Curso 189690 Aula 04 33af Completo

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Aula 04

PETROBRAS (Engenharia de
Equipamento - Elétrica) Conhecimentos
Específicos - 2021 (Pós-Edital)

Autor:
Mariana Moronari

03 de Janeiro de 2022

05147124497 - Wanessa Morais de Araújo


Mariana Moronari
Aula 04

Sumário

1. Introdução às instalações elétricas ....................................................................................................... 5

1.1. Geração, Transmissão e Distribuição ............................................................................................ 5

1.1.1. Geração....................................................................................................................................... 6

1.1.2. Transmissão ................................................................................................................................ 7

1.1.3. Distribuição ................................................................................................................................ 8

1.2. Sistemas, Instalações e Componentes .......................................................................................... 9

1.3. Instalações de baixa tensão .......................................................................................................... 11

1.4. Norma NBR-5410 e normas complementares ........................................................................... 13

2. Projeto de instalações elétricas ........................................................................................................... 17

2.1. Etapas de projeto ........................................................................................................................... 17

2.2. Demanda e Curva de carga .......................................................................................................... 18

2.3. Fatores de projeto .......................................................................................................................... 23

2.3.1. Fator de carga .......................................................................................................................... 23

2.3.2. Fator de utilização ................................................................................................................... 24

2.3.3. Fator de demanda................................................................................................................... 25

2.3.4. Fator de diversidade ............................................................................................................... 28

2.4. Potência de alimentação e corrente de projeto ........................................................................ 31

3. Instalações elétricas de baixa tensão ................................................................................................. 35

3.1. Previsão das cargas de iluminação e pontos de tomada......................................................... 35

3.1.1. Carga de iluminação ............................................................................................................... 36

3.1.2. Pontos de tomada de uso geral ........................................................................................... 37

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3.1.3. Pontos de tomada de uso específico................................................................................... 39

3.1.4. Esquema Previsão de Cargas ................................................................................................ 40

3.2. Divisão das instalações .................................................................................................................. 43

3.3. Seleção e instalação das linhas elétricas .................................................................................... 49

3.3.1. Considerações gerais da norma ........................................................................................... 51

3.4. Dimensionamento de condutores ............................................................................................... 54

3.4.1. Seção mínima dos condutores .............................................................................................. 55

3.4.2. Condutor neutro ...................................................................................................................... 56

3.5. Capacidade de Condução de Corrente ..................................................................................... 56

3.5.1. Fator de correção de temperatura ....................................................................................... 58

3.5.2. Fator de correção de resistividade térmica do solo .......................................................... 58

3.5.3. Fator de agrupamento de circuitos ...................................................................................... 58

3.5.4. Fator de correção devido ao carregamento do neutro .................................................... 59

3.5.5. Fator de serviço ....................................................................................................................... 60

3.5.6. Roteiro para dimensionamento (capacidade de condução de corrente) ...................... 61

3.6. Queda de tensão ............................................................................................................................ 67

3.7. Simbologia ....................................................................................................................................... 74

4. Lista de questões ................................................................................................................................... 76

5. Questões comentadas .......................................................................................................................... 90

6. Referências bibliográficas ................................................................................................................... 131

7. Gabarito ................................................................................................................................................ 132

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INTRODUÇÃO
Podemos verificar que, dentro da matéria de instalações elétricas, as instalações de baixa tensão,
projetos elétricos e dimensionamento de condutores ganham destaque. Basicamente, a nossa aula de hoje
abordará esses assuntos.

O objetivo desta aula consiste em apresentar os principais conceitos, procedimentos e especificações


para o projeto de instalações elétricas de baixa tensão conforme as prescrições da norma ABNT NBR
5410:2004.

Mesmo que seja um assunto relativamente simples para os profissionais que atuam diretamente e
frequentemente nesta área, ainda sim, podemos encontrar instalações que não seguem as recomendações
da norma ou que, até mesmo, nem tenham um projeto elétrico.

Isso pode trazer consequências e danos imensuráveis! Uma instalação elétrica mal executada pode
provocar curtos-circuitos, podendo iniciar um incêndio ou aumentar o risco de choques elétricos, por
exemplo. Quando um projeto é executado baseado em critérios técnicos, teremos como resultado uma
maior segurança, conforto e economia para a instalação elétrica.

Por meio das aulas anteriores, nós aprendemos conceitos básicos e fundamentais da eletricidade e
as principais leis que regulam as fórmulas e os cálculos aplicáveis ao desenvolvimento de projetos elétricos
e análise dos sistemas distribuição de energia elétrica. Perceba que as aulas iniciais servem de base para
entrarmos nas matérias de aplicação mais "prática"!

Aqui, você obterá informações precisas e seguras sobre a elaboração de um projeto elétricos em
baixa tensão, sempre obedecendo as normas e de acordo como são cobradas em provas. Os assuntos serão
apresentados de forma sequencial e não necessariamente seguirão a ordem da norma.

No capítulo 1, serão introduzidas noções importantes sobre instalações elétricas. Os assuntos


relacionados ao planejamento de projetos elétricos serão apresentados no capítulo 2. O capítulo 3 será
reservado para tratar especificadamente sobre instalações elétricas de baixa tensão (conforme a NBR
5410:2004).

Perceba que, no decorrer da nossa aula, contaremos também com o suporte de outras normas que
possam complementar o nosso estudo.

Agora, vamos ao que nos interessa!

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1. INTRODUÇÃO ÀS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS


Este capítulo do livro será responsável por introduzir os aspectos mais relevantes sobre sistemas
elétricos e seus componentes.

Para que um engenheiro possa executar ou analisar projetos de instalações elétricas, ele deve
entender como essas "instalações" se situam dentro do nosso sistema elétrico, desde as unidades geradoras
até os consumidores de baixa tensão.

Por meio deste capítulo, teremos uma visão global de um sistema constituído por geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica e como as instalações de baixa tensão estão inseridas dentro
desse sistema.

1.1. Geração, Transmissão e Distribuição

Para iniciarmos, é importante que uma introdução sobre a composição do sistema elétrico seja
apresentada nessa aula.

Isso é essencial para que você tenha uma visão global sobre como a energia elétrica é produzida,
transmitida e como ocorre o abastecimento de energia elétrica das unidades consumidoras, como por
exemplo, residências, prédios e indústrias.

Vamos começar falando sobre energia...

Energia pode ser definida como tudo aquilo capaz de realizar ou produzir trabalho.

Existem diferentes tipos ou formas de energia... Como exemplos, podemos citar:

➢ Energia Elétrica;
➢ Energia Mecânica;
➢ Energia Térmica;
➢ Energia Química;

Voltando nossa atenção para a energia elétrica, nós podemos dizer que ela se tornou uma parte
integrante e fundamental da nossa vida cotidiana. Geralmente, percebemos isso somente no momento da
sua falta!

Ela pode ser transportada a longas distâncias e pode ser facilmente transformada em outros tipos de
energia, como por exemplo, em energia mecânica por meio de um motor elétrico ou em térmica por meio
de secadores ou chuveiros.

Geralmente, a energia elétrica não é utilizada no mesmo local onde é produzida. Dessa forma, é
necessário que ela seja transportada a longas distâncias desde as unidades de geração até os centros de
consumo.
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Podemos dizer que a energia elétrica se desenvolve em três fases fundamentais:

➢ Geração;
➢ Transmissão;
➢ Distribuição;

Portanto, vamos discutir sobre os aspectos gerais dessas três importantes fases que constitui o
sistema elétrico brasileiro.

1.1.1. Geração

Professora,

Mas afinal, como se produz energia elétrica?

Para movimentar o eixo de turbinas, podemos utilizar vários tipos de fontes, como o desnível de água
(hidráulica), a propulsão a vapor (térmica), a queima de combustível (diesel, carvão) e pela fissão de materiais
radioativos (urânio). Portanto, podemos ter várias formas de geração de energia.

O sistema elétrico brasileiro é caracterizado por ser um sistema hidrotérmico de grande porte. Ou
seja, um sistema basicamente composto por usinas hidroelétricas e termoelétricas. No Brasil, a geração de
energia elétrica no Brasil se destaca por ser realizada, em sua maior parte, por meio das usinas hidrelétricas
(fonte de energia renovável). Por isso, somos privilegiados!

A energia solar e a energia eólica também são utilizadas como fontes de energia alternativa e
renovável. Apesar de ainda não alcançarem uma grande representatividade na nossa matriz elétrica, o uso
de fontes alternativas vem crescendo bastante e contribuem para que nossa matriz elétrica continue sendo
em sua maior parte renovável.

É importante ressaltar que a matriz elétrica do Brasil é bem diferente da matriz elétrica mundial, pois
usamos mais fontes renováveis que o resto do mundo. O nosso país apresenta um rico potencial hidráulico,
que mesmo já sendo aproveitado, ainda contém um potencial a ser explorado.

Nas usinas hidrelétricas, a energia potencial da água é transformada em energia mecânica por meio
de turbinas hidráulicas que, por sua vez, é transformada em energia elétrica por meio de geradores elétricos.

Os geradores de eletricidade necessitam de energia mecânica para girar os rotores das turbinas, nos
quais os geradores estão acoplados.

Dessa forma, duas condições devem existir para que haja aproveitamento hidráulico:

➢ água em abundância;
➢ Movimento da água (por meio diferença de altura entre a barragem e a casa de máquinas da usina
ou por meio de desníveis de relevo em usinas a fio d'água).

Para se construir uma usina, é preciso levantar indicadores (econômicos, técnicos, ecológicos e
sociais) para depois decidir o tipo de usina que deve ser escolhida para um determinado local.
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Por decreto governamental, foi determinado que a energia gerada para uso em território brasileiro
deve ser trifásica a uma frequência de 60 hertz.

Como os geradores são para potências elevadas (MW) e a tensão comercial é razoavelmente baixa
(kV), a corrente elétrica no gerador é de grande intensidade. Como a corrente produzida pelos geradores é
muito alta, é necessário elevar a tensão para que seja possível transmitir energia elétrica a longas distâncias
por meio de condutores mais finos, com o objetivo de minimizar as perdas por dissipação de calor nas linhas
elétricas.

Logo, entramos na segunda fase do sistema elétrico que é a transmissão.

1.1.2. Transmissão

Transmissão significa dizer que existe o transporte de energia elétrica gerada até os centros de
consumo.

Para que seja viável economicamente, a tensão gerada nos geradores trifásicos deve ser elevada a
valores padronizados em função da potência a ser transmitida e das distâncias aos centros consumidores.
Dessa forma, uma subestação elevadora deve ser construída o mais próximo possível da unidade geradora.

Os transformadores das subestações elevadoras permitem a transmissão da energia


elétrica em tensões mais econômicas, onde as perdas são minimizadas.

As longas redes de transmissão de energia elétrica são caracterizadas por altas tensões, justamente,
para minimizar as perdas por dissipação de potência nas linhas. Logo,

Quanto maior a tensão, menor será a corrente na linha de transmissão capaz de transmitir
uma determinada potência ao consumidor.

É importante ressaltar que os transformadores foram estudados anteriormente. Caso seja


necessário, volte nessa aula para relembrar os aspectos mais importantes e fundamentais sobre essa
máquina elétrica!

Os transformadores permitem esse “aumento e diminuição” da tensão em um determinado trecho


do sistema. Com essa máquina é possível também utilizar a energia elétrica na tensão mais adequada para
um dispositivo em particular.

As tensões mais usuais em corrente alternada nas linhas de transmissão são: 69 kV, 138 kV, 230 kV,
400 kV e 500 kV.

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A partir de 500 kV, a tensão contínua pode ser utilizada como é o caso da linha de
transmissão de Itaipu. No entanto, apenas um estudo de viabilidade poderá determinar
qual tipo de tensão deve ser utilizada.

Pelas torres de transmissão, a energia é transportada até os centros de consumo. Basicamente, a


energia chega em uma subestação denominada abaixadora, onde os transformadores abaixam as tensões
para valores de "tensão de distribuição". Essas tensões seguem até a subestação de distribuição.

Neste ponto, nós entramos na fase de distribuição do sistema.

1.1.3. Distribuição

A distribuição é a parte do sistema elétrico que inclui as cargas do sistema. Ou seja, inclui os centros
de utilização, como por exemplo, residências, prédios e indústrias.

A distribuição começa na subestação abaixadora, onde a tensão da linha de transmissão é


baixada para valores padronizados na rede de distribuição primária, por exemplo, 13,8 kV
e 34,5 kV.

Das subestações de distribuição partem as redes de distribuição secundária ou de baixa tensão.


Assim, os condutores saem e seguem para a distribuição urbana em 13,8kV. Nas ruas, conforme o consumo
e em função da quantidade de consumidores, são instalados transformadores nos postes de energia que
reduzem a tensão de 13,8 para a baixa tensão em 127V e 220 V para utilização residencial e industrial.

As redes de distribuição primárias podem ser construídas seguindo três formas. Eles são:

➢ Sistema radial;
➢ Sistema em anel;
➢ Sistema radial seletivo.

A parte final do sistema é a subestação abaixadora para a baixa tensão, onde a tensão é abaixada
para a tensão de utilização. As tensões de 380/220 V e de 220/127 V são utilizadas nos sistema trifásicos. E
a tensão de 220/110 V é a tensão de utilização de sistemas monofásicos.

No Brasil, existem cidades onde a tensão de fase-neutro é de 220 V (Brasília) e cidades onde essa
tensão é de 127 V (Rio de Janeiro).

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A entrada de energia dos consumidores finais é denominada ramal de entrada. As redes de


distribuição primária e secundária normalmente são trifásicas e as ligações podem ser monofásicas, bifásicas
ou trifásicas dependendo da potência solicitada.

➢ Até 4kW-monofásica (2 condutores)


➢ Entre 4 e 8 kW- bifásica (3 condutores)
➢ Maior que 8 kW- trifásica (3 ou 4 condutores)

Segundo o módulo 1 do PRODIST (Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica), os níveis de


tensão de distribuição são classificados como se segue:

➢ Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69kV e
inferior a 230kV.
➢ Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1kV e inferior a
69kV.
➢ Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1kV.

1.2. Sistemas, Instalações e Componentes

Segundo Cotrim (2009), um circuito elétrico é um conjunto de corpos, componentes ou meios em


que é possível a passagem de corrente elétrica. O autor também define um sistema elétrico como um circuito
ou conjunto de circuitos elétricos que se relacionam para um determinado propósito em comum.
Essencialmente, os componentes elétricos de um sistema conduzem corrente para desempenhar funções
específicas dentro do sistema.

Ainda segundo o autor, uma instalação elétrica inclui componentes elétricos que não conduzem
corrente elétrica. No entanto, eles são indispensáveis para o funcionamento e bom desempenho de uma
instalação (como por exemplo, eletrodutos, caixas, suportes). Segundo a NBR IEC 60050(826):1997,

Uma instalação elétrica é o sistema elétrico físico formado pelo conjunto de componentes
elétricos associados e coordenados para uma finalidade específica.

Podemos considerar que as plantas, simbologias e diagramas de um projeto elétrico representam a


instalação. Já os circuitos elétricos constituem o sistema.

Diversos autores e projetistas utilizam os termos instalações elétricas e sistemas elétricos


como sinônimos!

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Conforme abordei, os componentes da instalação são como peças que se inter-relacionam e


desempenham funções específicas em uma determinada instalação.

De acordo com a NBR 5410:2004, podemos definir que:

Componentes de uma instalação é o termo empregado para designar itens da instalação


que podem ser materiais, acessórios, instrumentos, equipamentos, máquinas ou, até
mesmo, seguimentos ou partes de uma instalação como linhas elétricas.

Um termo que também será muito utilizado nas aulas de instalações elétricas é: equipamentos
elétricos. Conforme a NBR IEC 50 (826):199, um equipamento elétrico pode ser definido como:

Uma unidade funcional completa e distinta, que exerce uma ou mais funções elétricas
relacionadas com a geração, a transmissão, a distribuição ou a utilização de energia
elétrica.

Podemos citar como exemplos: os transformadores, as máquinas elétricas e os aparelhos de medição.


Por vezes, também separamos os equipamentos elétricos em grupos segundo sua função. Dessa forma,
temos:

➢ Equipamentos principais;
➢ Equipamentos de manobra;
➢ Equipamentos de medição, proteção, comando e controle (MPCC);
➢ Equipamentos de utilização;

Os equipamentos de utilização são aqueles destinados a converter energia elétrica em uma forma
útil como por exemplo energia térmica (secador de cabelo) ou mecânica (motor elétrico de um
liquidificador). Eles ainda podem ser classificados em três grandes categorias:

➢ Aparelhos de iluminação;
➢ Equipamentos industriais;
➢ Equipamentos não industriais.

O termo aparelho elétrico é frequentemente utilizado para designar equipamentos de


utilização como aparelhos eletrodomésticos.

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Os equipamentos principais, de manobra, de medição, de proteção, de comando e de controle de


fazem parte das instalações elétricas e desempenham um importante papel para que todo processo de
fornecimento de energia ocorra com qualidade de forma segura e eficiente.

1.3. Instalações de baixa tensão

Como ressaltei anteriormente, esse livro será destinado a tratar sobre os principais aspectos das
instalações de baixa tensão regulamentado pela norma NBR 5410:2004. Dessa forma, vamos aprofundar
(apenas o suficiente) nosso conhecimento sobre a distribuição de energia em baixa tensão.

O fornecimento de energia elétrica em BT será feito em corrente alternada e frequência de 60 Hz.


Conforme o módulo 3 do PRODIST, as tensões nominais padronizadas de baixa tensão no sistema trifásico e
monofásico estão indicadas na tabela abaixo.

Sistema Tensão nominal (V)


220/127
Trifásico
380/220
254/127
Monofásico
440/220

Tensões diferentes até podem ser admitidas nos sistemas de distribuição em operação, desde que
estejam em consonância com a legislação pertinente.

As instalações de baixa tensão podem ser alimentadas de diferentes maneiras. O caso típico de
fornecimento de energia para residências, comércio ou indústrias de pequeno porte é a alimentação direta
por uma rede de distribuição de energia de baixa tensão por meio de um ramal de ligação.

No entanto, a alimentação de energia também pode ocorrer por meio de uma rede de distribuição
de alta tensão quando se tem uma subestação ou um transformador exclusivo de propriedade da
concessionária de energia elétrica. Este é o caso típico para alimentação de edificações prediais e comerciais
de grande porte.

Quanto às edificações industriais de grande porte, o fornecimento também pode ocorrer por meio
de uma subestação de propriedade do consumidor.

A alimentação diretamente em baixa tensão pode ser representada pela Fig. (1), onde é possível
visualizar esquematicamente os componentes da entrada de serviço. Perceba a disposição desses
componentes e equipamentos que serão definidos a seguir.

Não se preocupe, pois as definições serão dadas meramente para o seu entendimento e
contextualização do assunto. Não foram verificadas questões cobrando essas definições.

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Figura 1-Esquema básico de entrada de serviço. Fonte: Adaptado de Cotrim (2008).

A Entrada de Serviço é o conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o


ponto de derivação da rede concessionária e o quadro de medição ou proteção estando ele incluído.

O Ponto de Entrega (NBR 5460:1992) é o ponto no qual a energia elétrica (entregue a um consumidor
pela concessionária de energia) é medida para fins de faturamento. Logo, ele é o ponto de conexão da
empresa distribuidora de eletricidade com a instalação elétrica da unidade consumidora, delimitando as
responsabilidades da distribuidora (NBR 5410:2004). O ponto de entrega é o ponto a partir do qual se aplica
a NBR 5410:2004.

A Entrada Consumidora é o conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o


ponto de entrega e o quadro de proteção e medição estando este incluído.

O Ramal de Ligação (NBR 5460:1992) é o ramal derivado de uma rede de distribuição para alimentar
um consumidor ou unidade consumidora. Ele é constituído pelo conjunto de condutores e acessórios
instalados pela distribuidora de energia entre o ponto de derivação da rede concessionária e o ponto de
entrega (REN ANEEL 414/2010)

O Ramal de Entrada (NBR 546:01992) é a parte do ramal de ligação compreendida entre o limite da
propriedade do consumidor e do ponto de medição. Assim, é o conjunto de condutores e acessórios
instalados pelo consumidor entre o ponto de entrega e o quadro de proteção e medição da instalação (REN
ANEEL 414/2010)

A Unidade Consumidora é o conjunto composto pelas instalações, ramal de entrada, equipamentos


elétricos, condutores e acessórios caracterizada pelo recebimento de energia elétrica em apenas um ponto
de entrega, com medição individualizada, correspondente a um único consumidor e localizado em uma
mesma propriedade ou em propriedades contíguas (REN ANEEL 414/2010).

É importante ressaltar que, em moradias de uso coletivo, cada unidade consumidora corresponde a
uma instalação elétrica diferente.
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As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas pela norma NBR 5410:2004, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A próxima seção deste capítulo apresentará as considerações gerais sobre a norma NBR 5410:2004,
que servirá de base e referência para os conteúdos abordados nesta aula.

1.4. Norma NBR-5410 e normas complementares

A NBR 5410- Instalações Elétricas de Baixa Tensão de 2004 é a norma aplicada a todas as instalações
elétricas em que a tensão nominal é igual ou inferior a 1000 V em corrente alternada ou 1500 V em corrente
contínua. Ou seja,

A norma NBR 5410:2004 estabelece a tensão máxima de 1000 volts como limite para a
baixa tensão em corrente alternada e de 1500 volts em corrente contínua.

A NBR 5410 estabelece as condições que as instalações elétricas de baixa tensão devem satisfazer
para que a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado e a conservação dos bens sejam
garantidos.

Os procedimentos e as recomendações têm como objetivo principal evitar a ocorrência de


sobrecarga, curtos-circuitos e choques elétricos!

Um assunto muito recorrente em provas sobre a norma NBR 5410:2004 se refere à sua
aplicação! Então, vamos verificar em quais situações, ou melhor, em quais tipos de
edificações ela pode ser aplicada.

Esta norma é aplicada principalmente a instalações elétricas novas e a instalações elétricas existentes
passíveis de reformas, como por exemplo, edificações:

➢ residenciais;
➢ comerciais;
➢ públicas;
➢ industriais;
➢ agropecuárias;
➢ pré-fabricadas;

É importante ressaltar que esta norma abrange trailers, campings, áreas descobertas das
propriedades (externas às edificações) e instalações temporárias como canteiro de obras, feiras e
exposições.
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As Instalações elétricas de média tensão (tensão nominal de 1000 V a 36200 V) são


regulamentadas pela norma NBR 14039:2003.

A NBR 5410 também é aplicada a:

➢ Circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a 1 000 V em corrente alternada,
com frequências inferiores a 400 Hz, ou a 1 500 V em corrente contínua;
➢ Circuitos elétricos, que não os internos aos equipamentos, funcionando sob uma tensão superior a 1
000 V e alimentados através de uma instalação de tensão igual ou inferior a 1 000 V em corrente
alternada (por exemplo, circuitos de lâmpadas a descarga, precipitadores eletrostáticos etc.);
➢ Fiação e a toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas relativas aos equipamentos de
utilização;
➢ Linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos circuitos internos dos equipamentos) relacionadas
exclusivamente à segurança e à compatibilidade eletromagnética.

No entanto, ela não se aplica a:

➢ instalações de tração elétrica;


➢ instalações elétricas de veículos automotores;
➢ instalações elétricas de embarcações e aeronaves;
➢ equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida que não comprometam a
segurança das instalações;
➢ instalações de iluminação pública;
➢ redes públicas de distribuição de energia elétrica;
➢ instalações de proteção contra quedas diretas de raios.
➢ instalações em minas;
➢ instalações de cercas eletrificadas.

A NBR 5410 é complementada pela norma NBR 13570 (Instalações Elétricas em Locais de
Afluência de Público) e pela norma NBR 13534 (Instalações Elétricas em Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde). Respectivamente, a primeira é aplicada às instalações elétricas de

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locais como, estádios, cinemas, restaurantes, etc. A segunda é aplicada a locais da área de
saúde como hospitais, clínicas médicas, ambulatórios, entre outros.

A norma NBR 5410 nos servirá de base e referência para estudarmos sobre as orientações,
especificações, requisitos e procedimentos sobre as condições que as instalações elétricas
de baixa tensão devem satisfazer. Portanto, sua leitura é obrigatória!

Para os efeitos da NBR 5410, a terminologia de instalações elétricas de baixa tensão, tratadas na
norma NBR IEC 60050, também serão utilizadas.

Dessa forma, as definições contidas nesse livro também estão referenciadas a essa norma, bem como
poderão se referir a outra qualquer, quando necessário. Não se preocupe, pois eu especificarei a referência
considerada para que você não se confunda.

Ressalto novamente que as questões de concurso dificilmente exigem definições de termos


considerando diferentes normas. O mais importante é que você entenda a definição cada termo para
entender a sua aplicação e funcionalidade.

(Pref. Cabo de Santo Agostinho- AOCP-2010) Sobre a Norma Brasileira NBR 5410/2004 – Instalações
Elétricas de Baixa Tensão, analise as seguintes assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que
apresenta as corretas.

I. Aplica-se para circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a 1000 V em
corrente alternada, com frequências inferiores a 400 Hz ou a 1500 V em corrente contínua.

II. Aplica-se para instalações de iluminação pública.

III. Aplica-se para toda fiação e toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas relativas aos

equipamentos de utilização.

IV. Aplica-se para instalações de cercas eletrificadas.

(A) Apenas I e II.


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(B) Apenas I e III.

(C) Apenas II e IV.

(D) Apenas II e III.

(E) Apenas III e IV.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine as assertivas corretas sobre instalações elétricas de baixa
tensão segundo à NBR 5410:2004.

Dessa forma, vamos julgar cada assertiva separadamente

I- A assertiva está correta, segundo à seção 1.2.2 item a da referida norma.

II- A assertiva está incorreta, segundo à seção 1.3 item e da referida norma, onde é especificado
justamente os tipos de instalações elétricas que a norma NBR 5410 não pode ser aplicada.

III- A assertiva está correta, segundo à seção 1.2.2 item c da referida norma.

IV- A assertiva está incorreta, segundo á seção 1.3 item i da referida norma, onde é especificado
justamente a não aplicação da norma neste caso.

Portanto,

A alternativa (B) é o gabarito da questão.

Perceba que esta questão exige justamente o conhecimento sobre a " letra da norma" no que
se refere à sua aplicação.

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2. PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS


Este capítulo será destinado a apresentar os principais pontos com relação ao planejamento de um
projeto de instalação elétrica. Inicialmente, comentarei sobre as etapas de planejamento e, em seguida,
estudaremos alguns fatores necessários para a elaboração de um projeto elétrico.

Evidencio antecipadamente que a NBR 5460:1902 (Sistemas Elétricos de Potência) também tem
como objetivo definir termos relacionados ao sistema elétrico de potência sob o ponto de vista da geração,
transmissão e distribuição. Dessa forma, nós vamos utilizar algumas definições contidas nessa norma para
alguns termos abordados neste capítulo.

2.1. Etapas de projeto

Para projetar uma instalação elétrica de qualquer natureza, é necessário seguir alguns procedimentos
para garantir que a energia elétrica seja entregue a unidade consumidora de forma segura e efetiva.

O planejamento de uma instalação elétrica é o primeiro passo a ser desenvolvido para organizar os
procedimentos necessários para efetivamente elaborar um projeto elétrico.

Um projeto elétrico permite prever, selecionar, dimensionar e localizar os equipamentos


e componentes necessários para compor uma instalação elétrica de forma antecipada,
segura e adequada.

Dessa forma, algumas etapas podem ser seguidas pelos projetistas das instalações para elaboração
de um projeto elétrico.

Ressalto que as etapas podem ser alteradas ou suprimidas, pois elas variam de acordo com
procedimentos próprios que um projetista ou empresa de engenharia adotam como padrão.

Como o nosso objetivo é resolver as questões de concurso focando sempre no conteúdo que é exigido
nas provas, eu irei apenas comentar superficialmente sobre as etapas para que você entenda como o
conteúdo abordado nessa aula se encaixa dentro de um projeto elétrico. Ok?

Como exemplo, nós podemos considerar que as seguintes etapas:

➢ Análise inicial: consiste na coleta de dados que orientarão o projeto. Nesta etapa, a estimativa
preliminar da potência instalada é realizada baseada nos fatores de demanda e de carga
convenientes. Neste ponto, os tipos de linhas elétricas e a localização da entrada de energia são
determinados;
➢ Fornecimento de energia: consiste na determinação das condições em que a unidade consumidora
será alimentada. Nesta etapa, o tipo de sistema de distribuição e o tipo de aterramento são definidos.
➢ Quantificação das instalações: consiste na determinação da potência instalada de todos os setores e
subsetores a serem considerados no projeto, considerando-se todos os pontos de utilização
conhecidos. Nesta etapa, os pontos de luz, as tomadas e equipamentos de utilização não
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considerados na análise inicial deverão ser localizados, caracterizados e marcados em uma planta.
Considerando-se que não seja possível saber quais serão todos os equipamentos de utilização,
previsões complementares de instalações semelhantes são utilizadas como dados de projeto.
Evidencio que, nesta etapa, a divisão da instalação em setores/subsetores também é realizada.
➢ Esquema básico da instalação: consiste na elaboração de um esquema unifilar inicial. Nesta etapa, os
componentes principais e interligações elétricas serão indicadas no esquema.
➢ Escolha e dimensionamento dos componentes: consiste na escolha e dimensionamento de todos os
componentes de todas as partes da instalação. Nesta etapa, é realizada a complementação dos
desenhos que estavam sendo elaborados.
➢ Especificação e contagem dos componentes: consiste em especificar e contar todos os componentes
da instalação. Nesta etapa, a descrição e a citação das normas a que um determinado componente
deve atender são realizadas.

Dessa forma, podemos concluir que o projeto elétrico é a previsão escrita da instalação com todos os
detalhes, localização de pontos de utilização, comandos, trajetos de condutores, divisão de circuitos, seção
dos condutores, dispositivos, entre outras informações.

Segundo a NBR 5410, a instalação deve ser executada a partir de projeto específico, que deve conter,
no mínimo:

➢ plantas;
➢ esquemas unifilares e outros, quando aplicáveis;
➢ detalhes de montagem, quando necessários;
➢ memorial descritivo da instalação;
➢ especificação dos componentes (descrição, características nominais e normas que devem atender);
➢ parâmetros de projeto (correntes de curto-circuito, queda de tensão, fatores de demanda
considerados, temperatura ambiente etc.).

Caro(a) amigo(a),

Perceba que, na fase inicial do projeto, é necessário determinar a potência instalada da unidade
consumidora, baseando-se em fatores de projeto. Dessa forma, as próximas seções deste capítulo vão
abordar justamente os conteúdos relacionados a esse tema.

2.2. Demanda e Curva de carga

A potência elétrica consumida em uma instalação elétrica depende do número de equipamentos e


aparelhos (cargas) que estão ligados naquele momento. Assim, a potência naquele instante vai depender da
soma das potências consumidas por cada carga.

Para que uma instalação elétrica seja projetada e, consequentemente, seus componentes sejam
dimensionados, é necessário estimar a potência instalada total da unidade consumidora. Ou seja, deve ser
realizado o levantamento de todas as cargas da instalação elétrica que irão consumir potência ativa.

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Mesmo que não seja possível determinar quais serão os equipamentos de utilização de
uma instalação de forma antecipada e com precisão, uma estimativa preliminar da
potência instalada pode ser realizada por meio de tabelas que representam densidades de
potências típicas de instalações semelhantes.

A curva de carga de uma instalação representa a demanda de potência ativa da unidade


consumidora em função do tempo. Geralmente, essa curva é elaborada considerando-se 24 horas para
poder representar a demanda diária de uma instalação. Ressalto que o conceito de curva de carga não é
restrito à instalação como um todo, mas também pode ser representar a demanda de apenas um setor da
instalação.

A curva de carga diária permite o estudo e a análise de desempenho de instalações sejam elas
industriais, prediais, residenciais ou comerciais. Dessa forma, cada tipo de instalação possuirá uma forma
característica para sua curva de carga, resultando em um perfil de demanda diária das diferentes unidades
consumidoras.

Perceba que a concessionária de energia também tem o interesse de modelar as curvas de carga para
que seja possível fazer previsões mais realísticas possíveis e, assim, prover um melhor atendimento aos seus
consumidores. Portanto, caracterizar a carga do sistema é a forma das concessionárias conhecerem como
seus diferentes clientes utilizam a energia.

A carga do sistema pode variar com o tempo, pois sofre influência de diversos fatores
como eventos televisivos, econômicos, políticos, entre outros.

O estudo e modelagem das curvas de carga é de extrema importância para que seja possível fazer um
planejamento tanto por parte da concessionária quanto pelos projetistas...

Compreendendo a importância dos conceitos de demanda e da curva de carga, nós vamos estudar
esses assuntos de forma mais aprofundada!

Para fins de projeto, é conveniente trabalhar com valores médios da potência. Segundo a NBR 5460,

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Demanda é a média das potências elétricas instantâneas solicitadas ao sistema elétrico,


por consumidor ou concessionário, durante um intervalo de tempo especificado.

Dessa forma, a demanda D é o valor médio da potência ativa P em um intervalo de tempo Δt e é dada
por:

1 𝑡+∆𝑡
𝐷 = ∆𝑡 ∫𝑡 𝑃(𝑡) 𝑑𝑡

Onde, a demanda é medida em unidade de potência ativa (W).

A Figura (2) representa a potência elétrica instantânea consumida P(t), bem como a demanda D e a
energia consumida (área roxa) em um determinado período Δt.

Figura 2- Potência elétrica instantânea consumida em uma instalação. Fonte: Adaptado de Cotrim (2008).

A área da curva P(t) (Fig.2) representa a energia consumida pela instalação no intervalo considerado.
Assim, a energia E consumida durante Δt pode ser calculada como:

𝑡+∆𝑡
𝐸 = 𝐷 ∙ ∆𝑡 = ∫𝑡 𝑃(𝑡) 𝑑𝑡

A curva de carga é a curva que representa a demanda em função do tempo D(t) para um período T.
Conforme a NBR 5460,

Curva de carga é a representação gráfica da variação da carga, observada ou esperada, em


função do tempo.

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Para um período T, a ordenada máxima da curva define a demanda máxima Dmax. A energia total
consumida ET (área formada pela curva D(t)) é dada por:

𝑇
𝐸𝑇 = ∫0 𝐷(𝑡) 𝑑𝑡

A Figura (3) apresenta a curva de caga como a demanda D(t) em função do tempo, bem como a
demanda máxima Dmax.

Figura 3- Curva de carga. Fonte: Adaptado de Cotrim (2008).

De acordo com a NBR 5460, ainda podemos definir a demanda média Dm como:

Demanda média é a razão entre a quantidade de energia elétrica consumida durante um


intervalo de tempo especificado, e o período desse intervalo.

Ela é dada por:

𝐸𝑇
𝐷𝑚 = 𝑇

Logo, a demanda média é considerada a altura de um retângulo de base T, cuja área é a energia total
ET .

A demanda média é interpretada como a demanda constante que uma instalação elétrica deve
apresentar para consumir a energia total em um determinado período.

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(Pref. Itapevi- VUNESP-2019) O gráfico ilustrado a seguir descreve o comportamento da demanda de


uma instalação industrial. Assinale a alternativa que apresenta corretamente o valor da energia
consumida ao longo de trinta dias, em [kWh].

(A) 9 600.

(B) 10 200.

(C) 10 500.

(D) 11 100.

(E) 11 700.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você calcule a energia mensal consumida por uma instalação industrial. O
procedimento para resolver essa questão consiste em calcular a energia consumida em 24 horas, por
meio da curva de carga diária (fornecida pelo enunciado da questão), para depois calcular o consumo
de energia mensal.

Lembre-se que a curva de carga é a representação gráfica da variação da carga, observada ou


esperada, em função do tempo. Logo, vamos utilizá-la para calcular a energia total consumida em 24
horas.

Conforme estudamos nesta seção do livro, sabemos que a energia pode ser calculada por meio da
seguinte equação:

𝑇
𝐸𝑇 = ∫0 𝐷(𝑡) 𝑑𝑡

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Como não possuímos uma função contínua que descreva a demanda D(t), vamos calcular a integral
para diferentes intervalos de tempos correspondentes aos valores fornecidos na curva de carga diária.
Ou seja, temos que a energia total consumida diariamente pela instalação é dada por:

4 8 10 16 18 20 24
𝐸𝑇 = ∫0 5𝑑𝑡 + ∫4 15𝑑𝑡 + ∫8 10𝑑𝑡 + ∫10 25𝑑𝑡 + ∫16 20𝑑𝑡 + ∫18 10𝑑𝑡 + ∫20 20𝑑𝑡

𝐸𝑇 = 5𝑡|40 + 15𝑡|84 + 10𝑡|10 16 18 20 24


8 + 25𝑡|10 + 20𝑡|16 + 10𝑡|18 + 20𝑡|20

𝐸𝑇 = 5(4 − 0) + 15(8 − 4) + 10(10 − 8) + 25(16 − 10) + 20(18 − 16) + 10(20 − 18) +


20(24 − 20)

𝐸𝑇 = 390 𝑘𝑊ℎ

Considerando 30 dias no mês, temos que a energia total consumida mensalmente equivale a:
b
𝐸𝑇 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 390 ∙ 30 = 11700 𝑘𝑊ℎ

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

Perceba que, conforme comentamos anteriormente, a energia total consumida é justamente a


área abaixo da curva D(t) (curva de carga). Logo, também poderíamos ter calculado a área total, de
forma mais direta, por meio da soma das áreas de cada retângulo que formam a curva.

2.3. Fatores de projeto

Os fatores de projeto são fatores utilizados durante o projeto de uma instalação elétrica.
Considerando as fases descritas anteriormente, eles são utilizados na fase de quantificação para determinar
as demandas máximas das instalações.

As definições e as caraterísticas dos fatores de carga, de utilização, de demanda e de diversidade


serão apresentados para você entender como eles são utilizados no projeto de instalações elétricas. No final
dessa seção, teremos também uma questão comentada que exemplificará como as questões de concurso
cobram esses fatores.

2.3.1. Fator de carga

Segundo a NBR 5460,

Fator de carga é definido como a razão entre a demanda média e a demanda máxima,
ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado.

Logo, ele pode ser calculado como:

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𝐷𝑚
𝑓𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 𝐷
𝑚𝑎𝑥

O fator de carga pode ser entendido como um fator que representa o percentual da energia
consumida, caso considerássemos a energia média e a energia máxima que poderiam ser consumidas. Ou
seja, a instalação só consome uma porcentagem igual a fcarga, em vez de consumir o valor referente à
demanda máxima em um dado período.

O fator de carga depende do tipo de instalação e do período considerado. Geralmente, o período de


24 horas é o mais usual, resultando em um fator de carga diário da instalação.

Podemos considerar também que o fator de carga indica se estamos utilizando de maneira racional
a energia, pois quanto menor a demanda máxima da instalação, maior será o fator de carga para o período
analisado.

2.3.2. Fator de utilização

Conforme o próprio nome já indica, o fator de utilização é aplicado aos equipamentos de utilização.
O fator de utilização basicamente indica a porcentagem da capacidade do equipamento que está sendo
utilizado.

Em um equipamento de utilização, a potência efetivamente absorvida pode ser menor do que a sua
respectiva potência nominal. Dessa forma, o fator de utilização vai representar o quanto de potência
efetivamente absorvida o equipamento está solicitando.

O fator de utilização é definido como a razão entre a potência máxima absorvida Pabs, em
um intervalo de tempo especificado, e a potência nominal PN.

Ele é calculado como:

𝑃𝑎𝑏𝑠
𝑓𝑢𝑡𝑖 = 𝑃𝑁

Em uma instalação industrial, por exemplo, os motores elétricos podem funcionar abaixo
de sua carga plena!

O fator de utilização só poderá ser utilizado quando o equipamento e seu comportamento forem
perfeitamente conhecidos. Pois, se ele for mal aplicado, pode ocorrer o subdimensionamento dos circuitos,
colocando em risco a segurança e o funcionamento adequado da instalação.

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2.3.3. Fator de demanda

Segundo a NBR IEC 60050 (826), o fator de demanda pode ser definido para um conjunto de
equipamentos de utilização ou para uma instalação (ou parte dela). Com relação ao conjunto de
equipamentos,

O fator de demanda de um conjunto de equipamentos é definido como a razão entre a


soma das potências nominais dos equipamentos de um conjunto, susceptíveis de funcionar
simultaneamente em um determinado instante, e a potência instalada do conjunto.

Segundo a norma, o instante considerado é o correspondente à demanda máxima da instalação que


alimenta o conjunto.

Com relação a uma instalação ou parte dela,

O fator de demanda de uma instalação ou parte dela é definida como a razão entre a
potência de alimentação, ou parte considerada da instalação, e a respectiva potência
instalada.

Conforme esta mesma norma,

A potência de alimentação é a soma das potências nominais de todos os equipamentos de


utilização existentes ou previstos na instalação, ou na parte considerada da instalação,
susceptíveis de funcionar simultaneamente.

Já a potência de instalada é definida como a soma das potências nominais dos


equipamentos elétricos, existentes ou previstos, em uma instalação elétrica, apenas!

Ou seja, a diferença entre as duas é que a potência de alimentação considera a situação de


funcionamento simultâneo!

Agora vamos escrever o fator de demanda em função da potência de alimentação e da potência


instalada...

A norma especifica que a potência de alimentação deve corresponder à demanda máxima presumida
de uma instalação em um período de 24 horas. Logo, o fator de demanda de uma instalação pode ser
calculado como a razão entre a demanda máxima Dmax e a potência instalada Pinst por meio da equação
abaixo.

𝐷𝑚𝑎𝑥
𝑓𝑑𝑒𝑚 = 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡

Perceba que apenas substituímos a potência de alimentação pela demanda máxima presumida!

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O fator de demanda sempre será inferior a unidade, pois a demanda máxima pode ser entendida
como a potência, de fato, utilizada da instalação. Como raramente se utilizam todos os pontos de luz ou
tomadas de corrente simultaneamente, a potência efetivamente utilizada será inferior à potência instalada
da unidade consumidora.

No entanto, as instalações em que a carga é utilizada simultaneamente, devido à natureza de sua


atividade, devem considerar o fator de demanda igual a 1.

Devemos interpretar o fator de demanda como o fator que multiplicará a potência


instalada da instalação para que seja possível obter a potência que realmente será utilizada
levando em conta a provável não simultaneidade de utilização dos equipamentos!

Para o projeto de uma instalação elétrica, os fatores de demanda devem ser escolhidos considerando:

➢ as atividades previstas para os diversos locais da unidade:


➢ o funcionamento previsto para os equipamentos de utilização;
➢ a possibilidade de alteração da disposição dos equipamentos de utilização dentro da instalação.

Um baixo fator de demanda pode ocasionar um subdimensionamento dos circuitos que alimentam
os setores considerados, o que implica em uma corrente maior do que a projetada. Consequentemente, os
condutores não suportarão a corrente na hora de pico.

Algumas tabelas apresentam fatores de demanda típicos para determinados tipos de cargas
(residências, auditórios, escolas, hospitais etc.) em função da potência instalada. Os projetistas utilizam estas
tabelas para planejar e projetar novas instalações. Os fatores de demanda listados nessas tabelas são obtidos
por meio da experiência das companhias concessionárias de energia e dos projetistas de instalações.

Caro(a) aluno(a),

Vamos agora considerar o fator de demanda para diferentes conjuntos de equipamentos!

Considerando, por exemplo, três setores de uma instalação (motores, iluminação e tomadas), o fator
de demanda pode ser calculado para cada setor de forma separada.

Se cada conjunto possui sua própria potência instalada e sua demanda máxima diária (que correm
em ta , tb e tc), então os fatores de demanda de cada setor será dado por:

𝐷𝑚𝑎𝑥,𝐴 𝐷𝑚𝑎𝑥,𝐵 𝐷𝑚𝑎𝑥,𝐶


𝑓𝑑𝑒𝑚,𝐴 = ; 𝑓𝑑𝑒𝑚,𝐵 = 𝑒 𝑓𝑑𝑒𝑚,𝐶 =
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐴 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐵 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐶

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Mas, e se... quisermos calcular o fator de demanda total da instalação considerando que as demandas
máximas setoriais podem não ocorrer ao mesmo tempo? (pois, como foi comentado anteriormente elas
ocorrem em ta , tb e tc.)

Podemos calcular o fator de demanda total pela seguinte expressão:

𝐷𝑚𝑎𝑥,𝑇
𝑓𝑑𝑒𝑚,𝑇 = 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑇

Devemos primeiro considerar que a potência instalada total será igual à soma das potências
individuais de cada setor. Logo,

𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑇 = 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐴 + 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐵 + 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐶

No entanto, a demanda máxima total da instalação não poderá ser a soma das demandas máximas
de cada setor, pois as demandas máximas individuais podem ocorrer em instantes diferentes. Ou seja,
devemos considerar a demanda máxima total (composta pela parcela de cada setor) que ocorre no mesmo
instante, quando conjunto de cargas está consumindo potência simultaneamente. Dessa forma, a demanda
máxima total corresponderá a:

𝐷𝑚𝑎𝑥,𝑇 = 𝐷𝐴 + 𝐷𝐵 + 𝐷𝐶

Portanto, o fator de demanda total da instalação será igual a:

𝐷𝐴 +𝐷𝐵 +𝐷𝐶
𝑓𝑑𝑒𝑚,𝑇 = 𝑃
𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐴 +𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐵 +𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐶

Para que você entenda melhor, eu te darei um exemplo...

Considere que uma instalação, composta por vários setores, apresente demanda máxima
total (considerando todos os setores!) às 10 horas da noite.

Considere ainda que o setor A consome uma potência máxima de 100 W (demanda máxima
do setor Dmax,A) às 8 horas da manhã e 30 W (DA) às 10 horas da noite (instante da demanda
máxima da instalação).

Perceba, então, que a demanda máxima de toda instalação (considerando todos os setores)
ocorre às 10 horas da noite, período no qual o setor A está consumindo apenas 30 W de
potência.

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Dessa forma, nós não podemos considerar a demanda máxima do setor A (100 W) para o
cálculo do fator de demanda total, mas sim o valor de 30 W que o setor A utiliza quando
toda instalação está consumindo máxima potência de forma simultânea!

A demanda máxima da instalação como um todo será composta pelas demandas individuas
de um mesmo instante, o que resultará justamente na maior demanda prevista para a
instalação.

2.3.4. Fator de diversidade

De acordo com a NBR 5460,

O fator de diversidade é definido como a razão entre a soma das demandas máximas
individuais de um conjunto de equipamentos (ou instalações elétricas) e a demanda
simultânea máxima (ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado).

Conforme foi comentado na seção anterior, as demandas máximas dos setores de uma instalação
podem ocorrer em instantes distintos, dado que existe uma diversidade de consumo de energia que varia
entre cada trecho ou setor da instalação. Considerando os três setores da seção passada, podemos calcular
o fator de diversidade por meio da equação abaixo.

𝐷𝑚𝑎𝑥,𝐴 +𝐷𝑚𝑎𝑥,𝐵 +𝐷𝑚𝑎𝑥,𝐶


𝑓𝑑𝑖𝑣 = 𝐷𝑚𝑎𝑥,𝑇

Como a demanda máxima total será sempre menor ou, no máximo, igual a soma das demandas
máximas de cada setor da instalação, o fator de diversidade será sempre maior ou igual à unidade.

É importante ressaltar que, por meio do fator de diversidade, a demanda máxima total de
uma instalação pode ser calculada em função das demandas máximas setoriais.

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(Pref. Caxias do Sul- Objetiva-2014) Uma indústria com uma potência instalada de 25kW apresenta
a seguinte curva de carga apresentada na figura abaixo:

49) O fator de demanda da indústria é:

a) 0,52

b) 0,65

c) 0,80

d) 0,40

Resolução e comentários:

A questão 49 solicita que você calcule o fator de demanda da indústria. O procedimento para
resolver essa questão consiste em analisar a curva de carga da instalação elétrica em questão para
poder calcular o fator de demanda.

Conforme estudamos nessa seção, o fator de demanda de uma instalação pode ser calculado como
a razão entre a demanda máxima Dmax e a potência instalada Pinst por meio da equação abaixo.

𝐷𝑚𝑎𝑥
𝑓𝑑𝑒𝑚 = 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡

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Segundo o enunciado da questão, a potência instalada equivale a 25kW. Analisando a curva de


carga, percebemos que a demanda máxima equivale a 20 kW. Substituindo os termos, temos que:

20
𝑓𝑑𝑒𝑚 = 25 = 0,8

Portanto,

A alternativa (C) é o gabarito da questão.

50) O fator de carga dessa indústria é:

a) 0,52

b) 0,65

c) 0,72

d) 0,80

Resolução e comentários:

A questão 50 solicita que você calcule o fator de carga da indústria. Dessa forma, o procedimento
para resolver essa questão também consiste na avaliação da curva de carga da instalação elétrica.

Lembre-se que o fator de carga é definido como a razão entre a demanda média e a demanda
máxima, ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado. Assim, ele pode ser calculado como:

𝐷𝑚
𝑓𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 𝐷
𝑚𝑎𝑥

Para calcular o fator de carga, precisamos da demanda média e da demanda máxima da instalação.

Sabemos que a demanda média é a razão entre a quantidade de energia elétrica consumida
durante um intervalo de tempo especificado, e o período desse intervalo. Logo,

𝐸𝑇
𝐷𝑚 = 𝑇

Então precisamos calcular, antes de mais nada, a energia total consumida neste período por meio
da curva de carga fornecida. Vamos calcular a energia total consumida para diferentes intervalos de
tempos correspondentes aos valores fornecidos na curva de carga diária.

A energia pode ser calculada por meio da seguinte equação:

𝑇
𝐸𝑇 = ∫0 𝐷(𝑡) 𝑑𝑡

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4 10 11 12 14 16 19
𝐸𝑇 = ∫0 10𝑑𝑡 + ∫4 12𝑑𝑡 + ∫10 10𝑑𝑡 + ∫11 16𝑑𝑡 + ∫12 20𝑑𝑡 + ∫14 14𝑑𝑡 + ∫16 12𝑑𝑡 +
22 24
∫19 18𝑑𝑡 + ∫22 8𝑑𝑡

16 19
𝐸𝑇 = 10𝑡|40 + 12𝑡|10 11 12 14 22 24
4 + 10𝑡|10 + 16𝑡|11 + 20𝑡|12 + 14𝑡|14 + 12𝑡|16 + 18𝑡|19 + 8𝑡|22

𝐸𝑇 = 10(4 − 0) + 12(10 − 4) + 10(11 − 10) + 16(12 − 11) + 20(14 − 12) + 14(16 − 14) +
12(19 − 16) + 18(22 − 19) + 8(24 − 22)

𝐸𝑇 = 312 𝑘𝑊ℎ

Dessa maneira, a demanda média equivale a:

312
𝐷𝑚 = = 13𝑘𝑊ℎ
24

Consequentemente, o fator de carga é dado por:

13
𝑓𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 20 = 0,65

Portanto,

A alternativa (B) é o gabarito da questão.

2.4. Potência de alimentação e corrente de projeto

Conforme foi apresentado anteriormente,

A potência de alimentação é a soma das potências nominais de todos os equipamentos de


utilização existentes ou previstos na instalação, ou na parte considerada da instalação,
susceptíveis de funcionar simultaneamente.

A norma NBR 5460 especifica que

A potência de alimentação deve corresponder à demanda máxima presumida de uma


instalação em um período de 24 horas.

Conforme a NBR 5410, determinar a potência de alimentação é imprescindível para a concepção


econômica e segura de uma instalação.

Ainda segundo esta norma, os equipamentos de utilização (com suas respectivas potências nominais)
devem ser computados, considerando a possibilidade de não simultaneidade de funcionamento. Ou seja,
deve considerar o fator de demanda!

31

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A determinação da potência de alimentação da instalação (como um todo e de cada ponto de


distribuição) é extremamente importante, pois, por meio dela, os condutores e os dispositivos de proteção
da instalação dos diversos circuitos poderão ser dimensionados.

De acordo com a NBR IEC 60050 (826),

A corrente de projeto é definida como a corrente prevista para ser transportada por um
circuito durante seu funcionamento normal.

Considere um ponto de distribuição de uma instalação ao qual estejam ligados um conjunto de carga.
A corrente de projeto do circuito de distribuição que alimenta o ponto de carga pode ser calculada como:

𝑆
𝐼𝐵 = 𝑈𝐴
𝑁

Onde SA é a potência aparente de alimentação e UN é a tensão nominal do circuito.

A relação entre a potência de alimentação aparente e a potência de alimentação ativa deste ponto é
dada pelo fator de potência:

𝑃𝐴
𝑓𝑝 = 𝑐𝑜𝑠𝜙 = 𝑆𝐴

Onde PA é a potência ativa de alimentação.

Isolando 𝑆𝐴 ,

𝑃𝐴
𝑆𝐴 = 𝑐𝑜𝑠𝜙

Portanto, considerando o fator de potência de um ponto de distribuição em condições de demanda


máxima (potência de alimentação) e substituindo SA em função da potência ativa e do fator de potência,
temos que a corrente de projeto é dada por:

𝑃𝐴
𝐼𝐵 = 𝑈
𝑁 ∙𝑐𝑜𝑠𝜙

Onde PA representa a potência de alimentação ativa do ponto de distribuição correspondente.

Agora considerando o caso de circuitos terminais que alimentam várias cargas do mesmo tipo,

A corrente de projeto é definida em função das potências nominais das cargas alimentadas.

Dessa forma, se PN,i é a potência nominal de cada uma das cargas, n é o número de cargas e cos𝜙 é o
seu fator de potência, a corrente de projeto para um circuito terminal é dada por:

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∑𝑛
𝑖=1 𝑃𝑁,𝑖
𝐼𝐵 = 𝑈𝑁 ∙𝑐𝑜𝑠𝜙

Já para um circuito terminal que alimenta uma única carga de potência nominal P N, temos apenas:

𝑃𝑁
𝐼𝐵 = 𝑈
𝑁 ∙𝑐𝑜𝑠𝜙

Lembre-se que, em um sistema trifásico, devemos calcular a potência trifásica


considerando o fator √3 nas equações acima, conforme estudamos em circuitos trifásicos.

Portanto, o cálculo da corrente de projeto deve considerar o fator √𝟑 no denominador


dessas equações quando se tratar de sistemas trifásicos!

(Defensoria Pública- RS-FCC-2013) Uma instalação elétrica residencial previu um circuito bifásico de
220 V com carga instalada formada por três tomadas baixas de 100 VA cada e três tomadas médias
de 600 VA cada. Para efeito de dimensionamento dos cabos da instalação pelo método da
capacidade de condução de corrente, a corrente de projeto vale, em A, aproximadamente,

A) 16,4

B) 4,6.

C) 9,5

D) 12,8

E) 3,2

Resolução e comentários:

A questão solicita que você calcule a corrente de projeto de uma instalação que possui tensão
nominal de 220 V e uma carga instalada composta por tomadas.
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O procedimento para resolver essa questão consiste em aplicar a fórmula para o cálculo da
corrente de projeto fornecida nesta seção do livro.

Sabendo, que a corrente de projeto do circuito de distribuição que alimenta o ponto de carga pode
ser calculada como:

𝑆
𝐼𝐵 = 𝑈𝐴
𝑁

Então, devemos calcular primeiramente a potência de alimentação (aparente em VA) da carga


residencial formada pelos circuitos terminais de tomadas.

Segundo o enunciado da questão, a carga instalada é formada por três tomadas baixas de 100 VA
e três tomadas médias de 600 VA. Assim, a potência aparente de alimentação equivale a:

𝑆𝐴 = 3 ∙ 100 𝑉𝐴 + 3 ∙ 600 𝑉𝐴

𝑆𝐴 = 2100 𝑉𝐴

Substituindo na equação da corrente de projeto, temos:

2100 𝑉𝐴
𝐼𝐵 = = 9,54 𝐴
220 𝑉

Portanto,

A alternativa (C) é o gabarito da questão.

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3. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO


Este capítulo será responsável por apresentar as recomendações da norma NBR 5410:2004 com
relação à previsão de cargas, à divisão das instalações, à seleção e instalação de linhas elétricas e ao
dimensionamento de condutores. Assuntos extremamente importantes e cobrados em provas de concursos.

Claro que existem alguns procedimentos práticos para se projetar instalações elétricas que são
usualmente e frequentemente utilizados pelos projetistas. No entanto, vamos nos limitar apenas ao que diz
a norma NBR 5410:2004, pois é o que de fato cai em prova.

Ao final do capítulo, você também encontrará informações importantes sobre a simbologia utilizada
na elaboração de projetos elétricos para levar para a sua prova.

Como entramos na parte da matéria que mais utilizará prescrições e recomendações, tenha a norma
NBR 5410:2004 em mãos para que você possa consultá-la quando necessário.

É importante ressaltar que a leitura da norma é obrigatória, pois muitas provas trazem apenas a "letra
da norma" em suas questões. Então, você precisa ficar habituado com a forma que a norma prescreve cada
orientação.

3.1. Previsão das cargas de iluminação e pontos de tomada

Cada equipamento de utilização necessita de uma determinada potência para que ele funcione
adequadamente. Essa potência é solicitada da rede de energia elétrica da concessionária.

A previsão de cargas tem como objetivo a determinação de todos os pontos de utilização


de energia elétrica da instalação, especificando sua quantidade, localização e potência.

Para determinar a potência de alimentação de uma instalação, deve-se considerar a potência nominal
de todos os pontos de utilização que foram previstos para a instalação, como por exemplo:

➢ Pontos de luz (carga de iluminação);


➢ Pontos de tomada de uso geral;
➢ Pontos de tomadas de uso específico (equipamentos fixos).

A partir do momento em que as potências nominais dos pontos de utilização são


determinadas, é possível obter a potência instalada da instalação como um todo.

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Lembre-se sempre que, após a determinação da potência instalada (em função das potências
nominais dos equipamentos existentes ou previstos), podemos calcular a potência de alimentação por meio
de fatores de demanda práticos convenientes (que consideram a possibilidade de não simultaneidade de
utilização dos equipamentos).

Segundo a NBR 5410, a carga a se considerar para equipamentos de utilização é a potência nominal
por ele absorvida (fornecida pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal e
do fator de projeto). Caso a potência nominal fornecida pelo equipamento seja a potência de saída (e não a
absorvida), o rendimento e o fator de potência também devem ser considerados.

A determinação da potência instalada e da potência de alimentação para locais destinados à


habitação pode ser realizada seguindo as orientações da norma NBR 5410 que serão apresentadas nas
subseções a seguir.

Entende-se como locais destinados à habitação as unidades residenciais (casas e apartamentos) e as


acomodações de hotéis, flats, motéis e similares.

A previsão de carga, tanto para iluminação quanto para tomadas, é realizada considerando
a quantidade e a potência atribuída aos pontos, considerando-se as recomendações da
norma.

3.1.1. Carga de iluminação

A potência de iluminação mínima1 de um local pode ser obtida em função da área do cômodo. Dessa
forma, para a determinação das cargas de iluminação, pode ser adotado o seguinte critério:

➢ Em cada cômodo ou dependência, deverá ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto
comandado por interruptor, com potência mínima de 100 VA;
➢ Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2, deverá ser prevista uma carga de no
mínimo 100 VA;
➢ Em cômodos ou dependências com área superior a 6 m2, deverá ser prevista uma carga mínima de
100 VA para os primeiros 6m2 acrescida de 60 VA para cada aumento de 4m2 inteiros.

SMARTART

1
Seção 9.5.2.1 da NBR 5410:2004.
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Cômodos ou
dependências com • Carga mínima de 100 VA.
área igual ou inferior
a 6 m2

•Carga mínima de 100 VA para


Cômodos ou os primeiros 6m2 acrescida de
dependências com 60 VA para cada aumento de 4
área superior a 6 m2 m2 inteiros.

Os valores levantados seguindo essas orientações correspondem à potência destinada à iluminação


para efeito de dimensionamento dos circuitos. Ou seja, não correspondem necessariamente à potência
nominal das lâmpadas.

A norma especifica que, para aparelhos fixos de iluminação à descarga, a potência a ser considerada
deverá incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência dos equipamentos auxiliares.

Como as lâmpadas fluorescentes são mais eficientes do que as incandescentes, os valores


de potência indicados na norma poderão ser reduzidos. Dessa forma, é possível dividir
esses valores por 4, considerando a relação de eficiência entre as lâmpadas incandescentes
e fluorescentes.

A norma2 ainda admite que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto na parede em
espaços sob escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde que sejam pequenos e onde a fixação
no teto seja inviável. É importante ressaltar que a norma não estabelece critérios quanto à iluminação de
áreas externas.

3.1.2. Pontos de tomada de uso geral

Um ponto de tomada pode ser definido como um ponto de utilização em que a conexão do
equipamento ou conjunto de equipamentos é realizada através de uma tomada de corrente, segundo a NBR
5410.

2
Seção 9.5.2.1.1 -Nota 2 da NBR 5410:2004.
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O número de pontos de tomada deve ser determinado em função do local e dos equipamentos
elétricos que podem ser conectados.

Tomadas de uso geral (TUG's) são tomadas em que são conectados equipamentos móveis
ou portáteis. Como por exemplo: ferro elétrico e secador de cabelo.

Os seguintes critérios3 devem ser observados para os locais de habitação:

➢ Em banheiros, pelo menos um ponto de tomada deve ser previsto próximo ao lavatório, atendendo
as restrições para os locais contendo banheira e chuveiros devido ao maior rico de choques elétrico
nestes locais;
➢ Em cozinhas, copas, áreas de serviço e locais similares, um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou
fração de perímetro deve ser previsto, sendo que, no mínimo, duas tomadas de corrente devem ser
previstas acima da bancada da pia no mesmo ponto ou em pontos separados;
➢ Em varandas, pelo menos um ponto de tomada deve ser previsto. Admite-se que o ponto de tomada
não deve ser instalado na própria varanda, más próximo ao seu acesso, quando a varanda não
comportar o ponto de tomada (quando sua área for inferior a 2 m2 ou quando sua profundidade for
inferior a 0,80 m);
➢ Em salas e dormitórios, pelo menos um ponto de tomada a cada 5 m, ou fração, de perímetro,
devendo esses pontos ser espaçados de forma mais uniforme possível. Para as salas de estar,
recomenda-se equipar o ponto de tomada com a quantidade de tomadas julgadas necessárias, já que
o ponto de tomada pode ser utilizado para a alimentação de mais de um equipamento neste cômodo;
➢ Nos demais cômodos ou dependências de habitação: se a área for inferior a 6 m2, pelo menos um
ponto de tomada. Se a área for maior que 6 m2, pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou
fração de perímetro, espaçados tão uniformemente quanto possível;

Em comparação a salas e dormitórios, as cozinhas, as copas e as áreas de serviço são ambientes que
geralmente possuem mais eletrodomésticos e, assim, faz total sentido diminuir o espaçamento entre os
pontos de tomadas para possuir mais tomadas que possam satisfazer as necessidades desses ambientes.

A potência atribuída4 aos pontos de tomada deve ser definida em função dos equipamentos que os
pontos irão alimentar e não deve ser inferior a:

➢ em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no


mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto, para os excedentes (a
partir da quarta), considerando cada um desses ambientes separadamente;
➢ nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.

3
Seção 9.5.2.2 da NBR 5410:2004.
4
Seção 9.5.2.2.2 da NBR 5410:2004.

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Banheiros, cozinhas,
• Até 3 pontos: 600 VA por
copas, copas-
ponto de tomada
cozinhas, área de
serviço, lavanderias e • Ponto excedente: 100 VA
locais análogos por ponto

• Carga mínima de 100 VA


Demais cômodos ou por ponto de tomada
dependências

Em halls de serviço5, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais como casas de


máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um
ponto de tomada de uso geral. Aos circuitos terminais respectivos deve ser atribuída uma
potência de no mínimo 1000 VA.

3.1.3. Pontos de tomada de uso específico

A quantidade de tomadas6 de uso específico é estabelecida de acordo com o número de aparelhos


de utilização com corrente nominal superior a 10 A.

➢ A potência atribuída aos pontos de tomadas de uso específico deverá ser igual à potência nominal
do equipamento a ser alimentado. Quando a potência do equipamento não for especificada, uma
potência igual a potência nominal do equipamento mais potente (com possibilidade de ser ligada
naquele ponto) deverá ser atribuída. Ou, também, é possível determiná-la por meio da corrente
nominal da tomada e da tensão do circuito.
➢ Os pontos de tomadas de uso específico devem ser instalados no máximo a 1,5 m do local onde
o equipamento será alimentado.
➢ Os pontos de tomadas destinados a alimentar mais de um equipamento devem ser providos com
quantidade adequada de tomadas.

5
Seção 4.2.1.2.3 da NBR 5410:2004.
6
Seção 9.5.3.1 da NBR 5410:2004.
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É importante ressalta que:

Tomadas de uso específico (TUE's) são tomadas destinadas à conexão de equipamentos


fixos. Como por exemplo: chuveiro e máquina de lavar.

A norma ainda faz uma prescrição com relação ao aquecimento elétrico de água...

A conexão de aquecedor elétrico de água a seu ponto de utilização deve ser direta, sem
uso de tomada! Isso ocorre porque a potência elétrica de um aquecedor elétrico de água é
muito alta. Dessa forma, esse aparelho vai requisitar uma alta corrente elétrica que poderia
danificar ou derreter as tomadas de uso específico, colocando a instalação e as pessoas em
risco.

3.1.4. Esquema Previsão de Cargas

Carga de Iluminação Área do Cômodo

Quantidade de pontos
Carga de Tomada Área do Cômodo
Valor do Perímetro

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A maioria das questões sobre previsão de cargas em instalações prediais exigem a


determinação da potência mínima de iluminação e tomadas conforme a NBR 5410. Dessa
forma, você deve ficar atento a alguns procedimentos na hora de distribuir os pontos de
iluminação e tomada.

Pontos de iluminação:

Primeiramente é necessário calcular a área do cômodo ou dependência, pois a partir desse


valor iremos adotar critérios diferentes de distribuição. Se a área der menor ou igual a 6
m2 admita uma carga mínima de 100VA. Se a área for maior que 6m2, considere uma carga
de 100 VA para os primeiros 6m2 e mais 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros.

Ou seja, considere 60 VA apenas para 4 m2 inteiros e não para qualquer fração deste valor!
Portanto, após a adição de 100 VA respectivos aos primeiros 6m2 , adicione mais 60 VA
apenas de houver 4m2 inteiros disponíveis de área para o cômodo ou dependência em
questão.

Pontos de tomada:

Com relação aos pontos de tomada, a norma já se refere ao perímetro do cômodo. Assim,
a cada valor de perímetro( ou fração dele) é necessário prever um ponto de tomada
dependendo do local (por exemplo a cada 3,5 m em cozinhas e a cada 5m em salas). Dessa
forma, não é necessário ter um valor "X" inteiro de perímetro para adicionar mais um ponto
de tomada, pois apenas uma fração dele já é o suficiente.

Essa "fração" significa que não devemos desprezar mais o restante que sobrou do
perímetro, como faríamos nos pontos de iluminação (que necessita de valores inteiros!)

Para você entender melhor, resolveremos uma questão que requer justamente a aplicação destes
conhecimentos!

(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- BA-FUNRIO-2014) A norma brasileira NBR 5410
estabelece condições específicas para a previsão de carga, aplicáveis a locais utilizados como
residências. Segundo o que prescreve a NBR 5410, uma cozinha residencial com 6 m de comprimento
e 2 m de largura terá potência mínima de iluminação e potência mínima de tomadas,
respectivamente, iguais a:

A) 180 VA e 600 VA.

B) 220 VA e 600 VA.


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C) 280 VA e 2.000 VA.

D) 220 VA e 2.000 VA.

E) 240 VA e 1.800 VA.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine a potência mínima de iluminação e potência mínima de
tomada previstas para uma cozinha residencial, conforme a NBR 5410.

O procedimento para resolver essa questão consiste em aplicar as recomendações da norma.


Vamos realizar a previsão de cargas de iluminação e de tomadas separadamente.

Previsão de cargas de iluminação:

Conforme foi estudado, devemos primeiramente calcular a área do cômodo para adotar o critério
correto. Assim, a área da cozinha equivale a:

𝐴 = 6 𝑚 × 2 𝑚 = 12𝑚2

Verificamos então que a área é superior a 6 m2 e, assim, devemos prever uma carga mínima de
100 VA para os primeiros 6 m2 e mais 60 VA para os 4m2 inteiros que, porventura, ainda reste no
cômodo (seção 9.5.2.1.2 da norma). Assim,

6𝑚2 4𝑚2
12𝑚2 = ↓ + ↓ + 2𝑚2
100𝑉𝐴 60𝑉𝐴

Portanto, a potência mínima de iluminação prevista para esse cômodo equivale a:

𝑃𝑖𝑙𝑢𝑚 = 100 + 60 = 160 𝑉𝐴

Previsão de cargas de tomadas:

De acordo com a norma, devemos considerar um ponto de tomada a cada 3,5 metros de perímetro
(ou fração de perímetro) em cozinhas (seção 9.5.2.2.1). A potência atribuída a esses pontos deve ser
de 600 VA para os três primeiros pontos acrescidos de 100 VA a cada ponto excedente (9.5.2.2.2).

Por meio do perímetro da cozinha, podemos calcular quantos pontos de tomada de uso geral
devem ser previstos. Logo,

𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 6𝑚+2𝑚+6𝑚+2𝑚 16
𝑛𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 = = = 3,5
3,5 3,5

𝑛𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 = 4,57

Como agora devemos considerar a fração do perímetro, podemos arredondar o número de pontos
para o inteiro mais próximo (maior). Dessa forma, teremos 5 pontos de tomadas!
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Vamos então atribuir a potência a cada ponto. Para as três primeiras adotamos 600 VA e as
seguintes adotamos 100 VA. Assim,

𝑃𝑡𝑢𝑔 = 3(600) + 2(100) = 2000𝑉𝐴

Portanto,

A questão está anulada por não possuir alternativa correspondente a esses valores.

Por mais que esteja anulada, essa questão é um bom exemplo para aplicarmos e fixarmos os
conhecimentos adquiridos nessa seção do livro. Por isso não poderia deixar de colocá-la!

3.2. Divisão das instalações

Segundo a norma NBR 5410:20047,

Toda instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos forem necessários, de forma
a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de outro circuito.

A divisão dos circuitos8 deve atender exigências funcionais, de segurança, conservação de energia, de
produção e de manutenção. De forma geral,

A divisão dos circuitos tem por objetivo limitar as consequências de uma falta, facilitar
verificações, ensaios e manutenções, e possibilitar o uso de condutores mais finos.

Apenas por uma questão de contextualização vamos ver como a NBR IEC 60050 (826) define o termo
circuito elétrico!

Um circuito elétrico pode ser definido como um conjunto de componentes da instalação


alimentados a partir de uma mesma origem e protegidos contra sobre correntes pelos
mesmos dispositivos de proteção.

Ainda segundo essa norma, um circuito de distribuição alimenta um ou mais quadros de distribuição.
Enquanto um circuito terminal é aquele que está ligado diretamente a equipamentos de utilização e/ou a
tomada.

7
Seção 4.2.5.1 da NBR 5410:2004.
8
Seção 4.2.5.2 da NBR 5410:2004.
43

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A NBR 54109 recomenda que os circuitos terminais sejam individualizados com base na função dos
equipamentos de utilização que alimentam. Dessa forma,

➢ circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e de tomada devem ser previstos;
➢ em alimentação polifásica, as cargas devem ser distribuídas entre as fases para que seja possível
obter o maior equilíbrio possível entre as cargas.

A norma ainda prevê recomendações10 quando a instalação possui mais de uma alimentação, como
por exemplo, rede pública e geração local. A distribuição associada a cada uma das alimentações deve ser
separada e diferenciada. Circuitos distintos também devem ser previstos para partes da instalação que
requeiram controle específico, de forma que esses circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros!

Na divisão dos circuitos, devem ser consideradas as necessidades futuras11, como por
exemplo, ampliações da edificação.

Alguns critérios mais específicos para os locais de habitação devem ser levados em consideração na
divisão da instalação. São observadas as seguintes considerações:

➢ Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado,
equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito independente;
➢ Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais
análogos devem ser alimentados por circuitos exclusivos destinados às tomadas desses locais.
➢ Para cada ponto de tomada de uso específico deve ser previsto circuito exclusivo.

Em locais de habitação, os pontos de tomada e iluminação podem ser alimentados por


circuitos comuns, exceto para os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas,

9
Seção 4.2.5.5 da NBR 5410:2004.
10
Seção 4.2.5.7 da NBR 5410:2004.
11
Seção 4.2.5.4 da NBR 5410:2004.
44

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áreas de serviço, lavanderias e locais análogos que devem constituir circuitos


independentes.

No entanto, algumas condições devem ser simultaneamente atendidas:

- a corrente de projeto do circuito (iluminação +tomadas) deve se ser inferior ou igual a 16


A;

-os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito.
(Por uma questão prática, até mesmo de manutenção e teste de cada circuito!)

-os pontos de tomadas não sejam alimentados em sua totalidade por um só circuito, caso
esse circuito seja comum (iluminação +tomada).

Essa "separação" incisiva com relação aos pontos das cozinhas, copas-cozinhas e etc.
ocorre até por uma questão de proteção, pois, em locais que possam vir a ficar molhados
e sujeitos a lavagens, são necessários alguns cuidados especiais para evitar choques
elétricos!

Devemos dar a devida importância ao balanceamento de cargas entre as fases de alimentação da


nossa instalação, descrito na seção 4.2.5.6 da NBR 5410.

Conforme a norma, as cargas devem ser distribuídas entre as fases da maneira mais equilibrada
possível por meio do balanceamento de cargas.

Mas então, o que seria o balanceamento de fases?

O balanceamento de fases é a distribuição de cargas da instalação entre as fases do nosso sistema de


alimentação da forma mais equilibrada possível. Ou seja, a principal função do balanceamento de cargas é
igualar o valor da corrente elétrica em cada fase do sistema para evitar que uma fase fique mais
sobrecarregada do que outra. Quando ocorre uma sobrecarga em uma das fases, a fase sobrecarregada vai
trabalhar com uma maior corrente que provocará um maior desgaste do condutor por aquecimento.

Isso também vai influenciar diretamente na viabilidade econômica do projeto, já que seriam
necessários condutores de maior seção (maior capacidade de condução).

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O balanceamento de cargas só é aplicado para sistemas bifásicos ou trifásicos. Assim, não há o que
se falar em balanceamento de cargas em sistemas monofásicos, justamente, pelo fato do sistema possuir
apenas uma fase e assim todas as cargas devem pertencer a uma única e exclusiva fase. Não há como
balancear apenas uma fase só!

O balanceamento das fases possibilita a ligação de um chuveiro elétrico sem a ocorrência


de variação da intensidade luminosa das lâmpadas, pois a fase destinada ao chuveiro não
seria a mesma fase do circuito de iluminação.

O balanceamento de cargas de uma instalação elétrica é muito importante, pois, por meio desse
procedimento, obteremos uma menor diferença entre a corrente que passa em cada fase. Devido a essa
importância, esse assunto cai muito nas provas de concursos. A maioria das questões que não tratam sobre
a letra da norma, solicitam que você consiga determinar qual a melhor forma de balanceamento entre as
fases de um sistema.

O balanceamento de cargas pode ser realizado por meio das potências ou das correntes de cada
circuito. Vamos adotar sempre o caminho que exigirá menos procedimentos algébricos para otimizar o seu
tempo de resolução das questões. Ok?

Ressalto que dificilmente vamos conseguir um balanceamento perfeito, mas é possível obter uma
diferença mínima (de 100 a 300 W). No entanto, a maioria das questões solicitam que você julgue apenas
qual será a melhor opção de balanceamento dentre as alternativas fornecidas, devido à subjetividade desse
procedimento.

A questão a seguir trata justamente sobre esse procedimento e análise!

(Pref. São Paulo- VUNESP- 2012) A tabela apresenta uma lista de cargas, por circuito, que devem ser
atendidas por uma instalação elétrica residencial típica (127/220 [V], com fases F1 e F2 e neutro N).
Para tanto, é necessário balancear esses circuitos de modo a garantir o equilíbrio e a segurança da
instalação. Assinale a alternativa que apresenta o melhor balanceamento dos circuitos descritos na
tabela, dentre as opções apresentadas.

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(A) Chuveiro (F1+N); torneira (F1+F2); tomadas 1 (F1+N); tomadas 2 (F2+N); tomadas 3 (F1+N);
iluminação 1 (F1+N); iluminação 2 (F2+N); e iluminação 3 (F2+N).

(B) Chuveiro (F1+F2); torneira (F1+F2); tomadas 1 (F1+N); tomadas 2 (F2+N); tomadas 3 (F1+N);
iluminação 1 (F1+N); iluminação 2 (F2+N); e iluminação 3 (F2+N).

(C) Chuveiro (F1+F2); torneira (F1+F2); tomadas 1 (F1+N); tomadas 2 (F1+N); tomadas 3 (F1+N);
iluminação 1 (F2+N); iluminação 2 (F2+N); e iluminação 3 (F2+N).

(D) Chuveiro (F1+F2); torneira (F1+F2); tomadas 1 (F1+N); tomadas 2 (F1+N); tomadas 3 (F1+N);
iluminação 1 (F2+F1); iluminação 2 (F2+F1); e iluminação 3 (F2+F1).

(E) Chuveiro (F1+F2); torneira (F1+N); tomadas 1 (F1+N); tomadas 2 (F1+N); tomadas 3 (F1+N);
iluminação 1 (F2+N); iluminação 2 (F2+N); e iluminação 3 (F2+N).

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine qual alternativa apresenta um melhor balanceamento dos
circuitos (tabela) entre as fases de uma instalação elétrica residencial (127/220 V).

O procedimento para resolver essa questão consiste em analisar cada alternativa para verificar
qual delas possui um melhor balanceamento de cargas, dado que poderíamos fazer esse
balanceamento de n maneiras distintas. Dessa forma, vamos analisar cada opção separadamente.

Perceba que os circuitos já foram divididos e, segundo à tabela, temos as informações necessárias
para determinar se a ligação do circuito vai ocorrer entre fases (220V) ou entre fase e neutro (127 V).

Incialmente já podemos excluir a opção A e E, pois elas indicam uma ligação entre fase e neutro
para o chuveiro (220 V). Para obtermos esse valor de tensão, teríamos que realizar a ligação dessa
carga entre fases (F1 e F2).

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Perceba que opção D também já pode ser desconsiderada pelo falo de que os circuitos de
iluminação estão ligados entre fases (F1 e F2). Segundo a tabela, eles deveriam ser ligados entre fase
e neutro (F1 ou F2 e N) para atingir os 127 V de tensão.

Portanto, analisaremos apenas as alternativas B e C para verificar qual possuirá um melhor


balanceamento. Para cada fase, vamos distribuir a potência do circuito conforme o tipo de ligação
(entre fases ou entre fase e neutro).

Antes de analisar cada opção, devemos nos atentar ao fato de que a potência dos circuitos ligados
entre fases deve ser distribuída entre a fase F1 e a fase F2 ( ou seja, será dividida entre as fases), pois
as duas fases fornecem corrente a circuito em questão.

(B) Segundo o relatado na alternativa, teremos o seguinte balanceamento:

F1 F2

3000 W (chuveiro) 3000 W (chuveiro)

1000 W (torneira) 1000 W (torneira)

1500 W (tomadas 1) 1700 W (tomadas 2)

1100 W (tomadas 3) 900 W (iluminação 2)

500 W (iluminação 1) 800 W (iluminação 3)

Para cada fase, temos então:

𝑃𝐹1 = 3000 + 1000 + 1500 + 1100 + 500 = 7100 𝑊

𝑃𝐹2 = 3000 + 1000 + 1700 + 900 + 800 = 7400 𝑊

Logo, temos uma diferença de 300 W entre as fases.

(C ) Segundo o relatado na alternativa, teremos o seguinte balanceamento:

F1 F2

3000 W (chuveiro) 3000 W (chuveiro)

1000 W (torneira) 1000 W (torneira)

1500 W (tomadas 1) 500 W (iluminação 1)

1700 W (tomadas 2) 900 W (iluminação 2)

1100 W (tomadas 3) 800 W (iluminação 3)


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Para cada fase, temos então:

𝑃𝐹1 = 3000 + 1000 + 1500 + 1700 + 1100 = 8300 𝑊

𝑃𝐹2 = 3000 + 1000 + 500 + 900 + 800 = 6200 𝑊

Logo, temos uma diferença de 2100 W entre as fases.

Claramente, podemos verificar que a alternativa B possui um melhor balanceamento de cargas


entre as fases do sistema de alimentação da residência, pois a diferença de potência é menor para essa
configuração.

Portanto,

A alternativa B é o gabarito da questão.

Indo mais fundo, você pode perceber que poderíamos ter um balanceamento melhor ainda se
tivéssemos a seguinte distribuição de cargas:

F1 F2

3000 W (chuveiro) 3000 W (chuveiro)

1000 W (torneira) 1000 W (torneira)

1700 W (tomadas 2) 900 W (iluminação 2)

1500 W (tomadas 1) 800 W (iluminação 3)

500 W (iluminação 1)

1100 W (tomadas 3)

Para cada fase teríamos então:

𝑃𝐹1 = 3000 + 1000 + 1700 + 1500 = 7200 𝑊

𝑃𝐹2 = 3000 + 1000 + 900 + 800 + 500 + 1100 = 7300 𝑊

Logo, teríamos uma diferença de apenas 100 W entre as fases!

3.3. Seleção e instalação das linhas elétricas

Conforme a norma NBR 5460,

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Linha elétrica pode ser definida como o conjunto de condutores, isoladores, e acessórios,
destinado a transportar energia elétrica entre dois pontos.

Um condutor elétrico pode ser entendido como um material que possui a capacidade de conduzir ou
transportar energia elétrica, ou seja, é um material condutor de corrente elétrica. Anteriormente em outra
aula, foram comentadas as principais características sobre os materiais elétricos.

Caso você sinta a necessidade de relembrar algumas características desses materiais, retorne nessa
aula!

Os materiais utilizados na fabricação dos condutores devem possuir elevada resistividade quando sua
aplicação tiver como objetivo a transformação de energia elétrica em energia térmica (chuveiros elétricos,
aquecedores e ferros elétricos), transformação de energia elétrica em energia luminosa e criação de quedas
de tensões em circuitos.

Quando o objetivo for a circulação de corrente elétrica com as menores perdas possíveis, os materiais
de elevada condutividade elétrica devem ser utilizados.

Como exemplos de materiais condutores de elevada condutividade (utilizados em instalações


elétricas), podemos citar o cobre e o alumínio como os mais utilizados.

Na norma NBR 5410, algumas tabelas são apresentadas com valores referentes a condutores de cobre
e a condutores de alumínio.

Comparando os dois materiais, o condutor de alumínio deve ter um diâmetro 28% maior
do que o condutor de cobre para transportar uma mesma corrente. No entanto, o condutor
de alumínio pesa a metade do condutor de cobre.

A isolação também é um importante aspecto sobre os condutores elétricos! A isolação determina a


temperatura máxima a que os condutores podem ser submetidos em regime contínuo, em sobrecarga ou
em curto-circuito.

A isolação é um conjunto de materiais isolantes (de alta resistividade e rigidez dielétrica)


aplicados sobre o condutor para isolá-lo eletricamente.

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Você deve ficar atento(a) para não confundir a isolação com o isolamento. A isolação se
refere o "tipo" de isolação, por exemplo, isolação de PVC e polietileno.

Conforme as normas NBR 6148, NBR 6245, e NBR 6812, condutores com isolação de PVC são os mais
utilizados em instalações elétricas prediais. A NBR 5410 prescreve que os condutores isolados com isolação
de PVC devem ser não-propagantes de chama.

3.3.1. Considerações gerais da norma

Os componentes das instalações elétricas devem ser escolhidos conforme as normas técnicas
aplicáveis e possuir características compatíveis com as condições elétricas, operacionais e ambientais a que
forem submetidas.

As recomendações da NBR 5410 apresentadas neste capítulo são aplicáveis a condutores vivos (fase
e neutro).

Diferentes tabelas são apresentadas na norma NBR 5410. Como não é viável a
apresentação dessas tabelas em nosso livro, eu apenas especificarei a referência da tabela
para que você possa encontrá-la na norma. Ok?!

O tipo e a maneira de como instalar as linhas elétricas devem ser definidos segundo à capacidade de
troca térmica entre os condutores e o ambiente e à capacidade de condução de corrente elétrica.

Os tipos de linhas elétricas mais usuais são apresentados na norma. Na tabela 33, o método de
instalação, o esquema ilustrativo e a descrição do método são apresentados de forma bem específica (seção
6.2.5.1.2). No entanto, outros tipos podem ser utilizados desde que atendam às recomendações da norma.

Conforme a norma, os métodos de referência são os métodos de instalação, indicados na IEC 60364-
5-52, para os quais a capacidade de condução de corrente foi determinada por ensaio ou por cálculo. São
eles:

➢ A1: condutores isolados em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante;
➢ A2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante;
➢ B1: condutores isolados em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira;
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➢ B2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira;


➢ C: cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede de madeira;
➢ D: cabo multipolar em eletroduto enterrado no solo;
➢ E: cabo multipolar ao ar livre;
➢ F: cabos unipolares justapostos (na horizontal, na vertical ou em trifólio) ao ar livre;
➢ G: cabos unipolares espaçados ao ar livre.

Com relação aos condutores, a prescrição é que todos devem ser providos de isolação (a não ser
quando for expressamente permitido a utilização de cabos nus).

Os condutores utilizados nas linhas elétricas devem ser de cobre ou alumínio!

Os condutores de alumínio só poderão ser utilizados em instalações industriais, desde que:

➢ a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 16 mm2 ;


➢ a instalação seja alimentada a partir de uma rede de alta tensão diretamente por subestação de
transformação ou transformador;
➢ a instalação e a manutenção sejam realizadas por pessoas qualificadas;

Também podem ser utilizados em estabelecimentos comerciais, desde que:

➢ a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 50 mm2;


➢ os locais sejam exclusivamente de baixa densidade de ocupação que caracteriza as condições de fuga
de pessoas em emergências;
➢ a instalação e a manutenção sejam realizadas por pessoas qualificadas;

O emprego de condutores de alumínio não é permitido, em locais de alta densidade de


ocupação, cujo percurso de fuga seja longo e tumultuado, como por exemplo, em
shoppings, estabelecimentos de ensino e hospitais.

(Pref. Teixeira de Freitas- IBEG-2015) A NBR 5410 estabelece as seguintes prescrições quanto ao uso
dos condutores (fios e cabos) elétricos:

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(a) Em instalações comerciais é permitido o emprego de condutores de alumínio com seções nominais
iguais a 60 mm2.

(b) Em instalações residenciais só podem ser empregados condutores de alumínio, exceto condutores
de aterramento e proteção.

(c) Em instalações comerciais é permitido o emprego de condutores de alumínio com seções nominais
iguais a 70 mm2.

(d) Em instalações residenciais só podem ser empregados condutores de prata, exceto condutores de
aterramento e proteção.

(e) Em instalações comerciais é permitido o emprego de condutores de alumínio com seções nominais
iguais a 50 mm2.

Resolução e comentários:

Essa questão solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR 5410
relacionadas à seleção e instalação de linhas elétricas. Basicamente, a questão exige um conhecimento
acerca do emprego de condutores de alumínio.

Vamos julgar cada item individualmente conforme a norma e o que foi abordado na aula.

A) O item é falso. Segundo à seção 6.2.8.8-a da norma, em instalações de estabelecimentos comerciais


podem ser utilizados condutores de alumínio, desde que a seção nominal dos condutores seja igual ou
superior a 50 mm2 e não 60 mm2. Informação que já nos indica a questão correta.

B) O item é falso. Segundo à seção 6.2.3.7 da norma, os condutores utilizados nas linhas elétricas
devem ser de cobre ou alumínio, sendo que, no caso do emprego de condutores de alumínio, devem
ser atendidas alguns requisitos específicos. Sendo assim, não há prescrição específica para que sejam
utilizados apenas condutores de alumínio em instalações residenciais.

C) O item é falso pelo mesmo motivo da alternativa A.

D) O item é falso pelo mesmo motivo da alternativa B. Sendo assim, não há prescrição específica para
que sejam utilizados condutores de prata em qualquer tipo de instalação elétrica.

E) O item é verdadeiro conforme à seção 6.2.8.8-a da norma que prescreve uma seção de 50 mm2 para
condutores de alumínio em instalações comerciais.

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

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3.4. Dimensionamento de condutores

Em um projeto elétrico, a seção mais adequada de um condutor deve ser determinada para a garantir
a segurança e o bom desempenho dos componentes elétricos de uma instalação. A passagem da corrente
elétrica em um condutor deve ocorrer de forma que não ultrapasse valores limites de temperatura e queda
de tensão.

O dimensionamento de um condutor leva em consideração o aumento de temperatura


do condutor devido à passagem de corrente elétrica e a queda de tensão devido ao
percurso percorrido por ela até chegar ao ponto de utilização.

Dessa forma, o dimensionamento dos condutores elétricos é realizado utilizando-se os critérios da


capacidade de condução de corrente e da queda de tensão admissível que se complementam para
determinar o condutor de seção mais adequada.

De acordo com a International Electrotechnical Comission (IEC), a seções nominais são


dadas em milímetro quadrado (mm2).

Segundo a NBR 541012, a seção dos condutores deve ser determinada para atender todos os seguintes
critérios:

➢ a capacidade de condução de corrente deve ser igual ou superior à corrente de projeto calculada;
➢ a proteção contra sobre carga;
➢ a proteção contra choques elétricos;
➢ os valores máximos permitidos para a queda de tensão;
➢ as seções mínimas estabelecidas pela norma.

Os condutores devem ser dimensionados segundo o critério da capacidade de corrente


(critério mais geral contido na seção 6.2.5 da NBR 5410) e do limite de queda de tensão
(critério mais específico contido na seção 6.2.7 da NBR 5410).

Essa seção do livro será responsável por apresentar os aspectos mais importantes correlacionados ao
dimensionamento dos condutores prescritos na norma NBR 5410:2004.

12
Seção 6.2.6.1.2 da NBR 5410:2004.
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3.4.1. Seção mínima dos condutores

Vamos começar estabelecendo a seção mínima que os condutores devem apresentar para circuitos
específicos das instalações elétricas.

A norma NBR 5410 prevê a seção mínima dos condutores de fase e do condutor neutro.
Para os condutores de fase, a seção mínima é definida em função do tipo de linha e da
utilização do circuito (circuitos de sinalização, iluminação etc.)

Com relação aos condutores de fase (em circuitos CA) e condutores vivos (em circuito CC), a seção
não deve ser inferior aos valores da Tabela 47 da NBR 5410:2004. Aqui vou apenas resumir os valores para
instalações fixas em geral.

Instalações Seção mínima do condutor em


Utilização do circuito
fixas mm2
1,5 Cu
Circuitos de iluminação
16 Al
Condutores
2,5 Cu
e Cabos
Circuitos de força
Isolados
16 Al
Circuitos de sinalização e circuitos
0,5 Cu
de controle
10 Cu
Condutores 254/127
Nus 16 Al
440/220 4 Cu

Conforme a norma, os circuitos de tomadas são considerados circuitos de força.

A seção dos condutores deve ser determinada atendendo todos os seguintes critérios:

➢ a capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser igual ou superior à corrente de
projeto do circuito, incluindo as componentes harmônicas, afetada dos fatores de correção aplicáveis
(ver 6.2.5);
➢ a proteção contra sobrecargas (conforme 5.3.4 e 6.3.4.2), a proteção contra curtos-circuitos e
solicitações térmicas (conforme 5.3.5 e 6.3.4.3) e a proteção contra choques elétricos por
seccionamento automático da alimentação em esquemas TN e IT, quando pertinente (5.1.2.2.4);
➢ os limites de queda de tensão (conforme 6.2.7);

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➢ as seções mínimas indicadas em 6.2.6.1.1.

3.4.2. Condutor neutro

Com relação ao condutor neutro13, a norma estabelece que:

➢ O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito;


➢ Em um circuito monofásico, o condutor neutro deve possuir a mesma seção do condutor de fase.
➢ Em um circuito trifásico com neutro, a seção do condutor neutro vai depender das condições de
desequilíbrio em que o circuito pode vir a operar. A norma NBR 5410 prescreve que, quando a taxa
de terceira harmônica for superior a 15 %, a seção do condutor neutro não deve ser inferior à seção
dos condutores de fase (podendo ser igual caso essa taxa não seja superior a 33%). Quando a taxa
for superior a 33%, pode ser necessário um condutor neutro com seção maior do a seção dos
condutores de fase.
➢ Caso a seção dos condutores de fase sejam superiores 25mm2 em um sistema trifásico com neutro,
a seção do condutor neutro poderá ser inferior à seção dos condutores de fase respeitando os valores
mínimos apresentados na tabela 48 da norma NBR 5410. No entanto, algumas condições devem ser
atendidas de forma simultânea. Essa orientação só será válida se:
▪ O circuito for presumivelmente equilibrado em serviço normal;
▪ A corrente das fases não possuir uma taxa de terceira harmônica superior a 15%;
▪ O condutor neutro for protegido contra sobrecorrente.

Mesmo que não caia especificamente as prescrições acima de forma detalhada, é importante você
pelo menos entenda em qual contexto elas estão inseridas!

Abaixo estão exemplificadas algumas seções do condutor neutro em função do condutor de fase,
conforme parte da Tabela 48 da norma.

Seção dos Condutores de Fase Seção reduzida do Condutor


mm2 Neutro mm2
S≤25 S
35 25
50 25
70 35

3.5. Capacidade de Condução de Corrente

Quando a corrente percorre um condutor elétrico, uma quantidade de calor é dissipada por efeito
joule, aumentando sua temperatura. Caso essa elevação de temperatura seja excessiva, o condutor e sua
isolação podem ser danificadas, colocando em risco a segurança e funcionalidade da instalação.

13
Seção 6.2.6.2 da NBR 5410:2004.
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As considerações que a norma NBR 5410 faz com relação à capacidade de condução
corrente de um condutor tem por objetivo garantir uma vida satisfatória dos condutores e
de sua isolação devido aos efeitos térmicos produzidos pela circulação de corrente durante
um período prolongado de serviço.

Os métodos de referência apresentados na tabela 33 correspondem a métodos de instalação


(indicados na IEC 60364-5-52) para os quais a capacidade de condução de corrente foi determinada por
ensaios experimentais ou cálculo. Os métodos previstos na NBR 5410 são:

➢ A1: condutores isolados em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante;
➢ A2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante;
➢ B1: condutores isolados em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira;
➢ B2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira;
➢ C: cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede de madeira;
➢ D: cabo multipolar em eletroduto enterrado no solo;
➢ E: cabo multipolar ao ar livre;
➢ F: cabos unipolares justapostos (na horizontal, na vertical ou em trifólio) ao ar livre;
➢ G: cabos unipolares espaçados ao ar livre.

A corrente conduzida por um condutor deve respeitar um valor limite para o qual as temperaturas
máximas para serviço contínuo (apresentadas na tabela 35 da NBR 5410) não sejam ultrapassadas.

Caso tenha interesse, dê uma olhadinha nessa tabela!

O critério da capacidade de condução é atendido quando a corrente nos condutores não


for superior às capacidades de condução de corrente adequadamente obtidas por meio
de ensaios ou cálculos, considerando os métodos de referência listados anteriormente.

Ou seja, a corrente que de fato percorre um determinado circuito deve ser inferior à capacidade de
condução de corrente que, por sua vez, depende:

➢ da seção nominal do condutor;


➢ do número de condutores carregados;
➢ do método de referência utilizado;
➢ do tipo de material condutor (cobre e alumínio);
➢ tipo de isolação;
➢ temperatura no condutor.

As tabelas 36 a 39 da norma fornecem as capacidades de condução (em ampères) para os métodos


aplicáveis aos diversos tipos de linha.

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Quando diferentes condições de dissipação de calor forem identificadas, a capacidade de


condução de corrente deve ser determinada, considerando as condições mais
desfavoráveis.

Quando falamos em dimensionamento de circuitos, é necessário considerar que eventuais correções


sejam efetuadas para adequar cada caso específico às condições de instalação dos condutores.

O uso dos fatores de correção é essencial para que a norma consiga alcançar um maior
campo de aplicação, abrangendo diferentes situações sob as quais os condutores podem
estar sujeitos.

3.5.1. Fator de correção de temperatura

Como capacidade de condução de corrente depende da temperatura, a norma prevê fatores de


correção (tabela 40) quando a temperatura ambiente sob a qual o condutor está exposto não for igual a 30
°C graus ou para linha enterradas que consideram a temperatura ambiente do solo como 20 °C.

3.5.2. Fator de correção de resistividade térmica do solo

Além do fator de correção da temperatura ambiente e no solo, fatores de correção também são
utilizados para os casos relacionados à resistividade térmica do solo, ao agrupamento de circuitos e ao
número de condutores efetivamente carregados.

Com relação à resistividade térmica do solo, os valores da capacidade de condução de corrente (para
linhas subterrâneas), são válidas para uma resistividade térmica do solo de 2,5 K.m/W. No entanto, se a
resistividade térmica do solo for superior a esse valor ( solos secos), os valores da tabela deverão ser
reduzidos por meio dos fatores de correção ( tabela 41 da NBR 5410).

3.5.3. Fator de agrupamento de circuitos

Com relação ao agrupamento de circuitos, os valores da capacidade de condução de corrente são


válidos para o número de condutores carregados especificados nas tabelas 36 a 39 da norma. Quando o
número de condutores agrupados for maior, os fatores de correção para cada caso específico deverão ser
aplicados. Os fatores de agrupamento estão apresentados nas tabelas 42 a 45.

Dessa forma,

O fator de agrupamento adequado deve ser aplicado à capacidade de condução de


corrente, para posteriormente verificar qual seção é mais adequada para o condutor em
questão!

Um ponto importante para destacarmos sobre o fator de agrupamento é que a norma determina que
os fatores indicados nas tabelas 42 a 45 são válidas para grupos de condutores semelhantes, igualmente
carregados.

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Ou seja, condutores semelhantes são aqueles cuja capacidade de condução de corrente baseia-se na
mesma temperatura máxima para serviço contínuo e cujas seções nominais estão contidas no intervalor de
três seções normalizadas sucessivas. Quando os condutores do grupo não preencherem essa condição, os
fatore de agrupamento aplicáveis devem ser obtidos ou utilizando a norma ABNT NBR 11301:1990 ou
utilizando a seguinte equação:

1
𝐹=
√𝑛

Onde F é o fator de correção e n é o número de circuitos ou caos multipolares.

Conforme a seção 6.2.5.5.5 da norma, se os cabos cujas seções estiverem contidas


no intervalo de três seções normalizadas sucessivas (como por exemplo, 6mm2, 10 mm2 e
16 mm2), o fator utilizado será os referentes às tabelas 42 a 45.

No entanto, se a seção nominal dos condutores de um dos circuitos for diferente


desta faixa (por exemplo, 4mm2 ou 25mm2), o fator deverá ser calculado pela equação
acima. Ou seja, será necessário saber a capacidade de condução de corrente de todos os
condutores dentro do mesmo eletroduto para saber qual fator de agrupamento devemos
utilizar.

3.5.4. Fator de correção devido ao carregamento do neutro

O número de condutores carregados a ser considerado em função do tipo de circuito é aquele


indicado na tabela 46 da NBR 5410:2004, de acordo com o esquema de condutores vivos do circuito.

Para essa tabela, os condutores utilizados unicamente como condutores de proteção (PE) não são
considerados. Já os condutores PEN (que desempenham de forma simultânea a função de condutor de
proteção e condutor neutro) serão considerados como condutores neutro para computar a quantidade de
condutores carregados.

Segundo à norma, no caso particular de circuito trifásico com neutro, quando a circulação de corrente
no neutro não for acompanhada de redução correspondente na carga dos condutores de fase, o neutro deve
ser computado como condutor carregado.

Isso ocorre quando a corrente nos condutores de fase contém componentes harmônicas de ordem
três e múltiplos numa taxa superior a 15%. Dessa forma, o circuito trifásico com neutro deve ser considerado
como constituído de quatro condutores carregados e a determinação da capacidade de condução de
corrente dos condutores deve ser afetada pelo “fator de correção devido ao carregamento do neutro”.

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Tal fator, que em caráter geral é de 0,86, independentemente do método de instalação, é aplicável
à capacidade de condução de corrente válidas para três condutores carregados. Dessa forma,

Com relação ao número de condutores carregados, a capacidade de condução de corrente


(tabela 36 a 39) deve ser corrigida aplicando-se o fator de 0,86 aos valores referentes a 3
condutores, considerando-se o caso particular em que o circuito trifásico com neutro é
considerado um sistema com quatro condutores carregados.

Dessa forma, o fator de correção devido ao carregamento no condutor neutro prevê a possibilidade
de circulação de corrente neste condutor.

Pelos esclarecimentos acima, o fator de correção devido ao carregamento do neutro


obviamente só será pertinente a circuitos trifásicos com neutro.

Resumindo, os fatores de correção recomendados pela norma são:

➢ o fator de correção de temperatura;


➢ o fator de correção da resistividade térmica do solo;
➢ o fator de correção de agrupamento;
➢ o fator de correção devido ao carregamento no neutro (circuitos trifásicos com neutro).

FATORES DE
CORREÇÃO

Resistividade Carregamento no
Temperatura Agrupamento
térmica do solo neutro

3.5.5. Fator de serviço

Não posso deixar de ressaltar alguns aspectos específicos para dimensionamento de circuito de
motores por meio da capacidade de condução de corrente, dados que esses assuntos estão correlacionados
na norma...

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No dimensionamento dos condutores do circuito terminal que alimenta exclusivamente


um motor, deve ser considerada uma corrente de projeto IB no mínimo igual à corrente
nominal do motor, nas condições de utilização.

Segundo à NBR 541014:

➢ Se o motor possuir fator de serviço declarado pelo fabricante e se for prevista a utilização do motor
explorando-se este fator, a corrente de projeto deve ser considerada no mínimo igual à corrente
nominal do motor, nas condições de utilização, multiplicada pelo fator de serviço. O fator de serviço
é sempre maior que um.
➢ Para motores com mais de uma potência e/ou velocidade nominais, a corrente nominal do motor a
ser considerada é a que corresponde à maior potência e/ou velocidade.

3.5.6. Roteiro para dimensionamento (capacidade de condução de


corrente)

Eu elaborei um roteiro para que você entenda como devemos proceder para determinar a seção dos
condutores de fase utilizando o critério da capacidade de condução de corrente. Conforme foi abordado,
devemos consultar as tabelas 36 a 39 da NBR 5410 para consultar a capacidade de condução de corrente dos
condutores.

1) Determinar o tipo de isolação: para saber em qual tabela deveremos verificar a capacidade de
condução de corrente do condutor;
2) Determinar o método de instalação (ou de referência): para saber em qual coluna da tabela devemos
também verificar a capacidade de condução do condutor;
3) Calcular a corrente de projeto: para determinar qual a corrente que efetivamente vai percorrer o
condutor;
4) Determinar o número de condutores carregados: para saber, dependendo do método de instalação,
qual coluna deveremos verificar a capacidade de condução do condutor.
5) Consultar a seção nominal: para determinar a seção do condutor que será capaz de conduzir a
corrente de projeto calculada para o circuito. Olhando a tabela em função dos parâmetros definidos
anteriormente, devemos considerar o valor imediatamente superior a corrente de projeto calculada
para determinar a seção nominal mais adequada.
6) Aplicar os fatores de correção: para, caso seja necessário, corrigir a capacidade de condução de
corrente, considerando as condições específicas de instalação dos condutores.
7) Escolha do condutor: escolher o condutor com seção nominal mais adequada para conduzir a corrente
de projeto calculada consultando as tabelas;
8) Seções mínimas: Verificar se a seção escolhida atende às seções mínimas prescritas pela norma;
9) Verificar se o condutor escolhido atende os requisitos relacionados à queda de tensão admissível;
10) Escolher o condutor de maior seção!

14
Seção 6.5.1.3.1 da NBR 5410:2004.
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Perceba que os dois últimos passos vão depender do critério relacionado à queda de tensão
admissível que estudaremos na próxima seção.

Seguir esses passos da forma mais procedimental possível te permite mecanizar a forma de resolução das
questões, o que pode te economizar tempo e esforço!

Ressalto que, se forem necessários, o enunciado da questão irá te fornecer os valores dos fatores de projeto
e da capacidade de condução de corrente para as condições específicas. Obviamente, eles não irão te exigir
a memorização das Tabelas...

Vamos entender na próxima questão como esse assunto pode ser cobrado em sua prova!

(Pref. Aracati- ACEP-2019) Dado o quadro de distribuição tipo, de um dos apartamentos de uma
instalação elétrica predial, com tensão de alimentação 220 V FASE NEUTRO (monofásico), o condutor
FASE a ser utilizado no circuito terminal 2 (Tabela I), considerando que o mesmo esteja instalado no
mesmo eletroduto do circuito terminal 1, pelo critério de capacidade de condução deverá ser de:

OBS: Considere que os condutores utilizados sejam de Cobre/PVC, temperatura ambiente de 30 °C e


que sejam instalados em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria (Método de Referência
B1)

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A) 1,0 mm2.

B) 1,5 mm2.

C) 2,5 mm2.

D) 4,0 mm2.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine a seção do condutor de fase para o circuito terminal 2 da
tabela I de uma instalação elétrica predial com tensão de alimentação de 220 V monofásico (fase-
neutro), considerando que o mesmo seja instalado no mesmo eletroduto do circuito terminal 1, pelo
método da capacidade de condução de corrente.

O procedimento para resolver essa questão consiste em seguir o roteiro elaborado na seção 3.5.5
deste livro.

1) Determinar o tipo de isolação: para saber em qual tabela deveremos verificar a capacidade de
condução de corrente do condutor. Segundo o enunciado da questão, os condutores são de cobre/PVC,
temperatura ambiente de 30°C.

2) Determinar o método de instalação (ou de referência): para saber em qual coluna da tabela
devemos também verificar a capacidade de condução do condutor. Conforme o enunciado, os

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condutores serão instalados em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria correspondente


ao método de referência B1.

Perceba que o enunciado fornece as tabelas necessária para as eventuais consultas conforme a
NBR 5410.

3) Calcular a corrente de projeto: para determinar qual a corrente que efetivamente vai percorrer o
condutor.

Corrente de projeto para o circuito 2 pode ser calculada por meio da equação abaixo,
considerando a potência aparente do circuito 2 (tomadas de uso geral de vários ambientes 2800VA) e
a tensão de alimentação de 220 V monofásico. Dessa forma, temos que:

𝑆 2800
𝐼𝐵 = 𝑈𝑁 = = 12,72 𝐴
𝑁 220

4) Determinar o número de condutores carregados: para saber, dependendo do método de


instalação, qual coluna deveremos verificar a capacidade de condução do condutor.

O número de condutores carregados deve ser considerado segundo a tabela 46 da NBR 5410.
Nessa tabela é indicado que, para um circuito monofásico a dois condutores (que é o caso da questão),
dois condutores carregados devem ser considerados.

5) Consultar a seção nominal: para determinar a seção do condutor que será capaz de conduzir a
corrente de projeto calculada para o circuito.

Olhando a tabela em função dos parâmetros definidos anteriormente, devemos considerar o valor
imediatamente superior a corrente de projeto calculada para determinar a seção nominal mais
adequada.

Consultando a tabela 36 (NBR 5410), coluna 6 (método B1, 2 condutores carregados), obtemos o
valor imediatamente superior a IB equivalente a:

𝐼𝐶 = 14 𝐴 - seção dos condutores de fase e proteção de 1 mm2 .

6) Aplicar os fatores de correção: para, caso seja necessário, corrigir a capacidade de condução de
corrente, considerando as condições específicas de instalação dos condutores.

A corrente corrigida será dada por:

𝐼𝑍 = 𝐼𝐶 × 𝐹𝐶𝐴 × 𝐹𝐶𝑇

Onde, FCA é o fator de correção de agrupamento dos circuitos e FCT é o fator de correção para a
temperatura ambiente ou no solo.

Por meio do enunciado da questão, podemos verificar que devemos aplicar somente o fator de
agrupamento de circuitos.

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O fator de agrupamento adequado deve ser aplicado à capacidade de condução de corrente, para
posteriormente verificar qual seção é mais adequada para o condutor.

Segundo a norma, se as seções dos cabos que estão agrupados estiverem contidas o intervalo de
3 seções normalizadas subsequentes, o fator de agrupamento utilizado será retirado das tabelas (42 a
45 da norma). Caso contrário, devemos calcular por meio da equação:
𝐹 = 1/√𝑛 .

Observe então que devemos calcular tanto a corrente de projeto para o circuito 2 quanto para o
circuito 1, dado que eles estão agrupados em um mesmo eletroduto. Assim, poderemos determinar
qual fator de agrupamento devemos utilizar.

A corrente de projeto para o circuito 1 equivale a:

𝑆 1400
𝐼𝐵,𝑐𝑖𝑟𝑐1 = 𝑈𝑁 = = 6,36 𝐴
𝑁 220

Consultando a tabela 36- coluna 6 da mesma forma que foi realizado para o circuito 2, obtemos o
valor imediatamente superior a IB,circ 1 equivalente a:

𝐼𝐶,𝑐𝑖𝑟𝑐 1 = 9 𝐴 - seção dos condutores de fase e proteção de 0,5 mm2 .

Dessa forma, podemos verificar que as seções nominais dos circuitos 2 e 1 estão dentro de um
intervalo de 3 seções normalizas sucessiva e, assim, devemos utilizar o fator de agrupamento contidos
nas tabelas e não o fator calculado pela fórmula. Isso fica óbvio até porque o enunciado da questão
nos fornece a tabela 42 da norma corresponde aos fatores de correção de agrupamento aplicáveis.

De acordo com a Tabela 42, o fator de agrupamento que deverá ser utilizado para corrigir a
capacidade de condução de corrente para o condutor do circuito 2 equivale a 0,8, considerando-se 2
circuitos agrupados em um mesmo eletroduto.

Portanto, corrente corrigida será dada por:

𝐼𝑍 = 𝐼𝐶 × 𝐹𝐶𝐴 = 14 × 0,8 = 11,2 𝐴

7) Escolha do condutor: escolher o condutor com seção nominal mais adequada para conduzir a
corrente de projeto calculada consultando as tabelas.

Para esta questão, temos dois circuitos em um mesmo eletroduto. Assim, o condutor de 1mm2
será capaz de conduzir apenas 11,2 A e não mais 14 A. O que não satisfaz a necessidade de conduzir
os a corrente de projeto IB de 12,72 A. Então, devemos passar para o valor imediatamente superior na
tabela 42-coluna 6 que corresponde a uma corrente de 17,5 A.

𝐼𝐶 = 17,5 𝐴 - seção dos condutores de fase e proteção de 1,5 mm2 .

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Novamente, devemos aplicar o fator de agrupamento nessa corrente para, de fato, determinar o
quanto de corrente esse condutor é capaz de conduzir considerando que ele está no mesmo eletroduto
do circuito 1.

Portanto, a nova corrente corrigida será dada por:

𝐼𝑍 = 𝐼𝐶 × 𝐹𝐶𝐴 = 17,5 × 0,8 = 14 𝐴

Assim, verificamos que a corrente corrigida é superior a corrente de projeto atendendo os


requisitos da norma! Mas, calma...

Ainda devemos nos atentar a outro ponto!

8) Seções mínimas:

Por fim, devemos verificar se a seção escolhida atende às seções mínimas prescritas pela norma
segundo a tabela 47 .

Observe que o enunciado não forneceu essa tabela justamente para exigir o conhecimento a
respeito das seções mínimas em função do tipo de linha e utilização do circuito.

Conforme estudamos na seção 3.4.1 do livro, a seção dos condutores de fase não deve ser inferior
à 2,5 mm2 para circuitos de força (por exemplo, tomadas de uso geral que é o caso do circuito 2).

Mesmo realizando todo o procedimento para determinar a seção mínima dos condutores pelo
método da capacidade de condução de corrente, a seção escolhida de 1,5 mm2 capaz de conduzir 14
A (valor já corrigido pelo FCA) não atende aos requisitos da norma relacionados às seções mínimas dos
condutores.

Logo, a seção de 2,5 mm deve ser adotada para o condutor de fase do circuito 2 (bem como para
o condutor neutro e de proteção).

Portanto,

A alternativa (C ) é o gabarito da questão.

Conforme foi abordado na seção 3.4.1, devemos atender, no mínimo, os critérios da capacidade
de condução de corrente, da queda de tensão, da seção mínima dos condutores e do dimensionamento
da proteção. Quando os resultados forem diferentes para cada critério, devemos adotar o condutor de
maior seção.

Note também que, logo de cara, poderíamos ter verificado que 2,5 mm2 é a seção mínima para
esse tipo de circuito e, segundo a Tabela 36, essa seção é capaz de conduzir 19,2 A (24 A x FCA )
correspondendo a um valor bem superior as 12,72 A da corrente de projeto para o circuito 2.

O ideal então é que você já comece pelo critério da seção mínima para ver se o condutor
corresponde já vai ser capaz de conduzir a corrente de projeto calculada.
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No entanto, a intenção desse exercício de fixação é que você compreenda os procedimentos para
determinar a seção dos condutores aplicando os diferentes critérios da norma. Assim, você será capaz
de absorver melhor o conteúdo e mecanizar a resolução das questões.

Após essa absorção, você achará naturalmente caminhos mais rápidos e eficientes de responder
as questões.

3.6. Queda de tensão

Vamos entrar agora no critério de dimensionamento que é complementar ao critério da capacidade


de condução de corrente!

Quando a corrente passa por todos os elementos de um circuito (interruptores, condutores,


conexões), ocorre uma queda de tensão. Logo, o valor da tensão não é o mesmo desde o ponto de entrega
de energia até o ponto terminal ou de utilização.

A queda de tensão é um valor de tensão que perdermos no sistema em função do comprimento e


da resistência do condutor. Ou seja, quanto maior o condutor que alimenta uma determinada carga, maior
será a queda de tensão sobre o condutor.

Essa queda de tensão produz efeitos que podem reduzir a vida útil dos aparelhos e até mesmo a sua
queima, pois os equipamentos acabam recebendo uma tensão inferior aos seus valores nominais.

Segundo a NBR 541015,

A queda de tensão verificada não dever ser superior aos limites máximos estabelecidos
pela norma, com o objetivo de não prejudicar o funcionamento dos equipamentos.

Para os seguintes casos, a queda de tensão não deve ser superior a:

➢ 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no caso de transformador
de propriedade da unidade consumidora;
➢ 7%, calculado a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da empresa distribuidora
de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado;
➢ 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador próprio;
➢ 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega com fornecimento
em tensão secundária.

15
Seção 6.2.7.1 da NBR 5410:2004.
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Devemos ressaltar que em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode
ser superior a 4%.

A queda de tensão pode ser calculada segundo a equação abaixo:

𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎−𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎


𝑒= × 100
𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎

Para projetarmos uma instalação elétrica, devemos levar em consideração qual a seção nominal do
condutor que também vai satisfazer o critério da queda de tensão.

Algumas tabelas fornecidas pelos fabricantes dos condutores possuem entradas em função da
chamada queda de tensão unitária ∆𝑽𝒖𝒏𝒊𝒕. para poder determinar a seção nominal mais adequada do
condutor respeitando o limite da queda de tensão.

A queda de tensão unitária ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. (em V/A.km) pode ser calculada pela seguinte expressão:

𝑒(%)𝑉
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝐼𝐵 𝑙

Onde, e(%) é a queda de tensão percentual, V é a tensão nominal do circuito em volts, IB é a corrente
de projeto em ampères e l é o comprimento do trecho em Km.

A queda de tensão unitária será sempre a mesma para um determinado condutor! Ou seja, ela vai
caracterizar o condutor, informando a sua resistência por unidade de comprimento [Ω/unidade de
comprimento].

Com o valor da queda de tensão unitária, podemos encontrar o valor igual ou imediatamente
inferior ao calculado, para obter a seção do condutor correspondente.

Por outro lado, também podemos calcular a queda de tensão isolando o termo e(%)V. Temos que:

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎 = 𝑒(%)𝑉 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐵 𝑙

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Perceba que a queda de tensão e(%) é justamente o percentual de queda que vamos considerar
segundo a norma para dimensionar os condutores. Assim, o termo e(%)V nos dará a queda de tensão em
volts!

Conforme Cotrim (2009), a queda de tensão unitária é dada por:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝑡(𝑟𝑐𝑜𝑠𝜙 + 𝑥𝑠𝑒𝑛𝜙)

Onde t é o fator igual a 2 para circuitos monofásicos e √3 para circuitos trifásicos, r é a resistência
por unidade de comprimento, x é a reatância também por unidade de comprimento do condutor e cosϕ é o
fator de potência na carga.

Alguns autores, como Mamede (2017) e Cotrim (2009), admitem uma fórmula aproximada, que pode
ser expressa apenas em função da resistência da seguinte forma:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝑡𝑟𝑐𝑜𝑠𝜙

Essa aproximação pode ser realizada por desconsiderar a reatância do condutor (que é desprezível,
quando comparada à sua resistência, para baixas seções transversais dos condutores).

Em geral nas questões de concurso, é cobrada a forma aproximada desconsiderando-se a


reatância. No entanto, caso o enunciado forneça seu valor é mais seguro utilizar a forma
completa. Certo?

Ainda sobre esse assunto, eu posso destacar que as questões podem requisitar o cálculo direto da
seção de um condutor baseando-se nas condições de operação do circuito. Lembre-se que sempre priorizo
a previsibilidade sobre o que pode cair em sua prova!

De acordo com o autor Mamede Filho (2017), a predominância do valor da queda de tensão é dada
somente pela resistência do condutor quando a seção dos condutores é inferior a 25mm2, pois é possível
desprezar a reatância do fio (ou seja, aquela aproximação que comentei anteriormente!).

Lembre-se também que a resistência de um fio condutor também pode ser escrita em função da
geometria e do tipo de material compõe o componente resistivo (que no nosso caso é o fio condutor!). Ela
pode ser calculada por meio da seguinte equação:

𝐿
𝑅 = 𝜌𝑆
𝑐

Onde 𝜌 é a resistividade do material, 𝐿 é o comprimento e 𝑆𝑐 é a seção transversal do fio.

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Com essas considerações, a seção mínima do condutor de um circuito pode ser determinada em
função da queda de tensão por meio da seguinte equação:

𝑡𝜌𝐼 𝑙
𝐵
𝑆𝑐 = 𝑒(%)𝑉

Perceba que apenas substituímos o valor da queda de tensão unitária ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. em função da
resistividade e seção transversal do fio, pois o comprimento L já estava explícito na expressão! Lembre-se
que a queda de tensão unitária é dada em termos de Resistência por unidade de comprimento. Logo,
substituímos o valor da resistência por ρL/Sc. Esse foi o procedimento para chegar à essa equação!

Com essa fórmula, é possível calcular a seção nominal dos condutores em função das condições de
projeto, ou seja, em função da resistividade, da corrente de projeto, do comprimento do circuito, da queda
de tensão admissível e do tipo de alimentação ( fator t para sistemas trifásicos ou monofásicos).

Observe que, quanto maior a seção nominal do condutor, menor será a queda de tensão, pois essas
grandezas são inversamente proporcionais!

Para condutores de cobre, consideramos sua resistividade igual a:

1 𝑜ℎ𝑚𝑠×𝑚𝑚2
𝜌 = 58 𝑚

Para circuitos trifásicos, devemos substituir 2 pelo fator √3 e V pelo valor da tensão entre
fases.

Alguns fabricantes de condutores fornecem tabelas que podem ter como entrada a queda de tensão
unitária para o projetista poder determinar a seção nominal mais adequada para a instalação. Outros
fabricantes também fornecem tabelas onde podemos entrar com a soma das potências multiplicadas pelas
distâncias que cada condutor irá percorrer.

De forma prática, o cálculo necessário vai depender do tipo da tabela fornecida.

Diferentemente, outras tabelas possuem entradas em função da queda de tensão unitária ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡.
para determinar a seção do condutor correspondente.

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Você pode utilizar a equação para determinar diretamente a seção, ou utilizar as tabelas
calculando os devidos valores de entrada para achar a seção nominal correspondente.

Agora, podemos complementar o roteiro para o dimensionamento de condutores com o critério da


queda de tensão admissível. Portanto, deveremos verificar se o condutor escolhido atende,
simultaneamente, ao critério da capacidade de corrente e ao critério da queda de tensão.

Caso os resultados sejam diferentes, devemos sempre escolher o condutor de maior seção
que atenderá a ambos os critérios!

O objetivo do roteiro é determinar a


seção nominal dos...

... Condutores de
Fase

O condutor neutro e o condutor de


proteção serão determinados em
função...

Por fim, sabemos que a seção do condutor neutro e a seção do condutor de proteção serão
determinadas em função dos condutores de fase.

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É mais comum que as questões dos concursos exijam apenas as prescrições da norma com relação
ao critério da queda de tensão. No entanto, as questões mais "práticas" geralmente pedem o cálculo da
queda de tensão unitária (∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. ), em função da queda de tensão, da corrente de projeto e do comprimento
do circuito.

Quando as questões considerarem as características construtivas do fio (geometria e tipo de material


compõe o componente resistivo), à princípio, vamos admitir incialmente cosϕ igual a 1 sempre que o
enunciado não fornecer o fator de potência.

Assim, teremos uma queda de tensão unitária simplificada que será igual a:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝑡𝑟

Caso contrário, vamos utilizá-lo o valor fornecido do cosϕ para calcular a queda de tensão unitária.

Mostrarei a você uma questão de concurso que foi retirada integralmente de um exercício resolvido
do livro do Cotrim (2009). Como a questão fornece o fator de potência, ele foi utilizado para calcular a queda
de tensão por trecho em um circuito. Discutiremos essa questão no final da aula na seção 5 de Questões
Comentadas (questão 23).

Caso tenha interesse, verifique as bibliografias utilizadas para saber de forma mais aprofundada as
considerações dos autores.

Novamente ressalto que você precisa estar sempre atento(a) ao o que pode surgir em sua prova e
como o conhecimento pode ser cobrado ou, até mesmo, se o edital especifica alguma referência bibliográfica
(muitos fazem isso!). Afinal, essa previsibilidade pode fazer toda diferença na sua preparação.

(Pref. Salvador-FGV-2017) Um equipamento elétrico residencial monofásico de 5.000 VA é


alimentada por um circuito de 20 m. A queda de tensão unitária do circuito é de 5 V/A.km.
Considerando que a tensão de alimentação é de 100 V e que esse circuito alimenta somente esse
equipamento, a queda de tensão no circuito é de
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(A) 1 %.

(B) 2 %.

(C) 3 %.

(D) 4 %.

(E) 5 %.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você calcule a queda de tensão em um circuito que alimenta um
equipamento elétrico residencial monofásico de 5000 VA.

O procedimento para resolver essa questão consistem em utilizar a equação da queda de tensão
unitária para poder determinar a queda de tensão em porcentagem.

Conforme estudamos nessa seção, a queda de tensão unitária é dada por:

𝑒(%)𝑉
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝐼𝐵 𝑙

Podemos calcular a queda de tensão isolando o termo e(%). Então, temos que:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐵 𝑙
𝑒(%) =
𝑉

Segundo o enunciado a queda de tensão unitária equivale a 5V/A.km, o comprimento do circuito


é de 20 m (0,02 km) e a tensão de alimentação é de 100 V. No entanto, precisamos da corrente que o
condutor irá conduzir para alimenta o equipamento de 5000 VA. A corrente de projeto para circuitos
monofásicos é dada por:

𝑆 5000
𝐼𝐵 = 𝑈𝑁 = = 50 𝐴
𝑁 100

Substituindo, temos:

5∙50∙0,02
𝑒(%) = = 0,05 = 5%
100

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

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3.7. Simbologia

Todo e qualquer projeto de instalações elétricas requer a adoção de uma simbologia que possa
representar os diversos dispositivos utilizados. De maneira prática, também é necessária a utilização de uma
única simbologia de referência para que não haja dúvidas ou erros na interpretação de cada projeto.

Dessa forma, no intuito de haver um entrosamento e uma visão de conjunto entre todos os
profissionais envolvidos em um projeto de instalação elétrica, foi adotada uma linguagem comum que é a
simbologia padronizada.

A norma NBR 5444:1989 estabelece os símbolos gráficos referentes às instalações elétricas


prediais.

Os símbolos gráficos ajudam a facilitar a execução dos projetos e a identificar os diferentes pontos
de utilização de uma instalação. Nessa norma, a construção da simbologia é baseada em figuras geométricas
simples (traço, círculo, triângulo e quadrado) para permitir uma representação adequada e coerente dos
dispositivos.

Caro aluno(a),

Como fica inviável apresentar as tabelas (pois, elas são várias!) com cada símbolo, significado e
observações, você pode dar uma analisada mais aprofundada diretamente na norma se assim achar
necessário e conveniente, Ok?

Algumas provas exigem de forma aleatória o conhecimento de alguns símbolos. No entanto, eu


verifiquei que a simbologia para os condutores de fase, neutro, de proteção e de retorno é frequentemente
mais cobrada em prova. Então, não deixe de memorizá-la!

SÍMBOLO SIGNIFICADO
Condutor de Fase no interior do
eletroduto
Condutor Neutro no interior do
eletroduto
Condutor de Retorno no interior do
eletroduto

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Condutor Terra no interior do


eletroduto

(Pref. Salvador-FGV-2019) De acordo com a simbologia adotada em projetos de instalações elétricas


prediais, os condutores presentes no interior do eletroduto representado a seguir, da esquerda para
a direita, são, respectivamente, os condutores

A) fase, neutro e terra.

B) fase, retorno e terra.

C) neutro, retorno e terra.

D) positivo, negativo e terra.

E) fase, neutro e retorno.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine o nome de referência para os condutores da figura de
acordo com a simbologia adotada em projetos de instalações elétricas (NBR 5444:1989).

Conforme foi abordado nesta seção do livro, os condutores apresentados na figura são
respectivamente os condutores de fase, neutro e retorno.

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

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4. LISTA DE QUESTÕES
1. (Pref. Santo Ângelo- FuRI-2019) A NBR 5410 estabelece as condições a que devem satisfazer as
instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o
funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. Essa norma se aplica às instalações
elétricas de edificações, qualquer que seja seu uso: residencial, comercial, público, industrial, de
serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc. Incluindo as instalações elétricas pré-fabricadas. A NBR
5410 não se aplica às instalações elétricas do(s) item (itens) da alternativa:

A. ( ) Feiras e exposições.

B. ( ) Áreas descobertas das propriedades, externas às edificações.

C. ( ) Reboques de acampamento (trailers) e locais de acampamento (campings).

D. ( ) Embarcações e aeronaves.

2. (Pref. São José dos Campos- VUNESP-2015) Uma instalação elétrica comercial, que possui a curva Diária
de demanda ilustrada, tem um contrato de tarifação binômia que consiste na tarifação da energia total
consumida durante o mês e na tarifação da maior demanda individual, no mesmo mês. Dado que a
tarifa de energia é 0,50 [R$/kWh] e que a tarifa de demanda é 50,00 [R$/kW], assinale a alternativa
que apresenta corretamente o valor da fatura de energia elétrica, considerando que o mês tem 30 dias.

(A) R$ 9.700,00

(B) R$ 25.700,00

(C) R$ 28.550,00

(D) R$ 105.500,00

(E) R$ 685.500,00

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3. (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial-SP-VUNESP-2013) A figura ilustra a curva de


demanda de uma instalação elétrica industrial. Dado que a tarifa empregada pela concessionária para
esse consumidor está descrita na tabela, assinale a alternativa que apresenta corretamente o valor a
ser pago no mês de abril.

A) 3632400 reais
B) 123400 reais
C) 6030 reais
D) 2521 reais
E) 2400 reais

4. (Pref. Santo Ângelo- FURI-2019) As curvas de carga, assim como os indicadores “Fator de Demanda” e
“Fator de Carga”, são comumente utilizados tanto na etapa de projeto quanto para análise das
condições de operação de uma determinada instalação elétrica.

Ao realizar o diagnóstico de um transformador, foi registrada a curva de carga da figura abaixo. Esse
transformador atende a um circuito de iluminação pública, cuja Potência Instalada é de 15kW, e a uma
indústria, cuja Potência Instalada é de 360kW. Sabendo que o Fator de Demanda da Iluminação Pública é 1,
a Demanda Máxima Registrada no Transformador é de 240kW e a Demanda Média da indústria é de
132,5kW, é possível afirmar que a demanda média e o fator de demanda registrados no transformador são,
respectivamente:

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A.( ) 140kW e 0,67.


B.( ) 147,5kW e 0,55
C.( ) 147,5kW e 0,67.
D.( ) 140kW e 0,64.

5. (Pref. Salvador- FGV-2017) Uma instalação industrial possui uma potência instalada de 400 kVA. O
fator de potência e o fator de demanda globais dessa instalação são iguais a 0,8 e a 0,6,
respectivamente. A potência demandada dessa instalação é igual a
(A) 320 kW.
(B) 240 kW.
(C) 192 kW.
(D) 140 kW.
(E) 124 kW.

6. (Ministério Público -MS-FGV- 2013) Uma instalação elétrica industrial possui uma demanda média de
500 kW de potência para atender a várias cargas com fatores de potência iguais a 0,8. Sabe‐se que o
transformador que alimenta essa instalação não pode ser solicitado por uma potência maior que 650
kVA. Para que seja atendida essa condição de operação do transformador, o fator de carga deve ser no
mínimo, igual a
A) 0,67
B) 0,70
C) 0,77
D) 0,85

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E) 0,96

7. (Pref. Santo Ângelo- FURI-2019) Conforme a NBR 5410, referente às instalações elétricas prediais em
baixa tensão, é correto afirmar que, em cômodos com área superior a 6 m², deve ser prevista uma
carga mínima de iluminação de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de:
A.( ) 40 VA para cada aumento de 2,0 m² inteiros.
B.( ) 60 VA para cada aumento de 4,0 m² inteiros.
C.( ) 60 VA para cada 3,5 m ou fração de perímetro.
D.( ) 80 VA para cada 5,0 m ou fração de perímetro.

8. (Pref. Lagoa Santa-FUNDEP-19) Analise as seguintes afirmativas referentes ao projeto de instalações


elétricas, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.
I-( ) Na cozinha, atribui-se no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três tomadas, e 100 VA por ponto de
tomada excedente.
II-( ) A iluminação em áreas externas segue os mesmos critérios para o cálculo da iluminação de cômodos ou
dependências da residência.
III-( ) Os pontos das tomadas de uso específico são localizados no máximo a 1,5 metros do ponto previsto
para a localização do equipamento.
IV-( ) No quadro de distribuição, encontram-se instalados: DTM, DR, DPS, e os barramentos: de neutro, de
terra e de interligações das fases.

Assinale a sequência correta.

A) F F V V

B) F V F F

C) V F F F

D) V F V V

9. (Pref. Curitiba-UFPR-2019De acordo com a NBR 5410, para efeitos do dimensionamento dos circuitos,
a carga de iluminação da residência apresentada (considerando varandas e desconsiderando a área de
circulação) pode ser estimada em:

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a) 840 VA.
b) 880 VA.
c) 920 VA.
d) 960 VA.
e) 1000 VA.

10. (Pref. Itapevi- VUNESP- 2019) A distribuição de circuitos de iluminação e tomadas entre as fases de
uma instalação elétrica de baixa tensão garante o equilíbrio dessa instalação, minimizando seu
impacto para a concessionária de distribuição de energia elétrica. Nesse contexto, considere a lista de
cargas apresentada na tabela.

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Dado que a instalação elétrica é do tipo F1 + F2 + N + PE e que a tensão de alimentação é 127/220 [V], assinale
a alternativa que apresenta a distribuição de circuitos mais adequada, de modo que o impacto das cargas
para a concessionária seja minimizado, isto é, de modo que as correntes nas fases F1 e F2 tenham valores
próximos.

(A) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F1 e N; ILU_2 entre F1 e N; TUG_1 entre F1 e N; TUG_2 entre F1 e N;
TUG_3 entre F1 e F2; e TUE entre F1 e F2.

(B) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F2 e N; ILU_2 entre F2 e N; TUG_1 entre F2 e N; TUG_2 entre F2 e N;
TUG_3 entre F1 e F2; e TUE entre F1 e F2.

(C) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F1 e N; ILU_2 entre F2 e N; TUG_1 entre F2 e N; TUG_2 entre F1 e N;
TUG_3 entre F1 e N; e TUE entre F1 e F2.

(D) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F1 e N; ILU_2 entre F2 e N; TUG_1 entre F2 e N; TUG_2 entre F1 e N;
TUG_3 entre F1 e F2; e TUE entre F1 e F2.

(E) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F1 e N; ILU_2 entre F2 e N; TUG_1 entre F2 e N; TUG_2 entre F1 e N;
TUG_3 entre F1 e F2; e TUE entre F1 e N.

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11. (Pref. Lagoa Santa-FUNDEP-2012) Para que uma instalação elétrica tenha um bom desenvolvimento o
projeto deve levar em conta as boas técnicas de divisão e seccionamento de circuitos previstos na
Norma NBR 5410. A esse respeito, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e
com F as falsas.

I-( ) Cada circuito deve ser dividido de maneira que possa ser seccionado sem risco de realimentação
inadvertida por meio de outro circuito.

II-( ) Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as fases de
maneira a se obter o maior equilíbrio possível.

III-( ) Não necessitam ser previstos circuitos distintos para os sistemas de segurança e outros serviços
essenciais, pois os mesmos não são afetados pelas falhas de outros circuitos.

IV-( ) Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de utilização que
alimentam.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA.

A) (V) (V) (F) (V)

B) (F) (F) (V) (V)

C) (F) (V) (V) (F)

D) (V) (F) (F) (V)

12. (Pref. Cabo de Santo Agostinho-AOCP-2010) Ainda sobre instalações elétricas prediais de baixa tensão,
analise as seguintes assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta as corretas.

I. Um chuveiro e um aparelho de ar condicionado, de quaisquer potências, podem ser atendidos por um


único circuito.

II. Deve haver um circuito exclusivo para atendimento de tomadas de cozinhas, copas, áreas de serviços,
lavanderias e locais análogos.

III. Todo circuito terminal deve ser protegido contra sobrecorrente por um dispositivo que assegure o
seccionamento simultâneo de todos os condutores fase.

IV. O número máximo de circuitos em uma instalação deve ser de obrigatoriamente 10 circuitos.

V. Os circuitos de iluminação devem ser projetados de modo a atenderem um cômodo cada circuito.

(A) Apenas II, III e IV.

(B) Apenas IV e V.
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(C) Apenas I e II.

(D) Apenas II e III.

(E) Apenas I, III e V.

13. (Banco do estado do Pará- FADESP-2018) Nas instalações elétricas. os condutores são empregados
para conduzir corrente com encordoamento adequado para cada aplicação. São instalados em
condutos como, por exemplo, eletrodutos embutidos ou aparentes, enterrado no solo ou em parede,
em bandeja, eletrocalhas, canaletas, contendo vários circuitos agrupados, funcionando (carregados)
com temperatura que deve ser suportada pela isolação e com tensão suportada pelo isolamento. Além
disso, a secção transversal do condutor deve ser tal que permita conduzir a corrente elétrica calculada
para alimentar a carga, chamada corrente do projeto (Ir). Sobre o dimensionamento dos circuitos e a
escolha dos métodos de instalação, segundo a NBR 5410, é correto afirmar o seguinte:

A) nos circuitos monofásicos a três condutores (circuitos alimentadores de transformadores monofásicos


com tap central no secundário), o número de condutores carregados a ser adotado no dimensionamento é
3.

B) o fator de correção dos condutores fase é aplicado quando o carregamento no neutro não acompanha as
variações dos carregamentos das fases (circuitos com percentual de corrente harmônica de 3ª ordem de 15
a 45%), cujo valor depende do método de instalação

C) o fator de correção de agrupamento aplicado aos condutores em um mesmo eletroduto é calculado para
todos os condutores vivos, mesmo que o regime de funcionamento normal seja menos que 100%.

D) se o agrupamento for constituído, ao mesmo tempo, de cabos bipolares e tripolares, deve-se considerar
o número total de cabos como sendo a soma de cada cabo multipolar.

E) um agrupamento com N condutores isolados, ou N cabos unipolares, pode ser considerado composto
tanto de N/2 circuitos com dois condutores carregados quanto de N/3 circuitos com três condutores
carregados.

14. (Analista Judiciário-TJ-AP-FCC-2014) A figura abaixo corresponde ao número 7 da tabela 33 da NBR


5410, na qual é identificada como “método de referência B1”.

É correto afirmar que essa tabela da NBR 5410 refere-se:

A) aos limites de previsão de carga por tipo de instalação de condutores elétricos.


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B) aos tipos de eletroduto em função da previsão de potência do circuito.

C) aos tipos de condutor elétrico em função da previsão de potência do circuito.

D) aos métodos de instalação de condutores elétricos.

E) à quantidade de condutores elétricos por tipo de eletroduto.

15. (Pref. Gramado-FUNDATEC-2012) O cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos isolados


de baixa tensão, segundo a norma brasileira NBR 5410, leva em conta diversos fatores. Marque a
alternativa que NÃO apresenta um destes fatores.

A) Material condutor.
==795b==

B) Tipo de isolação.

C) Diâmetro do eletroduto para eletrodutos metálicos.

D) Número de condutores carregados.

E) Temperatura ambiente de 30°C ou do solo de 20°C.

16. (Pref. São Gonçalo- UFF-2011)-Para o dimensionamento da fiação de um projeto elétrico, a menor
bitola indicada para o caso de iluminação e força, respectivamente, segundo aNBR5410, é:
A) 2,5 mm² e 1,5 mm².
B) 2,5 mm² para ambos os casos.
C) 2,5 mm² e 4,0 mm².
D) 1,5 mm² para ambos os casos.
E) 1,5 mm² e 2,5 mm².

17. (Pref. Cuiabá-UFMT-2007) Sobre os critérios para o dimensionamento das seções dos condutores
elétricos nas instalações de baixa tensão, considere:

I - A capacidade de condução de corrente dos condutores em relação à corrente nominal do circuito.

II - A proteção contra sobrecarga e curto-circuito.

III - A proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimentação (esquemas TN e IT
quando pertinente).

IV - Os limites de queda de tensão.

V - As seções mínimas prescritas pela norma.

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São critérios para tal dimensionamento

A) II, IV e V, apenas.
B) III, IV e V, apenas.
C) I, II e III, apenas.
D) I, II, III e IV, apenas.
E) I, II, III, IV e V.

18. (Defensoria Pública- SP-FCC-2013) Uma edificação possui um circuito de comando de um motor de
portão automático com a especificação seguinte: trifásico, 220 V, 4 CV, cos ϕ = 0,75 e η = 0,75. Trata-
se do único motor da instalação, o eletroduto possui apenas o circuito de alimentação do motor e o
fator de correção de temperatura é unitário. Considere a tabela abaixo:

Apenas pelo critério da capacidade de condução de corrente, a seção nominal mínima dos condutores de
alimentação do motor que atende às condições de sua instalação é, em mm2,
(A) 10.
(B) 6.
(C) 4.
(D) 2,5.
(E) 1,5.

19. (Pref. São Paulo-2012) Um dos critérios empregados no dimensionamento de condutores de


instalações elétricas de baixa tensão é o critério da máxima queda de tensão. Esse critério consiste em
calcular a queda de tensão nos condutores dos circuitos de alimentação a partir da corrente de carga
que circula por esses circuitos. Nesse contexto, considere uma carga monofásica que consome 50,0 A
quando alimentada com tensão de 400,0 V. Essa carga encontra-se a 10,0 m do quadro de distribuição
e os dados dos condutores que se pretende utilizar estão apresentados na tabela.

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Assinale a alternativa que apresenta corretamente o(s) condutor(es) que pode(m) ser utilizado(s) nessa
instalação, de forma a manter a queda de tensão em um nível inferior a 2,0 [%].

(A) Apenas o condutor III.


(B) Apenas o condutor II.
(C) Apenas o condutor I.
(D) Apenas os condutores II e III.
(E) Apenas os condutores I e II.

20. (Pref. São José dos Campos-VUNESP-2012) Pretende-se alimentar uma carga monofásica que consome
20 [A]. Dado que essa carga se encontra a 10 [m] do painel de distribuição e que a tensão de
alimentação é 200 [V], assinale a alternativa que apresenta o condutor mais adequado para a conexão
dessa carga ao painel, considerando que a queda de tensão máxima permitida é de 1 [%].
(A) 0,025 [Ω/m]
(B) 0,020 [Ω/m]
(C) 0,015 [Ω/m]
(D) 0,010 [Ω/m]
(E) 0,005 [Ω/m]

21. (Pref. São José dos Campos- 2015) O dimensionamento dos condutores de entrada de um painel
monofásico de baixa tensão deve considerar o critério da ampacidade e o critério da máxima queda de
tensão admissível, dentre outros. Esse painel encontra-se a 200 [m] da entrada e o condutor utilizado
possui resistência elétrica de 0,5 [Ω/km]. Dado que o painel fornece 50 [A] quando em plena carga,
assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, a queda de tensão nesse condutor e
a potência elétrica dissipada por ele, nessa condição de operação.
(A) 5 [V] e 250 [W]
(B) 10 [V] e 500 [W]
(C) 15 [V] e 750 [W]
(D) 20 [V] e 1000 [W]
(E) 30 [V] e 1500 [W]

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22. (Pref. São Gonçalo-UFF- 2011) No esquema abaixo, em corrente contínua, a resistência do trecho AB
é de 0,14 ohms. A tensão no ponto D, em Volt, sabendo que a tensão no ponto A é de 250 V, vale:

A) 230.
B) 240.
C) 236.
D) 228,38.
E) 238,38.

23. (Pref. Governador Valadares- 2014) O circuito abaixo representa uma instalação elétrica monofásica.
As correntes que circulam em cada trecho do circuito e o comprimento de cada trecho são dados na
tabela a seguir:

Considere que o fator de potência das cargas é constante e igual a 0,8 indutivo, e que a resistência do
condutor é de 4,5 ohms/km, com impedância desprezível. Assinale a alternativa que corresponde à
sequência CORRETA de quedas de tensão em Volts nos trechos do circuito.

a) 0A=1,73; AB=3,96; BC=1,47; CD=2,30

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b) 0A=2,30; AB=1,73; BC=3,96; CD=1,47


c) 0A=3,96; AB=1,47; BC=2,30; CD=1,73
d) 0A=2,30; AB=1,47; BC=3,96; CD=1,73
e) 0A=1,73; AB=2,30; BC=1,47; CD=3,96

24. (Pref. Cuiabá-Selecom-2018) A tabela a seguir apresenta a capacidade de condução de corrente e a


queda de tensão por unidade de corrente para condutores com 100 m de comprimento.

Um circuito bifásico, com tensão de 220 V e corrente de 100 A é alimentado com um condutor por fase, com
100 m de comprimento cada. Considerando-se uma queda de tensão máxima de 11 V, o menor valor de área
de seção transversal admissível para condutores fase adequados a esse circuito é o seguinte:

A) 25
B) 35
C) 50
D) 70

25. (Pref. Petrolina-IAUPE-2018) Referente ao trecho de diagrama unifilar de instalação elétrica predial
apresentado na figura abaixo, assinale a alternativa CORRETA.

A) O projeto do ponto de luz incandescente do tipo arandela possui dois interruptores three-way, e a
instalação proposta faz uso de três trechos de eletrodutos, dos quais um acomoda, apenas, condutores de
retorno.
B) O projeto do ponto de luz incandescente embutida no teto possui dois interruptores paralelos de uma
seção, e a instalação proposta faz uso de três trechos de eletrodutos, dos quais um acomoda um condutor
de proteção.
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C) O ponto de luz incandescente do tipo arandela possui dois interruptores three-way, e a instalação
proposta faz uso de apenas dois trechos de eletrodutos, já que fisicamente os dois interruptores three-way
são paralelos e, assim, podem ser acomodados em um único trecho de eletroduto.
D) O ponto de luz incandescente aparente no teto possui dois interruptores three-way, e a instalação
proposta faz uso de três trechos de eletrodutos, dos quais um acomoda, simultaneamente, os condutores
de fase e neutro.
E) O ponto de luz incandescente aparente no teto possui dois interruptores simples de uma seção, e a
instalação proposta faz uso de três trechos de eletrodutos, dos quais dois acomodam condutores de fase.

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5. QUESTÕES COMENTADAS

1. (Pref. Santo Ângelo- FuRI-2019) A NBR 5410 estabelece as condições a que devem satisfazer as
instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o
funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. Essa norma se aplica às instalações
elétricas de edificações, qualquer que seja seu uso: residencial, comercial, público, industrial, de
serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc. Incluindo as instalações elétricas pré-fabricadas. A NBR
5410 não se aplica às instalações elétricas do(s) item (itens) da alternativa:

A. ( ) Feiras e exposições.

B. ( ) Áreas descobertas das propriedades, externas às edificações.

C. ( ) Reboques de acampamento (trailers) e locais de acampamento (campings).

D. ( ) Embarcações e aeronaves.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine quais os tipos de instalações elétricas em que não se aplica
a NBR 5410.

Segundo a seção 1.3 item c da referida norma, ela não se aplica às instalações elétricas de
embarcações e aeronaves.

Portanto,

A alternativa (D) é o gabarito da questão.

Note que foi cobrado apenas a " letra da norma" com relação à sua aplicação.

2. (Pref. São José dos Campos- VUNESP-2015) Uma instalação elétrica comercial, que possui a curva Diária
de demanda ilustrada, tem um contrato de tarifação binômia que consiste na tarifação da energia total
consumida durante o mês e na tarifação da maior demanda individual, no mesmo mês. Dado que a

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tarifa de energia é 0,50 [R$/kWh] e que a tarifa de demanda é 50,00 [R$/kW], assinale a alternativa
que apresenta corretamente o valor da fatura de energia elétrica, considerando que o mês tem 30 dias.

(A) R$ 9.700,00

(B) R$ 25.700,00

(C) R$ 28.550,00

(D) R$ 105.500,00

(E) R$ 685.500,00

Resolução e comentários:

A questão solicita que você calcule o valor da fatura mensal de energia elétrica. O procedimento
para resolver essa questão consiste em calcular a energia consumida em 24 horas, por meio da curva
de carga diária (fornecida pelo enunciado da questão), para depois calcular o consumo de energia
mensal.

Após o cálculo da energia mensal consumida, devemos aplicar a tarifação binômia que, segundo o
enunciado, consiste na tarifação da energia total consumida durante o mês e na tarifação da maior
demanda individual.

Lembre-se que a curva de carga é a representação gráfica da variação da carga, observada ou


esperada, em função do tempo. Logo, vamos utilizá-la para calcular a energia total consumida em 24
horas.

Conforme estudamos na seção 2.2 deste livro, sabemos que a energia pode ser calculada por meio
da seguinte equação:

𝑇
𝐸𝑇 = ∫0 𝐷(𝑡) 𝑑𝑡

Como não possuímos uma função contínua que descreva a demanda D(t), vamos calcular a integral
para diferentes intervalos de tempos correspondentes aos valores fornecidos na curva de carga diária.
Ou seja, temos que a energia total consumida diariamente pela instalação é dada por:

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9 12 18 21 24
𝐸𝑇 = ∫0 100𝑑𝑡 + ∫9 300𝑑𝑡 + ∫12 400𝑑𝑡 + ∫18 300𝑑𝑡 + ∫21 200𝑑𝑡

𝐸𝑇 = 100𝑡|90 + 300𝑡|12 18 21 24
9 + 400𝑡|12 + 300𝑡|18 + 200𝑡|21

𝐸𝑇 = 100(9 − 0) + 300(12 − 9) + 400(18 − 12) + 300(21 − 18) + 200(24 − 21)

𝐸𝑇 = 5700 𝑘𝑊ℎ

Considerando 30 dias no mês, temos que a energia total consumida mensalmente equivale a:

𝐸𝑇 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 5700 ∙ 30 = 171000 𝑘𝑊ℎ

A tarifa de energia equivale a 0,50 [R$/kWh]. Assim, o valor da tarifação da energia total
consumida durante o mês equivale a:

𝑉𝑇1 = 171000 ∙ 0,50 = 𝑅$ 85.500,00

A tarifa de demanda equivale a 50,00 [R$/kW]. Assim, a tarifação da maior demanda individual
será aplicada sobre o valor da maior demanda ocorrida no período (400 W). Logo, o valor
correspondente dessa tarifação equivale a:

𝑉𝑇2 = 400 ∙ 50,00 = 𝑅$ 20.000,00

Dessa forma, o valor da fatura de energia elétrica (VF) será dada por:

𝑉𝐹 = 𝑉𝑇1 + 𝑉𝑇2 = 85.500,00 + 20.000,00

𝑉𝐹 = 𝑅$ 105.500,00

Portanto,

A alternativa (D) é o gabarito da questão.

Perceba que, conforme comentamos anteriormente, a energia total consumida é justamente a


área abaixo da curva D(t) (curva de carga). Logo, também poderíamos ter calculado a área total por
meio da soma das áreas de cada retângulo que formam a curva.

3. (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial-SP-VUNESP-2013) A figura ilustra a curva de


demanda de uma instalação elétrica industrial. Dado que a tarifa empregada pela concessionária para
esse consumidor está descrita na tabela, assinale a alternativa que apresenta corretamente o valor a
ser pago no mês de abril.

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A) 3632400 reais
B) 123400 reais
C) 6030 reais
D) 2521 reais
E) 2400 reais

Resolução e comentários:

A questão solicita que você calcule o valor a ser pago no mês de abril pela indústria. O
procedimento para resolver essa questão segue o mesmo raciocínio da questão anterior. Ele consiste
em calcular a energia consumida em 24 horas, por meio da curva de carga diária (fornecida pelo
enunciado da questão), para depois calcular o consumo de energia mensal.

Após o cálculo da energia mensal consumida, devemos aplicar a tarifação da energia total
consumida durante o mês e a tarifação da maior demanda.

Como a curva de carga é a representação gráfica da variação da carga em função do tempo, vamos
utilizá-la para calcular a energia total consumida em 24 horas por intervalos de tempo. Temos que a
energia total consumida diariamente pela instalação é dada por:

𝑇
𝐸𝑇 = ∫0 𝐷(𝑡) 𝑑𝑡

6 12 14 16 20 24
𝐸𝑇 = ∫0 60𝑑𝑡 + ∫6 100𝑑𝑡 + ∫12 80𝑑𝑡 + ∫14 120𝑑𝑡 + ∫16 150𝑑𝑡 + ∫20 60𝑑𝑡
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𝐸𝑇 = 60𝑡|60 + 100𝑡|12 14 16 20 24
6 + 80𝑡|12 + 120𝑡|14 + 150𝑡|16 + 60𝑡|20

𝐸𝑇 = 60(6 − 0) + 100(12 − 6) + 80(14 − 12) + 120(16 − 14) + 150(20 − 16) + 60(24 − 20)

𝐸𝑇 = 2200𝑘𝑊ℎ

Considerando 30 dias no mês de abril, temos que a energia total consumida mensalmente equivale
a:

𝐸𝑇 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 2200 ∙ 30 = 66000 𝑘𝑊ℎ

A tarifa de energia equivale a 50,00 [R$/k=MWh]. Dessa forma, temos eu considerar a energia em
MWh e, então, teremos que o valor da tarifação da energia total consumida durante o mês equivale a:

𝑉𝑇1 = 66 𝑀𝑊ℎ ∙ 50,00 𝑅$/𝑀𝑊ℎ = 𝑅$ 3.630,00

A tarifa de demanda equivale a 16,00 [R$/kW]. Assim, a tarifação da maior demanda individual
será aplicada sobre o valor da maior demanda ocorrida no período (150 W). Logo, o valor
correspondente dessa tarifação equivale a:

𝑉𝑇2 = 150 ∙ 16,00 = 𝑅$ 2.400,00

Dessa forma, o valor da fatura de energia elétrica (VF) será dada por:

𝑉𝐹 = 𝑉𝑇1 + 𝑉𝑇2 = 3.630,00 + 2.400,00

𝑉𝐹 = 𝑅$ 6.030,00

Portanto,

A alternativa (C) é o gabarito da questão.

Perceba que, conforme comentamos anteriormente, a energia total consumida é justamente a


área abaixo da curva D(t) (curva de carga). Logo, também poderíamos ter calculado a área total por
meio da soma das áreas de cada retângulo que formam a curva.

4. (Pref. Santo Ângelo- FURI-2019) As curvas de carga, assim como os indicadores “Fator de Demanda” e
“Fator de Carga”, são comumente utilizados tanto na etapa de projeto quanto para análise das
condições de operação de uma determinada instalação elétrica.

Ao realizar o diagnóstico de um transformador, foi registrada a curva de carga da figura abaixo. Esse
transformador atende a um circuito de iluminação pública, cuja Potência Instalada é de 15kW, e a uma
indústria, cuja Potência Instalada é de 360kW. Sabendo que o Fator de Demanda da Iluminação Pública é 1,
a Demanda Máxima Registrada no Transformador é de 240kW e a Demanda Média da indústria é de
132,5kW, é possível afirmar que a demanda média e o fator de demanda registrados no transformador são,
respectivamente:

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A.( ) 140kW e 0,67.


B.( ) 147,5kW e 0,55
C.( ) 147,5kW e 0,67.
D.( ) 140kW e 0,64.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você calcule a demanda média e o fator de demanda registrado em um
transformador que atende a um circuito de iluminação pública e uma indústria.

O procedimento para resolver essa questão consiste em analisar a curva de carga e os dados
fornecidos pelo enunciado da questão.

Conforme estudamos na seção 2.3.3, o fator de demanda de uma instalação ou conjunto de cargas
pode ser calculado como a razão entre a demanda máxima Dmax e a potência instalada Pinst por meio
da equação abaixo.

𝐷𝑚𝑎𝑥,𝑇
𝑓𝑑𝑒𝑚,𝑇 = 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑇

Devemos primeiro considerar que a potência instalada total será igual à soma das potências
individuais de cada setor ou conjunto de cargas. Segundo as potências instaladas da iluminação pública
e da indústria, temos:

𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑇𝑟𝑎𝑓𝑜 = 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 + 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑖𝑛𝑑ú𝑠𝑡𝑟𝑖𝑎

𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑇𝑟𝑎𝑓𝑜 = 15 + 360 = 375𝑘𝑊

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Também consideramos que, conforme o enunciado da questão, a demanda máxima registrada no


transformador equivale a 240 kW. Logo,

𝐷𝑚𝑎𝑥,𝑇 240
𝑓𝑑𝑒𝑚,𝑇 = = 375 = 0,64
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑇

Com esse resultado já poderíamos responder a questão (alternativa D). Mas, vamos continuar o
raciocínio e calcular a demanda média do transformador (conjunto de cargas).

Sabemos que a demanda média é a razão entre a quantidade de energia elétrica consumida
durante um intervalo de tempo especificado, e o período desse intervalo. Logo,

𝐸𝑇
𝐷𝑚 = 𝑇

Como queremos determinar a demanda média registrada no transformador, devemos considerar


o conjunto de cargas. Dessa forma, a energia total consumida será dada por:

𝐸𝑇 = 𝐸𝑇,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 + 𝐸𝑇,𝑖𝑛𝑑ú𝑠𝑡𝑟𝑖𝑎

O ponto principal para resolver essa questão é determinar separadamente o quanto cada conjunto
de cargas consome energia.

Iluminação:

De acordo com o enunciado, o fator de demanda de iluminação equivale a um. Logo, podemos
concluir que:

𝐷𝑚𝑎𝑥
𝑓𝑑𝑒𝑚 = = 1 ou seja, 𝐷𝑚𝑎𝑥,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡

Assim,

𝐷𝑚𝑎𝑥,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 15𝑘𝑊

Analisando a curva de carga de iluminação, verificamos que a demanda de iluminação é constante


no tempo e assim a sua demanda máxima equivale, exatamente, à sua demanda média. Dessa forma,

𝐷𝑚,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 𝐷𝑚𝑎𝑥,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 15𝑘𝑊

Agora, podemos calcular a energia consumida pelo circuito de iluminação:

𝐸𝑇,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 𝐷𝑚,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 × 𝑡

Perceba que o período de tempo que vamos considerar deve ser referido ao período em que houve
consumo de energia pelo circuito de iluminação. Segundo a curva de carga, esse período equivale a
apenas 12 horas. Portanto,

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𝐸𝑇,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 15𝑘𝑊 × 12ℎ = 180𝑘𝑊ℎ

Indústria:

O enunciado da questão já nos fornece a demanda média da indústria (132,5 kW). Assim, temos
que:

𝐸𝑇,𝑖𝑛𝑑ú𝑠𝑡𝑟𝑖𝑎 = 𝐷𝑚,𝑖𝑛𝑑ú𝑠𝑡𝑟𝑖𝑎 × 𝑡

𝐸𝑇,𝑖𝑛𝑑ú𝑠𝑡𝑟𝑖𝑎 = 132,5𝑘𝑊 × 24ℎ = 3180𝑘𝑊ℎ

Substituindo os valores, a energia total consumida será dada por:

𝐸𝑇 = 𝐸𝑇,𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 + 𝐸𝑇,𝑖𝑛𝑑ú𝑠𝑡𝑟𝑖𝑎

𝐸𝑇 = 180 + 3180 = 3360 𝑘𝑊ℎ

A demanda média durante o intervalo de tempo especificado (24 horas) equivale a:

𝐸𝑇 3360
𝐷𝑚 = =
𝑇 24

𝐷𝑚 = 140𝑘𝑊

Portanto,

A alternativa (D) é o gabarito da questão.

5. (Pref. Salvador- FGV-2017) Uma instalação industrial possui uma potência instalada de 400 kVA. O fator
de potência e o fator de demanda globais dessa instalação são iguais a 0,8 e a 0,6, respectivamente. A
potência demandada dessa instalação é igual a
(A) 320 kW.
(B) 240 kW.
(C) 192 kW.
(D) 140 kW.
(E) 124 kW.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você calcule a potência demandada dessa instalação. O procedimento para
resolver essa questão consiste em relacionar o fator de potência com o fator de demanda da instalação.

Conforme estudamos na seção 2.4, o fator de potência é calculado em função da potência


(aparente, ativa ou reativa) de alimentação da instalação. Ele é dado por:

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𝑃𝐴
𝑓𝑝 = 𝑆𝐴

Estudamos também que o fator de demanda, é a razão entre a demanda máxima e a potência
instalada de uma instalação e pode ser calculado por:

𝐷𝑚𝑎𝑥
𝑓𝑑𝑒𝑚 = 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡

Mas lembre-se que a potência de alimentação corresponde justamente à demanda máxima


presumida de uma instalação.

Perceba que o enunciado da questão nos forneceu a potência instalada em kVA. Dessa forma,
temos que utilizar a potência de alimentação também com relação à kVA, ou seja, devemos utilizar a
potência de alimentação aparente SA para substituir a demanda máxima prevista Dmax.

Logo, podemos reescrever a equação acima como:

𝑆𝐴
𝑓𝑑𝑒𝑚 = 𝑆
𝑖𝑛𝑠𝑡

De forma coerente, note que agora todos os termos estão em função da potência aparente.

Multiplicando o fator de potência pelo fator de demanda, temos:

𝑃𝐴 𝑆𝐴 𝑃𝐴
𝑓𝑝 ∙ 𝑓𝑑𝑒𝑚 = =𝑆
𝑆𝐴 𝑆𝑖𝑛𝑠𝑡 𝑖𝑛𝑠𝑡

Isolando 𝑃𝐴 ,

𝑃𝐴 = 𝑓𝑝 ∙ 𝑓𝑑𝑒𝑚 ∙ 𝑆𝑖𝑛𝑠𝑡

Dessa forma, a potência demanda (em kW) pela instalação equivale a:

𝑃𝐴 = 0,8 ∙ 0,6 ∙ 400

𝑃𝐴 = 192 𝑘𝑊

Portanto,

A alternativa (D) é o gabarito da questão.

O ponto chave para resolver essa questão foi relacionar os fatores de projeto fornecidos
considerando corretamente as potências aparentes no cálculo fator de demanda.

6. (Ministério Público -MS-FGV- 2013) Uma instalação elétrica industrial possui uma demanda média de
500 kW de potência para atender a várias cargas com fatores de potência iguais a 0,8. Sabe‐se que o
transformador que alimenta essa instalação não pode ser solicitado por uma potência maior que 650
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kVA. Para que seja atendida essa condição de operação do transformador, o fator de carga deve ser no
mínimo, igual a
A) 0,67
B) 0,70
C) 0,77
D) 0,85
E) 0,96

Resolução e comentários:

A questão solicita que você calcule o fator de carga mínimo para que a potência solicitada pelo
transformador seja no máximo igual a 650 kVA.

O procedimento para resolver essa questão consiste em relacionar o fator de potência com o fator
de carga do transformador.

Segundo estudamos na seção 2.3.1, o fator de carga é definido como a razão entre a demanda
média e a demanda máxima, ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado.

𝐷𝑚
𝑓𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 𝐷
𝑚𝑎𝑥

Como o enunciado da questão nos fornece a demanda média, precisamos calcular a demanda
máxima prevista. Faremos isso utilizando o fator de potência, pois a demanda máxima prevista pode
ser considerada justamente como a potência de alimentação.

Conforme o enunciado da questão, as cargas alimentadas pelo transformador possuem fatores e


potência iguais a 0,8 e a potência máxima de alimentação (potência aparente) não pode ser maior que
650 kVA. Logo,

𝑃𝐴
𝑓𝑝 = 𝑆𝐴

𝑃𝐴 = 𝑓𝑝 ∙ 𝑆𝐴 = 0,8 ∙ 650 𝑘𝑉𝐴

𝑃𝐴 = 520𝑘𝑊

Substituindo este valor no fator de carga, temos que:

𝐷𝑚 𝐷
𝑓𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 𝐷 = 𝑃𝑚
𝑚𝑎𝑥 𝐴

500 𝑘𝑊
𝑓𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 520 𝑘𝑊 = 0,96

Portanto,

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A alternativa (E) é o gabarito da questão.

7. (Pref. Santo Ângelo- FURI-2019) Conforme a NBR 5410, referente às instalações elétricas prediais em
baixa tensão, é correto afirmar que, em cômodos com área superior a 6 m², deve ser prevista uma
carga mínima de iluminação de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de:
A.( ) 40 VA para cada aumento de 2,0 m² inteiros.
B.( ) 60 VA para cada aumento de 4,0 m² inteiros.
C.( ) 60 VA para cada 3,5 m ou fração de perímetro.
D.( ) 80 VA para cada 5,0 m ou fração de perímetro.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR 5410
relacionadas à previsão de cargas de iluminação.

Conforme à seção 9.5.2.1.2 da norma:

Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m2, deve ser prevista uma carga mínima de
100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros.

Portanto,

A alternativa B é o gabarito da questão.

Perceba que a questão cobrou apenas a letra da norma.

8. (Pref. Lagoa Santa-FUNDEP-19) Analise as seguintes afirmativas referentes ao projeto de instalações


elétricas, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.
I-( ) Na cozinha, atribui-se no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três tomadas, e 100 VA por ponto de
tomada excedente.
II-( ) A iluminação em áreas externas segue os mesmos critérios para o cálculo da iluminação de cômodos ou
dependências da residência.
III-( ) Os pontos das tomadas de uso específico são localizados no máximo a 1,5 metros do ponto previsto
para a localização do equipamento.
IV-( ) No quadro de distribuição, encontram-se instalados: DTM, DR, DPS, e os barramentos: de neutro, de
terra e de interligações das fases.

Assinale a sequência correta.

A) F F V V

B) F V F F
100

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C) V F F F

D) V F V V

Resolução e comentários:

A questão solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR 5410
relacionadas à previsão de cargas de iluminação, tomadas e quadro de distribuição.

Como o foco dessa aula abrange a previsão de cargas de iluminação e tomadas, vamos julgar
apenas os itens que se referem a essas temáticas. Vamos julgá-los individualmente!

I- O item é verdadeiro segundo a seção 9.5.2.2.2 a) da norma.

II- O item é falso, pois a NBR 5410 não estabelece critérios para a iluminação em áreas externas, ficando
a decisão por conta do projetista e/ou do cliente.

III- O item é verdadeiro segundo a seção 4.2.1.2.3 d) da referida norma.

Portanto,

A alternativa (D) é o gabarito da questão.

Perceba que a questão também cobrou apenas a letra da norma e não foi necessário julgar o
último item para respondê-la corretamente.

9. (Pref. Curitiba-UFPR-2019De acordo com a NBR 5410, para efeitos do dimensionamento dos circuitos,
a carga de iluminação da residência apresentada (considerando varandas e desconsiderando a área de
circulação) pode ser estimada em:

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a) 840 VA.
b) 880 VA.
c) 920 VA.
d) 960 VA.
e) 1000 VA.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você estime a carga de iluminação da residência apresentada na figura,
conforme as prescrições da NBR 5410.

Conforme estudamos na seção 3.1 dessa aula, devemos primeiramente calcular a área de cada
cômodo para adotar o critério correto. Se a área for menor ou igual a 6 m 2 iremos prever uma carga
mínima de 100VA. Se a área for maior que 6m2 iremos prever uma carga mínima de 100 VA para os
primeiros 6 m2 e mais 60 VA para os 4m2 inteiros excedentes (seção 9.5.2.1.2 da norma).

Vamos analisar cada cômodo separadamente e posteriormente somar as potências para poder
calcular a carga mínima de iluminação do projeto elétrico da residência em questão.

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Apesar de não haver nenhuma especificação com relação às unidades utilizadas, vamos supor que
as cotas foram dadas em centímetros. Dessa forma, vamos transformar todas as unidades em metros
antes de calcularmos as áreas.

Varanda 1 (área superior da planta):

250+15 150+15
𝐴= × = 4,37𝑚2
100 100

Como a área é menor do que 6 m2, vamos prever uma carga mínima de 100 VA.

Área de serviço:

250 150
𝐴 = 100 × 100 = 3,75𝑚2

Como a área é menor do que 6 m2, vamos prever uma carga mínima de 100 VA.

Cozinha:

200 250
𝐴 = 100 × 100 = 5𝑚2

Como a área é menor do que 6 m2, vamos prever uma carga mínima de 100 VA.

Banheiro:

130 250
𝐴 = 100 × 100 = 3,25𝑚2

Como a área é menor do que 6 m2, vamos prever uma carga mínima de 100 VA.

Sala:

550 365
𝐴 = 100 × 100 = 20,075𝑚2

Como a área é maior do que 6 m2, vamos prever uma carga mínima de 100 VA para os primeiros
6m2 e 60 VA para os 4m2 inteiros excedentes. Logo,

6𝑚2 4𝑚2
20,075𝑚2 = ↓ +3× ↓ + 2,075𝑚2
100𝑉𝐴 60𝑉𝐴

Portanto, a potência mínima de iluminação prevista para esse cômodo equivale a:

𝑃𝑖𝑙𝑢𝑚 = 100 + 3(60) = 280 𝑉𝐴

Quarto 1:

250 250
𝐴 = 100 × 100 = 6,25𝑚2
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Como a área é maior do que 6 m2, vamos prever apenas uma carga mínima de 100 VA para os
primeiros 6m2, pois não há mais 4m2 inteiros excedentes.

Quarto 2:

430 250
𝐴 = 100 × 100 = 10,75𝑚2

Como a área é maior do que 6 m2, vamos prever uma carga mínima de 100 VA para os primeiros
6m2 e 60 VA para os 4m2 inteiros excedentes. Logo,

6𝑚2 4𝑚2
10,75𝑚2 = ↓ +1× ↓ + 0,75𝑚2
100𝑉𝐴 60𝑉𝐴

Portanto, a potência mínima de iluminação prevista para esse cômodo equivale a:

𝑃𝑖𝑙𝑢𝑚 = 100 + 60 = 160 𝑉𝐴

Varanda 2 (área inferior da planta):

200+15 250+15
𝐴= × = 5,69 𝑚2
100 100

Como a área é menor do que 6 m2, vamos prever uma carga mínima de 100 VA.

Carga de iluminação total da residência:

Após calcularmos a potência de iluminação de cada cômodo separadamente, vamos somá-las para
estimar a carga mínima de iluminação da residência conforme as prescrições da norma. Dessa forma,
temos que:

𝑃𝑖𝑙𝑢𝑚 = 𝑃𝑣𝑎𝑟𝑎𝑛𝑑𝑎 1 + 𝑃á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 + 𝑃𝑐𝑜𝑧𝑖𝑛ℎ𝑎 + 𝑃𝑏𝑎𝑛ℎ𝑒𝑖𝑟𝑜 + 𝑃𝑠𝑎𝑙𝑎 + 𝑃𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑜 1 + 𝑃𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑜 2 +


𝑃𝑣𝑎𝑟𝑎𝑛𝑑𝑎 2

𝑃𝑖𝑙𝑢𝑚 = 100 + 100 + 100 + 100 + 280 + 100 + 160 + 100

𝑃𝑖𝑙𝑢𝑚 = 1040𝑉𝐴

Dentre as opções fornecidas pela questão, não existe alternativa correspondente a esse valor.
Devido a isso, a banca alterou o gabarito e forneceu a seguinte justificativa:

"A estimativa com base no critério 9.5.2.1.2 resulta efetivamente em 1040VA, valor que é melhor
contemplado na alternativa E. Gabarito da prova alterado para alternativa E."

Perceba que, de qualquer forma, a banca nos forneceu exatamente o valor calculado de 1040 VA.

Portanto,

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A alternativa (E) é o gabarito da questão.

10. (Pref. Itapevi- VUNESP- 2019) A distribuição de circuitos de iluminação e tomadas entre as fases de
uma instalação elétrica de baixa tensão garante o equilíbrio dessa instalação, minimizando seu
impacto para a concessionária de distribuição de energia elétrica. Nesse contexto, considere a lista de
cargas apresentada na tabela.

Dado que a instalação elétrica é do tipo F1 + F2 + N + PE e que a tensão de alimentação é 127/220 [V], assinale
a alternativa que apresenta a distribuição de circuitos mais adequada, de modo que o impacto das cargas
para a concessionária seja minimizado, isto é, de modo que as correntes nas fases F1 e F2 tenham valores
próximos.

(A) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F1 e N; ILU_2 entre F1 e N; TUG_1 entre F1 e N; TUG_2 entre F1 e N;
TUG_3 entre F1 e F2; e TUE entre F1 e F2.

(B) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F2 e N; ILU_2 entre F2 e N; TUG_1 entre F2 e N; TUG_2 entre F2 e N;
TUG_3 entre F1 e F2; e TUE entre F1 e F2.

(C) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F1 e N; ILU_2 entre F2 e N; TUG_1 entre F2 e N; TUG_2 entre F1 e N;
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TUG_3 entre F1 e N; e TUE entre F1 e F2.

(D) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F1 e N; ILU_2 entre F2 e N; TUG_1 entre F2 e N; TUG_2 entre F1 e N;

TUG_3 entre F1 e F2; e TUE entre F1 e F2.

(E) MOT entre F1 e F2; ILU_1 entre F1 e N; ILU_2 entre F2 e N; TUG_1 entre F2 e N; TUG_2 entre F1 e N;

TUG_3 entre F1 e F2; e TUE entre F1 e N.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine qual alternativa apresenta um melhor balanceamento dos
circuitos (tabela) entre as fases de uma instalação elétrica do tipo F1+F2+N+PE com tensão 127/220 V.

O procedimento para resolver essa questão consiste em analisar cada alternativa para verificar
qual delas possui um melhor balanceamento de cargas, dado que poderíamos fazer esse
balanceamento de n maneiras distintas. Dessa forma, vamos analisar cada opção separadamente.

Perceba que os circuitos já foram divididos e, segundo à tabela, temos as informações necessárias
para determinar se a ligação do circuito vai ocorrer entre fases (220V) ou entre fase e neutro (127 V).

Incialmente já podemos excluir a opção C e E, pois elas indicam uma ligação entre fase e neutro
(127 V) para o circuito TUG_3 e o circuito TUE que deveria ser feita entre fases, para obtermos o valor
de 220 V (entre F1 e F2).

Portanto, analisaremos apenas as alternativas A, B e D para verificar qual possuirá um melhor


balanceamento. Para cada fase, vamos distribuir a potência do circuito conforme o tipo de ligação
(entre fases ou entre fase e neutro).

Antes de analisar cada opção, devemos nos atentar ao fato de que a potência dos circuitos ligados
entre fases deve ser distribuída entre a fase F1 e a fase F2 ( ou seja, será dividida entre as fases), pois
as duas fases fornecem corrente para o circuito em questão.

(A) Segundo o relatado na alternativa, teremos o seguinte balanceamento:

F1 F2

20 kVA (MOT) 20 kVA (MOT)

12 kVA (ILU_1)

8 kVA (ILU_2)

11 kVA (TUG_1)

9 kVA (TUG_2)
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5 kVA (TUG_3) 5 kVA (TUG_3)

22,5 kVA (TUE) 22,5 kVA (TUE)

Para cada fase, temos então:

𝑃𝐹1 = 20 + 12 + 8 + 11 + 9 + 5 + 22,5 = 87,5 𝑘𝑉𝐴

𝑃𝐹2 = 20 + 5 + 22,5 = 47,5 𝑘𝑉𝐴

Logo, temos uma diferença de 40 kVA entre as fases.

(B) Segundo o relatado na alternativa, teremos o seguinte balanceamento:

F1 F2

20 kVA (MOT) 20 kVA (MOT)

12 kVA (ILU_1)

8 kVA (ILU_2)

11 kVA (TUG_1)

9 kVA (TUG_2)

5 kVA (TUG_3) 5 kVA (TUG_3)

22,5 kVA (TUE) 22,5 kVA (TUE)

Para cada fase, temos então:

𝑃𝐹1 = 20 + 5 + 22,5 = 47,5 𝑘𝑉𝐴

𝑃𝐹2 = 20 + 12 + 8 + 11 + 9 + 5 + 22,5 = 87,5 𝑘𝑉𝐴

Logo, também temos uma diferença de 40 kVA entre as fases. Perceba que, nesta alternativa, os
circuitos conectados entre fase e neutro apenas mudaram da fase F1 para a F2.

(D) Segundo o relatado na alternativa, teremos o seguinte balanceamento:

F1 F2

20 kVA (MOT) 20 kVA (MOT)

12 kVA (ILU_1) 8 kVA (ILU_2)

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9 kVA (TUG_2) 11 kVA (TUG_1)

5 kVA (TUG_3) 5 kVA (TUG_3)

22,5 kVA (TUE) 22,5 kVA (TUE)

Para cada fase, temos então:

𝑃𝐹1 = 20 + 12 + 9 + 5 + 22,5 = 68,5 𝑘𝑉𝐴

𝑃𝐹2 = 20 + 8 + 11 + 5 + 22,5 = 66,5 𝑘𝑉𝐴

Logo, temos uma diferença de 2,5 kVA entre as fases.

Claramente, podemos verificar que a alternativa D possui um melhor balanceamento de cargas


entre as fases do sistema de alimentação da residência, pois a diferença de potência é menor para essa
configuração.

Portanto,

A alternativa (D) é o gabarito da questão.

11. (Pref. Lagoa Santa-FUNDEP-2012) Para que uma instalação elétrica tenha um bom desenvolvimento o
projeto deve levar em conta as boas técnicas de divisão e seccionamento de circuitos previstos na
Norma NBR 5410. A esse respeito, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e
com F as falsas.

I-( ) Cada circuito deve ser dividido de maneira que possa ser seccionado sem risco de realimentação
inadvertida por meio de outro circuito.

II-( ) Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as fases de
maneira a se obter o maior equilíbrio possível.

III-( ) Não necessitam ser previstos circuitos distintos para os sistemas de segurança e outros serviços
essenciais, pois os mesmos não são afetados pelas falhas de outros circuitos.

IV-( ) Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de utilização que
alimentam.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA.

A) (V) (V) (F) (V)

B) (F) (F) (V) (V)

C) (F) (V) (V) (F)


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D) (V) (F) (F) (V)

Resolução e comentários:

A questão solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR 5410
relacionadas à divisão de circuitos da instalação. Vamos julgar cada item individualmente conforme o
que foi abordado na aula e segundo à norma!

I- O item é verdadeiro segundo a seção 4.2.5.1 da norma.

II- O item é verdadeiro segundo a seção 4.2.5.6 da norma.

III- O item é falso. Segundo a seção 4.2.5.3 da norma, devem ser previstos circuitos distintos para partes
da instalação que requeiram controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados
pelas falhas de outros.

IV- O item é verdadeiro segundo a seção 4.2.5.5 da norma.

Portanto,

A alternativa (A) é o gabarito da questão.

Perceba que a questão cobrou apenas a letra da norma.

12. (Pref. Cabo de Santo Agostinho-AOCP-2010) Ainda sobre instalações elétricas prediais de baixa tensão,
analise as seguintes assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta as corretas.

I. Um chuveiro e um aparelho de ar condicionado, de quaisquer potências, podem ser atendidos por um


único circuito.

II. Deve haver um circuito exclusivo para atendimento de tomadas de cozinhas, copas, áreas de serviços,
lavanderias e locais análogos.

III. Todo circuito terminal deve ser protegido contra sobrecorrente por um dispositivo que assegure o
seccionamento simultâneo de todos os condutores fase.

IV. O número máximo de circuitos em uma instalação deve ser de obrigatoriamente 10 circuitos.

V. Os circuitos de iluminação devem ser projetados de modo a atenderem um cômodo cada circuito.

(A) Apenas II, III e IV.

(B) Apenas IV e V.

(C) Apenas I e II.

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(D) Apenas II e III.

(E) Apenas I, III e V.

Resolução e comentários:

Essa questão também solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR
5410 relacionadas à divisão de circuitos da instalação. Vamos julgar cada item individualmente
conforme a norma e o que foi abordado na aula.

I- O item é falso. Um chuveiro e um aparelho de ar condicionado poderão ser atendidos por um único
circuito desde que a corrente nominal desse circuito não seja superior a 10 A. Segundo a seção 9.5.3.1
da norma, todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente
dedicado equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito
independente ( seção 9.5.3.1). Dessa forma, o circuito poderá atender essas duas cargas apenas se a
potência nominal dos equipamentos requisitar uma corrente inferior a 10 A para a tensão de
alimentação da rede. Caso contrário, os circuitos deverão ser independentes e possuir um disjuntor
separando cada equipamento.

II- O item é verdadeiro conforme a seção 9.5.3.2 da norma.

III- O item é verdadeiro segundo a seção 9.5.4 da norma.

IV- O item é falso. Segundo a seção 4.2.5.1 da norma, a instalação deve ser dividida em tantos circuitos
quantos necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco
de realimentação inadvertida através de outro circuito. Ou seja, não existe um número máximo
obrigatório de circuitos. O número de circuitos vai depender da necessidade de cada instalação.

V- O item é falso. Segundo a seção 4.2.5.5, os circuitos terminais devem ser individualizados pela
função dos equipamentos de utilização que alimentam (por exemplo, tomadas de uso geral separadas
de tomadas de uso específicos). Em particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos para
pontos de iluminação e para pontos de tomada. Ou seja, a norma não faz menção ao atendimento
específico de cômodos.

Portanto,

A alternativa (D) é o gabarito da questão.

Note que, mesmo sem conhecimento sobre a proteção de circuitos (item III), conseguiríamos
responder corretamente a questão julgando os item correspondentes à divisão de circuitos da
instalação.

13. (Banco do estado do Pará- FADESP-2018) Nas instalações elétricas. os condutores são empregados para
conduzir corrente com encordoamento adequado para cada aplicação. São instalados em condutos
como, por exemplo, eletrodutos embutidos ou aparentes, enterrado no solo ou em parede, em
bandeja, eletrocalhas, canaletas, contendo vários circuitos agrupados, funcionando (carregados) com
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temperatura que deve ser suportada pela isolação e com tensão suportada pelo isolamento. Além
disso, a secção transversal do condutor deve ser tal que permita conduzir a corrente elétrica calculada
para alimentar a carga, chamada corrente do projeto (Ir). Sobre o dimensionamento dos circuitos e a
escolha dos métodos de instalação, segundo a NBR 5410, é correto afirmar o seguinte:

A) nos circuitos monofásicos a três condutores (circuitos alimentadores de transformadores monofásicos


com tap central no secundário), o número de condutores carregados a ser adotado no dimensionamento é
3.

B) o fator de correção dos condutores fase é aplicado quando o carregamento no neutro não acompanha as
variações dos carregamentos das fases (circuitos com percentual de corrente harmônica de 3ª ordem de 15
a 45%), cujo valor depende do método de instalação

C) o fator de correção de agrupamento aplicado aos condutores em um mesmo eletroduto é calculado para
todos os condutores vivos, mesmo que o regime de funcionamento normal seja menos que 100%.

D) se o agrupamento for constituído, ao mesmo tempo, de cabos bipolares e tripolares, deve-se considerar
o número total de cabos como sendo a soma de cada cabo multipolar.

E) um agrupamento com N condutores isolados, ou N cabos unipolares, pode ser considerado composto
tanto de N/2 circuitos com dois condutores carregados quanto de N/3 circuitos com três condutores
carregados.

Resolução e comentários:

Essa questão solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR 5410
relacionadas ao fator de agrupamento para condutores carregados. Vamos julgar cada item
individualmente conforme a norma e o que foi abordado na aula.

A) O item é falso. Segundo a seção 6.2.5.6 da norma (Tabela 46), nos circuitos monofásicos a 3
condutores, o número de condutores carregados a ser adotado no dimensionamento corresponde a 2.

B) O item é falso. Segundo à seção 6.2.5.6.1 da norma, o número de condutores carregados a ser
considerado é aquele indicado na tabela 46, de acordo com o esquema de condutores vivos do circuito.
Em particular, no caso de circuito trifásico com neutro, quando a circulação de corrente no neutro não
for acompanhada de redução correspondente na carga dos condutores de fase, o neutro deve ser
computado como condutor carregado. É o que acontece quando a corrente nos condutores de fase
contém componentes harmônicas de ordem três e múltiplos numa taxa superior a 15%.

Até esse ponto da prescrição da norma está tudo correto. Continuando...

Nessas condições, o circuito trifásico com neutro deve ser considerado como constituído de quatro
condutores carregados e a determinação da capacidade de condução de corrente dos condutores deve
ser afetada do “fator de correção devido ao carregamento do neutro”. Tal fator, que em caráter geral
é de 0,86, independentemente do método de instalação, é aplicável então às capacidades de condução
de corrente válidas para três condutores carregados. Ou seja, independe do método de instalação!
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C) O item é falso. Segundo à seção 6.2.5.5.3 (Nota 1) da norma, os fatores de agrupamento foram
calculados admitindo-se todos os condutores vivos permanentemente carregados com 100% de sua
carga. Caso o carregamento seja inferior a 100%, os fatores de correção podem ser aumentados.

D)O item é falso. Conforme à nota 4 da tabela 42 da norma, se o agrupamento for constituído, ao
mesmo tempo, de cabos bipolares e tripolares, deve-se considerar o número total de cabos como
sendo o número de circuitos. De posse do fator de agrupamento resultante, a determinação das
capacidades de condução de corrente ( nas tabelas 36 a 39) deve ser efetuada na coluna de dois
condutores carregados (para os cabos bipolares) e na coluna de três condutores carregados (para os
cabos tripolares).

E) O item é verdadeiro segundo à nota 5 da tabela 42 da norma.

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

Perceba que essa questão cobrou pontos mais específicos da NBR 5410. Dessa maneira, note o
quão importante é a leitura completa dela.

14. (Analista Judiciário-TJ-AP-FCC-2014) A figura abaixo corresponde ao número 7 da tabela 33 da NBR


5410, na qual é identificada como “método de referência B1”.

É correto afirmar que essa tabela da NBR 5410 refere-se:

A) aos limites de previsão de carga por tipo de instalação de condutores elétricos.

B) aos tipos de eletroduto em função da previsão de potência do circuito.

C) aos tipos de condutor elétrico em função da previsão de potência do circuito.

D) aos métodos de instalação de condutores elétricos.

E) à quantidade de condutores elétricos por tipo de eletroduto.

Resolução e comentários:

Essa questão solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR 5410
relacionadas aos tipos de linhas elétricas (tabela 33 da norma). Vamos julgar cada item individualmente
conforme a norma e o que foi abordado na aula.

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A) O item é falso, pois a tabela 33 da norma se refere aos tipos de linhas elétricas. Perceba que a
previsão de carga não depende do tipo de instalação de condutores elétricos.

B) O item é falso, pois a tabela 33 da norma se refere aos tipos de linhas elétricas. Perceba que o tipo
de eletroduto não depende da previsão de potência do circuito e sim da taxa de ocupação dos
condutores.

C) O item é falso, pois a tabela 33 da norma se refere aos tipos de linhas elétricas. Perceba que o
dimensionamento de um condutor elétrico pode até variar em função da previsão de cargas de um
circuito (potência). No entanto, essa tabela apenas se refere aos tipos de linhas elétricas utilizado.

D) O item é verdadeiro. Conforme a seção 6.2.2.1 da norma, os tipos de linhas elétricas estão indicados
na tabela 33. Nesta tabela são representados os métodos de instalação, os esquemas ilustrativos, a
descrição e o método de referência.

E) O item é falso, pois a taxa de ocupação dos eletrodutos é depende das seções transversais dos
condutores e da seção transversal do eletroduto.

Portanto,

A alternativa (D) é o gabarito da questão.

Observe que a figura apresentada no enunciado da questão se refere ao método de instalação de


número 7 (método de referência B1), no qual se refere a condutores isolados ou cabos unipolares em
eletroduto de seção circular embutido em alvenaria.

15. (Pref. Gramado-FUNDATEC-2012) O cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos isolados


de baixa tensão, segundo a norma brasileira NBR 5410, leva em conta diversos fatores. Marque a
alternativa que NÃO apresenta um destes fatores.

A) Material condutor.

B) Tipo de isolação.

C) Diâmetro do eletroduto para eletrodutos metálicos.

D) Número de condutores carregados.

E) Temperatura ambiente de 30°C ou do solo de 20°C.

Resolução e comentários:

Essa questão solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR 5410
relacionadas ao dimensionamento de condutores por meio da capacidade de condução de corrente.

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Conforme estudamos, o critério da capacidade de condução de corrente leva em consideração


algumas características como:

-Material do condutor;

-Tipo de isolação;

-Métodos de instalação

-Número de condutores carregados;

-Carregamento no neutro;

-Temperatura;

-Resistividade térmica do solo;

-Agrupamento de condutores.

Segundo as opções fornecidas pela questão, o diâmetro de eletrodutos metálicos não representa
um desses fatores.

Portanto,

A alternativa (C) é o gabarito da questão.

16. (Pref. São Gonçalo- UFF-2011)-Para o dimensionamento da fiação de um projeto elétrico, a menor
bitola indicada para o caso de iluminação e força, respectivamente, segundo aNBR5410, é:
A) 2,5 mm² e 1,5 mm².
B) 2,5 mm² para ambos os casos.
C) 2,5 mm² e 4,0 mm².
D) 1,5 mm² para ambos os casos.
E) 1,5 mm² e 2,5 mm².

Resolução e comentários:

Essa questão solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR 5410
relacionadas ao dimensionamento de condutores por meio da capacidade de condução de corrente.

Segundo a seção 6.2.6.1.1 da norma, a seção dos condutores de fase, em circuitos de corrente
alternada, e dos condutores vivos, em circuitos de corrente contínua, não deve ser inferior a 1,5 mm2
para circuitos de iluminação e 2,5 mm2 para circuitos de força para condutores de cobre.

Portanto,
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A alternativa (E) é o gabarito da questão.

17. (Pref. Cuiabá-UFMT-2007) Sobre os critérios para o dimensionamento das seções dos condutores
elétricos nas instalações de baixa tensão, considere:

I - A capacidade de condução de corrente dos condutores em relação à corrente nominal do circuito.

II - A proteção contra sobrecarga e curto-circuito.

III - A proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimentação (esquemas TN e IT
quando pertinente).

IV - Os limites de queda de tensão.

V - As seções mínimas prescritas pela norma.

São critérios para tal dimensionamento

A) II, IV e V, apenas.
B) III, IV e V, apenas.
C) I, II e III, apenas.
D) I, II, III e IV, apenas.
E) I, II, III, IV e V.

Resolução e comentários:

Essa questão solicita que você tenha conhecimento sobre as prescrições da norma NBR 5410
relacionadas ao dimensionamento de condutores e os critérios que devem ser seguidos.

Segundo a seção 6.2.6.1.2 da norma, a seção dos condutores deve ser determinada de forma a
que sejam atendidos, no mínimo, todos os seguintes critérios:

-a capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser igual ou superior à corrente de projeto
do circuito, incluindo as componentes harmônicas, afetada dos fatores de correção aplicáveis;

-a proteção contra sobrecargas;

-a proteção contra curtos-circuitos e solicitações térmicas;

-a proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimentação em esquemas TN


e IT;

-os limites de queda de tensão;

-as seções mínimas indicadas;


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Ou seja, todas as assertivas são critérios para o dimensionamento de condutores.

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

18. (Defensoria Pública- SP-FCC-2013) Uma edificação possui um circuito de comando de um motor de
portão automático com a especificação seguinte: trifásico, 220 V, 4 CV, cos ϕ = 0,75 e η = 0,75. Trata-
se do único motor da instalação, o eletroduto possui apenas o circuito de alimentação do motor e o
fator de correção de temperatura é unitário. Considere a tabela abaixo:

Apenas pelo critério da capacidade de condução de corrente, a seção nominal mínima dos condutores de
alimentação do motor que atende às condições de sua instalação é, em mm2,
(A) 10.
(B) 6.
(C) 4.
(D) 2,5.
(E) 1,5.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine a seção dos condutores de alimentação de um motor
trifásico (o único da instalação) , considerando uma tensão de alimentação de 220 V, 4 CV, fator de
potência igual a cos ϕ = 0,75 e rendimento de η = 0,75.

O procedimento para resolver essa questão consiste em seguir o roteiro elaborado na seção 3.5.5
deste livro.

Perceba que o enunciado fornece as tabelas necessária para as eventuais consultas, dessa forma,
vamos pular os passos 1 e 2.

3) Calcular a corrente de projeto: para determinar qual a corrente que efetivamente vai percorrer o
condutor.
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O primeiro passo para calcular a corrente nominal do motor é converter a potência fornecida em
CV para W. Temos então que:

𝑃(𝑊) = 736 × 𝑃(𝐶𝑉) = 736 × 4 = 2944 𝑊

A corrente nominal do motor trifásico pode ser calculada por meio da equação abaixo

𝑃(𝑊)
𝐼𝑛 =
√3∙𝑉∙𝑐𝑜𝑠𝜑∙𝜂

Dessa forma, consideramos o fator de potência e o rendimento do motor!

Conforme à prescrição da norma seção 6.5.1.3, no dimensionamento dos condutores do circuito


terminal que alimenta exclusivamente um motor, deve ser considerada uma corrente de projeto IB no
mínimo igual à corrente nominal do motor, nas condições de utilização. Logo, temos que:

2944
𝐼𝐵 = 𝐼𝑛 = = 13,73 𝐴
√3∙220∙0,75∙0,75

4) Determinar o número de condutores carregados: para saber, dependendo do método de


instalação, qual coluna deveremos verificar a capacidade de condução do condutor.

O número de condutores carregados deve ser considerado segundo a tabela 46 da NBR 5410.
Nessa tabela é indicado que, para um circuito trifásico (que é o caso da questão), três condutores
carregados devem ser considerados.

5) Consultar a seção nominal: para determinar a seção do condutor que será capaz de conduzir a
corrente de projeto calculada para o circuito.

Olhando a tabela em função dos parâmetros definidos anteriormente, devemos considerar o valor
imediatamente superior a corrente de projeto calculada para determinar a seção nominal mais
adequada.

Consultando a tabela fornecida pelo enunciado para três condutores obtemos o valor
imediatamente superior a IB equivalente a:

𝐼𝐶 = 18 𝐴 - seção dos condutores de fase e proteção de 1,5 mm2 .

6) Aplicar os fatores de correção: para, caso seja necessário, corrigir a capacidade de condução de
corrente, considerando as condições específicas de instalação dos condutores.

A corrente corrigida será dada por:

𝐼𝑍 = 𝐼𝐶 × 𝐹𝐶𝐴 × 𝐹𝐶𝑇

Onde, FCA é o fator de correção de agrupamento dos circuitos e FCT é o fator de correção para a
temperatura ambiente ou no solo.

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Por meio do enunciado da questão, o eletroduto possui apenas o circuito de alimentação do motor
e o fator de correção de temperatura é unitário. Dessa forma, ambos os fatores de correção serão
iguais a 1. Assim,

𝐼𝑍 = 𝐼𝐶 × 𝐹𝐶𝑇 × 𝐹𝐶𝐴 = 18 × 1 × 1 = 18 𝐴

7) Escolha do condutor: escolher o condutor com seção nominal mais adequada para conduzir a
corrente de projeto calculada consultando as tabelas.

Permanecemos então com o condutor de 1,5mm2, capaz de conduzir 18 A (valor superior à


corrente de projeto calculada), atendendo então a prescrição da norma para o critério da capacidade
de condução de corrente.

8) Seções mínimas:

Conforme o enunciado da questão evidencia, devemos determinar a seção nominal mínima dos
condutores de alimentação do motor apenas pelo critério da capacidade de condução de corrente.

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

19. (Pref. São Paulo-2012) Um dos critérios empregados no dimensionamento de condutores de


instalações elétricas de baixa tensão é o critério da máxima queda de tensão. Esse critério consiste em
calcular a queda de tensão nos condutores dos circuitos de alimentação a partir da corrente de carga
que circula por esses circuitos. Nesse contexto, considere uma carga monofásica que consome 50,0 A
quando alimentada com tensão de 400,0 V. Essa carga encontra-se a 10,0 m do quadro de distribuição
e os dados dos condutores que se pretende utilizar estão apresentados na tabela.

Assinale a alternativa que apresenta corretamente o(s) condutor(es) que pode(m) ser utilizado(s) nessa
instalação, de forma a manter a queda de tensão em um nível inferior a 2,0 [%].

(A) Apenas o condutor III.


(B) Apenas o condutor II.
(C) Apenas o condutor I.
(D) Apenas os condutores II e III.
(E) Apenas os condutores I e II.
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Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine quais condutores podem ser utilizados na instalação,
baseando-se nas opções fornecidas na tabela, na qual informa a resistência por unidade de
comprimento de cada condutor.

O procedimento para resolver essa questão consiste em utilizar a equação simplificada para a
queda de tensão unitária para determinar a resistência r (por unidade de comprimento) que vai
satisfazer uma queda máxima de tensão inferior a 2%.

Conforme estudamos na seção 3.6, a queda de tensão unitária simplificada (desconsiderando o


fator de potência) será igual a:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝑡𝑟

Onde t assumirá o valor de 2 para circuitos monofásicos, que é o caso da questão.

Segundo os parâmetros do circuito, a queda de tensão unitária também pode ser calculada por
meio da seguinte equação:

𝑒(%)𝑉
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝐼𝐵 𝑙

A carga a ser alimentada é uma carga monofásica que consome 50 A, quando alimentada com
tensão de 400 V. Essa carga encontra-se a 10,0 m do quadro de distribuição e a queda de tensão
máxima permitida deve ser inferir a 2%. Substituindo os valores fornecidos pelo enunciado, temos que:

0,02∙400
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = = 0,016 [𝛺/𝑚]
50∙10

Dessa forma, temos que a resistência por unidade de comprimento do fio equivale a:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 0,016
r= =
𝑡 2

𝑟 = 0,008 [𝛺/𝑚]

Perceba que os condutores que possuem uma resistência por unidade de comprimento inferior a
0,008 [𝛺/𝑚], vão satisfazer o critério da queda de tensão admissível proposto pelo enunciado da
questão.

Segundo as características dos condutores da tabela, apenas a utilização dos condutores I e II vai
resultar em uma queda de tensão inferior a 2%, já que a suas resistências por unidade de comprimento
são inferiores a 0,008 [𝛺/𝑚] .

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

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20. (Pref. São José dos Campos-VUNESP-2012) Pretende-se alimentar uma carga monofásica que consome
20 [A]. Dado que essa carga se encontra a 10 [m] do painel de distribuição e que a tensão de
alimentação é 200 [V], assinale a alternativa que apresenta o condutor mais adequado para a conexão
dessa carga ao painel, considerando que a queda de tensão máxima permitida é de 1 [%].
(A) 0,025 [Ω/m]
(B) 0,020 [Ω/m]
(C) 0,015 [Ω/m]
(D) 0,010 [Ω/m]
(E) 0,005 [Ω/m]

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine qual condutor é o mais adequado para a conexão de uma
carga monofásica de uma rede em que a tensão de alimentação é de 200 V.

O procedimento para resolver essa questão consiste em utilizar novamente a equação simplificada
para a queda de tensão unitária para determinar a resistência r (por unidade de comprimento) que vai
satisfazer uma queda de tensão máxima permitida de 1 %.

Os passos para resolver essa questão são basicamente os mesmos da questão anterior.

Conforme estudamos na seção 3.6, a queda de tensão unitária simplificada (desconsiderando o


fator de potência) será igual a:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝑡𝑟

Onde t assumirá o valor de 2 para circuitos monofásicos, que é o caso da questão.

Segundo os parâmetros do circuito, a queda de tensão unitária também pode ser calculada por
meio da seguinte equação:

𝑒(%)𝑉
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝐼𝐵 𝑙

A carga a ser alimentada é uma carga monofásica que consome 20 A, quando alimentada com
tensão de 200 V. Essa carga encontra-se a 10 m do quadro de distribuição e a queda de tensão máxima
permitida é d 1%. Substituindo os valores fornecidos pelo enunciado, temos que:

0,01∙200
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = = 0,01 [𝛺/𝑚]
20∙10

Dessa forma, temos que a resistência por unidade de comprimento do fio equivale a:

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∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 0,01
r= =
𝑡 2

𝑟 = 0,005 [𝛺/𝑚]

Perceba que os condutores que possuem uma resistência por unidade de comprimento inferior a
0,005 [𝛺/𝑚], vão satisfazer o critério da queda de tensão admissível proposto pelo enunciado da
questão.

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

21. (Pref. São José dos Campos- 2015) O dimensionamento dos condutores de entrada de um painel
monofásico de baixa tensão deve considerar o critério da ampacidade e o critério da máxima queda de
tensão admissível, dentre outros. Esse painel encontra-se a 200 [m] da entrada e o condutor utilizado
possui resistência elétrica de 0,5 [Ω/km]. Dado que o painel fornece 50 [A] quando em plena carga,
assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, a queda de tensão nesse condutor e
a potência elétrica dissipada por ele, nessa condição de operação.
(A) 5 [V] e 250 [W]
(B) 10 [V] e 500 [W]
(C) 15 [V] e 750 [W]
(D) 20 [V] e 1000 [W]
(E) 30 [V] e 1500 [W]

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine a queda de tensão e a potência elétrica dissipada para um
condutor de entrada de um painel monofásico de baixa tensão.

O procedimento para resolver essa questão consiste em utilizar novamente a equação simplificada
para a queda de tensão unitária para determinar a queda de tensão em volts no condutor.

Pelo enunciado da questão a resistência (r ) por unidade de comprimento do conduto equivale a


0,5 [Ω/km]. Conforme estudamos na seção 3.6, a queda de tensão unitária simplificada será igual a:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝑡𝑟 = 2 ∙ 0,5 = 1[𝛺/𝑘𝑚]

Perceba que t assume o valor de 2 devido ao circuito monofásico da questão.

Segundo os parâmetros do circuito, a queda de tensão pode ser calculada por meio da seguinte
equação:

𝑒(%)𝑉 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐵 𝑙
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O painel encontra-se a 200m (0,2km) da entrada e fornece 50 quando em plena carga. Substituindo
os valores,

𝑒(%)𝑉 = 1 ∙ 50 ∙ 0,2 = 10 𝑉

A potência dissipada por efeito Joule vai considerar a queda de tensão e a corrente que percorre
o condutor. Assim,

𝑃𝑑 = 𝑉 ∙ 𝐼𝐵 = 10 ∙ 50 = 500 𝑊

Portanto,

A alternativa (B) é o gabarito da questão.

22. (Pref. São Gonçalo-UFF- 2011) No esquema abaixo, em corrente contínua, a resistência do trecho AB
é de 0,14 ohms. A tensão no ponto D, em Volt, sabendo que a tensão no ponto A é de 250 V, vale:

A) 230.
B) 240.
C) 236.
D) 228,38.
E) 238,38.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine qual a tensão no ponto D do esquema dado em corrente
contínua. O procedimento para resolver essa questão consiste em determinar a queda de tensão
trecho a trecho para ser possível calcular a tensão final no ponto D.

Conforme estudamos na seção 3.6 do livro, a queda de tensão pode ser calculada pela seguinte
equação:

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎 = 𝑒(%)𝑉 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐵 𝑙

O enunciado da questão nos fornece diretamente a resistência total do condutor em ohms (e não
a resistência por unidade de comprimento) do trecho AB. Então, podemos calcular a queda de tensão
unitária, já que o enunciado da questão fornece o comprimento e a resistência total do trecho AB
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(l=100 e R=0,14Ω). A queda de tensão unitária em corrente contínua já não levará mais em
consideração o fator t, justamente pelo fato dele surgir em sistemas de corrente alternada monofásica
ou trifásica. Assim,

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. ∙ 𝑙 = 𝑅
𝑅 0,14
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = = = 1,4 ∙ 10−3 [𝛺 / 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ]
𝑙 100

Lembre-se que a queda de tensão unitária será sempre a mesma para um determinado condutor!
Então, podemos utilizá-la para todos os trechos do circuito.

Agora, precisamos apenas que calcular a corrente que passa em cada trecho do esquema para
saber a respectiva queda de tensão.

Perceba que a corrente vai se dividindo no decorrer do percurso para alimentar as cargas de cada
parte sistema. Logo, a corrente que passa pelo primeiro trecho vai ser a maior, pois ela será igual à
soma de todas as correntes que foram se dividindo até a última carga.

Para determinar a queda de tensão, vamos analisar cada trecho separadamente!

-Trecho AB

A corrente que circula pelo trecho AB equivale a:

𝐼𝐴𝐵 = 8 + 12 + 16 = 36 𝐴

A queda de tensão no trecho AB equivale a:

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐴𝐵 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐴𝐵 𝑙𝐴𝐵 = 1,4 ∙ 10−3 ∙ 36 ∙ 100 = 5,04 𝑉

-Trecho BC

Como uma corrente de 8 A está sendo utilizada por uma carga no ponto B, apenas uma corrente
de 28A circula no trecho BC. Logo, a corrente que circula pelo trecho BC equivale a:

𝐼𝐵𝐶 = 36 − 8 = 28 𝐴

A queda de tensão no trecho BC equivale a:

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐵𝐶 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐵𝐶 𝑙𝐵𝐶 = 1,4 ∙ 10−3 ∙ 28 ∙ 125 = 4,9 𝑉

-Trecho CD

De forma equivalente, como uma corrente de 12 A está sendo utilizada por uma carga no ponto
C, apenas uma corrente de 16 A vai circular no trecho CD. Logo, a corrente que circula pelo trecho CD
equivale a:

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𝐼𝐵𝐶 = 28 − 12 = 16 𝐴

A queda de tensão no trecho CD equivale a:

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐶𝐷 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐶𝐷 𝑙𝐶𝐷 = 1,4 ∙ 10−3 ∙ 16 ∙ 75 = 1,68 𝑉

-Trecho AD (total)

A queda de tensão total entre o ponto A e D equivale a soma das quedas de tensão de cada trecho.
Dessa maneira,

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐴𝐷 = 𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐴𝐵 + 𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐵𝐶 + 𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐶𝐷 N

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐴𝐷 = 5,04 + 4,9 + 1,68 = 11,62𝑉

Assim, a queda de tensão total entre o ponto A e o ponto D é de 11,62 V.

Considerando que a tensão no ponto A é de 250 V, então a tensão no pondo D equivale a:

∆𝑉 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐷

𝑉𝐷 = 𝑉𝐴 − ∆𝑉 = 250 − 11,62

𝑉𝐷 = 238,38 𝑉

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

Perceba que algumas questões podem pedir que você calcule a queda de tensão em cada trecho
de um circuito. Então, basta calcular a queda de tensão (conforme aprendemos na aula), considerando
a corrente que circula respectivamente em cada parte.

23. (Pref. Governador Valadares- 2014) O circuito abaixo representa uma instalação elétrica monofásica.
As correntes que circulam em cada trecho do circuito e o comprimento de cada trecho são dados na
tabela a seguir:

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Considere que o fator de potência das cargas é constante e igual a 0,8 indutivo, e que a resistência do
condutor é de 4,5 ohms/km, com impedância desprezível. Assinale a alternativa que corresponde à
sequência CORRETA de quedas de tensão em Volts nos trechos do circuito.

a) 0A=1,73; AB=3,96; BC=1,47; CD=2,30


b) 0A=2,30; AB=1,73; BC=3,96; CD=1,47
c) 0A=3,96; AB=1,47; BC=2,30; CD=1,73
d) 0A=2,30; AB=1,47; BC=3,96; CD=1,73
e) 0A=1,73; AB=2,30; BC=1,47; CD=3,96

Resolução e comentários:

Primeiramente te adianto que essa questão foi retirada de um exercício resolvido do livro do
Ademaro Cotrim 5a edição 2009, página 41.

Conforme foi discutido na aula (seção 3.6), esse autor considera a fórmula mais "completa" da
queda de tensão unitária. Ou seja, considera o fator de potência!

Dessa forma, iremos utilizá-lo para resolver especificamente essa questão!

Então vamos lá!

A questão solicita que você determine a sequência correta das quedas de tensão nos trechos do
circuito da figura.

O procedimento para resolver essa questão consiste em calcular a queda de tensão para a corrente
respectiva que percorre cada trecho.

Como observei anteriormente, vamos utilizar a equação mais completa da queda de tensão
unitária.

Cotrim (2009) considera que a queda de tensão é dada por:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝑡(𝑟𝑐𝑜𝑠𝜙 + 𝑥𝑠𝑒𝑛𝜙)

Segundo o enunciado da questão, a resistência por unidade de comprimento equivale a 4,5


ohms/km, o fator de potência equivale a 0,8 e a impedância é desprezível (imagino que o enunciado
quis dizer "reatância" e assim vamos considerar para resolver a questão). O fator t será igual a 2, pois

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o circuito é monofásico. Assim, devemos considerar que a queda de tensão unitária pode ser calculada
como:

∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝑡𝑟𝑐𝑜𝑠𝜙 = 2 ∙ 4,5 ∙ 0,8 = 7,2 𝛺/𝑘𝑚

Agora vamos analisar a queda de tensão em cada trecho do circuito, como fizemos na questão
anterior. O enunciado fornece a corrente e o comprimento de cada trecho.

Perceba que a corrente também vai se dividindo no decorrer do percurso para alimentar as cargas
de cada parte do circuito. Logo, a corrente que passa pelo primeiro trecho vai ser a maior, pois ela será
igual à soma de todas as correntes que foram se dividindo até a última carga.

-Trecho 0A

A corrente que circula pelo trecho 0A equivale a:

𝐼0𝐴 = 𝐼𝑎 + 𝐼𝑏 + 𝐼𝑐 + 𝐼𝑑 = 2 + 5 + 7 + 10 = 24 𝐴

A queda de tensão no trecho 0A, que possui um comprimento de 0,01 km, equivale a:

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐴𝐵 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼0𝐴 𝑙0𝐴 = 7,2 ∙ 24 ∙ 0,01 = 1,73 𝑉

-Trecho AB

Como uma corrente 𝐼𝑎 de 2 A está sendo utilizada por uma carga no ponto A, apenas uma corrente
de 22 A circula no trecho AB. Logo, a corrente que circula pelo trecho AB equivale a:

𝐼𝐴𝐵 = 𝐼0𝐴 − 𝐼𝑎 = 24 − 2 = 22 𝐴

A queda de tensão no trecho AB, que possui um comprimento de 0,025 km, equivale a:

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐴𝐵 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐴𝐵 𝑙𝐴𝐵 = 7,2 ∙ 22 ∙ 0,025 = 3,96 𝑉

-Trecho BC

Como uma corrente 𝐼𝑏 de 5 A está sendo utilizada por uma carga no ponto B, apenas uma corrente
de 17 A circula no trecho BC. Logo, a corrente que circula pelo trecho BC equivale a:

𝐼𝐵𝐶 = 𝐼𝐴𝐵 − 𝐼𝑏 = 22 − 5 = 17 𝐴

A queda de tensão no trecho BC, que possui um comprimento de 0,012 km, equivale a:

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐵𝐶 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐵𝐶 𝑙𝐵𝐶 = 7,2 ∙ 17 ∙ 0,012 = 1,47 𝑉

Trecho CD

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Como uma corrente 𝐼𝑐 de 7 A está sendo utilizada por uma carga no ponto C, apenas uma corrente
de 10 A circula no trecho BC. Logo, a corrente que circula pelo trecho CD equivale a:

𝐼𝐶𝐷 = 𝐼𝐵𝐶 − 𝐼𝐶 = 17 − 7 = 10 𝐴 (que equivale à própria corrente Id!)

A queda de tensão no trecho CD, que possui um comprimento de 0,032 km, equivale a:

𝑉𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎,𝐶𝐷 = ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. 𝐼𝐶𝐷 𝑙𝐶𝐷 = 7,2 ∙ 10 ∙ 0,032 = 2,30 𝑉

Dessa forma, a ordem correta para as quedas de tensão nos trechos é:

0A=1,73 V

AB=3,96 V

BC=1,47 V

CD=2,30 V

Portanto,

A alternativa (A) é o gabarito da questão.

As respostas estão de acordo com o resultado do exercício resolvido do livro do Ademaro Cotrim.

Segundo a minha confirmação no site da banca do concurso, essa questão foi anulada.
Provavelmente, isso ocorreu devido ao enunciado da questão especificar que a " impedância" do
condutor é considerada desprezível.

O correto seria dizer que a reatância (x) era desprezível e, por isso, consideramos o termo xsenϕ
nulo, no cálculo da queda de tensão unitária. Se a impedância fosse nula, então a resistência também
seria nula, lembrando que a impedância é formada pela resistência (parte real) e a reatância (parte
imaginária).

Infelizmente, o cálculo da queda de tensão pode utilizar aproximações, resultando em valores


aproximados que podem ser divergentes.

24. (Pref. Cuiabá-Selecom-2018) A tabela a seguir apresenta a capacidade de condução de corrente e a


queda de tensão por unidade de corrente para condutores com 100 m de comprimento.

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Um circuito bifásico, com tensão de 220 V e corrente de 100 A é alimentado com um condutor por fase, com
100 m de comprimento cada. Considerando-se uma queda de tensão máxima de 11 V, o menor valor de área
de seção transversal admissível para condutores fase adequados a esse circuito é o seguinte:

A) 25
B) 35
C) 50
D) 70

Resolução e comentários:

A questão solicita que você determine o valor da seção transversal admissível para os condutores
de fase adequados para o circuito da questão.

O procedimento para resolver essa questão consiste em utilizar a equação da queda de tensão
unitária, para verificar na tabela qual a seção mais adequada para os condutores de fase.

O enunciado da questão já fornece a corrente que circula em cada condutor, a queda de tensão e
o comprimento do circuito.

Dessa forma, basta utilizar diretamente a equação da queda de tensão unitária. Ela é dada por:

𝑒(%)𝑉
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝐼𝐵 𝑙

Substituindo os valores fornecidos pelo enunciado da questão e especificando as unidades de cada


termos, temos que:

11 [𝑉] 𝑉
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 100[A]∙100[𝑚] = 0,11 [𝐴∙100𝑚]

Ou seja, a queda de tensão unitária equivale a 0,11 V/A à cada 100 metros!

Consultando a tabela fornecida, o valor imediatamente inferior à queda de tensão unitária


calculada equivale 0,095 V/A (a cada 100 metros), que corresponde à uma seção transversal de 50
mm2.

Portanto,

A alternativa (C) é o gabarito da questão.

Perceba que a seção nominal de 50 mm2 também atende o critério da capacidade de condução de
corrente, visto que esse condutor é capaz de conduzir uma corrente de 198 A.

25. (Pref. Petrolina-IAUPE-2018) Referente ao trecho de diagrama unifilar de instalação elétrica predial
apresentado na figura abaixo, assinale a alternativa CORRETA.
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A) O projeto do ponto de luz incandescente do tipo arandela possui dois interruptores three-way, e a
instalação proposta faz uso de três trechos de eletrodutos, dos quais um acomoda, apenas, condutores de
retorno.
B) O projeto do ponto de luz incandescente embutida no teto possui dois interruptores paralelos de uma
seção, e a instalação proposta faz uso de três trechos de eletrodutos, dos quais um acomoda um condutor
de proteção.
C) O ponto de luz incandescente do tipo arandela possui dois interruptores three-way, e a instalação
proposta faz uso de apenas dois trechos de eletrodutos, já que fisicamente os dois interruptores three-way
são paralelos e, assim, podem ser acomodados em um único trecho de eletroduto.
D) O ponto de luz incandescente aparente no teto possui dois interruptores three-way, e a instalação
proposta faz uso de três trechos de eletrodutos, dos quais um acomoda, simultaneamente, os condutores
de fase e neutro.
E) O ponto de luz incandescente aparente no teto possui dois interruptores simples de uma seção, e a
instalação proposta faz uso de três trechos de eletrodutos, dos quais dois acomodam condutores de fase.

Resolução e comentários:

A questão solicita que você interprete o trecho de um diagrama unifilar com relação à simbologia
adotada em projetos de instalações elétricas (NBR 5444:1989).

Vamos analisar cada item separadamente.

A) O item é falso, pois o ponto de luz utilizado é um ponto de luz incandescente do tipo aparente
conforme a norma e não o ponto de luz do tipo arandela.

B) O item é falso, pois o ponto de luz utilizado é um ponto de luz incandescente do tipo aparente
conforme a norma e não o ponto de luz embutido. Os interruptores paralelos mencionados na
alternativa também estão incorretos, pois os interruptores do diagrama são do tipo three-way.

C) O item é falso, pois o ponto de luz utilizado é um ponto de luz incandescente do tipo aparente
conforme a norma e não o ponto de luz do tipo arandela. Também são utilizados trê trechos de
eletroduto e não apenas dois conforme a alternativa especifica.

D) O item é verdadeiro. O ponto de luz incandescente é do tipo aparente, existem 2 interruptores


three-way, a instalação faz uso de três trechos de eletrodutos, sendo que um deles acomoda
condutores de fase e neutro (primeiro trecho sentido anti-horário).

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E) O item é falso. O ponto de luz incandescente é do tipo aparente, no entanto, os interruptores não
são simples de uma seção e sim interruptores do tipo three-way.

Portanto,

A alternativa (D) é o gabarito da questão.

Segue abaixo a simbologia adotada segundo à norma NBR 5444:1989

Ponto de Luz incandescente aparente (símbolo 8.1):

Interruptor Three-way (símbolo 7.4):

Condutores fase, neutro, retorno e terra (símbolos 5.6, 5.7, 5.8 e 5.9):

Portanto,

A alternativa (E) é o gabarito da questão.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEEL. Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional- Prodist- Módulo 1.
2018.

ANEEL. Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional- Prodist- Módulo 3.
2017.

ANEEL. Resolução Normativa no 414: Direitos e deveres dos consumidores e distribuidores. 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de
Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5444: Símbolos gráficos para instalações elétricas
prediais. Rio de Janeiro, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5460: Sistemas elétricos de potência. Rio de Janeiro,
1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 50: Vocabulário eletrotécnico internacional-
Capítulo 826- Instalações elétricas em edificações. Rio de Janeiro, 1997.

CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações elétricas prediais. 13a edição. São Paulo: Érica, 2005.

COTRIM, Ademaro. Instalações elétricas. 5a edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

CREDER, Hélio. Instalações elétricas. 16a edição. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais: de acordo com a norma brasileira NBR 5419:2015. 9 a
edição. Rio de Janeiro: LTC, 2017.

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7. GABARITO

1. Letra D 10. Letra D 19. Letra E


2. Letra D 11. Letra A 20. Letra E
3. Letra C 12. Letra D 21. Letra B
4. Letra D 13. Letra E 22. Letra E
5. Letra D 14. Letra D 23. Letra A
6. Letra E 15. Letra C 24. Letra C
7. Letra B 16. Letra E 25. Letra E
8. Letra D 17. Letra E
9. Letra E 18. Letra E

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