VÁLVULAS

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VÁLVULAS

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Válvulas
 Introdução
 Propriedades dos Fluídos
 Escoamentos
 Coeficiente de vazão (Cv)
 Cavitação, Flashing e golpe de ariete
 Sistema construtivo das válvulas
 Vedação
 Tipos de acionamentos
 Materiais construtivos
 Componentes das válvulas
 Especificações
 Conceituações sobre os tipos de válvulas
 Tipos de válvulas
 Qualidade
 Manutenção

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Introdução

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Válvulas
Válvula é um acessório que raramente percebemos o seu
funcionamento e, normalmente, ignoramos a sua importância. Sem
os sistemas modernos de válvulas,não haveria água pura e fresca em
abundância nos grandes centros, o refino e distribuição de produtos
petrolíferos seriam muito lentos e não existiria aquecimento automático
nas casas.Por definição, uma válvula é um acessório destinado a
bloquear, restabelecer,controlar ou interromper o fluxo de uma
tubulação. As válvulas de hoje podem, além de controlar o fluxo,
controlar o nível, o volume, a pressão, a temperatura e a direção dos
líquidos e gases nas tubulações. Essas válvulas, por meio da
automação,podem ligar e desligar, regular, modular ou isolar.

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Propriedades dos
Fluídos

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Válvulas
 Definição
Um fluido é caracterizado como uma substância que se deforma
continuamente quando submetida a uma tensão de cisalhamento,
não importando o quão pequena possa ser essa tensão. Os fluidos
incluem os líquidos e os gases. A principal característica dos fluidos
está relacionada a propriedade de não resistir a deformação e
apresentam a capacidade de fluir, ou seja, possuem a habilidade de
tomar a forma de seus recipientes. Esta propriedade é proveniente da
sua incapacidade de suportar uma tensão de cisalhamento em
equilíbrio estático.

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Válvulas
 Propriedades

Algumas propriedades são fundamentais para a análise de um fluido


e representam a base para o estudo da mecânica dos fluidos, essas
propriedades são específicas para cada tipo de substância avaliada e
são muito importantes para uma correta avaliação dos problemas
comumente encontrados na indústria. Dentre essas propriedades
podem-se citar: a massa específica, o peso específico, pressão e
vazão

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Válvulas
 Massa específica
Representa a relação entre a massa de uma determinada substância e o
volume ocupado por ela. A massa específica pode ser quantificada através da
aplicação da equação a seguir. onde,ρ é a massa específica,m representa a
massa da substância e V o volume por ela ocupado.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a massa é quantificada em kg e o
volume em m³, assim, a unidade de massa específica é kg/m³.

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Válvulas
 Peso específico

É a relação entre o peso de um fluido e volume ocupado, onde,γ é o peso específico do


fluido,W é o peso do fluido e g representa a aceleração da gravidade, em unidades do
(SI), o peso é dado em N, a aceleração da gravidade em m/s² e o peso específico em
N/m³.seu valor pode ser obtido pela aplicação da equação a seguir:

 Peso específico relativo


Representa a relação entre o peso específico do fluido em estudo e o
peso específico da água. Em condições de atmosfera padrão o peso específico da água
é 10000N/m³, e como o peso específico relativo é a relação entre dois pesos
específicos, o mesmo é um número adimensional, ou seja não contempla unidades.

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Válvula
 Pressão
A pressão média aplicada sobre uma superfície pode ser definida pela
relação entre a força aplicada e a área dessa superfície Como a força
aplicada é dada em Newtons [N] e a área em metro ao quadrado [m²],
o resultado dimensional será o quociente entre essas duas unidades,
portanto a unidade básica de pressão no sistema internacional de
unidades (SI) é N/m² (Newton por metro ao quadrado).
1N/m² = 1Pa
1kPa = 1000Pa = 10³Pa
1MPa = 1000000Pa = 106Pa
e pode ser numericamente calculada pela aplicação da equação a
seguir:

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Válvulas
 Vazão volumétrica
Em hidráulica ou em mecânica dos fluidos, define-se vazão como a
relação entre o volume e o tempo.A vazão pode ser determinada a
partir do escoamento de um fluido através de determinada seção
transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta) ou de
um conduto forçado (tubulação com pressão positiva ou negativa).Isto
significa que a vazão representa a rapidez com a qual um volume
escoa. As unidades de medida adotadas são geralmente o m³/s,m³/h,
l/h ou o l/s.

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Válvulas
A equação de
Bernoulli e a
equação de
continuidade
também nos diz
que se reduzimos
a área
transversal de
uma tubulação
para que
aumente a
velocidade do
fluido que passa
por ela, se
reduzirá a
pressão.

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Válvulas
 Exercícios

1) Sabendo-se que 1500kg de massa de uma determinada substância ocupa um


volume de 2m³, determine a massa específica, o peso específico e o peso específico
relativo dessa substância.
Dados: γH2O = 10000N/m³, g = 10m/s².

2) Um reservatório cilíndrico possui diâmetro de base igual a 2m e altura de 4m,


sabendo-se que o mesmo está totalmente preenchido com gasolina (ver propriedades
na Tabela), determine a massa de gasolina presente no reservatório.
Massa específica da gasolina = 720 kg/m³

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Válvulas
 Resposta
Solução do Exercício 1

Massa específica Peso específico Peso específico relativo

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.Vh=

Válvulas
 Resposta
Solução do exercício 2

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Escoamentos

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Válvulas
 Escoamento laminar

Ocorre quando as partículas de


um fluido movem-se ao longo de
trajetórias bem definidas,
apresentando lâminas ou
camadas (daí o nome laminar)
cada uma delas preservando sua
característica . No escoamento
laminar a viscosidade age no
fluido no sentido de amortecer a
tendência de surgimento da
turbulência. Este escoamento
ocorre geralmente a baixas
velocidades e fluídos que
apresentem grande viscosidade.

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Válvulas
 Escoamento turbulento

Ocorre quando as partículas


de um fluido não movem-se
ao longo de trajetórias bem
definidas, ou seja as
partículas descrevem
trajetórias irregulares, com
movimento aleatório,
produzindo uma transferência
de quantidade de movimento
entre regiões de massa
líquida. Este escoamento é
comum na água, cuja a
viscosidade e relativamente
baixa.

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Válvulas
 Número de Reynolds

O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número


adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do
regime de escoamento de determinado fluido dentro de um
tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos
de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome vem de
Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu
significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as
forças de viscosidade.

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Válvulas
Re<2000 – Escoamento Laminar.
2000<Re<2400 – Escoamento de Transição.
Re>2400 – Escoamento Turbulento.

ρ = massa específica do fluido


µ = viscosidade dinâmica do fluido
v = velocidade do escoamento
D = diâmetro da tubulação

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Válvulas
Experimento
de Reynolds

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Válvulas

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Coeficiente de vazão

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Válvulas

 Em termos mais práticos, o coeficiente de vazão (cV) é o


volume (em galões americanos) de água 60°F, que
fluirão por minuto através de uma válvula com queda de
pressão de um 1 psi através desta.

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Válvulas
 Este coeficiente obtido experimentalmente, embora seja definido
em função da capacidade de água, também é utilizado para definir
a capacidade de fluidos compreensíveis, tais como vapores e
gases.
Basicamente, o cálculo do diâmetro de uma válvula de controle,
consiste em utilizar a equação adequada, calcular o coeficiente de
vazão (CV calculado) e através das tabelas publicadas, escolher um
CV (CV nominal) de valor sempre maior que o obtido via cálculo, e
verificar então o diâmetro da válvula correspondente ao CV
escolhido. A apresentação das equações para cálculo do
coeficiente de vazão (CV) divide-se em dois grupos conforme o tipo
de fluido: fluidos incompressíveis ou fluidos compressíveis

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Válvulas
 FÓRMULA GERAL PARA FLUIDOS INCOMPRESSÍVEIS
A vazão de um fluido incompressível escoando através de uma válvula de controle
pode ser calculado mediante a seguinte equação geral:

Caso a vazão seja fornecida em unidade de massa no caso de misturas de líquido-


gás e líquido-vapor, utilizaremos a seguinte equação:

Onde:
Q = Vazão do fluido em GPM ou m3/h
W = Vazão do fluido em Kg/h ou Lb/h
N1 e N6 = Constantes numéricas que dependem das unidades de medidas
utilizadas, conforme figura 42:

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Válvulas
 EQUAÇÕES GERAIS PARA FLUIDOS COMPRESSÍVEIS
A vazão de um gás ou vapor que escoa através de uma válvula, pode ser calculada
por
qualquer uma das equações a seguir. Deverá ser escolhida aquela que for mais
conveniente, em função dos dados disponíveis:

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Cavitação

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Válvulas
 Pressão de vapor (Pv)

É a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio


termodinâmico com o líquido que lhe deu origem, ou seja, a
quantidade de líquido (solução) que evapora é a mesma que se
condensa. A pressão de vapor é uma medida da tendência
de evaporação de um líquido. Quanto maior for a sua pressão de
vapor, mais volátil será o líquido, e menor será sua temperatura de
ebulição relativamente a outros líquidos com menor pressão de
vapor à mesma temperatura de referência.

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Válvulas
É uma propriedade física que depende intimamente do valor
da temperatura. Qualquer que seja a temperatura, a
tendência é de o líquido se vaporizar até atingir equilíbrio
termodinâmico com o vapor; em termos cinéticos, esse
equilíbrio se manifesta quando a taxa de líquido vaporizado é
igual à taxa de vapor condensado. Uma substância líquida
entra em ebulição quando a pressão do sistema ao qual faz
parte atinge a pressão de vapor dessa substância. Esse
ponto recebe o nome de ponto de ebulição ou temperatura de
ebulição. O ponto de ebulição normal é a temperatura de
ebulição da substância à pressão de uma atmosfera.
Em locais com maior altitude, onde a pressão atmosférica é
menor, a temperatura de ebulição das substâncias líquidas
são mais baixas já que sua pressão de vapor precisa se
igualar a um valor menor (considerando que o sistema é
aberto).

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Válvulas
Esboço do equilíbrio líquido-
vapor da água ao nível do mar.
Quanto mais se aumenta a
temperatura, maior será a taxa
de ebulição da água, mas,
enquanto a pressão exercida
pelo vapor for menor do que a
pressão exercida pela
atmosfera,a quantidade de
moléculas que se condensa
aumenta a medida que
compensa a quantidade de
moléculas que vaporiza,
restabelecendo assim o
equilíbrio dinâmico. Quando a
temperatura atinge 100 graus
Celsius (temperatura de ebulição
da água no nível do mar), a taxa
de vaporização vence a taxa de
condensação: ocorre assim a
mudança de fase da água.

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Válvulas
 Cavitação
É o nome que se da ao fenômeno de vaporização de um
líquido pela redução da pressão, durante seu movimento a
uma temperatura constante. Para todo fluído no estado
líquido pode se estabelecer uma curva que relaciona a
pressão à temperatura em que ocorre a vaporização. Por
exemplo: na pressão atmosférica a temperatura de
vaporização da água é de cerca de 100 °C, ao nível do mar.
Contudo a uma pressão menor, a temperatura de
vaporização também se reduz.

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Válvulas

É fato sabido e previsível – com a


ajuda do teorema de Bernoulli,
que um fluído escoando, ao ser
acelerado, tem uma redução da
pressão, para que a sua energia
mecânica se mantenha
constante. Considere-se um
fluído no estado líquido escoando
com uma temperatura T0 e a
uma pressão P0. Em certos
pontos devido à aceleração do
fluído, como em um bocal,
sucção de uma bomba centrífuga
ou em uma válvula, a pressão
pode cair a um valor menor que a
pressão mínima em que ocorre a
vaporização do fluído (PV) na
temperatura T0.

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Válvulas
Então ocorrerá uma vaporização local do fluído, formando bolhas de vapor. A este
fenômeno costuma-se dar o nome de cavitação (formação de cavidades dentro da massa
líquida). A cavitação e comum em bombas de água e de óleo, válvulas, turbinas
hidráulicas, propulsores navais, pistões de automóveis e até em canais de concreto com
altas velocidades, como em vertedores de barragens. Ela deve ser sempre evitada por
causa dos prejuízos financeiros que causados devido à erosão associada, seja nas pás de
turbinas, de bombas, em pistões ou em canais.
Estas bolhas de vapor que se formaram no escoamento devido à baixa pressão, serão
carregadas e podem chegar a uma região em que a pressão cresça novamente a um valor
superior a PV. Então ocorrerá a “implosão” dessas bolhas se a região do colapso das
bolhas for próxima a uma superfície sólida, as ondas de choque geradas pelas implosões
sucessivas das bolhas podem provocar trincas microscópicas no material da superfície,
originando uma cavidade de erosão localizada. Este e um fenômeno físico a nível
molecular e que se dissemina e tende a aumentar com o tempo causando a ruínas dos
rotores.
Como identificar nos espectros de vibração, identifica-se a cavitação pelo surgimento de
sinais randômicos (sinais sem definição exata), na região de baixa freqüência (80 a 200
Hz) nos espectros de velocidade e em alta freqüência nos espectro de aceleração.
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Válvulas

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Flashing

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Válvulas
 É um fenômeno também devido à vaporização do líquido
por efeito da baixa de pressão, diferindo da cavitação pelo
fato de não haver em seguida um aumento suficiente da
pressão, passando assim o líquido ao estado gasoso e nele
permanecendo. A pressão final do fluido é inferior à tensão
de vaporização do líquido. O “flashing” pode provocar
vibrações da válvula e ruído, embora as suas
conseqüências não sejam tão graves como as da
cavitação. A redução do “flashing” faz-se usando técnicas
análogas às utilizadas para a cavitação.

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Golpe de ariete

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Válvulas
 Dentre esses fenômenos, o mais comum, que ocorre com muita freqüência, e um
dos mais interessantes, é o que se conhece como golpe de aríete. Por golpe de
aríete se denominam as variações de pressão decorrentes de variações da vazão,
causadas por alguma perturbação, voluntária ou involuntária, que se imponha ao
fluxo de líquidos em condutos, tais como operações de abertura ou fechamento
de válvulas, falhas mecânicas de dispositivos de proteção e controle, parada
de turbinas hidráulicas e ainda de bombas causadas por queda de energia no motor,
havendo, no entanto, outros tipos de causas. É o caso típico de condutos de
recalque providos de válvulas de retenção logo após a bomba, e sem dispositivos de
proteção. Neste caso a situação de ocorrência do golpe de forma mais desfavorável
e com mais freqüência, é aquela decorrente da interrupção brusca da energia
elétrica fornecida ao motor da bomba que alimenta o conduto. É nesta situação
onde corriqueiramente se verificam valores extremos para o golpe de aríete. Durante
o fenômeno do golpe de aríete, a pressão poderá atingir níveis indesejáveis, que
poderão causar sérios danos ao conduto ou avarias nos dispositivos nele instalados.
Danos como ruptura de tubulações por sobre pressão, avarias em bombas e
válvulas, colapso de tubos devido a vácuo, etc.

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Válvulas

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Sistema construtivo
das válvulas

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Válvulas
 Quanto ao meio de ligação dos extremos.
As válvulas podem ter as suas extremidades com os mais variados
meios de ligação.

Extremidades roscadas
Extremidades tipo encaixe e solda
Extremidades tipo wafer
Extremidades com solda de topo
Extremidades flangeadas
Extremidades com bolsas

42
Extremidades
roscadas
As válvulas com os extremos roscados são
empregadas onde se deseja a facilidade da
montagem e desmontagem ou ainda onde a solda
se torna difícil ou em muitos casos
impossíveis.Normalmente empregadas em
válvulas de pequenos diâmetros fabricadas em
bronze, que são especialmente indicadas para as
instalações residenciais e prediais e para as
instalações industriais de pequena
responsabilidade como em serviços de baixa
pressão e temperaturas ambientes e para fluidos
não perigosos.Válvulas de ferro fundido ou de aço
forjado para altas pressões e temperaturas
também são fabricadas com seus extremos
roscados.Encontramos no mercado dois tipos
rosca para as válvulas, a rosca segundo a norma
americana ASME /ANSI B1.20.1 (NPT) e a rosca
segundo a norma brasileira NBR 6414 (BSP)

43
Extremidades tipo encaixe e solda

As válvulas com os extremos


do tipo encaixe e solda são
empregadas primordialmente
em instalações industriais de
responsabilidade e onde
se deseja uma estanqueidade
perfeita e ainda facilidade e
rapidez na montagem.São
indicadas para serviços com
altas pressões e
temperaturas.Normalmente
empregadas em válvulas de
pequenos diâmetros
fabricadas em aço carbono
forjado ou aço inox
forjado.Este tipo de ligação é
normalizado pela norma
americana ASME / ANSI
B16.11

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Extremidade tipo wafer

São válvulas de
corpo curto para
serem instaladas
entre flanges ou
ainda em fundo de
tanques e
reatores.São
válvulas leves e
compactas e com
seus extremos
para instalação
entre flanges
conforme as
normas
ASME/ANSI ou
DIN

45
Extremidades com
solda de topo

As válvulas com os extremos do tipo


para solda de topo são empregadas em
instalações industriais de grande
responsabilidade e onde se deseja uma
estanqueidade perfeita. São indicadas
para serviços com altas pressões e
temperaturas e para fluidos
perigosos.Normalmente empregadas em
válvulas de médios e
grandes diâmetros fabricadas em aço ca
rbono fundido ou aço inox
fundido.Também empregado em
válvulas de pequenos diâmetros onde
não se pode empregar a solda de
encaixe.Este tipo de ligação é
normalizado pela norma americana
ASME / ANSI B16.25

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Extremidades flangeadas

As válvulas com os extremos


flangeados são empregadas nos
mais diversos serviços industriais
desde os mais simples aos mais
perigosos para as mais variadas
classes de pressão
e temperatura.Na fabricação de
válvulas flangeadas são
empregados os mais diversos
materiais como o bronze, latão,
alumínio, aços fundidos, aços
forjados,ferros fundidos e ainda
outros mais sofisticados e exóticos
para aplicações especiais.Este tipo
de ligação é normalizado pelas
normas americanas ASME / ANSI
B16.1, B16.5 e B16.24 e pelas
normas alemãs DIN

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Extremidades com bolsa

As válvulas com os extremos


com bolsas e junta elástica
são empregadas
principalmente para as
válvulas fabricadas de
materiais de difícil soldagem e
para a facilidade de
montagem
e desmontagem.Empregadas
principalmente em serviços de
hidráulica e saneamento
ambiental e também em
serviços de irrigação.Este tipo
de ligação é normalizado pela
norma brasileira NBR 7674

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Válvulas
 Quanto à função ou natureza da aplicação

VÁLVULAS DE BLOQUEIO OU DE FECHAMENTO (block valves)


São utilizadas para permitir a passagem total
ou o bloqueio completo de um fluido. São projetadas para trabalhar
totalmente fechadas ou totalmente abertas.
Os tipos existentes são: válvulas gaveta (gate valves) e válvulas macho
(plug, clock valves). Como variantes das válvulas gavetas, temos as
válvulas comporta (slide, blast valves), as válvulas de fechamento rápido
(quick-acting valves) e as válvulas de passagem plena (through conduit
valves) e como variantes das válvulas macho as válvulas de esfera
(ball valves) e as válvulas de 3 ou 4 vias (three&four way valves).

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Válvulas

 VÁLVULAS DE REGULAGEM(throttling valves)


Controlam o fluxo de um fluido, adequando- o a
uma necessidade específica de processo.
Trabalham parcialmente abertas.
Os tipos existentes são: válvulas globo (globe
valves), válvulas agulha (needle valves), válvulas de
controle (control valves), válvulas borboleta
(batterfly valves) e válvulas diafragma (diaphragm
valves).

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Válvulas
 VÁLVULAS QUE PERMITEM O FLUXO EM UM ÚNICO
SENTIDO

Os tipos são os seguintes: válvulas de retenção


(check valves), válvulas de retenção e fechamento
(stop-check valves) e válvulas de pé (foot valves).

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Válvulas
 VÁLVULAS QUE CONTROLAM A PRESSÃO A JUSANTE
Como as válvulas redutoras e reguladoras de pressão.

 VÁLVULAS QUE CONTROLAM A PRESSÃO A MONTANTE


Como as válvulas de segurança e alívio(safety e relief
valves) e as válvulas de contrapressão (back pressure
valves).

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Válvulas

 Válvula auto operada

São as que apresentam um elemento sensor integrado internamente


ao corpo da válvula. São diversos tipos construtivos específicos
para cada finalidade

53
Válvulas
 Válvula de controle

São as que apresentam a capacidade inerente da modulação das


características do fluxo como a vazão, pressão ou temperatura
automaticamente, sem a intervenção manual. Algumas delas são
idênticas às válvulas de bloqueio mas internamente concebidas para
modulação. As suas características são pré-estabelecidas para cada
aplicação

54
Vedação

55
Válvulas
 Vedação do corpo.
Entre o corpo e a tampa deve existir uma junta de vedação para
promover a estanqueidade desta junção.A junta a ser empregada
depende principalmente da responsabilidade do serviço a que
a válvula se destina,podendo variar desde um simples elastômero a
um anel metálico.Para as válvulas empregadas em serviços de baixas
pressões e temperaturas é, geralmente, empregado a junta de PTFE,
para serviços de média responsabilidade são empregadas as juntas
espiraladas e para serviços de responsabilidade são empregadas as
juntas do tipo anel(ring joint) em aço

56
Válvulas
 Vedação da haste:
Este sistema de vedação, também conhecido como “engaxetamento
da haste”, se processa por meio de gaxetas dispostas em torno da
haste e apertadas ou ajustadas por meio de prisioneiros .As gaxetas
são geralmente de anéis de PTFE,aramida grafitada ou de grafite.É o
sistema que garante a vedação da haste,impedindo que o vazamento
do fluido pela haste.Uma das razões que impede a instalação de
válvula sem linhas horizontais com o volante voltado para baixo são,
justamente, os inconvenientes provocados por pequenos vazamentos
da haste.Um dispositivo cônico existente na haste pode tornar a
válvula reengaxetavel sob pressão

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Tipos de acionamentos

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Válvulas
 Operação

 OPERAÇÃO MANUAL
Por meio de volante;
Por meio de alavanca;
Por meio de engrenagens, parafusos sem-fim etc.
 OPERAÇÃO MOTORIZADA (Força motriz externa)
Pneumática;
Hidráulica;
Elétrica.
 OPERAÇÃO AUTOMÁTICA (Dispensa ação externa)
Pelo próprio fluido;
Por meio de molas e contrapesos

59
Válvulas
 Quanto ao acionamento das válvulas:

É o dispositivo que transmite força à haste para dar movimento ao


obturador. Uma das formas de acionamento, talvez a mais comum, é o
volante mas o acionamento pode ainda ser executado por meio de
alavanca, por meios automáticos, elétricos ou pneumáticos.

60
Volante com
acionamento
direto

O movimento de rotação
do volante é transmitido
diretamente para a
haste, isto é, o volante
está diretamente ligado
à haste que pode ser
ascendente ou não

61
Volante com redutor de engrenagens

O movimento de rotação
do volante não é
transmitido indiretamente
para a haste, isto é, o
volante está ligado a um
sistema de engrenagens e
este é que transmite o
movimento à haste.Este
sistema é empregado para
diminuir o torque que deve
ser dado ao volante em
serviços de altas pressões
ou ainda para se diminuir
o tempo de fechamento
para se minimizar a
possibilidade do golpe de
aríete.

62
Válvulas

 Por meio de correntes


Este tipo de acionamento é empregado quando a válvula está
instalada em posição acima do operador e este tem dificuldades em
acessar o volante. Neste caso o volante comum é substituído por outro
próprio para uso com corrente. A válvula poderá ser de haste
ascendente ou não

63
Acionamento Pneumático

Neste caso o acionamento da


válvula deixa de ser manual e
passa a ser chamado de
“acionamento pneumático”. O
acionamento (volante /
alavanca) é substituído por um
dispositivo, pistão ou diafragma,
que funciona com a pressão de
entrada e saída de ar
comprimido. O suprimento do ar
comprimido pode ser manual ou
automatizado.Essas válvulas
podem ter a função de bloqueio
ou ainda de regulagem e
modulação do fluxo

64
Acionamento
Elétrico
Neste caso o acionamento
da válvula deixa de ser
manual e passa a ser
chamado de “acionamento
elétrico”. O acionamento
(volante / alavanca) é
substituído por um motor
elétrico, que pode ser de
acionamento direto ou
por meio de redutores. A
ligação elétrica pode ser
manual ou
automatizada.Essas válvulas
podem ter a função de
bloqueio ou ainda de
regulagem e modulação do
fluxo.
65
Acionamento automático

O acionamento das
válvulas automáticas se
processa sem a
interferência do
operador, é a ação do
próprio fluido que faz
com que a válvula seja
acionada.Neste tipo de
acionamento podemos
incluir as válvulas
unidirecionais,
conhecidas como
válvulas de retenção, as
válvulas reguladoras de
pressão e as válvulas de
segurança e alívio

66
Materiais Construtivos

67
Válvulas
 Ferro fundido.

O ferro fundido cinzento ASTM A126/B é empregado na construção do


corpo e castelo das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio
de ligação utilizado é o flange com dimensões conforme ASME/ANSI
B16.1, com faces planas.

68
Válvulas
 Aço carbono.

O aço carbono fundido ASTM A216/WCB é empregado na construção


do corpo e interno das válvulas de médio e grandes diâmetros com
extremidades flangeadas conforme ASME/ANSI B16.5, com face
plana ou com ressalto ou ainda com pontas para solda de topo
conforme ASME/ANSI B16.25

69
Válvulas

 Aço inox.

O aço inox fundido ASTM A351/CF8 ou ASTM A351/CF8M é


empregado na construção do corpo e interno das válvulas de
pequenos e grandes diâmetros com extremidades flangeadas
conforme ASME/ANSI B16.5 com face com ressalto o uainda com
pontas para solda de topo ASME/ANSI B16.25.

70
Válvulas

 Aço-liga.
É um tipo de aço com a adição de algum elemento químico acima da
quantidade de carbono encontrados no aço-carbono comum (até 2%
de carbono, a qual acima desta quantidade seria o aço muito duro e
com pouca resistência à tração) sendo utilizado com o objetivo de
melhorar alguma propriedade física, química ou físico-química, por
exemplo, na resistência à abrasão, à corrosão, ao choque,entre outros.

71
Válvulas

 PTFE -Teflon

É o material mais usado na vedação das válvulas e por suas


características químicas não requer lubrificação e é quimicamente
muito resistente, sua principal limitação é a temperatura que pode
variar entre -30oC e 140oC

72
Componentes das
válvulas

73
Válvulas

74
Especificações

75
Válvulas
 Com os dados fornecidos é possível elaborar a ficha técnica do
produto, montar a especificação da válvula e determinar o modelo
que atende tais necessidades.

 Norma
 Diâmetro nominal (DN)
 Classe de pressão
 Material do corpo

76
Válvulas
 Normas
As normas construtivas mais importantes são:

 API
 ISO

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Válvulas
 API

Existe um grande número de associações nacionais e estrangeiras


que emitem normas,recomendações, especificações e
boletins,voltados para a indústria do petróleo. Dentre estas
instituições podemos citar o American Petroleum Institute (API) como
uma das associações mais ativas nesta área. Os documentos técnicos
emitidos pelo API são,via de regra, claros, com informações precisa se
objetivas, com um texto linear, ou seja, com princípio, meio e fim,
bastando ter conhecimentos básicos de inglês

78
Válvulas

 Descrição das normas API


O conjunto das normas API abrange os vários campos de atuação da
indústria do petróleo e dentre eles incluem-se as válvulas. Algumas
normas relacionadas
 API 6A
 API 17A
 API 6D

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Válvulas
 ISO
American National Standards Institute (literalmente traduz-se
como "Instituto Nacional Americano de Padrões"), também
conhecido por sua sigla ANSI, é uma organização
particular estado-unidense sem fins lucrativos que tem por
objetivo facilitar a padronização dos trabalhos de seus
membros.Segundo a própria organização, o objetivo é melhorar
a qualidade de vida e dos negócios nos Estados Unidos. São
conhecidos por terem inúmeros padrões, entre eles o ANSI
C que serve como guia na escrita de compiladores e de
programas nesta linguagem de programação. Por ser uma
entidade padrão de uma economia forte , outras entidades
semelhantes no mundo seguem alguns dos padrões adotados
pela ANSI.Seu equivalente no Brasil seria a ABNT

80
Válvulas

 Algumas normas ISO relacionadas

 ISO 5808 – ensaio de pressão


 ISO 17292 - válvula esfera

81
Válvula
 Diâmetro nominal (DN)

Entende-se por diâmetro nominal das válvulas a área ou região por


onde são conectados tubulações e/ou equipamentos. Estas
extremidades podem ser concebidas com formas construtivas as mais
diversas, em função das características próprias de projeto. No geral
encontramos válvulas com DN de até 72 pol.

82
Válvula
 Classes de pressão

Este é um número orientativo e adimensional que define os limites de pressão mínimo


e máximo ao qual a válvula pode operar de acordo com certa temperatura e material de
construção (Rating*). Esses limites variam de forma inversamente proporcional à
temperatura do fluido. O número que vem logo após a palavra “classe” não tem relação
com a pressão a qual a válvula pode operar. Para as válvulas que têm sua construção
de acordo com a norma ASME B 16.34 os valores de classes de pressão encontrados
são: 150, 300, 600, 900, 1500, 2500 e 4500. Para temperaturas entre -29 °C até 270
°C na classe 150 e até 454 °C nas classes 300 e acima, para o aço carbono ASTM A
216 gr. WCB. Esses números determinam uma faixa de trabalho em que a válvula pode
operar e de acordo com a temperatura do fluido. Para aquelas construídas conforme a
norma DIN os valores são dados considerando-se que a temperatura do fluido esteja
entre -10 °C a 120 °C e os valores encontrados são: PN 6, PN 10, PN16, PN 25, PN 40,
PN 63, PN 100, PN 160, PN 250, PN 320 e PN 400. Pela norma ASME B 16.34 os
valores de pressão são dados em psi e os valores de temperatura são dados em °F e
são baseados para aplicações em vapor d’água. Na norma DIN (alemã) os valores estão
em bar e a temperatura em °C. As iniciais PN significam “Pressão Nominal”. Todas as
características dimensionais das válvulas, principalmente naquelas cujas conexões são
flangeadas, são baseadas no valor de sua classe de pressão. .

83
Válvula
 Material do corpo

São materiais empregados na fabricação das válvulas tais como: aço


carbono, aço inox e aço liga.

84
Tipos de Válvulas

85
Válvulas
 Os tipos de válvulas são classificados em função dos respectivos
tipos de corpos, e portanto, quando estivermos falando de tipos de
válvulas subentenderemos tipos de corpos. Podemos agrupar os
principais tipos de válvulas em dois grupos:
 Deslocamento linear: Define-se por válvula de deslocamento linear, a válvula na
qual a peça móvel vedante descreve um movimento retilíneo, acionada por uma
haste deslizante. Ex: Globo, Gaveta, PSV, Agulha e Diafragma

 Deslocamento rotativo: Uma válvula de deslocamento rotativo é aquela na qual a


peça móvel vedante descreve um movimento de rotação acionada por um eixo
girante. EX: Esfera, Borboleta e Macho

86
Válvulas
 Tipos de válvulas

 VÁLVULA DE SEGURANÇA VAPOR E ÁGUA


 VÁLVULA GLOBO.
 VÁLVULA DE RETENÇÃO.
 VÁLVULA ESFERA (FECHO RÁPIDO)
 VÁLVULA AGULHA.
 VÁLVULA BORBOLETA.
 VÁLVULA GAVETA
 VÁLVULA DE CONTROLE.

87
Tipos de Válvulas
Válvula de segurança
88
Válvulas
 Introdução

As válvulas de segurança e/ou alívio (Pressure Safety Valve) são


dispositivos automáticos de alívio de pressão ( POP) uma vez atingida a
pressão de abertura sendo obrigatórios em vasos de pressão ou
caldeiras, cuja pressão interna seja superior à pressão atmosférica,
evitando as conseqüências da exposição às condições perigosas de
sobrepressão. Desta forma, em todo vaso de pressão sujeito a pressão
positiva superior a 15 psig é obrigatória a instalação de pelo menos
uma válvula de segurança e/ou alívio ajustada na PMTA do vaso ou
abaixo desta e cuja capacidade de vazão seja igual ou superior ao
volume do fluido fornecido a este.

89
Válvulas

 A função de toda válvula de segurança instalada em caldeiras, vasos


de pressão ou tubulações, em processos industriais, é aliviar o
excesso de pressão, devido ao aumento da pressão de operação
acima de um limite pré-estabelecido no projeto do equipamento por
ela protegido. As conseqüências de sua falha podem ser: a perda de
vidas e/ou do capital investido. Desta forma os riscos que podem ser
causados pelo excesso de pressão dentro de um vaso ou caldeira, são
eliminados automaticamente com a utilização das válvulas de
segurança, desde que estejam corretamente especificadas,
dimensionadas, instaladas e mantidas.

90
Válvulas

 O objetivo de se instalar uma válvula de segurança é a proteção de


vidas e propriedades. Essa proteção ocorre quando a válvula é capaz
de descarregar uma determinada taxa de fluxo, suficiente para reduzir
a pressão de um sistema a um nível seguro. Essa taxa deve ser
prevista em seu dimensionamento, considerando a pior condição
esperada.

91
Válvulas
 Histórico das Válvulas de Segurança.

A válvula de segurança é um dispositivo de alívio de pressão que existe desde


1682, quando na Inglaterra foi inventada por um físico francês chamado Denis
Papin. O modelo inventado por Papin funcionava com um sistema de
contrapeso, onde um peso ao ser movimentado ao longo de uma alavanca
alterava sua pressão de ajuste. A válvula desenvolvida por Papin conseguia
proteger um equipamento, cuja pressão alcançava 8,0 atm! (8,3 kgf/cm²) A
válvula de contrapeso devido a sua falta de precisão foi responsável por
diversas explosões de caldeiras e vasos de pressão e conseqüentes perdas de
vidas. O Código ASME Seção I e Seção VIII não permite que sejam instaladas
válvulas de contrapeso em caldeiras e vasos de pressão, respectivamente.
Somente a partir de 1869 é que foi inventada a válvula de segurança tipo mola
sob carga (mola helicoidal) a partir do projeto de dois americanos, George
Richardson e Edward H. Ashcroft. De acordo com os registros da época, sua
válvula era muito utilizada na proteção de locomotivas a vapor.

92
Válvulas
 Histórico do Código ASME
O ASME (American Society of Mechanical Engineers) foi organizado em 16 de fevereiro de
1880 como uma Sociedade Técnica e Educacional de Engenheiros Mecânicos. Este código
nasceu da necessidade de proteger a segurança do público e fornecer uma uniformidade na
fabricação de caldeiras e vasos de pressão. Mesmo com as constantes explosões de
caldeiras e vasos de pressão que havia no início do Século XIX, não havia nos EUA um código
de projeto de caldeiras.Entre os anos de 1905 e 1911 houve na região de New England nos
Estados Unidos, aproximadamente 1700 explosões de caldeiras e que resultou na morte de
1300 pessoas.Sem dúvida uma das mais importantes falhas de caldeiras e que resultou em
explosão e,conseqüentemente, morte e ferimento de várias pessoas, ocorreu em 10/03/1905
na fábrica de sapatos Brockton. Esta explosão resultou na morte de 58 pessoas e ferindo
gravemente outras 117, acabando com a fábrica. Em função disto o ASME foi chamado para
elaborar um código de projeto. Foi esta catástrofe que em 1906 incumbiu o estado de
Massachusets de impulsionar a formação de uma junta de 5 membros do ASME para elaborar
e escrever Regras para o projeto e construção de Caldeiras. Assim foi formado um Comitê de
Caldeiras e Vasos de Pressão e com este surgiu a primeira seção do código ASME para Vasos
de Pressão Submetidos a Fogo (Caldeiras). Sua primeira edição foi em 15/12/1914, um livro
com 114 páginas. Atualmente são 28 volumes com mais de 16000 páginas, sendo 12
volumes direcionados apenas para caldeiras nucleares. Esta seção do código tornou-se uma
exigência obrigatória em todos os estados dos EUA que reconheceram a necessidade por um
regulamento. Foi publicada então em 1914 e formalmente adotada na primavera de 1915.

93
Válvula de segurança

A válvula de segurança é
um dispositivo automático
de alívio de pressão,
movimentado por mola ou
peso, mais adequado para
descargas não muito
grandes e fluidos poucos
corrosivos, e proporciona
uma vedação perfeita
cessada a sobre-pressão.
São largamente utilizadas
nas refinarias de petróleo.
O termo válvula de
segurança é utilizado
genericamente, englobando
as classificações válvula de
segurança, válvula de
alívio, válvula de segurança
e alívio e válvula de
segurança piloto operada.

94
Válvulas
 As válvulas de segurança são projetadas a fim de
garantir a segurança dos equipamentos, com máxima
eficiência e menor custo operacional e de
manutenção, para tanto a escolha da válvula certa
para cada condição de trabalho é fundamental e deve
ser feita por pessoal qualificado. As diferenças
básicas entre válvulas de segurança e alívio estão na
tabela abaixo:

95
Válvulas

Características Válvula de segurança Válvula de Alívio

Fluido Vapores e gases Líquido

Castelo Normalmente aberto Fechado

Descarga Sistema aberto Sistema fechado

Orifício Padronizado Não padronizado

Contrapressão Pequena a isenta Variável

96
Válvulas
São dispositivos para gases que têm sido
especificamente projetados para dar abertura total com
pequenas sobre-pressão. Um bocal é geralmente usado
na entrada da válvula.
Uma carga estática desenvolvida pelo orifício
secundário sobre uma área maior do disco e a energia
cinética do gás são utilizadas para superar a força da
mola atuando no disco quando este se eleva, resultando
uma ação de disparo ou de estalo (“pop action”).
Para uso em refinarias de petróleo as molas são
usualmente externas ou cobertas com castelos para
protegê-las da umidade e outros agentes corrosivos e
para se ter uma forma de coletar possíveis vazamentos
pela haste ou guias.

97
Válvulas

98
Válvulas

99
Válvulas
 Operação

O principio básico de operação das válvulas de segurança e/ou alívio é que nenhuma
força externa é necessária; elas são auto-atuadas, a pressão do processo fornece a força
requerida para abrir a válvula. Desta forma o funcionamento das válvulas de segurança
e/ou alívio do tipo mola sob carga é baseado no equilíbrio de forças entre a pressão do
processo que atua no sentido ascendente (na área efetiva da vedação entre disco e bocal )
e a força descendente exercida pela mola. Contrária a esta força existe a pressão do
processo atuando sob a área de vedação do disco e que tende sempre a abrir a válvula,
(conforme aparece na figura ao lado): Assim que a pressão de ajuste é alcançada o
diferencial de forças que mantém a válvula fechada é anulado. Quando a válvula de
segurança é estilo convencional e operando com fluidos compressíveis (gases ou vapores)
existem duas forças que atuam sobre o disco de vedação quando ela ainda está fechada:
Primeiramente a compressão da mola, podendo ser somada a esta qualquer contrapressão
atuando sobre o disco. Estas forças tendem sempre a fechar a válvula. Nas válvulas
balanceadas as forças exercidas pela contrapressão são automaticamente anuladas pelo
fole. Quando a pressão de ajuste é alcançada e ligeiramente excedida, (conforme aparece
na próxima figura), a pressão começa a atuar na área do anel do bocal (câmara B) e as
forças que tendem a fechar a válvula ficam elevadas devido ao curso de elevação do disco,
aumentando a compressão da mola, e conseqüentemente, a energia armazenada nesta
também aumenta proporcionalmente. Nos fluidos compressíveis o curso de elevação do
disco ocorre em duas etapas: na primeira etapa esse curso alcança 70% do curso máximo,
os 30% restantes são alcançados pela sobrepressão do processo.

100
Válvulas

101
Válvulas

102
Válvulas
 Possíveis Causas para o Aumento de Pressão

Falhas em equipamentos elétricos ou mecânicos


Falha no sistema de utilidades
Falha de válvula de controle automática (redutora)
Abertura de válvula de admissão de alta pressão para um processo de
baixa pressão (falha operacional)
Falha no fechamento de válvula de retenção
Fechamento de válvula de bloqueio na saída de um vaso de pressão
(falha operacional)
Reações químicas entre fluidos
Obs: a válvula só irá fechar quando houver uma correção na causa do
aumento de pressão.

103
Válvulas
 Todas as válvulas de segurança que protegem o corpo da caldeira (balão
e superaquecedor) devem ser capazes de aliviar o excesso de pressão
desta, de tal forma que a pressão máxima de acúmulo não ultrapasse
6% da PMTA (Pressão Máxima de Trabalho Admissível) com todas as
válvulas de segurança totalmente abertas e aliviando. Para isso a soma
da capacidade de vazão dessas válvulas deverá ser igual ou superior à
capacidade máxima de vaporização da caldeira. A válvula de segurança
instalada no superaquecedor deverá sempre ser a primeira a atuar no
caso de uma sobrepressão da caldeira, com isso haverá sempre um
fluxo contínuo através dos tubos do superaquecedor. A temperatura do
vapor saturado entrando nesses tubos apesar de alta será sempre
menor que a temperatura do vapor superaquecido, ocorrendo a
refrigeração de seus tubos.

104
Válvulas
 MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO
A manutenção criteriosa e sistemática é o ponto principal para o
prolongamento da vida útil e bom desempenho da válvula de
segurança. As válvulas de alívio e segurança, devem ser retiradas para
manutenção e inspeção, a norma ABNT-PNB-284, fixa em pelo menos
uma vez ao ano, ou sempre que possível durante uma parada e
despressurização da linha ou equipamento. É necessário que cada
válvula tenha uma ficha individual de acompanhamento onde deverão
ser anotados os dados técnicos da válvula, equipamento protegido,
condições de operação e histórico de inspeção. As válvulas de
segurança devem possuir um programa de manutenção preventiva,
visando garantir o funcionamento adequado das válvulas e a
manutenção da proteção esperada, baseada nas características
operacionais: - Abertura; - Fechamento; - Curso. Ao retirar as válvulas de
segurança do equipamento, deve-se verificar as tubulações de entrada
e saída quanto à corrosão ou presença de depósitos e efetuar a limpeza
da tubulação. Deve-se tomar cuidado no manuseio da válvula a fim de
evitar causar algum dano por queda ou choques.

105
Válvulas

 As válvulas de segurança e alívio podem ser dos tipos mola sob carga
(convencional ou balanceada) e piloto operadas

106
Válvulas
convencionais

A válvulas convencional é
aquela utilizada em vasos de
pressão ou tubulações e que
podem descarregar
diretamente para a
atmosfera (conforme esta
que aparece na figura ao
lado), dependendo do tipo
de fluido. Sua pressão de
ajuste pode ser alterada pela
contrapressão superimposta
variável quando o flange de
saída é conectado a um
coletor que recebe a
descarga vinda de outras
fontes

107
Válvulas
Essas podem ser utilizadas sob condições de contra pressão
superimposta constante, desde que tenham o castelo e o capuz
totalmente fechados e vedados e que o valor desta contrapressão seja
devidamente descontado do valor da pressão de ajuste requerida pelo
processo.Esse tipo de válvula é projetado de acordo com os
requerimentos do código ASME Seção VIII para aplicações com
diferentes tipos de fluidos e diversas opções de materiais e projetos. A
válvula convencional pode ser convertida em balanceada apenas pela
inclusão de um fole e a respectiva junta de vedação entre este e o
corpo, desde que seja do mesmo tamanho de orifício e fabricante. O
plug do castelo de uma válvula convencional pode ser retirado, (se
houver) quando a descarga é feita diretamente para a atmosfera, com
exceção das válvulas que possuem a alavanca aberta

108
Válvulas balanceadas

A válvula balanceada,
(conforme esta que é
mostrada na figura ao
lado) possui um fole que
cobre a parte superior
do suporte do disco e a
guia da válvula. A área
do disco é igual à área
do fole, e é essa
equalização de áreas
que anula as forças que
atuam no sentido axial
do suporte do disco,
com isto a pressão de
ajuste não é afetada
pela contrapressão.

109
Válvulas
Essa válvula pode ser utilizada em condições de contrapressão variável
limitada a 50% da pressão de ajuste ou também para isolar o suporte do
disco, guia e toda a parte superior da válvula do fluido de processo ou do
fluido da própria contrapressão, podendo ser ele corrosivo ou altamente
viscoso. Um fluido muito viscoso atuando no sistema de guia de uma
válvula de segurança convencional pode atrasar seu ciclo operacional,
aumentando seu diferencial de alívio (Blowdown) e, conseqüentemente,
aumentando as perdas do produto durante a descarga.O fole anula ou
minimiza os efeitos da contrapressão que atuam sobre o suporte do
disco, fazendo com que esses não alterem o valor da pressão de ajuste
da válvula.

110
Válvulas
A região interna do castelo de uma válvula de segurança balanceada deve atuar
na pressão atmosférica para que o fole se retraia e se estenda livremente
durante o ciclo operacional desta. Isto é conseguido através do furo de alívio
existente no castelo (que obrigatoriamente deve ser mantido aberto)
e que também permite monitorar a integridade do fole. Existem também as
válvulas de segurança com fole não-balanceado que são utilizadas apenas para
isolar a parte superior do castelo de fluidos viscosos ou corrosivos, não
anulando os efeitos da contrapressão. Além das válvulas balanceadas com fole,
existem também aquelas balanceadas com pistão, utilizadas para condições
mais severas. Nessas, a área do pistão é igual a área de vedação do disco,
causando assim a neutralização das forças produzidas pela contrapressão.
Devido à folga existente entre o diâmetro externo do pistão e o diâmetro interno
da guia, um pequeno vazamento pode ser esperado.Existem válvulas que são
balanceadas por fole e pistão, nessas o pistão só é exigido após a quebra do
fole.

111
Alavanca de
acionamento

A válvula de segurança é o mais importante


acessório instalado num vaso de pressão ou
caldeira em relação a sua proteção,
representando a melhor garantia para que a
pressão de operação não exceda o valor
estabelecido para a PMTA. Sendo que
durante a operação normal a válvula
raramente é solicitada para atuar, uma boa
prática é verificar a liberdade de movimento
de seus componentes internos através da
atuação manual da alavanca de
acionamento para que a válvula possa
descarregar uma pequena quantidade de
fluido.

112
Válvulas
A alavanca de acionamento (conforme esta que aparece na figura ao
lado) é um item obrigatório para as válvulas de segurança instaladas em
caldeiras. Quando operando em vasos de pressão elas deverão ter
alavanca de acionamento manual sempre que o fluido for compressível
(gases e vapores) ou no caso de água quente acima de 140°F (60°C).
Essa alavanca tem a função de abrir a válvula manualmente quando a
pressão do processo estiver abaixo de sua pressão de ajuste; em casos
de emergência, se a válvula de segurança não abrir na pressão de ajuste
especificada; quando os prazos entre inspeção e manutenção são longos
e através do acionamento dela confirmar o livre movimento de seus
componentes internos ou até mesmo para expulsar algum material
estranho que tenha ficado preso entre as sedes no momento do
fechamento da válvula. O acionamento dessa alavanca só deve ser
efetuado quando a pressão mínima do processo for de 75% da pressão
de ajuste da válvula de segurança.

113
Válvulas
Se isto não for obedecido e a alavanca for intencionalmente acionada, e
com uma pressão menor atuando sob o disco, a vedação da válvula
poderá ser danificada em função do diferencial de forças existente neste
momento, entre a força da mola e a força gerada pela pressão do
processo (atuando na área interna de vedação do bocal), não ser
suficiente para amortecer a força da mola. No caso de líquidos que
possam cristalizar em volta da superfície de vedação do bocal, o
acionamento periódico da alavanca facilita a limpeza dessa região, para
que o acúmulo de produtos naquele ponto não venha a interferir com a
capacidade de vazão da válvula, numa eventual operação desta. Na a
instalação da válvula de segurança no equipamento a ser protegido, a
alavanca deve sempre ficar posicionada de tal forma que fique acessível
para ser facilmente acionada numa eventual emergência, isto é, seu
acionamento não pode ser limitado por tubulação, parede, estruturas,
etc.

114
Válvulas
Contrapressão

Uma análise do equilíbrio da força exercida pela mola sobre o disco de


vedação com a válvula ainda na posição fechada mostra, que a força
exercida pela pressão do fluido atuando sob o lado de entrada do disco
pode ser balanceada pela força da mola. Porém, se houver pressão
atuando no flange de saída (contrapressão) a pressão de ajuste pode ser
proporcionalmente elevada. Se a contrapressão varia enquanto a válvula
está fechada, a pressão de ajuste pode mudar. Se a contrapressão varia
enquanto a válvula está aberta e aliviando, o curso de levantamento do
disco e a capacidade de vazão através do bocal da válvula podem ser
afetados. Assim, a contrapressão (P2) é a pressão que atua no lado da
descarga de uma válvula de segurança e/ou alívio, podendo atuar a
favor ou contra a força exercida pela mola antes e/ou durante o processo
de alívio. Essa contrapressão pode ser superimposta (constante ou
variável) ou desenvolvida.

115
Válvulas
Superimposta

(constante ou variável) – pressão existente na conexão de descarga


antes de ocorrer a abertura da válvula de segurança, proveniente de um
sistema de descarga fechado, (coletor, etc). Ela aumenta a pressão de
ajuste da válvula proporcionalmente ao seu valor somado ao valor da
pressão atmosférica.

116
Válvulas

117
Tipos de válvulas
Válvula de Alívio
118
Válvulas de Alívio

(Relief valve)
Dispositivo automático de
alívio de pressão
caracterizado por uma
abertura progressiva e
proporcional ao aumento
de pressão acima da
pressão de abertura.
Usada para fluídos
incompressíveis (líquidos).

119
Válvulas
As válvulas de alívio são geralmente utilizadas para líquidos. Com o acúmulo da
pressão no vaso, a mola é comprimida permitindo o disco elevar. Isto provoca
uma área adicional que permite um aumento da vazão do fluido. A gradual
elevação do disco com o aumento da pressão é uma característica que
distingue as válvulas de alívio das válvulas de segurança, nas quais o disco
atinge seu curso máximo com baixa sobre-pressão. As válvulas de alívio para
líquidos atingem sua capacidade nominal com 25% de sobre-pressão. Para
válvulas de alívio de alto curso, o curso é maior que um quarto do diâmetro do
bocal, do que resulta uma área de passagem entre o bocal e o disco maior que
a área do bocal.
Algumas válvulas de alívio têm o disco com guias inferiores. Este arranjo é
satisfatório para fluidos limpos, mas uma vez que as guias estão em contato
com o fluido a ser aliviado, alguma corrosão ou depósitos podem causar um
engripamento da guia, resultando um aumento de pressão de abertura
completa falha de abertura quando requerida.

120
Tipos de Válvulas
Válvula de Segurança e Alívio
121
Válvulas

 (Safety relief valve)


Podem operar tanto como válvulas de segurança
como válvulas de alívio, dependendo da aplicação.
A descarga da válvula pode ser feita para a
atmosfera ou para um sistema que mantenha uma
contrapressão variável ou constante, superior à
pressão atmosférica. Dependendo do efeito da
contrapressão no seu funcionamento, as válvulas
de segurança e alívio são consideradas como
convencionais ou balanceadas

122
Válvulas

123
Válvulas
 VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO COM LÍQUIDOS
A abertura inicial é ocasionada pela pressão do líquido sob o disco
que excede a força da mola que mantinha a válvula fechada.
As válvulas operando líquido requerente 25% de sobre-pressão
para alcançar o curso máximo, devido à ausência de efeitos
expansivos.
Quando a pressão aumenta acima da pressão de abertura da
válvula o disco se eleva da sede, permitindo um aumento de vazão
através da válvula. Quando a vazão aumenta, a direção do fluxo é
mudada aproximadamente 180º e dirigida de cima para baixo pelo
contato inferior do disco. O curso máximo é necessário para que a
razão seja controlada apenas pelo orifício do bocal.
Conseqüentemente, a válvula de segurança e alívio alivia numa
proporção direta a sobre-pressão. Devido às forças reativas
envolvidas na mudança da direção do fluxo em 180º, o curso
alcançado é ligeiramente maior que a que se obteria pela sobre-
pressão somente.

124
Válvulas
 VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO OPERANDO COM GASES
Quando uma válvula está fechada durante a operação normal, a pressão do vaso
atuando contra a área A é resistida pela força da mola. Quando a pressão do vaso
aumenta, a pressão da área A tende a se igualar à pressão da mola. Em operação
com gás a válvula deve “ferver” (simmer) antes de disparar (pop).
Quando a pressão no vaso alcançar cerca de 98 ou 99% da pressão de abertura
haverá um pequeno escapamento entre as superfícies de assentamento para o
compartimento B. (Este escapamento é audível). Como resultado da restrição no
orifício secundário anelar se desenvolverá uma pressão em B. Essa pressão atuante
na área B somada à pressão atuante na área do disco proporciona o início da
elevação do disco.
Com o aumento da pressão e o início da elevação disco surge um escapamento
maior que criará uma pressão maior em B e em C. Nesse instante a soma dessas
pressões supera a força da mola e a válvula abre um estalo (pop). A pressão neste
instante é denominada Pressão de Abertura.
A vazão è restringida pela abertura entre a sede do bocal e a sede do disco até que
a sede do disco tenha se elevado da sede do bocal de aproximadamente um quarto
do diâmetro do bocal. Após o disco ter atingido esse grau de elevação, a razão é
restringida mais pela área do bocal que pela área entre as superfícies de
assentamento. Esta condição de uso máximo pode ser obtida com 5 ou 10% de
sobre-pressão, dependendo do fabricante.

125
Válvulas

126
Válvulas
 Estando a válvula aberta e a pressão no
equipamento descendo, o fechamento só vai
ocorrer quando a força da mola sobrepujar as
pressões atuando nas áreas do disco e do suporte
do disco. A pressão no vaso nesse instante é a
Pressão de Fechamento. Como as restrições dos
orifícios (anulares) são agora bem menores que no
instante de abertura, resulta que PB F > PB A e PC F >
PC A e conseqüentemente a pressão de fechamento
é menor que a pressão de abertura.

127
Válvulas

128
Válvulas

129
Válvulas
A posição do anel de descarga faz variar as
restrições dos orifícios anulares secundários. Assim
é que em conseqüência as pressões criadas nos
compartimentos B e C podem ser variadas. Como as
restrições para o anel alto são maiores PB 1 > PB 2 e
PC1 > PC 2 . Em conseqüência, P V 1 > P V 2 .
Elevando-se o anel de descarga diminui-se a
pressão de fechamento, e vice-versa.
ANEL ALTO – PRESSÃO DE FECHAMENTO MENOR
ANEL BAIXO – PRESSÃO DE FECHAMENTO MAIOR

130
Válvulas
 VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO CONVENCIONADAS
Podem ter o castelo especificado para ser aberto para a
atmosfera ou para o lado de descarga da válvula. Usualmente
o castelo é aberto para a saída.
Válvulas de segurança e alívio convencionais tem sido
empregadas onde a descarga é feita através de um curto
pedaço de tubo para a atmosfera ou para um sistema
receptor (manifold) de baixa pressão que leva a descarga de
uma ou mais válvulas até um local remoto.
Redução no tamanho para reduzir custos do manifold de
alívio pode resultar no acréscimo de sua pressão de
operação. Como a contrapressão na descarga da válvula
convencional pode afetar sua pressão de abertura e o
desempenho em vazão, deve-se fornecer ao fabricante o valor
da contrapressão.

131
Válvulas
Muitas válvulas convencionais têm os discos com área maior que a
área do bocal. O efeito da contrapressão nestas válvulas é
mostrado na figura 9. Se o castelo é aberto para a atmosfera, a
contrapressão atua no mesmo sentido da pressão do equipamento,
ou seja, contrariando a força da mola. Isto faz a pressão de alívio
menor do que quando ajustada com pressão atmosférica na saída.
Por outro lado, se o castelo é aberto para a descarga da válvula,
que está numa pressão maior que a atmosférica, esta
contrapressão age no mesmo sentido da força da mola,
aumentando, portanto a pressão de abertura.
Se a contrapressão é constante, pode ser levada em conta no
ajuste de pressão de abertura. Em operações, quando um
determinado número de válvulas descarrega num mesmo manifold,
a contrapressão não é constante. As válvulas convencionais
mostram um desempenho insatisfatório sob contrapressão devido a
algumas forças desbalanceadas que afetem a pressão de abertura

132
Válvulas

133
Válvulas
 VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO BALANCEADAS
São aquelas nas quais a contrapressão tem muito
pouca influência na pressão de abertura. Estas válvulas
são de dois tipos: do tipo com pistão e do tipo com fole,
como está mostrado esquematicamente na figura 11.
No tipo com pistão, embora existam algumas variações
de fabricante para fabricante, a guia é aberta de tal
forma que a contrapressão em faces opostas no disco
da válvula se cancelam, e a face do topo do pistão, que
tem a mesma área que o bocal, esta sujeita à pressão
atmosférica por ser o castelo aberto para a atmosfera.

134
Válvulas
No tipo com fole a área afetiva do fole é a mesma do
bocal e por estar o fole preso ao corpo da válvula,
exclui a contra pressão da ação do topo do disco. A
área do disco externa ao fole é cancelada pela área
do disco externa ao bocal,
Assim não existem forças desbalanceadas sob
qualquer contrapressão. O fole isola do castelo o
fluido de serviço. Para se precaver de um possível
furo ou ruptura do fole, o castelo deve ser aberto
para um local separado da descarga.

135
Válvulas

136
Válvulas
 VÁLVULAS DE SEGURANÇA PILOTO OPERADAS
As válvulas piloto-operadas são utilizadas para altas
pressões e quando se necessita de alta capacidade,
porque proporciona uma ampla abertura,
possibilitando ótima vedação e custam menos que
as válvulas de segurança e alívio de grandes
diâmetros.
O sistema de controle da válvula é diretamente pela
pressão do fluido. A válvula piloto sente a pressão
do vaso e atua na válvula principal.

137
Válvulas

138
Válvulas
 O sistema de controle da válvula é atuado diretamente pela pressão
do fluido. A válvula é mantida fechada pela pressão estática
atuando contra o pistão, que tem aproximadamente o dobro da
área da entrada. Quando a pressão alcança a pressão de abertura,
o relé disparador abre instantaneamente. A ação de levantamento
fechará o relé diferencial, cortando a alimentação do fluido. A
abertura do relé disparador provocará uma rápida exaustão do
pequeno volume acima do pistão da válvula principal, para a
atmosfera (ou para algum ponto de descarga remoto se for o caso).
A válvula principal então abre rapidamente e completamente,
devido ao pistão ser impulsionado pela força de pressão de
entrando aplicada sobre o seu lado inferior. Sobre-pressão não é
requerida para se alcançar o curso máximo até que a pressão do
vaso seja reduzida a uma pressão predeterminada. Isto é
conseguido porque a área do relé diferencial sendo ligeiramente
maior que a do relé disparador, aquele é mantido fechado pela
pressão estática do vaso.

139
Válvulas
O movimento de abertura da válvula piloto transfere a
função de sensibilização do relé disparador para o relé
diferencial que comandará a exaustão e o curso da
válvula principal.
Quando a pressão no vaso for reduzida, e somente
então, a força de pressão no relé diferencial é superada
pela carga da mola e dispara a abertura do relé
diferencial e fechamento do relé disparador. A pressão
de entrada é então rapidamente dirigida ao topo do
pistão da válvula principal que fecha suave e
firmemente. A condição de pressão estática é reaplicada
e as forças originais mantêm a válvula fechada e
estanque.

140
Válvulas

141
Válvulas
 CALIBRAÇÃO
ENSAIO DE ABERTURA E FECHAMENTO
De acordo com o serviço da válvula de segurança, líquido ou gás,
teste-a com água ou ar, respectivamente. Os fluidos de ensaio
devem estar isentos de óleo e partículas sólidas em suspensão.
Podem também usar nitrogênio para testar as válvulas.
Para execução dos ensaios é necessária a instalação de um
reservatório de acumulação intermediário, de onde se tem o
suprimento de ar ou gás. Este reservatório deve possuir um
regulador de entrada, uma válvula de bloqueio na saída e um
manômetro aferido.
Para se determinar a pressão de ajuste, siga os seguintes passos:
Válvulas Convencionais (sem fole)
 Verifique a pressão de abertura da válvula.
 Verifique a contrapressão que irá atuar na válvula.

142
Válvulas
Subtraia a contrapressão constante da pressão de
abertura para obter a pressão de ajuste diferencial.
Um acréscimo de temperatura causa uma redução
na pressão de abertura da válvula como resultado
direto do efeito da temperatura na mola e a
expansão do corpo e do castelo, que reduz a carga
da mola. Assim sendo, corrija o valor obtido no item
acima da forma como se segue, para compensar o
efeito da temperatura.

143
Válvulas

Percentual de acréscimo na pressão de


Temperatura da Operação ajuste. Diferencial para obter a Pr de ajuste

-29 a 121º C 0

122 a 538º C 3

144
Válvulas
 Válvulas balanceadas (com fole)
Neste caso a existência de contrapressão não
influencia o cálculo uma vez que o fole existe
exatamente para compensar a contrapressão. Então
a pressão de ajuste diferencial será igual à pressão
de abertura. Por isso siga apenas o indicado no item
anterior sobre a correção de temperatura de
operação.
 TOLERÂNCIA DE PRESSÃO DE AJUSTE
 O ASME fixa as seguintes tolerâncias para a
abertura da válvula:

145
Válvulas

Pressão de Ajuste Tolerâncias

0 -70 Psig ( 0 – 4,92 Kg mm²) ± 2 Psig

Mais que 70 Psig ± 3 Psig

146
Válvulas
 Diferencial de Alívio (Blowdown):
a – Serviço de gás, vapor (Válvulas testadas com
ar). De acordo com o ASME padroniza-se um
diferencial de alívio de 5%, isto é, a válvula tem que
fechar com uma pressão de 5% abaixo da pressão
que disparou.
b – Serviço com líquido (Válvulas testadas com
água). Admite-se que a válvula só fecha
completamente até 15% abaixo da pressão que
começou a abrir.

147
Válvulas
 ENSAIO DE VEDAÇÃO
O ensaio de vedação determina o grau de estanqueidade da
válvula. Após de aplicação de pressão para que a válvula
tenha no mínimo 5 descargas intermitentes (“popping”), fixa-
se o flange do sistema de borbulhamento e mantém-se a
pressão de ajuste. Quando o borbulhamento torna-se
constante, inicia-se a contagem das bolhas, que não deve
exceder aos valores da tabela abaixo.
O medidor de borbulhamento é construído por uma falange
com um pequeno orifício onde se conecta um tubo com
dimensões de 7,9mm (5/16”) de diâmetro externo e 0,87mm
(0,035”) de espessura de parede. o tubo deve ser dobrado
em 90º e seu terminal deve estar submerso 12,7mm (1/2”)
em reservatório com água.

148
Válvulas
Dispositivo para
execução do
teste de vedação
(API 527)

149
Válvulas

PMTA – (Pressão Máxima de Trabalho Admissível)


Esta é a máxima pressão alcançada no topo de um vaso de pressão
num valor de temperatura coincidente. Ela é tratada como pressão
estática, portanto, sem alteração no valor de sua temperatura. O valor
da PMTA está baseado em cálculos para cada elemento do vaso,
utilizando-se espessuras nominais, excluindo-se as espessuras de
metal adicional, por motivos de corrosão e cargas distintas da pressão.
O valor da PMTA é a base para se determinar a pressão de ajuste da (s)
válvula (s) de segurança e/ou alívio.

150
Válvulas
Acumulação
A pressão máxima de acúmulo ou acumulação é definida como sendo
um aumento de pressão acima da PMTA permitido dentro da caldeira
(ou vaso de pressão) com as válvulas de segurança abertas e aliviando.
É o mesmo que sobrepressão quando a válvula está ajustada acima da
PMTA.
Sobrepressão
Esta é a pressão máxima alcançada pela válvula nas condições de alívio
e de acordo com a taxa de fluxo requerida pelo processo. Ela é o mesmo
que acumulação quando a válvula de segurança está
ajustada num valor igual ou abaixo da PMTA do vaso de pressão ou
caldeira

151
Válvulas
 Programação de Inspeção
Todas as válvulas de segurança e/ou alívio devem fazer parte de um
programa de inspeção que estabeleça a freqüência de inspeção e
informe as datas da última e próxima inspeção, tipo de inspeção
efetuada e o responsável pela atualização dos dados.
Recomenda-se verificar os seguintes itens, para ser elaborada a
programação de inspeção: [Prática Recomendada]

a) relatórios das inspeções e testes de recepção anteriores;


b) periodicidade de inspeção conforme item 4.2 desta Norma;
c) problemas operacionais em campanha (histórico);
d) recomendações contidas nas normas e legislação aplicáveis;
e) modificações de projeto;
f) materiais e equipamentos de inspeção.

152
Válvulas
 Periodicidade de Inspeção Externa
Recomenda-se que a inspeção externa seja efetuada no
prazo máximo de 3 anos, ou sempre que se verificar
alguma irregularidade que possa interferir na atuação
normal da válvula de segurança e/ou alívio. [Prática
Recomendada] Após a montagem ou reinstalação da
válvula de segurança e/ou alívio deve ser realizada a
inspeção externa.
Periodicidade de Inspeção Geral
As válvulas podem ser classificadas em 4 níveis de
criticidade conforme TABELA 1. [Prática Recomendada]

153
Válvulas
Classificação de válvulas de segurança e/ou alívio x
periodicidade de inspeção interna
Prazo máximo
Nível de
Descrição de inspeção
criticidade
recomendada
Válvulas que podem sofrer incrustação,
colagem, entupimento corrosão agressiva que
A possam interferir na sua atuação normal ou 1 ano
que necessitem freqüentemente de
manutenção corretiva
Válvulas sujeitas a reduzido desgaste por
B parte do fluído
2 anos
Válvulas que mantenham contato com fluídos
“limpos”que não apresentam risco de
C colagem, entupimento ou desgaste dos
4 anos
materiais em contato com o fluído
Válvulas em que se comprove através de
confiável histórico de recepção e manutenção
D que podem atender em um prazo maior que o
6 anos
154 indicado para o nível de criticidade C
Válvulas
 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO
TESTE DE RECEPÇÃO
Verifique se a válvula está lacrada. Faça a limpeza com ar, mas não
desregule nem abra o seu corpo antes ou durante o primeiro teste,
que deverá ser executado na presença do inspetor de
equipamentos. Anote sempre a pressão em que a válvula abre. Se a
válvula vaza sem abrir ou vaza antes de abrir anote a pressão na
qual isso acontece. No caso da válvula se apresenta muito suja, é
dispensado o teste de recepção, podendo a válvula ser aberta para
inspeção.
Caso a válvula, ao ser testada na recepção, apresente perfeita
abertura e fechamento nas pressões intocadas, o Setor de Inspeção
de Equipamentos poderá dispensar a desmontagem, desde que
esteja perfeitamente limpa e sem indícios de corrosão. Neste caso,
deverá ser retestada na presença do inspetor de equipamento.

155
Válvulas
 Roteiro de Inspeção
Inspeção de Recebimento (Válvulas Novas)
A inspeção de recebimento de válvulas novas compreende a verificação das condições físicas externas e
a realização do teste de recepção, conforme descrito abaixo:
a) verificar visualmente a válvula, para se certificar da inexistência de depósitos nas conexões, depósitos ou
obstruções internas;
b) verificar a existência de danos físicos que caracterizam uma possível queda ou golpe recebido e que
possam eventualmente vir a causar problemas no desempenho da válvula;
c) verificar se a válvula está devidamente lacrada ou se o(s) lacre(s) apresenta(m)-se danificado(s); Notas:
1) O material do lacre deve ser compatível com as condições de operação e tempo de campanha.
2) Deve existir lacre no capuz, nos parafusos de ajuste de diferencial de alívio, quando existentes, e em
outras partes que assegurem a inviolabilidade da válvula.
d) verificar se os dados da plaqueta de identificação da válvula estão corretos, legíveis e conferem com o
pedido de compra;
e) o teste de recepção deve ser acompanhado, registrando a pressão de ajuste e vedação, verificando a
estanqueidade da sede, fole e juntas quando houver; para válvulas de alívio e piloto operadas, anotar a
pressão de fechamento

156
Válvulas
 Inspeção Externa (em Operação)
a) inspecionar visualmente a válvula e as tubulações conectadas a válvula; verificando o estado físico da válvula e seus
componentes quanto a corrosão e pintura;
b) verificar a existência de sinais de vazamentos nos seguintes pontos: conexões de entrada e saída e junta do castelo e
corpo;
c) verificar o estado e dados da placa de identificação e o lacre;
d) no caso da existência de indicador de pressão verificar se houve rompimento do disco de ruptura;
e) verificar se a válvula de segurança e/ou alívio está submetida a vibrações que possam prejudicar seu funcionamento;
f) verificar se existem travas, raquetes ou quaisquer obstruções nas tubulações a jusante e montante da válvula;
g) verificar se eventuais válvulas de bloqueio estão travadas na posição aberta e que os dispositivos contra bloqueio
inadvertido estão íntegros;
h) verificar se as alavancas (caso existentes) estão em condições de atuar;
i) verificar as condições de instalação e de acesso das válvulas de segurança e/ou alívio;
j) verificar se o orifício de ventilação do castelo se encontra desobstruído, nas válvulas de segurança e/ou alívio
balanceadas;
k) verificar se os dados da placa de calibração estão consistentes com os dados do último relatório de inspeção;
l) verificar se a válvula está instalada no local apropriado e se os dados da válvula conferem com o cadastro.

157
Válvulas
Inspeção de Recebimento (Válvulas em Operação)
a) seguir os procedimentos descritos nas alíneas a), b), c) e e) do item 5.1.1;
b) verificar a evidência de abertura;
c) caso necessário, efetuar limpeza externa na válvula conforme recomendação do responsável pela
inspeção;
d) verificar se o número de identificação está estampado na válvula e se a plaqueta de identificação está
legível;
e) efetuar o teste de recepção para verificar o desempenho da válvula de segurança e/ou alívio.

Notas: 1) O teste de recepção deve ser interrompido quando as válvulas que trabalham com fluidos
compressíveis não abrirem a uma pressão de até 1,2 vez a pressão de ajuste.
2) Para válvulas que trabalham com fluidos incompressíveis, o teste de recepção deve ser interrompido
quando não abrirem a uma pressão de até 1,5 vez a pressão de ajuste.
3) O teste de recepção só deve ser dispensado quando houver condições excepcionais, tais como: incêndio,
molas quebradas, obstrução total do bocal, situações em que ficar constatado que o teste não tem
razão de ser executado. A decisão de não executar o teste de recepção deve ser tomada pelo
responsável pela inspeção.

158
Válvulas
 Inspeção Geral
a) seguir os procedimentos descritos no item 5.1.3;
b) verificar se as alavancas (caso existentes) estão em condições de atuar;
c) verificar se o orifício de ventilação do castelo se encontra desobstruído, nas válvulas de
segurança e/ou alívio balanceadas;
d) verificar após a desmontagem da válvula, o estado físico dos seguintes itens: corpo,
castelo e capuz: quanto à corrosão e outras avarias; bocal, disco e anéis de ajuste:
quanto à geometria, avarias nas sedes, amassamentos e trincas;
superfícies de acoplamento (rosca, sulco para anel RTJ, estrias concêntricas): quanto à
deformações, trincas, incrustações e empenos; roscas e superfícies de centralização:
quanto à deformações e incrustações; superfícies de guia: quanto à liberdade de
movimento axial, acabamento e danos, que possam prejudicar suas funções de
centralização; haste: quanto a empeno, corrosão e deformações; suportes de mola:
quanto à corrosão, deformação e tolerâncias dimensionais; fole (quando aplicável):
quanto à deformação, trincas e corrosão;
travas dos anéis: deve, depois de apertado contra o corpo da válvula, impedir o
deslocamento do anel, sem contudo, forçar o anel radialmente;

159
Válvulas
e) verificar as condições físicas da mola quanto aos seguintes itens:
- presença de corrosão;
- presença de trincas;
- observar irregularidades geométricas apreciáveis no passo, no diâmetro das
espiras, na conformação das cabeças;
f) verificar se os anéis de ajuste estão colocados nas posições de disparo
recomendadas pelo fabricante;
g) recomenda-se realizar teste no fole conforme item 7.2; [Prática
Recomendada]
h) acompanhar os testes finais observando a pressão de abertura, a estanqueidade da sede, fole e juntas e a
pressão de fechamento (válvula piloto-operada); o teste de vedação deve ser executado conforme o item
7.1;
i) verificar a existência de selo, proteção e “plug” do castelo (no caso de válvula
de segurança e/ou alívio não balanceada);
j) verificar as condições das tubulações de descarga da válvula de segurança e/ou alívio;
k) verificar se as tubulações e filtros das válvulas piloto-operadas estão obstruídas.

160
Válvulas
 LACRAÇÃO
 Após a válvula ter sido testada na oficina, e considerada
adequada para operações, a mesma deverá ser lacrada. Esse
lacre servirá como garantia de que as válvulas não foram
mexidas durante a operação.
 TRANSPORTE
 A vedação é feita por superfícies metálicas polidas, que
poderão ser prejudicadas, pela vibração que ocorre no
transporte de um lugar para o outro. Assim sendo,
recomenda-se que as válvulas, após serem testadas e
consideradas em boas condições, sejam transportadas para
a unidade na posição vertical. Cuidados especiais devem ser
tomados para que não haja tombamento da mesma, pois
além de imperfeições na sede, poderá haver desalinhamento
das partes internas.

161
Válvulas
Nota
1) Em válvulas de segurança e/ou alívio operando em serviço
caracterizado com H2S, é recomendado efetuar ensaio de líquido
penetrante ou partículas magnéticas no corpo e castelo, conforme a
normas PETROBRAS N-1596 ou N-1598, respectivamente. [Prática
Recomendada]
2) Válvulas piloto-operadas devem ser removidas e testadas
completamente por ocasião da inspeção interna.
3) Recomenda-se efetuar o teste da mola conforme prescrito no item
[Prática Recomendada]

162
Tipos de Válvulas
Válvula Globo
163
Válvulas

164
Válvulas
 São destinadas a controlar o fluxo de um produto qualquer em
uma tubulação por permitir várias posições de regulagem Pela
sua configuração, com o fluido que escoa da parte inferior para
a superior do obturador (“tampão”), a válvula globo impõe
significativa mudança na direção desse escoamento, tendo-se
como conseqüência a ocorrência de grande perda de carga.
Fechadas, tais válvulas permitem vedações estanques. Além
disso, os seus internos podem ser de materiais de alto ponto de
fusão (acima de 1.100ºC), caracterizando-as como válvulas de
segurança contra incêndio. Em válvulas menores, aplicadas em
serviços que não exijam essa característica, alguns internos
podem ser de neoprene, borracha ou de outros materiais de
baixo ponto de fusão. Algumas válvulas globo possuem
características especiais, como as válvulas angulares (angle
valves), as válvulas em “Y” e as válvulas agulha
(needle valves)

165
Válvulas
válvulas angulares
Apresentam os bocais de entrada
e saída de produto dispostos a
90º, arranjo que confere perda de
carga menor que as válvulas
globo. Entretanto, sua utilização é
limitada em função de restrições
ao seu posicionamento nas
tubulações. Dependendo desse
posicionamento, particularmente
em linhas que operam em alta
temperatura, esforços excessivos,
gerados por efeito da dilatação,
atuam sobre o corpo dessas
válvulas, podendo, em
determinadas situações,
provocar a ruptura.

166
Válvulas
válvula agulha
Apresentam um tampão
o qual,deslocado por
ação do volante, libera
passagem pequena para
o fluido, permitindo
ajustes finos de vazão.
São utilizadas com
freqüência em linhas de
sistemas de lubrificação
de equipamentos
dinâmicos por permitirem
regulagens adequadas
da pressão

167
Válvulas
Válvulas em “Y”
Apresentam como diferença,
comparativamente à válvula
globo tradicional, o
posicionamento da sede, o qual
é definido segundo
um ângulo de 45º em relação à
linha de centro da tubulação.
Essa construção reduz a perda
de carga através da válvula,
minimizando o problema
existente nas válvulas globo
tradicionais. São utilizadas mais
intensamente em linhas de
vapor nas atividades de
bloqueio e regulagem de fluxo

168
Válvulas
Válvula sede dupla
É fabricada normalmente
em diâmetros de 3/4” a
14”, e com conexões das
extremidades
rosqueadas (até 2”),
flangeadas ou soldadas,
nas classes 150, 300,
600, 900 e 1500 lbs. A
principal vantagem da
válvula sede dupla é o
fato dela ser
estaticamente quase
estável sem
necessitar, portanto, de
uma força de atuação tão
grande quanto a válvula
sede simples.

169
Válvulas
Como desvantagem, as válvulas sede dupla, apresentam
um vazamento, quando totalmente fechadas de no máximo
0,5% da sua máxima capacidade de vazão. Conforme a
especificação normativa da ANSI B16.104, a válvula globo
sede dupla de construção “standard", possui um índice de
vazamento Classe II.
Existem possibilidades técnicas de construir um obturador
sede dupla especialmente para alta estanqueidade
utilizando-se do sistema de assento composto (metal-teflon,
metal-elastômero, etc). Por ser uma adaptação altamente
cara, somente é utilizada em casos de imperiosa
necessidade, fato difícil de acontecer principalmente por
existirem sempre mais do que uma solução teoricamente
viável referente ao tipo de válvula a ser utilizada.

170
Válvulas
Válvula de Controle
Globo de 3 vias
Trata-se de uma
adaptação das válvulas
globo convencionais,
para utilização em
aplicações de
mistura ou separação
de fluidos. As válvulas
de 3 vias, devido a sua
configuração e
utilização, não
apresentam vedação
completa, pois,
enquanto fechamos um
orifício, o outro fica
completamente aberto.

171
Válvulas
VÁLVULA GLOBO TIPO
GAIOLA

Os obturadores tipo
gaiola, teve seu início
de utilização por volta
de 1940 em
aplicações de alta
pressão como no caso
de produção de óleo e
gás, alimentação de
água de caldeira, etc...

172
Válvulas
 Estando nos internos a única diferença entre as válvulas
globo convencional e gaiola, o perfeito tipo de guia do
obturador, em conjunto com a possibilidade de
balanceamento das forças do fluído agindo sobre o
obturador e uma distribuição uniforme do fluxo ao redor
do obturador por meio do sistema de janelas, resulta
nas 4 principais vantagens deste tipo de obturador:

 Estabilidade de controle em qualquer pressão;


 Redução do esforço lateral e atrito;
 Possibilidade de estanqüeidade de grandes vazões a
altas pressões com atuadores normais;
 Maior vida útil do chanfro da sede.

173
Válvulas

 O desenho de gaiola caracterizada reduz a erosão


separando as área de assentamento e de restrição
ou controle fazendo assim com que a sede não
esteja numa zona de alta velocidade do fluído.

174
Válvulas
Princípio de funcionamento da ação de controle
(modulação e vedação ) dos internos tipo gaiola :
A- Sede Simples
B- Balanceada
O funcionamento da restrição e modulação provida por
este tipo de válvula, é mediante o sistema de gaiola, em
cujo interior desloca-se o obturador, como se fosse um
pistão de cilindro. A gaiola possui um determinado número
de passagens ou janelas, as quais distribuem
uniformemente o fluxo ao redor do obturador.

175
Válvulas

Tais janelas apresentam formatos caracterizados


sendo elas, em conjunto com a posição relativa do
obturador, que proporcionam a característica de
vazão, ao invés de ser o formato do obturador como
na globo convencional

176
Válvulas
Válvula Globo Tipo Gaiola
Sede Simples Não
Balanceada

Neste tipo de válvula o fluído


entra por baixo do anel da
sede, passando pelo orifício e
pelas janelas da gaiola.
Apresenta apenas guia na
gaiola, trata-se de um tipo
não balanceado como a globo
convencional, pois a força do
fluído tende a abrir a válvula,
não é balanceada e por isso
apresenta o mesmo
inconveniente de precisar de
uma grande força de atuação

177
Válvulas
Válvula Globo Tipo Gaiola
Balanceada
Esta construção é
basicamente similar a
anterior, conforme vemos
pela figura 9. Apenas
que,neste caso, o obturador é
balanceado dinamicamente
(como acontece na válvula
globo sede dupla) devido ao
orifício interno no obturador,
que faz com que a pressão
do fluido comunique-se
com ambos os lados do
obturador, formando-se
assim um balanceamento de
forças

178
Válvulas
 de atuação neste caso do que no anterior sede
simples. O fluído neste tipo de válvula entra por cima
e não apresenta uma boa vedação, permitindo um
vazamento de até 0,5% da máxima capacidade de
vazão, estando a mesma classificada na Classe II.
Fabricada em diâmetros de 3/4” até 6” nas classes
150, 300 e 600 lbs, podendo suas conexões serem
rosqueadas ( até 2” ), flangeadas ou soldadas.

179
Válvulas
Vantagens
 Permite o controle parcial do fluxo
 Abertura e fechamento mais rápido que da válvula
de gaveta
 As características construtivas da sede-obturador
permitem estanqueidade total
 Manutenção favorecida pelo fácil acesso aos
componentes internos, sem remover a válvula da
linha
 Aplicável em ampla faixa de pressão/temperatura
Desvantagens
 Não admite fluxo nos dois sentidos
 Perda de carga elevada

180
Válvulas
 Tipo de falha mais característica em Válvula Globo:
 Nos casos das válvulas que trabalham muito
restringidas costumam apresentar desgaste no
obturador e na sede, comprometendo em médio prazo a
qualidade de vedação da válvula.
 A vedação da válvula globo sempre estará
comprometida com deformações da haste e os esforços
excessivos e a regulagem incorreta do curso podem
comprometer a haste. Que pode empenar e, em muitos
casos, torcer.

181
Tipos de Válvulas
Válvula de Retenção
182
Válvulas

183
Válvulas
 As válvulas de retenção (check valves)
permitem o escoamento do fluido de trabalho em
apenas um sentido. O seu obturador, também
chamado de tampão, é pressionado pelo próprio
fluido contra a sede, quando o escoamento ocorre em
um determinado sentido, vedação que pode ou não
ser auxiliada por uma mola. No sentido oposto, o
mesmo fluido atua sobre o tampão, afastando-o da
sede; ele vence, nesse caso, a força da mola, se
existente.

184
Válvulas
Em instalações industriais, particularmente quando duas
bombas centrífugas operam com a mesma finalidade, uma
reserva da outra o produto da descarga da bomba em operação
pode, em face do arranjo de tubulações normalmente utilizado,
injetar produto na bomba parada em fluxo reverso, fazendo-a
girar ao contrário. Nessa situação, o rotor da bomba
desconecta- se do eixo, gerando um acidente de proporções
consideráveis. Um tipo particular de válvula, o qual não pode,
rigorosamente, ser classificado como válvula de retenção,
designado como válvula de passagem mínima
ou de recirculação, também é utilizado na descarga de algumas
bombas, que não podem operar abaixo de uma determinada
vazão sem mostrar aquecimento excessivo capaz de provocar o
travamento da bomba.

185
Válvulas

186
Válvulas
Várias configurações para o tampão dão origem a
válvulas de retenção:

• Válvulas de retenção de portinhola (swing-check


valves)
• Válvulas de retenção de esferas (ball-check valves).

187
Válvulas
válvulas de retenção de
portinhola (swing-check
valves)
Com a sede disposta quase
que a 90º da linha de centro
da tubulação, pode ser
utilizadas de acordo com
algumas características
construtivas, nas posições
horizontal e vertical. São
sujeitas a emperramento em
face da existência do pino
articulado. Quando operam
com fluido dotado de
seguidas inversões de fluxo,
podem vibrar intensamente,
provocando muito ruído e
dando origem a um
fenômeno conhecido como
chattering.

188
Válvulas
Válvulas de retenção
de esferas
Utilizadas mais
intensamente para
fluidos de grande
viscosidade que
escoam em sistemas
de 2" ou de menor
diâmetro, as válvulas
de retenção de esferas
(ball-chek valves)
encontram grande
aplicação industrial

189
Tipos de Válvulas
Válvula Esfera (fecho rápido)
190
Válvulas

191
Válvulas
Trata-se de um tipo de válvula cujo obturador é nada
menos que uma esfera criteriosamente vazada para
permitir passagem plena ou parcial de um determinado
fluido. Inicialmente essa válvula encontrava plena
atuação em aplicações de bloqueio/shut-off, porém face
alguma de suas vantagens e em função do
desenvolvimento de desenhos de engenharia que
permitiriam sua utilização em controle modulado, essa
válvula é hoje bastante utilizada em malhas fechadas de
controle, principalmente nas industrias de papel e
celulose e em aplicações para líquidos viscosos,
corrosivos e com sólidos em suspensão.

192
Válvulas
Face ao seu sistema de assentamento com dupla sede,
essa válvula alia o seu bom desempenho de controle
com excelente performance quanto a estanqueidade
(tipicamente classe IV) e possibilita obter controle do
fluido em qualquer direção sem problemas dinâmicos.
Como desvantagem, esse tipo de válvula, face
características geométricas dos seus internos,
apresenta uma alta tendência a cavitação e a atingir
condições de fluxo crítico à relativas diferenciais de
pressão menores que outros tipos de válvulas.

193
Válvulas

Também, em função de suas forças dinâmicas


provenientes do fluido, ela trabalha com fluido
sempre tendendo a fechar e por isso ela é uma
válvula não balanceada.

194
Válvulas
 Tipos de Esferas
a) Esfera de passagem integral
Esse interno permite passagem total do fluido quando o ângulo de
abertura for de 90o e assim elimina a possibilidade de acomodação
de sólidos no interior do corpo da válvula. Essa é, portanto, uma
válvula do tipo auto-limpante (vide figura 33-1).
b) Esfera de passagem reduzida
Esse interno permite uma redução na área de passagem do fluido
em até 40% possibilitando, se necessário, uma redução da
velocidade de saída, correção no ângulo de abertura da válvula
e, absorção de vibrações e energia térmica em corpos de maior
tamanho que ocorrem em serviços envolvendo “flashing”, alta
velocidade, grandes quedas de pressão ou cavitação.

195
Válvulas

196
Válvulas

 Tipos de Sede
A função básica da sede (vide fig.33-3) é manter
uma boa vedação quando a esfera está fechada.
Em diversos modelos de válvula esfera, a sede é
utilizada também para suportar e guiar a esfera.

197
Válvulas

198
Válvulas
 Quanto ao material podemos classificá-las em dois tipos:
resiliente e metálica.
a) Sede resiliente ou “Soft Seat”
 Fabricada com elastômeros e fluorcarbonos, em particular com teflon-PTFE,
com ou sem carga.
 Vedação estanque.
 Indicadas para aplicações “On Off”.
 Excelente resistência a fluidos corrosivos
 Limite de Temperatura: 230ºC.
b) Sede Metálica ou “Metal Seat”
 É confeccionada em aço inoxidável com revestimento de “Stellite” (1), ou
ainda em ligas especiais.
 Suporta temperatura acima de 230º.
 Indicada para aplicações de controle modulante.
 Suportam altos diferenciais de pressão

199
Válvulas
 Nota (1): O “Stellite” é uma liga metálica a base de
cromo, tungstênio e cobalto, com uma dureza
superficial de 44 RC. Possui excelente resistência à
corrosão e ótima resistência à erosão e abrasão. Foi
desenvolvido nos EUA, sendo o nº 6 e nº 12 os mais
utilizados em válvulas controle.

200
Válvulas
Válvulas de esfera
não foram
desenvolvidas para
serem utilizadas em
controle
de vazão ou
aberturas e
fechamentos lentos.
As válvulas de esfera
foram concebidas
unicamente para
operação
aberta/fechada (on-
off).

201
Válvulas
Nas válvulas de esfera com sedes "soft", são exatamente este
sensíveis e importantes elementos que ficam desprotegidos na
secção de passagem crítica (mínima), uma vez que a alta velocidade
do fluido que ocorre nestas condições provoca uma séria erosão. No
caso de fluidos contendo sólidos, o risco de erosão fica
significativamente aumentado pelo processo abrasivo. No caso do
fluido de trabalho ser vapor saturado, também temos uma ampliação
do risco de erosão devido à passagem de vapor de uma
zona de alta pressão para outra de baixa pressão em presença de
condensados, o que pode levar à cavitação da sede.

202
Válvulas
Como resultado destes processos, válvulas de esfera
utilizadas dessa maneira apresentam vazamentos na
posição fechada e rapidamente deixam de cumprir
sua função principal. Da mesma forma, as sedes
podem deteriorar-se devido ao grande diferencial de
pressão (P1/P2 ) e aos resultantes efeitos da força,
fato este que pode danificar a sede reduzindo ou
impedindo a vedação.
Entretanto, após anos de avaliações, pesquisa e
desenvolvimento, chegamos a um conceito próprio
de sedes que, entre outros benefícios, minimiza a
possibilidade de ocorrência dos danos citados.

203
Tipos de Válvulas
Válvula Agulha
204
Válvulas

205
Válvulas
As válvulas agulha
apresentam um tampão
o qual,deslocado por ação do
volante, libera passagem
pequena para o fluido,
permitindo ajustes finos de
vazão.
São utilizadas com freqüência
em linhas de
sistemas de lubrificação
de equipamentos
dinâmicos por permitirem
regulagens adequadas
da pressão.

206
Válvulas
 APLICAÇÃO:
As válvulas de agulha servem para isolar instrumentos
medidores de pressão tais como manômetros,
pressostatos e outros do meio sob pressão para
segurança em caso de ruptura do sensor, retirada do
instrumento para manutenção ou substituição sem que
haja necessidade de parada do processo, desempenha
dupla função, além da proteção pode-se utilizá-la como
supressora de pulsação com regulagem externa. Para
encontrar o ponto de melhor desempenho, abre-se a
válvula quase totalmente em seguida vai-se fechando
gradativamente, até que o ponteiro do instrumento
estabilize
207
Tipos de Válvulas
Válvula Borboleta
208
Válvulas

209
Válvulas
 Válvula de deslocamento rotativo, corpo de duas vias de
passagem reta, com internos de sede simples e elemento
vedante constituídos por um disco ou lâmina de formato
circular acionados por eixo de rotação axial. São muito usadas
em tamanhos maiores que 3” e são fabricadas em tamanhos
tão pequenos quanto 1”. A válvula borboleta consiste de um
corpo cilíndrico com um disco solidário a um eixo instalado
perpendicularmente ao eixo do cilindro. O corpo cilíndrico pode
ser flangeado em ambas as extremidades ou fabricado na
forma de um anel sólido. Este último tipo é instalado em uma
tubulação entre 2 flanges.
Quando as válvulas borboletas são atuadas por atuadores
convencionais pneumáticos, o movimento alternativo da haste
é usualmente transformado em movimento rotativo através de
um simples jogo de alavancas.

210
Válvulas
O desenho de corpo mais
comum é o tipo "wafer", sendo
preso à tubulação entre par de
flanges conforme mostra a
figura 24. Pelo fato do corpo não
possuir flanges, não é costume
especificar a válvula borboleta
"wafer" pela classe de pressão
conforme ANSI, como é feito nas
válvulas flangeadas

211
Válvulas
Convenciona-se especificar a válvula borboleta "wafer”
para uma determinada queda máxima de pressão
quando totalmente fechada e a 60º de abertura,
posição esta definida como curso máximo para
aplicações em controle modulado. Quando
adequadamente selecionada, a válvula borboleta
geralmente em diâmetros de 4" e superiores, oferece
a vantagem de simplicidade, baixo custo, pouco peso,
menor espaço de instalação e razoável característica
de vazão. Para temperaturas e pressões elevadas, a
válvula borboleta com corpo internamente revestido
oferece ainda uma vedação estanque.

212
Válvulas
 Válvulas borboletas têm grande capacidade, pois o
diâmetro do furo do cilindro e usualmente o diâmetro
interno da tubulação na qual estão instaladas e a
única obstrução é o disco. Em tamanhos grandes
elas são mais econômicas do que as válvulas globo.
Sua aplicação, entretanto, é limitada pelo fato de
requerer força considerável para sua operação em
altas pressões diferenciais. Sua característica de
vazão não é adequada para algumas aplicações.

213
Válvulas
 Forças atuantes na válvula borboleta
Quando a válvula esta fechada ou completamente aberta figura 25-a,
as forças originarias da pressão do fluido são balanceadas em ambos
os lados e portanto não há resultante de força torsora para nenhum
lado.Quando porem, a válvula esta parcialmente aberta como mostra
a figura 25-b, não existe mais tal equilíbrio, surgindo uma força
resultante, que tende fechar sempre a válvula, qualquer que seja a
direção do fluido, fato pelo qual cria-se uma região de distribuição
desigual de pressão através de toda a extensão do disco entre uma e
outra borda no lado de entrada do fluxo.
Podemos notar pela figura 25-b, que a resultante das forças atuantes
no semi-disco primeiro (vai desde a primeira borda até o centro do
disco) é maior que a resultante das forças agindo no semi-disco
segundo (vai do centro do disco até a segunda borda).

214
Válvulas
Essa desigualdade de força produz um momento torsor que tende
fechar a válvula, e é esse momento torsor que limita a pressão
diferencial de operação da válvula em diferentes graus de abertura,
já que para cada ângulo de abertura teremos uma força torsora
diferente e portanto um momento torsor diferente. Do lado do disco à
jusante temos a formação de forças que aumentam conforme a
velocidade do fluxo.
Através do gráfico da figura 26, podemos ver o desempenho e
gradiente do torque resultante agindo sobre o disco, em função do
grau de abertura da válvula. Nota-se que o torque aumenta
rapidamente a partir da abertura de 40º alcançando um máximo
aproximadamente a 70º para depois cair abruptamente indo a zero
para 90º de abertura. Em função disso, aconselha-se restringir a
utilização das válvulas borboleta para controle em
cursos de 0 a 60º de abertura, isto é, proporcionar a máxima
capacidade de fluxo a 60º de abertura. Desta forma podemos utilizar
atuadores de tamanho normal.

215
Válvulas
(a)Aberta (b) parcialmente aberta Torque Vs abertura

216
Válvulas
 As forças de torção no eixo de uma válvula borboleta aumentam com o
abrir da válvula, atingindo um valor máximo em um ponto entre 70 a
75o a partir de uma perpendicular à linha, após a qual tende a diminuir.
Para maior estabilidade na operação de estrangulamento, a válvula
borboleta não é aberta a um ângulo superior àquele em que a curva
muda sua inclinação. Isto limita a abertura máxima em cerca de 75o da
vertical. Alguns fornecedores fabricam a válvula de tal maneira que haja
o fechamento total do disco com 15o da perpendicular. Isto resulta em
uma rotação efetiva de 60o, que é o recomendado. O vazamento normal
para uma válvula com disco e sede de metais e em torno de 0,5 a 1%
da capacidade total. Sedes de elastômeros dão fechamento estanque.
Entretanto devem ser aplicadas com cuidado em serviços de
estrangulamento com atuadores pneumáticos de diafragmas, desde
que elas tenham a tendência de emperrar na posição fechada.

217
Tipos de Válvulas
Válvula Gaveta
218
Válvulas

219
Válvulas

Tal válvula, muito utilizada nas instalações


industriais, é projetada, em princípio, para operar
totalmente aberta ou totalmente fechada. Se
utilizadas parcialmente abertas, provocam grande
perda de carga, fato que decorre da geometria, em
forma de cunha, do seu obturador. Por outro lado,
totalmente aberta, dá passagem plena ao fluido de
trabalho, impondo, portanto, pequena perda de
carga ao fluido.

220
Válvulas
O obturador, designado simplesmente por gaveta, em
forma de cunha ou provido de faces paralelas,
acompanha o movimento da haste ao qual está
conectado, deslizando, durante o fechamento ou a
abertura, por meio de duas sedes. Tais sedes, em
válvulas de pequeno diâmetro, podem ser usinadas
no próprio corpo ou, como ocorre na maior parte das
aplicações, podem ser constituídas de duas peças
independentes do corpo da válvula, fixadas por
pressão, rosca ou pressão seguida de soldagem, nos
casos de operação em condições mais severas.

221
Válvulas
Algumas válvulas gavetas especiais são encontradas,
como as válvulas de comporta (slide valves), as
válvulas de fechamento rápido (quickacting valves) e
as válvulas de passagem plena (through conduit
valves), como segue:

222
Válvulas
Passagem plena
A gaveta é dotada de um
furo central que permite o
seu alinhamento com a
tubulação, liberando
totalmente a passagem do
fluido. Tais válvulas
encontram aplicação em
oleodutos nos quais é
necessária a utilização de
dispositivo de limpeza,
conhecido por pig, que,
acionado pelo próprio
produto bombeado ou por
água, desloca-se ao longo
da tubulação em um
movimento que combina
rotação com translação,
“raspando-a” internamente.

223
Válvulas
Fechamento rápido
São válvulas utilizadas em
situações
em que o fluxo do fluido
precisa ser interrompido
rapidamente, sendo
o que ocorre em válvulas de
descarregamento de
caminhões. Nessas
válvulas uma alavanca
substitui o volante,
deslocando de forma
rápida a gaveta e fazendo o
fechamento da válvula

224
Válvulas
Válvula tipo comporta
Válvulas cujas gavetas
assemelham-se a chapas,
portanto, de superfícies planas
e não em forma de cunha, que
deslizam sobre guias,
controlando a passagem de
gases, os quais podem conter
partículas sólidas dispersas.
Tais válvulas encontram
aplicação em dutos de CO das
unidades de craqueamento
catalítico para controlar a
pressão no interior do reator.
Nesse caso, a gaveta pode ser
dupla, isto é, duas chapas
deslizantes. Trabalhando nas
mesmas guias, deslizam sobre
elas e se encontram no centro
da válvula.

225
Válvulas

Como as extremidades de cada chapa contêm um


semicírculo, o encontro no centro da válvula dá
origem a uma abertura circular de passagem
mínima do gás mencionado e necessária
para garantir a segurança operacional do reator,

226
Tipos de Válvulas
Válvula de controle
227
Válvulas

228
Válvulas
É um mecanismo que
varia a quantidade de
energia ou material
(agente de controle),
em resposta ao sinal
enviado pelo
controlador, a fim de
manter a variável
controlada em um valor
(ou faixa de valores)
pré - determinado

229
Válvulas

A válvula de controle desempenha um papel muito


importante no controle automático de modernas
indústrias, que dependem da correta distribuição e
controle de fluídos líquidos e gasosos. Tais
controles, sejam para trocas de energia, redução de
pressão ou simplesmente para encher um
reservatório, dependem de algum tipo de elemento
final de controle para fazer esse serviço.

230
Válvulas

Os elementos finais de controle podem ser


considerados como o “músculo” do controle
automático. Eles fornecem a necessária
amplificação de forças entre os baixos níveis de
energia, fornecidos pelos controladores, e os
maiores níveis de energia necessários para
desempenho de suas funções de fluidos.

231
Válvulas

A válvula de controle é o elemento final de controle


mais utilizado. Outros tipos de elementos finais de
controle podem ser bombas dosadoras, dampers e
louvers (variação de válvula borboleta), hélice de
passo variável, motores elétricos para
posicionamento de equipamentos que não sejam
válvulas , etc.

232
Válvulas
Apesar de largamente utilizada, provavelmente não
exista outro elemento qualquer no sistema de
controle, que receba menor parcela de atenção. Em
muitos sistemas, a válvula de controle é mais
sujeita a severas condições de pressão,
temperatura, corrosão e contaminação do que
qualquer outro componente, e ainda assim, deve
trabalhar satisfatoriamente com um mínimo de
atenção. Uma válvula de controle funciona como
uma resistência variável na tubulação, e é definida
por alguns autores, como sendo um orifício de
dimensões variáveis.

233
Válvulas
 ATUADORES PARA VÁLVULAS DE CONTROLE
 INTRODUÇÃO
O atuador constitui-se no elemento responsável em proporcionar a
necessária força motriz ao funcionamento da válvula de controle.
O atuador em si, é um dispositivo que em resposta ao sinal enviado
pelo controlador, produz a força motriz necessária para movimentar
o elemento vedante da válvula de controle. O atuador utilizado em
aplicações de controle modulado, baseado no meio de produção de
sua força motriz, classifica-se basicamente em cinco principais
tipos:
1) Pneumático à mola ou diafragma;
2) Pneumático à pistão;
3) Elétrico;
4) Elétrico-hidraúlico

234
Válvulas
Este tipo de atuador utiliza um
diafragma flexível, sobre o qual
age uma pressão de carga
variável em oposição à força
produzida por uma mola. O
diafragma é alojado entre dois
tampos, formando duas
câmaras, uma das quais
totalmente estanque, por onde
entra o sinal da pressão de
carga. A força motriz é obtida
pelo produto da pressão de
carga, que é o sinal
proveniente do controlador ou
do posicionador, pela área útil
do diafragma.

235
Válvulas
 O atuador mola e diafragma pode ter dois modos de
ação, dependendo da posição de segurança requerida
pelo processo na falha ou falta da pressão de carga :
 a) Ação Direta
Neste tipo de ação o aumento da pressão de carga
sobre o diafragma empurra a haste para baixo,
enquanto a mola força a haste para cima.
 b) Ação Reversa
Neste tipo de ação o aumento da pressão de carga
sobre o diafragma puxa a haste para cima, enquanto a
mola força a haste para cima

236
Válvulas

237
Válvulas
 ATUADOR PNEUMÁTICO TIPO PISTÃO
O princípio de funcionamento do atuador tipo pistão é
idêntico ao tipo mola e diafragma, visto que a única
diferença entre os mesmos é a troca do diafragma por
um pistão.
 Existem dois tipos básico de atuadores à pistão:

 ATUADOR À PISTÃO COM DESLOCAMENTO LINEAR


São atuadores à pistão concebidos para operarem
válvulas com deslocamento linear.
 ATUADOR À PISTÃO COM DESLOCAMENTO ROTATIVO
São atuadores à pistão concebidos para operarem
válvula rotativas.

238
Válvulas

239
Válvulas
Atuadores elétricos
consistem de um motor
com um conjunto de
engrenagens, que
disponibiliza uma elevada
faixa de torque de saída,
para operação tanto de
válvulas com
deslocamento linear
quanto de deslocamento
rotativo.

240
Válvulas
 ATUADOR ELETRO-HIDRAÚLICO
Este tipo de atuador, consiste de uma unidade de
bombeamento de óleo a altas pressões e de uma
bobina, que ao ser sensibilizada por um sinal de
corrente, gera um campo magnético que faz o
deslocamento de uma palheta provocando a
obstrução maior ou menor de um bocal, através do
qual escoa óleo a uma alta pressão. O escoamento
deste óleo para o pistão, origina o deslocamento do
mesmo e produz uma elevada força motriz.

241
Válvulas

242
Mola e diafragma
Vantagem Desvantagem
 Baixo custo  Torques limitados
 Simplicidade
 Limitação quanto à temperatura
 Posição de segurança por falha é
inerente  Inflexibilidade para alterações
 Necessidade de baixa pressão de das condições de serviço
 ar de suprimento
 Ajustabilidade
 Facilidade de manutenção
 Capacidade de operação sem a
 necessidade do uso de
posicionador
 Resposta rápida
 Seguro em aplicações
 eletricamente perigosas

243
Pistão
Vantagem Desvantagem
 Capacidade de torque elevado  Posição de segurança por falha,
 Compacticidade
 requer acessórios opcionais
 Menor peso
 Necessidade do uso do
 Adaptabilidade às altas
 temperaturas do meio ambiente  posicionador para aplicações em
 Adaptabilidade às variações dos  controle modulado
 requisitos de torque da válvula  Maior custo que o atuador tipo
 Resposta rápida  mola e diafragma
 Seguro em aplicações
 Necessidade de alta pressão de
 eletricamente perigosas
 ar de suprimento

244
Elétrico
Vantagem Desvantagem
 Compacticidade  Alto custo
 Aptidão para aplicações remotas  Falta de posição de segurança
 por falha
 Habilidade limitada para
sistemas
 de controle modulado
 Resposta lenta

245
Elétrico Hidráulico
Vantagem Desvantagem
 Capacidade de altíssimo torque  Alto custo
 Ótima rigidez construtiva  Complexidade
 Excelente estabilidade dinâmica  Grande peso e tamanho
 contra as forças do fluído  Posição de segurança por falha
 Resposta rápida  requer acessórios opcionais

246
Válvulas
 ACESSÓRIOS DE UMA VÁLVULA DE CONTROLE
 INTRODUÇÃO
Neste capítulo descreveremos os principais e mais
comuns acessórios de uma válvula de controle. São
chamados de acessórios todos os dispositivos que
são utilizados em válvulas para se obter
determinadas adaptações ao sistema de controle
utilizado ou sofisticações quanto dos mesmos.
Os principais tipos de acessórios utilizados são:

247
Válvulas
POSICIONADOR
Define-se como
posicionador, o
dispositivo que
transmite pressão de
carga para o atuador,
permitindo posicionar a
haste da válvula no valor
exato determinado pelo
sinal de controle.

248
Válvulas
Um posicionador opera adequadamente quando o seu tempo de
resposta somado ao tempo de posicionamento da válvula é muito
mais rápido que o tempo de atuação requerido pelo processo.
Devido a isto em sistemas lentos tais como: controle de
temperatura, controle de nível de líquido, controle de temperatura,
etc. , o posicionador é utilizado, conforme mostrado na figura
Em sistemas rápidos tais como o controle de pressão ou de vazão
de um líquido, um “booster”amplificador é normalmente utilizado
com sensíveis vantagens, conforme mostrado na figura

Os principais tipos de posicionadores são:


a) Pneumático
b) Eletro-pneumático
c) Inteligente

249
Válvulas

250
Válvulas
 POSICIONADOR PNEUMÁTICO
O princípio de funcionamento deste tipo de posicionador
consiste na atuação do sinal de saída de um controlador sobre
um fole, fazendo com que o mesmo se expanda ou retraia
deflexionando assim uma palheta que provocará a obstrução
ou abertura de um bocal. Esta obstrução ou abertura do bocal
faz com que haja um deslocamento do diafragma do relé, e
conseqüente movimento da válvula interna de suprimento de
ar, aumentando ou diminuindo a pressão sobre o diafragma do
atuador da válvula, o que provocará o movimento da haste da
mesma.O posicionamento da haste da válvula é verificada por
meio de um excêntrico que envia a informação correta da
posição da haste à palheta, fazendo a mesma afastar-se ou
aproximar- se do bocal

251
Válvulas
 POSICIONADOR ELETRO-PNEUMÁTICO
O posicionador eletro-pneumático diferencia-se do
posicionador pneumático somente pelo fato de aceitar um
sinal elétrico, normalmente analógico, em sua entrada. O
princípio de funcionamento deste tipo de posicionador
baseia-se em uma força eletromotriz originada por um sinal
elétrico que alimenta uma bobina, que tem que ser
balanceada por uma mola que é defletida pelo movimento da
haste da válvula. Esta força provocará uma deflexão na
palheta , e conseqüente abertura ou obstrução do bocal de
ar, resultando daí, uma variação no sinal de ar, o qual por sua
vez, depois de ser amplificado num relé, moverá a haste do
atuador até a posição desejada. A variação na posição faz
aumentar a tensão na mola de realimentação até que a força
eletromotriz na bobina esteja balanceada

252
Válvulas
 POSICIONADOR INTELIGENTE
A grande diferença entre um posicionador eletro-
pneumático comum e um posicionador inteligente está
na possibilidade de se ter diferentes curvas para
abertura e fechamento de uma válvula de controle.
Aliados a isso temos uma tecnologia digital, calibração
via teclado ou programador, e em alguns modelos a
realimentação da posição da válvula é feita por
sensores magnéticos ao invés de link mecânico.
Atualmente alguns fabricantes incorporaram ao
posicionador inteligente, interfaces inteligentes para
válvulas, que possuem sensores de posição e de
pressão incorporados que permitem funções de
diagnóstico de performance da válvula de controle.

253
Válvulas
Algumas das importantes características funcionais e de
diagnóstico destas interfaces, além da monitoração de
posição, são:
 - Auto-calibração
 - Auto-ajuste
 - Came digital para caracterização do fluxo
 - Banco de dados
 - Medição de atrito
 - Medição de ciclos
 - Velocidade de curso
 - Monitoração dos tempos de resposta
 - Histórico de calibração e da configuração

254
Qualidade
ISO 9001:2008

255
Válvulas
 Introdução
Antigamente, a qualidade de um produto ou serviço era
tida como o grande diferencial de uma empresa. Com os
avanços tecnológicos e o surgimento do conceito de
qualidade total isso mudou. A qualidade do produto ou
serviço continua fundamental, um item básico, sem o
qual uma empresa não sobrevive no mercado; no
entanto o grande diferencial de uma empresa,
atualmente, é a sua capacidade de conquistar
clientes. Esta capacidade de conquistar o cliente pode
ser uma fonte de vantagem competitiva, em outras
palavras, uma posição de superioridade duradoura
sobre os concorrentes, em termos de preferência do
cliente.

256
Válvulas
Em outras palavras, os clientes não compram o produto pelo
que ele é, mas pela promessa do que ele proporcionará. A
adição de valor através da diferenciação é um meio
poderoso de se alcançar uma vantagem defensável no
mercado. O serviço é um instrumento igualmente poderoso
de se adicionar valor. Verifica-seque os mercados estão cada
vez mais sensíveis aos serviços e isso, é claro, apresenta
desafios particulares em todos os níveis administrativos de
qualquer empresa. Em muitos mercados já existe uma
tendência para o declínio da força da “marca”ou da imagem
da corporação, e adicionalmente existe uma convergência da
tecnologia dentro das categorias de produtos, o que significa
que não é mais possível competir eficientemente com base
nas diferenças entre os produtos. Daí a necessidade de
procurar a diferenciação por outros meios, além da
tecnologia.

257
Válvulas
 Qualidade é o grau de utilidade esperado ou
adquirido de qualquer coisa, verificável através da
forma e dos elementos constitutivos do mesmo e
pelo resultado do seu uso.1 A palavra "qualidade"
tem um conceito subjetivo que está relacionado com
as percepções, necessidades e resultados em cada
indivíduo. Diversos fatores, como a cultura, modelos
mentais, tipo de produto ou serviço prestado,
necessidades e expectativas influenciam
diretamente a percepção da qualidade.

258
Válvulas
 Entidade reguladora para padronização da norma
Em 1926 foi criada a primeira entidade para padronização
internacional “International Federation of the National
Standardizing Associations” (ISA) que cessaram suas atividades em
1942 durante a Segunda Guerra Mundial.
A sigla "ISO" se refere à International Organization for
Standardization, criada em 1946 após final do conflito
internacional, representantes de 25 países reuniram-se em Londres
e decidiram criar uma nova organização, para padronização, com o
objetivo de "facilitar a coordenação internacional e unificação dos
padrões industriais".
Essa organização internacional trata-se uma entidade não
governamental, essa nova organização iniciou suas atividades
oficialmente em 23 de fevereiro de 1947 com sede em Genebra, na
Suíça, Hoje presente em cerca de 161 países, no Brasil é
representada pela ABNT “Associação Brasileira de Normas
Técnicas”.

259
Válvulas
 ISO seu significado e sua função
A sigla “ISO" foi originada da palavra isonomia, sinônimo de igualdade,
cujo objetivo é a padronização do gerenciamento do sistema da qualidade
visando a sua unificação de forma universal. A sua função é a de promover
a normatização de produtos e serviços, para que a qualidade dos mesmos
seja permanentemente melhorada.
 Como nasceu a família de normas ISO?
Nasceu de normas militares, antes da ISO várias normas foram criadas,
dentre elas podemos citar:
 Normas Militares Americanas - MIL STD. - Padronização.
 MIL-Q-9858 - Foi a primeira norma de Especificações de Sistema da
Qualidade.
 MIL-I-45205 - Requisitos de um Sistema da Qualidade.
 AQAP (Allied Quality Assurance) OTAN - Garantia da Qualidade.
 DEF.STAN (Defense Standard) Reino Unido - Normas das Forças Armadas
Sobre Sistemas da Qualidade.
 BS-5750 (British Standard)

260
Válvulas
 Era da Garantia da Qualidade
O período de 1940 a 1990 foi caracterizado
primeiramente pela concorrência acirrada; em segundo
lugar, pelo surgimento da indústria japonesa; e,
finalmente, pela filosofia de produção enxuta no
ambiente produtivo. Neste sentido, as palavras de
ordem nas empresas passaram a ser: redução de
estoques, otimização dos recursos e melhoria contínua
dos processos. As atividades, que eram fragmentadas,
passaram a ser agrupadas e executadas nas células de
manufatura. Os operadores, por sua vez, tiveram
suas funções ampliadas, tornando-se polivalentes.
Outro fator importante foi o estabelecimento de parceria
com os fornecedores.

261
Válvulas
A atenção das empresas foi focalizada na
satisfação do cliente, no propósito de dar ao cliente
o que ele precisa (conformidade preço e prazo).
Dessa forma, o interesse estava em construir uma
relação de longo prazo, com a consciência de que
"cliente insatisfeito não volta". Nesse momento,
entendia-se que o erro deveria ser eliminado na
fonte, e que prevenir o erro, seria mais econômico
do que corrigi-lo, e, ainda, que a atenção de todos
deveria ser focalizada para fazer certo na primeira
vez, e também constantemente.

262
Válvulas
Portanto, a qualidade não deveria ser controlada e,
sim, produzida, cabendo ao operador a
responsabilidade e a autonomia para garantir a
qualidade do produto. Para viabilizar estas idéias,
foram introduzidas as ferramentas estatísticas para
controle de processo, permitindo ao operador
operacionalizar o autocontrole

263
Válvulas
 Era da Qualidade Integrada (1990-...)
Qualidade Integrada é o esforço da empresa para
entender, atender e superar as expectativas dos
seus clientes, ou seja, entusiasmá-los. Dessa forma,
a qualidade passa a ter uma nova dimensão. Não
basta "dar o que o cliente quer", temos que nos
antecipar aos seus desejos; significa estar à frente
do próprio cliente. A Qualidade Integrada está
fundamentada nas seguintes crenças:

264
Válvulas
 Ouvir sempre o que o cliente tem a dizer e resolver
as insatisfações que mais o afetam.
 Em tudo que se faz deve haver um valor agregado,
tanto para o cliente interno como para o externo.
 É mais barato fazer corretamente do que consertar
mais tarde. Fazer do problema uma oportunidade
de melhoria.
 Rever o processo e identificar as causas, em vez de
procurar os culpados.
 Envolver as pessoas de maneira que todos
compartilhem das metas da empresa.

265
Válvulas
A série 9000 define todas as regras sobre os
sistemas de qualidade utilizados nos processos
industriais das empresas. A obtenção desta
certificação comprova que a empresa está
plenamente capacitada a participar, com seus
produtos, em todos os mercados mundiais, sem
exceção, a exemplo dos países integrantes do
Mercado Comum Europeu. Neste mesmo mercado,
a partir de 1996, tornou-se imprescindível a
apresentação do certificado ISO, para
comercialização de quaisquer produtos importados.

266
Válvulas
 As normas ISO série 9000 servem, portanto, para
demonstrar:
 Que a empresa trabalha com qualidade;
 Facilitar as relações comerciais, no mercado interno e
externo, com produção de produtos que atinjam a
satisfação e o entusiasmo dos clientes e atendam a
uma norma de qualidade padronizada mundialmente;
 Redução de custos, por meio da melhoria contínua,
fazendo certo da primeira vez e, continuamente,
eliminando os desperdícios;
 Benefícios gerais: garantia de emprego, novas
oportunidades, e outros.

267
Válvulas
 Norma ISO 9001:2008
 Introdução
Generalidades
Convém que a adoção de um sistema de gestão da
qualidade seja uma decisão estratégica de uma
organização. O projeto e a implementação de um
sistema de gestão da qualidade de uma organização
são influenciados por - seu ambiente de negócio,
alterações neste ambiente, ou riscos associados com
este ambiente, - necessidades que variam, - seus
objetivos particulares - produtos fornecidos, - os
processos utilizados, - o porte e a estrutura da
organização.

268
Válvulas
 O modelo de um sistema de gestão da qualidade,
baseado em uma abordagem de processo, conforme
mostrado na figura 1, ilustra as ligações dos processos
apresentadas nas seções 4 a 8. Esta ilustração mostra
que os clientes desempenham um papel significativo na
definição dos requisitos como entradas. O
monitoramento da satisfação do cliente requer a
avaliação de informações relativas à percepção do
cliente sobre se a organização atendeu aos requisitos do
cliente. O modelo mostrado na figura 1 abrange todos os
requisitos desta Norma, mas não apresenta processos
em um nível detalhado.

269
Válvulas
 NOTA Adicionalmente pode ser aplicada a metodologia
conhecida como "Plan-Do-Check-Act" (PDCA) para todos
os processos. O modelo PDCA pode ser descrito
resumidamente como segue: Plan (planejar):
estabelecer os objetivos e processos necessários para
gerar resultados de acordo com os requisitos do cliente
e com as políticas da organização; Do (fazer):
implementar os processos; Check (checar): monitorar e
medir processos e produtos em relação às políticas, aos
objetivos e aos requisitos para o produto e relatar os
resultados; Act (agir): executar ações para promover
continuamente a melhoria do desempenho do processo.

270
Válvulas

271
Válvulas
 Escopo 1.1
 Generalidades
 Esta Norma especifica requisitos para um sistema de
gestão da qualidade, quando uma organização a)
necessita demonstrar sua capacidade para fornecer
produtos que atendam de forma consistente aos
requisitos do cliente e requisitos estatutários e
regulamentares aplicáveis, e b) pretende aumentar a
satisfação do cliente por meio da aplicação eficaz do
sistema, incluindo processos para melhoria contínua do
sistema e assegurar a conformidade com os requisitos
do cliente e os requisitos estatutários e regulamentares
aplicáveis.

272
Válvulas
 Requisitos
 4 Sistema de gestão da qualidade
 4.1 Requisitos gerais
 4.2 Requisitos de documentação
 5 Responsabilidade da direção
 5.1 Comprometimento da direção
 5.2 Foco no cliente
 5.3 Política da qualidade
 5.4 Planejamento
 5.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação
 5.6 Análise crítica pela direção

273
Válvulas
 6 Gestão de recursos
 6.1 Provisão de recursos
 6.2 Recursos humanos
 6.3 Infra-estrutura
 6.4 Ambiente de trabalho
 7 Realização do produto
 7.1 Planejamento da realização do produto
 7.2 Processos relacionados a clientes
 7.3 Projeto e desenvolvimento
 7.4 Aquisição
 7.5 Produção e prestação de serviço
 7.6 Controle de equipamento de monitoramento e medição

274
Válvulas
 8 Medição, análise e melhoria
 8.1 Generalidades
 8.2 Monitoramento e medição
 8.3 Controle de produto não conforme
 8.4 Análise de dados
 8.5 Melhorias

275
Manutenção

276
Válvulas
 Definição de manutenção
“Podemos entender manutenção como o conjunto de tratativas e
cuidados técnicos, indispensáveis ao funcionamento regular e
permanente de nossas máquinas, equipamentos, ferramentas e
instalações. Esses cuidados envolvem a conservação, a adequação,
a restauração, a substituição e a prevenção”
 Por exemplo:
 Quando mantemos as engrenagens lubrificadas, estamos
conservando-as;
 Quando estamos trocando um plugue de um cabo elétrico,
estaremos substituindo-o por um novo;
 Quando efetuamos uma reforma em um imóvel, estamos
restaurando-o pelo efeito do tempo;
 Quando estamos isolando uma emenda de um fio, estamos
prevenindo-o de um curto-circuito.

277
Válvulas
 Objetivos da manutenção

 1-Manter os equipamentos e máquinas em condições de


pleno funcionamento, para garantir a produção normal e a
qualidade dos nossos produtos (concreto).
 2- Prevenir prováveis falhas ou quebras dos elementos das
máquinas
 3- Gerir de forma ideal os recursos (acessórios) de forma a
obter o melhor rendimento dos equipamentos.
 4- Otimizar os processos de manutenção, operação e
segurança das máquinas e equipamentos (retrofitting).
 5- Reduzir as intervenções o menor número possível
 6- Reduzir os custos de manutenção
 7- Cuidar do ativo da empresa

278
Válvulas
 Missão do departamento de manutenção
“Produto é o resultado de atividades ou processos,
podendo ser materiais e equipamentos, materiais
processados, informações, serviços ou combinação
destes. E que serviço é o resultado gerado por
atividades na interface fornecedor/cliente, e por
atividades internas do fornecedor, para atender às
necessidades dos clientes, sendo que,
o fornecedor ou o cliente podem ser representados na
interface por pessoas ou equipamentos”.
Conforme podemos verificar, esta conceituação é
bastante ampla, e cada pessoa, ao desempenhar suas
funções em um organização, poderá ser ao mesmo
tempo

279
Válvulas
fornecedor e cliente. Dessa forma, o departamento
de manutenção, sendo um prestador de serviço
interno que auxilia todo o processo produtivo,
precisa atender e superar as expectativas dos seus
clientes, procurando antecipar os seus desejos.
Assim sendo,definimos a nossa missão, em perfeita
sintonia com a organização hospedeira:
Com atitudes e ações eficazes, trabalhando em time
e tendo a consciência de que somos prestadores de
serviços, buscar continuamente:

280
Válvulas
 A capacidade assegurada dos equipamentos e
instalações, atuando sistematicamente na prevenção.
 A melhoria contínua dos parâmetros de segurança, de
qualidade e de produtividade dos equipamentos e
instalações e processos.
 Acrescentar valor ao produto, por meio do desempenho
ativo e eficaz.
 Ser uma atividade lucrativa, produzindo reflexos nos
custos, na qualidade e na produtividade.
O desafio à manutenção será, portanto, o de atender a
todas estas necessidades, utilizando todos os recursos
disponíveis na organização hospedeira.

281
Válvulas
O assunto “Gestão da Manutenção” é muito amplo
passando pela gestão de custos, gestão de ativos,
gestão de sobressalentes, gestão de recursos
humanos e materiais e muitos outros, porém, aqui
se busca apenas dar uma visão geral de como deve
ser uma área de planejamento de manutenção no
que se refere à metodologia de trabalho e as áreas
de apoio que devem dar suporte ao planejamento
no cumprimento de suas atividades.

282
Válvulas
Muitas empresas buscam atuar de forma planejada
na manutenção, mas não encontram uma literatura
clara e direta de como deve atuar para conseguir
obter uma manutenção planejada e nem qual deve
ser a estrutura necessária ao bom andamento das
atividades planejadas. Logo, através deste trabalho
se busca dar o conhecimento necessário a essas
empresas no que se refere à estrutura necessária,
assim como a metodologia que deve ser usada para
o planejamento das atividades da manutenção

283
Válvulas
PCM – Planejamento e Controle de Manutenção
Enquanto nos países do velho continente houve
uma evolução gradativa da manutenção; à medida
que se vivenciavam os momentos da história; no
Brasil houve (década de 90) uma tentativa
desesperada de se implantar nas empresas todos
os programas de qualidade e aumento de produção
em poucos anos, isto, causou em muitos a
sensação de que tudo estava errado nos atuais
processos.

284
Válvulas
Em 1980 até hoje – Em 1980 com o surgimento dos
microcomputadores, com uma linguagem simples, os
profissionais de manutenção passaram a desenvolver
seus próprios programas de gestão de manutenção e o
PCM passou a ter uma importância tão grande que
passa a ser um órgão de assessoramento da produção.
Em 1993 a ISO revisa a norma e inclui a função
Manutenção no processo de certificação dando
reconhecimento desta função no aumento da
confiabilidade, redução de custos, prazo de fabricação e
entrega, garantia de segurança no trabalho e
preservação do meio ambiente

285
Válvulas
A área de PCM tem como atribuições as seguintes:
 Assessorar a gerência em tudo que se refira a
programação e controle;
 Administrar contratos de serviços de terceiros;
 Organizar e manter o patrimônio técnico da gerência;
 Avaliar necessidades de treinamento do pessoal
pesquisando cursos mais adequados;
 Revisar as programações e instruções de manutenção;
 Avaliar pontos de perda de produtividade emitindo
sugestões.

286
Válvulas
 Custos na Manutenção
Nos atuais níveis de competitividade e tecnologia que as
empresas estão não é concebível que não se tenha um
orçamento e um controle rígido dos seus custos, a fim de
mantê-los dentro dos limites de suas metas e objetivos a
serem cumpridos por todas as áreas da empresa, para que
os resultados gerais sejam atingidos, ou seja, cada
departamento deve fazer parte e ter influência sobre os
resultados finais. Dizer que não é possível ter um controle
sobre os custos de manutenção é argumento não mais
aceito; a empresa que ainda hoje usa o argumento de que
não há meios de saber se o equipamento vai quebrar ou não
para prover orçamento e assim ter um controle sobre este
orçamento é coisa de amador, pois existem infinitas
possibilidades de dizer quando, como e porque determinado
equipamento quebrará.

287
Válvulas
O TPM (Total Productive Maintenance), usado no
Brasil como MPT (Manutenção Produtiva Total), é
uma metodologia de excelência em manutenção;
embora foi concebido em empresas de manufatura
(Nippon Denso 1971); teve sua introdução no Brasil
em 1986, mas somente 1990 é que tivemos a
implantação efetiva em empresas brasileiras e
nesta década duas empresas foram candidatas ao
prêmio TPM no Brasil.

288
Válvulas
Desde a sua criação o TPM sofreu alterações para se adaptar
à nova realidade das indústrias diante das novas tecnologias
e inovações surgidas ao longo do tempo, de forma que na
década de 1970 tinha-se o que se chama de 1º Geração do
TPM focando as perdas por falhas nos equipamentos; a partir
de 1980 a chamada 2º Geração tem como foco a eliminação
de seis grandes perdas nos equipamentos, sendo:
 Perda por quebra ou falha;
 Perda por preparação e ajuste;
 Perda por operação em vazio, e pequenas paradas;
 Perda por velocidade reduzida;
 Perda por defeitos no processo;
 Perda no início da produção.

289
Válvulas
O TPM tem como princípios básicos oito Pilares de
Sustentação12, que devem ser usados a fim de se ter
uma diretriz a ser seguida na sua implantação, sendo:
 Pilar de Melhoria Focada ou Específica;
 Pilar de Manutenção Autônoma;
 Pilar de Manutenção Planejada;
 Pilar de Treinamento e Educação;
 Pilar de Gestão Antecipada;
 Pilar de Manutenção da Qualidade;
 Pilar de Segurança, Saúde e Meio Ambiente;
 Pilar de Melhoria dos Processos Administrativos.

290
Válvulas
Tipos de Manutenção
 Manutenção Corretiva
 Manutenção Preventiva

291
Válvulas
 MANUTENÇÃO CORRETIVA
É a atuação para a correção da falha ou do desempenho
menor que o esperado.
Ao atuar em um equipamento que apresenta um defeito ou
um desempenho diferente do esperado estamos fazendo
manutenção corretiva. Assim, a manutenção corretiva não é,
necessariamente, a manutenção de emergência.
Convém observar que existem duas condições específicas
que levam à manutenção corretiva:
a) Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das
variáveis operacionais.
b) Ocorrência da falha.
Desse modo, a ação principal na Manutenção Corretiva é
Corrigir ou Restaurar as condições de funcionamento do
equipamento ou sistema.

292
Válvulas
A MANUTENÇÃO CORRETIVA PODE SER DIVIDIDA
EM DUAS CLASSES:
 Manutenção Corretiva Não Planejada.
 Manutenção Corretiva Planejada

293
Válvulas
 MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA.
Caracteriza-se pela atuação da manutenção em fato
já ocorrido, seja este falha ou um desempenho
menor que o esperado. Não há tempo para
preparação do serviço. Infelizmente ainda é mais
praticado do que deveria.
Normalmente a manutenção corretiva não
planejada implica altos custos, a quebra inesperada
pode acarretar perdas de produção, perda da
qualidade do produto e elevados custos indiretos de
manutenção

294
Válvulas
 Além disso, quebras aleatórias podem ter conseqüências
bastante graves para o equipamento, isto é, a extensão dos
danos pode ser bem maior. Em plantas industriais de
processo contínuo (petróleo, petroquímico, cimento, etc.)
estão envolvidas no seu processamento elevadas pressões,
temperaturas, vazões, ou seja, a quantidade de energia
desenvolvida no processo é considerável. Interromper
processamentos desta natureza de forma abrupta para
reparar um determinado equipamento compromete a
qualidade de outros que vinham operando adequadamente,
levando-os a colapsos após a partida ou a uma redução da
campanha da campanha da planta. Exemplo típico é o
surgimento de vibração em grandes máquinas que
apresentavam funcionamento suave antes da ocorrência.

295
Válvulas
 PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIAS
 O procedimento normal para uma solicitação de um
serviço de emergência é a emissão de uma Ordem
de Serviço (OS), onde o solicitante, normalmente o
responsável pela produção, informa a falha ocorrida
e a prioridade necessária no atendimento.
 Essa prioridade é adotada em cada empresa, com
seus códigos normalizados pela administração da
manutenção.
 Em nosso estudo apresentamos uma lista de
prioridades muito utilizada:

296
Válvulas
Em nosso estudo apresentamos uma lista de prioridades muito utilizada:
 Prioridade 1 - Emergência - Manutenção que deve ser feita imediatamente
depois de detectada sua necessidade.
 Prioridade 2 - Urgência - Manutenção que deve ser feita o mais breve
possível, não ultrapassando 24 horas, depois de detectada sua
necessidade.
 Prioridade 3 - Necessária - Manutenção que pode ser adiada por alguns
dias, porem sua execução não deve ultrapassar uma semana.
 Prioridade 4 - Desejável - Manutenção que pode ser adiada por algumas
semanas, mas que não pode ser omitida.
 Prioridade 5 - Prorrogável - Manutenção que pode ser adiada até que possa
ser executada.
 O procedimento usado para solicitar qualquer tipo de manutenção é
através do documento denominado ORDEM DE SERVIÇO. Nele consta todos
os dados necessários para que sejam realizados os serviços de
manutenção.

297
Válvulas
 MANUTENÇÃO CORRETIVA PLANEJADA
É a correção do desempenho menor que o esperado
ou da falha, por decisão gerencial, isto é, pela
atuação em função de acompanhamento preditivo
ou pela decisão de operar até a quebra.
Um trabalho planejado é sempre mais barato, mais
rápido e mais seguro do um trabalho não planejado.
É será sempre de melhor qualidade.
A característica principal da manutenção corretiva
planejada é função da qualidade da informação
fornecida pelo acompanhamento do equipamento.

298
Válvulas
Mesmo que a decisão gerencial seja de deixar o equipamento funcionar até
a quebra, essa é uma decisão conhecida e algum planejamento pode ser
feito quando a falha ocorrer. Por exemplo, substituir o equipamento por
outro idêntico, ter um "kit" para reparo rápido, preparar o posto de trabalho
com ativos e facilidades etc.
A adoção de uma política de manutenção corretiva planejada pode advir de
vários fatores:
 Possibilidade de compatibilizar a necessidade da intervenção com os
interesses da produção.
 Aspectos relacionados com a segurança - a falha não provoca nenhuma
situação de risco para o pessoal ou para a instalação.
 Melhor planejamento dos serviços.
 Garantia da existência de sobressalentes, equipamentos e ferramental.
 Existência de recursos humanos com a tecnologia necessária para a
execução dos serviços e em quantidade suficiente, que podem, inclusive,
ser buscados externamente à organização.

299
Válvulas
 MANUTENÇÃO PREVENTIVA
É a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a
falha ou queda no desempenho, obedecendo a um
plano previamente elaborado, baseado em
INTERVALOS definidos de TEMPO.
Inversamente à política de Manutenção Corretiva, a
Manutenção Preventiva procura obstinadamente
evitar a ocorrência de falhas, ou seja, procura
prevenir.

300
Válvulas
Em determinados setores, como na aviação, a adoção
de manutenção preventiva é imperativa para
determinados sistemas ou componentes, pois o fator
segurança se sobrepõe aos demais.
Como nem sempre os fabricantes fornecem dados
precisos para a adoção nos planos de manutenção
preventiva, além das condições operacionais e
ambientais influírem de modo significativo na
expectativa de degradação dos equipamentos, a
definição de periodicidade e substituição deve ser
estipulada para cada instalação ou no máximo plantas
similares operando em condições também similares.
Isso leva à existência de duas situações distintas na
fase inicial de operação:

301
Válvulas
a) Ocorrência de falhas antes de completar o período
estimado, pelo mantenedor, para a intervenção.
b) Abertura do equipamento/reposição de componentes
prematuramente.
Evidentemente, ao longo da vida útil do equipamento
não pode ser descartada a falha entre duas
intervenções preventivas, o que, obviamente, implicará
uma ação corretiva.
Os seguintes fatores devem ser levados em
consideração para adoção de uma política de
manutenção preventiva:

302
Válvulas
 Quando não é possível a manutenção preditiva (é a ação
preventiva baseada no conhecimento das condições de
cada um dos componentes das máquinas e
equipamentos).
 Aspectos relacionados com a segurança pessoal ou da
instalação que tornam mandatória a intervenção,
normalmente para substituição de componentes.
 Por oportunidade em equipamentos críticos de difícil
liberação operacional
 Riscos de agressão ao meio ambiente.
 Em sistemas complexos e/ou de operação contínua. Ex.:
petroquímica, siderúrgica, indústria automobilística, etc.

303
Válvulas

304
Válvulas
 Procedimento
 Um procedimento é a ação de proceder ou o método
de executar algumas coisas. Trata-se do conjunto
seqüencial de ações, que permitem realizar um
trabalho de forma correta e atingir uma meta.

305
Válvulas
 Exemplo de procedimento de manutenção
 Inspeção visual, fotos e testes de recepção;
 Desmontagem e individualização das peças;
 Inspeção dos componentes com controle de materiais e dimensões;
 Verificação de folgas, desgastes, trincas, empenamento e corrosões;
 Limpeza química adequada / jateamento;
 Pintura com primer nas peças jateadas que possam sofrer oxidação;
 Inspeção do diafragma / anéis do atuador (No caso de válvulas de controle);
 Aplicação de liquido penetrante;
 Teste hidrostático;
 Lapidação;
 Montagem;
 Teste (Global e de estanqueidade conforme Normas ANSI / FCI 70-2-1998);
 Pintura padrão (Esmalte sintético azul segurança / alumínio alta temperatura) ou
conforme padrão do cliente;
 Emissão de laudo técnico e certificado individual de qualidade

306
FIM

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