Pilates
Pilates
Pilates
SUMÁRIO
PREFÁCIO 05
INTRODUÇÃO 06
ANATOMIA E FUNCIONAMENTO NORMAL 09
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO 10
DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO 10
TECIDO NERVOSO 11
SINAPSES 13
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) 15
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) 17
VIAS MOTORAS - TRATOS 21
CONTROLE MOTOR 22
MOVIMENTO 22
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR 24
APRENDIZAGEM E REAPRENDIZAGEM MOTORA 26
AVALIAÇÃO GERAL 30
PRINCIPAIS PATOLOGIAS 32
AVE 34
DEFINIÇÃO 34
EPIDEMIOLOGIA 34
FISIOPATOLOGIA / TIPO DE AVC 35
HEMIPLEGIA / HEMIPARESIA 37
AVALIAÇÃO 40
CONDUTA GERAL / MEDICAMENTOSA 43
CONDUTA BASEADA NO MÉTODO PILATES 43
DOENÇA DE PARKINSON 46
PATOLOGIA / FISIOLOGIA 47
ETIOLOGIA / EPIDEMIOLOGIA 47
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 49
DIAGNÓSTICO 51
CONDUTA GERAL / MEDICAMENTOSA 51
AVALIAÇÃO 52
CONDUTA BASEADA NO MÉTODO PILATES 53
DOENÇA DE ALZHEIMER 56
PATOLOGIA / FISIOLOGIA 56
ETIOLOGIA / EPIDEMIOLOGIA 57
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 57
DIAGNÓSTICO 58
CONDUTA GERAL / MEDICAMENTOSA 58
AVALIAÇÃO 59
CONDUTA BASEADA NO MÉTODO PILATES 60
ESCLEROSE MÚLTIPLA 62
PATOLOGIA / FISIOLOGIA 62
ETIOLOGIA / EPIDEMIOLOGIA 62
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 63
DIAGNÓSTICO 64
CONDUTA GERAL / MEDICAMENTOSA 65
AVALIAÇÃO 66
CONDUTA BASEADA NO MÉTODO PILATES 67
CONSIDERAÇÕES FINAIS 73
A PRÁTICA DO MÉTODO PILATES – EXERCÍCIOS 74
SOLO 74
BOLA 96
REFORMER 122
CADILLAC 153
BARREL 188
CHAIR 197
PREFÁCIO
E
ste livro foi elaborado com o intuito de fornecer informações claras e precisas
a respeito do funcionamento normal do corpo humano no que diz respeito
ao controle motor e a biomecânica normal do movimento. Alguns conceitos
básicos de neurologia e como os sistemas podem ser afetados por patologias
neurológicas também são explanados. E por fim, como o método pilates pode ser
usado como recurso terapêutico e de reabilitação nesses casos em específico.
INTRODUÇÃO
A
população brasileira tem ficado cada vez mais velha com o passar dos anos.
Desde a década de 1940, o Brasil experimenta um aumento na expectativa
de vida, de 45,5 anos para 75,2 anos, em 2014, segundo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). O que é preocupante, porém, é que este aumento
não esta, necessariamente, ligado ao crescimento da qualidade de vida.
O fato dessas duas patologias citadas estarem entra as que mais levam
à óbito na população em geral, mas estarem diminuindo sua incidência entre as
faixas etárias que nas quais compete sua maior incidência, pode ser vista como uma
evolução na área de prevenção e tratamento dessas patologias. Mesmo assim, não
podemos deixar de perceber a relevância que estas doenças têm nos dias de hoje e
todo o impacto social e econômico que elas causam em nosso país, seja pelo óbito
ou pelas complicações e/ou sequelas consequências dessas patologias instaladas.
Tal método vem se mostrado benéfico para melhora desses inúmeros fatores.
Iniciando pela utilização do princípio da concentração, o paciente se encontra
necessitando dessa correlação, mente / corpo ao realizar os exercícios. Com isso, a
melhora tanto cognitiva, quanto motora acaba acontecendo.
ANATOMIA E
FUNCIONAMENTO NORMAL
E
ste capítulo não tem como objetivo aprofundar-se em toda neuroanatomia
e fisiologia do sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP), mas sim
apresentar as características mais funcionais relacionados a ele, fornecendo
ao leitor embasamento para compreender o funcionamento normal do sistema e,
num segundo momento, as condições patológicas.
DIVISÃO ANATÔMICA DO SN
Toda essa esquematização do SN é puramente didática, uma vez que existe uma
comunicação entre os sistemas. Mesmo assim, separamos em Sistema Nervoso
Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). No primeiro podemos citar como
parte integrante o encéfalo, composto pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico,
e a medula espinhal, envoltos pela proteção óssea do crânio e da coluna vertebral.
No segundo, os nervos, gânglios e as terminações nervosas constituem este
sistema. Eles fazem a ligação do SNC aos órgãos receptores e efetores em todo
âmbito corporal.
DIVISÃO FUNCIONAL DO SN
Esta divisão está relacionada com a integração funcional dos sistemas em função
das informações recebidas tanto internamente (regulação das funções corporais
internas) quanto externamente (relação com o meio). Sendo assim, duas partes
são definidas: sistema nervoso somático (SNS) e sistema nervoso visceral (SNV).
TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso é composto por neurônios e células gliais ou neuroglia.
Figura 1. Neurônio
Fonte: Google imagens, 2016
NEURÔNIO
A principal função do neurônio é a condução de impulsos nervosos. Dito
isso, entende-se que são células extremamente excitáveis, em função de uma
linguagem elétrica, acarretando modificações do potencial de membrana.
NEURÓGLIA
Em proporções bem maiores que os neurônios, não geram potencial de ação
por não serem excitáveis. Mesmo assim, ajudam a manter as funções da células
nervosas. No SNC podemos encontrar, entre outros, astrócitos e oligodendrócitos.
SINAPSES
Figura 2. Sinapse
Fonte: Google imagem, 2016
FUSOS MUSCULARES
O fuso é formado por finas fibras musculares intrafusais envoltas por uma
cápsula de tecido conjuntivo na região central que, paralelamente são fixadas nas
fibras extrafusais. As fibras intrafusais são controladas por motoneurônios gama
e as extrafusais por motoneurônios alfa. Estão relacionados com a postura e os
movimentos voluntarios finos. É o principal órgão sensitivo do músculo, detectam
e transmitem ao SNC modificações no comprimento (alongando ou encurtando)
do músculos e até na velocidade com que essas modificações podem acontecer.
GÂNGLIOS
Corpos de neurônios fora do SNC tendem a se agrupar e são denomidados
de gânglios. São dilatações espalhadas pelo corpo funcionando como ligação
entre neurônios e partes do SNC com todas as outras estruturas e órgãos.
Vale lembrar que a resposta oriunda do comando neural irá depender das condições
em que se encontra, também, o sistema musculoesqueléticos, pois este sistema nem
sempre gera o mesmo efeito biomecânico que foi comandado pelo SN.
CONTROLE MOTOR
Movimento é vida, ou pelo menos uma parte essencial da mesma. Segundo
Dicionário Michaelis movimento é, dentro várias definições, ato de mover ou de se
mover; mudança de lugar ou de posição; deslocação. Maneira como alguém move
o corpo. E o Controle motor é a capacidade que o ser humano tem de regular e/ou
orientar os mecanismos essenciais para que este movimento aconteça.
O MOVIMENTO
O movimento surge da influência e da ação mútua ou compartilhada de três
fatores: o indivíduo, a tarefa e o ambiente (Fig. 1.1) E não só isso, vários processos
em conjunto, como os associados à percepção, à cognição e à ação, fazem parte
do estudo do controle motor para o movimento, muitas vezes restringindo a ação
do mesmo.
Muitas vezes não conseguimos tratar o problema, pois não sabemos o que
está ocasionando tal adversidade. E muitas vezes não saberemos a causa, mas
as teorias, juntas ou isoladamente, nos dão suporte para que saibamos de onde,
possivelmente e/ou provavelmente, origina-se o problema que acarreta a perda
de função ou dificuldade de execução da mesma.
Já, a teoria reflexa, descreve que os reflexo são a base para o comportamento
motor. Para Charles Sherrington, idealizador desta teoria, não existe movimento se
não existir algum estímulo sensitivo. O estímulo provoca uma reação, que culmina
em outra reação e assim sucessivamente, gerando um comportamento motor.
INPUT
Para que o reaprendizado aconteça o input (informações) é essencial e deve
ser utilizado da maneira correta para que seja eficaz. Num geral, eles precisam ser
variáveis, para que aconteça formação de redes nervosas, precisam significar algo
para o indivíduo, para que ele se interesse pela atividade e potencialize o efeito do
aprendizado pelas emoções e pela motivação, além disso as atividade treinadas
precisam ser o mais parecidas com as situações cotidianas do aluno / paciente.
Para que o mesmo tenha interesse nas atividades propostas, que goste e
que seja algo motivador, o indivíduo precisa de consciência e atenção suficientes
para que o aprendizado motor seja eficaz.
FEEDBACK
É uma importante ferramenta utilizada pelos profissionais da área da saúde
que atuam com reabilitação e também pelos professores de pilates e, que se não
for usado de maneira correta e/ou excessivamente pode inibir o processo de
aprendizado.
AVALIAÇÃO GERAL
Neste capítulo abordaremos alguns aspectos gerais que devem ser observados
na avaliação de indivíduos com patologias neurológicas. Testes, exames e escalas
mais específicos relacionados a sintomas mais próprios de determinada patologia
serão abordados nos respectivos capítulos.
Antes de darmos inicio a qualquer tipo atividade com nosso aluno / paciente, é
necessário a realização de uma avaliação pelo profissional. Ela serve para nortear
as possíveis condutas a serem adotadas com esse novo praticante.
AVALIANDO O MOVIMENTO
No pilates não temos uma padrão de avaliação específico, mas além da
avaliação postural, que deve ser realizada na vistas anterior, lateral e posterior,
podemos analisar determinados movimentos para nos ajudam a identificar
possíveis instabilidades e desequilíbrios. MASSEY sugere a aplicação de 9 (nove)
exercícios, repetido 5 (cinco) vezes, sem que o avaliado receba informações sobre
o método ou sobre a direção do movimento.
AVALIANDO TÔNUS
Para avaliarmos o tônus necessitamos realizar a movimentação passiva
ao nível da articulação, em todos os membros. Ele pode ficar acima do normal
(hipertônico) ou abaixo dele (hipotônico).
AVALIAÇÃO DE SENSIBILIDADE
Importante testar, pois o alterações neste quesito alteram as respostas
motoras. A sensibilidade exteroceptiva relacionada a dor epicrítica e a sensibilidade
táctil devem ser testadas. Assim como a sensibilidade proprioceptiva consciente
também (cinestesia e artrestesia).
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO
Apesar de parte deste capítulo se intitular acidente vascular cerebral (AVC),
abordaremos de forma mais ampla sua principal síndrome, a hemiplegia ou
hemiparesia, uma vez que ela pode ser ocasionada por diversas outras doenças
(tumores, traumas, esclerose múltipla).
DEFINIÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1992, o AVC é uma
síndrome clínica caracterizada por sintomas/sinais neurológicos focais e de rápida
evolução, com duração de mais de 24 horas ou que levem à morte sem outra causa
aparente que não a vascular.
Podemos dizer que esta definição já se faz um tanto antiga, uma vez que
exames de imagens, tão fundamentais para auxiliar no diagnóstico correto, não
eram realizados na época em que a definição foi elaborada.
EPIDEMIOLOGIA
As doenças que afetam o sistema cardiovascular são a principal causa de
morte no Brasil. O AVC é a origem mais simples de incapacidade neurológica e a
primeira causa de morte dentre as doenças cardiovasculares. Tanto sua etiologia
quanto os fatores de risco que causam esta patologia são, em sua maioria, já bem
conhecidos. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o fator mais predominante,
além do histórico familiar de doença cardíaca, diabetes mellitus, obesidade,
sedentarismo, fumo e uso de pílula anticoncepcional.
de outros locais, e também causando esse processo. Menos comum, porém com
sequelas geralmente muito mais graves e incapacitantes do que as ocasionadas
por um acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi), é o acidente vascular cerebral
causado por uma hemorragia (AVCh). A hipertensão, o aneurisma e malformação
arteriovenosa podem causar este tipo de AVC.
A HEMIPLEGIA E A HEMIPARESIA
Podemos dizer que a hemiplegia ou hemiparesia é a sequela motora mais
aparente e mais impactante pós-avc. No caso da hemiparesia aparecer em função
do AVC temos um início súbito onde pode apresentar-se, no início, de forma flácida
e, normalmente, evoluir para uma fase espástica. Caso não seja esta patologia a
O MEMBRO SUPERIOR
No membro superior uma rotação interna e adução é percebida com pronação
de antebraço, e os punhos e dedos estão flexionados e o polegar aparece aduzido.
Quando solicitada a movimentação ativa desse membro ela acontece em bloco e
o ombro mantem esse padrão de rotação interna e adução.
O MEMBRO INFERIOR
No membro inferior, a articulação coxofemoral aparece em rotação externa,
joelho em extensão e o pé em equino. Principalmente na fase flácida, a falha na
maneira correta de posicionar o membro mantem esse padrão, além da retração
do tendão-de-aquiles que gera o padrão presente na articulação do tornozelo.
AVALIAÇÃO
Antes de traçarmos uma conduta, é primordial a realização de uma avaliação.
AVALIAÇÃO POSTURAL
A avaliação postural, como em todos os outros grupos de alunos e
pacientes, deve ser realizada. Por definição, “postura é o modo como o indivíduo
se apresenta no espaço e é determinada pelo equilíbrio dinâmico do sistema
neuromusculoesquelético.” Uma boa postura se apresenta quando temos um
melhor rendimento funcional com um menor gasto energético. Qualquer coisa
diferente disto podemos considerar alteração postural.
Existe hoje, inúmeros softwares e aplicativos que podem auxiliar neste tipo
de avaliação. O SAPO é o programa mais conhecido, porém não acessível nos
estúdios de pilates. A tecnologia dos aplicativos tem ajudado nessa questão. O
PostureScreen e o Boa Postura são alguns desses aplicativos.
AVALIAÇÃO ESPECÍFICA
Pensando na questão do sistema neuromusculoesquelético, precisamos
verificar alguns pontos importantes. Devemos avaliar o desempenho motor; a
amplitude articular, tanto a ativa, a ativa assistida, quanto a passiva; a força; o
tônus muscular; o equilíbrio, estático e dinâmico; a coordenação; e a marcha.
e o que não. Importante salientar, que mesmo depois de muito tempo de lesão, vale
acreditar na plasticidade neural e vale a estimulação de todas a musculatura a fim de
melhorar toda capacidade neuromusculoesquelética deste indivíduo. Autores citam a
plasticidade como uma propriedade intrínseca do SNC e que acontece durante toda a
vida, e não somente 3 ou 6 meses após algum tipo de lesão. Além disso nosso sistema
modifica-se continuamente em função de estímulos sensoriais e da atividade motora.
DOENÇA DE PARKINSON
A Doença de Parkinson (DP) é uma patologia crônica, de caráter progressivo,
lento e degenerativo do sistema extrapiramidal, e caracterizada por produzir,
principalmente, mas não exclusivamente, um conjunto de distúrbios motores. É
uma das doenças neurodegenerativas mais prevalentes do SNC.
Vale destacar que para as manifestações clínicas geradas pela DP damos o nome
de parkinsonismo ou síndrome parkinsoniana, e que algumas outras patologias
podem apresentar o parkinsonismo como característica.
PATOLOGIA / FISIOLOGIA
Como processo patológico, acontece no SNC, ou mais especificamente, na região
dos núcleos da base (substância negra e corpo estriado) ocorre uma degeneração
celular em função da redução da concentração de dopamina na sinapse.
ETIOLOGIA / EPIDEMIOLOGIA
A DP não apresenta uma causa definida, mas acredita-se que alguns fatores
podem pré-dispor esta patologia, entre eles: neurotoxinas ambientais (uso de
heroína), fatores genéticos e idade avançada.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Como manifestações básicas do DP, o parkinsonismo apresenta 4 distúrbios
de movimento mais característicos: acinesia ou bradicinesia, rigidez, tremor de
repouso e instabilidade postural. Estas são as principais, porém não os unicos
sinais e sintomas. Com a progressao da doença outros fatores aparecem, tanto
pela própria progressão fisiológica da doença quanto decorrentes dos sintomas
físicos e de fatores psicossociais de cada pessoa acometida.
ACINESIA E BRADICINESIA
Acinesia e bradicinesia são, respectivamente, a ausência e diminuição dos
movimentos, e são manifestações bem características desta patologia. Afeta os
A acinesia pode ser subita (freezing), não tão comum no inicio dos sintomas, mas
especialmente incapacitante numa fase mais avancada da DP e interfere muito na
aplicabilidade de qualquer terapia ou atividade física. O indivíduo nao consegue
iniciar o movimento ou acontece uma perda abrupta da capacidade de sustentar
um movimento mais específico. Geralmente ocorre durante a marcha, mediante
um obstáculo físico ou visual ou por uma tensão emocional.
RIGIDEZ MUSCULAR
A rigidez muscular presente nesses indivíduos e do tipo plástica. A resistência a
movimentação em uma articulação é regular aumentada em toda a amplitude de
movimento. Essa resistência pode ser suave (“cano de chumbo”) ou intermitente
(“roda denteada”). Esse processo faz com que o indivíduo tenha um gasto energético
maior para realizar os movimentos, percebendo um aumento no esforço o que
pode acarretar em sensação de fadiga.
TREMOR DE REPOUSO
O tremor acontece por contrações alternadas de grupos musculares opostos,
acometendo mais extremidade em membro superiores do que inferiores.
Também apresenta carater assimétrico ou unilateral. A movimentação voluntária
diminui este padrão, enquanto a marcha, fatores emocionais e esforço cognitivo
exacerbam este sintoma. Mesmo sendo esteticamente incapacitante, este sintoma
dificilmente interfere nas AVD’s.
INSTABILIDADE POSTURAL
Esta manifestação clínica acontece em função da perda dos reflexos de
readaptação postural, fazendo com que o tronco, que fica levemente caído
a frente do corpo, não consiga reajustar o movimento, para voltar a posição
anatômica e ereta, facilitando episódios de queda. As quedas são um problema
sério no parkinsonismo e a terapia medicamentosa, geralmente, não é eficiente
para diminuir a ocorrência deste problema.
Não se sabe ao certo o que causa esta instabilidade postural, porém, entre as
hipóteses existentes para explicá-la está a inefetividade do processamento sensorial
ou também a falta de reações antecipatórias para controle postural, com defeitos na
seleção das estratégias produzindo respostas inadequadas e mal-adaptadas.
A MARCHA
O padrão da marcha adotado pelo parkinsoniano é bem característico e
vale a descrição em um tópico a parte. Os passos são curtos, de baixa velocidade
Além dessas principais alterações motoras citadas, existem outras que também
são de suma importância durante a elaboração de um programa de aula / terapia,
uma vez que interferem diretamente no andamento do programa, são elas: as
manifestações cognitivas, psiquiátriacas e autonômicas. A primeira, quando
presente na fase inicial, é discreta, mas com a progressão da doença pode até
evoluir para uma grave demencia. A depressão esta presente em quase metade
dos portadores desta patologia. Por este motivo deve-se ter cautela com os
exercícios propostos, pois o risco de queda de nivel desses indivíduos é grande
pelas manifestações motoras e pode agravar ainda mais o grau de depressão
e descontentamento. E a última esta relacionada com obstipação intestinal e
hipotensão postural.
DIAGNÓSTICO
O Diagnóstico é basicamente clínico realizado através de exames físicos e
histórico médico. Para caracterizar esta patologia é necessário que pelo menos
duas, das quatro principais manifestações motoras se façam presentes.
efeito mínimo sendo que no período “on” é onde eles estão mais preparados para
realização de exercícios físicos.
AVALIAÇÃO
Quando pensamos em nosso paciente / aluno portador do DP, precisamos
avalia-lo perante sua deficiência e seu desempenho funcional.
Não esquecer dos índices e escalas já citadas neste livro e que podemos
utilizar para deixar mais completa nossa avaliação.
Para essa população, uma boa aula de pilates deve conter: Muitas repetições;
exercícios rítmicos e sequencias; feedbacks e estímulos sensoriais; movimentos de
coluna, principalmente extensão e rotação; e os padrões respiratórios bem definidos.
DOENÇA DE ALZHEIMER
Com o aumento da expectativa de vida e, consequentemente, do envelhecimento,
aumenta também a prevalência de algumas patologias próprias desta faixa etária, como
é o caso das síndromes demenciais. Estima-se que, no Brasil, cerca de 38,9% dos idosos
com mais de 85 anos apresentem algum tipo de demência. A Doença de Alzheimer (DA)
é a causa principal desta condição, respondendo por 60% do total de casos.
PATOLOGIA / FISIOLOGIA
A DA é uma patologia neurodegenerativa, progressiva além de irreversível, e
por vezes, incapacitante. Nesses indivíduos, uma atrofia cortical difusa é aparente.
Regiões como o córtex cerebral, hipocampo, córtex entorrinal e o estriado ventral
sofrem pela morte neuronal e pela perda sináptica. Tal morte neuronal acontece
por dois mecanismos: formação de placas amilóides (partes de proteínas) externas
aos neurônios e, hiperfosforilação (acúmulo de filamentos anormais) da proteína
tau, formando novelos neurofibrilares dentro dos neurônios. Há ainda uma falha
que pode ocorrer na neurotransmissão de impulsos da atividade cognitiva, os
núcleos de Meynert, também afetados pela degeneração, acarretam na diminuição
da acetilcolina no córtex cerebral.
ETIOLOGIA / EPIDEMIOLOGIA
Mesmo apresentando etiologia desconhecida, podemos relacionar a DA à fatores
genéticos, não exclusivamente, mas o histórico familiar, além da idade avançada são
os principais pormenores relacionados ao aparecimento desta patologia.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Suas principais manifestações clínicas estão relacionadas a perda de memória. É
o sintoma mais impactante, mas não o único e, com a progressão da doença eles
surgem e se agravam cruelmente.
DIAGNÓSTICO
O Diagnóstico da DA definitivo é realizado post-mortem, por análise
histopatológica. Em função disto, para que o diagnóstico seja realizado em vida,
por não existirem marcadores específicos, exames de imagens e laboratoriais
auxiliam na exclusão de outras patologias e, quando diagnosticada, auxiliam no
acompanhamento da progressão da doença.
AVALIAÇÃO
Além da avaliação postural que devemos fazer deste aluno / paciente,
devemos aproveitar a existência de outras ferramentas validadas para enriquecer
ainda mais nossa avaliação.
Todos os testes de função motora já foram citados neste livro, mas vale salientar a
importância deles e de poder tê-los como opções. Para avaliarmos desempenho do
equilíbrio a Escala de Berg é uma opção. Para avaliar o deslocamento e controle do
centro de gravidade sobre uma base fixa utilizamos o Teste de Alcance Funcional.
E, para equilíbrio associado a fluência verbal podemos utilizar o TUG (timed up
and Go) modificado.
Os exercícios propostos não podem ser nem tão difíceis, impossibilitando sua
execução, mas também nem tão fáceis que não careça de um determinado esforço
cognitivo para tal.
Um recurso a ser utilizado é a música durante a aula. Se for uma que remeta
a infância ou adolescência do indivíduo pode auxiliar na memória recente. Outro
recurso é demonstrar o exercício ao indivíduo, contar como realizá-lo e pedir que
ele repita a explicação e, posteriormente a execução.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
A Esclerose Múltipla (EM) é uma patologia neurológica crônica, de caráter
autoimune, mais comum em adulto jovens.
Mesmo não sendo uma patologia tão conhecida e tão divulgada, apresenta-se
como potencialmente incapacitante. A dificuldade em um prognóstico ocorre em
função de seus sintomas serem tão imprevisíveis e as suas manifestações clínicas
tão diferentes, apesar de bem conhecidas.
PATOLOGIA / FISIOLOGIA
Num indivíduo normal, a rapidez com que a condução de impulsos nervosos
no SNC acontece, principalmente, é determinada pela propriedade isolante da
mielina. A mielina é produzida pelos oligodendrócitos. Ambos são estruturas que
sofrem lesões inflamatórias (placas) ocasionadas por um provável processo auto-
imune. E é este processo de desmielinização que se faz prejudicial no dinamismo
da neurotransmissão. As lesões inflamatórias afetam o SNC e aparecem mais
frequentemente na substância branca periventricular, no nervo óptico, na medula
porção cervical e no tronco cerebral.
EPIDEMIOLOGIA / ETIOLOGIA
O diagnóstico geralmente é realizado na fase adulto-jovem (entre 20
e 40 anos) e raramente acontece na puberdade ou no período após 60 anos.
Num estudo não muito recente, estima-se que, na cidade de São Paulo, existam
aproximadamente 5/100.00 habitantes, sendo o Brasil considerado um país com
baixa incidência. Pessoas do sexo feminino, brancas e que possuem casos de EM
na família apresentam uma maior propensão a desenvolver a patologia. F atores
prováveis de gatilho da doença são os ditos ambientais. Pessoas com predisposição
genética associados a esses fatores podem desencadear a EM, possivelmente por
algum agente externo, como um vírus, resultando em auto-imunização. Outra teoria
existente é que o sistema imunológico da pessoa predisposta interpreta uma parte
da lipoproteína mielínica como sendo um vírus e a destrói.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
As manifestações clínicas são extremamente variáveis em função da
desmielinização poder acontecer em uma infinidade de locais dentro do SNC. A
localização e o volume das lesões, assim como a sequencia de tempo que elas
acontecem determinarão o tipo e os sinais e sintomas da EM.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é realizado, basicamente, pela clínica do paciente. Como critérios
adotados precisamos observar traços de múltiplas lesões no SNC e traços de, pelo
menos, dois incidentes de distúrbios neurológicos num indivíduo entre 10 e 59 anos.
O que deve ser observado, principalmente pelo paciente e pelo profissional que
o atende com mais frequência, é que toda medicação pode acarretar algum efeito
colateral. Na espasticidade o medicamento pode aumentar a fraqueza muscular
e dificultar as AVD’s e, no caso do tratamento da fadiga o medicamento pode
levar à insônia, por exemplo. Não é da alçada do educador físico, fisioterapeuta
ou qualquer outro profissional da área da saúde que não o médico, interferir na
administração de medicamentos, porém, é importante tentar observar como os
medicamentos agem e o que podem trazer de possíveis efeitos colaterais e tentar
observar se o paciente/aluno apresenta mais uma manifestação da EM ou se é um
efeito provocado em reação a algum medicamento.
AVALIAÇÃO
Além da realização da anamnese, da avaliação postural, nesse perfil de pacientes,
percepções subjetivas dos problemas, por muitas vezes, podem ser mais
significativas do que algumas mensurações objetivas, mas isso não significa que
essas mensurações não devam ser feitas, mesmo, as vezes, a avaliação funcional
não correspondendo à clínica.
FADIGA
Como já dito, a fadiga é a mais comum manifestação clínica, afetando em
torno de 90% dos pacientes / alunos. Além disso é dito o pior sintoma para a
média de 55% desses indivíduos. Mesmo desconhecendo sua etiologia, é sabido
que muitos fatores influenciam na manutenção ou exacerbação desse sintoma
entre eles está a insônia (causada pelo aumenta da frequência urinária e /ou por
espasmos musculares), o descondicionamento, fatores neuromusculares (axônios
desmielinizados gastam mais energia), incapacidade (pela alteração do tônus,
maior esforço para realização das AVD’s, etc).
Quando elaboramos uma aula para esse público, devemos seguir algumas
recomendações: Executar os exercícios em um ritmo moderado; obedecer alguns
períodos de descanso; manter uma postura adequada durante as atividades. E
não só durantes as aulas, mas estas são algumas das recomendações que devem
ser seguidas também no cotidiano deste aluno/paciente.
FRAQUEZA MUSCULAR
A redução da força pode ser desencadeada por vários fatores, entre eles o
desuso; o déficit na condução dos impulsos nervosos diminuindo o acionamento
das unidades motoras; a fadiga; e ainda a espasticidade num músculo antagonista.
Para compensar esse déficit de força ou ajudar no ganho da mesma, podemos adotar
algumas condutas. Novamente, estudos com o conceito pilates e essa população
ainda não são explorados, porém a realização de exercícios ativos assistidos, ativos
ou contra-resistência tem se mostrado eficazes no ganho de força. Ganho que
podemos alcançar com a aplicação deste conceito nesses pacientes/alunos. Embora
exercícios fortalecedores não alterem a condição neurológica, o fortalecimento
compensatório de grupos musculares não comprometidos, prevenindo fraqueza
secundária por desuso, e o fortalecimento de músculos agonistas para superar a
espasticidade em grupos musculares antagonistas podem favorecer a função.
O Pilates surge como método que condiciona o corpo e integra toda a função
do mesmo com a mente. O ganho de controle muscular, força, equilíbrio e a
consciência corporal decorrentes dessa integração, ampliam a capacidade de
manter e melhorar os movimentos. Além disso a sistematização dos exercícios
associados os princípios possibilita uma maior integração do indivíduo no seu
cotidiano. Por ser um trabalho global, procura corrigir a postura e realinhar a
musculatura, melhorando a estabilidade corporal.
ESPASTICIDADE
Para controlar essa manifestação, devemos considerar a movimentação anormal,
a hipertonicidade e a hiperexcitabilidade do reflexo. A utilização de uma rotina
de alongamento é consensual para diminuição da espasticidade e consequente
aumento da amplitude de movimento voluntário nos membros inferiores.
Exercícios direcionados para as funções e sustentar o peso, em todos os planos de
movimento, ajudarão a melhorar a movimentação normal além da manutenção
da amplitude de movimento.
ALTERAÇÕES CEREBELARES
Tais alterações provocam problemas relacionados com déficit de equilíbrio
e coordenação. Quando formos aplicar a técnica com esses pacientes/alunos
devemos pensar em trabalhar com exercícios em sequencia (sequencia de
exercícios funcionais), começar sempre em posturas mais baixas (exemplo: evoluir
do decúbito dorsal, para o lateral, depois ajoelhado, depois semi-ajoelhado,
para depois em pé). Podemos utilizar algumas referências visuais para facilitar a
aquisição de equilíbrio, além da diminuição do tremor.
A MARCHA
Em função dos sintomas acima descritos, em associação ou não com outras
manifestações, faz com que a marcha desde paciente/aluno não se encontre normal.
Como a técnica do pilates prega, controlar o centro é o primeiro passo para dar a
este indivíduo uma marcha com mais qualidade e que gaste menos energia para sua
realização. Após isso o alongamento, como forma de adequar o tônus e aperfeiçoar
a amplitude de movimento deve ser introduzido nas aulas / terapias.
Estes não são os únicos sintomas, além disso, cada paciente/aluno deve ter sua
própria linha de conduta adotada em função da evolução da EM e a intensidade e
os tipos de manifestações encontradas. Não esquecer dos déficits cognitivos que
podem aparecer e podem interferir no processo de reabilitação merecendo uma
atenção especial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento deste livro se deu para que exista um aporte teórico sobre
o Método Pilates relacionado à patologias neurológicas. Mesmo não abordando
todas as existentes, até porque são inúmeras, as principais incidentes nos dias
de hoje apresentam uma abordagem mais específica neste descrito. Contudo,
muito das condutas explanadas aqui podem e devem ser relacionadas a outras
patologias que acometem o SN.
Uma avaliação bem elaborada, mesmo que sucinta, nos mostra os pontos forte
e os limitantes de cada indivíduo, seja do estado do sistema motor ou todos
pormenores relacionados a ele ou a outros fatores incapacitantes, para que com
isso, possamos traçar metas funcionais reais para cada um. Concentrar-se no
processo de aprendizado ativo do aluno / paciente deve ser sempre a conduta
adotada, exatamente o que estamos preconizando aqui.
A PRÁTICA COM O
MÉTODO PILATES
EXERCÍCIOS NO
SOLO
Karla Vergaças Seleme 74
PILATES NAS patologias NEUROLÓGICAS
1. QUATRO APOIOS
OBJETIVOS
Estabilizar músculos cintura escapular e pélvica, preparando-os para exercícios
mais intensos. Fortalecer os flexores da coluna, trasnverso abdominal e extensores
do joelho.
INSTRUÇÕES
1. Em seis apoios, mãos apoiadas no solo alinhadas com ombros; joelhos apoiados
no solo e abduzidos na distância dos quadris; pés apoiados no solo. Coluna e pelve
neutras.Inspirare antes de iniciar o movimento.
MODIFICAÇÕES
COMENTÁRIOS
Os exercícios trabalhados em 4 apoios são benéficos para pacientes
hemiplégicos e atáxicos. Exercícios com essa característica recrutam grandes
grupos musculares como extensores do quadril e flexores da coluna, além de
enfatizar a ativação da musculatura estabilizadora profunda.
OBJETIVOS
Manter a estabilidade das cinturas escapular e pélvica e de toda coluna na
posição de 4 apoios. Fortalecer os extensores do quadril, flexores da coluna e
flexores do ombro.
INSTRUÇÕES
1. Em seis apoios, mãos apoiadas no solo alinhadas com ombros; joelhos apoiados
no solo e abduzidos na distância dos quadris; pés apoiados no solo. Coluna e pelve
neutras, inspire.
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar: pode-se colocar uma bola apoiada na região abdominal e realizar
o exercício.
- Para dificultar: Retire o contato dos joelhos com solo, igual no exercício Quatro
Apoio, e, então, realizar a alternância.
COMENTÁRIOS
Exige muita concentração de quem realiza. Trabalhar realizando exercícios
em padrão cruzado estimula os dois hemisférios do cérebro, o que torna a tarefa
bastante difícil para os pacientes com patologias neurológicas.
3. GATO
OBJETIVOS
Mobilizar a coluna, partindo da posição 4 apoios. Fortalecer os flexores da coluna
e extensores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em seis apoios, mãos apoiadas no solo alinhadas com ombros; joelhos apoiados
no solo e abduzidos na distância dos quadris; pés apoiados no solo. Coluna e pelve
neutras, inspire.
MODIFICAÇÕES
- Realizar a mobilização com os joelhos sem o contato com o solo.
COMENTÁRIOS
Exercícios de difícil aplicação, exigem muita consciência corporal e atenção
para realização.
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores da coluna e hiperextensores dos ombros.
INSTRUÇÕES
1.Em decúbito ventral, pelve e coluna neutras. Membros superiores no ao lado do
corpo. Membros inferiores com quadril aduzido e joelhos estendidos.
MODIFICAÇÕES
- Realizar a mobilização da coluna até a altura das últimas costelas.
COMENTÁRIOS
Indicado para pessoas com hipercifose torácica.
OBJETIVOS
Fortalecer os flexores do quadril e extensores do joelho. Estabilização da região
lombo-pélvica.
INSTRUÇÕES
1.Em decúbito dorsal, pelve e coluna neutras, membros superiores ao lado do corpo.
Um membro inferior deve estar com flexão de quadril e joelho e pé apoiado no solo;
O outro membro inferior inicia com quadril em posição neutra, joelho estendido e
tornozelo em flexão plantar.
MODIFICAÇÕES
- Posicionar os dois membros inferiores no solo com joelhos estendidos e
flexionar um dos quadris até 90 graus.
COMENTÁRIOS
Deve-se evitar o contato do membro inferior com o solo a cada extensão do
quadril, isso evita períodos de descanso durante o exercício.
OBJETIVOS
Fortalecer músculos flexores e adutores de quadril. Estabilizar a região lombo-
pélvica.
INSTRUÇÕES
1.Em decúbito dorsal, pelve e coluna neutras. Membros superiores alinhados ao
lado do corpo. Um membro inferior deve estar com flexão de quadril e joelho e pé
apoiado no solo; O outro membro inferior inicia com quadril em posição neutra,
joelho estendido e tornozelo em flexão plantar.
MODIFICAÇÕES
COMENTÁRIOS
Lembre-se, estamos tratando de paciente neurológicos, apesar de precisarmos
de grandes movimentos, precisamos ter cautela. Por mais que o exercício seja
simples, melhor iniciar com pequenas amplitudes e depois evoluir para amplitudes
maiores, diminuindo o risco de lesões e de mais compensações.
7. FLEXÃO LATERAL
OBJETIVOS
Fortalecer flexores laterais da coluna, transverso abdominal e abdutores do
quadril.
INSTRUÇÕES
1. Sentado de lado, apoiado em um quadril, mantendo pelve e coluna neutras.
Joelhos flexionados, o membro inferior de cima em rotação externa, pé apoiado no
solo. Tronco sustentado pelo antebraço apoiado no solo, alinhando cotovelo fletido e
ombro abduzido, apoiar o outro membro superior o joelho da perna de cima.
MODIFICAÇÕES
- Para dificultar, realizar com o braço de apoio com o cotovelo estendido,
apoiando sobre a mão.
COMENTÁRIOS
Quanto mais próximo os pés estiverem do corpo, maior será a amplitude de
flexão lateral de coluna, quando mais afastado do corpo, menor.
OBJETIVOS
Estabilizar região lombo-pélvica e cintura escapular pelo movimento dos braços.
Fortalecer os flexores e flexores horizontais do ombro.
INSTRUÇÕES
1.Em decúbito dorsal, pelve e coluna neutra. Membros superiores ao lado do corpo,
joelhos e quadril flexionados e pés apoiados no mat.
MODIFICAÇÕES
- Realizar somente o movimento de flexão e extensão do ombro.
expirar.
9. PONTE
OBJETIVOS
Mobilizar o quadril em flexão e extensão e coluna. Fortalecer os exetensores do
quadril e coluna.
INSTRUÇÕES
1.Em decúbito dorsal, pelve e coluna neutras. Mantenha os membros superiores ao
lado do corpo. Joelhos e quadril flexionados e calcanhares apoiados no solo.
MODIFICAÇÕES
- Realizar a ponte com as plantas dos pés apoiadas no solo.
COMENTÁRIOS
A dorsiflexão é solicitada em função de muitos pacientes apresentarem um
padrão de pé equino.
OBJETIVOS
Fortalecer abdutores do quadril. Estabilizar região lombo-pélvica e cintura
escapular.
INSTRUÇÕES
1.Em decúbito lateral, pelve e coluna neutras. Manter alongamento axial. O membro
superior de apoio deve estar com ombro fletido no prolongamento do corpo e cotovelo
estendido, com palma da mão para baixo e cabeça repousando sobre ele. O membro
superior de cima deve estar com cotovelo flexionado e a mão apoiada no solo.
MODIFICAÇÕES
A PRÁTICA COM O
MÉTODO PILATES
EXERCÍCIOS COM
BOLA
Karla Vergaças Seleme 96
PILATES NAS patologias NEUROLÓGICAS
1. ABDUÇÃO EM PÉ
OBJETIVOS
Estabilização da região lombo-pélvica e cintura escapular. Fortalecimento
abdutores do quadril.
INSTRUÇÕES
1.Em pé, corpo levemente inclinado sobre bola que está apoiada na parede. Pelve e
coluna neutras. Membros inferiores aduzidos, joelhos estendidos e pés apoiados no solo.
MODIFICAÇÕES
- Realizar movimentos de circundação do quadril em ambos sentidos;
COMENTÁRIOS
Exercício ótimo para estimular a lateralidade do paciente hemiparético.
2. ADUÇÃO NA BOLA
OBJETIVOS
Fortalecer os adutores do quadril e flexores laterais da coluna. Estabilizar cintura
escapular.
INSTRUÇÕES
1.Em decúbito lateral, antebraço e mão apoiados no solo com ombro abduzido e
cotovelo estendido. O membro superior oposto abduzido. Quadril e joelho do membro
inferior de apoio em contato com o solo. O membro inferior de cima levemente
abduzido, joelho estendido e pé apoiado na bola.
- Forçar a bola para baixo com a perna para potencializar o trabalho dos
adutores
MODIFICAÇÕES
- O membro superior de cima pode auxiliar o movimento apoiando a mão no
chão à frente do tronco;
COMENTÁRIOS
Controlar quanta força será colocada tanto nos estabilizadores de tronco e
cintura escapular quanto no membro inferior apoiado na bola exige muita atenção,
concentração e capacidade de planejar o movimento.
3. AFUNDO NA BOLA
OBJETIVOS
Fortalecer extensores do quadril e joelho e alongar os flexores do quadril do
membro inferior contralateral..
INSTRUÇÕES
1.Em pé, de costas para bola, um membro inferior estendido apoiado com o pe
no solo; o membro inferior contralateral deve estar com joelho flexionado, quadril
estendido e com o dorso do pé apoiado sobre uma bola atrás.
MODIFICAÇÕES
COMENTÁRIOS
Tomar cuidado com a solicitação da realização de dupla tarefa. Apesar de um
ótimo recurso para estimular as sinapses, alguns pacientes necessitam começar a
aprender tarefas mais simples, para posteriormente, evoluir para as mais complexa,
como é o caso de pacientes com a Doença de Parkinson e Alzheimer.
4. AGACHAMENTO NA BOLA
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores do quadril e joelho.
INSTRUÇÕES
1.Em pé, apoiar a bola na parede e as costas sobre a bola. Levar os dois pés levemente
à frete. Manter membros inferiores paralelos, abduzidos na distância do quadril e
membros superiores ao lado do corpo.
MODIFICAÇÕES
- Para dificultar podemos associar o movimento dos membros superiores à
execução do movimento proposto.
COMENTÁRIOS
O exercício parece simples, mas devemos tomar cuidado com as
compensações aparentes, déficit de equilíbrio e para que o aluno não se sinta
frustrado caso não consiga realizar a atividade proposta.
5. COORDENAÇÃO NA BOLA
OBJETIVOS
Fortalecer os flexores da coluna, transverso abdominal e flexores do quadril.
Dissociar cinturas escapular e pélvica.
INSTRUÇÕES
1.Em decúbito dorsal, membros inferiores em flexão de quadril e joelhos à 90 graus
e ombros flexionados, cotovelos estendidos. Posicione uma bola entre as mãos e os
joelhos.
MODIFICAÇÕES
Realizar os movimentos só dos membros superiores e, depois, só dos
membros inferiores, para ganhar melhor consciência corporal e depois sim realizar
o movimento completo.
6. EQUILÍBRIO EM PÉ
OBJETIVOS
Estimular equilíbrio na postura em pé e ativação de glúteo médio da perna de apoio.
INSTRUÇÕES
1.Em pé, de frente para bola, flexione o quadril de um membro inferior e apoie o
pé sobre a bola. Mantenha os membros superiores à frente do corpo.Inspire nessa
posição.
MODIFICAÇÕES
- Acessórios como: Magic Circle, Tooning Ball, elásticos ou outra bola, podem
ser usados.
COMENTÁRIOS
Fechar os olhos só será desafiador para o paciente se o mesmo não apresentar
déficits visuais que prejudiquem seu equilíbrio quando de olhos abertos. Se isso
acontecer, não ter a percepção visual facilitará no ganho de conscientização
corporal e equilíbrio.
7. EQUILÍBRIO SENTADO
OBJETIVOS
Estimular a estabilidade da região lombo-pélvica. Fortalecer os estabilizadores
do tornozelo e extensores do joelho.
INSTRUÇÕES
1.Sentado na bola, em cima dos ísquios; quadris e joelhos flexionado e com pés
apoiados no solo. Pelve e coluna neutras, membros superiores ao lado do corpo com
as mãos repousando sobre a bola.
MODIFICAÇÕES
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores da coluna. Estimular controle equilíbrio em decúbito
ventral.
INSTRUÇÕES
1.Em decúbito ventral sobre a bola. Posicione-se apoiado na altura do abdômen
sobre a bola e estenda levemente a coluna, mantendo os membros superiores no
prolongamento do corpo.
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, pode-se apoiar os pés na parede.
COMENTÁRIOS
Combinação desafiadora de extensão de coluna com controle do powerhouse
para manutenção do equilíbrio nesta posição.
OBJETIVOS
Fortalecimento dos flexores laterias da coluna e abdutores do quadril.
Estabilidade região lombo-pélvica e cintura escapular.
INSTRUÇÕES
1.Sentada no solo e encostada lateralmente sobre a bola, abraçando-a com ombro
abduzido. Mantenha quadril e joelhos fletidos e em rotação externa. O membro
superior oposto à bola deve estar acomodado sobre o joelho do mesmo lado.
MODIFICAÇÕES
- Realizar o exercício sem a bola.
COMENTÁRIOS
Este exercício é um pouco mais intenso, exigindo um controle muscular e
consciência corporal maior por parte do paciente.
OBJETIVOS
Fortalecer os flexores da coluna e transverso abdominal.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, com os pés apoiados na bola, joelhos e quadris flexionados
a 90 graus; mãos posicionadas atrás da cabeça com cotovelos fletidos e ombros
abduzidos.
MODIFICAÇÕES
OBJETIVOS
Mobilizar a coluna, fortalecer extensores do quadril coluna e joelhos.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal sobre a bola, mantenha as escápulas, cervical e cabeça
apoiadas na bola; os quadris e joelhos devm estar flexionados com pés apoiados no
solo.
MODIFICAÇÕES
OBJETIVOS
Alongar os extensores do quadril, rotadores, extensores e flexores laterais da
coluna. Fortalecer os rotadores, flexores laterais e extensores da coluna
INSTRUÇÕES
1.Sentado sobre a bola, em cima dos ísquios, mantenha os ombros abduzidos a 90
graus, quadril e joelhos flexionados e pés apoiados no solo. Mantenha o alongamento
axial.
- Usar como dica verbal: “crescer a tampa da cabeça para o teto” pode ajudar
no crescimento axial.
MODIFICAÇÕES
- Realizar o exercício em cima de uma meia lua ou uma caixa.
A PRÁTICA COM O
MÉTODO PILATES
EXERCÍCIOS NO
REFORMER
Karla Vergaças Seleme 122
PILATES NAS patologias NEUROLÓGICAS
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores horizontais de ombro.
INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre o carrinho do Reformer, de frente para as alças, com pelve e
coluna neutras. Os membros inferiores devem estar com joelhos estendidos e quadril
aduzido ou com membros inferiores cruzados um sobre o outro. Mantenha os ombros
e cotovelos flexionados a 90 graus, com a radio-ulnar supinada e as alças apoiadas
cima dos cotovelos.
DICAS E CUIDADOS
- Cuidar com a anteriorização da cabeça;
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, sente sobre uma caixa para auxiliar na manutenção da pelve
neutra devido ao encurtamento muscular e/ou falta de consciência corporal.
COMENTÁRIOS
Movimentos realizados com os braços, sejam com o objetivo de fortalecer ou
alongar, atuam diretamente na qualidade da movimentação da caixa torácica
e consequente capacidade pulmonar. Tais exercícios devem ser abordados
principalmente em associação à padrões respiratórios, para melhor controle
fisiológico e estrutural do paciente com disfunções neurológicas.
INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre o carrinho do Reformer, de frente para as alças, com pelve e coluna
neutras. Os membros inferiores devem estar com joelhos estendidos e quadris aduzidos
ou com membros inferiores cruzados um sobre outro. Ombro flexionados e cotovelos
estendidos e em rotação interna, palma das mãos voltadas para fora, segurando as
alças.
DICAS E CUIDADOS
- Cuidar com a anteriorização da cabeça;
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, sente sobre uma caixa para auxiliar na manutenção da pelve
neutra devido ao encurtamento muscular e/ou falta de consciência corporal.
COMENTÁRIOS
Movimentos realizados com os braços, sejam com o objetivo de fortalecer ou
alongar, atuam diretamente na qualidade da movimentação da caixa torácica
e consequente capacidade pulmonar. Tais exercícios devem ser abordados
principalmente em associação à padrões respiratórios, para melhor controle
fisiológico e estrutural do paciente com disfunções neurológicas.
OBJETIVOS
Fortalecer os flexores do cotovelo e extensores do joelho.
INSTRUÇÕES
1. Deitado em decúbito dorsal sobre o carrinho do Reformer, com os membros
inferiores na direção das cordas com quadril e joelho felitods a 90 graus; os membros
superiores devem estar ao longo do corpo a radio-ulnar pronada segurando as alças
com as mãos.
DICAS E CUIDADOS
- Muitas vezes a movimentação do carrinho com o movimento dos cotovelos
- Caso o paciente seja muito alto, podemos retirar o apoio de ombros para
melhor acomodá-lo.
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, diminua a resistência das molas.
- Para dificultar, associe movimentos dos membros inferiores aos dos braços.
COMENTÁRIOS
Pacientes hemiparéticos que apresentam déficit de resposta motora nesta
região em função do padrão flexor adotado pela espasticidade, podem ser
estimulados a realizar somente a flexão de punho em pronação ou o movimento
completo. Caso o paciente não consiga segurar a alça em função desse padrão,
podemos auxiliar num movimento ativo assistido, porém nunca amarrar a mão do
paciente junto aos equipamentos.
4. SHOULDER EXTENSION
(CAT POSITION)
OBJETIVOS
Estabilizar região lombo-pélvica. Fortalecer flexores do ombro e flexores da
coluna juntamente com o trasnverso abdominal. Trabalhar a dissociação de
cinturas escapular e pélvica, mantendo a conformidade entre as duas.
INSTRUÇÕES
1. Em posição de seis apoios sobre o carrinho do Reformer, mãos alinhadas com os
ombros e posicionadas na parte fixa do reformer. Enquanto isso, os pés devem estar
alinhados com joelhos, e estes com os quadris e encostados no apoio de ombros.
Mantenha a pelve e coluna neutras.
DICAS E CUIDADOS
- Manter sempre os joelhos na mesma linha dos quadris, ou seja, não sentar
nos calcanhares.
- Estabilizar as escápulas.
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, colocar molas menos resistentes.
COMENTÁRIOS
A postura em quatro apoios funciona como educativo para o paciente
aprender a estabilizar musculatura profunda da coluna lombar. É importante
manter um correto posicionamento, como o que foi descrito aqui, para que a
prática de alguns exercícios não acarrete compensações, dores e possíveis lesões.
OBJETIVOS
Estabilizar região lombo-pélvica. Fortalecer os estabilizadores de ombros,
extensores do quadril e joelhos, flexores da coluna e transverso abdominal.
Trabalhar dissociação de cinturas escapular e pélvica, mantendo a conformidade
entre as duas.
INSTRUÇÕES
1. Em posição de seis apoios sobre o carrinho do Reformer, mãos alinhadas com
os ombros e posicionadas na parte fixa do reformer. Os pés devem estar alinhados
com joelhos, e este com os quadris e encostados no apoio de ombros. Pelve e coluna
neutras.
DICAS E CUIDADOS
- Não travar os cotovelos em extensão;
- Estabilizar escápulas
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, colocar molas menos resistentes.
COMENTÁRIOS
Os exercícios em quatro apoios, além de recrutar grandes grupos musculares,
também auxiliam no controle neuromuscular. Tal postura faz parte do processo de
desenvolvimento motor normal e, quando atendemos pacientes com alterações
neurológicas, precisamos entender que a memorização de aquisições motoras são
facilitadores e parte integrante no surgimento de novas habilidades funcionais.
6. COMBINATION MOVEMENT
SHOULDER AND HIP (CAT POSITION)
OBJETIVOS
Estabilizar dinamicamente e manter alinhamento do tronco. Fortalecer flexores
dos ombros, extensores do quadril e joelho, flexores da coluna e trasnverso
abdominal.
INSTRUÇÕES
1. Em posição de seis apoios sobre o carrinho do Reformer. Alinhe as mãos com
os ombros e as posicione na parte fixa do Reformer. Os pés devem estar alinhados
com joelhos, e este com os quadris e encostados no apoio de ombros. Pelve e coluna
neutras.
DICAS E CUIDADOS
- Não travar os cotovelos em extensão.
- Estabilizar as escápulas.
COMENTÁRIOS
Pacientes hemiplégicos com padrão espástico flexor em membro superior
beneficia-se deste exercício pela co-contração e contração ativa dos músculos dos
membros superiores. Caso o paciente não consiga manter o posicionamento dos
membros superiores adequadamente o instrutor deve ajudá-lo.
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores da coluna, quadril e ombros.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito ventral, deitado sobre a caixa na altura do inicio do esterno. Os
membros inferiores devem estar com joelhos estendidos e quadris aduzidos. Os
membros superiores devem estar em extensão, segurando as cordas com as mãos e
cotovelos também estendidos.
DICAS E CUIDADOS
- Não aumentar o grau de extensão da coluna;
MODIFICAÇÕES
8. FOOTWORK SIDE
OBJETIVOS
Fortalecer extensores do quadril e joelho e adutores do quadril da perna de apoio.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral sobre o carrinho do Reformer, pelve e coluna neutra. A cabeça
deve estar apoiada sobre o apoio de cabeça elevado. O membro superior de baixo
deve estar segurando apoio de ombro com o cotovelo flexionado. O membro superior
de cima deve estar com a mão apoiada na frente do corpo com votovelo fletido.
Mantenha o membro inferior de apoio no prolongamento do corpo com joelho
estendido e quadril aduzido. O membro inferior de cima deve estar com quadril e
joelho flexionados e com o pé apoiado na barra de pés.
DICAS E CUIDADOS
- Não permitir que a perna debaixo encoste no aparelho.
MODIFICAÇÕES
COMENTÁRIOS
É um exercício fundamental para reeducação motora. Além de estimular a
lateralidade, também estimula a consciência corporal para realizar a passada na
marcha.
9. FRONT SPLITS
OBJETIVOS
Alongar os flexores e extensores do quadril, ao mesmo tempo, fortalecer os
extensores do quadril e joelho.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, ao lado do carrinho, mantenha um pé no solo perto do início do Reformer
com joelho e quadril semi-flexionado. O outro membro inferior deve estar sobre o
carrinho do Reformer, com joelho semi-flexionado e quadril levemente estendido e pé
sobre o apoio de ombros. Segure a barra de pés com as mãos.
DICAS E CUIDADOS
- Deve-se manter o alinhamento da pélve durante todo o movimento;
MODIFICAÇÕES
COMENTÁRIOS
O movimento de avanço é um importante educativo para melhorar a qualidade
das trocas posturais que realizamos com nossos pacientes. Principalmente vindo
de posturas mais baixas para as mais altas, como sentado para o de pé.
OBJETIVOS
Estabilizar região lombo-pélvica. Fortalecer flexores e extensores do quadril
simultaneamente.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal sobre o carrinho do Reformer, posicione uma alça na planta
em de um dos pés. Inicie com os quadris flexionados a 90 graus e joelhos estendidos.
Mantenha os membros superiores ao longo do corpo.
2. Realize a extensão dos quadris até onde se consiga manter a pelve neutra.
DICAS E CUIDADOS
- Certifique-se de que a alça que não será utilizada está travada.
MODIFICAÇÕES
COMENTÁRIOS
Muita atenção e concentração deve ser dada a este exercício. Existe a necessidade
de ativar o powerhouse para manter a estabilidade pélvica. Enquanto um membro
inferior ativa os flexores de quadril o membro contralateral ativa os extensores,
essa diferença de contração de segmento para o outro, ao mesmo tempo, carece
de uma seletividade estimula a coordenação neuromucular.
11. REMADA
(SENTADA E AJOELHADA)
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores do ombros e flexores do cotovelo.
INSTRUÇÕES
1. Sentada de frente para as alças, sobre o carrinho do Reformer, mantenha os
membros inferiores cruzados com joelhos flexionados e quadril flexionado em
rotação externa. Os membros superiores deveme star à frente do corpo com cotovelos
estendidos e segurando as alças com as mãos.
MODIFICAÇÕES
- Sentar em cima de uma caixa, caso exista a necessidade, para melhorar o
alinhamento corporal e ajudar a mante a estabilização lombo-pélvica.
COMENTÁRIOS
Realizar na posição ajoelhado exige maior controle.
OBJETIVOS
Estabilização da região lombo-pélvica e cintura escapular. Fortalecimento dos
rotadores da coluna.
INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre o Reformer, com pernas cruzadas, de lado para os apoios de
ombro. Inicie o movimento em rotação da coluna em direção às alças. Mantenha
os membros superiores à frente do corpo com cotovelos fletidos e mãos unidas
segurando as alças.
DICAS E CUIDADOS
- Não permita que movimentos de membros superiores.
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, posicione um Magic Circle apoiado entre o processo xifoide e
as mãos, auxiliando na consciência do movimento.
COMENTÁRIOS
Este exercício exige muita consciência corporal.
OBJETIVOS
Estabilizar região lombo-pélvica e cintura escapular. Fortalecer os extensores do
ombro.
INSTRUÇÕES
1. Ajoelhada sobre o carrinho do Reformer, de frente para as alças e com os joelhos
apoiados no apoio de ombros. Segure as alças com as mãos mantendo a radio-ulnar
em pronação e cotovelos estendidos.
DICAS E CUIDADOS
- Cuidar com o movimento inicial, paciente não uma consciência corporal
adequada pode se desequilibrar e cair.
MODIFICAÇÕES
- Realizar o exercício na posição sentada com joelhos estendidos e membros
inferiores cruzados um sobre o outro.
COMENTÁRIOS
Cuidar com a intensidade das molas, se muito resistentes podem desequilibrar
o aluno para frente, se pouco resistentes o aluno terá maior dificuldade de manter
a estabilidade do tronco.
OBJETIVOS
Fortalecer estabilizadores quadril da perna de apoio assim como os extensores
de quadril e joelho. Alongar os flexores do quadril do membro inferior sobre o
aparelho e o extensore do membro contralateral.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, ao lado do Reformer, posicione um membro inferior apoiado na base do
carrinho e com joelho flexionado. Os membros superiores devem estar ao longo do
corpo.
DICAS E CUIDADOS
- Não permitir que rotações do joelho.
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, pode-se segurar a barra de pés com as mãos.
COMENTÁRIOS
Este é um exercício difícil que exige muito controle de powerhouse para
equilibra-se na posição e realizar o movimento. Tomar cuidado ao exolher a
ressitência das molas. Molas muito resistentes podem desequilibrar o aluno.
A PRÁTICA COM O
MÉTODO PILATES
EXERCÍCIOS NO
CADILLAC
Karla Vergaças Seleme 153
PILATES NAS patologias NEUROLÓGICAS
OBJETIVOS
Fortalecer os estensores do cotovelo, flexores da coluna e trasnverso abdominal.
INSTRUÇÕES
1. Ajoelhada, entre os postes verticais do Cadillac. Segure a barra de madeira com
as mãos, com molas vindas de trás. Iincline levemente o tronco para frente com a
radio-ulnar pronada, mantendo ombros e cotovelos a 90o.
DICAS E CUIDADOS
- A inclinação é realizada pela extensão do joelho;
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, utilize molas menos resistentes.
COMENTÁRIOS
Pacientes hemiparéticos apresentam grande incidência de lesões de ombro
do lado não acometido. Dessa forma, visto que este exercício é indicado para
estabilização da cintura escapulo-umeral se torna uma boa opção. O exercício
é contra-indicado para pacientes com lesões agudas de escápula, ombro e/ou
cotovelo.
OBJETIVOS
Fortalecer os flexores laterais da coluna e flexores do cotovelo.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral, mantenha a pelve e coluna neutras. Posicione o membro
superior de apoio com cotovelo estendido sob a cabeça. O membro superior de cima
deve estar com o ombro semi-abduzido e segurando a alça com a mão. Mantenha um
quadril fletido e outro estendido, com os pés apoiados nas baras verticais do Cadillac.
2. Inspire e realize a flexão lateral da coluna, ao mesmo tempo que flexiona o cotovelo
em direção ao ombro expirarando. Permita a adução do membro superior de apoio.
DICAS E CUIDADOS
- Evite sobrecarga no punho;
MODIFICAÇÕES
- Ao utilizar molas menos resistentes a flexão do cotovelo fica facilitada,
enquanto a flexão lateral da coluna se torna mais difícil.
COMENTÁRIOS
Indicado para quem tem déficit de lateralidade e equilíbrio. Observar
atentamente a estabilidade da cintura escapular. A mudança no posicionamento
das pernas, invertendo-as, poderá aumentar a ativação muscular por desafiar
estabilidade pélvica, e, dependendo das alterações de tônus ou características
musculares do paciente, pode facilitar ou dificultar o movimento.
3. ABDUCTION STANDING
OBJETIVOS
Fortalecer musculatura abdutora do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, em cima do Cadillac e de frente para barra horizontal segure a barra com
as mãos. Prenda a alça de pés no membro inferior mais distante e inicie o movimento
em leve flexão do quadril.
DICAS E CUIDADOS
- Manter a coluna sempre alinhada e neutra, evitando rotações e flexões;
MODIFICAÇÕES
- Para dificultar, retira uma das mãos do apoio.
COMENTÁRIOS
Indicado como educativo para pacientes com dificuldade na marcha por
oferecer estímulos de fortalecimento da musculatura estabilizadora do quadril
e coluna. O glúteo médio, responsável pela abdução do quadril tem função
estabilizadora e são recrutados durante diversos movimentos de vida diária. O
trabalho dos estabilizadores da marcha deve ser priorizado uma vez que esta
habilidade é uma das mais prejudicadas por patologias neurológicas.
4. ADUCTION STANDING
OBJETIVOS
Fortalecer musculatura adutora do quadril
INSTRUÇÕES
1. Em pé, em cima do Cadillac e de frente para barra horizontal segure a barra com
as mãos. Prenda a alça de pés no membro inferior mais próximo e inicie o movimento
em leve flexão do quadril.
DICAS E CUIDADOS
- Manter a coluna sempre alinhada, evitando rotações e flexões;
MODIFICAÇÕES
- Para dificultar, retire uma das mãos do apoio na barra horizontal;
COMENTÁRIOS
Indicado como educativo para pacientes com dificuldade na marcha por
oferecer estímulos de fortalecimento da musculatura estabilizadora do quadril
e coluna. Os adutores do quadril são responsáveis pela estabilização da pelve
e são recrutados durante diversos movimentos de vida diária. O trabalho dos
estabilizadores da marcha deve ser priorizado uma vez que esta habilidade é uma
das mais prejudicadas por patologias neurológicas.
OBJETIVOS
Fortalecimento dos extensores do quadril e coluna, abdutores do quadril e
flexores plantares do tornozelo.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, um membro inferior em flexão de quadril e joelho e pé apoiado
no solo; o outro membro inferior deve estar em flexão de quadril e extensão de joelho
com alça oposta fixa na planta do pé. Segure as barras verticais com as mãos, tendo
ombros fletidos e cotovelos semi-flexionados.
2. Inspire antes de iniciar e expire realizando a extensão do quadril com leve abdução
até a amplitude em que se mantêm a pelve e lombar neutras
DICAS E CUIDADOS
- Não realizar hiperextensão lombar ou cervical, mas também não retificá-las.
MODIFICAÇÕES
- Quanto mais baixa a fixação da mola, menor será a resistência para extensão
do quadril e maior será a necessidade de ativação dos flexores do quadril.
- Quanto mais alta a fixação da mola, maior será a resistência para extensão.
COMENTÁRIOS
A alça cruzada faz com que os músculos abdutores tenham que ser ativados
para vencer a tendência de adução do quadril promovida pelas molas.
6. ARM FLEXION
OBJETIVOS
Fortalecimento dos flexores do cotovelo.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, joelhos e quadris flexionados com pés apoiados no solo.
Posicione os membros superiores ao lado do corpo, cotovelos estendidos e radio-
ulnar pronada, segurando as alças com as mãos.
DICAS E CUIDADOS
- Manter pelve e coluna na posição neutra.
MODIFICAÇÕES
- Manter o quadril flexionado a 45 graus e joelhos estendidos sem apoio dos
pés com o solo.
COMENTÁRIOS
Apesar de um paciente hemiparético apresentar padrão flexão de membro
superior, fortalecer essas estruturas se faz importante, uma fez que musculaturas
com aumento de tônus não podem ser consideradas fortes. Além disso, não
foram encontrados dados na literatura pesquisada que indica aumento do padrão
patológico ao fortalecer essas estruturas.
7. COORDENATION STANDING
OBJETIVOS
Fortalecer os flexores do ombro, extensores do cotovelo, rotadores e flexores da
coluna, assim como o trasnverso abdominal.
INSTRUÇÕES
1. Em pé de costas para o aparelho, posicione os membros inferiores abduzidos na
largura dos quadris. Segure as alças com as mãomantendo os cotovelos fletidos e
radio-ulnar neutra.
DICAS E CUIDADOS
- Não realizar hiperextensão lombar;
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, realize somente movimento dos membros superiores.
COMENTÁRIOS
Indicado para pacientes com patologias que acarretem déficit de equilíbrio
dinâmico e de coordenação motora, especialmente patologias que causem
alterações na dinâmica da marcha.
Vale inicialmente utilizar molas de maior resistência para que ele consiga os
benefícios oriundos da coordenação e não se sinta frustrado com a não realização
do exercício.
8. FLYING
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores da coluna e do cotovelo. Alongar os flexores do ombro
e da coluna.
INSTRUÇÕES
1. Decúbito ventral sobre o cadillac. Mantenha os ombros estendidos com flexão dos
cotovelos apoiados sobre a coluna lombar segurando as alças nas mãos. Mantenha a
cervical alinhada e inspire antes de iniciar o movimento.
DICAS E CUIDADOS
- Não realizar hiperextensão da coluna cervical.
MODIFICAÇÕES
- Realizar somente movimento dos membros superiores;
COMENTÁRIOS
Pacientes com doença de parkison, que apresentam padrão flexor corporal,
necessitam de exercícios de extensão da coluna para melhora da consciência
corporal e alinhamento global.
9. FLYING 2
OBJETIVOS
Fortalecer extensores de coluna e extensores do ombro. Alongar os flexores da
coluna.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito ventral sobre o Cadillac. Mantenha os membros superiores no
prolongamento do corpo segurando as alças com as mãos. Inspire antes de iniciar o
movimento.
DICAS E CUIDADOS
- Não realizar hiperextensão da coluna cervical.
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, realize somente movimento de membros superiores.
COMENTÁRIOS
Quando invertemos o padrão respiratório nos movimentos de extensão
de coluna, estimulamos a expiração a ser realizada no curso do movimento, para
que com ela, ativando os músculos abdominais, exista suporte para facilitar e
estabilização lombo-pélvica evitando que uma hiperextensão lombar.
Para algumas pessoas inverter o padrão torna-se muito difícil para coordenação
da respiração com o movimento, o que é normal, visto que o padrão respiratório
invertido vai “contra” a mecânica normal do movimento.
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores do cotovelo.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, joelho e quadris flexionados e pés apoiados no aparelho.
Segurar a barra torre com as mãos com os ombros e cotovelos flexionados a 900. A
barra torre deve estar presa a molas ascendentes. Inspire antes de iniciar o movimento.
DICAS E CUIDADOS
- Não realizar hiperextensão da cervical.
MODIFICAÇÕES
- Pode-se utilizar acessórios para estimular a ativação dos adutores de quadril
como uma bola pequena ou o Magic Circle.
COMENTÁRIOS
Podemos variar o padrão respiratório para melhorar expansibilidade da
caixa torácica e para aumentar o tempo de ativação concêntrica dos extensores
do cotovelo.
11. OFFERING
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores do cotovelo e flexores dos ombros.
INSTRUÇÕES
1. Sentada, de costas para as alças de mãos, mantenha os membros inferiores
com joelhos estendidos e quadris aduzidos. Inicie o movimento com os cotovelos
flexionados a 90 graus segurando as alças com as mãos tendo a radio-ulnar em
supinação.
DICAS E CUIDADOS
- Não realizar hieperextensão ou flexão lombar.
MODIFICAÇÕES
- Para dificultar, utilizar molas mais resistentes.
- Para facilitar, pode-se sentar sobre umacaixa ou outro apoio caso paciente
não consiga manter a pelve neutra com os joelhos estendidos.
COMENTÁRIOS
Paciente com doença de parkison, esclerose múltipla, hemiplegias, entre
outras patologias que apresentam padrão flexor corporal, se beneficiam de
exercícios sentados, pois é nesta posição que os eretores de coluna são mais
recrutados para a manutenção da postura e consequente ganho de consciência
corporal e alinhamento global.
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores do quadril e joelhos, estimular o equilíbrio dinâmico.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, de frente para as barras verticais, com as molas fixas através das alças de
coxa acima dos joelhos. Inspire antes de iniciar o movimento.
DICAS E CUIDADOS
- Evitar transferir o peso corporal para o membro inferior atrás
MODIFICAÇÕES
- Se o paciente necessitar ele pode segurar-se com as mãos nas barras do
aparelho.
COMENTÁRIOS
Indicado para auxiliar pacientes com dificuldade nas trocas posturais, na
marcha e com déficits de equilíbrio.
OBJETIVOS
Fortalecer musculatura extensora da coluna e do quadril, flexores do cotovelo e
extensores horizontais do ombro.
INSTRUÇÕES
1. Sentada, de frente para as molas segure as alças com as mãos. Mantenha os
joelhos estendidos e os ombros fletidos à frente do corpo.
DICAS E CUIDADOS
- Mantenha os membros inferiores apoiados no aparelho o tempo todo.
MODIFICAÇÕES
- Realizar o movimento por partes, primeiro a extensão da coluna e depois a
rotação.
COMENTÁRIOS
Indicado para pessoas com desvios posturais e pessoas que apresentem
distúrbios de lateralidade ou assimetria corporal muito intensa.
OBJETIVOS
Mobilizaçao de coluna e fortalecimento dos extensores do quadril, joelho e
coluna.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, com os membros superiores ao longo do tronco, quadril e
joelhos flexionados e pés apoiados no aparelho. Posicione as alças acima dos joelhos.
DICAS E CUIDADOS
- Mantenha o alinhamento dos tornozelos, joelhos e quadris, não deixando
que o quadril abduza ou aduza.
MODIFICAÇÕES
COMENTÁRIOS
As molas auxiliam na execução do movimento, fazendo uma leve tração nos
membros inferiores à medida que o quadril estende. Essa tração proporciona em
uma descompressão da articulação coxo-femora.
OBJETIVOS
Fortalecer músculos estabilizadores de cintura escapular e pélvica. Fortalecer os
flexores laterais da coluna, abdutores do quadril e adutores do ombro.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral, apoie o cotovelo e antebraço no Cadillac mantendo a
abdução do ombro e flexão do cotovelo. O membro superior livre deve estar com ombro
abduzido a 90 graus, cotovelo estendido e segurando a alça com a mão. Mantenha os
joelhos estendidos.
DICAS E CUIDADOS
- Manter o cotovelo de apoio alinhando com o ombro.
MODIFICAÇÕES
16. SQUAT
OBJETIVOS
Fortalecer extensores do quadril e joelhos.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, de frente para as molas, posicione alças de coxas logo acima dos joelhos.
DICAS E CUIDADOS
- Realizar o movimento de forma lenta e controlada.
MODIFICAÇÕES
- Pode-se posicionar uma caixa atrás do paciente para aumentar a sensação
de segurança, como se fosse um banco para sentar-se.
COMENTÁRIOS
Indicado para auxiliar pacientes com dificuldade nas trocas posturais, na
marcha e com déficits de equilíbrio.
A PRÁTICA COM O
MÉTODO PILATES
EXERCÍCIOS NO
BARREL
Karla Vergaças Seleme 188
PILATES NAS patologias NEUROLÓGICAS
OBJETIVOS
Fortalecer extensores do cotovelo, flexores dos ombros e da coluna e transverso
abdominal.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, com tornozelos em flexão plantar, joelhos estendidos em frente ao Barrel,
pelo lado de fora do aparelho, apoie as duas mãos no aparelho com cotovelos
estendidos e ombros fletidos a 90 graus.
DICAS E CUIDADOS
- Cuidado para não anteriorizar.
MODIFICAÇÕES
- Mudar a posição das mãos, segurando o barrel pelas laterais, alterando assim
o movimento que passa de extensão e flexão para extensão e flexão horizonta.
COMENTÁRIOS
Indicado para patologias que necessitam de um controle postural e de
equilíbrio em posição ortostática. É um ótimo exercício para pacientes que
ainda apresentem dificuldade realizar o exercício prancha, seja em função de
fraqueza muscular em membros superiores, ou em flexores da coluna e trasnverso
abdominal.
2. SIDE BODY
OBJETIVOS
Fortalecer os flexores laterais da coluna e mobilizar a coluna vertebral.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral, sobre o barrel, apoie os pés sobre a base do barrel com joelhos
estendidos, pelve e coluna neutras. Posicione os dorsos das mãos na testa com ombros
abduzidos e cotovelos fletidos. Inspire antes de iniciar o movimento.
DICAS E CUIDADOS
- O dorso das mãos é colocado na testa para evitar a flexão cervical durante o
movimento.
- Ativar o powerhouse.
MODIFICAÇÕES
COMENTÁRIOS
Pacientes com Alzheimer beneficiam-se deste exercício por ser simples de
realizar, o comando verbal e a demonstração dos exercícios pelo profissional
auxiliam no aprendizado dos exercícios.
OBJETIVOS
Alongar os extensores do quadril e coluna.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, do lado de fora do barrel, flexione o quadril e joelho de um dos membros
inferiores e apoie o pé em um degrau alto do espaldar. Segure com as mãos o espaldar
no nível mais alto. Inspire antes de iniciar o movimento.
DICAS E CUIDADOS
- Pode usar a dica verbal de “crescer” o calcanhar para longe;
MODIFICAÇÕES
4. SUPINE STRETCH
OBJETIVOS
Mobilizar coluna em extensão e flexão, alongar e fortalecer os extensores da coluna.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, de costas para o barrel, mantenha os joelhos levemente flexionados.
Membros superiores devem estar à frente do corpo, alinhados. Inspire antes de iniciar
o movimento.
DICAS E CUIDADOS
- Manter o posicionamento da cabeça em conformidade com o restante da coluna.
MODIFICAÇÕES
- Quanto mais distante o paciente estiver do barrel, menor a amplitude de
movimento e mais fácil será executar.
COMENTÁRIOS
Indicados para pacientes com hipercifose torácica, que apresentam
fraqueza na musculatura flexora do tronco e dificuldade em manter-se em pé
sobre uma base estável pequena. Fique atento quando diminuir a base de apoio
do pacienteneste exercício. Pacientes acostumados a um padrão de marcha com
base alargada, como os portadores de Parkinson, sentem maior dificuldade, tanto
na extensão da coluna, quanto na manutenção da postura em bases de apoio
menores.
A PRÁTICA COM O
MÉTODO PILATES
EXERCÍCIOS NO
CHAIR
Karla Vergaças Seleme 197
PILATES NAS patologias NEUROLÓGICAS
1. CALF
OBJETIVOS
Fortalecer os flexores plantares do tornozelo.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, de frente para cadeira, flexione um joelho e quadril e apoie o antepé sobre
o pedal. O membro inferior de apoio deve estar com joelho estendido e quadril em
leve extensão com o pé apoiado no solo. Mantenha a coluna alinhada com o membro
inferior de apoio e apoie as mãos no assento da cadeira.
DICAS E CUIDADOS
- Manter estabilidade cintura escapular.
MODIFICAÇÕES
- Para dificultar realize o movimento sem apoiar as mãos no assento da
cadeira.
COMENTÁRIOS
Indicado para pacientes com déficit equilíbrio, dificuldades em manter-se
em pé com alinhamento da coluna, ou mesmo durante a marcha, seja por déficit
em controle muscular ou falta de consciência corporal.
2. FOOTWORK –
ONE LEG PUMP FRONT
OBJETIVOS
Fortalecer estabilizadores do quadril, trasnverso abdominal e extensores do
joelho e quadril.
OBS: Este exercício deve ser realizado com molas mais leves inicialmente, priorizando
a estabilização do movimento.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, de frente para a cadeira, flexione o quadril e joelho de um dos membros
inferiores e apoie o antepé sobre pedal da Chair. Mantenha os membros superiores à
frente do corpo.
DICAS E CUIDADOS
- Cuidado para não perder a alongamento axial.
MODIFICAÇÕES
- Apoiar as mãos na barra da
cadeira para facilitar.
COMENTÁRIOS
Além de indicado nas patologias ortopédicas relacionadas a articulação
dos joelhos, pacientes que apresentam necessidade em estimular a atividade
do glúteo médio e seletividade do quadril também são beneficiados por esse
exercício devido a necessidade estabilizadora do membro inferior de apoio.
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores do quadril e joelhos. Estimular equilíbrio dinâmico e o
controle excêntrico do movimento.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, de frente para cadeira, flexione o quadril e o joelho de um dos membros
inferiores e apoie o pé sobre o assento da Chair. O outro membro inferior deve estar
com o pé sobre o pedal do aparelho. Segure as barras laterais com as mãos.
DICAS E CUIDADOS
- Evitar a flexão da coluna.
MODIFICAÇÕES
- Para dificultar, subir sem segurar nas barras.
COMENTÁRIOS
Uma vez que os tratamentos da maioria das patologias neurológicas buscam
a melhora da capacidade funcional do paciente, este exercício pode ser utilizado
como educativo, além de fortalecimento muscular, para diversas atividades do dia
a dia, como subir e descer escadas, por exemplo. Se a execução inicialmente for
muito difícil pode-se começar o exercícios com molas de maior resistência, apoio
das duas mãos sobre a barra e sem associar os movimentos de tornozelo. Evolua
progressivamente tornando a tarefa mais complexa.
4. FOOTWORK - ALTERNATE
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores do quadril e joelho. Fortalecer e estabilizar músculos
eretores da coluna, favorecendo o alongamento axial.
INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre os ísquios no assento da cadeira, mantenha os quadris e joelhos
flexionados, coluna e pelve neutra, e os pés sobre pedais dissociados.
DICAS E CUIDADOS
- O paciente deve sentar-se bem à frente no assento cadeira;
MODIFICAÇÕES
- Manter os pés em posição neutra.
COMENTÁRIOS
Em se tratando de uma pequena base de suporte para o sentar, nossos
pacientes terão bastante dificuldade em manter o alongamento axial, ocasionado
tanto pela fraqueza de eretores de coluna, quanto também pelo encurtamento
muscular da cadeia muscular posterior.
5. HOLDING BACK
OBJETIVOS
Fortalecer extensores do joelho e quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal sobre a cadeira e o seu extensor, mantenha os ombros flexionados
a 90 graus. Flexione os joelhos e quadril e apoie os pés sobre os pedais da Chair.
DICAS E CUIDADOS
- Cuidado para não flexionar a coluna cervical durante o exercício.
MODIFICAÇÕES
COMENTÁRIOS
Alguns pacientes apresentam um padrão postural flexor acompanhado da
retroversão de pélvica, como é o caso de pacientes com Alzheimer e Parkinson.
Por outro lado, pacientes hemiparético tendem a apresentar anteversão da pelve.
Este exercício se adequa aos dois perfis de pacientes, buscando sempre a pelve
neutra.
6. SITTING SIDEWAYS
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores do quadril e joelho. Fortalecer e estabilizar músculos
eretores da coluna, favorecendo o alongamento axial.
INSTRUÇÕES
1. Sentada de lado na cadeira, com membros inferiores abduzido, quadril e joelho
flexionados, pelve e coluna neutra. Apoie um pé sobre o pedal da Chair e o outro sobre
uma caixa. Mantenha os ombros fletidos a 90 graus a frente do corpo.
DICAS E CUIDADOS
- Cuidado para não realizar retroversão ou anteversão da pelve durante o
movimento.
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, pode-se posicionar uma caixa para pacientes com encurtamento
muscular em cadeia posterior sentarem sobre.
COMENTÁRIOS
Alguns pacientes se beneficiam de exercícios que trabalham grandes
amplitudes de movimento, como no caso do paciente com doença de Parkinson.
Todos os exercícios em que o paciente necessita manter a manutenção da postura
da coluna, sem auxílios externos, são exercícios que visam o recrutamento dos
músculos eretores da coluna e musculatura abdominal estabilizadora, necessários
nas atividades funcionais, como nas trocas posturais.
OBJETIVOS
Fortalecer extensores da coluna e dos ombros. Mobilizar coluna em extensão.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito ventral no solo de frente aos pedais da cadeia apoie as mãos no
pedal. Mantenha os membros superiores no prolongamento do corpo com cotovelos
estendidos.
2. Realize a extensão dos ombros contra a resistência dos pedais e, ao mesmo tempo
estenda a coluna a coluna.
DICAS E CUIDADOS
- Evitar extensão excessiva da coluna cervical.
MODIFICAÇÕES
- Colocar molas mais resistentes facilitam a extensão da coluna, mas dificultam
a extensão do ombro.
8. TRICEPS
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores do cotovelo, quadril e joelhos.
INSTRUÇÕES
1. De costas para o pedal da Chair, flexione quadril e joelhos e permaneça em flexão
plantar. Segure o pedal do aparelho com as mãos, tendo os ombros em hiperextensão
e em rotação interna.
DICAS E CUIDADOS
- Manter a flexão do joelho durante o movimento.
MODIFICAÇÕES
- Para facilitar, pode-se sentar o aluno sobre uma caixa, com joelhos e quadril
flexionados à 900 e pés apioados no solo.
COMENTÁRIOS
Trabalhamos o equilíbrio graduando a tensão que a mola exerce durante
o exercício. Se deixarmos o exercício ser realizado com molas menos resistentes,
ficará muito mais intenso o estímulo para os membros inferiores e estabilizadores
da coluna.