Lavagem Cerebral
Lavagem Cerebral
Lavagem Cerebral
Apesar de não existir consenso sobre até que ponto é possível substituir convicções e comportamentos, não faltam
estudos sobre o processo de lavagem cerebral. O termo passou a ser usado no Ocidente durante a Guerra da Coreia
(1950-53), para descrever o comportamento de soldados americanos que, após um período capturados, voltavam
defendendo os ideais comunistas dos inimigos China e Coreia do Norte. Aparentemente, não era teatro. Os soldados
tinham, de fato, “virado a casaca”.
Muitos daqueles prisioneiros haviam sofrido torturas físicas que tornaram suas mentes vulneráveis; com outros, o
processo foi menos óbvio e mais sutil, envolvendo a vítima sem que ela se desse conta. Seja qual for a estratégia, é
essencial o elemento-surpresa.
Isso porque somos programados para reagir imediatamente a estímulos intensos. Quando um ladrão pula na sua frente
ou um carro vai em sua direção, o cérebro não perde tempo com análises. O caso nem passa pelo córtex pré-frontal,
responsável pelo raciocínio complexo; vai direto para áreas cerebrais mais primitivas, que decidem rapidamente o que
fazer. Ou seja: quem quiser provocar novas crenças e comportamentos em alguém precisa criar situações que exijam
reações automáticas, pois nelas o processo consciente é desativado.
Não é força, é jeito
Existem duas maneiras de deixar o sujeito estressado, frágil, cansado e, consequentemente, mais aberto a novas
ideias. A primeira é a lavagem cerebral forçada, em que isso é alcançado com tortura, privação de sono e jejum. O
segundo método, mais comum, é o induzido, em que a vítima é envolvida em um “intensivão”.
Pessoas que se dizem manipuladas por igrejas e cultos religiosos descrevem um programa intenso de atividades,
palestras, celebrações e tarefas como distribuir panfletos, limpar o chão, fazer comida. Imersa nessa rotina, que
geralmente prevê poucas horas de sono, a vítima fica tão cansada que literalmente não tem tempo para pensar sobre o
que está acontecendo.
É a mesma técnica, por exemplo, daquele vendedor tagarela que o deixa confuso e faz com que você compre uma
coisa de que não precisa, só para se livrar do incômodo. Em alguns casos, antes de iniciar o processo a pessoa já está
fragilizada por alguma outra situação.
“O fim de um relacionamento, um divórcio, a morte de um ente querido, até se formar na escola ou mudar de emprego
pode tornar uma pessoa vulnerável, uma vez que tira o indivíduo de seu equilíbrio”, explica o psicólogo americano
Steve Hassan. Ele passou 5 anos como membro de culto conhecido como “Igreja da Unificação”, composto pelos
seguidores do reverendo Moon — também conhecidos como moonies. A seita ficou famosa justamente por seus
métodos de recrutamento e acusações de lavagem cerebral.
“Eu tinha me separado de uma garota e, pouco tempo depois, fui abordado por três mulheres. Elas não falaram que
eram de uma religião, que acreditavam que o reverendo Moon era o Messias, nada disso. Só falaram que faziam parte
de um grupo de amigos espalhado pelo mundo e me convidaram para ir a um jantar grátis”, explica Hassan.
“A partir daí, foi um processo gradual. Ir lá e conhecer os amigos delas foi um passo. Voltar e jantar, outro passo. Ir a
uma palestra, voltar no dia seguinte, mais um passo. Durante esse tempo, eles perguntavam várias coisas bem
detalhadas sobre mim, e eu dava, voluntariamente, informações muito pessoais, sem perceber que estava entregando
as ferramentas para que me manipulassem.” Hoje, Hassan faz palestras de conscientização e presta consultoria a
pessoas em situação similar à por que ele passou.
Ele chama a atenção para o fato de que, quando esse processo começa, a vítima não fica sabendo para onde está
sendo levada nem quais crenças e comportamentos vai adotar no final. Mas, para que essas novas convicções sejam
estabelecidas, entra em ação a segunda arma usada para tirar o córtex pré-frontal do caminho: emoções fortes.
Emoção embutida
“Quando algo provoca uma reação emocional, o cérebro se mobiliza para lidar com ela, destinando poucos recursos a
reflexões”, explica Kathleen Taylor, neurologista da Universidade Oxford, em seu livro Brainswashing — The Science of
Thought Control (“Lavagem Cerebral — A Ciência do Controle Mental”, sem tradução para o português). É exatamente
nessa hora que a emoção pode ser ligada a uma ideia.
Durante a Guerra Fria, por exemplo, tanto capitalistas quanto comunistas se valiam de uma paranoia intensa e
generalizada para vender conceitos vagos, difíceis tanto de definir quanto de contestar — “liberdade,” “Estado,”
“inimigo”. São ideias fortes, amplas o suficiente para você associar às emoções que quiser e que forem mais
convenientes à manipulação.
Por isso se diz que a ideia é “engatada” à sensação: sempre que aquele assunto vier à tona, a sensação vem a
reboque, num processo conhecido como reflexo condicionado. É o que acontece em um culto daqueles bem intensos,
em que a pessoa dança, canta, grita, inunda o corpo de endorfina. Inconscientemente, a sensação de bem-estar passa
a ser associada àquela religião.
Outro exemplo: um prisioneiro de guerra, depois de enfrentar tortura e jejum, é levado para tomar banho quente e fazer
uma refeição enquanto escuta alguém descrevendo as maravilhas da doutrina comunista. Com a repetição do método,
ele inconscientemente passará a associar comunismo a bem-estar. Se você se lembrou do filme Laranja
Mecânica (1971), clássico do diretor Stanley Kubrick, acertou na mosca.
Na história, o personagem principal é um adolescente ultraviolento que se diverte torturando e estuprando por aí. Após
ser preso, ele se oferece para um tratamento experimental que promete torná-lo um ser totalmente desprovido de
violência.
O tratamento consiste em submetê-lo a sensações físicas desagradáveis e a imagens violentas ao mesmo tempo,
forçando seu inconsciente a associar as duas coisas. No final, o personagem passa a sofrer insuportavelmente toda
vez que vê tortura ou estupro. (O irônico efeito colateral é que ele também fica condicionado a vomitar quando ouve a
9ª Sinfonia de Beethoven, trilha sonora usada nos filmes da prisão.)
Esse processo não pode ser considerado lavagem cerebral, pois não muda as convicções do indivíduo. Mas é um
exemplo extremo de como podemos ser condicionados a fazer relações inconscientes entre sensações e ideias.
Sob controle
Conquistada, a vítima se torna cada vez mais envolvida e dependente. O psiquiatra americano Robert P. Lifton,
professor de universidades como Harvard e Yale, analisou esse processo, que ele chama de “reforma do pensamento”,
e descreveu suas principais características (ver quadro “lavagem em 8 passos”, mais abaixo). Todas buscam criar um
antagonismo claro: um mundo dividido entre “nós” e “eles”.
Segundo Hassan, a pessoa envolvida com esse tipo de grupo se vê aos poucos dominada por medos paralisantes que
chegam ao ponto de impedir que ela questione a situação. “Os cultos de controle da mente passam a seus membros a
sensação de que, se eles saírem do grupo, coisas terríveis vão acontecer. Para quem está observando de fora, parece
que essas pessoas estão felizes. Acontece que, na verdade, elas são orientadas a sorrir o tempo todo. Não é uma
experiência positiva perder seu livre-arbítrio, apagar sua identidade, viver com medo e com culpa.”
Vítimas de controle da mente aprendem a reprimir pensamentos “errados”, como dúvidas ou críticas ao grupo, e por
isso é difícil que elas questionem sua situação. Quando lida com pessoas nesse estado, Steve Hassan costuma agir de
forma indireta, perguntando, por exemplo, opiniões a respeito de outro grupo. Ele mesmo só saiu da Igreja da
Unificação porque sofreu um acidente e teve que ser internado em um hospital. Seus pais aproveitaram a chance para
fazer com que ele (contra sua vontade) conversasse com ex-membros do culto. “Aos poucos fui entendendo que tinha
sido enganado”, lembra.
Se a história de Hassan parece muito fora da sua realidade, há um exemplo mais próximo de como é possível
modificar uma pessoa a ponto de fazê-la agir contra seus instintos e convicções. Kathleen Taylor cita um sistema
capaz de “transformar cidadãos — ensinados desde a infância que matar é errado — em agentes capazes de matar”:
as Forças Armadas.
O processo de formação militar segue quase à risca as etapas descritas no modelo de Lifton, empregando rotina
exaustiva, pressão psicológica, regras e punições rígidas e, claro, a definição de um inimigo. Isso chega ao extremo no
treinamento de terroristas islâmicos, à la Al Qaeda, em que os ensinamentos militar e religioso se combinam para
formar indivíduos dispostos a dar a vida em nome de uma causa.
Mas não são apenas grupos militares e religiosos que usam essas técnicas. Para o psicólogo, embora o controle da
mente seja geralmente realizado por grupos, ele também pode acontecer de forma individual. Ele compara
relacionamentos amorosos abusivos, em que a pessoa, influenciada pelo parceiro, passa a ter atitudes incompatíveis
com as anteriores. “Esses relacionamentos podem incluir drogas, agressões físicas e isolamento da família e dos
amigos. Às vezes, o apaixonado simplesmente desaparece sem dar notícias”, diz Hassan.
Mente blindada
Para a escritora Kathleen Taylor, a principal arma para evitar manipulações é, basicamente, “parar e pensar nas
coisas”. Sem se deixar levar pela afobação, fica mais fácil resistir tanto ao discurso nacionalista de um político quanto
ao papo emocional de um pregador religioso.
Segundo Denise Winn, autora do livro The Manipulated Mind (“A Mente Manipulada”, sem versão brasileira), um olhar
bem-humorado sobre as coisas é útil para escapar da associação emocional exagerada, peça-chave da lavagem
cerebral. “O humor ajuda você a ter perspectiva e sacar quem não tem. Desconfie de líderes, vendedores
e experts que não conseguem rir de si próprios”, diz a jornalista.
Outro ponto importante é não subestimar a influência que o meio e a autoridade podem ter sobre nós, já medidos em
experimentos clássicos de psicologia social. A necessidade de ser aceito em um grupo leva muitas vezes ao “efeito
rebanho”, identificado na década de 1950 pelo psicólogo americano Solomon Asch e muito antes por quem inventou a
expressão “maria-vai-com-as-outras”.
Asch fazia uma experiência bem simples: reunia um grupo de pessoas e mostrava a elas um cartão com uma série de
linhas de comprimentos bem diferentes. Depois, fazia perguntas óbvias, como pedir que identificassem qual a linha
mais longa. Todas as pessoas na sala, menos uma, tinham sido orientadas a escolher a mesma resposta —
claramente errada. Surpreendentemente, 1 em cada 3 vítimas da “pegadinha” concordava com o grupo, mesmo
sabendo que estava escolhendo a opção incorreta.
Em 1963, o psicólogo Stanley Milgram conduziu um experimento para medir autoridade. Universitários eram instruídos
a aplicar choques elétricos cada vez mais fortes em um “voluntário” (na verdade um ator) toda vez que ele errasse a
resposta a uma pergunta. O estudante era orientado por um pesquisador (outro ator), que dizia para que ele
continuasse, independentemente do “sofrimento” da suposta cobaia — que, claro, estava apenas fingindo levar
choques.
Quantas pessoas chegariam ao ponto de aplicar os choques poderosos, correndo o risco de matar o “voluntário”?
Cerca de 1 ou 2%, imaginou Milgram. Resultado: dois terços dos estudantes levaram a experiência até o fim,
obedecendo às ordens do “pesquisador” — a figura de autoridade prevista no esquema de lavagem cerebral de Lifton.
O compromisso (a concordância em participar do experimento) aumentava gradualmente (choques cada vez mais
fortes), envolvendo a vítima cada vez mais na situação, e tornando a saída (desistir e mandar o pesquisador para o
inferno) cada vez mais difícil.
Outro fator que Kathleen Taylor cita em seu livro é que, quanto mais associações, ideias, opiniões, informações,
experiências uma pessoa tiver, menos manipulável ela se torna. Desenvolver a criatividade, pensar sobre a vida,
questionar o que é escutado e lido, aprender coisas novas, estudar as relações entre assuntos aparentemente não
relacionados, tudo isso deixa o cérebro mais resistente a manipulações. Isso não significa apenas resistir a casos
extremos de controle da mente mas também enxergar com senso crítico ao horário eleitoral, às conversas de bar e às
mensagens publicitárias.
Claro, isso não significa que você precisa ter um pé atrás com toda opinião que for diferente da sua. Ser persuadido e
mudar de ideia não tem problema nenhum. “Nossa vida social está construída sobre o controle psicológico que as
pessoas têm sobre as outras. A todo momento influências externas fazem com que mudemos nossa atitude, dos
aspectos mais banais aos mais sérios”, exemplifica o professor Cesar Ades, pesquisador do assunto na Universidade
Católica de Goiânia. “Uma conversa com alguém que admiramos ou que tem autoridade sobre nós pode mudar de
verdade nossas crenças.”
O importante é saber que nossa mente não está pronta e acabada, mas permanentemente em obras. Entender que
somos influenciáveis e que nossa identidade é mutante nos torna mais espertos para avaliar uma tentativa de
persuasão — com o córtex pré-frontal, por favor.
Lavagem em 8 passos
As principais características do controle da mente
Controle de pensamento
Não é permitido ler material ou falar com pessoas que tenham ideias contrárias às do grupo. Em alguns casos, a vítima
é geograficamente isolada da família e dos amigos.Hierarquia rígida
São criados modos uniformizados de agir e pensar, desenvolvidos para parecer espontâneos. A vítima é convencida da
autoridade absoluta e do caráter especial—às vezes, sobrenatural—do líder.
Mundo dividido
O mundo é divido entre “bons” (o grupo) e “maus” (todo o resto). Não existe meio-termo. É preciso se policiar para agir
de acordo com o padrão de comportamento “ideal”.
Delação premiada
Qualquer atitude errada, ainda que cometida em pensamento, deve ser reportada ao líder. Também se deve delatar os
erros alheios. Isso acaba com o senso de privacidade e fortalece o líder.
Verdade verdadeira
O grupo explica o mundo com regras próprias, vistas como cientificamente verdadeiras e inquestionáveis. A vítima
acredita que sua doutrina é a única que oferece respostas válidas.
Código secreto
O grupo cria termos próprios para se referir à realidade, muitas vezes incompreensíveis para as pessoas de fora. Uma
linguagem muito específica ajuda a controlar os pensamentos e as ideias.
Meu mundo e nada mais
O grupo passa a ser a coisa mais importante—se bobear, a única. Nenhum compromisso, plano ou sonho fora daquele
ambiente é justificável.
Ninguém Sai
A vítima se sente presa, pois não pode imaginar uma vida completa e feliz fora do grupo. Isso pode ser usado por
políticos e militares para justificar execuções.
Imagine perder o controle de seus pensamentos e virar uma espécie de robô que age da forma desejada por um
político, um religioso ou uma empresa. Esqueça, porém, a imagem de alguém alterando seu cérebro com choques,
cirurgias ou pílulas.
Não há fórmula mágica na lavagem cerebral. “Trata-se de uma aplicação de técnicas psicológicas comuns, mas em
um nível muito extremo e coercitivo”, diz Kathleen Taylor, pesquisadora da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e
autora de Brainwashing – The Science of Thought Control (“Lavagem cerebral, a ciência do controle do pensamento”,
sem edição no Brasil).
O conceito de lavagem cerebral remete a um termo do mandarim, “hsi-nao“, usado na meditação para definir a limpeza
da mente ou do coração. Ele surgiu nos anos 1950, quando o jornalista norte-americano Edward Hunter buscava uma
explicação para a súbita mudança de comportamento de soldados de seu país. Eles haviam sido reféns de chineses e
norte-coreanos na Guerra da Coreia e, ao voltarem aos EUA, tornaram-se comunistas ferrenhos.
Mirar no alvo
O córtex pré-frontal é a área do cérebro responsável pelo lado racional. Assim, a manipulação deve se encarregar de
fazer essa região trabalhar o menos possível, deixando a maior parte das escolhas a cargo de áreas responsáveis pelo
subconsciente.
No seu quadrado
O cérebro é bom em dividir comportamentos diferentes em áreas distintas (trabalho, família…). Quanto mais fraca uma
área, mais vulnerável à lavagem. Isso explica por que um nazista podia obedecer as ordens de matança e depois ir
para casa e ficar com a família.
Somos ratos
Sempre que escuta determinada música você se lembra de uma paisagem? É assim que a reconstrução da
identidade individual funciona. O torturador é mal quando quer confissões e bom quando vai doutrinar.
Palavras- chave.
Conceitos abstratos, com diferentes interpretações, como “justiça”, vão para o cérebro com forte carga de emoção,
ficando bem fixados. Por isso, manipuladores gostam de usá-los. Já argumentos racionais, baseados em informações,
têm pouco impacto nas pessoas.
No limite
Normalmente, o cérebro filtra as informações que chegam ao córtex. Mas esse controle fica mais frouxo durante um
momento de estresse. É por isso que a pessoa que quer dominar mentalmente tenta exaurir sua vítima ao máximo,
causando medo e cansaço.
Para mais informações…
Não é possível saber com maior exatidão como essas técnicas atuam no organismo, pois questões éticas proíbem
esse tipo de pesquisa. Além disso, a tecnologia disponível não permitiria tal acompanhamento de maneira detalhada.
Não seja uma vítima
Proteção completa, só isolando-se 100% do mundo. Mas certas precauções já ajudam
Cuide da saúde
Gente saudável tem maior senso de controle sobre si. Quem vive numa montanha-russa de muito estresse, pouco
sono, álcool e drogas abaixa a guarda. E fica mais exposto às influências.
Cultive a experiência
Pessoas mais velhas tendem a acumular mais lições de vida e perceber melhor certas armadilhas dos manipuladores.
Elas também têm menos necessidade de fazer parte do “efeito manada” e, apegadas a fatos que já conheceram antes,
são mais difíceis de serem convencidas.
Estimule a criatividade
Pessoas com grande capacidade imaginativa possuem mais conexões cerebrais. Assim, analisam melhor tudo o que
acontece ao seu redor
Apegue-se
É uma ótima forma de não se deixar levar pela “onda” que será imposta em uma tentativa de reprogramação. Quando
você sentir que está sendo levado por uma série de argumentos, vai se lembrar do que realmente importa. Família,
amigos, valores etc. são escudos nessas horas
Pare e pense
Desenvolva essa capacidade. Só assim você vai conseguir diferenciar ideias nas quais realmente acredita daquelas
em que é apenas massa de manobra.
Tenha uma educação diversificada
Cada novo conhecimento fortalece o córtex pré-frontal, o grande tomador de decisões do cérebro. E, quanto mais
diversificada e plural for a sua cultura, menos chances você terá de ser vítima da manipulação que leva ao fanatismo
ignorante.
Tome cuidado em momentos difíceis
Pessoas que tiveram a vida sacudida por acontecimentos grandes (e em geral trágicos), como a morte de um parente,
perda do emprego ou uma separação, ficam mais suscetíveis, pois estão em busca de uma válvula de escape.
Ajude quem precisa
Conhece alguma pessoa que possa estar passando por essa situação? “Primeiro, afaste-a do ambiente ou do agente
coercivo. Ouça o que ela tem a dizer e a respeite e, se for o caso, procure ajuda profissional”, explica Kathleen Taylor.
O melhor lugar para explorar como o medo afeta o cérebro é o comando de operações especiais da
marinha, em San Diego california.
Os recrutas são treinados para modificar a maneira como o cérebro reage ao medo.
Quando vemos erros de decisões na vida quase sempre estão associados ao medo ou pânico.
O jeito certo de treinar é expor os alunos a situações assustadoras para que se acostumem com elas e
saibam reagir quando eles as encontrarem.
A evolução programou o nosso cérebro com o medo. Pra temer situações debaixo d’água.
Alucinar = confundir os conteúdos da mente com a realidade. Confundir a realidade com imaginação.