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30/05/2016

Transferência de Calor
Condução de Calor

Material adaptado da
Profª Tânia R. de Souza de 2014/1.

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30/05/2016

Lei de Fourier

A Lei de Fourier é fenomenológica, ou seja, foi desenvolvida a


partir da observação dos fenômenos da natureza em
experimentos. Consideremos, por exemplo, a transferência de
calor através de uma barra de ferro com uma das extremidades
aquecidas e com a área lateral isolada termicamente, como na
figura a seguir:

Lei de Fourier

Com base em experiências, variando a área da seção da barra, a


diferença de temperatura e a distância entre as extremidades,
chega-se a seguinte relação de proporcionalidade:
𝑞∝

E a Lei de Fourier pode ser escrita como:

Onde: q é o taxa de calor por condução (kcal/s) ou (W);


k é a condutividade térmica do material (W/m.°C);
A é a área da seção através da qual o calor flui por condução, medida
perpendicularmente à direção do fluxo (m²);
dT/dx é o gradiente de temperatura na seção, isto é, a razão de variação da
temperatura T com a distância, na direção x do fluxo de calor (°C/m).

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Lei de Fourier

Condutividade Térmica

𝑞𝑥 "
𝑘𝑥 ≡ −
(𝜕𝑇 𝜕𝑥)

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Condutividade Térmica

Equação do Calor

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Equação do Calor

𝜕 𝜕𝑇 𝜕 𝜕𝑇 𝜕 𝜕𝑇 𝜕𝑇
𝑘 + 𝑘 + 𝑘 + 𝑞 = 𝜌𝑐𝑝
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑡

Simplificações:
- Condutividade térmica, k, constante:
𝜕 2 𝑇 𝜕 2 𝑇 𝜕 2 𝑇 𝑞 1 𝜕𝑇
+ + + =
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2 𝜕𝑧 2 𝑘 𝛼 𝜕𝑡
onde α = k/(ρ·cp) é a difusividade térmica.
- Regime permanente:
𝜕 𝜕𝑇 𝜕 𝜕𝑇 𝜕 𝜕𝑇
𝑘 + 𝑘 + 𝑘 +𝑞 =0
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧

- Regime permanente, unidimensional e sem geração de energia:


𝑑 𝑑𝑇
𝑘 =0
𝑑𝑥 𝑑𝑥

Equação do Calor
Tabela: Condições de contorno para a equação do calor na superfície (x = 0).

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Condução de Calor em uma Parede Plana

A  T1  T2 
qx qx 
L

Condução de Calor em uma Parede Plana

(T2 – T1)
(T1 – T2)

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Exercício Resolvido

A parede da fornalha de uma caldeira é construída de tijolos


refratários com 0,20m de espessura e condutividade térmica de
1,3W/(m.K). A temperatura da parede interna é de 1127oC e a
temperatura da parede externa é de 827oC. Determinar a taxa de
calor perdido através de uma parede com 1,8m por 2,0 m.

Dados: Solução
x = 0,20 m q  kA
Ti  Te 
k = 1,3 W/(moC) x
Ti = 1127 oC
q  1,3 . 3,6
1127  827
Te = 827 oC
0,20
A = 1,8.2,0 = 3,6 m2
q  7020 W

Analogia entre Resistência Térmica


e Resistência Elétrica

Dois sistemas são análogos quando eles obedecem a equações semelhantes.


Isto significa que a equação de um sistema pode ser transformada em uma
equação para outro sistema pela simples troca dos símbolos das variáveis. Por
exemplo, a equação que fornece taxa de calor pode ser escrita como:

O denominador e o numerado podem ser entendidos como:


ΔT – diferença entre a temperatura da face quente e da face fria, consiste
no potencial que causa a transferência de calor;
L/(k.A) – é equivalente a uma resistência térmica (R) que a parede oferece à
transferência de calor.

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Analogia entre Resistência Térmica


e Resistência Elétrica

Portanto, a taxa de calor através da parede pode ser expresso da seguinte


forma:

Analogia entre Resistência Térmica


e Resistência Elétrica

Se substituirmos o potencial de temperatura ΔT pelo potencial elétrico ΔU, e o


símbolo térmico R pela resistência elétrica Re, obtemos a equação da Lei de
Ohm, e temos a intensidade de corrente elétrica (i):

Dada esta analogia, é comum a utilização de uma notação semelhante a usada


em circuitos elétricos, quando representamos a resistência térmica de uma
parede ou associações de paredes. Assim, uma parede de resistência R,
submetida a um potencial ΔT e atravessada por uma taxa de calor q, pode ser
representada assim:

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Associação de Paredes Planas em Série

Um sistema de paredes planas associadas em série, submetidas a uma fonte


de calor. Assim, haverá a transferência de um fluxo de calor contínuo no
regime permanente através da parede composta. Como exemplo, analisemos
a transferência de calor através da parede de um forno, que pode ser
composta de uma camada interna de refratário (condutividade k1 e espessura
L1), uma camada intermediária de isolante térmico (condutividade k2 e
espessura L2) e uma camada externa de chapa de aço (condutividade k3 e
espessura L3). A figura ilustra o perfil de temperatura ao longo da espessura
da parede composta :

Associação de Paredes Planas em Série

O fluxo de calor que atravessa a parede composta pode ser


obtido em cada uma das paredes planas individualmente:

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Associação de Paredes Planas em Série

Associação de Paredes Planas em Série

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Associação de Paredes Planas em Série

Associação de Paredes Planas em Paralelo

Consideremos um sistema de paredes planas associadas em paralelo,


submetidas a uma fonte de calor. Assim, haverá a transferência de um fluxo
de calor contínuo no regime permanente através da parede composta.
Como exemplo, analisemos a transferência de calor através da parede de um
forno, que pode ser composta de uma metade inferior de refratário especial
(condutividade k2) e uma metade superior de refratário comum
(condutividade k1). Faremos as seguintes considerações:
 Todas as paredes estão sujeitas a mesma diferença de temperatura;
 As paredes podem ser de materiais e/ou dimensões diferentes;
 O fluxo de calor total é a soma dos fluxos por cada parede individual.

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Associação de Paredes Planas em Paralelo

Associação de Paredes Planas em Paralelo

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Associação de Paredes Planas em Paralelo

Associação de Paredes Planas em Paralelo

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CÁLCULO DA ESPESSURA DOS ISOLANTES

Limitação da Temperatura

 Externamente (forno no qual a temperatura externa não deve ser maior


do aquela que causa queimaduras nos trabalhadores);

 Interiormente (não devemos ter a temperatura superior a de orvalho


para evitar a condensação e gotejamento de água);

Parâmetros conhecidos

 Temperaturas dos ambientes;

 Coeficiente de película dos ambientes interno e externo;

 Condutividades térmicas dos materiais das paredes.

CÁLCULO DA ESPESSURA DOS ISOLANTES

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Exercício Resolvido

Uma parede de um forno é constituída de duas camadas: 0,20 m de tijolo


refratário (k = 1,2 kcal/(h.m.°C)) e 0,13 m de tijolo isolante (k = 0,15
kcal/(h.m.°C)). A temperatura da superfície interna do refratário é 1675°C e a
temperatura da superfície externa do isolante é 145°C. Desprezando a
resistência térmica das juntas de argamassa, calcule:
a) o calor perdido por unidade de tempo e por m2 de parede;
b) a temperatura da interface refratário/isolante.

kcal/h/m/ºC

kcal/h/m/ºC

Exercício Resolvido

kcal/h/m²

(T1 – T2)

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Condução de Calor através de Configurações


Cilíndricas

Se a temperatura da superfície interna for constante e igual a T1,


enquanto que a temperatura da superfície externa se mantém
constante e igual a T2, teremos uma transferência de calor por
condução no regime permanente. Como exemplo analisemos a
transferência de calor em um tubo de comprimento L que conduz
um fluido em alta temperatura:

Condução de Calor através de Configurações


Cilíndricas

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Condução de Calor através de Configurações


Cilíndricas

Condução de Calor através de Configurações


Cilíndricas

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Condução de Calor através de Configurações


Cilíndricas

Condução de Calor através de Configurações


Cilíndricas

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Exercício Resolvido

Um tubo (Di = 160 mm e De = 170 mm) de aço (k = 60,5 W/(m.oC))


é isolado com 100 mm de um material com k = 0,062 W/(m.oC).
Sabendo-se que as temperaturas na face interna do tubo e na
face externa do isolamento são, respectivamente, 300 oC e 50 oC,
determine a potência dissipada por metro de tubo.
.
q

Exercício Resolvido

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Resumo da Condução Unidimensional

Tabela: Soluções unidimensionais, em regime permanente, da equação do


calor sem geração.

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