Revisão 27-11-21 Português - Prof Flávio Martins

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REVISÃO PORTUGUÊS – EDUCACIONAL CURSOS (Carl Sagan. O caminho para a liberdade.

Fragmento
adaptado).
PM-PI PROF FLÁVIO MARTINS

Texto I

Os tiranos e os autocratas sempre


compreenderam que a capacidade de ler, o 1. O texto 1 quanto a sua tipologia, possui
conhecimento, os livros e os jornais são características preponderantemente:
potencialmente perigosos. Podem insuflar ideias A. Expositiva
independentes e até rebeldes nas cabeças de seus B. Informativa
súditos. C. Descritiva
O governador real britânico da colônia da D. Argumentativa
Virgínia escreveu em 1671: “graças a Deus não E. Narrativa
há escolas, nem imprensa livre; e espero que não
[as] tenhamos nestes [próximos] cem anos; pois o “O governador real britânico da colônia da
conhecimento introduziu no mundo a Virgínia escreveu em 1671: “graças a Deus não
desobediência, a heresia e as seitas, e a imprensa há escolas, nem imprensa livre; e espero que não
divulgou-as e publicou os libelos contra os [as] tenhamos nestes [próximos] cem anos; pois o
melhores governos. Que Deus nos guarde de conhecimento introduziu no mundo a
ambos!” Mas os colonizadores norte- desobediência, a heresia e as seitas, e a imprensa
americanos, compreendendo em que consiste a divulgou-as e publicou os libelos contra os
liberdade, não pensavam assim. Em seus melhores governos. Que Deus nos guarde de
primeiros anos, os Estados Unidos se ambos!”
vangloriavam de ter um dos índices mais elevados 2. Sobre o trecho pode-se afirma que:
– talvez o mais elevado – de cidadãos A. As aspas marcam a presença de um
alfabetizados do mundo. discurso direto da voz do autor.
Atualmente, os Estados Unidos não são o B. “ e a imprensa divulgo-as” o pronome
líder mundial em alfabetização. Muitos dos que usado possui valor catafórico.
são alfabetizados não conseguem ler, nem C. A conjunção “pois” introduz uma
compreender matérias escritas mais complexas, – relação semântica causal em relação ao
como um artigo científico, um manual de trecho anterior.
instruções, o documento de uma hipoteca ou um D. “ graças a Deus não há escolas”a
programa eleitoral. As rodas dentadas da oração tem como sujeito simples o termo
pobreza, da ignorância, da falta de esperança e “escolas”.
baixa autoestima se engrenam para criar um tipo E. “Que Deus nos guarde de ambos” há
de máquina do fracasso perpétuo que esmigalha uma referência anafórica a
os sonhos de geração a geração. Nós todos “conhecimento” e “imprensa”
pagamos o preço de mantê-la funcionando. O
analfabetismo é a sua cavilha. “Conquanto endureçamos os nossos corações
Conquanto endureçamos os nossos diante da vergonha e da desgraça experimentada
corações diante da vergonha e da desgraça pelas vítimas, o ônus do analfabetismo é muito
experimentada pelas vítimas, o ônus do alto para todos os demais – o custo das despesas
analfabetismo é muito alto para todos os demais médicas e da hospitalização, o custo de crimes e
– prisões, o custo de programas de educação
o custo das despesas médicas e da hospitalização, especial, o custo da produtividade perdida e de
o custo de crimes e prisões, o custo de programas inteligências potencialmente brilhantes que
de educação especial, o custo da produtividade poderiam ajudar a solucionar os dilemas que nos
perdida e de inteligências potencialmente perseguem.”
brilhantes que poderiam ajudar a solucionar os
dilemas que nos perseguem. Frederick Douglas 3. A propósito desse trecho transcrito acima,
ensinou que a alfabetização é o caminho que vai analise os seguintes comentários:
da escravidão para a liberdade. Há muitos tipos 1. a repetição da palavra ‘custo’ teve,
de visivelmente, uma função enfática.
escravidão e muitos tipos de liberdade. Mas saber 2. uma expressão concessiva abre o trecho;
ler ainda é o caminho. começa-se por uma espécie de ressalva.
3. Em: “o ônus do analfabetismo”, o A. Há muito poucos sinais de que a
autor quer se referir à força do globalização plena venha à acontecer.
analfabetismo. B. Não era de se esperar que a globalização
4. Em: “que poderiam ajudar a solucionar conduzisse à uma desigualdade social tão
os dilemas que nos perseguem.” o autor exacerbada.
se usa de termos com mesmo valor C. A globalização trouxe muitos benefícios à
morfológico. cada uma das nações mais desenvolvidas.
5. Em: “Ainda que endureçamos os nossos D. Ninguém pode atribuir apenas à
corações”, o termo destacada tem um globalização a aceleração do crescimento
sentido conotativo.. mundial.
E. O Simpósio sobre Globalização acontecerá
Estão corretas: de 15 à 20 do corrente mês, das 8h00 às
A. 1, 2, 3, 4 e 5 12h30.
B. 1, 2, 4 e 5 apenas
C. 1, 2 e 3 apenas Texto II
D. 3 e 4 apenas
E. 2 e 5 apenas - Pois não! Bom-dia, sou o delegado titular e
aqui estou para colher seu depoimento. Sou todo
ouvidos, pode relatar!
- Muito prazer, senhor delegado. Obrigado
por me receber. Tenho dez anos, estou aqui porque
me sensibilizei pela campanha desencadeada em
nossa cidade em nome da tal da “tolerância zero”,
contra todas as formas de violência; e como tenho
sido vítima de violência diária, acreditei que poderia
trazer meu depoimento! Posso falar?
- Claro, como disse, sou todo ouvidos! Quem
causa tanta violência? De onde vêm essas
humilhações que o senhor recebe diariamente?
- Vêm de uma instituição denominada
“Escola”. Existe em todo o país e existem várias
nesta cidade. Algumas são públicas, outras
particulares, mas todas se igualam na prepotência,
no desrespeito aos meus direitos e em esmagar todo
4. Para atingir os seus objetivos comunicativos, a meu sonho de liberdade!
campanha recorre à função conativa da - O jovem poderia ser mais claro? Apresentar
linguagem, que é percebida pela seu depoimento de forma mais explícita?
A. variação linguística regional.
B. interlocução franca com o leitor.
C. informação objetiva à população.
D. utilização de uma imagem persuasiva.
E. simplificação da mensagem ao público.

“Os principais benefícios da globalização nos


países desenvolvidos foram o aumento da
competição no mercado de bens e a queda do
preço ajustado à inflação de numerosos
produtos, em benefício dos consumidores.”

5. Como se pode ver, a crase é uma questão que


concerne à regência das palavras. Nessa visão,
assinale a alternativa em que o sinal da crase
pode ser caracterizado como adequado.
- Claro que sim. Veja o senhor que todo dia sou 7. Após ouvir o depoimento do garoto, a
arrancado da cama na hora em que não quero, resposta do delegado demonstra:
enfiado em um veículo barulhento e entupido de
A. impotência; “eu queria ajudar, mas não
alunos que vivem fazendo piadas a meu respeito.
posso!”
Depois de intermináveis e atormentadas voltas,
F. angústia; “não cabe a mim resolver o
chego invariavelmente humilhado e cansado, e sou
problema.”
obrigado a ficar em uma sala de aula sufocante, na
G. revolta; “este garoto está sendo
carteira que não quero, sem poder falar, carregando
violentado!”
livros que não escolhi, aprendendo coisas que não
H. indiferença; “de fato, isto não é um
me interessam, contendo minha vontade de ir ao
problema!”
banheiro, ouvindo coisas nas quais não creio e, se me
I. interesse; “como posso ajudar este
atrevo a conversar com algum amigo,
garoto?”
imediatamente sou reprimido e ameaçado pela
tortura de recuperações... Após intermináveis horas 8. Em seu depoimento, o garoto utiliza diversos
de suplício posso, como qualquer prisioneiro, sair ao termos e expressões que foram selecionados
pátio por alguns momentos, disputar aos berros um com o propósito de enfatizar sua revolta em
lanche na cantina, ser chutado pelos mais velhos relação ao que queria denunciar. Dentre as
para, pouco depois, retornar ao drama de narrativas alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO
intermináveis, ameaças frequentes, sustos inevitáveis apresenta esses termos e/ou expressões.
e, ao cabo disso tudo, o desgaste de rotina, mais
rotina, outra vez rotina. Sinceramente, senhor A. arrancado da cama.
delegado, o senhor acredita que isso é viver? Aceita J. humilhado e cansado.
como justo, na fase mais bela da minha vida, o K. reprimido e ameaçado
suplício desse desgosto? L. enfiado em um veículo.
- Ora, meu garoto, creio que você está M. carregando livros.
exagerando. Está sendo excessivamente “azedo”.
9. Em “ouvindo coisas nas quais não creio”,
Está tomando meu tempo com inúteis queixumes.
as normas de regência verbal foram
Todos devem passar por isso e nem assim ficam
respeitadas, como também acontece em:
despedaçados. A escola é parte integrante da vida e,
quer saber o que mais, caso encerrado! O senhor A. escutando coisas das quais não me
tem mais alguma coisa a dizer? acostumo.
- Gostaria, senhor delegado. Será que um dia, N. relembrando coisas nas quais dependo.
finalmente, a vida será parte integrante da escola? O. repetindo coisas às quais necessito.
P. defendendo coisas contra as quais luto.
Antunes, Celso. Casos, fábulas, anedotas ou inteligências, Q. dizendo coisas com as quais me refiro.
capacidades, competências. Petrópolis, RJ: Vozes.

6. Com o texto 2, o autor pretendeu:


A. denunciar os maus tratos sofridos pelas
crianças, em algumas escolas brasileiras.
B. criticar a indiferença com que o cidadão
é tratado na maioria das delegacias do
país.
C. refletir acerca do cotidiano escolar, que,
em muitos casos, se distancia da vida dos
alunos.
D. conclamar os leitores a se engajarem na
luta pelos direitos da criança e do
adolescente.
E. defender a idéia de que “a escola é
parte integrante da vida”.
10. O anúncio chama a atenção do leitor para o
problema da desigualdade racial. Para
construir o apelo pretendido, o anunciante
lança mão de uma figura de linguagem que
A. afasta as personagens para destacar as
diferenças entre elas.
B. compara a composição do rosto de
homens negros e brancos.
C. opõe duas situações inerentes à realidade
de negros e brancos.
D. exagera os números apresentados sem
considerar a diversidade.
E. personifica a ideia de raça por meio da
disposição de dois rostos.

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