Diversidade FCB
Diversidade FCB
Diversidade FCB
esportivo em
ambientes 3.0
Gestão da diversidade e alto
rendimento esportivo
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Introdução
Uma dimensão não busca fechar lacunas; seu verdadeiro desafio reside em
gerar a coexistência de expectativas e valores em um espaço comum. Deve
ser abordada incorporando várias audiências, compreendendo os modelos
de pensamento e gestão das gerações mais velhas, e novas formas de
compreender as exigências, possibilidades e interesses dos jovens.
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deles. Deve-se deixar os mais velhos trabalharem bem com os jovens. Isso
não se aplica apenas aos atletas em um time, mas a todas as interações no
mundo da atividade atlética.
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1.1 Traços psicossociais da
diversidade geracional na
comunidade esportiva
Tendo trabalhado com atletas na última década desde o advento da
psicologia esportiva, e tendo experiência anterior como atleta de basquete,
a pessoa que escreve essas linhas pode afirmar que a diversidade
geracional prevalecente representa um desafio para toda a comunidade
atlética produzir soluções conceituais, didáticas, pedagógicas e
metodológicas a uma velocidade que era desnecessária há 20 anos.
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Figura 1
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Conflito: Desenvolvem uma má atitude se confrontados com críticas
concretas, certas ordens ou as mesmas insinuações. O feedback é
necessário uma vez por ano e só deve existir se houver muita
informação e reconhecimento no processo de feedback.
Política de reforço: Eles devem sobrevalorizar privilégios,
reconhecimento constante e referir-se a um status específico, ou
subir acima de sua posição. Para que eles continuem contribuindo
com sua sabedoria e experiência, o resultado é se destacar, mostrar-
se e brilhar.
Vamos levar em conta o fato de que, no ano de 2017, uma pessoa nascida
em uma das pontas dessa faixa etária geracional (1944) está atualmente
com 72 anos de idade. Na outra extremidade, os mais novos dessa geração
estão fazendo 56 este ano.
Administradores.
Técnicos.
Membros da equipe técnica.
Pais dos atletas.
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Talvez o encontro intergeracional mais problemático em termos de
paradigmas relacionados à gestão/ensino/aprendizado nos esportes seja
persistentemente aquele entre essa geração e as mais jovens, ou seja, "Y"
e "Z". Se tivéssemos que listar as variáveis centrais em relação às quais os
Baby Boomers precisam se concentrar para otimizar o desempenho
atlético dos atletas mais jovens, do ponto de vista psicossocial, a seguinte
lista pode ser apropriada:
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5) Critérios de empatia para a tomada de decisão: Para um Boomer,
colocar-se no lugar dos outros não significa fazer o que a geração
mais jovem quer. Mas isso implica manter em mente os critérios
reais a partir dos quais os jovens tomam suas decisões, pois,
independentemente da preferência, entender seu processamento
de informações e seu comportamento subsequente é uma parte
fundamental de influenciar positivamente quem tem entre seus
itens favoritos: a satisfação de curto prazo, os fundamentos
necessários para entender por que as coisas deveriam ser feitas da
maneira estabelecida, o imediatismo na obtenção de resultados e a
exaltação de experiências de confirmação além do atletismo.
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contrário, será em vão. Procuram atingir seus objetivos pessoais. São
individualistas.
1) Adaptação a um mundo esportivo 3.0 que não tem nada a ver com
as receitas "locais" com as quais cresceram como atletas.
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2) Aplicar um estilo de liderança completamente diferente ao que eles
aderiram quando cresceram, que se baseava muito mais nas ordens
autoritárias dadas por um chefe (liderança conceitual) do que a
capacidade de influência positiva que se espera atualmente de um
líder, tornar-se um facilitador para as tarefas daqueles que são
liderados, trabalhar para um consenso junto com eles (liderança
comportamental-situacional).
3) Decodificar o legado dos Boomers, a quem eles mesmos se referem
como mentores, e transmitir essas mensagens aos membros das
gerações "Y" e "Z", que nada têm a ver com eles, vivendo juntos em
lógica vertical dupla (com "X" como líder e "Y"/"Z" como
seguidores) e lógica horizontal (colegas das equipes técnica, de
gerenciamento e do establishment esportivo).
4) Deixar para trás os processos de treino e competição de um mundo
físico, analógico e local em que se desenvolveram em favor de um
mundo líquido, digital-virtual e global em que eles
predominantemente interagem com pessoas mais jovens que estão
"definidas" no paradigma on-line.
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um importante hobby ou passatempo. Rede de conexões e
conhecimento. Alta conectividade. Acesso contínuo à informação.
Aprendizado experimental e virtual (como algo natural)
Comunicação interpessoal: Eles irão destacar continuamente a
necessidade de se sentirem ouvidos e respeitados e que suas
necessidades pessoais sejam contempladas; exigem quanta ajuda for
possível para equilibrar seu trabalho e suas vidas pessoais.
Consideram fundamentalmente importante criar um ambiente de
trabalho agradável, aberto e livre de estresse. Visam estimular e
reconhecer o trabalho em equipe colaborativo, o networking e a
diversidade cultural, tornando-o produtivo e atraente a cada dia.
Conflito: Fazem-se ouvir quando percebem situações de injustiça,
falta de solidariedade ou alguém quebrando o ambiente flexível e
agradável, gerando hostilidade e desconfiança em espaços
compartilhados.
Políticas de feedback e reforço: É uma geração que favorece
plataformas tecnológicas avançadas de trabalho, comunicação e
treino. Estimular entretenimento permanente e oportunidades de
treino. Propor experiências que lhes permitam desenvolver outro
conjunto de habilidades. É por isso que eles esperam feedback de
uma forma positiva e altamente construtiva. Em sintonia com isso,
eles procuram relacionamentos de tutoria, mentoria ou "coaching".
O líder deve equilibrar o papel de técnico, além de professor e guia.
Esse conceito de liderança procura desenvolver um ambiente de
reconhecimento e recompensa por esforço adicional (política de
reforço), promovendo espaços de comunicação interpessoal, tais
como reuniões, encontros pós-trabalho, cafés da manhã, etc.
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O grande desafio enfrentado pela Geração "Y" é ser liderado por gerações
anteriores que estão acostumadas a uma ligação vertical que tem pouco a
ver com o mundo em que a Geração "Y" se desenvolveu. Tornar-se
intérpretes dos métodos da Geração "X" e adaptá-los à linguagem "Y", é
algo que vemos diariamente em comunidades atléticas. A Geração "Y" de
atletas é a última a ser uma parte ativa nos processos de treino e
competição conduzidos por pessoas off-line, de alguma forma sintetizando
as enormes diferenças entre a vida cotidiana de 30/40 anos atrás e os dias
atuais.
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para o desenvolvimento do crescimento. A remuneração econômica
não tem o status importante que costumava ter.
Políticas de feedback e reforço: Valorizam o feedback se permitirem
um tratamento honesto e transparente pelo líder ou mentor. Caso
contrário, virarão as costas para ele. Concordam que uma política de
reforço deve vir junto com oportunidades de crescimento,
incentivando seu espírito empreendedor e promovendo um
ambiente colaborativo e criativo. Mas são principalmente flexíveis.
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No entanto, citando Gadow (2010), quando se trata de estabelecer o que
os representantes de diferentes gerações valorizam, podemos observar
fatores comuns que incentivam o desenvolvimento da Diversidade; Alguns
desses fatores são: ser ouvido, compreendido e respeitado, ter
oportunidades de crescimento, ser reconhecido, ter líderes críveis, sentir-
se parte de algo, manter-se atualizado (usando as ferramentas disponíveis
em cada período).
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2.2 Diversidade geracional em
processos de treinamento e
competição
Gestão da diversidade é o "desenvolvimento ativo e consciente de um
processo de aceitação e utilização de certas diferenças e semelhanças
como potencial em uma grande organização, um processo que criou valor
agregado, um processo de gestão comunicacional, baseado em valores
estratégicos e voltado para o futuro" (Keil, Amershi, Holmes et al. 2007).
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Vale ressaltar que, durante a unidade atual do curso, estaremos falando
predominantemente do ponto de vista do líder do time, para que o leitor
tenha a visão mais clara possível das estratégias que podem ser usadas por
quem está no comando da gestão dos processos de treino e de
competição.
Figura 2
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Figura 3
Descrever os objetivos alcançados e ainda não
Geração alcançados.
X
Comunicar-se com precisão.
Figura 4
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Nesse sentido, é importante ressaltar que o conflito é inerente à natureza
humana; portanto, faz parte da dinâmica de grupo em geral e do esporte
em particular. Mencionamos esse elemento para derrubar o conceito de
que "apenas equipes ruins têm conflito". Esse não é o caso. Diferenciar as
equipes normais daquelas que procuram alto desempenho é dizer que
ambas têm conflitos, mas só nestas há um método de gestão eficaz para
eles. Possuir estratégias de gestão concretas é um fator crítico de sucesso
no desenvolvimento de equipes de alto desempenho.
Tendo dito tudo isso, por que a diversidade deve ser uma preocupação? A
maioria dos especialistas no assunto concorda que uma maior diversidade
pode aumentar a eficácia de trabalho de uma equipe ao atingir seus
objetivos, bem como aumentar a produtividade. Como afirma Chelladurai
(2001): "aproveitar as diferenças entre os membros e coordená-los para
obter maior eficácia é um dos pilares da gestão" (apud Hall, 2004, p.2).
Gestão atlética neste caso, tentativas concretas do líder para obter o maior
desempenho em matéria de treino e transferência para a competição.
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Um líder de atletismo que trabalhe de acordo com esse critério é capaz de
gerenciar a diversidade a partir da seguinte perspectiva, completamente
alinhado com os atuais requisitos de treino e competição.
Figura 5
LÍDER de diversidade
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características pessoais e organizacionais, incluindo, entre outros, idade,
educação, habilidade física, personalidade, estilo de vida, orientação
sexual, origem geográfica, gestão, etc. Ele afirma que "a gestão de
diversidade é um processo de gestão completo cuja finalidade consiste em
desenvolver uma estrutura que seja eficaz para todos os empregados"
(apud Hall, 2004, p.2).
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melhores maneiras de introduzir gradualmente comportamentos para
reforçar, adicionar e suprimir.
Vale lembrar aos alunos que uma política de reforço é aplicada para
"aumentar a probabilidade do aparecimento dos comportamentos
necessários, ou o desaparecimento de comportamentos indesejados".
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Punição negativa: É removido um estímulo positivo.
Figura 6
Fonte: [Imagem sem título de máquina ioiô] (s. f.) Extraído de: http://goo.gl/GLXIbV
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Referências
Amar, J. (s.d.): Las Nuevas Tecnologías en el deporte: Aplicación en el fútbol (
Novas Tecnologias no esporte: Aplicação no futebol). Retirado de
http://www2.uca.es/dept/didac_efpm/jamar/REVISTA-DIGITAL-DXT-
FUTBOL/cientfico2.htm
Keil, M., Amershi, B., Holmes, S., Jablonski, H., Luthi, E., and et al. (2007).
Manual en formación de Gestión de la Diversidad (Manual de Formação em
Gestão da Diversidade). Retirado de http://www.idm-diversity.org/files/EU0708-
TrainingManual-es.pdf
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