Análise Concerto de Aranjuez

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VIVARTE CENTRO EDUCACIONAL E MUSICAL

CURSO TECNICO PROFISSIONALIZANTE EM MÙSICA

JULIA ALVES SOARES SILVEIRA

RELATÒRIO DE APRECIAÇÃO MUSICAL

CONCERTO DE ARANJUEZ

FRANCA
202
ÍNDICE

1. COMPOSITOR

2. O CONCERTO DE ARANDUEZ
2.1 – A HISTÓRIA DO CONCERTO
2.2 – INSPIRAÇÃO
2.3 – CARACTERÍSTICAS
2.4 – ALLEGRO CON SPÍRITO
2.5 – ADAGIO
2.6 – ALLEGRO GENTILE
2.7 – MINHAS IMPRESSÕES

3. BIBLIOGRAFIA
ANÁLISE MUSICAL DA OBRA “CONCERTO DE ARANJUEZ” DO COMPOSITOR
JOAQUÍN RODRIGO

1. O COMPOSITOR

Nascido em 22 de novembro de 1901, em Sagunto, na província de Valença,


Espanha; começou seus estudos musicais com apenas 8 anos de idade, apesar de ter
perdido a visão com 3 anos, destacou-se desde cedo com seus estudos de piano,
violino e solfejo. Já aos 16 anos, estudou harmonia e composição com os professores
do Conservatório de Valença, Francisco Antich, Enrique Gomá e Eduardo Lopéz
Chaverri. Sua música é frequentemente homenageada por universidades e instituições
musicais ao redor do mundo, sua música apresenta as mais ricas e variadas culturas
folclóricas espanhóis com seu toque subjetivo presente da sua identidade, com
harmonias únicas. Em suas primeiras obras é perceptível a influência de compositores
de sua época como Ravel e Stravinsky, no final do período romântico.

2. O CONCERTO DE ARANDUEZ

2.1 – A HISTÒRIA DO CONCERTO

No ano de 1938, Joaquín Rodrigo encontrava-se em Paris, longe da tensão do


cenário da guerra civil espanhola, influenciado pelo colega Regino Sainzs de la
Maza, durante um jantar com o Marquês de Bolarque no palácio de Aranduez, a
compor um concerto para violão e orquestra, que veio a ser escrita em 1939

2.2 – INSPIRAÇÂO

Foi composto em 3 movimentos, na forma sonata, inspirado a descrever as


belezas do jardim do Palácio Real de Aranjuez, a residência do Rei Felipe II, na
primavera, mais tarde reconstruído em meados do século XVIII por Fernando VI.

2.3 – CARACTERÌSTICAS

Apresenta 3 movimentos contrastantes, porém essencialmente calmos, o


instrumento solista dialoga constantemente com as flautas e cordas. Ao longo da
peça é notável a presença de temas de danças e cantigas tipicamente espanholas.

2.4 – ALLEGRO COM SPÌRITO


O primeiro movimento é vivo como a própria primavera, lembra de certa
forma Vivaldi e o barroco que influenciou a música tradicional espanhola, com um
tema leve, na tonalidade de ré maior, tem por base danças tradicionalmente
espanholas, como o Fandango, alegre e rico em dinâmicas. Há um diálogo
constante entre o violão, que é o instrumento solista com os sopros e as cordas.
Essa alternância soa como o cantar dos pássaros, com um recurso de repetição e
variação, enfatizando uma paisagem sonora, a qual as flautas são como o
cantarolar dos pássaros, os contrastes das dinâmicas das cordas como ventos, há
alternâncias também na fórmula de compasso 6/8 em algumas passagens ¾.

2.5 – ADAGIO

O segundo movimento contrasta com o primeiro primeiramente em relação à


fórmula de compasso, sendo agora um 4/4, no andamento, sendo mais lento de
caráter levemente melancólico, como se descrevesse o rio, é mais fluido e mais
longo. Mas também contrasta por modular a tonalidade para lá menor. O
movimento se inicia com violão fazendo arpejos lentamente, em seguida o
clarinete apresenta o tema, que lembra vagamente o lago dos cisnes de
Tchaikovsky, um tema expressivo, que posteriormente será repetido pelo violão.

Ao longo desse adágio, o tema é repetido alternando a textura, mais adiante as


cordas entram em um crescendo gerando a tensão, com um detalhe dos sopros, expressando
certa glória dramática típica durante a guerra, que será resolvida no solo do violão, assim é
notável, contrastes de textura, dinâmica, ritmo tanto entre o movimento por si só, mas também
em relação ao anterior

2.6 - ALLEGRO GENTILE

O terceiro movimento é semelhante ao primeiro, ao invés de uma dança,


remete a cantigas populares, a tonalidade utilizada é mi maior, o violão inicia com
o tema, com contrapontos típicos do barroco ao decorrer, como uma borboleta a
voar e crianças a brincar.
A resposta das cordas e dos sopros ao dedilhado do violão sugere uma
leveza, a fórmula de compasso varia entre o 2/4 e o ¾, o violão se destaca por seus
dedilhados virtuosísticos. Antes de finalizar, vários instrumentos repetem o
primeiro tema com um grande crescendo, a peça finaliza-se de forma graciosa e
delicada na tonalidade inicial da peça, ré maior, com um dedilhado do violão.

2.7 - MINHAS IMPRESSÕES

Foi encantador conhecer e apreciar essa bela peça, no plano sensível é uma
peça extremamente alegre e otimista, a paisagem sonora lembra-me Vivaldi, os
ritmos me remetem as danças, é admirável como o autor consegue retratar a beleza
do jardim em tantos simbolismos Os clarinetes e os fortes contrastes é semelhante
Tchaikovsky e Ravel, Joaquín consegue reunir recursos de vários períodos em uma
só peça.
Do ponto de vista expressivo, as dinâmicas foram muito bem utilizadas, e os
instrumentos dialogam perfeitamente entre si, e por fim no plano meramente
musical é uma obra rica em harmonias, contrapontos, texturas e em como tudo se
encaixa de forma única.

3. BIBLIOGRAFIA

3.1 – Página da Internet oficial de Joaquín Rodrigo


https://www.joaquin-rodrigo.com/index.php/en/concierto-de-aranjuez-2

3.2 – Página de Bárbara Heninger sobre o Concerto de Aranjuez


https://web.archive.org/web/20040220151649/http://barbwired.com/barbweb/prog
rams/rodrigo_concierto.html

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