AFECC - Aula 03
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Electricidade Industrial
TEMA 3: Dimensionamento dos cabos e condutores eléctricos, tendo em conta a densidade da
corrente eléctrica a ser usada e respectiva queda de tensão.
- Fazer a defenição dos parâmetros que têm influência na queda de voltagem e perdas de energia
nos condutores eléctricos;
- Cálculos de quedas de voltagem e perdas de energia em aplicações definidas;
- Cálculos da secção nos condutores eléctricos.
Introdução
•Dimensionar um circuito é definir a seção mínima dos condutores, de forma a garantir que eles
suportem satisfatoriamente e simultaneamente as condições:
•Limite de temperatura
•Limite de queda de tensão
•Proteção contra sobrecargas
•Condução de corrente de curto-circuito por tempo limitado
Critérios de dimensionamento
• Seção mínima;
• Máxima correctamente (aquecimento);
• Queda de tensão;
• A partir do maior valor de seção nominal determinada (com os três critérios), escolhe-se
em tabelas de capacidade de condutores padronizados e comercializados o fio ou cabo
cuja seção, por excesso, mais se aproxime da área de secção calculada.
Método de dimensionamento
• Tipo de Condutor;
• Tipo de isolação;
• Maneiras de instalação.
Tipo de condutores
• Condutor Isolado: possui condutor metálico.
• Cabo Unipolar: possui condutor, isolação e uma camada de revestimento, chamada
cobertura, para protecção mecânica.
• Cabo Multipolar: possuem sob a mesma cobertura, dois ou mais condutores isolados,
denominadas veias.
Tipo de condutores
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Tipo de condutores
•A corrente transportada por qualquer condutor não deve ser tal que a temperatura máxima não
seja ultrapassada.
Tipos de condutores
PVC: é o isolante mais utilizado para condutores de baixa tensão por seu baixo custo, bom
desempenho elétrico e boa resistência à propagação de incêndio
XLPE: bom comportamento mecânico e maior resistência à intempéries e ao fogo.
EPR: como é um tipo de borracha, também é muito flexível mesmo em temperaturas baixas.
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•Sua função principal é proteger os condutores elétricos contra certas influências externas (ex.
choques mecânicos, agentes químicos, etc).
ELETROCALHA
•É um conduto fechado utilizado em linhas aparentes, com tampas. As calhas podem ser metálicas
(aço, alumínio) ou isolantes (plásticos); as paredes podem ser maciças ou perfuradas e a tampa
simplesmente encaixadas.
CANALETA
•É um conduto com tampas ao nível do solo, removíveis e instaladas em toda a sua extensão. As
tampas podem ser maciças e/ou ventiladas e os cabos podem ser instalados diretamente ou em
eletrodutos. Nas canaletas só podem ser utilizados cabos uni e multipolares. Os condutores
isolados podem ser utilizados desde que contidos em eletrodutos.
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BANDEJA
•É um suporte de cabos constituído por uma base contínua com rebordos e sem cobertura, podendo
ser ou não perfurada. As bandejas são geralmente metálicas (aço, alumínio).
Métodos de instalação
•O método de instalação influencia a capacidade de troca térmica entre os condutores e o ambiente,
alterando a capacidade de condução de corrente dos condutores
Exemplo de Instalação:
•Os condutores podem ser instalados em eletrodutos ou bandejas.
•Os eletrodutos podem ser embutidos em alvenaria ou podem ser aparentes (condutores não estão
embutidos)
Condutor embutido
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• Considera-se condutor carregado aquele que efetivamente é percorrido pela corrente elétrica
no funcionamento normal do circuito.
• Consideram-se os condutores carregados os condutores de fase e neutro.
• O condutor de proteção equipotencial (aterramento), não é considerado condutor carregado.
Exemplo 1
Dimensionar os condutores para um circuito terminal (F-F) de um chuveiro elétrico, dados
P=4500W, V=220V, condutores de isolação PVC, eletroduto embutido em alvenaria, temperatura
ambiente de 30°C.
Resolução:
Tipo de isolação: PVC
Maneira de instalar: Referência B1
4500𝑊
Corrente de projeto: 𝐼𝑝 = = 20,45𝐴
220𝑉×1×1
Número de condutores carregados: 2(instalação monofásica)
De acordo com a tabela: área de secção de 2,5𝑚𝑚2.
Factores de Correção
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•A queda de tensão nos circuitos alimentadores e terminais (pontos de utilização) de uma
instalação elétrica produz efeitos que podem levar os equipamentos desde à redução da sua vida
útil até a sua queima (falha).
•Essa queda de tensão faz com que os equipamentos recebam em seus terminais uma tensão
inferior aos valores nominais, prejudicando o seu desempenho.
•A Norma vigente, a NBR 5410/97 determina que a queda de tensão entre a origem de uma
instalação e qualquer ponto de utilização não deve ser maior do que 4%, para as instalações
alimentadas diretamente por um ramal de baixa tensão a partir de uma Rede de Distribuição de
uma Concessionária de Energia Elétrica.
• Critério utilizado pela CEMIG:
• Até o medidor de energia: 1%
• Do medidor até o Quadro de Distribuição de Circuitos –QDC: 1%
• A partir do QDC: 2%
Momento Elétrico
•O Momento Elétrico (ME) é igual ao produto da corrente (A) que passa pelo condutor pela
distância total em metros (m) desse circuito:
•ME = A.m
•Estão apresentadas a seguir, Tabelas práticas do produto Ampère x Metro (A.m) para quedas de
tensão com diferentes valores percentuais (1%, 2% e 4%) e de tensões aplicadas, para condutores
de cobre com isolamento em PVC/70ºC.
Exemplo 2:
a) Determinar a secção dos condutores em eletrodutos a serem ligados a uma carga trifásica situada
a 50 metros de distância e cuja corrente é de 25 A, a tensão do circuito é 220V e a queda de tensão
não pode ultrapassar a 4%;
b) Determinar a queda de tensão percentual com a utilização do cabo calculado no subitem a).
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NOTA:
•Pelo método de Queda de Tensão em V/A.km, é necessário transformar os comprimentos dos
circuitos, dados em metros, para quilômetros, o que poderá ocorrer erros com mais facilidade
nesta transformação. Devido aos comprimentos dos circuitos elétricos residenciais serem
normalmente de pequenas dimensões, será adotado para calcular a queda de tensão, o método do
Momento Elétrico (ME).
•Com o valor da queda de tensão unitária calculado, entra-se na tabela de capa, verifica-se o
método de instalação de condutores, e encontra-se o valor cuja queda de tensão seja igual ou
imediatamente inferior à calculada, obtendo desta forma a seção do condutor correspondente.
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k1 - Fatores de Correção para Temperaturas
Nota 1: Utilizado para temperaturas ambientes diferentes de 30ºC para linhas não subterrâneas e
de 20ºC (temperatura do solo) para linhas subterrâneas.
Nota 2: Utilizado em linhas subterrâneas, caso a resistividade térmica do solo seja diferente de 2,5
K.m/W, caso típico de solos secos, deve ser feita uma correção adequada nos valores da capacidade
de condução de corrente. Solos húmidos possuem valores menores de resistividade térmica,
enquanto solos muito secos apresentam valores maiores
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