(Aula 01) Introdução Trocadores de Calor

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Centro Universitrio

Fundao Educacional Inaciana Pe. Sabia de Medeiros

QM 7530
Fenmenos de Transporte III
- Introduo -

Prof. Dr. Rodrigo Condotta

QM 7530 - Fenmenos de Transporte III

TROCADORES DE CALOR
Troca de calor entre 2 fluidos => aquecimento de um e resfriamento do outro
No h mistura entre os fluidos => parede (metlica na maioria)
Os trocadores podem ser definidos ou classificados pelo tipo de servio que realizam.
A referncia o fluido principal.

TROCADORES / RECUPERADORES => duas correntes do processo


CONDENSADORES => Vapor condensando e gua RESFRIADORES => Fluido do processo e gua
AQUECEDORES => Fluido do processo e vapor (leo trmico)
REFERVEDORES => Fonte de calor (vapor) para coluna de destilao
EVAPORADORES => Concentrar solues

PRINCIPAIS TIPOS DE TROCADORES DE CALOR

DUPLO TUBO (Double Pipe)


CASCO E TUBOS (Shell and Tube)
DE PLACAS (Plate)
OUTROS: Serpentinas, Camisas, Baioneta- etc.
Rodrigo Condotta

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SELEO DE TROCADORES DE CALOR


A seleo de trocadores de calor envolve diversos fatores:
1- Requisitos trmicos e hidrulicos :
-

carga trmica
temperaturas de entrada e sada dos fluidos
perda de carga
presso e temperaturas mximas admissveis

2- Compatibilidade com fluidos :


- os materiais de construo dos trocadores devem ser compatveis com os fluidos
- exemplos de materiais: ao, cobre, alumnio, ao inox, nquel, titnio, materiais vitrificados.

3- Manuteno :
- as caractersticas das correntes de processo devem ser consideradas tendo em mente aspectos como a limpeza
(qumica e mecnica) e substituio das partes dos trocadores.

4- Disponibilidade:
- projetos padres (prazo de entrega do projeto)
- realocao de um trocador j existente dentro da empresa (custo)

5- Fatores Econmicos :
- estudo de todos os aspectos gerais.

Rodrigo Condotta

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DIFERENA DE TEMPERATURA EM UM TROCADOR

terminal
quente

t1

terminal
frio

terminal
entrada

terminal
sada

t2
contracorrente

paralelo

Numa posio x qualquer do trocador, as temperaturas quente e fria dos fluidos so T e t, respectivamente.
OBS: t2 > T2 somente na configurao contracorrente.

Rodrigo Condotta

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COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSO DE CALOR


1

UA = UoAo = UiAi =

1
ln ro ri
1
1

hi Ai
2kL
ho Ao

(1)

A referncia adotada a rea externa do tubo interno: UA = UoAo

1
U = Uo = A

hi Ai

ro
1
ln ro ri
k
ho

(2)

Devido a incrustao de material nas paredes do tubo, uma nova resistncia trmica gerada. O valor do fator de incrustao Rd
adicionado na equao do coeficiente global de transferncia de calor Ud :

UdA =

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Rd ,i Rd , o
ln ro ri
1
1

hi Ai
2kL
ho Ao
Ai
Ao

(3)

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FATORES DE INCRUSTAO
Incrustao (Fouling): qualquer depsito indesejvel em superfcies de transmisso de calor que aumenta as resistncias
transferncia de calor e ao escoamento
Em Equipamentos de Transmisso de Calor: ocorre a formao de depsitos nas superfcies interna e externa dos tubos (devido
diversas razes, sedimentao, corroso, cristalizao, etc.)
Os fatores de incrustao referem-se apenas transmisso de calor: so resistncias transferncia de calor reduzem o valor
de Coeficiente Global de Transferncia de calor (U).

1
1
1

U C hio hS UC = coef. global transferncia de calor para equipamento limpo (clean)


1
1
1

Rd
U D hio hS

onde Rd Rdi Rdo

UD = coef. global de projeto

No projeto tenta-se compensar a reduo na transf. de calor devido incrustao, considerando os fatores Rd, a rea de troca vai
aumentar.

Q U D AT
Sempre que possvel utilizar valores de Rd experimentais.
H tabelas (TEMA) que fornecem valores de Ri. Estes valores so utilizados para ~ I ano de operao, embora nenhuma
referncia ao tempo seja feita. Usar com cautela.
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EFEITO DE Rd NO COEF. GLOBAL DE TRANSF. DE CALOR (U)
Rd afetado por temperatura, velocidade, superfcie metlica
Supor Ri = 0,003 (h ff F) IBtu
Se U, = 400 Btu /( h ft2 F) ~ UD = 182 e a rea ser aumentada em (400-182/182) = 119 % devido incrustao
Se U, = 60 Btu /( h W F) => UD = 51 e a rea ser aumentada em (60-51/51) = 17,6 % devido incrustao

Inicio do projeto:
Adota-se um valor de Rd para projetar o equipamento.
Aps o termino do projeto
Constatou-se que Rd depositado (real) > Rd adotado.
O QUE OCORRER ?
O EQUIPAMENTO NO MAIS FAR O SERVIO O calor trocado ser menor que o especificado no projeto
O trocador estar SUB DIMENSIONADO a partir de um determinado instante o trocador estar subdimensionado.
O equipamento dever ser limpo.
Deve-se refazer o projeto, adotando-se este novo valor de Rd real (depositado).

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MDIA LOGARITMICA DE TEMPERATURA (MLDT ou LMDT)


As temperaturas conhecidas so as de entrada e sada dos fluidos quente e frio, T1, T2, t1 e t2 respectivamente.
Hipteses:
1- U e Cp constantes em todo o comprimento L do trocador
2- Vazes constantes (W e w constantes)
3- Perdas de calor desprezveis (qq = qf)
Para a configurao contracorrente, tempos os terminais quentes e frios, estabelecidos por t1 = T1 t2 e t2 = T2 t1
No estado permanente:

dQ U T ( x) t ( x).dA
dQ w.cp.dt W .Cp.dTdA

(4)
(5)

Fazendo um balano do fluxo de calor da esquerda para a direita com x variando de 0 a x, temos:
W .CpT ( x) T2 w.cp.t ( x) t1

(6)

T x T2

(7)

E isolando-se T(x):
W .Cp
t x t1
w.cp

Substituindo (7) em (5), temos:

W .Cp
t t1 dA (8)
dQ w.cp.dt U T2
w.cp

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Isolando-se as variveis t e A:
U
dA
w.cp

dt
W .Cp
t t1
T2
w.cp

(9)

Integrando x de 0 a L (ou seja, A de 0 a A) e dt de t1 a t2:


W .Cp
W .Cp
t1
1t 2
w.cp
w.cp
U
1
UA
1

dA
dt

ln

W
.
Cp
W
.
Cp
w.cp 0
w.cp
t t1 t1
T2
1 T2 W .Cp t1 W .Cp 1t1
w.cp

w.cp
w.cp
w.cp

T2

t2

UA
1

ln
w.cp W .Cp
1
w.cp

T2

W .Cp
t 2 t1 t 2
w.cp
T2 t1

(10)

De (7) temos que para x = L, temos que T(x = L) = T1 e t(x = L) = t1:


T1 T2

W .Cp
t 2 t1
w.cp

(11)

Ou

W .Cp T1 T2

w.cp
t 2 t1

(12)

Substituindo (11) em (10):


T t
UA
1

ln 1 2
w.cp W .Cp
T2 t1
1
w.cp
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(13)

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e posteriormente substituindo (12) em (13):
T t
t 2 t1
T t
UA
1
UA

ln 1 2

ln 1 2
w.cp T1 T2
T2 t1
w.cp T1 T2 t 2 t1 T2 t1
1
t 2 t1
T t T2 t1
t 2 t1
T t
UA

ln 1 2 UA 1 2
w.cp t 2 t1 Q
T1 t 2
w.cp T1 t 2 T2 t1 T2 t1
ln
T2 t1

UA

T1 t 2 T2 t1
T t
ln 1 2
T2 t1

Q UA

w.cp t 2 t1 Q

(14)

t 2 t1
UAt ln UA MLDT
t 2
ln
t1

(15)

Se U variar linearmente com t, obtm-se:

QA

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U 2 .t 2 U 1 .t1
U .t

ln 2 2

U
.

t
1
1

(16)

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TEMPERATURA CALRICA
- U no constante; a viscosidade do fluido decresce a medida que ele aquecido.
- Outros parmetros tambm variam com a temperatura: h, k, Cp.

Tc T2 Fc T1 T2
t c t1 Fc t 2 t1

1 r

k r 1 1

Fc c

ln k c 1
kc
1
ln r
onde:

kc
r

Uq U f
Uf

t f
t q
Figura 1: Representao grfica de Fc.

para fluidos no to viscosos, a temperatura calrica pode ser aproximada pela mdia aritmtica das temperaturas do processo.
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TEMPERATURA NA PAREDE DO TUBO


a referncia a temperatura da parede externa do tubo interno: tw

hio
Tc tc
hio ho

Fluido quente na regio anular:

ho
Tc tc
t w tc
hio ho

ou

t w Tc

Fluido quente no interior do tubo:

hio
Tc tc
t w tc
hio ho

ou

ho
Tc tc
t w Tc
hio ho

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COEFICIENTES PELICULARES P/ FLUIDOS


depende do tipo de escoamento:
(Kern, pg 76):

- Re < 2100 (no interior dos tubos):

DG c D
hi D

1,86
k

k L

- Re > 10000 (no interior dos tubos):

DG 5 c
hi D

0,027
k
k

0 ,14

0 ,14

(Trevisanm pg 101):
4

5
- Re > 2300 (no interior dos tubos): hi D 0,023 DG c

k

- leo em tubos: (no aquecimento)

hqauec 0,034

0 , 63

onde n = 0,4 para fluido aquecendo


n = 0,3 para fluido resfriando

lembrando: hresfr

3
hqauec
4

onde: v em (ft/h) e em (lb/ft.h)

v 0 ,8
- gua em tubos: hgua 0,0134T 100 0, 2
di
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onde: v em (ft/h), di em (ft) e T em (F)


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(Incropera)

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DIAMTRO EQUIVALENTE
para seo anular do trocador, deve-se encontrar o dimetro
equivalente De:

S2
Definio:

S1

Deq: (4 vezes a rea de Escoamento) / (Permetro Molhado)

Perda de carga: as superfcies S1 e S2 contribuem para a perda de carga


do fluido que escoa na seo anular da figura:

De( atrito)

4 D22 D12

D2 D1
4 D2 D1

Transmisso de calor: supondo uma troca de calor ideal, a transferncia de calor s se d atravs da superfcie S1 e, portanto,
somente ela ser computada no permetro molhado da expresso:

De( calor)
Rodrigo Condotta

4 D22 D12
D22 D12

4D1
D1
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TROCADOR DE CALOR DUPLO TUBO

Figura 1: Esquemas de trocadores de calor do duplo tubo.

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Construo : dois tubos concntricos; so necessrios vrios grampos (hairpin)


tubos lisos ou aletados

Vantagens: facilidade de construo, ampliao e manuteno


podem operar em contracorrente ou paralelo
utilizado quando um trocador CASCO e TUBOS no a melhor soluo econmica

Limitaes: baixas vazes,


Q < 500 kW

Dimenses: comprimento: de 4 a 20 ft
tubo externo: de 2 a 4 in
tubo interno: de 3/4 a 3 in
rea de troca: at 30 m2

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TROCADOR DE CALOR CASCO E TUBOS

Figura 2: Esquema de um trocador de calor do tipo casco e tubos.

Partes do trocador:

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1- Casco ou carcaa

Shell

2- Espelho

Tubesheet

3- Carretel

Channel

4- Tampa do carretel

Channel cover

5- Chicanas

Baffles

6- Espaadores de chicanas

Baffle spacer

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Caractersticas:
o trocador de calor mais comum utilizado na indstria qumica.
Pode ser projetado praticamente para qualquer aplicao.
Normalmente o nico tipo que pode ser usado para grandes reas, com presses acima de 30 bar e temperaturas> 260 0 C.
Fornece grandes reas de troca; ampla faixa de vazo, presso e temperatura
Vrios materiais de construo indicado para fluidos corrosivos
Pode operar com lquidos, gases, vapores (condensadores e vaporizadores)
Configurao horizontal ou vertical
Diversos mtodos de projeto disponveis

TUBOS DO FEIXE

normalmente lisos, mas podem ser aletados


disponveis em vrios materiais, comprimentos, dimetros e espessura de parede. Norma BWG.

DIMENSOES DOS TUBOS:


mais conveniente construir trocadores longos com menores dimetros de casco (a rea de troca mais barata com tubos
de dimetros pequenos e comprimentos longos).
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Comprimento dos tubos:


Fator mais importante => "lay-out" da instalao (espao para retirada do feixe, se necessrio). No havendo limitao,
tubo o mais longo disponvel no mercado
Padronizao dos trocadores da unidade => tubos reserva e materiais para limpeza.
Padro 8,12, 16, 20 e 24 ft

Dimetro dos tubos:


Compromisso entre natureza da incrustao do fluido, espao disponvel e custo.
Mais utilizados: de = 3/4 ou 1 in
Fluidos limpos: de = 1/4 in ;
leos pesados: de = 2 in ou mais
Padro 1/4, 3/8, 1/2, 5/8, 3/4, 1, 11/4,11/2, 2, 21/2 in.
TEMA: tabelas de dimetros para cada classe mecnica Classes R, C e B

DISPOSIO DOS TUBOS (Tube Pitch):


TEMA: 4 disposies (arranjos) com relao direo do escoamento:

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Passo "Pitch" (PT): distncia de centro a centro entre dois tubos adjacentes.
Na Prtica: no deve ser menor que 1,25.de (exceto de 1/2 com fluidos limpos)
Nomenclaturas:

"Pitch ratio" = Pr/de;


Abertura C' ;
PT = C' + de

Arranjo triangular => trocador mais compacto (mais tubos)


satisfatrio para fluidos limpos Rd 0,002 (ft.F.Btu/h) (no casco) ou limpeza qumica
no adequado quando necessria limpeza mecnica
Sendo necessria limpeza mecnica => arranjo quadrado e Abertura (C') mnima de 1/4 in (6,35 mm), acesso a todos os
tubos.
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CASCO
Feito a partir de chapa metlica soldada ("rolled shell') ou para dimetros de at 24 in com tubos que seguem a norma IPS.
Tamanhos tpicos: de 8 a 60 in (existem maiores que 120 in)
A dimenso citada o dimetro interno (DI ou Di).
Di de 12 a 24 in com espessura de 3/8 in suportam presses de 300 psi (20 atm)

PLACAS DE IMPACTO
para proteger os tubos do impacto devido entrada da alimentao, principalmente quando h partculas slidas.
so planas ou curvas, com 6 mm de espessura, um pouco maior que o bocal.
necessrio que alguns tubos sejam retirados do feixe.

CHICANAS
O espaamento padronizado segundo TEMA
Tipos de Chicana:
em geral temos 3 tipos de chicanas

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Segmentadas ou Cortadas: corte de 25 % o mais comum (corte mx. 50 %)

Figura 3: Chicanas Segmentadas

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Disco e Anel: pouco usadas

Figura 4: Chicanas tipo Disco e Anel

de Orifcio: pouco usadas (1/16" a 1/8" maior que de)

Figura 5: Chicanas de Orifcio

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NMERO DE PASSAGENS DOS FLUIDOS NUM TROCADOR CASCO E TUBOS


Designao: n de passagens (passes) do fluido da carcaa - N de passagens (passes) do fluido do tubo. Exemplo 1-1, 1-2, 3-6
etc. (o primeiro se refere ao nmero de passagens no interior do casco e o segundo no interior dos tubos).

TROCADOR l-1

Figura 6: Trocador 1-1

TROCADOR 1-2

Figura 7: Trocador 1-2

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TROCADOR 2-4

Figura 8: Trocador 2-4

Ateno:
mais que 2 passes num casco impraticvel
existem configuraes 3-6, 4-8, 5-10, etc., que so constitudas por associaes de trocadores mais simples (exemplo: um
trocador 3-6 uma associao de 3 trocadores 1-2 em srie)
COMO FICA O t ? paralelo ou contracorrente

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Treal PARA TROCADORES COM MULTIPLAS PASSAGENS


Exemplo:
trocador 1-2: metade das passagens em contracorrente e metade em paralelo.
a diferena de temperatura mdia verdadeira (real) ser menor que a (LMTD) contracorrente.
definido um fator F ou FT

FT

(t ) REAL
(t ) REAL ( LMTD) contracorrente FT
( LMTD) contracorrente

ATENO: Equao de projeto Q = UA (t)real

H grficos que fornecem FT em funo de dois adimensionais de temperatura (R e S) e do nmero de passagens no casco:

T1 T2
t t
;S 2 1
t 2 t1
T1 t1

No projeto, FT define o nmero de passagens no casco.

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Figura 9: Grfico de FC para trocador 1-2

Exemplo:
Um trocador cujas temperaturas de operao
resultam em:
R = 1,0 e S = 0,6
ter necessriamente a configurao 2-4 (ou superior),
mas nunca a configurao 1-2 (ver figuras 9 e 10).
Figura 10: Grfico de FC para trocador 2-4.

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CONFIGURAO TEMA
Aps a definio do nmero de passagens no casco e nos tubos, pode-se adotar uma configurao TEMA para o trocador.

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TEMPERATURA:
Aproximao, cruzamento e encontro ("Approach, cross e meet")

A diferena entre as temperaturas de sada dos 2 fluidos (T2 e t2) tem significado trmico e introduz a terminologia de
aproximao, cruzamento e encontro de temperaturas.
quando t2 < T2 h uma aproximao
quando t2 > T2 h um cruzamento
quando t2 = T2 h um encontro
com operao em paralelo s possvel ocorrer aproximao.

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TROCADORES CASCO E TUBOS: CONFIGURAES MECNICAS
1-Espelho Fixo: espelho soldado carcaa feixe no removvel
Fluido do casco no incrustante ou possvel limpeza qumica
Pode haver problemas de expanso diferencial juntas de expanso.
H trocadores deste tipo com 22 m de comprimento (feixe).

Figura 11: Trocador 1-1 de espelho fixo e carretel

Figura 12: Trocador 1-2 de espelho fixo e bonnet (esquerda) e carretel (direita)

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2- Espelho ou cabeote flutuante: um espelho fixo (no soldado ao casco, enquanto o outro livre para expandir.
Feixe removvel limpeza mecnica na parte externa dos tubos.
Feixe limitado 9 m e 20 t

Figura 13: Trocadores 1-2 com espelho flutuante (esquerda) e fixo (direita)

Rodrigo Condotta

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QM 7530 - Fenmenos de Transporte III


3- Tubos em U: feixe removvel, mas de difcil limpeza mecnica no interior dos tubos
possui somente 1 espelho
no apresenta problema de expanso diferencial
a substituio de tubos internos ao feixe impossvel
area de troca a parte reta dos tubos
pode ser mais econmico que o espelho fixo com junta de expanso

Figura 14: Trocador 1-2 com tubos em U

RECOMENDAES PARA A ESCOLHA (Goldsdtein)

INDICAO DE CUSTO (ordem crescente): Espelho Fixo -- Tubos em U - Cabeote flutuante

Rodrigo Condotta

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CRITRIOS PARA ESCOLHA DO LADO DE ESCOAMENTO
Qual fluido vai escoar pelo tubo e qual pelo casco?
Segundo Goldstein: por facilidade de manuteno e limpeza: o fluido com caracterstica em posio mais alta na lista que segue
colocado nos tubos.
gua de resfriamento
fluidos corrosivos e incrustantes
fluido menos viscoso
fluido operando a presso mais elevada
fluido com menor vazo
vapor de gua condensando (outros vapores pelo casco)
no havendo restries de processo considerar as duas configuraes. O mesmo vale quando h conflito de recomendaes
(tentar identificar tambm a mais importante).
Segundo Saunders:
Lado dos Tubos

Lado do Casco

altas presses

menor vazo

altas temperaturas

mais viscoso

corrosivo

baixo h

incrustante (exceto tubo em U)

Rodrigo Condotta

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TROCADOR DE CALOR DE PLACAS


suporte onde placas independentes de metal sustentadas por barras so presas entre uma extremidade mvel e outra fixa.
formam-se canais entre placas adjacentes por onde os fluidos escoam.
a troca de calor se d atravs de cada placa: de um lado o fluido frio e do outro o fluido quente.

Rodrigo Condotta

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PLACAS
feitas por prensagem: corrugaes (placas corrugadas)
materiais que podem ser prensados: normalmente materiais nobres como ao inox, titnio, ligas titnio-paldio.
corrugaes: oferecem resistncia placa e turbulncia aos fluidos
vrios tipos: "tbua de lavar roupa" e "espinha de peixe".

CARACTERSTICAS E DIMENSES DAS PLACAS


espessura: de 0,5 a 3 mm
canais de escoamento: de 2 a 5 mm => deq = 4 a 10 mm
dimenses: maior placa 4,3 x l,1 m
rea de troca: de 0,01 a 3,6 m2
relao comprimento/largura: 1,8

Rodrigo Condotta

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JUNTAS DE VEDAO (Gaskets)
evitar vazamentos externos, direcionar os fluidos para no ocorrer mistura entre eles.
principais materiais utilizados e limitaes
elastmeros: comprimidas 25% da sua espessura
borrachas nitrlica, butlica, Viton, fibra de amianto
limitadas quanto a temperatura de processo

Material

Tmx(C)

Aplicao

Acriloni trila- butadieno

135

Gorduras

Isobutileno-iso reno

150

Aldeidos, cetonas

etileno- ro ileno (EPDM)

150

Grande variedade

Viton (fluorcarbono)

175

Fibra de amianto comprimido 260

combustveis, leos minerais,


vegetais. e animais.
solventes orgnicos

pouco usada devido baixa elasticidade

PLACAS CONECTORAS
opera com 3 ou mais fluidos em uma unidade => pasteurizao

Rodrigo Condotta

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VANTAGENS E RESTRIES :
sempre surgem comparaes com os Casco e Tubos
ser vivel somente se :
a) presso de operao < 30 bar
b) temperaturas < 180 C (260 C com fibra amianto, mas com menores presses)
c) vcuo no muito elevado
d) volumes moderados de gases e vapores, com ou sem mudana de fase
Vantagens
Facilidade de acesso superfcie de troca, troca de placas, facilidade de limpeza indstria de alimentos: uso consagrado.
Flexibilidade: alterao de rea de troca, substituio de placas
Fornece grandes reas de troca ocupando pouco espao compactos comparados com Casco e Tubos
Pode operar com mais de 2 fluidos pasteurizao
Elevados coeficientes de transferncia de calor p/ ambos os fluidos
Escoamento turbulento
Incrustao reduzida devido alta turbulncia menos paradas para limpeza
Baixo custo inicial ;
No necessrio isolamento, apenas as bordas das placas so expostas atmosfera
No ocorre mistura das correntes mesmo que a vedao falhe
Pequeno volume (no trocador) respostas rpidas no controle
Rodrigo Condotta

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QM 7530 - Fenmenos de Transporte III

RESTRIES
Presso:

qualquer trocador de placas resiste 7 atm


muitos podem ser projetados para 10 atm alguns para 15 atm
poucos para 20 atm

Temperatura: restrio devido s juntas de vedao Tmx. = 260C


Vazo mxima: 2500 m3/h

Estes valores tendem a se modificar com o desenvolvimento dos equipamentos e novos materiais.

Rodrigo Condotta

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TROCADOR DE CALOR ESPIRAL


SPIRAL HEA T EXCHANGER

Desenvolvido h mais de 50 anos na indstria de papel, seu uso no foi expandido para outras indstrias.
Utilizado para fluidos viscosos, lamas e lquidos com slidos em suspenso.
A curvatura contnua induz turbulncia
Passagem nica em contracorrente
Materiais de construo: ao carbono, inox, ligas nobres, titnio
Espessuras das chapas: de 2 a 4 mm
Distncia entre placas: de 4 a 20 mm

Presso mxima de operao: aprox. 20 atm


Temperatura mxima: 400 C
rea de troca de at 350 m2

Rodrigo Condotta

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TROCADOR DE CALOR TIPO LAMELA


LAMELLA HEAT EXCHANGER

Modificao do casco e tubo: canais de forma retangular no lugar dos tubos.


No h chicanas nem mltiplas passagens: verdadeiro contracorrente.

Unidades padronizadas
Comprimento mximo de 6 m
12 dimetros para o casco: de 125 a 1000 mm
Areas de troca de 1 a 1000 m2
O feixe pode ser retirado, mas a superfcie interna da lamela s pode ser limpa quimicamente.
Temperaturas mximas: de 200C a 5000 C dependendo do material das juntas
Presso mxima: depende do dimetro do casco
DI = 300 mm Pmx. = 35 atm
DI = 1000 mm Pmx. = 10 atm

Rodrigo Condotta

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