Q&A Da Semana - Ícaro de Carvalho
Q&A Da Semana - Ícaro de Carvalho
Q&A Da Semana - Ícaro de Carvalho
01/03 à 05/03
Revistas tipo Playboy tem os mesmos problemas da
pornografia?
Não. E foi por causa disso que gerações utilizaram as "revistinhas” e os
vídeos em fita cassete e não tiveram os problemas que vemos hoje. Nem
mesmo a geração da internet discada tinha essa problema — vocês lembram o
tempo que levava para carregar uma imagem? Você batia uma vendo GIF!
O problema veio à tona com a internet rápida, porque o que gera todos esses
problemas não é a pornografia em si, você pegar uma revista, abrir e ver uma
mulher pelada de quatro, é a relação da troca de tela/vídeo e como o seu corpo
(injetando dopamina) reage a isso.
O que eu fiz?! Mapeei todas as fraquezas e fui (ainda estou, pra falar a
verdade) trabalhando cada uma delas. Um semestre você resolve isso daqui,
no outro outras coisas, vai se planejando...
Não existe nada que mexa mais comigo do que ir em evento de grandes
players do mercado e ver um monte de cara acabado.
Cara que toma Viagra pra comer puta, sendo casado. Conquistaram tudo,
menos o que importa de verdade. Falharam na vida.
Tudo sumiu, do dia pra noite — minha família, escola, amigos, estabilidade.
Ali foi a primeira vez que ouvi que não teríamos dinheiro e que a minha vida não
seria a mesma. Bom, questões financeiras e familiares não importam nesse
story. O ponto aqui é outro:
Eu fui criado por mulheres. Minha mãe, minha avó, minha irmã...não tive
presença paterna — e só descobriria, décadas depois, como isso mexeu com
a minha formação.
Eu nunca fui um desses caras fortes e corajosos, que só foram ficando cada
vez mais fortes, como o Joel Jota ou o Caio Carneiro. Eu era o nerd do nerd do
nerd. O último em tudo. Sou a prova de que é possível mudar — e mudar de
verdade...da água pro vinho...e conquistar tudo.
Qualquer coisa que dependa de uma ação imediata sua, qualquer coisa que
você pode resolver AGORA, é subtraída da sua vida — e dá lugar a um tsunami
infindáveis de abstrações, que não dependem de você, como a questão do
clima ou a morte das tartarugas.
Assim você mantém-se rei no seu reinado da preguiça, sentado no seu trono
que é o sofá.
Um passo de cada vez. Provavelmente você não possui espírito forte sequer
para manter uma rotina de uma oração por dia. Vai se santificar como? Lançar
palavras soltas não funciona.
Torcia para o que entrava e saía da CCJ como quem torce para o seu time de
futebol favorito. Sabia de tudo, buscava o nome do presidente da câmara e do
senado no Google, ia em notícias e filtrava “últimas notícias". Visitava o
Antagonista meia dúzia de vezes por dia.
Para tudo tinha uma resposta. Era sempre o xadrez político. Isso me fazia
sentir melhor. Esfregava aquela sensação de superioridade na minha própria
cara, como quem se lambuza com uma torta boa. Olhava para as pessoas,
num churrasco de amigos ou numa mesa de bar, e pensava: “gado, gado, gado.
Eles não têm ideia do que acontece em Brasília. Por isso o país é assim. Por
isso estamos onde estamos!".
Certo, e quando me olhava no espelho, o que via? Alguém infeliz, cansado,
que dava duro o dia todo e que odiava a própria realidade. Um alcoólatra acima
do peso, movido pela raiva dos que duvidavam dele. Brasília é isso:
combustível e ópio para infelizes, derrotados e insatisfeitos. Fuga da
realidade, do mesmo jeito que o videogame, a pornografia e as grandes
teorias da conspiração.
Não existe um “corpo ideal", existe um PONTO no seu corpo (no corpo de
qualquer mulher), onde, se você atingir, passará a ser considerada "gostosa"
por todos os homens e será, automaticamente, desejada.
Claro que há exceções, mas 98% dos homens funcionam assim.
Não me importo com os pais de pet, com suas calculadoras, tentando provar
“que é melhor não pagar isso tudo e guardar". Quando você tem diversas
crianças sob o seu teto, nem quer perder tempo com essas continhas — ainda
mais tendo condições.
Estamos todos a uma meningite da ruína financeira.
Você só ouve uma pancada na sua porta. Uma segunda. Ouve, do outro lado,
alguém gritando altíssimo: “SE NÃO ABRIR A PORTA AGORA EU VOU
ARROMBAR E TE MATAR. ABRE QUE É MELHOR".
A sua porta nem reforço tem. Você não fazia ideia até agora que existem
portas blindadas à venda. E aí? O que você faz? Abre ou não? Você consegue
imaginar como estaria se sentindo? Você consegue imaginar como estaria o
seu coração? Iria pegar uma faca? Pra ser morta pela própria faca? Agora
imagine que você tem uma criança no quarto. Duas crianças. Três crianças.
Um homem de verdade, que ama a sua esposa e a sua família, quererá uma
arma depois desse post. Não existe mais nada que eu possa falar ou fazer. É
isso. No meu mundo ideal, 100% das mulheres de bem dormiriam com uma
arma carregada em suas casas.
Ou você acha mesmo que é com a sua smart fitzinha, sua garrafinha de 400 ml
d'água e sua toalhinha que você chegará lá? Se o governador te para, você
ainda nem começou. Ainda está brincando.
Essa era a casa da minha sogra. Quando o Matteo nasceu eu tinha só alguns
tostões na minha conta. A Anna ficava aqui, enquanto eu virava as noites
trabalhando na nossa casa. Ela era tão pequena que não cabia um berço no
quarto.
A bandeirinha dele, que foi dada pela minha sogra, ficava dentro do box do
chuveiro — junto com a máquina de lavar. Eu tinha que forrar a máquina com
uma capa plástica para que a água não estragasse ela.
Confiamos antes de ver. Nós abrimos à vida antes de ter — e esse é o maior
orgulho da minha vida. Nada se compara a esse passo no escuro, que demos.
Ainda que esteja recheado de erros e pecados, poderei, em minha humilde e
insuficiente defesa, dizer: “Senhor, eu cri antes de ver”.
Fuja de qualquer pessoa que fale que fará milhões, que será rico, que terá isso
e aquilo, mas que não esteja trabalhando sete dias por semana. Que ainda não
tenha feito nada. Que você não veja varando as madrugadas estudando.
Sabe por que é melhor acreditar no trabalho? Porque você não pode mentir.
Ninguém finge ser trabalhador, ou se trabalha a olhos vistos ou não.
E eu digo metade porque pode ser que você tenha imóveis e outros ativos de
maior valor por aqui. Mas o ideal é que pelo menos uns 70% estejam em dólar.
O "um” é o número mais poderoso de todos. É mais fácil você enriquecer com
um bom negócio do que com três.
Você escreverá melhor e entenderá mais se focar num único bicho que em
seis. Você tem muito mais chances de enriquecer se focar num único é ótimo
cliente que em seis...
Por que? Porque o um te liberta. A pior coisa, para o prestador de serviço, é
ficar trocando de cliente em cliente ao longo do dia. De manhã você está
pensando em problemas para uma padaria, à tarde para uma nutricionista, à
noite para um escritório de investimentos.
Como é que esses caras todos enriqueceram? Esses que são os mais ricos
do mundo? Dando tudo que tinham, cada minuto do dia, ao seu único
negócio. Jobs não trabalhava na Apple de manhã e em outra empresa à tarde.
Bill Gates não trabalhava na Microsoft às segundas, quartas e sextas.
Meu trabalho me proprocionou tudo. Nem precisaria mais trabalhar, pra falar a
verdade. Não precisaria mais fazer uma única coisa que não quisesse até o fim
da minha vida.
Poderia estar em um resort agora, poderia andar nesses carros caros e
conversíveis e morar em qualquer lugar da América ou da Europa. O ponto é:
Deus não me deu tudo isso para me ver passar o resto dos meus dias
fazendo o que eu quisesse. Se fosse para isso, tenho certeza que ele teria
me deixado no buraco que me encontrou.
Liberdade geográfica, morar onde você quer morar, é para o adolescente
espiritual. Eu já fui esse menino e todos os dias eu achava que só seria feliz
quando morasse onde quisesse e do jeito que quisesse. Mas o ponto não é
esse.
O ponto é: o que Deus espera de mim? O que ele quer que eu faça? Onde ele
quer que eu esteja? Sendo apostolado e exemplo para quem?
Atualmente, acreditamos que Deus nos quer aqui no Brasil, fazendo o que
estamos fazendo, tanto para os alunos quanto para a paróquia. O ponto alto da
vida de todo Católico é repetir a frase de São João Batista: “é necessário que
ele cresça e eu diminua”.
Daí beleza. Esse mesmo menino conquista tudo, sentado numa cadeira de
computador. Um menino gordo, nerd, com óculos de acetato preto fosco, todo
frágil, que caminhava com os pés abertos que nem um pato, vira e diz pras
mesmas pessoas: “acordei. Sou um fraco. Sou uma vergonha pra minha
família, fisicamente. Vou treinar como um atleta. Vou atirar e pegar duas
faixas pretas — e vou fazer isso sem parar de ganhar dinheiro e tocar a
empresa”.
Entende que não é um “vou pra academia pra perder a barriga"? Nunca é.
Porque eu não sei ser assim. O que as mesmas pessoas fizeram? Duvidaram.
E vão errar de novo.
Você se sentirá mal. Ponto. Esse é o mundo real: fazer cagadas e arcar com
elas.
Anote isso no espelho do seu banheiro: o dia que um erro desse tamanho não
pesar, você cometerá de novo.
Uma das maiores perversões dos dias de hoje é a inversão “pobre vive
tranquilo, sem dores de cabeça. Olhe, são todos felizes! Ricos é que se
preocupam!”.
Quando você não tem problemas financeiros tudo fica muito mais fácil. O
simples fato de você poder parar um dia duro de trabalho e comer o que
quiser, sem olhar o preço, já é um milagre.
Agora, você pode ser esse mesmo cara, com esse mesmo um metro e meio,
só que muito forte. O simples fato de você ser baixo te beneficiará muito no
ganho e na definição muscular. Você ganha força, massa e só isso já te fará
parecer mais alto. Daí você começa a lutar e se sente ainda mais confiante. Vá
para um clube de tiro e encha seu perfil com essas fotos. Repita vinte vezes
por dia o que você será — porque é pela repetição que você se torna.
Eu li tudo que ela mandou. Algumas horas depois, ela apagou tudo. Fingiu que
nunca havia mandado as mensagens. Aquela frase foi um dos gatilhos para eu
começar a mudar. Veja bem, eu poderia:
Ter usado como gatilho, reconhecer que parte daquilo era verdade, e
reformar a mim mesmo.
Situação resolvida.
Do pai infiel: daquela figura masculina que trata a mulher com desprezo,
que está sempre com amantes ou prostitutas.
Fazer pouco caso — e até PIADA — delas. São uns imbecis, que só contribuem
para que nos tornemos ainda mais caricaturas dos nossos próprios
preconceitos.
Elas são vítimas e não agressoras. Não são inimigas, são meninas em busca
de carinho e aceitação.
Uma geração de meninas, criadas por bons pais, caras simples e sem
faculdade, mas que já tinham casa própria e carro na garagem aos trinta,
afastou esse modelo de homem em busca do “acadêmico/ intelectual formado”.
Homens simples, brutos e fortes, mas de bom coração, foram abandonados em
troca dos espetinhos, das conversas de bar sobre economia e espiritualidade,
mas que aos trinta ainda moravam com a mãe.
Quantas de vocês não descobriram que ficariam com aquele cara depois da
primeira pegada firme na cintura?
Quantas não se sentem aquecer quando, numa rua escura ou num lugar
esquisito, o marido puxa para perto? Ou quando, numa confusão, ele se põe
na frente?
Quando, ao ouvir um barulho estranho do lado de fora, ele vai e te deixa no
quarto, morrendo de medo — daí, quando ele volta e diz que não é nada,
aquele bicho feio tá parecendo o Brad Pitt?
Ela cuida da casa e das crianças — que são as coisas mais importantes.
Queria ter esse gás de trabalhar igual você fez, mas sou mãe
de dois. Queria ser duas
Se eu fosse mãe de dois jamais teria esse gás. Não teria feito dez por cento
do que fiz.
Só cheguei até aqui porque tenho uma mulher que cria os meus filhos e
mantém a minha casa funcionando.
Meu trabalho só funciona porque o trabalho dela funciona.