Henri Fayol

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Teoria Clássica da Administração

Henri Fayol
• O início do século XX foi um momento de grandes
transformações tecnológicas, econômicas e sociais. Foi a época em
que surgiram e cresceram empresas para fornecer, em grandes
quantidades, os novos produtos que haviam sido criados e que as
pessoas desejavam: automóveis, lâmpadas elétricas, aparelhos de
som, cinema e telefones.

• Nos EUA e na Europa, as empresas industriais expandiram-se


aceleradamente para fornecer esses produtos e serviços

• Nasceu daí a necessidade de estudar formas de lidar com


enormes quantidades de recursos humanos e materiais de todos os
tipos
• Esse período conheceu inúmeras teorias destinadas a
implementar métodos e técnicas voltadas para a administração
das empresas que passaram a atuar nos diferentes setores de
produção
EVOLUÇÃO DA TEORIA GERAL DA
ADMINISTRAÇÃO
• Abordagem Clássica (Administração cientifica e teoria clássica)
• Abordagem Humanística (liderança, comunicação, motivação,
organização informal)
• Abordagem Neoclássica (funções do administrador e processo
administrativo)
• Abordagem Estruturalista (estrutura organizacional e burocracia)
• Abordagem Comportamental (comportamento humano e
motivação)
• Abordagem Sistêmica (teoria dos sistemas)
• Abordagem Contingencial (ambiente organizacional)
ABORDAGEM CLÁSSICA

 Administração Científica
 Teoria Clássica
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Idealizada por FREDERICK W. TAYLOR (1856-1915)

• Engenheiro americano - Midvale Steel Co.

• Ênfase nas tarefas;

• Aplicação de métodos científicos (observação e mensuração)


aplicados aos problemas administrativos;
• Experiências e estudos do trabalho do operário e das tarefas

• Objetivo: eliminar o desperdícios, elevar a produtividade e a


eficiência da indústria através da adoção de métodos
científicos;
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Desenho de cargos e tarefas

• tarefa - toda atividade executada pelos indivíduos em seu trabalho

• método de trabalho - maneira de executar uma tarefa

• desenho de cargo - especificar tarefas, métodos de trabalho e


relações com outros cargos

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

DESENHO DE CARGOS SIMPLIFICADOS

MÁXIMA ESPECIALIZAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Consequências (desenho de cargos e tarefas)

• qualidade mínima e salários menores


• menor necessidade de treinamento
• redução de erros na execução
• facilidade de supervisão (cada supervisor pode operar
um número maior de funcionários)
• aumento da eficiência do trabalhador

redução de custos
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

O conceito de “HOMO ECONOMICUS”


(homem econômico)
• O homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas
unicamente influenciado por recompensas salariais,
econômicas e materiais;

• Os indivíduos são preguiçosos, limitados, mesquinhos e


culpados pela vadiagem e desperdício nas empresas.
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Condições do ambiente de trabalho


Importante não porque os funcionários merecessem, mas
pelo fato de serem fundamentais para a obtenção da
eficiência:

- Adequação de ferramentas e máquinas (menor esforço);


- Arranjo físico das máquinas e equipamentos (racionalizar fluxo de
produção);
- Adequar iluminação, ruído, ventilação e conforto geral;
- Projeto de equipamentos especiais (transportadores, seguidores,
contadores e outros utensílios).
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Padronização dos métodos e de máquinas


Na Administração Científica a padronização passa a ser
uma PREOCUPAÇÃO CONSTANTE, buscando-se:

• Reduzir a variabilidade e diversidade no processo


produtivo
• Eliminar desperdício (tempo, materiais...)
• Reduzir custos
• Facilitar o controle
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

A administração científica estabeleceu alguns princípios pensando


que pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis da
empresa
Quatro princípios da administração científica de taylor:
1. PRINCÍPIO DO PLANEJAMENTO: substituir no trabalho o critério
individual, empírico-prático do operário, e a improvisação pelos métodos
científicos;

2. PRINCÍPIO DO PREPARO: selecionar operários de acordo com suas


aptidões e treiná-los para produzir mais e melhor, de acordo com o método
planejado. Preparar a mão-de-obra, máquinas, equipamentos, arranjo físico e a
disposição racional de ferramentas e materiais;

3. PRINCÍPIO DO CONTROLE: controlar o trabalho para certificar-se que o


mesmo está sendo executado conforme o planejado;

4. PRINCÍPIO DA EXECUÇÃO: distribuir atribuições e responsabilidades,


para disciplinar a execução do trabalho.
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Henry FORD (1893-1947)


• Seguidor das teorias de Taylor;

• Idealizou a linha de montagem;

• Em 1913 já fabricava 800 carros por dia;

• Em 1926, tinha 88 usinas, empregava 155 mil


pessoas, fabricava 200 mil carros/ano
Críticas à Administração Científica

• Mecanicismo: ênfase nas tarefas sem a preocupação com o


elemento humano. Idealizou-se a organização como um
arranjo de peças, funcionando como uma máquina.

• Superespecialização do operário: na busca da especialização


buscou-se a eficiência. Através subdivisão do trabalho em
tarefas simples alcançou a padronização do desempenho dos
operários. Trabalho tornou-se alienante, não gera satisfação e
viola a dignidade humana.

• Visão microscópica do homem: refere-se ao homem como o


empregado tomado individualmente, ignorando seu lado
humano e social. O homem é um “apêndice” da máquina,
motivado unicamente por salário e incentivos materiais.
Críticas à Administração Científica
• Abordagem incompleta da organização: omitiu-se a
organização informal e os aspectos humanos da organização,
limita-se aos problemas internos da fábrica.

• Limitação do campo de aplicação: a Administração Científica


abordou somente os problemas de produção. A tecnologia
permanecerá inalterada e não devem ocorrer mudanças (tarefas
repetitivas ao longo do tempo).

• Abordagem prescritiva e normativa: receitas antecipadas,


sendo que esse “receituário” é válido para todas as
organizações.

• Abordagem de sistema fechado: a organização funciona no


“vácuo” sem contato com o ambiente externo.
TEORIA CLÁSSICA (Fayol)

• ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA (ênfase na tarefas) - TAYLOR


• TEORIA CLÁSSICA (ênfase na estrutura) – FAYOL

• Henri Fayol (1841-1925), engenheiro francês, foi o fundador


da Teoria Clássica.
TEORIA CLÁSSICA

Enquanto Taylor e outros engenheiros americanos desenvolviam a


chamada Administração Científica nos EUA, em 1916 surgia na
França, a chamada Teoria Clássica da Administração.

Características Administração Científica Teoria Clássica


Ênfase Tarefa realizada pelo Estrutura que a organização deveria
operário possuir para ser eficiente.
Objetivo Eficiência das organizações
Forma de alcançar a Racionalização do trabalho Partia-se de todo o organizacional e
eficiência do operário e no somatório da sua estrutura para garantir
da eficiência individual eficiência a todas as partes
envolvidas (setores, deptos,
pessoas,etc)
TEORIA CLÁSSICA

Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em


seis grupos:
1. Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens e
serviços da empresa;
2. Funções comerciais: relacionadas com a compra, venda e
permutação;
3. Funções financeiras: relacionadas com a procura e gerência de
capital (dinheiro);
4. Funções de segurança: relacionada com a proteção e preservação
dos bens e das pessoas;
5. Funções contábeis: relacionada com os inventários, registros,
balanços, custos e estatísticas;
6. Funções administrativas: relacionadas com a integração de
cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas
sincronizam as demais funções da empresa.
TEORIA CLÁSSICA

• Nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular


o programa de ação geral da empresa, de constituir o seu corpo
social, de coordenar os esforços e de harmonizar os atos. Essas
atribuições constituem a função, designada pelo nome de
Administração.

• Para explicar o que sejam as funções administrativas, Fayol


define o ato de administrar como sendo: prever, organizar,
comandar, coordenar e controlar.
TEORIA CLÁSSICA

Fayol define as funções administrativas ou


as funções do administrador:

 PREVER: visualizar o futuro e traçar o programa de ação;


 ORGANIZAR: constituir o duplo organismo material e social
da empresa;
 COMANDAR: dirigir e orientar o pessoal;
 COORDENAR: ligar, unir, harmonizar todos os atos e
esforços coletivos;
 CONTROLAR: verificar para que tudo ocorra de acordo com
o plano adotado, instruções transmitidas e os princípios
estabelecidos.
TEORIA CLÁSSICA

Estes são os elementos da administração que constituem o


chamado processo administrativo, sendo que, tanto o diretor, o
gerente, o chefe, o supervisor, como o encarregado – cada qual
em seu nível – desempenham essas funções.

Funções Níveis hierárquicos


Administrativas:
- Prever Altos
- Organizar
- Comandar
- Coordenar
- Controlar

Outras funções
não Baixos
administrativas
Princípios gerais da administração (segundo fayol)

 Divisão do trabalho: especialização de tarefas e das pessoas


para aumentar a eficiência;
 Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar
ordens e poder de exigir obediência. Responsabilidade é uma
consequência natural da autoridade. Ambas devem estar
equilibradas entre si;
 Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia,
comportamento e respeito aos acordos estabelecidos;
 Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de
apenas um superior;
 Unidade de direção: um único programa sob responsabilidade
de um único chefe. Ou seja, os esforços que objetivem o
mesmo fim devem ter unidade de ação e coordenação;
 Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais:
os interesses gerais devem sobrepor aos interesses individuais;
Princípios gerais da administração (segundo fayol)

 Remuneração do pessoal: justa para garantir a satisfação dos


empregados e para a organização em termos de retribuição;

 Centralização: concentração da autoridade no topo da hierarquia da


organização;
 Cadeia escalar ou hierarquia: a linha de autoridade vai do escalão
mais alto ao mais baixo. É o princípio do comando;
 Ordem: um lugar para cada coisa e, cada coisa em seu lugar (material e
humana);

 Equidade: justiça para alcançar lealdade do pessoal;


 Estabilidade do pessoal: a rotação de pessoal tem um impacto
negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma
pessoa permanecer num cargo, melhor;
 Iniciativa: liberdade de propor e de executar (deve ser estimulada);
 Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes
forças para organização.
Críticas à Teoria Clássica
 Abordagem simplificada da organização: concebe a
organização apenas em termos lógicos, formais, rígidos e
abstratos, sem considerar o seu conteúdo psicológico e
social.
 Comportamento mecânico: A organização deve ser
arranjada tal como uma máquina: a determinadas ações ou
causas, decorrerão certamente determinados efeitos ou
consequências dentro de alguma correlação razoável.
 Abordagem incompleta da organização: não considera
o comportamento humano dentro da organização;
 Abordagem de sistema fechado: não prevê a
capacidade dos administradores em perceber ou visualizar
tendências, sejam elas, políticas, econômicas, sociais,
estratégicas, etc. Pouco considera a interferência do
ambiente/cenário externo em que ela está inserida e atuando

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