Aline Rafaela Sisti Gerações
Aline Rafaela Sisti Gerações
Aline Rafaela Sisti Gerações
1 – Trabalho de Conclusão de Curso no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão de Pessoas – MBA
2 – Pós Graduanda e concluinte do Curso Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão de Pessoas – MBA, graduada em administração, [email protected]
3 – Professor Orientador. Mestre em Administração pela UFGRS, graduado em Administração. Professor do Plano de Carreira da Unijuí.
RESUMO
Atualmente no mercado existem profissionais de diferentes faixas etárias os quais
convivem juntos em uma mesma organização. Essas diferentes faixas etárias designadas de
“gerações” reúnem um conjunto de indivíduos que nasceram em uma mesma época, possuem
determinados comportamentos, valores e necessidades. O presente estudo teve por objetivo
identificar as dificuldades, as potencialidades e os desafios que o profissional de gestão de
pessoas enfrenta para conciliar as diferentes gerações Baby Boomers, X,Y e Z no ambiente de
trabalho em uma amostra de organizações no segmento de comércio na cidade de Ijui- Rio
Grande do Sul. Foram questionadas dezenove pessoas atuantes no comércio de Ijui e um
gestor de pessoas. No contexto geral os resultados destacaram que cada geração tem ideais
diferentes, com isso o gestor de pessoas tem o desafio de criar formas de trabalho que
aproveitem o potencial de cada colaborador, independente de qual seja sua geração
promovendo um ambiente de trabalho mútuo entre seus funcionários, aprimorando suas
competências e promovendo um espaço de melhorias contínuas de forma que todas as
gerações se sintam felizes no ambiente de trabalho.
1 Introdução
No contexto atual, o mercado de trabalho brasileiro está vivendo uma crise econômica,
obtendo assim um alto índice de desemprego. Com isso, empregados e empregadores estão
preocupados com o rumo que a economia brasileira vem enfrentando nos últimos tempos.
Atualmente no mercado existem profissionais de diferentes faixas etárias os quais convivem
juntos em uma mesma organização. Essas diferentes faixas etárias designadas de “gerações”
reúnem um conjunto de indivíduos que nasceram em uma mesma época, possuem
determinados comportamentos, valores e necessidades. Tais necessidades impactam na
motivação e nas perspectivas que cada um tem sobre seu futuro pessoal e profissional.
Sabe-se que o objetivo principal das empresas é obter lucros, para isto não existe uma
receita pronta. Porém se estabelece e exige-se um requisito básico dos trabalhadores que é a
capacidade do trabalho em equipe. Nenhum profissional é dotado de todas as competências e
atributos necessários aos processos de trabalho. E por isso deve ocorrer uma troca de
experiências e combinações de competências. Inúmeras pessoas de diferentes gerações são
selecionadas para ocupar diferentes funções dentro das empresas. Tais gerações são
denominadas de gerações Baby Boomers, X, Y e Z. Com isso surge a necessidade de
entender como essas se inter-relacionam e suas principais diferenças de pensar e agir no seu
local de trabalho.
Toda geração tem a ensinar umas às outras, mas saber conciliar as diferentes gerações
em um mesmo ambiente de trabalho se torna um desafio ao profissional de gestão de pessoas.
Os colaboradores da geração Baby Boomers são uma geração mais disciplinada, tem uma
maior fidelidade nas empresas, a X têm a sabedoria, o conhecimento de que os jovens
precisam. A geração Y é conhecida por sua lealdade e habilidade de mediação e a geração Z
está mais antenada ao ambiente de trabalho do futuro, ao marketing e às tendências de
mercado.
Este artigo é constituído nas seções da base conceitual que se dá pela classificação do
tema gerações e como se dá a conciliação das gerações no ambiente de trabalho. Após é
apresentada a metodologia utilizada, a apresentação e discussão dos dados e for fim a
conclusão deste estudo.
do alto índice de jovens que estão se inserindo no mercado de trabalho. Hoje estão atuando
no mercado de trabalho as gerações Baby Boomers, X, Y e Z, sobre as quais disserta-se
brevemente a seguir.
Segundo Batista (2010, p. 35), os Baby Boomers são um grupo que se caracteriza por
“dar grande valor a independência individual e econômica o que ajudou a constituir um
indivíduo mais autônomo e, consequentemente, menos dependente da família e da sociedade.”
Já de acordo com Kanaane (1999), estes aplicavam as habilidades e competências escolares
em carreiras que oportunizavam posições elevadas ou mesmo garantias e/ou segurança para o
futuro. A questão da empregabilidade representava uma afirmação de identidade, porém, a
qualidade de vida não era muito preservada, uma vez que a ansiedade gerada pela necessidade
de se construir um mundo diferente acabava por intensificar o trabalho, já que esse era
entendido como o ponto mais importante para o momento histórico. Os Baby Boomers são
uma geração composta por trabalhadores mais tradicionais que tendem a respeitar a
autoridade.
2.2 Geração X
anos 80 a nação presenciava as diretas já. Ou seja, esta geração nasceu num período de
grandes fatos históricos. Como complementa também o autor Lombardia (2008, p.1), "essa
geração viveu momentos importantes na política: a Guerra Fria, o ataque dos Estados Unidos
à Líbia, a Perestróica precipitando a queda do Muro de Berlim".
De acordo com o autor Oliveira (2009), a geração "X" possui uma estrutura familiar
bem diferente da antecessora, filhos de pais e mães que trabalham fora, de pais separados, e
com quebra de padrões arcaicos social e moralmente. Essas pessoas são profissionais que dão
ênfase à segurança do emprego e, muitas vezes, para garanti-lo, acabaram deixando de lado a
qualidade de vida e a convivência no grupo familiar. Tendem a ser altamente pragmáticos e
orientados para a ação, têm competência e rápida capacidade de aprendizagem. Geram
resultados através de processos estabelecidos, fazendo uso de suas experiências profissionais
e de vida. Nesse sentido, muitas vezes os valores pessoais são submergidos na busca dos
objetivos. Por isso também podem ser consideradas pessoas egoístas. “Essa geração é
marcada pelo pragmatismo e autoconfiança nas escolhas, e busca promover a igualdade de
direitos e de justiça em suas decisões” (OLIVEIRA, 2009, p.63).
2.3 Geração Y
Geração Y, a questão sobre como estes jovens se comportam no mercado hoje é um ponto que
vem preocupando as organizações. È comum notar que esses jovens troquem mais de
emprego com frequência em busca de novas oportunidades, no qual ofereçam maiores
desafios, crescimento profissional e salários mais altos. São jovens altamente bem
informados, dominam com facilidade as novas tecnologias, são hiperativos, imediatistas,
autoconfiantes, comunicativos e ambiciosos.
Ao mesmo tempo esses jovens que estão adentrando ao mercado de trabalho são
interessantes e importantes para as empresas, visto que estes possuem habilidades e talentos
cultivados junto ao advento da tecnologia.
2.4 Geração Z
Esta geração é integrada pelos nascidos entre o inicio dos anos 90 e 2000. Esses jovens
já nasceram no mundo digital, não conhecem uma vida sem internet, computador e telefone
dentre outros recursos tecnológicos. Sua maneira de pensar foi influenciada, desde o berço,
pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou. (CERETTA; FROEMMING,
2011). Já o autor Ciriaco (2009) apresenta como denominação a geração Z como uma
geração silenciosa, pelo fato de estarem quase sempre de fones de ouvido (sejam em ônibus,
universidades, em casa), por escutarem pouco e falarem menos ainda. Com isso essa geração
pode ser definida como aquela que tende a egocentrismo, pois o adolescente tende a
preocupar-se somente consigo mesmo na maioria das vezes. Os problemas dessa geração são
relativos à interação social e o fraco desenvolvimento interpessoal. Muitos destes jovens
podem sofrem com a falta de expressividade na comunicação verbal. Com isso é preciso que
as empresas compreendam que esses jovens vivem em ritmo fragmentado devido a variedade
de atividade que executam ao mesmo tempo, pois conseguem ouvir músicas, acessar internet,
tudo ao mesmo tempo.
Esses jovens são muito críticos, dinâmicos, exigentes, sabem muito bem o que querem
não gostam de hierarquias nem de horários poucos flexíveis. Esta geração está iniciando a
entrar no mercado de trabalho e a chegada destes jovens ao meio organizacional já vem
causando certos impactos por conta das características peculiares e vai exigir que os gestores
precisam se adaptar para dar guarida a esta geração, pois nem sempre as empresa podem se
adaptar tanto assim precisando uma adaptação nas duas dimensões.
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Trabalhar com quatro gerações distintas no ambiente de trabalho, não é uma tarefa
fácil aos administradores. Saber entender as diferenças e compreender como cada uma dela
pode contribuir para um ambiente saudável e produtivo. Para Robbins (2005), seria
importante que os gestores estivessem preparados para essa realidade, envolvendo integração
entre experiência, conhecimento e liderança de equipes.
Sabe-se que os membros do grupo nem sempre tem a mesma opinião e por isso acaba
surgindo conflitos. Por sua vez entende-se por conflito “a percepção de diferenças
incompatíveis, que resulta em interferência ou oposição, essa definição abrange uma gama
ampla de ações desde atos abertos e violentos até formais sutis de desacordo”
(ROBBINS,2005, p.268).
Percebe-se, que lidar com conflitos não é uma tarefa fácil, se adaptar aos diferentes
modelos de comportamentos tem sido um grande desafio para as empresas. Com isso o
primeiro passo a ser dado é buscar entender o comportamento e os objetivos de cada geração,
a fim de criar estratégias que estimulem o individuo a dar o seu melhor no ambiente
organizacional, contribuindo assim para um desenvolvimento eficaz da organização e
ajudando também para seu desenvolvimento pessoal.
Maximiano (2004) ressalta que toda organização é um grupo de pessoas, e muitas são
montantes de grupos, assim, todo indivíduo numa organização faz parte de um grupo,
formalmente estabelecido pela organização para alguma atividade (grupos formais) ou criado
pelos próprios indivíduos com finalidade própria (grupos informais). Com isso sabe-se que
toda equipe é um grupo, mas nem todo grupo é uma equipe, o desafio passa a ser então como
transformá-lo em equipe.
homogeneizar todo mundo, mas fazer com que as diferenças individuais sejam integradas e se
sobressaiam ao grupo, formando uma equipe.
Com isso é necessário um bom gestor de pessoas de modo que conduza eficazmente
esse processo. Nesse sentido, Bergamini (2005) relata que “é indispensável para qualquer
grupo que almeja atingir sua eficácia que possua alguém para orientar na direção desejada”.
Como visto a geração Y é sedada por aprender, e quem pode ajudar nesse processo de
transferir os conhecimentos adquiridos em anos de experiência são os Baby Boomers. O
desafio do líder neste caso é desenvolver canais de comunicação que possam interligar esses
profissionais. Fazendo com que se identifiquem pontos de convergência de interesse entre
eles, assim consegue-se fazer com que o colaborador mais antigo se sinta motivado e útil ao
ensinar os mais jovens. Com isso é importante que os gestores desenvolvam um canal de
comunicação e incentivando o diálogo entre as gerações, buscando pontos em comum,
valorizando as potencialidades, entendendo os valores de cada geração.
3 METODOLOGIA
Neste artigo foi utilizada a pesquisa bibliográfica, a partir de leitura de livros e artigos
científicos, com uma análise qualitativa sobre o assunto proposto. A pesquisa classifica-se
como um estudo de caráter quantitativo com perguntas claras e objetivas, que teve por
objetivo avaliar as diferentes gerações no mercado de trabalho. Participaram do estudo
dezenove entrevistados, sendo onze pessoas do sexo feminino e oito do sexo masculino. Os
quais exercem função no comércio de Ijui (RS). Destes dezenove entrevistados quatro são
pertencentes ao grupo de gerações Baby Boomers e cinco em cada uma das demais X, Y e Z.
O questionário foi realizado contendo perguntas sobre o perfil dos participantes e suas
percepções sobre o ambiente de trabalho.
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Na primeira pergunta buscou-se conhecer o gênero dos entrevistados sendo que das
dezenove pessoas entrevistadas, onze são do gênero feminino e oito do sexo masculino.
Destas oito são solteiras, seis são casadas, duas viúvas e três mantem uma relação estável com
seus companheiros. Na terceira pergunta objetiva-se distinguir entre os colaboradores, quais
as gerações que eles pertenciam, sendo elas: a geração dos Baby Boomers(nascidos entre
1943-1960), a geração X (nascidos entre 1960-1980), a geração Y (nascidos entre 1980-1990)
e a geração Z (nascidos a partir do ano de1990). Os resultados das perguntas são apresentados
na tabela 1.
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Sabe-se que o perfil profissional de anos atrás é bem diferente dos tempos atuais, pois
neste curto espaço de tempo, o mercado de trabalho passou por profundas transformações,
com os constantes avanços tecnológicos. Exigindo com que o profissional tenha disposição e
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dedicação para manter-se atualizado. O que no passado se apresentava como “uma grande
novidade” já foi superada. Cursos, treinamentos, seminários e palestras passam a integrar o
cotidiano do profissional. Há, de forma permanente, o desejo de aprender novos métodos, a
disposição de conhecer práticas inovadoras e a necessidade de compreender como as
transformações impactam diretamente o seu trabalho. A responsabilidade de investir em
capacitação é do próprio funcionário.
Diante disso se percebe na entrevista feita aos entrevistados sobre seu investimento
na educação continuada as gerações X, Y e Z já buscaram e estão buscando investir em sua
educação a fim de melhorar suas formas de trabalho. Pois hoje se exige que um candidato a
emprego apresente grande potencial de empregabilidade e que tenha plena consciência de que
ele é o principal responsável pela sua própria carreira. A pergunta sobre “quando surge algum
curso ou palestra na minha área me prontifico para participar” na geração Baby Boomer, X, e
Y 100% dos entrevistados já tomaram e tomam iniciativa, na geração 80% se prontificam a
participar.
Em relação ao aprimoramento pessoal apenas 50% da geração Baby Boomer busca se
aprimorar enquanto as gerações X, Y e Z 100% estão buscando aprimoramento pessoal.
Investir no aprimoramento permite com que o colaborador saiba aonde quer chegar à
empresa, buscando ter as ferramentas necessárias para atingir seus objetivos e a autoconfiança
necessária para empreender os esforços exigidos para atingir as metas estabelecidas. Sobre ter
um plano de carreira a geração Baby Boomer apenas 25% tem plano de carreira, na geração X
20%%, na Y 100% dos entrevistados tem um plano de carreira e na geração Z 40%.
Outro fator que todos os entrevistados têm e acham importante na empresa é ter um
bom relacionamento com os colegas de trabalho, como se pode ver os Baby Boomer 75%
acham importante, e as demais geração acham 100% um bom ambiente de trabalho no qual
ajuda a manter a confiança entre os colegas, diminuindo conflitos colaborando para o
crescimento individual e coletivo da empresa. Na questão “abandonaria meu emprego atual
para um novo desafio” a geração Baby Boomer não abandonariam seu emprego atual, a X
60% , Y e Z 80% largariam seu emprego para busca de novos desafios. Os resultados de tais
perguntas estão sendo representadas na quadro1, a seguir.
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Tenho um plano de 0 0 25 25 50 20 0 40 40 0 0 0 60 40 0 0 20 20 60 0
autodesenvolvimento % % % % % % % % % % % % % % % % % % % %
Na questão sobre o trabalho em equipe as respostas que tiveram maior índice foi 75%
dos Baby Boomers gostam de trabalhar em equipe, na geração X e Y 100% e na geração Z
ouve uma divisão 40% não gosta do trabalho em equipe 20% são indiferentes e 40% gostam
do trabalho em equipe. Sobre preferir trabalhar sozinho os Baby Boomers discordam dessa
opinião a geração X apenas 20% prefere o trabalho solitário a geração Y e Z 40% dão
preferência ao trabalho individual. Quando questionados sobre se costumam ensinar novas
aprendizagens aos colegas de trabalho as gerações Baby Boomers, X e Y responderam 100%
sobre o fato de ensinar novos conhecimentos e técnicas de trabalho aos demais colegas
enquanto a geração Z 80% busca e gosta de transmitir novos conhecimentos aos mais velhos
no ambiente de trabalho. Tais dados são apresentados no quadro 2, a seguir.
Outro tema em análise foi a família como referência quando questionados se tem um
bom relacionamento com seus pais apenas 25% dos Baby Boomers responderam que sim, isso
se dá devido aos pais já serem falecidos, já as demais gerações todas tem um bom
relacionamento com seus pais. E apresentando também no quadro 3 como as gerações Baby
Boomer, X e Y gostam de passar o tempo livre com sua família nos horários de folga
enquanto a geração Z 60% passa o tempo livre com sua família.
Em relação se os pais incentivaram aos estudos apenas 50% do Baby Boomers tiveram
o apoio dos pais nos estudos, mas isso foi mudando para as gerações seguintes na geração X
já tiveram o apoio de 80% e nas gerações Y e Z 100%. Sobre se os filhos dependem de sua
renda 50% do Baby Boomers os filhos ainda dependem de sua renda familiar, 60% da geração
X e 20% da geração Y e Z. Demais dados apresentados no quadro 3.
Cada geração tem uma maneira diferente em trabalhar (quadro 4), com isso foram
questionados sobre se buscam estar sempre conectados apenas 25% dos Baby Boomers
responderam que sim, a geração X 60% e as gerações Y e Z 80%. Sobre buscar informação
fácil e imediata 50% dos Baby Boomers buscam o imediatismo enquanto as gerações X e Y
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Quando indagados sobre; “quando recebo uma tarefa gosto de concluí-la o mais rápido
possível” a geração Z 80% respondeu que sim enquanto as demais 100% gostam de concluir
rápido suas tarefas, sobre deixar para realizar estas em último tempo todas as gerações
responderam que não costumam deixar para o último prazo de entrega para executar suas
tarefas e a geração Baby Boomer 100% gostam de suas tarefas diárias a X e a Y 80%e 60% da
Z gostam de seus trabalhos diários. Demais resultados são apresentados no quadro 4.
Sobre gostar do ambiente de trabalho 75% dos Baby Boomesr gostam do seu ambiente
de trabalho enquanto as demais gerações tiveram os resultado de X 100%, Y 80% e Z 60% ,
são resultados relativos pois antigamente as pessoas enxergavam um emprego apenas como
meio de suprir as suas necessidades mas a constante alta da humanização das relações
trabalhistas fez com que a satisfação e o bem- estar no ambiente de trabalho tornassem- se um
quesito importante. Quando abordados se recebem feedback das empresas a geração Baby
Boomer não recebe enquanto as gerações X 60%, Y 40% e a Z 20%, pode se perceber que
este recurso precisa ser mais usados nas empresas a sua aplicação contribui para orientar os
funcionários e proporcionar um parecer sobre o trabalho executados. Prática comum nas
empresas, algumas pessoas ainda o enxergam como um “puxão” de orelha, no entanto o
feedback representa uma critica positiva ou negativa, mas sempre construtiva. Seu objetivo
principal é reforçar as qualidades, melhorar os defeitos e contribuir para o crescimento
profissional do colaborador. Resultados obtidos apresentados no quadro 5.
Conforme o respondente cada geração tem um forma diferente de trabalho com isso
esta sendo apresentando na quadro 6 os principais desafios, dificuldades e potencialidades
enfrentadas pelo gestor de pessoas. Hoje o gestor deve respeitar a carga de conhecimento e
experiência de cada colaborador, conhecer o universo possível em que cada grupo foi criado,
estabelecendo regras que não afastem, mas que aproximem as gerações, como numa situação
de resolução de problema, de modo a não desmerecer o conhecimento individual, propondo
diretrizes e orientações iguais para todos. Segue abaixo no quadro 6 os principais desafios,
dificuldade e potencialidades que os gestores enfrentam para trabalham com estas diferentes
organizações.
Como pode-se perceber nos resultados obtidos neste estudo é cada vez mais comum a
convivência das diferentes gerações em um mesmo ambiente de trabalho, e este cenário é
satisfatório afinal há pontos fortes diferentes em casa uma destas. Mas, no entanto a gestão de
pessoas deve ser pensada para que todas as gerações possam trazer suas contribuições parta
dentro da empresa. O gestor deve garantir um ambiente de trabalho de respeito, como se
percebe nos resultados deste estudo as diferentes gerações muitas vezes tendem a ter menos
paciência ao lidar com pessoas de diferentes idades, pois muitas delas pensam e agem de
diferentes maneiras, a diferença no ritmo de trabalho também pode ser um motivo de
desavenças. Com isso o gestor deve promover com que as pessoas entendam suas diferenças
dando espaço para que todos possam contribuir com suas ideias e também opinar sobre ideias
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dos demais colegas, criando assim um ambiente colaborativo para que todos tenham sua vez
de tentar permitindo assim a inovação no ambiente de trabalho.
E por último o gestor deve promover o feedback a seus funcionários para que estes
tenham um retorno de seu desempenho no trabalho de modo sendo este positivamente ou
negativamente de modo com que este aprenda a ouvir a avaliação de seus supervisores de
modo a seguir o caminho correto e ter sucesso em sua trajetória profissional.
5. CONCLUSÃO
Por meio deste estudo percebeu-se que o mercado atual das empresas ao longo dos
anos vem passando por diferentes transformações, tais mudanças só ocorrem devido à entrada
de novos funcionários, estes possuem formas diferentes de pensar, agir e se relacionar.
Nenhum colaborador é dotado de todas as competências necessárias, com isso a evolução
profissional individual depende do aprendizado de cada individuo e este por sua vez se dá
através da troca de experiências. Essa troca só é possível de pessoa para pessoa e
normalmente a faixa etária não é equivalente.
O presente estudo foi realizado na cidade de Ijui e teve como respondentes pessoas
atuantes no comércio local. Com isso percebeu-se que a geração Baby Boomer são pessoas
mais tradicionais não costumam assumir novos desafios e são leais à empresa. A geração X
são profissionais que estão ocupando cargos mais importantes nas empresas, dão ênfase à
segurança do emprego e, muitas vezes, para garanti-lo, acabaram deixando de lado a
qualidade de vida e a convivência no grupo familiar. Já a geração Y gosta de novos desafios
está sempre em busca de novos conhecimentos, tem uma rotatividade maior nos empregos
dominam com facilidade as novas tecnologias, são hiperativos, imediatistas, autoconfiantes,
comunicativos e ambiciosos. E a geração Z é a geração do imediatismo, ou seja, querem tudo
para ontem são jovens que sabem muito bem o que querem não gostam de hierarquias nem de
horários poucos flexíveis.
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REFERÊNCIAS
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CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
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2008.
OLIVEIRA, Sidnei. Geração Y: Era das Conexões, tempo de Relacionamentos. São Paulo:
Clube de Autores, 2009.