Mecflu A05

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MECÂNICA DOS FLUIDOS

Aula 05
Rafael Carminati
Engenheiro Mecânico
Especialista em Engenharia de Manutenção

2021
Medidores de pressão
Equação Manométrica
EX: No manômetro da figura, o fluido A é água e o fluido B,
mercúrio. Qual é a pressão p1?
Dados: γHg = 136.000 N/m³ ; γH2O = 10.000 N/m³.
Resp.: p1 = 13,35 kPa
Medidores de pressão
Equação Manométrica
EX: No manômetro diferencial da figura, o fluido A é água, B é óleo e o
fluido manométrico é mercúrio. Sendo h1 = 25cm, h2 = 100cm, h3 =
80cm e h4 = 10cm, qual é a diferença de pressão pA – pB? Dados: γH2O
= 10.000 N/m³ ; γHg = 136.000 N/m³ ; γóleo = 8.000 N/m³.
Resp.: pA - pB = -132,1 kPa
Medidores de pressão
Equação Manométrica
EX: Calcular a leitura do manômetro A da figura. γHg= 136.000 N/m³
Resp.: pA= 79,6 kPa
Medidores de pressão
Regra
Começando do lado esquerdo, soma-se à pressão pA a pressão
das colunas descendentes e subtrai-se aquela das colunas
ascendentes. Note-se que as cotas são sempre dadas até a
superfície de separação de dois fluidos do manômetro. Tem-se,
portanto:
pA+ γ1h1+ γ2h2– γ3h3+ γ4h4– γ5h5 – γ6h6= pB
CONTEÚDO

■ Regime variado e permanente;


■ Regimes de escoamento;
■ Experiência de Reynolds;
■ Vazão;
Regime variado e permanente

Regime permanente é aquele em que as propriedades do


fluido são invariáveis em cada ponto com o passar do tempo.
Note-se que as propriedades do fluido podem variar de ponto
para ponto, desde que não haja variações com o tempo.
Isso significa que, apesar de um certo fluido estar em
movimento, a configuração de suas propriedades em
qualquer instante permanece a mesma.
Regime variado e permanente
Um exemplo prático disso será o escoamento pela tubulação
do tanque da figura abaixo, desde que o nível dele seja
mantido constante.
Regime variado e permanente
Nesse tanque, a quantidade de água que entra em (1) é
idêntica à quantidade de água que sai por (2); nessas
condições, a configuração de todas as propriedades do fluido,
como velocidade, massa específica, pressão etc., será, em
cada ponto, a mesma em qualquer instante.
Note-se que em cada ponto a velocidade, por exemplo, é
diferente, assim como a pressão o será, pela lei de Stevin.
Regime variado e permanente
Regime variado é aquele em que as condições do fluido em
alguns pontos ou regiões de pontos variam com o passar do
tempo. Se no exemplo anterior não houver fornecimento de água
por (1), o regime será variado em todos os pontos.
Regime variado e permanente

Denomina-se reservatório de grandes dimensões um


reservatório do qual se extrai ou no qual se admite fluido, mas,
devido à sua dimensão transversal muito extensa, o nível não
varia sensivelmente com o passar do tempo.
Em um reservatório de grandes dimensões, o nível mantém-se
aproximadamente constante com o passar do tempo, de forma
que o regime pode ser considerado aproximadamente
permanente.
Regime variado e permanente
A figura abaixo mostra um reservatório de grandes dimensões,
em que, apesar de haver uma descarga do fluido, o nível não
varia sensivelmente com o passar do tempo, e o regime pode ser
considerado permanente.
Regime variado e permanente
A figura abaixo mostra um reservatório em que a seção
transversal é relativamente pequena em face da descarga do
fluido. Isso faz com que o nível dele varie sensivelmente com o
passar do tempo, havendo uma variação sensível da configuração
do sistema, caracterizando um regime variado.
Regimes de escoamento

Em um escoamento de determinado fluido, as características


variam de acordo com o regime que o fluido escoa (flui), estes
são chamados de escoamentos Laminar e Turbulento.
Para definir os tipos (regimes) de escoamentos, recorre-se à
experiência de Reynolds (1883), que demonstrou a sua
existência.
Regimes de escoamento
Seja, por exemplo, um reservatório que contém água. Um tubo
transparente é ligado ao reservatório e, no fim deste, uma válvula
permite a variação da velocidade de descarga da água. No eixo
do tubo é injetado um líquido corante do qual se deseja observar o
comportamento.
Regimes de escoamento
Nota-se que ao abrir pouco a válvula, portanto para pequenas
velocidades de descarga, forma-se um filete reto e contínuo de
fluido colorido no eixo do tubo (3). Ao abrir mais a válvula (5), o
filete começa a apresentar ondulações e finalmente desaparece a
uma pequena distância do ponto de injeção.
Regimes de escoamento
Nesse último caso, como o nível (2) continua descendo, conclui-
se que o fluido colorido é injetado, mas, devido a movimentos
transversais do escoamento, é totalmente diluído na água do
tubo (3). Esses fatos denotam a existência de dois tipos de
escoamentos separados por um escoamento de transição.
Regimes de escoamento
Número de Reynolds

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Regimes de escoamento

No primeiro caso, em que é observável o filete colorido reto e


contínuo, conclui-se que as partículas viajam sem agitações
transversais, mantendo-se em lâminas concêntricas, entre as
quais não há troca macroscópica de partículas.
No segundo caso, as partículas apresentam velocidades
transversais importantes, já que o filete desaparece pela
diluição de suas partículas no volume de água.
Regimes de escoamento

Escoamento laminar é aquele em que as partículas se


deslocam em lâminas individualizadas, sem trocas de massa
entre elas.
Escoamento turbulento é aquele em que as partículas
apresentam um movimento aleatório macroscópico, isto é, a
velocidade apresenta componentes transversais ao movimento
geral do conjunto do fluido.
Regimes de escoamento
O escoamento laminar é o menos comum na prática, mas pode
ser visualizado num filete de água de uma torneira pouco aberta
ou no início da trajetória seguida pela fumaça de um cigarro, já
que a uma certa distância dele notam-se movimentos transversais.
Regimes de escoamento
Reynolds verificou que o fato de o movimento ser laminar ou
turbulento depende do valor do número adimensional dado por:

𝜌∙𝑣∙𝐷 𝑣∙𝐷
𝑅𝑒 = =
𝜇 𝜈
Essa expressão se chama número de Reynolds e mostra que o
tipo de escoamento depende do conjunto de grandezas:
𝑣 = Velocidade do escoamento;
D = Diâmetro da tubulação;
𝜌 = Massa especifica do fluido;
𝜇 = Viscosidade dinâmica;
𝜈 = Viscosidade cinemática.
Regimes de escoamento

Reynolds verificou que, no caso de tubos, seriam observados


os seguintes valores:
Re < 2.000 Escoamento laminar;
2.000 < Re < 2.400 Escoamento de transição;
Re > 2.400 Escoamento turbulento;
Vazão
A vazão em volume pode ser definida facilmente pelo exemplo
da figura abaixo.
Suponha-se que, estando a torneira aberta, seja empurrado o
recipiente embaixo dela e simultaneamente seja disparado o
cronômetro. Admita-se que o recipiente encha em 10 s.
Vazão
Pode-se então dizer que a torneira enche 20 L em 10 s ou que a
vazão em volume da torneira é:
20𝐿
= 2 𝐿/𝑠
10𝑠
Define-se vazão em volume Q como o volume de fluido que
atravessa uma certa seção do escoamento por unidade de tempo.
𝑉
𝑄=
𝑡
Vazão
As unidades correspondem à definição: m³/s, L/s, m³/h, L/min, ou
qualquer outra unidade de volume ou capacidade por unidade de
tempo.
Existe uma relação importante entre a vazão em volume e a
velocidade do fluido.
Vazão
No intervalo de tempo t, o fluido se desloca através da seção de área
A a uma distância s.
O volume de fluido que atravessa a seção de área A no intervalo de
tempo t é V = s∙A. Logo, a vazão será:
𝑉 𝑠∙𝐴 𝑠
𝑄= = 𝑚𝑎𝑠 =𝑣
𝑡 𝑡 𝑡
Então: 𝑄 = 𝑣 ∙ 𝐴
Exercícios
1) Uma torneira enche de água um tanque, cuja capacidade é 6.000
L, em 1 h e 40 min. Determinar a vazão em volume, em massa e
em peso na unidade do SI se ρ H2O = 1.000 kg/m³ e g = 10 m/s².
Resp.: Q = 10-3 m³/s; Qm = 1 kg/s; QG = 10 N/s
Exercícios
2) Calcular o número de Reynolds e identificar se o escoamento é
laminar ou turbulento sabendo-se que em uma tubulação com
diâmetro de 4cm escoa água com uma velocidade de 0,05m/s.
Viscosidade Dinâmica da água: µ = 1,0030 × 10-3 Ns/m²
Resp.: Re = 1994 → Escoamento Laminar
Exercícios
3) Um determinado líquido, com ρ = 1200 kg/m³, escoa por uma
tubulação de diâmetro 3cm com uma velocidade de 0,1m/s,
sabendo-se que o número de Reynolds é 9544,35. Determine qual a
viscosidade dinâmica do líquido.
Resp.: µ = 3,77 ∙ 10-4 N∙s/m²
Exercícios
4) Em uma tubulação de diâmetro de 30 cm, escoa petróleo com
𝜈 = 5,6∙10-4 m²/s sabendo que o regime de escoamento é
turbulento com Reynolds = 2700. Qual a vazão em L/s deste
escoamento?
Resp.: Q = 356,2 L/s
Obrigado!

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Links dos Vídeos

https://www.youtube.com/watch?v=y0WRJtXvpSo&ab_channel=CivilE
ngineeringTheoryAndPractice

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