Araquém
Araquém
Araquém
março, 2017
Pedro Jorge Bastos Gouveia
Psicoses induzidas por anfetaminas:
Um trabalho de revisão
março, 2017
Dedicada à minha família e à Rita...
Título
Title
Autores e afiliações
Pedro Gouveia
Portugal.
Email: [email protected]
Telefone: +351-910843746
1
Resumo
Abstract
Amphetamines are drugs commonly consumed, and their use seems to be increasing
worldwide. These substances can induce psychotic symptoms in healthy individuals.
The relationship between the use of amphetamines and the development of psychosis
has been recently studied, but some doubts remain to be clarified. Thus, the purposes
of this work are to describe the role of amphetamines on the development of psychosis,
neuro-psychiatric effects of these drugs, the treatment of this kind of psychosis, as well
as to distinguish amphetamine-induced psychosis from schizophrenic psychosis.
Medline was searched and a total of 67 articles were included. The results demonstrate
that there has been a large dose-dependent increase in the development of psychotic
symptoms during periods of methamphetamine use and that symptoms and
physiopathology of amphetamine-induced psychosis are similar to those of
2
schizophrenic psychosis. Furthermore, persistent psychosis may be an indicator for the
risk of cognitive decline. It was also demonstrated a direct relationship between the
consumption of this drug and the development of violent behavior. Regarding the
treatment, there are several drugs available, although there are still no structured
guidelines, and so future investigations should be carried out.
1. Introdução
Está descrito que estas substâncias podem desencadear uma psicose. Na verdade,
estudos experimentais demonstram que indivíduos sem uma história prévia de psicose
podem desenvolver sintomas psicóticos tais como desconfiança permanente, delírios
persecutórios, alucinações auditivas e visuais quando são expostos à anfetamina (7).
Para além disso, a psicose tem sido descrita como um efeito adverso, contudo pouco
frequente, em crianças com Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
que foram medicadas com anfetaminas (8).
Esta relação entre o uso de anfetaminas e o desenvolvimento de psicose tem sido alvo
de muitos estudos nestes últimos anos. No entanto, ainda permanecem muitas
questões sem resposta. Na verdade, não é claro se a psicose associada às
3
anfetaminas é uma entidade diagnóstica separada ou se é uma psicose primária que é
desencadeada nos indivíduos que são mais vulneráveis. Deste modo, o artigo tem
como objetivos descrever o papel das anfetaminas no desenvolvimento de psicose, os
fatores de risco que a podem precipitar e como se efetua o tratamento da mesma, bem
como abordar as semelhanças e diferenças entre a psicose induzida por anfetaminas
e a psicose esquizofrénica, e descrever os efeitos a nível psiquiátrico e neurológico
que advêm do abuso destas substâncias.
2. Métodos
Numa primeira fase, foram apenas incluídos trabalhos de investigação publicados nos
últimos dez anos, tendo sido posteriormente alargada a pesquisa para artigos
anteriores a 2005.
Foram ainda consultadas listas de referências dos artigos com o intuito de alargar o
leque de informação, bem como consultadas algumas obras com relevo no âmbito da
psiquiatria.
4
3. Resultados
3.1. Psicose
Com efeito, desde há séculos que se descreve uma relação entre o consumo de
substâncias e o consequente desenvolvimento de psicose. Por exemplo, em 1235, Ibn
Beitar relacionou o uso de cannabis à insanidade e, mais tarde, em 1845, Moreau de
Tours descreveu um estado psicótico agudo, transitório e dependente da dose de
cannabis (12). Para além disso, outras drogas têm sido associadas ao
desenvolvimento de sintomas psicóticos, particularmente a metanfetamina e outras
substâncias estimulantes (13).
5
com o transportador vesicular 2 de monoaminas (VMAT2), levando a um aumento da
quantidade de dopamina no citoplasma, sendo este um possível mecanismo de ação
responsável pela neurotoxicidade das mesmas (4, 6). Os efeitos neurotóxicos também
são observados nos neurónios serotoninérgicos e noradrenérgicos (6).
A metanfetamina foi sintetizada pela primeira vez no Japão, em 1893, tendo sido
usada por militares da Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e Japão durante a
Segunda Guerra Mundial, devido ao conhecimento de que as suas propriedades
melhoram o desempenho global e promovem um aumento da energia (16).
6
3.3. Psicoses induzidas por anfetaminas
7
sintomas psicóticos, em consumidores crónicos de metanfetamina, são mais comuns
durante os períodos de consumo de metanfetamina relativamente aos períodos de não
consumo, existindo uma probabilidade cinco vezes superior de um surto psicótico
ocorrer nos períodos de consumo (25). Foi ainda reportado que o aumento do
desenvolvimento de sintomas psicóticos é fortemente dependente da dose de
metanfetamina consumida (25).
Num outro trabalho, McKetin et al., demonstraram uma relação entre o consumo
recreativo de estimulantes e a ocorrência de sintomas psicóticos. Com efeito, dentro
do contexto de uso de várias drogas, o consumo recreativo de metanfetamina está
associado a um aumento de duas a três vezes na probabilidade de existirem sintomas
psicóticos (26).
Ujike e Sato propuseram que a psicose relacionada com metanfetamina pode ser
classificada como transitória, prolongada ou persistente de acordo com o tempo de
duração da mesma após o início da abstinência (27). O tipo transitório resulta do efeito
direto da metanfetamina e dura geralmente uma semana (ou no máximo um mês); no
tipo prolongado, o estado psicótico estende-se para além de um mês; por fim, no tipo
persistente o estado psicótico é de longo termo e estende-se para além de seis meses
após o início da abstinência (27). Também demonstraram que longos períodos de
consumo desta droga estão associados a um pior prognóstico da psicose (27). Estima-
se que cerca de 40% dos indivíduos que padecem de psicose associada à
metanfetamina se incluem no tipo prolongado/persistente de psicose (28).
8
Em verdade, de acordo com Glasner-Edwards e Mooney, a presença de sintomas
psicóticos transitórios, que pode ser vislumbrada numa proporção considerável de
consumidores de metanfetamina, não constitui uma perturbação psicótica
diagnosticável; uma perturbação psicótica relacionada com a metanfetamina é
diagnosticada quando os sintomas psicóticos observados excedem os efeitos
esperados e conhecidos da intoxicação ou da abstinência desta droga (29). A
diferença média entre a idade de início de consumo de anfetaminas e o aparecimento
de perturbações psicóticas foi estimada em pouco mais de cinco anos (30).
A relação entre a psicose induzida por anfetaminas e a psicose primária pode ser
analisada de acordo com o paradigma stress e vulnerabilidade. Para os indivíduos
com menor vulnerabilidade (consumidores de anfetaminas sem psicose), serão
necessárias doses mais elevadas de anfetaminas para precipitar a psicose aguda,
enquanto que os indivíduos com maior vulnerabilidade (pacientes com psicose
primária) necessitam de doses mais baixas (4). Além disso, o consumo repetido de
anfetaminas pode aumentar a vulnerabilidade de um indivíduo, aumentando assim as
hipóteses de este desenvolver sintomas psicóticos, mesmo na ausência de exposição
aguda a anfetaminas (4). Assim, a psicose induzida por anfetaminas e a psicose
primária não são necessariamente fenómenos separados, mas fenómenos interligados
de um modo dinâmico (4).
Com efeito, dois estudos iranianos também demonstraram que é possível distinguir as
duas entidades com base na presença de alucinações visuais vívidas que são raras na
esquizofrenia mas são um fenómeno clínico comum na psicose relacionada com o
consumo de metanfetamina (18, 32). Contudo, Mehdus et al., não reportaram a
9
ocorrência de alucinações visuais no seu trabalho, sendo este fator explicado,
possivelmente, pelo concomitante uso de sedativos (7). Além disso, a maior parte dos
pacientes envolvidos eram consumidores de várias drogas, o que pode ser um fator
confundidor (7).
10
positivos (delírios, alucinações e discurso incoerente), sintomas negativos (pobreza do
discurso e embotamento afetivo) e sintomas de ansiedade/ depressão semelhantes a
sintomas observados em pessoas diagnosticadas com esquizofrenia (38).
Num estudo recente, McKetin et al., seguiram, durante um ano, 164 consumidores de
metanfetamina que não cumpriam critérios DSM-IV para psicose primária, para avaliar
a relação entre os dias de consumo de metanfetamina e a gravidade dos sintomas na
“24 item Brief Psychiatric Rating Scale” (BPRS) (34). Os sintomas psiquiátricos
exacerbados pelo uso de metanfetamina foram assim divididos em 3 categorias:
sintomas psicóticos positivos, sintomas afetivos e sintomas psicomotores. Os autores
concluíram que não houve evidência de que a metanfetamina exacerbasse outros
sintomas na BPRS, incluindo os sintomas negativos da psicose (34).
11
induzida por metanfetamina (29). No entanto, mesmo fazendo um controlo para
história de esquizofrenia e para outras perturbações psicóticas, os consumidores que
apresentam critérios de diagnóstico para perturbação do uso de estimulantes têm uma
probabilidade três vezes superior de padecerem de sintomas psicóticos relativamente
aos consumidores que não apresentam, demonstrando assim que perturbações por
uso destas substâncias são relevantes para o risco de psicose do consumidor (26).
12
Na verdade, já existem estudos prévios que sugerem a existência de uma relação
entre perturbações psicóticas causadas pelo uso prolongado e pesado de
metanfetamina e a perturbação de personalidade antissocial. Aliás, pensa-se que a
perturbação de personalidade antissocial, que é mais prevalente em consumidores de
metanfetamina, seja provavelmente uma condição que possa ter precedido e
contribuído para o início do consumo e consequente desenvolvimento da perturbação
por uso da droga (44).
Está descrito que consumidores de anfetaminas que tenham sofrido várias formas de
abuso físico ou sexual e que tenham tido um agregado familiar disfuncional durante a
infância têm uma maior probabilidade de vivenciarem um episódio de psicose
relacionado com o consumo deste tipo de droga. Deste modo, existe uma associação
positiva entre a ocorrência de adversidades na infância (abuso sexual, abuso físico e
negligência, discriminação) e o desenvolvimento de psicose/ esquizofrenia (45).
Na realidade, Sharbabaki et al., num artigo que que foi elaborado na República
Islâmica do Irão, concluíram que perturbações depressivas, perturbação afetiva
bipolar, história de TDAH na infância e perturbações de personalidade
(particularmente, borderline e antissocial) são comorbilidades relevantes em pacientes
consumidores de metanfetamina (1). Efetivamente, a elevada prevalência da
perturbação afetiva bipolar entre os consumidores da droga pode refletir uma
predisposição genética na qual os episódios de mania contribuem para o uso de
estimulantes (22).
Num outro estudo realizado no mesmo país, cuja finalidade era avaliar características
clínicas em pacientes internados em unidades psiquiátricas por psicose induzida por
metanfetamina, Zarrabi et al., documentaram a existência dos seguintes sintomas
psiquiátricos: delírios de perseguição (85,5%), violência (75,6%), alucinações auditivas
(51,3%), delírios de referência (38,5%), delírios de grandiosidade (32,9%), delírios de
infidelidade (30,2%), alucinações visuais (18,4%), pensamentos suicidas (14,5%),
13
pensamentos homicidas (3,9%), tentativas de suicídio (10,5%) e tentativas de
homicídio (0,7%) (46).
Com efeito, estão descritos como fatores de risco para a comorbilidade psiquiátrica
associada ao consumo de anfetaminas: sexo masculino, idade jovem, perturbação
mental prévia e história familiar de perturbações psiquiátricas (2).
14
De facto, a psicose é conhecida por aumentar o risco de violência, uma vez que os
delírios que o indivíduo experimenta podem induzir raiva, alterar as perceções de
ameaça e conduzir a uma errónea interpretação de fenómenos (51). Para além disso,
um importante fator que pode explicar a violência causada pela metanfetamina é o
estado paranoide psicótico que a droga pode induzir (52). Na verdade, há um
aumento, com relação dose-reposta, de sintomas psicóticos durante os períodos de
consumo de metanfetamina (25), não havendo, no entanto, consenso quanto ao
desenvolvimento de comportamentos hostis; McKetin et al., descreveram o
desenvolvimento de sintomas psicóticos, associados a elevados níveis de hostilidade
(37). Não obstante, um outro estudo não mencionou a ocorrência de comportamentos
hostis, mas apenas de sintomas psicóticos, associados ao consumo de metanfetamina
(35).
15
abstinência) para 60% (durante períodos de consumo pesado de metanfetamina) (50).
Embora os sintomas psicóticos tenham exacerbado o risco de comportamento
violento, a relação entre uso de metanfetamina e este tipo de comportamento foi
amplamente independente dos sintomas psicóticos. Assim sendo, a tese que existe
uma relação direta entre a droga e o comportamento violento ficou demonstrada neste
trabalho (50).
16
20-30% (22). Para além disso, um estudo envolvendo a utilização de PET scan
mostrou uma diminuição na densidade de transportadores de dopamina em
consumidores de metanfetamina, que parecia estar relacionada com a duração do
consumo e com o estado psicótico que é induzido pela mesma (41).
17
Realmente, a psicose persistente pode ser um indicador para o risco de deterioração e
instabilidade cognitiva entre os consumidores de metanfetamina (59). Deste modo, os
défices cognitivos nos indivíduos consumidores de metanfetamina com psicose
persistente são mais pronunciados do que nos indivíduos sem psicose persistente,
sendo que os indivíduos com psicose persistente apresentam défices cognitivos
sobreponíveis aos dos indivíduos com esquizofrenia (56).
No entanto, um método que pode ser usado para diferenciar a psicose associada à
metanfetamina da esquizofrenia, passa pela análise das respostas hemodinâmicas no
córtex pré-frontal durante o desempenho de tarefas de fluência verbal nos dois grupos,
utilizando a Espectroscopia de Infravermelho Próximo (NIRS) (61). Yamamuro et al.,
nem estudo realizado em 2015 demonstraram que a variação da concentração de
oxiemoglobina no córtex pré-frontal foi significativamente superior nos pacientes com
psicose associada à metanfetamina em relação aos pacientes com esquizofrenia, o
que pode indicar que o grupo consumidor de metanfetamina apresenta uma menor
disfunção pré-frontal (61).
18
córtex pré-frontal pode desencadear elevados níveis de impulsividade nestes
pacientes, fornecendo, assim, uma nova compreensão sobre o controlo inibitório
interrompido na psicose associada à metanfetamina (62).
Num outro estudo randomizado e controlado foi demonstrado que a quetiapina é tão
eficaz quanto o haloperidol no tratamento da psicose induzida por anfetaminas. Os
efeitos adversos da quetiapina são consistentes com aqueles que já haviam sido
descritos em estudos prévios, onde foram utilizados antipsicóticos atípicos: efeitos
anti-histaminérgicos e anticolinérgicos são frequentemente observados, enquanto os
efeitos extrapiramidais são mais raros (65). Além disso, os antipsicóticos típicos como
o haloperidol desencadeiam mais efeitos adversos do tipo extrapiramidal que a
quetiapina e podem agravar os sintomas negativos da psicose (66). Deste modo, a
quetiapina pode ser usada como um tratamento alternativo ao haloperidol quando este
está contraindicado (65).
19
No que diz respeito à olanzapina e ao haloperidol, foi demonstrado que em doses
clinicamente relevantes (7.5 mg/ dia e 7.8mg/dia, respetivamente) estes fármacos são
eficazes para o tratamento da psicose. Contudo, comparando estes dois fármacos, a
olanzapina pode ser um melhor tratamento que o haloperidol em termos de redução
dos efeitos extrapiramidais, não obstante o seu elevado custo (63).
Outros tipos de tratamento propostos para a psicose induzida por anfetaminas foram a
utilização de um agonista α2-adrenérgico (67) e a utilização da eletroconvulsoterapia
no tratamento da psicose induzida por metanfetamina resistente (46), tendo-se obtido
resultados promissores em ambas as terapias.
4. Discussão
20
metanfetamina entre os doentes que se apresentem com psicoses e avaliar o papel
desta droga no desenvolvimento da psicose (25).
A maior parte dos estudos pesquisados tentam encontrar parâmetros que permitam
diferenciar a psicose primária da psicose associada à metanfetamina. Contudo, apesar
de alguns estudos encontrarem algumas diferenças, as semelhanças parecem cada
vez mais irrefutáveis. Os sintomas psicóticos, incluindo os sintomas negativos,
encontrados nos indivíduos dependentes de metanfetamina e nos indivíduos com
esquizofrenia são praticamente os mesmos e apresentam níveis semelhantes de
gravidade, para o mesmo grau de psicose (38). Para além disso, existe um
componente genético partilhado entre a psicose esquizofrénica e a psicose induzida
por anfetaminas. Assim, no futuro, o componente de risco genético partilhado entre a
psicose associada às anfetaminas e a esquizofrenia pode fornecer um novo
conhecimento sobre os processos de evolução e diagnóstico da psicose bem como
permitir o desenvolvimento de novos fármacos que sejam mais eficazes no tratamento
da mesma (31).
21
não existem estudos que definam qual a melhor dosagem, havendo apenas evidências
de que elevadas doses de fármacos antipsicóticos têm maior eficácia quando
comparadas com doses mais baixas (23).
5. Conclusões
Num estudo elaborado por Lecomte et al., foram descritos como fatores preditores do
desenvolvimento de psicose persistente em pacientes com consumo abusivo de
metanfetamina a idade avançada, a presença de sintomas psicóticos mais severos,
um longo período de consumo, sintomas depressivos mais pronunciados e traços de
personalidade antissocial (43). Consequentemente, torna-se essencial identificar quais
os indivíduos com psicose persistente entre os consumidores de metanfetamina, de
modo a facilitar o tratamento da mesma (43).
22
infância, de forma a desenvolverem planos de tratamento eficazes, já que os efeitos
de traumas de infância são tratáveis e evitáveis.
Como descrito acima, não existe ainda consenso quanto ao tratamento a ser utlizado
na psicose induzida por anfetaminas, havendo, aliás, bastantes divergências no que
concerne ao antipsicótico a ser prescrito. Assim, a escolha do fármaco pode ser feita
com base no tipo de sintomatologia que o doente apresenta.
Em conclusão, esta revisão demonstra que para os médicos pode ser difícil avaliar,
apenas pela apresentação clínica, se um paciente psiquiátrico internado recentemente
apresenta sintomas psicóticos causados pelo consumo de metanfetamina, por um
transtorno psicótico primário ou por ambos. Deste modo, a psicose induzida por
anfetaminas como sendo um modelo da esquizofrenia com mecanismos biológicos
semelhantes é uma tese que ganha cada vez mais consistência.
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28
Vulnerabilidade individual (26)
a
Idade (43)
a
Sintomas psicóticos mais severos(43)
a
Sintomas depressivos mais pronunciados (43)
Período mais prolongado de consumo abusivo de anfetaminas
a
(43)
Personalidade antissocial (1, 43, 44) ou borderline (1)
Ocorrência de adversidades na infância (45)
Presença de distúrbios do humor (1)
TDAH na infância (1, 33)
b
Sexo masculino (2)
b
Doença psiquiátrica prévia (2)
Polimorfismo rs1126442 do gene GRIN1 (5)
c
Polimorfismo rs 3213207 do gene DTNBP1 (48)
29
Característico da psicose induzida por Semelhanças entre a psicose induzida por
anfetaminas anfetaminas e a psicose esquizofrénica
Recuperação mais rápida (29) Base genética comum (genes da transmissão
glutamatérgica) (5)
30
Agradecimentos
Agradeço em primeiro lugar ao meu tutor, o Doutor Manuel Esteves, pela orientação e
disponibilidade que revelou para me auxiliar neste trabalho e por me incutir uma
capacidade de pensamento crítico para com o mesmo.