Asperger Na Escola
Asperger Na Escola
Asperger Na Escola
Baseado no Guia Para Professores de Karen Willian o foco em comportamento autista, Vol. 10, No. 2,
o artigo disponibiliza 07 CARACTERSTICAS Asperger seguidas de sugestes e estratgias de sala de
aula para lidar com esses sintomas.
So exemplos de experiencia e intervenes em sala de aula ilustradas da propria Karen Willian durante
suas experincias de ensino (na'Universidade de "Michigan Medical Center Child and Adolescent
Psychiatric Hospital School").
4- Concentrao fraca
Crianas com SA so freqentemente desligadas, distradas por estmulos
internos; so muito desorganizados; tem dificuldade para sustentar o foco nas
atividades de sala de aula (freqentemente a ateno no fraca, mas seu foco
diferente; os indivduos com SA no conseguem filtrar o que relevante
[Happe, 1991], de modo que sua ateno focada em estmulos irrelevantes);
tendncia a mergulhar num complexo mundo interno de uma maneira mais
intensa que o tpico sonhar acordado e tem dificuldade para aprender em
situaes de grupo.
Sugestes
Uma tremenda quantidade de estrutura externa precisa ser arregimentada
se se espera que a criana com SA seja produtiva em sala de aula. Contedos
devem ser divididos em pequenas unidades e o professor deve oferecer
freqentes feedbacks e redirecionamentos;
Crianas com problemas severos de concentrao se beneficiam de sesses
de trabalho com tempo definido. Isso as ajuda a se organizar. Trabalho de
classe que no seja completado no tempo limite (ou feito sem cuidado dentro
do tempo limite) deve ser completado no tempo particular da criana (isto ,
durante o recreio ou durante o tempo usado para seus interesses especiais).
Crianas com SA podem s vezes empacar; eles precisam de convico e
programa estruturado que os ensine que agir conforme as regras leva a
reforo positivo (esse tipo de programa motiva a criana SA a ser produtiva,
aumentando a auto-estima e diminuindo o nvel de stress, porque a criana
v a si prpria como competente); No caso de estudantes de ensino regular,
fraca concentrao, baixa velocidade e desorganizao severa podem tornar
necessrio diminuir sua carga de tarefas de casa/classe e/ou arranjar tempo
numa sala de recuperao onde um professor especial possa dar-lhe a
estrutura adicional que precisa para completar as tarefas de classe e casa
(algumas crianas com AS so to inbeis para se concentrar que isso gera
stress indevido nos pais, por esperar-se que eles gastem horas toda noite
tentando fazer a lio de casa com seu filho);
Sentar a criana com SA na frente da classe e fazer-lhe freqentes perguntas
diretas, para ajud-lo a prestar ateno lio;
Trabalhar uma sinalizao no-verbal com a criana (por exemplo, um gentil
toque no ombro) quando no estiver atenta;
Se o sistema amigo for usado, sentar o amigo junto a ele, de modo que
este possa lembr-lo a voltar tarefa ou prestar ateno lio;
O professor precisa encorajar ativamente a criana com SA a deixar suas
idias e fantasias para trs e se focar no mundo real. Isso uma batalha
constante, uma vez que o conforto desse mundo interior tido como muito
mais atraente que qualquer coisa na vida real. Para crianas pequenas, at
mesmo jogos livres precisam ser estruturados, porque eles podem entrar
num mundo solitrio, e jogos ritualizados de fantasia podem lev-los a
perder contato com a realidade. Encorajando a criana com SA a brincar
com uma ou duas outras crianas, com superviso, no somente estrutura os
jogos como oferece a oportunidade de praticar habilidades sociais.
Sugestes
Encaminhar a criana com SA para um programa de educao fsica
adaptado, se os problemas motores grossos forem severos;
Envolver a criana com SA num currculo de sade e forma fsica, ao invs de
em esportes competitivos;
No empurrar a criana a participar em esportes competitivos, uma vez que
sua fraca coordenao motora s pode levar a frustrao e rejeio dos
membros do time. criana com SA falta a compreenso social da
coordenao das aes de cada um sobre os outros do time;
Crianas com SA podem precisar de um programa altamente individualizado
que imponha traar e copiar no papel, acoplado com padres motores no
quadro negro. O professor guia a mo da criana repetidamente, formando
as letras e conexes das letras e tambm usa a descrio verbal. Uma vez que
a criana guarde a descrio na memria, ela pode falar para si prpria
enquanto forma as letras, independentemente;
Crianas pequenas com SA se beneficiam com linhas guia, que os ajudam a
controlar o tamanho e uniformidade das letras que escrevem. Isso tambm
as fora a usar o tempo para escrever com ateno;
Quando aplicando tarefas com tempo definido, certificar-se que a menor
velocidade de escrita da criana esteja sendo levada em conta; Indivduos
com SA podem precisar de mais tempo que seus colegas para completar as
provas (fazer as provas na sala de apoio no somente oferece mais tempo
mas tambm fornece a estrutura adicional e o redirecionamento do
professor que essas crianas precisam para se focar na tarefa em mos).
6- Dificuldades acadmicas
Crianas com SA usualmente tem inteligncia mdia ou acima da mdia
(especialmente na esfera verbal) mas falham em pensamentos de alto nvel e
habilidades de compreenso. Tendem a ser muito literais: suas imagens so
concretas, a abstrao pobre. Seu estilo pedante de falar e impressionante
vocabulrio do a falsa impresso de que entendem daquilo que esto falando,
quando em verdade esto meramente papagueando o que leram ou ouviram. A
criana com SA freqentemente tem excelente memria, mas isso de natureza
mecnica, ou seja, a criana pode responder como um vdeo que toca em
seqncia. As habilidades de soluo de problemas so fracas.
Sugestes
Providenciar um programa acadmico altamente individualizado,
estruturado de forma a oferecer sucessos consistentes. A criana com SA
precisa de grande motivao para no seguir seus prprios impulsos.
Aprender precisa ser gratificante e no um motivo de ansiedade;
No assumir que a criana com AS aprendeu alguma coisa s porque ela
papagueou o que ouviu;
Oferecer explicao adicional e tentar simplificar quando os conceitos
da lio so abstratos;
Capitalizar sua memria excepcional: reter informaes fatuais
freqentemente seu forte;
Nuances emocionais, mltiplos nveis de significado e relacionamentos,
como os presentes em livros de romance, sero freqentemente no
compreendidos;
As colocaes escritas de indivduos com SA so freqentemente repetitivas,
fogem de um objeto para outro e contm incorretas conotaes para as
palavras. Essas crianas freqentemente no sabem a diferena entre
conhecimento geral e idias pessoais e, ento, assumem que o professor ir
entender suas expresses s vezes sem sentido;
Crianas com SA freqentemente tem excelentes habilidades de
reconhecimento de leitura, mas a compreenso da linguagem fraca.
Cautela ao assumir que entenderam aquilo que leram com tanta fluncia;
O trabalho acadmico pode ser de baixa qualidade porque a criana com SA
no motivada a aplicar esforo em reas nas quais no se interessa.
Expectativas muito firmes devem ser levantadas sobre a qualidade do
trabalho produzido. O trabalho executado dentro do tempo previsto deve ser
no somente completo, mas feito com cuidado. A criana com SA deve
corrigir tarefas de classe mal feitas durante o recreio ou durante o tempo que
normalmente usa para seus interesses particulares.
7- Vulnerabilidade emocional
Crianas com Sndrome de Asperger tem a inteligncia para cursar o ensino
regular, mas elas freqentemente no tem a estrutura emocional para
enfrentar as exigncias de sala de aula. Essas crianas so facilmente
estressadas devido sua inflexibilidade. A auto-estima pequena, e eles
freqentemente so muito autocrticos e inbeis para tolerar erros.
Indivduos com AS, especialmente adolescentes, podem ser inclinados
depresso ( documentada uma alta percentagem de adultos AS com
depresso). Reaes de raiva so comuns em resposta a stress/frustrao.
Crianas com AS raramente relaxam e so facilmente acabrunhados quando
as coisas no so como sua forma rgida diz que devem ser. Interagir com
pessoas e copiar as demandas do dia-a-dia lhes exige um esforo hercleo.
Sugestes:
Prevenir exploses oferecendo um alto nvel de consistncia. Preparar a
criana para mudanas na rotina diria, para diminuir o stress (veja a sesso
Resistncia a Mudanas). Crianas com AS freqentemente se tornam
amedrontadas, raivosas e inquietas em face a mudanas foradas ou no
esperadas;
Ensinar criana como lidar quando o stress a sobrecarrega, para prevenir
exploses. Ajudar a criana a escrever uma lista de passos bem concretos que
possam ser seguidos quando estiver confusa (por exemplo, 1 - respirar fundo
trs vezes; 2- contar os dedos de sua mo direita lentamente, trs vezes; 3-
pedir para ver o pedagogo, etc.). Incluir na lista um comportamento
ritualizado que a criana ache reconfortante na lista. Escrever esses passos
num carto que v no bolso da criana de modo que sempre esteja disponvel
para ler;
Efeitos refletidos na voz do professor devem ser reduzidos ao mnimo. Seja
calmo, previsvel, e senhor dos fatos nas interaes com crianas com AS,
enquanto claramente indique compreenso e pacincia. Hans Asperger
(1991), o psiquiatra que deu seu nome sndrome, notou que o professor
que no entende que necessrio ensinar s crianas [com SA] coisas bvias
se sentir impaciente e irritado (pg.57). No espere que a criana com SA
reconhea que est triste/deprimida. Da mesma forma que no percebem os
sentimentos dos outros, essas crianas podem ser tambm inconscientes de
seus prprios sentimentos. Elas freqentemente cobrem sua depresso e
negam seus sintomas;
Professores devem estar alertas para mudanas no comportamento que
possam indicar depresso, como nveis excepcionais de desorganizao,
apatia ou isolamento; limiar de stress diminudo; fadiga crnica; choro;
anotaes suicidas, etc. No aceitar a afirmao da criana, nesses casos, de
que est OK;
Informe sintomas para o terapeuta da criana ou faa um exame de sade
mental, de modo que a criana possa ser avaliada quanto a depresso e
receba tratamento, se necessrio. Devido a essas crianas no serem capazes
de perceber suas prprias emoes e no poderem procurar conforto com os
outros, crtico que depresso seja diagnosticada rapidamente;
Esteja consciente que adolescentes com SA so especialmente sujeitos a
depresso. Habilidades sociais so altamente valiosas na adolescncia e o
estudante com SA diferente e tem dificuldades para formar
relacionamentos normais. O trabalho acadmico freqentemente se torna
mais abstrato e o adolescente com SA encontra tarefas mais difceis e
complexas. Em um caso, o professor notou que um adolescente com SA
parou de reclamar das tarefas de matemtica e ento acreditou que ele
estava copiando muito melhor. Na realidade, sua subsequente organizao e
produtividade decaiu em matemtica. Ele escapou para seu mundo interior
para esquecer de matemtica, e ento simplesmente parou de copiar;
crtico que adolescentes com SA que estejam no ensino regular tenham um
membro do staff de suporte com quem possam fazer uma checagem pelo
menos uma vez por dia. Essa pessoa pode ver como ele est copiando as
aulas diariamente e encaminhar observaes para os outros professores;
Crianas com SA precisam receber assistncia acadmica assim que
dificuldades numa rea em particular sejam notadas. Essas crianas so
rapidamente sobrecarregadas e reagem muito mais severamente a falhas que
outras crianas;
Crianas com SA que sejam muito frgeis emocionalmente podem precisar
ser colocadas numa sala de aula altamente estruturada de educao especial
que possa oferecer programa acadmico individualizado. Essas crianas
precisam de um ambiente no qual possam ver a si prprias como
competentes e produtivas. Nesses casos, coloc-las no ensino regular, onde
no podem absorver conceitos ou completar tarefas, serve somente para
diminuir sua auto-estima, aumentar seu afastamento e coloc-las em estado
de depresso. (Em algumas situaes, uma tutora particular pode
ser melhor para a criana com SA que educao especial. A tutora oferece
suporte afetivo, estruturado e realimentao consistente).
Crianas com a sndrome de Asperger so to facilmente sobrecarregadas
pelas presses do ambiente, e tem to profunda diferena na habilidade de
formar relaes interpessoais, que no de se surpreender que causem a
impresso de frgil vulnerabilidade e infantilidade pattica (Wing, 1981,
pg. 117). Everard (1976) escreveu que quando esses jovens so comparados
aos colegas sem problemas instantaneamente se nota como so diferentes e
que enormes esforos tem de fazer para viver num mundo onde no se fazem
concesses e onde se esperam que sejam conformes (pg.2).
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American Psychiatric Association (1994 Manual Diagnstico e Estatstico de Transtornos Mentais (4 ed)
Washington, DC:.... Autor
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Everard, MP (1976, Julho) jovens .Mildly autistas e seus problemas. Trabalho apresentado no Simpsio
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Happe, FGE (1991). Os escritos autobiogrficos de trs sndrome de Asperger adultos: problemas de
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Sacks, O. (1993, 27 de dezembro). Um antroplogo em Marte. The New Yorker, 106- 125.
Asa, L. (1981). A sndrome de Asperger: uma conta de clnica. Psychological Medicine 11, 115-129.
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