Design Gráfico Aplicado Ao Marketing - Unidade 1
Design Gráfico Aplicado Ao Marketing - Unidade 1
Design Gráfico Aplicado Ao Marketing - Unidade 1
AO MARKETING
PROFESSORES
Esp. Ana Claudia Salvadego
Esp. Diogo Ribeiro Garcia
ACESSE AQUI
O SEU LIVRO
NA VERSÃO
DIGITAL!
EXPEDIENTE
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de
EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
FICHA CATALOGRÁFICA
Coordenador(a) de Conteúdo
Victor Vinícius Biazon
Projeto Gráfico e Capa C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ.
Arthur Cantareli, Jhonny Coelho Núcleo de Educação a Distância. SALVADEGO, Ana Claudia; GAR-
CIA, Diogo Ribeiro.
e Thayla Guimarães
Editoração Design Gráfico Aplicado ao Marketing.
Ana Claudia Salvadego; Diogo Ribeiro Garcia.
Matheus Silva de Souza
Design Educacional
Maringá - PR.: UniCesumar, 2020.
Patrícia Ramos Peteck
160 p.
Revisão Textual “Graduação - EaD”.
Nágela Neves da Costa
1. Design 2. Gráfico 3. Marketing. EaD. I. Título.
Ilustração
Bruno Cesar Pardinho
Fotos
Shutterstock CDD - 22 ed. 657.8
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Impresso por:
ISBN 978-65-5615-090-1
qualidade, como, acima de tudo, gerar a con- são, que é promover a educação de qua-
versão integral das pessoas ao conhecimento. lidade nas diferentes áreas do conheci-
Reitor
Wilson de Matos Silva
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
https://www.linkedin.com/in/ana-claudia-salvadego-79648016a/.
http://lattes.cnpq.br/9100147145038214.
A P R E S E N TA Ç Ã O DA DISCIPLINA
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Design Gráfico Aplicado ao Marketing! Este
livro foi desenvolvido para você se aprofundar no conhecimento das formas, elementos, cores,
grids, tipografias e softwares utilizados nos conceitos de desenvolvimento do design gráfico.
Com base nisso, abordaremos assuntos interessantes, que lhe ajudarão a compreender o
mundo do design gráfico. Você já pensou como surgem as ideias do desenvolvimento de uma
campanha institucional para o lançamento de um novo smartphone? A escolha correta da
forma da embalagem, a cor que será utilizada nas divulgações, em redes sociais, e, até mesmo,
a disposição dos aplicativos no visor do dispositivo?
Por fim, na Unidade 5, conheceremos algumas ferramentas, softwares que são utilizados na
área de design gráfico. Essas ferramentas ajudarão você no desenvolvimento e na qualidade
dos trabalhos desenvolvidos.
Com todo esse conhecimento, sua compreensão sobre o design gráfico aplicado ao mar-
keting fará sentido, principalmente quando analisar o uso de todos esses recursos em uma
campanha. Desse modo, convido você, caro(a) aluno(a), a entrar nessa jornada com empenho,
dedicação e muita sede por conhecimento! Boa leitura e ótimo estudo!
Olá, aluno(a),
Antes de começar a leitura do material
de Design Gráfico Aplicado ao
Marketing, precisamos da sua atenção.
Então, respira e vem com a gente!
Ou acesse o link
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3024
ÍCONES
pensando juntos
explorando ideias
quadro-resumo
conceituando
Sabe aquela palavra ou aquele termo que você não conhece? Este ele-
mento ajudará você a conceituá-la(o) melhor da maneira mais simples.
conecte-se
PROGRAMÁTICO
UNIDADE 01
10 UNIDADE 02
40
ELEMENTOS BÁSICOS PSICOLOGIA
DA COMUNICAÇÃO DAS CORES
VISUAL
UNIDADE 03
68 UNIDADE 04
98
FUNDAMENTOS DE A FOTOGRAFIA COMO
COMPOSIÇÃO DA LINGUAGEM DIGITAL
ILUSTRAÇÃO DIGITAL
UNIDADE 05
125 FECHAMENTO
156
SOFTWARES PARA CONCLUSÃO GERAL
DESENVOLVIMENTO
E CRIAÇÃO
1
ELEMENTOS BÁSICOS DA
COMUNICAÇÃO
VISUAL
PROFESSORES
Esp. Ana Claudia Salvadego
Esp. Diogo Ribeiro Garcia
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Gestalt do Objeto • Forma • Har-
monia • Equilíbrio.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Compreender os conceitos que envolvem a Gestalt do Objeto na comunicação visual • Conhecer os
conceitos que envolvem a forma • Entender a importância da harmonia para a criação de uma produção
visual • Entender e conhecer a usabilidade do equilíbrio para criações visuais.
INTRODUÇÃO
DO OBJETO
Olá, aluno(a), antes de começar nossa discussão, gostaria que você se lem-
brasse de alguns objetos do seu dia a dia. Pode ser uma garrafa de suco ou
outro produto, uma caneta que você acha muito confortável para escrever,
aquele relógio que parece que foi feito para o seu pulso. Todos esses objetos
que usamos, normalmente, passam por inúmeros processos para garantir
uma experiência agradável ao consumidor. Para isso, a Gestalt, por meio de
pesquisas sobre a experiência visual, conseguiu elaborar uma constante, com
as principais forças de “padrões, fatores, princípios básicos e leis de organiza-
ção [...] que explicam porque vemos as coisas de uma determinada maneira”
(GOMES FILHO, 2009, p. 20). A partir dessas pesquisas, iniciaremos nosso
estudo sobre as Leis da Gestalt.
Sabemos que esse nome pode ter lhe assustado um pouco, mas é bem
simples de entender. Começaremos, então, assim: sabe aquela máxima que
“cada um vê as coisas à sua maneira”? Ou ainda, quando temos uma figura que,
dependendo da forma como olhamos, vemos uma coisa, mas se piscarmos
algumas vezes, “enxergaremos” outra? Isso é, basicamente, a Gestalt. A seguir,
porém, apresentaremos outras informações para deixar você por dentro desse
assunto, vamos lá!
12
UNICESUMAR
Figura 1 - Aplicabilidade dos elementos básicos da comunicação visual
13
Segregação
UNIDADE 1
Unificação
UNICESUMAR
manifesta em graus de qualidade, ou
seja, “varia em razão de uma melhor
ou pior organização formal”. Em ou-
tras palavras, a cada leitura realizada
da imagem ou do objeto, podemos
“atribuir índices de qualificativos”.
Na Mandala da Figura 5, você
pode observar a unificação pelo equi-
líbrio das unidades que compõem
sua composição, além de identificar
semelhança e simetria presente. O Figura 5 - Mandala
ponto central pode funcionar como
um imã, que atrai o nosso foco, e as pétalas, formando um círculo, valorizam a forma
como um todo (da forma trataremos mais adiante).
Fechamento
Figura 6 - Rosto/vaso
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Observe, na Figura 6, que conseguimos visualizar duas formas, na mesma ima-
UNIDADE 1
gem, um vaso e o rosto de duas pessoas próximas. Nossos olhos, sempre, procu-
ram uma lógica daquilo observamos.
Continuidade
Figura 7 - Trilhos
16
Proximidade
UNICESUMAR
Podemos entender por
proximidade quando ele-
mentos próximos tendem
a serem observados juntos,
pois, devido à forma, à cor
ou outros aspectos, podem
ser agrupados e visto como
unidades. Gomes Filho
(2009, p. 34) destaca que é
necessário “observar que a
Figura 8 - Janelas
proximidade e a semelhan-
ça são dois fatores que muitas vezes agem em comum e reforçam-se mutuamente,
tanto para formar unidades como para unificar a forma”.
Na Figura 8, podemos notar que as janelas criam o conceito de proximidade,
por serem do mesmo tamanho, cor e possuírem a mesma distância entre elas,
reforçando a unificação e harmonia visual.
Semelhança
17
2
UNIDADE 1
FORMA
Podemos entender como forma, o limite de um corpo, uma figura (imagem) que
conseguimos observar dentro do conteúdo.“Qualquer acontecimento visual é uma
forma com conteúdo, mas o conteúdo é extremamente influenciado pela importân-
cia das partes constitutivas” (DONDIS, 2007, p. 22). Quando uma forma nos causa
uma grande satisfação, é porque a sua organização traz significados. Para chegarmos
a isso, porém, precisamos entender seus componentes individualmente, também
conhecidos como “Elementos básicos”. Desse modo, os elementos básicos que es-
tudaremos nesta aula são: ponto, linha, plano e volume. Além desses elementos,
possuem outros que não aprofundaremos, nesse momento, mas que você pode en-
contrar algumas dicas de materiais na seção “Eu Recomendo”, ao final dessa unidade.
Ponto
Toda a forma se inicia pelo ponto e, por isso, começaremos por ele. Quando um
ponto sai do seu limite, uma forma é criada. Quando iniciamos um desenho
qualquer, pegamos o lápis e colocamos na folha, se já retirarmos, temos um ponto,
mas se continuarmos com ele na folha e saímos do seu limite ou andarmos com
o lápis na folha, temos uma linha, e, dependendo dos movimentos que fazemos,
podemos criar diferentes formas. Apesar do ponto ser uma forma simples, em
um primeiro momento, quando colocamos algumas questões sobre, podemos
observar que ele possui uma falta de precisão. Conforme Kandinsky (1997, p. 21):
18
“
[...] As dimensões e as formas do ponto variam e, com isso, muda
UNICESUMAR
também a ressonância relativa do ponto abstrato.
Ainda, conforme o autor, sobre os limites e dimensões do ponto, temos que obser-
var duas condições: (1) a conexão da dimensão e sua superfície e (2) a conexão da
dimensão com outras formas na mesma superfície. Além disso, o ponto pode ter
grande poder de atração visual, conforme você pode observar na Figura 10, a seguir:
explorando Ideias
Pontilhismo
Técnica pictórica que se orienta a partir de um método preciso: trata-se de dividir as cores
em seus componentes fundamentais. As inúmeras pinceladas regulares de cores puras
que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso, recupera-se
sua unidade, longe das misturas feitas na paleta. A sensação de vibração e luminosidade
decorre da “mistura ótica” obtida pelos pequenos pontos de cor de tamanho uniforme
que nunca se fundem, mas que reagem uns aos outros em função do olhar a distância.
Fonte: Enciclopédia Itaú Cultura (2018, on-line)1.
Linha
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Conforme Dondis (2007, p. 56), “nas artes visuais, a linha tem, por sua própria
UNICESUMAR
natureza, uma enorme energia. [...] é o elemento fundamental da pré-visualização,
o meio de apresentar, em forma palpável, aquilo que ainda não existe, a não ser na
imaginação”. Podemos dizer, nesse caso, que a linha é um elemento extremamente
necessário para a criação de um esboço. Ainda conforme o autor, a linha possui
um propósito e direção, podendo ser rigorosa e técnica, utilizada em diferentes
representações visuais e, também, em trabalhos mais precisos.
Além de ser utilizada para representações visuais, a linha também pode ter
outras utilidades, por exemplo,
sistemas simbólicos, como a es-
crita, música, símbolos elétricos,
entre outros. Outra característi-
ca relevante é de expressar sen-
timentos, uma linha imprecisa
e sem disciplina pode significar
espontaneidade; também pode
ser delicada, grossa, tudo isso
você pode encontrar na cria-
ção de um mesmo artista, os
sentimentos, porém, são outros
(DONDIS, 2009). Figura 12 - Uso da linha
Plano
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Volume
UNIDADE 1
Figura 13 - Volume
Na Figura 13, como você pôde notar, todas as imagens possuem um volume, de-
monstrado pela profundidade dentro delas, mesmo em imagens com uma repre-
sentação mais simples. Esse volume pode ser notado pela sobreposição nas pri-
meiras duas imagens (luta e cubos), e na profundidade expressa na foto do café.
22
3
UNICESUMAR
HARMONIA
O homem sempre busca a harmonia da forma e dos objetos. Mas o que seria,
realmente, a harmonia que abordaremos, nesse momento? Vale ressaltar que
ela traz aos nossos olhos o sentimento de “tranquilidade e resolução que
os zen-budistas chamam de ‘meditação em repouso absoluto’” (DONDIS,
2007, p. 108). Ainda, podemos entender como harmonia a disposição dos
elementos de forma organizada e proporcional, no todo ou uma parte dele,
sendo possível uma leitura clara e simples de algo (GOMES FILHO, 2009).
Para entendermos melhor sobre a harmonia e suas características, vamos
dividi-la em ordem, regularidade e desarmonia.
Ordem
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UNIDADE 1
Regularidade
Na Figura 16, temos o detalhe de um templo budista. Observe que as cores e o ta-
manho se repetem, dando uma continuidade– isso valoriza a simetria. Na Figura
17, por sua vez, temos a ponte Alexandre III – nela, você pode notar que o apoio
lateral bem como os postes elétricos possuem o mesmo formato que observamos
no templo budista.
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UNIDADE 1
Desarmonia
acordo com Gomes Filho (2009, p. 54), a desarmonia pode apresentar “desvios,
irregularidades, sobreposições aleatórias de elementos, desproporcionalidade e
desnivelamento visuais, em partes ou no objeto como um todo. Na Figura 18,
vemos a desarmonia por desordem, pois o emaranhado de fios elétricos causa um
desconforto visual, principalmente por ter linhas retas, circulares e desregulares,
uma sobrepondo-se a outra.
Na Figura 19, por
fim, podemos obser-
var a desarmonia por
irregularidade, os apa-
relhos colocados, sem
ter nenhuma ordem
ou distância correta,
são diferentes modelos
que foram empilhados
na parede, junto com
outros elementos metá-
licos de suporte e duas
escadas distantes. Figura 19 - Irregularidade
26
4
UNICESUMAR
EQUILÍBRIO
27
Observe que em ambas as imagens o equilíbrio existe, seja na forma simétrica, equi-
UNIDADE 1
Simetria
Assimetria
Figura 22 - Dança
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Desequilíbrio
UNIDADE 1
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNICESUMAR
Olá, caro(a) aluno(a), chegamos ao final da primeira unidade, do seu material
de Design Gráfico Aplicado ao Marketing. Percorremos um longo trajeto,
descobrindo os elementos da Gestalt e sua usabilidade. Vamos, agora, recordar
alguns deles?
Você foi apresentado, em um primeiro momento, às Leis da Gestalt, em
que treinamos nosso olhar sobre os elementos que compõem uma forma.
Em seguida, estudamos a Forma e como ela é iniciada. Vimos que toda for-
ma se inicia pelo ponto e que, com um pouco de movimento, conseguimos
transformá-lo em uma linha, depois, em um plano e, em seguida, em volume.
Observamos, também, esses elementos em diferentes manifestações artísticas.
Desse modo, também, estudamos a Harmonia dentro da Gestalt. A partir
de alguns exemplos, você observou como identificar e criar elementos harmo-
niosos, utilizando a ordem e a regularidade. Vimos quando esses elementos
não possuem uma harmonia, o que pode causar desconforto ao observador.
E, por fim, discutimos o Equilíbrio e sua importância para uma boa harmonia
na forma, além de entendermos a simetria, assimetria e o desequilíbrio dentro
da composição.
Para as suas criações futuras, você utilizará esse conhecimento para cau-
sar diferentes sensações no observador, por exemplo, um desconforto visual,
quando a imagem não estiver totalmente equilibrada ou harmoniosa. Espera-
mos que, com esse material, você consiga observar os elementos que o cercam,
no seu dia a dia, porém com outros olhos, agora. Talvez, aquela rua, que você
sempre percorreu, traga-lhe algo novo.
Até a próxima unidade!
31
na prática
32
na prática
33
na prática
4. Toda forma se inicia pelo ponto e, quando iniciamos um desenho, qualquer forma pode
ser criada. A partir dos estudos sobre o ponto, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (V).
( ) O ponto possui uma dimensão e forma fixa, ele é a menor forma básica.
( ) O ponto pode alterar de tamanho, crescer, tornar-se supereficiente e preencher
toda a superfície.
( ) Quando colocamos dois pontos a uma certa distância, conseguimos medir um
espaço.
( ) Podemos utilizar o ponto como um norte para as medidas de algum desenho
ou esboço.
a) F, V, V, V.
b) V, F, V, F.
c) V, F, F, V.
d) F, V, F, V.
e) V, V, V, V.
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na prática
I - II -
III - IV -
a) Apenas I e II.
b) Apenas I, III e IV.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) Todas as alternativas.
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aprimore-se
PREGNÂNCIA DA FORMA
“
As forças de organização da forma tendem a se dirigir tanto quan-
to o permitam as condições dadas, no sentido da harmonia e do
equilíbrio visual. Qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de
tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto o permi-
tam as condições dadas.
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aprimore-se
[...].
É oportuno assinalar que a legibilidade da forma de qualquer objeto, para efeito
desse sistema de leitura visual, a lei da pregnância da forma funciona efetivamen-
te como uma interpretação analítica conclusiva acerca do objeto como um todo.
Desse modo, trata-se de um juízo definitivo que se faz com relação ao nível de
qualificação de organização visual da forma do objeto [...].
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eu recomendo!
livro
conecte-se
38
anotações