1) Professores de Administração do IFCE estão reivindicando que as disciplinas de empreendedorismo sejam vinculadas ao seu perfil docente, para que possam ministrá-las adequadamente.
2) Um conselho de classe do IFCE emitiu entendimento de que economistas têm formação para ensinar empreendedorismo considerando apenas aspectos econômicos.
3) O grupo solicita ao CRA emissão de entendimento que resguarde a atuação dos administradores no ensino do empreendedorismo no IFCE, com base em normas do M
1) Professores de Administração do IFCE estão reivindicando que as disciplinas de empreendedorismo sejam vinculadas ao seu perfil docente, para que possam ministrá-las adequadamente.
2) Um conselho de classe do IFCE emitiu entendimento de que economistas têm formação para ensinar empreendedorismo considerando apenas aspectos econômicos.
3) O grupo solicita ao CRA emissão de entendimento que resguarde a atuação dos administradores no ensino do empreendedorismo no IFCE, com base em normas do M
Descrição original:
Sobre atuação DOCENTE na Educação em Empreendedorismo.
1) Professores de Administração do IFCE estão reivindicando que as disciplinas de empreendedorismo sejam vinculadas ao seu perfil docente, para que possam ministrá-las adequadamente.
2) Um conselho de classe do IFCE emitiu entendimento de que economistas têm formação para ensinar empreendedorismo considerando apenas aspectos econômicos.
3) O grupo solicita ao CRA emissão de entendimento que resguarde a atuação dos administradores no ensino do empreendedorismo no IFCE, com base em normas do M
1) Professores de Administração do IFCE estão reivindicando que as disciplinas de empreendedorismo sejam vinculadas ao seu perfil docente, para que possam ministrá-las adequadamente.
2) Um conselho de classe do IFCE emitiu entendimento de que economistas têm formação para ensinar empreendedorismo considerando apenas aspectos econômicos.
3) O grupo solicita ao CRA emissão de entendimento que resguarde a atuação dos administradores no ensino do empreendedorismo no IFCE, com base em normas do M
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Ofício 1/2021
Fortaleza-CE, 20 de abril de 2021.
Ao Sr. Leonardo José Macedo Presidente do Conselho Regional de Administração do Ceará (CRA-CE)
Prezado Presidente
Sou representante de um grupo de 40 Professores no IFCE com formação
(Graduação) em Administração e Administração de Empresas. Infelizmente, no tocante ao ENSINO, os professores de Administração do IFCE, vem sofrendo precarizações sucessivas por não ter assegurado que as disciplinas (Ensino) de EMPREENDEDORISMO estejam vinculadas a esse Perfil Docente no IFCE. Nesse contexto de precarização, em casos concretos no IFCE, nos deparamos com Professores de outras áreas (Pedagogia, Agronomia, Economia, Geografia, Eng. de Produção, Eng. Eletricista, Eng. Mecânica, Informática, etc) que ministram (indevidamente e sem formação) disciplinas de Gestão e de Empreendedorismo. O IFCE, neste momento, está revisando vários Perfis Docentes que irão determinar a formação exigida em concurso público de Professores. Nesse sentido, Professores das Ciências Econômicas, Ciências Contábeis e Eng. de Produção estão reivindicando ter formação (graduação) para ministrar as disciplinas de empreendedorismo (Educação em Empreendedorismo) de forma a precarizar oficialmente a atuação dos professores de Administração.
No dia 14/04/2021, um dos conselhos de classe, emitiu um entendimento que
Economistas têm formação plena para atuar no ensino de Empreendedorismo, considerando apenas os aspectos econômicos. Nesse sentido, solicitamos ao CRA a emissão de um entendimento que resguarde a atuação/formação dos Administradores no ENSINO do IFCE. Em anexo, segue fundamentação/argumentos que podem ser utilizados como modelo para tal entendimento do CRA. Venho mui respeitosamente, encaminhar Fundamentação de normas do IFCE, MEC e teórica (Epistemológica) do Ensino em Empreendedorismo. Nota Técnica da PROEN/IFCE 001/2013, de 10 de outubro de 2013, no que diz que “a harmonia entre especialidades e habilitações de cada subárea, é fundamentalmente padronizada a partir da graduação do docente, e que será a formação inicial exigida no concurso para Professor EBTT, e que determina o conteúdo programático a ser cobrado em banca de concurso.” https://gestao.ifce.edu.br/issues/1710 RESOLUÇÃO CONSUP/IFCE N° 063, de 28 de maio de 2018, que define as atividades de Ensino no IFCE: “Art. 7º São consideras atividades de ensino no âmbito desta Resolução de carga horária docente do IFCE (...): I - aulas nos cursos FIC (ver § 4º, deste artigo), técnico, especialização técnica, graduação e na Pós- graduação; II - atividades de manutenção do ensino; III - atividades de apoio ao ensino; IV - atividades de orientação a discente; V -atividades de ensino extracurricular.” https://ifce.edu.br/proen/arquivo/resolucao-no63-de-28-de-maio-de-2018.pdf RESOLUÇÃO CNE/CES No 4, de 13 de julho de 2005, quando descrevem que a formação dos profissionais Graduados em Administração, devem: Art. 3º O Curso de Graduação em Administração deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e econômicas da produção e de seu gerenciamento, observados níveis graduais do processo de tomada de decisão, bem como para desenvolver gerenciamento qualitativo e adequado, revelando a assimilação de novas informações e apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do administrador. Art. 4º O Curso de Graduação em Administração deve possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades: I - reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão; II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais; III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento; IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional; VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável; VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; e VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais. Art. 5º Os cursos de graduação em Administração deverão contemplar, em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular, conteúdos que revelem inter-relações com a realidade nacional e internacional, segundo uma perspectiva histórica e contextualizada de sua aplicabilidade no âmbito das organizações e do meio através da utilização de tecnologias inovadoras e que atendam aos seguintes campos interligados de formação: I - Conteúdos de Formação Básica: relacionados com estudos antropológicos, sociológicos, filosóficos, psicológicos, ético-profissionais, políticos, comportamentais, econômicos e contábeis, bem como os relacionados com as tecnologias da comunicação e da informação e das ciências jurídicas; II - Conteúdos de Formação Profissional: relacionados com as áreas específicas, envolvendo teorias da administração e das organizações e a administração de recursos humanos, mercado e marketing, materiais, produção e logística, financeira e orçamentária, sistemas de informações, planejamento estratégico e serviços; III - Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias: abrangendo pesquisa operacional, teoria dos jogos, modelos matemáticos e estatísticos e aplicação de tecnologias que contribuam para a definição e utilização de estratégias e procedimentos inerentes à administração; e IV - Conteúdos de Formação Complementar: estudos opcionais de caráter transversal e interdisciplinar para o enriquecimento do perfil do formando. http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces004_05.pdf PARECER CNE/CES Nº: 438/2020, de 10 de julho de 2020, sobre o perfil docente na Administração: O docente que irá ministrar aulas para esse aluno deverá ter um novo perfil. Além da profundidade de conhecimento técnico, esse profissional de Ensino deve ter alto nível de letramento digital, ser capaz de aprender a aprender novas competências técnicas em ambientes digitais, para poder orientar e ajudar os alunos usando a mesma linguagem que estes utilizam - a linguagem digital. Uma vez que o mercado exige que profissionais formados nas instituições de ensino sejam imediatamente capazes de aplicar o que aprenderam, o professor deve ter experiência prática suficiente para poder ajudar o aluno a aplicar conceito em atividades práticas que simulem eventos reais dentro de empresas. Posto que grande parte dos trabalhos relacionados à Administração no futuro estarão ligados a meios digitais, inteligência artificial e robôs, bem como de mão de obra alocada em outras culturas e fusos horários, é de fundamental importância que o professor prepare os alunos para assimilar as particularidades de lidar com esse nível de desafio. Um dos pontos principais é a cooperação em grupos, portanto, entender a nova dinâmica de liderança em um contexto como este é mister, e deve ser ensinada através de técnicas que ajudem o grupo a ser produtivo, apesar das barreiras. Isso implica que o professor deverá dominar essas técnicas e aplicá-las no momento apropriado. O perfil desse novo professor é de líder criativo. Na Liderança Criativa, a matéria fundamental são as pessoas, e não o objeto final, portanto, essa liderança do professor é semelhante à de um diretor de teatro, que incentiva e dá suporte ao processo criativo, indica as condições de restrição, direciona o grupo, mas não diz abertamente o que deve ser o produto final. Isso implica perder a função de gerente e ser mais um guia na jornada de aprendizado. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=154111- pces438-20-1&category_slug=agosto-2020-pdf&Itemid=30192 RESOLUÇÃO CNE/CES 10, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2004, sobre a formação/capacitação dos graduados em Ciências Contábeis: Art. 3º O curso de graduação em Ciências Contábeis deve ensejar condições para que o futuro contabilista seja capacitado a: I - compreender as questões científicas, técnicas, sociais, econômicas e financeiras, em âmbito nacional e internacional e nos diferentes modelos de organização; II - apresentar pleno domínio das responsabilidades funcionais envolvendo apurações, auditorias, perícias, arbitragens, noções de atividades atuariais e de quantificações de informações financeiras, patrimoniais e governamentais, com a plena utilização de inovações tecnológicas; III - revelar capacidade crítico-analítica de avaliação, quanto às implicações organizacionais com o advento da tecnologia da informação. http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces10_04.pdf Currículos (Matriz Curricular) ou os Fluxos Formativos de Cursos de Graduação em Ciências Contábeis: https://feaac.ufc.br/pt/graduacao/curso-de-ciencias-contabeis/ciencias-contabeis- estrutura-curricular-noturno/ https://www.cee.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/49/2011/05/PAR0226.2010.pdf http://www.facc.ufrj.br/joomla/images/docs/organograma_ciencias_contabeis.pdf https://www.unifor.br/web/graduacao/ciencias-contabeis RESOLUÇÃO N° 4, DE 13 DE JULHO DE 2007, sobre a formação/capacitação dos graduados em Ciências Econômicas: Art. 3º O curso de graduação em Ciências Econômicas deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e políticas relacionadas com a economia, revelando assimilação e domínio de novas informações, flexibilidade intelectual e adaptabilidade, bem como sólida consciência social indispensável ao enfrentamento de situações e transformações político-econômicas e sociais, contextualizadas, na sociedade brasileira e no conjunto das funções econômicas mundiais. http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2007/rces004_07.pdf Currículos (Matriz Curricular) ou os Fluxos Formativos de Cursos de Graduação em Ciências Econômicas: https://feaac.ufc.br/pt/graduacao/curso-de-ciencias-economicas/ciencias-economicas- estrutura-curricular-noturno/ https://www.ie.ufrj.br/graduacao-curriculo.html https://epge.fgv.br/sites/default/files/Grade%20Curricular%20do%20Curso%20de%20Gra dua%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ci%C3%AAncias%20Econ%C3%B4micas%2020%2 006%202013.pdf https://www.unifor.br/web/graduacao/ciencias-economicas REFERÊNCIAS CURRICULARES DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - SES/MEC, sobre a formação/capacitação dos graduados em Engenharia de Produção: TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia, os conteúdos profissionalizantes do curso são: Eletricidade Aplicada; Mecânica dos Sólidos; Mecânica dos Fluídos; Ciência dos Materiais; Engenharia do Produto; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Estratégia e Organização; Gerência de Produção; Gestão Ambiental; Gestão Econômica; Gestão de Tecnologia; Materiais de Construção Mecânica; Métodos Numéricos; Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas; Pesquisa Operacional; Processos de Fabricação; Qualidade; Sistemas de Informação; Transporte e Logística; Controle Estatístico do Processo; Ferramentas da Qualidade; Gerência de Projetos; Gestão do Conhecimento; Gestão Estratégica de Custos; Instalações Industriais; Planejamento do Processo; Planejamento e Controle da Produção. http://abepro.org.br/arquivos/websites/1/referenciais_engenharias_MEC.pdf Currículos (Matriz Curricular) ou os Fluxos Formativos de Cursos de Graduação em Engenharia de Produção: https://producao.ufc.br/pt/graduacao/estrutura-curricular/ http://www.poli.ufrj.br/arquivos/grades-graduacao/grade-producao.pdf https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/listarGradeCurricular?codcg=18&codcur=18084&codh ab=0&tipo=N http://cagr.sistemas.ufsc.br/relatorios/curriculoCurso?curso=214 Quadro Brasileiro de Qualificações, (Ministério da Economia) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (BRASIL, 2020), que lista os conhecimentos necessários para a formação dos técnicos em administração (Código: 3513-05) Domínios técnico- Administração, Empreendedorismo e Empreendedorismo profissionais da gestão e empresas emergentes Gestão produção de bens negócios (startup) empreendedora e serviços Empresas emergentes (startup) http://qbqconsulta.fipe.org.br/PesquisaDetalhe?ID=1035 Relatório da Pesquisa Bibliográfica sobre Empreendedorismo e Educação Empreendedora (SEBRAE, 2016), sobre as principais correntes, escolas e atores da Educação Empreendedora: Embora a contribuição de Schumpeter tenha sido de fundamental importância, o estudo do empreendedorismo encontrou dificuldades em se firmar na economia. Conforme esclarecem Carlsson et al. (2013), “a análise econômica neoclássica tradicional foca o equilíbrio e ignora o papel da atividade empreendedora para a economia”4 (p. 918). Essa peculiaridade dos estudos econômicos abriu espaço para que os teóricos do comportamento se dedicassem à investigação do empreendedorismo. (p.37) O empreendedorismo é um campo de estudo eminentemente multidisciplinar, que perpassa a economia, sociologia, psicologia, geografia e estratégia. Essa característica torna-o pujante e frutífero, ao mesmo tempo que fragmentado. (p.40) A pesquisa sobre empreendedorismo pode ser dividida em grandes correntes, de acordo com especificidades e tradições que unificam cada abordagem. Em cada corrente, é comum que alguns autores se destaquem, seja pela elaboração de um trabalho seminal, tornando-se referência para outros pesquisadores, seja pela publicação de trabalhos de peso, definidores de conceitos e práticas. (p.42) Para o nível de análise individual, trabalharemos com a divisão da pesquisa sobre empreendedorismo em três grandes correntes: 1) a Corrente Econômica, 2) a Corrente Comportamental e 3) a Corrente da Praticagem. A Corrente Econômica é pioneira nos estudos sobre o empreendedorismo e o empreendedor. Schumpeter pode ser apontado como o pesquisador que inaugura, de fato, a investigação do empreendedorismo no escopo da economia. Conforme já destacamos, o empreendedorismo encontra dificuldades, a princípio, de se fixar no terreno dos estudos econômicos. Todavia, conforme apontam Carlsson et al. (2013), quando os economistas finalmente embarcam no tema, o foco da pesquisa se torna mais amplo. (p.44) A Corrente Comportamentalista surge na década de 1960. Diante das dificuldades que o empreendedorismo encontrou em se firmar no terreno da economia, os comportamentalistas incorporam-no, trazendo as reflexões para a área da psicologia, dialogando com outras ciências humanas, como a sociologia e a antropologia. Essa corrente tem como foco os indivíduos e as equipes, baseando-se na ciência comportamental e nos processos intrapessoais dos indivíduos empreendedores (CARLSSON et al., 2013). O psicólogo David McClelland (1917-1998) lançou a obra seminal dessa abordagem, “The Achieving Society” (1961). Seu trabalho bem como os outros que surgem nesse escopo procuram entender as características pessoais e os traços de personalidade do empreendedor. Para ele, o empreendedor é o indivíduo com alta necessidade de realização (“need of achievement”). McClelland (1976, p. 207) percebe o empreendedorismo em termos de papéis comportamentais, listando as características que considera específicas do empreendedor, (...). Estudiosos da antropologia e da sociologia, como Geertz e Lipset, também possuem trabalhos que fazem parte dessa corrente, tendo em vista a tentativa de explicar o comportamento empreendedor a partir dos traços de personalidade. (p.45-46) [Corrente da Praticagem] Por fim, mais recentemente, pode-se identificar uma tendência voltada para a investigação do modo de fazer do empreendedor, uma abordagem orientada para o modus operandi dos empreendedores, isto é, suas ações. Denominamos essa abordagem Corrente da Praticagem. O foco da análise está na forma como o empreendedor age, na observação do desenvolvimento do processo empreendedor. Dentro desse universo, podemos citar duas vertentes que têm ganhado destaque desde o início do século XXI. Uma delas é a Effectuation Theory, desenvolvida por Saras Sarasvathy em seu artigo “Causation and Effectuation: Toward a Theoretical Shift from Economic Inevitability to Entrepreneurial Contingency” (2001), que inaugura um novo paradigma de tomada de decisão. O foco de Sarasvathy está sobre o modo de fazer, a forma de se tomar uma decisão no processo empreendedor. No effectuation, o indivíduo tem os meios, e, a partir do processo de tomada de decisão, ele define qual será o seu objetivo. Este, então, não é dado a priori, como acontece nos processos causation. O effectuation consiste na escolha entre vários efeitos possíveis, usando um grupo particular de meios. É um processo criativo, imaginativo, colaborativo, que não busca prever o futuro, mas controlar os aspectos de um futuro imprevisível. (p.47) https://cer.sebrae.com.br/wp-content/uploads/2015/12/EE-0115-16_Pesquisa-FDC- FINAL.pdf
Conforme fundamentação acima, é mister considerar que no IFCE as
“especialidades e habilitações de cada subárea, é fundamentalmente padronizada a partir da graduação do docente”. É importante destacar que a fundamentação e as argumentações acima, não se estendem na atuação do docente na PESQUISA e na EXTENSÃO. Estamos considerando a atuação docente no IFCE apenas no aspecto do ENSINO. Nesse sentido, os documentos oficiais do Ministério da Educação deixa evidente que a formação adequada para o itinerário formativo da Educação em Empreendedorismo no atendimento das três grandes correntes (Econômica, Comportamental e Praticagem) é docente graduado em Administração e Administração de Empresas, pois o mesmo possuí todas as competências para ministrar a disciplina de Empreendedorismo proporcionando uma educação profissional permitindo aos alunos uma cultura empreendedora focada na intenção empreendedora, na inovação tecnológica e na geração de emprego e renda. O ensino de empreendedorismo requer um perfil docente que tenha essa interdisciplinaridade em sua formação acadêmica, argumento esse justificado através da comprovação dos currículos de graduação dos cursos de Administração e Administração de Empresas. Nesse sentido, verificando os Currículos (Matriz Curricular) ou os Fluxos Formativos de Cursos de Graduação como Engenharia de Produção, Economia e Contabilidade; não há esse arcabouço curricular específico que permita a atuação como docente de ensino em empreendedorismo, principalmente pela ausência da formação comportamental. Nesses cursos, não existem disciplinas que estejam diretamente ligadas a formação do perfil empreendedor, ou, no máximo, algumas disciplinas são ofertadas, muitas delas, optativas, que não são consubstanciais para desenvolver o perfil de educador de empreendedorismo. A fim de evitar a ANOMIA ou BAGUNÇA PEDAGÓGICA, é imperativo que os titulares das disciplinas de EMPREENDEDORISMO estejam vinculados especificamente ao Perfil Docente no IFCE com formação na graduação em Administração e Administração de Empresas. Nesse entendimento e fundamentação, ressaltamos que nosso olhar é especificamente na atuação do ENSINO, desta forma em nenhum momento estamos restringindo a atuação dos profissionais de outras categorias na PESQUISA ou na EXTENSÃO. Certos de sua atenção, agradecidos por sua atenção, aproveitamos a oportunidade para manifestar nosso apreço e consideração.
Respeitosamente
Prof. Aureliano Ximenes
(085) 99965-2208 (WhatsApp) Professor Efetivo de Administração no IFCE (SIAPE 1958734) Coordenador Geral e Orientador do Negócios do PGINI Vice-Líder do Grupo de Pesquisa em Educação Empreendedora- GPEDE Mestrando em Administração (2021-2022) - USCS LATTES: http://lattes.cnpq.br/0109224262620084