PILATESNOQUADRILLivro1 PDF
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 04
ANATOMIA E BIOMECANICA DA CINTURA PELVICA 09
ARTICULAÇAO DO QUADRIL 09
ARTICULAÇAO SACROILIACA 14
SACRO 15
ILIACO 19
SINFISE PUBICA 20
COCCIX 21
PATOLOGIAS DO QUADRIL 23
OSTEOARTROSE DO QUADRIL 24
QUADRO CLINICO 27
TRATAMENTO 28
ARTROPLASTIA DO QUADRIL 31
TRATAMENTO 33
BURSITES DO QUADRIL 35
TRATAMENTO 38
PUBALGIA 39
TRATAMENTO 41
DISFUNÇÃO SACROILIACA 41
BIOMECÂNICA E APLICAÇÕES DO PILATES 47
PRESCRIÇÃO DE EXERCICIOS PARA PATOLOGIAS DO QUADRIL 53
EXERCICIOS NO SOLO 55
EXERCICIOS NO LANDER BARREL 82
EXERCICIOS NO CADILAC 92
EXERCICIOS NA REFORMER 117
CHAIR 151
REFERENCIAS 163
INTRODUÇÃO
C
om os avanços tecnológicos, automação, informatização dos postos de
trabalho ocorridos a partir do século XX, a postura sentada foi a mais
frequentemente adotada.
Essa transmissão ocorre a partir da quinta vértebra lombar, que suporta o impacto
que é então repartido em duas partes iguais em direção às asas do sacro, para
depois, através das espinhas ciáticas, dirigir-se até a cavidade cotiloide (Kapandji,
2000). Além disso, a cintura pélvica possui um sistema de auto travamento devido
à sua forma (formato da articulação sacroilíaca, a orientação do sacro na posição
anteroposterior) e sua força (ligamentos e músculos que estabilizam a cintura
pélvica) (Lee et. al 2001).
ANATOMIA E BIOMECÂNICA
DA CINTURA PÉLVICA
A
cintura pélvica transmite forças entre a coluna vertebral e os membros
inferiores. O peso que a 5ª vértebra lombar suporta se divide em duas
partes iguais nas asas do sacro, depois para espinhas ciáticas e vai para a
cavidade cotiloide.
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL
O quadril é a articulação mais estável do corpo e está relacionada a função de
suporte do peso corporal e locomoção desenvolvida pelos membros inferiores. A
articulação coxofemoral é uma enartrose, constituída pela cabeça femoral (estrutura
formada por 2/3 de uma esfera e colo femoral o qual serve de suporte para a cabeça
femoral e assegura a sua união com a diáfise do fêmur) e a cavidade cotiloide
(cavidade do acetábulo) situada na face externa do osso ilíaco.
Quando ocorre báscula lateral para o lado oposto ao apoio unilateral e inclinação
da parte superior do tronco é possível observar insuficiência dos glúteos mínimo
e médio (sinal de Trendelenburg)
ARTICULAÇÃO SACROILÍACA
A articulação sacroilíaca faz parte da cintura pélvica e também tem a função
de transferir cargas dos membros inferiores para a parte superior do corpo
(Hungeford 2003).
SACRO
O sacro é formado pela fusão de cinco vértebras sacrais. Tem concavidade
anterior em forma de pirâmide quadrilateral de base superior (Ricard 2005). O
sacro encontra-se encaixado entre as duas asas ilíacas no plano transversal e cada
asa é considerada um braço de alavanca. Possui uma faceta articular (Kapandji
2000). Forma com a coluna lombar um ângulo lombo sacro entre 118º- 126º. Sua
face posterior é convexa, apresenta crista média formada por três tubérculos
sacrais resultantes da fusão das apófises espinhosas. Essa crista media bifurca-se
para baixo e para dentro formando os cornos sacrais. De cada lado dessa crista
é possível observar:
ILÍACO
O ilíaco é um osso plano, largo em forma de hélice. Possui três segmentos:
Possui três pontos primitivos (ilíaco, ísquio e o púbis) e seis pontos secundários
(crista ilíaca, espinha ilíaca anterossuperior, espinha ilíaca póstero-inferior,
tuberosidade isquiática, cavidade cotiloide (acetábulo).
Em sua face externa tem a inserção dos músculos abdominais, abdutores da coxa
e reto anterior. No ísquio tem a inserção dos músculos isquiotibiais. Na face interna,
na região da fossa ilíaca interna se insere o músculo ilíaco. No ramo horizontal do
púbis e descente do ísquio se insere o obturador interno. No ramo ascendente do
ísquio se insere o músculo obturador interno e o músculo períneo. Na tuberosidade
ilíaca, o músculo sacrolombar que se articula com o sacro. No seu ramo descendente
do púbis tem a superfície articular púbica (Ricard 2005).
O Sacro em sua fase posterior com a sínfise púbica. A eminência pectínea é o ponto
de união entre o ilíaco e o púbis onde há a eminência que representa a passagem
de uma linha que ocorre a passagem da força da coluna vertebral para os membros
inferiores (Kapandji 2000).
SÍNFISE PÚBICA
O púbis forma na face inferior medial do ilíaco une-se com o púbis do lado oposto,
através de uma espessa cartilagem formando a sínfise púbica. A sínfise púbica é
uma anfiartrose (articulação semimóvel entre extremidades ósseas formada por
fibrocartilagem ou membranas sinoviais) que permite movimentos de separação e
deslizamento. A sínfise púbica é uma superfície oval que mede 3cm de largura e 1,2
cm de altura. Forma um ângulo de 30º horizontal (Ricard 2005).
Na sua vista interna é bloqueada pelo ligamento anterior, onde se insere o tendão
do músculo reto do abdômen. A articulação do púbis absorve parte das forças
descendentes e ascendentes que são aplicadas ao corpo e seu comportamento
depende diretamente dos movimentos da articulação sacroilíaca.
Já as forças ascendentes provocadas pelo apoio dos pés no solo sobem ao longo
do fêmur até a articulação coxofemoral, terminando uma parte ao nível do púbis.
(D.C Azevedo et al 1999).
CÓCCIX
O cóccix é formado pela fusão de quatro a seis vértebras atrofiadas. Sua face
anterior é côncava e apresenta sucos transversais. A face posterior é convexa e
apresenta também sucos transversais. Sua base se correlaciona com o vértice do
sacro e lateralmente apresenta protuberâncias em sua extremidade (Ricard 2005).
• Integridade óssea
• Controle neural
PATOLOGIAS DO QUADRIL
A
articulação do quadril é de extrema importância na marcha e sustentação
do peso corporal. É submetida a forças iguais ou maiores em relação ao
peso corporal. Para que haja estabilidade nessa articulação é necessário a
integridade óssea, articular e miofascial. Além desses fatores é possível observar que
a configuração anatômica da articulação, orientação das trabéculas, orientação da
cápsula e ligamentos e força dos músculos peri-articulares e a fáscia são elementos
que contribuem para estabilização desse segmento. (Lee et al 2001).
OSTEOARTROSE DO QUADRIL
A osteoartrose do quadril é a patologia do quadril mais frequentemente
observada no estúdio de pilates. Com esse grande número de aparecimento da
osteoartrose no ambiente de pilates é necessário compreender a fisiopatologia da
doença e qual a melhor forma para promover a melhora do paciente. A osteoartrose
ou osteoartrite é a doença articular mais frequente, sendo a principal causa a dor
musculoesquelética (SATO 2004). É a mais importante das doenças reumáticas,
afeta todos os componentes articulares, principalmente a cartilagem. Em países
desenvolvidos é uma das dez doenças mais incapacitantes e é uma das doenças
crônicas com maior prevalência (LC Miranda et al 2015).
das articulações que suportam peso. Entretanto a obesidade não explica o início
da patologia, mas é possível afirmar que a obesidade agrava e acelera o curso das
doenças articulares. (Sizinio et al 1998, A.E Rosales et al 2014, LC Miranda et al 2015)
Estima-se que 9,6% dos homens e 18% das mulheres com idade superior a 60 anos
apresentam osteoartrite sintomática (LC Miranda et al 2015). No Brasil, a população
de indivíduos maiores de 60 anos (cerca de 19 milhões) irá saltar, em 2050, para mais
de 64 milhões. É um dado alarmante, pois há um aumento da incapacidade, perda
de qualidade de vida e os custos ao sistema de saúde gerados por essa doença (MU
Rezende et al 2013).
Tais achados são evidentes nos exames radiológicos dos pacientes com
osteoartrose (Patrizzi et al 2004). Outras alterações que podem ser observadas
são a presença de citocinas associadas ao tecido adiposo, incluindo adiponectina,
leptina e resistina, que podem influenciar a osteoartrose através da degradação
direta da articulação ou pelo controle de processos inflamatórios locais. (MU
Rezende et al 2013)
QUADRO CLÍNICO
A dor é o principal sintoma em pacientes com osteoartrose (Sizinio et al 1998, A.E
Rosales et al 2014, LC Miranda et al 2015, Sato 2004, VS Duarte et al 2013, BRUNS et
al 2003, MU Rezende et al 2013, Patrizzi et al 2004, Coimbra et aI 2004, N A Ricci e I
B Coimbra 2006). A dor é insidiosa e pode ser acompanhada por rigidez na região
acometida. Em seu quadro inicial apresenta-se ao iniciar movimentos (protocinética)
e aos esforços (Sato 2004). Na osteoartrose do quadril a dor localiza-se na região
inguinal ou nádegas, podendo irradiar para face medial da coxa até os joelhos (SATO
2004, Bruns A, et al 2003, N A Ricci e I B Coimbra 2006, Coimbra et aI 2004)
TRATAMENTO
A prática de exercícios físicos tem sido descrita como importante tratamento na
prevenção e reabilitação da osteoartrose. Devem ser associados ao tratamento:
programas educativos para o esclarecimento sobre a doença, envolver o paciente no
seu tratamento, incentivar a prática de atividades esportivas sob orientação de um
profissional habilitado, orientação com relação à ergonomia do trabalho doméstico
e/ou profissional (Coimbra et aI 2004), além da importância da perda de peso como
um dos pilares do tratamento da osteoartrite (A.E Rosales et al 2014). O exercício
físico pode ser empregado para a redução do quadro álgico e rigidez articular, perda
da mobilidade articular sem destruição importante da articulação, desalinhamento
articular ou uso anormal da articulação, sintomas de fraqueza muscular, fadiga e
resistência alterações da marcha e do equilíbrio (VS Duarte et al 2013, Coimbra et aI
2004, Sato 2004)
D Lee 2001 faz uma descrição da biomecânica da lesão completa que permite
o entendimento do mecanismo de lesão e as compensações geradas. Favorece ao
terapeuta um melhor entendimento do quadro clínico do seu paciente e dessa forma
seja possível traçar a melhor estratégia de tratamento e a descrição dos movimentos
ARTROPLASTIA DO QUADRIL
A artroplastia de quadril é um procedimento cirurgico que realiza a substituição
total ou parcial da articulação do quadril por próteses, que tem por objetivo
restaurar a mobilidade articular, a função muscular, dos ligamentos e tecidos moles
que promovem a estabilidade da articulação.
Pode ser classificada quanto a substituição parcial ou total dos elementos articulares
do quadril. A artroplastia parcial do quadril é utilizada quando há preservação da
cartilagem do acetábulo. Nesse casos, a prótese utilizada é apenas na cabeça do
fêmur que se articulará diretamente com a cartilagem acetabular preservada, não
há o componente acetabula protético.
TRATAMENTO
O aumento ou manutenção da resistência e força muscular promovem a prevenção
de quedas, aumentam a independência funcional e o retorno as atividades diárias
mais brevemente. É necessário manter uma atividade aeróbica moderada com
duração mínima de 30 minutos e frequência de três a cinco vezes por semana. A
atividades de baixo impacto devem ser escolhidas pelos pacientes para a realização
de atividade fisica, esportiva e de lazer, pois dessa forma haverá menor risco de
complicações com as próteses (ACR Melo. 2009).
BURSITES DO QUADRIL
Bursas são coxins que possuem a função de amortecer o atrito entre as
proeminências ósseas e os tecidos moles. A inflamação bursal ou bursite pode
ocorrer devido micro traumas, artrite, disfunção muscular, overuse (treino excessivo)
ou trauma agudo. Pode ser confundida em seu diagnóstico clínico como patologias
lombares, pélvicas, inguinais, articulares do quadril e infecção local.
BURSITE TROCANTERIANA
Bursite trocantérica é uma patologia com dor crônica, intermitente, acompanhada
de desconforto à palpação da região lateral do quadril devido processo inflamatório
das bursas. C R Schwartsmann et al 2014). Tem sua maior prevalência em mulheres,
isso pode ocorrer devido a biomecânica alterada associada com diferenças no
tamanho, forma e orientação da pelve (ginecóide x androide) além da sua relação
com os distúrbios da banda iliotibial.
As bursas são bolsas revestidas por sinovial com fluidos em seu interior,
responsáveis pela diminuição do atrito entre os tendões e os músculos sobre as
proeminências ósseas. A bursa trocantérica é a mais comumente afetada pelo
quadro de inflamação. É causada por micro traumas repetitivos devido uso ativo dos
músculos que se inserem no trocânter maior, causando mudanças degenerativas
dos tendões, dos músculos ou de tecidos fibrosos (C R Schwartsmann et al 2014).
Sua dor se inicia de forma insidiosa. A anatomia do fêmur proximal (varo) e fraqueza
dos abdutores do quadril são fatores predisponentes para o desenvolvimento da
bursite trocantérica (Iannotti J.P. Parker RD 2013).
Descrita como “maior síndrome da dor trocantérica,” é caracterizada por dor lateral
do quadril crónica exacerbada por abdução ativa, passiva adução, e palpação direta.
A banda íliotibial e o tensor da fáscia lata agem como uma banda de tensão
lateral para resistir a tensões de tração sobre o aspecto côncavo do fêmur, sendo
frequentemente comprometida e causa a bursite trocantérica. Lesões no glúteo
médio, são encontrados em até 22% dos pacientes idosos e também pode ser uma
causa subjacente da dor no quadril lateral. A incidência da bursite trocantérica é mais
elevada na população de adultos e idosos e sua etiologia é multifatorial, podendo
afetar pacientes de todas as idades (DP Lustenberge et al 2011) .
TRATAMENTO
É possível observar que o sistema lateral do quadril (estabilizadores) se encontram
alterados e dessa forma há a perda da estabilidade dinâmica. O desequilíbrio
muscular promove padrões anormais de movimento. O tratamento baseia-se em
proporcionar uma maior estabilização do quadril, reforço da musculatura que se
apresenta enfraquecida e alongamento dos músculos que tendem a se tornar tensos
nessa lesão. O fortalecimento do glúteo médio proporciona maior equilíbrio pélvico
transversal, dessa forma há uma redução da sobrecarga tensional.
PUBALGIA
A articulação do púbis absorve parte das forças descendentes e ascendentes
que são aplicadas ao corpo e seu comportamento está diretamente ligado aos
movimentos da articulação sacroilíaca.
Já as forças ascendentes provocadas pelo apoio dos pés no solo sobem ao longo
do fêmur até a articulação coxofemoral, terminando uma parte ao nível do púbis.
O comportamento do púbis está diretamente ligado com os movimentos dessas
articulações. Durante o apoio unipodal, o pé no solo transmite uma força ascendente
que é aplicada na articulação coxofemoral.
O quadro clínico pode iniciar-se de forma aguda ou crônica, com dor na região
inguino púbica, normalmente unilateral, com possível irradiação para a parte medial
da coxa até o joelho. A intensidade da dor é aumentada pela contração resistida e
estiramento dos músculos adutores e abdominais (D.C Azevedo et al 1999).
TRATAMENTO
O tratamento da pubalgia deve ser estabelecido com intuito de promover o
fortalecimento e reeducação neuromuscular do movimento funcional, associado a
técnicas de terapia manual e técnicas de liberação das restrições das fáscias. Um
programa de reabilitação abrangente deve desenvolver a coordenação e a força
dos adutores do quadril, flexores, rotadores internos, extensores, estabilizadores
do quadril e da musculatura da coluna vertebral lombo pélvica e assim promover
uma recuperação efetiva. Para um tratamento efetivo é necessário acrescentar no
treinamento, atividades em apoio unipodal em uma superfície instável para que se
possa ativar a musculatura profunda da pelve e estabilização do quadril, bem como
desenvolver a propriocepção e percepção cinestésica. (A. A. Ellsworth et al 2014)
DISFUNÇÃO SACROÍLIACA
A palavra disfunção sugere a função anormal da articulação (rigidez- artrodese,
relaxamento- instabilidade). Essa função anormal não está diretamente relacionada
a dor, sendo possível indivíduos apresentarem a disfunção sem quadro álgico. Os
sintomas podem ocorrer com o tempo devido as articulações rígidas promovem
compressão adicional as articulações acima ou abaixo delas.
Maigne et al 1996 apud Lee et al 2001, descreve que grande parte das patologias
sacro ilíacas sejam oriundas de patologias dos tecidos moles que circundam a
articulação e que a dor pode estar relacionada a disfunção das articulações acima/e
ou abaixo dela. Concomitante a essa descrição, Freburger JK, 2001 e O’Sullivan PB
et al 2002 apud Ramírez CR, Lemus DMC 2010 descreveram que a disfunção da
articulação sacroilíaca ocorre provavelmente por mal alinhamento ou movimento
anormal nesta.
BIOMECÂNICA E
APLICAÇÕES DO PILATES
E
m uma era de sedentarismo, alterações posturais devido trabalho excessivo e
grande carga de estresse, o método pilates vem ganhando espaço por trazer
diversos benefícios a saúde. O treinamento de Pilates melhora a flexibilidade
geral do corpo, o alinhamento postural e a coordenação motora, aumento da força
muscular que tem uma relação direta com o processo de reeducação postural,
melhora do controle motor e do recrutamento muscular, aumento da consciência
corporal, preservação do tônus muscular (CR Sinzato e cols 2013).
Por outro lado, uma lesão no flexores secundários do quadril, como adutor
curto, grácil, e fibras anteriores do glúteo mínimo, contribui para uma inclinação
pélvica anterior excessiva e lordose lombar exagerada. A ativação antecipatória dos
abdominais tem sido demonstrado ser mais consistente pelo transverso abdmonial.
Para que ele haja um funcionamento de forma adequada do CORE, é preciso que
tenha uma coordenação eficiente entre os três sistemas (passivo, ativo e nervoso).
Disfunções ou alterações em qualquer um desses três sistemas pode gerar uma ação
negativa na operação dos outros sistemas. No treinamento do centro de força, os
músculos devem ser suficientemente fortes para estabilizar e devem ser recrutados
A força exercida pela mola não é uma constante como a de um halter, será
diferente a medida que seu comprimento variar, o que promove uma mudança na
demanda muscular ao longo da amplitude. Além disso, a resistência da mola pode
Dessa forma, se o objetivo for recuperar a ADM, e o paciente tiver pouca amplitude
de movimento de flexão (em torno de 60º), é necessário iniciar o tratamento com
a mola alta, com variação que proporciona o aumento gradual da força muscular
resultante. Quando a mola se apresenta alta há a vantagem de gerar uma sobrecarga
maior na amplitude disponível do paciente e ainda atuar sobre os músculos numa
posição mais alongada, o que favorece a um estímulo para a adição de sarcômeros
em série. Essa mudança na estrutura do tecido muscular tem sido é fator importante
para o aumento da amplitude de movimento e da maior capacidade de produção
de força em maiores comprimentos musculares.
PRESCRIÇÃO DE EXERCICIOS
PARA PATOLOGIAS DO QUADRIL
A
tualmente o número de praticantes de pilates com lesões no quadril vem
aumentando. As alterações do quadril, a avaliação física de cada indivíduo,
achados clínicos devem ser observadas com atenção para a prescrição dos
exercícios. Algumas considerações devem ser observadas e atentamente seguidas
para que através do exercício não haja uma progressão da patologia do paciente.
As altas forças no quadril podem ser um fator de risco para desenvolvimento de
osteoartrites em quadris saudáveis com o aumento da idade (MAVI et al 2004).
OBJETIVO:
Fortalecimento de abdutores e rotadores externos do quadril e flexores laterais da
coluna juntamente com o transverso abdominal. Estabilização da cintura escapular
e ombro.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral com apoio em joelho e mão. Para o lado de apoio: mantenha
o ombro abduzido e cotovelo estendido, o quadril deve estar abduzido e o joelho fletido.
3. Realizar abdução do quadril direito com joelho estendido até a linha do corpo.
FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
(INICIANTE)
OBJETIVO:
Fortalecimento de abdutores e rotadores externos do quadril.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral esquerdo, quadril e joelhos flexionados e calcanhares unidos.
O membro superior esquerdo deve estar flexionado sob a cabeça. ,
2. . O membro superior direito deve estar com a mão apoiada no solo, ombro e
cotovelo fletidos.
CORSSEL (INICIANTE)
OBJETIVO:
Fortalecer os músculos flexores da coluna, transverso abdominal. Secundariamente,
fortalecer os flexores do quadril e extensores do joelho.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, quadril e joelhos fletidos à 90º.
OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores do quadril e extensores do joelho. Na variação 2,
fortalecer também dos adutores do quadril.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, membros superiores ao longo do corpo.
DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com lesão em quadril, devem iniciar esse exercício mantendo o membro
contralateral com joelho flexionado a 90º e pé apoiado no solo. A amplitude de
movimento deve ser pequena inicialmente; durante a execução do movimento
a pelve deve permanecer estável, em posição neutra. Deve-se evitar a contração
do glúteo durante o movimento, pois essa ação proporciona a retroversão pélvica,
retificando a lombar.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS:
Para pacientes que já possuam bom controle de movimento, pode-se utilizar faixa
elástica ou caneleira como sobrecarga ao movimento. Realize a circundução do
quadril, cuidando com a amplitude do movimento, para que o paciente não realize
movimentos compensatórios durante a execução.
OBJETIVOS:
Fortalecimento dos músculos flexores da coluna juntamente com o transverso
abdominal. Secundariamente, fortalecimento de flexores do quadril e extensores
do joelho.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, flexione a coluna mantendo as escápulas sem apoio no solo
e flexione os quadris e joelhos em 90º. As mãos se posicionam ao lado dos joelhos
DICAS E CUIDADOS
Atenção com a posição da pelve durante o movimento, a lombar não pode realizar
nenhum compensatório durante a execução do exercício. Pacientes com fraqueza
do powehouse tendem a apresentar compensações lombares, extendendo-a.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Executar o movimento com os pés apoiados sobre uma bola.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Para pacientes que já possuam bom controle de movimento, pode-se executar
o movimento com a alternância entre os movimentos de membro superior e inferior;
b)Pode-se oferecer resistência aos membros superiores através de halteres, Magic
Circle ou faixa elástica.
OBJETIVOS:
Fortalecimento dos músculos flexores do quadril e da coluna, extensores do
joelho e transverso do abdominal. Alongamento da cadeia posterior dos membros
inferiores.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, flexione a coluna mantendo as escápulas sem contato com
o sono e apoie a cabeça nas mãos Mantenha o quadril flexionado à 45º com joelhos
estendidos.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com lesão em quadril, podem referir incomodo em região de virilha
devido à adução do quadril. Alunos com fraqueza na musculatura abdominal
tendem a compensar com a flexão horizontal dos ombros e a anteversão pélvica
associada a extensão da coluna lombar.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Executar o movimento com a cabeça apoiada no mat.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Para pacientes que já possuam bom controle de movimento, pode-se oferecer a
resistência contra o movimento com a utilização de faixa elástica, Magic Circle, bolas
ou caneleiras;
OBJETIVOS:
Fortalecimento abdutores e rotadores externos do quadril. Alongamento dos
adutores do quadril.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral esquerdo. O membro superior esquerdo deve estar flexionado
sob a cabeça. O membro superior direito deve estar com a mão apoiada no solo, ombro
e cotovelo fletidos.
DICAS E CUIDADOS
Para pacientes com lesão em quadril, a amplitude de movimento deve ser pequena
inicialmente. Durante a execução do movimento a pelve deve permanecer estável,
mantendo-se o alinhamento axial e evitar compensações.
ERROS COMUNS:
Perda do alongamento axial. Realizar rotação externa do quadril para ganho de
amplitude de movimento.
MODIFICAÇOES FACILITADORAS
Manter a perna de apoio com flexão de quadril e joelho a fim de aumentar a base
de apoio e estabilizar o movimento.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Para pacientes que já possuam bom controle de movimento, pode-se executar a
circundução do quadril. b) Realizar flexão do quadril com o joelho estendido após a
abdução. c) Pode-se oferecer resistência ao movimento através do uso de caneleiras
ou faixa elástica
OBJETIVOS:
Fortalecimento dos músculos paravertebrais, extensores do quadril e flexores
do joelho.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, com os pés apoiados no solo, quadris e joelhos flexionados e
membros superiores em posição ortostática.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com lesão em quadril tendem a apresentar desequilíbrio muscular durante
a execução do movimento. O quadril tende a desabar para o lado do glúteo mais fraco.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Realizar o movimento com apoio unipodal.
OBJETIVOS:
Fortalecimento dos adutores do quadril.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral esquerdo, com um Magic Circle entre os tornozelos. O membro
superior esquerdo deve estar flexionado sob a cabeça. O membro superior direito deve
estar com a mão apoiada no solo, ombro e cotovelo fletidos.
DICAS E CUIDADOS
Na execução do movimento a pelve deve manter-se estável.
AÇÕES DIFICULTADORAS
Realizar o exercício com os membros inferiores sem contato com o solo. Dessa forma
o quadril esquerdo parte em adução e o quadril direito em abdução oferecendo a
ação de adução do quadril simultânea aos dois membros inferiores..
HIP ADDUCTION
(AVANÇADO)
OBJETIVOS:
Fortalecimento dos adutores e rotadores internos do quadril e flexores laterais
da coluna.
INSTRUÇÕES:
1. Decúbito lateral, mantenha uma leve flexão lateral do tronco com apoio de
cotovelo e antebraço no solo. O outro membro superior deve estar à frente com a mão
apoiada no solo. Mantenha joelhos estendidos com um Magic Circle entre os tornozelos.
DICAS E CUIDADOS
Na execução do movimento a pelve deve manter-se estável.
AÇÕES DIFICULTADORAS
Realizar o exercício com os membros inferiores sem contato com o solo. Dessa
forma o quadril esquerdo parte em adução e o quadril direito em abdução criando
também a ação de rotação interna associada à adução.ação de adução do quadril
simultânea aos dois membros inferiores..
OBJETIVOS:
Fortalecer os flexores laterais da coluna e transverso abdominal. Estabilizar a
cintura escapular e ombros. Promover o alongamento dos flexores laterais da
coluna.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral esquerdo, flexione joelhos até 90 graus e quadris à 45 graus
mantendo-os em contato com o solo. Apoie a palma da mão esquerda no solo, mantendo
o ombro abduzido conforme necessário, para sustentar o peso corporal. Ainda, a coluna
deve estar em flexão lateral direita.
2. Realize a flexão lateral para a esquerda ao mesmo tempo que se estende quadril
e joelhos. O Ombro direito deve abduzir até o prolongamento do corpo.
DICAS E CUIDADOS
Esse exercício necessita que o aluno tenha controle abdominal
ERROS COMUNS
Tensionar ombros ao longo do movimento.
OBJETIVOS:
Fortalecer os músculos paravertebrais, extensores do quadril e flexores do joelho.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito ventral sobre Spine Corrector, apoie o púbis no ápice do aparelho.
Mantenha os joelhos estendidos e o quadril estendido em rotação externa, sempre em
flexão plantar. Apoie as duas mãos no solo com cotovelos fletidos.
DICAS E CUIDADOS: Atenção a posição da coluna lombar, para que não haja
durante a execução do movimento aumento excessivo da extensão lombar. Esse exercício
favorece a musculatura estabilizadora profunda do quadril devido a manutenção em
rotação externa durante o movimento.
ABDUÇÃO DO QUADRIL
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVOS:
Fortalecer os abdutores e rotadores externos do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em pé sobre uma caixa com membro inferior a ser trabalhado livre. Posicione
uma Overball na altura do trocânter maior do fêmur entre o aluno e a parede
2. Pressione a Overball contra a parede realizando abdução e rotação externa do
quadril
3. Retorne a posição inicial
DICAS E CUIDADOS
Apesar de ser um exercício simples, os alunos tendem a compensar com elevação
da pelve através de uma flexão lateral da coluna. Atenção aos alunos que apresentam
um membro inferior mais curto, pois a tendência de compensar o movimento
poderá ser maior.
OBJETIVOS
Fortalecer os extensores da coluna lombar e quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito ventral na meia lua, apoie as espinhas ilíacas anterô-superiores no
ápice do arco. Mantenha os cotovelos e antebraços apoiados no solo e a coluna cervical
alinhada.
DICAS E CUIDADOS:
Este é um exercício simples, porém, necessita de um cuidado específico durante a
execução do movimento. Pacientes com fraqueza muscular dos rotadores internos
do quadril tendem a realizar a rotação externa ao mesmo tempo de estendem o
quadril devido à ação do glúteo máximo. Atenção para que o aluno não realize
extensão lombar durante a execução do movimento.
AÇÕES DIFICULTADORAS:
Realize o movimento com caneleiras.
OBJETIVO:
Mobilização de coluna e alongamento da cadeia posterior dos membros inferiores
e coluna vertebral.
INSTRUÇÕES
1. Em quatro apoios, com quadril e joelhos à 90º de flexão.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com lesões nos quadris tendem a apresentar dificuldade em
colocar os calcanhares no solo. Ao realizar flexão da coluna torácica associada à
retroversãopélvica há uma mobilização da coluna lombar que pode promover
um relaxamento dos ligamentos da articulação coxofemoral, promovendo uma
liberação das estruturas tensionadas.
HIP SCISSORS
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento de adutores e abdutores do quadril e flexores laterais da coluna.
INSTRUÇÕES
1. Decúbito lateral esquerdo no Spine Correcto, apoie o cotovelo e antebraço
esquerdos no solo. O membro superior direito deve estar com o cotovelo fletido e mão
apoiada na nuca. Mantenha as os joelhos estendidos e flexão plantar.
DICAS E CUIDADOS
Na execução do movimento a pelve deve manter-se estável.. É necessária contração
do centro de força para estabilização do quadril durante a execução do movimento.
OBJETIVO:
Fortalecer os flexores laterais da coluna e transverso abdominal. Juntamente, na
variação 1, fortalecer os rotadores da coluna e reto abdominal.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral sobre o Barrel, posicione as mãos na nuca com ombros
abduzidos. Os membros inferiores devem estar cruzados e apoiados no espaldar.
DICAS E CUIDADOS
Paciente com fraqueza muscular dos flexores laterais, tendem a ir em direção à
posição de decúbito dorsal, a fim de buscar maior contribuição do reto abdominal.
A viração 1, não deve ser realizada por pacientes com lesões de coluna por associar
a flexão lateral com rotação da coluna.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Apoiar os pés mais baixo possível no espaldar ou na base do aparelho.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Após a flexão lateral da coluna realize rotação
OBJETIVO:
Fortalecimento dos músculos adutores e extensores do quadril. Na variação 1 e 2,
fortalecer os extensores do quadril e joelhos.
INSTRUÇÕES
1. Sentado no Barrel com os quadris abduzidos
DICAS E CUIDADOS
É necessário manter o alongamento axial. Atenção à execução do movimento
para que não haja projeção do tronco para frente.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Realizar o exercício com joelhos flexionados
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Subir no Barrel e realizar flexo-extensão do joelho mantendo a tensão de adução
contra o aparelho. Associar o movimento com exercícios em membros superiores.
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril e da coluna vertebral.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito ventral sobre o Barrel, mantenha os cotovelos estendidos com as
mãos apoiadas no espaldar e os quadris flexionados ao longo do aparelho.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com fraqueza de glúteo tendem a utilizar a musculatura extensora lombar
para compensar, aumentando a extensão lombar de forma prejudicial, além de
tensionar ombros ao executar o movimento. Pacientes com desequilíbrio muscular na
articulação do quadril tendem a abduzir e rotar externamente o quadril devido à ação
do glúteo máximo e fraqueza dos rotadores internos.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Executar o movimento de forma concentrada, com um segmento de cada vez.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
1) Realizar movimento associado à extensão da coluna;
FORTALECIMENTO DE OBLIQUOS
(AVANÇADO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores laterais da coluna, adutores e abdutor do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral esquerdo no Barrel, com o apoio logo acima do trocânter
maior do fêmur, mantenha os joelhos estendidos. Segure o espaldar com as mãos
mantendo a estabilização da cintura escapular e ombros.
DICAS E CUIDADOS
Esse exercício requer controle e força possibilitando manter a pelve sempre
alinhada. Pacientes com disfunções em quadril tendem a a inclinar-se em direção ao
decúbito ventral em busca do auxílio de músculos mais potentes como reto femoral
e reto abdominal. Ao promover o fortalecimento da cadeia lateral do corpo, há uma
melhora da estabilidade do quadril.
TREE
(AVANÇADO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores da coluna, alongamento dos extensores do quadril
e flexores do joelho. Na segunda fase do movimento, alongamento dos flexores da
coluna e quadril.
INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre o Barrel, quadril e joelho direito flexionados à 90º, com as mãos no
tornozelo. O membro inferior esquerdo deve ficar com joelho estendido fixo ao espaldar.
DICAS E CUIDADOS
Esse exercício necessita de boa mobilidade de coluna e flexibilidade de cadeia
anterior. Alguns pacientes podem apresentar dificuldade ao estender o joelho direito e
também, realizar de forma compensatória a rotação da coluna durante a mobilização
em extensão.
DICAS FACILITADORAS
Manter o joelho flexionado ao longo de toda a execução do movimento.
CIRCLE
(AVANÇADO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores da coluna e do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Sentado no Barrel, mãos apoiadas no espaldar, ombros e cotovelos estendidos.
Mantenha o quadril à 45º de flexão e joelhos estendidos.
DICAS E CUIDADOS
Paciente deve sentar-se sobre os ísquios mantendo a pelve neura e coluna alinhada.
Pacientes com encurtamento de cadeia posterior, tendem a sentar-se sobre o sacro,
realizar retroversão pélvica associada à flexão da lombar e acentuar a cifose torácica.
Essa posição pode promover descarga de peso em região lombar.
MOBILIZAÇÃO DO QUADRIL
(INICIANTE)
OBJETIVO:
Mobilização da articulação coxo femoral
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal sobre um rolo, posicione as alças de coxa acima dos joelhos e
fixe as molas em uma posição alta
VARIAÇÕES
Realizar movimento unilateralmente.
DICAS E CUIDADOS:
O exercício proporciona ganho de mobilidade da articulação coxofemoral. As
molas proporcionam conforto durante a execução do movimento ao sustentar o
peso dos membros inferiores. Com a evolução do paciente, pode-se solicitar que
ele realize o mesmo movimento sem o auxílio das molas, mantendo o alinhamento
pélvico.
ALONGAMENTO DE GLÚTEO
COM MEIA LUA (INICIANTE)
OBJETIVO:
Alongamento dos flexores do quadril e alongamento do glúteo máximo.
INSTRUÇÕES
1. Com joelho e quadril fletido apoiado sobre a meia lua, mantenha o quadril em
rotação externa. O outro membro inferior deve estar em extensão de quadril e flexão
de joelho sobre o Cadillac. Segure com as mãos a barra torre acima da cabeça, tendo os
ombros em flexão.
2. Realize flexão do tronco sobre a perna apoiada na meia lua levando a barra torre
para baixo.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com disfunções em quadril podem apresentar dificuldade em manter-
se na posição de rotação externa do quadril. Nesse caso, pode ser necessário adaptar
o exercício, utilizando uma almofada para apoiar a perna sobre meia lua.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Retirar a meia lua.
FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
EM QUADRO APOIOS (INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos extensores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em quatro apoios com as mãos no solo e cotovelos estendidos.
ERROS COMUNS
Durante o movimento perder o alinhamento pélvico, aumentando a extensão
lombar.
AGACHAMENTO NO CADILLAC
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento de extensores do quadril e do joelho.
INSTRUÇÕES:
1. Em pé, Segure a barra torre com as mãos tendo ombros fletidos e cotovelos
estendidos.
DICAS E CUIDADOS:
Esse exercício deve ser executado com atenção, uma vez que pacientes com
fraqueza em glúteos tendem a realizar o movimento associado à uma leve abdução
do quadril.
FORTALECIMENTO DE CORE
TRAINNING (AVANÇADO)
OBJETIVO:
Objetivos: Fortalecimento dos flexores da coluna, transverso abdominal e flexores
do quadril. Na variação, alongamento dos extensores do quadril e joelhos.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito ventral, com as mãos apoiadas no aparelho mantendo cotovelos
estendidos e ombros em flexão, apoie o dorso dos pés na alça do trapézio. 2. Flexione o
quadril e joelhos trazendo a alça para próximo do corpo.
DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com fraqueza abdominal e dos estabilizadores lombares tendem a
aumentar a extensão lombar, podendo causar dor nessa região.
ERROS COMUNS:
Estender ou flexionar a coluna cervical.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS:
Realize a flexão do quadril mantendo os joelhos estendidos.
FRONT SPLITS
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Alongamento dos flexores e extensores do quadril e joelhos.
INSTRUÇÕES:
1. Em pé no aparelho, segure as barras com as mãos. Flexione o joelho direito e apoie
o dorso do pé sobre o trapézio. O quadril e joelho esquerdos devem estar flexionados
para dar início ao movimento.
DICAS E CUIDADOS:
O tronco deve permanecer alinhado durante a execução do movimento. Não
permita rotações da coluna e compensações da pelve durante o exercício
ERROS COMUNS
Aumento da extensão lombar e desalinhamento cervical.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Colocar o aluno em pé sobre uma caixa pequena.
OBJETIVO:
Fortalecimento dos extensores do joelho e quadril.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral, apoie o antepé na parte anterior da barra com quadril e
joelho fletidos.
DICAS E CUIDADOS
- Não esqueça de fixar a barra torre com o cinto de segurança. Ainda, alunos
com encurtamento de extensores do quadril podem precisar se posicionar mais
distantes da barra torre, utilize o Baú da Chair para isso. Por último, uma almofada
pode ser posicionada entre o pé do aluno e a barra torre se o mesmo sentir algum
desconforto na planta do pé
ERROS COMUNS
Perda do alinhamento axial
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Posicione o aluno mais distante da barre torre utilizando o Baú da Chair.
MODIFICAÇOES DIFICULTADORAS
Manter o joelho do segmento contralateral estendido diminuindo a base de apoio
para o movimento.
OBJETIVO:
Alongamento do glúteo máximo e piriforme, na variação 1.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, cruze uma das pernas sobre a outra e apoie o antepé
contralateral na barra torre.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com encurtamento de extensores do quadril e rotadores externos podem
apresentar dificuldade em manter a coluna lombar e sacro apoiados na cama.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Cruze mais intensamente uma perna sobre a outra, isso reduz o alongamento do
glúteo máximo, facilitando a execução do movimento e direcionando o alongamento
para o piriforme.
OBJETIVO:
Fortalecimento dos músculos extensores do quadril e da coluna lombar.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, com alças posicionadas nas plantas dos pés mantenho o
quadril flexionado à 90º e joelhos estendidos.
OBJETIVO:
Fortalecimento e alongamento dos músculos adutores do quadril.
INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral, posicione uma das alças na planta do pé do segmente que irá
realizar o exercício. Mantenha o joelho estendido, os membros superiores como apoio.
O membro inferior de apoio deve estar em flexão de quadril e joelho.
DICAS E CUIDADOS
Para que não haja compensações, inicie com amplitudes de movimento menores,
ou reduza a resistência da mola. É necessário manter o alinhamento axial e escapular
para ativação das musculaturas estabilizadoras.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Estender o joelho contralateral. Solicite que o aluno realize circundução da perna,
mantendo a mola sobre tensão.
EXTENSÃO DO QUADRIL
(INICIANTE)
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do
quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em pé no Cadillac sobre
uma caixa pequena, posicione
a alça de coxa acima do joelho
com a fixa paralela ao solo.
DICAS E CUIDADOS
Atenção à execução do movimento, pacientes com dificuldades em estabilização
pélvica tendem a aumentar a extensão lombar buscando maior amplitude de
extensão do quadril..
AÇÕES FACILITADORAS
Flexione o joelho do segmento contralateral para aumentar a base de apoio. Outra
opção é diminuir a resistência da mola.
INSTRUÇÕES
1. Em pé no Cadillac sobre
uma caixa pequena, mantenha
o quadril em rotação externa e
a alça de coxa posicionada logo
acima do joelho.
DICAS E CUIDADOS
Este exercício enfatiza o equilíbrio pélvico, dessa forma, pacientes com disfunção
do quadril podem apresentar aumento da extensão lombar para manter-se estável.
Tal compensação, pode gerar desconforto lombar. Além disso, outra compensação
comum seria a rotação externa do quadril em busca de maior ativação de
musculaturas mais potentes, como o glúteo máximo.
AÇÕES FACILITADORAS
Posicionar a alça na altura do tornozelo, assim afasta-se a aplicação de força do
eixo de rotação, aumentando o torque exercido pela mola sobre a musculatura
abdutora.
MAGICIAN OU HELICOPTERO
(AVANÇADO)
OBJETIVO:
Fortalecer extensores do quadril e da coluna vertebral.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, mantenha os joelhos estendidos e os pés apoiados nas alças.
Dê preferência à uma mola longa e permita que o paciente segure as barras de metal.
Para iniciar o exercício o paciente deve estar com apoio somente da cabeça e da região
escapular.
DICAS E CUIDADOS
Este é um exercício complexo que necessita um bom controle corporal. Ao realizar
movimentos desencontrados existe a necessidade de uma maior ativação da
musculatura profunda do quadril para estabilizar a articulação.
BALLOON
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos músculos adutores e extensores do quadril e extensores da
coluna lombar.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, posicione as alças na planta dos pés. Mantenha os quadris
flexionados em rotação externa. Os joelhos devem estar semi-flexionados mantendo os
calcanhares unidos..
DICAS E CUIDADOS
Durante a execução do movimento, não é permitido a perda do contato do sacro
e da coluna lombar com o aparelho, para tanto procure iniciar com amplitudes
de movimento menores. Atenção aos movimentos da coluna lombar durante o
exercício, movimentos de flexão e extensão podem gerar desconforto nessa região.
OBJETIVO:
Fortalecimento dos adutores do quadril e flexores laterais da coluna.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral no Cadillac, posicione o membro inferior direito na alça
do trapézio, o mebro inferior esquerdo deve estar com joelho estendido apoiado
no aparelho. Utilize o membro superior esquerdo como apoio com cotovelo fletido e
antebraço apoiado no aparelho.
DICAS E CUIDADOS
Este é um exercício de grande dificuldade em execução e, portanto, necessita de
bom controle corporal.. É necessário manter a pelve e a cintura escapularalinhados
durante o movimento.
AÇÕES DIFICULTADORAS:
Mantenha-se na posição final e realize a flexão do quadril esquerdo até 90º.
FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
(AVANÇADO)
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Com a Long Box sobre o Reformer, permaneça em quatro apoios sobre a caixa
com a alça de pé posicionada na planta do pé direito.
DICAS E CUIDADOS
O exercício deve ser executado mantendo o equilíbrio pélvico e o alinhamento da
cintura escapular.
ERROS COMUNS:
Deslocar o centro de gravidade para o membro inferior em apoio sob a caixa. Não
manter o alinhamento pélvico e escapular. Estender a coluna lombar durante a
execução do movimento com o membro inferior.
FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos abdutores, adutores e extensores do quadril e extensores dos
joelhos.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral sobre o Reformer, mantenha o membro inferior de apoio com
quadril e joelho feltidos. O membro inferior à realizar o movimento deve estar com a
alça apoiada na planta do pé.
3. Variação I:Realizar flexão do quadril joelho até 90º e voltar a estender o joelho e o
quadril até à posição inicial..
ERROS COMUNS:
Não manter o alinhamento pélvico e aumentar s curvaturas da coluna lombar.
FORTALECIMENTO DE ADUTORES
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento de adutores do quadril e flexores do joelho.
INSTRUÇÕES
1. De joelhos sobre o Reformer. Posicione o membro inferior esquerdo em abdução
e flexão do quadril juntamente com a flexão do joelho com com o pé apoiado na lateral
do Reformer.
2. O membro inferior direito que está no aparelho deve estar encostado na ombreira.
4. Variação: esse movimento pode ser realizado associado ao uso de halteres, faixa
elástica ou Magic Circle como resistência para os membros superiores.
DICAS E CUIDADOS:
O movimento deve ser realizado até a linha do centro do corpo mantendo o
alinhamento da cintura pélvica.
FORTALECIMENTO DE CADEIA
POSTERIOR (INICIANTE)
OBJETIVO:
Fortalecimento de flexores do joelho e dos estabilizadores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em pé entre as laterais do Reformer. Apoie o tornozelo de um dos membros
inferiores na cabeceira elevada do aparelho. Mantenha o joelho semi-fletido.
AÇÕES DIFICULTADORAS:
Esse movimento pode ser realizado associado com o uso de halteres, faixa elástica
ou Magic Circle como resistência para os membros superiores.
DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com fraqueza de glúteo médio tendem a ter dificuldade em manter o
alinhamento pélvico.
FORTALECIMENTO DE ISQUIOS
TIBIAIS (INICIANTE)
OBJETIVO:
Fortalecimento de flexores do joelho. Varia I: Fortalecimento de flexores e
extensores do joelho.
INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre a Long Box, mantenha os pés apoiados no topo das ombreiras e
joelhos semi-flexionados.
2. Realize a flexão de joelhos até 90º contra a resistência das molas mantendo a
pelve neutra
QUADRÚPEDE (INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores da coluna e transverso abdominal
INSTRUÇÕES
1. Em quatro apoios, com quadris e joelhos flexionados à 90º, mantenha a coluna
neutra e os pés apoiados nas ombreiras do aparelho. As mãos devem estar apoiadas na
extremidade do Reformer.
DICAS E CUIDADOS:
Para que o exercício desafie os flexores da coluna é necessário utilizar pouca ou
nenhuma resistência de molas. Com maiores resistências o objetivo do exercício passa
para o fortalecimento de extensores de quadril e joelhos e de flexores de ombros, na
variação. Ainda, pacientes com fraqueza muscular dos músculos abdominais tentem
a realizar extensão lombar durante o movimento e tensionar ombros.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS:
Realizar o movimento sem molas.
FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
E ISQUIOS TIBIAIS (INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores do joelho.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito ventral sob a Long Box, apoie as mãos na extremidade do carrinho e
coloque as alças nas plantas dos pés.
2. Realize a flexão dos joelhos em direção ao quadril mantendo a flexão plantar dos
tornozelos.
DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com fraqueza muscular da cadeia posterior tendem a realizar anteversão
pélvica aumentando a lordose lombar. Esse movimento pressiona os discos
vertebrais, podendo causar dor na região lombar.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS:
Posicionar as alças nos tornozelos.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS:
Realizar o movimento unilateralmente mantendo o alinhamento pélvico.
FORTALECIMENTO DE GLÚTEO E
PROPRIOCEPÇAO (INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento de extensores do quadril e joelho, transverso abdominal e flexores
laterais da coluna como estabilizadores.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral no Reformer, com a plataforma de saltos.
VARIAÇÃO:
Realizar os saltos com joelho fletido na segunda fase do movimento.
DICAS E CUIDADOS:
Durante a execução da variação, atentar para alinhamento do joelho. Em caso de
rotação interna do quadril pode-se identificar uma possível fraqueza dos rotadores
externos do quadril.
BRIDGE (INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos músculos extensores do quadril, joelho e coluna vertebral.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal no Reformer com os pés apoiados na barra. Mantenha o
quadril e joelhos fletidos próximos à 90º e os tornozelos em flexão plantar
DICAS E CUIDADOS
Atenção a execução de movimento, pacientes com alterações em quadril podem
perder a estabilidade pélvica..
OBJETIVO:
Fortalecimento de extensores do quadril, joelho e da coluna. Mobilização da
coluna vertebral.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal sobre o Reformer somente com apoio da cabeça e região
escapular, apoie as mãos nas ombreiras deixando os cotovelos estendidos e ombros
fletidos. Os pés devem estar apoiados na barra.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com lesão no quadril tendem a apresentar rigidez na região lombar. Ao
mobilizar essa região, pode-se desenvolver uma melhora da mobilidade de coluna
e de quadril.
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal no Reformer com o quadril fletido à 90º, posicione as alças
nos pés.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com disfunções no quadril podem iniciar o movimento antes dos 90º
de flexão do quadril. Esse exercício favorece o alongamento da cadeia posterior dos
membros inferiores. Atenção com a coluna lombar, é necessário manter a coluna e
pelve em posição neutra. sem perder o contato com o aparelho.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Realizar o movimento em rotação externa de quadril.
OBJETIVO:
Fortalecimento dos extensores e adutores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal no Reformer com o quadril fletido à 90º, posicione as alças
nos pés
DICAS E CUIDADOS
Durante a execução do movimento, não é permitido a perda da posição neutra
da região lombo-pélvica. Para que não instabilidade lombar, inicie com pequenas
amplitudes de movimento. Atenção aos alunos com anteversão pélvica, pois esses
tendem a apresentar mais instabilidade lombar (aumento da extensão lombar)
durante o exercício, isso poderia gerar desconforto nessa região.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Realizar o movimento com uma faixa elástica entre os tornozelos como resistência
à abdução.
OBJETIVO:
Fortalecimento dos abdutores e/ou adutores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em pé sobre o Reformer, posicione um dos pés sobre a plataforma e outro sobre o
carrinho.
DICAS E CUIDADOS
Para alterar a ênfase do exercício modifique a resistência das molas. Ao executar com
pouca ou nenhuma resistência o exercício se torna mais desafiador para os adutores
do quadril. Ao contrário, quando se realiza o exercício com grande resistência de
molas, este se torna voltado para o desafio dos abdutores do quadril. Esse exercício
é de fácil execução, entretanto os pacientes com disfunções em quadril ao realizar
abdução podem realizar a compensação do movimento com aumento da extensão
dos joelhos e/ou aumento da extensão lombar por devido à fraqueza muscular.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Realizar o movimento associado à flexão dos joelhos e quadril;
d) utilizar halteres, bola, faixa elástica ou Magic Circle como resistência para
diferentes movimentos de membros superiores associados.
OBJETIVO:
Fortalecimento dos abdutores e/ou adutores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em pé sobre o Reformer com um pé sobre a plataforma com o quadril abduzido e
joelho semi-flexionado. O outro pé deve estar sobre o carrinho com rotação externa do
quadril e joelho smi-flexionado.
DICAS E CUIDADOS
Esse exercício promove a ativação da musculatura estabilizadora do quadril e das
estruturas ligamentares.
SIDE FOOTWORK
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores e adutores do quadril e extensores do joelho.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral direito sobre o Reformer, segura uma das ombreiras com
a mão esquerda e apoie a cabeça sobre o braço direito.. O membro inferior esquerdo
deve estar com o pé apoiado sobre a barra e com flexão de quadril e joelho. O membro
inferior direito deve estar com quadril e joelho em posição ortostática.
DICAS E CUIDADOS
Durante a execução, o membro inferior que realiza o movimento não pode perder
a rotação externa do quadril. Quando isso ocorre, pode-se observar a fraqueza nos
rotadores externos do quadril: glúteo máximo, piriforme, gêmeo superior, gêmeo
inferior, obturador interno, obturador externo e quadrado femoral.
OBJETIVO:
Fortalecimento flexores dos joelhos e ombros e extensores do quadril e coluna.
INSTRUÇÕES
1. Posicione a meia lua sobre a barra, apoie o púbis no topo da meia lua. Mantenha
os joelhos estendidos e o quadril em rotação externa com flexão plantar. Os membros
superiores devem estar sustentando a resistência do carrinho com ombros em flexão no
prolongamento do corpo.
DICAS E CUIDADOS
Esse exercício necessita de bom controle corporal. Deve-se atentar para que não
haja anteversão pélvica.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Manter a posição de extensão da coluna e quadril, e realizar a flexão e extensão
dos joelhos.
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril e joelhos. Alongar os extensores do quadril e
flexores do joelho.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal sobre o Reformer. Coloque o membro inferior direito com
joelho estendido sob a barra de apoio, sem que esteja em contato com o aparelho. O
membro inferior esquerdo deve estar em flexão de quadril e joelho com o pé apoiado na
barra.
DICAS E CUIDADOS
Esse exercício apesar de simples, tende a gerar compensações. Ao estender o joelho
direito na fase final do exercício, o paciente com encurtamento da musculatura
envolvida pode flexionar a coluna lombar ao mesmo tempo que apresenta a
retroversão pélvica.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Utilize uma faixa elástica para gerar resistência no membro inferior que não está
apoiado na barra.
FORWARD LUNGE
(AVANÇADO)
OBJETIVO:
Alongamento de extensores e flexores do quadril associado ao alongamento dos
flexores do joelho.
INSTRUÇÕES
1. Apoie um dos pés na ombreira com o joelho flexionado. O outro pé deve estar
apoiado na barra de apoio à frente em flexão de quadril e joelho. Segure a barra de
apoio com as mãos.
2. Estenda os dois joelhos e o quadril do membro inferior que está atrás. Ao mesmo
tempo flexione a coluna sem que se perca o alinhamento do quadril.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com encurtamento de cadeia posterior tendem a realizar a rotação da
coluna para executar o movimento.
MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Colocar a barra de apoio em posição mais baixa.
OBJETIVO:
Fortalecer os flexores laterais e rotadores da coluna associado à mobilização da
coluna vertebral.
INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre a Long Box, com um dos membros inferiores em flexão de joelhos
e quadril com rotação externa de quadril para permitir o apoio sobre a caixa. O outro
membro inferior deve estar com joelhos estendidos com o pé preso sob a alça. Mantenha
as mãos na nuca com cotovelos fletidos
DICAS E CUIDADOS
Atenção a posição do quadril durante a execução do movimento para que não
haja compensação para ampliar a amplitude do movimento. O fortalecimento
dos flexores laterais da coluna pode auxiliar na estabilização pélvica devido a sua
inserção muscular na região pélvica.
FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
(INICIANTE)
OBJETIVO:
Fortalecer os músculos extensores do quadril e joelho.
INSTRUÇÕES
1. Com a Long Box sobre o Reformer, em quatro apoios apoie as mãos na lateral da
caixa e apoie somente um pé na barra de apoio.
DICAS E CUIDADOS:
O exercício deve ser executado mantendo o equilíbrio lombo-pélvico
FROG
(AVANÇADO)
OBJETIVO:
Fortalecimento dos extensores do quadril e joelho e do transverso abdominal.
INSTRUÇÕES
1. Apoie as mãos apoiadas no centro da Chair com os ombros fletidos. Os pés devem
estar sobre o degrau da Chair mantendo quadril em rotação externa, abduzido e fletido.
Os joelhos iniciam em flexão.
DICAS E CUIDADOS
Pacientes com fraqueza abdominal tendem a projetar o tronco à frente e realizar
retroversão pélvica.
TABLE (AVANÇADO)
OBJETIVO:
Fortalecimento extensores do quadril, coluna e joelhos.
INSTRUÇÕES
1. Apoie as mãos na lateral do Baú da Chair, com os ombros em extensão.
ERROS COMUNS:
Perder alinhamento pélvico durante a execução do movimento.
DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com franqueza extensores do quadril tendem a ter dificuldade em
manter o quadril estendido. Pode-se utilizar como educativo para a execução da
flexão e extensão do quadril e coluna até a posição sentado.
FOOTPRESS
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento de extensores do quadril e joelho.
INSTRUÇÕES
1. Em pé sobre uma caixa ao lado da Chair.
Mantenha os joelhos estendidos e o quadril alinhado.
DICAS E CUIDADOS:
Esse exercício tem como finalidade trabalhar a estabilização pélvica. Em pacientes
com disfunção de quadril, existe uma maior dificuldade de manter a pelve equilibrada,
isso ocorre devido a fraqueza do glúteo médio. Atenção à realização do movimento,
o paciente não pode realizar rotação da coluna ou flexão lateral da coluna.
HIP ADUCTION
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecer adutores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral próximo à Chair. Apoie a cabeça sobre o membro superior,
e utilize o outro membro superior como apoio à frente do corpo. A perna de apoio
deve estar com quadril e joelho semi-flexionados e o membro inferior que irá realizar o
movimento deve estar com joelho estendido e pé apoiado sobre o degrau.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Flexione o joelho e quadril à 45º com rotação externa do quadril para realizar o
movimento de adução do quadril sem perder o alinhamento da pelve.
PONTE (INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril, joelho e coluna.
INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, com os quadris e joelhos flexionados à 90º, apoie os
calcanhares sobre o degrau.
DICAS E CUIDADOS:
Durante a execução do exercício o degrau deve-se manter estático. Pacientes com
disfunções em quadril, durante a realização do movimento é possível observar o
desalinhamento da pelve.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Aumente a resistência das molas, oferecendo maior estabilidade à base de apoio.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Realize o movimento com apoio unipodal e mantendo o joelho estendido e
flexão de quadril a 90º; b) mantenha o quadril estendido e abaixe o degrau, sem que
o mesmo toque o solo.
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril e joelho e os abdutores do quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em pé, ao lado da Chair com um dos pés apoiado com o antepé sobre o degrau
em flexão plantar.
DICAS E CUIDADOS:
Atenção à estabilização do quadril durante a execução do movimento. Apenas
a perna no degrau deve movimentar-se. Ao posicionar a perna mantenha o
alinhamento do quadril
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Realize o movimento sem apoiar as mãos. b) Realizar o movimento em rotação
externa de quadril em busca de maior ativação de glúteo máximo.
FORWARD STEP UP
(AVANÇADO)
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril e joelho.
INSTRUÇÕES
1. Em pé em frente a Chair. Apoie um dos pés no degrau, mantendo o joelho
estendido. Apoie o outro pé sobre a Chair com quadril e joelhos fletidos.
DICAS E CUIDADOS
O exercício necessita de bom controle de movimento. Ao estender o joelho e o
quadril, existe uma projeção do tronco à frente. A extensão do quadril ao final do
movimento não pode gerar aumento hiperlordose lombar e maior projeção do
tronco à frente.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Na segunda fase do movimento, ao invés de estender o quadril contralateral,
realizar a flexão do quadril e joelho em direção ao abdômen associada à flexão do
tronco.
OBJETIVO:
Fortalecer extensores do quadril e joelho e rotadores internos e externos do
quadril.
INSTRUÇÕES
1. Em frente à Chair, apoie um dos pés no degrau com flexão do quadril e joelho. A
perna de apoio deve estar sobre um disco de rotação. Mantenha os ombros flexionados
à frente.
DICAS E CUIDADOS
O exercício necessita de bom controle de movimento. Ao estender o joelho e o
quadril, existe uma projeção do tronco à frente. A extensão do quadril ao final do
movimento não pode gerar aumento hiperlordose lombar e maior projeção do
tronco à frente.
MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Ao realizar a flexão do quadril e joelho pode ocorrer o desalinhamento do
quadril contralateral por fraqueza dos estabilizadores; b) Pode-se iniciar o movimento
menor amplitude para facilitar o aprendizado; c) A rotação externa é utilizada para
ampliar a ativação dos estabilizadores do quadril. Alguns alunos podem apresentar
movimento em bloco, com rotação do tronco, esse movimento deve ser evitado
para não gerar sobrecarga lombar.
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