Educar o Cidadão
Educar o Cidadão
Educar o Cidadão
UM OFÍCIO IMPOSSÍVEL?
Etienne Tassin1
17
1) De um lado, como um mestre pode ser um mestre para
conduzir à liberdade? Seja por ele exercer uma mestria e ela contra-
riar a liberdade sobre a qual é exercida, seja por ele não dispor dessa
mestria e a vontade do aluno continua particular, ignorante daquilo
que é relativo à liberdade dos outros. Somente a obediência à lei
abre a via para a liberdade moral e civil. Cabe ao mestre ser o porta-
-voz da lei e jamais substituir essa lei pela expressão de sua vontade
particular. O mestre não deve jamais exigir segundo a arbitrariedade
de sua vontade pessoal, se ele quer despertar no aluno a universa-
lidade e, portanto, a igualdade da lei. Um mestre – magister e não
dominus – não pode ser um senhor, exceto se renunciar à sua
maestria; e um senhor não poderá ser um mestre (um senhor não
será jamais um mestre).
2. De outro lado, como esse mestre teria aprendido sobre a
liberdade civil e se sensibilizado para a universalidade da lei se não
fosse o ensinamento que ele mesmo recebeu de um mestre? Ora,
esse mestre também aprendeu com um mestre, que também foi
ensinado por um mestre, e assim por diante. É por isso que não
existe um senhor justo por si mesmo, o qual sem a autoridade
superior da lei se abstém por si só de abusar de sua liberdade de
comandar; não existe, para Kant, uma solução para essa aporia.
Ademais, conclui ele: “essa tarefa (de educar) é, portanto, bem mais
difícil que todas e mais ainda, sua solução perfeita é impossível: em
um tronco torto, do qual é feito o homem, não podemos nada fazer
para endireitá-lo”. O homem é feito de um tronco torto: nenhum
tutor, nenhum professor saberá como endireitá-lo; nenhum deles
saberia talhar em um tal material um ser direito.
A análise de Kant apresenta consonância com a afirmação
de Freud. Porém, cada um utiliza uma nuance: Kant indica que uma
solução perfeita é impossível. Ele nos sugere, assim, encontrar uma
via para uma solução imperfeita, mas possível para a tarefa que é
impossivelmente perfeita. O perfeito é impossível, o possível é
imperfeito. Educar seria, então, talhar imperfeitamente um tronco
cheio de nós e curvo, o qual não conseguimos nem direcionar,
tampouco redirecionar. Pode-se interpretar isso de duas maneiras.
18
Primeiramente, é possível dizer que toda educação está, em
partes, fadada ao fracasso e que é preciso se contentar com êxitos
parciais, seja porque eles dizem respeito a alguns e não a todos – e,
geralmente, os menos tortos são aqueles cuja educação familiar, em
razão de condições sociais, econômicas e culturais, produziu anteci-
padamente as condições extraescolares para o sucesso na escola –;
seja porque eles injetam em todos algum fermento disperso e frágil
de um espírito cívico que pode eventualmente ser despertado mais
tarde por ocasião de alguma experiência social, a qual, porém, não
está garantida na existência social. Em ambos os sentidos, está
excluída a ideia de que a educação pode fabricar com sucesso seres
seguramente civis e sociáveis. Todavia, também fica em aberto a
possibilidade de que algo acontece, algo que relativiza o fracasso.
Em segundo lugar, podemos dizer, portanto, que o fracasso
é o modo pelo qual a educação se dá, ou seja, pelo qual ela triunfa.
Ora, curiosamente, é isso que dá a entender Freud quando volta, 12
anos depois, à sua afirmação de 1925. Pois, em 1937, ele escreve:
“Parece que a análise [que substitui a cura, evocada no prefácio de
1925] é a terceira destas profissões ‘impossíveis’, em que você pode
ter certeza de antemão do fracasso; as outras duas, há bem mais
tempo conhecidas, são educar e governar” (FREUD, 1985). Logo,
não se trata, na verdade, de fracassar, mas sim de obter um êxito
insuficiente – e isso parece valer tanto para o educar e para o gover-
nar, quanto para o analisar.
Somos, então, convidados a compreender algo surpreen-
dente, que merece nossa atenção plena: se governar, analisar (curar)
e educar são seguramente profissões impossíveis, essa impossibili-
dade não deve ser compreendida como um fracasso total, mas
como um modo específico de tais atividades. Assim, o que seria
uma atividade cujo princípio é ser conduzida, tendo em vista que
ela fracassará e que, se tiver êxito, isso aconteceria apesar daquilo
ou em razão daquilo que foi feito para que ela tivesse êxito?
Nessas três situações evocadas por Freud, a impossibili-
dade, certamente, não é do mesmo gênero. O psiquismo não sabe-
ria sanar suas próprias neuroses, as quais lhe constituem. Ademais,
19
ele pode conseguir viver com isso sem sofrer muito. A impossi-
bilidade se encontra na intriga da infância, momento em que são
originados os complexos, o que não pode ser desfeito ou se dar de
outra forma: é preciso se fazer a partir daquilo que se é. A rodada
foi jogada no passado, e as cartas então distribuídas não podem ser
trocadas. A cura fracassa devido à irreversibilidade do passado, do
qual é composto o psiquismo. A educação da criança ou do aluno
não se concretizaria por outra razão. O êxito supõe uma transfor-
mação concebida a partir de melhorias projetadas para um futuro
que ninguém domina – nem a criança, nem seu mestre.
O problema é, então, insolúvel: ou a criança se conforma
ao modelo que se deseja impingi-la e perde sua singularidade livre,
ou resiste e se afirma singularmente livre, anulando o modelo que
lhe é apresentado ou imposto. Nos dois casos, a educação fracas-
sará, fadada a abstrair a criança ou o modelo. O que seria o governo
dos homens? A dificuldade é redobrada. Porque os sujeitos políti-
cos são, simultaneamente, as crianças polimorfas e os adultos
neuróticos, a quem nos esforçamos – ou fingimos nos esforçar –
para considerar como sujeitos autônomos, que exercem deliberada
e soberanamente seu livre-arbítrio. Um bom governo supõe
cidadãos constituídos: supõe que a educação tenha alcançado o
êxito de formá-los e que, na medicina, os seres tenham conseguido
se curar. Além disso, o governo dos homens se dá no presente, um
presente que se transforma, demoradamente, para remediar as falhas
do passado (medicina) e para preparar a alegria vindoura
(educação). Ora, a educação fracassa e a medicina falha, assim
como acontece com o governar.
Nos três casos, entretanto, pode-se dizer com razão que o
fracasso, por outro lado, é uma garantia de sucesso: quem aprende
a viver com suas neuroses já está curado, apesar do psicanalista;
quem soube crescer contrariamente a uma educação recebida e
graças à resistência que conseguiu enfrentar, conseguirá ser bem-
-educado, apesar do educador; quem se comporta como cidadão,
apesar da corrupção dos governos, e se dissocia da sociedade já
sabe governar-se, em alguma medida, mesmo que não saiba como
20
governar os outros. As pessoas se curam a despeito da autoridade
do médico; elas se formam a despeito da autoridade do educador;
elas se comportam adequadamente a despeito da autoridade do
governante. A cada vez, faz-se isso apesar do mestre – seja ele da
saúde, da sabedoria ou da conduta – e contra ele.
A psicanálise oculta a chave desse sucesso insuficiente, o
qual transforma em êxito aquilo que o mestre é incapaz de produzir
por si mesmo, de modo diferente daquele do fracasso.2 Na verdade,
nesse artigo consagrado à questão do término da análise, Freud
nota que ela acaba não quando o paciente quer ou quando está
curado, mas sim quando ele é capaz de substituir o mestre, de
continuar por si mesmo – sem o socorro do analista – a análise em
que ele entrou graças a esse mestre. O paciente se torna seu próprio
analista, seu próprio mestre, não em uma ilusão de soberania de si
sobre si, soberania que estaria sujeita a uma liberdade compreen-
dida como dominação, mas sim na preocupação de não parar com
o trabalho que o torna livre, de não terminar seu processo de
emancipação, cujo fim ele desconhece.
Assim, Freud nos sugere que, semelhantemente à análise, a
educação tem êxito no momento em que ela mede seu fracasso,
quando ela termina, ao se dar conta de que é inacabável. Quem
compreende que se transforma em seu próprio analista é capaz de
pôr um fim à sua análise, até então feita sobre a orientação do
analista. No instante em que o aluno estiver preparado para deixar
de lado a autoridade do mestre, no momento em que o aluno
reconhece que cabe a ele assumir por si mesmo aquela autoridade
que o mestre encarnava, tem-se o fim da educação do mestre, mas
não da educação do aluno – esta é interminável. É por isso que o
fim de todo governar é o autogovernar-se. E essa é a razão pela
qual esse fim se faz indefinidamente uma espera. A política, a cura
da alma e a educação de uma criança nunca deixaram de perseguir
um fim inalcançável. O êxito delas pode resistir a esse fracasso.
2 Agradeço a Laurence Cornu, que chamou minha atenção para esse ponto.
21
Mesmo que esteja claro que o governar padece das falhas
do educador e do médico, pode-se notar que, das três profissões
impossíveis, a educação acumula as dificuldades próprias às duas
outras: pois o educador é também alguém que governa (lembremo-
-nos de Rousseau, quem pede que Emílio tenha um governante e
não um preceptor), mas igualmente um curador, um analista de
alma, no sentido de que ele deve remediar um mal estrutural: esse
mal não é somente a ignorância ou os preconceitos dos quais a
infância se nutre, mas também, e sobretudo, a recusa às normas da
vida coletiva que sustentam toda existência, recusa singularmente
reivindicada pela criança. Tal recusa às normas nos apresenta o
segundo paradoxo: o paradoxo da autoridade.
22
autoridade superior em relação à supremacia do desejo. Porém, qual
é esse fundamento?
O paradoxo ao qual a escola está confrontada é que ela não
pode se servir da autoridade da lei nem do amor parental, como faz
a família, tampouco do consentimento deliberado, como faz, em
princípio, a comunidade política. Isso ocorre porque a escola é esse
espaço intermediário que se encontra entre o espaço privado da
família, no qual a autoridade dos pais é reconhecida, e o espaço
público da vida social e política, em que a autoridade precede um
acordo contratual implícito. Portanto, a escola não saberia recorrer
ao fundamento privado para se servir da autoridade; ela também
não saberia agir como se já estivesse relacionada a cidadãos supos-
tamente consentidos à autoridade pública. Dentro de casa, não se
pede para a criança consentir, pede-se que ela obedeça; na
comunidade democrática, não se pede ao cidadão que se submeta a
uma força exterior que se impõe a ele, pede-se que ele consinta a
autoridade a que está implicado. Presa entre uma inclinação pelo
desejo, que a faz objeto, e a crença na cólera parental, a criança, em
casa, é constrangida a obedecer e disposta a isso; tomado entre o
consentimento supostamente adquirido na lei e o temor da sanção
legal, o cidadão é, dentro da comunidade, obrigado a obedecer à lei,
mesmo que ele seja constantemente tentado a transgredi-la.
Rousseau (2001) nos ensinou que, lá onde somos forçados, não
somos obrigados, mas lá onde somos obrigados, não somos mais
forçados. Ora, parece que, na escola, a coerção é contraproducente,
enquanto a obrigação ainda não é efetiva.
Isso porque a escola é esse espaço intermediário entre a
vida privada e a vida pública, não sendo nem uma nem outra; ela
está sujeita a essa dificuldade de não poder fundamentar a autori-
dade na coerção exercida, a qual está autorizada à família, mas
também não pode tomar como adquirido isso que ela deve fazer
para ser alcançada pelo aluno: a obrigação de obedecer precedendo
uma autoridade admitida por um consentimento à potência pública.
Na relação familiar, mantida pelo amor, a autoridade parental pode,
naturalmente, impor o respeito pelas regras da vida em comum:
23
“quem bem ama, bem castiga” (“qui aime bien châtie bien”), diz a
sabedoria popular. Na relação social, regida pelas leis redigidas pela
autoridade púbica, as palavras de ordem têm por objetivo fazer
com que as leis sejam respeitadas quando o cidadão não é capaz,
por si mesmo, de se submeter a esse respeito. O monopólio estatal
dessa violência confere sua legitimidade. Nos dois casos, a
autoridade é fundamentada, o respeito é devido, a força de
aplicação como potência de sancionar as infrações é legítima. De
um caso para o outro, bem se vê que a fragilidade da criança tem
consonância com aquilo que faz a força do cidadão, pois a
dependência do primeiro encontra a autonomia do segundo, na
medida em que igualmente observam a autoridade e estão
submetidos à potência que ela exerce. Porém, entre esses dois
universos constituídos no espaço intermediário da escola, qual
instância funda a autoridade? Qual motivo sustenta o respeito pela
lei? Que potência justifica o direito de impor e de punir?
Resumidamente, quem pode ter autoridade na escola? Que
autoridade essa instância pode ter? Em nome do que ela será
tomada como autoridade? Como tal autoridade poderia exercer sua
eficácia sem se contradizer?
Ninguém melhor que Hannah Arendt (1993) foi capaz de
perceber o paradoxo da autoridade escolar. Em seu sentido estrito,
a autoridade obtém a obediência sem recorrer a meios de coerção.
Na verdade, o recurso aos meios coercitivos denuncia a autoridade
do mestre, manifestando que ele não é obedecido por si só, mas
sim em razão de intimidações que ele impõe aos alunos. Diríamos,
portanto, que aquele que é uma autoridade jamais exerceu algo
autoritariamente, e que aquele que precisa ser autoritário prova, por
isso mesmo, sua ausência de autoridade. Porém, o que fundamenta
a autoridade de tal modo que ela dispense o uso da violência? Logo,
seria então uma autoridade tal que se impõe sem necessidade e
também sem contestação possível, isto é, sem questionamentos,
sem argumentação?
É indiscutível que esse elemento não pode ser o amor,
como na família, nem o consentimento contratual, sempre discu-
24
tível, como na sociedade. Mas também não é, como se costumar
dizer, o saber ou a competência, mesmo que um e outro sejam
indispensáveis para que o aluno estime um professor. Pois saber e
competência são discutíveis. Então, como uma autoridade pode
não ser discutida sem uma ligação afetiva? A resposta arendtiana é a
seguinte: o verdadeiro fundamento da autoridade é que o mestre é
o representante do mundo, que ele é, aos olhos das novas gerações,
o responsável por este mundo ao qual elas irão adentrar, o qual as
precedeu historicamente e que elas têm por missão conduzir para
um tempo vindouro. Essa posição do mestre é indiscutível. Ela força
o respeito. Indiscutivelmente, tem autoridade aquele que em sua
conduta traz em si e exemplifica por si o legado do passado,
expondo-o ao presente e lhe oferecendo um futuro. A transmissão
requer a autoridade. A autoridade se autoriza nessa responsabili-
dade que é a sua: transmitir.
Pode-se, então, reformular o paradoxo da autoridade,
deduzindo-se uma dificuldade específica da escola contemporânea.
Reformulado, o paradoxo se enuncia assim: a autoridade impõe o
respeito, mas o respeito supõe a autoridade. A autoridade se faz
autoridade ao se reconhecer que ela é respeitável e que, portanto,
ela se transformou em autoridade. Em suma, ela não se faz autori-
dade sem ser reconhecida como autoridade por aqueles sobre os
quais ela é exercida. Certamente existe uma dialética do reconheci-
mento, mas também um verdadeiro enigma, pois a alçada desse
respeito não é outra coisa senão o reconhecimento do caráter
respeitável da dita autoridade.
A dificuldade resulta no seguinte: a escola praticamente não
é mais o local de prática de uma tal autoridade, ou seja, de uma tal
confiança ou de um tal respeito. Ela não mais o é não somente
porque nela se encontram alunos que não são sensíveis à responsa-
bilidade pelo mundo, supostamente trazida pelos professores ou
pelos educadores; e, ainda, não somente porque os chamados
mestres não se sentem mais incumbidos de tal responsabilidade que
força o respeito. Ela não mais o é porque a sociedade moderna,
submetida ao imperialismo de uma globalização neoliberal coman-
25
dada pela busca do lucro, não permite mais à escola o tempo livre
(a scholé), não permite que ela seja o lugar onde essa responsabili-
dade pelo mundo se transmita de geração em geração. A escola
deixou de ser o espaço intermediário entre a família e a sociedade
para se transformar, ao mesmo tempo e de maneira contrapro-
ducente, em uma extensão da família e uma antecâmara da
sociedade. Enquanto ela se interpõe entre a vida privada e a vida
pública, ela se torna o meio confuso de uma vida privada,
estruturada por regras da vida coletiva e da vida comum privada de
liberdade e submetida às injunções do conformismo social. Hoje
em dia, a escola é solicitada, quase que exclusivamente, a formar
seres adaptados às normas da produtividade e da rentabilidade
econômica. Ela é uma máquina de adaptação econômica para os
seres tidos como antissociais.
É difícil esperar de uma tal instituição que ela seja capaz de
formar cidadãos. De um lado, ela não saberia como cultivar nos
alunos – os quais se tornaram insensíveis por conta das tecnologias
do conformismo social – o respeito à autoridade e à responsabili-
dade, por temer expô-los à coerção e incitá-los à renúncia. De
outro, ela não saberia ensinar outra coisa senão aquilo em que ela
mesmo se transformou: uma indústria de ajustamento submetido às
normas das agências de fomento. Martha Nussbaum (2010)
demonstrou, em sua obra Sem fins lucrativos: por que a democracia precisa
das humanidades, o caráter contraproducente das instituições de
ensino – do Ensino Fundamental I à universidade – comandadas
pela lógica do lucro e pela única preocupação de fabricar um homo
economicus, definido exclusivamente por sua função no trabalho. Eu
não insisto. Todavia, mantenho a alternativa filosófica que subjaz à
oposição entre uma scholé dedicada à experimentação livre de uma
relação pessoal com o saber e uma empresa de fabricação de seres
funcionais em um universo econômico-social submetido ao princí-
pio do rendimento.
De forma brutal, essa alternativa se enuncia assim: por um
lado, a livre aprendizagem, por meio do enigmático contato com a
autoridade do mestre responsável e respeitável, de uma liberdade de
26
pensar e de agir; por outro, a formatação industrial de seres
conformados e funcionais no seio de uma economia generalizada
das necessidades sociais. Mesmo que em parte alguma haja as
condições para que uma tal ideia de humanidade possa ainda ser
implementada, é evidente que somente o primeiro ramo dessa
alternativa está, não sem dificuldades, apto a deixar surgir pessoas
civis e preocupadas com a liberdade. Todavia, a condição para um
tal advento ainda é paradoxal em si mesma, pois cabe à instituição
escolar formar, por meio da disciplina, uma liberdade que contesta
essa própria disciplina. Talvez seja este o último paradoxo, o
paradoxo da emancipação, o qual remete ao desafio político funda-
mental da educação dos cidadãos e nos permite ainda alimentar
alguma esperança em relação ao devir de nossos estabelecimentos
educacionais (NIETZSCHE, 1974).
Referências
34