Orientacao Musica PDF
Orientacao Musica PDF
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1. Título
2. Participantes
3. Materiais
sacola paralApracá
4. Seções
cá entre nós
para fazer
lá
Esta seção está voltada ao público que quer ir além, aprofundar-se por meio da
consulta a livros, sites, revistas, etc.
Agora que você já sabe como este caderno está organizado, é só fazer acontecer!
O Caderno de Orientação Assim se Faz Música é uma publicação do programa Paralapracá.
O programa é uma frente de formação de profissionais da Educação Infantil criada em 2009,
por meio de uma parceria entre a Avante – Educação e Mobilização Social e o Instituto C&A.
O Paralapracá foi implementado em diversos municípios e teve sua eficácia reconhecida
pelo Ministério da Educação (MEC) em 2015, quando passou a integrar o Guia de Tecno-
logias Educacionais do MEC. O programa é uma metodologia da Avante, passível de ser
implantada em regime de parceria em qualquer localidade brasileira.
Esta publicação faz parte da Coleção Paralapracá e está licenciada sob a Licença Creative
Commons Atribuição Internacional 4.0 (CC BY 4.0). Para ver uma cópia desta licença, visite
<https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR> ou envie uma carta para Crea-
tive Commons, PO Box 1866, Mountain View, CA, 94042, Estados Unidos.
4
Sumário
Música é linguagem 9
Música é arte e cultura 12
Música também é ritmo e movimento 18
Sonorizando uma história 22
Oficina de instrumentos musicais e objetos sonoros 24
Interagindo com os bebês por meio da música 28
Assim se faz
música
Uma vez assegurado o vínculo,
a música fará, por si só, grande
parte do trabalho de musicalização,
penetrando no homem,
rompendo barreiras de todo tipo,
abrindo canais de expressão e
comunicação a nível psicofísico,
induzindo, através de suas próprias
estruturas internas, modificações
significativas no aparelho mental
dos seres humanos.
Violeta Hemsy Gainza
Para começar, lembre-se de músicas que mar- das de memórias afetivas, compõem a sua iden-
caram a sua infância! tidade sonoro-musical.
Cantigas de ninar, cantigas de roda, músi- Pense: quais foram as pessoas ou experiên-
cas veiculadas pelo rádio, músicas aprendidas cias que mais contribuíram para a construção
na escola… dessa sua identidade sonoro-musical?
Tente se lembrar também de sons ca- Pois é, assim como você, cada criança tam-
racterísticos de lugares em que você viveu bém constrói sua relação com os sons e com a
quando criança: sons de paisagens naturais música a partir da sua relação com as pessoas
(mar, vento, chuva, passarinhos...), de paisa- e com o mundo! É por isso que as experiências
gens rurais (galo cantando, sino da igreja...) musicais são tão significativas para as crianças
ou de paisagens urbanas (carros, aviões, co- e é por isso também que elas devem estar pre-
merciantes anunciando seus produtos na sentes na Educação Infantil!
rua...). Há ainda os sons que nos marcam Aceite o convite e venha se deliciar com
sem nos darmos conta: são os sons ligados a o repertório fascinante que o Paralapracá or-
situações corriqueiras, como o sinal de saída ganizou: tem o Almanaque Paralapracá e uma
da escola, o som da mãe chamando o filho série de vídeos, tem indicação de CDS, livros e
que brinca na rua para entrar em casa, o som links com importantes referências sobre a mú-
da batedeira da avó fazendo bolo ou do avô sica na Educação Infantil, e tem as propostas
folheando as páginas do jornal. que ajudam a pensar.
Todas essas músicas e sonoridades, carrega- Então, o que está esperando? Faça acontecer!
Música é
linguagem
■ SÉRIE DE VÍDEOS
■ almanaque paralapracá
Cá entre nós
Música é linguagem, é expressão, é senti-
Você já havia pensado que a linguagem musical é mento que reflete a consciência, o modo
uma das linguagens importantes de serem desen- de perceber, pensar e sentir dos indiví-
volvidas na Educação Infantil? duos, da comunidade, das culturas e das
O que significa tratar a música como uma linguagem? religiões em seu processo sócio-histórico.
Quais são as implicações dessa concepção? Teca Alencar de Brito
9
Esta perspectiva tem sido usada, inclusive, para estru- Continuamos cantando apenas canções
turar currículos de Educação Infantil: linguagem oral e es- que já vêm prontas, tocando instrumen-
crita, linguagem matemática, linguagem corporal, lingua- tos única e exclusivamente de acordo
gem plástica e, é claro, linguagem musical, entre outras! com indicações prévias do professor, ba-
Entretanto, ainda há um caminho a ser percorrido tendo o pulso, o ritmo etc., quase sem-
para se conquistar esse tipo de compreensão. Em mui- pre excluindo a interação com a lingua-
tos casos, nas instituições de Educação Infantil a música gem musical, que se dá pela exploração,
tem outro tratamento. Teca Alencar de Brito, no livro Mú- pela pesquisa e criação, pela integração
sica na Educação Infantil (2015, p. 51-53), diz que ainda de subjetivo e objetivo, de sujeito e obje-
há resquícios de uma concepção de ensino que utilizou to, pela elaboração de hipóteses e com-
a música como suporte para aquisição de conhecimen- paração de possibilidades, pela ampliação
tos gerais, para a formação de hábitos e atitudes, disci- de recursos, respeitando as experiências
plina, condicionamento da rotina e comemorações em prévias, a maturidade, a cultura do alu-
datas diversas. Desse modo, as canções acompanhadas no, seus interesses e sua motivação inter-
de gestos e movimentos copiados dos adultos, e repeti- na e externa.
dos, revelam essa “utilização” da música de forma pouco TECA ALENCAR DE BRITO
expressiva e distante do entendimento da música como
linguagem.
Afinal, a linguagem musical se constitui de diversas
formas sonoras que utilizamos para expressar e com-
partilhar sentimentos, sensações e pensamentos. Por No Almanaque Paralapracá, seção
isso, Teca Alencar de Brito, no video Assim se Faz Mú- Cantares, você encontrará boas sugestões
sica, da Coleção Paralapracá, diz que “cantar é uma para enriquecer estes momentos!
forma de se colocar no mundo”, sobretudo na Educa-
ção Infantil. No próximo encontro de formação, assis-
tam a este vídeo. Será importante refletir sobre os co-
mentários desta especialista.
Ainda no livro Música na Educação Infantil (2015, p. 14-15), a autora re-
lata um diálogo ocorrido durante uma de suas aulas: uma criança diz “eu
queria mesmo é saber por que existe música!”, ao que as outras respon-
dem “a música serve para animar”, “tem também as que fazem a gente
dormir”, “tem ainda música de casamento, de filme, de medo....”. Essa
conversa é um belo convite à reflexão sobre a importância e o papel da
música na vida de cada um e, especialmente, na Educação Infantil. Uma
rodada das experiências e identificações sonoro-musicais é uma boa es-
tratégia formativa.
Aprecie no vídeo Assim se Faz Música a beleza do momento em que
a mãe dá um banho em seu filho cantarolando Ratinho tomando banho.
Agora é hora de cantar com suas crianças também. Resgate este aspecto
fundamental do currículo da Educação Infantil e incorpore na rotina mo-
mentos em que o ritmo, a melodia, as canções, os instrumentos musicais
e os objetos sonoros favoreçam a expressividade das crianças.
10
Lá
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil: Propostas para a
formação integral da criança. 9ª ed. São Paulo: Peirópolis, 2015.
Site
‹https://goo.gl/dJCxv4› (neste link você encontra o vídeo Música como
Linguagem)
11
Música é arte
e cultura
■ SÉRIE DE VÍDEOS
Cá entre nós
A música é uma expressão artística bastante utili- Tão importante quanto conhecer e
zada nas diversas culturas e, consequentemente, preservar nossas tradições musicais é
deve estar presente na Educação Infantil. Que lugar conhecer a produção musical de outros
ocupa na sua instituição? Que tipos de música as povos e culturas e, de igual modo, ex-
crianças têm escutado? Qual é o seu papel em rela- plorar, criar e ampliar os caminhos e os
ção a este aspecto? recursos para o fazer musical.
As músicas são valorizadas como expressão cultural? Teca Alencar de Brito
O que os profissionais da instituição têm feito no
sentido de pesquisar músicas que manifestam cul-
turas regionais, ou seja, músicas das culturas de
tradição oral, e de ampliar o repertório musical das
crianças?
O que as músicas que as crianças cantam revelam
sobre sua cultura musical?
Quais os estilos e gêneros de música que você cos-
tuma ouvir?
Como se estabelece a interação educador-escola-
-criança-pais-comunidade com as mídias, rádio e
televisão?
Há ampliação para além dessas referências midiá-
ticas?
12
Pra fazer
PROPOSTA 1
As práticas culturais são patrimônio da humanidade!
As cerimônias, as crendices populares, as músicas e
as danças, assim como outras manifestações, são mar- Compreender a música como um impor-
cas de um povo. Elas contam história e criam a cultura, tante elemento de expressão cultural, di-
constituindo-se em ricas formas de experimentação mensão fundamental para o desenvolvi-
do mundo. mento e a formação humanos.
A criança está imersa em um universo cultural e
assume simultaneamente o duplo papel de produzir Para aprender a música dos outros povos,
e assimilar as práticas culturais a que tem acesso. As há que se ter em mente que cada lugar
instituições de Educação Infantil são espaços privile- tem seus códigos e suas formas de pensar
giados tanto para pesquisar quanto para reconhecer e agir. Estar atento a isso pode transfor-
e ampliar essas experiências. Afinal, são espaços de mar o olhar do aluno, ampliando a sua
múltiplas aprendizagens! percepção e escapando de opiniões su-
Que tal organizar um encontro para pensar sobre perficiais como “gosto ou gosto”, “boni-
qual é o papel da música na sua instituição? Prepare to ou feio”.
o ambiente com algumas músicas e use o vídeo Assim BERENICE ALMEIDA e MAGDA
se Faz Música, da Coleção Paralapracá, para mobilizar DOURADO PUCCI
o grupo.
Aqui vão alguns questionamentos para ajudar a pensar:
Será que a música está sintonizada com sua função social, ou na esco-
la ela serve apenas para direcionar comportamentos (hora do lanche,
ficar quietinho, etc.)?
A instituição promove espaços para conhecer as músicas que são can-
tadas na comunidade, pesquisando aquelas que são próprias da cultu-
ra da infância (canções, brincadeiras, parlendas do universo infantil)?
E você, particularmente, toma esta iniciativa?
A instituição se compromete a ampliar o repertório musical das crianças
para além das músicas conectadas ao universo infantil?
Há pesquisa de repertório musical e propostas que conectem as crian-
ças a outras culturas distintas da sua?
Como a música se integra às atividades de rotina?
A instituição faz uso de cânticos religiosos como forma de orientação?
Como fica o respeito a diferentes opções e orientações das famílias?
13
Nesse contexto, a música é tratada como se fosse
Ouvir música, aprender uma canção, brin-
um produto pronto, que se aprende a reproduzir, e não
car de roda, realizar brinquedos rítmicos,
uma linguagem construída pelas diversas experiên-
jogos de mão, etc., são atividades que des-
cias culturais.
pertam, estimulam e desenvolvem o gosto
Assim, uma problematização importante a ser feita
pela atividade musical, além de atenderem
na instituição é questionar se as experiências relativas
a necessidades de expressão que passam
à linguagem musical estão apenas vinculadas ao en-
pela esfera afetiva, estética e cognitiva.
sino de atitudes consideradas adequadas, como can-
Aprender música significa integrar experi-
ções para lavar as mãos, fazer fila, ou para ser usada
ências que envolvem a vivência, a percep-
nas apresentações de datas comemorativas; ou se ela
ção e a reflexão, encaminhando-as para
já tem seu lugar reconhecido como um tipo de lingua-
níveis cada vez mais elaborados.
gem que comunica um repertório cultural local e glo-
Referenciais Curriculares
bal que as crianças têm direito de acessar.
Nacionais de Educação Infantil
É preciso repensar como podemos tratar a música
(RCNEI), Vol. 3, p. 48
como uma linguagem e uma forma de conhecimento.
Então, comece já! Uma boa forma pode ser a refle- Aproveite essas discussões e faça o regis-
xão sobre as questões apontadas acima. O que é ne- tro das mesmas. Documentar seus desa-
cessário mudar e que aspectos devem ser fortalecidos fios, descobertas e metas é uma forma de
nas práticas da sua instituição? sistematizar ideias para que possam ser
O importante é fazer e acontecer! compartilhadas e aprofundadas.
Lembre-se de que a instituição de educação é um
espaço público e laico1, ou seja, desvinculado do caráter
confessional. Assim, os profissionais devem respeitar as crenças e credos
religiosos de todos os que nela trabalham, estudam e frequentam. Muitas
canções infantis estão relacionadas à cultura religiosa do catolicismo, a
exemplo de Capelinha de melão. Essas músicas, desvinculadas do seu as-
pecto religioso, assim como as expressões musicais de origem indígena e
africanas, são um fértil elemento para o desenvolvimento rítmico infantil e
nos ensinam como conviver musicalmente com essas diferenças.
PROPOSTA 2
A instituição de Educação Infantil deve manter um
diálogo permanente com a comunidade na qual está
Garantir o acesso ao repertório musical
inserida.
infantil, considerando as culturas local e
Por isso, é importante pesquisar sobre a experiên-
global.
cia musical das famílias das crianças para, então, to-
mar decisões sobre como convocá-las e integrá-las, Elabore um roteiro de visita às agremia-
aproveitando ao máximo suas contribuições. Será que ções musicais, casas de cultura e mostras
é possível utilizar esse repertório na instituição, valo- de arte popular da sua região.
rizando essa cultura? Será que é preciso ampliar esse
repertório porque há um conhecimento restrito de músicas próprias da
cultura da infância?
1. Artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), modificado pela Lei 9.475/97.
14
Isso pode ser feito através de um convite aos pais para que, aqueles
que desejarem, possam ir à instituição de Educação Infantil para cantar
uma música da sua infância ou das suas origens. Caso a comunidade este-
ja muito mais envolvida com músicas da atualidade (aquelas que tocam no
rádio!), uma ideia interessante seria organizar um sarau de músicas do re-
pertório cultural ou infantil, para que eles conheçam outras possibilidades.
Quem sabe, na comunidade em que a instituição está inserida, há pes-
soas que também brincam com sons e produzem instrumentos musicais!
Vale a pena fazer uma pesquisa! Pode ser também que haja algum projeto
ou espaço relacionado à música. É uma ótima oportunidade para organi-
zar uma visita.
O repertório musical das instituições deve ser um mosaico dessas dife-
rentes manifestações culturais locais, regionais e globais. Neste sentido,
o acesso a diversos gêneros e estilos musicais se re-
A música une os homens, humanizando-
vela como uma ótima possibilidade de ampliação de
-os e universalizando-os.
repertório.
KOELLREUTTER
Desta forma, que tal embarcarmos em uma viagem
nos universos da ciranda, coco, maracatu, embolada, Convide os pais e familiares para parti-
samba de roda, baiões e xotes? O cancioneiro popular ciparem de vivências musicais, para que
brasileiro está repleto de obras adequadas à fruição possam ampliar seu repertório e conhe-
no contexto da Educação Infantil. Lembre-se de valo- cer músicas próprias do universo infantil.
rizar também a música instrumental, como o chorinho,
no sentido de ampliar ainda mais as possibilidades de
escuta e reconhecimento das formas musicais.
Lá
ALMEIDA, Maria Theodora M. Quem canta seus males espanta. Editora
Caramelo, 1998.
ALMEIDA, M. Berenice e PUCCI, Magda Dourado. Outras Terras, outros
sons. 3ª.ed. São Paulo, Callis Editora. 2015.
BRASIL. Referenciais curriculares nacionais para a Educação Infantil. Vol.
3: Conhecimento de mundo. Ministério da Educação e do Desporto. Se-
cretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível
em: ‹http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf›. Acesso em
7 de janeiro de 2013.
BRITO, Teca Alencar de. Koellreutter educador: o humano como objeti-
vo da educação musical. 2ª ed. São Paulo: Peirópolis, 2011.
BRITO, Teca Alencar de. Quantas músicas tem a música? Ou algo estra-
nho no museu – com CD. Editora Peirópolis, 2009.
CUNHA, Sonia Maria da. Cor, som e movimento. Editora Mediação, 1999.
MAFFIOLETTI, Leda de A. Práticas musicais na Escola Infantil. In: Educa-
ção Infantil pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
15
HILDEBRANDT, Carolyn e ZAN, Betty. Explorando a arte e a ciência dos
sons musicais. In: DE VRIES, Rheta. O currículo construtivista na Educa-
ção Infantil: prática e atividades. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Sites
‹https://goo.gl/rJSEMp› (conheça nesse vídeo o grupo Mawaca, que de-
senvolve pesquisas sobre músicas de diversas partes do mundo).
‹http://www.umnovoencontromusical.com/infantil.htm› (neste site há um
repertório variado de músicas infantis para ouvir e gravar).
Filmes
Sons do coração
Vermelho como o céu
CDs
Canções de ninar. Palavra Cantada.
Pé com pé. Palavra Cantada.
Os saltimbancos. Philips.
Arca de Noé 2. Vinicius para crianças. Universal Music.
Castelo Rá-tim-bum. Hélio Ziskind.
Forró para crianças. Biscoito Fino.
Barbatuques. Corpo do som. MCD Word Music.
Barbatuques. O seguinte é esse. MCD Word Music.
A caixa de brinquedos. Toquinho. Polygram.
A caixa de música de Bia Bedran. Rob Digital.
Brinquedos cantados. Bia Bedran. Rob Digital.
Chico & Vinicius para crianças. Universal Music.
Adriana Partimpim 1 e 2. Adriana Calcanhoto.
Sons do Bem. Nairzinha: ‹www.nairzinha.com.br›.
Brincando com palavras. Madan e José Paulo Paes. Lua Music.
Canção de todas as crianças. Toquinho.
Coleção O melhor das crianças: Gente miúda.
Cantigas de roda. Palavra cantada.
Canções de brincar. Palavra Cantada.
Meu neném. Palavra Cantada.
Abra a roda tindolelê. Lydia Hortélio.
Brasileirinhos: Música para os bichos do Brasil. Paulo Bira.
Forró pras crianças. Vários.
Tum pá. Barbatuques.
Samba pras crianças. Vários.
Tic, Tic, Tati. Fortuma e Hélio Ziskind.
Embolada. Rita Rameh e Luiz Waak.
Villa Lobos e os brinquedos de roda. Grupo de Percussão UFMG e Coral
Infantil da Fundação Clovis Salgado.
16
Astrolabio.tucupira.com.brasil. Mawaca.
Pra Todo Canto. Mawaca. ‹www.mawaca.com.br/albums/page/2›
17
Música também
é ritmo e
movimento
■ almanaque paralapracá
Cá entre nós
Todo universo auditivo poderia se resu-
Você já tinha parado para pensar que música envol- mir a este enunciado: entre o ruído e o
ve ritmo, melodia, harmonia e tantas outras possibi- silêncio nasce a música. Poderíamos dizer
lidades de organização do material sonoro? ainda: entre o ruído e o silêncio nasce o
Você prioriza no seu planejamento situações que ritmo. O ritmo está presente no mundo
explorem ritmos e movimentos com as crianças? inorgânico e também na vida. Indica uma
Você sabe o que as crianças aprendem quando es- espécie de ordenação, ainda que aleató-
tão cantando, imitando e criando sons? rio, do universo.
Por que é importante promover situações de jogos Nicole Jeandot
e brincadeiras que envolvam batimentos rítmicos
corporais como palmas, batidas nas pernas e pés,
gestos sonoros, assobios e outras situações?
Pra fazer
Propor situações que envolvam diferen-
Há muitas formas de propor experiências musicais. Ex- tes ritmos e movimentos.
perimente algumas com as crianças.
Veja duas possibilidades:
18
lenta e outra mais acelerada. Em seguida, proponha A exploração de diversas possibilidades
que as crianças cantem e dancem, criando movi- sonoras, resultantes do movimento de
mentos e gestos que acompanhem o ritmo de cada balançar, rasgar ou amassar uma folha de
música. Além das canções do almanaque, muitas jornal, configura uma experiência de per-
outras músicas podem apoiar suas propostas. Nes- cepção em multimeios que pode ser in-
te caderno, você encontra algumas sugestões de crementada com a percepção do cheiro
links e CDs que podem ser utilizados. e da textura da folha de jornal. Experi-
Com a ajuda do Almanaque Paralapracá, escolha mente perguntar às crianças o que mais
uma ou mais músicas da seção Cantares. Em segui- elas percebem sobre a folha de jornal!
da, proponha que as crianças cantem e executem
movimentos cadenciados de acordo com o ritmo Para François Delalande, a exploração so-
que a música sugere. Depois de um tempo pare de nora de objetos configura o primeiro mo-
cantar. A seguir, ofereça uma folha de jornal a cada vimento da criança em direção à sua pró-
criança, convidando-as para se posicionarem em pria experiência musical. Para Murray
círculo para brincar de produzir sons: balançando a Schafer, experiências como esta aguçam
folha, segurando a folha nos dois lados fazendo mo- o sentido da audição e devem ser viabili-
vimentos para um lado e para o outro, rasgando a zadas para que as crianças sigam desen-
folha e fazendo sons com e sem pausa, amassando volvendo os sentidos e que vão além do
a folha, etc. Proponha que voltem a cantar a música que se vê. Ambos os autores são referência
escolhida, criando arranjos com os sons da folha de para a educação musical no mundo todo!
jornal, ora todos fazendo o mesmo som, ora criando
e dinamizando possibilidades sonoras variadas. E
assim criando uma “orquestra de jornal”.
Atividade sugerida pela educadora e especialista na área Adília Uchoa, de
Campina Grande · PB
19
e usem o corpo com liberdade. No capítulo Integrando Som e Movi-
Incentive os movimentos das crianças, mas fique mento, do livro Música na Educação In-
atento para não avaliar como certo ou errado, ou fantil (2003, p. 145-148), você encon-
melhor e pior. tra outras sugestões para explorar com
Procure respeitar o tempo e o ritmo de cada criança. as crianças. Veja algumas: mover-se de
acordo com o som (sons curtos, longos,
Todos nós, em algum momento, nos deixamos levar suaves, fortes, crescentes, decrescentes,
pelo ritmo de músicas que nos agradam. Desenvolver com pausas), jogo de estátua (alternan-
essa sensibilidade musical e a possibilidade de expres- do som e silêncio, as crianças devem se
são do corpo é algo importante para o desenvolvimen- movimentar com o som e parar como es-
to da criança. A seguir, algumas atividades que podem tátuas quando houver silêncio), jogo dos
ser realizadas com elas: animais (movimentar-se e fazer sons imi-
tando diversos animais).
Explorar os sons do corpo: que sons podem ser pro-
duzidos com as mãos e os pés. Quais são os sons
que nossa boca pode produzir? Sons suaves, altos, baixos, agradáveis…
Quais são os sons produzidos pela natureza? Pelo vento, pela chuva, pe-
los animais, etc. Conseguimos escutá-los? Conseguimos reproduzi-los?
Experiências sensoriais com música: utilizando músicas com ritmo lento,
experimentar as sensações causadas por um tecido macio ou objetos de
massagem passando pelo corpo; sentindo o ritmo do coração, da respi-
ração; rolando por um colchão ou emborrachado bem lentamente.
Faça um bom exercício de voz, permitindo-se vocalizar cada vogal em
sons longos e sem interrupção: “Aaaaaaa…”; “Eeeeeeee…”; “Iiiiiiiiiiiii…”;
“Oooooooo…”; “Uuuuuuuu…”. Perceba que pode manipular a abertu-
ra da sua boca e expressão da sua face, obtendo maior potencial de
sons! Variação: cada vocalização com movimento corporal. Cada vogal
um movimento!
Vamos lá, divirta-se!
Lá
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil. São Paulo: Peiró-
polis, 2003.
CHIBLI, Faoze. Ritmo de aprendizado. In: Revista Nova Escola. Edição
Especial, nº 17. Janeiro, 2008.
schafer, M. O ouvido pensante. 2ª ed. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
Sites
‹https://goo.gl/hafxbr› (vídeo de brincadeiras musicais do grupo Pala-
vra Cantada).
‹https://goo.gl/669Wzt› (vídeo do grupo Barbatuques com experimen-
tações vocais e percussão corporal).
20
‹https://goo.gl/y28PjH› (Bernie Krause tem gravado paisagens sonoras
selvagens por 45 anos, nesse vídeo ele conta o que aprendeu ouvindo
esses sons).
21
Sonorizando
uma história
■ SÉRIE DE VÍDEOS
■ almanaque paralapracá
Cá entre nós
Você já pensou nas possibilidades de aprendiza- O ser humano é musical.
gem advindas da sonorização de histórias com as Teca Alencar de Brito
crianças?
Que tipo de recurso é possível utilizar neste tipo de
experiência?
Pra fazer
Contar uma história e ilustrá-la sonoramente é, sem
Proporcionar uma integração entre sons e
dúvida, uma experiência marcante para crianças e
narrativas.
educadores. O estímulo da capacidade criativa, a in-
ventividade que se dá pelo jogo entre sons, gestos e
palavras, privilegiando o contato entre as linguagens
oral, corporal e sonora, torna esta proposta um campo
riquíssimo no fazer musical da infância.
A depender da faixa etária das crianças, você pode
optar entre sonorizar a história escolhida sozinho ou
com a ajuda de outro educador, utilizando para isso
objetos sonoros, instrumentos musicais, sua própria
voz ou ainda sons extraídos do seu corpo. A partir de
22
uma história clássica como a dos Três porquinhos, por No livro Música na Educação Infantil
exemplo, procure selecionar objetos sonoros que sir- (2003, p. 161-172), Teca diz que ouvindo
vam para expressar através dos sons aquilo que a nar- histórias contadas expressivamente, as
rativa sugere. crianças também desenvolvem essa atitu-
Procure escutar e compartilhar com sua turma a his- de e elaboram seu modo de se expressar.
tória infantil Pedro e o Lobo. Esta é uma história conta- Por isso, a professora deve estar atenta ao
da através da música. Foi composta por Prokofiev em uso de diferentes vozes para caracterizar
1936, com o objetivo pedagógico de mostrar às crian- personagens, às mudanças de entonação
ças as sonoridades dos diversos instrumentos. Cada e variação de velocidade da narrativa ou
personagem da história (o Pedro, o lobo, o avô, o pas- das palavras em diferentes situações da
sarinho, o pato [ou pata, em algumas versões], o gato história contada.
e os caçadores) é representada por um instrumento
diferente. Busque na internet. Além de ampliar o seu repertório, poderá
analisar as várias versões existentes desta obra clássica!
Encontre uma versão desta história no YouTube: ‹https://goo.gl/bTsjTH›
É possível realizar esta experiência coletivamente com crianças a partir
dos 3 anos, escolhendo previamente os momentos marcantes da narra-
tiva para ilustrá-los com sons (sons da natureza, passos, sons de animais,
ranger de portas), criando um ambiente propício para a apreciação e in-
terpretação da história sonorizada.
Pesquise e explore entre sucatas (caixas, chaves, Explore os diferentes livros infantis e
sementes, chapas de radiografia, latas, caixas, peda- descubra quantas histórias podem ser so-
ços de madeira, etc.) e instrumentos musicais (tambo- norizadas! As crianças podem ser ótimas
res, chocalhos, guizos, caxixis, reco-recos, apitos), um parceiras para realizar estas escolhas!
som que agrade a todos!
Lá
BRASIL. Referenciais curriculares nacionais para a Educação Infantil.
Vol. 3: Conhecimento de mundo. Ministério da Educação e do Desporto.
Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponí-
vel em: ‹http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf›. Aces-
so em 7 de janeiro de 2013.
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil. São Paulo: Peiró-
polis, 2003.
Sites
‹https://goo.gl/E6RrFz› (canal no YouTube com contos clássicos musica-
dos, da coleção Disquinhos).
‹https://goo.gl/LoJ7ys› (link com histórias escritas e narradas por Ruth
Rocha com sonorização do grupo Palavra Cantada).
23
Oficina de
instrumentos
musicais e objetos
sonoros
■ SÉRIE DE VÍDEOS
■ almanaque paralapracá
Cá entre nós
Você sabia que música não é só cantar? O manuseio de objetos sonoros é de extre-
Você já observou que as crianças integram a músi- ma importância. A escola está atenta para a
ca nas suas brincadeiras e jogos? construção de conceitos que se fundamen-
Você já fez instrumentos musicais a partir de materiais tam na percepção visual e tátil, mas muito
recicláveis com a intenção de sonorizar uma história? pouco alerta para a construção de conheci-
mentos a partir daquilo que se ouve.
Carmem Craidy e Gladis Kaercher
Pra fazer
PROPOSTA 1
Procure organizar o material para o seu momento mu-
sical com as crianças. Você pode fazer isso utilizando
materiais de sucata recicláveis, caixas de papelão, latas Criar situações em que as crianças pos-
variadas, retalhos de madeira, caixas de frutas, embala- sam perceber as diferenças entre os sons,
gens… Será preciso também disponibilizar grãos, pedri- agir sobre vários materiais, identifican-
nhas, sementes. E lembre-se de aproveitar elementos do os sons diferentes produzidos por eles,
da natureza e os materiais da sua própria região! construir relações de causa e efeito entre
Estes são só alguns pontos de partida para deixar as ações e os materiais, além de explorar
variados sons.
rolar a imaginação!
Ao fazer a oficina com as crianças, é importante
lembrar:
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Permita que as crianças experimentem suas ideias, Hermeto Pascoal nasceu em Olho d´Água
mesmo quando você sabe que elas não funcionarão. e foi criado em Lagoa da Canoa, na época
Instigue as crianças para perceberem as diferenças município de Arapiraca, Estado de Alago-
nos sons. as. Os sons da natureza o fascinaram des-
Incentive as crianças a levantar hipóteses de que tipos de pequeno. A partir de um cano de ma-
de som poderão ser produzidos antes de testá-los. mona de “jerimum” (abóbora), fazia um
Esteja preparado para ouvir e tolerar o barulho pro- pífano e ficava tocando para os passari-
duzido pelo manuseio dos instrumentos musicais. nhos. Ao ir para a lagoa, passava horas to-
Esse momento faz parte do desenvolvimento da cando com a água. O que sobrava de ma-
linguagem musical e deve ser encarado de forma terial do seu avô, ferreiro, ele pendurava
natural, principalmente quando as crianças brincam num varal e ficava tirando sons.
com eles pela primeira vez! Depois da exploração, Disponível em <http://www.hermetopascoal.
você poderá ajudá-las a apurar seus ouvidos para com.br/biografia.asp>
PROPOSTA 2
Esta proposta foi adaptada do capítulo “Explorando a arte
e a ciência dos sons musicais” do livro O currículo constru- Integrar a linguagem musical com o co-
tivista na Educação Infantil, que consta na seção Lá. nhecimento físico dos sons.
Segundo as autoras, a produção de instrumentos
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musicais pode propiciar oportunidades para a aprendizagem e o desen-
volvimento de muitas capacidades e também de ampliação do conheci-
mento físico sobre os sons.
Ao criar e experimentar os sons dos instrumentos, as crianças podem
descobrir como mudar as propriedades desses sons, como, por exemplo,
sua altura, intensidade, timbre e duração.
Para conduzir essa experimentação, é útil saber o
Para Teca Alencar de Brito, som é tudo
que é som e quais são suas características ou varia-
que soa! Tudo que o ouvido percebe sob
ções. Então, vamos lá:
forma de movimento vibratório. Para a
autora, os sons que nos cercam são ex-
O que é som?
pressões da vida, da energia, do universo
Precisamos de três elementos para produzir som:
em movimento e indicam situações, am-
bientes e paisagens sonoras compostas de
Algo que vibra (por exemplo, uma corda que é toca-
natureza, animais, seres humanos e suas
da).
máquinas. Todos buscando traduzir so-
Um meio que carregue a vibração (por exemplo, o
noramente sua presença!
ar ou a água).
Algo que a receba, detecte ou interprete (um grava-
dor, o ouvido, o cérebro).
Pequeno glossário
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Perceber as diferenças entre os sons.
Agir sobre materiais que produzem sons diferentes.
Construir relações de causa e efeito entre as ações
e os materiais, bem como produzir sons variados. Fazer chocalhos com diferentes grãos e ob-
Ao ter intenção de mediar essa interação entre as jetos de sucata e perceber os diferentes
crianças e os objetos sonoros, os professores podem efeitos que cada material produz é uma for-
ajudá-las a ampliar seu repertório sonoro e refletir so- ma simples de colocar todos esses conhe-
bre a influência da cultura e das experiências pessoais cimentos em ação. Lembre-se de que os
sobre o gosto musical de cada um. chocalhos fazem parte de uma família de
Na atividade de construção de brinquedos sonoros instrumentos chamada idiofones. Aquele
devemos valorizar também a confecção e exploração que produz som no seu próprio corpo.
das outras famílias de instrumentos. Nos membrano-
fones (tamborim, cuíca), o som é produzido por um Tudo vibra, em permanente movimento,
objeto revestido por uma membrana; os cordofones mas nem toda vibração transforma-se em
são aqueles que produzem som a partir de uma corda som para os nossos ouvidos! Nossa escuta
tensionada no seu corpo (violão, cavaquinho, mono- guia-se por limites impostos pela cultura.
córdios feitos a partir de caixas de papelão, etc.); por TECA ALENCAR DE BRITO
fim, temos ainda os aerofones (flautas, apitos, cornetas,
trompas de tubo de papelão), caracterizados como um
instrumento que produz sons a partir da passagem do ar pelo seu corpo.
Lá
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil: Propostas para a
formação integral da criança. 9ª ed. São Paulo: Peirópolis, 2015.
HildeBrandt, Carolyn e Zan, Betty. Explorando a arte e a ciência dos
sons musicais. In: de Vries, Rheta. O currículo construtivista na Educa-
ção Infantil: prática e atividades. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Sites
‹https://goo.gl/uCnXXK› (canal no YouTube que explica como construir
dez diferentes tipos de instrumentos musicais utilizando materiais de
fácil acesso).
‹https://goo.gl/soSJgj› (nesse vídeo o grupo mineiro Uakti interpreta o
Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa Lobos, com seus instrumentos não
convencionais. Esse é um grupo que pode inspirar sua oficina de ins-
trumentos).
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Interagindo com
os bebês por meio
da música
■ SÉRIE DE VÍDEOS
■ almanaque paralapracá
Cá entre nós
Por que a música contribui para o desenvolvimento Antes mesmo de nascer, ainda no útero
dos bebês? materno, a criança já toma contato com um
Você planeja e procura diversificar as experiências dos elementos fundamentais da músi-
dos bebês em relação à música? ca — o ritmo —, através das pulsações do
Que estratégias relacionadas à música você pode uti- coração de sua mãe
lizar para estreitar os vínculos afetivos com os bebês? Nicole Jeandot
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quanto mais adequados forem os estímulos sonoros, melhor ela percebe-
rá o seu ambiente e o mundo que a rodeia”. Por isso, a linguagem musical
é uma boa oportunidade de dialogar com crianças muito pequenas, crian-
do e fortalecendo vínculos afetivos.
No vídeo Assim se Faz Música, da Coleção Paralapracá, há vários tre-
chos em que essa conduta fica evidente!
Além de cuidar, trocar de roupa e fazer a higiene dos bebês, experi-
mente conversar, contar histórias, cantar, ouvir diferentes tipos de música
e explorar objetos sonoros junto com eles. Estas são situações que con-
tribuem para o desenvolvimento sensorial e motor das crianças muito pe-
quenas e, ao mesmo tempo, favorecem a interação com o adulto.
Nesses momentos, não deixe de observar suas reações diante de cada
estímulo, a manifestação dos seus gostos e preferências e os avanços que
realiza a partir dessas experiências. Conhecendo melhor cada bebê, você
poderá organizar situações cada vez mais interessantes e pensando em
cada um deles!
No Almanaque Paralapracá, na seção Miudinhas, A música pode tornar-se um espaço a
dos meses de março e junho, há mais duas propostas partir do qual os primeiros vínculos são
para realizar com os bebês: O que tem na caixa? e Em criados e mantidos(…). O canto é uma
busca do som. São estratégias interessantes que têm atividade eminentemente social, é uma
como objetivos apoiar os bebês no seu desenvolvi- abertura para o outro e um enorme enri-
mento, dando-lhes a oportunidade de escutar, sentir e quecimento pessoal.
explorar objetos sonoros, assim como promover a in- Leda A. Maffioletti
teração entre os bebês e o adulto, tendo a música (o
som) como mediadora dessa relação.
Saiba que os chocalhos fazem parte, em várias culturas e tempos histó-
ricos, do universo infantil. Permitir que os bebês os explorem é de grande
valia, enquanto estímulo sensorial. Além disso, uma boa dica é construir
móbiles sonoros, a partir da reutilização de tampas plásticas de refrige-
rante e barbante.
Lá
BASSEDAS, Eulália et al (Orgs.). Linguagem musical e expressão corpo-
ral. In: Aprender e ensinar na Educação Infantil. Porto Alegre: Artes Mé-
dicas Sul, 1999.
CUNHA, Suzana et al (Orgs.). Convivendo com crianças de 0 a 6 anos.
In: CRAYDE, Carmem Maria (Org.). O educador de todos os dias: convi-
vendo com crianças de 0 a 6 anos. Porto Alegre: Mediação, 1998. (Ca-
dernos Educação Infantil, v. 5).
MAFFIOLETTI, Leda de A. Práticas musicais na Escola Infantil. In: CRAYDE,
Carmem Maria et al (Orgs.). Educação Infantil: pra que te quero?. Porto
Alegre: Artmed, 2001.
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SOUZA, Cristina Gil de. Fazendo Música. In: HOFFMANN, Jussara et al
(Orgs.). Ação educativa na creche. Porto Alegre: Mediação, 1995. (Ca-
dernos Educação Infantil, v. 1).
CDs
Sugestões de CDs que propiciam a interação com crianças pequenas por
meio de conteúdos musicais:
Caixinha brasileira. Angels Records.
Coleção Happy baby. Classics for babies.
Coleção MPB Baby. ‹www.mpbaby.com.br›
Meu neném. Palavra Cantada. ‹www.palavracantada.com.br›
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Vários autores.
Vários colaboradores.
Bibliografia.
ISBN 978-85-60828-18-0
ISBN 978-85-60828-13-5 (coleção)
18-13592 CDD-372.21