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PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LORENA DOS SANTOS RIOS 1


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 04
ANATOMIA E BIOMECANICA DA CINTURA PELVICA 09
ARTICULAÇAO DO QUADRIL 09
ARTICULAÇAO SACROILIACA 14
SACRO 15
ILIACO 19
SINFISE PUBICA 20
COCCIX 21
PATOLOGIAS DO QUADRIL 23
OSTEOARTROSE DO QUADRIL 24
QUADRO CLINICO 27
TRATAMENTO 28
ARTROPLASTIA DO QUADRIL 31
TRATAMENTO 33
BURSITES DO QUADRIL 35
TRATAMENTO 38
PUBALGIA 39
TRATAMENTO 41
DISFUNÇÃO SACROILIACA 41
BIOMECÂNICA E APLICAÇÕES DO PILATES 47
PRESCRIÇÃO DE EXERCICIOS PARA PATOLOGIAS DO QUADRIL 53
EXERCICIOS NO SOLO 55
EXERCICIOS NO LANDER BARREL 82
EXERCICIOS NO CADILAC 92
EXERCICIOS NA REFORMER 117
CHAIR 151
REFERENCIAS 163

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INTRODUÇÃO
C
om os avanços tecnológicos, automação, informatização dos postos de
trabalho ocorridos a partir do século XX, a postura sentada foi a mais
frequentemente adotada.

A postura sentada pode ser identificada quando ocorre a transmissão do peso


corpóreo para um assento, através da tuberosidade isquiática, dos tecidos moles
da região glútea e coxa. A manutenção dessa postura em tempo prolongado
pode sobrecarregar as estruturas do sistema músculo esquelético (Mendes, 2010)
envolvido. Ainda, ao sentar-se de forma inadequada há uma retroversão pélvica,
anteriorização do sacro (rotação para frente e para baixo) acompanhado de
retificação lombar o que sobrecarrega os discos intervertebrais lombares.

A cintura pélvica é um dos complexos articulares mais importantes do corpo


humano. Essa estrutura, promove a transmissão das cargas do esqueleto axial e
esqueleto apendicular inferior e é composta pelos ossos do quadril (fusão de ílio,
ísquio e púbis), sacro, cóccix e a articulação coxofemoral.

Essa transmissão ocorre a partir da quinta vértebra lombar, que suporta o impacto
que é então repartido em duas partes iguais em direção às asas do sacro, para
depois, através das espinhas ciáticas, dirigir-se até a cavidade cotiloide (Kapandji,
2000). Além disso, a cintura pélvica possui um sistema de auto travamento devido
à sua forma (formato da articulação sacroilíaca, a orientação do sacro na posição
anteroposterior) e sua força (ligamentos e músculos que estabilizam a cintura
pélvica) (Lee et. al 2001).

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Para KAPANDJI (2000), a posição fisiológica autêntica do quadril seria a quadrúpede.


Nesta posição existe uma congruência das superfícies articulares devido aos
movimentos de flexão, abdução e rotação externa do quadril, dessa forma, há um
melhor encaixe da cabeça do fêmur na cavidade acetabular.

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Na posição bípede há uma falta de congruência das superfícies articulares


da coxofemoral, proporcionando dessa forma alterações mecânicas, articulares
favorecendo assim o aparecimento de patologias nessa articulação.

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As patologias do quadril vêm sido observadas em grandes proporções na


população mundial. Tais patologias podem ser congênitas ou adquiridas. Promovem
alterações significativas na marcha, sendo necessário uma atenção adequada para
que não proporcione alterações biomecânicas em outras articulações.

O quadril tem como função proporcionar movimentos da sua articulação e suporte


do peso corporal (Sizinio et al 1998). É uma articulação que necessita ser móvel
e estável, tornando-a complexa. Dessa forma, é necessária uma maior atenção as
alterações posturais e alterações sofridas pela cintura pélvica. Sua funcionalidade
de sustentação e distribuição das forças ascendentes e descendentes, alterações na
cintura pélvica podem proporcionar quadros patológicos em outras articulações.

Um dos métodos como prevenção e tratamento das alterações da cintura pélvica


é o pilates. O método pilates utiliza como base a “ CONTROLOGIA”, descrita pelo seu
criador como a arte do controle e equilíbrio mente-corpo. Para Pilates os exercícios
da contrologia buscam desenvolver o corpo da melhor forma possível, promovendo
vigor físico e mental. Joseph Pilates afirmou que os exercícios devem ser executados
com repetições apropriadas para que de forma progressiva e gradual seja possível
reestabelecer o ritmo natural e uma coordenação (C. Panelli, AD. Marco 2006).

A utilização dos princípios da contrologia para execução dos movimentos


auxiliam no tratamento de diversas patologias além da melhora da resistência e
força do corpo. O princípio “centralização” utiliza o controle do tronco em conjunto
os movimentos dinâmicos das extremidades. Para tal, o uso da musculatura lombo-
pélvica, descrita pelo Joseph Pilates como “ POWER HOUSE” é a principal forma de
estabilização da coluna para execução perfeita dos movimentos.

A cintura pélvica tem grande importância no método pilates, é parte integrante


na fixação de músculos que compõem o “CORE” ou “ POWER HOUSE”. Auxilia na
estabilização da coluna lombo pélvica e a transmissão de forças ascendentes e
descendentes. Essas forças quando se encontram em equilíbrio promove uma melhor
execução dos movimentos do corpo. Para estabilidade dessa região é necessário

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a combinação da musculatura global (músculos superficiais do abdômen e pelve)


e da musculatura local (músculos intrínsecos da parede abdominal) (Capes 2008).
Quando o centro do corpo se encontra forte, a força de tração irá gerar um maior
movimento na parte proximal. Dessa forma, o centro do corpo estiver fraco ou com
estabilização pobre, ocorrerá redução da força de movimento na porção distal, mas
também tenderá a ocorrer uma lesão na parte proximal. (Chaitow 2002)

Esse livro tem como objetivo abordar as alterações e patologias do quadril


predominantes no estúdio de pilates, além de proporcionar o conhecimento da
biomecânica das patologias e dessa forma favorecer o leitor a melhor escolha dos
exercícios a serem aplicados a cada desordem corporal. Os exercícios descritos
neste livro têm como principal abordagem as desordens do quadril, descritos como
iniciante, intermediário e avançado.

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ANATOMIA E BIOMECÂNICA
DA CINTURA PÉLVICA
A
cintura pélvica transmite forças entre a coluna vertebral e os membros
inferiores. O peso que a 5ª vértebra lombar suporta se divide em duas
partes iguais nas asas do sacro, depois para espinhas ciáticas e vai para a
cavidade cotiloide.

ARTICULAÇÃO DO QUADRIL
O quadril é a articulação mais estável do corpo e está relacionada a função de
suporte do peso corporal e locomoção desenvolvida pelos membros inferiores. A
articulação coxofemoral é uma enartrose, constituída pela cabeça femoral (estrutura
formada por 2/3 de uma esfera e colo femoral o qual serve de suporte para a cabeça
femoral e assegura a sua união com a diáfise do fêmur) e a cavidade cotiloide
(cavidade do acetábulo) situada na face externa do osso ilíaco.

A cavidade cotiloide em sua periferia é coberta por cartilagem. Possui um anel


fibrocartilaginoso que promove um aumento da cavidade.

O ligamento redondo é uma banda fibrosa achatada que se estende da incisura


ísquio-púbica e se encaixa no fundo da cavidade do acetábulo. Tal ligamento não
desenvolve função mecânica, apesar da sua resistência, entretanto contribui para a
vascularização da cabeça femoral.

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A cápsula do quadril tem a forma de uma bainha cilíndrica se estendendo do ilíaco


até a extremidade superior do fêmur. Possui quatro tipos de fibras: longitudinais,
cilíndrico, oblíquas, arciformes, circulares.

Tal estrutura promove um aumento da congruência articular. A cápsula é reforçada


por potentes ligamentos ampliando sua função de congruência. Tais ligamentos
são: Ílio –femoral, pubo-femoral, ísquio-femoral.

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Os ligamentos e os músculos são fundamentais para a manutenção das superfícies


articulares. Na sua face anterior, onde não há muitos músculos, os ligamentos
promovem maior coaptação. Em sua face posterior há grande número de músculos e
poucos ligamentos, sendo os músculos determinantes para a congruência articular.

A depender do posicionamento do quadril, os ligamentos agem de forma diferente.


Em extensão por exemplo, os ligamentos encontram-se tensos e a coaptação
ligamentar é mais eficaz. Já em flexão, há uma distensão dos ligamentos com isso a
cabeça femoral não está coaptada na cavidade cotiloide. Dessa forma a posição em
flexão é mais instável devido o relaxamento ligamentar (Kapandji 2000).

Durante a extensão do fêmur todos os ligamentos extra articulares “enrolam-se”


ao redor do colo do fêmur e ficam estirados. Na flexão esses ligamentos“desenrolam”
e quando combinados com adução, a cabeça do fêmur se desloca para posterior.
Durante a abdução do fêmur há uma tensão do ligamento pubo-femoral, faixa
inferior do ílio-femoral e ísquio-femoral. No final da abdução o colo do fêmur faz
pressão sobre o limbo do acetábulo, virando o lábio do acetábulo aprofunda a
cavidade articular aumentando a estabilidade sem limitar a mobilidade (LEE 2001).

Os músculos desempenham importante função de estabilidade do quadril.


Os músculos que se apresentam na orientação do colo, os pelve-trocantéricos
(piramidal e obturador externo) e os glúteos, principalmente o glúteo mínimo e
médio, mantém a cabeça do fêmur no acetábulo. Músculos longitudinais como
os adutores tendem a luxar a cabeça femoral para cima da cavidade cotiloide.
Quando há má formação dessa região, a ação dos adutores torna-se mais acentuada
quando a perna está em adução.

O colo femoral também intervém na estabilidade do quadril. No plano frontal o


eixo do colo do fêmur normal é um ângulo de inclinação de 120º- 125º. Quando há
uma coxa valga (anteversão do colo) há um aumento dessa angulação podendo
chegar a 140º, favorecendo a luxação coxofemoral. A retroversão do colo femoral
favorece a estabilidade assim como a rotação interna.

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O equilíbrio transversal da pelve ocorre no apoio bilateral dos membros


inferiores. Esse equilíbrio ocorre pela ação simultânea e bilateral dos adutores e
abdutores. Quando há predomínio da ação dos abdutores, há uma báscula pélvica
para o lado em que há sustentação do peso.

Para que ocorra equilíbrio transversal da pelve em apoio unilateral é necessário


a ação dos abdutores do lado em apoio. Ações do glúteo médio e mínimo e
com ajuda do tensor da fáscia lata são importantes para o equilíbrio pélvico e
importante para uma marcha normal.

Quando ocorre báscula lateral para o lado oposto ao apoio unilateral e inclinação
da parte superior do tronco é possível observar insuficiência dos glúteos mínimo
e médio (sinal de Trendelenburg)

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ARTICULAÇÃO SACROILÍACA
A articulação sacroilíaca faz parte da cintura pélvica e também tem a função
de transferir cargas dos membros inferiores para a parte superior do corpo
(Hungeford 2003).

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SACRO
O sacro é formado pela fusão de cinco vértebras sacrais. Tem concavidade
anterior em forma de pirâmide quadrilateral de base superior (Ricard 2005). O
sacro encontra-se encaixado entre as duas asas ilíacas no plano transversal e cada
asa é considerada um braço de alavanca. Possui uma faceta articular (Kapandji
2000). Forma com a coluna lombar um ângulo lombo sacro entre 118º- 126º. Sua
face posterior é convexa, apresenta crista média formada por três tubérculos
sacrais resultantes da fusão das apófises espinhosas. Essa crista media bifurca-se
para baixo e para dentro formando os cornos sacrais. De cada lado dessa crista
é possível observar:

• Canal sacral: fusão das lâminas das vértebras sacrais

• Tubérculo sacro póstero interno: fusão das apófises articulares posteriores

• Quatro forames posteriores: permite a passagem dos ramos posteriores


dos nervos sacros

• Tubérculo sacro póstero externo: fusão das apófises transversas

A base do sacro em sua face superior apresenta o corpo vertebral de S1(disco


intervertebral L5-S1). Lateralmente encontra-se as abas sacrais, onde se insere
o músculo ilíaco. Em sua parte posterior, há apófise articulares côncavas das
articulações inferiores de L5 (Ricard 2005).

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O sacro acompanha as curvaturas da coluna. Quando há acentuação da curvatura


lombar, o sacro se inclina sobre si e fica mais côncavo tornando-se mais dinâmico.
Quando há redução das curvaturas, torna-se mais vertical e estático. (Kapandji 2000)

O sacro acompanha a curvatura da coluna e seu movimento anterointerior sobre


o eixo coronal para dentro do ligamento interósseo (inclinação anterior) é chamado
de nutação. O vértice do sacro e a extremidade do cóccix se deslocam para trás,
o diâmetro anteroposterior da abertura superior da pelve diminui e o diâmetro
anteroposterior da abertura inferior da pelve aumenta uma distância.

As asas ilíacas se aproximam enquanto as tuberosidades isquiáticas se separam


(Kapandji 2000). Esse movimento é bilateral quando o indivíduo passa de decúbito
dorsal para a posição ortostática e aumenta ligeiramente durante os estágios iniciais
da flexão do tronco para frente (Lee 2001). O movimento de nutação é resistido
pelos ligamentos interósseo e sacro-tuberal.

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Há no movimento de contranutação a extremidade inferior do sacro e o vértice


inferior do cóccix se deslocam para baixo e para a frente, o diâmetro anteroposterior
da abertura superior da pelve aumenta uma distância e o diâmetro anteroposterior
da abertura inferior da pelve diminui.

As asas ilíacas se separam e as tuberosidades isquiáticas se aproximam. Durante


a contranutação do sacro, o ligamento sacroilíaco posterior se contrai limitando o
movimento, a contração do multífidio limita o movimento pois age no sentido de
realizar a nutação do sacro.

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ILÍACO
O ilíaco é um osso plano, largo em forma de hélice. Possui três segmentos:

• Superior: Asa ilíaca ou espinha ilíaca

• Médio: Onde se encontra a cavidade cotiloide

• Inferior: Formado pelo ísquio, que delimita o forame obturador

Possui três pontos primitivos (ilíaco, ísquio e o púbis) e seis pontos secundários
(crista ilíaca, espinha ilíaca anterossuperior, espinha ilíaca póstero-inferior,
tuberosidade isquiática, cavidade cotiloide (acetábulo).

Em sua face externa tem a inserção dos músculos abdominais, abdutores da coxa
e reto anterior. No ísquio tem a inserção dos músculos isquiotibiais. Na face interna,
na região da fossa ilíaca interna se insere o músculo ilíaco. No ramo horizontal do
púbis e descente do ísquio se insere o obturador interno. No ramo ascendente do
ísquio se insere o músculo obturador interno e o músculo períneo. Na tuberosidade
ilíaca, o músculo sacrolombar que se articula com o sacro. No seu ramo descendente
do púbis tem a superfície articular púbica (Ricard 2005).

O Sacro em sua fase posterior com a sínfise púbica. A eminência pectínea é o ponto
de união entre o ilíaco e o púbis onde há a eminência que representa a passagem
de uma linha que ocorre a passagem da força da coluna vertebral para os membros
inferiores (Kapandji 2000).

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SÍNFISE PÚBICA
O púbis forma na face inferior medial do ilíaco une-se com o púbis do lado oposto,
através de uma espessa cartilagem formando a sínfise púbica. A sínfise púbica é
uma anfiartrose (articulação semimóvel entre extremidades ósseas formada por
fibrocartilagem ou membranas sinoviais) que permite movimentos de separação e
deslizamento. A sínfise púbica é uma superfície oval que mede 3cm de largura e 1,2
cm de altura. Forma um ângulo de 30º horizontal (Ricard 2005).

Na sua vista interna é bloqueada pelo ligamento anterior, onde se insere o tendão
do músculo reto do abdômen. A articulação do púbis absorve parte das forças
descendentes e ascendentes que são aplicadas ao corpo e seu comportamento
depende diretamente dos movimentos da articulação sacroilíaca.

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Em posição estática, as forças descendentes que se aplicam sobre o quadril


difundem-se a partir da coluna vertebral, atravessam o sacro, a articulação sacroilíaca
e atingem a coxofemoral, atingindo uma parte ao nível do púbis.

Já as forças ascendentes provocadas pelo apoio dos pés no solo sobem ao longo
do fêmur até a articulação coxofemoral, terminando uma parte ao nível do púbis.
(D.C Azevedo et al 1999).

CÓCCIX
O cóccix é formado pela fusão de quatro a seis vértebras atrofiadas. Sua face
anterior é côncava e apresenta sucos transversais. A face posterior é convexa e
apresenta também sucos transversais. Sua base se correlaciona com o vértice do
sacro e lateralmente apresenta protuberâncias em sua extremidade (Ricard 2005).

Para que a estabilidade seja assegurada e a transferência de carga seja feita de


forma eficaz e segura é necessário que todas as forças atuem na articulação a fim de
fornecer a compressão adequada. A estabilidade dinâmica depende de vários fatores
intrínsecos e extrínsecos na execução do movimento. Como fatores intrínsecos
podemos observar:

• Integridade óssea

• Integridade articular/ ligamentar

• Integridade miofascial (capacidade dos músculos se contrair de forma


tônica e prolongada; capacidade de os músculos atuarem de forma coordenada)

• Controle neural

A gravidade promove uma força de cisalhamento vertical e horizontal sobre as


articulações, sendo dessa forma um fator extrínseco.

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Quando o controle motor é anormal, pode ocorrer a aproximação exagerada ou


pequena das superfícies articulares.

A cintura pélvica possui unidade interna composta pelos músculos do assoalho


pélvico, transverso do abdome, mulfidios e do diafragma (Lee et al., 2001). A
ativação dos músculos abdominais representa uma reação normal à contração do
assoalho pélvico. Em estudos, descobriu-se que é possível isolar os músculos do
assoalho pélvico com maior eficácia quando a parede abdominal é incorporada ao
treinamento de contração voluntária.

O elevador do ânus (que promove a contranutação do sacro) e o multífidio (que


promove a nutação do sacro) quando ativados agem para promover um controle
da posição sacral, tornando assim a coluna mais estável (Sapsford et al. apud Lee
et al., 2001). Já o músculo transverso do abdome aumenta a tensão lateral da fáscia
toracodorsal e ajudar a manter a pressão intra-abdominal.

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A parte posterior da unidade externa da cintura pélvica formada pelos músculos


grande dorsal, glúteo máximo e fáscia toracodorsal interposta. A contração dos
músculos glúteo máximo e do grande dorsal contralateral promove uma compressão
da articulação sacroilíaca, devido a inserção do glúteo máximo e latíssimo do dorso
na parte posterior da fáscia tóraco-lombar.

A face lateral da unidade externa apresenta os músculos glúteo médio e mínimo


e adutores contralaterais da coxa. Essa face lateral é importante para cintura pélvica
na posição ortostática e durante a marcha. Dessa forma, quando há uma deficiência
na ação dos músculos da unidade interna e da unidade externa há o aparecimento
de ações compensatórias na região lombar, do quadril e do joelho. (Lee et al., 2001).

PATOLOGIAS DO QUADRIL
A
articulação do quadril é de extrema importância na marcha e sustentação
do peso corporal. É submetida a forças iguais ou maiores em relação ao
peso corporal. Para que haja estabilidade nessa articulação é necessário a
integridade óssea, articular e miofascial. Além desses fatores é possível observar que
a configuração anatômica da articulação, orientação das trabéculas, orientação da
cápsula e ligamentos e força dos músculos peri-articulares e a fáscia são elementos
que contribuem para estabilização desse segmento. (Lee et al 2001).

As doenças que comprometem o quadril provocam distúrbio na marcha e dor


especialmente durante a locomoção (A. Bruns et al 2003).

As patologias do quadril mais frequentemente observadas no estúdio de pilates


são: osteoartrose do quadril, bursites, pubalgia, disfunções da articulação sacroilíaca
e a cirurgia de artroplastia do quadril. Dessa forma, o livro trará os principais
acometimentos dessas patologias e quais abordagens devem ser feitas e observadas
para o tratamento dentro de um estúdio de pilates.

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OSTEOARTROSE DO QUADRIL
A osteoartrose do quadril é a patologia do quadril mais frequentemente
observada no estúdio de pilates. Com esse grande número de aparecimento da
osteoartrose no ambiente de pilates é necessário compreender a fisiopatologia da
doença e qual a melhor forma para promover a melhora do paciente. A osteoartrose
ou osteoartrite é a doença articular mais frequente, sendo a principal causa a dor
musculoesquelética (SATO 2004). É a mais importante das doenças reumáticas,
afeta todos os componentes articulares, principalmente a cartilagem. Em países
desenvolvidos é uma das dez doenças mais incapacitantes e é uma das doenças
crônicas com maior prevalência (LC Miranda et al 2015).

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Segundo o American College of Reumatology a osteoartrose é uma doença


articular mais comum que muitas vezes afeta pessoas de meia-idade e idosas. É
comumente referida como “desgaste” das articulações, mas sabe-se que é uma
doença de todo o conjunto, que envolve a cartilagem, capsula articular, ligamentos
e ossos. É caracterizado pela desagregação da cartilagem, alterações ósseas das
articulações, a deterioração dos tendões e ligamentos e de vários graus de inflamação
do revestimento da membrana sinovial.

Pode ser classificada em primária ou idiopática e secundária. Em sua forma


primária é devido o processo que ocorre sem causa aparente ou sua etiologia não foi
encontrada. As artroses secundárias ocorrem decorrentes de causas conhecidas ou
preexistentes (Sizinio et al 1998) (VS Duarte et al 2013) (Bruns et al 2003) (American
College of Reumatology). Mitchell e Cruess apud Sizinio et al 1998, descreveram
outra forma de classificação em que a artrose pode ser decorrente da concentração
anormal de força através da articulação que apresenta matriz cartilaginosa normal e
osso subcondral normal ou vice-versa e em alguns casos a associação desses fatores.
Sato 2004, descreve que a osteoartrose é a insuficiência qualitativa e quantitativa da
cartilagem articular associada as alterações típicas do osso subcondral.

Quanto a sua etiologia a osteoartrose apresenta fatores sistêmicos (hereditariedade,


obesidade, idade, sexo, causas metabólicas e endócrinas) (Sizinio et al 1998,
VS Duarte et al 2013, Bruns et al 2003, MU Rezende et al 2013, L C Miranda et al
2015) e climáticos (Sizinio et al 1998) e fatores locais (traumas, lesões articulares
preexistentes (SIZINIO et al 1998, VS Duarte et al 2013, Bruns et al 2003, MU Rezende
et al 2013, L C Miranda et al 2015).

O frio, como condição climática, pode influenciar no mecanismo de dor e no


espasmo muscular promovendo aumento do quadro álgico já existente (Sizinio et
al 1998). O que justifica o aumento da dor descrito pelos pacientes em períodos
de redução da temperatura. O índice de massa corpórea elevada e a manutenção
dessa condição por um longo período de tempo, acentuam o desgaste articular

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das articulações que suportam peso. Entretanto a obesidade não explica o início
da patologia, mas é possível afirmar que a obesidade agrava e acelera o curso das
doenças articulares. (Sizinio et al 1998, A.E Rosales et al 2014, LC Miranda et al 2015)

Estima-se que 9,6% dos homens e 18% das mulheres com idade superior a 60 anos
apresentam osteoartrite sintomática (LC Miranda et al 2015). No Brasil, a população
de indivíduos maiores de 60 anos (cerca de 19 milhões) irá saltar, em 2050, para mais
de 64 milhões. É um dado alarmante, pois há um aumento da incapacidade, perda
de qualidade de vida e os custos ao sistema de saúde gerados por essa doença (MU
Rezende et al 2013).

Esse aumento da incidência da osteoartrose com o avanço da idade se deve a


redução da resistência da cartilagem à sobrecargas mecânicas e bioquímicas.
Observa-se uma redução do suprimento vascular do osso subcondral (Sizinio et al
1998). Outra explicação é dada pelo dano oxidativo que ocorre com o envelhecimento
(LC Miranda et al 2015). Alterações hormonais ocorridas após a menopausa são
fatores importantes para a patogenia da osteoartrose (Sato 2004).

É caracterizada patologicamente por degeneração focal da cartilagem articular,


espessamento ósseo subcondral e proliferações osteocondrais marginais (Patrizzi et
al 2004, Coimbra et aI 2004). Há uma perda da congruência das superfícies articulares.
Na cartilagem, o osso subcondral sofre alterações proliferativas, que ocorrem na
margem das articulações e no assoalho das lesões cartilaginosas, comprometendo
a elasticidade e aumentam a rigidez óssea, tornando os ossos mais sensíveis ao
desenvolvimento de micro fraturas.

Essas micro fraturas regeneram-se, de forma excessiva, entretanto ocasiona a


formação de calos ósseos e, consequentemente, aumenta a rigidez que compromete
toda a estrutura articular dando origem aos osteófitos, luxações e instabilidade
articular (MU Rezende et al 2000, VS Duarte et al 2013).

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Com o avanço da patologia, não resta nenhuma cartilagem e áreas de osso


subcondral ficam expostas (VS Duarte et al 2013). Quando a destruição da cartilagem
articular atinge o osso subcondral ocorre a diminuição do espaço articular, resultando
em diminuição da amplitude de movimento.

Tais achados são evidentes nos exames radiológicos dos pacientes com
osteoartrose (Patrizzi et al 2004). Outras alterações que podem ser observadas
são a presença de citocinas associadas ao tecido adiposo, incluindo adiponectina,
leptina e resistina, que podem influenciar a osteoartrose através da degradação
direta da articulação ou pelo controle de processos inflamatórios locais. (MU
Rezende et al 2013)

QUADRO CLÍNICO
A dor é o principal sintoma em pacientes com osteoartrose (Sizinio et al 1998, A.E
Rosales et al 2014, LC Miranda et al 2015, Sato 2004, VS Duarte et al 2013, BRUNS et
al 2003, MU Rezende et al 2013, Patrizzi et al 2004, Coimbra et aI 2004, N A Ricci e I
B Coimbra 2006). A dor é insidiosa e pode ser acompanhada por rigidez na região
acometida. Em seu quadro inicial apresenta-se ao iniciar movimentos (protocinética)
e aos esforços (Sato 2004). Na osteoartrose do quadril a dor localiza-se na região
inguinal ou nádegas, podendo irradiar para face medial da coxa até os joelhos (SATO
2004, Bruns A, et al 2003, N A Ricci e I B Coimbra 2006, Coimbra et aI 2004)

A crepitação articular é definida como sensação de atrito exacerbado aos


movimentos devida a irregularidade das cartilagens oponentes (Sato 2004). Outro
quadro frequente é a rigidez matinal e é causada pela inatividade (Patrizzi et al 2004,
VS Duarte et al 2013) e pode durar até 30 minutos, melhorando com movimentos
(Sato 2004).

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A redução da força muscular caracteriza-se pela perda da ação muscular em


sustentar e estabilizar a articulação osteoartrítica, promovendo assim um aumento
do desgaste articular e consequentemente o aumento do prejuízo funcional da
articulação. Os músculos e ligamentos têm papel fundamental na estabilização das
articulações. Sua inatividade, contração ineficiente ou perda de força promove a
instabilidade da articulação que consequentemente promove um aumento no
desgaste articular gerando um ciclo vicioso.

A perda da mobilidade articular se dá pelas alterações cartilaginosas causadas


pelo quadro patológico. Há uma redução da congruência articular, alterações
proliferativas no osso subcondral, micro traumas que promovem alterações na
estrutura articular, levando a instabilidade e exposição do osso subcondral. (VS
Duarte et al 2013)

TRATAMENTO
A prática de exercícios físicos tem sido descrita como importante tratamento na
prevenção e reabilitação da osteoartrose. Devem ser associados ao tratamento:
programas educativos para o esclarecimento sobre a doença, envolver o paciente no
seu tratamento, incentivar a prática de atividades esportivas sob orientação de um
profissional habilitado, orientação com relação à ergonomia do trabalho doméstico
e/ou profissional (Coimbra et aI 2004), além da importância da perda de peso como
um dos pilares do tratamento da osteoartrite (A.E Rosales et al 2014). O exercício
físico pode ser empregado para a redução do quadro álgico e rigidez articular, perda
da mobilidade articular sem destruição importante da articulação, desalinhamento
articular ou uso anormal da articulação, sintomas de fraqueza muscular, fadiga e
resistência alterações da marcha e do equilíbrio (VS Duarte et al 2013, Coimbra et aI
2004, Sato 2004)

LORENA DOS SANTOS RIOS 28


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VS Duarte et al 2013 em uma revisão literária descreve em seu trabalho que


os exercícios isométricos podem ser utilizados para alívio da dor e prevenção da
atrofia muscular devido à imobilidade, exercícios isotônicos tem importante ação
para estabilidade articular e postural, assim como os exercícios de força, devem ser
utilizados para melhorar a estabilidade articular.

O treinamento de flexibilidade promove um movimento articular suave e


confortável a partir da amplitude de movimento irrestrita e sem causar dor e
como complemento, os exercícios de alongamento proporcionam o aumento da
mobilidade dos tecidos moles e também melhoram a amplitude de movimento.
No treinamento de força muscular, exercícios de baixa e alta resistência, exercícios
isocinéticos devem ser utilizados pois proporcionam um melhor desempenho
muscular ao grupamento da articulação exercitada.

Corroborando com tal descrição, NA Ricci e IB Coimbra 2006 descreve que um


programa de exercícios não precisa ser somente curativo, previne perdas de força
muscular, de realização das atividades diárias, da amplitude de movimento, promove
o controle do quadro álgico e evita o estabelecimento de deformidades.

A propriocepção está diretamente relacionada aos movimentos articulares (devido


seus receptores musculotendíneo e capsular). É um mecanismo de retroalimentação
neuromuscular e promove a estabilidade articular mediado pelo SNC. Pode estar
prejudicada durante as lesões. O seu treinamento é de fundamental importância
para a reabilitação das afecções articulares. Está relacionada de forma indireta a
variáveis como a marcha, força muscular e o equilíbrio, pois dependem da total
integridade das sensações proprioceptivas para serem consideradas satisfatórias e
adequadas para cada indivíduo. (ALC Martimbianco et al 2008)

D Lee 2001 faz uma descrição da biomecânica da lesão completa que permite
o entendimento do mecanismo de lesão e as compensações geradas. Favorece ao
terapeuta um melhor entendimento do quadro clínico do seu paciente e dessa forma
seja possível traçar a melhor estratégia de tratamento e a descrição dos movimentos

LORENA DOS SANTOS RIOS 29


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

adequados a cada compensação apresentada. Quando há alteração dos estímulos


aferentes dos mecanorreceptores no interior da capsula articular há uma alteração
da percepção da posição estática da articulação, a propriocepção, a estabilidade
dinâmica e tônus muscular em repouso sobre a articulação. Essas alterações tornam
a articulação mais susceptível a distensões articulares promovendo aumento do
processo degenerativo e desequilíbrio muscular, sendo assim redução do movimento
osteocinemático do fêmur.

Em seu primeiro estágio há rigidez do quadril em decorrência do desequilíbrio


muscular (tensor da fáscia lata/ faixa ílio tibial contraída, glúteo médio fraco,
rotadores externos contraídos, rotadores internos fracos, flexores do quadril
contraídos e extensores do quadril fracos). Durante a marcha a fase de apoio
encontra-se encurtada, há perda da estabilidade dinâmica compensada pelo sinal
de trendelenburg compensado, centro de gravidade deslocado lateralmente para
reduzir as exigências musculares do apoio unilateral.

Quando o paciente apresenta fêmur com flexão limitada este apresentará


dificuldade em realizar agachamento de forma simultânea. A compressão das
estruturas articulares e miofasciais posteriores promovem o deslocamento anterior
da cabeça do fêmur gerando choque no lábio, cápsula, bursa e o tendão do iliopsoas,
gerando dor na virilha. A abdução ou adução limitada promove uma flexão do
tronco restrita.

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ARTROPLASTIA DO QUADRIL
A artroplastia de quadril é um procedimento cirurgico que realiza a substituição
total ou parcial da articulação do quadril por próteses, que tem por objetivo
restaurar a mobilidade articular, a função muscular, dos ligamentos e tecidos moles
que promovem a estabilidade da articulação.

Tem como objetivo o alívio da dor, restauração e mobilidade do quadril. As


principais indicações para a artroplastia do quadril são as patologias articulares
degerativas, fraturas do colo, da cabeça femoral e do acetábulo, sequelas de luxação
congênita (GO Urso, LG Monteiro, WJ Zanolini, RP Soares 2010), artrite reumatoide,
necrose avascular da cabeça femoral, tumores ósseos benignos e malignos (ACR
Melo 2009).

Tem como objetivo restabelecer seus movimentos o mais próximo possível de


sua biomecânica. Promove substituição dos componentes ósseos degenerado da
articulação por tecidos ou materiais que revestem as superfícies articulares (GO Urso,
LG Monteiro, WJ Zanolini, RP Soares 2010). A população idosa tem aumentado tanto
em países desenvolvidos como em desenvolvimento. No Brasil, dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam 23,5 milhões de pessoas com
mais de 60 anos de idade, ou seja, 12,1% da população (VR GOVEIA et al 2015)

Pode ser classificada quanto a substituição parcial ou total dos elementos articulares
do quadril. A artroplastia parcial do quadril é utilizada quando há preservação da
cartilagem do acetábulo. Nesse casos, a prótese utilizada é apenas na cabeça do
fêmur que se articulará diretamente com a cartilagem acetabular preservada, não
há o componente acetabula protético.

Já a artroplastia total do quadril consiste na substituição da articulação


degenerada pela implantação de uma prótese com componente femoral e
acetabular. Artroplastia total de quadril cimentada consiste em uso de cimento

LORENA DOS SANTOS RIOS 31


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acrílico denominado polimetilmetacrilato. Esse cimento minimiza os eventos de


solturas dos componentes das próteses. Artroplastia total de quadril utiliza do
componente acetabular não cimentado, permitindo a redução da quantidade de
substância óssea removida do teto acetabular (GO Urso, LG Monteiro, WJ Zanolini,
RP Soares 2010).

As próteses cimentadas promovem maior estabilidade, sendo possível introduzir


carga mais precoce. Já a prótese não cimentada é necessário a espera da consolidação.
A falha dos implantes pode ocorrer por razões mecânicas ou biológicas. A mecânica
inclui o uso excessivo da prótese, seu deslocamento ou desalinhamento, o estresse
físico e a fratura óssea periprótese. Já, a falha biológica inclui basicamente a
inflamação que pode ocorrer como uma resposta infecciosa ou uma resposta à
presença de partículas no local (VR Goveia et al. 2015).

A luxação é a complicação mais freqüente em pacientes submetidos a artroplastia


do quadril Tais pacientes que realizaram a cirurgia devido fratura do colo do fêmur
e passaram a apresentar maior insuficiëncia de partes moles (A Schuroff et al 2013).

Após a artroplastia do quadril, alguns pacientes apresentam algumas deficiências


tais como: dor, muscular fraqueza dos abdutores do quadril, contratura do quadril,
distúrbios na marcha e fraqueza dos extensores de e flexores do quadril. Essas
disfunções podem conduzir a complicações como afrouxamento do implante e
instabilidade da junção submetida a cirurgia (VS. Husby et al 2009).

A fisioterapia é de fundamental importância na reabilitação e retorno as atividades


dos pacientes submetidos a artroplastia do quadril. Durante a fase hospitalar
o tratamento fisioterapêutico baseia-se na manutenção da mobilidade das
articulações dos tornozelos e joelhos com flexão - ativa assistida, utilização de coxim
de abdução desde o primeiro de pós-operatório. Quando a prótese é cimentada o
treino de marcha com carga parcial se dá a partir do segundo dia e carga total após
seis semanas de pós-operatório (JRN Vicente 2015).

LORENA DOS SANTOS RIOS 32


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É necessário observar em qual fase do tratamento o paciente se encontra. É


possível iniciar o tratamento no estúdio de pilates a partir da alta hospitalar do
paciente. Entretanto são necessárias algumas precauções com pacientes submetidos
a artroplastia. A flexão do quadril não pode ser superior a 90º, pois há o risco de
luxação da prótese.

A maioria dos pacientes que procuram o pilates como reabilitação já possuem


maior grau de independência, e necessitam ganho de fortalecimento muscular,
mobilidade articular, trabalho de fortalecimento de grupos não envolvidos
no processo cirúrgico, que por compensação devido marcha inadequada, uso
prolongado de andadores encontram-se tensos, encurtados, com algum quadro
álgico. O paciente deve ser visto como um todo pois após um processo cirúrgico
todo o corpo sofre com compensações. As retrações musculares, encurtamentos
e tensões em região de cintura escapular são frequentes. Isso se deve ao medo da
descarga de peso em membro operado, uso de andadores e muletas, utilização dos
membros superiores para transferência de peso.

Além disso, a estabilização da cintura pélvica é de fundamental importância


para reabilitação pós artroplastia do quadril. Um centro de força forte promove
uma melhor execução dos movimentos dos membros inferiores, favorecendo a
reabilitação do paciente.

TRATAMENTO
O aumento ou manutenção da resistência e força muscular promovem a prevenção
de quedas, aumentam a independência funcional e o retorno as atividades diárias
mais brevemente. É necessário manter uma atividade aeróbica moderada com
duração mínima de 30 minutos e frequência de três a cinco vezes por semana. A
atividades de baixo impacto devem ser escolhidas pelos pacientes para a realização
de atividade fisica, esportiva e de lazer, pois dessa forma haverá menor risco de
complicações com as próteses (ACR Melo. 2009).

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Em um estudo realizado em 2009, pacientes que realizaram artroplastia total do


quadril foram submetidos a um programa de treinamento muscular com enfoque
na reabilitação dos pacientes, sendo esses submetidos a treino de força muscular e
aeróbico com o acompanhamento especializado. Após uma semana da realização da
cirurgia, os pacientes foram submetidos a um treinamento aeróbico com frequência
de 5 vezes por semana, durante 4 semanas com duração de 10 minutos em bicicleta
ergométrica com intensidade de 50% do Vo2máx. O treinamento de força consistiu
de 2 exercícios, leg press e abdução do quadril (4 séries de 5RM (repetição máxima)
envolvendo apenas a perna operada). 5RM (repetição máxima) corresponde a
aproximadamente 85% de 1RM. Quando os pacientes conseguiram realizar 6RM, a
carga foi aumentada em 5 kg, o tempo de descanso era de 2 minutos. Leg press foi
realizadao na posição sentada com um ângulo de articulação do joelho de 90 ° e
um ângulo de flexão de 90 ° máxima na articulação do quadril (para evitar luxação
do quadril), com uma amplitude de movimento de 90 ° a 45 ° no quadril conjuntos
e 90 ° C e 0 ° na articulação do joelho.

A abdução do quadril foi realizada em pé com utilização de barras laterais


como apoio, sendo orientados a ficar em uma posição vertical e para manter o pé
apontando para a frente durante o exercício de abdução. A amplitude de movimento
foi de 0 ° C a 25 ° no a articulação do quadril. Quando os pacientes conseguiram
realizar 6RM, a carga foi aumentada em 1 kg (VS. Husby et al 2009).

O treino de resistência em pacientes submetidos a cirurgia de artroplastia do


quadril promove um aumento da força máxima muscular, melhorando a perda de
força pós cirurgia.Este aumento na força máxima foi observado nas primeiras 4-5
semanas após o início de um programa de treino de resistencia com alguns dos
ganhos de força e adaptações neuromusculares ainda evidentes 11 meses após o
fim do programa. J Kristensen, AF Miller 2012. Suetta et al 2004 observaram em
seu estudo que apenas o treino de resistência preveniu a atrofia muscular após a
cirurgia e foi a única intervenção resultando no aumento do músculo na área de
secção transversal e a força muscular máxima 12 semanas pós-cirurgia.

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Em outro estudo, constatou que o treino de resistência era o único método de


treinamento que resultou em aumentos significativos na taxa de desenvolvimento
de força do músculo. Quando utilizado como uma modalidade terapêutica após a
cirurgia de substituição do quadril, a alta intensidade do treino de resistência (> 70%
de 1RM) pode ser usado com sucesso para provocar melhorias no força máxima,
taxa de desenvolvimento de força do músculo, morfologia muscular e desempenho
funcional. Esses resultados pode ser alcançado mesmo em pacientes mais velhos (+60
anos) que levam mais tempo para recuperar a força depois de um período de inactividade
/ imobilização do que indivíduos mais jovens. (J Kristensen, AF Miller 2012).

Após 5 semanas de cirurgia, é possível observar uma queda da força muscular


e atrofia muscular no músculo quadríceps quando o paciente é submetido a
reabilitação padrão. A reabilitação padrão consiste em exercícios sem resistência
externa e sem progressão: flexão-extensão de joelho e quadril, elevação pélvica,
abdução do quadril, série de glúteo, alongamento de flexor do quadril (LR. Mikkelsen,
S S. Mikkelsen, FB. Christensen 2012).

BURSITES DO QUADRIL
Bursas são coxins que possuem a função de amortecer o atrito entre as
proeminências ósseas e os tecidos moles. A inflamação bursal ou bursite pode
ocorrer devido micro traumas, artrite, disfunção muscular, overuse (treino excessivo)
ou trauma agudo. Pode ser confundida em seu diagnóstico clínico como patologias
lombares, pélvicas, inguinais, articulares do quadril e infecção local.

Na região trocanteriana existe cerca de 14 a 21 bursas, entretanto o quadro álgico


é atribuído a três bursas que tem relação direta com a anatomia da musculatura
glútea. Tais bursas são: bursa trocanteriana (bursa do glúteo máximo), bursa do
glúteo médio e bursa menor do glúteo mínimo que é interposta entre o tendão
deste músculo e a parte medial da superfície anterior do grande trocânter (E.N Fujiki
et al 2006).

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BURSITE TROCANTERIANA
Bursite trocantérica é uma patologia com dor crônica, intermitente, acompanhada
de desconforto à palpação da região lateral do quadril devido processo inflamatório
das bursas. C R Schwartsmann et al 2014). Tem sua maior prevalência em mulheres,
isso pode ocorrer devido a biomecânica alterada associada com diferenças no
tamanho, forma e orientação da pelve (ginecóide x androide) além da sua relação
com os distúrbios da banda iliotibial.

A obesidade pode ser considerada um fator de risco pois proporciona um


aumento da pressão sobre as articulações do quadril, joelho além da sua relação
com a osteoartrose e lombalgia. (BS.Williams,SPCohen 2009).

As bursas são bolsas revestidas por sinovial com fluidos em seu interior,
responsáveis pela diminuição do atrito entre os tendões e os músculos sobre as
proeminências ósseas. A bursa trocantérica é a mais comumente afetada pelo
quadro de inflamação. É causada por micro traumas repetitivos devido uso ativo dos
músculos que se inserem no trocânter maior, causando mudanças degenerativas
dos tendões, dos músculos ou de tecidos fibrosos (C R Schwartsmann et al 2014).
Sua dor se inicia de forma insidiosa. A anatomia do fêmur proximal (varo) e fraqueza
dos abdutores do quadril são fatores predisponentes para o desenvolvimento da
bursite trocantérica (Iannotti J.P. Parker RD 2013).

Quando há traumas diretos ou micro traumas, causados pela ação repetida da


musculatura local em sua inserção no trocânter, ocorre inflamação local que resulta
em alterações degenerativas nos tendões, músculos ou outros tecidos locais. Nestas
situações pode ocorrer a formação de calcificações, tanto nos tendões da musculatura
glútea quanto ao redor da formação óssea trocantérica (E.N Fujiki et al 2006).

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Descrita como “maior síndrome da dor trocantérica,” é caracterizada por dor lateral
do quadril crónica exacerbada por abdução ativa, passiva adução, e palpação direta.
A banda íliotibial e o tensor da fáscia lata agem como uma banda de tensão
lateral para resistir a tensões de tração sobre o aspecto côncavo do fêmur, sendo
frequentemente comprometida e causa a bursite trocantérica. Lesões no glúteo
médio, são encontrados em até 22% dos pacientes idosos e também pode ser uma
causa subjacente da dor no quadril lateral. A incidência da bursite trocantérica é mais
elevada na população de adultos e idosos e sua etiologia é multifatorial, podendo
afetar pacientes de todas as idades (DP Lustenberge et al 2011) .

Quando há outras patologias que geram dor local ou limitação da amplitude de


movimento há um aumento da tensão da musculatura rotadora externa do quadril.
Ocorre um aumento da tensão exercida pelas fibras do glúteo máximo no trato ílio
tibial, potencializando o atrito e a inflamação da bursa. (E.N Fujiki et al 2006)

TRATAMENTO
É possível observar que o sistema lateral do quadril (estabilizadores) se encontram
alterados e dessa forma há a perda da estabilidade dinâmica. O desequilíbrio
muscular promove padrões anormais de movimento. O tratamento baseia-se em
proporcionar uma maior estabilização do quadril, reforço da musculatura que se
apresenta enfraquecida e alongamento dos músculos que tendem a se tornar tensos
nessa lesão. O fortalecimento do glúteo médio proporciona maior equilíbrio pélvico
transversal, dessa forma há uma redução da sobrecarga tensional.

É necessário incorporar a um programa de treinamento exercícios isométricos,


exercícios isotônicos para estabilidade articular e postural. A liberação miofascial
promove uma melhora da flexibilidade e elasticidade da fáscia, facilitando a
autonomia durante o movimento e dos músculos que se encontram sob tensão.

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PUBALGIA
A articulação do púbis absorve parte das forças descendentes e ascendentes
que são aplicadas ao corpo e seu comportamento está diretamente ligado aos
movimentos da articulação sacroilíaca.

Devido esses fatores, a articulação do púbis pode ser colocada em situações de


estresse. Em posição estática, as forças descendentes que se aplicam sobre o quadril
difundem-se a partir da coluna vertebral, atravessam o sacro, a articulação sacra
ilíaca e atingem a coxofemoral, terminando em uma parte ao nível do púbis.

Já as forças ascendentes provocadas pelo apoio dos pés no solo sobem ao longo
do fêmur até a articulação coxofemoral, terminando uma parte ao nível do púbis.
O comportamento do púbis está diretamente ligado com os movimentos dessas
articulações. Durante o apoio unipodal, o pé no solo transmite uma força ascendente
que é aplicada na articulação coxofemoral.

A articulação sacroilíaca promove o movimento do ilíaco para posterior, deslocando


a sínfise púbica homolateral para superior. Em contrapartida, o lado contralateral
(membro elevado) o peso do corpo exerce uma força sobre o corpo do ilíaco, que
sofre uma rotação anterior, dando ao púbis um deslocamento inferior.

O disco intervertebral de L5-S1 recebe a força descendente transmitida pelo


peso do corpo e tende a horizontalizar o sacro (D.C Azevedo et al 1999). Essa
horizontalização do sacro promove um movimento de adução dos ilíacos, o que
ocorre em torno de um eixo que liga a articulação sacroilíaca atrás e o púbis à frente.
Este movimento aumenta a pressão entre as sínfises púbicas. Quando o movimento
do quadril é restrito, forças de cisalhamento são geradas na articulação, levando a
movimentos compensatórios internos ou externos de uma remi pelve sobre a outra.
Estes movimentos alterariam o funcionamento normal das articulações sacro ilíacas
e do púbis, causando problemas mecânicos. (D.C Azevedo et al 1999)

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A pubalgia pode ser descrita como subluxações em deslizamento em translação


ou de cisalhamento, produzida no plano coronal e pode se distinguir em lesão
inferior ou superior do ramo púbico.

A diferença entre o lado normal e o lado da lesão é devido a modificação de tensão


que se produz entre os músculos superiores e inferiores que se insere sobre a sínfise
púbica. É o espasmo muscular que define a disfunção. Espasmo do reto maior do
abdômen produz lesão superior, espasmo dos adutores produz uma lesão inferior
(Ricard 2005).

A pubalgia é um problema relativamente comum em atletas, acometendo cerca de


5% deste grupo de profissionais. Possui quadro álgico insidioso com piora gradativa
e exacerbação dos sintomas quando são realizados movimentos específicos de
chute, rotação ou adução da coxa (F.A Reis et al 2008).

O quadro clínico pode iniciar-se de forma aguda ou crônica, com dor na região
inguino púbica, normalmente unilateral, com possível irradiação para a parte medial
da coxa até o joelho. A intensidade da dor é aumentada pela contração resistida e
estiramento dos músculos adutores e abdominais (D.C Azevedo et al 1999).

O mecanismo de estresse e o desequilíbrio do mecanismo de forças geram uma


lesão crônica à sínfise púbica principalmente do ligamento inguinal (e respectivas
aponeuroses), tendões proximais dos adutores, da inserção do reto abdominal e de
sua fáscia (F.A Reis et al 2008).

As forças de cisalhamento criadas na sínfise púbica pela contração simultânea


de adutores e abdominais durante o movimento do chute geram um aumento no
desequilíbrio da força entre abdutores, adutores e rotadores internos do quadril.
(D.C Azevedo et al 1999)

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PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

TRATAMENTO
O tratamento da pubalgia deve ser estabelecido com intuito de promover o
fortalecimento e reeducação neuromuscular do movimento funcional, associado a
técnicas de terapia manual e técnicas de liberação das restrições das fáscias. Um
programa de reabilitação abrangente deve desenvolver a coordenação e a força
dos adutores do quadril, flexores, rotadores internos, extensores, estabilizadores
do quadril e da musculatura da coluna vertebral lombo pélvica e assim promover
uma recuperação efetiva. Para um tratamento efetivo é necessário acrescentar no
treinamento, atividades em apoio unipodal em uma superfície instável para que se
possa ativar a musculatura profunda da pelve e estabilização do quadril, bem como
desenvolver a propriocepção e percepção cinestésica. (A. A. Ellsworth et al 2014)

DISFUNÇÃO SACROÍLIACA
A palavra disfunção sugere a função anormal da articulação (rigidez- artrodese,
relaxamento- instabilidade). Essa função anormal não está diretamente relacionada
a dor, sendo possível indivíduos apresentarem a disfunção sem quadro álgico. Os
sintomas podem ocorrer com o tempo devido as articulações rígidas promovem
compressão adicional as articulações acima ou abaixo delas.

Maigne et al 1996 apud Lee et al 2001, descreve que grande parte das patologias
sacro ilíacas sejam oriundas de patologias dos tecidos moles que circundam a
articulação e que a dor pode estar relacionada a disfunção das articulações acima/e
ou abaixo dela. Concomitante a essa descrição, Freburger JK, 2001 e O’Sullivan PB
et al 2002 apud Ramírez CR, Lemus DMC 2010 descreveram que a disfunção da
articulação sacroilíaca ocorre provavelmente por mal alinhamento ou movimento
anormal nesta.

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PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

A pelve está estabilizada pelos músculos flexores e extensores. Estes músculos


desempenham um papel agonista-antagonista e promovem o equilíbrio da
articulação da sacroiliaca. Se estes músculos estão com tônus normal, a articulação
sacro-ilíaca está estável. Os espasmos musculares fixam a lesão e quando associada
a uma hipomobilidade há um desequilibrio entre agonista-antagonista. O espasmo
do agonista produz inibição do antagonista por via reflexa. A hipotonia favorece a
hipermobilidade que se sobrepõe a região hipomóvel. ( Ricard 2005)

A dor da articulação sacroilíaca pode irradiar-se da pelve para a região anterior da


virilha ipsilateral ou descer para a região póstero-lateral do glúteo e da coxa até o
joelho (Lee et al 2001). Em sua maior frequência, a dor se localiza abaixo do território
do L5, que se irradia para a nádega, coxa e virilha, se estende para a perna e, às
vezes, podendo imitar a dor ciática. Na presença de um quadro clínico de disfunção
do sacroilíaco, uma discrepância verdadeira do membro reforça este diagnóstico
(Ribeiro et al 2003).

As disfunções da cintura pélvica podem ser classificadas quanto a biomecânica


da articulação estudada baseando-se na mobilidade e estabilidade das estruturas
articulares, podendo dessa forma ser classificadas em:

• Hipomobilidade com ou sem dor

• Hipermobilidade/ instabilidade com ou sem dor

Tal classificação pertence a função artrocinemática e artrocinética da articulação


sacroilíaca, favorecendo assim a terapêutica a ser abordada a partir de tal
conhecimento. (Lee et al 2001)

A hipomobilidade é causada por um espasmo muscular e aderências por ocorrer


na fixação articular. É assintomática, só pode ser detectada por testes de mobilidade
comparativa (Ricard, 2001). É apresentada de forma repentina.

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Quando a articulação sacroilíaca apresenta hipomobilidade (rigidez) a um tempo


prolongado, a dor pode ocorrer no lado contralateral. Movimentos como caminhar,
subir e descer escadas, entrar e sair do carro, sentar e levantar da cadeira e ficar em
apoio unipodal são agravantes para o quadro álgico.

Durante a marcha, há uma alteração do ritmo lombo-pélvico e redução do


movimento intra - pélvico nas fases de balanço e apoio. Em ortostase, o ilíaco do
lado da hipomobilidade apresenta rotação anterior (Lee et al 2001).

Essa posição anterior do ilíaco pode ser acompanhada de anteversão da pelve


(hipotonia do músculo psoas e hipertonia dos músculos espinhais).

O ilíaco fixa-se anteriormente por espasmos dos músculos: sacro lombares,


adutores, sartório e ilíaco.

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PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

Como quadro aparente, o paciente apresenta perna longa homolateral, rotação


interna da articulação ílio femoral devido ação dos adutores e a posição baixa
do acetábulo), espinha ilíaca anterossuperior mais alta e anterior, base do sacro
relativamente anterior do mesmo lado, rotação de L5 para o lado oposto a lesão
sacroilíaca. Tal lesão pode gerar tensão no glúteo maior e dor em região glútea,
tensão dos isquiostibiais, tensão do quadrado lombar que se repercute sobre a 12ª
costela e o diafragma. (Ricard 2005).

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PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

A mudança do movimento do ilíaco afeta a mecânica da articulação sacroilíaca,


alterando sua habilidade para absorver forças de reação do solo e de diminuir o
cisalhamento sobre os discos intervertebrais durante a marcha (DonTigny RL 1990
APUD Ramíres C. 2010). Essas alterações biomecânicas podem explicar o quadro
álgico do paciente e facilitar a abordagem do terapeuta.

A fisioterapia deve focar o seu tratamento em um programa de exercícios para


corrigir desequilíbrio muscular. O glúteo máximo e o médio, e os rotadores externos
do quadril devem ser fortalecidos. Os iliopsoas, reto femoral, bíceps da coxa, o
músculo semitendíneo e semimembranáceo são submetidos a alongamento. Usa-
se manipulação e mobilização na tentativa de restaurar a mecânica da articulação.
(Ribeiro et al, 2003)

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PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

O encurtamento dos isquiotibiais é um dos fatores que podem contribuir com


a dor Lombar, devido a sua inserção e a sua influência no ritmo lombo-pélvico
(Cailliet R 1995). Para Kendal FP 2005, os isquiotibiais encurtados promovem a
rotação da pelve em sentido posterior, reduzem a curvatura lombar, alteram o ritmo
lombo-sacro e geram um movimento compensatório na região lombar, gerando
sobrecarrega e desencadeando do lombar.

A hipermobilidade/instabilidade da articulação sacroilíaca pode ser oriunda de


micro traumas ou traumas de grandes proporções ou alterações hormonais da
gravidez. Pode ocorrer por carga ventral inesperada através do membro que apoia
o peso ou carga aplicada ao tronco em postura de flexo/rotação. Gera dor unilateral
repentina na articulação sacroilíaca e/ou sínfise púbica que se irradia para região
glútea, posterior de coxa e/ou abdome e virilha (Lee et al 2001). A hipermobilidade
é compensatória às fixações vertebrais que são supra ou infra adjacentes (Ricard,
2001). A zona de hipermobilidade compensadora se caracteriza por uma hipotonia
muscular. Essa zona é o local das dores espontâneas e promove a inflamação dos
tecidos peri articulares (músculos, ligamentos, cápsulas articulares). Pode causar
uma irritação das raízes nervosas. Os sinais clínicos estão ligados à zona hiper móvel,
e os testes de mobilidade são negativos (Ricard; Sallé, 2002).

Na hipermobilidade quando o paciente realiza apoio em um único lado, flexão do


tronco para frente, carrega objetos pesados, decúbito dorsal e sair dessa posição
e executa atividade por tempo prolongado há um aumento do quadro álgico.
Durante a marcha, há uma instabilidade da articulação sacroilíaca ou aumento da
compressão sobre a mesma e deslocamento exacerbado do centro de gravidade.

Apresenta padrão de marcha compensatória com a transferência lateral sobre


o membro envolvido (teste de Trendelenburg positivo). A cintura pélvica realiza
excessiva abdução (sobre o lado instável que apoia o peso). O fêmur realiza abdução
em relação ao pé, promovendo aproximação da articulação sacroilíaca ao centro de
gravidade (LEE et al 2001).

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BIOMECÂNICA E
APLICAÇÕES DO PILATES
E
m uma era de sedentarismo, alterações posturais devido trabalho excessivo e
grande carga de estresse, o método pilates vem ganhando espaço por trazer
diversos benefícios a saúde. O treinamento de Pilates melhora a flexibilidade
geral do corpo, o alinhamento postural e a coordenação motora, aumento da força
muscular que tem uma relação direta com o processo de reeducação postural,
melhora do controle motor e do recrutamento muscular, aumento da consciência
corporal, preservação do tônus muscular (CR Sinzato e cols 2013).

Busca através do fortalecimento do “centro de força”, melhora da postura e


coordenação da respiração com os movimentos realizados. Visa o movimento
consciente sem fadiga e dor, o método baseia-se em seis princípios: a respiração, o
controle, a concentração, centralização, o fluxo de movimento (fluidez) e a precisão
(F Bertolla e cols 2007).

Se a pelve não está suficientemente estabilizada pelos músculos, a força do


músculo reto femoral (ou qualquer outro músculo flexor do quadril) poderia girar
ou inclinar a pelve anteriormente.

Dessa forma uma pessoa com músculos abdominais enfraquecidos podem


demonstrar, enquanto contrai ativamente os músculos flexores do quadril, uma
anteroversão indesejada e excessiva da pelve. Normalmente, a flexão alta do quadril
éstá relacionada a ativação forte do músculo abdominal. Os músculos abdominais
deve gerar uma inclinação pélvica posterior de força suficiente para neutralizar

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o forte potencial de inclinação pélvica anterior dos músculos flexores do quadril.


Esta ativação sinérgica dos músculos abdominais é demonstrada pela reto femoral.
A flexão rápida do quadril é geralmente associada com a ativação do músculo
abdominal que precede ligeiramente a activação do flexores do quadril.

Por outro lado, uma lesão no flexores secundários do quadril, como adutor
curto, grácil, e fibras anteriores do glúteo mínimo, contribui para uma inclinação
pélvica anterior excessiva e lordose lombar exagerada. A ativação antecipatória dos
abdominais tem sido demonstrado ser mais consistente pelo transverso abdmonial.

O início da ativação do transverso abdominal pode refletir um mecanismo de


alimentação de entrada destina-se a estabilizar a lombopélvicos pelo aumento da
pressão intra-abdominal e a aumentar a tensão na fascia. Dessa forma a ativação
correta do transverso abdominal proprociona a estabilização lombopélvica
proporcionando um movimento harmônico dos membros, evitando lesões. (DA
Neumann 2010)

Com o programa de treinamento de estabilização central é possível obter ganhos


de força, controle neuromuscular, potência e resistência muscular, com o objetivo
de facilitar o funcionamento muscular equilibrado de toda a cadeia cinética. A
função do CORE (centro de força descrito pelo Joseph pilates) é estabilizar a coluna
e a pelve durante os movimentos, além de manter um adequado alinhamento da
coluna contra a ação da gravidade, localizar o centro de gravidade, criar movimentos
eficientes da cadeia cinética, propiciar uma base de suporte para os movimentos
dos membros (origem do movimento com ação dos músculos profundos), gerar
força para os movimentos do tronco e prevenir lesões.

Para que ele haja um funcionamento de forma adequada do CORE, é preciso que
tenha uma coordenação eficiente entre os três sistemas (passivo, ativo e nervoso).
Disfunções ou alterações em qualquer um desses três sistemas pode gerar uma ação
negativa na operação dos outros sistemas. No treinamento do centro de força, os
músculos devem ser suficientemente fortes para estabilizar e devem ser recrutados

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de forma apropriada. Tradicionalmente, o treinamento do CORE tem se caracterizado


por treinar os grandes músculos globais, em que não realizar o treinamento dos
músculos locais favorece o enfraquecimento dos mesmos e dessa forma afetar a
estabilidade da coluna. (Marés G et al 2012)

O pilates trabalha com exercícios musculares de baixo impacto contracional,


fortalecendo intensamente a musculatura abdominal, além de proporcionar
movimentos harmônicos que visam atuação global dos movimentos atingindo
assim diversos grupos musculares em um só exercício.

Diante disso, entender a biomecânica do método e como ela favorece a execução


dos movimentos, proporciona ao instrutor um conhecimento maior para determinar
qual exercício será mais indicado a cada patologia que o paciente apresenta ao
procurar o tratamento pelo método pilates.

Os exercícios do pilates promovem uma harmonia nos movimentos em que devem


ser executados de maneira lenta e uniforme. A resistência é de forma progressiva e
o uso de molas proporciona a ação da energia elástica regida pela força elástica da
mola. As grandezas de força elástica e energia potencial tem comportamento linear,
em que são aumentadas ou diminuídas na mesma proporção que são estiradas
ou comprimidas. Ao se utilizar a resistência elástica (molas) a força de resistência
mantém os mesmos padrões independente da velocidade de execução.

Quando a mola é deformada há um aumento da resistência e essa se reduz quando


a mola retorna a seu comprimento inicial. A demanda muscular varia ao lingo da
amplitude de movimento de forma diferente, depende do tipo de resistência a qual
é submetida. Ao se utilizar resistência elástica, a máxima resistência externa ocorre
no momento em que o músculo está mais encurtado.

A força exercida pela mola não é uma constante como a de um halter, será
diferente a medida que seu comprimento variar, o que promove uma mudança na
demanda muscular ao longo da amplitude. Além disso, a resistência da mola pode

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ser ajustada para a capacidade individual do praticante e permite um maior retorno


proprioceptivo durante os exercícios do pilates. É importante ressaltar que quando
uma força é aplicada sobre um corpo, em algum ponto diferente do seu eixo, gera
um efeito rotacional sobre o corpo conhecido como torque. Para que se possa obter
o torque são necessárias duas grandezas: a força e a distância perpendicular. Outro
fator importante é o ângulo de inserção do tendão muscular.

A depender do ângulo de inserção do músculo, uma força será dirigida para


estabilizar ou instabilizar o segmento promovendo uma tração sobre o osso
proporcionando a aproximação ou distanciamento da articulação. Dessa forma,
através de um movimento é possível proporcionar uma melhora na coaptação
articular ou descompressão de uma articulação.

O torque da mola é composto pela força externa e a distância perpendicular da


mola. O torque promove uma influência no esforço muscular. A mudança de posição
do praticante e as características antropométricas de cada indivíduo influenciam
no torque da mola, alterando a força externa e a distância perpendicular além de
alterar a força muscular resultante. (YO Silva, JF Loss 2011).

O tipo de mola e o seu posicionamento pode alterar a demanda externa do


exercício. Em seu estudo, Silva et al 2009, observou que no exercício de extensão do
quadril do método pilates, o posicionamento da mola pode intervir na participação
dos músculos como motores primários do movimento, a demanda externa e nas
estratégias neuromusculares da musculatura envolvida.

A distância do praticante pode alterar as características do exercício concêntrico


e causar alterações no recrutamento dos músculos responsáveis pelo movimento
assim como os músculos estabilizadores do tronco. (Loss et al 2010).

A maioria das patologias músculo esqueléticas se desenvolvem por um desequilíbrio


muscular. Tais disfunções geram uma instabilidade articular o que promovem a
dificuldade na realização de um movimento harmônico. Com a manutenção desse

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desequilíbrio muscular há a formação de um ciclo de lesão: desordem muscular-


instabilidade- alteração do equilíbrio de força agonista- antagonista- predomínio
de um grupo muscular - lesão articular – patologia instalada.

Dessa forma, promover o equilíbrio muscular mantém a estabilidade segmentar


da articulação, reduz o risco de lesão, proporciona um movimento harmônico livre
de compensações, reduzindo o aparecimento de patologias. Um fator importante
para o tratamento de qualquer desordem no corpo é associar e recrutar o máximo
possível de grupos musculares em cada movimento promovendo assim a integração
das cadeias musculares.

Para a realização de um movimento articular seguro e livre de compensações


são necessários aspectos biomecânicos e tridimensionais da ação muscular em
uma articulação. Um dos principais objetivos da reabilitação é a recuperação da
amplitude de movimento e o fortalecimento muscular, seja por consequência do
enfraquecimento muscular, de processos crônicos degenerativos na articulação ou
para recuperação após uma cirurgia.

Em qualquer caso, os exercícios devem ter cargas progressivas e respeitar a mecânica


da articulação. A aplicação de uma resistência em amplitudes com maior vantagem
mecânica pode promover menor sobrecarga na estrutura musculoesquelética. Por
outro lado, se o pico de resistência for aplicado em amplitudes em que a distância
perpendicular estiver desfavorecida, haverá maior sobrecarga. (MO. Melo et al 2011).

Como exemplo, no exercício de extensão do quadril realizado no cadillac com


resistência das molas, é possível variar as alturas de mola com objetivo de promover
enfoque no trabalho no trecho angular em que ocorre a maior demanda externa
e, posteriormente, variar as cores da mola para modular as intensidades numa
específica amplitude articular.

Dessa forma, se o objetivo for recuperar a ADM, e o paciente tiver pouca amplitude
de movimento de flexão (em torno de 60º), é necessário iniciar o tratamento com

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a mola alta, com variação que proporciona o aumento gradual da força muscular
resultante. Quando a mola se apresenta alta há a vantagem de gerar uma sobrecarga
maior na amplitude disponível do paciente e ainda atuar sobre os músculos numa
posição mais alongada, o que favorece a um estímulo para a adição de sarcômeros
em série. Essa mudança na estrutura do tecido muscular tem sido é fator importante
para o aumento da amplitude de movimento e da maior capacidade de produção
de força em maiores comprimentos musculares.

Na fase seguinte do tratamento, quando o paciente alcançasse amplitudes


próximas a 80º, poder-se-ia optar pela mola na altura baixa, uma vez que nessa
situação há uma maior resistência à extensão (MO. Melo et al 2011).

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PRESCRIÇÃO DE EXERCICIOS
PARA PATOLOGIAS DO QUADRIL
A
tualmente o número de praticantes de pilates com lesões no quadril vem
aumentando. As alterações do quadril, a avaliação física de cada indivíduo,
achados clínicos devem ser observadas com atenção para a prescrição dos
exercícios. Algumas considerações devem ser observadas e atentamente seguidas
para que através do exercício não haja uma progressão da patologia do paciente.
As altas forças no quadril podem ser um fator de risco para desenvolvimento de
osteoartrites em quadris saudáveis com o aumento da idade (MAVI et al 2004).

Uma possível causa de dor anterior do quadril e leve instabilidade do quadril é


a carga anormal ou excessiva no quadril (Shindle et al., 2006). Essas ações podem
provocar uma ruptura do lábio acetabular, mesmo na ausência de um acontecimento
traumático (Lewis et al 2007).

O aumento da força anterior do quadril é causado pela diminuição da ação do


glúteo e iliopsoas além da hiperextensão do quadril. O aumento do deslizamento
anterior da cabeça femoral é pode ser resultado da fraqueza ou diminuiu da utilização
dos músculos glúteos durante a extensão do quadril e os músculos iliopsoas durante
flexão de quadril (Sahrmann de 2002).

Contribuindo para essa ação, o aumento da força anterior do quadril é a causa


provável para o aumento do deslizamento anterior. A diminuição da contribuição
de força dos músculos glúteos durante a extensão do quadril e o músculo psoas
ilíaco durante a flexão do quadril resulta em uma maior força anterior do quadril.
Dessa forma, a magnitude da força anterior irá aumentar à medida que o ângulo de

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extensão do quadril aumentada além do ângulo neutro. A força conjunta anterior


do quadril devido a ações musculares aumenta com as decrescentes contribuições
de força dos músculos glúteos durante a extensão do quadril, diminuição da
contribuição força do músculo iliopsoas durante a flexão do quadril, e o aumento
do ângulo de extensão do quadril.

Dessa forma compensações são geradas para a realização dos movimentos. Os


pacientes com dor anterior do quadril e instabilidade sutil realizam a extensão
de quadril com contração mínima dos músculos glúteos. Em contraste, há uma
contração significativa dos músculos isquiotibiais, especialmente do tendão do
músculo medial (Sahrmann, 2002).

Há um aumento na força muscular do músculo semimembranoso devido a redução


da ação muscular dos glúteos. Para compensar a rotação e adução lateral gerada
pelo semimembranoso, há a necessidade de rotação medial e torque de abdução.
Desse modo, há um aumento da ação do tensor da fáscia lata, sartório. Sem esse
controle específico de rotação, o fêmur gira lateralmente em extensão, o que pode
ser uma posição dolorosa para os pacientes com dor no quadril.

Os pacientes com dor anterior do quadril, há uma rotação medial do quadril


durante a flexão em decúbito dorsal sugerindo que a ação do tensor da fáscia lata
é dominante sobre o músculo iliopsoas (Sahrmann de 2002 ). Ao realizar a flexão
do quadril em decúbito dorsal o tensor da fáscia lata juntamente com os músculos
sartório e adutor longo tem ação aumentada quando há um enfraquecimento do
músculo iliopsoas.

O tensor da fáscia lata e sartório agem em flexionar o quadril enquanto o adutor


longo compensa o torque de abdução do quadril excessiva gerada pela tensor da
fáscia lata e sartório. Dessa forma, um tratamento adequado para pacientes com
dor anterior do quadril e instabilidade leve é ampliar a contribuição da força dos
músculos glúteos durante a extensão, ampliar a força muscular do iliopsoas durante
a flexão do quadril e evitar a extensão do quadril além do neutro. (Lewis et al 2007).

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THE SIDE KICK KNEELING


(AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecimento de abdutores e rotadores externos do quadril e flexores laterais da
coluna juntamente com o transverso abdominal. Estabilização da cintura escapular
e ombro.

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INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral com apoio em joelho e mão. Para o lado de apoio: mantenha
o ombro abduzido e cotovelo estendido, o quadril deve estar abduzido e o joelho fletido.

2. Para o lado superior: apoie a mão na nuca mantendo o ombro abduzido e o


cotovelo fletido, ao mesmo tempo mantenha o quadril em posição ortostática com
joelho estendido e pé em flexão plantar em contato com o solo.

3. Realizar abdução do quadril direito com joelho estendido até a linha do corpo.

4. Variações: a) Realizar flexão do quadril com flexão plantar e estender o quadril


em flexão dorsal;

b) Manter o quadril direito abduzido, em isometria e realizar a cricundução do quadril


para ambos os sentidos.

AÇÕES DIFICULTADORAS: Acrescentar caneleira ou faixa elástica como resistência


à abdução do quadril.

ERROS COMUNS: Realizar o movimento com flexão da coluna; não manter o


alinhamento da cintura pélvica e escapular

DICAS E CUIDADOS: Esse exercício exige um bom controle de centro de força.


Dessa forma, é necessário manter o alinhamento pélvico e escapular para a
realização correta do exercício. É necessário atentar para que durante a execução do
movimento o aluno não realize movimentos lombopélvicos.

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FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
(INICIANTE)

OBJETIVO:
Fortalecimento de abdutores e rotadores externos do quadril.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral esquerdo, quadril e joelhos flexionados e calcanhares unidos.
O membro superior esquerdo deve estar flexionado sob a cabeça. ,

2. . O membro superior direito deve estar com a mão apoiada no solo, ombro e
cotovelo fletidos.

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3. Realizar a rotação externa do quadril direito sem que os calcanhares percam o


contato um com o outro.

4. Variações: realizar o movimento com os pés elevados, partindo da rotação interna


do quadril direito e rotação externa do quadril esquerdo mantendo o joelho em contato
com o solo.

ERROS COMUNS: Perder o alinhamento pélvico durante a execução do movimento.

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CORSSEL (INICIANTE)

OBJETIVO:
Fortalecer os músculos flexores da coluna, transverso abdominal. Secundariamente,
fortalecer os flexores do quadril e extensores do joelho.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, quadril e joelhos fletidos à 90º.

2. Estender o quadril sem movimentar o joelho, tentando tocar ponta do pé no solo

3. Variação. a) Realizar o movimento de forma alternada; b) realizar o movimento


com os membros inferiores direito e esquerdo simultaneamente.

DICAS E CUIDADOS: O exercício é realizado pela articulação coxofemoral.


Por fraqueza muscular os alunos tendem a tensionar os ombros e realizar a extensão da
coluna lombar associado à anteversão pélvica ao longo do movimento.

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ONE LEG UP AND DOWN


(INICIANTE)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores do quadril e extensores do joelho. Na variação 2,
fortalecer também dos adutores do quadril.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, membros superiores ao longo do corpo.

2. Flexione o quadril esquerdo até 90º, mantendo a flexão plantar

3. Retorne a posição inicial e repita para o quadril direito.

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DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com lesão em quadril, devem iniciar esse exercício mantendo o membro
contralateral com joelho flexionado a 90º e pé apoiado no solo. A amplitude de
movimento deve ser pequena inicialmente; durante a execução do movimento
a pelve deve permanecer estável, em posição neutra. Deve-se evitar a contração
do glúteo durante o movimento, pois essa ação proporciona a retroversão pélvica,
retificando a lombar.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS:
Para pacientes que já possuam bom controle de movimento, pode-se utilizar faixa
elástica ou caneleira como sobrecarga ao movimento. Realize a circundução do
quadril, cuidando com a amplitude do movimento, para que o paciente não realize
movimentos compensatórios durante a execução.

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DOUBLE LEG STRETCH


(INTERMEDIARIO/ AVANÇADO)

OBJETIVOS:
Fortalecimento dos músculos flexores da coluna juntamente com o transverso
abdominal. Secundariamente, fortalecimento de flexores do quadril e extensores
do joelho.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, flexione a coluna mantendo as escápulas sem apoio no solo
e flexione os quadris e joelhos em 90º. As mãos se posicionam ao lado dos joelhos

2. Flexione os ombros até 135º e estenda os quadris e joelhos à 45º de flexão de


quadril.

3. Retorne a posição inicial

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DICAS E CUIDADOS
Atenção com a posição da pelve durante o movimento, a lombar não pode realizar
nenhum compensatório durante a execução do exercício. Pacientes com fraqueza
do powehouse tendem a apresentar compensações lombares, extendendo-a.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Executar o movimento com os pés apoiados sobre uma bola.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Para pacientes que já possuam bom controle de movimento, pode-se executar
o movimento com a alternância entre os movimentos de membro superior e inferior;
b)Pode-se oferecer resistência aos membros superiores através de halteres, Magic
Circle ou faixa elástica.

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DOUBLE STRAIGHT LEG STRETCH


(AVANÇADO)

OBJETIVOS:
Fortalecimento dos músculos flexores do quadril e da coluna, extensores do
joelho e transverso do abdominal. Alongamento da cadeia posterior dos membros
inferiores.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, flexione a coluna mantendo as escápulas sem contato com
o sono e apoie a cabeça nas mãos Mantenha o quadril flexionado à 45º com joelhos
estendidos.

2. Flexione os quadris até 90º, ou em sua máxima amplitude mantendo os joelhos


estendidos e o sacro em contato com o solo em busca de alongamento.

3. Retorne a posição inicial

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DICAS E CUIDADOS
Pacientes com lesão em quadril, podem referir incomodo em região de virilha
devido à adução do quadril. Alunos com fraqueza na musculatura abdominal
tendem a compensar com a flexão horizontal dos ombros e a anteversão pélvica
associada a extensão da coluna lombar.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Executar o movimento com a cabeça apoiada no mat.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Para pacientes que já possuam bom controle de movimento, pode-se oferecer a
resistência contra o movimento com a utilização de faixa elástica, Magic Circle, bolas
ou caneleiras;

b) Executar o movimento de forma concentrada enquanto o membro inferior que


não participa do movimento permanece em isometria, sem contato com o solo.

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SIDE KICKS: UP AND DOWN


(INICIANTE)

OBJETIVOS:
Fortalecimento abdutores e rotadores externos do quadril. Alongamento dos
adutores do quadril.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral esquerdo. O membro superior esquerdo deve estar flexionado
sob a cabeça. O membro superior direito deve estar com a mão apoiada no solo, ombro
e cotovelo fletidos.

2. Realize abdução do quadril direito

3. Retorne a posição inicial e depois repita o exercício em decúbito lateral direito.

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PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

DICAS E CUIDADOS
Para pacientes com lesão em quadril, a amplitude de movimento deve ser pequena
inicialmente. Durante a execução do movimento a pelve deve permanecer estável,
mantendo-se o alinhamento axial e evitar compensações.

ERROS COMUNS:
Perda do alongamento axial. Realizar rotação externa do quadril para ganho de
amplitude de movimento.

MODIFICAÇOES FACILITADORAS
Manter a perna de apoio com flexão de quadril e joelho a fim de aumentar a base
de apoio e estabilizar o movimento.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Para pacientes que já possuam bom controle de movimento, pode-se executar a
circundução do quadril. b) Realizar flexão do quadril com o joelho estendido após a
abdução. c) Pode-se oferecer resistência ao movimento através do uso de caneleiras
ou faixa elástica

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PELVIC CURL (INICIANTE)

OBJETIVOS:
Fortalecimento dos músculos paravertebrais, extensores do quadril e flexores
do joelho.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, com os pés apoiados no solo, quadris e joelhos flexionados e
membros superiores em posição ortostática.

2. Realize a extensão do quadril até a posição neutra.

3. Retorne a posição inicial mobilizando a coluna vertebral.

DICAS E CUIDADOS
Pacientes com lesão em quadril tendem a apresentar desequilíbrio muscular durante
a execução do movimento. O quadril tende a desabar para o lado do glúteo mais fraco.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Realizar o movimento com apoio unipodal.

b) Realizar o movimento com Magic Circle, faixa elástica como resistência.

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HIP ADDUCTION (INICIANTE)

OBJETIVOS:
Fortalecimento dos adutores do quadril.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral esquerdo, com um Magic Circle entre os tornozelos. O membro
superior esquerdo deve estar flexionado sob a cabeça. O membro superior direito deve
estar com a mão apoiada no solo, ombro e cotovelo fletidos.

2. Realize a adução do quadril contra a resistência do Magic Circle.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Na execução do movimento a pelve deve manter-se estável.

AÇÕES DIFICULTADORAS
Realizar o exercício com os membros inferiores sem contato com o solo. Dessa forma
o quadril esquerdo parte em adução e o quadril direito em abdução oferecendo a
ação de adução do quadril simultânea aos dois membros inferiores..

LORENA DOS SANTOS RIOS 70


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

HIP ADDUCTION
(AVANÇADO)
OBJETIVOS:
Fortalecimento dos adutores e rotadores internos do quadril e flexores laterais
da coluna.

INSTRUÇÕES:
1. Decúbito lateral, mantenha uma leve flexão lateral do tronco com apoio de
cotovelo e antebraço no solo. O outro membro superior deve estar à frente com a mão
apoiada no solo. Mantenha joelhos estendidos com um Magic Circle entre os tornozelos.

2. Realize a adução do quadril contra a resistência do Magic Circle, ao mesmo


tempo, flexione os joelhos.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Na execução do movimento a pelve deve manter-se estável.

AÇÕES DIFICULTADORAS
Realizar o exercício com os membros inferiores sem contato com o solo. Dessa
forma o quadril esquerdo parte em adução e o quadril direito em abdução criando
também a ação de rotação interna associada à adução.ação de adução do quadril
simultânea aos dois membros inferiores..

LORENA DOS SANTOS RIOS 71


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SIDE BEND POWER


(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVOS:
Fortalecer os flexores laterais da coluna e transverso abdominal. Estabilizar a
cintura escapular e ombros. Promover o alongamento dos flexores laterais da
coluna.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral esquerdo, flexione joelhos até 90 graus e quadris à 45 graus
mantendo-os em contato com o solo. Apoie a palma da mão esquerda no solo, mantendo
o ombro abduzido conforme necessário, para sustentar o peso corporal. Ainda, a coluna
deve estar em flexão lateral direita.

LORENA DOS SANTOS RIOS 72


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

2. Realize a flexão lateral para a esquerda ao mesmo tempo que se estende quadril
e joelhos. O Ombro direito deve abduzir até o prolongamento do corpo.

3. Realize a flexão do quadril simultaneamente à rotação da coluna para a esquerda.


Permita que o membro superior direito acompanhe o movimento.

4. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Esse exercício necessita que o aluno tenha controle abdominal

ERROS COMUNS
Tensionar ombros ao longo do movimento.

LORENA DOS SANTOS RIOS 73


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SIDE BEND POWER (INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVOS:
Fortalecer os músculos paravertebrais, extensores do quadril e flexores do joelho.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito ventral sobre Spine Corrector, apoie o púbis no ápice do aparelho.
Mantenha os joelhos estendidos e o quadril estendido em rotação externa, sempre em
flexão plantar. Apoie as duas mãos no solo com cotovelos fletidos.

2. Realize adução e abdução dos membros inferiores mantendo a posição em


isometria.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS: Atenção a posição da coluna lombar, para que não haja
durante a execução do movimento aumento excessivo da extensão lombar. Esse exercício
favorece a musculatura estabilizadora profunda do quadril devido a manutenção em
rotação externa durante o movimento.

ERROS COMUNS: Perda do alinhamento corporal


AÇOES DIFICULTADORAS: Realize flexão dos joelhos e aumente a amplitude
de extensão da coluna lombar e quadril.

LORENA DOS SANTOS RIOS 74


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

ABDUÇÃO DO QUADRIL
(INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 75


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVOS:
Fortalecer os abdutores e rotadores externos do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em pé sobre uma caixa com membro inferior a ser trabalhado livre. Posicione
uma Overball na altura do trocânter maior do fêmur entre o aluno e a parede
2. Pressione a Overball contra a parede realizando abdução e rotação externa do
quadril
3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Apesar de ser um exercício simples, os alunos tendem a compensar com elevação
da pelve através de uma flexão lateral da coluna. Atenção aos alunos que apresentam
um membro inferior mais curto, pois a tendência de compensar o movimento
poderá ser maior.

LORENA DOS SANTOS RIOS 76


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

GLÚTEO MÁXIMO NA MEIA-LUA


(INICIANTE)

OBJETIVOS
Fortalecer os extensores da coluna lombar e quadril.

LORENA DOS SANTOS RIOS 77


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito ventral na meia lua, apoie as espinhas ilíacas anterô-superiores no
ápice do arco. Mantenha os cotovelos e antebraços apoiados no solo e a coluna cervical
alinhada.

2. Mantenha o do membro inferior em movimento com o joelho flexionado e estenda


o quadril levando o pé em direção ao teto, sem que haja aumento da extensão lombar.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS:
Este é um exercício simples, porém, necessita de um cuidado específico durante a
execução do movimento. Pacientes com fraqueza muscular dos rotadores internos
do quadril tendem a realizar a rotação externa ao mesmo tempo de estendem o
quadril devido à ação do glúteo máximo. Atenção para que o aluno não realize
extensão lombar durante a execução do movimento.

AÇÕES DIFICULTADORAS:
Realize o movimento com caneleiras.

LORENA DOS SANTOS RIOS 78


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

THE CAT TO ELEPHANT (INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 79


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Mobilização de coluna e alongamento da cadeia posterior dos membros inferiores
e coluna vertebral.

INSTRUÇÕES
1. Em quatro apoios, com quadril e joelhos à 90º de flexão.

2. Realize a flexão da coluna como um todo acompanhada da retroversão pélvica


durante uma expiração.

3. Retire os joelhos do apoio estendendo os quadris e joelhos apoiando os


calcanhares no solo. Ao mesmo tempo estenda a coluna em busca de alongamento.

4. Retorne lentamente para a posição inicial.

DICAS E CUIDADOS
Pacientes com lesões nos quadris tendem a apresentar dificuldade em
colocar os calcanhares no solo. Ao realizar flexão da coluna torácica associada à
retroversãopélvica há uma mobilização da coluna lombar que pode promover
um relaxamento dos ligamentos da articulação coxofemoral, promovendo uma
liberação das estruturas tensionadas.

LORENA DOS SANTOS RIOS 80


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

HIP SCISSORS
(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento de adutores e abdutores do quadril e flexores laterais da coluna.

INSTRUÇÕES
1. Decúbito lateral esquerdo no Spine Correcto, apoie o cotovelo e antebraço
esquerdos no solo. O membro superior direito deve estar com o cotovelo fletido e mão
apoiada na nuca. Mantenha as os joelhos estendidos e flexão plantar.

2. Abduza o quadril direito e aduza o quadril esquerdo, mantenha-os em isometria


e realize a flexão/extensão do quadril de cima de forma alternada entre os segmentos.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Na execução do movimento a pelve deve manter-se estável.. É necessária contração
do centro de força para estabilização do quadril durante a execução do movimento.

LORENA DOS SANTOS RIOS 81


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LORENA DOS SANTOS RIOS 82


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SIDE BODY TWIST (INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecer os flexores laterais da coluna e transverso abdominal. Juntamente, na
variação 1, fortalecer os rotadores da coluna e reto abdominal.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral sobre o Barrel, posicione as mãos na nuca com ombros
abduzidos. Os membros inferiores devem estar cruzados e apoiados no espaldar.

2. Realize a flexão lateral da coluna.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Paciente com fraqueza muscular dos flexores laterais, tendem a ir em direção à
posição de decúbito dorsal, a fim de buscar maior contribuição do reto abdominal.
A viração 1, não deve ser realizada por pacientes com lesões de coluna por associar
a flexão lateral com rotação da coluna.

LORENA DOS SANTOS RIOS 83


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Apoiar os pés mais baixo possível no espaldar ou na base do aparelho.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Após a flexão lateral da coluna realize rotação

LORENA DOS SANTOS RIOS 84


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SIDE BODY TWIST (INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos músculos adutores e extensores do quadril. Na variação 1 e 2,
fortalecer os extensores do quadril e joelhos.

INSTRUÇÕES
1. Sentado no Barrel com os quadris abduzidos

2. Realize a adução dos quadris contra o aparelho, estendendo o quadril.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
É necessário manter o alongamento axial. Atenção à execução do movimento
para que não haja projeção do tronco para frente.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Realizar o exercício com joelhos flexionados

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Subir no Barrel e realizar flexo-extensão do joelho mantendo a tensão de adução
contra o aparelho. Associar o movimento com exercícios em membros superiores.

LORENA DOS SANTOS RIOS 85


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LEG EXTENSION (INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril e da coluna vertebral.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito ventral sobre o Barrel, mantenha os cotovelos estendidos com as
mãos apoiadas no espaldar e os quadris flexionados ao longo do aparelho.

2. Realize a extensão do quadril sem que haja a extensão da coluna lombar.

3. Retorne a posição inicial

LORENA DOS SANTOS RIOS 86


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

DICAS E CUIDADOS
Pacientes com fraqueza de glúteo tendem a utilizar a musculatura extensora lombar
para compensar, aumentando a extensão lombar de forma prejudicial, além de
tensionar ombros ao executar o movimento. Pacientes com desequilíbrio muscular na
articulação do quadril tendem a abduzir e rotar externamente o quadril devido à ação
do glúteo máximo e fraqueza dos rotadores internos.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Executar o movimento de forma concentrada, com um segmento de cada vez.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
1) Realizar movimento associado à extensão da coluna;

2) Realizar o movimento de forma alternada entre membros superiores e inferiores,


tendo a extensão da coluna e flexão do ombro associadas.

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PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE OBLIQUOS
(AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores laterais da coluna, adutores e abdutor do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral esquerdo no Barrel, com o apoio logo acima do trocânter
maior do fêmur, mantenha os joelhos estendidos. Segure o espaldar com as mãos
mantendo a estabilização da cintura escapular e ombros.

2. Realize a adução do quadril esquerdo e a abdução do quadril direito. Ao mesmo


tempo, flexione lateralmente a coluna para a direita.

3. Retorne a posição inicial e repita o exercício em decúbito lateral direito.

DICAS E CUIDADOS
Esse exercício requer controle e força possibilitando manter a pelve sempre
alinhada. Pacientes com disfunções em quadril tendem a a inclinar-se em direção ao
decúbito ventral em busca do auxílio de músculos mais potentes como reto femoral
e reto abdominal. Ao promover o fortalecimento da cadeia lateral do corpo, há uma
melhora da estabilidade do quadril.

LORENA DOS SANTOS RIOS 88


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

TREE
(AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores da coluna, alongamento dos extensores do quadril
e flexores do joelho. Na segunda fase do movimento, alongamento dos flexores da
coluna e quadril.

INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre o Barrel, quadril e joelho direito flexionados à 90º, com as mãos no
tornozelo. O membro inferior esquerdo deve ficar com joelho estendido fixo ao espaldar.

2. Realize extensão do joelho direito.

LORENA DOS SANTOS RIOS 89


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

3. Estenda a coluna mobilizando-a.

4. Flexione a coluna, mobilizando-a coluna utilizando o membro inferior direito


como auxílio e promovendo o alongamento dos extensores do quadril e flexores do
joelho.

5. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Esse exercício necessita de boa mobilidade de coluna e flexibilidade de cadeia
anterior. Alguns pacientes podem apresentar dificuldade ao estender o joelho direito e
também, realizar de forma compensatória a rotação da coluna durante a mobilização
em extensão.

DICAS FACILITADORAS
Manter o joelho flexionado ao longo de toda a execução do movimento.

LORENA DOS SANTOS RIOS 90


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

CIRCLE
(AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores da coluna e do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Sentado no Barrel, mãos apoiadas no espaldar, ombros e cotovelos estendidos.
Mantenha o quadril à 45º de flexão e joelhos estendidos.

2. Realize circundação dos quadris em sentidos opostos, sem movimentar a coluna


vertebral.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Paciente deve sentar-se sobre os ísquios mantendo a pelve neura e coluna alinhada.
Pacientes com encurtamento de cadeia posterior, tendem a sentar-se sobre o sacro,
realizar retroversão pélvica associada à flexão da lombar e acentuar a cifose torácica.
Essa posição pode promover descarga de peso em região lombar.

LORENA DOS SANTOS RIOS 91


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LORENA DOS SANTOS RIOS 92


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

MOBILIZAÇÃO DO QUADRIL
(INICIANTE)

LORENA DOS SANTOS RIOS 93


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Mobilização da articulação coxo femoral

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal sobre um rolo, posicione as alças de coxa acima dos joelhos e
fixe as molas em uma posição alta

2. Mantenha os calcanhares unidos em V position, o quadril flexionado a 90º e


abduzido em rotação externa. Os joelhos devem estar flexionados à 90º.

3. Realizar rotação interna do quadril, aproximando os joelhos

4. Procure manter a pelve neutra e estável durante todo o movimento.

VARIAÇÕES
Realizar movimento unilateralmente.

DICAS E CUIDADOS:
O exercício proporciona ganho de mobilidade da articulação coxofemoral. As
molas proporcionam conforto durante a execução do movimento ao sustentar o
peso dos membros inferiores. Com a evolução do paciente, pode-se solicitar que
ele realize o mesmo movimento sem o auxílio das molas, mantendo o alinhamento
pélvico.

LORENA DOS SANTOS RIOS 94


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

ALONGAMENTO DE GLÚTEO
COM MEIA LUA (INICIANTE)

LORENA DOS SANTOS RIOS 95


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Alongamento dos flexores do quadril e alongamento do glúteo máximo.

INSTRUÇÕES
1. Com joelho e quadril fletido apoiado sobre a meia lua, mantenha o quadril em
rotação externa. O outro membro inferior deve estar em extensão de quadril e flexão
de joelho sobre o Cadillac. Segure com as mãos a barra torre acima da cabeça, tendo os
ombros em flexão.

2. Realize flexão do tronco sobre a perna apoiada na meia lua levando a barra torre
para baixo.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Pacientes com disfunções em quadril podem apresentar dificuldade em manter-
se na posição de rotação externa do quadril. Nesse caso, pode ser necessário adaptar
o exercício, utilizando uma almofada para apoiar a perna sobre meia lua.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Retirar a meia lua.

LORENA DOS SANTOS RIOS 96


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
EM QUADRO APOIOS (INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 97


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecimento dos extensores do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em quatro apoios com as mãos no solo e cotovelos estendidos.

2. Apoie o pé da perna que realizará o movimento na barra torre.

3. Realize a extensão do quadril empurrando a barra torre sempre mantendo


alinhamento pélvico.

4. Variações: realizar o movimento transferindo o apoio, da perna que está no solo,


para o pé ao invés do joelho.

ERROS COMUNS
Durante o movimento perder o alinhamento pélvico, aumentando a extensão
lombar.

LORENA DOS SANTOS RIOS 98


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

AGACHAMENTO NO CADILLAC
(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento de extensores do quadril e do joelho.

LORENA DOS SANTOS RIOS 99


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

INSTRUÇÕES:
1. Em pé, Segure a barra torre com as mãos tendo ombros fletidos e cotovelos
estendidos.

2. Mantenha os membros inferiores alinhados e a pelve em posição neutra.

3. Realizar a flexão do quadril e joelhos até o ângulo de 90º mantendo o alinhamento


dos membros inferiores.

4. Retorne à posição Inicial.

DICAS E CUIDADOS:
Esse exercício deve ser executado com atenção, uma vez que pacientes com
fraqueza em glúteos tendem a realizar o movimento associado à uma leve abdução
do quadril.

Outro cuidado importante, seria em relação à lombar, o movimento deve ser


realizado mantendo a pelve neutra, sem que haja flexão ou extensão lombar.

LORENA DOS SANTOS RIOS 100


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE CORE
TRAINNING (AVANÇADO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 101


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Objetivos: Fortalecimento dos flexores da coluna, transverso abdominal e flexores
do quadril. Na variação, alongamento dos extensores do quadril e joelhos.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito ventral, com as mãos apoiadas no aparelho mantendo cotovelos
estendidos e ombros em flexão, apoie o dorso dos pés na alça do trapézio. 2. Flexione o
quadril e joelhos trazendo a alça para próximo do corpo.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com fraqueza abdominal e dos estabilizadores lombares tendem a
aumentar a extensão lombar, podendo causar dor nessa região.

ERROS COMUNS:
Estender ou flexionar a coluna cervical.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS:
Realize a flexão do quadril mantendo os joelhos estendidos.

LORENA DOS SANTOS RIOS 102


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FRONT SPLITS
(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Alongamento dos flexores e extensores do quadril e joelhos.

INSTRUÇÕES:
1. Em pé no aparelho, segure as barras com as mãos. Flexione o joelho direito e apoie
o dorso do pé sobre o trapézio. O quadril e joelho esquerdos devem estar flexionados
para dar início ao movimento.

2. Estenda os joelhos simultaneamente, aumentando a extensão do quadril direito.

3. Retorne a posição inicial e repita o movimento para o segmento contralateral.

LORENA DOS SANTOS RIOS 103


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

DICAS E CUIDADOS:
O tronco deve permanecer alinhado durante a execução do movimento. Não
permita rotações da coluna e compensações da pelve durante o exercício

ERROS COMUNS
Aumento da extensão lombar e desalinhamento cervical.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Colocar o aluno em pé sobre uma caixa pequena.

LORENA DOS SANTOS RIOS 104


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

HIP STRETCH (INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos extensores do joelho e quadril.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral, apoie o antepé na parte anterior da barra com quadril e
joelho fletidos.

2. Realize a extensão do joelho e quadril.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
- Não esqueça de fixar a barra torre com o cinto de segurança. Ainda, alunos
com encurtamento de extensores do quadril podem precisar se posicionar mais
distantes da barra torre, utilize o Baú da Chair para isso. Por último, uma almofada
pode ser posicionada entre o pé do aluno e a barra torre se o mesmo sentir algum
desconforto na planta do pé

LORENA DOS SANTOS RIOS 105


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

ERROS COMUNS
Perda do alinhamento axial

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Posicione o aluno mais distante da barre torre utilizando o Baú da Chair.

MODIFICAÇOES DIFICULTADORAS
Manter o joelho do segmento contralateral estendido diminuindo a base de apoio
para o movimento.

LORENA DOS SANTOS RIOS 106


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

TOWER - VARIAÇÃO GLÚTEO


MÁXIMO E PIRIFORME (INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 107


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Alongamento do glúteo máximo e piriforme, na variação 1.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, cruze uma das pernas sobre a outra e apoie o antepé
contralateral na barra torre.

2. Realize a flexão do joelho do segmento apoiado na barra torre.

3. Retorne a posição inicial.

DICAS E CUIDADOS
Pacientes com encurtamento de extensores do quadril e rotadores externos podem
apresentar dificuldade em manter a coluna lombar e sacro apoiados na cama.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Cruze mais intensamente uma perna sobre a outra, isso reduz o alongamento do
glúteo máximo, facilitando a execução do movimento e direcionando o alongamento
para o piriforme.

LORENA DOS SANTOS RIOS 108


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LEG SERIES SUPINE - CIRCLES


(INICIANTE)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos músculos extensores do quadril e da coluna lombar.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito dorsal, com alças posicionadas nas plantas dos pés mantenho o
quadril flexionado à 90º e joelhos estendidos.

2. Realize a circundução dos quadris em sentidos opostos simultaneamente

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS: Durante a execução do movimento, não é permitido


a perda do contato da coluna lombar com o aparelho. Para que não haja a perda
do contato da coluna lombar, inicie com menores amplitudes de movimento, ou
reduza a resistência das molas. Atenção aos movimentos da coluna lombar durante
o exercício, movimentos compensatórios de extensão lombar podem gerar
desconforto nessa região.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS: Alterar o sentindo de execução da


circundução do quadril.

LORENA DOS SANTOS RIOS 109


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LEG SERIES ON SIDE: UP AND DOWN


(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento e alongamento dos músculos adutores do quadril.

INSTRUÇÕES:
1. Em decúbito lateral, posicione uma das alças na planta do pé do segmente que irá
realizar o exercício. Mantenha o joelho estendido, os membros superiores como apoio.
O membro inferior de apoio deve estar em flexão de quadril e joelho.

2. Realize a adução do quadril sem que haja compensação pélvica de da coluna


vertebral.

3. Retorne a posição inicial

LORENA DOS SANTOS RIOS 110


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

DICAS E CUIDADOS
Para que não haja compensações, inicie com amplitudes de movimento menores,
ou reduza a resistência da mola. É necessário manter o alinhamento axial e escapular
para ativação das musculaturas estabilizadoras.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Estender o joelho contralateral. Solicite que o aluno realize circundução da perna,
mantendo a mola sobre tensão.

LORENA DOS SANTOS RIOS 111


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

EXTENSÃO DO QUADRIL
(INICIANTE)
OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do
quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em pé no Cadillac sobre
uma caixa pequena, posicione
a alça de coxa acima do joelho
com a fixa paralela ao solo.

2. Estenda o quadril mantendo a flexão plantar do tornozelo.

3. Retorne o movimento realizando a flexão dorsal do tornozelo.

DICAS E CUIDADOS
Atenção à execução do movimento, pacientes com dificuldades em estabilização
pélvica tendem a aumentar a extensão lombar buscando maior amplitude de
extensão do quadril..

AÇÕES FACILITADORAS
Flexione o joelho do segmento contralateral para aumentar a base de apoio. Outra
opção é diminuir a resistência da mola.

LORENA DOS SANTOS RIOS 112


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

ABDUÇÃO DO QUADRIL (INICIANTE)


OBJETIVO:
Fortalecer os abdutores do
quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em pé no Cadillac sobre
uma caixa pequena, mantenha
o quadril em rotação externa e
a alça de coxa posicionada logo
acima do joelho.

2. Abduza o quadril em flexão plantar de tornozelo.

3. Retorne a posição inicial realizando a flexão dorsal do tornozelo.

DICAS E CUIDADOS
Este exercício enfatiza o equilíbrio pélvico, dessa forma, pacientes com disfunção
do quadril podem apresentar aumento da extensão lombar para manter-se estável.
Tal compensação, pode gerar desconforto lombar. Além disso, outra compensação
comum seria a rotação externa do quadril em busca de maior ativação de
musculaturas mais potentes, como o glúteo máximo.

AÇÕES FACILITADORAS
Posicionar a alça na altura do tornozelo, assim afasta-se a aplicação de força do
eixo de rotação, aumentando o torque exercido pela mola sobre a musculatura
abdutora.

LORENA DOS SANTOS RIOS 113


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

MAGICIAN OU HELICOPTERO
(AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecer extensores do quadril e da coluna vertebral.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, mantenha os joelhos estendidos e os pés apoiados nas alças.
Dê preferência à uma mola longa e permita que o paciente segure as barras de metal.
Para iniciar o exercício o paciente deve estar com apoio somente da cabeça e da região
escapular.

2. Realize a circundução do quadril em sentindo horário, porém de forma


desencontrada.

3. Una os segmentos e retorne à posição de decúbito dorsal mobilizando a coluna.

DICAS E CUIDADOS
Este é um exercício complexo que necessita um bom controle corporal. Ao realizar
movimentos desencontrados existe a necessidade de uma maior ativação da
musculatura profunda do quadril para estabilizar a articulação.

LORENA DOS SANTOS RIOS 114


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

BALLOON
(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos músculos adutores e extensores do quadril e extensores da
coluna lombar.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, posicione as alças na planta dos pés. Mantenha os quadris
flexionados em rotação externa. Os joelhos devem estar semi-flexionados mantendo os
calcanhares unidos..

2. Realize extensão do quadril sem movimentar os joelhos.

3. Retorne à posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Durante a execução do movimento, não é permitido a perda do contato do sacro
e da coluna lombar com o aparelho, para tanto procure iniciar com amplitudes
de movimento menores. Atenção aos movimentos da coluna lombar durante o
exercício, movimentos de flexão e extensão podem gerar desconforto nessa região.

LORENA DOS SANTOS RIOS 115


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

KICK KNEELING (AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos adutores do quadril e flexores laterais da coluna.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral no Cadillac, posicione o membro inferior direito na alça
do trapézio, o mebro inferior esquerdo deve estar com joelho estendido apoiado
no aparelho. Utilize o membro superior esquerdo como apoio com cotovelo fletido e
antebraço apoiado no aparelho.

2. Realize a adução do quadril direito contra a alça do trapézio. Ao mesmo tempo,


aduza o quadril esquerdo de encontro ao direito, juntamente com a flexão lateral da
coluna para esquerda. 3. Retorne à posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Este é um exercício de grande dificuldade em execução e, portanto, necessita de
bom controle corporal.. É necessário manter a pelve e a cintura escapularalinhados
durante o movimento.

AÇÕES DIFICULTADORAS:
Mantenha-se na posição final e realize a flexão do quadril esquerdo até 90º.

LORENA DOS SANTOS RIOS 116


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LORENA DOS SANTOS RIOS 117


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
(AVANÇADO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 118


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Com a Long Box sobre o Reformer, permaneça em quatro apoios sobre a caixa
com a alça de pé posicionada na planta do pé direito.

2. Mantenha-se posicionado sobre a caixa de forma que o membro inferior direito


esteja ao lado da Long Box.

3. Realizar a extensão do quadril até o prolongamento do corpo.

4. Variação: executar a extensão do quadril associada a extensão do joelho.

DICAS E CUIDADOS
O exercício deve ser executado mantendo o equilíbrio pélvico e o alinhamento da
cintura escapular.

ERROS COMUNS:
Deslocar o centro de gravidade para o membro inferior em apoio sob a caixa. Não
manter o alinhamento pélvico e escapular. Estender a coluna lombar durante a
execução do movimento com o membro inferior.

LORENA DOS SANTOS RIOS 119


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
(INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 120


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LORENA DOS SANTOS RIOS 121


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecimento dos abdutores, adutores e extensores do quadril e extensores dos
joelhos.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral sobre o Reformer, mantenha o membro inferior de apoio com
quadril e joelho feltidos. O membro inferior à realizar o movimento deve estar com a
alça apoiada na planta do pé.

2. Realize a flexão do quadril a 90º de forma à controlar a diminuição da resistência


da corda sobre o pé.

3. Variação I:Realizar flexão do quadril joelho até 90º e voltar a estender o joelho e o
quadril até à posição inicial..

4. Variação II: Manter o joelho estendido e realizar a abdução do quadril, retornando


à posição inicial com a adução contra à resistência.

ERROS COMUNS:
Não manter o alinhamento pélvico e aumentar s curvaturas da coluna lombar.

LORENA DOS SANTOS RIOS 122


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE ADUTORES
(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento de adutores do quadril e flexores do joelho.

INSTRUÇÕES
1. De joelhos sobre o Reformer. Posicione o membro inferior esquerdo em abdução
e flexão do quadril juntamente com a flexão do joelho com com o pé apoiado na lateral
do Reformer.

2. O membro inferior direito que está no aparelho deve estar encostado na ombreira.

3. Realize a adução do quadril direito.

4. Variação: esse movimento pode ser realizado associado ao uso de halteres, faixa
elástica ou Magic Circle como resistência para os membros superiores.

DICAS E CUIDADOS:
O movimento deve ser realizado até a linha do centro do corpo mantendo o
alinhamento da cintura pélvica.

LORENA DOS SANTOS RIOS 123


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE CADEIA
POSTERIOR (INICIANTE)

OBJETIVO:
Fortalecimento de flexores do joelho e dos estabilizadores do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em pé entre as laterais do Reformer. Apoie o tornozelo de um dos membros
inferiores na cabeceira elevada do aparelho. Mantenha o joelho semi-fletido.

2. Realize a flexão do joelho até 90º aproximando o carrinho do corpo.

3. Retorne à posição inicial.

LORENA DOS SANTOS RIOS 124


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

AÇÕES DIFICULTADORAS:
Esse movimento pode ser realizado associado com o uso de halteres, faixa elástica
ou Magic Circle como resistência para os membros superiores.

DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com fraqueza de glúteo médio tendem a ter dificuldade em manter o
alinhamento pélvico.

LORENA DOS SANTOS RIOS 125


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE ISQUIOS
TIBIAIS (INICIANTE)

LORENA DOS SANTOS RIOS 126


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecimento de flexores do joelho. Varia I: Fortalecimento de flexores e
extensores do joelho.

INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre a Long Box, mantenha os pés apoiados no topo das ombreiras e
joelhos semi-flexionados.

2. Realize a flexão de joelhos até 90º contra a resistência das molas mantendo a
pelve neutra

3. Variação: esse movimento pode ser realizado unilateralmente mantendo o


segmento contralateral em extensão de joelho de forma isométrica.

LORENA DOS SANTOS RIOS 127


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

QUADRÚPEDE (INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 128


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores da coluna e transverso abdominal

INSTRUÇÕES
1. Em quatro apoios, com quadris e joelhos flexionados à 90º, mantenha a coluna
neutra e os pés apoiados nas ombreiras do aparelho. As mãos devem estar apoiadas na
extremidade do Reformer.

2. Estenda o quadril e os joelhos sem movimentar ombros.

3. Variação: Flexione os ombros afastando o carrinho sem movimentar quadril e


joelhos

DICAS E CUIDADOS:
Para que o exercício desafie os flexores da coluna é necessário utilizar pouca ou
nenhuma resistência de molas. Com maiores resistências o objetivo do exercício passa
para o fortalecimento de extensores de quadril e joelhos e de flexores de ombros, na
variação. Ainda, pacientes com fraqueza muscular dos músculos abdominais tentem
a realizar extensão lombar durante o movimento e tensionar ombros.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS:
Realizar o movimento sem molas.

LORENA DOS SANTOS RIOS 129


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
E ISQUIOS TIBIAIS (INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 130


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecimento dos flexores do joelho.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito ventral sob a Long Box, apoie as mãos na extremidade do carrinho e
coloque as alças nas plantas dos pés.

2. Realize a flexão dos joelhos em direção ao quadril mantendo a flexão plantar dos
tornozelos.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com fraqueza muscular da cadeia posterior tendem a realizar anteversão
pélvica aumentando a lordose lombar. Esse movimento pressiona os discos
vertebrais, podendo causar dor na região lombar.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS:
Posicionar as alças nos tornozelos.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS:
Realizar o movimento unilateralmente mantendo o alinhamento pélvico.

LORENA DOS SANTOS RIOS 131


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE GLÚTEO E
PROPRIOCEPÇAO (INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 132


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecimento de extensores do quadril e joelho, transverso abdominal e flexores
laterais da coluna como estabilizadores.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral no Reformer, com a plataforma de saltos.

2. Mantenha o joelho estendido com o pé apoiado na plataforma, o membro


contralateral deve estar em flexão de joelho e quadril à 90º

3. Realize o salto ao estender o quadril e joelho. Em seguida flexione o quadril com


o joelho estendido e retorne à posição anterior para o contato com a plataforma de
saltos.

4. Manter a pelve neutra e estável durante a fase de impulsão e impacto.

VARIAÇÃO:
Realizar os saltos com joelho fletido na segunda fase do movimento.

DICAS E CUIDADOS:
Durante a execução da variação, atentar para alinhamento do joelho. Em caso de
rotação interna do quadril pode-se identificar uma possível fraqueza dos rotadores
externos do quadril.

LORENA DOS SANTOS RIOS 133


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

BRIDGE (INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos músculos extensores do quadril, joelho e coluna vertebral.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal no Reformer com os pés apoiados na barra. Mantenha o
quadril e joelhos fletidos próximos à 90º e os tornozelos em flexão plantar

2. Estenda o quadril até a máxima amplitude movimentando levemente o carrinho.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Atenção a execução de movimento, pacientes com alterações em quadril podem
perder a estabilidade pélvica..

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS: Os usos de molas mais resistentes


facilitam o exercício promovendo maior estabilidade.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS: Realizar o movimento de forma


unilateral ou reduzir a resistência da mola para criar uma base instável.

LORENA DOS SANTOS RIOS 134


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SEMI CIRCLE (INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento de extensores do quadril, joelho e da coluna. Mobilização da
coluna vertebral.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal sobre o Reformer somente com apoio da cabeça e região
escapular, apoie as mãos nas ombreiras deixando os cotovelos estendidos e ombros
fletidos. Os pés devem estar apoiados na barra.

2. Realize a extensão dos quadris e joelhos, elevando o tronco. Em seguida estenda


os joelhos mantendo a posição de quadril e coluna.

3. Flexione os quadris e a coluna em mobilização vertebral. Após, flexione os joelhos


e ainda mais os quadris, até a posição inicial.

DICAS E CUIDADOS
Pacientes com lesão no quadril tendem a apresentar rigidez na região lombar. Ao
mobilizar essa região, pode-se desenvolver uma melhora da mobilidade de coluna
e de quadril.

LORENA DOS SANTOS RIOS 135


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LEG LOWERS (INICIANTE)

OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal no Reformer com o quadril fletido à 90º, posicione as alças
nos pés.

2. Realize a extensão dos quadris até 45º.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS
Pacientes com disfunções no quadril podem iniciar o movimento antes dos 90º
de flexão do quadril. Esse exercício favorece o alongamento da cadeia posterior dos
membros inferiores. Atenção com a coluna lombar, é necessário manter a coluna e
pelve em posição neutra. sem perder o contato com o aparelho.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Realizar o movimento em rotação externa de quadril.

LORENA DOS SANTOS RIOS 136


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LEG CIRCLES (INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos extensores e adutores do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal no Reformer com o quadril fletido à 90º, posicione as alças
nos pés

2. Realize a abdução do quadril associada a extensão. Em seguida, continue


estendendo o quadril e aduzindo até o contato dos calcanhares.,

3. Flexione o quadril e retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS
Durante a execução do movimento, não é permitido a perda da posição neutra
da região lombo-pélvica. Para que não instabilidade lombar, inicie com pequenas
amplitudes de movimento. Atenção aos alunos com anteversão pélvica, pois esses
tendem a apresentar mais instabilidade lombar (aumento da extensão lombar)
durante o exercício, isso poderia gerar desconforto nessa região.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Realizar o movimento com uma faixa elástica entre os tornozelos como resistência
à abdução.

LORENA DOS SANTOS RIOS 137


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SIDE SPLITS (INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 138


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecimento dos abdutores e/ou adutores do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em pé sobre o Reformer, posicione um dos pés sobre a plataforma e outro sobre o
carrinho.

2. Abduza o quadril mantendo os dois joelhos estendidos.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS
Para alterar a ênfase do exercício modifique a resistência das molas. Ao executar com
pouca ou nenhuma resistência o exercício se torna mais desafiador para os adutores
do quadril. Ao contrário, quando se realiza o exercício com grande resistência de
molas, este se torna voltado para o desafio dos abdutores do quadril. Esse exercício
é de fácil execução, entretanto os pacientes com disfunções em quadril ao realizar
abdução podem realizar a compensação do movimento com aumento da extensão
dos joelhos e/ou aumento da extensão lombar por devido à fraqueza muscular.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Realizar o movimento associado à flexão dos joelhos e quadril;

b) associar a abdução dos ombros, podendo utilizar halteres como sobrecarga;

c) Realizar a flexão lateral da coluna simultaneamente;

d) utilizar halteres, bola, faixa elástica ou Magic Circle como resistência para
diferentes movimentos de membros superiores associados.

LORENA DOS SANTOS RIOS 139


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SIDE SPLITS - VARIAÇÃO SURF


(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos abdutores e/ou adutores do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em pé sobre o Reformer com um pé sobre a plataforma com o quadril abduzido e
joelho semi-flexionado. O outro pé deve estar sobre o carrinho com rotação externa do
quadril e joelho smi-flexionado.

2. Empurre o carrinho para o lado mantendo os dois joelhos fletidos ao mesmo


tempo que realiza a rotação da coluna.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS
Esse exercício promove a ativação da musculatura estabilizadora do quadril e das
estruturas ligamentares.

LORENA DOS SANTOS RIOS 140


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SIDE FOOTWORK
(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecer os extensores e adutores do quadril e extensores do joelho.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral direito sobre o Reformer, segura uma das ombreiras com
a mão esquerda e apoie a cabeça sobre o braço direito.. O membro inferior esquerdo
deve estar com o pé apoiado sobre a barra e com flexão de quadril e joelho. O membro
inferior direito deve estar com quadril e joelho em posição ortostática.

2. Realize a extensão do quadril e joelho empurrando a barra e mantendo a rotação


externa do quadril.

3. Retorne a posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Durante a execução, o membro inferior que realiza o movimento não pode perder
a rotação externa do quadril. Quando isso ocorre, pode-se observar a fraqueza nos
rotadores externos do quadril: glúteo máximo, piriforme, gêmeo superior, gêmeo
inferior, obturador interno, obturador externo e quadrado femoral.

LORENA DOS SANTOS RIOS 141


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SWAN DRIVE (AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecimento flexores dos joelhos e ombros e extensores do quadril e coluna.

INSTRUÇÕES
1. Posicione a meia lua sobre a barra, apoie o púbis no topo da meia lua. Mantenha
os joelhos estendidos e o quadril em rotação externa com flexão plantar. Os membros
superiores devem estar sustentando a resistência do carrinho com ombros em flexão no
prolongamento do corpo.

2. Permita a aproximação do carrinho através da extensão da coluna e flexão dos


joelhos associada à extensão do quadril.

3. Retorne à posição inicial

DICAS E CUIDADOS
Esse exercício necessita de bom controle corporal. Deve-se atentar para que não
haja anteversão pélvica.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Manter a posição de extensão da coluna e quadril, e realizar a flexão e extensão
dos joelhos.

LORENA DOS SANTOS RIOS 142


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FOOTWORK ONE LEG


VARIAÇÃO COM FLEXÃO
(AVANÇADO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 143


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril e joelhos. Alongar os extensores do quadril e
flexores do joelho.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal sobre o Reformer. Coloque o membro inferior direito com
joelho estendido sob a barra de apoio, sem que esteja em contato com o aparelho. O
membro inferior esquerdo deve estar em flexão de quadril e joelho com o pé apoiado na
barra.

2. Realize extensão de quadril e joelho esquerdo contra à resistência das molas. Ao


mesmo tempo flexione o quadril e joelho direitos em direção ao abdômen.

3. Mantenha-se na posição anterior e, então, estenda o joelho direito em busca de


alongamento dos músculos ísquios tibiais e glúteo máximo.

4. Retorne à posição inicial e repita os movimentos para os segmentos contrários.

DICAS E CUIDADOS
Esse exercício apesar de simples, tende a gerar compensações. Ao estender o joelho
direito na fase final do exercício, o paciente com encurtamento da musculatura
envolvida pode flexionar a coluna lombar ao mesmo tempo que apresenta a
retroversão pélvica.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Utilize uma faixa elástica para gerar resistência no membro inferior que não está
apoiado na barra.

LORENA DOS SANTOS RIOS 144


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORWARD LUNGE
(AVANÇADO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 145


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Alongamento de extensores e flexores do quadril associado ao alongamento dos
flexores do joelho.

INSTRUÇÕES
1. Apoie um dos pés na ombreira com o joelho flexionado. O outro pé deve estar
apoiado na barra de apoio à frente em flexão de quadril e joelho. Segure a barra de
apoio com as mãos.

2. Estenda os dois joelhos e o quadril do membro inferior que está atrás. Ao mesmo
tempo flexione a coluna sem que se perca o alinhamento do quadril.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS
Pacientes com encurtamento de cadeia posterior tendem a realizar a rotação da
coluna para executar o movimento.

MODIFICAÇÕES FACILITADORAS
Colocar a barra de apoio em posição mais baixa.

LORENA DOS SANTOS RIOS 146


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

SIDE SIT UPS (AVANÇADO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 147


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecer os flexores laterais e rotadores da coluna associado à mobilização da
coluna vertebral.

INSTRUÇÕES
1. Sentado sobre a Long Box, com um dos membros inferiores em flexão de joelhos
e quadril com rotação externa de quadril para permitir o apoio sobre a caixa. O outro
membro inferior deve estar com joelhos estendidos com o pé preso sob a alça. Mantenha
as mãos na nuca com cotovelos fletidos

2. Realize a flexão lateral da coluna e, como variação, ao final realize a rotação da


coluna. 3.Retorne à posição lateral

DICAS E CUIDADOS
Atenção a posição do quadril durante a execução do movimento para que não
haja compensação para ampliar a amplitude do movimento. O fortalecimento
dos flexores laterais da coluna pode auxiliar na estabilização pélvica devido a sua
inserção muscular na região pélvica.

LORENA DOS SANTOS RIOS 148


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORTALECIMENTO DE GLÚTEO
(INICIANTE)

LORENA DOS SANTOS RIOS 149


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecer os músculos extensores do quadril e joelho.

INSTRUÇÕES
1. Com a Long Box sobre o Reformer, em quatro apoios apoie as mãos na lateral da
caixa e apoie somente um pé na barra de apoio.

2. Realize a extensão do quadril e joelho até o prolongamento do corpo.

3. Retorne à posição inicial

DICAS E CUIDADOS:
O exercício deve ser executado mantendo o equilíbrio lombo-pélvico

LORENA DOS SANTOS RIOS 150


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

LORENA DOS SANTOS RIOS 151


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FROG
(AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecimento dos extensores do quadril e joelho e do transverso abdominal.

INSTRUÇÕES
1. Apoie as mãos apoiadas no centro da Chair com os ombros fletidos. Os pés devem
estar sobre o degrau da Chair mantendo quadril em rotação externa, abduzido e fletido.
Os joelhos iniciam em flexão.

2. Estenda os joelhos aduzindo e estendendo os quadris e mantendo o alinhamento


pélvico sem perder a posição de estabilização lombar e escapular.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS
Pacientes com fraqueza abdominal tendem a projetar o tronco à frente e realizar
retroversão pélvica.

LORENA DOS SANTOS RIOS 152


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

TABLE (AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecimento extensores do quadril, coluna e joelhos.

INSTRUÇÕES
1. Apoie as mãos na lateral do Baú da Chair, com os ombros em extensão.

2. Mantenha os quadris em rotação externa, joelhos flexionados e pés sobre os degraus.

3. Realize a extensão e flexão dos joelhos mantendo o alinhamento pélvico.

4. Variações: Realizar o movimento com um dos membros inferiores sem o contato


com o degrau e joelho estendido.

ERROS COMUNS:
Perder alinhamento pélvico durante a execução do movimento.

DICAS E CUIDADOS:
Pacientes com franqueza extensores do quadril tendem a ter dificuldade em
manter o quadril estendido. Pode-se utilizar como educativo para a execução da
flexão e extensão do quadril e coluna até a posição sentado.

LORENA DOS SANTOS RIOS 153


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FOOTPRESS
(INTERMEDIÁRIO)
OBJETIVO:
Fortalecimento de extensores do quadril e joelho.

INSTRUÇÕES
1. Em pé sobre uma caixa ao lado da Chair.
Mantenha os joelhos estendidos e o quadril alinhado.

2. Realize flexão de quadril e joelho da membro


inferior que está apoiado sobre a caixa.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS:
Esse exercício tem como finalidade trabalhar a estabilização pélvica. Em pacientes
com disfunção de quadril, existe uma maior dificuldade de manter a pelve equilibrada,
isso ocorre devido a fraqueza do glúteo médio. Atenção à realização do movimento,
o paciente não pode realizar rotação da coluna ou flexão lateral da coluna.

LORENA DOS SANTOS RIOS 154


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

HIP ADUCTION
(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecer adutores do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito lateral próximo à Chair. Apoie a cabeça sobre o membro superior,
e utilize o outro membro superior como apoio à frente do corpo. A perna de apoio
deve estar com quadril e joelho semi-flexionados e o membro inferior que irá realizar o
movimento deve estar com joelho estendido e pé apoiado sobre o degrau.

2. Realize adução do quadril contra à resistência do degrau.

3. Retorne à posição inicial

DICAS E CUIDADOS: Durante o exercício a pelve deve estar alinhada.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Flexione o joelho e quadril à 45º com rotação externa do quadril para realizar o
movimento de adução do quadril sem perder o alinhamento da pelve.

LORENA DOS SANTOS RIOS 155


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

PONTE (INTERMEDIÁRIO)

LORENA DOS SANTOS RIOS 156


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril, joelho e coluna.

INSTRUÇÕES
1. Em decúbito dorsal, com os quadris e joelhos flexionados à 90º, apoie os
calcanhares sobre o degrau.

2. Estenda o quadril e joelhos.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS:
Durante a execução do exercício o degrau deve-se manter estático. Pacientes com
disfunções em quadril, durante a realização do movimento é possível observar o
desalinhamento da pelve.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Aumente a resistência das molas, oferecendo maior estabilidade à base de apoio.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Realize o movimento com apoio unipodal e mantendo o joelho estendido e
flexão de quadril a 90º; b) mantenha o quadril estendido e abaixe o degrau, sem que
o mesmo toque o solo.

LORENA DOS SANTOS RIOS 157


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

PUMP ONE LEG SIDE (INICIANTE)

OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril e joelho e os abdutores do quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em pé, ao lado da Chair com um dos pés apoiado com o antepé sobre o degrau
em flexão plantar.

2. Realize a extensão do quadril e joelho, mantendo os pés na mesma posição.

3. Retorne à posição inicial.

DICAS E CUIDADOS:
Atenção à estabilização do quadril durante a execução do movimento. Apenas
a perna no degrau deve movimentar-se. Ao posicionar a perna mantenha o
alinhamento do quadril

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Realize o movimento sem apoiar as mãos. b) Realizar o movimento em rotação
externa de quadril em busca de maior ativação de glúteo máximo.

LORENA DOS SANTOS RIOS 158


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

FORWARD STEP UP
(AVANÇADO)

OBJETIVO:
Fortalecer os extensores do quadril e joelho.

INSTRUÇÕES
1. Em pé em frente a Chair. Apoie um dos pés no degrau, mantendo o joelho
estendido. Apoie o outro pé sobre a Chair com quadril e joelhos fletidos.

2. Realize a extensão do quadril e joelho do membro inferior que está sobre a


Chair, subindo completamente. Ao final do movimento, realize extensão do quadril
contralateral, perdendo o contato com o degrau.

3. Retorne à fase anterior e, então, à posição inicial.

LORENA DOS SANTOS RIOS 159


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

DICAS E CUIDADOS
O exercício necessita de bom controle de movimento. Ao estender o joelho e o
quadril, existe uma projeção do tronco à frente. A extensão do quadril ao final do
movimento não pode gerar aumento hiperlordose lombar e maior projeção do
tronco à frente.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
Na segunda fase do movimento, ao invés de estender o quadril contralateral,
realizar a flexão do quadril e joelho em direção ao abdômen associada à flexão do
tronco.

LORENA DOS SANTOS RIOS 160


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

STANDING LEG PRESS


(INTERMEDIÁRIO)

OBJETIVO:
Fortalecer extensores do quadril e joelho e rotadores internos e externos do
quadril.

INSTRUÇÕES
1. Em frente à Chair, apoie um dos pés no degrau com flexão do quadril e joelho. A
perna de apoio deve estar sobre um disco de rotação. Mantenha os ombros flexionados
à frente.

2. Realize flexão de quadril e joelho contra a resistência do degrau. Ao mesmo


tempo, realize uma leve rotação externa do membro sobre o disco de rotação

3. Retorne à posição inicial.

LORENA DOS SANTOS RIOS 161


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

DICAS E CUIDADOS
O exercício necessita de bom controle de movimento. Ao estender o joelho e o
quadril, existe uma projeção do tronco à frente. A extensão do quadril ao final do
movimento não pode gerar aumento hiperlordose lombar e maior projeção do
tronco à frente.

MODIFICAÇÕES DIFICULTADORAS
a) Ao realizar a flexão do quadril e joelho pode ocorrer o desalinhamento do
quadril contralateral por fraqueza dos estabilizadores; b) Pode-se iniciar o movimento
menor amplitude para facilitar o aprendizado; c) A rotação externa é utilizada para
ampliar a ativação dos estabilizadores do quadril. Alguns alunos podem apresentar
movimento em bloco, com rotação do tronco, esse movimento deve ser evitado
para não gerar sobrecarga lombar.

LORENA DOS SANTOS RIOS 162


PILATES NAS DIsFUNÇÕES DO QUADRIL

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