O Farao

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Faraó

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de 2014)

HIEROGLIFO

Faraó
"a Grande
Casa"

Os faraós são geralmente representados vestindo o toucado denominado nemés e um shendyt


O faraó Tutancâmon

Faraó era a designação (título) atribuído aos reis (com estatuto de deuses)


no Antigo Egito. Tem sua origem imediata do latim tardio Pharăo -onis, por sua
vez do grego Φαραώ e este do hebraico Par῾ōh, termo de origem egípcia que
significava propriamente "casa elevada", indicando inicialmente o palácio real.
O termo, na realidade, não era muito utilizado pelos próprios egípcios. No
entanto, devido à inclusão deste título na Bíblia, mais especificamente no livro
do "Êxodo", os historiadores modernos adoptaram o vocábulo e generalizaram-
no, um equívoco.[carece  de fontes] Seu adjetivo é o faraônico[1]
A imagem que o grande público tem, vem, em grande parte, daquela que nos é
dada pelas grandes produções cinematográficas (pepluns) de Hollywood - os
chamados filmes bíblicos dos anos 1950, nos quais o faraó aparece como um
monarca todo poderoso que governa de modo absoluto, rodeado de uma corte
de servos e obrigando uma multidão de escravos a construir monumentos em
sua honra - como nos filmes Land of the Pharaohs (A Terra dos
Faraós de Howard Hawks, 1955) ou em The Ten Commandments ("Os Dez
Mandamentos" de Cecil B. DeMille, 1956).
Mas, ainda que muitos dos faraós tenham sido, sem dúvida, déspotas - a ideia
da monarquia absoluta tem aqui os seus primórdios - a verdade é que este
termo abrange uma grande variedade de governantes, de índoles e interesses
diversos. Em cerca de três mil anos de tradição faraónica, passaram pelo trono
do Egito homens (e algumas mulheres) com aspirações bem diferentes. Desde
os misteriosos construtores das pirâmides de Gizé, ao poeta
místico Aquenáton, passando pelo lendário Ramessés II, encontramos toda
uma diversidade de indivíduos que, no seu conjunto, governaram uma das
mais influentes civilizações da história por um longo tempo.

Índice

 1História
 2Estatuto e papel dos faraós
 3A Festa de Opet
 4Roma, e depois
 5Dinastias faraónicas
o 5.1Período arcaico: até 2686 a.C.
o 5.2Império Antigo: 2686-2181 a.C.
o 5.3Primeiro período intermediário: 2181-2040 a.C.
o 5.4Império Médio: 2134-1782 a.C.
o 5.5Segundo Período Intermediário: 1782-1570 a.C.
o 5.6Época Baixa: 730-343 a.C.
o 5.7Domínio Persa e Grego: 343-309 a.C.
o 5.8Dinastia Ptolomaica: 305-30 a.C.

História[editar | editar código-fonte]
É difícil determinar datas precisas na história dos faraós, já que os
testemunhos desta época são escassos, além de virem de uma época em que
a própria história estava nos seus primórdios (isto é, a escrita ainda estava nos
seus inícios). A tradição egípcia apresenta Menés (ou Narmer, em grego) como
sendo o primeiro faraó ao unificar o Egito (até então dividido em dois reinos).
Segundo esta tradição, este seria o primeiro governante humano do Egito, a
seguir ao reinado mítico do deus Hórus. Documentos históricos, como a Paleta
de Narmer, parecem testemunhar essa reunificação sob o faraó Menés, cerca
de 3 100 a.C., ainda que os egiptólogos pensem que a instituição faraónica
seja anterior. Por isso, se fala também de uma dinastia 0.
Quanto ao último dos faraós, todos estão de acordo em dizer que se tratou de
Cesarião (Ptolomeu XV), filho de César e Cleópatra VII, pertencente à Dinastia
Lágida.

Estatuto e papel dos faraós[editar | editar código-fonte]


Mais que um simples rei, o faraó era também o administrador máximo, o chefe
do exército, o primeiro magistrado e o sacerdote supremo do Egito (sendo-lhe,
mesmo, atribuído carácter divino).
Em muitos casos, cabia ao faraó decidir, sozinho, a política a seguir. Na prática
era frequente que delegasse a execução das suas decisões a uma corte
composta essencialmente por: HIEROGLIFO

 Escribas, que registravam os decretos, as transações


comerciais e o resultado das colheitas, funcionando como
oficiais administrativos e burocracia de Estado.
Escriba
 Generais dos exércitos e outros oficiais militares, que
organizavam as campanhas das guerras que o Faraó
pretendesse empreender;
 Um Tjati (Vizir), que funcionava como primeiro-ministro, e auxiliava o
faraó nas mais variadas funções, da justiça as campanhas militares.
 Sacerdotes, incumbidos de prestar homenagem aos deuses, no lugar do
faraó;
De acordo com a mitologia egípcia, o próprio corpo do faraó era divino, já que o
seu sangue teria origem no seu antepassado mítico, o deus Hórus.
O estatuto e papel do Faraó são, portanto, hereditários, transmitindo-se pelo
sangue. Apesar do papel subalterno das mulheres nesta sociedade, os
egípcios preferiram, por vezes, ser dirigidos por uma mulher de sangue divino
(como Hatchepsut) que por um homem que o não seja (sendo interessante que
até Hatchepsut é representada em esculturas ostentando uma farta barba,
símbolo de masculinidade e sabedoria). As linhagens faraónicas nunca
chegaram, contudo, a prolongar-se durante muito tempo, interrompidas que
eram por invasores e golpes de estado.
Quando o reinado de um faraó perfizesse um longo número de anos (em geral,
trinta anos), era comum organizar-se uma Heb-Sed, com o fim, ritual, de
restabelecer o seu vigor, de forma a mostrar ao povo que o seu governante
ainda era capaz de comandar os destinos da nação.

A Festa de Opet[editar | editar código-fonte]


A Festa de Opet, rituais celebrados para o rejuvenescimento do faraó e
dos deuses, era realizada todos os anos. Estas celebrações podem ter sido
criadas pelo faraó Amenófis III e ampliado por Ramessés II, onde a estátua do
deus Amon-Rá era levada de Carnaque a Luxor e retornava em uma barcaça.
As referências disponíveis sobre a festa de Opet datam do início do Novo
Império e afirmam que a celebração começava no segundo mês da época das
cheias do Nilo e se estendiam por 11 dias. Ao final do reinado de Ramessés
II passa a ocupar 27 dias.
Durante a 18ª Dinastia o itinerário da festa se deslocou da terra para o rio.
O rei se deslocava para Luxor a bordo de sua barca cerimonial e
cada estátua era transportada numa embarcação parecida. No fim da festa, as
correntes do rio Nilo os traziam de volta a Carnaque. E quanto mais os Faraós
fortaleciam seu poder, mais recursos canalizavam para construção de
seus túmulos e estas construções eram feitas em boa parte na época das
cheias do Nilo.

Roma, e depois[editar | editar código-fonte]


O Egito tornou-se numa província de Roma, sob a soberania de Augusto,
em 30 a.C., até 395. Desta data até 642, fez parte do Império Bizantino. É,
depois, conquistado pelos muçulmanos da dinastia dos omíadas.
O titulo de faraó caiu em desuso. Durante a dominação romana e bizantina o
país passou a ser administrado pelos chamados prefeitos do Egito. Após a
conquista muçulmana o país alternaria períodos em que era governado
por governadores indicados por governantes estrangeiros e períodos em que
recuperava a independência, porém devido a islamização do país seus lideres
passariam agora a usar títulos de nobreza muçulmanos como emir (no caso
das dinastias tulúnida e iquíxida), califa (no caso da dinastia fatímida)
e sultão (no caso das dinastias aiúbida, bahri e burji). A ultima casa real a
governar o Egito foi a Dinastia de Maomé Ali, sendo que estes utilizaram os
títulos de quediva e de malique (rei em língua árabe).

Dinastias faraónicas[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Lista de faraós

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Dinastias do Egito

Esta é uma lista das diversas dinastias. Veja lista de faraós para uma lista de
indivíduos que usaram o título.
Período arcaico: até 2686 a.C.[editar | editar código-fonte]

 Pré-dinastia: Baixo Egito


 Pré-Dinastia: Alto Egito (Dinastia 0)
 Primeira dinastia
 Segunda dinastia
Império Antigo: 2686-2181 a.C.[editar | editar código-fonte]

 Terceira dinastia
 Quarta dinastia
 Quinta dinastia
 Sexta dinastia
Primeiro período intermediário: 2181-2040 a.C.[editar | editar
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 Sétima dinastia (fictícia)


 Oitava dinastia
 Nona dinastia
 Décima dinastia
Império Médio: 2134-1782 a.C.[editar | editar código-fonte]

 Décima primeira dinastia


 Décima segunda dinastia
Segundo Período Intermediário: 1782-1570 a.C.[editar | editar
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 Décima terceira dinastia


 Décima quarta dinastia
 Décima quinta dinastia
 Décima sexta dinastia
 Décima sétima dinastia
Época Baixa: 730-343 a.C.[editar | editar código-fonte]

 Vigésima quinta dinastia


 Vigésima sexta dinastia
 Vigésima sétima dinastia
 Vigésima oitava dinastia
 Vigésima nona dinastia
 Trigésima dinastia
Domínio Persa e Grego: 343-309 a.C.[editar | editar código-fonte]
Dinastia Ptolomaica: 305-30 a.C.

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