os outros sons do X EF04LP01 / EF04LP02 / EF35LP13
155 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – Os outros sons do X EF04LP01 / EF04LP02 / EF35LP13
156 Missão “Soletrando” EF35LP05 / EF04LP03 / EF04LP23
157 Hora do texto – História em quadrinhos EF15LP14 / EF15LP05 / EF15LP07 / EF15LP08
23 158 Missão “Cara feia” EF15LP18 / EF15LP14
159 Hora do texto – “Herói por acaso”, de Ricardo Gallo EF35LP01 / EF35LP03 / EF04LP14 / EF35LP21
160 Hora do texto – “Herói por acaso”, de Ricardo Gallo EF35LP01 / EF35LP03 / EF04LP14 / EF35LP21
161 Missão “Heróis de verdade” EF04LP20 / EF04LP21
162 Hora do texto – “O pequeno herói da Holanda”, de Etta A. e M. Frances Blaisdell, trad. R. Silveira EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF35LP01 / EF35LP04
163 Hora do texto – “O pequeno herói da Holanda”, de Etta A. e M. Frances Blaisdell, trad. R. Silveira EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP03 / EF35LP01 / EF35LP04
164 Missão “Heróis x vilões” EF15LP13 / EF04LP13
24 165 Missão “Heróis x vilões” EF15LP13 / EF04LP13
166 Produção de texto – História em quadrinhos EF15LP14 / EF15LP05 / EF15LP07 / EF15LP08
167 Produção de texto – História em quadrinhos EF15LP14 / EF15LP05 / EF15LP07 / EF15LP08
168 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF04LP01 / EF35LP09 / EF04LP05

– 17
LÍNGUA PORTUGUESA – 4.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
169 Unidade 7 – Informação no século XXI: o mundo conectado EF15LP09 / EF15LP11
4 170 Atividade inicial EF15LP13 / EF35LP10
171 Atividade inicial EF15LP13 / EF35LP10
25 172 Plantão é notícia EF04LP17 / EF04LP18
173 Hora do texto – Novas e antigas tecnologias EF04LP19 / EF04LP20 / EF35LP17
174 Troca de ideias – Coleta de dados EF04LP19 / EF04LP24
175 Hora do jogo: Fake news EF04LP13
176 Hora do texto – Jornal EF35LP01 / EF04LP14 / EF04LP15
177 Produção de texto – O dia em que nasci EF15LP05 / EF04LP16 / EF04LP21
178 Produção de texto – O dia em que nasci EF15LP05 / EF04LP16 / EF04LP21
26 179 Hora do texto – Jornal digital EF35LP01 / EF04LP14 / EF04LP15
180 Hora do jogo EF04LP13 / EF35LP16
181 Produção de texto – Manchetes e lides EF35LP16
182 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Verbos EF04LP06
183 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Verbos EF04LP06
184 Troca de ideias – Roda da discussão EF35LP15 / EF04LP11
185 Hora do texto – Podcasts EF04LP17 / EF04LP16 / EF04LP21
27 186 Produção de texto – Podcast EF04LP17 / EF04LP16 / EF04LP21
187 Produção de texto – Podcast EF04LP17 / EF04LP16 / EF04LP21
188 Hora do texto – “A vida no quintal”, de Gabriela Romeu EF35LP01 / EF04LP14 / EF04LP15 / EF35LP04
189 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – Terminações OU/OL, EU/EL, IU/IL EF04LP01 / EF04LP02 / EF35LP13
190 Produção de texto – Podcast EF04LP17 / EF04LP16 / EF04LP21 / EF04LP12
191 Produção de texto – Podcast EF04LP17 / EF04LP16 / EF04LP21 / EF04LP12
192 Produção de texto – Podcast EF04LP17 / EF04LP16 / EF04LP21 / EF04LP12
28 193 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF04LP01 / EF35LP09 / EF04LP05
194 Unidade 8 – Planeta em (re)construção EF15LP09 / EF15LP13
195 Atividade inicial EF04LP20 / EF35LP17
196 Hora do texto – “O ipê amarelo”, de Ignácio de Loyola Brandão EF15LP01 / EF15LP02 / EF35LP01 / EF35LP03

18 –
LÍNGUA PORTUGUESA – 4.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
197 Hora do texto – “O ipê amarelo”, de Ignácio de Loyola Brandão EF15LP01 / EF15LP02 / EF35LP01 / EF35LP03
4
198 Hora do “teste” EF15LP18 / EF35LP05 / EF35LP17
199 Análise e reflexão sobre a língua – Gramática – Verbos: flexão e concordância EF04LP06
29 200 Produção de texto – Anúncio classificado EF35LP07 / EF35LP08 / EF04LP21
201 Hora do texto – Rotação por estações – Estação 1 EF04LP07 / EF04LP23 / EF35LP08 / EF35LP05
202 Hora do texto – Rotação por estações – Estação 2 EF04LP07 / EF04LP23 / EF35LP08 / EF35LP05
203 Produção de texto – Rotação por estações – Estação 3 EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP06 / EF35LP08 / EF35LP15
204 Produção de texto – Rotação por estações – Estação 4 EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP06 / EF35LP08 / EF35LP15
205 Hora do texto – “Pesquisa mostra que 76% não praticam consumo consciente no Brasil”, de Amelia Gonzalez EF15LP01 / EF15LP03 / EF35LP04 / EF35LP03 / EF04LP14 / EF35LP17
206 Hora do texto – “Pesquisa mostra que 76% não praticam consumo consciente no Brasil”, de Amelia Gonzalez EF15LP01 / EF15LP03 / EF35LP04 / EF35LP03 / EF04LP14 / EF35LP17
30 207 Hora do “teste” EF15LP18 / EF35LP05 / EF35LP17
208 Análise e reflexão sobre a língua – Ortografia – AM ou ÃO no final das palavras EF04LP08
209 Produção de texto – Manual do mundo sustentável EF15LP01 / EF15LP02 / EF15LP06 / EF35LP08 / EF35LP15
210 Caderno pautado: ver proposta no Manual EF04LP01 / EF35LP09 / EF04LP05

– 19
Subsídios teóricos
APRESENTAÇÃO E salienta que tais competências
A coleção didática do Sistema Objetivo de Ensino para o Ensino Fundamental é “[...] inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático proposto para
o resultado de uma sólida experiência na elaboração de materiais didáticos e em as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e
sua efetiva utilização. Os Cadernos do aluno e Livros do professor são elabora- Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no desenvolvi-
dos por coordenadores e professores de nossa equipe pedagógica, profissionais mento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB.”
com comprovada experiência na área educacional e atuantes em sala de aula. Considerando esses pressupostos, a BNCC apresenta as dez competências
Isso torna possível oferecer materiais didáticos com alto grau de aplicabilidade, gerais da educação básica para cujo desenvolvimento os diferentes compo-
na medida em que resultam de um profundo e intencional diálogo entre a teoria e nentes do currículo devem concorrer. São elas:
a prática no desenvolvimento das aulas e das propostas de atividades.
Além de oferecer as condições necessárias para a compreensão dos fenôme- 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o
nos envolvidos nas relações que se estabelecem durante a progressão dos mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
processos de aprendizagem, nosso objetivo central é garantir que as ações continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
pedagógicas fundadoras de nossa proposta teórico-metodológica ocorram em justa, democrática e inclusiva.
contextos verdadeiramente significativos. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
Partimos da concepção de que, nos dias atuais, não é mais possível conceber ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imagina-
o processo de ensino-aprendizagem apenas como mera transferência de infor- ção e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
mação. É preciso ir além, criando condições para que o aluno assuma um papel formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
ativo na construção do conhecimento e seja também um produtor do “saber”; com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
da mesma forma, é preciso garantir que o professor possa atuar como media-
dor desse processo, com capacidades aprimoradas de empoderar os alunos 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das lo-
em relação a aprender de maneira progressivamente autônoma, estimulando cais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da pro-
o pensamento reflexivo e a capacidade analítica dos objetos de conhecimento dução artístico-cultural.
vinculados a seus contextos de uso real. Assumimos, assim, nosso respeito ao 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras,
aluno, concebido como sujeito livre, competente, criativo e apto à realização de e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
novas descobertas. das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e par-
Identificamos que tais princípios – seguramente comprometidos com a forma- tilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes con-
ção integral do aluno e amparados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais textos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
(PCNs) – estão alinhados às competências gerais da Educação Básica defini-
das pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular)*. Vale destacar que a noção 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comuni-
de competência é definida pelo documento como sendo cação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
“[...] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilida- sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
des (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer pro-
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do tagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
mundo do trabalho.” 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
* A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define
o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciên-
assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que
preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). cia crítica e responsabilidade.
20 –
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para Procurou-se organizar, nas diferentes áreas de conhecimento, sequências di-
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns dáticas que favoreçam a reflexão, que estimulem a socialização de conheci-
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioam- mentos prévios, o levantamento de hipóteses, que mobilizem recursos cogni-
biental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com tivos, saberes e informações a serem aplicados nas mais diversas situações
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e de aprendizagem.
do planeta.
Partimos do pressuposto de que enfrentar desafios é parte essencial no pro-
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, com- cesso de aprendizagem. Assim, pensamos em situações didáticas que de-
preendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e sestabilizem o saber, para que, diante de desafios, os alunos reconheçam
as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. que aprender vai além da simples reprodução sucessiva daquilo que já sabe-
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, mos; aprender é uma constante sucessão de descobertas.
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos hu- Alguns pressupostos teóricos constituem os pilares dos processos de desen-
manos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e volvimento e de aprendizagem e norteiam nossa prática pedagógica. São eles:
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza. a) Integração
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibili- Consideramos que os aspectos biológicos e sociais são indissociáveis
dade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princí- e exercem influência mútua nos processos de crescimento e aprendiza-
pios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. gem das crianças e adolescentes. Assim, ao interagir com o meio social
influenciamos e somos influenciados, vivenciamos experiências diversas,
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. transformamos e somos transformados. Por essa razão, o desenvolvi-
Brasília, DF, 2017. mento humano deve ser visto como uma ação conjunta e não individual,
principalmente se a relação estabelecida for afetiva, efetiva e significativa.
Para assegurar o desenvolvimento dessas competências, o documento apre- “(...) o homem é um ser essencialmente social, impossível, portanto, de ser
senta um conjunto de habilidades específicas norteadoras para cada área de pensado fora do contexto da sociedade em que nasce e vive. Em outras
conhecimento, que devem ser interpretadas à luz dos contextos específicos em palavras, o homem não social, o homem considerado como molécula isola-
que serão utilizadas. da do resto de seus semelhantes, o homem visto como independente das
Em nosso material serão fornecidos, progressivamente, os conteúdos neces- influências dos diversos grupos que frequenta, o homem visto como imune
sários para o desenvolvimento de tais habilidades, apresentados por meio de aos legados da história e da tradição, este homem simplesmente não existe.”
estratégias pedagógicas que permitirão ao professor integrar valores cognitivos, LA TAILLE, Yves de. O lugar da interação social na
socioemocionais, pragmáticos, culturais e éticos às suas práticas de sala de concepção de Jean Piaget. In: LA TAILLE, Yves de;
aula, observando o respeito às suas diferentes representações. OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa.
Reconhecemos a importância do uso eficaz e consciente das tecnologias que Teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, p. 11.
sustentam o acesso à cultura digital e, alinhados às orientações expressas pela Nossa intenção é evidenciar a atuação do grupo como espaço de dis-
BNCC, reforçamos e expandimos o tratamento transversal dado às tecnologias cussão e troca de ideias, fomentando o desenvolvimento intelectual e
digitais de informação e comunicação. Nossa expectativa é estimular o desen- a (re)organização de diferentes pontos de vista a partir da perspectiva
volvimento do pensamento crítico e favorecer a aprendizagem continuada de do coletivo.
habilidades numa perspectiva integrada e comprometida com a formação de
cidadãos ativos. b) Autonomia
1. Proposta didático-pedagógica No processo de formação de um aluno autônomo, são fundamentais as
A proposta didático-pedagógica desta coleção é dar suporte ao desenvolvi- vivências em situações de cooperação, liberdade de pesquisa, respeito
mento de um processo de ensino-aprendizagem em que haja o predomínio mútuo e também experiência de vida. É a partir dessas trocas que a crian-
da experimentação, da descoberta, do “fazer” e da coautoria na construção e ça desenvolve sua personalidade. Esse processo, no entanto, é longo:
produção do conhecimento. inicia-se antes mesmo de a criança completar um ano de idade, desde
– 21
que lhe sejam oferecidas condições para tal desenvolvimento, e vai se que certamente pode comprometer a plena participação em situações
constituindo mediante a necessidade de tomada de decisões ao longo de diversas de aprendizagem, tão importantes para o seu desenvolvimento
toda a vida. integral.
A conquista da autonomia ocorre, por exemplo, quando temos que esco-
e) Acesso à cultura
lher ou criar caminhos alternativos para a resolução de problemas, para
É inquestionável que a escola tem como uma de suas mais importantes
a organização de ideias, para apreender e utilizar o jogo argumentativo
nas situações do cotidiano, para justificar ao validar ou não descobertas. funções sociais aproximar as crianças da cultura – não transmissiva, mas
Sob essa perspectiva, os conflitos são, portanto, necessários e devem ser sim democrática –, o que pressupõe participação, tendo em vista movi-
vistos como oportunidades educacionais fundamentais para a aquisição mentos de cooperação em favor do desenvolvimento de processos de
da autonomia. aprendizagem de forma real e significativa.
Queremos contribuir para que os nossos alunos se tornem gradativamen- 2. A proposta pedagógica – Base metodológica
te autônomos, com o propósito de que saibam interagir nas mais diversas
Um dos principais aspectos que mobiliza o aluno e o conduz à aprendiza-
situações de comunicação com base em suas escolhas, eleitas a partir de
gem é a superação de obstáculos epistemológicos, provocada pelo desejo
seus sentimentos, necessidades e perspectivas.
de saber, de conhecer, de investigar para então expandir o conhecimento já
c) Identidade estruturado. Esse movimento se dá em múltiplos contextos e se materializa
Aprender a se conhecer é essencial para que o ser humano possa formar mediante interesses e/ou necessidades que se articulam para produzir e
um conceito sobre si mesmo, tendo em vista a construção de imagens criar o novo.
positivas, resultado de processos interligados e dependentes dos recur- Tal princípio se traduz nas propostas oferecidas em nosso material didático:
sos afetivos, cognitivos e sociais presentes em um indivíduo e que podem valoriza-se o saber prévio do aluno como alicerce para a construção do co-
ser ativados para favorecer relações mais saudáveis. A escola é um dos nhecimento; nesse contínuo, as novas informações e descobertas se articulam
espaços que privilegiam tal condição, desde que estabeleça um contato com o conhecimento preexistente e provocam a desestabilização, o que pos-
de respeito com a criança, no lugar de uma relação autoritária ou mesmo sibilita a construção de novos saberes, constituindo, progressivamente, uma
permissiva; o respeito pela diversidade de hábitos, preferências, religiões rede significativa e integrada de conhecimentos. Trata-se de adotar estratégias
e etnias, favorecendo a percepção e a vivência dessa heterogeneidade. para as quais é necessário e conveniente recorrer a procedimentos múltiplos,
Dessa forma, a escola será o meio eficaz para que se construa a noção de assumindo, progressivamente, a complexidade das questões em estudo.
identidade pessoal e o sentimento de pertinência em suas relações sociais.
Atentos a essa perspectiva, optamos por uma concepção de educação que
É necessário, assim, que o educador, em sua prática pedagógica, esta- fomente a reflexão, a livre expressão e a produção de novos saberes por
beleça sólidos vínculos afetivos com as crianças, observe, esteja atento meio de atividades contextualizadas, vinculadas a competências e habilida-
ao mundo particular de cada uma delas, valorize e incentive a diversidade des necessárias para formar indivíduos capazes de compreender o mundo
cultural, a livre expressão do pensamento, possibilitando que construam que os cerca e nele se situarem de forma crítica e responsável, sendo agen-
um conceito cada vez mais respeitoso, confiante e saudável de si mesmas tes de sua transformação.
e do outro.
3. Didática
d) Independência
A didática organiza e orienta a prática educativa, em favor do desenvolvimento
Assim como queremos que as crianças argumentem e saibam justificar e
do processo de ensino e aprendizagem como um todo.
validar suas ideias, coordenando diferentes pontos de vista no momento
Desse modo, é preciso considerar os aspectos descritos a seguir.
da tomada de decisão, também almejamos que nossos alunos materiali-
zem suas ideias com progressiva independência. a) Organização do tempo didático
Ao fazer pelos alunos, o desafio proposto deixa de ser enfrentado, ao O professor tem diferentes formas de organizar seu tempo didático. Isso
mesmo tempo em que se declara, implícita ou explicitamente, que eles envolve o ato de planejar a modalidade mais adequada para que ocorra
não têm as condições para organizar, criar, explicar, revisar e avaliar, o determinada situação de aprendizagem. Quando a organização do tempo
22 –
prevê períodos mais curtos ou de periodicidade constante, pode-se orga- c) Organização social dos grupos
nizar o trabalho didático prevendo, por exemplo: Podemos organizar o grupo de alunos de diferentes formas, sempre tendo
• atividades permanentes: são desenvolvidas semanal ou quinzenal- como objetivo facilitar a troca de experiências e do conhecimento, enri-
mente, com o propósito de criar hábitos de leitura e pesquisa, propor quecendo os processos de aprendizagem e/ou facilitando a superação de
jogos educativos etc.; dificuldades.
• atividades ocasionais: ocorrem quando o professor, ou mesmo um Para a definição das modalidades de agrupamento é fundamental a ob-
aluno, leva para a sala de aula algo que julgou interessante socializar servação atenta do professor para, a partir daí, construir critérios para a
com o grupo (uma notícia, impressão sobre filmes, livros etc.). Tais escolha de uma delas, sem desvinculá-la da atividade que será proposta.
atividades também podem ocorrer quando o professor, por exemplo, Assim, o agrupamento dos alunos pode compreender diversas modalida-
considere valioso compartilhar um livro com os alunos ou levar um des, como a grande roda, a meia-lua ou U, duplas, trios, quartetos, grupos
convidado especial para conversar com a turma, mesmo que não tenha fixos ou móveis.
relação direta com o conteúdo que está sendo trabalhado; Quando a questão é superar obstáculos cognitivos, não há nada mais
• sequência didática: procedimento com as etapas encadeadas, visa a eficaz que combinar as atividades com propostas de agrupamento vol-
tornar mais eficiente o processo de aprendizagem. Tem como principal tadas para envolver, fazer emergir conhecimentos e favorecer a troca de
característica o desenvolvimento de um trabalho organizado de maneira experiências para confirmá-los, refutá-los e reconstruí-los tendo em vista
sistemática, com o propósito de facilitar a compreensão gradativa criar para ampliar a cultura.
de um conceito, um gênero textual ou outro objeto, desvinculado da
simples memorização ou fixação por meio de exercícios repetitivos. No 4. Avaliação
conjunto dessas propostas estão previstas atividades de antecipação A avaliação é vista como importante ferramenta institucional. Por meio
ou levantamento de conhecimentos prévios, leituras diversas, dela é possível identificar avanços e/ou resultados nos vários processos
compreensão, interpretação, análise, síntese, sistematização e de aprendizagem, como também fazer um levantamento de novas
generalização, contemplando eixos que estruturam os planos de aula necessidades, planejar e executar ações, elevando o padrão de qualidade
nas diferentes áreas do conhecimento; do atendimento aos alunos.
• projeto: prevê um período mais longo de trabalho e oferece aos Um processo de avaliação deve apresentar-se organizado, intencional
alunos inúmeras oportunidades de estabelecerem relações de ordem e absolutamente coerente com os princípios eleitos que fundamentam o
prática e/ou conceitual. Ao pensarmos em projeto, a participação dos projeto educacional, buscando, contínua e permanentemente, a participação
alunos na escolha do objeto de estudo é fundamental. Essa estratégia ativa de todos na tentativa de estabelecer uma estreita ligação entre ele e
contribui para envolvê-los no tema e na busca efetiva pelas respostas suas implicações na determinação de novas metodologias de trabalho. Para
ao questionamento que originou a proposta. Este é um recurso didático alcançarmos esse objetivo, a avaliação não pode ser um ato mecânico, mas
que mobiliza a turma e sugere uma disposição para o trabalho em grupo sim uma ação reflexiva, voltada para identificar níveis de aprendizagem dos
que só se constrói sobre uma intensa e produtiva interação entre todos. conteúdos desenvolvidos durante o bimestre. Assim, defendemos o emprego
Os temas transversais podem ser aqui amplamente contemplados. da avaliação formativa ou processual como uma das possibilidades mais
indicadas, uma vez que ela leva em conta o processo de construção do
b) Organização do espaço conhecimento e de formação do sujeito.
A organização do espaço, para todas as faixas etárias, deve propiciar a in- Faz-se necessário, então, criar estratégias diferenciadas para avaliar os
tegração dos alunos por meio de espaços alternativos em sala de aula ou alunos periodicamente, além de ter em mãos instrumentos que possam
fora dela, tendo como objetivo instigar a curiosidade, possibilitar a cons- acolher dados passíveis de reflexão pelos professores, de forma que eles
trução e a desconstrução de ideias ou produtos, o desenvolvimento da tenham condições de reconhecer e destacar os avanços, retrocessos e
independência, a conquista da autonomia e da identidade, com foco em resultados apresentados pela turma no decorrer do cotidiano escolar.
relações mais saudáveis. Para tanto, ela deve prever a disponibilidade Esse modelo de avaliação dá aos professores e alunos o lugar de protagonistas
democrática do conhecimento, facilitando o acesso a materiais diversos que ousam negociar no processo de construção de conhecimento por meio da
selecionados e atrativamente distribuídos. necessária interação discursiva que pode ser estabelecida nesse momento.
– 23
5. O papel do professor alunos e as novas informações que a eles forem apresentadas em diferentes
Ao docente cabe mediar os processos de aprendizagem, gestando o conflito suportes (textos, experiências, leitura de mapas, desafios diversos) geram a
que se instaura quando um conteúdo é problematizado, acompanhando construção de novos saberes.
como os alunos enfrentam, discutem, decidem, procedem e justificam suas Por meio dessa exploração, os alunos têm a oportunidade de (res)significar
descobertas. conceitos, estabelecer outras relações com o objeto de estudo, como resul-
Nessa interação de ideias e saberes, o professor é definitivamente um tado imediato da desacomodação das informações prévias, presentes nos
personagem insubstituível, porque é ele quem vai instigar o processo de sistemas de representação interna que previamente possuem.
descoberta, provocar a expressão do pensamento, relacionando-o ao assunto
em foco.
Nesse contexto, a problematização, concebida como procedimento Ampliação dos saberes
metodológico, e a didática da situação-problema são duas estratégias
fundamentais para que o professor possa desempenhar o papel de mediador
e, assim, contribuir efetivamente para que a escola desempenhe sua função Garantindo o espaço da discussão e organização de novos saberes, as ati-
social, que é, e será ainda por muito tempo, a de oferecer condições para vidades desta seção propõem aos alunos o uso efetivo – em novos e diver-
que os alunos aprendam de forma processual, significativa e real. sos contextos – das descobertas feitas anteriormente. Aqui entram em jogo
habilidades complexas como análise, aplicação, síntese e sistematização,
6. Estrutura da coleção fundamentais para que se amplie significativamente a apreensão do conteú-
Apresentamos a seguir as seções estruturantes nas quais as atividades do do proposto.
Caderno do aluno estão organizadas.
Cabe salientar que destacamos neste momento apenas as seções centrais,
que orientam essa organização em todas as áreas do conhecimento. Cer-
Produção de texto
tamente, os desdobramentos específicos que atendem às necessidades de
cada disciplina serão abordados, de forma específica, nas próximas páginas.
Assim, temos: As situações de produção de texto expressas nesta coleção foram elaboradas
a partir das possibilidades sugeridas pelas diversas áreas do conhecimento.
As propostas oferecem oportunidades para que os alunos reconheçam a
Suas experiências expressão escrita como forma legítima de comunicação, de interlocução,
despertando o interesse para seu uso e desenvolvendo as habilidades
de uso adequado da modalidade escrita, considerando sua legibilidade e
O objetivo desta seção é apresentar atividades que intencionalmente pro- função social.
vocam antecipações e levantam conhecimentos prévios dos alunos sobre o
assunto que será abordado. O foco é estimular o confronto e a socialização
de ideias entre os participantes do grupo. Por meio das previsões e hipóteses
expressas e compartilhadas, criam-se também a expectativa e o interesse
para a apresentação de conteúdos diversos.

Exploração e descoberta

Esta seção propõe investigações que ajudam os alunos a descobrir novos


aspectos do conteúdo em foco. O diálogo entre o conhecimento prévio dos
24 –
Apresentação e orientação para o desenvolvimento do trabalho pedagógico

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que A aprendizagem na escola apoia-se fundamentalmente no uso da
descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. linguagem, aqui compreendida não como instrumento de transmissão, e sim
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. como um processo de produção, num contínuo movimento de interação. Para
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois que possamos apresentar com clareza a proposta pedagógica de nosso material
de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão didático, bem como os pressupostos teóricos e sua direta articulação com o
do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. processo de aprendizagem da língua materna pelas crianças, é preciso retomar,
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: inicialmente, as competências específicas de língua portuguesa para o Ensino
– Me ajuda a olhar! Fundamental, contempladas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Fonte: GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços.

Professor Competências específicas de língua portuguesa


para o Ensino Fundamental
Este manual foi preparado com o objetivo de auxi­liá-lo a planejar suas
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variá-
aulas envolvendo as práticas sociais de leitura e escrita de modo a favorecer vel, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como
a formação de alunos leitores e escritores competentes. Aqui você encontrará meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a
fundamentos teóricos, objetivos das atividades propostas, indicações de que pertencem.
encaminhamentos na apresentação de conteúdos, sugestões de ampliação das
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de inte-
atividades que podem dinamizar sua aula e, ainda, sugestões de respostas às
ração nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para
atividades propostas no Caderno do aluno.
ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir
Esperamos que este material seja um aliado em seu dia a dia, acompa- conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autono-
nhando-o no cotidiano da sala de aula não apenas por facilitar seu planejamen- mia e protagonismo na vida social.
to, mas também por provocar a constante reflexão acerca da aprendizagem da
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que cir-
leitura e da escrita, dando novos sentidos às ações pedagógicas comumente
culam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão,
utilizadas. Porém, também entendemos que este manual não deve se esgotar
autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar in-
em si mesmo: outras atividades e propostas de trabalho podem e devem ser formações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.
incorporadas à sua prática.
Reforçando nosso princípio de que aprender é atuar ativamente na 4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude res-
peitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
produção do conhecimento em um processo dinâmico de interação com o
mundo, desejamos a todos um excelente trabalho! 5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem
adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do
1. Objetivos gerais da área para o Ensino Fundamental discurso/gênero textual.
A linguagem é inseparável do homem e segue-o em todos os seus atos. 6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em inte-
A linguagem é o instrumento graças ao qual o homem modela seu rações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e
pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direi-
seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base tos humanos e ambientais.
última e mais profunda da sociedade humana. 7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de senti-
Louis Hjelmslev dos, valores e ideologias.
– 25
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, escrita no cotidiano da sala de aula, em momentos nos quais eles possam inte-
interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entreteni- ragir com esse objeto de conhecimento, observando, construindo e reelaboran-
mento, pesquisa, trabalho etc.) do as representações que já possuem sobre esse sistema.
Quando compreendemos os processos pelos quais se aprende a ler e a
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvol- escrever, reconhecemos que essa apropriação é fruto da reflexão sobre a na-
vimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras tureza das relações entre fala e escrita, da construção de hipóteses sobre o
manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões funcionamento da língua, bem como da compreensão de que experiências an-
lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial trans- teriores e vivências pessoais dos alunos são elementos indispensáveis na pro-
formador e humanizador da experiência com a literatura. moção de uma aprendizagem realmente significativa.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e fer- Convém destacar que tal aprendizagem pressupõe, de sua parte, profes-
ramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos pro- sor, um caráter dinâmico de atuação, o que implica garantir a seus alunos um
cessos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo espaço autêntico de conhecimento partilhado, no qual, a partir da reflexão/ação
e realizar diferentes projetos autorais. sobre o objeto, possam aprofundar e ampliar o conhecimento que têm sobre a
língua por múltiplos caminhos, permitindo que lancem mão dos mais diversos
BRASIL. Ministério da Educação. meios e modos de expressão. Faz-se, então, importante constatar que
Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, DF, 2017
[...] se a aprendizagem significativa é concebida como o estabelecimento de
Como se pode notar, as práticas de uso da linguagem no espaço es- relações entre significados, a organização do currículo e a seleção das ativida-
colar devem constituir-se em objeto de reflexão e análise, de modo que des devem buscar outras perspectivas, de forma que o conhecimento seja visto
se construam, progressivamente, categorias explicativas de sua organi- como uma rede de significados, em permanente processo de transformação: a
zação e funcionamento. cada nova interação, uma ramificação se abre, um significado se transforma,
Para este ciclo, em especial, espera-se que os alunos já tenham domi- novas relações se estabelecem, possibilidades de compreensão são criadas.1
nado a base alfabética da escrita e sejam capazes de realizar atividades de Nessa perspectiva, compartilhamos nossa concepção de que no pro-
leitura e de escrita com mais independência e autonomia. Ter esse conheci- cesso – não linear – que contempla uma aprendizagem significativa, as
mento construído nos permite investir diretamente nas questões que envol- relações cognitivas e afetivas existentes entre os interlocutores nele en-
vem o caráter notacional e discursivo da língua. Assim, usar com autonomia volvidos devem implicar interação, percepção das diferenças, múltiplos ca-
progressiva diferentes estratégias de leitura – como decifrar, antecipar, inferir minhos e a busca constante pelo conhecer: da parte do aluno – sujeito da
e verificar – bem como ações que são próprias do ato de escrever – planejar, ação pedagógica – e do professor.
redigir, revisar – tornam-se a tônica do trabalho com a linguagem. 2. O texto como unidade de ensino/aprendizagem
No que se refere às atividades de análise e reflexão sobre a língua, Hoje sabemos que aprender a ler e a escrever, tornar-se alfabetizado, não
amplia-se o trabalho realizado nos anos anteriores, incluindo novos gêne- significa apenas adquirir a habilidade de codificar em língua escrita (escrever)
ros de estudo, explicitando regras ortográficas, construindo e sistematizando e a de decodificar a língua escrita (ler); é preciso mais do que isso; é preciso,
conceitos de natureza gramatical. fundamentalmente, apropriar-se da escrita, isto é, fazer uso das práticas sociais
Espera-se, assim, que, ao longo dos nove anos do Ensino Fundamental, de leitura e escrita, articulando-as às práticas de interação comunicacional. Isso
os alunos adquiram e ampliem progressivamente uma competência em relação significa que não basta a alfabetização2, é preciso atingir o letramento.3
ao uso da linguagem que lhes possibilite atuar com segurança nas diversas Essa apropriação envolve, por parte dos alunos, aprendizagens muito espe-
situações comunicativas nas quais se inserem, ter acesso aos bens culturais e cíficas, já que a língua é um processo de interação entre sujeitos, cujo sistema
alcançar a participação plena no mundo letrado, ampliando as possibilidades de 1SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Educação. Orientações curriculares e proposição de expectativas de
participação social no exercício da cidadania. aprendizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo 1 – do 1.o ao 5.o ano. São Paulo: SME/DOT, 2007. p. 21.

Sabemos que as crianças, curiosas por natureza, envolvem-se com entu-


2
Alfabetização
Ação de ensinar/aprender a ler e a escrever.
siasmo em situações que as desafiam a explorar o mundo que as cerca. Por 3 Letramento

isso, é importante que a ação pedagógica voltada à aproximação da criança Estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas
à cultura letrada promova a participação dos alunos em práticas de leitura e sociais de leitura e de escrita que circulam na sociedade em que vive. (Magda Soares)
26 –
discursivo se organiza no uso e para o uso, sempre de maneira contextualizada, tar de alguns elementos não linguísticos para conferir significação aos
dos diferentes textos, orais ou escritos. Por isso, um ensino de Língua Portuguesa textos (gesto, postura corporal, expressão facial e entonação).
que vise ao letramento, isto é, ao aperfeiçoamento da prática social da intera- • Ampliar o uso da linguagem oral para situações que requeiram um nível
ção linguística, através do desenvolvimento das habilidades do aluno de falar e maior de formalidade no uso da linguagem, preparação prévia, manutenção
ouvir, escrever e ler, em diferentes situações discursivas, deve ter o texto como de um ponto de vista ao longo da fala, uso de procedimentos de negociação
unidade básica de ensino. de acordos, réplicas.
Temos, assim, como objetivo central de nossa proposta pedagógica, de- • Desenvolver a capacidade relacionada ao uso e adequação da fala a dife-
senvolver, nos alunos, habilidades que os capacitem a interagir com práticas rentes situações comunicativas próximas às práticas sociais reais, produ-
sociais de leitura e de escrita e delas, progressivamente, se apropriarem. Desse zindo, dessa maneira, textos orais de diferentes gêneros.
modo, entendemos que participar de situações de aprendizagem nas quais o Ao professor caberá, ainda:
texto – em seus diferentes tipos e gêneros – seja o mediador das interações é Propor situações nas quais os alunos desenvolvam as habilidades próprias
a tônica do processo de ensino/aprendizagem da língua materna. A construção de escuta e planejamento da fala.
de comportamentos leitores e escritores está, desse modo, intimamente relacio-
2.2. Prática de leitura
nada à prática de situações de leitura e de escrita que sejam relevantes e que
promovam uma real e intensa reflexão sobre a língua escrita. • Ler, com a ajuda do professor, textos verbais, não verbais e multimodais,
Fundamentando-se nas concepções de língua e letramento aqui expostas, apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto, as características de
nosso material tem como finalidade a expansão das possibilidades do uso da seu portador, do gênero e do sistema de escrita.
linguagem, levando em conta, sem dúvida, os “novos letramentos” próprios da • Relacionar o gênero à situação comunicativa e ao suporte em que
sociedade contemporânea, resultado da absorção e convivência com as novas circula originalmente.
Tecnologias da Informação e da Comunicação – TICs – ampliando assim o pró- • Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências,
prio conceito de letramento. Nesse sentido, toda capacidade a ser desenvolvida crenças e valores.
deve estar relacionada às quatro habilidades linguísticas básicas: falar, escutar, • Recuperar informações explícitas em um texto e inferir o implícito, em um
ler e escrever. Para tanto, contemplamos abaixo os objetivos de aprendizagem movimento dinâmico de construção do sentido do texto, atribuindo significa-
para este período didático: dos a textos de gêneros variados.
2.1. Prática de escuta e produção oral • Apreciar o momento de leitura de histórias pelo professor, com dife-
• Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção, emitindo rentes propósitos.
comentários sobre os temas tratados, formulando perguntas, respeitando • Ler, com autonomia e fluência, textos dos gêneros previstos para esse seg-
a opinião dos colegas e estabelecendo conexões com os conhecimentos mento, usufruindo dessas leituras.
prévios, vivências, crenças e valores.
• Fazer uso de estratégias de leitura (seleção, antecipação, decodificação,
• Recontar textos pertencentes a diferentes gêneros textuais4 (orais e escri-
inferência, verificação).
tos), apropriando-se das características do texto utilizado como fonte.
• Inferir o sentido das palavras e expressões a partir do contexto ou selecio-
• Apreciar textos lidos, declamados e dramatizados.
• Ouvir, com atenção, textos lidos ou contados, estabelecendo conexões com nar a acepção formal mais adequada.
os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • Utilizar indicadores para fazer antecipações e inferências em relação ao
• Comentar, explicar e opinar a respeito de temas pesquisados em diferentes conteúdo e à intencionalidade.
fontes, mídias e suportes, estabelecendo conexões com os conhecimentos • Empregar os dados obtidos por intermédio da leitura para confirmação ou
prévios, vivências, crenças e valores. retificação das suposições de sentido feitas anteriormente.
• Compreender instruções orais para executar ações pertinentes. • Colocar em ação diferentes modalidades de leitura em função do texto
• Inferir alguns elementos de intencionalidade implícita (sentido figurado, e dos propósitos de leitura: ler para buscar uma informação, se entreter,
humor etc.), reconhecer o significado contextual e do papel complemen- aprender, se divertir, se emocionar, se surpreender etc.
4 Gêneros textuais • Confrontar ideias, opiniões e interpretações advindas do texto.
Textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociais e comunica-
tivas definidas por conteúdo, estilo, propriedade funcional. São gêneros textuais: carta, romance, contos de fadas,
• Apropriar-se das características discursivas, convenções e estruturas
bilhete, telefonema etc. linguísticas de cada gênero textual estudado.
– 27
• Desenvolver o comportamento leitor formando critérios para selecionar • Explorar as possibilidades e recursos da linguagem que se usa para escrever.
leituras e desenvolvimento de padrões de gosto pessoal. • Localizar palavras e expressões que marcam a progressão temporal e es-
Ao professor caberá, ainda: pacial no texto e as que estabelecem as relações de causalidade entre os
Favorecer a integração do trabalho de leitura com conteúdos explorados nas acontecimentos narrados/relatados.
demais áreas, adotando uma postura interdisciplinar, promovendo a interação • Examinar o uso de recursos gráficos utilizados no texto como produto-
entre as disciplinas ou áreas do saber em diferentes níveis de complexidade. res de sentido.
• Pontuar adequadamente um texto, considerando que a pontuação é um pro-
2.3. Prática de escrita cedimento que incide diretamente sobre a textualidade.
• Produzir textos a partir de modelos e/ou espontâneos, levando em conta o • Utilizar a pontuação como recurso de efeito estilístico.
gênero e o seu contexto de produção. • Refletir e analisar questões que envolvem aspectos gramaticais e padrões da
• Escrever textos utilizando recursos coesivos básicos. escrita, construindo e sistematizando conceitos a partir do uso dessas categorias
• Escrever textos considerando o leitor. no eixo textual, aprimorando sua capacidade de compreensão e expressão.
• Escrever textos de autoria individualmente, em duplas e em situações de • Refletir sobre a natureza das convenções ortográficas compreendendo, pro-
escrita coletiva. gressivamente, suas regras de funcionamento.
• Reescrever textos de gêneros previstos para esse período didático ou ditá-los Ao professor caberá, ainda:
para o professor ou colegas, considerando as ideias principais do texto-fonte. Fazer com que as crianças ampliem e aprofundem as suas compreen-
• Compreender que a língua escrita e a língua oral não se diferenciam de for- sões em torno dos princípios que regem o sistema ortográfico de escrita.
ma absoluta e que, entre textos orais e escritos, há semelhanças e diferen- Vale lembrar que o desenvolvimento da capacidade de ler e escrever
ças, dependendo do gênero, do contexto de uso, da situação de interação. não é um processo que se encerra quando o aluno domina o sistema de
• Desenvolver o comportamento de “escritor”: planejar o que escreve, esco- escrita, mas se prolonga por toda a vida, com a crescente possibilidade
lher o gênero, redigir rascunhos, escolher o suporte em função do destina- de participação nas práticas que envolvem o uso cotidiano dessas moda-
tário e da finalidade, revisar o texto, cuidar da apresentação etc. lidades. Por essa razão, entendemos que as aulas de Língua Portuguesa
• Participar de situações de revisão e editoração de textos coletivamente ou devem promover – sempre – a articulação das práticas de leitura e es-
em parceria com os colegas, com o intuito de aprimorá-los, focalizando os crita, bem como as de reflexão sobre a língua, sem perder de vista duas
aspectos estudados nas atividades de análise e reflexão sobre a língua. dimensões que nos parecem fundamentais nesse processo: a discursiva
• Escrever observando os aspectos notacionais e discursivos da língua e a linguística.
trabalhados no período.
• Escrever observando as convenções da escrita, de acordo com as regulari- 3. Uma palavra sobre a literatura infantil
dades ortográficas trabalhadas no período. Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, sem dúvida, o livro.
• Utilizar procedimentos autônomos de consulta para conhecer a grafia Os outros são extensões de seu corpo.
correta das palavras. O microscópio, o telescópio, são extensões da vista; o telefone é extensão da voz;
Ao professor caberá, ainda: temos o arado e a espada, extensões do braço.
• Promover a reflexão a respeito das escolhas linguísticas utilizadas pelo autor. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.
• Oferecer diferentes oportunidades de ampliação do uso real e significa- Jorge Luís Borges

tivo da escrita. Colocar os alunos passivamente diante de textos, imaginando que, as-
2.4. Análise e refl exão sobre a língua sim, aprenderão sobre a linguagem e passarão a ler, é uma visão reducio-
• Identificar possíveis elementos constitutivos da organização interna dos gê- nista e distante do que se propõe para um trabalho consistente com a leitura.
neros previstos para o período. Do mesmo modo, apenas a aquisição do sistema alfabético de escrita5 não
garante a leitura e a participação da criança em práticas sociais. É preci-
• Reconhecer progressivamente a relação entre as condições de produção e o
so mais! As competências dos alunos em geral para participar de situações
texto decorrente dela, no que diz respeito à forma e ao conteúdo.
5Sistema alfabético de escrita
• Realizar com crescente grau de autonomia a revisão do próprio texto, com a Momento em que a criança estabelece relação entre fala e escrita, ora utilizando uma letra para cada sílaba, ora
intenção de aprimorá-lo. utilizando mais letras.
28 –
de leitura estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento de atividades de 8. Edição de histórias, poemas, temas documentais etc. escritos, ditados, ou
leitura – pelo professor e pelo próprio aluno – de textos de gêneros variados desenhos que sejam incorporados à biblioteca de aula, enviados às famí-
e com diferentes propósitos. Somente com essa oferta e a segura atuação do lias, a outras salas de aula etc.
professor, os alunos construirão um comportamento leitor, condição que, entre 9. Atividades de fomento da capacidade crítica sobre os livros: classificá-los
outras, permite que confiram sentido aos textos e conquistem, progressivamen- por gêneros nas prateleiras, atribuir-lhes um grau de dificuldade na sua
te, a autonomia de leitura. leitura pessoal etc.
Sem dúvida, o trabalho com a leitura é responsabilidade de todos os Queremos ainda destacar a importância da leitura de histórias para e com as
profissionais que atuam na Educação. A escola, assim, deve permitir ao crianças. Quanto mais elas ouvem essas narrativas, mais enriquecido se torna
aluno o acesso aos livros em horários e espaços determinados ao longo da seu imaginário. O que queremos é fazer com que os alunos percebam como é
organização escolar. bom entregar-se ao texto, consolidando, assim, uma relação positiva com a leitura.
A formação de uma biblioteca de sala, além do uso da biblioteca escolar, é O texto a seguir pretende fornecer a você, professor, informações funda-
absolutamente necessária em qualquer período didático, já que ela apresenta mentais para o encaminhamento da proposta. Leia-o atentamente.
às crianças as diferentes funções que o texto escrito assume em nossa socieda-
de: ler para se divertir, se emocionar, estudar, sentir um “pouquinho de medo”, SAIBA MAIS
sonhar, entre outras.
É importante destacar que, nesta fase, a criança tem extrema capacidade Literatura para crianças e jovens:
para entender narrativas orais e uma reduzida capacidade para entender narra- A formação do leitor literário
tivas lidas por ela própria. Portanto, leia para seus alunos! E muito, se possível, José Nicolau Gregorin Filho (USP)
diariamente! Basta que você se programe: narrativas mais longas podem ser Para discutir a literatura para crianças e jovens, é importante que se per-
lidas em capítulos diários; crie um clima de mistério para as histórias de suspen- cebam as diferentes concepções de infância e juventude que se encontram
se, dramatize as histórias de aventura, enfim, torne viva a sua leitura. pelo mundo. Essas diferentes concepções podem ser verificadas quando
Teberosky e Colomer (2003) sugerem que a leitura de livros infantis para as se propõe uma visão dessas etapas do amadurecimento humano através
séries iniciais do Ensino Fundamental seja realizada da seguinte forma: do tempo, ou mesmo quando se observam diferentes culturas num mesmo
1. Narrativa ou leitura de histórias uma ou mais vezes por semana, com a recorte temporal; por isso, a utilização do termo concepção torna-se mais
possibilidade de apoio material (marionetes etc.) e de atividades prévias ou viável do que conceito, em razão de o último trazer uma ideia mais fechada
do que o primeiro.
posteriores por parte de todo o grupo.
Quando se estuda a produção literária para crianças, nota-se que, an-
2. Narrativa de um capítulo semanal de uma história longa (por exemplo,
tes do século XVIII, havia uma separação bastante nítida desse público. As
As Aventuras de Pinóquio, Alice no País das Maravilhas, As Crônicas de
crianças pertencentes às altas classes sociais eram alfabetizadas e liam
Nárnia, O Gato de Botas etc.). os grandes clássicos da literatura, orientadas que eram por seus pais e
3. Leitura em voz alta por parte do docente, duas ou três vezes ao dia. preceptores; já as crianças das classes mais populares não tinham acesso
4. Leitura coletiva de histórias com cada criança acompanhando em seu à escrita e à leitura, portanto, tomavam contato com uma literatura oral e
próprio livro. mantida pela tradição de seu povo. Percebe-se, dessa maneira, a inexistên-
5. Exploração ou leitura individual ou em duplas, em um tempo crescente ao cia da chamada literatura infantil, pois, oral ou escrita, clássica ou popular, a
longo do curso, que pode ocupar de cinco minutos a meia hora. O tempo literatura veiculada para adultos e crianças era exatamente a mesma.
pode aumentar se a atividade integrar a visita ao “cantinho da biblioteca” e Desde a segunda metade do século XVIII, as sociedades começam um
incluir, também, o empréstimo de livros. processo de industrialização, novas classes sociais surgem. Valores são des-
6. Um horário reservado para “compartilhar livros” em que as crianças que cartados em detrimento de outros novos que despontavam com o poderio
assim desejarem expliquem, apresentem ou leiam fragmentos de livros que econômico de uma classe emergente: a burguesia.
elas já leram ou estejam lendo. Nessa sociedade, sedenta de novos tipos de conhecimento, educação, mé-
7. Entrevistas semanais ou quinzenais entre cada aluno e o docente sobre os todos e técnicas movidas pelo poder econômico, iniciam-se as adaptações de
livros que têm olhado ou lido individualmente. clássicos da literatura como Cinderela, As mil e uma noites e Fábulas de Esopo,
– 29
além de uma gama de histórias que tiveram a sua origem em classes inte- Ou seja, um tipo de texto que nasceu num ambiente escolar que privile-
lectualizadas ou populares, essas últimas mantenedoras das novelas de giava o conteúdo e tinha necessidade de imitar padrões educacionais euro-
cavalaria e de uma infinidade de contos ainda reeditados para as crian- peus, e, entre eles a literatura canônica.
ças deste século XXI. Importante mencionar que, quando se fala da atualidade, citam-se al-
Por meio de uma interpretação mais apurada desses textos carac- guns paradigmas emergentes, pois a sociedade contemporânea vive num
terizados como literatura infantil, verifica-se que eles são portadores de constate processo de destruição de antigos paradigmas, sem ter algo
uma estrutura profunda portadora de temáticas que contêm valores huma- definitivamente estruturado para ocupar o lugar dessas antigas concep-
nos, já que os valores sobre os quais as sociedades são construídas não ções. Evidente que a literatura infantil ainda é utilizada em larga escala
são infantis, adultos ou senis, são humanos, atemporais e fazem parte pela escola! Claro que ela ainda traz e sempre trará valores morais, o que
do imaginário cultural de uma sociedade, renovando-se e acrescentando se pode perceber é que a exemplaridade antes utilizada dá lugar a vários
elementos que são construídos num processo histórico e dialógico. Refe- questionamentos sobre a conduta dos indivíduos e das instituições no
rência ao Percurso Gerativo de sentido do Projeto Semiótico Greimasiano. fazer social diário de uma comunidade.

SAIBA MAIS SAIBA MAIS

Pensando nesse quadro, quais critérios adotar para a análise de um livro


Estudar literatura infantil é (da mesma maneira como se fala da literatura
de literatura para a criança de hoje, que vive imersa num emaranhado de
de um modo geral) explorar um determinado tipo de texto relacionando-o com linguagens que as novas tecnologias trouxeram?
as práticas sociais que foram se impondo nas comunidades e, neste caso Alguns critérios importantes podem ser:
específico de texto, na educação das novas gerações, principalmente após a) Adequação ao tipo de leitor: verificar a competência linguística e textual
a segunda metade do século XIX, época em que a escola toma o seu lugar da criança, isto é, como é a sua desenvoltura no que se refere à leitura da
definitivo como grande responsável pela educação das novas gerações. palavra escrita. Daí a importância da dimensão do texto verbal, da maior ou
menor quantidade de textos visuais, da diagramação, do tamanho da fonte
O quadro a seguir pretende demonstrar, de maneira breve, dois momen- utilizada e até da quantidade de páginas.
tos dessa literatura no Brasil:
b) Relação do texto verbal com o texto visual: na análise do texto verbal,
verificar utilização da palavra como arte, pois o texto literário não deve ser
PARADIGMAS TRADICIONAIS PARADIGMAS EMERGENTES tratado como mero conteúdo escolar ou ligado somente à discussão de te-
mas transversais sugeridos por órgãos legisladores. Ou seja, é necessário
Individualismo e intelectualismo Individualismo consciente analisar como a temática foi desenvolvida por meio da utilização artística da
Antigas hierarquias em desagregação palavra; as figuras empregadas e as possibilidades de construção de ima-
Obediência absoluta gens que o texto pode propiciar, além da relação do texto com a sociedade e
Moral dogmática Moral “virtual” os valores subjacentes a ela.
Preconceitos Luta contra preconceitos Quanto à análise do texto visual, verificar se ele expande as possibilidades
Linguagem literária mimética Linguagem literária como invenção de interpretação do texto verbal, pois engana-se quem acredita ser a visuali-
Criança como ser em formação dade do texto para crianças uma simples ilustração.
Criança como adulto em miniatura c) Possibilidade de atividades de leitura com a utilização da obra: os
Exclusão Busca pela inclusão educadores devem ficar atentos às atividades desenvolvidas com a leitura li-
Leitura do conteúdo visando à Leitura das múltiplas linguagens terária, pois cada tipo de texto e cada livro podem oferecer uma variedade de
aquisição do padrão culto e à visando à construção de um sujeito opções que vão muito além de testes de verificação de leitura ou atividades
apropriação de valores agente na sociedade de desenho de personagens. As atividades de leitura de uma obra literária
LITERATURA COMO RECURSO LITERATURA COMO ARTE devem ser pensadas de maneira a proporcionar uma visão mais ampla do
PEDAGÓGICO mundo e precisam de diversificação para que a criança perceba que cada
obra pode trazer novas vivências de caráter estético.
30 –
d) Imagens estereotipadas e preconceituosas que porventura estejam Sugerimos que a leitura dos títulos selecionados seja feita na escola,
presentes na obra: como a diversidade étnica e cultural da sociedade é com a parceria do professor. Neste manual, você, professor, obterá orienta-
mostrada no livro? Há elementos que possibilitem discussões sobre tantas ções que visam nortear essa dinâmica.
diferenças existentes no mundo? A literatura deve trazer para o aluno toda a No início da apresentação de cada Unidade que compõe o Caderno do alu-
riqueza das diferenças encontradas na sociedade e a possibilidade de um ca- no, você encontrará uma relação de títulos relacionados ao tema em destaque
minhar mais tranquilo em meio às riquezas proporcionadas pelas diferenças. e que poderão ser indicados para leitura individual ou em classe.
e) Construção da obra para uma concepção de criança como um ser 4. Avaliação das aprendizagens dos alunos
em formação e, desse modo, entender que os textos literários são impor- A abordagem que sugerimos para a avaliação parte do pressuposto de
tantes para a educação do olhar, contribuindo para a formação de indivíduos que ela não deve ser vista como um “acerto de contas”, um registro burocrá-
que consigam entender a arte como uma das inúmeras possibilidades de tico de resultados, mas como mais uma possibilidade de auxiliar os alunos
comunicação e interação com o mundo. a construir aprendizagens.
Partindo dessas breves considerações, o que se propõe é que a literatura
A avaliação assume, assim, uma importante dimensão formadora e orien-
seja mostrada à criança e ao jovem como uma expressão artística capaz de
tadora do processo de aprendizagem. É fonte de informação para a formulação
trazer valiosas contribuições para a vida, não como mais uma atividade esco-
de práticas pedagógicas pontuais e eficientes, assegurando ações focalizadas
lar, mas como uma possibilidade de prazer, assim como o cinema, o teatro e
em progressões e em demandas adequadas de intervenções necessárias a
a música. Afinal, a literatura também é um fazer artístico, uma expressão de
seus avanços. O professor deve, então, adotar critérios ou indicadores flexíveis
arte muito especial para ser lembrada simplesmente como avaliação escolar.
o bastante para garantir que terá em mãos o resultado real de seu trabalho pe-
Garantir às crianças o lugar da literatura no que ela tem de eterno, novo, dagógico para, a partir daí, regular sua ação.
mágico e provocativo é ampliar as possibilidades de vida para muito além da Seja qual for sua ação avaliativa, é necessário que se coloque, sempre,
superfície, do real. No indispensável livro Como e por que ler os clássicos uni- como mediador efetivo dessas situações, seja auxiliando seus alunos a com-
versais desde cedo, Ana Maria Machado observa: preenderem os enunciados dos exercícios, seja dosando o tempo de aplicação
Todo o cidadão tem o direito de ter acesso à Literatura e de descobrir como das atividades, sem perder de vista que a avaliação, em si, também é um ato
partilhar de uma herança humana comum. Prazer de ler não significa apenas interativo de aprendizagem.
achar uma história divertida ou seguir as peripécias de um enredo empolgante Professor, a avaliação é um processo formativo contínuo. Por essa razão, é
e fácil – além dos prazeres sensoriais que compartimos com outras espécies, fundamental que os instrumentos que a constituem forneçam-lhe subsídios para
existe um prazer puramente humano, o de pensar, decifrar, argumentar, racioci-
identificar não apenas os objetivos que foram atingidos, mas também aqueles
nar, contestar, enfim: unir e confrontar ideias diversas. E a literatura é uma das
que precisam ser revistos e replanejados, para que os alunos continuem apren-
melhores maneiras de nos encaminhar para esse território de requintados pra-
dendo, progressivamente.
zeres. Uma democracia não é digna desse nome se não proporcionar a todos o
acesso à leitura de literatura. Com a intenção de auxiliá-lo nessa importante tarefa, apresentamos, a se-
Professor, o tratamento que damos ao trabalho com a literatura infantil am- guir, uma sugestão de planilha bimestral de avaliação continuada, voltada para
plia e complementa os objetivos expressos no item “Prática de leitura”. Entende- a aprendizagem dos alunos. Esse material lhe será util na medida em que o
mos a literatura como arte, como fruição estética e, por essa razão, propiciamos auxiliará na observação dos avanços obtidos pelos alunos em relação às ex-
um intenso e sistematizado contato dos alunos com textos clássicos da literatura pectativas de aprendizagem previstas para cada período didático. Com base
infantil universal, especialmente no que se refere a ler para apreciar/fruir e para nesse registro, você poderá orientar-se na revisão de seu planejamento, recon-
conhecer, caminho para a ampliação do repertório e formação do leitor literário. duzir rumos, sempre com a intenção de aproximar-se ao máximo dos objetivos
Nossa intenção é expandir o universo de expectativas do leitor, ampliar previamente traçados.
sua visão de mundo, “visitar” novas culturas, espaços e tempos, oferecendo às Esclarecemos que as expectativas de aprendizagem previstas nessa pla-
crianças títulos de reconhecida qualidade literária que, mesmo ainda não sendo nilha estão alinhadas às habilidades de leitura, escrita e comunicação oral pro-
possível aos alunos lê-los autonomamente, serão apreciados por meio da leitura postas no material e podem ser observadas no desenvolvimento dos alunos
oral do professor, garantindo momentos em que este, atuando como modelo de durante a realização das atividades, em todos os bimestres.
leitor, estará despertando nas crianças o prazer pela leitura, além de promover Empenhe-se em utilizar este material e fique à vontade para fazer os ajus-
a discussão sobre os mais diversos temas abordados nas obras. tes necessários a fim de adequá-lo às necessidades de seu grupo de alunos.
– 31
Colégio

PLANILHA DE AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Aluno(a): __________________________________________________________ 4. ano/1. bimestre


o o
Conceito

Comunicação oral Leitura Escrita


Participa de
Narra histórias Participa das Escreve
situações de Demonstra Lê textos (Re)escreve
conhecidas e Recupera Produz propostas de re- Ao narrar, observando as
intercâmbio oral, compreensão Participa de gêneros contos, levan-
relatos de informações textos de escrita e revisão preocupa-se convenções
ouvindo com de textos de maneira previstos para do em conta
acontecimen- explícitas no autoria, de textos, com o enca- da escrita, de
atenção, lidos / atenta das o período as caracterís-
Habilidades tos, mantendo texto e utilizando considerando os deamento dos acordo com as
manifestando ouvidos situações didático, com ticas próprias
o encadeamen- infere recursos da aspectos estuda- fatos em sua regularidades
experiências, quando de leitura crescente do gênero e
to dos fatos e os sentidos linguagem dos na análise e sequência ortográficas
ideias e opiniões questionado(a) coletiva. autonomia e seu contexto
sua sequência implícitos. escrita. reflexão sobre cronológica. trabalhadas
de forma clara oralmente. fluência. de produção.
cronológica. a língua. no período.
e ordenada.

Unidade 1

0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4

Unidade 2

0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4

Execução das lições de casa


e trabalhos extras.
1,0

32 –
Colégio

PLANILHA DE AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Aluno(a): __________________________________________________________ 4. ano/2. bimestre


o o
Conceito

Comunicação oral Leitura Escrita


Ao narrar, Escreve
Participa de observa o
Narra histórias Participa das (Re)escreve encadeamento observando as
situações de Lê textos
conhecidas e Demonstra Participa Recupera Produz propostas de re- textos diver- dos fatos em convenções
intercâmbio oral, de gêneros
relatos de compreensão de maneira informações textos de escrita e revisão sos, levando sua sequência da escrita, de
ouvindo com previstos para cronológica,
acontecimen- de textos atenta das explícitas no autoria, de textos, em conta as acordo com as
atenção, o período e utiliza, com
Habilidades tos, mantendo lidos/ouvidos situações texto e utilizando considerando os características regularidades
manifestando didático, com progressiva
o encadeamen- quando de leitura infere recursos da aspectos estuda- próprias do autonomia, re- e irregularida-
experiências, crescente
to dos fatos e questionado(a) individual e os sentidos linguagem dos na análise e gênero e seu cursos coesivos des do sistema
ideias e opiniões autonomia e
sua sequência oralmente. coletiva. implícitos. escrita. reflexão sobre contexto de na produção ortográfico
de forma clara fluência. escrita de gê-
cronológica. a língua. produção. trabalhadas no
e ordenada. neros previstos período.
para o período.

Unidade 3

0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4

Unidade 4

0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4

Execução das lições de casa


e trabalhos extras.
1,0

– 33
Colégio

PLANILHA DE AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Aluno(a): __________________________________________________________ 4. ano/3. bimestre


o o
Conceito

Comunicação oral Leitura Escrita


Ao narrar, Escreve
Participa de observa o en-
Narra histórias Participa das (Re)escreve cadeamento observando as
situações de Lê textos
conhecidas e Demonstra Participa Recupera Produz propostas de re- textos diver- dos fatos em convenções
intercâmbio oral, de gêneros
relatos de compreensão de maneira informações textos de escrita e revisão sos, levando sua sequência da escrita, de
ouvindo com previstos para cronológica,
acontecimen- de textos atenta das explícitas no autoria, de textos, em conta as acordo com as
atenção, o período e utiliza, com
Habilidades tos, mantendo lidos/ouvidos situações texto e utilizando considerando os características regularidades
manifestando didático, com progressiva
o encadeamen- quando de leitura infere recursos da aspectos estuda- próprias do autonomia, re- e irregularida-
experiências, crescente
to dos fatos e questionado(a) individual e os sentidos linguagem dos na análise e gênero e seu cursos coesivos des do sistema
ideias e opiniões autonomia e
sua sequência oralmente. coletiva. implícitos. escrita. reflexão sobre contexto de na produção ortográfico
de forma clara fluência. escrita de gê-
cronológica. a língua. produção. trabalhadas no
e ordenada. neros previstos período.
para o período.

Unidade 5

0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4

Unidade 6

0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4

Execução das lições de casa


e trabalhos extras.
1,0

34 –
Colégio

PLANILHA DE AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Aluno(a): __________________________________________________________ 4. ano/4. bimestre


o o
Conceito

Comunicação oral Leitura Escrita


Escreve
Participa de
Narra histórias (Re)escreve Planeja e observando as
situações de Lê textos
conhecidas e Demonstra Participa Recupera Produz Participa das textos diver- produz, com convenções
intercâmbio oral, de gêneros
relatos de compreensão de maneira informações textos de propostas de re- sos, levando certa autono- da escrita, de
ouvindo com previstos para
acontecimen- de textos atenta das explícitas no autoria, escrita e revisão em conta as mia, gêneros acordo com as
atenção, o período
Habilidades tos, mantendo lidos/ouvidos situações texto e utilizando de textos, característi- da esfera regularidades
manifestando didático, com
o encadeamen- quando de leitura infere recursos da fazendo uso das cas próprias jornalística e irregularida-
experiências, crescente
to dos fatos e questionado(a) individual e os sentidos linguagem questões linguís- do gênero e e midiática des do sistema
ideias e opiniões autonomia e
sua sequência oralmente. coletiva. implícitos. escrita. ticas estudadas. seu contexto prevista para ortográfico
de forma clara fluência.
cronológica. de produção. o período. trabalhadas no
e ordenada.
período.

Unidade 7

0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4

Unidade 8

0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4

Execução das lições de casa


e trabalhos extras.
1,0

– 35
5. Estrutura do material
Como já salientamos, as atividades propostas em nosso material buscam Suas experiências
considerar e respeitar a diversidade de saberes, valorizando os conhecimentos
prévios dos alunos, em um contexto favorável à aprendizagem. Os conteúdos a
serem desenvolvidos articulam-se em torno dos objetivos gerais e específicos
já citados aqui e, para alcançá-los, estão assim organizados: Atividade inicial
Atividades diferenciadas que favorecem antecipações e levantamento de
5.1. Manual do professor conhecimentos prévios sobre o tema da Unidade. Por meio das previsões e
Neste manual são encontrados, além dos fundamentos teóricos que hipóteses levantadas e compartilhadas, cria-se também a expectativa para
orientaram a elaboração desta coleção, os objetivos das atividades propos- a apresentação de conteúdos diversos, aproximando os alunos do gênero
tas, as indicações de encaminhamentos na apresentação dos conteúdos, textual em foco, bem como das atividades de análise e reflexão sobre a língua.
as sugestões de ampliação das atividades que podem dinamizar sua aula, Neste manual, você encontrará o encaminhamento que propomos para essas
com a intenção de aprofundar e sistematizar os conteúdos propostos, bem atividades, bem como a descrição de materiais que, eventualmente, serão
como encaminhar seus possíveis desdobramentos, adequando-os, é certo, necessários para viabilizar a execução da atividade pretendida.
à realidade de sua turma. Apresentamos, ainda, sugestões de respostas às
atividades propostas no Caderno do aluno.

5.2. Material do aluno Exploração e descoberta

• Um caderno bimestral, contendo as propostas de atividades e lições de casa.

• Uma pasta de produções de textos anual (para acondicionar os textos pro- Hora do texto
duzidos no decorrer do ano).
A leitura contempla um trabalho ativo de construção do significado do texto,
• Um caderno pautado. atribuindo-lhe sentido. É uma relação ativa de produção de conhecimento, que
Os conteúdos propostos no material apoiam-se em quatro grandes eixos tem no texto – oral e escrito – sua unidade fundamental de significação. As
estratégias de leitura adotadas – silenciosa, oral pelo professor e/ou aluno,
que se articulam no processo de ensino e aprendizagem da língua: o uso das
dramatizada, compartilhada etc. – devem ser trabalhadas sempre com o
práticas de linguagem oral – fala e escuta –, leitura, linguagem escrita e
firme propósito de favorecer a construção de sentido, aprimorando, assim, a
análise e reflexão sobre a língua.
competência leitora.
Tendo em vista a organização didática desse processo, optamos por
Troca de ideias
distribuir as atividades propostas em diferentes seções ao longo de cada
unidade de trabalho. Cabe salientar que não há rigidez na sequência de É um momento privilegiado para estimular a troca de ideias, o levantamento
apresentação dessas seções; sua abordagem é cíclica, sendo retomadas de conhecimentos prévios, com a intenção de levar o aluno a relacionar seus
sempre que necessário. Nesse sentido, entendemos que, no trabalho com conhecimentos anteriores com os conteúdos apresentados. A abordagem
a linguagem e suas especificidades, é natural que haja grande fluidez e das questões conta com a participação oral da turma, ouvindo e escutando,
discutindo, entre outros aspectos, as expectativas em relação ao tema abordado
sobreposição entre seus elementos, prática especialmente necessária
no texto, gênero, autor, apresentação gráfica, título etc.
neste primeiro período didático. Assim, teremos:
36 –
Diálogo com o texto • Garantir o acesso dos alunos a textos interessantes – pelo conteúdo que
veicula ou por se tratar de um gênero com o qual não estão habituados – que
Entendemos que a verdadeira finalidade das questões de interpretação
ainda apresentam muitas dificuldades para a leitura autônoma.
escrita de textos é o desenvolvimento de habilidades de reflexão, interpretação,
análise, síntese, avaliação; encontrar a resposta certa assume papel secundário • Permitir que a classe toda tenha acesso ao mesmo texto, criando uma
nesse percurso: o importante é refletir em busca da resposta. vivência de grupo em relação a essa leitura.
Além disso, reconhecendo inicialmente que a leitura é polissêmica, muitas Associadas às diversas estratégias e situações de leitura que já
vezes a resposta dependerá do sentido construído pelo aluno em sua interação adotamos em nossa prática escolar, este momento especial de leitura visa,
com o texto, de acordo com suas condições de produção da leitura. Por isso, as especialmente, a propiciar um intenso e sistematizado contato dos alunos
respostas às questões podem variar e, frequentemente, mais de uma resposta com textos clássicos da literatura infantil universal, especialmente no que
pode ser aceita, embora o texto imponha certos limites às possibilidades de se refere a ler para apreciar/fruir e conhecer.
interpretação que os alunos devem aprender a reconhecer e respeitar. Desse modo, o sucesso desse momento, incorporado à rotina escolar, depende
Nas questões propostas nesta seção, procuramos contemplar alguns de uma organização planejada do professor. A seguir, o encaminhamento sugerido.
objetivos básicos: 9 Neste manual você terá a versão integral da história escolhida para a
• levar os alunos a perceber a função social dos diferentes gêneros textuais; atividade. No entanto, insistimos que providencie o livro sugerido, pois
• levar o aluno a refletir sobre os textos, buscando apreender seu(s) nada substitui o prazer e o encanto de tê-lo em mãos para apreciar as
significado(s), objetivos, relações entre os textos, e entre o texto e as imagens, letras, disposição gráfica e tantos outros elementos que o tornam
ilustrações, fotos e/ou tabelas que o acompanham;
único. É importante considerar que, numa leitura feita em capítulos, livros
• promover a descoberta nos níveis semântico, sintático, morfológico e mais extensos deverão ser lidos nos bimestres mais longos. Pensar numa
discursivo nos textos estudados;
leitura em capítulos implica interromper a leitura em momentos que criem
• articular conhecimentos prévios com as informações presentes no texto; expectativa, pedir que os alunos façam antecipações e deixá-los sempre
• fazer inferências. com gostinho de “quero mais”.
Sempre que diferentes interpretações forem possíveis, apresentare- 9 Escolha um ambiente adequado, tranquilo, e estimule as crianças para a
mos, neste manual, a indicação de que a resposta é “pessoal” e sugerire- atividade, convidando-as a ler. Lance mão de diferentes estratégias neste
mos apenas algumas possibilidades. momento, como a “caixa-surpresa”, atividade descrita a seguir:
Hora da história Suponhamos que será lido o conto João e Maria, de Wilhelm e Jacob Grimm.
Em plena virada de milênio, quando o professor se senta no meio de
um círculo de alunos e narra uma história, na verdade cumpre um desígnio
ancestral. Nesse momento, ocupa o lugar do xamã, do bardo celta, do
cigano, do mestre oriental, daquele que detém a sabedoria e o encanto, do
porta-voz da ancestralidade e da sabedoria. Nesse momento, ele exerce a
arte da memória.
Heloísa Prieto
Uma prática constante de leitura na escola pressupõe o trabalho com a
diversidade de objetivos, modalidades e gêneros textuais que caracterizam a
leitura de fato. Veja o que orienta o Guia de Planejamento e Orientações Didáticas
para o Professor do 2.o ano, publicação da Secretaria Municipal de São Paulo:
Embora seus alunos já possuam diversos conhecimentos que lhes permitem
ler, há variáveis, como o gênero textual, a extensão de um texto ou o vocabulário
complexo, que limitam a leitura autônoma. Por isso você deve ler o texto para
eles sempre que a leitura autônoma for difícil ou impossível. Essa leitura pelo Disponível em: <http://lauradollie.com/artwork/2429640-The-Witch-Hansel-Gretel.html>.
professor tem dois objetivos:
– 37
Pergunte às crianças se elas conhecem alguma história em que a personagem 9 O fechamento da atividade pode ser feito por meio de uma plenária, de um
se chame Maria. Ouça o que têm a dizer e anuncie que lerá uma história que debate, da manifestação de opiniões e comentários sobre a obra, atitude
foi escrita há muito, muito tempo, pelos Grimm, dois irmãos que nasceram na que deve ocorrer durante todo o processo de leitura. Ouvir a história e
Alemanha e adoravam coletar e registar histórias encantadas... poder comentá-la já é uma atividade na qual os alunos aprendem muito.
Prepare, para esse e outros momentos em que você será o leitor de histórias, Neste momento, não é necessário complementá-la solicitando que façam
desenhos da parte que mais gostaram, dramatizações etc. O que vale é a
uma “caixa-surpresa”: uma caixa resistente, de tamanho médio, forrada e
leitura pela leitura, a literatura pela literatura.
decorada como quiser. Dentro dela, coloque objetos referentes à narrativa
escolhida que servirão como elementos antecipatórios de leitura. Para a história Finalmente, destacamos que a história contada oralmente traz o privilégio
de João e Maria, por exemplo, você poderá esconder na caixa um docinho, o do contato direto do contador com o ouvinte; nesse caso, a voz do professor
emite a sua própria palavra, já que foi ele quem fez a adaptação do conto.
nome de Maria escrito em um papel, miolo de pão, a imagem de um passarinho,
Por se tratar de um momento de contato mais íntimo entre professor e alunos,
um chapéu de bruxa etc.
pode-se lançar mão de algum recurso que diferencie esse momento daquele
Retire, um a um, os objetos da caixa e questione a turma sobre “que história de leitura: uma cantiga de abertura, o som de algum sino ou qualquer outro
será que a professora vai ler”? instrumento que traga um tom de magia para esse instante.
Ao retirar, por exemplo, o chapéu de bruxa, eles saberão que nessa história
terá uma bruxa. Então, que história pode ser essa? Deixe que apresentem
sugestões baseadas no repertório de histórias infantis que possuem. É a história
da Branca de Neve? Não, eu acho que é a história da Bela Adormecida. Será Ampliação dos saberes
que é da Rapunzel? Questione, por exemplo: Por que você acha que é essa
história que vou contar? E assim sucessivamente.
Apresente, a seguir, um outro objeto da caixa: um docinho, por exemplo. E Análise e reflexão sobre a língua (gramática)
deixe que reformulem suas hipóteses até que “acertem” que a história a ser lida Reforçando nossa proposta para desenvolver e aperfeiçoar as práticas
é João e Maria. Garanta a participação de todos nesse momento. sociais de interação oral e escrita, nosso material apresenta atividades de
Dê, então, início à leitura, lembrando de modular sua voz de modo a provocar reflexão sobre a língua voltadas para a observação e análise da língua em
as diferentes emoções vividas pelas personagens nas situações que lhes são uso, favorecendo a construção de conhecimentos sobre o funcionamento da
impostas no decorrer da história. Interrompa a leitura em momentos decisivos linguagem, sempre de forma contextualizada, a fim de instrumentalizar o aluno
para solicitar às crianças a antecipação da narrativa. Não há, neste momento, a interpretar e produzir textos de forma cada vez mais consciente e eficaz.
preocupação com “certo” ou “errado”. O que queremos garantir é que o aluno Sobre essa questão, leia o que consideram os PCNs.
use sua imaginação ao mesmo tempo em que está atento à lógica interna do É no interior da situação de produção de texto, enquanto o escritor monitora
texto, articulando informações num exercício de leitura ativa, de significativa a própria escrita para assegurar sua adequação, coerência, coesão e correção,
troca com o texto. Mostre, também, algumas ilustrações, ressaltando a relação que ganham utilidade os conhecimentos sobre os aspectos gramaticais.
entre elas e o texto. Saber o que é substantivo, adjetivo, verbo, artigo, preposição, sujeito,
Terminada a leitura, converse informalmente com as crianças sobre as predicado etc. não significa ser capaz de construir bons textos, empregando
impressões provocadas pelo texto, as diferentes emoções sentidas durante a bem esses conhecimentos. Quando se enfatiza a importância das atividades
de revisão é por esta razão: trata-se de uma oportunidade privilegiada de
leitura e o que as provocou, a esperteza das crianças para se livrar de uma
ensinar o aluno a utilizar os conhecimentos que possui, ao mesmo tempo que é
situação tão infeliz e perigosa.
fonte de conteúdos a serem trabalhados. Isso porque os aspectos gramaticais
Sugestão de atividade: proponha que escrevam um bilhete para João e — e outros discursivos como a pontuação — devem ser selecionados a partir
Maria, dando o recado que desejarem às personagens, parabenizando-as das produções escritas dos alunos. O critério de relevância dos aspectos
pela esperteza e coragem, pedindo que tomem cuidado ao passearem pela identificados como problemáticos — e que precisam, portanto, ser ensinados
floresta etc. prioritariamente — deve ser composto pela combinação de dois fatores: por
9 Destaque também o autor da obra, comentando detalhes de sua biografia, um lado, o que pode contribuir para maior adequação e legibilidade dos textos
outras obras e importância no cenário da literatura universal. e, por outro, a capacidade dos alunos em cada momento.
38 –
A propriedade que a linguagem tem de poder referir-se a si mesma é o que a partir de atividades que estimulem a percepção e investigação das
torna possível a análise da língua e o que define um vocabulário próprio, uma regularidades, irregularidades, possibilidades e convenções que regem
metalinguagem. Em relação a essa terminologia característica, é preciso considerar esse sistema, de modo a auxiliar os alunos a tomar decisões na grafia
que, embora seja peculiar a situações de análise linguística (em que inevitavelmente das palavras. O texto apresentado a seguir, de Artur Gomes de Morais,
se fala sobre língua), não se deve sobrecarregar os alunos com um palavreado esclarece questões que nos parecem fundamentais para orientar seu
sem função, justificado exclusivamente pela tradição de ensiná-lo. O critério do trabalho em sala de aula.
que deve ser ou não ensinado é muito simples: apenas os termos que tenham
Uma reflexão sobre as normas ortográficas
utilidade para abordar os conteúdos e facilitar a comunicação nas atividades
de reflexão sobre a língua excluindo-se tudo o que for desnecessário e que Para ensinar ortografia, muitos professores continuam recorrendo às
costuma apenas confundir os alunos. velhas práticas de cópia, ditado e exercícios de treino. Mas a maioria se
Por exemplo, torna-se necessário saber, nas séries iniciais, o que é sente insatisfeita com o rendimento de seus alunos e passa por dúvidas,
“proparoxítona”, no fim de um processo em que os alunos, sob orientação como: Quando devo começar a ensinar ortografia? Como devo reagir,
do professor, analisam e estabelecem regularidades na acentuação de ao ver a criança errando? Devo corrigir tudo o que os alunos escrevem?
palavras e chegam à regra de que são sempre acentuadas as palavras Como posso inovar, para ajudar meus alunos a escrever melhor?
em que a sílaba tônica é a antepenúltima. Também é possível ensinar Ao discutir essas questões, nossa primeira sugestão consiste em rever
concordância sem necessariamente falar em sujeito ou em verbo. Isso não a própria atitude diante do erro. Em vez de tomar os erros ortográficos de
significa que não é para ensinar fonética, morfologia ou sintaxe, mas que nossos alunos como índices, para dar nota, devemos enxergá-los como
elas devem ser oferecidas na medida em que se tornarem necessárias para indicadores do que precisamos ensinar. Os erros são pistas preciosas
a reflexão sobre a língua. para o professor planejar seu ensino, para selecionar e organizar as
[...] Se o objetivo é que os alunos utilizem os conhecimentos adquiridos dificuldades de seus alunos e para ajudá-los a superá-las.
por meio da prática de reflexão sobre a língua para melhorar a capacidade de Nesse espírito, precisamos fazer uma triagem dos erros ao examinar
compreensão e expressão, tanto em situações de comunicação escrita quanto as produções infantis, separando o joio do trigo. As distintas dificuldades
oral, é preciso organizar o trabalho educativo nessa perspectiva. Sendo ortográficas requerem diferentes mecanismos de aprendizagem.
assim, ainda que os conteúdos relacionados a esse tipo de prática estejam No caso das dificuldades regulares (em que há uma regra, ou um
organizados num bloco separado, eles devem remeter-se diretamente às princípio gerador, que conduz à grafia correta), precisamos criar estratégias
atividades de uso da linguagem. Mais do que isso, devem estar a seu serviço. de ensino que levem o aprendiz a refletir a respeito da regra em questão
Acreditamos, assim, que o ensino da gramática deve estar voltado ao e compreendê-la.
desenvolvimento da competência comunicativa do aluno, isto é, da capacidade Nos casos de dificuldades irregulares (nas quais não há uma regra
que ele tem de usar com progressiva eficiência e adequação os recursos que mostre com segurança a grafia correta), precisamos ajudar o aluno a
da língua nas mais diversas situações de interação comunicativa das quais tomar consciência desse traço irregular. Ele deve se acostumar a consultar o
participa em seu cotidiano. De acordo com Travaglia (2004), “é a gramática dicionário quando tiver dúvidas e assim irá memorizando, progressivamente,
vista como o estudo das condições linguísticas da significação”.
as palavras que contêm irregularidades.
Análise e reflexão sobre a língua (ortografia) Quando começar a ensinar ortografia? Para introduzir o ensino
O trabalho com a ortografia pressupõe um sujeito que age sobre o objeto sistemático, convém dar tempo para que as crianças compreendam o
de conhecimento, tendo por princípio que o erro ortográfico é intrínseco a esse sistema de escrita alfabética, isto é, aprendam o valor sonoro das letras e
processo, pois é produto real do conhecimento que a criança já tem a respeito possam ler e escrever sozinhas pequenos textos. É claro que, nessa fase,
desse complexo sistema. elas cometerão muitos erros, mas isso é absolutamente natural.
Se a ortografia envolve um conhecimento também convencional Por onde começar? Aqui cabe retomar a distinção entre o que são
e normativo, não é possível esperar que as crianças apropriem-se dele dificuldades regulares e irregulares e usar um princípio geral de bom senso.
sozinhas. Assim, temos como objetivo promover a reflexão ortográfica É importante (e viável) o professor ajudar a criança a:
– 39
• superar, progressivamente, todos os casos nos quais existe uma regra Dificuldades regulares
que, ao ser compreendida, permitirá ao aprendiz escrever com segurança No ensino das dificuldades regulares, costumam ter êxito certas estratégias
outras palavras da língua em que aquela dificuldade regular apareça; que levam a refletir acerca de cada regra (princípio gerativo) que os alunos
• reconhecer que, em certos casos, não há regras: é preciso memorizar precisam dominar. Eis algumas delas.
a forma correta. Ditados interativos: ao contrário do ditado tradicional, que cumpre
Aí, outra vez, o bom senso sugere que é preciso investir nas palavras apenas o papel de verificar os conhecimentos ortográficos, experimente
importantes, isto é, naquelas palavras que aparecem com frequência nos esta estratégia, voltada para a preocupação de ensinar ortografia: faça
textos da criança. Tomando como exemplo a dificuldade causada pelo H o ditado de um texto que os alunos conhecem, com pausas em palavras
inicial, que é irregular, é importante o aluno aprender, em uma primeira específicas, convidando as crianças a focalizar e discutir questões
etapa, a escrever palavras de uso frequente, como “homem”, “hoje” e “hora”, ortográficas previamente selecionadas. Por exemplo, se você quiser
ao passo que palavras menos usuais (como “hipopótamo” ou “holofote”) focalizar o emprego do “o” ou “u” no final das palavras, pode ditar uma frase
poderão ser aprendidas em momentos posteriores. com a palavra “cavalo” e levantar questões do tipo: Uma pessoa que não
O que corrigir? Como corrigir? Em primeiro lugar, a experiência sugere sabe escrever a palavra “cavalo”, como poderia se enganar? Por quê? E
que é preciso não se angustiar: é impossível (e pouco eficaz) querer corrigir uma pessoa que sabe escrever, como colocaria?
tudo, sempre. O aprendizado da ortografia não envolve apenas a memória; é
Continue assim, interrompendo o ditado de vez em quando para
um processo gradual e complexo, que requer tempo.
focalizar outras palavras com essa dificuldade.
É fundamental estabelecer desde cedo na sala de aula um espírito de
Leitura com focalização: durante a releitura coletiva de um texto conhecido,
preocupação com o leitor de nossos escritos, de maneira que a correção dos
textos torne nossa comunicação escrita eficiente. faça interrupções para debater a grafia de certas palavras, levantando questões
do tipo das usadas no ditado interativo.
Sugerimos que as produções infantis que circulam (na sala de aula, na escola
Jogos de reflexão ortográfica: dedicados ao estudo de uma
e na comunidade) sejam objeto de um trabalho de revisão, de edição final.
Um trabalho que cuide tanto da correção ortográfica quanto da apresentação dificuldade específica. Se a meta for, por exemplo, discutir o emprego
(formato, limpeza, distribuição do texto e de eventuais ilustrações etc.). A do “r” e do “rr”, peça para as crianças classificarem, em uma lista de
intenção de desenvolver a preocupação com a correção tem por trás metas palavras contendo “r” e “rr”, quais entre elas são parecidas. Feito isso,
de respeito ao leitor e de busca de eficiência na comunicação – atitudes bem discuta o motivo de cada palavra estar em um grupo ou no outro. Em
diferentes do simples medo de errar. outra atividade, peça para formarem (ou pesquisarem) outras palavras
Ainda com relação a quando e como corrigir, não é útil corrigir os textos parecidas, discutindo as soluções encontradas.
na ausência dos alunos (levando suas produções para casa) e depois fazer Nessas três estratégias de ensino, é fundamental insistir sempre no
com que copiem inúmeras vezes as palavras corrigidas. contraste entre as formas certas e as erradas, estimulando os alunos a
A prática tem demonstrado a ineficácia dessa antiga rotina: além de compreender e verbalizar as regras que vão descobrindo.
constituir um fardo para o professor, não leva o aluno a refletir sobre suas Registrar em um “quadro de regras” as soluções propostas pelos alunos,
dificuldades ortográficas. com suas próprias palavras, ajuda-os a sentir que não estão recebendo
Sentindo-se punida, a criança copia as palavras listadas, muitas vezes regras prontas, apenas para decorar.
às pressas, para se livrar da tarefa, sem refletir. Por fim, muita energia Dificuldades irregulares
é gasta por ambas as partes e o aluno nem pensa nas regularidades e A primeira medida consiste em selecionar as palavras de uso frequente.
irregularidades que precisa dominar. Você pode combinar com a turma, definindo as palavras (por exemplo, as
Estratégias de ensino que contêm “ch”) que precisarão memorizar, porque estão errando muito ao
Corrigir e ensinar não são palavras sinônimas. O ensino sistemático escrever seus textos.
pressupõe o uso de estratégias que estimulem a compreensão de dificuldades Jogando às claras e explicitando sua estratégia, você contribui
ortográficas específicas. para que os alunos tomem consciência das irregularidades da língua,
40 –
em vez de cobrar aleatoriamente que acertem tudo. Afinal, mesmo os Atendendo a esses objetivos, nesta seção são propostas situações que
adultos letrados terão dúvidas ortográficas no caso das palavras com envolvem a escrita com uma função social, já que reconhecemos que escrever
irregularidades, até o final da vida. é comunicar-se, é interagir, e isso só ocorre se temos o que dizer, a quem
A segunda estratégia de trabalho com irregularidades ortográficas envolve dizer e um objetivo que pretendemos alcançar através da interlocução.
o aprendizado do uso do dicionário, o pai dos sabidos! No que diz respeito à prática de produção de textos, compartilhamos as
É preciso infundir nas crianças a compreensão de que o dicionário é uma ideias expostas nos PCNs, reproduzidas a seguir.
fonte constante de informação ortográfica, praticamente insubstituível. Mas O trabalho com produção de textos tem como finalidade formar escritores
para usar o dicionário, o indivíduo precisa ser “sabido”, precisa ter vários competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes.
conhecimentos, e por isso os alunos dependem da ajuda do professor.
Um escritor competente é alguém que, ao produzir um discurso, conhecendo
Recorra, em sua intervenção, a estratégias que contribuam para possibilidades que estão postas culturalmente, sabe selecionar o gênero no
compreender a ordenação alfabética e para desenvolver uma atitude de qual seu discurso se realizará, escolhendo aquele que for apropriado a seus
antecipação, para saber onde procurar a palavra em dúvida. O uso do objetivos e à circunstância enunciativa em questão. Por exemplo: se o que
dicionário também exige uma atitude de reflexão. deseja é convencer o leitor, o escritor competente selecionará um gênero que
Fonte: MORAIS, Artur Gomes. Uma reflexão sobre os nomes ortográficos. lhe possibilite a produção de um texto predominantemente argumentativo; se
In: BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Formação de é fazer uma solicitação a determinada autoridade, provavelmente redigirá um
Professores Alfabetizadores (Profa). Brasília: MEC, 2001. ofício; se é enviar notícias a familiares, escreverá uma carta.
É importante destacar que as atividades aqui propostas não devem se Um escritor competente é alguém que planeja o discurso e consequentemente
esgotar em si mesmas. Diante da observação das necessidades específicas o texto em função do seu objetivo e do leitor a que se destina, sem desconsiderar
de seu grupo de alunos, você poderá complementá-las e adequá-las, visando as características específicas do gênero. É alguém que sabe elaborar um
a um aprendizado mais eficiente e amplo. resumo ou tomar notas durante uma exposição oral; que sabe esquematizar
suas anotações para estudar um assunto; que sabe expressar por escrito seus
Com a mão na massa
sentimentos, experiências ou opiniões.
Esta seção pretende complementar e ampliar a abordagem do conteúdo em Um escritor competente é, também, capaz de olhar para o próprio texto
questão. Para tanto, traz atividades diversificadas e está presente no decorrer como um objeto e verificar se está confuso, ambíguo, redundante, obscuro
das unidades, sem atender a uma ordem rigorosa de apresentação. ou incompleto. Ou seja: é capaz de revisá-lo e reescrevê-lo até considerá-lo
satisfatório para o momento. É, ainda, um leitor competente e capaz de recorrer,
com sucesso, a outros textos quando precisa utilizar fontes escritas para a sua
Produção de texto própria produção.
[...] Para aprender a escrever, é necessário ter acesso à diversidade de
textos escritos, testemunhar a utilização que se faz da escrita em diferentes
Temos como objetivos centrais nas atividades de produção de texto: circunstâncias, defrontar-se com as reais questões que a escrita coloca a quem
• Criar oportunidades para que os alunos reconheçam a expressão escrita como se propõe produzi-la, arriscar-se a fazer como consegue e receber ajuda de
forma de comunicação, de interlocução, despertando o interesse para seu uso quem já sabe escrever. Sendo assim, o tratamento que se dá à escrita na escola
e desenvolvendo as habilidades de aplicação adequada da modalidade escrita; não pode inibir os alunos ou afastá-los do que se pretende; ao contrário, é preciso
aproximá-los, principalmente quando são iniciados “oficialmente” no mundo da
• Levar os alunos a produzir textos considerando o leitor e o sentido do que escrita por meio da alfabetização. Afinal, esse é o início de um caminho que
se quer dizer; deverão trilhar para se transformarem em cidadãos da cultura escrita.
• Levar os alunos a elaborar uma produção escrita, utilizando para isso Se o objetivo é formar cidadãos capazes de utilizar a escrita com eficácia,
características e formalidades da linguagem que se usa para escrever. que tenham condições de assumir a palavra — também por escrito — para pro-
duzir textos adequados, é preciso organizar o trabalho educativo para que ex-
– 41
perimentem e aprendam isso na escola. É necessário, portanto, ensinar os Quando os alunos aprendem o enredo, junto vem também a forma, a linguagem
alunos a lidar tanto com a escrita da linguagem — os aspectos notacionais que se usa para escrever, diferente da que se usa para falar. A reescrita é a
relacionados ao sistema alfabético e às restrições ortográficas — como com produção de mais uma versão, e não a reprodução idêntica. Não é condição
a linguagem escrita — os aspectos discursivos relacionados à linguagem para uma atividade de reescrita – nem é desejável – que o aluno memorize o
que se usa para escrever. texto. Para reescrever não é necessário decorar: o que queremos desenvolver
[...] não é a memória, mas a capacidade de produzir um texto em linguagem escrita.
O conto tradicional funciona como uma espécie de matriz para a escrita de
Formar escritores competentes supõe, portanto, uma prática continuada de narrativas. Ao realizar um reconto, os alunos recuperam os acontecimentos
produção de textos na sala de aula, situações de produção de uma grande da narrativa, utilizando, frequentemente, elementos da linguagem que se usa
variedade de textos de fato e uma aproximação das condições de produção às para escrever. O mesmo acontece com as reescritas, pois, ao reescrever uma
circunstâncias nas quais se produzem esses textos. Diferentes objetivos exigem história, um conto, os alunos precisam coordenar uma série de tarefas: eles
diferentes gêneros e estes, por sua vez, têm suas formas características que precisam recuperar os acontecimentos, utilizar a linguagem que se escreve,
precisam ser aprendidas. organizar junto com os colegas o que querem escrever, controlar o que já foi
Sabemos que para realizar atividades com foco na escrita é necessário escrito e o que falta escrever. Ao realizar essas tarefas, os alunos estarão
dedicar especial atenção ao ensino do sistema de escrita e suas convenções. aprendendo sobre o processo de composição de um texto escrito.
No entanto, para tornar realmente significativa a aprendizagem desse sistema Nessa perspectiva, a reescrita coletiva oferece inúmeros recursos
é preciso que se contemple com mais atenção o ensino da linguagem que se aos professores para que, posteriormente, possa fazê-la em duplas ou
usa para escrever. Diante desse importante desafio, propomos a atividade individualmente. Ela é uma situação didática importante para aproximar os
de reescrita como uma das estratégias a serem utilizadas com frequência alunos de comportamentos escritores envolvidos no processo de produção
em seu planejamento de aulas. A seguir, descrevemos essa importante textual. Entre eles, citamos:
atividade de produção textual. 9 planejar os textos;
Atividade de reescrita: aprendendo a linguagem que se escreve 9 recorrer a materiais escritos para buscar informações sobre o tema que
Entendemos que a aprendizagem da escrita pode ser apresentada de está escrevendo;
forma significativa e gratificante. Nesse sentido, reconhecemos que para a 9 reler o “já escrito” durante a produção;
criança avançar com relação à aquisição da língua escrita é indispensável 9 escrever rascunhos e fazer as modificações necessárias;
que se mostre ativa perante esse objeto de conhecimento que a rodeia, que
9 socializar o texto produzido em busca de apreciações;
formule perguntas, elabore hipóteses, confronte-as etc. e nada melhor do que
expô-la a situações de revisão de textos, atividade que ocorre desde o 2.º ano. 9 escolher os marcadores temporais;
O exercício de reescrita é extremamente útil para os alunos aprenderem a 9 adequar vocabulário e expressões;
produzir textos; sua prática encaminha as crianças para a autoria. No ato de 9 reorganizar períodos.
reescrever, é preciso contemplar, além da reprodução do gênero, a reflexão Nesse percurso, o aluno reconhece que o ato de revisar é parte do próprio
sobre aspectos que são próprios da linguagem que usamos para escrever, ato de escrever e aprende, gradativamente, a aplicar os conhecimentos que
focalizando peculiaridades do sistema alfabético. Desse modo, oferecemos tem sobre a língua para resolver os problemas detectados no momento da
aos alunos a oportunidade de avançar nos conhecimentos que têm sobre a produção. Tudo isso revelado num admirável trabalho real de produção de texto
linguagem. Segundo o Profa6, que contempla, em si, um percurso de “idas e vindas”, até considerar o texto
[...] a reescrita é uma atividade de produção textual com apoio. É a escrita produzido como satisfatório. Nessa atividade, as crianças têm a oportunidade
de uma história cujo enredo é conhecido e cuja referência é um texto escrito. de socializar suas ideias e revelar sua apropriação da linguagem escrita.
A seguir, apresentamos uma sugestão de encaminhamento para uma
6
Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), volume 2, p. 183. atividade de reescrita.
42 –
Reescrita coletiva de um conto
Deixe que a turma escolha a história encantada que quer reescrever. Parece-nos
importante esclarecer que a atividade de reescrita deve partir de um enredo
conhecido para a escrita de uma versão própria, daí a necessidade de se ler a
história escolhida por várias vezes, garantindo que seja realmente conhecida
pelas crianças. O desafio a ser proposto aos alunos é a textualização, isto
é, reorganizar esses acontecimentos da narrativa, passando do texto oral ao
escrito, assegurando a presença da linguagem escrita. E o fundamental: quem
textualiza na reescrita é a criança e não o professor, o qual tem como tarefa
incentivar o aluno a ser o produtor do texto em questão.
9 Para ilustrar essa sugestão de reescrita, imaginemos que a proposta seja
baseada na história A Princesa e o Sapo. Leia o conto para as crianças
quantas vezes julgar necessário, garantindo que todas tenham se apropriado
da narrativa.
9 Explique a atividade aos alunos e a importante tarefa que terão pela frente:
escrever uma nova versão para a história que escolheram. Eles ditarão
a história e você será o escriba da turma, dialogando com as crianças
o tempo todo: como podemos escrever o início dessa história? Ouça as
sugestões, escreva o que dizem e, durante a reescrita, releia o já registrado
para que vejam o que falta e o que ainda deve ser escrito. É neste momento
que poderão “melhorar” o texto, eliminando repetições, trocando palavras
e expressões, refinando o vocabulário (até mesmo a partir das escolhas
do autor, consultando os textos originais), procedimentos que revelam a
gradativa familiaridade com a escrita. Proceda dessa maneira, lendo e
retomando o texto com focalizações, até que deem por encerrada a história.
9 Faça a leitura final para que sugiram os últimos ajustes. É o momento de
checar se o texto ficou bem escrito, se cumpriu sua função.
Variação da atividade
Tendo ainda como referência o conto A Princesa e o Sapo, peça que as
crianças escrevam essa história espontaneamente em duplas ou individualmen-
te. Selecione um dos textos produzidos, apresente-o à turma (escrito na lousa)
e faça uma leitura inicial dele. Nesse primeiro momento, sua leitura poderá fazer
com que percebam mais claramente os problemas que o texto apresenta. Mas,
cuidado! Não sinalize esses trechos: essa tarefa é dos alunos. Apenas leia. Veja
o texto que apresentamos a seguir.
– 43
9 Desafie-os a “melhorar” o texto e, para isso, problematize com a classe é possível, ao fim da tarefa, sistematizar os resultados do trabalho coletivo e
trechos que podem ser mais bem escritos. Podem também ser obser- devolvê-lo organizadamente ao grupo de alunos.
vados aspectos como paragrafação e pontuação expressiva. Faça as
Para os escritores iniciantes, assim mesmo, esta pode ser uma tarefa
correções e os ajustes necessários com os alunos até que considerem
o texto terminado. complexa, pois requer distanciamento do próprio texto, procedimento difícil
9 Faça a leitura final para que sugiram os últimos ajustes. É o momento de especialmente para crianças pequenas. Nesse caso, é interessante utilizar
checar se o texto ficou bem escrito, se cumpriu sua função. textos alheios para serem analisados coletivamente, ocasião em que o professor
Note que o trabalho de produção de textos nessa perspectiva pressupõe pode desempenhar um importante papel de modelo de revisor, colocando
um investimento em atividades que focalizam a revisão do texto, já que essa boas questões para serem analisadas e dirigindo o olhar dos alunos para os
atividade assume um papel fundamental nesse processo. Veja o que os PCNs problemas a serem resolvidos.
consideram a esse respeito: Quer seja com toda a classe, quer seja em pequenos grupos, a discussão
Um espaço privilegiado de articulação das práticas de leitura, produção sobre os textos alheios e próprios, além do objetivo imediato de buscar a
escrita e reflexão sobre a língua (e mesmo de comparação entre linguagem oral eficácia e a correção da escrita, tem objetivos pedagógicos importantes:
e escrita) é o das atividades de revisão de texto. Chama-se revisão de texto
o desenvolvimento da atitude crítica em relação à própria produção e a
o conjunto de procedimentos por meio dos quais um texto é trabalhado até o
aprendizagem de procedimentos eficientes para imprimir qualidade aos textos.
ponto em que se decide que está, para o momento, suficientemente bem escrito.
Pressupõe a existência de rascunhos sobre os quais se trabalha, produzindo Vale salientar que o trabalho com produção de texto não deve – e não
alterações que afetam tanto o conteúdo como a forma do texto. pode – se restringir às atividades apresentadas em nosso material. O exercício
Durante a atividade de revisão, os alunos e o professor debruçam-se da escrita e o contato com bons modelos de textos devem fazer parte de
sobre o texto buscando melhorá-lo. Para tanto, precisam aprender a detectar sua rotina, seja na solicitação de um simples registro do nome e data numa
os pontos onde o que está dito não é o que se pretendia, isto é, identificar os atividade até a proposta de escrita de um texto mais elaborado, mesmo que
problemas do texto e aplicar os conhecimentos sobre a língua para resolvê- de forma coletiva.
los: acrescentando, retirando, deslocando ou transformando porções do texto,
Lições de casa
com o objetivo de torná-lo mais legível para o leitor. O que pode significar tanto
torná-lo mais claro e compreensível quanto mais bonito e agradável de ler. Esse A cada bimestre, o Caderno do aluno apresenta um bloco de lições de
procedimento — parte integrante do próprio ato de escrever — é aprendido casa. É importante destacar que existe uma intencionalidade pedagógica
por meio da participação do aluno em situações coletivas de revisão do texto bem definida para essas atividades: favorecer a autonomia dos alunos e, ao
escrito, bem como em atividades realizadas em parceria, e sob a orientação mesmo tempo, tê-las como importantes indicadores para o desenvolvimento
do professor, que permitem e exigem uma reflexão sobre a organização das de seu trabalho em sala de aula. Entendemos que, assim como qualquer
ideias, os procedimentos de coesão utilizados, a ortografia, a pontuação,
outra atividade pedagógica, a lição de casa também deve se constituir num
etc. Essas situações, nas quais são trabalhadas as questões que surgem na
produção, dão origem a um tipo de conhecimento que precisa ir se incorporando importante recurso de aprendizagem.
progressivamente à atividade de escrita, para melhorar sua qualidade. Dessa As atividades propostas estão diretamente articuladas aos conteú-
perspectiva, a revisão de texto seria uma espécie de controle de qualidade da dos trabalhados em sala, e preveem algumas etapas para seu adequado
produção, necessário desde o planejamento e ao longo do processo de redação encaminhamento:
e não somente após a finalização do produto.
Planejamento: ao selecionar as lições, verifique se atendem aos conteúdos já
A revisão de texto, como situação didática, exige que o professor selecione
discutidos em sala e se podem ser realizadas de maneira autônoma pelos alunos.
em quais aspectos pretende que os alunos se concentrem de cada vez, pois
não é possível tratar de todos ao mesmo tempo. Ou bem se foca a atenção na Orientação: esclareça, antecipadamente, as possíveis dúvidas dos alunos
coerência da apresentação do conteúdo, nos aspectos coesivos e pontuação, em relação às atividades propostas. Forneça, quando necessário, os recursos
ou na ortografia. E, quando se toma apenas um desses aspectos para revisar, previstos para a viabilização da tarefa.
44 –
Correção: promova um momento em que as atividades propostas sejam
Bibliografia e sugestões de leitura ao professor
discutidas de maneira produtiva para todos.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Nova Fronteira.
Certamente, você poderá elaborar quaisquer atividades relacionadas
ao conteúdo trabalhado para agregá-las às lições já apresentadas. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Na-
cional Comum Curricular. Brasília: MEC/Consed/Undime, 2017.
Encartes
______. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacio-
Fichas cartonadas que complementam ou propõem atividades apresentadas nais. Língua Portuguesa, 1.a a 4.a série. Brasília: MEC/SEE, 1997.
no Caderno do aluno.
______. Secretaria Municipal da Educação. Projeto Guia de planejamento e
Caderno pautado orientações didáticas para o professor do 4.o ano do Ensino Fundamental. São
O caderno pautado será utilizado durante o ano como um suporte para Paulo: SME/ DOT, 2007.
atividades complementares, orientadas pelas sugestões dadas neste manual, ______. Secretaria da Educação Básica. A criança de 6 anos, a linguagem
ao final de cada unidade. São propostas que enriquecem e sistematizam o
escrita e o ensino fundamental de nove anos: orientações para o trabalho com
conteúdo já visto, apresentadas a partir dos temas abordados no período. Sinta-se
a linguagem escrita em turmas de crianças de seis anos de idade. MACIEL,
à vontade para diversificar as atividades aqui sugeridas, adequando-as aos
Francisca Isabel Pereira; BAPTISTA, Mônica Correia; MONTEIRO, Sara
interesses e necessidades de sua turma.
Mourão, (Org.). Belo Horizonte: UFMG/FaE/Ceale, 2009.
Portal Objetivo DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria
Os links sugeridos no Portal Objetivo apresentam atividades relacionadas Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Parábola, 2010.
aos temas estudados nas unidades, ampliando-os por meio de novos desafios FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1989.
e propostas diversas. Podem ser acessados na escola ou em casa.
JOLIBERT, Josette. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artmed, 1994.
Observação: no decorrer das atividades, há ícones que sugerem as formas
KATO, Mary. O aprendizado da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
de agrupamento para o desenvolvimento do trabalho. No entanto, você, profes-
sor, poderá definir qual a organização mais adequada para aquele momento. KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem, São Paulo: Contexto,
1992.
Professor, as tecnologias de informação e comunicação desempenham um ______. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 2007.
papel central no processo educativo que visa a uma educação inovado-
LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário.
ra e integrada. Ressaltamos que o Manual do Professor Laboratório de
Porto Alegre: Artmed, 2002.
Programação e Robótica oferece uma ampla variedade de propostas ali-
nhadas aos conteúdos específicos de nossa programação. Tais atividades MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo.
favorecem o desenvolvimento de habilidades previstas na área de Língua Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
Portuguesa traduzidas em um ambiente digital promovendo, assim, a su- MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2010.
peração de um tratamento fragmentado das novas linguagens tecnológicas
______. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.
adotadas na sociedade contemporânea e propondo, intencionalmente, sua
aplicação de forma significativa. ROJO, Roxane (Org.). A prática da linguagem em sala de aula: praticando os
Recomendamos uma leitura prévia desse material para que você se fami- PCNs. São Paulo/Campinas: Mercado de letras, 2001.
liarize com as atividades propostas e possa aplicá-las em suas aulas de ______; MOURA, Eduardo (Org.). Multiletramentos na escola. São Paulo:
maneira segura e eficaz. Parábola Editorial, 2012.
– 45
SCHENEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na A Língua Portuguesa na
escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Contexto, 2016. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para Língua Portuguesa está
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: centrada em cinco eixos fundamentais: oralidade (fala e escuta), leitura, escri-
Autêntica, 2018. ta, gramática e educação literária, que devem ser tratados de forma contínua,
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre, Artmed. complementar e integrada. Em sua introdução, o documento destaca o objetivo
norteador da área:
TEBEROSKY, Ana; COLOMER, Teresa. Aprender a ler e a escrever: uma
[...] garantir a todos os alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para
proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003.
a participação social e o exercício da cidadania, pois é por meio da língua que o
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática: ensino plural. São Paulo: Cortez, 2004. ser humano pensa, comunica-se, tem acesso à informação, expressa e defende
VIGOTSKY, Lev. Pensamento e linguagem. São Paulo: Relógio D´água – pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo e produz conhecimento.
2008. A língua mobiliza diferentes saberes. Ela é instrumento de interação social
contextualizado, dinâmico e histórico.
Publicações periódicas A aprendizagem da língua – oral e escrita – é um processo contínuo de
Revista Nova Escola, Abril. desenvolvimento cognitivo e linguístico que se complementa quando vinculada
Revista Pátio Ensino Fundamental, Artmed. às suas facetas interativa e sociocultural. Nesse sentido, as ações pedagógicas
da área ganham real significado ao se apresentarem articuladas às práticas
Presença Pedagógica, Dimensão.
de multiletramento, entendido aqui como referência à presença de textos
Revista Educação, Segmento. multimodais – popularizados pelo uso das tecnologias digitais* – e à multi-
Fontes eletrônicas plicidade cultural. Desse modo, o texto, materializado em gêneros diversos,
em todas as suas multimodalidades e suportes, ocupa o centro do trabalho
Ministério da Educação: <http://www.mec.gov.br>
com as práticas de linguagem e dele emergem conteúdos, habilidades e
Colégio Objetivo: <http://www.objetivo.br> objetivos para a área.
Site educacional: <http://www.klickeducacao.com.br> As orientações oferecidas na BNCC reforçam nossa proposta pedagógica
que aponta a multiplicidade de modalidades e usos da língua escrita e oral
Revista Nova Escola: <http://novaescola.abril.com.br>
como objeto de análise e reflexão fundamental para garantir a formação de
Instituto Avisa Lá: <http://avisala.org.br> leitores e escritores plenos.
Jornal Joca: <jornaljoca.com.br>
Biblioteca digital: <www.dominiopublico.gov.br>
Programa Além das Letras: <www.alemdasletras.org.br>
Plataforma do Letramento: <www.plataformadoletramento.org.br> *Um dos avanços contidos na BNCC é a necessidade de se incorporar ao cotidiano do ensino/aprendizagem da
língua materna as especificidades da leitura e da escrita em ambientes digitais. Sabemos que, atualmente, todas
Plataforma de leitura: <www.gutennews.com.br> as escolas estão razoavelmente conectadas e podem, a partir de sua realidade, promover o acesso a esses gê-
neros e valorizá-los como conteúdos multimodais que expressam sentidos, construídos a partir da relação que se
Revista Ciência Hoje das Crianças: <chc.org.br> estabelece entre elementos de sua superfície e seus significados implícitos.
Neste material, procurou-se trabalhar com os gêneros mais representativos, de maneira a possibilitar ao aluno a
Revista Recreio: <www.recreiouol.com.br> mobilização de habilidades básicas para interpretação e produção de novos gêneros que se criam e se renovam
constantemente nesse ambiente. Certamente, você, professor, tem autonomia para ampliar as atividades de nave-
Revista Emília: <http://revistaemilia.com.br> gação, exploração e produção de textos na própria rede, a partir do grau de maturidade de sua turma.

46 –
Em consonância com as competências gerais e específicas expressas no Ainda a respeito das habilidades contempladas, a BNCC acrescenta:
documento, a Base estrutura as habilidades que compõem a área de língua por- [...] embora as habilidades estejam agrupadas nas diferentes práticas, essas fron-
tuguesa em quatro eixos centrais de integração, correspondentes às práticas de teiras são tênues, pois, no ensino, e também na vida social, estão intimamente in-
linguagem, comuns ao longo do Ensino Fundamental. São eles: terligadas. [...] Cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na
Oralidade: inclui conhecimentos sobre as diferenças entre língua oral e lín- BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e
gua escrita e os usos adequados da oralidade em interações formais e conven- do agrupamento desses objetos em práticas de linguagem e campos de atuação)
cionais. [...] Inclui também conhecer as variedades linguísticas da língua oral e expressam um arranjo possível (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propos-
assumir atitude de respeito a essas variedades, o que é fundamental para que tos não devem ser tomados como modelo obrigatório para o desenho dos currículos.
se evitem preconceitos linguísticos. No documento, cada um dos eixos organizadores está subdividido em
Leitura/escuta: compreende as práticas de linguagem que decorrem da práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades, descritos à
interação ativa do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e luz dos campos de atuação da vida cotidiana e pública, do campo artístico-literário,
multissemióticos e de sua interpretação, sendo exemplos as leituras para: e das práticas de estudo e pesquisa. As habilidades, por sua vez, apresentam-se
fruição estética de textos e obras literárias; pesquisa e embasamento de integradas às práticas linguísticas contextualizadas, como as de leitura, escrita e
trabalhos escolares e acadêmicos; realização de procedimentos; conhe- análise linguística/semiótica. A BNCC destaca que tais habilidades, mesmo sendo
cimento, discussão e debate sobre temas sociais relevantes; sustentar a agrupadas e apresentadas ano a ano, devem ser consideradas sob a perspectiva
reivindicação de algo no contexto de atuação da vida pública; ter mais da continuidade das aprendizagens e da integração dos eixos organizadores, o
conhecimento que permita o desenvolvimento de projetos pessoais, den- que nos permite entender que os conteúdos específicos sugeridos no documento
tre outras possibilidades. Leitura no contexto da BNCC é tomada em um receberão tratamento progressivo ao longo dos anos de escolarização.
sentido mais amplo, dizendo respeito não somente ao texto escrito, mas Cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na
também a imagens estáticas (foto, pintura, desenho, esquema, gráfico, BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se re-
diagrama) ou em movimento (filmes, vídeos etc.) e ao som (música), que lacionam e do agrupamento desses objetos em práticas de linguagem e
acompanha e cossignifica em muitos gêneros digitais. campos de atuação) expressam um arranjo possível (dentre outros). Por-
Produção de texto: compreende as práticas de linguagem relacionadas à tanto, os agrupamentos propostos não devem ser tomados como modelo
interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto escrito, oral e multissemi- obrigatório para o desenho dos currículos.
ótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos.[...] O tratamento das Queremos enfatizar que, em grande parte das vezes, as habilidades pro-
postas no documento são tratadas, neste material, no ano indicado. No entanto,
práticas de produção de textos compreende dimensões inter-relacionadas às
há casos em que seu desenvolvimento se dá antes ou se inicia no ano proposto,
práticas de uso e reflexão.
mas é aprofundado posteriormente, promovendo-se a aprendizagem em espi-
Análise linguística/semiótica: envolve os procedimentos e estratégias (meta)
ral. Supõe-se que devam ser desenvolvidas gradativamente, de acordo com o
cognitivas de análise e avaliação consciente, durante os processos de leitura e
nível de conhecimento e maturidade do aluno nos diferentes anos.
de produção de textos (orais, escritos e multissemióticos), das materialidades Professor, com a intenção de contribuir com sua prática cotidiana e fami-
dos textos, responsáveis por seus efeitos de sentido, seja no que se refere às liarizá-lo com as habilidades definidas pela BNCC, optamos por apresentá-las
formas de composição dos textos, determinadas pelos gêneros (orais, escritos integralmente, em quadros de referência, para facilitar sua consulta. Neles você
e multissemióticos) e pela situação de produção, seja no que se refere aos es- encontrará as habilidades previstas para cada ano – dispostas em seus res-
tilos adotados nos textos, com forte impacto nos efeitos de sentido. Assim, no pectivos eixos organizadores – e a indicação do(s) bimestre(s) do 4.O ano do
que diz respeito à linguagem verbal oral e escrita, as formas de composição dos Ensino Fundamental em que cada uma delas é contemplada em nosso material.
textos dizem respeito à coesão, coerência e organização da progressão temáti- Informamos que na BNCC o campo de atuação artístico-literário é relati-
ca dos textos, influenciadas pela organização típica (forma de composição) do vo à participação do aluno em situações de leitura, fruição e produção de textos
gênero em questão. literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, favo-
Deve-se observar que a cultura digital perpassa todos os campos do co- recendo experiências estéticas. Devido a essa ampla abrangência e à impos-
nhecimento, fazendo surgir ou modificando gêneros e práticas. Assim, o docu- sibilidade de se tratar essa prática de maneira fragmentada, desvinculada dos
mento optou por um tratamento transversal da cultura digital, articulado a outras demais aspectos de estudo da língua, apresentaremos as habilidades previstas
dimensões nas práticas em que aparecem. para esse campo dentro dos demais eixos, destacados em azul.
– 47
Certamente a visualização dos quadros a seguir não exclui a importância da
leitura integral do documento. Habilidades 1.o 2.o 3.o 4.o

Habilidades 1.o 2.o 3.o 4.o (EF15LP01) Identificar a função social de textos que cir-
culam em campos da vida social dos quais participa co-
tidianamente e nas mídias impressa, de massa e digital, X X X X
(EF15LP09) Expressar-se em situações de inter- reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam,
câmbio oral com clareza, preocupando-se em ser quem os produziu e a quem se destinam.
compreendido pelo interlocutor e usando a pa- X X X X
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto
lavra com tom de voz audível, boa articulação e que vai ler, apoiando-se em seus conhecimentos prévios
ritmo adequado. sobre as condições de produção e recepção desse texto, o
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre X X X X
saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da
colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e soli- X X X X
própria obra (índice, prefácio), confirmando antecipações

EIXO – LEITURA / ESCUTA


citando esclarecimentos sempre que necessário. e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos,
(EF15LP11) Reconhecer características da conver- checando a adequação das hipóteses realizadas.
sação espontânea presencial, respeitando os turnos (EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos. X X X X
de fala, e utilizando, durante a conversação, formas X X X X
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido
EIXO – ORALIDADE

de tratamento adequadas, de acordo com a situação pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em X X X X
e a posição do interlocutor. textos multissemióticos.
(EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísti- (EF15LP14) Construir o sentido de histórias em qua-
cos (paralinguísticos) observados na fala, como direção drinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e X X
X X X X interpretando recursos gráficos.
do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concor-
dância ou discordância), expressão corporal, tom de voz. (EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem
(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimen- X X X X
X X X X são lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diver-
diferentes contextos comunicativos.
sidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, uti-
(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com
lizados em diferentes situações e contextos comuni- os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de
X X X X
cativos, e suas características linguístico-expressivas maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como X X X X
e composicionais. contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombra-
(EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situ- ção etc.) e crônicas.
ações formais de escuta de exposições, apresenta- X X X X (EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, obser-
ções e palestras. vando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na X X
página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilus-
(EF04LP17) Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e trações e por outros efeitos visuais.
entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet, orientan- (EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros
X X X X X
do-se por roteiro ou texto e demonstrando conhecimento recursos gráficos.
dos gêneros jornal falado/televisivo e entrevista. (EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em
(EF04LP25) Representar cenas de textos dramáticos, seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos X X X X
reproduzindo as falas das personagens, de acordo curtos com nível de textualidade adequado.
X
com as rubricas de interpretação e movimento indica- (EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do canti-
das pelo autor. nho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios X X X X
digitais para leitura individual, justificando a escolha e com-
(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio partilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.
X X X X
de imagem, textos literários lidos pelo professor.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demons- X X X X
(EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, trando compreensão global.
X X
postura e interpretação adequadas. (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos. X X X X

48 –
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expres-
sões desconhecidas em textos, com base no contexto X X X X Habilidades 1.o 2.o 3.o 4.o
da frase ou do texto.
(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um
texto, identificando substituições lexicais (de substan- (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que
tivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes X X X X
será produzido, considerando a situação comunicativa, os
anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) interlocutores; a finalidade; a circulação; o suporte; a lin- X X X X
guagem, organização e forma do texto e seu tema, pes-
que contribuem para a continuidade do texto. quisando em meios impressos ou digitais, sempre que for
(EF04LP10) Ler e compreender, com autonomia, car- preciso, informações necessárias à produção do texto.
tas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda
campo da vida cotidiana, de acordo com as conven- X do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
ções do gênero carta e considerando a situação comu- X X X X
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos e reformulações,
nicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

EIXO – PRODUÇÃO DE TEXTOS


correções de ortografia e pontuação.
(EF04LP11) Planejar e produzir, com autonomia, car- (EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração
tas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, X X X X
EIXO – LEITURA / ESCUTA

campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções X quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
do gênero carta e com a estrutura própria desses textos
(problema, opinião, argumentos), considerando a situa- (EF15LP08) Utilizar software, inclusive programas de edi-
ção comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. ção de texto, para editar e publicar os textos produzidos, X
(EF04LP14) Identificar, em notícias, fatos, participantes, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.
X
local e momento/tempo da ocorrência do fato noticiado (EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos
(EF04LP15) Distinguir fatos de opiniões/sugestões em linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras bá-
X sicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto
textos (informativos, jornalísticos, publicitários etc.). X X X X
final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vír-
(EF04LP17) Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e gulas em enumerações) e pontuação do discurso direto,
entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet, orientan- X quando for o caso.
do-se por roteiro ou texto e demonstrando conhecimento
dos gêneros jornal falado/televisivo e entrevista. (EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de
referenciação (por substituição lexical ou por pronomes
(EF04LP19) Ler e compreender textos expositivos de pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário
divulgação científica para crianças, considerando a si- X X X apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal X X X X
tuação comunicativa e o tema/assunto do texto. (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sen-
(EF04LP20) Reconhecer a função de gráficos, diagra- tido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação),
mas e tabelas em textos, como forma de apresentação X X com nível suficiente de informatividade.
de dados e informações.
(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido,
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do pro- dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e X X X X
fessor, informações de interesse sobre fenômenos X X X X de acordo com as características do gênero textual.
sociais e naturais, em textos que circulam em meios
impressos ou digitais. (EF04LP11) Planejar e produzir, com autonomia, cartas
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do cam-
po da vida cotidiana, de acordo com as convenções do
textos literários de diferentes gêneros e extensões, in- X X X X gênero carta e com a estrutura própria desses textos (pro-
X
clusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo prefe- blema, opinião, argumentos), considerando a situação co-
rências por gêneros, temas, autores. municativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, obser- (EF04LP16) Produzir notícias sobre fatos ocorridos no
vando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for X X X X universo escolar, digitais ou impressas, para o jornal da
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto. escola, noticiando os fatos e seus atores e comentando X
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, decorrências, de acordo com as convenções do gênero
observando rimas, aliterações e diferentes modos de divi- X X notícia e considerando a situação comunicativa e o tema/
assunto do texto.
são dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema
(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola
para ser encenado) e sua organização por meio de diálo- X e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura X X X X
gos entre personagens e marcadores das falas das perso- adequada à argumentação, considerando a situação co-
nagens e de cena. municativa e o tema/assunto do texto.
– 49
(EF04LP21) Planejar e produzir textos sobre temas de (EF04LP07) Identificar em textos e usar na produção
interesse, com base em resultados de observações e textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo X X X
pesquisas em fontes de informações impressas ou eletrô- X (concordância no grupo nominal).
nicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou
EIXO – PRODUÇÃO DE TEXTOS

tabelas simples, considerando a situação comunicativa e (EF35LP14) Identificar em textos e usar na produção tex-
o tema/assunto do texto. tual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, X X
como recurso coesivo anafórico.
(EF04LP22) Planejar e produzir, com certa autonomia,

EIXO – ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA


verbetes de enciclopédia infantil, digitais ou impressos, (EF04LP08) Reconhecer e grafar, corretamente, pa-
X X lavras derivadas com os sufixos -agem, -oso, -eza, X X
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/
finalidade do texto. -izar/-isar (regulares morfológicas).
(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa auto- (EF04LP13) Identificar e reproduzir, em textos in-
nomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de juntivos instrucionais (instruções de jogos digitais
eventos e imagens apropriadas para sustentar o senti- X X X X ou impressos), a formatação própria desses tex-
do do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala tos (verbos imperativos, indicação de passos a ser X X
de personagens. seguidos) e formato específico dos textos orais ou
escritos desses gêneros (lista/apresentação de
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia,
narrativas ficcionais que apresentem cenários e perso- materiais e instruções/passos de jogo).
nagens, observando os elementos da estrutura narrati- X X X X (EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, man-
va: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a chetes, lides e corpo de notícias simples para público in-
construção do discurso indireto e discurso direto. fantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou X
impressos, a formatação e diagramação específica de
(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autono- cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais
mia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos X X
de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e (EF04LP18) Analisar o padrão entonacional e a expres-
recursos visuais e sonoros. são facial e corporal de âncoras de jornais radiofônicos ou X
televisivos e de entrevistadores/entrevistados.
(EF04LP23) Identificar e reproduzir, em verbetes de en-
EIXO – ANÁLISE LINGUÍSTICA / SEMIÓTICA

Habilidades 1.o 2.o 3.o 4.o ciclopédia infantil, digitais ou impressos, a formatação e
diagramação específica desse gênero (título do verbete, X
definição, detalhamento, curiosidades), considerando a si-
(EF04LP01) Grafar palavras utilizando regras de tuação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
correspondência fonema-grafema regulares diretas X X X X
e contextuais. (EF04LP24) Identificar e reproduzir, em seu formato,
tabelas, diagramas e gráficos em relatórios de ob- X
(EF04LP02) Ler e escrever, corretamente, palavras servação e pesquisa, como forma de apresentação
com sílabas VV e CVV em casos nos quais a combi- X X X X
de dados e informações.
nação VV (ditongo) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou)
(EF35LP13) Memorizar a grafia de palavras de uso (EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, perso-
frequente nas quais as relações fonema-grafema são X X X X nagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de X X X X
irregulares e com h inicial que não representa fonema. vista com base no qual histórias são narradas, diferen-
ciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
(EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para es-
clarecer significados, reconhecendo o significado mais X X X X
(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso
plausível para o contexto que deu origem à consulta. direto, determinando o efeito de sentido de verbos de X X
enunciação e explicando o uso de variedades linguísti-
(EF04LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) X X X X cas no discurso direto, quando for o caso.
em paroxítonas terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s). (EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos
(EF04LP05) Identificar a função na leitura e usar, ade- de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e X X
quadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de sonoros e de metáforas.
exclamação, dois-pontos e travessão em diálogos (dis- X X X X
curso direto), vírgula em enumerações e em separação (EF04LP26) Observar, em poemas concretos, o for-
de vocativo e de aposto. mato, a distribuição e a diagramação das letras do tex- X X
to na página.
(EF04LP06) Identificar em textos e usar na produção
textual a concordância entre substantivo ou pronome X X X (EF04LP27) Identificar, em textos dramáticos, marca- X
pessoal e verbo (concordância verbal). dores das falas das personagens e de cena.

50 –
Língua Portuguesa 4.o ANO
1 .o bimestre
E N S I N O F U N D A M E N TA L

Período inicial de aulas: sondagem A realização periódica de sondagens é também um instrumento para o
planejamento do professor, pois permite avaliar e acompanhar os avanços da
No início do ano letivo, certamente, queremos que as crianças sintam-se
turma com relação à aquisição da base alfabética, fornecendo informações pre-
plenamente capazes de ampliar, ainda mais, sua capacidade de ler e escrever.
ciosas para o planejamento das atividades de leitura e de escrita, assim como
No entanto, entendemos que outros aspectos fundamentais – também di-
para a definição das parcerias de trabalho entre os alunos (agrupamentos) e
retamente relacionados ao ato de ler e escrever – constituem prioridade nessas
para fazer boas intervenções junto a eles.
primeiras semanas de aula, um tempo de conhecer novos colegas, o professor
e a escola. Nesse sentido, fazer com que os alunos sintam-se integrados à Mas o que é sondagem? É uma atividade de escrita que envolve, num
nova turma, promover o reconhecimento e a exploração do espaço da sala de primeiro momento, a produção espontânea e sem apoio de outras fontes
aula e da escola e favorecer a adaptação do grupo a uma nova rotina são tare- escritas de uma lista de palavras conhecidas dos alunos. Ela pode ou não
fas essenciais para que se construa um ambiente verdadeiramente acolhedor, envolver a escrita de frases simples. É uma situação de escrita que deve, ne-
condição necessária para o bom andamento do trabalho. cessariamente, ser seguida da leitura pelo aluno daquilo que ele escreveu.
Ainda neste período inicial, sugerimos que você realize a primeira sonda- Por meio da leitura é que o professor poderá observar se o aluno estabelece
gem do ano. Esse importante recurso deve ser utilizado periodicamente no ou não relações entre aquilo que ele escreve e aquilo que ele lê em voz alta,
decorrer do processo de aprendizagem da escrita, pois favorece sobremaneira ou seja, entre a fala e a escrita.
o reconhecimento processual das diferentes hipóteses que os alunos constro-
[...] para fazer uma avaliação mais global das aprendizagens da tur-
em sobre o funcionamento desse sistema, no que diz respeito à capacidade de
ma, é interessante recorrer a outros instrumentos – inclusive a observa-
produzir textos e à apropriação das convenções da escrita.
ção diária dos alunos –, pois a atividade de sondagem representa uma
A partir dessa verificação, será possível acompanhar e avaliar os avanços
espécie de retrato do processo do aluno naquele momento. E como esse
obtidos pelos alunos, reconhecer as aprendizagens consolidadas, bem como
processo é dinâmico e na maioria das vezes evolui muito rapidamente,
planejar e definir as próximas intervenções pedagógicas a serem propostas, de
pode acontecer de apenas alguns dias depois da sondagem os alunos
modo a permitir que todos possam de fato fazer uso da linguagem escrita como
terem avançado ainda mais.
leitores e como escritores.
A esse respeito, compartilhamos a visão explicitada no Projeto toda força Dada a importância de se organizar estratégias didáticas significativas
ao 1.o ano, apresentada a seguir. a partir do resultado observado nas diferentes sondagens feitas no decorrer
A sondagem é um dos recursos de que o professor dispõe para conhecer do ano letivo, apresentamos, a seguir, um quadro explicativo, que contém
as hipóteses que os alunos ainda não alfabetizados possuem sobre a escrita elementos básicos que caracterizam os diferentes níveis de aquisição da
alfabética e o sistema de escrita de uma forma geral. Ela também representa escrita. Entendemos que não podemos descartar a relevância dessa infor-
um momento no qual os alunos têm a oportunidade de refletir sobre aquilo que mação a todos os professores que trabalham com linguagem, independen-
escrevem, com a ajuda do professor. temente do segmento em que atuam.
– 51
Pré-silábico Silábico Silábico-alfabético Alfabético De qualquer modo, é essencial que, de posse das sondagens realizadas
1.  Escreve utilizando 1. Estabelece relação 1. Estabelece 1. Produz escritas e da análise de resultados, você identifique a necessidade de cada aluno
grafismos e outros entre fala e escrita relação entre alfabéticas, mesmo e atue de modo a promover o avanço de todos, replanejando seu trabalho
símbolos. (faz corresponder fala e escrita, não observando as
para cada sílaba ora utilizando convenções ortográ- em busca das melhores intervenções didáticas. Nossa intenção é que você
2.  Utiliza as letras oral uma marca), uma letra para ficas da escrita.
para escrever. construa, a partir das informações e registros obtidos nas atividades reali-
utilizando grafis- cada sílaba, ora
3.  Produz escritas mos e outros utilizando mais 2. Produz escritas zadas, a história de leitura e escrita de cada criança e isso lhe permita atuar
símbolos. letras. alfabéticas,
diferenciadas observando algumas com segurança no encaminhamento das estratégias a serem propostas em
(exigência de 2. Estabelece relação
quantidade mí-
convenções ortográ- nosso material ao longo do ano letivo.
entre fala e escrita ficas da escrita.
nima de letras e (faz corresponder A organização da rotina de trabalho
variedade). para cada sílaba 3. Produz escritas
oral um grafismo). alfabéticas, sempre Entendemos que a organização do tempo de trabalho é fator imprescindível
3. Estabelece relação observando as con- para o pleno desenvolvimento das situações didáticas a serem apresentadas no
entre fala e escrita, venções ortográficas
da escrita. decorrer do período letivo.
utiliza letras, mas
sem fazer uso do Sabemos que o tempo da aprendizagem não atende a uma progressão
valor sonoro con- linear; ele supõe aproximações simultâneas ao objeto de conhecimento des-
vencional.
de diferentes perspectivas, supõe coordenações e reorganizações cognitivas
4. Estabelece relação
entre fala e escrita, que dão novo significado de forma retroativa às interpretações originalmente
fazendo uso do atribuídas aos conteúdos aprendidos (LERNER, 2002).
valor sonoro
convencional. Desse modo, entendemos que é possível – e necessário – organizar uma
Fonte: SÃO PAULO (Secretaria Municipal de Educação). Projeto toda força ao 1.o ano: rotina de trabalho, tendo-a como instrumento fundamental para que se concreti-
guia para o planejamento do professor alfabetizador – Orientação para o planejamento e
avaliação do trabalho com o 1.o ano do Ensino Fundamental. São Paulo: SME/DOT, 2006. v. 1. zem as intenções comunicativas. Para que se organize uma produtiva rotina de
trabalho, há que se considerar alguns princípios, como os destacados a seguir.7
Cabe a você, professor, definir o período e a atividade de sondagem a ser re-
alizada com os alunos. Note que, numa sondagem ortográfica, por exemplo, você • Garantir certa flexibilidade.
poderá trabalhar com listas de palavras selecionadas que atendam ao seu foco de • Considerar as necessidades de aprendizagem dos alunos e as melhores
observação. Para avaliar a competência textual nos níveis linguístico-gramaticais,
formas de atendê-las.
você poderá propor a (re)escrita de pequenas narrativas, como fábulas, casos, pia-
das etc. Já para observar o texto a partir de uma perspectiva discursiva, você po- • Considerar os diferentes desafios propostos aos alunos no 1.o e 2.o semestres.
derá solicitar a (re)escrita de um conto de fadas previamente conhecido do aluno. • Buscar formas de organização do espaço e das atividades, de maneira a
Para que você tenha uma representação mais abrangente do nível de favorecer interações produtivas entre os alunos.
letramento de cada um de seus alunos, sugerimos que realize também uma ati-
vidade de sondagem voltada à leitura. Para isso, você pode selecionar pequenas • Observar os processos de aprendizagem dos alunos e organizar interven-
notícias, trechos de artigos publicados em revistas e jornais voltados ao público ções pedagógicas a partir dessas observações.
infantojuvenil (Revistas Recreio e Ciência Hoje das Crianças, suplementos infan- • Prever propostas articuladas de atividades e de tratamento dos conteúdos.
tis dos jornais de sua cidade), fábulas, piadas etc. Antes de iniciar a sondagem
(individual, de preferência), permita que as crianças tenham um contato inicial • Adequar as propostas didáticas às possibilidades reais de aprendiza-
com o texto, até mesmo lendo-o silenciosamente, se assim desejarem. Nesse gem dos alunos.
importante diagnóstico, você, professor, poderá avaliar aspectos como o grau
de fluência, desinibição e autonomia na leitura, capacidade de compreensão e 7
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores
interpretação do texto, entre outros. (Profa). Brasília: MEC, 2001.
52 –
• Informar aos alunos o que se pretende com as atividades, levando-os a
Aprender e ensinar com foco na educação híbrida
sentir que sua atuação responde a algum tipo de objetivo/necessidade.
BACICH, Lilian; MORAN, José.
• Preparar os alunos antes de introduzir toda e qualquer mudança ou novida- Aprender e ensinar com foco na educação híbrida.
Revista Pátio, jun. 2015, p. 45-47.
de na rotina, seja qual for o aspecto (organização do espaço, utilização dos
materiais, propostas e intervenções do professor etc.).
A integração cada vez maior entre sala de aula e ambientes virtuais é
• Apresentar as atividades de maneira a incentivar os alunos a darem o me- fundamental para abrir a escola para o mundo e trazer o mundo para
lhor de si e a acreditarem que sua contribuição é relevante para todos. dentro da escola.
• Criar um ambiente favorável à aprendizagem dos alunos, bem como ao de- Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação sempre
senvolvimento de seu autoconceito positivo e da confiança em sua própria foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, ativi-
capacidade de enfrentar desafios (por exemplo, por meio de situações em dades, metodologias, públicos. Agora esse processo, com a mobilidade
que eles sejam incentivados a se colocar, fazer perguntas, comentar o que e a conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: trata-se
de um ecossistema mais aberto e criativo. O ensino também é híbrido,
aprenderam etc.).
porque não se reduz ao que planejamos institucionalmente, intencio-
Demais situações que a rotina deve contemplar neste ciclo: nalmente. Aprendemos através de processos organizados, junto com
• Favorecer momentos de produção textual nos quais você seja o escri- processos abertos, informais. Aprendemos quando estamos com um
ba. Entendemos que essa atividade é uma oportunidade interessante professor e aprendemos sozinhos, com colegas, com desconhecidos.
para enfocar os aspectos discursivos de um texto enquanto está sendo Aprendemos intencionalmente e aprendemos espontaneamente.
Falar em educação híbrida significa partir do pressuposto de que não
produzido, considerando o gênero textual e a situação comunicativa em
há uma única forma de aprender e, por consequência, não há uma única
que se insere. Além disso, o professor, atuando como modelo de escri- forma de ensinar. Existem diferentes maneiras de aprender e ensinar. O
tor para os alunos, acaba por explicitar comportamentos inerentes ao trabalho colaborativo pode estar aliado ao uso das tecnologias digitais e
ato de escrever. propiciar momentos de aprendizagem e troca que ultrapassam as barreiras
da sala de aula. Aprender com os pares torna-se ainda mais significativo
• Promover situações didáticas de reflexão sobre o sistema de escrita al-
quando há um objetivo comum a ser alcançado pelo grupo.
fabético e ortográfico da língua, bem como a apropriação da linguagem Colaboração e uso de tecnologia não são ações antagônicas. As
que se escreve. críticas sobre o isolamento que as tecnologias digitais ocasionam não
• Realizar leitura diária em voz alta aos alunos. podem ser consideradas em uma ação escolar realmente integrada, na
qual as tecnologias como um fim em si mesmas não se sobreponham à
• Criar situações diversas e cotidianas de trabalho com a oralidade. discussão nem à articulação de ideias que podem ser proporcionadas
Professor, salientamos que as atividades propostas em nosso material em um trabalho colaborativo. Nesse sentido, um simples jogo ou ativi-
devem ser integradas à rotina, compondo, assim, uma prática pedagógica efi- dade realizada no formato digital pode servir como inspiração para uma
ação integradora, e não individual.
ciente. Além disso, procuramos preservar seu espaço de construção autôno-
As estratégias de condução da aula devem ser repensadas. Os mode-
ma de projetos e/ou situações didáticas que julgar convenientes no decorrer
los de rotação, propostos pelo Instituto Clayton Christensen (Christensen,
do ano, sempre adaptados às características e necessidades de sua turma.
2012), podem ser utilizados com tal propósito. Nessa abordagem, os estu-
Antes de dar início às atividades do bimestre, solicitamos a leitura do dantes são organizados em grupos e revezam as atividades realizadas de
texto complementar a seguir, pois as propostas aqui descritas serão ampla- acordo com um horário fixo ou com a orientação do professor. As formas de
mente abordadas no decorrer de nossas Unidades didáticas. organização das salas para os modelos de rotação são descritas a seguir.
– 53
1. Rotação por estações: os estudantes são organizados em grupos, e 4.  Rotação individual: cada aluno tem uma lista das propostas que deve
cada um desses grupos realiza uma tarefa de acordo com os objetivos do completar durante uma aula. Aspectos como avaliar para personalizar devem
professor para a aula. Um dos grupos estará envolvido com propostas on-line estar muito presentes nessa proposta, visto que a elaboração de um plano de
que, de certa forma, independem do acompanhamento direto do professor. É rotação individual só faz sentido se tiver como foco o caminho a ser percorri-
importante notar a valorização de momentos em que os alunos possam traba- do pelo estudante de acordo com suas dificuldades ou facilidades, identifica-
lhar colaborativamente e momentos em que trabalhem individualmente. Após das em alguma avaliação inicial ou prévia. A diferença desse modelo para
determinado tempo, previamente combinado com os estudantes, eles trocam outros modelos de rotação é que os estudantes não rotacionam, necessaria-
mente, por todas as modalidades ou estações propostas. Sua agenda diária
de grupo, e esse revezamento continua até que todos tenham passado por
é individual, customizada conforme as suas necessidades. Em algumas situ-
todos os grupos. As atividades planejadas não seguem uma ordem de reali-
ações, o tempo de rotação é livre, variando de acordo com as necessidades
zação, sendo de certo modo independentes, embora funcionem de maneira
dos estudantes. Em outras situações, pode não ocorrer rotação e, ainda,
integrada para que, ao final da aula, todos tenham tido a oportunidade de ter pode ser necessária a determinação de um tempo para o uso dos computa-
acesso aos mesmos conteúdos. dores disponíveis. O modo de condução dependerá das características do
2.  Laboratório rotacional: os estudantes usam o espaço da sala de aula aluno e das opções feitas pelo professor para encaminhar a atividade.
e o laboratório de informática ou outro espaço com tablets ou computadores,
pois o trabalho acontecerá de forma on-line. Assim, os alunos que forem Lilian Bacich é psicóloga, pedagoga e mestre em Educação.
E-mail: [email protected]
direcionados ao laboratório trabalharão nos computadores individualmente, José Moran é doutor em Comunicação e professor aposentado da USP.
de maneira autônoma, para cumprir os objetivos fixados pelo professor, que E-mail: [email protected]
estará, com outra parte da turma, realizando sua aula da maneira que con-
siderar mais adequada. A proposta é semelhante ao modelo de rotação por Professor, ao longo das Unidades do caderno, os dois ícones abaixo
estações, em que os alunos fazem essa rotação em sala de aula; porém, no estarão dispostos para sinalizar a modalidade de cada aula. Suas intenções
laboratório rotacional, eles devem dirigir-se aos laboratórios, onde trabalha- didáticas referem-se às explicações relacionadas a seguir – em torno de
rão individualmente nos computadores, sendo acompanhados por um profes- propostas tecnológicas – com enfoque no suporte para construção da auto-
sor tutor. Esse modelo é sugerido para potencializar o uso dos computadores nomia intelectual do aluno. As propostas permitem, certamente, a adapta-
em escolas que contam com laboratórios de informática. ção física do local sempre que necessário.
3.  Sala de aula invertida: a teoria é estudada em casa, no formato on-line,
por meio de leituras e vídeos, enquanto o espaço da sala de aula é utilizado Aula com ferramentas tecnológicas – Ensino híbrido
para discussões, resolução de atividades, entre outras propostas. No en- •  É realizada com o suporte de gadgets (tablet,
tanto, podemos considerar algumas maneiras de aprimorar esse modelo, smartphone, notebook ou computador).
envolvendo a descoberta, a experimentação, como proposta inicial para os •  Necessita de conexão com a internet.
estudantes, ou seja, oferecer possibilidades de interação com o fenôme-
•  Consulte variações da aula no Manual do Professor.
no antes do estudo da teoria. Diversos estudos têm demonstrado que os
estudantes constroem sua visão sobre o mundo ativando conhecimentos
prévios e integrando as novas informações com as estruturas cognitivas Aula com material digital (QR code)
já existentes para que possam, então, pensar criticamente sobre os conte-
•  O QR code funciona com smartphones (com conexão à
údos ensinados. Essas pesquisas também indicam que os alunos desen- internet) e um aplicativo leitor de QR code.
volvem habilidades de pensamento crítico e têm uma melhor compreensão
•  Para ler o código e acessar o material, baixe o aplicativo
conceitual sobre uma ideia quando exploram um domínio primeiro e, a partir
de sua preferência em sua loja virtual.
disso, têm contato com uma forma clássica de instrução, como uma pales-
tra, um vídeo ou a leitura de um texto.
54 –
• Compreender o sentido de mensagens orais e escritas das quais é interlo-
cutor direto ou indireto.
Para que você, professor, possa encontrar mais informações
a respeito do ensino híbrido, sugerimos a leitura do livro • Ler e apreciar textos dos gêneros previstos para o período didático.
Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação, de
Lilian Bacich, Adolfo Tanzi Neto e Fernando de Mello Trevisani • Apreciar a leitura, escuta e “contação” de textos literários, em especial, de
(Org.) Porto Alegre: Penso, 2015. contos clássicos infantis da tradição oral, ampliando o repertório pessoal.
• Reconhecer características do texto narrativo: fatos que se sucedem num
tempo cronológico, presença de personagens, tempo indefinido, espaço
Conteúdo – 1.o bimestre
etc., contrapondo-o a outros gêneros textuais.
Gêneros orais e escritos Análise linguística/semiótica
• Identificar possíveis elementos constitutivos da organização interna dos gê-
Oralidade, leitura, escuta e neros previstos na Unidade.
Gramática Ortografia
produção textual
Contos de fadas Tonicidade das Letras E/I e O/U no • Aprimorar o gosto pessoal e o uso de critérios de escolha de suas histórias
Listas palavras final das palavras preferidas para compartilhá-las com outros leitores.
Textos informativos Monossílabos átonos e EL ou ÉU em
Reconto de histórias • Ampliar o conhecimento sobre a linguagem e os recursos discursivos pre-
e tônicos final de palavra
Obras de arte (pinturas, desenhos) sentes nos contos clássicos.
Acentuação
Sinopses
Entrevistas, painel "nuvem de • Comparar formas diferentes de expressar o mesmo conteúdo em diferentes
ideias" / áudio / história / Quiz / versões de um mesmo conto de fadas.
Sarau poético / Infográfico literário
/ resumo • Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências,
Contos modernos crenças e valores.
Anúncios classificados
Jograis/leituras dramatizadas • Inferir o significado de palavras ou expressões a partir do contexto ou sele-
Poemas (inclusive visuais) cionar a acepção mais adequada em verbete de dicionário.
Biografias
Histórias em quadrinhos/tirinhas • Recuperar informações explícitas no texto e inferir os sentidos implícitos.
Fotografias
• Produzir textos previstos para o período, levando em conta o gênero e seu
Filmes
Relatos de observação contexto de produção.
de fatos, experiências
pessoais, opiniões • Utilizar, nos textos produzidos, recursos próprios da linguagem escrita estu-
dados nas atividades de análise e reflexão sobre a língua, aproximando-os
de seu uso real.
UNIDADE 1 – HISTÓRIAS DE REINOS DISTANTES
Objetivos • Revisar textos coletivamente, em parceria com os colegas ou individual-
mente, considerando os aspectos estudados nas atividades de análise e
• Participar de atividades organizadas em um modelo de rotação por esta-
reflexão sobre a língua/linguagem.
ções de aprendizagem.

• Participar de situações de intercâmbio oral, formulando perguntas, estabe- • Avançar em seus conhecimentos sobre a escrita, ao escrever segundo suas
lecendo conexões com conhecimentos prévios e vivências. hipóteses em situações de escrita espontânea individual e coletiva.
– 55
• Trabalhar a função expressiva da pontuação e sua relação direta com a Sugestões de títulos relacionados ao tema da Unidade (para leitura em
emoção da personagem e entonação na leitura. classe ou individualmente):

• Investigar, refletir e formular regras básicas sobre o sistema de tonicidade


da língua, incluindo os monossílabos tônicos e átonos.

• Refletir sobre o emprego das letras E/I e O/U no final das palavras, relacio-
nar as regularidades que regem essa ocorrência, favorecendo a tomada ALMEIDA, Fernanda Lopes de. Contos de Perrault. Ática.
ANDERSEN, Hans Christian. A nova roupa do imperador. Martins Fontes.
de decisões ao grafá-las.
______. A pequena sereia. Edições SM.
• Escrever corretamente palavras de uso frequente. ______. Histórias do cisne. Companhia das Letrinhas.
______. Histórias maravilhosas de Andersen. Companhia das Letrinhas.
Ao professor caberá, ainda: ______. Contos de Andersen. Ática.
• Promover e consolidar a interação do grupo. BANDEIRA, Pedro. Chapeuzinho e o lobo mau. Moderna.
______. O fantástico mistério de Feiurinha. Moderna.
• Promover o acesso à leitura de textos dos gêneros previstos para o ______. O Gato de Botas. Moderna.
período didático. BELINKY, Tatiana (Trad.). Os contos de Grimm, Andersen e outros. Apre-
• Promover situações de reescrita coletiva e/ou individual, aproximando sentação de Ana Maria Machado. Zahar.
CANTON, Katia. A cozinha encantada dos contos de fadas, Companhia
os alunos de comportamentos escritores envolvidos no processo de
das Letrinhas.
produção textual. COLASANTI, Marina. Uma ideia toda azul. Global.
DAUTREMER, Rébecca; LECHERMEIER, Philippe. Princesas esquecidas
Professor, os livros indicados a seguir aprofundam o tema em foco e são ou desconhecidas... Salamandra.
recomendados para seu aprimoramento profissional. DECUR et al. Tradução de Sérgio Molina. Na floresta: contos dos irmãos
Grimm em quadrinhos. WMF Martins Fontes.
GOFF, Hervé Lee. João e Maria. Companhia das Letrinhas.
GRIMM, Jacob; GRIMM, Wilhelm. Contos maravilhosos infantis e
domésticos. 34.
ABDALA JÚNIOR, Benjamin. Introdução à análise da narrativa. Scipione. ______. Contos de Grimm. Companhia das Letrinhas.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil – teoria, análise, didática. HOFFMAN, Mary. Meu primeiro livro de contos de fadas. Companhia das Letrinhas.
Moderna. JONES, Wendy. Contos de princesas. WMF Martins Fontes.
COLOMER, Teresa. A formação do leitor literário. Global Editora. LÉVY, Didier. Nove contos de fadas e de princesas. Companhia das Letrinhas.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. Ática. LUPTON, Hugh. Histórias de sabedoria e encantamento. WMF Martins Fontes.
MACHADO. Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde MUNIZ, Flávia. Branca de Neve e os sete anões. Moderna.
cedo. Objetiva. ______. João e Maria. Clássicos Infantis. Moderna.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. Global Editora. NERY, Alfredina; ATIÊ, Lourdes. Almanaque dos contos de fadas. Moderna.
______. Como e por que ler – a literatura infantil brasileira. Objetiva. OLIVEIRA, Rui. Chapeuzinho Vermelho e outros contos por imagem. Com-
panhia das Letrinhas.
TUFANO, Douglas. Navegando pelo dicionário. Moderna.

56 –
Professor, o mercado cinematográfico voltado ao público infantil oferece
excelentes produções que envolvem o universo dos contos de fadas. Assim,
não deixe de organizar uma “sessão pipoca” com a turma no decorrer desta
unidade. Escolha um momento e ofereça aos alunos a oportunidade de vivenciar
PENTEADO, Maria Heloísa. Coleção Contos de Grimm (vários títulos). Ática. suas emoções também nessa linguagem, incrementando consideravelmente
PERRAULT, Charles. Chapeuzinho Vermelho. Companhia das Letrinhas. as possibilidades de discussão sobre o tema e sobre os recursos específicos
utilizados para que se crie a sensação de encantamento, medo, tristeza, alegria,
______. O Barba Azul. Companhia das Letrinhas.
humor e suspense no espectador. Em momentos posteriores, recupere essas
PHILIP, Neil. Volta ao mundo em 52 histórias. Companhia das Letrinhas.
observações para contrapô-las aos recursos utilizados na modalidade escrita
QUEIRÓS, Bartolomeu C. Onde tem bruxa tem fada... Moderna.
para criar essa mesma impressão.
ROCHA, Ruth. O rei que não sabia de nada. Salamandra.
A seguir, nossas sugestões.
SCIESKA, Jon. O patinho realmente feio e outras histórias malucas.
Companhia das Letrinhas.
SOUZA, Flávio de. Que história é essa? Companhia das Letrinhas.
______. Que história é essa? 2. Companhia das Letrinhas.
9 Coleção Clássicos da Disney: Cinderela, A Bela Adormecida,
______. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. FTD. Branca de Neve e os Sete Anões, A Bela e a Fera, A Princesa
STAHEL, Monica (Trad.). Contos de princesas. Martins Fontes. e o Sapo, A Pequena Sereia e outros.
TATAR, Maria (Trad.). Contos de fadas. Edição comentada e ilustrada. 9 Encantada – Walt Disney Pictures
Jorge Zahar.
9 Enrolados – Walt Disney Pictures
TORERO, José Roberto; PIMENTA; Marcus Aurelius. Branca de Neve e
as sete versões. Companhia das Letrinhas. 9 Anastasia – Fox Animation Studios

______. Branco, Belo e Cinderelo: três príncipes desencantados. 9 Shrek, Shrek 2, 3 e Shrek Forever – DreamWorks
Companhia das Letrinhas.
______. Chapeuzinhos coloridos. Companhia das Letrinhas.
______. João e os 10 pés de feijão. Companhia das Letrinhas.
Após a sessão, é importante abrir espaço para que as crianças possam com-
______. Joões e Marias. Companhia das Letrinhas.
partilhar suas impressões sobre a animação escolhida, discutindo momentos
______. O patinho feio que não era patinho nem feio. Companhia das
específicos, ações e reações das personagens, elementos e recursos cinema-
Letrinhas.
tográficos que contribuíram para provocar diferentes sensações no espectador.
______. Os 33 porquinhos. Companhia das Letrinhas.
VÁRIOS AUTORES. O grande livro das bruxas. Companhia Editora Nacional. Dica de site:
______. 18 histórias de princesas e fadas. Ciranda Cultural. – <http://www.disney.com.br/>

Os clássicos são livros que, quanto mais pensamos conhecer por ouvir
dizer, mais se revelam novos, inesperados, inéditos, quando são lidos de fato.
Ítalo Calvino

– 57
Professor, ter a oportunidade de favo- É certo que o poder arrebatador dessas histórias provém não apenas das
recer o acesso dos alunos à literatura, em palavras, mas também das imagens que provocam nos pequenos leitores. Nos-
especial aos contos de fadas, é um privi- so desejo é que você invista com entusiasmo nesse valioso trabalho e que essa
légio! O percurso dessas histórias propicia experiência com os alunos lhe ofereça, além de momentos de prazer, reflexão
um intenso contato com o maravilhoso, e aconchego, a oportunidade de também (re)descobrir – a cada nova leitura – a
além de nos transportar, de descoberta
intensidade vital que apenas os contos maravilhosos podem nos proporcionar.
em descoberta, a lugares inéditos e se-
cretos que dão nova dimensão aos desejos infantis e contemplam os grandes Atividade inicial
mistérios existenciais (TATAR, 2004). Nesta Unidade focalizaremos as Histórias de reinos distantes, tema que
Os contos de fadas nos fazem pensar! Provocam nossa imaginação, agu- traz, em si, diversas possibilidades de aproximação e envolvimento que ultra-
çam os sentidos, modelam códigos de comportamento, convidam a experimen- passam, com frequência, a fronteira de seus enredos. Desse modo, é importan-
tar sensações até então desconhecidas. É o entusiasmo obtido nessas leituras te que você, professor, crie um clima envolvente e descontraído antes de dar
que deve ser a tônica desta unidade! início às atividades.
Afinal... Para trabalharmos nesta Unidade didática, escolhemos um dos modelos de
Quem nunca sofreu com o abandono de João e Maria na floresta e torceu rotação propostos pelo ensino híbrido. Para iniciar, utilizaremos a rotação por
para que as crianças encontrassem o caminho de volta para casa? estações de aprendizagem.
Quem nunca sentiu um “frio na barriga” toda vez que Chapeuzinho Verme- Neste formato de organização da sala de aula, os alunos são divididos em
lho chegava à casa da vovó e encontrava o lobo mau no lugar da boa velhi- grupos e realizam atividades diferentes em cada uma das estações. Depois de
nha? Quantas vezes revivemos, quase sem fôlego, aquele diálogo entre eles, passarem por todas elas, eles deverão ter um tempo hábil para compartilhar as
mesmo sabendo que tudo acabaria bem no final? produções com os demais grupos da sala de aula.
Quem nunca se encantou com o baile no qual Cinderela conhece seu prín- Para iniciar, apresente a página de abertura da Unidade e explique cada
cipe e desejou que ela alcançasse a carruagem antes das 12 badaladas do uma das propostas das estações em que os alunos irão trabalhar. Faremos uma
relógio? E que torcida fizemos para que o príncipe encontrasse a verdadeira breve explicação de cada estação a seguir.
dona dos sapatinhos de cristal... Posteriormente, divida a sala em grupos e marque um tempo para que
Nesse mundo de imaginação, quem nunca quis impedir que Branca de eles realizem as propostas de cada estação. Nesse caso, propusemos um
Neve aceitasse a maçã envenenada da bruxa má? tempo de 15 a 20 minutos para o desenvolvimento de cada uma das propos-
E a emoção que sentimos com o triste destino do corajoso soldadinho de tas. Como elas são independentes, cada grupo começará trabalhando em
chumbo e sua bailarina? uma estação diferente e, para que isso aconteça, você, professor, deverá
Os contos tradicionais – obras atemporais – exercem fascínio entre as organizar a disposição das mesas e espaços em sala de aula e os materiais
crianças; a narrativa envolvente e mágica proporciona “maravilhamento”, re- necessários para cada atividade. Ao término do tempo determinado, os alu-
flexão, encontro com outros povos e épocas. Conviver com esses textos pos- nos trocarão de estação e assim, sucessivamente, até que todos os grupos
sibilita um eficiente contato estético com a palavra em sua variedade culta, passem por todas as estações.
formando leitores críticos, detentores de um repertório significativo do ponto Para ilustrar melhor como funciona essa abordagem, a Revista Nova Escola
de vista pessoal e cultural. desenvolveu um infográfico que você pode analisar a seguir:
58 –
A proposta tem por objetivo permitir que os alunos compartilhem seus co-
VOCÊ FOI tradicionais
DESAFIADO(A)
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:47 Página 251
nhecimentos prévios sobre os contos para que possam, no decorrer
A eENTRAR
das propostas, ampliá-los NO
aprimorá-los. PORoTAL!
O desafi consiste em organizar as
ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES DE APRENDIZAGEM primeiras letras de cada “palavra-resposta” das dicas apresentadas no encarte.
Ao desvendar o enigma, você terá acesso à chave que permitirá que a
E COMO ELA PODE
A forma como aTRANSFORMAR SUA
sala de aula é organizada podeSALA
tanto DE AULA
COMO ORGANIZAR AS ROTAÇÕES DA TURMA
promover quanto limitar o aprendizado dos alunos. aventura comece! Recorte as peças abaixo e cole-as na mensagem trazida pelos
A forma como a sala de aulaNa é organizada pode tanto
rotação por estações, promover
o ambiente quanto
é dividido limitar o aprendizado dos alunos.
em vários
“cantos”,
Na rotação por estações, o ambiente cada umem
é dividido preparado para uma prática
vários “cantos”, diferente.
cada um preparado para uma prática diferente. VOCÊ
cavaleiros, na página inicialFOI DESAFIADO(A)
da Unidade 1.
EssaEssa organização do espaço é parte da proposta do
organização do espaço é parte da proposta do GRUPO
ENSINO HÍBRIDO Dependendo do tamanho A ENTRAR NO POR TAL!
ENSINO HÍBRIDO da turma, os alunos O código abaixo deverá ser encaixado perfeitamente nos quadrinhos. Para
... por isso, ao menos uma das estações deve incluir tecnologia! podem passar juntos por
... por isso, ao menos uma das estações deve incluir tecnologia! todas as estações... TEMPO Ao desvendar
organizá-lo, siga asoinstruções
enigma, você terá acesso à chave que permitirá que a
abaixo.
O ensino por rotações
... Ou o professor pode aventura
pode ser aplicado em comece! Recorte as peças abaixo e cole-as na mensagem trazida pelos
dividi-los em grupos aulas de, no mínimo,
PROFESSOR COLABORAÇÃO menores que fazem um cavaleiros, na página inicial da Unidade 1.
45 minutos.
O professor orienta o Outra estação deve rodízio pela sala. 1. Objeto indispensável àqueles que representam o poder de um reino.
grupo, tira dúvidas ou promover o debate ou
propõe caminhos para atividades práticas e 2. Antigo instrumento musical. Seu formato lembra um arco de caça.
os alunos. coletivas. Isso permite que grupos
O código abaixo deverá ser encaixado perfeitamente nos quadrinhos. Para
passem 15 minutos 3.emProteção utilizada por cavaleiros.
cada uma das estações. siga as instruções abaixo.
organizá-lo,
Em aulas mais longas,
4. oMétodo de iluminação de passagens secretas.
TECNOLOGIA professor pode aumentar
mo a sala de aula é organizada pode tanto Hora de inserir exercícios o tempo em cada uma5. ouRepresenta a força e é utilizada por príncipes que querem resgatar suas
COMO ORGANIZAR AS games
online, ROTAÇÕES
ou estudo DA TURMA criar novas estações.
1. Objeto indispensável àqueles que representam o poder de um reino.
uanto limitar o aprendizado dos alunos. individual, adaptado para
estações, o ambiente é dividido em vários cada aluno. princesas.
2. Antigo instrumento musical. Seu formato lembra um arco de caça.
aada
umpode
preparado
tanto para uma prática diferente. COMO ORGANIZAR AS ROTAÇÕES DA TURMA 3. 6.Proteção
Pedra preciosa
utilizadausada para enfeitar as coroas da realeza.
ização
do dos do espaço é parte da proposta doCOMO ORGANIZAR AS
alunos.
ROTAÇÕES DA TURMA
GRUPO
por cavaleiros.
ividido ENSINO
em váriosHÍBRIDO Dependendo do tamanho 4. 7.Método
Restos de
de iluminação
esqueletos de
de passagens
prisioneiros.secretas.
prática diferente.
da turma, os alunos
menos uma das podem passar juntos por 5. 8.Representa
Fruta nobre que serve
a força de base para
e é utilizada a produção
por príncipes dequerem
que vinho. resgatar suas
a proposta do estações deve incluir tecnologia!
GRUPO todas as estações... TEMPO
Dependendo do tamanho O ensino por rotações 9.princesas.
Instrumento destinado a medir intervalos de tempo.
DO pode ser aplicado em
da turma, os alunos ... Ou o professor pode 6.10.Pedra preciosa utilizado
Instrumento usada para enfeitar
com as coroas
uma flecha parada realeza.
praticar tradicional esporte de
podem passar juntos por dividi-los em grupos aulas de, no mínimo,
eve incluir tecnologia! 45 minutos.
todas as estações...
COLABORAÇÃO menores que fazem um
TEMPO 7. Restos de esqueletos de prisioneiros.
competição.
nta o Outra estação deve rodízioOpela sala.por rotações
as ou ensino 8.11.Fruta nobre
para
promover o debate ou
atividades práticas e ... Ou o professor pode pode ser aplicado em Animal queque serve de base
amedrontava para a eprodução
princesas desafiavadeosvinho.
príncipes heróis.
coletivas. dividi-los em grupos aulas de, no mínimo,
Isso permite que grupos 9.12.Instrumento destinadode
a medir intervalos de tempo.
45 minutos.passem 15 minutos em Antigo instrumento medição de tempo.
COLABORAÇÃO menores que fazem um
Outra estação deve rodízio pela sala. cada uma das estações. 10. Instrumento utilizado com uma flecha para praticar tradicional esporte de
promover o debate ou Em aulas mais longas, o
atividades TECNOLOGIA
práticas e professor pode aumentar competição.
Hora de inserir exercícios
coletivas. Isso permite que gruposem cada uma ou
o tempo 11. Animal que amedrontava princesas e desafiava os príncipes heróis.
online, games ou estudo passem 15 minutos criarem
novas estações.
individual, adaptado para cada uma das estações.
cada aluno. 12. Antigo instrumento de medição de tempo.
Em aulas mais longas, o
professor pode aumentar
Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/3352/
cios oblog-aula-diferente-rotacao-estacoes-de-aprendizagem>.
tempo em cada uma ou (acesso em 12/6/2019)
udo criar novas estações.
para
Encaminhamento da atividade 251
1. Organize a turma em pequenos grupos e oriente-os para que leiam as
instruções da página inicial (uma representação da “ponte” que os levará
até a entrada de um castelo). Em seguida, promova o envolvimento dos 2. Depois, as gravuras correspondentes a cada resposta devem ser recor-
251
alunos, anunciando que estão prestes a desvendar um enigma que os per- tadas e coladas nos quadrados vazios (primeira linha), de acordo com a or-
mitirá iniciar uma jornada por um mundo encantado, repleto de contos de dem das dicas. Após esse primeiro momento, os grupos iniciarão a segunda
fadas de todos os tempos. etapa do desafio.
– 59
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:42 Página 121

4. Após descobrirem o enigma, oriente os alunos a registrarem a letra inicial de

1
cada palavra na segunda linha, localizada abaixo das imagens.
Unidade Histórias de reinos distantes 5. Na página seguinte, os alunos realizarão, em grupo, a atividade proposta.
Peça que leiam o texto “A chave dourada”, dos irmãos Grimm, e que, duran-
Data ___ / ___ / ___
te a leitura, preencham as lacunas com palavras que julgam adequadas para
completar e dar sentido à narrativa, realizando inferências, levantando e tes-
tando hipóteses. Para finalizar a atividade, oriente-os a utilizar um gadget para
acessar a apresentação animada do texto, no QR code disponível no Caderno
Atividade inicial C1_4oANO_Lingua_Port_Carlos_2021.qxp 28/09/2020 10:37 Página 122
do aluno. Nesse momento, peça que façam a confirmação/refutação das hipó-
teses iniciais levantadas e oriente a dinâmica da autocorreção.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

C H A V E D O U R A D A

1 – coroa 2 – harpa 3 – armadura 4 – vela 5 – espada 6 – diamante


7 – ossos 8 – uva 9 – relógio 10 – arco 11 – dragão 12 – ampulheta
121

3. Nesta etapa, os alunos tentarão descobrir o enigma escondido por trás


da organização das palavras, arriscando palpites e dialogando com o grupo.
Espera-se que cheguem à conclusão de que a letra inicial de cada palavra for- 122
mará o título que necessitam descobrir para liberar a passagem pela “ponte”
que dá acesso ao castelo literário.
60 –
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:42 Página 123

Professor, caso não disponha no momento de um aplicativo leitor de QR code


Data ___ / ___ / ___
para acessar a história animada, realize a atividade como descrito a seguir:
Assim que os alunos preencherem o texto, disponha na lousa as palavras
que o complementam. Proponha,
então, um jogo de adivinhas, per-
Hora do texto mitindo que cada grupo confron-
te a palavra imaginada com a
palavra da história original. A
cada acerto vá riscando as pala-
vras na lousa, permitindo o movi-
mento de confirmação/refutação
dos alunos e incentivando o
exercício da autocorreção.

Hora do texto
A ___________
chave dourada Era uma vez...
As crianças, de modo geral, costumam interessar-se por curiosidades que
envolvem a vida das pessoas em épocas distantes da sua.
D inverno
urante o _________________, quando a neve estava Faça a leitura do texto apresentado no Caderno do aluno, chame a atenção
menino
muito alta, um pobre _________________ teve de sair de casa para para as imagens que ilustram a página, instigando os alunos a imaginar como
buscar lenha com um trenó. Depois de ter recolhido a lenha e de tê- era a vida no tempo dos contos de fadas. Deixe que lancem suas hipóteses a
la empilhado, pensou em não voltar direto para a casa e, antes, respeito e que, como “historiadores”, construam o painel de fundo para que de-
fogueira
acender uma ________________, para se aquecer um pouco. Ele senvolvam as próximas atividades.
Não deixe de destacar o conceito de infância que se inicia a partir do
afastou a neve e, quando estava preparando o chão, encontrou uma
chave dourada século XVII e explica a relação entre as “personagens crianças” dos contos
_____________________ _____________________. Então pensou
chave de fadas com as crianças reais da época em que esses contos foram reco-
que ali onde encontrara a _____________, também devia estar sua
lhidos. Só a partir desse período, a criança passou a ser reconhecida como
fechadura e continuou a cavar, até que encontrou uma caixinha de
um ser diferente do adulto!
ferro
________________. Desse modo, entendemos que propor essa discussão pode levá-los
“Opa”, pensou, “se a chave servir nela com certeza vou a compreender melhor as personagens, suas atitudes, os fatos narrados,
coisas
encontrar ________________ preciosas”. Ele procurou mas não aspectos que, frequentemente, podem provocar certo estranhamento.
havia nenhuma fechadura, até que finalmente achou um Por exemplo: por que a mãe de Chapeuzinho Vermelho pede que sua pequena
buraquinho bem pequeno e experimentou a ____________. chave Ela filha atravesse a floresta para levar uma cesta de doces à vovó? Porque naquela
encaixou direitinho e então ele virou a chave uma vez, e agora época essa era uma tarefa de criança! Isso mostra que essas histórias são mes-
temos de esperar até ele terminar de abrir a caixinha para saber o que
_________________________________________________________ mo muito antigas...
há lá dentro.
________________________________________________________. Professor, note que o texto está organizado num formato de enciclopédia
digital. Peça que, durante a leitura, os alunos nomeiem livremente cada bloco de
Contos Maravilhosos Infantis e Domésticos – Tomo 2, Jacob e Wilhelm
informações, tendo como referência os temas apresentados: alimentação, brinca-
Grimm. Trad. Christine Rohrig. Cosac Naify.
deiras, transportes, moradias e vestimentas.
123
Ao final de cada bloco, os alunos devem pintar o emoticon que corresponde
ao seu grau de apreciação a respeito das informações obtidas no texto lido.
– 61
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:42 Página 124 C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:42 Página 125

Data ___ / ___ / ___

Hora do texto

CURIOSIDADES SOBRE A VIDA NA REALEZA

Era uma vez...


Nesta publicação: Alimentação Brincadeiras Transportes Vestimentas Que elegância! Parece que os nobres da época estavam sempre prontos para um grande
baile! Naquele tempo, as roupas eram suntuosas, mas pouco confortáveis. As mulheres
Certamente, você já ouviu essa expressão antes mesmo de aprender a ler. De algum
adotavam o leque como acessório indispensável. Os chapéus eram verdadeiros ornamentos.
modo, ela anuncia que vem história por aí... e das boas! Daquelas que nos levam a conhecer
Muitas vezes as portas de entrada necessitavam de reformas para que esse acessório pudesse
lugares encantados, a viver emoções que mexem com a gente, a aventurar-se com
passar sem maiores problemas.
personagens que nos inspiram a ler tudo de novo mais uma vez...
Antes de mergulhar em algumas dessas histórias, que tal aprender um pouco sobre
como era a vida das pessoas no passado, à época dos contos de fadas, e entender melhor
quais eram as inspirações para a criação de histórias tão emocionantes? Durante a leitura,
preencha os quadros coloridos com o assunto tratado em cada seção.

As carruagens eram utilizadas pelas pessoas das classes mais ricas; inicialmente, eram
puxadas por bois; depois, os cavalos passaram a realizar esse trabalho. Vários profissionais eram
necessários para sua fabricação: carpinteiros, envernizadores, ferreiros, vidraceiros, pintores,
entre outros. Durante séculos, o meio de transporte mais comum, entre os nobres e ricos
O pão era considerado um dos principais alimentos da época medieval. Sua utilidade
comerciantes, foi o cavalo. Os demais andavam a pé, percorrendo longas distâncias. Para o
não se restringia apenas à alimentação; o pão envelhecido era utilizado para limpar as facas
transporte de cargas, utilizava-se a carroça puxada por animais ou homens. As viagens em
da mesa e como luvas para os empregados não queimarem as mãos ao transportá-lo nos
embarcações pelo mar levavam muito tempo...
recipientes de metal ou madeira.

124 125

62 –
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:42 Página 126

Hora da história

Ouvir e contar histórias é uma experiência


ancestral e, ao mesmo tempo, moderna; é
um ato agregador de pessoas; é o exercício
do encontro – consigo, com os outros, com
o universo imaginário, com a realidade. Des-
tacar o importante papel dos contadores de
história na formação de leitores nos parece
C1_4oANO_Lingua_Port_Carlos_2021.qxp 02/10/2020 11:20 Página 127

de fundamental importância. Assim, convide seus alunos para ocuparem,


mesmo que por um breve momento, esse lugar mágico!
A população em geral residia em pequenas vilas e aldeias. Não havia organização para
a construção: comércios e residências amontoavam-se, dando a sensação de labirintos. As
casas eram feitas de madeira e sem divisão de cômodos. Já os nobres viviam em gigantescos
Hora da história | Rotação por estações
Data ___ / ___ / ___

castelos, construídos com pedras, inúmeros quartos, salões luxuosos e passagens secretas,
pois a defesa era mais importante do que o conforto, naquela época. Quem não gosta
de conhecer uma boa
história?
H ouve um tempo em que as
pessoas se reuniam para ouvir e
contar histórias. Mas essas narra-
tivas não estavam nos livros; elas
eram criações populares, conta-
das de memória e espalhadas de
boca em boca por habilidosos
“contadores de histórias”. Essa
tradição perdurou por um longo
período.

M as por que será que algu-


mas dessas histórias, em especial,
são as nossas preferidas? Talvez
Naquela época, os brinquedos eram feitos artesanalmente, ou seja, construídos a mão, em
seja porque elas alimentam nossa
couro, madeira e até metal. Muitos deles eram relacionados à vida adulta e ao trabalho dos pais. imaginação, despertando emo-
As brincadeiras retratavam muito da realidade que viviam e a infância, por sua vez, durava ções de que gostamos ou que
pouco tempo. Os meninos de origem nobre, por exemplo, eram afastados dos pais por volta queremos sentir.

dos 7 anos, para aprender a montar, caçar e a ser um cavaleiro. H oje, vocês conhecerão
histórias que já eram contadas
muitos e muitos anos atrás nos
jardins dos grandes castelos e nos
pequenos vilarejos espalhados Registre como foi a estação
pelas aldeias. Vivencie e aproveite
que mais lhe agradou.
o circuito especial que prepa-
126 127
ramos para esta aula.

– 63
Encaminhamento da atividade Dinâmica: esta estação propõe um trabalho coletivo aliado à temática da Unidade,
Professor, preparamos para esta atividade quatro estações de rotação. na modalidade de ensino híbrido denominada brainstorm (“chuva de ideias”,
São elas: leitura individual, história minuto, painel literário e contação em português). O objetivo é proporcionar, a partir de uma metodologia ativa, o
de história ao vivo. Organize a turma em 4 grupos produtivos e prepare a levantamento do repertório literário dos alunos. Todos terão espaço suficiente
sala de aula com espaços de exploração diferenciados, conforme a descri- na folha para registrar livremente seus conhecimentos a respeito do universo
encantado dos contos clássicos. O intuito é que o grupo construa um painel
ção feita a seguir.
“encantado” coletivo que facilite o fluxo de ideias para que, posteriormente, seja
Tempo de duração para cada estação: de 15 a 20 minutos, aproximada-
exposto no mural da escola com desenhos e pinturas, trechos das obras, infor-
mente. No entanto, observe o envolvimento dos alunos para adequar o tempo
mações sobre os autores e personagens, representação por imagem ou escrita
de exploração, sempre que necessário. Anuncie com alguns minutos de ante- de acontecimentos importantes das narrativas preferidas etc. Lembre-se de pe-
cedência o tempo restante para a finalização da atividade e oriente-os para que dir que os alunos criem um título para a “obra” construída.
deixem a estação organizada para o próximo grupo.
Estação: CONTAÇÃO DE HISTÓRIA AO VIVO
Estação: LEITURA INDIVIDUAL
Ferramentas didáticas: livro selecionado na estação “Leitura individual” e es-
Ferramentas didáticas: livros diversos com contos clássicos dos autores
paço aconchegante da escola (se possível, coloque à disposição um tapete
abordados nesta Unidade: Charles Perrault, Hans Christian Andersen e Ir-
emborrachado e almofadas, para construir um ambiente convidativo).
mãos Grimm (verificar sugestões de títulos no quadro “sugestões de leitura”,
Dinâmica: a partir dos livros selecionados na estação “leitura individual”,
apresentado neste manual).
cada aluno terá um momento reservado para a apresentação oral de sua
Dinâmica: convide os alunos a explorar os livros dispostos nesta estação, história para seu grupo de rotação. É importante incentivar a habilidade da
realizando a leitura individual de um livro escolhido ou de uma das histórias contação de histórias, pois neste momento os alunos treinarão suas capa-
de uma coletânea. Nesta estação, é importante que ocorra sua intermediação cidades de abstração, imaginação, improvisação e síntese, indispensáveis
com indicações/sugestões personalizadas, revelando seu interesse em co- para o desenvolvimento da inteligência linguística.
nhecer as preferências individuais. Salientamos que a história escolhida será Depois de concluído o circuito de rotação por estações, solicite que
utilizada na estação “contação de história ao vivo”. os alunos registrem, no Caderno do aluno, um comentário a respeito da
Estação: HISTÓRIA MINUTO informação solicitada.
Ferramentas didáticas: smartphones ou tablets para os alunos explora-
rem. Caso não tenha essas ferramentas à disposição, destaque as páginas Hora do texto
dos infográficos literários no final deste manual para dar início ao encami-
Biografia de Charles Perrault
nhamento da atividade.
Professor, a partir de agora destacaremos, em momentos específicos,
Dinâmica: a leitura do infográfico é dinâmica e não obedece, necessariamente, os autores clássicos mais representativos e renomados da literatura infantil
a uma ordem sequencial. Os textos apresentados foram produzidos por alunos universal, numa apresentação cronológica: Charles Perrault, irmãos Grimm
do 4.o ano e preservam a linguagem utilizada por crianças dessa faixa etária, e Hans Christian Andersen. O primeiro deles será Charles Perrault.
favorecendo, assim, a comunicação do processo de leitura. Proponha que os Faça a leitura da biografia do autor, realizando pausas para que os alunos
alunos realizem a exploração deste material em duplas, durante a estação. possam comentar suas impressões a partir das informações obtidas no texto.
Estação: PAINEL LITERÁRIO Note que os alunos deverão registrar palavras e/ou expressões desconhe-
Ferramentas didáticas: folha de tamanho suficiente para comportar os dese- cidas encontradas durante a leitura. Nesse momento, estimule a turma a atribuir
nhos de toda a turma (sugerimos um papel kraft), materiais artísticos diversos, um significado a elas a partir do contexto no qual estão inseridas, ativando as-
tais como caneta hidrocor, giz de cera, lápis de cor, tinta guache, tinta plástica, sim a fundamental capacidade de dedução de significados, imprescindível na
fitas, retalhos de papel e tecido, cola, tesoura, lantejoulas, gliter etc. formação do leitor competente.

64 –
Produção de texto
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:42 Página 129
Data ___ / ___ / ___
Apresentamos o resumo de duas obras menos conhecidas de Charles
Perrault – O Pequeno Polegar e O Gato de Botas – com duas claras intenções:
Hora do texto ampliar o repertório literário das crianças e apresentar o gênero resumo,
bastante comum nas situações cotidianas. Apresente os textos aos alunos e,
QUEM FOI CHARLES PERRAULT? em seguida, lance questões como:
− Esses textos contam a história toda de O Pequeno Polegar e O Gato

Figura 1
Charles Perrault (1628-1703) nasceu em Paris, na França, numa
família muito rica e importante da época. Estudou numa boa escola, de Botas?
mas aos 15 anos decidiu preparar-se sozinho para
o curso de Direito. Nas horas livres, escrevia poesia.
− Então, qual é a função desses textos?
Já adulto e poeta, frequentava a corte de Luís XIV – o Rei Sol − Além de neste Caderno, onde mais vocês acham que podemos encontrar
– e destacou-se entre os escritores e aristocratas da época. Ele
chegou a ocupar um dos aposentos do luxuoso Palácio de textos parecidos com esses?
− Os textos deixaram vocês com vontade de ler essas histórias? Que

Figura 2
Versalhes por 20 anos!
Dedicou-se a atividades literárias e um de seus grandes
méritos foi ter levado para a corte os contos populares que até então palavras ou expressões fizeram com que vocês se sentissem assim?
eram contados de boca em boca e desconhecidos da aristocracia.
Assim, transformou essas histórias em boa literatura, que (Estimule-os à leitura integral das obras).
resultou no livro Contos da Mamãe Gansa, publicado em 1697.
É considerado o ponto de partida da literatura infantil. Consideramos os textos apresentados como resumos informativos, pois
Em suas histórias, o final nem sempre é feliz. Chapeuzinho
Vermelho, por exemplo, acaba sendo devorada pelo lobo. Que Palavras/ expressões guardam as características que definem o texto original, mas também incorporam
caçador, que nada!
Ah! Foi ele que tornou inesquecível o sapatinho de
desconhecidas
um tom crítico ao tentar persuadir o leitor a ler integralmente a obra citada.
cristal da Cinderela! 1. _________________ É esse expediente que queremos ver reproduzido no texto dos alunos, como
2. _________________ proposto na atividade: uma breve apresentação da obra A Bela Adormecida no
Bosque, com a intenção de convencer o leitor à leitura integral da obra.

Data ___ / ___ / ___


128

Certamente você já conhece algumas das encantadoras histórias de Perrault,


SAIBA MAIS como Chapeuzinho Vermelho e Cinderela. Mas queremos apresentar a você dois
outros contos fascinantes do autor. Leia os textos que apresentam essas obras.
Charles Perrault (1628-1703)
Escritor e advogado francês, como funcionário do governo de Luís XIV foi
responsável pela escolha dos arquitetos que projetaram Versalhes e o Lou- P e q u e n oP o l e g a r O Gato de Botas
vre. Ao registrar em livro os contos de sua infância, que agradavam também Em tempos distantes, um casal de Um moleiro deixou por herança a
a seus próprios filhos, produziu uma obra com apelo popular inédito. Histórias camponeses vivia em uma casa muito pobre seus três filhos o moinho, um asno e um
com seus sete filhos. O mais novo deles ganhou gato. Ao caçula coube apenas o gato.
antes tidas como vulgares ou grotescas foram inseridas no centro de uma o apelido de Pequeno Polegar, pois era tão pequeno Inconformado com a partilha, enquanto
nova cultura literária, que tinha a intenção de civilizar e educar crianças. As quanto o dedo da mão. No entanto, ele ouvia pensava em fazer do gato um agasalho,
atentamente o que se passava ao seu redor, e era o ouviu do próprio animal: “Não se aflija,
Histórias ou Contos do tempo passado, com moralidades foram publicadas mais esperto e ágil dos sete. Como a Europa senhor meu dono. Basta que me dê um saco e
em 1697, sob o nome do filho de Perrault. Mais adiante, a obra receberia o passava por um período de muita fome, o pai decidiu me mande fazer um par de botas e verá que
abandonar os filhos na floresta. Depois de muito não foi tão mal aquinhoado como
título de Contos da Mamãe Gansa, pelo qual ficaria mais conhecida. Únicos andar, as crianças avistaram um lindo castelo e para pensa.”. Sem nada a perder, atendeu ao
em sua maneira de narrar tanto para crianças quanto para adultos, mesclando lá se dirigiram em busca de abrigo e alimento. Mas pedido do gato. De esperteza em
eles não contavam que ali residia um terrível ogro esperteza, o Gato de Botas conseguiu fazer
conflitos familiares e fantasia com apartes maliciosos e comentários sofisti- faminto! com que seu pobre dono se transformasse no
cados, os contos registrados por Perrault incluem Cinderela, Pele de Asno, Quer saber como Pequeno Polegar marquês de Carabás e se casasse com a bela
enfrentou esse vilão com a ajuda das famosas filha do rei.
O Gato de Botas, O Pequeno Polegar, Chapeuzinho Vermelho e Barba Azul. botas de sete-léguas? É só pegar o livro para
Quer saber como? É só pegar o 129
matar sua curiosidade!
Disponível em: <http://www.zahar.com.br/doc/t1379.pdf>. livro para matar sua curiosidade!
Acesso em: novembro/2014.

– 65
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:42 Página 130

A Bela Adormecida no Bosque


Era uma vez um Rei e uma Rainha que viviam muito desgostosos
• Agora que você já leu a apresentação das obras, responda: qual delas gostaria de por não terem filhos. Fizeram votos, promessas, tratamentos, tudo en-
ler primeiro? Que detalhe do texto provocou esse desejo em você? fim, e nada resolvia.
Resposta pessoal. Afinal, a Rainha ficou grávida e teve uma filha.
O casal decidiu convidar para madrinhas todas as Fadas que se pôde
encontrar no país. (Foram achadas sete.)
A ideia era que cada uma concedesse um dom à Princesinha, como era
costume naquele tempo. Assim ela teria todas as perfeições imagináveis.
• Você se lembra da história da Bela Adormecida, a princesa que dormiu cem anos
Fez-se um belo batizado. Depois da cerimônia, todos voltaram ao palá-
porque fora enfeitiçada por uma bruxa? Pois ela também foi escrita por Perrault!
cio, onde haveria um grande banquete.
Escreva uma breve apresentação da obra, como se quisesse convencer alguém a No lugar de cada Fada havia um estojo de ouro maciço, com uma colher,
ler esse livro. um garfo e uma faca também de ouro, guarnecidos de diamantes e rubis.
Mas assim que os convidados tomaram os seus lugares à mesa, surgiu
A Bela Adormecida no Bosque uma velha Fada que não tinha sido chamada.
Houve uma perturbação na sala. Os convivas comentavam entre si:
Produção do resumo. – Mas como? Há mais de cinquenta anos ela não saía do alto de uma torre.
Encaminhe-os à revisão do texto. Lembre-se que você, professor, será o – Sim, todos pensavam que estivesse morta ou então encantada.
orientador desta atividade. Então, instigue-os, provoque-os, leve-os de volta ao O Rei, aflito, mandou arranjar-lhe um lugar à mesa. Mas não houve ma-
texto a fim de que, gradativamente, apropriem-se desse objeto que é resultado neira de conseguir um estojo de ouro como o das outras. A velha Fada achou
que a estavam desprezando e resmungou baixinho algumas ameaças.
direto de muitas “idas e vindas”, “acertos e desacertos”, num genuíno trabalho
Uma das jovens Fadas que se encontrava perto ouviu o que ela
de construção textual. Não deixe de fazer uma apreciação posterior. dizia. Percebeu que a velha Fada poderia preparar alguma surpresa
desagradável e, assim que todos saíram da mesa, foi esconder-se atrás
das belas cortinas de tapeçaria.
Queria ser a última a falar. Desse modo poderia tentar reparar o mal que
a outra tivesse feito.
As Fadas começaram então a conceder seus dons à Princesinha:
– Ela será a mais linda moça do mundo – disse a primeira.
– E espirituosa como um anjo – disse a seguinte.
– Terá uma graça admirável em tudo o que fizer – declarou a terceira.
– Dançará divinamente – acrescentou a quarta.
– Cantará como um rouxinol – foi o dom da quinta.
130
– Tocará, com perfeição, todos os instrumentos – disse a sexta.
Foi quando a velha Fada se aproximou com a cabeça tremendo, mais
Professor, acreditamos que esta obra de Perrault faça parte do repertório de despeito do que de velhice.
das crianças. No entanto, se julgar necessário, faça a leitura do texto original – A Princesa espetará a mão num fuso e morrerá por isso – foi só o que
para os alunos. Apresentamos, a seguir, uma dessas versões. disse. Esse horrível dom fez todos estremecerem e não houve quem não
66 –
chorasse. A jovem Fada saiu, então, do seu esconderijo atrás da tapeçaria Ela aprovou tudo o que ele tinha feito mas, como era muito previdente,
e disse alto estas palavras: teve um reparo:
– Tranquilizai-vos, Rei e Rainha, vossa filha não morrerá. É verdade que – Quando a Princesa acordar, ficará bem confusa, sozinha neste velho castelo.
eu não tenho bastante poder para desfazer inteiramente o que uma Fada Eis então o que fez: tocou com sua varinha todos os que estavam no
mais velha fez. A Princesa espetará a mão num fuso. Mas em vez de morrer castelo (menos o Rei e a Rainha): governantas, damas de honra, criadas de
cairá num sono profundo que durará cem anos. Ao fim desse tempo, o filho quarto, cavalheiros, mordomos, cozinheiros, meninos de recados, guardas,
de um Rei virá acordá-Ia. pajens, lacaios. Tocou também os cavalos que estavam nas estrebarias, os
Procurando evitar a desgraça anunciada pela velha, o Rei fez publicar cavalariços, os enormes cães do pátio, e até a pequena Puf, a cadelinha da
imediatamente um édito: Princesa, que estava deitada perto do leito.
Fica proibido fiar no fuso e ter fusos em casa, sob pena de morte. Logo que foram tocados, todos adormeceram para não despertar senão
Ao fim de quinze ou dezesseis anos, estando o Rei e a Rainha em uma de ao mesmo tempo que sua ama. Assim estariam prontos a servi-Ia quando
suas casas de campo, a jovem Princesa resolveu divertir-se percorrendo o castelo. ela tivesse necessidade disso. Os espetos que giravam no fogo, assando
Subindo de aposento em aposento, chegou ao alto de uma torre, onde perdizes e faisões, pararam seu movimento e o próprio fogo adormeceu.
uma velha fiava na roca, sem jamais ter ouvido falar das proibições do Rei. Tudo se fez em um momento: as Fadas não são demoradas em seu trabalho.
Então o Rei e a Rainha, depois de ter beijado sua querida filha sem que
– Que faz a senhora aí, minha boa mulher? – perguntou a Princesa.
ela acordasse, saíram do palácio e fizeram publicar outro édito:
– Estou fiando, bela menina – respondeu a velha, que não a conhecia.
Está proibido, a quem quer que seja, aproximar-se deste castelo.
– Ah! Que bonito! Como se faz? Empreste-me um pouquinho para eu ver
Essas proibições não eram necessárias porque, em um quarto de hora,
se sei fazer também – pediu a Princesa.
cresceu em torno do parque uma tão grande quantidade de árvores, sarças e
Porque era muito viva, um pouco precipitada, e principalmente porque a
espinhos, entrelaçados uns nos outros, que nem animais, nem seres humanos
sentença das Fadas assim o ordenava, tão logo recebeu o fuso, feriu a mão
poderiam jamais passar por ali. Não se via senão o alto das torres do castelo
e caiu desmaiada.
e assim mesmo de bem longe.
– Acudam, pelo amor de Deus! – gritou a boa velha. A Fada tinha feito, a esse respeito, mais um de seus sortilégios para que
Veio gente de todos os lados. Jogaram água no rosto da Princesa, a Princesa dormisse sem nada temer dos curiosos.
afrouxaram suas roupas, deram-lhe tapinhas nas mãos, mas nada a fez Ao fim de cem anos, reinava no país um outro Rei, de uma outra família.
voltar a si. Então o Rei que, ouvindo o barulho, tinha subido à torre, lem- O filho desse Rei, tendo um dia ido à caça por aqueles lados, perguntou aos
brou-se da predição das Fadas: que o acompanhavam:
– Era inevitável que isso acontecesse – murmurou. – Que torres são aquelas que vejo sobre tão cerrado bosque?
Fez levar a Princesa para o mais belo aposento do palácio e colocá-Ia Cada um lhe respondeu segundo o que tinha ouvido dizer:
sobre um leito de ouro e prata. Quem a contemplasse julgaria ver um anjo, de – É um velho castelo para onde costumam voltar os Espíritos – afirmavam uns.
tal modo estava bela. O desmaio não tinha tirado as cores vivas de sua pele: – É onde os feiticeiros da região fazem seus festins – diziam outros.
as faces continuavam rosadas e os lábios pareciam de coral. Mas outros ainda desmentiam:
Tinha somente os olhos fechados, mas ouvia-se o seu doce respirar. – Aí mora um Ogro que traz para este castelo todas as crianças que pode
– Deixem-na dormir em paz até que a hora do seu despertar seja chegada roubar para comê-Ias à vontade. Ninguém consegue segui-Io porque só ele
– disse o Rei. sabe abrir passagem através do bosque cerrado.
A boa Fada, que lhe tinha salvo a vida, estava no Reino de Mataquim, a O Príncipe não sabia em quem acreditar, quando um velho camponês
doze mil léguas dali. Mas foi avisada num instante por um anãozinho que tinha tomou a palavra e contou:
botas de sete léguas. – Meu Príncipe, há mais de cinquenta anos ouvi meu pai dizer que
Partiu imediatamente e em menos de uma hora estava chegando numa havia nesse palácio uma Princesa, a mais bela do mundo. Que ela
carruagem de fogo puxada por dragões. O Rei foi dar-lhe a mão para ajudá-Ia devia dormir cem anos e que seria acordada pelo filho de um Rei, a
a descer da carruagem. quem estava destinada.
– 67
Ouvindo isso, o Príncipe foi tomado de ardor juvenil. Acreditou, – Eu te amo mais do que a mim mesmo – disse.
sem nenhuma dúvida, que a ele caberia a glória de levar até o fim uma Pouca eloquência, muito amor. Ele estava mais embaraçado do que
tão bela aventura. ela e não há nada de espantoso nisso: a Princesa tinha tido tempo de
E, sob o impulso dessa certeza e do amor que já começava a sentir, pensar no que iria dizer. Embora a história não mencione isso, tudo indica
resolveu ir ver imediatamente o que havia atrás daquela mata. que, durante um tão longo sono, a boa Fada lhe tinha proporcionado o
Apenas começou a avançar em direção ao bosque todas as prazer dos sonhos agradáveis.
grandes árvores, as sarças, os espinhos afastaram-se por si mesmos Eles se falaram durante horas e, ao fim, ainda não tinham dito metade das
para deixá-lo passar. coisas que queriam dizer.
Caminhou para o castelo, que via no fim de uma comprida alameda Entretanto, o palácio inteiro tinha acordado com a Princesa. Cada um
e, um pouco surpreendido, percebeu que, do seu pessoal, ninguém pensava em fazer a sua tarefa e, como não estavam apaixonados, todos
tinha podido segui-lo porque as árvores se haviam reaproximado de morriam de fome.
novo assim que ele passara. A dama de honra, afinal, impacientou-se e disse alto:
Não deixou, por isso, de continuar seu caminho: um Príncipe jovem e – O assado está servido, Alteza.
apaixonado é sempre valente. O Príncipe ajudou a Princesa a levantar-se.
Entrou num grande pátio onde tudo o que viu era capaz de gelar Ela trajava magnificamente, mas ele evitou dizer-lhe que estava vestida
como era moda no tempo da sua avó e que a gola do vestido estava torcida.
qualquer um de medo: em meio a um silêncio pavoroso, a imagem da
Isso não a tornava menos linda.
morte estava presente por toda a parte. Só havia corpos estendidos, de
Passaram então para um salão de espelhos e cearam, servidos pelos
homens e de animais.
copeiros da Princesa. Os violinos e as flautas executaram músicas excelentes,
O Príncipe reconheceu, entretanto, pela cara vermelha dos vigias, que
se bem que havia perto de cem anos ninguém as tocava mais.
eles estavam apenas dormindo. Suas taças, onde havia ainda algumas
Depois da ceia, sem perder tempo, o capelão-mor casou-os na capela do
gotas de vinho, mostravam que tinham adormecido enquanto bebiam.
castelo e a dama de honra, segundo o costume da época, abriu para eles os
Passou então para outro grande pátio, pavimentado de mármore, e
cortinados do leito nupcial.
subiu a escadaria. Entrou na sala dos guardas, que estavam enfileirados, a
Dormiram pouco: a Princesa não tinha grande ne­ces­sidade de dormir e
carabina no ombro e roncando o melhor que sabiam. o Príncipe deixou-a logo de manhã cedo para voltar à cidade onde seu pai
Atravessou diversos aposentos cheios de cavalheiros e damas, deveria estar preocupado com ele.
dormindo todos, uns em pé, outros sentados. Lá chegando, disse ao pai:
Afinal entrou num quarto, que tinha ao fundo um leito recamado – Perdi-me na floresta durante a caçada e dormi na choupana de um
de ouro e prata. Os cortinados estavam abertos e deixaram o Príncipe carvoeiro, que me deu queijo e pão preto.
contemplar o mais belo espetáculo que jamais tinha visto: uma Princesa, O Rei, que era um bom homem, acreditou em tudo, mas a Rainha não
que parecia ter quinze ou dezesseis anos, e que resplandecia com uma ficou muito convencida.
luz que lhe pareceu quase divina. Começou a notar que o filho, agora, ia à caça quase todos os dias, e
Aproximou-se tremendo e pôs-se de joelhos, perto dela. Então, que tinha sempre uma explicação à mão para se desculpar quando ficava
como o fim do encantamento tinha chegado, a Princesa acordou. E duas ou três noites fora.
olhando para ele, com olhos mais ternos do que é habitual em um Não duvidou de que tivesse algum amor.
primeiro encontro, disse: O Príncipe viveu com a Princesa mais de dois anos inteiros e teve dois
– És tu, meu Príncipe? Como demoraste! filhos com ela.
O Príncipe, encantado com essas palavras e, principalmente, com o tom O primeiro, que foi uma menina, recebeu o nome de Aurora e o segundo,
em que foram ditas, só encontrou uma maneira de testemunhar toda a sua um menino, chamou-se Dia, porque parecia ainda mais belo que a irmã.
alegria e reconhecimento: Para forçá-lo a se explicar, a Rainha disse diversas vezes ao filho:
68 –
– É preciso que cada um se contente com o seu papel na vida. Um – Quero comer, na minha ceia, o pequeno Dia.
Príncipe tem muitas responsabilidades. Não pode fazer apenas o que deseja. Ele não replicou, resolvido a enganá-Ia como da outra vez. Foi buscar o
Ele, porém, nunca confiou na mãe o suficiente para lhe contar o seu menino e encontrou-o com um pequeno florete na mão, brincando de duelar
segredo. Embora a amasse, tinha-lhe receio, porque ela era da raça ogra e com um macaquinho.
o Rei só a havia desposado por causa das grandes riquezas que possuía. – Como é esperto este diabrete – comoveu-se o cozinheiro. – E dizer-se
Dizia-se mesmo, aos cochichos, nos pátios, que ela tinha as inclinações que tem só três anos!
dos Ogros e que, vendo passar as criancinhas, era com a maior dificuldade Levou-o à sua mulher e preparou, em seu lugar, um cabrito muito tenro
que se controlava e não se atirava sobre elas para comê-Ias. para a ceia da Ogra, que achou o prato admirável.
Mas quando o Rei morreu, uns dois ou três anos depois, o Príncipe Tudo tinha ido muito bem até aquele momento. Mas, uma noite, essa
tornou-se o senhor. Rainha má disse ao seu chefe de cozinha:
Declarou então publicamente seu casamento e foi, em grande comitiva, – Quero comer a Rainha, minha nora, com o mesmo molho que fizeste
buscar sua mulher, que se tornara agora Rainha. para seus filhos.
Preparou-se uma entrada magnífica na capital, onde ela chegou entre Foi então que o pobre cozinheiro desesperou de poder enganá-Ia mais
seus dois filhos. uma vez. A jovem Rainha tinha vinte anos, sem contar os cem que havia
Algum tempo depois, o jovem Rei foi fazer a guerra contra o Imperador dormido: sua pele, embora bela e branca, era um pouco dura. Como
Cantalabuto. Deixou a regência do Reino nas mãos da Rainha sua mãe, encontrar um animal com a carne assim?
recomendou-lhe a mulher e os filhos e disse-lhe: Para salvar a vida, ele tomou a decisão de cortar o pescoço da Rainha
– Cuide bem deles, minha mãe, pois estarei guerreando durante todo o e subiu ao seu quarto, disposto a não pensar duas vezes.
verão. Mas, assim que partiu, a Rainha-Mãe mandou a nora e os netos para Entrou de punhal na mão mas não quis, entretanto, surpreendê-Ia. Contou-
uma casa de campo nos bosques. Queria poder saciar mais facilmente os lhe, com muito respeito, a ordem que havia recebido da Rainha-Mãe.
seus horríveis desejos. – Faça o seu dever – disse ela, estendendo-lhe o pescoço. – Execute
Alguns dias depois foi visitá-Ios e, uma noite, disse ao chefe de cozinha: a ordem que lhe deram. Irei rever meus filhos, meus pobres filhos que eu
– Quero comer amanhã, no meu jantar, a pequena Aurora. amei tanto.
– Ah, Senhora! – balbuciou o chefe de cozinha, consternado. Porque ela os acreditava mortos, depois que os tinham levado sem
– Já disse o que quero – atalhou a Rainha (e disse isso num tom de nada lhe dizer.
Ogra que está com vontade de comer carne fresca). – Quero comê-Ia – Não, não, Senhora – respondeu-lhe o bom homem, todo enternecido.
com molho acebolado. – Vós não morrereis. Ireis rever vossos queridos filhos, na minha casa, onde
O pobre homem, percebendo que não se deve brincar com uma Ogra, eu os escondi. Enganarei, ainda uma vez, a Rainha-Mãe, fazendo-a comer
tomou o seu facão e subiu ao quarto da pequena Aurora. uma jovem corça em vosso lugar.
A Princesinha tinha então uns quatro anos e veio, pulando e rindo, Levou-a, em seguida, ao seu alojamento, onde a deixou beijando os
pendurar-se ao pescoço dele e perguntar: filhos e chorando com eles.
– Trouxe bombons? Foi preparar uma corça que a Ogra comeu na ceia com o mesmo apetite
O bom homem se pôs a chorar, o facão lhe caiu das mãos e ele foi para com que teria comido a jovem Rainha. Estava radiante com a sua crueldade
os fundos do castelo degolar um carneirinho. Fez-lhe um molho tão bom e resolvera dizer ao Rei, quando este voltasse, que os lobos raivosos lhe
que a Rainha Ogra declarou nunca ter comido nada tão gostoso. tinham comido a mulher e os dois filhos.
Enquanto isso, ele tinha levado a pequena Aurora e a tinha dado à sua Uma noite a malvada vagava, como era seu costume, pelos pátios e
mulher para escondê-Ia no alojamento onde moravam no pátio dos fundos. corredores do castelo, para farejar alguma carne fresca. Foi quando ouviu,
Oito dias depois, a malvada Rainha comunicou ao seu cozinheiro-chefe: num quarto dos fundos, o pequeno Dia que chorava.
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A Rainha, sua mãe, queria dar-lhe umas palmadas porque tinha sido
malcriado. Ouviu também a pequena Aurora, que pedia perdão para seu irmão.
A Ogra reconheceu a voz da Rainha e de seus filhos e, furiosa por ter
sido enganada, resolveu dar-Ihes seu castigo no dia seguinte. Data ___ / ___ / ___
Logo de manhã, com voz medonha que fez tremer a todos, mandou Análise e reflexão sobre a língua – Gramática
Tonicidade das palavras
que trouxessem para o meio do pátio uma grande tina cheia de sapos,
víboras e escorpiões. 1. Elas são as grandes vilãs dos contos de fadas! Chegam para perturbar a
– Tragam a Rainha, seus filhos, o chefe dos cozinheiros, sua mulher e a vida dos reis, rainhas, príncipes e princesas. Mas algumas até que são bem
divertidas... Já sabe de quem estamos falando? Isso mesmo: das bruxas!
criada. Quero que venham com as mãos amarradas atrás das costas – trovejou.
Conheça uma delas, lendo o poema a seguir.
Eles estavam lá e os carrascos se preparavam para jogá-Ios na tina,
quando o Rei, que ninguém esperava tão cedo, entrou no pátio a cavalo. QUE RATA!
Muito espantado, ele indagou:
Uma bruxa varredeira Sapeca um beijo longo
– O que significa este terrível espetáculo?
Foi varrer certo c a s t e l o , Na ponta do meu nariz.
Ninguém ousou explicar-lhe.
Todo verde e a m a r e l o . Novo rei serás de fato,
A Ogra, então, encolerizada por ver que nada correria como esperara, Pra sempre serás feliz!
jogou-se de cabeça na tina. Encontrou um camundongo
Foi devorada num instante pelos horrendos animais que ela mesma Bem redondo, que chorava. Camundongo, e n c a b u l a d o ,
tinha mandado pôr ali. Deu um beijo p r o l o n g a d o
– O que foi que aconteceu,
Na bruxa, tão n a r i g u d a ,
O Rei não deixou de ficar desgostoso: afinal tratava-se de sua mãe. Mas Me diga, que eu não sei?
Bem na ponta da v e r r u g a .
logo se consolou com sua bela mulher e seus filhos.
– Dona Bruxa, eu já fui rei,
ALMEIDA. Fernanda L. Contos de Perrault. A bruxa virou rainha
Mas beijei minha rainha
Ática, p. 9-18. Camundongo virou rei,
E camundongo eu virei...
Ratinha virou vassoura
Gramática – Tonicidade das palavras E a rainha, c o i t a d a ,
Muito loura e avoada,
Parece e n f e i t i ç a d a ,
Nestas atividades, pretendemos fazer com que a criança investigue o Voou pra longe, correndo,
Virou gorducha ratinha!
sistema de tonicidade da língua e reconheça que existe uma coerência que E fez queixa pr’uma fada
o organiza. Assim, teremos como foco os seguintes aspectos: – Faça assim, meu camundongo, Que queria uma vassoura
• Constatar que todas as palavras dissílabas, trissílabas e polissílabas têm Pra desfazer o b a r a t o Pra varrer sua morada.
uma sílaba pronunciada com mais força – a sílaba tônica. De ser realeza r a t o :
A poesia é uma pulga, Sylvia Orthof, Atual.
• Constatar que só há uma sílaba tônica por palavra e que ela sempre estará
localizada em uma das três últimas sílabas da palavra, nunca antes.
• Durante a leitura do poema, você percebeu que existe um ritmo bem marcado, quase
• Reconhecer que, dependendo da localização da sílaba tônica na palavra,
essa posição recebe uma classificação: oxítona, quando é a última sílaba, como numa música? Isso acontece porque, nas palavras que rimam, a força da voz recai
paroxítona, quando é a penúltima sílaba, e proparoxítona, quando é a an- sempre na mesma sílaba da última palavra do verso. Quer ver? Então, faça o que se pede:
tepenúltima sílaba. 131
• Constatar que a maioria das palavras de nossa língua é paroxítona.
• Introduzir o conceito de monossílabos tônicos e átonos.
70 –
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a) Volte ao texto e pinte, nas palavras destacadas, a sílaba tônica, isto é, a sílaba que é
• Observe que algumas palavras do texto estão destacadas. Organize-as no quadro
pronunciada com mais força.
abaixo, separando-as em sílabas, a começar pela última. Veja:
b) Em todas essas palavras, a sílaba tônica é a penúltima, certo? Essa regularidade é que
faz com que os poemas, em geral, tenham ritmo e musicalidade! SAPO
SAPO SA
SA PO
PO
• Na estrofe abaixo, pinte a sílaba tônica das palavras que rimam no final dos versos. ROMÂNTICA RO MÂN TI CA
Professor, verifique se as crianças percebem que a regularidade da localização FADA FA DA
da sílaba tônica nas palavras dos finais dos versos é um dos elementos respon-
PRINCESA PRIN CE SA
sáveis pela instauração do ritmo na poesia.
Sapeca um beijo longo REAL RE AL
Na ponta do meu nariz. ATIRAR A TI RAR
Novo rei serás de fato,
Pra sempre serás feliz! a) Pinte a sílaba tônica das palavras do quadro.
b) Agora, agrupe essas palavras, de acordo com a posição ocupada pela sílaba tônica.
Nós já começamos. Veja:
• Nessas palavras, a sílaba pronunciada com mais intensidade é a
última
_________________ da palavra. (última, penúltima, antepenúltima)
sapo
romântica
___________________ fada
___________________ real
___________________
2. Elas costumam ser doces, meigas e cheias de boas maneiras... Chegam para ajudar princesa
___________________ ___________________ atirar
___________________
as princesas e os príncipes a viverem felizes para sempre. De quem estamos falando? Ora,
das FADAS! E aqui vai um poema para elas também! ANTEPENÚLTIMA PENÚLTIMA ÚLTIMA

Se alguma romântica fada


encontrar um sapo de coroa,
não deve beijá-lo à toa! Proparoxítona Paroxítona Oxítona
Mas, se acontecer tal ato,
se a fada beijocar o sapo...
Conforme a posição da sílaba tônica, a palavra recebe uma classificação. Veja:
Cuidado!
O sapo pode virar princesa,
OXÍTONA: quando a sílaba tônica é a última da palavra. Localize esse
não ser o príncipe encantado...
grupo acima e nomeie-o no quadro em branco.
Pode ter havido um erro no beijo,
uma certa falta de real desejo, PAROXÍTONA: quando a sílaba tônica é a penúltima da palavra.
sei lá! Localize esse grupo acima e nomeie-o.
Melhor não se atirar
Manual de boas maneiras das fadas, Sylvia Orthof,
no primeiro sapo que encontrar! PROPAROXÍTONA: quando a sílaba tônica é a antepenúltima da
Editora Nova Fronteira.
palavra. Localize esse grupo acima e nomeie-o.

132 133

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Professor, nesta questão introduzimos as primeiras reflexões acerca do que diferencia os mo- 4. Os gigantes, vez ou outra, resolvem dar uma voltinha pelas histórias encantadas e
nossílabos átonos dos monossílabos tônicos. Neste momento, optamos por confrontar apenas os
podem criar problemas para valentes heróis.
monossílabos tônicos representados por substantivos com os átonos, representados por preposi-
ções e contrações. Esse estudo será aprofundado nos anos subsequentes do Ensino Fundamental.
3. Agora você já sabe que, em uma palavra, nem todas as sílabas são pronunciadas com “Eu quero o meu café”
a mesma intensidade. Por essa razão, as palavras podem ser classificadas quanto à
tonicidade, de acordo com a posição que a sílaba tônica nelas ocupa.
“Eu quero o meu café”,
EI! MAS O QUE ACONTECE COM AS PALAVRAS assim falou o gigante,
MONOSSÍLABAS? QUE EU SAIBA, ELAS TÊM “na hora que eu despertar,
APENAS UMA SÍLABA! logo que eu me levante.”

“Ouçam todos na cozinha”,


Mesmo tendo apenas uma sílaba, podemos notar que algumas continuou o gigante,
palavras monossílabas são pronunciadas com mais intensidade do “eu mato quem não matar
que outras. Além disso, algumas delas têm significado próprio, minha fome num instante.”
como por exemplo, REI. Esses são os monossílabos tônicos.
“Não quero saber de mingau, “Cem panquecas com geleia,
Outras palavras não nos remetem a um significado próprio,
nem de ovos nem de pão. Eu nem uma a menos ou a mais,
como a palavra DE, por exemplo. Esses monossílabos são
quero o que eu quero, que só assim a minha pança
chamados de átonos.
e quero um bocadão.” fica cheia e eu fico em paz.”
A partir dessas informações, pinte apenas as cartelas com
monossílabos tônicos. Eve Merriam, em O livro dos gigantes e dos pequenininhos, Diane Goode, Companhia das Letrinhas.

• Pinte as palavras em destaque no texto, como se pede:


CHÁ MEL DO
palavras oxítonas.

MÃO EM SOL
palavras paroxítonas.

MÊS DOR MAR


monossílabos tônicos.

134 135

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Hora do texto

5. Você conhece Merlin, o mais famoso de todos os magos? Leia as dicas Biografia dos irmãos Grimm
Faça a leitura da biografia dos irmãos Grimm, realizando pausas para que
que ele dá para que você encontre a palavra secreta escondida no quadro.
os alunos possam comentar suas impressões a partir das informações obtidas
Ao encontrá-la, pinte-a. noC1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp
texto sobre a vida dos autores.
25/11/2019 08:42 Página 137

A palavra secreta...
• não é proparoxítona.
• é paroxítona.
• tem a 1.a sílaba formada por duas letras. Data ___ / ___ / ___

• não é dissílaba.

SAPOS PRÍNCIPE FLORESTA Hora do texto


FEITIÇO REI ENCANTAMENTO QUEM FORAM OS IRMÃOS GRIMM?
MÁGICA POÇÃO CASTELO
Os irmãos Jacob e Wilhelm Grimm nasceram em Hanau, na

Figura 3
Alemanha, em 1785 e 1786, respectivamente. A família era de
6. Para terminar, apresentamos um livro em que o autor trata os contos de fadas de classe média, mas, ainda crianças, perderam o pai e a situação
maneira original e divertida! Quer saber mais? Então complete o texto com as palavras começou a ficar mais difícil porque passaram a cuidar da
sobrevivência de seus irmãos.
do quadro, observando o que se pede nos parênteses. Com a ajuda de parentes, conseguiram estudar. Mais velhos,
entraram para o curso de Direito, mas abandonaram a
LAGARTO - CAÇADOR - ELETRÔNICOS - PORTA - DRAGÃO universidade para se dedicar à literatura. Foram grandes
estudiosos da língua alemã e faziam questão de valorizá-la.
Assim, orgulhosos da cultura de sua terra, passaram a

Figura 4
Nessa homenagem aos personagens secundários dos contos de fadas, quem narra coletar histórias populares nas muitas versões que encontravam
nas várias regiões da Alemanha. Queriam perpetuar a “voz pura
dragão
a história da Bela Adormecida é um _____________________ que come salsichas. do povo”.
(oxítona e dissílaba) Além de pesquisarem histórias da tradição oral, também se
caçador
A história de Chapeuzinho Vermelho é contada pelo _______________. O livro foi basearam em fontes literárias: criaram novas versões para
(oxítona e trissílaba) histórias que já tinham sido escritas por Perrault, por exemplo. Já

eletrônicos
construído um pouco à maneira dos jogos __________________:
naquela época, a fantasia e o fantástico de seus contos
Qual fato mais
(proparoxítona) agradavam tanto adultos como crianças. Sua obra mais famosa
foi “Contos de Fadas para Crianças e Adultos”, publicada entre
chamou a sua
se o leitor entrar na história de Cinderela por uma 1812 e 1822.
atenção na biografia
dos irmãos Grimm?
porta
__________________"errada", vai olhar a mesma história pelos Destaque-o no texto.
(paroxítona e dissílaba)
Resposta pessoal.
lagarto
olhos do ______________________ que se transformou em criado: Deixe que socializem
(paroxítona e trissílaba)
a resposta dada.
tudo muda, mas a essência da história permanece a mesma.
Que história é essa?, Flávio de
Souza, Companhia das Letrinhas.

136 137

– 73
Proponha a atividade de antecipação apresentada no Caderno do aluno.
SAIBA MAIS Sugerimos que organize,
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp com
25/11/2019 a Página
08:43 turma,138 a leitura dramatizada do conto.

Jacob Ludwig Grimm (1785-1863)


e Wilhelm Grimm (1786-1859) Hora do texto
Jacob e Wilhelm Grimm nasceram em Se acha que é hora de ler um conto dos irmãos Grimm, acertou! Mas é você
Hanau, na Alemanha, em 1785 e 1786, res-
quem vai descobrir que história é essa. Sabe como? Completando o cenário abaixo a
pectivamente. Como o pai, eles estudaram
partir das dicas apresentadas...
Direito, mas abandonaram a advocacia
para dedicarem-se à literatura. Em 1830
Essa história inicia-se numa floresta. Aqui, desenhe uma princesa triste olhando para
ingressaram como professores em uma as águas.
universidade na Alemanha. Escreveram
seus contos baseados na memória popular
de seu povo, como narrativas de lendas,
contos folclóricos e histórias de sua terra
(Alemanha), todas conservadas por tra-
dição oral. Seus contos agradavam tanto
os adultos como as crianças, pois conti-
nham o fantástico, a fantasia e o mítico.
Sua mais famosa obra, “Contos de Fadas
para Crianças e Adultos”, foi publicada entre 1812 e 1822, onde estavam
escritos os contos: A Bela Adormecida, Os Músicos de Bremen, Os Sete
Anões e a Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, A Gata BorraIheira,
As Aventuras do Irmão Folgazão, O Corvo, Frederico e Catarina, O Ganso
de Ouro, A Alfaiate Valente, O Lobo e as Sete Cabras, O Enigma, O Pe-
queno Polegar, Joãozinho e Maria, entre muitos outros.
Disponível em: <http://www.pedagogiaaopedaletra.com/posts/
literatura-e-educacao-infantil-recontando-historias/> e
<http://www2.uol.com.br/cienciahoje/che/grimm1.htm>.
Acesso em: novembro/2014.

Hora do texto
Príncipe-Rã ou Henrique de Ferro, tradução de Maria Heloisa Penteado
Um riacho com uma fonte precisa ser desenhado Um sapo falante (acredite se quiser, ele falava!)
Professor, escolhemos a versão original desta clássica história, mesmo sa- neste espaço. No fundo das águas, há uma bola está na superfície das águas, observando a
dourada. princesa entristecida.
bendo que difere consideravelmente das versões que se tornaram mais famo-
sas e que poderá provocar certo estranhamento por parte dos alunos. Nela, o
Pronto! Já sabe de que história estamos falando? Se você já conhece esse conto,
sapo não recobra sua forma anterior por meio de um beijo da filha do rei, mas
sim após esta, num acesso de fúria, arremessar o asqueroso bicho contra a fique tranquilo(a)! A versão original que vamos apresentar certamente terá novidades
parede. É importante que essa discussão seja levantada após a leitura do texto e os acontecimentos não serão exatamente como você está imaginando...
e que as crianças obtenham essa importante informação: não se trata de uma
138
nova versão, e sim da versão primordial, a mais próxima das que os irmãos
Grimm recolheram da tradição oral do povo alemão.
74 –
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O P r í n c i p e -R
Rã Satisfeita com a promessa, a rã mergulhou e, depois de alguns
ou minutos, voltou à tona trazendo a bola. Jogou-a na relva, e a

Henrique de Ferro
princesa, feliz por ter recuperado seu brinquedo predileto, fugiu sem
esperar pela rã.
Num tempo que já se foi, quando ainda aconteciam – Pare! Pare! – gritou a rã, tentando alcançá-la aos pulos. – Me
encantamentos, viveu um rei que tinha uma porção de leve consigo! Não vê que não posso correr tanto?
filhas, todas lindas. A mais nova, então, era linda demais. O A princesa, porém, sem querer saber dela, correu para o palácio,
próprio Sol, embora a visse todos os dias, sempre se fechou a porta e logo esqueceu a pobre rã. Assim, ela foi obrigada
deslumbrava, cada vez que iluminava o seu rosto. a voltar para a fonte.
O castelo real ficava ao lado de uma floresta sombria
onde, debaixo de uma frondosa tília, havia uma fonte. Em No dia seguinte, quando o rei, a rainha e as filhas estavam jantando, ouviram um barulho
dias de muito calor, a filha mais nova do rei vinha sentar-se ali e, quando se aborrecia, estranho: Plaft!... Plaft!... alguém estava subindo a escadaria de mármore do palácio... O barulho
brincava com sua bola de ouro, atirando-a para cima e apanhando-a com as mãos. cessou bem em frente à porta, e alguém chamou:
Um dia, brincando assim, a bola de ouro, jogada para o ar, não voltou para as mãos – Abra a porta, ó filha mais nova do rei!
dela. Caiu na relva, rolou para a fonte, e desapareceu nas suas águas profundas. A princesa foi atender e, quando deu com a rã, tornou a fechá-la bem depressa, e voltou
“Adeus, minha bola de ouro!”, pensou a princesa. “Nunca mais vou ver você!” E para a mesa. O rei reparou que ela estava vermelhinha e apavorada.
começou a chorar alto. Então uma voz perguntou: – O que foi, filha? Aí fora está algum gigante querendo pegar você?

– Por que chora, ó filha mais nova do rei? Suas lágrimas – Não, paizinho... é uma rã horrorosa.

são capazes de derreter até uma pedra! – E o que uma rã pode querer com você?

A princesa olhou e viu a cabecinha de uma rã fora da – Ai, paizinho! Ontem, quando eu brincava com a minha bola de ouro perto da fonte, ela

água. caiu na água e afundou. Então chorei muito. A rã foi buscar a bola para mim. Mas me fez
prometer que, em troca, seríamos amigas e ela viria morar comigo. Eu prometi, porque nunca
– Foi você que falou, bichinho dos charcos? Estou
pensei que uma rã pudesse viver fora da água.
chorando porque minha bola de ouro caiu na água e sumiu.
– Fique tranquila e não chore mais. Eu vou buscá-la. Mas... Nesse momento, a rã tornou a bater e cantou:
o que você me dará em troca?
– Tudo o que você quiser, rãzinha querida. Meus vestidos, – Que coisa mais feia é essa,
minhas joias... até mesmo a coroa de ouro que estou usando. esquecer assim tão depressa
– Vestidos, joias, coroa de ouro de nada me servem. Mas... a promessa que me fez!
se você quiser gostar de mim, se me deixar ser sua amiga e Se não quiser me ver morta,
companheira de brinquedos, se me deixar sentar ao seu lado à mesa, comer no seu prato abra ligeiro essa porta,
de ouro, beber no seu copo, dormir na sua cama... se me prometer tudo isso, mergulho ó filha mais nova do rei!
agorinha mesmo e lhe trago a bola.
O rei olhou a filha severamente.
– Claro! Se me trouxer a bola, prometo tudo isso! – respondeu prontamente a
– O que você prometeu, tem de cumprir – disse – Vá lá e abra a porta!
princesa, pensando: “Mas que rãzinha boba! Ela que fique na água com suas iguais!
Ela teve de obedecer. Mal abriu a porta, a rã entrou num pulo, foi direto até a cadeira da
Imagine se vou ter uma rã por amiga!”.
princesa e, quando a viu sentada, pediu:

139 140

– 75
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– Me ponha no seu colo! No outro dia, quando o sol acordou a princesa, a carruagem do príncipe já havia
Vendo que a filha hesitava, o rei zangou-se. C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp
chegado. Era linda!25/11/2019 08:43 Página
Estava atrelada 142
a oito
cavalos brancos, todos eles com plumas brancas
– Faça tudo o que a rã pedir – ordenou. na cabeça, presas por correntes de ouro.
Com ela veio Henrique, o fiel criado do príncipe, que, de tão triste que ficou quando
Mal se viu no colo da princesa, a rã pulou para
seu amo foi transformado em rã, mandou prender seu coração com três aros de ferro, para
a mesa, dizendo: que não se despedaçasse de tanta dor. Mas agora, ali estava ele com a carruagem pronta para
– Puxe o seu prato mais para perto para levar seu amo de volta ao seu reino.
podermos comer juntas. Cheio de alegria, ajudou os noivos a se acomodarem na carruagem, depois tomou seu
Assim fez a princesa, mas todos viram que ela lugar na parte de trás, e deu sinal de partida.
Já haviam percorrido um trecho do caminho, quando o príncipe ouviu um estalo muito
estava morrendo de nojo. A rã comia com grande
próximo, como se alguma coisa se tivesse quebrado na carruagem. Espiou pela janelinha e
apetite, mas a princesa a cada bocado parecia perguntou:
sufocar-se. Terminado o jantar, a rã bocejou dizendo:
– O que foi, Henrique? Quebrou alguma coisa na carruagem?
– Estou cansada e com sono. Prepare uma cama bem quentinha para nós duas!
– Não, meu senhor – e ele explicou:
Ao ouvir isso, a princesa disparou a chorar. Tinha horror do corpinho gelado e úmido da rã,
– Tamanha a dor que eu senti
e não queria dormir com ela de jeito nenhum. Suas lágrimas, porém, só conseguiram aumentar
quando o senhor virou rã,
a zanga do rei: que, com três aros de ferro,
– Quando você precisou, ela te ajudou. Não pode desprezá-la agora! o meu coração eu prendi.
Um aro rompeu-se agora,
Não tendo outro remédio, a princesa foi para o quarto carregando a rã, que dizia estar os outros dois, com certeza,
cansada demais para subir a escada. Chegando lá, largou-a no chão e foi se deitar sozinha. vão estalar e romper-se
assim que chegar a hora!
– Que é isso? – reclamou a rã. – Você dorme no macio e eu aqui no chão duro! Me ponha
Duas vezes mais durante a viagem o
na cama, se não vou me queixar ao rei seu pai!
príncipe ouviu o mesmo estalo. Foram os outros
Ao ouvir isso, a princesa ficou dois aros do coração do fiel Henrique que se
furiosa. Agarrou a rã e atirou-a contra a romperam, deixando livre sua imensa alegria.
parede com toda a força, gritando: 142 Contos de Grimm, volume 2, Trad. Maria Heloisa Penteado. Ática.
– Agora você vai ficar quieta para
sempre, rã horrorosa!
E qual não foi o seu susto, ao ver a rã Troca de ideias
cair e transformar-se num príncipe de
belos olhos amorosos! Proponha as questões sugeridas no Caderno do aluno – e outras que julgar
Ele contou-lhe que se havia convenientes durante a atividade –, garantindo a participação de todos nesse
transformado em rã por artes de uma importante momento de intercâmbio oral.
bruxa, e que ninguém, a não ser a
princesa, poderia desencantá-lo. Disse
Troca de ideias
também que no dia seguinte a levaria para
1. Quais as diferenças e semelhanças entre a versão da história que você acabou de
o reino dele. Depois, com o consentimento
ler e aquela que você, provavelmente, conhecia?
do rei, ficaram noivos.
• Qual das versões mais lhe agradou? Explique sua escolha para a turma.

2. Qual foi o momento de maior emoção da história? Descreva-o para a turma.


141 142

76 –
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Diálogo com o texto


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1. com
Diálogo O primeiro parágrafo do texto informa ao leitor que essa história
o texto
aconteceu num tempo que já se foi, quando ainda aconteciam encanta-
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DiálogoFaça
mentos. com o texto
o que se pede: b) A personagem disse que “as lágrimas da princesa são capazes de derreter até uma
a) Cite um dos ‘encantamentos’ que fazem parte dessa história. pedra”. Que jeito de chorar é esse?
1. O primeiro
Diálogo com o texto do texto informa ao leitor que essa história
parágrafo
Diálogo com o texto É um choro sentido, com muita emoção.
aconteceu num tempo que já se foi, quando ainda aconteciam encanta-
1. O primeiro parágrafo do texto informa ao leitor que essa história
1.
mentos. Faça o que
O primeiro se pede:do texto informa ao leitor que essa história
parágrafo
aconteceu num tempo que já se foi, quando ainda aconteciam encanta-
a) Cite um num
aconteceu dos ‘encantamentos’
tempo que já seque
foi,fazem
quandoparte dessa
ainda história. encanta-
aconteciam
mentos. Faça o que se pede:
mentos. Faça o que se pede: o narrador nos apresenta a princesa e descreve toda sua 4. Naquele momento de tristeza, uma rã ofereceu ajuda à princesa, mas disse que tiraria
b) Cite
a) Nesseummesmo parágrafo,
dos ‘encantamentos’ que fazem parte dessa história.
a) Cite um dos ‘encantamentos’ queasfazem partee dessa história.que dão ao leitor essas a bola de ouro do fundo das águas com algumas condições. No balão, escreva uma delas.
beleza. Volte ao texto e pinte palavras expressões
Resposta pessoal. Possível resposta: uma bruxa havia transformado o príncipe em uma rã e so-
informações.
mente uma princesa poderia desencantá-lo. Possíveis respostas: ... se você quiser gostar de
c)
b) Pense
Nesse emesmo
responda: se o narrador
parágrafo, tivesse
o narrador nosdito apenas que
apresenta a filha mais
a princesa nova do
e descreve rei sua
toda era mim, se me deixar ser sua amiga e companheira
linda demais,
beleza. Volte faria alguma
ao texto diferença
e pinte para o leitor?
as palavras Caso ache
e expressões quequedãosim,
ao explique sua
leitor essas
de brinquedos, se me deixar sentar ao seu lado
b) Nesse mesmo parágrafo, o narrador nos apresenta a princesa e descreve toda sua à mesa, comer no seu prato de ouro, beber no
resposta.
informações.
b) Nesse mesmo parágrafo, o narrador nos apresenta a princesa e descreve toda sua seu copo, dormir na sua cama...
beleza. Volte ao texto e pinte as palavras e expressões que dão ao leitor essas
c) A maisenova,
beleza.
Pense Volte então,
responda:
informações.
eraolinda
ao texto
se demais.
e pinte
narrador as O próprio
palavras
tivesse eSol, embora
que aavisse
expressões
dito apenas quetodos
filha dãoosao
mais dias,
nova sempre
leitor
do se
essas
rei era
deslumbrava,
linda demais, cada
informações. fariavez que iluminava
alguma diferençaopara
seu rosto.
o leitor? Caso ache que sim, explique sua
c) Pense e responda: se o narrador tivesse dito apenas que a filha mais nova do rei era • Você acredita que, ao aceitar a condição imposta pela rã, a princesa já sabia que não
resposta.
c) Pense e responda: se o narrador tivesse dito apenas que a filha mais nova do rei era
linda demais, faria alguma diferença para o leitor? Caso ache que sim, explique sua iria cumprir sua promessa? Por quê?
linda demais,
2. resposta. faria alguma
Enquanto a princesa diferença
brincava parabola
com sua o leitor? Caso
de ouro nosache que sim,
arredores doexplique
palácio, sua
um Sim. Num momento do texto, a princesa confessa ao pai que fez a promessa ao pobre animal
resposta.
acontecimento inesperado fez com que ela caísse em prantos. Que fato foi esse?
porque nunca imaginou que uma rã pudesse viver fora da água e que, portanto, jamais a
Espera-se que o aluno reconheça que faria diferença, pois dessa forma não chamaria a atenção do
encontraria novamente.
leitor para a beleza incomparável da filha mais nova do rei.
2. Enquanto a princesa brincava com sua bola de ouro nos arredores do palácio, um 5. A imagem abaixo ilustra o momento da história em que a rã, deixada para trás pela
acontecimento inesperado fez com que ela caísse em prantos. Que fato foi esse? princesa, decide ir ao palácio cobrar a promessa que a jovem lhe havia feito.
2. Enquanto a princesa brincava com sua bola de ouro nos arredores do palácio, um
2. Enquanto a princesa brincava com sua bola de ouro nos arredores do palácio, um
acontecimento inesperado fez com que ela caísse em prantos. Que fato foi esse?
acontecimento 3. Releia este
inesperado fez trecho
com que doela
texto:
caísse em prantos. Que fato foi esse? • Como ela foi recebida pela princesa?
Sua bola de– Por
ouroque
caiuchora, ó filha
na relva, mais
rolou nanova
fonte,doe rei? Suas lágrimas
desapareceu sãoáguas
em suas A princesa recebeu a rã com indiferença e descaso.
profundas.
capazes de derreter até uma pedra!
3. Releia este trecho do texto:
a) Quem disse isso à princesa?
3. Releia–este
Por trecho
que chora, ó filha mais nova do rei? Suas lágrimas são
do texto:
3. Releia este trecho do texto:
capazes de derreter até uma pedra!
– Por que chora, ó filha mais nova do rei? Suas lágrimas são143 • Por que a pobre rã foi recebida dessa maneira?
– Por que chora, ó filha mais nova do rei? Suas lágrimas são
capazes de derreter até uma pedra!
a) Quem dissede
isso à princesa?
Porque a princesa jamais imaginou que aquele animal
capazes derreter até uma pedra!
pelo qual sentia nojo fosse procurá-la no palácio.
a) Quem disse isso à princesa?
a) Quem disse isso à princesa? 143
Uma rã que vivia naquele charco.
143
143
143 144

– 77
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6. Diante da chegada daquela estranha convidada, o rei tem uma reação bem diferente 9. Os textos narrativos, como O Príncipe-Rã ou Henrique de Ferro, contam uma história.
da princesa e a obriga a conviver com a rã. Por que ele fez isso? Em geral, eles são organizados da seguinte maneira:
O rei agiu dessa maneira porque achava que a princesa deveria cumprir a promessa feita.

7. Furiosa, e com muito nojo daquele animal, a princesa foi obrigada a levá-lo para seus
aposentos reais. Quando viu que não ficaria bem acomodada, a rã pediu:

– Você dorme no macio e eu aqui no chão duro! Me ponha na cama, se não


vou me queixar ao rei seu pai!

• Como a princesa reagiu a esse pedido? Responda a essa pergunta escrevendo ou


desenhando.

• A partir dessas observações, responda às questões apresentadas abaixo, a respeito do


texto lido.

A princesa, furiosa, agarrou a rã e atirou-a contra a parede com toda força.

8. No final, ficamos sabendo que a rã era, na verdade, um príncipe que havia sido Num tempo que já se É o confronto entre o sapo
enfeitiçado por uma bruxa. Em sua opinião, mesmo depois de ter sido tão maltratado foi, indefinido. e a princesa iniciado no Com a felicidade do prínci-
pela princesa, o príncipe deveria casar-se com ela? Por quê? momento em que ele chega pe, ele pôde se libertar dos
Resposta pessoal. Deixe que socializem a resposta dada. Numa floresta sombria e nos ao castelo exigindo que ela 3 aros de ferro que pren-
aposentos do castelo real. cumpra sua parte no acordo. diam seu coração.

145 146

78 –
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Produção de texto
A proposta desta atividade consiste em estimular os alunos a elaborar
um registro de escrita característico dos tempos atuais: uma conversa em
um aplicativo de mensagens instantâneas, porém, no plano da ficção. Par-
tindo de uma divertida passagem do texto trabalhado anteriormente, peça
que eles complementem, com muita imaginação e bom humor, o diálogo
entre o príncipe-rã e a princesa.

Data ___ / ___ / ___


Olá, filha mais nova do rei! Preciso falar urgentemente com você. Me responda
assim que receber minha mensagem. Com carinho, sua amada rã!
Uma das passagens mais bem humoradas do conto
“O Príncipe-Rã ou Henrique de Ferro” é marcada pelo
meu encontro com a princesa, no castelo. Princesa? Sou eu, novamente! Depois que resgatei sua bola de ouro,
Relembre esse momento da história...
você saiu correndo e não me esperou. Por quê?

– Abra a porta, ó filha mais nova do rei!


A princesa foi atender e, quando deu com a rã, tornou a fechá-la bem depressa,
e voltou para a mesa. O rei reparou que ela estava vermelhinha e apavorada.
– O que foi, filha? Aí fora está algum gigante querendo pegar você?
– Não, paizinho... é uma rã horrorosa.
– E o que uma rã pode querer com você? Minha amada, me passe o endereço do seu castelo.
– Ai, paizinho! Ontem, quando eu brincava com a minha bola de ouro perto da Amanhã, na hora do almoço, chegarei por aí...
fonte, ela caiu na água e afundou. Então chorei muito. A rã foi buscar a bola para
mim. Mas me fez prometer que, em troca, seríamos amigas e ela viria morar comigo.
Eu prometi, porque nunca pensei que uma rã pudesse viver fora da água.

Viu só como fiquei apavorada quando essa


rãzinha, toda gelada, chegou ao castelo? Confesso Aliás... Qual será o cardápio de amanhã? Me espere para o jantar!
que antes dela ter se transformado num lindo
príncipe, já havíamos nos comunicado...
De alguma maneira, esse bichinho esperto
descobriu meu número de telefone e, desde
então, precisei criar mil desculpas para evitar
sua ida ao castelo. Mas não deu certo! Com seu
jeito brincalhão e inteligente, a rã não acreditou
mais nas minhas falsas promessas...

Pelo visto, essa conversa entre a rã e a princesa deve ter sido bem divertida! Nas
páginas seguintes, complete o diálogo entre as duas, como você o imaginou. Capriche nas
emoções das personagens e, se quiser, utilize emojis para demonstrá-las. 148
147

– 79
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08:43 Página
Página150
150
Ampliação dos saberes
Ortografia – Letras E ou I no final da palavra
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Letras O ou U no final da palavra
No início do 4.o ano, é comum encontrarmos alunos que ainda “escrevem
Data
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Análise por acreditarem
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E pelo I e O pelo U no final das palavras.
1. Quer participar de um jogo de Bingo diferente? Então, pegue seu lápis Agora que já refletiram
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Análise
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Quer participar
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essa análise específica. As atividades
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Página150
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a seguir:
pegue seu lápis
Rãzinha, querida! Peço que não venha hoje ao castelo, pois vou buscá-la na C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 08:4308:43
25/11/2019 PáginaPágina
150 150
e aguardeeasreflexão
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do professor. Data ___ / ___ / ___
sua lagoa; assim você não ficará perdida no meio do caminho. Análise a língua – Ortografia
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PáginaPágina 150
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Data
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Análise
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Então, pegue seu lápis SAGU_____
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Podemos combinar nosso encontro amanhã? Hoje TODAS as carruagens Quer
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___ / ___ / ___ / ___
Data
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língua
Ortografia Ortografia
estão ocupadas pelo meu pai, o rei. Letras
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1 reflexão sobre professor.
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1. Quer
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INTELIGENT_____ pegue seu lápis
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2Palavras
Cartela
A
Cartela
Cartela
CartelaPalavras
1
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SAC_____
INTELIGENT_____
PARED_____
aB Palavras
Palavras
atenção
B para terminadas
asterminadas
SAGU_____SAGU_____ em
SAGU_____
terminações
CAQU_____
ABACAT_____ em II I. Deixe
E ou
2. Organize
que as apalavras
ENFEIT_____
completem cartela das cartelas emSAC_____
aleatoriamente. doisseguida,
Em grupos, sorteie
observando
uma aasuma indicações:
SAGU_____
essas palavras e o
uma rã muito especial para mim. CartelaEL_____
2
primeiroENFEIT_____
a GIB_____
completar uma linha ou coluna PARED_____
corretamente
INTELIGENT_____
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vencedor
SAGU_____ da rodada. Faça, em
CAQU_____
Cartela 2
Cartela Cartela
2 2
seguida, a correçãoterminadas
das palavras em comEtoda a turma.
CartelaPalavras
A ENFEIT_____
2 SAC_____ B Palavras terminadas em I
SAGU_____
Cartela 2
EL_____ PARED_____ ABACAT_____
2.
2. Organize
Organize asas palavras
palavras das
das cartelas
cartelas em
em dois
dois grupos,
grupos, observando
observando asas indicações:
indicações:
2. Cartela
Organize 2 as palavras das cartelas emSAC_____
ENFEIT_____
dois grupos, observando asSAGU_____indicações:
2.
2. Organize
Organize asQUATI
as palavras
palavras das
das cartelas
cartelas em
em dois JAVALIobservando
dois grupos,
grupos, observando as indicações:QUENTE
as indicações:
AA Palavras
Palavras terminadas
terminadas em em E E B Palavras
Palavras terminadas
terminadas em em II
Não seja insistente, sua rã introme... Quer dizer, não seja ansiosa
2. Organize
Cartela
BILHETE
A Palavras2 terminadas
as palavras das cartelasem em E RUBI
B
dois grupos, B Palavras
observando as indicações: BRINDE
terminadas em I
AA Palavras
Palavras terminadas
terminadas em
em E E em B Palavras
Palavras
Bgrupos, terminadas
terminadas em
em II
rãzinha fofa, prometo que logo irei ao seu pântano para buscá-la.
2.
2.
2. Organize
Organize
Organize SEMPRE
asas
aspalavras
palavras
palavrasdasdas
das cartelas
cartelas
cartelas em dois
em dois BIFE
dois grupos,
grupos, observando
observando
observando as ABACAXI
as indicações:
indicações:
as indicações:
A 2. Palavras
2. Organize Organize terminadas
as palavrasas das
palavras em
cartelas
das em Edois grupos,
cartelas em dois Palavras
Bobservando
grupos, asterminadas
observando
indicações: em I
as indicações:
2. Organize as palavras das cartelas em dois grupos, observando as indicações:
A Palavras
A Palavras
Palavras terminadas
terminadas
terminadas ememem
E EE B Palavras
B terminadas
B Palavras
Palavras em I em
terminadas
terminadas em II
2.A Organize
Organize as
aspalavras das
palavras cartelas
das em
cartelas dois
em grupos,
dois
em E em E B Palavras
observando
grupos, as indicações:
observando as
emindicações:
Palavras
A Palavras
terminadas
terminadas B Palavras
terminadasterminadas
I em I
A Palavras
2. Organize terminadas
as palavras das cartelasem B Palavras
emEdois grupos, observando terminadas em I
as indicações:
A Palavras terminadas em E
inteligente / ele / parede / abacate / enfeite / B Palavras
gibi / terminadas
saci / caqui em I / quati / javali /
/ sagui
A Palavras terminadas em E B Palavras terminadas em I
A Palavras terminadas em E B Palavras terminadas em I
bilhete / sempre / bife / quente / brinde rubi / abacaxi
2. Organize as palavras das cartelas em dois grupos, observando as indicações:
149 150
150
A Palavras terminadas em E B Palavras terminadas em I
150
80 –
150
150

150
150
150
150
S
4. Localize, noUdiagrama, B 1025/11/2019
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp
A
palavrasCPágina 152A com
08:43 terminadas
L O ouHU. A U
C R P J F M Q I B E
4. Localize,
U
E
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 152
noUdiagrama,
S
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp W 10 palavrasVterminadas
A25/11/2019U C08:43 Página X 152 E G
com
L
A
O ouHU.
D O R
Q
4. Localize, no diagrama, 10 palavras terminadas com O ou U.
R B O T U C A T U I
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 151
S U B A C A L H A U
E4. 4.Localize,
S nono
Localize, Adiagrama,
diagrama, C1 O10palavras
X terminadas
palavras G
terminadas A OOououU.
com
com DU. O Q
OC EUR SB P AA J C M F X B M G U Q A JI D BO
T EQ
D
4. Localize,
S no Udiagrama, B 10 A A Cterminadas
palavras A A com LO ouHU. AA UU
a) Pinte a sílaba tônica em todas as palavras do Grupo A. EU S R
UE U DS
W B AS
U CE C
V X G E G R LA L E
D
H H ODO Q O R
C s
CR S R PU P BJ JA F FC M AM QLQ
E A e X G A DI
H I
o BB Q EE
A U
Quanto à tonicidade, o que essas palavras têm em comum?
ER B
Ss O BC
uA T A X U e G CA A
A
L HDT AO U u QI
Em todas essas palavras, a sílaba tônica é a penúltima; todas são U asUU C UW R W PU UJ V VF E ME LQL HI H Bquanto
OO E àRR
a) Organize
O
S U
U
e
palavras RB destacadas,
BU OWA
p A J M F considerando
C UV A BM sua U
Qclassificação
LLA H
1J B T E Dtonicidade.
R U B TU E
C H T OA R U
paroxítonas. PinteRa sílabaB u tônicauOem cada w T uma u U V CE
delas. A
L HT o UU R II
CE RR DB OS E U M GC Q RA EI D I O
O ORUR UBBP B
oA J TAT F
M uM Be B U
T
A U TJ J u TT 1 D
UB ED
O U
B U AS V MEPALAVRAS
B A M
b) Pinte, agora, a sílaba tônica das palavras do Grupo B. PALAVRAS
U EU oPAROXÍTONAS
RuW D EB G Lu ROXÍTONAS
B U J T
JH E T OD D R
D
O
E as R E
DRdestacadas,
D
S S
E E G G suaRclassificação
R
E D O àOtonicidade.
Quanto à tonicidade, o que essas palavras têm em comum?
a) Organize palavras
E R D s considerando
E G R EE DD
quantoo
R B O T U C A T U I
_______________________________
Pintea)aOrganize
sílaba tônica em cada _______________________________
uma delas.
Em todas essas palavras, a sílaba tônica é a última; todas são oxítonas. O a)asOrganize
a) U
Organize
asaspalavras
asBpalavras
palavras
a)_______________________________
Organize palavras
destacadas,
Adestacadas,
destacadas,
destacadas,
considerando
considerando
considerando
considerando sua
sua
sua
classificação
M_______________________________
B sua Uclassificação
J
classificação
classificação
quanto
quanto
quantoà
quanto
à tonicidade.
T à tonicidade.
àDtonicidade.
tonicidade.
Pinte
Pintea asílaba
sílabatônica
tónica em cadauma
em cada uma delas.
delas.
PALAVRAS PintePAROXÍTONAS
PinteEa sílabaRtônica a sílaba
_______________________________
tônica
Dem cada
em cada uma
S uma delas. PALAVRAS
delas. OXÍTONAS
E_______________________________
G R E D O
PALAVRAS PAROXÍTONAS
_______________________________ PALAVRASOXÍTONAS
OXÍTONAS
PAROXÍTONAS_______________________________
PALAVRASPAROXÍTONAS
PALAVRAS PALAVRASOXÍTONAS
PALAVRAS
3. Esta princesa de um reino distante decidiu escrever um e-mail a seu amigo, mas parece PALAVRAS PAROXÍTONAS
_______________________________ PALAVRAS OXÍTONAS
_______________________________
_______________________________
a) Organize _______________________________
as palavras destacadas, considerando sua classificação quanto à tonicidade.
que está com uma dúvida cruel! Veja só! _______________________________ _______________________________
Escuro
_______________________________
_______________________________
_______________________________ Urubu
_______________________________
_______________________________
_______________________________
Pinte _______________________________
a sílaba tônica em cada uma delas._______________________________
Velho
_______________________________
_______________________________ _______________________________
Caju
_______________________________
_______________________________
_______________________________ _______________________________
_______________________________
Convite de aniversário De que maneira o que Segredo
b)_______________________________ pode ajudá-loBotuca
PALAVRAS tu quando usar O ou U no
você descobriu_______________________________
a decidir
OXÍTONAS
PALAVRAS PAROXÍTONAS
_______________________________
_______________________________ _______________________________
_______________________________
Para: [email protected]
final de algumas Querido
_______________________________
palavras?
_______________________________
_______________________________
Bambu
_______________________________
_______________________________
_______________________________
Bacalhau
De: [email protected]
Assunto: Convite de aniversário
Gado
_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________ _______________________________
_______________________________
b) De que _______________________________ usarOOou
ouUUno
b) b) b)
De que Demaneira
De que
que omaneira
maneira
maneira
_______________________________
o que
queoovocê
que
que
você
você
você
descobriu
descobriu pode
descobriu
descobriu
podeajudá-lo
pode
pode
ajudá-loa adecidir
ajudá-lo
ajudá-lo
decidirquando
a decidir quandousar
a decidir
_______________________________ quando usar O
quandousar
no
ou U no
O ou no
_______________________________
final de algumas palavras?
final de algumas palavras? _______________________________
Querido príncipe Diego, final definal de algumas
algumas palavras?
palavras?
_______________________________ _______________________________
b) De que maneira o que você descobriu pode ajudá-lo a decidir quando usar O ou U no
Venho convidá-lo, oficialmente, para meu baile de Professor, auxilie-os
_______________________________ neste importante registro sobre como decidir
_______________________________
final de algumas palavras?
máscaras de aniversário. entre O e U_______________________________
_______________________________ finais. Quando a palavra for paroxítona,
sem acen-
Escolha uma máscara bem elegante, digo, eleganti... to, deve terminar em O; quando for oxítona, sem acento, deve
b) De que maneira o que você descobriu pode ajudá-lo a decidir quando usar O ou U no
terminar em U.
final de algumas palavras?
Enviar A
152

• A partir das observações feitas até aqui, que dica você daria a ela sobre usar E ou I no 152

final de uma palavra? Produção152


de texto

Professor, temos aqui um importante registro. Auxilie-os na elaboração da “regra”. 152gênero anúncio classificado tem como principal característica seu cará-
O
Possíveis respostas: ter persuasivo. Comumente encontrado em jornais, revistas ou sites especiali-
152
Quando a palavra for oxítona, sem acento, deve terminar em I. zados, representa o objetivo referente às pessoas que se propõem a vender,
Quando a palavra for paroxítona, sem acento, deve terminar em E. alugar, trocar um determinado produto ou anunciar algo, além de seções nas
quais se oferecem vagas de serviços e profissionais que se dispõem a prestar
152
um determinado tipo de serviço.
151
É um texto conciso que, de modo geral, organiza-se mediante a seguinte
estrutura básica:
– 81
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 153 C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 154

Título: deve ser chamativo, claro e objetivo. Costuma trazer a ação deseja-
da, por exemplo: vendo, troco, alugo etc.
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 153

Corpo do anúncio: apresenta as características e informações gerais sobre o


produto anunciado, cuidadosamente selecionadas. Traz, ainda, o meio de contato
que viabilizará
Nome: a comunicação
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp entre
25/11/2019 08:43 Página o
153 anunciante e o interessado na negociação.

Professor,
Data: é importante que, antes de propor a atividade aos alunos,
você promova uma discussão sobre o gênero, seus suportes e funcionalida-
Nome: Deu a louca nos contos de de fadas! As personagens
de, destacando o processo argumentação que resol veram vender,
é utilizado pelo enuncia-
alugar, comprar ou trocar alguns de seus pertences. Para isso, pedem sua ajuda
dor comData: a intenção de conquistar a adesão
para publicar um anúncio classificado na página do MERCADO ENFEITIÇADO. do interlocutor. As informações
dadas devem
Veja, atender
inicialmente,
Deu a louca
comoàs se exigências
organiza um anúncio do possível
desse tipo. comprador, assim desta-
cam-se as Nome:nos contos
qualidades do
de fadas! As personagens resolveram vender,
produto.
alugar, comprar ou trocar alguns de seus pertences. Para isso, pedem sua ajuda
para
Em publicar
seguida, um anúncio
Data: apresente classificado na página do
a proposta doMERCADO
CadernoENFEITIÇADO.
do aluno: usar a imagi-
Veja, inicialmente,
nação para criarcomo anúncios se organiza um anúncio desse
classificados tipo.
no universo dos contos de fadas.
Deu a louca nos contos de fadas! As personagens resolveram vender,
Deixe quealugar, escolham
comprar ou trocar alguns de seus pertences. Para isso, pedem sua e
os produtos a serem anunciados auxilie-os no que
ajuda
for necessário. Finalize
para publicar um anúncio a atividade
classificado na pedindo
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 153
que
página do MERCADO todos apresentem
ENFEITIÇADO. os textos
produzidos Veja, inicialmente,
para a turma. como
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp se organiza
25/11/2019 08:43 Página um
153 anúncio desse tipo.
CARRUAGEM ENCANTADA SEMINOVA
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 153 Vende-se uma linda carruagem, pouco utilizada.
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 153
Ótimo estado de conservação. Branca, duas
portas e detalhes banhados a ouro. Acompanha dois
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43
08:43 Página
Página153
153
CARRUAGEM ENCANTADA SEMINOVA
cavalos trajados para bailes reais. Acomoda quatro
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019

pessoas
Vende-se emuma
seu interior, muito confortável.
linda carruagem, Possui
pouco utilizada.
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 153

Nome: Ótimoencantaestado
-mentodeinqueconservação.
brável (mesmoBranca, duas
após a meia-noite).
Nome: Nome: portas e detalhes banhados a ouro. Acompanha dois
Nome: *Obs: entregamos
CARRUAGEM somente nas regiões
Data: cavalos trajados paraENCANTADA SEMINOVA
bailes reais. Acomoda quatro
Data:Data:
Nome:
Nome: Deu a louca pessoas
distantes do Pântano das Madrastas.
nos contos emde seu interior,
fadas! As linda muito
personagens confortável.
resol ve ram vender, Possui
Data:Data: Vende-se uma carruagem, pouco utilizada.
alugar, comprar ou trocar alguns de seus pertences. Para isso, pedem asua ajuda
Deu a louca nos contos para publicar um anúncio classificado na página do MERCADO ENFEITIÇADO.
Nome:
Data: de fadas! As personagens
encanta
Ótimo -mento
estadoinque resol
de brável ve ram Branca,
(mesmo
conservação. vender,
após meia-noite).
duas
Deu aDeu
alugar, louca
a louca nos nos
contoscontos
de fadas! Asde fadas!
personagens As
resolve ram personagens
vender, resol veram vender,
Deu Data: acomprar
a comprar
louca nos oucontos
trocar dealguns
Asfadas!de
Veja, seus
Asisso,
inicialmente,pertences.
personagens
como
*Obs: seajuda
portas Para
organiza umisso,
resol
eentregamos
detalhes veram
anúnciopedem
banhados sua
avender,
desse tipo.
ouro.
somente ajuda
Acompanhanas dois
regiões
alugar,
alugar, comprar
para
Deu
alugar,
paracomprar
publicar
publicar
alugar, comprarumouou
loucaounos
anúncio
ou trocar
contos
trocar
um trocar
trocar
de de
alguns
anúncio
algunsalguns
classificadoalguns
fadas!
seus
na
defadas!
seus de deMERCADO
pertences.
seus
classificado
página do
pertences. seus
personagens
Para resol
pertences.
Para na
isso, pertences.
ve
pedem
página
pedem
ram vender,
sua
Para
sua do
ENFEITIÇADO.
ajuda
cavalos MERCADO
isso,
trajados
Para
pedem
para
isso,
bailes sua
reais.
pedem
ENFEITIÇADO.
ajuda
Acomoda
sua
quatro
ajuda
Deu a louca nos contos de As personagens distantes
resol ve ram vender,do Pântano das Madrastas.
para publicar
para Veja,
para publicar
publicar
Veja,
alugar,
Veja,
um
inicialmente,
inicialmente,
comprar
inicialmente,
anúncio
como
umouanúncio
um anúncio
trocar
como
se
se como
alguns declassificado
organiza
classificado
organiza
um
se
seus
um
anúncio
na página
classificado do
organiza
desse
naMERCADO
pertences.
anúncio
Para
desse umna
tipo.
página
tipo.
para publicar um anúncio classificado na página do MERCADO ENFEITIÇADO.
página
isso, ENFEITIÇADO.
MERCADO
dopessoas
anúncio
pedem do
desse
sua ajuda
em MERCADO
seu ENFEITIÇADO.
tipo.
interior, muito ENFEITIÇADO.
confortável. Possui
Veja,
Veja,inicialmente,
inicialmente,
Veja, inicialmente, como como
como se organiza seumorganiza
se organiza um
anúncio um
tipo. anúncio
anúncio
desse desse-mento
encanta desse
tipo. tipo.
inquebrável (mesmo após a meia-noite).
*Obs: entregamos somente nas regiões
distantes do Pântano das Madrastas.
CARRUAGEM ENCANTADA SEMINOVA
Vende-se uma linda carruagem, pouco utilizada.
CARRUAGEM ENCANTADA SEMINOVA
Ótimo estado de conservação. Branca, duas
Vende-se uma linda carruagem, pouco utilizada. portas e detalhes banhados a ouro. Acompanha dois
CARRUAGEM
Ótimo estado de ENCANTADA conservação. SEMINOVA
Branca, duas
CARRUAGEM ENCANTADA SEMINOVA cavalos trajados para bailes reais. Acomoda quatro
portas e detalhes
Vende-se umabanhados a ouro. Acompanha
linda carruagem, dois
pouco utilizada. pessoas em seu interior, muito confortável. Possui
cavalosVende-se
Ótimo trajados para
estado
umabailes
lindareais.
dedeconservação.
carruagem,
Acomoda
Branca,
pouco
quatro utilizada.
duasduas
Ótimo em estado conservação. Branca, encanta-mento inquebrável (mesmo após a meia-noite).
pessoas
portas seu interior, muito confortável. Possui
portase-mento
encanta edetalhes
detalhes
inque
banhados
banhados
brável
a ouro.
(mesmo a após Acompanha
ouro.a Acompanha doisdois
meia-noite).
*Obs: entregamos somente nas regiões
cavalos
cavalostrajados
pessoas
pessoasem
*Obs:
trajadospara
seuseu
para
interior,
entregamos
em
CARRUAGEM
bailes
interior,muito
ENCANTADA
reais.
CARRUAGEM
bailes
distantes doSEMINOVA
Acomoda
ENCANTADA
reais. Acomoda
confortável.
somente
muito
quatro
SEMINOVA
quatro
Pântano das
nasPossui
confortável. regiões
Possui Madrastas.
Vende-se umaVende-se
distantes
encanta -mento
encanta doinque
-mento Pântano
inquelindaVende-se
brável
brável carruagem,
das
(mesmo Madrastas.
(mesmo após
uma linda pouco
a meia-noite).
após utilizada.
a meia-noite).
umacarruagem,
linda Ótimo
pouco utilizada.
carruagem, pouco estado
utilizada.
de conservação.
*Obs:
*Obs: entregamos
entregamos
Ótimo
distantesdodoPântano
distantes Pântano
somente
somente
dasdas
estado
Ótimo CARRUAGEM
Branca, duas
nasnasregiões
deregiões portasENCANTADA
conservação. e detalhes
Branca, duas banhados
Madrastas.estado de conservação. Branca, duas
Madrastas.
SEMINOVA
a
ouro. Acompanha dois cavalos
portas e detalhes banhadostrajados para bailes
a ouro. Acompanha doisreais. Aco-
moda quatro portas e em
pessoas detalhes
seu
Vende-se banhados
interior,
uma a ouro.confortável.
muito
linda Acompanha dois
carruagem, Possui
pouco utilizada.
cavalos trajados para bailes reais. Acomoda quatro
encanta -mento inque
pessoas cavalos
emÓtimo brável
seu trajados (mesmo
para
estado
interior, muito bailes
de após
reais. a Possui
meia-noite).
Acomoda
conservação.
confortável. quatro
Branca, duas
*Obs: entregamos pessoas
somenteem seu interior, muito confortável. Possui
encanta-mento portas e nas
inquebrável regiões
(mesmo
detalhes apósdistantes ado
a meia-noite).
banhados Pântano
ouro. das
Acompanha dois
Madrastas. encanta-mento inquebrável (mesmo após a meia-noite).
cavalos trajados
*Obs: entregamos para bailes
somente nas reais. Acomoda quatro
regiões
distantes *Obs: entregamos
do Pântano
pessoas em seu somente
dasinterior,
Madrastas. muitonas regiões Possui
confortável.
Observe que, num texto curto, o vendedor distantes
encantatentado convencer
Pântano
-mento inquedas
brável o comprador
Madrastas.
(mesmo a aceitar
após a meia-noite).
sua proposta. Para que isso ocorra, muitos detalhes enaltecendo o produto fazem
parte do texto. Agora, chegou a sua vez de tentar vender um produto encantado. *Obs: entregamos somente nas regiões
distantes do Pântano das Madrastas.
ObserveCapriche
que,que,
Observe num notexto
num texto
desenho,
curto, curto,
na vendedor
o vendedor o
descrição etenta
tenta convencer o comprador
Observe que, num
no valor convencer
a aceitar
texto curto,
atribuído à mercadoria.
o comprador a aceitar
fazemo vendedor tenta convencer o comprador a aceitar
sua proposta.
parte Para
do texto. que
que, Agora,
isso
chegou a suaocorra,
sua proposta. Para que isso ocorra, muitos detalhes
vez de tentar muitos
sua
enaltecendo
proposta.
vender detalhes
o produto
Para que
um produto isso enaltecendo
ocorra,
encantado. muitos detalhes o produto
enaltecendo fazem
o produto fazem
Observe
parte do sua
texto.
proposta.
num texto
Agora,
Capriche no que
Para desenho,
curto,
chegou
isso
o vendedor
na descrição
ocorra,
tenta
parte
ae detalhes
muitos sua
no
convencer
do
valor vez
texto. o comprador
Agora,
deà no
atribuído
enaltecendo tentarchegou
mercadoria.
aaaceitar
sua
vender
o produto fazem
vez de tentar vender um produto
um produto encantado. encantado. 153 154
Observe
parte que,
do texto. num texto
Agora, curto,
chegou o vendedor
a sua tenta convencer
vez de tentar umo produto
Capriche
vender comprador
desenho, a na
aceitar
descrição e no valor atribuído à mercadoria.
encantado.
sua proposta. Para que isso ocorra, muitos detalhes enaltecendo o produto fazem 153
CapricheObserve
parte nono
Capriche
do texto. desenho,
que, numa sua nadecurto,
texto
desenho, na descrição
Agora, chegou vez edescrição
um e
o vendedor
no valor atribuído
tentar vender àno
produto valorconvencer
tenta
mercadoria.
encantado. atribuídoo àcomprador mercadoria. a aceitar153
sua Capriche
proposta. Para que isso ocorra, muitos detalhes enaltecendo
no desenho, na descrição e no valor atribuído à mercadoria. 153 o produto fazem
parte do texto. Agora, chegou a sua vez de tentar vender 153 um produto encantado. 153
82 –
Capriche no desenho, na descrição e no valor atribuído à mercadoria.

153

Observe que, num texto curto, o vendedor tenta convencer o comprador a aceitar
sua proposta. Para que isso ocorra, muitos detalhes enaltecendo o produto fazem
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:43 Página 155

Data ___ / ___ / ___

Hora do texto

QUEM FOI HANS CHRISTIAN ANDERSEN?

Figura 5
Andersen (1805 – 1875) nasceu na cidade de
Odense, na Dinamarca, numa família muito pobre: seu
pai era sapateiro e a mãe, lavadeira. As dificuldades eram
tantas que precisou abandonar a escola ainda criança e
chegou a morar com a família num único quarto.
O menino cresceu, tornou-se um jovem dedicado e
trabalhador e, com o tempo, conseguiu concluir seus
estudos. A infância pobre inspirou a criação de muitas de
suas personagens: o patinho feio, a pequena sereia, o
Peça que os alunos façam um levantamento das obras infantis de Hans

Figura 6
valente soldadinho de chumbo, a vendedora de fósforos
e outras. Christian Andersen. Sugira a pesquisa na biblioteca e em sites especia-
Você já sabe que muitas das histórias de Perrault e lizados. Para auxiliar seu trabalho, apresentamos uma relação de alguns
dos irmãos Grimm foram recolhidas na tradição oral. desses títulos, a seguir.
Com Andersen foi diferente: ele criou muitos contos,
mais de 150! Adorava contar histórias para crianças e O Patinho Feio O Valente Soldadinho de Chumbo
costumava embelezar suas narrações com desenhos e,
sobretudo, com recortes. Nisso, era um verdadeiro artista. A Pequena Sereia A Pequena Vendedora de Fósforos
No museu de Odense, sua cidade natal, podem-se
admirar muitos desses desenhos e recortes magníficos. A Roupa Nova do Imperador Polegarzinha

Será que você adivinha que O Rouxinol A Princesa e a Ervilha


história este recorte ilustra?
História ilustrada pelo recorte: O Sargento Verde O Pinheirinho de Natal
O Patinho Feio.
A Caixa Mágica Os Cisnes Selvagens

O Tratador de Porcos A Arca Voadora

Professor, conte aos alunos que Andersen adorava contar histórias para
crianças e costumava embelezar suas narrações com desenhos e, sobretudo,
155
com recortes. Nisso, era um verdadeiro artista. No museu de Odense, sua ci-
dade natal, podem-se admirar muitos desses desenhos e recortes magníficos.
– 83
Veja algumas de suas criações.
Hans Christian Andersen (1805-1875)
Hans Christian Andersen era filho de um sapateiro e
sua família morava num único quarto. Mesmo com essas
dificuldades, ele aprendeu a ler desde muito cedo e ado-
rava ouvir histórias.
Apesar de ter escrito romances adultos, livros de poesia e
relatos de viagens, foram os Contos infantis que tornaram
Hans Christian Andersen famoso. Até então, eram raros
livros voltados especificamente para crianças.
Em suas histórias Andersen buscava sempre passar padrões de comporta-
mento que deveriam ser adotados pela sociedade, mostrando inclusive os
confrontos entre poderosos e desprotegidos, fortes e fracos. Ele buscava de-
monstrar que todos os homens deveriam ter direitos iguais.
Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de “Contos” para crianças.
E continuou escrevendo contos infantis até 1872, chegando à marca de 156
histórias. No final de 1872, ficou muito doente e permaneceu com a saúde
abalada até 4 de agosto de 1875, quando faleceu, em Copenhague.
Entre os títulos mais divulgados da obra de Andersen encontram-se: O pati-
nho feio, O soldadinho de chumbo, A roupa nova do Imperador, A pequena
sereia e A Menina dos Fósforos. São textos que fazem parte do imaginário da
maioria das crianças do mundo desde sua publicação até a atualidade, tendo
sido adaptados para o cinema, o teatro, a televisão, o desenho animado etc.

Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/hans-christian-andersen.jhtm>.

Hora do texto
A roupa nova do rei, de Willian J. Bennett
Professor, propomos aqui uma estratégia diferenciada de leitura: apresen-
tamos o texto com a omissão de alguns trechos da narrativa para que as crian-
ças sejam desafiadas a completá-lo adequadamente. Essa não é uma tarefa
fácil: o texto narrativo, de modo geral, apresenta uma relação lógica e temporal
Providencie papel colorido, entregue-o aos alunos e solicite que ilustrem no desenrolar da trama; há uma relação de anterioridade e posterioridade bem
sua história de Andersen preferida, por meio de um recorte. Para finalizar, expo- marcada. Essa “arrumação” do texto exige uma busca de relações internas na
nha os trabalhos produzidos no painel da sala. narrativa bem interessante; nossa intenção é que percebam a importância da
presença desses dados no texto para o leitor (posição que ocupam no momento)
Hora do texto e que fiquem mais atentos a isso quando escreverem seus próprios textos (não
Biografia de Hans Christian Andersen “lacunar” o texto, omitindo informações importantes ao leitor).
Faça a leitura da biografia Hans Christian Andersen, realizando pausas Proponha, inicialmente, a leitura silenciosa da história, imaginando quais
para que os alunos possam comentar suas impressões a partir das informações informações poderiam estar contidas nos quadros em branco. Em seguida, peça
obtidas no texto sobre a vida do autor. que destaquem a página do encarte que contém as tiras que completam o texto.
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Leia, então, o texto em voz alta e, a cada quadro, deixe que digam qual trecho
deve ser ali inserido. Nesse momento, questione a razão da escolha, provocando
o olhar das crianças para a relação lógica entre os fatos narrados anteriormente. “Céus!” pensou. “Será que eu sou tão tolo? Ninguém pode saber disso. Sou incompetente?
Concluída a leitura, peça que façam as questões propostas. A seguir, a Não posso dizer que não vejo o tecido!”
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versão integral do texto.
– O senhor não fala nada? – perguntou um, fingindo continuar o trabalho.
– Ah, é muito bonito e faz muita vista – falou o ministro, ajeitando os óculos.
Hora do texto Data ___ / ___ / ___
– Que desenho e cores delicadas! Vou dizer ao rei que adorei o tecido.
Diversas personagens das histórias de Andersen sofrem muito para
superar as dificuldades. Mas a história que você vai ler agora é um pouco diferente.
– Estamos muito contentes – disseram os tecelões, falando sobre as cores e explicando o padrão.
Um rei pra lá de vaidoso, dois trapaceiros e uma criança que...
bem, vamos ao texto! O primeiro-ministro prestava muita atenção para poder repetir tudo para o rei.
Temos uma novidade: desta vez, você vai ‘montar’ a história. Recorte as tiras de texto Os malandros pediram mais dinheiro, mais seda e mais ouro para continuar o trabalho. Meteram
do encarte e encaixe-as nestas páginas, observando a sequência dos acontecimentos. tudo no bolso e continuaram a fingir que teciam nos teares vazios.

. O rei mandou, logo depois, outro funcionário honesto para ver como andava o trabalho e se o
A Roupa Nova Do Rei tecido já ia ficar pronto. Repetiu-se o caso do primeiro-ministro: o homem olhou, voltou a olhar e
só conseguia ver os teares vazios.
Há muito tempo, havia um rei que gostava muito de roupas novas e – Não é um pano belíssimo? – perguntaram os tecelões, apontando para um tear e explicando
gastava assim todo o dinheiro. Não ligava para exércitos, teatros ou passeios,
cores e desenhos inexistentes.
a menos que fosse para mostrar roupas novas. Tinha um traje para cada hora
do dia. Se de qualquer rei se diz: “Ele está na sala do Conselho”, deste se
“Eu não sou burro”, pensou o homem, “então, devo ser incompetente. Tudo isso é muito
dizia: “Ele está no quarto de vestir”.
estranho, mas não posso deixar ninguém perceber”. Então, ele elogiou o tecido que não via
O reino era alegre e sempre recebia muitos estrangeiros. Entre eles, vieram, um dia, dois trapaceiros e garantiu aos tecelões que gostava muito das cores e do padrão.
fingindo ser tecelões. Disseram que sabiam tecer panos maravilhosos, com cores e padrões belíssimos.
Além de tudo, as roupas feitas com esses tecidos tinham a propriedade de se tornarem invisíveis para
as pessoas burras ou incompetentes. – É muito bonito – falou depois para o rei.
Todo mundo falava do tecido esplêndido. O rei quis ver
“Que roupas fantásticas”, pensou o rei. “Quando eu usar, vou saber quem não serve para seu pessoalmente, enquanto o pano ainda estava no tear. Com um
cargo no meu reino. Vou poder distinguir o sábio do tolo. Vou pedir um tecido desses imediatamente”. grupo cuidadosamente escolhido, do qual faziam parte dois
E ele deu um bom dinheiro adiantado aos trapaceiros. Eles pegaram dois teares e fingiam funcionários que já haviam estado lá, ele foi visitar os impostores
trabalhar com fios invisíveis. Pediram sedas finas e puro ouro, que puseram na sacola enquanto
que fingiam trabalhar duro.
trabalhavam até tarde nos teares vazios.
– Não é magnífico? – perguntaram os funcionários. – Repare
Vossa Majestade nos padrões e nas cores.
“Eu gostaria de saber se o trabalho está adiantado”, imaginou o rei. Mas ficou preocupado quando pensou que
os tolos ou os incompetentes não veriam o pano. Ele acreditava que não tinha nada a temer, mas achou melhor E apontavam para os teares, achando que os outros viam o
mandar alguém ver como ia o trabalho. Todo mundo já sabia da estranha propriedade do tecido e só queria ver que eles não enxergavam.
quem era e quem não era burro.
“Mas eu não estou vendo nada”, pensou o rei. “Isso é terrível! Será que sou tolo? Ou não sirvo
“Vou mandar meu fiel primeiro-ministro visitar os tecelões”, pensou o rei. “É ele quem pode para ser rei? Era só o que faltava!”
julgar o assunto, por ser inteligente e capaz.” – É mesmo muito bonito! – disse alto o rei. – Eu aprovo inteiramente.
O velho ministro entrou na sala onde os trapaceiros trabalhavam nos teares vazios. “Céus!” E olhando para o tear vazio, balançava a cabeça afirmativamente para não se trair.
espantou-se. “Eu não estou vendo nada!” Mas tomou cuidado para não falar alto. O grupo todo, embora não enxergando nada, elogiava também:
Os malandros pediram que ele chegasse perto e dissesse o que achava do padrão e das cores. – Muito, muito bonito!
Apontavam para os teares vazios e o pobre homem arregalava os olhos sem ver nada, pois não
E sugeriam que o rei usasse a roupa nova na procissão que ia haver.
havia nada para ver.
– Esplêndido! Maravilhoso! Fantástico! – era o que se ouvia por toda parte.
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Troca de ideias
Proponha a questão sugerida no Caderno do aluno – e outras que julgar
O rei sagrou os dois impostores cavaleiros da Ordem Imperial dos Tecelões.
convenientes durante a atividade –, garantindo a participação de todos nesse
Na véspera do dia da procissão, os trapaceiros passaram a noite em claro, gastando dezesseis importante momento de intercâmbio oral.
velas, de modo que todos vissem que eles estavam ansiosos por terminar a roupa nova do
rei. Fingiram tirar o pano do tear, cortaram no ar com tesouras enormes, costuraram com Troca de ideias Data ___ / ___ / ___
agulhas sem linha e disseram:
1. Veja só! Foi preciso que uma criança revelasse a verdade à multidão!
– As roupas estão prontas. Parece que essa história traz, em si, um ensinamento. Troque ideias
O rei chegou acompanhado dos cavaleiros mais importantes. Os dois malandros fingiam segurar
com a turma sobre a ‘moral’ desse conto.
as roupas:
– As calças estão aqui. Eis o casaco. E aqui o manto. É tudo tão leve como uma teia de aranha. Diálogo com o texto
Parece que não se está usando nada, por isso é tão bonito.
1. Essa história traz muitas personagens interessantes, não é mesmo? Para você, qual
– É mesmo – diziam os cavaleiros, que não viam nada porque não havia nada para ver.
– Vossa Majestade pode se despir para que possamos colocar a nova, aqui no espelho.
delas é a principal? “Apresente” sua escolha para a turma.
O rei tirou a roupa e os trapaceiros fingiam vestir nele cada peça do traje novo. Faziam de conta
que amarravam um cinto e apertavam aqui e ali. E o rei virava diante do espelho. Resposta pessoal.
– Como o rei está bem com a roupa nova! – exclamavam os cavaleiros. – É um traje esplêndido!
– O pálio que vai cobrir o rei na procissão já está lá fora – disse o mestre de cerimônias.
– Eu estou pronto – respondeu o rei – A roupa não está ótima? 2. Mesmo vendo que o tear estava vazio, por que o rei insistia em elogiar e mostrar-se
E dava voltas diante do espelho como se admirasse o traje. maravilhado com o “tecido” feito pelos tecelões?
Os pajens, que deveriam segurar o manto, se inclinaram e pegaram alguma coisa invisível. Eles
O rei insistia em elogiar o tecido para não demonstrar aos súditos que era incompetente
não podiam demonstrar que não estavam vendo nada.
O rei seguiu a procissão, debaixo do pálio. E todo mundo dizia: e não servia para ser rei. Além disso, viu uma oportunidade de “testar” a capacidade de
– Como é linda a roupa nova do rei! Como é elegante! Que manto esplêndido! seus ministros e funcionários.
Todo mundo fingia para não ser considerado incompetente ou burro. Nunca uma roupa do rei
tinha feito tanto sucesso. • Por que os funcionários do rei não denunciaram a farsa?
Os funcionários não denunciaram a farsa porque não queriam que o rei pensasse que eles
– Mas o rei está nu! – disse uma criança.
eram tolos ou incompetentes para o cargo que ocupavam.
– Falou a voz da inocência – disse o pai dela.
E um cochichou para outro o que a criança tinha dito. 3. Escreva ou desenhe aquele que, para você, é o clímax da história, isto é, o momento
mais empolgante da narrativa.
– O rei está nu. A criança disse que ele está nu.
– O rei está nu – gritou o povo todo.
O rei ficou estatelado porque sentia que o povo falava a verdade. Mas
pensou: “Tenho que enfrentar isso e seguir com a procissão até o fim.”
O rei levantou a cabeça e os pajens continuaram a segurar o manto Resposta pessoal.
que não existia. Deixe que socializem a resposta dada.
O livro das virtudes, Willian J. Bennett, Nova Fronteira.

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Professor, para este “Circuito das palavras” propomos o uso de dicionários Encaminhamento da atividade
digitais para que os alunos se habituem ao uso dessas plataformas. Caso não 1. Destacamos do texto as palavras apresentadas abaixo. Escreva-as aleato-
tenha essa ferramenta disponível, providencie dicionários impressos. riamente na lousa.

4. Prepare-se para participar do “Circuito das palavras”, atividade que o PÁLIO SAGROU DISTINGUIR
professor vai propor para a turma! Você verá como podemos desvendar o TEARES ESTATELADO IMPOSTORES
significado de verbetes menos conhecidos. A tabela abaixo representa como
costumam ser organizados os dicionários e os buscadores digitais. PROCISSÃO INCOMPETENTE TECELÕES
2. Peça que os alunos organizem, oralmente, as palavras em ordem alfabéti-
AR
ca, e faça esse registro coletivo na lousa. Nesse momento, interaja com a
ARREGALAR: abrir muito, esbugalhar, turma, solicitando que compartilhem o que já sabem a respeito da função
DISTINGUIR: diferenciar. e organização de um dicionário. Como exemplo, citamos: os verbetes são
exagerar a abertura dos olhos.
organizados em ordem alfabética, há indicação da classe gramatical a que
pertencem, apresenta os diversos significados que a palavra pode assumir,
os verbos são apresentados no infinitivo, substantivos e adjetivos estão no
singular e no masculino, alguns dicionários apresentam aplicação do verbe-
ESTATELADO: imóvel, atônito IMPOSTOR: aquele que finge, que engana. te em uma frase, divisão silábica etc.
3. Em seguida, peça que copiem as palavras, em ordem alfabética, no Ca-
derno do aluno. Incentive-os a deduzir o significado de cada uma delas
pelo contexto (lembre-se de pedir que as localizem no texto). Em seguida,
podem consultar o dicionário a fim de obter a confirmação desejada. É im-
portante que recolham do dicionário apenas o significado que se aplica à
palavra no texto.
INCOMPETENTE: que não tem competência, PÁLIO: capa, manto grande.
conhecimento. 4. Para finalizar a atividade, divida a turma em duas equipes. Um aluno da
equipe A desafiará um aluno da equipe B a aplicar a palavra que ele esco-
lher em uma frase. Por exemplo:

PROCISSÃO: cortejo, espécie de desfile real. SAGRAR: conferir um título a alguém. FAÇA UMA FRASE “O REI DESMAIOU
COM A PALAVRA DURANTE A
PROCISSÃO. PROCISSÃO”.

TEAR: aparelho para tecer, para costurar. TECELÃO: aquele que trabalha tecendo fios.

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Em seguida, um aluno da equipe B escolherá um aluno da equipe A e nas pegadas de Yeh-hsien encontram sua salvação na forma de doadores má-
procederá da mesma forma. Para enriquecer a atividade, permita que, além gicos. Na “Aschenputtel” dos Grimm, uma árvore derrama sobre Cinderela uma
das palavras que fizeram parte do exercício, outras palavras do texto tam- profusão de presentes; na “Cendrillon” de Perrault, uma fada madrinha lhe pro-
bém possam ser escolhidas.
porciona uma carruagem, lacaios e lindas roupas; na escocesa “Rashin Coatie”,
5. A equipe que somar mais pontos ao final da partida será a vencedora.
um bezerrinho vermelho gera um vestido.
Hora do texto O apelo duradouro de Cinderela provém não só da trajetória dos trapos
Comparação das versões de Perrault e dos irmãos Grimm para o conto ao luxo da heroína, do conto, mas também do modo como a história se co-
clássico Cinderela. necta com conflitos de família clássicos que vão desde a rivalidade entre
O conto Cinderela foi escolhido para esta atividade por constituir-se irmãos a ciúmes sexuais.
numa narrativa de referência entre os clássicos infantis. Sua história, cheia O pai de Cinderela pode não ter grande participação nesta história, mas o
de encantos e reviravoltas, já recebeu inúmeras adaptações pelo mundo
papel da mãe (substituta) e o das irmãs (de criação) assumem grande relevo.
afora. Socialize essa informação apresentando aos alunos as obras retrata-
das no Caderno do aluno. Se a mãe biológica de Cinderela está morta, seu espírito reaparece como o do-
Para ampliar seu conhecimento sobre a obra, leia o texto a seguir. ador mágico que dá à heroína os presentes de que ela precisa para fazer uma
aparição esplêndida no baile. Com a mãe boa morta, o controle passa à mãe
Cinderela ou Sapatinho de vidro8
má – viva e ativa – que boicota Cinderela de todas as maneiras possíveis, em-
Yeh-hsien, Cendrillon, Cinderella, Ashenputtel, Rashin Coatie, Mossy bora não consiga impedir seu triunfo final. Nessa cisão da mãe em dois opostos
Coat, Kattie Woodencloack, Cenerentola: estas são apenas algumas das polares, psicólogos viram um mecanismo para ajudar as crianças a elaborar os
primas folclóricas de Cinderela [ou Gata Borralheira]. Se ela foi reinventa- conflitos criados quando começam a amadurecer e se desligar de seus primei-
da por praticamente todas as culturas conhecidas, também sua história tem ros guardiões. A imagem da mãe boa é preservada em toda a sua glória, ainda
sido perpetuamente reescrita. Uma secretária de futuro, com Melanie Griffith, que sentimentos de desamparo e ressentimento ganhem expressão através da
Uma linda mulher, com Julia Roberts, e Para sempre Cinderela, com Drew figura da madrasta exploradora e perversa.
Barrymore: esses filmes são uma prova extraordinária de que continuamos Os contos de fadas atribuem alto valor às aparências, e a beleza de Cin-
a reciclar a história para controlar nossas angústias ou conflitos culturais li- derela, bem como seu magnífico traje, a distinguem como a mais linda do rei-
gados à corte e ao casamento. Poucos contos de fadas gozaram de tão rica no. Através de trabalho árduo e boa aparência, Cinderela ascende na escada
sobrevivência literária, cinematográfica e musical quanto Cinderela. social do sucesso. Se, em suas versões mais antigas, a história não captura a
A primeira Cinderela que conhecemos chamava-se Yeh-hsien, e sua histó- dinâmica da corte e do romance no mundo de hoje, ela permanece uma fonte
ria foi registrada por Tuan Ch'engshih por volta de 850 d.C. Yeh-hsien usa um de fascinação em sua documentação de fantasias acerca do amor e do casa-
vestido feito de plumas de martim-pescador e minúsculos sapatos de ouro. Ela mento num tempo passado. A versão de Perrault de 1697, em seus Contos
triunfa sobre sua madrasta e a filha desta, que são mortas a pedradas. Como da Mamãe Gansa, está entre as primeiras elaborações literárias completas
as Cinderelas ocidentais, Yeh-hsien é uma criatura humilde, que faz os serviços da história. Foi seguida pela versão mais violenta registrada em 1812 pelos
domésticos e sofre tratamento humilhante nas mãos da madrasta e da filha des- irmãos Grimm. Estes se deleitaram descrevendo o sangue nos sapatos das
ta. Sua salvação aparece na forma de um peixe de três metros de comprimento filhas da madrasta, que tentam cortar fora pedaços de seus calcanhares para
que a cumula de ouro, pérolas, vestidos e comida. As Cinderelas que seguem que o sapatinho Ihes sirva. A versão alemã também nos dá uma Cinderela
menos compassiva, que não perdoa as filhas da madrasta mas as convida
8Por muitos anos, estudiosos debateram se o sapato era feito de vair (uma palavra obsoleta
para “pele”) ou verre (vidro). Hoje, os folcloristas rejeitam a ideia de que o chinelo era feito de para seu casamento, quando pombos lhes bicam os olhos.
pele e endossam a noção de que ele encerra um poder mágico e é feito de vidro. De Charles
Perrault: “Cendrillon ou Ia petite pantoufle de verre”, em Histoires ou Contes du temps passé, des TATAR, M. Contos de fadas. Edição comentada e ilustrada. Jorge Zahar Editora
moralités (Paris: Barbin, 1697).
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Nesta atividade, propomos que os alunos comparem as duas versões


mais conhecidas da história de Cinderela: a de Charles Perrault e a dos irmãos
Hora do texto Data ___ / ___ / ___ Grimm. Para tanto, propomos um confronto inicial entre trechos equivalentes da
história, para que as crianças, com sua mediação, professor, reúnam os primei-
Você sabia que, em diferentes épocas, lugares e culturas foram escritas
ros elementos de base para que realizem a comparação sugerida.
várias versões da história de Cinderela? Ela já perdeu seu sapatinho na
China, na Grécia, no Caribe, na Espanha, na África e até nas Filipinas!
Veja que encantadoras são as mais variadas representações dessa famosa princesa!
Charles Perrault Irmãos Grimm

A esposa de um homem
Um cavalheiro fica viúvo e
rico, à beira da morte, pede
se casa pela segunda vez com
que sua única filha nunca
uma mulher terrivelmente
deixe de ser uma boa
cruel. Essa mulher tinha duas
menina. Tempos depois, seu

Figura 8
filhas com o mesmo tempera-

Figura 7
pai casou-se novamente
mento que ela. Mas o marido
com uma mulher de mau
tinha uma filha de bondade
coração, que tinha duas
e doçura inigualáveis.
filhas tão más quanto ela.

Para ir aos bailes do rei,


Cinderela recebe a ajuda de
sua fada madrinha. Para ir aos bailes do rei,
ela recebe a ajuda de um
pássaro branco e de
sua mãe, transformada
em árvore.

Ao sair apressadamente do
baile, Cinderela deixa cair seu Ao sair apressadamente
sapatinho de cristal. do baile, o sapatinho de puro
ouro de Cinderela fica grudado
na escada (o príncipe havia
untado os degraus com piche
porque não queria deixá-la
escapar novamente).
O príncipe quer encontrar
a dona do sapatinho. Então,
no “teste do pé”, as duas
Dizem que a versão mais antiga é a grega; nela, uma águia rouba sua sandália e a
filhas da madrasta não
deixa no colo do rei, que logo quer saber quem é a dona daquele calçado. Em cada uma obtêm sucesso e ficam
No “teste do pé”, as filhas
espantadas quando desco-
dessas versões percebemos semelhanças e diferenças. Mas quem imortalizou esse lindo da madrasta chegam a
brem que o sapato é de
cortar o dedo do pé e o
conto de fadas foram os irmãos Grimm e Charles Perrault. Compare detalhes das duas Cinderela.
calcanhar para fazer com
que o sapatinho servisse...
versões da história, a seguir.
mas ele só serviu mesmo no
161 162 pezinho de Cinderela.

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Produção de texto
Dando prosseguimento à comparação entre as versões de Perrault e
dos irmãos Grimm para a história de Cinderela, leia para a turma os finais
distintos dos autores.
Ilustração de Carl Offterdinger

[Cinderela] Foi levada para junto do príncipe,


também vestido de gala. Ele a achou mais bela
do que nunca.
Poucos dias depois, desposou-a. O professor lerá o final da história de Cinderela criado por Perrault
Cinderela, sempre tão generosa como bela, e pelos irmãos Grimm.
trouxe as irmãs para morar no palácio. Na- No entanto, a mais nova versão dessa história será criada
quele dia mesmo, casou-as com dois grandes
por você e sua turma.
Senhores da Corte.
A novidade é que ela será feita oralmente.
Contos de Perrault, Fernanda Lopes de Almeida, Ática. Isso mesmo!
Será uma “áudio história”!
Quando o casamento de Cinderela
Fiquem atentos às orientações do professor e divirtam-se!
com o príncipe se realizou, as falsas irmãs
vieram à festa. A mais velha ficou à direita
do altar, e a mais nova, à esquerda.
Subitamente, sem que ninguém pu-
desse impedir, a pomba pousada no om-
bro direito da noiva voou para cima da
irmã mais velha e furou-lhe os olhos. A
pomba do ombro esquerdo fez o mesmo
com a mais nova, e ambas ficaram cegas
para o resto de suas vidas.

Contos de Grimm, Maria Heloisa Penteado, Ática


Deixe que os alunos exponham livremente as razões que os levaram a es-
colher uma ou outra versão da história como a melhor delas, justificando a prefe-
rência. Sugerimos que amplie a análise proposta estendendo a comparação das
versões dos irmãos Grimm e Perrault à clássica versão dos estúdios Disney.
Finalize a atividade, organizando a gravação individual – ou em pequenos gru-
pos – de um áudio, no qual os alunos contarão uma versão própria da história,
assim como tantos autores ainda o fazem. É importante que eles se preparem pre-
viamente para esse momento e que procurem recriar, na oralidade, o eixo central
da narrativa, que reproduzam o tom de voz indicado para expressar a emoção das
personagens, lembrem-se de apresentar o título da história, citar o próprio nome
como “adaptação de...” etc.
Professor, apresentamos, a seguir, as duas versões originais completas para
ampliação de seu repertório literário. Se desejar, faça a leitura desses textos para 163
as crianças nos momentos em que julgar mais adequado, fomentando as possibili-
dades de comparação entre as duas versões.
90 –
Versão de Charles Perrault Mandaram buscar a cabeleireira, que armou as fileiras de cachos, com-
Ilustração de Carl Offterdinger
praram pintas de veludo preto, a fim de embelezar os rostos, e chamaram
A Gata Borralheira Cinderela para lhe pedir opiniões, porque tinha reconhecido bom gosto. Ela
(Cinderela) as deu de boa vontade.
Enquanto as penteava, as irmãs perguntaram:
Era uma vez um cavalheiro que se casou, em
– Cinderela, tu gostarias de ir ao baile também?
segundas núpcias, com uma mulher terrivelmente – Pobre de mim, senhoritas, estão caçoando. Aquilo não é lugar para
arrogante e orgulhosa. alguém como eu.
Essa mulher tinha duas filhas com o mesmo – Tens razão, as pessoas ririam se vissem uma gata, saída do borralho,
temperamento que ela. dançando no baile.
O marido, por sua vez, tinha também uma Qualquer outra teria feito os penteados tortos, mas Cinderela tinha tão
filha, jovem de doçura e bondade inigualáveis. bom caráter, que as penteou perfeitamente.
Herdara isso de sua mãe, que era a melhor Elas ficaram perto de dois dias sem comer, a tal ponto estavam loucas
pessoa do mundo. de alegria. Arrebentaram mais de doze espartilhos, de tanto apertá-los para
Assim que se fez o casamento, a madrasta tornar a cintura mais fina. Passavam o dia diante do espelho.
mostrou o seu mau gênio: não podia aguentar as boas qualidades daquela Enfim, o momento feliz chegou e partiram.
jovem, que tornavam os defeitos de suas filhas ainda mais detestáveis. Cinderela seguiu-as com os olhos o mais longamente que pôde. Assim
Encarregou-a das mais pesadas ocupações: era ela quem lavava a louça que as perdeu de vista, começou a chorar.
e as escadas, quem limpava o quarto de Madame e o das Senhoritas. Sua madrinha, que a viu em prantos, perguntou-lhe o que tinha.
Dormia no sótão, sobre um colchão duro, enquanto suas irmãs tinham – Eu queria tanto... eu queria tanto...
quartos atapetados, com leitos elegantes e grandes espelhos. A pobre moça Chorava a ponto de não conseguir falar. A madrinha, que era Fada, disse-lhe:
sofria tudo calada. E não ousava queixar-se ao pai, que ralharia com ela, pois – Tu querias tanto ir ao baile, não é?
sua mulher o governava inteiramente. – É verdade – respondeu Cinderela, soluçando.
Quando acabava o trabalho do dia, a jovem se deixava ficar em meio às – Pois bem, eu te farei ir – prometeu a madrinha. – Vai ao jardim e
cinzas do borralho, no canto do fogão, o que fazia com que, em casa, a chamas- traze-me uma abóbora.
sem de Gata Borralheira, ou também Cinderela, que quer dizer “Das Cinzas”. Cinderela foi imediatamente colher a mais bonita que pôde encontrar e
Entretanto, com suas pobres roupas, Cinderela era cem vezes mais for- levou-a à madrinha. Não conseguia imaginar como essa abóbora poderia fazê-
mosa que suas irmãs, com seus magníficos vestidos. -la ir ao baile.
Acontece que o filho do Rei promoveu um baile e convidou todas as A madrinha tirou toda a polpa até ficar só a casca, bateu nela com a
pessoas importantes. Nossas duas senhoritas também foram convidadas, varinha de condão e a abóbora transformou-se imediatamente numa bela
porque costumavam frequentar as altas-rodas. carruagem dourada.
Ei-las bem contentes e ocupadas em escolher as roupas e os touca- Em seguida a Fada foi olhar a ratoeira, onde encontrou seis camundon-
dos que lhes assentassem melhor. Novas tarefas para Cinderela, que era gos vivos. Disse a Cinderela para levantar um pouco o alçapão. A cada ca-
quem engomava a roupa branca das irmãs e passava as pregas de seus mundongo que saía, dava um pequeno golpe com a varinha e o camundongo
punhos de renda. virava um belo cavalo. Surgiram assim três magníficas parelhas de cavalos
Não se falava senão de toaletes. cinzentos.
– Eu usarei meu vestido de veludo vermelho e minha guarnição de ren- Como a madrinha estivesse em dificuldade para saber de que faria um
das da Inglaterra – dizia a mais velha. cocheiro, Cinderela sugeriu:
– Eu não terei senão o vestido de sair que uso sempre, mas usarei o – Vou ver se há alguma ratazana na armadilha. Com ela faremos o cocheiro.
manto bordado a flores de ouro e o broche de diamantes, que não é dos pio- – Tens razão, vai ver – disse a madrinha.
res – dizia a mais moça. Cinderela trouxe-lhe a armadilha, onde havia três gordas ratazanas.
– 91
A Fada escolheu uma que tinha avantajadas barbas e, tendo-a tocado, – Há muito tempo não vejo criatura tão deslumbrante.
transformou-a num rechonchudo cocheiro, dono de um dos mais belos bigodes Todas as damas estavam atentas, observando-lhe o penteado e as roupas.
que jamais se viu. Queriam mandar fazer iguais no dia seguinte, embora soubessem que seria difí-
cil vir a encontrar tecidos tão belos e costureiros tão hábeis.
Em seguida, disse a Cinderela:
O filho do Rei deu-lhe o lugar mais honroso da festa e, em seguida, convi-
– Vai ao jardim, onde encontrarás seis lagartos atrás do regador. Tra-
dou-a a dançar. Ela dançou com tanta graça que a admiraram mais ainda.
ze-os para mim. Foi servida uma refeição magnífica. O Príncipe não comeu nada, a tal ponto
Assim que Cinderela os trouxe, a madrinha transformou-os em seis lacaios, estava ocupado em contemplar a jovem Princesa.
que se encarapitaram no alto da carruagem, com seus bonitos uniformes. E lá Ela foi sentar-se perto de suas irmãs e lhes fez mil agrados. Dividiu depois
ficaram fincados, como se nunca tivessem feito outra coisa na vida. com elas as frutas raras que o Príncipe lhe havia dado, o que as espantou muito,
A Fada disse então a Cinderela: porque não a conheciam.
Enquanto conversavam, Cinderela ouviu soar onze horas e três quartos: fez
– Bem, eis aí de quê ir ao baile. Estás satisfeita?
imediatamente uma grande reverência a todos e foi-se o mais rápido que pôde.
– Sim. Mas irei assim, com estes trapos? Assim que chegou, foi procurar sua madrinha e após ter-lhe agradecido,
Sua madrinha não fez senão tocá-la com a vara de condão. Na mesma disse: – Desejaria muito ir novamente ao baile, amanhã, porque o filho do Rei
hora, suas pobres roupas viraram um vestido recamado de ouro e prata, todo assim me pediu.
bordado de pedrarias. Enquanto estava ocupada em contar à madrinha tudo o que se tinha passa-
Em seguida a madrinha deu-lhe um par de sapatinhos de cristal, os mais do, as duas irmãs bateram à porta.
bonitos do mundo. Cinderela foi abrir.
– Como as senhoritas demoraram a voltar! – disse, bocejando, esfregando
Assim vestida, ela tomou a carruagem, mas sua madrinha tinha ainda uma
os olhos e espreguiçando-se, como se tivesse acabado de acordar.
recomendação a fazer-lhe: Na verdade não tinha nenhuma vontade de dormir, depois de tudo o que
– Não passes da meia-noite de modo nenhum. Se demorares, um mi- lhe acontecera.
nuto que seja, tua carruagem voltará a ser abóbora, teus cavalos virarão – Se tu tivesses ido ao baile, não te terias aborrecido. Chegou uma Princesa
camundongos, teus lacaios tornarão a ser lagartos e tuas velhas roupas reto- tão bela que não podes nem imaginar. Ela nos fez mil gentilezas e ofereceu-nos
marão sua primitiva forma. frutas raras.
Cinderela prometeu que não deixaria de sair do baile antes da meia-noite. Cinderela não cabia em si de alegria.
– Como se chamava essa Princesa? – perguntou.
Partiu, mal cabendo em si de alegria.
– Ninguém a conhece – responderam elas. – O filho do Rei estava muito
Foram advertir ao filho do Rei que acabava de chegar uma grande Prince- aflito com isso. Daria tudo no mundo para saber de quem se trata.
sa, que ninguém conhecia. Cinderela sorriu e disse:
Ele correu a recebê-la, deu-lhe a mão para descer da carruagem e – Ela era, então, muito bonita? Meu Deus, como as senhoritas são felizes!
levou-a para o salão. Será que eu não a poderia ver? Ai de mim! Senhorita Javotte empreste-me
Fez-se então um profundo silêncio: as danças pararam, a música ca- o seu vestido amarelo, de andar em casa.
– Francamente era só o que faltava! – exclamou a senhorita Javotte. – Em-
lou e todos se quedaram atentos, a contemplar a extraordinária beleza
prestar meu vestido a uma reles Borralheira. Seria preciso que eu fosse com-
daquela desconhecida.
pletamente louca.
Não se ouviu senão um murmúrio confuso: – Ah! Como é bela! Cinderela esperava exatamente aquela recusa e ficou bem contente.
O Rei mesmo, velho como estava, não deixava de olhá-la e de dizer Ficaria muito embaraçada se sua irmã tivesse concordado em empres-
baixinho à Rainha: tar-lhe o vestido.
92 –
No dia seguinte as duas irmãs foram ao baile e Cinderela também, mas Cinderela fez com que se levantassem e disse-lhes, abraçando-as:
com trajes ainda mais belos do que os da primeira vez. – Eu vos perdoo de todo o coração e espero que, de agora em diante,
O filho do Rei ficou sempre perto dela e não cessou de lhe dizer coisas tão sejamos amigas.
agradáveis como a jovem nunca tinha ouvido iguais. Foi levada para junto do Príncipe, também vestido de gala. Ele a achou
Esquecida do que a madrinha lhe havia recomendado, acreditava que fos- mais bela do que nunca.
sem ainda onze horas, quando ouviu soar a primeira badalada da meia-noite. Poucos dias depois, desposou-a.
Levantou-se e fugiu, mais rápida que uma lebre. Cinderela, sempre tão generosa como bela, trouxe as irmãs para
O Príncipe seguiu-a, mas não pôde alcançá-la. Na pressa, ela deixou cair morar no palácio. Naquele dia mesmo, casou-as com dois grandes Se-
um dos sapatinhos de cristal, que o Príncipe recolheu cuidadosamente. nhores da Corte.
Cinderela chegou à sua casa sem fôlego, sem carruagem, sem lacaios e
vestida com os antigos trapos. Nada lhe tinha restado, de toda a sua magni- Deixar que o mal se torne vencedor
ficência, senão um dos sapatinhos, o par daquele que ela tinha deixado cair. é também uma forma de maldade.
Perguntou aos guardas dos portões do palácio se eles não tinham visto Todos na vida temos o dever
sair uma Princesa. de procurar nossa felicidade.
Não vimos sair ninguém, a não ser uma jovem muito malvestida, que mais
parecia uma camponesa do que uma senhorita.
Quando suas duas irmãs voltaram do baile, Cinderela quis saber se elas Cinderela, essa doce menina,
tinham se divertido e se a bela dama tinha estado lá novamente. que não era entretanto nada boba,
– Sim, mas ela fugiu assim que soou a meia-noite – disseram as irmãs. – devagar e sem espalhafato,
E tão precipitadamente que deixou cair um de seus sapatinhos. O filho do Rei soube mudar a sua triste sina.
recolheu-o e passou o resto da noite a contemplá-lo. É evidente que ele está
profundamente apaixonado pela bela moça a quem pertence o sapatinho.
Elas acertaram. Poucos dias depois, o filho do Rei fez publicar, ao som de Assim como se fosse por acaso,
trompas, que desposaria aquela cujo pé se ajustasse perfeitamente ao sapatinho. deu-nos lição do mais alto valor:
Começaram a experimentar pelas Princesas, em seguida foi a vez das mostrou o quanto vale reagir
Duquesas, depois veio toda a Corte, mas inutilmente. e quão tolo é, depois, guardar rancor.
Foram à casa das duas irmãs, que fizeram todo o possível para fazer o
pé entrar naquele calçado, mas em vão.
Versão dos irmãos Grimm
Cinderela, que as olhava e que reconheceu o seu sapatinho, disse rindo:
– Deixem ver se ele me serve. Cinderela
As irmãs começaram a rir e a caçoar dela. O cavalheiro que fazia a prova, Há muito tempo aconteceu que a esposa de um rico comerciante adoeceu
olhou atentamente para Cinderela e, achando-a muita bonita, disse: gravemente e, sentindo seu fim se aproximar, chamou sua única filha e disse:
– É justo. Tenho ordem de experimentá-lo em todas as moças. – Querida filha, continue piedosa e boa menina, que Deus a protegerá
Fez Cinderela sentar-se e, aproximando o sapatinho de seu pequeno pé,
sempre. E lá do céu olharei por você e estarei sempre ao seu lado – mal aca-
viu que ele entrava sem esforço e se ajustava às mil maravilhas.
bou de dizer isso, fechou os olhos e morreu.
O espanto das duas irmãs foi grande, mas tornou-se maior ainda quando
Cinderela tirou do bolso do avental o outro sapatinho, que calçou no outro pé. A jovem ia todos os dias visitar o túmulo da mãe e chorava muito. Veio o
Nesse momento, chegou a Fada que, tendo dado um pequeno golpe inverno, a neve cobriu o túmulo com seu alvo manto. Chegou a primavera, o
de varinha sobre as roupas de Cinderela, tornou-as, na mesma hora, sol derreteu a neve e o viúvo tornou a se casar. A nova esposa trouxe suas
mais magníficas que todas as outras. duas filhas, ambas louras e bonitas, mas só exteriormente. Tinham a alma
Então suas duas irmãs a reconheceram como a bela jovem que haviam feia e cruel. Então começaram dias difíceis para a pobre enteada.
visto no baile. Jogaram-se a seus pés, para lhe pedir perdão por todos os – Essa imbecil não vai ficar no quarto conosco!– reclamaram as moças –
maus-tratos que a haviam feito sofrer. Lugar dela é na cozinha! Se quiser comer pão, que trabalhe!
– 93
Tiraram-lhe o vestido bonito que ela usava, obrigaram-na a vestir outro, – Está bem. Eu despejei nas cinzas do fogão um tacho cheio de lentilhas.
velho e desbotado, e a calçar tamancos. Se você conseguir catá-las todas em duas horas poderá ir.
– Vejam só como está toda enfeitada a orgulhosa princesinha de antes! A jovem saiu pela porta dos fundos, correu para o quintal e chamou:
– disseram a rir, levando-a para a cozinha. – Mansas pombinhas e rolinhas! Passarinhos do céu inteiro! Venham me
A partir de então, ela foi obrigada a trabalhar da manhã à noite nos ser- ajudar a catar lentilhas!
viços mais pesados. Era obrigada a levantar-se de madrugada para ir bus- As boas vão para o tacho!
car água e acender o fogo. Era ela quem cozinhava e lavava. Como se não As ruins para o seu papo!
bastasse, as irmãs caçoavam dela e a humilhavam. Despejavam lentilhas e E entraram pela janela da cozinha duas pombas brancas; a seguir vie-
feijões nas cinzas do fogão para obrigá-la a catá-los. ram as rolinhas e, por último, todos os passarinhos do céu chegaram numa
À noite, exausta de tanto trabalhar, ela não tinha onde dormir e era obri- revoada e pousaram sobre as cinzas. As pombas baixavam a cabecinha e
gada a se deitar sobre as cinzas do fogão. E, como andasse sempre suja e pic, pic, pic, apanhavam os grãos bons e deixavam cair no tacho. As outras
avezinhas faziam o mesmo e pic, pic, pic – não levou nem uma hora, o tacho
cheia de cinza, só a chamavam de Cinderela.
ficou cheio e as aves todas se foram voando. Cheia de alegria a menina pe-
Uma vez, o pai resolveu ir a uma feira. Antes de sair, perguntou às ente-
gou o tacho e levou para a madrasta, certa de que agora poderia ir à festa.
adas o que desejavam que ele trouxesse.
Porém a madrasta disse:
– Vestidos bonitos – disse uma.
– Não, Cinderela. Você não tem roupa e não sabe dançar. Só serviria de
– Pérolas e pedras preciosas – disse a outra. caçoada para os outros. – E como a menina começasse a chorar, ela propôs:
– E você, Cinderela, o que vai querer? – perguntou o pai. – Se você conseguir catar dois tachos de lentilhas nas cinzas em uma hora,
– No caminho de volta, pai, quebre o primeiro ramo que bater no seu poderá ir conosco. – E para si mesma ela disse: – Isso ela não vai conseguir...
chapéu e traga-o para mim. Assim que a madrasta acabou de espalhar os grãos nas cinzas, Cindere-
Ele partiu para a feira, comprou vestidos bonitos para uma das enteadas, la correu para o quintal e chamou:
pérolas e pedras preciosas para a outra e, de volta para casa, quando caval- – Mansas pombinhas e rolinhas! Passarinhos do céu inteiro! Venham me
gava por um bosque, um ramo de aveleira bateu no seu chapéu. Ele quebrou ajudar a catar lentilhas!
o ramo e levou-o. Chegando em casa, deu às enteadas o que elas haviam As boas vão para o tacho!
pedido, e à Cinderela, o ramo de aveleira. As ruins para o seu papo!
Ela agradeceu, levou o ramo para o túmulo da mãe, plantou-o ali e cho- E entraram pela janela da cozinha duas pombas brancas; a seguir vie-
rou tanto que suas lágrimas regaram o ramo. Ele cresceu e se tornou uma ram as rolinhas e por último, todos os passarinhos do céu chegaram numa
aveleira linda. Três vezes, todos os dias, a menina ia chorar e rezar debaixo revoada e pousaram sobre as cinzas. As pombas baixavam a cabecinha e
dela. Sempre que a via chegar, um passarinho branco voava para a árvore pic, pic, pic, apanhavam os grãos bons e deixavam cair no tacho. Os outros
e, se a ouvia pedir baixinho alguma coisa, jogava-lhe o que ela havia pedido. pássaros faziam o mesmo e pic, pic, pic – não passou nem meia hora, os
Um dia o rei mandou anunciar uma festa que duraria três dias. Todas as dois tachos ficaram cheios e as aves se foram voando pela janela. Então a
jovens bonitas do reino foram convidadas, pois o filho dele iria escolher entre menina levou os dois tachos para a madrasta, certa de que, desta vez, ela a
elas aquela que seria sua futura esposa. deixaria ir à festa.
Quando souberam que também deveriam comparecer, as duas filhas da Porém a madrasta disse:
madrasta ficaram contentíssimas. – Não adianta, Cinderela! Você não vai ao baile! Não tem vestido, não
sabe dançar, e só nos faria passar vergonha! – E dando-lhe as costas, partiu
– Cinderela! – gritaram. – Venha pentear nosso cabelo, escovar nossos
com suas orgulhosas filhas.
sapatos e nos ajudar a vestir, pois vamos a uma festa no castelo do rei!
Quando ficou sozinha, Cinderela foi ao túmulo da mãe e, ficando embai-
Cinderela obedeceu chorando porque ela também queria ir ao baile. Per-
xo da aveleira, disse:
guntou à madrasta se poderia ir e esta respondeu:
– Você, Cinderela! Suja e cheia de pó, está querendo ir à festa? Como vai – Balance e se agite,
dançar se não tem roupa nem sapatos? árvore adorada,
Mas Cinderela insistiu tanto, que afinal ela disse: cubra-me toda de ouro e prata!
94 –
Então o pássaro branco jogou para ela um vestido de ouro e prata e sa- “Deve ser Cinderela”, pensou o pai. Mandou buscar um machado e der-
patos de seda bordada de prata. Cinderela vestiu-se a toda a pressa e foi rubou a pereira. Mas não encontraram ninguém na galharia. Como na véspe-
para a festa. Estava tão linda no seu vestido dourado, que nem as irmãs, nem ra Cinderela já estava na cozinha dormindo nas cinzas, pois havia
a madrasta a reconheceram. Pensaram que ela fosse uma princesa estran- escorregado pelo outro lado da pereira, correra para a aveleira e devolvera o
geira, pois, para elas, Cinderela só podia estar em casa, catando lentilhas lindo vestido ao pássaro. Depois vestiu o feio vestidinho de sempre e correu
nas cinzas. para casa.
Logo que a viu, o príncipe veio ao seu encontro e, pegando-lhe a No terceiro dia, assim que os pais e as irmãs saíram para a festa, Cinde-
mão, levou-a para dançar. Só dançou com ela e não largou de sua mão rela foi até o túmulo da mãe e pediu à aveleira:
nem por um instante. Quando alguém a convidava para dançar, ele dizia: – Balance e se agite,
– Ela é minha dama. árvore adorada,
Dançaram até altas horas da noite e, afinal, Cinderela quis voltar para casa.
cubra-me toda de ouro e prata!
– Eu a acompanho! – disse o príncipe. Na verdade, ele queria saber a
que família ela pertencia. E o pássaro atirou-lhe o vestido mais suntuoso e brilhante que ela já
Mas Cinderela conseguiu escapar dele, correu para casa e escondeu-se possuíra, acompanhado de um par de sapatinhos de puro ouro. No castelo,
no pombal. O príncipe esperou o pai dela chegar e contou-lhe que a jovem quando a viram chegar, ela estava tão linda, tão linda, que todos emudeceram
desconhecida tinha saltado para dentro do pombal. de assombro. O príncipe só dançou com ela e, como das outras vezes, dizia
“Deve ser Cinderela...”, pensou o pai. E mandou vir um machado para a todos que vinham tirá-la para dançar: – Ela é minha dama.
Já era noite alta quando Cinderela quis voltar para casa. O príncipe ten-
arrombar a porta do pombal. Mas não havia ninguém lá dentro. E, quando
tou segui-la, mas ela escapuliu tão depressa que ele não pôde alcançá-la.
chegaram em casa, encontraram Cinderela com suas roupas sujas, dormindo
Desta vez, porém, o príncipe usou de um estratagema: untou com piche um
nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina. É que a menina nem bem havia
degrau da escada e, quando a moça passou, o sapato do pé esquerdo ficou
entrado no pombal saíra pelo lado de trás e correra para a aveleira. Ali, rapi-
grudado. Ela deixou-o ficar e continuou correndo. O príncipe pegou-o; era
damente tirou seu belo vestido e deixou-o sobre o túmulo. Veio o passarinho,
pequenino, gracioso e todo de ouro. No outro dia de manhã, ele procurou o
apanhou o vestido e levou-o. Ela vestiu novamente seu vestidinho velho e
pai e disse:
sujo, correu para casa e deitou-se nas cinzas da cozinha.
– Só me casarei com a dona do pé que couber neste sapato.
No dia seguinte, o segundo dia da festa, quando os pais e as irmãs parti- As irmãs de Cinderela ficaram felizes e esperançosas quando souberam
ram para o castelo, Cinderela foi até a aveleira e disse: disso, pois tinham pés delicados e bonitos. Quando o príncipe chegou à casa
– Balance e se agite, delas, a mais velha foi para o quarto acompanhada da mãe e experimentou o
árvore adorada, sapato. Mas, por mais que se esforçasse, não conseguiu meter o dedo gran-
cubra-me toda de ouro e prata! de do pé dentro dele. Então a mãe deu-lhe uma faca, dizendo:
– Corte fora o dedo. Quando você for rainha, vai andar muito pouco a pé.
E o pássaro atirou para ela um vestido ainda mais bonito que o da véspera.
Assim fez a moça. O pé entrou no sapato e, disfarçando a dor, ela foi ao
Quando ela entrou no salão assim vestida todos ficaram pasmados com sua encontro do príncipe. Ele recebeu-a como sua noiva e levou-a na garupa do
beleza. O príncipe, que a esperava, tomou-lhe a mão e só dançou com ela. E seu cavalo. Quando passavam pelo túmulo da mãe de Cinderela, que ficava
quando alguém convidava a jovem para dançar, dizia: – Ela é minha dama. próximo ao caminho, duas pombas pousaram na aveleira e cantaram:
Já era noite avançada quando Cinderela quis ir embora. O príncipe se-
– Olhe para trás! Olhe para trás!
guiu-a para ver em que casa ela entraria. Porém a jovem inesperadamente
entrou no quintal atrás da casa e, ágil como um esquilo, subiu pela galharia Há sangue no sapato,
de uma frondosa pereira carregada de frutos que havia ali. O príncipe não que é pequeno demais!
conseguiu descobri-la e, quando viu o pai dela chegar, disse: Não é a noiva certa
– A moça desconhecida escondeu-se nessa pereira. que vai sentada atrás!
– 95
O príncipe virou-se, olhou o pé da moça e, vendo sangue escorrendo do E, quando acabaram de cantar, elas voaram e vieram pousar, uma no
sapato, fez o cavalo voltar e levou-a para a casa dela. Chegando lá, ordenou ombro direito de Cinderela, outra no esquerdo, e ali ficaram.
à outra filha da madrasta que calçasse o sapato. Ela foi para o quarto e Quando o casamento de Cinderela com o príncipe se realizou, as falsas
calçou-o. Os dedos do pé entraram facilmente, mas o calcanhar era grande irmãs vieram à festa. A mais velha ficou à direita do altar e a mais nova à
demais e ficou de fora. Então a mãe deu-lhe uma faca, dizendo:
esquerda. Subitamente, sem que ninguém pudesse impedir, a pomba pousa-
– Corte fora um pedaço do calcanhar. Quando você for rainha, vai andar
da no ombro direito da noiva voou para cima da irmã mais velha e furou-lhe
muito pouco a pé.
Assim fez a moça. O pé entrou no sapato e, disfarçando a dor, ela foi os olhos. A pomba do ombro esquerdo fez o mesmo com a mais nova e am-
ao encontro do príncipe. Ele aceitou-a como sua noiva e levou-a na garupa bas ficaram cegas para o resto de suas vidas.
do seu cavalo. Quando passavam pela aveleira, duas pombinhas pousaram PENTEADO, Maria Heloisa. Contos de Grimm, Ática, vol. 2, 1992, p. 71-86.
num de seus ramos e cantaram:
– Olhe para trás! Olhe para trás! Além de contribuir para a aprendizagem de comportamentos leitores, as
Há sangue no sapato, leituras feitas nesta sequência de atividades implicarão outros comportamentos
que é pequeno demais! específicos que poderão ser postos em prática, como:
Não é a noiva certa • Comentar o que se leu.
que vai sentada atrás!
• Compartilhar com outros os efeitos, sensações, sentimentos que os
O príncipe olhou o pé da moça, viu sangue saindo do sapato e a meia
branca, vermelha de sangue. Então virou seu cavalo, levou a falsa noiva de textos produzem.
volta para casa e disse ao pai: • Confrontar interpretações e pontos de vista.
– Esta também não é a verdadeira noiva. Vocês não têm outra filha? • Relacionar o conteúdo de um texto com os de outros conhecidos.
– Não! – respondeu o pai – a não ser a pequena Cinderela, filha de minha
falecida esposa. Mas é impossível que ela seja a noiva que procura. • Reparar na beleza de certas expressões ou fragmentos de um texto.
O príncipe ordenou que fossem buscá-la. • Ler durante um período, interrompendo a leitura quando necessário.
– Oh, não! Ela está sempre muito suja! Seria uma afronta trazê-la a vossa • Localizar o lugar em que a leitura foi interrompida.
presença! – protestou a madrasta.
Porém o príncipe exigiu que fossem chamá-la. E, depois de ter lavado o • Recordar os últimos acontecimentos narrados, por meio da leitura de alguns
rosto e as mãos, ela veio, curvou-se diante do príncipe e pegou o sapato de parágrafos anteriores.
ouro que ele lhe estendeu. Então, sentou-se num banquinho, tirou do pé o • Antecipar o que segue no texto e controlar as antecipações de acordo com
pesado tamanco e calçou o sapato. Ele lhe serviu como uma luva. E quando
o desenrolar da narrativa.
se levantou, o príncipe viu seu rosto e reconheceu logo a linda jovem com
quem tinha dançado. • Adequar a modalidade de leitura aos propósitos que se perseguem.
– É esta a noiva verdadeira! – exclamou feliz. • Recuar no texto para recuperar aspectos relevantes e, assim, compreender me-
A madrasta e as filhas levaram um susto e ficaram brancas de raiva. O
lhor uma situação ou, ainda, para dar mais atenção a uma informação importante.
príncipe ergueu Cinderela, colocou-a na garupa do seu cavalo e partiram.
Quando passaram pela aveleira, as duas pombinhas brancas cantaram: • Comparar as personagens, ambientes e situações das diferentes versões.
– Olhe para trás! Olhe para trás! • Reconhecer certos recursos linguísticos próprios de um autor, uma versão.
Não há sangue no sapato, • Identificar recursos linguísticos adequados a determinadas situações comu-
que serviu bem demais!
nicativas ou intenções do escritor.
Essa é a noiva certa.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br>. Acesso em: novembro/2014.
Pode ir em paz!
96 –
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:44 Página 164

Hora da história
Uma ideia toda azul, de Marina Colasanti
Perrault, os irmãos Grimm e Andersen abriram caminhos para que outros
tantos escritores também contassem suas histórias encantadas. E, entre eles,
Hora da história Data ___ / ___ / ___ queremos destacar alguns autores brasileiros, que ousaram (re)inventar, com
muito talento, inesquecíveis contos de fadas.
Perrault, irmãos Grimm, Andersen... Esses grandes mestres abriram caminhos para Destaque os autores apresentados no Caderno do aluno e estimule as
que outros escritores também contassem histórias ouvidas e inventadas. Temos Lewis crianças à leitura desses clássicos. Seu trabalho será extraordinariamente re-
Carroll, com Alice no País das Maravilhas, Carlo Collodi com Pinóquio, Italo Calvino e suas
compensado ao notar que deixou vivo, nelas, o desejo de criar suas próprias
Fábulas Italianas, Oscar Wilde com O Príncipe Feliz e outras histórias e tantos outros.
No Brasil, muitos autores também se inspiraram nos contos de fadas para escrever
histórias encantadas...
suas histórias. Agora, você vai ouvir uma delas. Qual será? A seguir, apresentamos um clássico de Marina Colasanti, escritora que
narra com extrema sensibilidade e imaginação histórias de reis, rainhas, prin-
cesas, príncipes, unicórnios, gnomos, cisnes, fadas e outras tantas persona-
gens encantadoras. Em Uma ideia toda azul, conhecemos a história de um rei
que teve uma ideia, a primeira ideia de toda a sua vida. E ficou tão maravilha-
do que saiu com ela para os jardins do palácio, correndo pelos gramados, até
brincou de esconder com ela! Era uma ideia toda azul...
Provoque os alunos, questionando: Que ideia será essa? Ouça as hipó-
teses levantadas e, em seguida, faça com expressividade a leitura do conto.
Ao final, não deixe de abrir espaço para que compartilhem suas impressões
a respeito da obra.
Professor, destacamos a importância de levar o livro indicado para a sala de
aula, pois nada substitui o prazer de tê-lo em mãos, permitindo que as crianças
o apreciem em todas as suas possibilidades.

Uma ideia toda azul


Um dia o Rei teve uma ideia.
Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela ideia azul,
que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim,
correu com ela nos gramados, brincou com ela de esconder entre outros pen-
samentos, encontrando-a sempre com igual alegria, linda ideia dele toda azul.
Brincaram até o Rei adormecer encostado numa árvore.
Foi acordar tateando a coroa e procurando a ideia, para perceber o pe-
rigo. Sozinha no seu sono, solta e tão bonita, a ideia poderia ter chamado a
164 atenção de alguém. Bastaria esse alguém pegá-Ia e levar. É tão fácil roubar
uma ideia. Quem jamais saberia que já tinha dono?

– 97
C1_4oANO_Lingua_Port_Tony_2018 13/11/17 14:15 Página 52

Com a ideia escondida debaixo do manto, o Rei voltou para o castelo. Es- Produção de texto
perou a noite. Quando todos os olhos se fecharam, saiu dos seus aposentos, Professor, fechamos a Unidade oferecendo aos alunos propostas bem dife-
atravessou salões, desceu escadas, subiu degraus, até chegar ao Corredor rentes de produção de texto, todas relacionadas ao universo de encantamento
das Salas do Tempo. focalizado até aqui. Nossa ideia é que utilizem as descobertas feitas sobre o
Portas fechadas, e o silêncio. gênero no decorrer da Unidade. Nesse sentido, sua parceria será fundamental.
Que sala escolher? Recrie o clima adequado para a escrita, transportando-os, mais uma vez, para o
mundo dos contos de fadas. Enriqueça a descrição e, em contrapartida, resgate
Diante de cada porta o Rei parava, pensava, e seguia adiante. Até chegar
aspectos importantes da estrutura narrativa (elementos utilizados para “contar
à Sala do Sono. uma história”), da linguagem utilizada pelos autores para expressar sentimentos
Abriu. Na sala acolchoada os pés do Rei afundavam até o tornozelo, o e emoções vividas pelas personagens, descrição de cenários etc.
olhar se embaraçava em gazes, cortinas e véus pendurados como teias. Sala Peça que escolham seus personagens nas cartas apresentadas (ou es-
de quase escuro, sempre igual. O Rei deitou a ideia adormecida na cama de colham outros livremente) e que se inspirem nos enredos sugeridos. Cer-
marfim, baixou o cortinado, saiu e trancou a porta. tamente, a possibilidade de criação livre é sempre bem-vinda. Estimule os
A chave prendeu no pescoço em grossa corrente. alunos a desenvolverem, inicialmente, um roteiro mental da história antes
de registrá-la por escrito.
E nunca mais mexeu nela.
Encaminhe-os à revisão do texto. Sugerimos, no quadro abaixo, os critérios
O tempo correu seus anos. Ideias o Rei não teve mais, nem sentiu falta, a serem observados pelos próprios alunos ao final da produção, colocando em
tão ocupado estava em governar. Envelhecia sem perceber, diante dos edu- prática o importante papel da revisão no processo de produção textual.
cados espelhos reais que mentiam a verdade. Apenas, sentia-se mais triste e
mais só, sem que nunca mais tivesse tido vontade de brincar nos jardins. ROTEIRO DE REVISÃO

Só os ministros viam a velhice do Rei. Quando a cabeça ficou toda branca,


Usou corretamente os
disseram-lhe que já podia descansar, e o libertaram do manto. Sua história descreve sinais de pontuação?
uma situação inicial, O conto apresenta um
Posta a coroa sobre a almofada. o Rei logo levou a mão à corrente. apresenta
desenvolvimento e
conflito, isto é, um
problema a ser
Aproveite para verificar
se empregou letras
maiúsculas onde
– Ninguém mais se ocupa de mim – dizia atravessando salões e descendo desfecho? resolvido?
necessário.

escadas a caminho das Salas do Tempo – ninguém mais me olha. Agora pos-
so buscar minha linda ideia e guardá-Ia só para mim.
Abriu a porta, levantou o cortinado.
Na cama de marfim, a ideia dormia azul como naquele dia. Lembre-se de que você, professor, será o orientador dessa atividade. Então,
instigue-os, provoque-os, leve-os de volta ao texto a fim de que, gradativamen-
Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma ideia menina. E linda. Mas o Rei
te, apropriem-se desse objeto que é resultado direto de muitas “idas e vindas”,
não era mais o Rei daquele dia. Entre ele e a ideia estava todo o tempo pas- “acertos e desacertos”, num genuíno trabalho de construção textual.
sado lá fora, o tempo todo parado na Sala do Sono. Seus olhos não viam na Vale salientar que tal atividade não exclui sua apreciação posterior. Suge-
ideia a mesma graça. Brincar não queria, nem rir. Que fazer com ela? Nunca rimos que escreva um bilhete para cada criança, comentando, como leitor, os
mais saberiam estar juntos como naquele dia. aspectos positivos do texto e, também, considerando elementos que precisam
Sentado na beira da cama o Rei chorou suas duas últimas lágrimas, as ser observados e ajustados nesse processo, levando em conta a capacidade de
que tinha guardado para a maior tristeza. compreensão da faixa etária.
Depois baixou o cortinado, e deixando a ideia adormecida, fechou para Em sala, peça que alguns alunos leiam suas produções para a turma. Per-
mita que os demais comentem suas impressões sobre os textos, garantindo um
sempre a porta.
ambiente acolhedor e respeitoso entre todos.
COLASANTI, Marina. Uma ideia toda azul. São Paulo, Global, 2005. Chame a atenção da turma para o encerramento da Unidade, no qual as
crianças passarão novamente pelo Portal, desta vez para se despedir. E naquela
98 –
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:44 Página 169

mesma “caixinha” que inaugurou a viagem ao mundo encantado pelas mãos de


uma história dos irmãos Grimm, reconhecem que a tal “chave dourada” guarda
toda a magia e encantamento que só os contos de fadas podem nos proporcio-
nar. E cabe a elas “abri-la” todas as vezes que assim desejarem!
Estava tudo tão bom, mas chegou a hora de nos despedirmos...
É tempo de viajar por outros mundos, de conhecer novos personagens,
lugares e livros... Mas lembre-se de que estaremos sempre por aqui,
esperando você para mais uma e outra e tantas outras histórias... Até breve!

Nome:
Data:

Estamos quase nos despedindo do mundo encantado dos contos de fadas.


Conhecemos um pouco mais sobre a vida que as pessoas levavam na época em
que foram escritos, lemos e ouvimos muitas histórias, pesquisamos, fizemos
descobertas...
Chegou a hora de escrever o seu próprio conto de fadas! As cartinhas a seguir poderão
inspirá-lo! Escolha personagens, vilões, crie situações que melhor se adaptam ao seu estilo. O
restante é com você... solte a imaginação!

Princesa, Arqueira, Fadas,


príncipe, rei arqueiro, duendes,
ou rainha camponesa gnomos ou
ou camponês magos

Ogros e Bruxas e Dragões e


gigantes feiticeiros cavalos

Personagens As princesas O que aconte-


Os vilões se
atuais resolveram ceu depois do
cansaram de
invadiram enfrentar “... E viveram
serem maus.
uma história uma terrível felizes para
clássica. vilã. sempre”?
165 169

– 99
Agora, responda às perguntas a seguir.
a. Na primeira tira, o espelho não respondeu à pergunta feita pela Mônica. Por
CADERNO PAUTADO 1 que ela saiu contente mesmo assim?
b. Na 2.a tira, por que o pai de Magali desistiu da boa ideia que teve para saciar
1. Estas tiras da turma da Mônica foram baseadas em contos clássicos. a fome da família?
Você é capaz de reconhecer todas as histórias? c. Na 3.a tira, por que o Cascão pede para o Pinóquio contar “só mais uma
mentira”?

2. Pense nas histórias clássicas que você conhece e escolha sua preferida.
Faça um desenho que a represente e escreva uma das razões que você
considerou para fazer essa escolha.

100 –
CADERNO PAUTADO 2 CADERNO PAUTADO 3

Princesa Silvana do reino de Vronka


1. Leia a tira a seguir.
Ganhou o concurso de Miss Simpatia em todos os anos de
sua vida, mesmo sem se candidatar a esse prêmio, pois tinha o sorriso
mais encantador do reino de Vronka e de todos os outros reinos das
Terras Quentes.
O que pouca gente sabia é que esse sorriso permanente da
princesa Silvana era na verdade um defeito. Ela caiu quando nenê,
entortando seu rosto na queda e, desde então, nunca mais deixou de
sorrir, mesmo quando tinha vontade de chorar, o que, com o passar dos
PINTO, Ziraldo Alves. O Menino Maluquinho. Folha de S.Paulo, 1.0 mar.1991.p.6
anos, deixou de acontecer.
O sorriso que ela via no espelho do banheiro, sempre que ia
escovar os dentes, a tornou cada dia mais feliz e é a única pessoa que
2. A cantiga entoada pela garota no 1.o quadrinho nos faz lembrar de se conhece no mundo que concorda com a frase que diz: “Há males
uma história clássica infantil. Que história é essa? que vêm para o bem”.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos, FTD.

• Que outro elemento, nesse mesmo quadrinho, também lembra


1. Desenhe a princesa Silvana, assim como você a imaginou após a
essa história?
leitura do texto.

3. No 2.o quadrinho da tira, a palavra “GRÁÁÁ” está escrita com letras 2. Esse texto, assim como nas fábulas, termina com uma moral: “Há
maiores do que as outras. Que efeito isso provoca no texto? males que vêm para o bem”. Por que ela também se aplica à história
da princesa Silvana?

4. Releia o último quadrinho da tira. Por que a menina disse que o 3. Organize as palavras destacadas no texto no quadro abaixo, de acor-
Menino Maluquinho errou de “script” ou a está chamando de por- do com a classificação quanto à tonicidade.
quinha?
Proparoxítona Paroxítona Oxítona
5. Copie do texto:

a) uma palavra dissílaba e oxítona;

b) uma palavra trissílaba e oxítona;

c) uma palavra trissílaba e paroxítona.

– 101
UNIDADE 2 – DE POESIA EM POESIA
Objetivos
CADERNO PAUTADO 4
• Apreciar a leitura de textos poéticos, reconhecendo-os como expressão da
Ajude a horrenda bruxa Maria-Velhusca a decifrar a próxima transfor- subjetividade de quem escreve, recuperando o caráter lúdico que a poesia
mação que deve fazer... também representa e ampliando o repertório literário.
• Relacionar o poema ao seu contexto de produção e suporte de circu-
A receita de Maria-Velhusca lação original.
• Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências,
crenças e valores dos alunos.
• Estabelecer a relação entre o título, o corpo e o conteúdo do texto.
• Inferir o uso de palavras ou expressões de sentido figurado, reconhecen-
do os recursos da linguagem poética para fundamentar a interpretação do
poema e compreender seus sentidos.
• Observar o funcionamento do ritmo e da rima.
• Relacionar o tratamento dado à sonoridade aos efeitos de sentido que provoca;
• Identificar elementos constitutivos da organização interna de um poema vi-
sual: arranjo gráfico e espacial.
• Estabelecer relações entre a organização dos versos e o conteúdo do texto.
• Reconhecer os efeitos de sentido provocados por uso de rimas e de recur-
sos gráfico-visuais.
• Declamar poemas, explorando os recursos não verbais (entonação, pau-
sas, ritmo, gestos etc.) presentes na leitura expressiva e reconhecê-los
como elementos produtores de sentidos.
• Valorizar entonação de voz, fluência, ritmo e dicção como maneiras de arti-
cular e aperfeiçoar a oralidade.
• Produzir e revisar poemas espontaneamente e a partir de orientações dadas.
• Participar de saraus poéticos, interagindo com o público ouvinte e apren-
dendo a expressar-se num grupo.
• Participar de atividades organizadas em um modelo de rotação por esta-
ções de aprendizagem.
• Apropriar-se dos recursos discursivos da linguagem escrita, conhecendo e va-
lorizando os recursos linguísticos e estilísticos utilizados pelo autor.
Autores diversos. O grande livro das Bruxas, • Avançar em seus conhecimentos sobre a escrita, ao escrever segundo suas
Resposta: Foca com asas Companhia Editora Nacional. hipóteses em situações de escrita espontânea individual e coletiva.
• Investigar, refletir e formular regras básicas sobre a acentuação de palavras.
102 –
• Refletir sobre o emprego das letras ÉU e EL no final das palavras, Nosso trabalho com a poesia teve início nos anos anteriores; no entan-
relacionar as regularidades que regem essa ocorrência, favorecendo a to, o gênero será revisitado com frequência e, a cada novo contato, preten-
tomada de decisões ao grafá-las. demos que os alunos renovem e ampliem o olhar sempre original e inovador
• Escrever corretamente palavras de uso frequente. da palavra poética. Agora, a poesia vai convidá-los a ir além das rimas, da
localização de versos e estrofes: vai incentivá-los a buscar novos efeitos
Ao professor caberá, ainda:
de sentidos provocados por jogos sonoros e de palavras mais elaborados,
• Promover o acesso à leitura de textos dos gêneros previstos para o perceber a originalidade e beleza das metáforas e comparações, promover
período didático. a ampliação significativa do repertório, apreciar e contemplar a voz do poeta
• Promover situações de reescrita coletiva e/ou individual, aproximando que diz “o que a gente nunca tinha pensado em dizer”...
os alunos de comportamentos escritores envolvidos no processo de O que desejamos firmemente é que os alunos explorem um gênero que
produção textual. se destaca pela sonoridade, uso de metáforas e imagens que resultam de um
• Sensibilizar as crianças à apreciação da linguagem poética e estimulá-las árduo e consciente trabalho de construção realizado com afinco pelo poeta.
Professor, nesta Unidade, em especial, você determinará o tempo a ser
a perceber as sensações produzidas no leitor pelas imagens, sonoridade e
dedicado a cada atividade, pois elas provocarão inúmeras oportunidades de
ritmo criados no poema.
troca de ideias, sensações, discussões, e é importante que esse espaço seja
• Promover a audição de gravações de poemas lidos por atores, pelos pró-
preservado. Assim, planeje suas aulas e reúna antecipadamente um acervo de
prios poetas ou até mesmo pelo professor e alunos. livros de poesia que seja representativo da produção literária dos mais diversos
Falando de poesia autores nacionais e estrangeiros. Esses títulos serão lidos e consultados no
A poesia não é mais do que uma brincadeira com as palavras. Nessa brin- decorrer desta Unidade de trabalho.
Professor, os livros indicados a seguir aprofundam o tema em foco e são
cadeira, cada palavra pode e deve significar mais de uma coisa ao mesmo
recomendados para o seu aprimoramento profissional.
tempo: isso aí é também isso ali. Toda poesia tem que ter uma surpresa. Se não
tiver, não é poesia: é papo furado. José Paulo Paes


Professor, inicialmente é importante refletir sobre a
importância de se trabalhar a poesia na escola com a in-
tenção de aproximar os alunos positivamente desse gê-
nero textual. O convívio com a poesia favorece o prazer
da leitura do texto poético e pode estimular a produção BERALDO, Alda. Trabalhando com poesia. Volumes 1 e 2. Ática.
dos próprios poemas. O exercício poético desenvolve
uma percepção mais rica da realidade, além de propiciar GOLDSTEIN, Norma. Versos, sons, ritmos. Coleção Princípios. Ática.
o contato com a linguagem mais elaborada da literatura.
MORICONI, Ítalo (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Objetiva.
Conhecer esse gênero é altamente desejável não só
para a formação do leitor e do escritor que apreciam e
sabem fazer uso de recursos da linguagem literária, como
também para a formação de um ser humano mais sensí-
vel à poesia da realidade que está à sua volta.
– 103
Sugestões de títulos relacionados ao tema da Unidade (para leitura em classe
ou individualmente): SAIBA MAIS

Poesia e poema
No ensino da poesia, é muito comum haver confusão entre o que é poesia e
o que é poema, como se fossem vocábulos sinônimos. Então, poesia e poe-
ma significam a mesma coisa? Não. Poesia é um termo que vem do grego.
ABREU, Casimiro de. Meus oito anos, Global. No sentido original, poiesis é a atividade de produção artística, a atividade
AGUIAR, Vera. Poesia fora da estante. Projeto. de criar ou de fazer. De acordo com essa definição, haverá poesia sempre
AZEVEDO, Ricardo. Livro de papel. Editora do Brasil. que, criando ou fazendo coisas, somos dominados pelo sentimento do belo,
BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris. Moderna.
sempre que nos comovermos com lugares, pessoas e objetos. A poesia, por-
_______. Mais respeito, eu sou criança! Moderna.
BELINKY, Tatiana. Um caldeirão de poemas. Volumes 1 e 2. Companhia tanto, pode estar nos lugares, nos objetos e nas pessoas. Assim, não só os
das Letrinhas. poemas, mas uma paisagem, uma pintura, uma foto, uma dança, um gesto,
CAPPARELLI, Sérgio. 111 poemas para crianças. LPM. um conto, por exemplo, podem estar carregados de poesia. Poema é uma
_______. Tigres no quintal. Global. palavra que vem do latim poema, que significava “poema, composição em
_______; GRUSZINSKI, Ana Cláudia. Poesia visual. Global. verso; companhia de atores, comédia, peça teatral”, e do gr. poíéma “o que
LALAU; LAURABEATRIZ. Bem brasileirinho. Companhia das Letrinhas. se faz, obra, manual; criação do espírito, invenção”. Portanto, poema é poe-
_______. Novos brasileirinhos. Companhia das Letrinhas. sia que se organiza com palavras.
LIMA, Ricardo da Cunha. Cambalhota. Companhia das Letrinhas.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br>
_______. De cabeça pra baixo. Companhia das Letrinhas.
LISBOA, Henriqueta. O menino poeta. Peirópolis. Acesso em: novembro/2014.
MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Global
MORAES, Vinicius. A arca de Noé. Companhia das Letrinhas. Atividade inicial
MURRAY, Roseana. Fábrica de poesias. Scipione.
PAES, José Paulo. Lé com cré. Ática. Professor, a atividade inicial desta Unidade está organizada no formato do
_______. Poemas para brincar. Ática. circuito de rotação por estações de aprendizagem (ensino híbrido). Cada es-
_______. Um passarinho me contou. Ática. tação propõe interações capazes de levar o aluno à construção coletiva das
_______. Vejam como eu sei escrever. Ática. habilidades de interpretação, compreensão, leitura fluida e sistematização de
_______. Ri melhor quem ri primeiro. Poemas para crianças (e adultos conteúdos. Apresentamos, a seguir, as orientações para a realização de cada
inteligentes). Companhia das Letrinhas. estação. Caso seja necessário, a vivência das atividades propostas nas esta-
PAIXÃO, Fernando. Poesia a gente inventa. FTD. ções pode ocorrer em mais de uma aula, priorizando – sempre – a qualidade e
PESSOA, Fernando. Comboio, saudades, caracóis. FTD. o aproveitamento delas.
QUINTANA, Mario. Lili inventa o mundo. Global. Faça a leitura do poema “Ponto de tecer”, na abertura da unidade. No texto,
_______. Pé de pilão. Companhia das Letrinhas. Sylvia Orthof (re)cria a imagem da construção do texto poético metaforicamen-
_______. Sapo amarelo. Global. te, ponto a ponto, tecendo fios até a conclusão da obra. Ela compara a arte
ROTH, Otávio. Duas dúzias de coisinhas à-toa que deixam a gente feliz. de tricotar, bordar e costurar à arte do fazer poético: “cada fio é uma poesia...
Moderna. cada ponto é um versinho...”
STEVENSON, Robert L. Jardim de versos. FTD.
Certamente, não esperamos que os alunos, especialmente nesse momento
VÁRIOS AUTORES, Antologia de poesia brasileira para crianças. Girassol.
inicial de apreciação da poesia, realizem uma leitura abstrata do poema. No
VASQUES, Marciano. Duas dezenas de meninos num poema. Paulus.
Site: www.capparelli.com.br entanto, desejamos que percebam que um poema se constrói a partir de um tra-

'11-1 lnl·DE\
balho atento de “costurar” palavras com a linha da imaginação e das emoções,
com ritmo, com musicalidade, até que essa rede tecida com afinco e dedicação
se faça texto, se torne poesia!
104 –
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Unidade 2 De poesia em poesia


Data ___ / ___ / ___

Ali, ali no castelo,


Atividade inicial | Rotação por estações
sobre a renda, tão tecida,
dorme a bela, belamente,
bela, Bela Adormecida.
Sobre as cortinas bordadas
de roseirais todos em flor,
A poesia é uma rede Cada fio é uma poesia, espinhos pontiagudos
de uma tricotada; cada ponto é um versinho, a defendem do amor?
tem hora que sai bonita; cada beijo que te mando Ponto de cruz, em bordados,
quando erro, é voo de passarinho. fecham portas e portais.
fica feia. Cada pena é uma escrita,
Escadas são revestidas
cada flor é borboleta,
com pontos de bordar pra trás.
A poesia, cada traço é uma ternura
sendo inteira, que escrevo com caneta.
Eu te bordei a palavra
é meia Te amo porque te amo,
com agulha de platina,
quando escasseia? e te faço um casaquinho
teu nome é meu poema
de fio todo trançado
e a agulha é minha pena.
Se uma poesia se solta pela aranha tecelã.
Eu te entrego meu lenço,
da malha do vai e volta?
bordado, por mim tecido,
A coisa fica Se hoje teço a poesia,
com tudo o que foi lembrado
danada: talvez te entregue amanhã.
naquilo que é esquecido.
a poesia Quando se acerta a poesia,
é uma criança, tudo vira aventura, Ponto de tecer poesia. Sylvia Orthof. FTD. (adaptado)
adora lenda de capa e espada,
meia mas sem malha
furada. de armadura.

170 171

– 105
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Brincar, sonhar, bordar e rimar... 1.a estação Data ___ / ___ / ___

Estejam preparados!
Um circuito poético já vai começar!
Q U I Z
Pensem com o coração, mergulhem sem
pressa e flutuem com a imaginação!

Registre, na taça abaixo, a melhor pontuação


que você conquistou nas rodadas.
1.a estação
Prepare-se, pois esta estação o deixará craque em poesia!
Você e seus colegas participarão de um jogo de perguntas e
respostas sobre o poema “Ponto de tecer”. Vá para a página 173
e aguarde as orientações do professor.

2.a estação
Você já parou para pensar em quantos poemas conhece? Que tal
ampliar seu repertório poético mergulhando em um acervo riquíssimo
com obras de renomados poetas? Durante essa vivência, selecione
um poema que lhe agrade e registre-o no página 174.

3.a estação
Vamos “poetizar”!!! Nesta estação, você vai combinar sons de
palavras e usar toda sua imaginação para criar versos bem rimados sobre
um tema escolhido por todos da turma. O resultado desta criação será A partir das informações obtidas no jogo, explique, com suas palavras, o que
exposto em um “varal poético”, que contará com versos e ilustrações significam os elementos de um texto poético apresentados abaixo.
realizados por você e por toda a turma!
VERSO
4.a estação
Lembra-se do poema que você selecionou na 2ª estação? Muito
bem! Chegou a hora de entender o que o torna tão especial. Analise ESTROFE
cada detalhe, respondendo às questões da ficha poética das páginas
176 e 177.
Atenção: esta estação só deve ser realizada após a conclusão da RIMA
2.ª estação.

172 173

106 –
1.a Estação Considerando que o 4.o verso deve rimar com o 2.o, o trecho que completa
Ferramentas didáticas: gadgets com acesso à internet. a estrofe é:
Dinâmica: os alunos participarão de um “quiz on-line” na plataforma Kahoot. a. do caminho
O acesso ao site é gratuito e não é necessário cadastrar os alunos, basta inse-
b. do pensamento.
rirem o primeiro nome e o PIN (código de acesso) para dar início. Esta estação
precisa ser realizada por toda a turma de alunos, ao mesmo tempo. Pode-se c. da mata afora.
organizar a turma em duplas ou trios, a depender da quantidade de ferramentas
disponíveis. Os alunos construirão conhecimentos a respeito do gênero poesia, 5.   Leia abaixo uma estrofe do poema “O pato tira retrato”, de Mario Quintana.
colocando também suas experiências anteriores a serviço do game.
O pato ganhou sapato.
Observação: Professor, caso não seja possível utilizar a mídia digital em
Foi logo tirar _______________.
sua aula, organize um animado jogo de perguntas e respostas. Sugestões
O macaco retratista
de perguntas:
era mesmo um grande _____________.
1.   De modo geral, um texto organizado em versos é: As palavras que completam os versos são, respectivamente:
a. uma notícia. a. sapato – ator
b. um poema.
b. artista – retrato
c. uma receita.
c. retrato – artista
2.   Qual palavra completa os versinhos populares abaixo?
Lua de prata 6.   Leia o poema de Almir Correia:
presa em cetim. Ser
Brilhas tão linda Serra
longe de _______ Serrinha
Serrote
a. você
Ser
b. fim
Fraco
c. mim
Fraquinho
3.   Uma estrofe é: Fracote
a. um conjunto de versos. Ser
b. um conjunto de palavras. Baixo
Baixinho
c. uma lista.
______________
4.   Leia a estrofe abaixo: Considerando a localização das rimas na 1.a e 2.a estrofes, a palavra que
Eu queria ter agora completa a 3.a estrofe é:
um cavalinho de vento a. caixote.
para dar um galopinho
b. caixotinho.
na estrada ________________________.
c. caixotão.
– 107
2.a Estação 3.a Estação
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Ferramentas didáticas: livros de poesia diversos, especialmente as obras Ferramentas didáticas: Caderno do aluno, fita adesiva, folhas coloridas,
dos autores que serão abordados nesta Unidade (verificar indicações de títulos painel da sala de aula.
no quadro “sugestões de leitura”, apresentado neste manual). Dinâmica: esta estação propõe um trabalho aliado à temática da Unida-
Dinâmica: os alunos realizarão a exploração dos títulos dispostos nesta de, na modalidade de ensino híbrido denominado brainstorm (chuva de ideias,
estação e escolherão um poema. Neste momento, professor, é importante que em português). O objetivo é proporcionar, a partir de uma metodologia ativa, o
levantamento criativo dos conhecimentos prévios dos alunos. Todos terão es-
ocorra sua intermediação com indicações/sugestões de leitura. Salientamos
paço para registrar livremente seus “saberes” a respeito do universo poético,
que o poema escolhido pelo grupo deverá ser registrado no Caderno do aluno e
inicialmente no próprio Caderno do aluno e, depois, coletivamente. O objetivo
fará parte das atividades a serem realizadas na 4.a estação. é construir um grande painel como suporte para a exposição do fluxo de ideias
da turma. Professor, sua atuação nesta estação será primordial para o apro-
2.a estação Data ___ / ___ / ___
veitamento da atividade; realize perguntas, fomente o pensamento poético, dê
exemplos, proponha que registrem mais de uma ideia nas folhas coloridas e
Registre, nas linhas abaixo,
construa um painel com as sugestões dos alunos. Ao final, fotografe o “Painel
o poema escolhido! poético” e solicite à sua unidade escolar que providencie uma cópia para cada
Lembre-se de reproduzir sua criança, para que seja colada no local indicado no Caderno do aluno.
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forma original (versos


organizados em estrofes), colocar
o título e o nome do autor. 3.a estação Data ___ / ___ / ___

Chegamos à estação “chuva de ideias”.


Sabe o que isso quer dizer? Que é hora de
todos colocarem seu lado poético em ação!
Até aqui você conheceu textos de renomados poetas
e, portanto, já possui conhecimento para alimentar
o varal da sala respondendo à pergunta...

Como nasce a poesia?

174 175

108 –
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4.a Estação
Ferramentas didáticas: Caderno do aluno e o poema selecionado
na 2. a estação.
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Dinâmica: nesta estação, os conhecimentos adquiridos serão contextuali-
zados e sistematizados pelo grupo em atividades aplicadas ao poema escolhido
na 2.a estação. O momento será enriquecido pela coparticipação de cada inte-
grante do grupo. Acompanhe o aproveitamento desta atividade, incentivando,
valorizando e validando a análise feita por todos.

4.a estação Data ___ / ___ / ___ 3. Explique as razões que o(a) levaram a selecionar esse
Diálogo com o texto poema. O que despertou em você essa identificação?

1. Pinte somente os cadernos com informações corretas, de


acordo com o poema escolhido por você, na 2.a estação.
Resposta pessoal.
4. Que imagens o poema despertou em você? No espaço
O poema O poema
O texto está abaixo, desenhe o que vier à sua mente para representá-lo.
apresenta apresenta
organizado
rima em rima somente
em versos
todos os em alguns
e estrofes.
versos. versos.

Todas as
As estrofes
As linhas são estrofes têm
têm números
ocupadas o mesmo
variados de
parcialmente. número de
versos.
versos. ua
s
he s om
l c
rti as
2. Copie, do texto escolhido, a estrofe que mais lhe agradou. pa rt a!
m be
Co sco turm
de a

176 177

– 109
Exploração e descoberta
SAIBA MAIS
Eles, os poetas
Destacamos aqui alguns poetas consagrados de nossa literatura e trechos José Paulo Paes
extraídos de suas obras. Verifique se os alunos já os conhecem e evidencie o Nasceu em Taquaritinga, interior de São Paulo, em
trabalho desses escritores. Caso haja interesse da turma, leia a biografia de 1926. Estudou Química Industrial em Curitiba, onde
alguns deles. Não deixe de consultar os livros selecionados para ampliar esse publicou seu primeiro livro de poemas, O aluno, em
repertório. Proponha as questões apresentadas para orientar o bate-papo. 1947. Trabalhou num laboratório farmacêutico e numa
editora de livros, aposentando-se em 1981 para poder
SAIBA MAIS dedicar-se inteiramente à literatura. Publicou mais de
dez livros de poesia, inclusive para o público infantojuvenil, e foi colabo-
Carlos Drummond de Andrade
rador regular na imprensa literária. Destacou-se também como ensaísta e
Nasceu em Itabira do Mato Dentro (MG), em 31 de tradutor de poesia. Morreu na capital do estado, em 1998.
outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em de- Disponível em: <http://www.companhiadasletras.com.br>.
cadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os
jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo (RJ), de SAIBA MAIS
onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo
em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como Cecília Meireles
colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente Cecília Meireles nasceu no Rio de janeiro, em 1901.
movimento modernista mineiro.
Foi poetisa e jornalista, e é considerada uma das
Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em Far-
maiores escritoras brasileiras, com mais de 50 obras
mácia na cidade de Ouro Preto, em 1925. Fundou com outros escritores A
publicadas. Além disso, foi professora de línguas, lite-
Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do
ratura, música, folclore e teoria educacional.
Modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-
-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, Com dezoito anos, publicou seu primeiro livro de poe-
ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Pa- sias, chamado Espectro. Seus livros eram influenciados pelo Modernis-
trimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 mo, Romantismo e outros.
colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Na profissão de jornalista, publicava matérias sobre os problemas na
Jornal do Brasil.[...] educação e, por esse seu interesse, foi fundadora da primeira biblioteca
Várias obras do poeta foram traduzidas. Drummond foi seguramente, por infantil do Brasil, no ano de 1934. Seu interesse pela educação e pelas
muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tem- crianças fez com que tivesse também um grande reconhecimento na po-
po, tendo também publicado diversos livros em prosa. [...] esia infantil, com textos como O cavalinho branco, Colar de Carolina,
Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento O mosquito escreve e muitos outros. No ano de 1939, Cecília publicou
como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro Viagem, livro que acabou ganhando o Prêmio de Poesia da Academia
(RJ), no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha
Brasileira de Letras. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1964.
única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
Adaptado de: <http://www.releituras.com>. Adaptado de: <http://pensador.uol.com.br>.

110 –
produção inclui, além da poesia, inúmeras traduções, ensaios e antologias.
SAIBA MAIS
Foi a primeira mulher eleita para a Academia Mineira de Letras em 1963.
Mário Quintana Poetisa sensível, dedicou sua vida à poesia. Manteve-se sempre atuante no
Conhecido pela genial simplicidade de seus textos, Má- diálogo com os escritores e intelectuais de sua geração e angariou muitos
rio de Miranda Quintana é considerado um dos maiores leitores ilustres durante sua vida, dentre eles Mário de Andrade, Carlos Drum-
poetas brasileiros do século XX, pertencente à segunda mond de Andrade, Manuel Bandeira e Cecília Meireles.
geração do Movimento Modernista. Nasceu no dia 30 de Henriqueta faleceu em Belo Horizonte, no dia 9 de outubro de 1985. Entre as
julho de 1906, em Alegrete, cidade do Rio Grande do Sul. coletâneas que preparou para a infância e a juventude, destaca-se a Antolo-
Recebeu seu primeiro prêmio literário com a publicação gia poética para a infância e a juventude.
do conto A sétima personagem. A partir de 1934, Quintana começou a tra- Adaptado de: <http://www.jornaldepoesia.jor.br>.
duzir livros de diversos escritores estrangeiros. Ao ler um de seus poemas
na Revista Ibirapuitan, o já consagrado escritor Monteiro Lobato lhe pediu SAIBA MAIS
que escrevesse um livro. A obra foi produzida doze anos depois, com o título
Vinicius de Moraes
Espelho Mágico.
Marcus Vinicius de Melo Moraes nasceu no Rio de Ja-
O lançamento do seu primeiro livro só aconteceu em 1940, com a publicação
neiro, em 19 de outubro de 1913. Já compunha versos
de A rua dos cataventos, obra formada por 35 sonetos que passam a ser pu-
ao cursar os estudos secundários em sua cidade natal.
blicados em diversos livros escolares. Apesar da boa aceitação pela crítica,
Em 1930, ingressou na Faculdade Nacional de Direito,
o reconhecimento do seu trabalho como escritor só chegou três anos depois
onde conheceu e se ligou a nomes que se destacariam
com O aprendiz de feiticeiro, que recebeu elogios de grandes poetas brasilei-
no panorama intelectual e político brasileiro. Formou-se
ros, como Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.
em 1933, mesmo ano em que lançou seu primeiro livro de
Mario Quintana trabalhou traduzindo obras para o português até morrer, perto
poemas, O caminho para a distância.
de completar 87 anos, no dia 5 de maio de 1994.
Adaptado de: <http://educacao.uol.com.br>. Passou longa temporada em São Paulo e, voltando ao Rio de Janeiro, come-
çou a colaborar na imprensa. Nessa época, já era reconhecido como poeta e
SAIBA MAIS desenvolvera amizade com vários nomes importantes de nossas letras, como
Henriqueta Lisboa Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond
Poetisa mineira considerada pela crítica um dos grandes de Andrade e Cecília Meireles.
nomes da lírica modernista, dedicou-se à poesia, ensaios No início da década de 1960, começou a compor em parceria com Carlos
e traduções. Nasceu em Lambari, Minas Gerais, em 15 Lyra, Pixinguinha e Baden Powell. Também fez shows ao lado de Antonio
de julho de 1901. Formou-se normalista e, em 1924, mu- Carlos Jobim e João Gilberto. Foi diplomata e, na década de 60, participou
do movimento da Bossa Nova.
dou-se para o Rio de Janeiro.
Exerceu intensa atividade na área de cinema, teatro, poesia e música. Em
Dedicou-se à poesia desde muito jovem. Com Enterneci-
meados de 1969, iniciou sua parceria com Toquinho, que iria continuar até o
mento, publicado em 1929, recebeu o Prêmio Olavo Bi-
fim de sua vida.
lac de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Aderiu ao Modernismo por
volta de 1945, fortemente influenciada pela amizade com Mário de Andrade, Morreu aos 67 anos, em 9 de julho de 1980.
com quem trocou rica correspondência entre os anos de 1940 e 1945. Sua Adaptado de: <http://educacao.uol.com.br>.

– 111
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Data ___ / ___ / ___

Eles, os poetas...
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“Are rinha s
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feit
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Os poetas sabem como ninguém nos provocar diferentes coad los isbo
a
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sensações. Mas como eles fazem isso? Ora, com as palavras arma mar... [.. H e n riqu
a-

2
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3
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e tudo o que podem fazer com elas! Quer saber o que mais

Figu

Figu
eles têm em comum? A capacidade de nos fazer olhar o
mundo sempre de um jeito novo! Experimente essa
sensação lendo alguns versos de poetas bem brasileiros.
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“Pas , passa, tac ..]”
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“ H v a a
anda a vid .
que ava a su alguém a
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pois alar co e em ca A partir de suas observações, qual estilo de fazer poesia mais combina com o
a r a f m p r
p se ..]”
tava a : m [. seu? Explique sua escolha.
E es velhinh sozinha -nhe eireles
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a bo ngand hem-nh ecília M
e m Resposta pessoal.
u n C
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178 179

112 –
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C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:45 Página 181

Produção de texto
Professor, apresentamos aqui uma atividade que certamente agradará às
crianças! A única regra para a realização das propostas é o livre uso da imagi-
nação, elemento essencial na criação poética. Deixe que expressem esponta-
neamente suas ideias e impressões por meio de desenhos ou registros escritos.
Reserve um período da aula para que os alunos que desejarem exponham
ao grupo o trabalho realizado.

“A criatividade é a inteligência se divertindo.”


A frase acima foi dita por um dos maiores gênios da humanidade,
Albert Einstein!
Você já percebeu o quanto a criatividade está presente na poesia?
Identificou que há várias maneiras de brincar com as palavras?
Preparamos algumas provocações para liberar sua imaginação. Vamos lá?

INFÂNCIA FAMÍLIA

INFÂNCIA FAMÍLIA
INFÂNCIA FAMÍLIA
LIVROS ESCOLA

181
LIVROS ESCOLA 181
LIVROS ESCOLA

181
Atividade de enriquecimento
INFÂNCIA FAMÍLIA
Hora do jogo – Uma rima puxa outra
Para este jogo serão necessárias as fichas cartonadas que estão nas
páginas finais deste manual. Providencie uma caixa ou um saquinho para
acondicioná-las.
LIVROS ESCOLA
A proposta consiste em criar situações desafiadoras para que os alu-
nos, a partir da improvisação e criatividade, criem pequenos versos rima-
dos. Organize a turma num grande círculo e siga as orientações dadas a
181
seguir. Durante a atividade, registre os pares de versos elaborados para
que, ao final, o “poema maluco” da turma seja afixado no “cantinho poético”
da sala. Peça que deem um título ao texto e não deixe de fazer essa leitura
180
final, que, por certo, lhes agradará.
A partir dessa vivência descontraída, esperamos que os alunos se sintam
ainda mais à vontade para a criação espontânea de seus próprios textos.
– 113
Hora do texto
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Hora do jogo
Poesia e jogo combinam? Sim, e muito! Comprove isso agora mesmo, participando do jogo...

Hora do texto Data ___ / ___ / ___

Uma rima puxa a outra


Situações vividas na infância sempre têm um
gostinho de inocência com uma boa pitada de
diversão. No poema a seguir não foi diferente!
Faremos um improviso poético que provocará boas risadas! Leia as regras a seguir e Complete o texto com as palavras do quadro.
prepare-se para “poetar”... Para isso, é preciso ficar atento às rimas!

Meu amigão!
PREPARO DO JOGO COMO JOGAR

1. Os participantes deverão 1. Um jogador é sorteado para iniciar a partida. Eu briguei com o meu amigo. A amizade tem suas fases,
sentar-se em roda. No Em seguida, deverá criar um verso no qual sua falar
Com ele nem quero _____________. emoção
cada uma com sua ______________.
centro, espalhar as fichas palavra seja a última. Por exemplo: se estiver
de palavras que serão com a palavra ATREVIDO, poderá dizer: Ele que brinque sozinho, Eu vou ter de fazer as pazes,
dadas pelo professor. “Quando vi aquele garoto atrevido...” provocar
quem mandou me _____________? perdão
eu vou ter de pedir ______________.
2. O jogador que portar a palavra que rima com
2. Cada participante deverá ATREVIDO deve criar o verso complementar . Mas se ele brincar sozinho, Eu vou procurar por ele,
pegar uma ficha e aguardar 3. A dupla registra os versos no brincar
sozinho eu também vou _________. passar
sem amigo eu não posso _________.
a sua vez de jogar. “Cantinho Poético” da sala.
E se ele ficar sem amigo, Vou dizer que a culpa é minha,
4. Ao final, toda a turma cria um título para o
poema coletivo que fizeram. ficar
sem amigo eu também vou ________. abraçar
meu amigo eu vou ______________.
Pra quem eu vou mostrar Não dá pra viver sem amigos
pintei
o desenho que eu ______________? faço
do lado de tudo o que eu ________.
Com quem vou dividir Por mais que eu procure abraçar,
sonhei
esses sonhos que eu ____________? abraço
o amigo é maior que o ___________.
Registre, no quadro ao lado,
Resposta pessoal. Mais respeito, eu sou criança!, Pedro Bandeira, Moderna.
os versos ou a estrofe que você
mais gostou de ouvir.

182

114 –
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Diálogo com o texto 25/11/2019 08:45 Página 183


C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp

3. E você? Já vivenciou uma situação parecida com um amigo ou uma amiga? Como
Diálogo com o texto a situação foi resolvida?
Resposta pessoal. Deixe que socializem a resposta dada.
1. Em sua opinião, quem “fala” no poema? Quais características você observou
no texto para chegar a essa conclusão?
4. Deixe um bom conselho para amigos que enfrentam a mesma situação expressa
O poema sugere que quem “fala” no texto é uma criança. Essa impressão
no poema.
pode ser confirmada quando são citadas brincadeiras e situações carac-
terísticas da infância.
Resposta pessoal. Deixe que socializem a resposta dada.

2. Releia os primeiros versos do poema e explique, com suas palavras, qual era a
emoção do garoto naquele momento.
A criança estava brava, magoada. 184

Análise e reflexão sobre a língua – Gramática


Acentuação
Considerando que os alunos já desenvolveram um estudo específico sobre
o sistema de tonicidade da língua, daremos início a um processo de investiga-
ção sobre as normas que regem a acentuação das palavras.
Antes de mais nada, é importante que percebam, pela observação de qual-
quer texto escrito, que em nossa língua há muito mais palavras não acentuadas
• Qual foi a justificativa da criança para sentir-se dessa maneira? do que acentuadas. Portanto, o acento é uma maneira de se marcar a irregula-
Ela tinha brigado com o amigo. ridade no sistema de tonicidade. Um outro importante ponto a ser observado é
que as questões que envolvem a tonicidade e a acentuação de palavras estão
intimamente relacionadas e, estas, por sua vez, definem vários aspectos de
caráter ortográfico; isto quer dizer que conhecer as particularidades que organi-
zam esses sistemas pode ajudar na tomada de decisões ortográficas. Essa é,
realmente, uma grande descoberta!
183
Inicie sua aula apresentando a lista de palavras que abre a atividade e con-
vidando as crianças para uma importante “investigação”.
– 115
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Vamos às atividades?
Data ___ / ___ / ___
1. Pinte a sílaba tônica de todas as palavras proparoxítonas. Em relação à acentuação,
Análise e reflexão sobre a língua – Gramática o que há em comum em todas elas?
Acentuação
Muitas vezes ficamos em dúvida sobre a acentuação das palavras, não é Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas na antepenúltima sílaba.
mesmo? A boa notícia é que existe uma “lógica” para nos ajudar!
Preparamos as tabelas abaixo para iniciarmos esse estudo. Observe-as.
2. Agora, copie as palavras paroxítonas, agrupando-as como se pede.
PROPAROXÍTONAS PAROXÍTONAS OXÍTONAS
PAROXÍTONAS ACENTUADAS PAROXÍTONAS NÃO ACENTUADAS

XÍCARA ÁLBUM VOCÊ


álbum
__________________________________ madeira
__________________________________
DIFÍCIL CHULÉ difícil patinete
__________________________________ __________________________________
ÁRVORE repórter coragem
REPÓRTER XARÁ __________________________________ __________________________________
tênis
__________________________________ morderam
__________________________________
QUILÔMETRO TÊNIS CIPÓ órfão caderno
__________________________________ __________________________________
ÓRFÃO AZUL ímã
__________________________________ __________________________________
ÔNIBUS pólen
__________________________________ __________________________________
ÍMÃ CAQUI vírus
__________________________________ __________________________________
PÓLEN BAMBU tórax
__________________________________ __________________________________
ROMÂNTICO
bíceps
VÍRUS MAÇÃ
BRÓCOLIS • Quais são as terminações das palavras paroxítonas acentuadas?
TÓRAX FOGÃO
As paroxítonas acentuadas terminam em L, R, N, S, X, PS, ÃO, Ã, I(S), U(S), UM (UNS).
MATEMÁTICA BÍCEPS BOMBOM
MADEIRA TAMBÉM
CRÉDITO • Quais são as terminações das palavras paroxítonas não acentuadas?
PATINETE NENHUM
As paroxítonas NÃO acentuadas terminam em A(S), E(S), O(S), AM, EM.
CORAGEM AMOR
Cócegas
MORDERAM DUREX
3. Volte à tabela inicial para observar novamente as palavras oxítonas e completar as
Óculos CADERNO PARABÉNS
informações a seguir.
Lápis AVESTRUZ • As oxítonas acentuadas terminam em A(S), E(S), O(S), EM (ENS).
Lâmpada
Felicidade Guarani
Máquina Vovó • As oxítonas não acentuadas terminam em
Pudim I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S, ÕES, ÃES), IM (INS), OM (ONS), UM (UNS), L, R, X, Z.
185 186

116 –
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4. Copie as palavras abaixo nos quadros em branco da tabela inicial, nos lugares corretos. 6. Veja só que interessante: o uso ou não de um sinal de acentuação pode modificar o
Você deve considerar as descobertas feitas até aqui antes de decidir se essas palavras sentido de uma palavra. Observe:
devem ser acentuadas ou não. CAQUI CÁQUI

GUARANI COCEGAS LAPIS

LAMPADA VOVO FELICIDADE

MAQUINA PUDIM OCULOS

5. Agora que você já está craque em acentuação, encontre os quatro erros no poema Nome da fruta Nome de uma cor
a seguir. • O mesmo acontece com os pares de palavras a seguir. Veja só:

CAMELO / CAMELÔ
Fique sabendo que
MAIO / MAIÔ
O chuchú é um legume que não faz a barba,
Bruxelas é a capital das bruxas, BEBE / BEBÊ
A borboleta é uma flor que voa,
PAIS / PAÍS
A andorinha é uma ave turista,
O caracól inventou o trailer, • Escolha um par de palavras acima e faça com elas uma única frase.
O pinguim é o garçom da Antartida Resposta pessoal.
E o sabia é um passarinho que, do alfabeto, só sabe o “A”.

Um passarinho me contou, José Paulo Paes, Ática.


7. Não resistimos à tentação de propor a você um último desafio!
Para dar sentido à frase abaixo, é preciso acentuar apenas algumas
palavras. Será que você consegue realizar essa façanha? Vamos lá!
• Agora, vamos à correção:
a) As duas palavras que devem ser acentuadas e não estão são:
Antártida e sabiá. A sabiá sabia que o sabiá sabia assobiar.
A SABIA SABIA QUE O SABIA SABIA ASSOBIAR.
b) As duas palavras que não deveriam estar acentuadas e estão são:
Chuchu e caracol.
187 188

– 117
Hora do texto Diálogo com o texto
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Duas dúzias de coisinhas à-toa que deixam a gente feliz, de Otávio Roth

Hora do texto Data ___ / ___ / ___


Diálogo com o texto

Seria incrível se pudéssemos guardar


1. Você acha que quem “fala” no poema é
boas memórias em uma caixa, não é?
Resposta pessoal.
E quando elas estão na poesia, tudo
fica ainda melhor! um adulto. uma criança.

• Explique sua resposta.


Resposta pessoal, de acordo com a escolha feita.

2. Escolha três “coisinhas à-toa” citadas no texto que também o(a) deixam feliz.
Resposta pessoal.
Duas dúzias de coisinhas à-toa
que deixam a gente feliz

pintinho saindo do ovo joaninha no nariz


3. A expressão “à-toa” pode significar algo sem importância, inútil. Certamente
começar caderno novo respingo de chafariz
alegria do meu povo fazer um amigo feliz o poeta não quis desvalorizar as “coisinhas à-toa” que o deixam feliz. Para você,

espaguete al dente estrelinha piscando no céu


qual foi a intenção dele ao escolher esse título para o poema?
um pé de meia quente melar o dedo no mel Resposta pessoal. Possível resposta: mostrar ao leitor que coisas do cotidiano, aparente-
melancia sem semente abrir clipe de papel
mente sem importância, podem nos trazer felicidade.
acordar com cafuné alguém sempre por perto
visita pela chaminé um saco de bombom aberto
estalar os dedos do pé uma rima que deu certo.
4. Volte ao poema para observar, agora, a maneira pela
queijinhos vindos da França
menina loira com trança qual o poeta organizou palavras que rimam no final dos
Dom Quixote e Sancho Pança Duas dúzias de coisinhas à-toa versos. Depois, participe da “brincadeira poética”que será
que deixam a gente feliz,
barquinho na enxurrada proposta pelo professor!
Otavio Roth, Salamandra.
queijo com goiabada
beijinhos da namorada

189 190

118 –
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:45 Página 192

Produção de texto

Antes de sugerir a produção do texto, peça que as crianças mencionem


“coisinhas à-toa” que as deixam felizes. Comente que o título do poema remete,
na verdade, à simplicidade do cotidiano, que muitas vezes não valorizamos, e
que pode ser a base de uma vida feliz. Que tal você também participar desse
momento especial?
Em seguida, peça que façam a atividade proposta. Faça-as perceber que o
texto constitui uma espécie de lista “poética”, marcada por rimas internas.
Encaminhe-as à revisão do texto. Lembre-se que você, professor, será o orien-
tador desta atividade. Então, instigue-as, provoque-as, leve-as de volta ao texto a
fim de que, gradativamente, apropriem-se desse objeto que é resultado direto de
muitas “idas e vindas”, “acertos e desacertos”, num genuíno trabalho de constru-
ção textual. Vale salientar que tal atividade não exclui sua apreciação posterior.

Nome:
Data:

Assim como o poeta, você já parou para pensar que


coisas bem simples podem nos deixar realmente felizes?
Então, pense livremente em algumas dessas coisinhas • Agora, produza seu quadro poético, ilustrando as coisinhas à-toa descritas em seu
“à-toa” que trazem felicidade. Faça uma visita a suas
lembranças mais gostosas, pense na família, nos amigos, poema.
experimente novamente aquelas sensações... Pronto! Aí
estão elas! Faça essa lista nas linhas abaixo, sem
se preocupar com mais nada...

191 192

– 119
Análise e reflexão sobre a língua – Gramática Encaminhamento da atividade
1. Com antecedência, prepare uma caixa especial, “recheada” de palavras
Ditado: “Com acento ou sem acento?”
acentuadas e não acentuadas que reproduzam, em sua maioria, as ocorrências
Professor, esta é uma atividade de sistematização para os estudos iniciados que já foram objeto de reflexão em aulas anteriores.
anteriormente sobre acentuação. A partir das reflexões feitas, proponha esta
Veja nossas sugestões:
atividade observando a dinâmica descrita a seguir.

LÁPIS  CHUCHU 

Data ___ / ___ / ___ AVESTRUZ  PRÍNCIPE 


Análise e reflexão sobre a língua – Gramática LÁPIS  CHUCHU 
URUBU  REPÓRTER 
AVESTRUZ  PRÍNCIPE 
Prepare-se para participar de
um ditado diferente! BISAVÔ  FELICIDADE 
URUBU  REPÓRTER 
Aguarde as orientações do professor.
ALGUM 
BISAVÔ  ROMÂNTICO 
FELICIDADE 

ALGUM  ROMÂNTICO 
INGLÊS  PAPEL 
Com acento ou sem acento?
INGLÊS  PAPEL 
SACI  GIBI 
SACI  GIBI 

ÓCULOS 
ÓCULOS  XÍCARA 
XÍCARA 

2. Sorteie a primeira
b. Sorteie a primeira palavra
palavra e a e a pronuncie
pronuncie naturalmentenaturalmente
aos alunos, semaos alunos,
artificializar sem
sua fala
b. Sorteie
artificializar a primeira
de sua
modo fala
palavra
de modo
a favorecer
e a pronuncie naturalmente
a favorecer
a localização
aos alunos,
a localização
da sílaba tônica,
sem artificializar
da sílaba
seja ela acentuada
sua
ou não.tônica,
fala seja
Aguarde que
de modo as a favorecer
crianças a a localização
escrevam. da sílaba
ela acentuada ou não. Aguarde que as crianças a escrevam. tônica, seja ela acentuada ou não. Aguarde que
as crianças a escrevam.
3. Logo c. em Logoseguida,
em seguida, faça
faça questões
questões quequelevemlevem os aalunos
os alunos elaboraraoralmente
elaborar as oralmente
regras que
as regras justificam
que justificam
o empregooouemprego ou não
não dos acentos agudodos acentosVeja
e circunflexo. agudo e circunflexo.
duas possibilidades de
c. Logo em seguida,
encaminhamento faça questões
das que
questões. levem
Veja duas possibilidades de encaminhamento das questões. os alunos a elaborar oralmente as regras que
justificam o emprego ou não dos acentos agudo e circunflexo. Veja duas possibilidades de
Exemplo Exemplo1: suponhamos
1: Suponhamos que que a palavra
a palavra sorteada
sorteada seja: seja:
encaminhamento das questões.

193 PRÍNCIPE
Exemplo 1: Suponhamos que a palavra sorteada seja:

120 –
PRÍNCIPE
Em seguida, questione:

 Qual é a sílaba tônica dessa palavra?


 Então, como ela se classifica quanto à tonicidade?
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:45 Página 194

Em seguida, questione:
• Qual é a sílaba tônica dessa palavra?
• Então, como ela se classifica quanto à tonicidade?
• Essa palavra é acentuada ou não? (aguarde a resposta dos alunos). Como
Data ___ / ___ / ___
vocês chegaram a essa conclusão? (Espera-se que respondam de acordo Hora do texto
com a regra: todas as palavras proparoxítonas são acentuadas). Quer nos acompanhar numa fantástica viagem? Então, entre nesse
Exemplo 2: suponhamos que a palavra sorteada seja: trem porque ele já está de partida! Seu professor vai propor uma
leitura em voz alta como você nunca viu... Boa viagem!

URUBU TREM DE FERRO


Café com pão Oô...
Em seguida, questione: Café com pão Quando me prendero
• Qual é a sílaba tônica dessa palavra? Café com pão No canaviá
Cada pé de cana
• Então, como ela se classifica quanto à tonicidade? Virge Maria que foi isto maquinista?
Era um oficiá
• Essa palavra é acentuada ou não? (aguarde a resposta dos alunos). Como Agora sim Oô...
vocês chegaram a essa conclusão? (Espera-se que respondam de acordo Café com pão Menina bonita
Agora sim Do vestido verde
com a regra: as palavras oxítonas terminadas em U – seguidas ou não de Voa, fumaça Me dá tua boca
S, não são acentuadas). Corre, cerca Pra matá minha sede
Ai seu foguista Oô...
4.  Dê prosseguimento à atividade, até notar o envolvimento da turma. Note
Bota fogo Vou mimbora vou mimbora
que a autocorreção é feita durante a aplicação da atividade. Na fornalha Não gosto daqui
Que eu preciso Nasci no sertão
Hora do texto Muita força Sou de Ouricuri
Muita força Oô...
Trem de ferro, de Manuel Bandeira Muita força
Esse poema de Manuel Bandeira, por sua extraordinária possibilidade de Vou depressa
Oô... Vou correndo
realização dos recursos sonoros, costuma agradar bastante às crianças. Foge, bicho Vou na toda
Pensando nisso, convide-as para essa viagem imaginária de “maria-fuma- Foge, povo Que só levo
Passa ponte
ça”! Pergunte se conhecem esse meio de transporte pouco comum hoje em dia, Passa poste
Pouca gente
Pouca gente
se sabem o som que ele produz, o combustível que utiliza etc. Provavelmente Passa pasto Pouca gente...
boa parte não viveu essa experiência, mas deve conhecer a “maria-fumaça” por Passa boi
meio de filmes, novelas, livros, fotos, desenhos etc. Passa boiada
Passa galho
Em seguida, peça que se acomodem confortavelmente, crie um clima agra- De ingazeira Bandeira, Manuel.
dável na sala de aula (se possível, com a música “Trenzinho do Caipira”9, de Debruçada Antologia Poética,
Nova Fronteira.
Villa-Lobos, ao fundo) e peça que, apenas com os “olhos da imaginação”, olhem No riacho
Que vontade
sem pressa para os lugares sobre os quais você vai falar agora e percebam as De cantar!
sensações que eles despertam.
Depois desse preparo, faça a leitura expressiva do texto, evidenciando o
ritmo sugerido pelos versos.

9
Essa canção é facilmente encontrada em diversas coletâneas de Heitor Villa-Lobos. O poeta e escritor Ferreira 194
Gullar, sensibilizado pelas lembranças que essa melodia lhe provocou, escreveu a letra/poema da canção. Você
pode encontrá-la na voz de Adriana Calcanhoto, no CD Adriana Partimpim.
– 121
Troca de ideias
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No final da viagem, proponha que discutam as questões sugeridas no Ca- 2. O poema traz algumas palavras cujo significado você talvez desconheça. Então,
derno do aluno – e outras que julgar convenientes durante a atividade –, garan- preencha a cruzadinha abaixo para fazer essa verificação.
tindo a participação de todos nesse importante momento de intercâmbio oral.
Estas questões, em especial, merecem nosso comentário.

Troca de ideias
D
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1. Em sua versão original, Manuel Bandeira organizou esses versos em uma coluna, e
E
não em duas, como os apresentamos aqui. Que efeito visual a organização gráfica feita B I
pelo poeta pode provocar no leitor? (Se você acertar essa, certamente é um
grande observador!) F O R N A L H A
O autor organizou o poema em versos curtos, agrupados intencionalmente em diversas U G
a) Forno quente Ç A
estrofes,deprovocando
Troca ideias um efeito visual interessante: essa organização (em uma coluna, não
b) Tipo de árvore
em Em
1. duas,
suacomo apresentado
versão no Caderno
original, Manuel do aluno),
Bandeira lembra esses
organizou um trem!
versos em uma coluna, e A Z
não em duas, como os apresentamos aqui. Que efeito visual a organização gráfica feita c) Quem dirige a locomotiva
pelo poeta pode
D E
2. Você acha queprovocar norelação
há alguma leitor? entre
(Se você
o títuloacertar essa, certamente
e o conteúdo do poema? é um d) O mesmo que animal
grande observador!) A I
Sim. Deixe que comentem livremente essa relação para, após a leitura, confirmarem ou e) Inclinada, curvada
refutarem suas hipóteses.
R B
3. Afinal, quem é que está “falando” no poema? Como você fez essa descoberta?
M A Q U I N I S T A
Quem “fala”, no poema, é o próprio trem, contando sua viagem. C
2. Você acha que há alguma relação entre o título e o conteúdo do poema?195
H
O
3. Afinal,
Diálogo com o texto
quem é que está “falando” no poema? Como você fez essa descoberta?
3. O poema é repleto de efeitos sonoros. Você deve ter percebido isso durante a leitura
Diálogo com o texto em voz alta que fez com a turma. Logo nos três primeiros versos, lemos:
1. Desenhe as paisagens que você viu pela janela do trem, durante essa animada viagem.
Café com pão
Café com pão
Café com pão

Resposta pessoal, de acordo com a descrição feita no poema. • Que som está sendo reproduzido com a repetição desses versos?
A repetição dos versos reproduz a movimentação do trem.

195
196

122 –
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• Como você poderia representar por escrito a velocidade de um carro? c) Na cruzadinha, você descobriu que “ingazeira” é uma espécie de árvore. No poema,
Resposta pessoal. Deixe que socializem a resposta dada. o trem passa por uma “ingazeira debruçada no riacho.” Que imagem lhe vem à mente
nesses versos? Desenhe-a no espaço abaixo.
4. Durante o percurso, o trem sobe e desce morro, faz curvas, anda mais depressa ou
devagar.
a) Localize e pinte os versos do poema que dão a impressão de que o trem se desloca
lentamente.
Ai seu foguista Muita força Resposta pessoal.
Bota fogo Muita força O aluno deverá desenhar a árvore inclinada no riacho.
Na fornalha Muita força
Que eu preciso
b) Releia estes versos do poema:

Oô... 5. Em alguns trechos do poema, o poeta reproduz versos populares. Veja só!
Foge, bicho
Foge, povo Oô...
Passa ponte Quando me prendero
Passa poste No canaviá
Passa pasto Cada pé de cana
Passa boi Era um oficiá
Passa boiada Oô...
Passa galho Menina bonita
De ingazeira Do vestido verde
Debruçada Me dá tua boca
No riacho Pra matá minha sede
Que vontade Oô...
De cantar! Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
• Agora o trem ainda se desloca lentamente ou já ganhou velocidade? Explique como Sou de Ouricuri
você chegou a essa conclusão. Oô...

O trem ganhou velocidade. Sugerimos que releia esses versos para que os alunos
• Observe que algumas palavras não estão escritas de acordo com as regras
possam perceber que essa sensação de velocidade se dá pela repetição da palavra
ortográficas. Por que você acha que isso acontece?
passa (reforçada pelo som sibilante da letra S) e pelo fato de os versos serem curtos.
Isso acontece porque esses versinhos reproduzem a linguagem e a cultura popular, da qual
• Você acha que, nesse momento da viagem, o trem está feliz? Explique sua resposta.
a maria-fumaça faz parte.
Resposta pessoal.
197 198

– 123
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Hora da poesia
6. Você acha que ter feito a leitura da forma como seu professor propôs fez com que o
poema ficasse mais divertido e envolvente? Por quê? Hora da poesia
Resposta pessoal.
Tenho a impressão de que você ficou bem animado(a) com a
viagem que fez no trem de ferro, não é mesmo? Boa parte
dessa sensação se deu pelo “efeito sonoro” que as
palavras, expressões e sons escolhidos pelo poeta
proporcionaram. Vamos tentar fazer o mesmo?

Em seguida, será a hora de conhecer outro poema “sonoro”.


Mas, desta vez, cuidado para não se molhar! Fique
atento(a) às instruções que serão dadas pelo professor.

199

Enchente, de Cecília Meireles


Professor, antes de apresentar o poema de Cecília Meireles, propo-
mos uma estimulante e divertida simulação do barulho da chuva. Provo-
199 que-os com a seguinte pergunta: “Será que é possível começar a chover
dentro de nossa sala de aula daqui a alguns minutos?” Certamente duvi-
darão que isso aconteça! Diga, então, que eles mesmos farão “chover”.
Professor, em “Trem de ferro”, Manuel Bandeira nos leva para muito além Veja como proceder:
9 Separe os alunos em dois grupos e peça que fiquem em pé, organizados
das palavras. O ritmo perfeitamente marcado, as aliterações, as belas figuras
em fileiras como num coral: lado A de um lado, e lado B de outro. Separe
de linguagem, a variação na velocidade da máquina e tantos outros elementos
uma das crianças para que fique ao lado do grupo. Dê a ela um prato (ins-
fazem o leitor “sentir” o movimento do trem e perceber seus ruídos. Com a
trumento musical) ou qualquer outro objeto que produza um som metálico.
intenção de oferecer aos alunos essa sensação e estimulá-los a entrar nessa
fantasia, proponha uma leitura bem animada, como a descrita a seguir: 9 Diga que você será o “maestro” da turma e que todos devem ficar atentos
aos seus sinais e indicações.
Num lugar aberto, peça que se organizem em fila e coloquem as mãos na
9 Ao seu sinal, os alunos do lado A devem esfregar as palmas das mãos, no
cintura ou nos ombros do colega da frente. Agora, eles serão o trem! Durante início leve e lentamente. Aos poucos, esse movimento deve se tornar mais
sua leitura, devem caminhar reproduzindo os movimentos da “maria-fumaça”, rápido e vigoroso. (É a chuva chegando de mansinho...)
desde sua vagarosa e ritmada saída da estação, passando pelo contorno de 9 Enquanto o lado A continua a produzir som, peça que os alunos do lado B
suas curvas, ganhando força nas subidas, até a velocidade nas descidas etc. estalem os dedos, no início, leve e lentamente. Aos poucos, esse movimento
Será uma diversão! deve se tornar mais rápido e vigoroso. (Começa a chover e a chuva “aperta”!)
124 –
9 Ao seu sinal, todos devem pular e bater os pés no chão, ao mesmo Atividade de enriquecimento – Criando textos
tempo, sem parar de executar os movimentos que já fazem (esfregar
Proponha esta atividade cuja ideia é que, na própria “forma” do poema
as mãos e estalar os dedos – esses são os primeiros trovões). Repita o
de Manuel Bandeira, os alunos criem seu próprio texto, brincando com as
movimento várias vezes.
diferentes possibilidades de realização sonora. Veja o texto produzido por
9 Em meio à tempestade, peça que o aluno ao lado do grupo percuta (bata)
uma criança mediante a mesma proposta.
um prato contra o outro, imitando o som de um forte trovão. Repita o movi-
mento. (A chuva atingiu seu ápice, é hora de começar a “enfraquecê-la”...)
9 Progressivamente, elimine os trovões e peça que os alunos do lado B esta-
lem os dedos mais lentamente e com menos vigor até que o som desapare-
ça. Por último, os alunos do lado A devem esfregar as mãos cada vez mais
lentamente e com menos vigor até que não se ouça mais nenhum ruído na
sala. A chuva se foi!
9 Certamente, as crianças vão querer “fazer chover” novamente! Então,
mãos à obra!
Depois da estimulante atividade, é hora de apresentar o poema de Cecília
Meireles e dizer aos alunos que é possível “imitar” o som da chuva apenas com
palavras. Desafie-os a imaginar como isso pode ser possível.
Providencie cópias do poema e faça a leitura oral, evidenciando que a repe-
tição dos sons gerados pelas letras X e CH reproduz o som da chuva. Proponha
a leitura em coro para destacar ainda mais essa sensação.

ENCHENTE
Cecília Meireles
Chama o Alexandre!
Chama!
Olha a chuva que chega!
Encaminhe-os à revisão do texto. Lembre-se que você, professor, será o
É a enchente.
Olha o chão que foge com a chuva… orientador dessa atividade. Então, instigue-os, provoque-os, leve-os de volta
ao texto a fim de que, gradativamente, apropriem-se desse objeto que é re-
Olha a chuva que encharca a gente. sultado direto de muitas “idas e vindas”, “acertos e desacertos”, num genuíno
Põe a chave na fechadura. trabalho de construção textual. Vale salientar que tal atividade não exclui sua
Fecha a porta por causa da chuva, apreciação posterior.
olha a rua como se enche!
Enquanto chove, bota a chaleira Hora do texto
no fogo: olha a chama! olha a chispa! O leão, de Vinicius de Moraes
Olha a chuva nos feixes de lenha! Escolhemos trabalhar este poema porque ele apresenta ricas possibilidades
Vamos tomar chá, pois a chuva para o trabalho com algumas figuras de linguagem, entre elas a comparação
é tanta que nem de galocha e a metáfora. Se julgar conveniente, deixe que os alunos realizem a atividade
se pode andar na rua cheia! em pequenos grupos para provocar e expandir o olhar aos novos sentidos que o
Chama o Alexandre! poema oferece.
Chama! Deixe que leiam o poema livremente e manifestem suas primeiras impressões
(o poema musicado pode ser encontrado na trilha sonora de A Arca de Noé 2).
– 125
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Hora do texto
Na obra “A arca de Noé”, o poeta Vinicius de Moraes reúne poemas infantis
que se tornaram muito populares. Conheça um deles.

O salto do tigre é rápido

O LEÃO Como o raio; mas não há


Tigre no mundo que escape
Do salto que o leão dá.
Não conheço quem defronte
Leão! Leão! Leão!
O feroz rinoceronte.
Rugindo como o trovão
Pois bem, se ele vê o leão
Deu um pulo, e era uma vez
Foge como um furacão.
Um cabritinho montês.

Leão se esgueirando, à espera


Leão! Leão! Leão!
Da passagem de outra fera...
És o rei da criação!
Vem o tigre; como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
Tua goela é uma fornalha
E enquanto brigam, tranquilo
Teu salto, uma labareda
O leão fica olhando aquilo.
Tua garra, uma navalha
Quando se cansam, o leão
Cortando a presa na queda.
Mata um com cada mão.

Leão longe, leão perto


Leão! Leão! Leão!
Nas areias do deserto.
És o rei da criação!
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro.
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna.
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus quem te fez ou não?

A arca de Noé, Vinicius de Moraes,


Companhia das Letrinhas.

200 201

126 –
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Diálogo com o texto 5. No decorrer do texto, o poeta continua realizando comparações e,


em algumas delas, não utiliza a palavra como. Assinale o único verso em
1. Na 1.a estrofe do poema, o rugido do leão é comparado que esse recurso de comparação não ocorre.
a) ao cabritinho montês.
a) Tua goela é uma fornalha.
b) ao tamanho do próprio leão.
b) Teu salto, uma labareda.
c) ao som de um trovão.
c) Tua garra, uma navalha.
d) ao salto dado pelo leão.
d) O salto do tigre é rápido.

2. A comparação feita na 1.a estrofe do poema se justifica porque


6. Você percebeu que Vinícius de Moraes construiu comparações bem
a) o cabritinho é fraco e inofensivo.
criativas, não é mesmo? Agora, chegou a sua vez! Separamos algumas
b) o trovão tem um som alto e assustador.
imagens para você e um colega criarem comparações rimadas.
c) o leão é ágil e salta com extrema facilidade.
d) o leão é considerado o rei dos animais.
Resposta pessoal. Deixe que socializem as res-
3. Que outra comparação poderia ser realizada com o rugido postas dadas.
do leão, sem alterar a ideia pretendida pelo poeta?
a) Rugindo como um violão.
b) Rugindo como um camaleão.
c) Rugindo como um vulcão.
d) Rugindo como um coração.

4. Em “...era uma vez um cabritinho montês”, o poeta está querendo


dizer que
a) o pobre cabritinho foi engolido pelo leão.
b) o cabritinho tornou-se grande amigo do leão.
c) o leão era fraco.
d) o cabritinho era muito forte.

202 203

– 127
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Análise e reflexão sobre a língua


Ortografia – EL ou ÉU em final de palavra • Você observou que o som final dessas palavras é o mesmo? Então, como saber se
As terminações EL ou ÉU costumam provocar dúvidas no momento do re- devemos escrevê-las com L ou U? Um pequeno ‘truque’ poderá ajudá-lo a acabar de
gistro escrito por não apresentarem qualquer diferença sonora entre si. Assim, vez com essa dúvida. Faça atentamente as atividades a seguir.
as atividades pretendem oferecer critérios de decisão fundamentados na regu-
laridade que rege esse uso, neste caso, aspectos vinculados diretamente a uma a) Pinte, no quadro, todas as palavras terminadas em ÉU.
questão de conhecimento gramatical: a flexão em número do substantivo. Para indicar mais de um chapéu, escrevemos chapéus, no plural.

b) Agora, circule as palavras do quadro terminadas em EL.


Para indicar mais de um papel, escrevemos papéis, no plural.

c) Complete as listas abaixo com o plural das palavras do quadro, observando as


terminações destacadas nas palavras já apresentadas.

Terminação ÉU Terminação EL
(escolha 5 palavras do quadro)

chapéu – chapéus papel – papéis


troféu – troféus
______________________________ carrossel – carrosséis
______________________________
céu – céus
______________________________ painel – painéis
______________________________
fogaréu – fogaréus
______________________________ pincel – pincéis
______________________________
véu – véus
______________________________ pastel – pastéis
______________________________
escarcéu – escarcéus
______________________________ carretel – carretéis
______________________________
beleléu – beleléus
______________________________ ______________________________
X
______________________________ ______________________________

Para discutir com a turma


• Por que pensar no plural da palavra nos ajuda a decidir se ela termina com EL ou com
ÉU quando está no singular? Registre essa descoberta.
Proponha a discussão sugerida.
Possibilidade de registro: Pensar no plural da palavra ajuda na tomada de decisão
porque se o plural terminar em ÉUS, no singular, a palavra termina com ÉU (apenas
acrescenta-se a letra S). Se o plural da palavra terminar em ÉIS, no singular, a pala-
vra deve terminar com EL. 205

128 –
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Hora do texto

3. Complete as lacunas de outro poema de Vinicius de Moraes, com o singular das Poemas visuais variados
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palavras apresentadas nos parênteses. Para decidir se a palavra termina com EL ou ÉU, • Chuva, de Fernando Paixão
lembre-se de aplicar a descoberta que fez na atividade anterior. • Escova de dente, de Luís Camargo
Professor, os poemas visuais caracterizam-se por assumir novas configu-
rações, unindo diversos recursos gráficos a imagens, desenhos, movimentos e
sons, de maneira original e instigante. Data ___ / ___ / ___
Esses Hora poemas do textocostumam atrair as crianças, pois brincam com infinitas pos-
sibilidades de interação com o leitor/ouvinte, revelando, a cada nova leitura,
Sempre que o Sol
Pinta de anil
sua força criativa. Portanto, acreditamos que vale a pena investir na exploração
céu
Todo o _______________________ desse tipo de poema e recomendamos que leve muitos outros para a sala de
(céus) aula, ampliando o repertório
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:46 delas.
Página 207

O girassol C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp25/11/2019
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:46
08:46Página
Página207207

carrossel
Fica um gentil ___________________.
(carrosséis)

carrossel
O girassol é o _____________________ das abelhas. Hora
Hora dodo texto
texto
Data ___Data
/ ___ /___ Data ___ / ___ / ___
___ / ___ / ___

(carrosséis) Hora do texto

Pretas e vermelhas
Ali ficam elas
Brincando, fedelhas
Nas pétalas amarelas.

carrossel
– Vamos brincar de __________________, pessoal?
(carrosséis)

carrossel
– “Roda, roda , _________________________
(carrosséis)

Roda, roda, rodador


mel
Vai rodando, dando _____________________
(méis)

Poesia a Gente Inventa, Fernando Paixão, ilustração Lizmedeiros, Ática.


Vai rodando, dando flor.”
[...] A arca de Noé, Vinicius de Moraes, Companhia das Letrinhas. UAU! Que poema diferente!
Poesia a Gente Inventa, Fernando Paixão, ilustração Lizmedeiros, Ática.
Pois essa é mais uma
Poesia maneira
a Gente dePaixão,
Inventa, Fernando fazer poesia:
ilustração Lizmedeiros, Ática.

com muita criatividade,


UAU! parece que o
Que poema diferente!
UAU! Que poema diferente!
Pois essa é mais uma maneira de fazer poesia:
“desenho” representa
Pois essa o que
é mais uma maneira o poeta
de fazer poesia: diz!
com muita criatividade, parece que o
umcom muita criatividade,
Esse é“desenho”
“poema visual”,
representa
parece quepara
o quefeito
o
o poeta diz!ser
“desenho” representa o que o poeta diz!
Esse é um lido
“poemae visto...
visual”, feito para ser
Esse é um “poema visual”, feito para ser
206 lido e visto...
lido e visto... 207
207
207

– 129
C1_4oANO_Lingua_Port_Carlos_2021.qxp 28/09/2020 10:41 Página 208

Troca de ideias

Estabeleça uma comunicação eficiente com a turma, estimulando as crian-


Diálogo com o texto
ças à leitura do poema visual apresentado e daqueles que você, professor, le-
vou para a sala de aula.
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:46 Página 208
1. Faça a leitura de outro poema visual!
Além das questões apresentadas no Caderno do aluno, sugerimos outras
que podem ser utilizadas.
– O que mais chama a atenção, ao olhar para esses poemas?
– Em que esses poemas são diferentes daqueles que você já conhece?
Estimule as crianças a tentar ler os poemas e a descobrir que imagem elas
veem. Questione: Existe alguma relação entre as imagens e os textos escritos?
– Vocês descobriram o nome da menina no poema Chuva?
– Ainda nesse poema é citado um objeto desconhecido, um “conta-letras”.
Vocês acham que ele serve para quê?
Prossiga com as questões enquanto notar o envolvimento da turma.

Troca de ideias

1. Numa primeira leitura, o que mais chamou sua atenção no poema: a imagem ou o
texto escrito?
Resposta pessoal.
2. Seu professor fará algumas perguntas sobre o texto para que você discuta com os
colegas! Participe compartilhando suas impressões!

208

Diálogo com o texto

Ziguezague, de Sérgio Caparelli


Diálogo com o texto
Diga aos alunos que, neste novo poema visual, as palavras que formam a ima-
1. Faça a leitura de outro poema visual!
gem devem ser lidas, pois se complementam para a construção do sentido do texto.
Não seja rigoroso com a correção das respostas dadas pelas crianças. Ape-
nas considere outras possibilidades de atribuição de sentido, analisando a per-
tinência de cada uma delas. CAPARELLI, Sérgio e GRUSZYNSKI, Ana Cláudia. Poesia visual. São Paulo: Global, 2001.
208
Sugestão: professor, reserve um período de sua aula para explorar o site do
autor: www.capparelli.com.br
130 –
CAPARELLI, Sérgio e GRUSZYNSKI, Ana Cláudia. Poesia visual. São Paulo: Global, 2001.
C1_4oANO_Lingua_Port_Carlos_2021.qxp 28/09/2020 10:42 Página 209

Produção de texto
2. Nesse poema, as palavras foram distribuídas pela página de uma forma bem original. É hora de estimular os alunos a criar um poema visual, tarefa que cer-
Que imagens elas sugerem? tamente agradará a todos. Proponha a atividade a partir da orientação dada
no Caderno do aluno. Deixe que façam o rascunho na própria página do
Dois peixinhos nadando em direções opostas. caderno e, ao final, oriente-os para que escrevam a versão final na folha do
encarte reservada para isso.
Encaminhe-os à revisão do texto. Lembre-se de que você, professor,
será o orientador dessa atividade. Então, instigue-os, provoque-os, leve-os
• Qual é a relação entre as palavras ZIG, ZAG e os peixes do poema? de volta ao texto a fim de que, gradativamente, apropriem-se desse objeto
que é resultado direto de muitas “idas e vindas”, “acertos e desacertos”,
Zig e Zag são os nomes dos peixinhos. Note que os corpos deles são preenchidos com num genuíno trabalho de construção textual. Vale salientar que tal atividade
essas palavras. não exclui sua apreciação
C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 posterior.
08:46 Página 210

Data ___ / ___ / ___

3. Observe que entre os peixinhos há dois versos organizados de uma maneira bem criativa.
Quero lançar um desafio
a você: a criação de um poema visual!
Po aq u Utilize o espaço abaixo para fazer o seu rascunho. Depois
É r i
escreva a versão definitiva numa folha especial, disponível
no encarte. Para terminar, exponha sua criação no “Café
com leite Poético” que vamos organizar. Informe-se melhor
sobre esse evento na próxima página.

P o r aq u i , n ã o

• Qual é a intenção do autor ao organizá-los assim?


210
As letras desalinhadas revelam a indecisão dos peixinhos quanto ao caminho a seguir.

Produção de texto

“Café com leite Poético”


4. Releia o final do poema e responda: a dúvida dos peixes foi resolvida? Copie um
Professor, esta proposta tem a intenção de valorizar ainda mais a arte da poesia
trecho do texto que confirme sua resposta.
e de sensibilizar os alunos para a percepção de que todos somos capazes de
Não. “Eles sumiram no horizonte sem chegar à conclusão”. escrever poemas. Para isso, seu envolvimento pessoal no preparo da atividade
é de fundamental importância. Vamos ao encaminhamento da atividade:
1. Leia o texto de apresentação do “Café com leite Poético”, explicitando as
etapas do trabalho.
209
2. Reserve um período da aula para propor a escrita individual de um poema
inédito. Apresente aos alunos a possibilidade de utilizarem um dos poemas
escritos anteriormente no decorrer da Unidade.
– 131
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C1_4oANO_Lingua_Port_Rachel_2020.qxp 25/11/2019 08:46 Página 212

3. Oriente a correção da primeira versão do texto, fazendo com que os alunos


observem a organização que é própria do gênero: versos organizados em
estrofes, presença de rimas, título e nome do autor.
4. Escolham a data da exposição. Oriente o preenchimento dos convites “Re-
serve a data”, no encarte.
Este espaço é para a produção do rascunho do poema que você criará
5. Agora, é só preparar uma mesa bem caprichada com sucos, chá e/ou café,
alguns saborosos biscoitinhos e aguardar a chegada dos visitantes – pais e para o “Café com leite Poético”. Lembre-se de atender às características
familiares ou demais pessoas que formam a comunidade escolar. Uma boa próprias do gênero estudadas ao longo desta unidade.
opção para esse momento é reservar alguns minutos para que as crianças No mais, deixe a imaginação guiar suas palavras, rimas, versos e emoções!
tenham a oportunidade de declamar seus poemas para o público em geral.

Você já ouviu falar em “Café com leite Poético”? Imagina do que se trata?
Pois você e sua turma terão mais uma experiência inesquecível no mundo da
poesia. A partir de todos os conhecimentos construídos até aqui, você produzirá
um poema sobre um tema de sua preferência.
Mas, iremos além...
Após a revisão final em seu texto, será hora de organizar um dia especial no
qual serão expostos os poemas da turma para convidados especiais.
No encarte, estão disponíveis os convites que serão distribuídos. Aguarde as
orientações de seu professor para a organização geral do evento.

A folha seguinte é para a realização do seu rascunho. No encarte, você também


encontrará a folha especialmente preparada para a transcrição final do seu poema.
Agora, mãos à obra!
Assunto do poema: __________________________________________________
Quantidade de versos por estrofe: ______________________________________
Quantidade de estrofes: ______________________________________________
Numeração dos versos rimados: _______________________________________ 211 212

132 –
C1_4oANO_Lingua_Port_Tony_2018 13/11/17 14:16 Página 100

Atividade de enriquecimento – Hora da poesia


O que disse o passarinho, de José Paulo Paes
Professor, os poemas são feitos não apenas para serem lidos, mas tam- Hora da poesia
bém, ouvidos e declamados. Na declamação, em especial, entram em jogo re- O QUE DISSE O PASSARINHO
cursos como entonação, expressão facial, ênfase em determinadas palavras e/
ou expressões, modulação da voz, entre outros aspectos. Crie uma atmosfera
UM PASSARINHO ME CONTOU
favorável para o desenvolvimento desta atividade. O humor presente no poema
QUE O ELEFANTE BRIGOU
a ser declamado certamente agradará às crianças, estimulando-as para a leitu- COM A FORMIGA SÓ PORQUE
ra em grupo. Então, convide-as a participar do jogral. ENQUANTO DANÇAVAM (SEGUNDO ELE)

Para começar, deixe que decidam a melhor marcação do texto. Depois, ELA PISOU NO PÉ DELE!

organize-as adequadamente para a leitura, valorizando a expressão oral, tom UM PASSARINHO ME CONTOU
de voz, clareza, ritmo. A seguir, nossa sugestão. QUE O JACARÉ SE ENGASGOU
E TEVE QUE CUSPI-LO INTEIRINHO
QUANDO TENTOU ENGOLIR,
IMAGINEM SÓ, UM PORCO-ESPINHO!

UM PASSARINHO ME CONTOU
QUE O NAMORO DO TATU E A TARTARUGA
DEU NUM CASAMENTO DE FAZER DÓ:
CADA QUAL FICOU MORANDO EM SUA CASCA
EM VEZ DE MORAREM NUMA CASCA SÓ.

UM PASSARINHO ME CONTOU
QUE A OSTRA É MUITO FECHADA,
QUE A COBRA É MUITO ENROLADA,
QUE A ARARA É UMA CABEÇA OCA,
E QUE O LEÃO MARINHO E A FOCA...

XÔ, XÔ, PASSARINHO CHEGA DE FOFOCA!

Um passarinho me contou, José Paulo Paes, Ática.

– 133
CADERNO PAUTADO 5 CADERNO PAUTADO 6

1. Leia e ilustre o poema a seguir. 1. Leia:


Bichos, bicho!
Mercado de trocas Ciça
Roseana Murray
Conheci uma minhoca
Troco um passarinho na gaiola nascida em Piracicaba,
Por um avião em pleno ar. que tem um sonho dourado:
subir na vida e, um dia,
Troco um passarinho na gaiola
ser um bicho de goiaba.
Por uma gaivota sobre o mar.
Fazendo um regime bravo
Troco um passarinho na gaiola tem no mar uma baleia,
Por uma andorinha em pleno voo. diz que quando emagrecer
Troco um passarinho na gaiola vai virar uma sereia.
Por uma gaiola aberta, vazia. Atravessando uma rua
um jabuti apressado
ainda não conseguiu
alcançar o outro lado,
2. A poetisa propõe belas trocas... Agora, use sua imaginação e embora sua travessia
complete o verso: tenha tido seu começo
Troco um passarinho na gaiola no fim do ano passado.

Por____________________________________________________ O elefante irritado


– um esportista frustrado
3. Imagine que nesse mesmo mercado de trocas há uma banca para protesta fazendo estrondo
trocar rimas. Então, complete as lacunas com palavras rimadas. queria comprar um tênis
não há tênis redondo.
Troco um elefante por _____________________________________
Pinte a estrofe do poema que você achou mais divertida.
Troco uma saia de filó por __________________________________ 2. Procure no texto palavras que rimem com:
– baleia:
Troco um sapato furado por _________________________________ – apressado:
– estrondo:
Troco uma mochila chocante por____________________________
3. No poema há uma palavra acentuada: tênis. Classifique-a:
Troco um hipopótamo turista por____________________________ a. quanto ao número de sílabas: ______________________________
b. quanto à tonicidade: ___________________________________
4. Faça frases com os pares de palavras abaixo:
a) esta – está
b) ópera – opera

134 –
Lições de casa
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CADERNO PAUTADO 7
Data ___ / ___ / ___
4. Leia o poema a seguir.
1
Metamorfose
José Paulo Paes
Que tal testar seus conhecimentos sobre os nomes de algumas histórias clássicas?
Me responda você Complete o título de cada livro abaixo. Em seguida, reorganize-os nas prateleiras, em ordem
Que parece um sabichão
alfabética. Para terminar, pinte cada livro com as cores das capas correspondentes.
Se lagarta vira borboleta
Por que trem não vira avião?

R apunzel
_____
Relacione o título “Metamorfose” ao conteúdo do poema.

_____
J oão e ____
M aria
5. Pinte algumas palavras do poema, como se pede:
a. De azul, todas as palavras oxítonas. ____
C hapeuzinho ___
V ermelho
b. De vermelho, duas palavras paroxítonas.
B arba ___
____ A zul

6. O professor vai ditar um pequeno texto. Nele, algumas palavras devem


ser acentuadas. Será que você vai acertar todas? N icolau e seus três filhos
____

Professor, dite o texto a seguir para a turma. O foco será a acentuação H enrique, o topetudo
____
de palavras. Ao final, faça a correção coletiva.
Como saber se uma lagarta vai virar borboleta ou mariposa?
É bastante difícil de saber! Somente especialis-
tas nesses animais sabem identificar se a lagarta
se tornará borboleta ou mariposa (eles usam até
lente de aumento para ver os detalhes). Geral-
mente, lagartas que possuem cerdas (pelos) são
as que se transformarão em mariposas. Mas isso
não é uma regra. E você sabe diferenciar uma borboleta de uma ma-
riposa? É bem fácil: quando pousam, borboletas ficam com as asas
fechadas, enquanto mariposas ficam com elas abertas. E, em geral,
213
borboletas são coloridas!

– 135
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Data ___ / ___ / ___


No meu baú há corpos celestes com
2
luz própria que só aparecem à noite.
Você já deve ter percebido que o Mundo dos Reinos Distantes é repleto de enigmas Substantivo feminino, plural, trissílabo,
a serem desvendados. Aí vão mais alguns! Descubra que elemento das histórias encantadas
com duas letras na primeira sílaba.
está guardado no baú de cada personagem, a partir das dicas fornecidas. Aproveite para
estrelas
desenhar como você imagina ser cada tesouro. –––––––––––––––––––––––––––––––

No meu baú há um
objeto muito utilizado pelas fadas.

Substantivo feminino, trissílabo, com


No meu baú há um elemento natural
duas letras na primeira sílaba.
intocável, que costumo utilizar
varinha
––––––––––––––––––––––––––––––– quando me sinto ameaçado...

Substantivo masculino, singular,


No meu baú há um dissílabo.
objeto essencial para minha beleza. fogo
–––––––––––––––––––––––––––––––
Utilizo-o ao me pentear.

É um substantivo masculino, trissílabo,


com 3 letras na última sílaba.
espelho
–––––––––––––––––––––––––––––––
No meu baú há uma caixinha de
indispensáveis detalhes do meu nariz.
No meu baú há um grão mágico e
especial que acabou me trazendo Substantivo feminino, trissílabo, com
muitos problemas... três letras na primeira sílaba.
verrugas
Substantivo masculino, dissílabo, com –––––––––––––––––––––––––––––––
3 letras em cada sílaba.
feijão
–––––––––––––––––––––––––––––––

214 215

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Data ___ / ___ / ___


Agora, responda às questões a seguir.
3
1. Pinte com a mesma cor os quadros com palavras e seus significados correspondentes.

Filho mais velho.


HIERARQUIA

Desistir por si próprio;


PRIMOGÊNITO renunciar.
REIS E RAINHAS
Ainda existem reis e monarquias em diversos países do mundo,
Ordenação de autoridade
mas grande parte deles não têm o mesmo poder que seus antecessores
ANTECESSORES em diferentes níveis.
Monarquia

Forma de governo em que quem governa fica no cargo até morrer ou Aqueles que precederam,
ABDICAR
abdicar. Regime hereditário, que passa de pai para filho, em geral, o primogênito. que “vieram” antes.
Reino Unido, Espanha, Japão, Dinamarca, Suécia e Holanda, entre outros,
ainda têm reis e rainhas, mas os monarcas não têm forte poder político. Quem
2. Pinte somente as cartelas com palavras trissílabas.
governa são os primeiros-ministros eleitos pela população em eleições. Há
monarquias com reis que têm poder de verdade, como em alguns países árabes
ou africanos. MONARCAS AFRICANOS
Figura

Reinado
desde
15

1970
Figura

PAÍSES TRONO
16

Reinado
desde
1952

REINADO ELEIÇÕES
Reino Unido e 15 países Omã – Oriente Médio
Qaboos bin Said Al Said - Generoso e
misterioso: por lei, ninguém sabe quantos
filhos ele tem, apenas que possui 9 palácios e
que proibiu a matança dos animais do deserto.

Adaptado de Almanaque Joca 2018, 1.a edição, Editora Magia de Ler.

216 217

– 137
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Data ___ / ___ / ___


3. Propositalmente cometemos um mesmo tipo de engano nas palavras abaixo.
4
Reescreva-as nos quadros da direita, fazendo as correções necessárias.
1. Em tempos bem antigos, muitos dos objetos que conhecemos hoje não tinham sido
inventados: o telefone, a geladeira, os talheres e muitos outros. No texto a seguir, você vai
holanda Holanda descobrir como as pessoas faziam sem um desses objetos indispensáveis.
Mas atenção: preencha as lacunas do texto com as palavras do quadro, separando-as
espanha Espanha em sílabas, uma parte na linha de cima e outra, na de baixo.

transformar caverna pouco


japão Japão
cientistas tempo cebola guardar

elizabeth II Elizabeth II. Sugestão de resposta:


COMO FAZÍAMOS SEM... FÓSFOROS
ce-
Quando sua mãe pedir sua ajuda para descascar batatas ou______
4. Reescreva as frases abaixo, no plural.
bola obedeça-lhe. Se você tivesse nascido no século XIX, o pedido poderia
_______,
ser muito pior. Ela com certeza iria querer que você ajudasse a acender o fogo.
Aquele monarca é admirado pelo povo!
Antes dos fósforos serem inventados, acender qualquer coisa dava um
Aqueles monarcas são admirados pelo povo. ca-
trabalho pré-histórico. Usávamos a mesma técnica que os homens da ____
verna duas pedras e bastante paciência. Era preciso também um bocado
________:
tem-
de material seco (palha, feltro ou outro retalho). Depois de muito _______
po esfregando as pedras bem perto desse material, que servia de pavio,
_____
alguma faísca prendia-se a ele e fazia fogo. Mais tarde, os homens perceberam
pou-
que, esfregando uma pedra a um pedaço de ferro, fazer fogo ficava um ____
co mais fácil. Para evitar tanto esforço, a solução mais prática era _____
_____ guar-
dar pedaços de carvão acesos (se eles se apagassem, alguém ia pedir
_____
A rainha visitou as crianças de um orfanato mantido pelo governo.
um pouco na casa do vizinho).
As rainhas visitaram as crianças de um orfanato mantido pelo governo. Olhando hoje, é difícil de acreditar que a caixinha de fósforo seja
cien-
uma invenção tão moderna. Mas é. Moderna e trabalhosa. Muitos ______
trans-
tistas de várias nacionalidades, tiveram de dar duro para ________
________,
formar o fogo em um simples gesto de fricção.
________

Como fazíamos sem..., Bárbara Soalheiro, Panda Books.

218 219

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Data ___ / ___ / ___


Data ___ / ___ / ___

5 6

1. Leia a tirinha a seguir. 1. Quer conhecer um príncipe bem diferente? Então, leia este texto.
SURIÁ
PRÍNCIPE FELISBERTO DO REINO DE PLUM

Suriá, Folha de São Paulo, SP, 19 de julho de 2003. Folhinha.


Resposta pessoal.

a) Por que você acha que Suriá foi procurar sua amiga Margô para participar da
brincadeira?
Felisberto Tucotruco foi um dos poucos príncipes do reino de Plum que não
Porque ela precisava de uma bruxa para seu conto de fadas.
participou da Guerra dos Mil e Um Anos. Não por não querer, que ele era burro o
suficiente para lutar. O caso é que ele era tão feio que todos tinham certeza de que
uma bruxa o havia transformado num sapo, e sapos, como se sabe, não lutam em
b) Preencha o balão com a resposta que você gostaria que Margô desse a ela.
guerras. Não adiantou ele negar e dizer que sapos não são tão grandes como gente.
Todos concordaram, após discussões a respeito, que a bruxa havia feito um serviço
pela metade e sendo meio homem, meio sapo Felisberto não estava em condições
Resposta pessoal.
para guerrear. Hoje em dia ele sumiu de circulação. Dizem as más-línguas que o
feio príncipe foi morar na beira de uma lagoa afastada, se alimenta de insetos e,
revoltado com a raça humana, esqueceu como se fala e passa seus dias a coaxar.
2. Observe que as palavras “EU!” e “TAMBÉM EU!” estão em destaque nos balões. Isso
Príncipes e princesas, sapos e lagartos: histórias modernas
nos faz entender que Suriá está:
de tempos antigos, Flávio de Souza, FTD.

X muito animada surpresa • Desenhe, no quadro, o Príncipe Felisberto Tucotruco, assim como você o imaginou a
partir da descrição feita no texto.
muito assustada bem triste
220 221

– 139
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Professor, oriente os alunos quanto à leitura em voz alta que farão como
lição de casa. Lembre-se de que os sinais de pontuação e a entonação adequa-
2. Você acha que o Príncipe Felisberto teve um final feliz nessa história? Por quê?
da devem ser observados, pois garantem a emoção da história.
Resposta pessoal. Em sala de aula, organize a turma em trios: um aluno será o narrador, o
outro a princesa e o outro, o sapo. Reserve alguns minutos da aula para que
eles treinem a leitura dramatizada e organize as apresentações.
3. As palavras abaixo foram retiradas do texto. Escreva-as nos quadros adequados,
Data ___ / ___ / ___
considerando que o quadrinho colorido corresponde à sílaba tônica da palavra. Depois,
classifique cada palavra quanto à tonicidade. Nós já começamos!
7

BRUXA COAXAR BURRO Durante as aulas, você conheceu a história “O Príncipe-Rã ou Henrique de ferro” e
INSETOS PRÍNCIPE CIRCULAÇÃO deve ter dado boas risadas com os diálogos entre a princesa e a rãzinha. Agora,
conheça uma outra versão dessa divertida história...

BRU XA paroxítona
O outro príncipe sapo
________________________________
CO A XAR
oxítona
________________________________
E ra uma vez um sapo.
Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu uma linda princesa
IN SE TOS paroxítona descansando à beira do lago. O sapo pulou dentro da água, foi nadando até ela e
________________________________
mostrou a cabeça por cima das plantas aquáticas.
PRÍN CI PE proparoxítona
________________________________ “Perdão, ó linda princesa”, disse ele com sua voz mais triste e patética. “Será que
eu poderia contar com a vossa ajuda?”
CIR CU LA ÇÃO oxítona
________________________________ A princesa estava prestes a dar um salto e sair correndo, mas ficou com pena
daquele sapo com sua voz tão triste e patética. Assim, ela perguntou:
BUR RO paroxítona
________________________________ “O que posso fazer para te ajudar, sapinho?”
“Bem”, disse o sapo. “Na verdade, eu não sou um sapo, mas um belo príncipe
4. A palavra do quadro abaixo também foi retirada do texto. Pinte somente a tira que transformado em sapo pelo feitiço de uma bruxa malvada. E esse feitiço só pode ser
traz informações corretas sobre ela. quebrado pelo beijo de uma linda princesa.”
A princesa pensou um pouco, depois ergueu o sapo nas mãos e lhe deu um beijo.
FELISBERTO “Foi só uma brincadeira”, disse o sapo. Pulou de volta no lago, e a princesa enxugou
a baba de sapo dos seus lindos lábios. Fim.
PALAVRA MONOSSÍLABA E PROPAROXÍTONA
O patinho realmente feio e outras histórias malucas. Jon Scieszka,
Companhia das Letrinhas, 1997.
PALAVRA POLISSÍLABA E PAROXÍTONA
Muito espertinho esse sapo, não?
Agora, treine a leitura do texto em voz alta,
PALAVRA TRISSÍLABA E OXÍTONA reproduzindo o efeito provocado pelos sinais
de pontuação e modulando a voz para
expressar as emoções das personagens. Em
222 sala de aula, você participará de um momento
223
especial de leitura com a turma e o professor!

140 –
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Data ___ / ___ / ___


3. No final da história, o sapo anuncia: “Foi só uma brincadeira”.
8
• Que brincadeira o sapo fez com a princesa?
Ele disse a ela que era um príncipe encantado e que o feitiço da bruxa só poderia ser
Responda às questões a seguir, a respeito do texto “O outro príncipe sapo”, que você
quebrado com um beijo de uma linda princesa. Mas, na verdade, ele era mesmo um sapo.
leu na Lição de Casa 7. Vamos lá!

1. Assim que viu o sapo pela primeira vez, a princesa teve vontade de sair correndo
quando ele pediu ajuda.

• Como você acha que ela se sentiu nesse momento?


• O que o sapo fez para que a princesa ficasse com pena dele e mudasse de ideia?
Resposta pessoal.
O sapo usou sua voz mais triste e patética para fazer com que a princesa ficasse com
pena dele.

2. Releia este trecho do texto: 4. Você percebeu que essa história clássica foi contada de um jeito bem diferente? E a
diferença já começa no título: “O outro príncipe sapo”. A história tem esse nome porque:

"Perdão, ó linda princesa", disse ele com sua voz mais


triste e patética. "Será que eu poderia contar com a vossa o príncipe sapo dessa história é o mesmo sapo enfeitiçado do famoso
ajuda?" conto de fadas.

• Você acha que o sapo usou sua voz “mais triste e patética” de propósito ou não? Por
quê? o príncipe sapo dessa história é outro; ele é mesmo sapo, mas não é
Espera-se que o aluno perceba que o sapo usou sua voz triste e patética de propósito príncipe.

porque queria brincar com a princesa e queria que ela acreditasse nele.

o príncipe sapo dessa história é outro; ele é mesmo sapo, mas também é
um príncipe.

224 225

– 141
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Data ___ / ___ / ___

1. Ele é esperto como quê e vive a contar lorotas.


Ele engana todo mundo, ele é o Gato de Botas!
O texto a seguir traz o início dessa famosa história de Charles
Perrault, em uma versão poética! Complete as lacunas com as X
palavras do quadro, mantendo a rima entre os versos.

– Meus irmãos, papai morreu


bem pobre, pobre de fato,
fato
pois só nos deixou três coisas:
gato
um moinho, um burro e um _______________.
Eu, como sou o mais velho,
ficarei com o moinho.
moinho
O burro é para o Antônio, Porque ele não sabia o que fazer com um gato.
Pedrinho_
e o gato, para o ______________.
___________
____________

– Meus bons irmãos, me desculpem


se reclamo sem razão,
mas acho que não fizeram
bocado
muito justa divisão. Pedrinho
O moinho mói o trigo, comigo
o burro puxa o arado,
arado
porém, eu, o que farei? malhado Resposta pessoal.
malha
lhado
com este gato ________________?
________________ gato
– Miau, miau, miau, sabido
meu amo está enganado,
enganado
pois quem ficar comigo
boca
cado
terá o melhor ________________!
____________

– Bichano, não acredito


e acho que estou perdido,
perdido embora
o ache um gato
sabi
bido
muito maroto e _______________.
_______________

– Muito mais que muito ouro


pa - pai oxítona
às vezes vale um amigo.
migo
Dê-me um saco e um par de botas
bo - tas paroxítona
comi
migo
go
______
e o resto deixe _______________!
_________
__________ _____
di - vi - são oxítona
O Gato de Botas, João de Barro (Braguinha), Moderna.

226

142 –
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Data ___ / ___ / ___

10 E saiu pela estrada, descansando aqui, comendo um capinzinho ali, até


que encontrou um cão de caça estirado no caminho, ofegando como se tivesse
1. Você já ouviu falar sobre a clássica história recontada pelos Irmãos Grimm, chamada
quilômetros
corrido __________________________________.
Os músicos de Bremen? (palavra proparoxítona e polissílaba)

Nela, quatro animais resolvem fugir dos seus donos e


formar uma banda musical na cidade de Bremen. • Observe que o texto termina com o encontro do burro e do cachorro, que parecia
Observando atentamente a ilustração, será que você é muito cansado. Pontue adequadamente o diálogo que os dois tiveram nesse momento
capaz de dizer quais os quatro animais que viveram essa da história.
grande aventura?
Professor, se possível reproduza essa famosa canção em sala
de aula. As crianças vão adorar! – Que é isso, companheiro ? Por que está assim tão esbaforido ?
Cachorro, burro, galo e gato. – Ai, ai ! – gemeu o cão. – Meu dono resolveu acabar comigo, porque

2. Complete o trecho inicial dessa história com as palavras do quadro, observando o que
estou velho e não posso mais tomar parte nas caçadas . Fugi e não sei o que

se pede nos parênteses. vai ser de mim .


FORÇAS – PESADAS – QUILÔMETROS – MÚSICO - ARRANJAR – Venha comigo ! Estou indo para Bremen e, lá, vou ser músico. Nós

dois podemos formar uma boa dupla . Eu toco alaúde e você, bumbo .
Era uma vez um burro que durante anos e anos serviu ao moleiro seu dono,
Gostando da ideia, o cão acompanhou-o .
pesadas
carregando ________________________________ sacas de grãos. Nessa faina, foi
(palavra paroxítona e trissílaba)
Os músicos de Bremen, in Contos de Grimm, tradução de Maria Heloisa Penteado, Ática.
forças
envelhecendo, suas ____________________________ enfraquecendo, até que um dia
(palavra paroxítona e dissílaba)

o moleiro pensou: “Esse aí não serve mais pra nada... O melhor é matá-lo, vender sua

arranjar
pele e __________________________ um burrico mais jovem”.
(palavra oxítona)

O burro não ficou sabendo disso, mas percebeu que a sua situação estava

perigando e decidiu: “Vou para Bremen. Lá, poderei ganhar a vida como
Selos comemorativos, lançados em 1971 na Alemanha, que ilustram cenas da história
músico
_______________________________. Os Músicos de Bremen, dos Irmãos Grimm.
(palavra proparoxítona e trissílaba )

228 229

– 143
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1. E você? Já pensou sobre o mesmo assunto do poema? A que conclusão chegou?


Resposta pessoal. Deixe que os alunos socializem as respostas dadas.

2. Considerando o poema apresentado na página anterior, complete os parênteses


abaixo com V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas.

( V ) O poema está organizado em 3 estrofes.

( F ) As rimas ocorrem entre os versos 1 e 3 de cada estrofe.

( V ) As rimas ocorrem entre os versos 2 e 4 de cada estrofe.

( V ) Todas as estrofes apresentam o mesmo número de versos.

3. Pinte, em cada estrofe do poema, os pares de rimas apresentados. Escreva as palavras


que você pintou nos quadros abaixo, observando a classificação de cada uma delas
quanto ao número de sílabas.

MONOSSÍLABAS DISSÍLABAS TRISSÍLABAS POLISSÍLABAS

ator desenhar aviador


cantar
atriz
feliz

4. Retorne à página anterior e registre, na tela do celular, como será sua selfie “quando
você crescer”.
Resposta pessoal.

231

144 –
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Data ___ / ___ / ___


2. Suriá escreveu uma lista de palavras que rimam, não é mesmo? Pois agora, você vai
12
conhecer a “rimáquina”, uma máquina de fazer... rimas, claro!
1. Lembra-se da Suriá, a garota do circo? Desta vez, ela resolveu dar um presente bem Observe a palavra que “entra” na máquina e complete a saída com três palavras que
especial para seu amigo aniversariante... Veja só! rimam com ela.
Resposta pessoal.

CRIANÇA

DIVERSÃO

a) Você acha que Gaspar, o camelo, gostou do presente de Suriá? O que você observou
na imagem para formular sua opinião?
Espera-se que, pelo sorriso de Gaspar, percebam que ele gostou do presente.

NATUREZA
b) No 2.º quadrinho da tira, as personagens estão em silêncio, pensativas. Em que elas
estavam pensando?
Elas estavam pensando em palavras que rimam.

c) Que tal colaborar com Suriá? Considerando a “lógica” que ela criou para escrever seu
poema, escreva mais cinco palavras que poderiam fazer parte do “presente” que ela
preparou para Gaspar. RESPEITO

Resposta pessoal. Possíveis respostas: atropelo, apelo, modelo, selo, aconchego.

232 233

– 145
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Data ___ / ___ / ___

13
Na escola, seu professor organizará uma roda de leitura e sua participação será
fundamental!
O QUE DISSE O PASSARINHO
Volte ao poema da página anterior e treine a leitura em voz alta, observando os
UM PASSARINHO ME CONTOU seguintes aspectos:
QUE O ELEFANTE BRIGOU 1. Seu tom de voz está adequado para que seus ouvintes o ouçam claramente?
COM A FORMIGA SÓ PORQUE 2. Você manteve o ritmo durante toda a leitura?
ENQUANTO DANÇAVAM (SEGUNDO ELE) 3. As palavras mais difíceis foram treinadas individualmente?
ELA PISOU NO PÉ DELE! 4. Durante a leitura, você reproduziu o efeito sugerido pela pontuação?

UM PASSARINHO ME CONTOU Se as respostas às perguntas acima foram SIM, parabéns! Você já se preparou o
QUE O JACARÉ SE ENGASGOU suficiente para a atividade que seu professor irá propor! Mas, antes, crie no espaço
E TEVE DE CUSPI-LO INTEIRINHO abaixo uma bela ilustração para o poema de José Paulo Paes.
QUANDO TENTOU ENGOLIR,
IMAGINEM SÓ, UM PORCO-ESPINHO! Reserve um período de sua aula para que as crianças
façam a leitura do poema de José Paulo Paes.
UM PASSARINHO ME CONTOU
QUE O NAMORO DO TATU E A TARTARUGA
DEU NUM CASAMENTO DE FAZER DÓ:
CADA QUAL FICOU MORANDO EM SUA CASCA
EM VEZ DE MORAREM NUMA CASCA SÓ.

UM PASSARINHO ME CONTOU
QUE A OSTRA É MUITO FECHADA,

Figura
QUE A COBRA É MUITO ENROLADA,

17
QUE A ARARA É UMA CABEÇA OCA,
E QUE O LEÃO-MARINHO E A FOCA...

XÔ, XÔ, PASSARINHO, CHEGA DE FOFOCA!


Um passarinho me contou, José Paulo Paes, Ática.

234 235

146 –
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Data ___ / ___ / ___

14 • No espaço ao lado do texto, ilustre o poema de Drummond, revelando como você


imaginou aquela “cidadezinha qualquer”.
1. O poema que você vai ler a seguir foi escrito por Carlos Drummond de Andrade, um
dos maiores poetas brasileiros. 2. Para cada pergunta feita a seguir, assinale a resposta correta.
Cidadezinha qualquer a) O poema Cidadezinha qualquer tem
Casas entre bananeiras
o mesmo número de versos em cada estrofe.
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
X números diferentes de versos em cada estrofe.

Um homem vai devagar. uma única estrofe.


Um cachorro vai devagar.
Desenho do aluno.
Um burro vai devagar. b) Qual é o assunto do poema?
Devagar... as janelas olham.
X O modo de vida de uma pequena cidade.
Eta vida besta, meu Deus. O modo de vida de uma grande cidade.
Sentimento do mundo, Carlos Drummond de Andrade, Record.
O modo de vida de um poeta.
• No texto, o poeta descreve uma “cidadezinha qualquer”. Qual das obras abaixo
melhor representa a descrição feita por ele? c) Qual dos versos abaixo revela o descontentamento do poeta com a vida monótona,
“devagar”, que levam os habitantes daquela cidade?

Casas entre bananeiras

X Eta vida besta, meu Deus.

Pomar amor cantar

3. Vamos “brincar” com o poema de Drummond? Como


O campo de Rialto, em Veneza. Tela de Canaletto,
meados do século XVIII. poderíamos escrever os três primeiros versos se descrevêssemos
X uma grande cidade? Nós já começamos para você...

Resposta pessoal.
Prédios entre ________________________________________

____________________________________ entre automóveis

Curitiba, Juarez Machado, s/d. Trânsito ____________________ ______________________.

236 237
Abacaxi maduro , Ana Maria Dias s/d.

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Data ___ / ___ / ___


b) Em todas as palavras, pinte o quadro que contém a sílaba tônica.
15 Ver quadros pintados na página anterior.
c) Organize-as na tabela abaixo, de acordo com sua tonicidade.
1. Leia o poema a seguir.

Vou tomar um trem agora Proparoxítona Paroxítona Oxítona


Vou pegar um avião
Vou de ônibus, de carro
De barco, vou de charrete
De lambreta, motoneta ônibus barco precisar
Patinete, bicicleta
charrete avião
Se precisar vou a pé
Pra casa do meu avô. (...) bicicleta avô
A casa do meu avô, Ricardo Azevedo, Ática.
tomar
a) Escreva as palavras destacadas no poema, colocando uma sílaba em cada quadrinho.
Comece sempre do último quadrinho para trás. Observe o exemplo: d) Assinale a alternativa correta, de acordo com o que você observou até aqui.

Nem toda palavra tem uma sílaba tônica.


tomar
tomar toto mar
mar

X Todas as palavras têm a sílaba tônica em uma das três últimas sílabas.
avião a vi ão
A sílaba tônica nas palavras é sempre a mesma.

ônibus ô ni bus
2. As palavras abaixo foram retiradas do poema. Pinte apenas os quadrinhos que
barco bar co apresentam monossílabos tônicos.

charrete char re te
de trem do
bicicleta bi ci cle ta

precisar pre ci sar


pé avô se
avô a vô

238 239

148 –
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Data ___ / ___ / ___


• Você observou que a última estrofe do poema não terminou? Parece que o poeta
16 está convidando-nos a completá-lo. Então, vamos lá: o que você faz com sua “bíci”?
O desafio é tentar rimar como o poeta!
1. Leia este poema.

Com a minha bíci


MINHA BICICLETA
__________________________________________________________________
Resposta pessoal.
Com a minha bíci, __________________________________________________________________
eu roubo a lua
__________________________________________________________________
pra enfeitar Com a minha bíci,
a minha rua. caio e não dói,
3. Localize, no diagrama, o singular das palavras do quadro. Mas atenção: você deve
eu sou o tal,
escolher as palavras que foram grafadas corretamente!
Com a minha bíci, sou um herói.
dou nó no vento ANÉIS – CARRETÉIS – FIÉIS – PNEUS – VÉUS – CHAPÉUS
e até fantasma Com a minha bíci,
eu espavento. eu vou fundo B V C A N E L S N C
pelas estradas
C P C R E L U O C A
Com a minha bíci, do fim do mundo.
A N H F I E L S H R
jogo o anzol
no horizonte Com a minha bíci... R E A F C T V B A R
e pesco o sol. R U P N E L M J P E
Tigres no quintal, Sérgio Caparelli, Kuarup.
E Z É S A N E U É T

2. Pinte, em todas as estrofes do poema, as palavras que rimam no final dos versos. T X U A P G K R L E
Depois, assinale a resposta certa: E A D V É U L E A U
• No poema, as rimas estão localizadas no L S X F L A V E L M

S D F I E U O G I L
1.º e no 3.º verso de cada estrofe.

X 2.º e no 4.º verso de cada estrofe. • Escolha um par de palavras e faça uma “frase rimada”!

2.º e no 3.º verso de cada estrofe. Resposta pessoal.

240 241

– 149
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Data ___ / ___ / ___


2. Releia os dois primeiros versos do poema:
17
1. Leia o poema abaixo, escrito por um grande poeta brasileiro: Manuel Bandeira. O pardalzinho nasceu
livre. Quebraram-lhe a asa.

Pardalzinho
• Não é possível sabermos quem fez isso com o pobre pardalzinho. Mas, ao perder sua
O pardalzinho nasceu
liberdade, Sacha lhe dedicou alguns cuidados. O que a criança fez para cuidar do
livre. Quebraram-lhe a asa.
pássaro?
Sacha lhe deu uma casa,
A menina deu casa, água, comida e carinho ao pardalzinho.
água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
a casa era uma prisão,
o pardalzinho morreu. 3. O 5.º verso do poema diz: “Foram cuidados em vão”. Explique, com suas palavras,
O corpo Sacha enterrou o significado da expressão destacada.
no jardim; a alma, essa voou Os cuidados não deram em nada, foram inúteis para salvar o passarinho.
para o céu dos passarinhos.

Estrela da Vida Inteira, Manuel Bandeira, José Olympio.

4. As palavras abaixo foram retiradas do poema. Numere-as, de acordo com sua


a) Que sensação a leitura do poema de Manuel Bandeira causou em você? classificação quanto à tonicidade

Resposta pessoal.
1 Proparoxítona 2 Paroxítona 3 Oxítona

2 livre 3 enterrou 2 água 3 prisão

b) Pinte, no poema, o trecho que o fez sentir-se assim.

Resposta pessoal. 2 asa 2 cuidados 3 jardim 2 pardalzinho

242 243

150 –
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Data ___ / ___ / ___

18
Agora, responda às questões a seguir.

Bisazinha 1. Quem está “falando” no texto?


a) O garotinho e a bisavó.
Minha avozinha,
tão franzidinha, b) Apenas a bisavó.
quem te secou? c) Apenas o garotinho.

Foi o vento, meu netinho, 2. O título do texto é “Bisazinha”. Qual foi a intenção do
foi o vento que ventou... poeta ao utilizar a palavra “bisavó” no diminutivo?
a) Revelar a baixa estatura da bisavó.
E o seu cabelinho, b) Demonstrar ternura e carinho à bisavó.
assim tão branquinho,
c) Exprimir descontentamento com a bisavó.
quem branqueou?

Foi a vida, meu netinho,


3. Após a leitura do poema, podemos entender que
foi a vida que durou... a) o garotinho não valorizava a presença de sua
bisavó.
E as suas mãos, bisazinha, b) bisavós, de modo geral, não têm paciência com
tão arqueadas, crianças.
quem enrugou? c) os ensinamentos que os mais velhos têm para
transmitir aos mais novos são valiosos.
O trabalho, meu netinho, d) os bisnetos e as bisavós, de modo geral, não se
o trabalho que ocupou...
entendem bem.

E a sua vidinha,
tão compridinha,
4. Assinale a alternativa correta.
quem foi que levou? a) O poema não apresenta rimas no final dos versos.
b) As rimas estão localizadas no 2.o e 4.o verso de
Foi o tempo, meu netinho, todas as estrofes.
foi o tempo que passou... c) O poema tem 8 estrofes com números diferentes
de versos em cada uma delas.
Pedro Bandeira. Cavalgando o arco-íris, Moderna. d) O poema tem 8 estrofes com o mesmo número de
versos em cada uma delas.
244 245

– 151
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Data ___ / ___ / ___ Data ___ / ___ / ___

19 20

Monte um caça-palavras para trocar com um colega em sala de aula. Você deverá 1. Para descobrir a palavra secreta, siga as pistas apresentadas. Ao descobri-la, circule-a
preenchê-lo da seguinte maneira: no painel abaixo.

Resposta pessoal.
Duas palavras proparoxítonas: ____________________________________________
_______________________________________________________________________

Resposta pessoal.
Duas palavras paroxítonas não acentuadas: ________________________________
_______________________________________________________________________

Resposta pessoal.
Duas palavras oxítonas acentuadas: _______________________________________
_______________________________________________________________________

Resposta pessoal.
Uma palavra paroxítona acentuada: _______________________________________
_______________________________________________________________________

Você pode coletar as palavras onde quiser, até mesmo neste caderno! Para terminar,
complete os quadrinhos em branco com letras diversas.
Resposta pessoal. Organize a troca de cadernos em sala.

1. A palavra secreta é oxítona e rima com emoção.

2. É uma palavra dissílaba.

3. Tem a primeira sílaba formada por duas letras

4. Entre as palavras que restam, ela vem antes na ordem alfabética.

2. Escolha palavras do painel acima e produza versos rimados!


Resposta pessoal.

246 247

152 –
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Créditos das Figuras

Figura 1 Figura 10
Fine Art Images / Album / Fotoarena SÃO PAULO, SP, BRASIL, 12-12-1985: O poeta Mário Quintana (Foto Avani
Stein/Folhapress. Negativo: SP 10424-1985)
Figura 2
STOK2011 / Alarmy / Fotoarena Figura 11 VOCÊ FOI DESAFIADO(A)
A E N T R A R N O P O R TA L !
ORG XMIT: 233701_0.tif Literatura: Cecília Meireles, escritora. (São Paulo, SP, sem
data. Foto do Acervo UH/Folhapress)
Figura 3
akg-images / Album / Fotoarena Figura 12
1953 Literatura: a escritora e poeta brasileira Henriqueta Lisboa. (São Paulo, SP,
Figura 4 00.00.1953. Foto: Folhapress) Ao desvendar o enigma, você terá acesso à chave que permitirá que a
De Agostini Pictrure Library / Bridgeman / Fotoarena
Figura 13 aventura comece! Recorte as peças abaixo e cole-as na mensagem trazida pelos
Figura 5 LOCAL E DATA DESCONHECIDA: Literatura: o poeta Vinicius de Moraes. (Foto:
Album / Fotoarena Folhapress)
cavaleiros, na página inicial da Unidade 1.
Figura 6 Figura 14
akg-images/ Album / Fotoarena 1982 Carlos Drummond de Andrade, poeta. (Rio de Janeiro, RJ, 1982. Foto de Lewy
Moraes/Folhapress)

Figura 7 O código abaixo deverá ser encaixado perfeitamente nos quadrinhos. Para
Figura 15
Fine Art Images/Album/FotoArena
Steve Vidler / Alarmy / FotoArena
organizá-lo, siga as instruções abaixo.
Figura 8 Figura 16
De Agostini Picture Library/Bridgeman Images/Fotoarena
Pictures from History / Bridman images / Fotoarena

Figura 9 Figura 17 1. Objeto indispensável àqueles que representam o poder de um reino.


O poeta José Paulo Paes, autor de "Prosas Seguidas de Odes Mínimas", em seu O poeta José Paulo Paes, autor de "Prosas Seguidas de Odes Mínimas", em seu
escritório em São Paulo. [FSP-Mais!-25.01.98] (Crédito: Ormuzd Alves/Folhapress) escritório em São Paulo. [FSP-Mais!-25.01.98] (Crédito: Ormuzd Alves/Folhapress) 2. Antigo instrumento musical. Seu formato lembra um arco de caça.
3. Proteção utilizada por cavaleiros.
4. Método de iluminação de passagens secretas.
5. Representa a força e é utilizada por príncipes que querem resgatar suas
princesas.
6. Pedra preciosa usada para enfeitar as coroas da realeza.
7. Restos de esqueletos de prisioneiros.
8. Fruta nobre que serve de base para a produção de vinho.
9. Instrumento destinado a medir intervalos de tempo.
10. Instrumento utilizado com uma flecha para praticar tradicional esporte de
competição.
11. Animal que amedrontava princesas e desafiava os príncipes heróis.
12. Antigo instrumento de medição de tempo.

248 249

– 153
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– O senhor não fala nada? – perguntou um, fingindo continuar o trabalho.


– Ah, é muito bonito e faz muita vista – falou o ministro, ajeitando os
óculos. – Que desenho e cores delicadas! Vou dizer ao rei que adorei o tecido.

“Eu não sou burro”, pensou o homem, “então, devo ser incompetente. Tudo
isso é muito estranho, mas não posso deixar ninguém perceber”. Então, ele elogiou
o tecido que não via e garantiu aos tecelões que gostava muito das cores e do padrão.

O reino era alegre e sempre recebia muitos estrangeiros. Entre eles, vieram, um dia,
dois trapaceiros fingindo ser tecelões. Disseram que sabiam tecer panos maravilhosos,
com cores e padrões belíssimos. Além de tudo, as roupas feitas com esses tecidos tinham
a propriedade de se tornarem invisíveis para as pessoas burras ou incompetentes.

– Mas o rei está nu! – disse uma criança.


– Falou a voz da inocência – disse o pai dela.
E um cochichou para outro o que a criança tinha dito.

Na véspera do dia da procissão, os trapaceiros passaram a noite em claro,


gastando dezesseis velas, de modo que todos vissem que eles estavam ansiosos
por terminar a roupa nova do rei. Fingiram tirar o pano do tear, cortaram no ar
com tesouras enormes, costuraram com agulhas sem linha e disseram:

“Eu gostaria de saber se o trabalho está adiantado”, imaginou o rei. Mas ficou
preocupado quando pensou que os tolos ou os incompetentes não veriam o pano. Ele
acreditava que não tinha nada a temer, mas achou melhor mandar alguém ver como
ia o trabalho. Todo mundo já sabia da estranha propriedade do tecido e só queria ver
quem era e quem não era burro.

251 253

154 –
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– 155
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POEMA VISUAL

156 –
INFOGRÁFICOS LITERÁRIOS

Os dois irmãos
conseguiram jogar a A dona da casa
bruxa no caldeirão, era uma bruxa
fugiram e má que
reencontraram o sequestrou as
caminho de volta duas crianças.
para casa.

Encontraram
uma casa feita

Era uma Perdidos, os


dois
de doces e
decidiram comer
as paredes e
janelas.
começaram a

Vez... Um dia, o pai


caminhar para
encontrar
abrigo.
J
O
Ã
das crianças O
as levou para
a floresta e as E
deixou lá.

M
João e Maria
A
eram dois
irmãos órfãos R
de mãe. I
A
– 157
OS MÚSICOS DE BREMEN
1. Um burro
velhinho que
carregava sacos
de grão seria
10. Assim, os sacrificado por 2. Então, ele Era uma vez uma menina cheia de graça
quatro animais seu dono. O fugiu para um
puderam ir a que tinha uma madrasta cruel.
sonho desse lugar chamado
Bremen comprar Bremen e
uma casa e viver burrinho era
do sonho de cantar.r.r conheceu um cão Todos os dias a madrasta perguntava ao
serem músicos. no meio da espelho quem era a mais bonita do reino.
estrada.
9. Com medo, os
ladrões fugiram e os
3. Esse cão sabia O espelho dizia que era a moça da pele
animais devolveram
todo o dinheiro para o tocar instrumentos branca, com cabelos pretos.
delegado da cidade. muito bem e,
Como recompensa, também, tinha o
ganharam uma sonho de ser um Com raiva, a bruxa mandou o caçador
fortuna. artista. Resolveu,
então acompanhar o
arrancar o coração da doce jovem.
burro.
8. Para assustá-los, o
cachorro subiu no Branca de Neve foi parar no meio da
burro, o gato subiu 4. Enquanto floresta sem a certeza do que iria lhe
no cachorro e o galo caminhavam juntos,
subiu no gato. ouviram uns miados
acontecer.
Assim, os quatro perto dali e
começaram a emitir encontraram um
sons para assustar gato que seria
Encontrou sete anões que lhe ajudaram
os bandidos. degolado. após a bruxa tê-la envenenado com uma
maçã.
7. Enquanto 5. Contaram sobre
dormiam, avistaram 6. Bremen era um o sonho de serem
uma luz ao longe e pouco longe e eles músicos e o gato Assim, conheceu um príncipe, casou-se
já estavam cansados aceitou fazer
pensaram ser de um
de tanto caminhar. com ele e viveu feliz para sempre.
abrigo. Foram até lá parte da banda.
e descobriram que Decidiram que Os três rumaram
uma casa estava passariam a noite para Bremen.
sendo invadida por acampados na
ladrões. floresta, onde
também
conheceram um
galo que se juntou a
eles.

158 –
Gepeto, um humilde relojoeiro, decidiu construir
um boneco de madeira.

Antes de dormir, o senhorzinho fez um pedido


especial à estrela cadente que passou em frente a
sua janela. Que o boneco se transformasse num
menino de verdade.

Ao despertar, durante a madrugada, Gepeto notou


que o boneco de madeira estava falando e se
movimentando. Ele ficou muito feliz e nomeou um
grilo como a consciência do boneco.

O nome dado a ele foi Pinóquio. A partir daquele


momento, Pinóquio tornou-se o filho de Gepeto
e tinha responsabilidades como todas as crianças: ia
para a escola, estudava e era educado por seu papai.

No primeiro dia de aula, Pinóquio deixou se influenciar


por dois desconhecidos que lhe prometeram um dia
de diversões num parque sem regras. O boneco
aceitou, mas logo percebeu que estava numa
enrascada e ficou desesperado.

O grilo o ajudou e os dois fugiram do parque, mas era


tarde demais, pois Gepeto, preocupado, estava dentro
da barriga de uma baleia que o havia engolido enquanto
ele procurava pelo filho.

A fortunadamente, Pinóquio e o grilo encontraram


Gepeto e conseguiram se unir a ele. Os três, juntos,
escaparam da barriga da baleia, porém o forte
impacto fez o boneco desmaiar.

Ao se deparar com Pinóquio desacordado, Gepeto


ficou desesperado e pediu à Fada Azul que o
perdoasse e o trouxesse à vida, novamente.

Pelo ato de valentia, coragem e amor, Pinóquio teve


uma segunda chance, aprendeu a lição e foi
transformado num menino de verdade, prometendo
que nunca mais mentiria para seu papai.

– 159
160 –
FICHAS PARA O JOGO
“UMA RIMA PUXA OUTRA”

ATREVIDO QUERIDO

FLOR AMOR

REFRIGERANTE ELEFANTE

LEMBRANÇA CRIANÇA

ALEGRIA FEITIÇARIA

TOMBO POMBO

LOMBRIGA CANTIGA

CABELEIRA POEIRA
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162 –
FICHAS PARA O JOGO
“UMA RIMA PUXA OUTRA”

ATREVIDO QUERIDO

FLOR AMOR

REFRIGERANTE ELEFANTE

LEMBRANÇA CRIANÇA

ALEGRIA FEITIÇARIA

TOMBO POMBO

LOMBRIGA CANTIGA

CABELEIRA POEIRA
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164 –

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