Dimensionamento Hidraulico para Uma Desensiladeira
Dimensionamento Hidraulico para Uma Desensiladeira
Dimensionamento Hidraulico para Uma Desensiladeira
Horizontina - RS
2018
Márcio Schulz
Horizontina - RS
2018
FAHOR - FACULDADE HORIZONTINA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Horizontina - RS
2018
Dedicatória
À minha família, em especial aos meus pais
Elemar e Ivone, que acreditaram e me
incentivaram em todos os momentos,
principalmente nas piores situações. Ao meu
irmão mais velho que esteve todos os dias
durante estes cinco anos, me apoiando e me
auxiliando no que fosse necessário.
AGRADECIMENTO
A todos que de forma direta ou indireta fizeram
parte da minha formação, e que me ajudaram
crescer profissionalmente, meu muito obrigado.
Quero agradecer ao meu orientador Luís Carlos
Wachholz, pelo seu apoio nas orientações, que
foram fundamentais para a realização deste
projeto. Também agradecer ao meu amigo e sócio
proprietário da empresa Agroworks Ind. Ltda,
Jonas Rafael Reiter, pelo apoio prestado neste
trabalho.
Agradecer aos demais professores e colegas que
de forma direta ou indireta me ajudaram durante
os cinco anos da minha formação, o meu muito
obrigado.
“A vida é cheia de obstáculos, mas você nunca
deve abaixar a cabeça, pois se você consegue
vencer um, você consegue vencer todos”
(Steeve)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
1.4 HIPÓTESES
1.5 JUSTIFICATIVA
1.6 OBJETIVOS
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 DESENSILADEIRA
2.2.1 Reservatório
2.2.2 Filtros
circuito. Para FIALHO (2011) este tipo de filtro é indispensável em alguns tipos de
bomba, como por exemplo, a bomba de pistões radiais e axiais.
Para Palmieri (1997) estes tipos de filtros tem a função de impedir que corpos
sólidos sejam succionados pela bomba. Estes filtros devem ter as suas malhas
maiores do que os filtros de retorno e de pressão, pois não pode haver problemas na
sucção.
Palmieri (1997) diz que a bomba é responsável pela geração de vazão dentro
de um sistema hidráulico, onde as bombas são utilizadas para converter energia
mecânica em energia hidráulica.
O cálculo para a vazão da bomba para o sistema hidráulico da
desensiladeira é o seguinte, descrita pela equação 2 de FIALHO (2011):
𝑣 × 𝑛 × 𝜂 𝑣𝑜𝑙 (2)
𝑄=
1000
Onde:
𝑄 = vazão em l/min;
𝑣 = volume em cm3/rev;
𝑛 = rotação da bomba em rpm;
𝜂 𝑣𝑜𝑙 = rendimento volumétrico.
19
Palmieri (1997) descreve a bomba dizendo que ela cria uma determinada
vazão devido ao constante engrenamento e desengrenamento de duas ou mais
rodas dentadas.
O constante desengrenamento dos dentes cria uma descompensaçao na
câmara de sucção fazendo com que o fluido seja succionado do reservatório. Para
PALMIERI (1997) o fluido é conduzido perifericamente pelos vãos dos dentes que
formam uma câmara fechada entre a carcaça da bomba e as vedações laterais,
onde o engrenamento constante expulsa o fluido dos vãos e a força para fora da
bomba.
𝑀𝑚 (3)
𝑀=
𝑖 × 𝜂 𝑔𝑒𝑡
Onde:
𝑀 = Torque (Nm);
𝑀𝑚 = Torque máximo (Nm);
𝑖 = Relação de transmissão;
𝜂 𝑔𝑒𝑡 = Rendimento da transmissão.
100 × 𝑀 (4)
𝑣=
1,59 × ∆𝑃 × 𝜂
Onde:
𝑣= Volume nominal (cm3);
𝑀 = Torque do motor (Nm);
∆𝑃 = Pressão (bar);
𝜂 = Rendimento hidráulico mecânico.
𝑣×𝑛 (5)
𝑄=
1000 × 𝜂 𝑣𝑜𝑙
Onde:
𝑄 = vazão em l/min;
𝑣 = volume em cm3/rev;
𝑛 = rotação da bomba em rpm;
𝜂 𝑣𝑜𝑙 = rendimento volumétrico.
23
𝐹 = 𝑃 ×𝐴 (6)
Onde:
𝐹 = Força em N;
𝐴 = Área em cm²;
𝑃 = Pressão em N/cm².
√𝐴 × 4 (7)
𝑑=
𝜋
Onde:
𝑑 = Diâmetro do cilindro (mm);
A= Área do embolo do cilindro (mm);
Rexroth (2013) também nos traz uma Equação 8 para o cálculo da área do
cilindro:
𝑑2 × 𝜋 (8)
𝐴=
4
Onde:
A= Área do cilindro (mm²);
𝑑2 = Diâmetro do cilindro (mm);
(10)
𝑄
𝑑𝑐 = √
0,015 × 𝜋 × 𝑣𝑒
Onde:
26
𝑣𝑒 ∗ 𝑑𝑐 (11)
𝑅𝑒 =
𝑣𝑖
Onde:
𝑅𝑒 = Número de Reynolds
𝑣𝑒= Velocidade do fluido para a tubulação
𝑑𝑐 = Diâmetro interno da tubulação (cm)
𝑣𝑖 = Viscosidade do fluido
Fialho (2011) explica que neste momento ele é o limite crítico do escoamento,
onde é impossível determinar o comportamento do fluido, pois em momentos ele
tem comportamento laminar e outras vezes turbulento Figura 11.
90 (12)
𝜓=
𝑅𝑒
Onde:
𝜓= Fator de atrito
𝑅𝑒= Número de Reynolds
2.4 MANÔMETROS
maioria das vezes o mostrador abrange um arco de 270°, e tem as suas unidades de
pressão em kg/cm² ou psi, assim descrito por PALMIERI (1997).
3 METODOLOGIA
Conforme Gil, 2008, o método de pesquisa a ser seguido será uma pesquisa
e ação. Este método foi escolhido pois a pesquisa segue a partir de um problema
que será o dimensionamento do sistema hidráulico, depois vem as hipóteses, e os
resultados do projeto.
Será feita uma pesquisa experimental para o dimensionamento do sistema
hidráulico. Onde será dimensionada a partir de cálculos e hipóteses para a solução
do problema.
A pesquisa será realizada a partir de uma visita para coleta de dados
realizados junto a empresa AgroWorks, nessa coleta de dados foi necessário
conhecer todas as características estruturais e funcionais para se ter uma noção
básica do funcionamento da máquina para o dimensionamento do sistema desejado.
Para se ter um melhor entendimento do dimensionamento se procurou saber
mais sobre sistemas hidráulicos, para familiarizar-se com todos os elementos
utilizados, onde se obteve conhecimentos mais prévios do assunto.
A pesquisa se inicia já com um fluido definido, pois já é o mais usado nos
circuitos das outras máquinas desse tipo. O óleo usado é o AW68, que um fluido
ideal para o circuito desejado.
Esta máquina que irá trabalhar com uma rotação de entrada entre 400 a 600
rpm fornecida pela TDP (tomada de potência de saída do trator), onde será utilizado
540 rpm para o desenvolvimento do trabalho proposto, pois é a faixa que mais é
utilizada para o trabalho da máquina no dia a dia.
O dimensionamento se inicia pelo redutor de velocidade, que tem um torque
final necessário, trabalhando com uma taxa de redução para ter a velocidade e
torque no motor hidráulico, sendo-se este pela Equação 3.
A partir do torque necessário e rotação necessária, pode-se fazer a escolha e
o dimensionamento do redutor de velocidade, a partir deste calcula-se o motor
necessário através da Equação 4 para o deslocamento volumétrico e a Equação 5
para a vazão do mesmo. Podendo ser escolhidos através de catálogos que atendam
estas exigências calculadas.
31
𝑄 = 56,64 𝑙/𝑚𝑖𝑛
Com este volume 249,78 cm³/rev, escolheu-se o motor de modelo da
empresa Piracicaba VOMP de 250 cm³/rev, conforme Anexo A.
Seguindo calcula-se os parâmetros do motor utilizado na fresa da máquina
desensiladeira, que trabalha na faixa de 500 rpm e com um torque de 266 Nm, com
um rendimento mecânico hidráulico do motor de 0,9. Através da Equação (4),
dimensionou-se o deslocamento volumétrico do motor.
100 × 𝑀𝑓
𝑉=
1,59 × ∆𝑃 × 𝜂 𝑓
100 × 266
𝑉=
1,59 × 186 × 0,9
𝑉 = 99,93 𝑐𝑚3 /𝑟𝑒𝑣
Com o cálculo da vazão volumétrica, pode-se calcular a vazão necessária
para o motor hidráulico, através da Equação (5), tendo um rendimento volumétrico
de 0,86.
𝑉𝑓𝑟𝑒𝑠𝑎 × 𝑛 𝑓
𝑄=
1000 × 𝜂 𝑣𝑜𝑙
99,93 × 500
𝑄=
1000 × 0,86
𝑄 = 58,10 𝑙/𝑚𝑖𝑛
Com o volume de 99,93 cm³/rev, escolheu-se um motor hidráulico da empresa
Piracicaba, de modelo VOMP 100cm³/rev, conforme Anexo A.
Seguindo os cálculos, precisa-se calcular o motor hidráulico da esteira que
trabalha com 380 rpm, com 333 Nm de torque e um rendimento mecânico hidráulico
do motor de 0,9. Com a Equação (4), pode-se fazer o dimensionamento do
deslocamento volumétrico do motor.
100 × 𝑀𝑒𝑠𝑡
𝑉=
1,59 × ∆𝑃 × 𝜂 𝑒𝑠𝑡
100 × 333
𝑉=
1,59 × 186 × 0,9
𝑉 = 125,11 𝑐𝑚3 /𝑟𝑒𝑣
Através do cálculo da vazão volumétrica pode-se calcular a vazão do motor
hidráulico, com um rendimento volumétrico de 0,86, onde através da Equação (5)
chega-se ao valor da vazão.
35
𝑉 𝑒𝑠𝑡 × 𝑛 𝑒𝑠𝑡
𝑄=
1000 × 𝜂 𝑣𝑜𝑙
125,11 × 380
𝑄=
1000 × 0,86
𝑄 = 55,28 𝑙/𝑚𝑖𝑛
Com o cálculo do deslocamento volumétrico de 125,11 cm³/rev, escolheu-se
um motor da empresa Piracicaba, modelo VOMP 125 cm³/ver, conforme Anexo A.
𝑄 = 59,21 𝑙/𝑚𝑖𝑛
𝐴 = 2027 mm²
Através da área do êmbolo calcula-se a força final exercida no cilindro pela
Equação 6:
𝐹 =𝑃 × 𝐴 ×2
𝐹 = 18,6 × 2,027 × 2
𝐹 = 75398 𝑁
Esta será a força exercida pelo cilindro escolhido que atenderá a força
solicitada no início do dimensionamento.
Os próximos dois cilindros iguais utilizados estão ligados em série, que
trabalharão com as mesmas variáveis, que é para a abertura da boca de descarga e
para levantar a baixar a esteira de descarga. Então o cálculo será feito somente uma
das vezes. Sabe-se que terá um esforço de 20000 N, através deste valor pode-se
calcular a área do embolo do cilindro hidráulico, através da Equação (2) de Palmieri,
(1997):
𝐹
𝐴=
𝑃
20000
𝐴=
18,60
𝐴 = 1075𝑚𝑚²
Tendo o cálculo do embolo do cilindro da esteira, podemos calcular o
diâmetro necessário para atender a necessidade da máquina, através da Equação 7:
A× 4
𝑑=√
π
1075 × 4
𝑑=√
π
𝑑 = 37 mm
Através deste cálculo pode-se fazer a escolha do cilindro com valor superior
aos 37 mm de diâmetro necessário no cálculo acima. Consultando catálogos de
fabricantes e chegou-se ao modelo superior mais próximo que é da Parker, (2003),
serie 3L de 38,1 mm que atende à demanda dos cálculos. Conforme a Figura 15,
temos um cilindro escolhido para atender as necessidades calculadas:
39
Também a seguir na figura 16, temos alguns dados que mostram o diâmetro
com o curso do cilindro:
38,1² × π
𝐴=
4
𝐴 = 1140mm²
Com esta área pode-se calcular a força final exercida no cilindro pela
Equação 6:
𝐹=𝑃 × 𝐴
𝐹 = 18,6 × 1140
𝐹 = 21206 𝑁
Esta será a força exercida pelo cilindro escolhido que atenderá a força
solicitada no início do dimensionamento.
Q
𝑑=√
0,015 × π × 𝑣𝑒
59,21
𝑑=√
0,015 × π × 592,71
𝑑 = 1,456 cm
Com este cálculo comprova-se a partir do Anexo (D) com a tabela de ajuste,
que a mangueira a ser utilizada será a de 12,7 mm de diâmetro interno.
Com o cálculo da velocidade do fluido que é de 592,71 cm/s podendo-se
calcular o tipo de escoamento, a partir da Equação (11) de Fialho, (2011) e com uma
viscosidade de 0,68:
42
𝑣𝑒 × 𝑑𝑐
𝑅𝑒 =
𝑣𝑖
592,71 ∗ 1,27
𝑅𝑒 =
0,68
𝑅𝑒 = 1106,97
De acordo com a Figura 8, que ilustra o tipo de escoamento, o escoamento é
Laminar.
As tubulações de sucção e retorno são escolhidas através de uma tabela que
Fialho, (2011), nos fornece, onde se determina a velocidade de sucção será de 100
cm/s e a velocidade de retorno será de 300 cm/s, conforme a Figura 18:
A válvula de alívio foi escolhida conforme a Figura 22, que trabalha até uma
pressão de 207 bar:
Foi feita uma ilustração de um circuito hidráulico conforme a Figura 22. Não
sendo feito o circuito dimensionado, por ser um trabalho de pesquisa em uma
empresa e ser sigiloso.
46
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
PALMIERI, Antônio Carlos. Manual de Hidráulica Básica. 10. ed. Porto Alegre:
Pallotti, 1997.