Design Gráfico Aplicado Ao Marketing - Unidade 1

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DESIGN GRÁFICO APLICADO

AO MARKETING

PROFESSORES
Esp. Ana Claudia Salvadego
Esp. Diogo Ribeiro Garcia
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O SEU LIVRO
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EXPEDIENTE

DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de
EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Design Educacional
Débora Leite Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo
Spaine Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira Gerência de Curadoria Carolina Abdalla Normann de Freitas Gerência de Contra-
tos e Operações Jislaine Cristina da Silva Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia Gerência de
Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisora de Projetos Especiais Yasminn Talyta Tavares Zagonel

FICHA CATALOGRÁFICA
Coordenador(a) de Conteúdo
Victor Vinícius Biazon
Projeto Gráfico e Capa C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ.
Arthur Cantareli, Jhonny Coelho Núcleo de Educação a Distância. SALVADEGO, Ana Claudia; GAR-
CIA, Diogo Ribeiro.
e Thayla Guimarães
Editoração Design Gráfico Aplicado ao Marketing.
Ana Claudia Salvadego; Diogo Ribeiro Garcia.
Matheus Silva de Souza
Design Educacional
Maringá - PR.: UniCesumar, 2020.
Patrícia Ramos Peteck
160 p.
Revisão Textual “Graduação - EaD”.
Nágela Neves da Costa
1. Design 2. Gráfico 3. Marketing. EaD. I. Título.
Ilustração
Bruno Cesar Pardinho
Fotos
Shutterstock CDD - 22 ed. 657.8
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Impresso por:
ISBN 978-65-5615-090-1

Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Av. Guedner, 1610, Bloco 4Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
BOAS-VINDAS

Neste mundo globalizado e dinâmico, nós tra-


balhamos com princípios éticos e profissiona-
lismo, não somente para oferecer educação de Tudo isso para honrarmos a nossa mis-

qualidade, como, acima de tudo, gerar a con- são, que é promover a educação de qua-

versão integral das pessoas ao conhecimento. lidade nas diferentes áreas do conheci-

Baseamo-nos em 4 pilares: intelectual, profis- mento, formando profissionais cidadãos

sional, emocional e espiritual. que contribuam para o desenvolvimento


de uma sociedade justa e solidária.
Assim, iniciamos a Unicesumar em 1990, com
dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje,
temos mais de 100 mil estudantes espalhados
em todo o Brasil, nos quatro campi presenciais
(Maringá, Londrina, Curitiba e Ponta Grossa) e
em mais de 500 polos de educação a distância
espalhados por todos os estados do Brasil e,
também, no exterior, com dezenas de cursos
de graduação e pós-graduação. Por ano, pro-
duzimos e revisamos 500 livros e distribuímos
mais de 500 mil exemplares. Somos reconhe-
cidos pelo MEC como uma instituição de exce-
lência, com IGC 4 por sete anos consecutivos
e estamos entre os 10 maiores grupos educa-
cionais do Brasil.

A rapidez do mundo moderno exige dos edu-


cadores soluções inteligentes para as neces-
sidades de todos. Para continuar relevante, a
instituição de educação precisa ter, pelo menos,
três virtudes: inovação, coragem e compromis-
so com a qualidade. Por isso, desenvolvemos,
para os cursos de Engenharia, metodologias ati-
vas, as quais visam reunir o melhor do ensino
presencial e a distância.

Reitor
Wilson de Matos Silva
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

Esp. Ana Claudia Salvadego


Especialista em Arte, Educação e Terapia pelo Instituto Paranaense de Ensino
(IPE/2018). Pós-Graduação em andamento em Designer Instrucional pelo Centro
Universitário Senac, com previsão de término em 2021. Graduada em Artes Visuais
(Licenciatura) pela Centro de Ensino Superior de Maringá (Unicesumar/ 2015). Atual-
mente, atua como Designer Educacional na Produção de Conteúdo da Unicesumar,
auxilia e desenvolve materiais para diversas modalidades de Ensino a Distância (EaD).
Para mais informações, acesse seu currículo, disponível em

https://www.linkedin.com/in/ana-claudia-salvadego-79648016a/.

Esp. Diogo Ribeiro Garcia


Mestrando em Gestão do Conhecimento nas Organizações pelo Centro de Ensi-
no Superior de Maringá (UNICESUMAR). Especialista em Educação Especial pela
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR/2015) e Docência no Ensino Superior:
tecnologias educacionais e inovação pelo Centro de Ensino Superior de Maringá
(UNICESUMAR/2019). Graduado em Desenho Industrial, com habilitação em Progra-
mação Visual pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR/2011). Tem experiência
na educação superior privada, na área de design e produção de conteúdo, projetos
editoriais e gerenciamento de projetos. Atualmente, atua como Gerente de Produ-
ção de Conteúdo da Unicesumar, desenvolvendo materiais impressos e digitais para
todos os cursos, na modalidade de Ensino a Distância (EaD) da IES. Para informações
mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e publicações, acesse seu
currículo, disponível no seguinte endereço:

http://lattes.cnpq.br/9100147145038214.
A P R E S E N TA Ç Ã O DA DISCIPLINA

DESIGN GRÁFICO APLICADO AO MARKETING

Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Design Gráfico Aplicado ao Marketing! Este
livro foi desenvolvido para você se aprofundar no conhecimento das formas, elementos, cores,
grids, tipografias e softwares utilizados nos conceitos de desenvolvimento do design gráfico.

Com base nisso, abordaremos assuntos interessantes, que lhe ajudarão a compreender o
mundo do design gráfico. Você já pensou como surgem as ideias do desenvolvimento de uma
campanha institucional para o lançamento de um novo smartphone? A escolha correta da
forma da embalagem, a cor que será utilizada nas divulgações, em redes sociais, e, até mesmo,
a disposição dos aplicativos no visor do dispositivo?

Na Unidade 1, falaremos sobre os Elementos Básicos da Comunicação Visual. Estes carecem


de entendimento, pois tratam-se de conceitos norteadores para o desenvolvimento de pro-
jetos futuros. Os processos de design referentes à Gestalt do Objeto são fundamentais para
compreendermos as formas e atribuir identidade visual, utilizando esses recursos. Alguns dos
conceitos que estudaremos, portanto, são: gestalt, forma, harmonia e equilíbrio.

Na sequência do nosso estudo, na Unidade 2, abordaremos alguns elementos importantes


referentes à Psicologia das Cores e as etapas que envolvem esse conceito. Estudaremos, por-
tanto: círculo das cores, uso das cores e sistemas de cor.

Na Unidade 3, conheceremos algumas técnicas e conceitos básicos dos fundamentos de com-


posição da ilustração digital. Aprenderemos os conceitos de formato e os diferentes modelos
de grid para as composições gráficas. Também conheceremos os conceitos de tipografia,
elemento esse fundamental no desenvolvimento de qualquer peça gráfica.

Na Unidade 4, abordaremos a teoria da fotografia como linguagem digital, e entenderemos


como o uso desse elemento é fundamental para a criação de projetos, utilizando a linguagem
fotográfica na composição. Alguns dos conceitos que estudaremos são: tipos de fotografia,
banco de imagens e organização para início de projetos.

Por fim, na Unidade 5, conheceremos algumas ferramentas, softwares que são utilizados na
área de design gráfico. Essas ferramentas ajudarão você no desenvolvimento e na qualidade
dos trabalhos desenvolvidos.

Com todo esse conhecimento, sua compreensão sobre o design gráfico aplicado ao mar-
keting fará sentido, principalmente quando analisar o uso de todos esses recursos em uma
campanha. Desse modo, convido você, caro(a) aluno(a), a entrar nessa jornada com empenho,
dedicação e muita sede por conhecimento! Boa leitura e ótimo estudo!
Olá, aluno(a),
Antes de começar a leitura do material
de Design Gráfico Aplicado ao
Marketing, precisamos da sua atenção.
Então, respira e vem com a gente!

Que tal você testar na prática todo o


conteúdo que esse material traz em um
desafio prático?

Que tal ser um profissional de marketing


com conhecimento em design aplicado?

Preparamos uma unidade digital


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para você ter a experiência de ser
o profissional de marketing atuando
no mercado a partir de desafios em
realidade virtual.

Ao realizar a leitura de cada unidade


do material você vai aprender como
executar cada detalhe desse desafio
prático que preparamos para você.

E aí?! Afim de colocar a mão na massa?


Para acessar, basta ler o QR Code, a
seguir, com o seu celular. Aproveite ao
máximo e bons estudos!

Ou acesse o link
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3024
ÍCONES
pensando juntos

Ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar e


transformar. Aproveite este momento!

explorando ideias

Neste elemento, você fará uma pausa para conhecer um pouco


mais sobre o assunto em estudo e aprenderá novos conceitos.

quadro-resumo

No fim da unidade, o tema em estudo aparecerá de forma resumida


para ajudar você a fixar e a memorizar melhor os conceitos aprendidos.

conceituando

Sabe aquela palavra ou aquele termo que você não conhece? Este ele-
mento ajudará você a conceituá-la(o) melhor da maneira mais simples.

conecte-se

Enquanto estuda, você encontrará conteúdos relevantes


online e aprenderá de maneira interativa usando a tecno-
logia a seu favor.

Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar


Experience para ter acesso aos conteúdos online. O download do aplicativo
está disponível nas plataformas: Google Play App Store
CONTEÚDO

PROGRAMÁTICO
UNIDADE 01
10 UNIDADE 02
40
ELEMENTOS BÁSICOS PSICOLOGIA
DA COMUNICAÇÃO DAS CORES
VISUAL

UNIDADE 03
68 UNIDADE 04
98
FUNDAMENTOS DE A FOTOGRAFIA COMO
COMPOSIÇÃO DA LINGUAGEM DIGITAL
ILUSTRAÇÃO DIGITAL

UNIDADE 05
125 FECHAMENTO
156
SOFTWARES PARA CONCLUSÃO GERAL
DESENVOLVIMENTO
E CRIAÇÃO
1
ELEMENTOS BÁSICOS DA
COMUNICAÇÃO
VISUAL

PROFESSORES
Esp. Ana Claudia Salvadego
Esp. Diogo Ribeiro Garcia

PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Gestalt do Objeto • Forma • Har-
monia • Equilíbrio.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Compreender os conceitos que envolvem a Gestalt do Objeto na comunicação visual • Conhecer os
conceitos que envolvem a forma • Entender a importância da harmonia para a criação de uma produção
visual • Entender e conhecer a usabilidade do equilíbrio para criações visuais.
INTRODUÇÃO

Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à Unidade 1, do livro da disci-


plina de Design Gráfico Aplicado ao Marketing. Iniciamos essa unidade
com um questionamento: você já reparou que toda comunicação visual é
formada pela junção de elementos gráficos, que somados compõem uma
comunicação? Para entendermos esses elementos, porém, precisamos
fazê-lo de modo separado. Lembre-se que quando desenhamos, em um
primeiro momento, pensamos no que queremos desenhar; em seguida,
traçamos um esboço, melhoramos alguns traços, adicionamos detalhes e
modificamos esse desenho constantemente, até alcançarmos o resultado
esperado. Desse modo, não é mais fácil entender o desenho quando ana-
lisamos seus elementos de forma parcial para, depois, compreendermos
o todo? Será, pois, justamente isso que faremos nessa unidade.
Iniciamos, portanto, falando sobre a Gestalt do Objeto. Nesta aula,
abordaremos algumas leis essenciais que compõem a Gestalt e discutire-
mos as leis de Unidade, Segregação, Unificação, Continuidade, Proximi-
dade e Semelhança. Em seguida, trataremos da Forma e seus elementos.
Nessa aula, saberemos como a forma é criada e entenderemos que tudo
que vemos possui uma forma, bem como os elementos que a compõem.
Você, ainda, conhecerá a fundo os elementos Ponto, Linha, Plano e Vo-
lume. Na próxima aula, você entenderá a Harmonia, dentro da Gestalt,
e como ela se constitui em elemento fundamental para a produção de
um objeto, bem como a Ordem, Regularidade e Desarmonia, elementos
essenciais para a criação dos seus projetos, caro(a) aluno(a). Para fina-
lizamos a unidade, discorreremos sobre o Equilíbrio. Nessa aula, discu-
tiremos o peso dos elementos (físico ou ilusório) e como distribuí-los
dentro de uma unidade. A partir desse momento, quando observar a
natureza ou os elementos da sua cidade, você identificará, neles, a Si-
metria, Assimetria ou o Desequilíbrio, comparando-os com um todo.
Esperamos que você, aluno(a), ao final dessa leitura, após compreen-
der os temas abordados nessa unidade, possa treinar seu olhar para
observar o mundo e identificar, nele, os elementos que seguem às leis
presentes na Gestalt. Bons estudos!
1 GESTALT
UNIDADE 1

DO OBJETO

Olá, aluno(a), antes de começar nossa discussão, gostaria que você se lem-
brasse de alguns objetos do seu dia a dia. Pode ser uma garrafa de suco ou
outro produto, uma caneta que você acha muito confortável para escrever,
aquele relógio que parece que foi feito para o seu pulso. Todos esses objetos
que usamos, normalmente, passam por inúmeros processos para garantir
uma experiência agradável ao consumidor. Para isso, a Gestalt, por meio de
pesquisas sobre a experiência visual, conseguiu elaborar uma constante, com
as principais forças de “padrões, fatores, princípios básicos e leis de organiza-
ção [...] que explicam porque vemos as coisas de uma determinada maneira”
(GOMES FILHO, 2009, p. 20). A partir dessas pesquisas, iniciaremos nosso
estudo sobre as Leis da Gestalt.
Sabemos que esse nome pode ter lhe assustado um pouco, mas é bem
simples de entender. Começaremos, então, assim: sabe aquela máxima que
“cada um vê as coisas à sua maneira”? Ou ainda, quando temos uma figura que,
dependendo da forma como olhamos, vemos uma coisa, mas se piscarmos
algumas vezes, “enxergaremos” outra? Isso é, basicamente, a Gestalt. A seguir,
porém, apresentaremos outras informações para deixar você por dentro desse
assunto, vamos lá!

12
UNICESUMAR
Figura 1 - Aplicabilidade dos elementos básicos da comunicação visual

De acordo com Gomes Filho (2009,


p. 29), “uma unidade formal pode ser
identificada em um único elemento,
que se encerra em si mesmo, ou como
parte de um todo”. Também podemos
entender que a unidade é um “conjun-
to de mais de um elemento”. A unida-
de pode ser percebida pela verificação
das relações que os elementos estabe-
lecem dentro do objeto, por meio de
atributos isolados ou combinados.
O logotipo do Carrefour é cons-
truído por três unidades, as formas
vermelha e azul e o fundo branco. A
imagem da flor, por sua vez, pode ser
considerada uma unidade única ou
cada pétala uma unidade.

Figura 2 - Exemplos de unidade

13
Segregação
UNIDADE 1

Podemos entender segregação como a capacidade de separar cores ou elementos,


identificar ou colocar em evidência algo. Nosso campo visual consegue separar
uma ou mais unidades, dependendo do estímulo, e pode destacar apenas a uni-
dade principal ou mais de um todo complexo.

Figura 3 - Segregação por contraste / Fonte: Gomes Filho (2009, p. 30).

Note que, na Figura 3, quanto maior


o contraste, maior destaque temos
ao círculo branco. Agora, observe
que seu olhar sempre volta-se para
o quadrado com maior contraste,
como se fosse um imã.
Na Figura 4, temos várias unida-
des para observar: o céu, as monta-
nhas, as árvores, o campo florido e
o balão. Similar à Figura 3, também
percebemos que nosso olhar se volta
para um elemento: o balão. Suas co-
res atraem nosso olhar, novamente. Figura 4 - Balão sobrevoa o campo florido

Unificação

A unificação é quando os estímulos produzidos por uma imagem ou objeto pos-


suem uma igualdade ou semelhança, com harmonia e equilíbrio em sua composição
(esses elementos estudaremos melhor nas próximas aulas). Conforme Gomes Filho
14
(2009, p. 31), a unificação também se

UNICESUMAR
manifesta em graus de qualidade, ou
seja, “varia em razão de uma melhor
ou pior organização formal”. Em ou-
tras palavras, a cada leitura realizada
da imagem ou do objeto, podemos
“atribuir índices de qualificativos”.
Na Mandala da Figura 5, você
pode observar a unificação pelo equi-
líbrio das unidades que compõem
sua composição, além de identificar
semelhança e simetria presente. O Figura 5 - Mandala
ponto central pode funcionar como
um imã, que atrai o nosso foco, e as pétalas, formando um círculo, valorizam a forma
como um todo (da forma trataremos mais adiante).

Fechamento

O fechamento pode se entender como um agrupamento de elementos que, em


contato com o todo da forma, cria uma figura completa, ou seja, quando nossos
olhos encontram uma imagem que não está em sua forma completa, mas as uni-
dades e formas induzem nossa percepção visual a identificar a imagem a qual já
estamos familiarizados. Tome cuidado, porém, para não confundir o fechamento
com o contorno (GOMES FILHO, 2009).

Figura 6 - Rosto/vaso
15
Observe, na Figura 6, que conseguimos visualizar duas formas, na mesma ima-
UNIDADE 1

gem, um vaso e o rosto de duas pessoas próximas. Nossos olhos, sempre, procu-
ram uma lógica daquilo observamos.

Continuidade

A continuidade é a sucessão de elementos ou partes dentro de uma imagem ou


objeto. Ela traz ao observador a sensação de que os olhos passam pela imagem
sem nenhum obstáculo, ou seja, fluidez visual. Ela pode ser, também, entendida
pela maneira como os elementos acompanham uns aos outros, isto é, permitem
uma continuidade.

Figura 7 - Trilhos

Um exemplo clássico de continuidade são os trilhos do trem. Quando olhamos


a imagem, nossos olhos percorrem todo o caminho até não conseguirmos mais
identificar os elementos, sem interrupções ou quebras visuais até o final.

16
Proximidade

UNICESUMAR
Podemos entender por
proximidade quando ele-
mentos próximos tendem
a serem observados juntos,
pois, devido à forma, à cor
ou outros aspectos, podem
ser agrupados e visto como
unidades. Gomes Filho
(2009, p. 34) destaca que é
necessário “observar que a
Figura 8 - Janelas
proximidade e a semelhan-
ça são dois fatores que muitas vezes agem em comum e reforçam-se mutuamente,
tanto para formar unidades como para unificar a forma”.
Na Figura 8, podemos notar que as janelas criam o conceito de proximidade,
por serem do mesmo tamanho, cor e possuírem a mesma distância entre elas,
reforçando a unificação e harmonia visual.

Semelhança

De acordo com Gomes Filho (2009, p. 35),


“igualdade de forma e de cor desper-
ta também a tendência de se construir
unidades, isto é, de estabelecer agrupa-
mentos de partes semelhantes”. Diferente
da proximidade, a semelhança se obtém a
partir de condições iguais que as unida-
des possuem, elas podem e não podem
ser iguais, mas se agrupam por uma de-
terminada condição. Observe, na Figura 9,
que a semelhança foi obtida por cor, textura
Figura 9 - Pedras
e significado de cada unidade.

17
2
UNIDADE 1

FORMA

Podemos entender como forma, o limite de um corpo, uma figura (imagem) que
conseguimos observar dentro do conteúdo.“Qualquer acontecimento visual é uma
forma com conteúdo, mas o conteúdo é extremamente influenciado pela importân-
cia das partes constitutivas” (DONDIS, 2007, p. 22). Quando uma forma nos causa
uma grande satisfação, é porque a sua organização traz significados. Para chegarmos
a isso, porém, precisamos entender seus componentes individualmente, também
conhecidos como “Elementos básicos”. Desse modo, os elementos básicos que es-
tudaremos nesta aula são: ponto, linha, plano e volume. Além desses elementos,
possuem outros que não aprofundaremos, nesse momento, mas que você pode en-
contrar algumas dicas de materiais na seção “Eu Recomendo”, ao final dessa unidade.

Ponto

Toda a forma se inicia pelo ponto e, por isso, começaremos por ele. Quando um
ponto sai do seu limite, uma forma é criada. Quando iniciamos um desenho
qualquer, pegamos o lápis e colocamos na folha, se já retirarmos, temos um ponto,
mas se continuarmos com ele na folha e saímos do seu limite ou andarmos com
o lápis na folha, temos uma linha, e, dependendo dos movimentos que fazemos,
podemos criar diferentes formas. Apesar do ponto ser uma forma simples, em
um primeiro momento, quando colocamos algumas questões sobre, podemos
observar que ele possui uma falta de precisão. Conforme Kandinsky (1997, p. 21):
18

[...] As dimensões e as formas do ponto variam e, com isso, muda

UNICESUMAR
também a ressonância relativa do ponto abstrato.

Exteriormente, podemos definir o ponto como a menor forma bási-


ca [...]. É difícil definir os limites da noção “menor forma” – o ponto
pode crescer, tornar-se supereficiente e preencher imperceptivel-
mente toda a superfície básica.

Ainda, conforme o autor, sobre os limites e dimensões do ponto, temos que obser-
var duas condições: (1) a conexão da dimensão e sua superfície e (2) a conexão da
dimensão com outras formas na mesma superfície. Além disso, o ponto pode ter
grande poder de atração visual, conforme você pode observar na Figura 10, a seguir:

Figura 10 - Atração visual do ponto / Fonte: Dondis (2007, p. 53).

Como podemos observar, na Figura 10, mesmo com as formas próximas do


ponto, nosso olhar sempre retoma para ele, automaticamente. Conforme Don-
dis (2007), quando colocamos dois pontos a uma certa distância, conseguimos
medir um espaço, seja
ele no ambiente, seja
quando desenvolve-
mos qualquer tipo de
projeto. Utilizando
uma régua ou outro
instrumento de me-
dição, o ponto pode
servir de norte para
as medidas, confor-
me podemos obser- Figura 11 - Ponto como instrumento de medição
var na Figura 11. Fonte: Dondis (2007, p. 54).
19
Observe como os pontos se ligam, sem precisarmos fazer esforço. Conse-
UNIDADE 1

guimos formar objetos e formas mais complexas, utilizando pontos maiores e


menores, mais próximos e distantes, como no último modelo, em que temos uma
mulher tocando violão, utilizando apenas pontos.

explorando Ideias

Pontilhismo
Técnica pictórica que se orienta a partir de um método preciso: trata-se de dividir as cores
em seus componentes fundamentais. As inúmeras pinceladas regulares de cores puras
que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso, recupera-se
sua unidade, longe das misturas feitas na paleta. A sensação de vibração e luminosidade
decorre da “mistura ótica” obtida pelos pequenos pontos de cor de tamanho uniforme
que nunca se fundem, mas que reagem uns aos outros em função do olhar a distância.
Fonte: Enciclopédia Itaú Cultura (2018, on-line)1.

Linha

Conforme estudamos, anteriormente, você notou que, quando os pontos es-


tão muito próximos, podemos confundir com uma linha? Pois é assim que
a linha é formada: quando dois pontos se unem, ou quando um ponto “entra
em movimento”, em uma determinada direção. Pensemos de outra maneira,
ou melhor, faremos. Pegue um lápis, uma régua e uma folha de papel, aleato-
riamente coloque 4 pontos nessa folha. Agora, com a régua,
trace uma linha, unindo todos os pontos. Note que, para
isso, você precisou posicionar novamente o lá-
pis, no ponto, para então traçar e parar,
logo que chegou no outro ponto. É
assim que uma linha é criada.

20
Conforme Dondis (2007, p. 56), “nas artes visuais, a linha tem, por sua própria

UNICESUMAR
natureza, uma enorme energia. [...] é o elemento fundamental da pré-visualização,
o meio de apresentar, em forma palpável, aquilo que ainda não existe, a não ser na
imaginação”. Podemos dizer, nesse caso, que a linha é um elemento extremamente
necessário para a criação de um esboço. Ainda conforme o autor, a linha possui
um propósito e direção, podendo ser rigorosa e técnica, utilizada em diferentes
representações visuais e, também, em trabalhos mais precisos.
Além de ser utilizada para representações visuais, a linha também pode ter
outras utilidades, por exemplo,
sistemas simbólicos, como a es-
crita, música, símbolos elétricos,
entre outros. Outra característi-
ca relevante é de expressar sen-
timentos, uma linha imprecisa
e sem disciplina pode significar
espontaneidade; também pode
ser delicada, grossa, tudo isso
você pode encontrar na cria-
ção de um mesmo artista, os
sentimentos, porém, são outros
(DONDIS, 2009). Figura 12 - Uso da linha

Plano

O plano é a superfície que suportará o conteúdo do desenho ou a arte que se


pretende fazer. Ele é conhecido por ser várias linhas; na geometria, ele é definido
por conter duas linhas de comprimento e duas de largura, mas no espaço esse
plano, além de precisar de uma espessura, não nos possibilita medir seu tamanho.
O plano, muitas vezes, é utilizado como superfície de alguns elementos, como
fachadas, interiores, campos, quadras, entre outros (GOMES FILHO, 2009).

21
Volume
UNIDADE 1

O volume pode ser definido como um elemento que


se expressa por meio de três dimensões, dentro
do espaço. Ele pode ser físico, sólido, uma pedra
ou uma pessoa; também pode ser criado a partir
da pintura, desenho, entre outros, sobre uma
superfície plana (GOMES FILHO, 2009).
O volume pode ser obtido de inúmeras
formas: por contraste de claro e es-
curo, brilho, textura como também
pelo uso da perspectiva, elemento
na frente de outro, cores que po-
dem realçar o objeto e, assim, ex-
primir a sensação de volume.
Veja o exemplo na Figura 13.

Figura 13 - Volume

Na Figura 13, como você pôde notar, todas as imagens possuem um volume, de-
monstrado pela profundidade dentro delas, mesmo em imagens com uma repre-
sentação mais simples. Esse volume pode ser notado pela sobreposição nas pri-
meiras duas imagens (luta e cubos), e na profundidade expressa na foto do café.

22
3

UNICESUMAR
HARMONIA

O homem sempre busca a harmonia da forma e dos objetos. Mas o que seria,
realmente, a harmonia que abordaremos, nesse momento? Vale ressaltar que
ela traz aos nossos olhos o sentimento de “tranquilidade e resolução que
os zen-budistas chamam de ‘meditação em repouso absoluto’” (DONDIS,
2007, p. 108). Ainda, podemos entender como harmonia a disposição dos
elementos de forma organizada e proporcional, no todo ou uma parte dele,
sendo possível uma leitura clara e simples de algo (GOMES FILHO, 2009).
Para entendermos melhor sobre a harmonia e suas características, vamos
dividi-la em ordem, regularidade e desarmonia.

Ordem

A ordem dentro da harmonia acontece quando existe uniformidade e con-


cordância dentro do objeto ou um conjunto de objetos. As relações do que é
visto ou que compartilham as mesmas linguagens formais (GOMES FILHO,
2009). Um exemplo dessa ordem você pode observar nas Figuras 14 e 15.

23
UNIDADE 1

Figura 14 - Aviões sobrevoam a Itália

Observe que, na Figura 14, o


alinhamento dos aviões, o céu
claro e limpo e as cores con-
tribuem para uma imagem
de harmonia e composição
extraordinária. Mesmo es-
tando com o peso maior no
lado esquerdo, o lado direito,
por ser claro e sem nenhum
Figura 15 - Caminho de bambu
elemento, traz um conforto
visual e tranquilidade no olhar. Do mesmo modo, na Figura 15, a floresta de bam-
bu possui uma harmonização com as similaridades, os troncos verticais em um
suave dégradé, sendo quebrado pelo caminho de aspecto seco e sem vida, assim
como a figura da mulher em vermelho, que traz um belo contraste à paisagem.

Regularidade

Dentro da harmonia, a regularidade pode ser vista pela uniformidade de elemen-


tos. Aqui, você notará que não existe desproporção ou falta de alinhamento. Esse
formato é regularmente encontrado na arquitetura, como em prédios e pontes.
Na natureza, essa regularidade pode ser obtida com ajuda do homem (GOMES
FILHO, 2009). Veja alguns exemplos nas Figuras 16 e 17.
24
UNICESUMAR
Figura 16 - Templo budista

Na Figura 16, temos o detalhe de um templo budista. Observe que as cores e o ta-
manho se repetem, dando uma continuidade– isso valoriza a simetria. Na Figura
17, por sua vez, temos a ponte Alexandre III – nela, você pode notar que o apoio
lateral bem como os postes elétricos possuem o mesmo formato que observamos
no templo budista.

Figura 17 - Ponte Alexandre III

25
UNIDADE 1

Desarmonia

Diferente da harmonia, a desarmonia


é a falta de ordem e integração entre
as formas daquilo que observamos. De Figura 18 - Desordem

acordo com Gomes Filho (2009, p. 54), a desarmonia pode apresentar “desvios,
irregularidades, sobreposições aleatórias de elementos, desproporcionalidade e
desnivelamento visuais, em partes ou no objeto como um todo. Na Figura 18,
vemos a desarmonia por desordem, pois o emaranhado de fios elétricos causa um
desconforto visual, principalmente por ter linhas retas, circulares e desregulares,
uma sobrepondo-se a outra.
Na Figura 19, por
fim, podemos obser-
var a desarmonia por
irregularidade, os apa-
relhos colocados, sem
ter nenhuma ordem
ou distância correta,
são diferentes modelos
que foram empilhados
na parede, junto com
outros elementos metá-
licos de suporte e duas
escadas distantes. Figura 19 - Irregularidade

26
4

UNICESUMAR
EQUILÍBRIO

O equilíbrio é quando um corpo compensa, de uma forma homogênea, suas for-


ças, podendo ser física ou representativa. Podemos notar esse equilíbrio de várias
maneiras, a mais simples é quando colocamos dois objetos, com a mesma força
visual, em lados opostos de um plano (GOMES FILHO 2009). De acordo com
Dondis (2007), o equilíbrio não é, apenas, de elementos iguais em lados opostos
em perfeita simetria; pode acontecer, também, com elementos assimétricos, já que
o peso dos elementos se ajusta ao todo, conforme se observa na Figura 20, a seguir.

Figura 20 - Equilíbrio simétrico (Floco de neve) e assimétrico (Pedras equilibradas)

27
Observe que em ambas as imagens o equilíbrio existe, seja na forma simétrica, equi-
UNIDADE 1

librada e delicada do floco de neve, seja na assimetria do equilíbrio das pedras de


formatos diferentes, mas com o mesmo peso. Dondis (2007, p. 116) destaca que “a
mesma capacidade perceptiva da psicofisiologia humana que determina o equilíbrio
simétrico pode, automaticamente, medir o equilíbrio assimétrico e responder a ele”.
Para entender melhor esse conceito, aprofundaremos um pouco mais o assunto.

Simetria

O equilíbrio por simetria pode acontecer em um ou mais eixos de um plano,


seja ele horizontal, vertical e diagonal, seja qualquer orientação e quantidade que
queira utilizar. Na simetria, os lados sempre serão iguais ou possuem uma grande
semelhança. Por ser fácil de visualizar, a simetria pode expressar um sentimento
de estático, sem movimento e até algo enfadonho (GOMES FILHO, 2009). A
seguir, observamos alguns modelos de equilíbrio simétrico.

Figura 21 - Jardim Botânico, em Curitiba

O Jardim Botânico, em Curitiba, possui toda a sua estrutura e jardim simétricos.


Note que, mesmo a sua estrutura em uma composição que, em um primeiro
momento, causa uma movimentação visual, em seguida, sentimos uma segurança
visual que nos faz buscar outros elementos ao redor. Observamos o jardim visto
de cima – note as divisões de cada canteiro, a localização dos postes de ilumina-
ção, as cores utilizadas.
28
UNICESUMAR
conecte-se

Podemos observar o conceito de simetria na prática, quando vemos a apresentação de Gi-


nástica Rítmica. Observe, no vídeo, o cuidado com os elementos, os pulos e as manobras
realizadas em conjunto.
https://vimeo.com/158220641

Assimetria

Ao contrário da simetria, a assimetria é a ausência de semelhança entre os lados e


sem um eixo fixo de equilíbrio. Nela, é um pouco mais difícil de visualizar o equi-
líbrio das partes e, também, trabalhosa para se realizar, mas quando realizada de
forma adequada, pode causar no apreciador uma instigação, sensação de movimento
e excitação psicológica (GOMES FILHO, 2009). Observe, na Figura 22, que o eixo
não está centralizado, assim como as formas não estão iguais, em ambos os lados,
mas dentro da composição da imagem, notamos que o peso visual está equilibrado,
observe que a perna do lado esquerdo faz peso contrário com a nuvem e a bailarina
do lado oposto. Também note a diferença entre as poses de ambos, a diferença entre a
força e a delicadeza, o pesado e o leve, isso proporciona um equilíbrio à composição.

Figura 22 - Dança

29
Desequilíbrio
UNIDADE 1

O desequilíbrio acontece quando um corpo não consegue equilibrar suas forças


mutuamente. Quando observamos um objeto que está desequilibrado, temos a
sensação de instabilidade ou de algo criado acidentalmente. Dentro de uma compo-
sição, podemos utilizá-lo para provocar o observador, causar inquietude e descon-
forto, surpreender ou chamar a atenção para algo (GOMES FILHO, 2009). A Torre
de Pisa é um excelente exemplo de desequilíbrio; a inclinação da torre aconteceu de
forma natural e causa uma inquietação visual, principalmente quando observamos
as demais estruturas próximas, conforme você pode verificar, na Figura 23.

Figura 23 - Torre de Pisa

Assim, finalizamos a nossa primeira unidade. Até breve!

30
CONSIDERAÇÕES FINAIS

UNICESUMAR
Olá, caro(a) aluno(a), chegamos ao final da primeira unidade, do seu material
de Design Gráfico Aplicado ao Marketing. Percorremos um longo trajeto,
descobrindo os elementos da Gestalt e sua usabilidade. Vamos, agora, recordar
alguns deles?
Você foi apresentado, em um primeiro momento, às Leis da Gestalt, em
que treinamos nosso olhar sobre os elementos que compõem uma forma.
Em seguida, estudamos a Forma e como ela é iniciada. Vimos que toda for-
ma se inicia pelo ponto e que, com um pouco de movimento, conseguimos
transformá-lo em uma linha, depois, em um plano e, em seguida, em volume.
Observamos, também, esses elementos em diferentes manifestações artísticas.
Desse modo, também, estudamos a Harmonia dentro da Gestalt. A partir
de alguns exemplos, você observou como identificar e criar elementos harmo-
niosos, utilizando a ordem e a regularidade. Vimos quando esses elementos
não possuem uma harmonia, o que pode causar desconforto ao observador.
E, por fim, discutimos o Equilíbrio e sua importância para uma boa harmonia
na forma, além de entendermos a simetria, assimetria e o desequilíbrio dentro
da composição.
Para as suas criações futuras, você utilizará esse conhecimento para cau-
sar diferentes sensações no observador, por exemplo, um desconforto visual,
quando a imagem não estiver totalmente equilibrada ou harmoniosa. Espera-
mos que, com esse material, você consiga observar os elementos que o cercam,
no seu dia a dia, porém com outros olhos, agora. Talvez, aquela rua, que você
sempre percorreu, traga-lhe algo novo.
Até a próxima unidade!

31
na prática

1. Conforme estudamos no nosso material sobre Segregação da forma, observe a


imagem e analise as afirmações a seguir:

I - A imagem representa segregação, quando conseguirmos observar o destaque


da mulher comparado à cidade.
II - Apesar de a mulher estar no primeiro plano, nosso olhar sempre volta-se para
a luz alaranjada do lado esquerdo.
III - Podemos perceber três unidades dentro da imagem: a mulher, a cidade e o
céu.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas I está correta.


b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão corretas.

32
na prática

2. Conforme estudamos, a Unidade “pode ser identificada em um único elemento,


que se encerra em si mesmo, ou como parte de um todo” (GOMES FILHO, 2009.
p. 29). Assim, observe a imagem e as afirmações a seguir.

I - Podemos dividir a imagem em quatro unidades, o céu, as montanhas, a estrada


e o carro.
II - No carro, podemos ter várias unidades, como o farol, a janela, a roda e outras
unidades que preferir.
III - A imagem pode ser composta por uma única unidade, a composição como
um conjunto.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas I está correta


b) Apenas I e II estão corretas
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Apenas I e III estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.

33
na prática

3. A Harmonia é a disposição dos elementos de forma organizada e proporcional


no todo ou uma parte dele, sendo possível uma leitura clara e simples de algo
(GOMES FILHO, 2009). Observe a imagem a seguir e descreva com suas palavras
sobre a Harmonia contida nela.

4. Toda forma se inicia pelo ponto e, quando iniciamos um desenho, qualquer forma pode
ser criada. A partir dos estudos sobre o ponto, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (V).

( ) O ponto possui uma dimensão e forma fixa, ele é a menor forma básica.
( ) O ponto pode alterar de tamanho, crescer, tornar-se supereficiente e preencher
toda a superfície.
( ) Quando colocamos dois pontos a uma certa distância, conseguimos medir um
espaço.
( ) Podemos utilizar o ponto como um norte para as medidas de algum desenho
ou esboço.

Assinale a alternativa correta.

a) F, V, V, V.
b) V, F, V, F.
c) V, F, F, V.
d) F, V, F, V.
e) V, V, V, V.

34
na prática

5. Na simetria, os lados sempre serão iguais ou possuem uma grande semelhança.


Por ser fácil de visualizar, a simetria pode passar um sentimento de estático, sem
movimento e até algo enfadonho. Observe as imagens, a seguir, e indique a imagem
que melhor representa a simetria.

I - II -

III - IV -

Assinale a alternativa correta sobre simetria.

a) Apenas I e II.
b) Apenas I, III e IV.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) Todas as alternativas.

35
aprimore-se

PREGNÂNCIA DA FORMA

A pregnância da forma é a Lei Básica da Percepção Visual da Gestalt, assim definida:


As forças de organização da forma tendem a se dirigir tanto quan-
to o permitam as condições dadas, no sentido da harmonia e do
equilíbrio visual. Qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de
tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto o permi-
tam as condições dadas.

Em outras palavras, pode-se afirmar que um objeto com alta pregnância é um


objeto que tende espontaneamente para uma estrutura mais simples, mais equi-
librada, mais homogênea e mais regular. Apresenta um máximo de harmonia,
unificação, clareza formal e um mínimo de complicação visual na organização de
suas partes ou unidades compositivas.
[...]
Continuando, uma melhor pregnância pressupõe que a organização formal
do objeto, no sentido psicológico, tenderá a ser sempre a melhor possível do
ponto de vista estrutural. Assim, para efeito desse sistema de leitura visual, po-
de-se afirmar e estabelecer o seguinte critério de qualidade ou julgamento orga-
nizacional da forma:

36
aprimore-se

1. Quanto melhor ou mais clara for a organização visual da forma do objeto,


em termos de facilidade de compreensão e rapidez de leitura ou inter-
pretação, maior será o seu grau de pregnância.
2. Naturalmente, quanto pior ou mais complicada e confusa for a organi-
zação visual da forma do objeto, melhor será o seu grau de pregnância.
Para facilitar o julgamento da pregnância, pode-se estabelecer um grau
ou um índice de pontuação, por exemplo: baixo, médio, alto. Ou uma
nota de 1 a 10 no sentido da melhor para a pior qualificação.

[...].
É oportuno assinalar que a legibilidade da forma de qualquer objeto, para efeito
desse sistema de leitura visual, a lei da pregnância da forma funciona efetivamen-
te como uma interpretação analítica conclusiva acerca do objeto como um todo.
Desse modo, trata-se de um juízo definitivo que se faz com relação ao nível de
qualificação de organização visual da forma do objeto [...].

Fonte: Gomes Filho (2009, p. 36 - 39).

37
eu recomendo!

livro

Ponto e linha sobre plano


Autor: Wassily Kandinsky
Editora: Martins Fontes
Sinopse: nesta obra, Kandinsky tem o intuito de apresentar sua
teoria das formas, que participa do mesmo rigor e da mesma
vontade de constituir a linguagem dos meios puros da arte que
iria além das aparências e falaria da alma humana. Neste texto,
o autor coloca as bases da futura ciência da arte abstrata, autenticamente, pro-
fética.

conecte-se

Kandinsky - Tudo começa num ponto


Neste vídeo, entendemos um pouco mais sobre Kandinsky, um grande artista que
teve um papel fundamental nos estudos de ponto, linha e plano. Kandinsky tam-
bém foi professor da Bauhaus, escola de arte vanguardista alemã, uma das maio-
res e mais importantes para o Modernismo no design e na arquitetura.
https://www.youtube.com/watch?v=CScnjqV-Oyk

38
anotações




































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