MD Comin 2012 1 05
MD Comin 2012 1 05
MD Comin 2012 1 05
AUGUSTO WOHLGEMUTH
MEDIANEIRA
2012
AUGUSTO WOHLGEMUTH
MEDIANEIRA
2012
Ministério Da Educação
Universidade Tecnológica Federal Do Paraná
Gerência de Ensino
Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em
Manutenção Industrial
TERMO DE APROVAÇÃO
APRIMORAMENTO DE UMA BANCADA AUTOMATIZADA DE UM FREIO DE
FOUCAULT UTILIZADA PARA ENSAIOS DE MOTORES DE INDUÇÃO
Por:
Augusto Wohlgemuth
Mauricio Kusbick da Rosa
(Orientador) (Convidado)
A Ampéres
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
CLP Controlador Lógico Programável
CPU Unidade Central de Processamento
CV Cavalo Vapor
Fs Fator de Serviço
IHM Interface Homem-Máquina
Kg Quilograma
Kgf.m Quilograma-Força Metro
mA Miliampéres
MDF Medium Density Fiberboard
mm Milímetros
mV Milivolts
NA Normal Aberto
NBR Normal Brasileira Regulamentadora
NF Normal Fechado
PVC Cloreto De Polivinila
RPM Rotações por Minuto
UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Vca Tensão Alternada
Vcc Tensão Contínua
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS ..................................................................... 13
2.1 FREIO DE FOUCAULT ....................................................................................... 13
2.2 MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO ................................................................... 16
2.2.1 Conjugado do Motor ......................................................................................... 16
2.3 CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL E SOFTWARE SUPERVISÓRIO 18
2.4 CÉLULA DE CARGA E CONVERSOR DE SINAL .............................................. 19
2.5 TRANSDUTORES DE CORRENTE E TENSÃO ................................................. 20
2.6 FONTES DE ALIMENTAÇÃO ............................................................................. 20
3 MONTAGEM .......................................................................................................... 22
3.1 PROJETO DE APRIMORAMENTO DA BANCADA ............................................ 22
3.1.1 Painel Inferior ................................................................................................... 23
3.1.2 Painel Superior ................................................................................................. 25
3.1.3 Suporte da Fonte EE0152 ................................................................................ 27
3.1.4 Pintura .............................................................................................................. 27
3.2 ENSAIOS DE VIBRAÇÃO ................................................................................... 28
4 PROCESSO DE AUTOMAÇÃO ............................................................................ 31
4.1 CONFIGURAÇÃO DO CLP E UTILIZAÇÃO DAS I/Os........................................ 32
4.2 PROGRAMAÇÃO E SUPERVISÓRIO ................................................................ 34
4.2.1 Programação .................................................................................................... 34
4.2.2 Supervisório ..................................................................................................... 35
4.2.2.1 Interface “SelecaoPartidas” ........................................................................... 36
4.2.2.2 Interface “SupervisorioGraficos” .................................................................... 37
4.2.2.3 Interface “GraficoTensao”.............................................................................. 39
4.3 APRIMORAMENTO OBTIDO.............................................................................. 39
5 ENSAIOS E RESULTADOS OBTIDOS ................................................................. 41
5.1 FONTE EE0152 .................................................................................................. 41
5.2 ENSAIOS COM PARTIDA DIRETA .................................................................... 43
5.3 ENSAIOS COM PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO ........................................... 45
5.4 ENSAIOS COM PARTIDA COMPENSADA ........................................................ 47
5.5 ENSAIOS COM PARTIDA UTILIZANDO SOFT STARTER ................................ 51
5.6 ENSAIOS COM PARTIDA UTILIZANDO INVERSOR DE FREQUÊNCIA .......... 52
5.7 ENSAIO DE ABERTURA DE FASE .................................................................... 54
5.8 ENSAIO DE VARIAÇÃO DE CARGA .................................................................. 55
5.9 ENSAIO DE SOBRECARGA............................................................................... 55
6 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 57
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 59
APÊNDICES ............................................................................................................. 61
APÊNDICE A – Diagrama de Comando da Bancada ............................................ 62
APÊNDICE B – Diagrama de Força da Bancada ................................................... 63
APÊNDICE C – Ligações do CLP ........................................................................... 64
APÊNDICE D – Diagrama Elétrico do Freio de Foucault ...................................... 66
APÊNDICE E – Partida Direta ................................................................................. 67
APÊNDICE F – Partida Estrela Triângulo .............................................................. 68
APÊNDICE G – Partida Compensada .................................................................... 69
APÊNDICE H – Força da Partida com Soft Starter ............................................... 71
APÊNDICE I – Partida com Inversor de freqüência .............................................. 73
APÊNDICE J – Simbologia Utilizada nos Diagramas Elétricos ........................... 75
12
1 INTRODUÇÃO
2 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS
Franchi (2008), explica que quanto maior a carga, maior terá que ser o
conjugado necessário para acioná-la. Para obter esse conjugado é necessário que
as correntes induzidas e os campos produzidos sejam maiores, logo a diferença de
velocidade aumenta. Portanto, à medida que a carga aumenta, cai a rotação do
motor.
Mamede Filho (2007), explica que quando o conjugado do motor é
dimensionado adequadamente, este necessita durante a partida desenvolver um
conjugado superior ao conjugado resistente de carga.
O conjugado de carga máximo para um determinado motor pode ser
calculado pela equação (1), (MAMEDE Filho, 2007, p.205).
(1)
Sendo:
Cc - Conjugado da Carga (N.m);
Pnm - Potência nominal do motor (CV);
Wnm - Velocidade nominal do motor (RPM);
Logo, para o motor utilizado no projeto, o conjugado de carga máximo é:
(2)
Sendo:
Cnm - Conjugado do motor (kgf.m)
Pc - Peso medido pela célula de carga (kg)
Δec - Distância entre o centro do eixo do motor e o ponto de medição da célula de
carga (m) – 0,16 m.
Esta equação é utilizada para calcular o torque exigido do motor durante os
ensaios e o resultado é mostrado no visor “TORQUE DE FRENAGEM” da interface
do supervisório da bancada, que será explicado com maiores detalhes no capítulo 4.
Para Silveira e Santos (2010), “programa” pode ser descrito como uma
sequência específica de instruções selecionadas de um conjunto de opções
oferecidas pelo CLP em uso, que efetuam ações de controle desejadas, ativando ou
não memórias internas e os pontos de saída do CLP a partir da monitoração do
estado das mesmas memórias internas e os pontos de entrada do CLP. (SILVEIRA;
SANTOS, 2010).
O CLP XC100 utilizado neste projeto é composto por uma CPU modelo XC-
CPU101-C64K-8DI-6DO, com 3 slots analógicos para a aquisição dos sinais dos
transdutores e um slot digital com oito saídas. A CPU do CLP é alimentada em 24
Vcc, assim como o slot digital. O diagrama elétrico com as ligações do CLP pode ser
visualizado no Apêndice C.
De acordo com Sanches (2007), este transdutor faz uso do efeito Strain-
Gauge (Gage) para quantificar a tensão mecânica aplicada em sua estrutura. O
efeito Strain-Gauge é baseado no fato de que um material condutor sujeito à tensão
mecânica varia sua resistência elétrica.
A deformação causada pela carga a qual o transdutor é submetido resulta na
variação da resistência elétrica do mesmo. Essa variação é quantificada através de
um sinal elétrico e é transmitida a um conversor de sinal.
O conversor de sinal é um dispositivo capaz de converter um sinal elétrico em
outro ou apenas aumentar a amplitude de maneira proporcional, para que o mesmo
possa ser reconhecido por outro dispositivo de aquisição de dados ou controle.
Para a aquisição do valor da carga exercida pelo freio, foi utilizada a Célula de
Carga do modelo GL 10 da Alfa Instrumentos, com capacidade máxima de 10 Kg.
Este trandutor têm seu sinal de saída de 0 a 4 mV e utiliza um conversor de sinal
modelo LC420SG-035 da Incon Eletrônica Ltda (já utilizado no projeto inicial) para
adequar o sinal à entrada analógica do CLP (0 – 10 Vcc).
20
Para Mello (1987), fontes de alimentação são dispositivos que tem como
função transformar tensão alternada em tensão contínua fornecendo energia para
outros equipamentos. Há vários tipos de fontes de alimentação, entre elas a linear e
a chaveada. A fonte linear é utilizada para circuitos que exigem pouca potência, e
como operam em frequências entre 50 e 60 Hz, o transformador e o capacitor são
21
grandes, deixando a fonte grande e pesada, além de ter uma perda de energia por
calor. A fonte chaveada opera em altas frequências, por isso sua perda de energia é
baixa, tendo um bom rendimento e fornecendo maior potência para o equipamento.
O projeto inicial previa a utilização da fonte EE0152 para aplicar corrente
contínua nas bobinas do freio. Esta fonte possui entrada de tensão 127 ou 220 Vac
em 60 Hz e sua saída pode ser ajustável de forma manual através de um
potenciômetro ou como utilizada no projeto, pode-se ajustar o valor de saída através
de um sinal analógico de tensão (0 a 10 Vcc). A tensão de saída varia entre 0 e 300
Vcc tendo como valor máximo de corrente 3 A. O controle da corrente também pode
ser feito por potenciômetro ou através de incremento analógico.
22
3 MONTAGEM
O painel superior foi projetado para dar suporte aos botões de acionamento
do motor e aos bornes onde o usuário conecta toda a lógica de acionamento do
motor. O painel é em chapa de aço cujas dimensões são de 310x315 mm (altura x
largura) por 3mm de espessura. O mesmo foi fixado na parte superior da bancada
(com parafusos sextavados de 30 mm de comprimento) o que facilita as ligações
elétricas entre a bancada do freio e as bancadas existentes nos laboratórios. A
figura 8 mostra o leiaute do painel superior.
3.1.4 Pintura
análise da vibração para uma ampla faixa de freqüência, o que durante a utilização
da bancada pode ocorrer se o motor for acionado via inversor de freqüência.
Para medir o resultado utilizou-se o sensor MV-680 da Instrutherm e foram
feitas medições em diferentes posições no motor. A tabela 2 mostra os resultados de
vibração para algumas freqüências do inversor.
4 PROCESSO DE AUTOMAÇÃO
sinal modelo LC420SG-035 da Incon Eletrônica Ltda para adequar o sinal à entrada
analógica IW2 do CLP (0 – 10 Vcc).
Para as medições de corrente do motor e do freio foram utilizados quatro
transdutores de corrente, sendo três destinados a medição de corrente alternada
(CA) e um para a medição de corrente contínua (CC).
A função de cada transdutor é medir a corrente RMS de cada uma das fases
do motor e converter esse valor em um sinal proporcional de corrente de 4 a 20 mA
para enviá-lo às entradas analógicas IW6, IW8 e IW10 (fases R, S T
respectivamente) do CLP.
O mesmo ocorre para o transdutor de corrente contínua, no entanto esse
mede a corrente das bobinas do Freio e envia o sinal de 4 a 20 mA para a entrada
IW4 do CLP.
Foram utilizados três transdutores de tensão que medem o valor RMS da
tensão de fase do motor. Eles enviam um sinal de 4 a 20 mA para as entradas IW12
(fase R), IW14 (fase S) e IW16 (fase T) do CLP.
Foram utilizados oito saídas digitais e duas saídas analógicas (0 – 10 Vcc)
responsáveis por enviar o sinal de controle para as entradas da fonte EE0152, que
por sua vez aplica uma tensão às bobinas do freio e por consequência aumenta ou
diminui a corrente aplicada as mesmas. A configuração do endereçamento de todas
as saídas podem ser vistas no quadro 2.
Saídas
N° de Saídas Tipo de sinal Função
Acionamento dos relés
8 Sinal Digital
de comando
Sinal analógico (0- Controle da Fonte
2
10 Vcc) EE0152
corrente para os relés de controle das fases. Os outros 4 relés (“R1, R2, R3 e R4”)
têm a função de fazer a lógica de comando entre a bancada do freio e as demais
bancadas dos laboratórios, seus respectivos contatos são encontrados no painel
superior da bancada.
As saídas análógicas QW6 e QW8 são responsáveis por enviar um sinal
variável de tensão (via supervisório) até a fonte de tensão EE0152.
A configuração fisica dos slots do CLP pode ser vista na Figura 13 abaixo.
4.2.1 Programação
4.2.2 Supervisório
Corrente CC do freio
Número de
Transdutores de Transdutores de necessária para Variação da
Tipos de Partida espiras das
Corrente Tensão proporcionar a carga Corrente do Freio
bobinas
nominal do motor
Bancada
1 4 0 350 cada aprox. 7,5A manual
Anterior
Bancada
5 4 3 1150 cada aprox. 3,5A manual/via CLP
Atual
O ensaio com partida direta foi divido em três etapas. A primeira com
acionamento a vazio, a segunda com acionamento a meia carga no freio e a terceira
com carga nominal. A figura 20 mostra os valores de corrente para as três fases do
motor com partida a vazio e as figuras 21 e 22 mostram respectivamente a resposta
da corrente com meia carga e carga nominal mecânica aplicada ao motor.
Figura 20 - Resposta das correntes do motor com partida direta e carga mecânica nula
Figura 21 - Resposta das correntes do motor com partida direta e 50% da carga mecânica
nominal
Figura 22 - Resposta das correntes do motor com partida direta e carga mecânica nominal
45
O ensaio com partida estrela triângulo foi divido em três etapas. A primeira
com acionamento a vazio, a segunda com acionamento a meia carga no freio e a
terceira com carga nominal. A figura 23 mostra os valores de corrente para as três
fases do motor com partida a vazio e as figuras 24 e 25 mostram respectivamente a
resposta da corrente com meia carga e carga nominal mecânica aplicada ao motor.
O acionamento é feito com o circuito na configuração em estrela até que o
motor alcance uma velocidade próxima da velocidade de regime, quando então o
circuito é comutado para a configuração em triângulo.
Figura 24 - Resposta das correntes do motor com partida estrela-triângulo e 50% da carga
mecânica nominal
Figura 25 - Resposta das correntes do motor com partida estrela-triângulo carga mecânica
nominal
Figura 26 - Resposta das correntes do motor com partida compensada e carga mecânica
nula
49
Figura 27 - Resposta das correntes do motor com partida compensada e 50% da carga
mecânica nominal
Figura 28 - Resposta das correntes do motor com partida compensada e carga mecânica
nominal
Nessa configuração foi realizado o ensaio com carga total do freio, pois o
controle da rampa de tensão na partida é feita pelo Soft Starter. A variação da
tensão é mais linear e não aplica um degrau repentido de torque na carga acoplada
ao motor como nas partidas anteriormente ensaiadas.
O Soft Starter utilizado foi o SSW 5 Plus da marca Weg e tem corrente
nominal de 16 A. Este soft não é apropriado para o motor da bancada, pois o mesmo
possui corrente de serviço bem acima da corrente nominal do motor. O ensaio foi
realizado utilizando a configuração de corrente mínima do equipamento
(parametrizada no trimpot “motor current” da soft) mas mesmo assim, não alcançou
os parametros ideais para a potência do motor.
A variação da corrente do motor e os outros valores dos transdutores podem
ser vistos na Interface mostrada na figura 30.
três fases de entrada. Esta função é utilizada em instalações que não possuem
alimentação trifásica e que precisam acionar motores trifásicos.
Na figura 32 pode-se analisar os valores de corrente do motor, com 50% da
carga nominal acoplada a ele.
Figura 34 - Variação do valor das correntes quando uma fase está desconectada
55
Tendo Fator de Serviço igual a 1,15, a corrente máxima em que o motor pode
operar é de 3,335A. Observando o valor do torque de frenagem e os valores das
correntes na figura 36, pode-se afirmar que o valor de torque máximo calculado no
Capitulo 2.2.1 através da equação (1) é verdadeiro, pois a média entre os valores
das correntes resulta em um valor aproximado à corrente máxima de operação e o
torque resultante também se aproxima ao calculado.
57
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ALIEVI, Sergio Rodrigo; BARATTO, Stephania Perin; JUNIOR, Jair Luiz Casanova.
Freio de Foucault. 2009. 40f. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2009.
FRANCHI, Claiton Moro; Acionamentos Elétricos. 3 ed. São Paulo: Érica, 2008.
MELLO, Luiz Fernando Pereira de. Projetos de Fontes Chaveadas. São Paulo:
Érica, 1987.
60
APÊNDICES
62
Detalhe A
Onde:
66
(a)
(b)
68
(a)
(b)
69
(a)
70
(b)
71
(a)
72
(b)
73
(a)
74
(b)
75
BOTÂO DE EMERGÊNCIA
BOTOEIRA DE IMPULSO
DISJUNTOR
SINALIZADOR LUMINOSO
BOBINA CONTATOR
CONTATO NA
SENSOR DE TENSÃO
76
RELE DE SOBRECARGA