Fatima Nee

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA

Licenciatura em Ensino Básico - EaD

Teste Especial 2 de Necessidade Educativas Especiais. a.a. 2019

Nome: Fátima Mafai Magul

Matrícula: 10.05114. 2018

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BLOCO1: IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO

Nome: Arsénio Carlos Idade: 6 anos


Classe: 1ª Número de reprovações: 0
Tipo de NEE: Timidez Infantil Origem: Congénita

Características da criança
Esta criança é muito introvertida e reservada, teme falar, raras vezes abre-se para a realização das
actividades propostas pelo professor. Quando ela é insistida pelos seus colegas durante as
brincadeiras nalgum momento acaba chorando.
Esta criança possui baixo aproveitamento porque para além de ser discriminada ou ignorada
pelos seus colegas ela sente-se insegura consigo mesma interferindo no seu sucesso escolar.
Apesar de tanta timidez quando ela é sensibilizada e abre se um pouco ela consegue tirar o
máximo proveito da aprendizagem sendo este um ponto forte desta criança, entretanto ela precisa
de muito apoio psicopedagógico.
O professor valoriza as pequenas evoluções da criança. Sempre que ela fizer um novo amigo,
cumprimentar alguém ou emitir outros comportamentos que são novos para ela, é elogiada.
Presta atenção mesmo aos pequenos esforços dela o que lhe ajuda a perceber que mudar sua
atitude é algo positivo e que seu empenho é reconhecido. O professor reconhece também suas
conquistas do que criticar um comportamento.

BLOCO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Timidez infantil

De acordo com CALDAS (2005:87), a timidez pode ser definida como a tendência para evitar
interacções sociais, devido ao receio de ser avaliado negativamente por parte dos outros.

Para VALENTE (2014), a timidez é o desconforto e a inibição em situações de interacção


pessoal que interferem na realização dos objectivos pessoais e profissionais de quem a sofre.

Para, além disso, as pessoas tímidas possuem mais dificuldade em conhecer pessoas novas e
fazer amizades. Para ACAMPORA (2016), o que se pressupõe é que mantenham mais vezes
isoladas do que as outras crianças

No meu ponto de vista a timidez infantil incide sobre as competências sociais e comunicacionais,
nomeadamente, na dificuldade de falar com clareza e comunicar com eficácia.

2.1.Características da timidez infantil

Na continuação ACAMPORA (2016), caracteriza a timidez em três acontecimentos interiores


que ocorrem concomitantemente discriminados a seguir: O primeiro é a predisposição para sentir
medo em algumas circunstâncias sociais. O segundo é a intensa consciência de ter medo, onde a
pessoa não consegue se libertar do pensamento referente as mudanças fisiológicas que estão
acontecendo como também não consegue se livrar de sua condição emocional. Sendo o terceiro
factor a experiência referente embaraço ou vergonha diante do acontecido.

CABALLO (2015), apresentam algumas manifestações de crianças tímidas a saber:

i) Défice ou carência de comportamentos de interacção com pares e adultos. Normalmente a


timidez está associada à pouca habilidade social que esses indivíduos possuem. Assim, constata-
se excesso de sentimentos como a apatia, passividade, indecisão, insegurança, lentidão,
submissão, indiferença, entre outros;

ii) Comportamentos de ansiedade, medo, pensamentos negativos perante situações interpessoais


e que impliquem avaliação;

iii) Problemas referentes ao conceito de si mesmo (podendo apresentar baixa auto-estima,


autoavaliação negativas, sentimentos de inferioridade, tristeza e auto percepção negativa da
própria competência social) e à afectividade.

Tipos de timidez infantil

De acordo com CABALLO (2015), existem três tipos de timidez:

a)Timidez situacional: a inibição se manifesta em ocasiões específicas, e portanto o prejuízo é


localizado.

Um exemplo que se verifica nos centros infantis é: a criança interage bem com a educadora e
pessoas do sexo oposto, mas sente vergonha de falar num grupo de seus colegas;

b)Timidez crónica: a inibição se manifesta em todas as formas de convívio social. A pessoa não
consegue fazer amigos e falar com estranhos, intimida-se diante a educadora, tem medo de falar
em no grupo etc.

c)Timidez proposital: um termo que designa a misantropia. Neste caso a timidez vira um
“Sociopatismo enrustido”. Seria um radicalismo na timidez, isolação social é pouco. Um tímido
legítimo tem vergonha de si mesmo, um misantropo tem vergonha da sociedade e por isso não se
socializa. Alguns misantropos querem ser antissociáveis.

Um exemplo deste tipo de timidez é: uma criança que não é tímida com pessoas que são
conhecidas por ela, mas em situações de novas ela não se socializa com ninguém.
Consequências da timidez infantil
Segundo AXIA (2003), existe uma série de consequências negativas associadas à timidez. As
crianças tímidas têm geralmente mais dificuldade em fazer e em manter amizades porque
carecem de habilidades sociais, o que contribui para se tornarem mais solitárias.

As dificuldades de se defenderem são outra consequência negativa, na medida em que os outros


por vezes abusam delas. A timidez é também frequentemente interpretada pelas outras crianças
como sinal de indiferença e desinteresse, o que contribui para que estas crianças sejam ignoradas
ou excluídas. Como elas têm dificuldade em expressar as suas emoções, por vezes procuram
escondê-las, com tudo o que de negativo daí advém.

BLOCO C: PROPOSTA DE INTERVENÇÃO


Olhando para a diversidade de factores ligados a timidez vê-se a necessidade de os educadores
trabalharem no sentido de superar este fenómeno, no sentido de levar a criança a ver por si
mesma a necessidade de mudar a situação e por conseguinte melhorar ar a sua aprendizagem na
pré-escola.

O educador pode desenvolver várias estratégias para a superação da timidez infantil como:

 Não forçar a criança a fazer actividades nas quais ela não se sinta bem. Os
educadores podem pensar que expor a criança a uma actividade que ela não goste irá
ensiná-la a lidar com a situação, mas, na maioria das vezes, o efeito é exactamente o
contrário.
 Incentivar a criança a participar de exercícios em pequenos grupos. Aqui o educador
deve começar com um número menor de colegas para ajudar a criança.
 Estimular novas brincadeiras com os colegas. O educador deve dar possibilidades para
que a criança possa se arriscar um pouco e tentar coisas novas.
 Valorizar as pequenas conquistas e os esforços da criança.
BLOCO D: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACAMPORA, Beatriz: Revista Psique: Auto-estima, Edição nº 127, São Paulo 2016

AMARO, Deigles G: Psicologia e Educação: Educação Inclusiva, Aprendizagem e Quotidiano


Escolar.1° Ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006

AXIA, G. A Timidez: Um dote precioso do património genético humano. 3. Ed. São Paulo:
Loyola, 2003.

CABALLO, Vicente: Manual de psicologia clínica infantil e do adolescente: transtornos


específicos. 1 ed. Reimpr. São Paulo: Santos, 2015.

CALDAS, C.F.A. Monografia: Auto Estima e Timidez Infantil. Brasília/DF, 2005.

VALENTE, R. F. Monografia: O jogo e a timidez em crianças em idade pré-escolar. Faro,


2014.

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