AVC Hemorrágico

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AVC Hemorrágico

O AVC hemorrágico é quando um vaso sanguíneo rebenta, causando um derrame


(hemorragia) no cérebro. A isto se designa de AVC Hemorrágico. Pode ser provocado
por:

 Hemorragia intracerebral: a hemorragia intracerebral é responsável por cerca


de 10% de todos os Acidentes Vasculares Encefalicos (AVEs), e em torno de 35
a 45% dos pacientes morrem no primeiro mês. As taxas de incidência são
particularmente altas em asiáticos e negros. Hipertensão arterial, coagulopatia,
drogas simpaticomiméticas (cocaína, metanfetamina) e angiopatia amiloide
cerebral causam a maioria dessa hemorragias. Idade avançada e consumo
intens de álcool elevam o risco, e o uso de cocaína e metanderamina é uma das
causas mais importantes nos jovens.
 Hemorragia intracerebral hipertensiva: geralmente resulta da
ruptura espontânea de uma pequena artéria penetrante
profunda do cérebro. Os locais mais comuns são os núcleos da
base (em especial o putame), o tálamo, o cerebelo e a ponte.
As artérias pequenas nessas áreas parecem ser mais propensas a
lesão vascular induzida por hipertensão. Quando as hemorragias
ocorrem em outras áreas cerebrais ou em pacientes não
hipertensos, deve-se dar maior consideração a outras causas,
como disturbios hemorrágicos, neoplasias, malformações
vasculares e angiopatia amiloide cerebral. A hemorragia pode
ser pequena, ou um coágulo grande pode formar-se e comprimir
o tecido adjacente, causando herniação e morte. O sangue pode
dissecar até ao espaço ventricular, o que aumenta
substâncialmente a morbidade e pode causar hidrocefalia.
A maioria HICs hipertensivas desenvolve-se inicialmente ao
longo de 30 a 90 minutos, enquanto aquelas associadas com
terapia anticoagulante podem evoluir por até 24 a 48 horas.
Porém, sabe-se agora que cerca de 1/3 dos pacientes mesmo
sem coagulopatia podem ter espansão significativa do
hematoma no primeiro dia. Em 48 horas os macrófagos
começam a fagocitar a hemorragia na sua superficie externa.
Após 1 a 6 meses, a hemorragia em geral terá transformado-se
numa cavidade alaranjada em forma de fenda revestica com
cicatriz glial e macrófagos repletos hemossiderina.

 Hemorragia lobar: O principal déficet neurológico de uma


hemorragia occipital é hemianopsia; de uma hemorragia
temporal esquerda, afasia e delirium; de uma hemorragia
parietal, hemiperda sensorial; e de uma hemorragia frontal,
fraqueza do braço.
As grandes hemorragias podem estar associadas a estupor ou
coma se comprimirem o tálamo ou o mesencéfalo. A maioria dos
pacientes com hemorragias lobares tem cefaleias focais, e mais
de metade apresentam vómitos ou sonolência. Rigidez de nuca e
crise epiléticas são incomus.

 Hemorragia subacnóidea: a hemorragia subacnóide é quando um vaso


sanguíneo na superfície do cérebro sangra para a área entre o cérebro e o
crânio (espaço subacnóide). Isto é, a hemorragia subaracnoidea consiste numa
hemorragia repentina dentro do espaço subaracnoideo compreendido entre a
camada interna (pia-máter) e a camada intermediária (aracnoide) do tecido
que envolve o cérebro (meninges).
A hemorragia subaracnoidea é considerada um acidente vascular cerebral só
quando ocorre espontaneamente, isto é, quando a hemorragia não resulta de
forças externas, tal como um acidente ou de uma queda. A hemorragia
espontânea geralmente resulta de ruptura repentina de um aneurisma em uma
artéria no cérebro. Os aneurismas são dilatações em uma área enfraquecida da
parede de uma artéria. Aneurismas ocorrem tipicamente onde uma artéria se
ramifica. Os aneurismas podem estar presentes no nascimento (congénitos) ou
podem se desenvolver mais tarde, depois de anos de pressão alta enfraquecer
as paredes das artérias. A maioria dos episódios de hemorragia subaracnoidea
espontânea resulta de aneurismas congénitos.

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