Sexualidades Dissidentes Um Olhar Sobre Narrativas PDF
Sexualidades Dissidentes Um Olhar Sobre Narrativas PDF
Sexualidades Dissidentes Um Olhar Sobre Narrativas PDF
18642018 3309
ARTIGO ARTICLE
e estilo de vida no ciberespaço
Abstract The subculture of BDSM (Bondage, Resumo A subcultura BDSM (Bondage, Disci-
Discipline, Domination, Submission, Sadism, plina, Dominação, Submissão, Sadismo, Maso-
Masochism) is organized around dissident erotic quismo) organiza-se em torno de práticas eróticas
practices based on consent. Starting with a net- dissidentes, pautadas no consentimento. A partir
nography survey, this study seeks to understand de uma netnografia, este estudo visa apreender
how adepts of BDSM present themselves from como os adeptos de BDSM se apresentam do ponto
the standpoint of identity in cyberspace. In this de vista identitário no ciberespaço. Neste sentido,
sense, blogs and sites related to BDSM, as well as blogs e sites relacionados ao BDSM foram acom-
social networks, have been observed. Added to this panhados, bem como redes sociais. Somam-se a
material are interviews of adepts in other media. este material, entrevistas de adeptos em outras
Techniques of Saturation Sampling and Discourse mídias. Técnicas de amostragem por saturação e
Analysis were applied. By eroticizing power, they Análise de Discurso foram aplicadas. Ao erotiza-
construct erotic games based on hierarchies, where rem o poder, constroem jogos eróticos pautados em
one individual occupies the role of domination hierarquias, onde um indivíduo ocupa o papel de
and the other of submission. However, beyond a dominação e o outro, de submissão. Todavia, para
mere sexual role, the adepts argue that both dom- além de um mero papel sexual, os adeptos defen-
ination and submission are part of their own na- dem que tanto a dominação quanto a submissão
ture, revealing an essentializing and instituting fazem parte de sua própria natureza, revelando
discourse, which they claim to be a sexual orien- um discurso essencializador ou instaurando o que
tation. From specific scenarios, dress and sexual afirmam ser uma orientação sexual. A partir de
paraphernalia, their practitioners relive their so- cenários, vestimentas e apetrechos sexuais específi-
cial traumas, particularly those involving gender cos, seus praticantes ressignificam traumas sociais,
oppression. In spite of the stigma that is attributed particularmente os que envolvem a opressão de gê-
to the subjects involved, their narratives echo from nero. A despeito do estigma que marca os sujeitos
1
Programa de Pós- some of the pillars of contemporary subjectivity, envolvidos, suas narrativas bebem de alguns dos
Graduação em Saúde such as valuation of experience, of self-develop- pilares da subjetividade contemporânea, dos quais
Pública, Escola Nacional ment, and of the maximization of pleasure. se destaca, a valorização da experiência, do desen-
de Saúde Pública Sérgio
Arouca, Fiocruz. Av. Brasil Key words Eroticism, Sexuality, BDSM volvimento de si e da maximização do prazer.
4036/700, Manguinhos. Palavras-chave Erotismo, Sexualidade, BDSM
21040-361 Rio de Janeiro
RJ Brasil.
[email protected]
3310
Silva VLM
plinamento que faz uso de palmadas, por exem- O segundo ponto refere-se à seleção do con-
plo) também na década de 1950. Segundo ela, em teúdo a ser examinado. Os blogues e sites visita-
diversos lugares dos EUA, esses grupos, predomi- dos foram escolhidos a partir das duas primeiras
nantemente formados por heterossexuais, perma- páginas de sugestões apresentadas pelo aplicativo
necem separados da comunidade BDSM. de busca do Google, uma vez que, teoricamente,
No Brasil, os primeiros clubes sadomasoquis- são os mais visitados da internet. Em tal busca,
tas surgem anos depois. Segundo Leite Júnior7 palavras-chave como “BDSM”, “dominação” e
podem ser datados a partir da década de 1980. “submissão”, por exemplo, foram utilizadas. Apli-
Existem hoje os munches (sem tradução para o cou-se na coleta de material empírico a técnica
português), que são reuniões informais promo- de amostragem por saturação e em sua análise,
vidas por praticantes do BDSM para conhecer a técnica de Análise de Discurso, conforme Mi-
pessoas novas, inclusive as “curiosas” – aquelas nayo15 em referência a Pêcheux, uma vez que se
interessadas em informações –, e as festas, algu- comunga da ideia de que o sentido de uma pala-
mas já tradicionais, que reúnem o grupo, sendo vra não existe por si mesmo. Todavia, revela po-
que a cidade de São Paulo parece ser o local bra- sições ideológicas em jogo no processo sócio-his-
sileiro de maior badalação. Esboçadas algumas tórico, no qual as relações são produzidas.
linhas que permitem entender a partir de que A este trabalho de pesquisa na internet, de-
grupos sexuais o BDSM atual se constitui, sigo senvolvido ao longo dos anos de 2013 a 2015,
caminho apresentando a metodologia utilizada somou-se a revisão bibliográfica de material pu-
nesta pesquisa. blicado em âmbito nacional e nos EUA. Algumas
entrevistas de praticantes em outros meios, como
revistas e jornais, também foram secundaria-
Metodologia mente consideradas na análise. Esse esforço obje-
tivou cotejar algumas informações e a linguagem
O conteúdo empírico analisado neste artigo é utilizada, a fim de conhecer mais amplamente o
parte de etnografia virtual desenvolvida para mi- universo BDSM, tal como se expressa no mundo
nha tese de doutoramento13. O material que ora virtual.
é apresentado, de domínio público e irrestrito, Acerca de pesquisas no espaço virtual, é pre-
pautou-se nas seguintes atividades: a) acompa- ciso considerar que a internet se tornou um im-
nhamento de blogues e sites nacionais; e b) ob- portante meio de comunicação mundial, disse-
servação de páginas das redes sociais Facebook minando informações e estreitando laços entre
e FetLife – sendo esta última uma rede específica pessoas e diferentes culturas. Contudo, quando
de praticantes BDSM. Desta forma, certas carac- as práticas estudadas e seus sujeitos são marca-
terísticas próprias da linguagem escrita destes das pelo estigma, a internet se apresenta como
espaços podem ser percebidas, ou seja, ora a lin- um locus de estudo por excelência graças ao alto
guagem é mais coloquial e abreviada, típica das grau de anonimato que envolve os internautas.
páginas de redes socais, ora melhor escrita, me- Este é o caso do BDSM. Sendo uma subcultura
lhor controlada, como em blogues que visam ex- marcada pelo estigma, na qual a guarda de um
plicitamente promover uma maior compreensão segredo comum congrega seus praticantes, po-
das práticas BDSM entre adeptos e interessados. de-se inferir a importância do ciberespaço tanto
Dois esclarecimentos se fazem mister. para o fortalecimento do grupo e a disseminação
O primeiro diz respeito à questão do respei- de seu estilo de vida, quanto para a viabilização
to à ética na pesquisa. A Resolução número 510, desta pesquisa.
de 07 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Outro aspecto relevante diz respeito à adap-
Saúde14, preconiza que pesquisas que utilizam in- tação do método etnográfico para o ambiente
formações de domínio público estão desobriga- virtual. A etnografia virtual também tem sido
das de registro e avaliação por Comitês de Ética chamada de netnografia. Este neologismo, se-
em Pesquisa, bem como pela Comissão Nacional gundo Fragoso et al.16, foi cunhado na década de
de Ética em Pesquisa. O trabalho ora proposto 1990 e popularizado por Kozinets em seu traba-
está amparado, portanto, por esta determinação. lho sobre fãs. No Brasil, as discussões de Sá no
No entanto, a fim de assegurar o total anonimato início dos anos 2000 começaram o debate sobre
dos usuários, ainda que reconhecendo que estes as aplicações da netnografia. Para o autor, a uti-
façam uso de apelidos no espaço virtual, optou- lização deste termo marca a existência de natu-
se por nomeá-los apenas pelo termo “Adepto”, rezas distintas e adaptações entre a etnografia
seguido de letra alfabética. presencial e as experiências online, ainda que se
3313
como parte da identidade de cada sujeito. A do- Ao longo dessa pesquisa, obtive acesso a ape-
minação está na natureza do dominador, assim nas uma fala de um switcher, que foi entrevistado
como a submissão faz parte da essência da pessoa no documentário Algolagnia21. Ele denuncia o
que se submete. desconforto que suas preferências eróticas cau-
Neste jogo tão fixo, entretanto, surge também sam ao meio. É possível que este desconforto se
a figura dos switchers, que se alternam entre po- justifique porque o BDSM se pauta na domina-
sições de dominação e submissão em momentos ção e na submissão como elementos excludentes
diferentes com os mesmos parceiros ou não. O da essência de cada indivíduo. A partir dessa es-
Adepto B é contundente ao afirmar que os swit- sência, cada adepto assume a posição correspon-
chers não são parte do BDSM e sim parte de uma dente na hierarquia.
“camada caótica dos fetiches”, na qual tudo é per- O desejo intenso de manter a ordem, seja ela
mitido. Há também aqueles que, como Adepto qual for, faz eco à necessidade de ordem que todas
C, entendem que ser switcher é também algo da as sociedades apresentam e que foi tão contuden-
essência de determinados indivíduos, e por isso, temente explicitada pelo trabalho de Douglas22.
requer respeito. A desconfiança sentida por quem ou pelo que
Ninguém escolhe ser switcher, ou é, ou não é. representa ambiguidade social está relacionada à
Pode ser que a descoberta desta vertente aconteça necessidade social de manter a ordem, o que sig-
em momentos diferentes da vida, mas[,] por prin- nifica requerer que cada um e cada coisa tenha o
cípio[,] esta natureza é inata. Embora a existên- seu lugar claramente definido na estrutura social.
cia de um(a) switcher seja uma realidade, não há Categorias fluidas, como a dos switchers, incor-
consenso quanto a sua aceitação no meio BDSM. poram o medo social do que está fora da ordem e
Ainda existe preconceito quando alguém se assume por isso, comumente, são deslegitimadas.
switcher, sobretudo quando esta figura é masculi- Dominadores, submissos e switchers eis as
na. Os preconceitos mais comuns são: do homem personas que povoam o universo BDSM. Para
switcher, geralmente está associado, de forma pe- além de meras posições em um jogo erótico, a
jorativa à bissexualidade, ou questionam a sua dominação ou submissão é parte da essência
capacidade de dominar, uma vez que “quem se de cada um, segundo seus adeptos, ao mesmo
submete não sabe dominar”. Já a mulher switcher tempo em que nem todas as pessoas a possuem.
é vista como aquela que domina seus escravos(as) Neste sentido, a essência ganha conotação de
e até mesmo o seu ou sua Dono(a). Esta rejeição já orientação sexual ainda que requeira um apren-
foi pior em anos passados, observa-se uma evolu- dizado. O alinhamento entre orientação sexual
ção no sentido de aceitar melhor esta forma de se e aprendizado e o pertencimento ao grupo (que
viver o SM. será trabalhado no próximo subitem) conferem
A partir desta explicação dos preconceitos ao indivíduo autenticidade em sua prática sexual.
que recaem sobre homens e mulheres switchers, Considerando os riscos envolvidos nas práticas
pode-se reconhecer o peso que os papéis de do- BDSM, mister se faz discernir os verdadeiros dos
minação e submissão possuem na hierarquia de falsos dominadores. Cabe agora perscrutar al-
poder BDSM. Entre os homens, o papel de sub- guns elementos contidos nas narrativas reflexivas
missão é mais forte que o de dominação, mar- do grupo que permeiam o estilo de vida BDSM.
cando-o de tal forma que não se crê possível que
um submisso em uma performance possa ser um BDSM: Um estilo marcado pelo cuidado
dominador em outra. Já entre as mulheres, é o com o corpo e o fortalecimento do self
papel de dominação que prevalece, impedindo-a
de ser uma submissa. Essa combinação é extre- Retomando o pensamento de Giddens19, “es-
mamente interessante, pois subverte o sistema tilo de vida” diz respeito a um conjunto de prá-
dos papéis “ativo”, associado ao homem, e “passi- ticas, de certa forma, integradas, rotinizadas, que
vo”, à mulher. É como se, quando se é capaz de ex- envolvem os modos de vestir e comer, por exem-
perimentar uma condição diferente daquilo que plo, e que se constituem como base material para
foi socialmente reconhecido, esse rompimento uma narrativa reflexiva singular da autoidentida-
possua uma força tal que inviabiliza um “retor- de do sujeito que o adota. É sobre esta narrativa
no” ao que era esperado. Por esse mecanismo, particular que se pretende debruçar aqui tentan-
os preconceitos contra os switchers acabam por do depreender sua articulação com o imaginário
reiterar a hierarquia dos papéis “ativo” e “passi- específico da contemporaneidade.
vo” ainda em vigor na sociedade, e que tão bem Produzir-se como um “estilo de vida” permite
foram abordados por Misse20. ao BDSM também constituir-se como uma sub-
3315
a redefinição dos limites da dor e do prazer com se submete, constituindo-se em uma orientação
a mudança da concepção de onde começa um e sexual. Por conta disto, os switchers, que ora as-
termina o outro. sumem o papel de dominadores ora de submis-
Por fim, o fisicalismo completa um “quadro sos, são vistos com desconfiança. Ao contrário
aproximativo” entre as formas modernas da se- do que comumente se imagina, alguns adeptos
xualidade e da sensualidade. Nas palavras de Du- defendem que é a pessoa submissa que detém
arte30: o poder de definir os limites da prática. Afinal,
O fisicalismo, como teoria da pessoa, é uma re- os submissos neste meio possuem agência em
volução cosmológica, uma transformação crucial suas relações, estabelecendo consensualmente
que ocorre também nesse período, decorrente da se- com seus potenciais dominadores a forma como
paração radical entre o corpo e o espírito (expressa, desejam ser submetidos. A primeira vista, pode-
por exemplo, na filosofia de Descartes) e graças à ria-se afirmar que a hierarquia BDSM subverte
qual se passa a poder considerar a corporalidade sutilmente as tradicionais posições de poder. No
humana como dotada de uma lógica própria, que entanto, dominador e submisso devem ser apre-
deve ser descoberta e que tem implicações imedia- endidos sempre de forma relacional, um forma
tas sobre a condição humana. Na verdade, é a con- o outro em um ciclo contínuo, sendo, no fundo,
sideração da corporalidade em si, como dimensão difícil dizer quem domina e quem se submete. O
autoexplicativa do humano, que se pode chamar peso do chicote liga a mão que o empunha ao
propriamente de fisicalismo. corpo que o recebe.
Da mesma forma que a perfectibilidade e a O ciberespaço não produziu o BDSM, mas,
experiência são dimensões da vivência BDSM, sem dúvida, alargou os horizontes de seus adep-
o fisicalismo também está presente e pode ser tos, permitindo a comunicação e a troca de in-
percebido, por exemplo, na busca por um prazer formações com praticantes do mundo inteiro e
erótico, muitas vezes não genital, pela exploração promovendo seu estilo de vida. O BDSM, como
da mente (dominação psicológica e emocional) e subcultura, pode ser pensado da perspecti-
do corpo, permitindo a descoberta de novas for- va de Duarte30, que reconhece, na combinação
mas de se viver a sexualidade. do dispositivo da sensibilidade, terreno profícuo
Em vista disso, pode-se afirmar que perfecti- para o surgimento de novos comportamentos se-
bilidade, experiência e fisicalismo se congregam xuais, entre os quais se pode incluir o BDSM. Es-
nas práticas BDSM. Tanto Gregori31,32, que vem ses novos comportamentos, tal como já acontece
desenvolvendo pesquisas a respeito de práticas no BDSM, decorrem da incitação à sensibilidade
sexuais, limites da sexualidade e violência, quan- em um sentido amplo, um estilo de vida que pri-
to Zilli18, que analisou o discurso de legitimação vilegia o novo em detrimento ao “tradicional”, o
das práticas BDSM na internet, observam que as acelerado desenvolvimento de tecnologias volta-
práticas BDSM revelam certo cálculo racional do das para o corpo (dos brinquedos sexuais a técni-
uso do prazer para maximizar sua intensidade e cas de amarração do corpo, por exemplo), o que
minimizar os riscos decorrentes dessas práticas. inclui a otimização do uso do corpo (o sexo que
O SSC revela-se mais um instrumento dessa ló- transcende os órgãos genitais; os limites físicos e
gica e reforça um erotismo politicamente correto psíquicos, que precisam ser paulatinamente su-
embebido em um imaginário tão caro à Contem- perados para o crescimento dos submissos).
poraneidade. É certo que esta subcultura encontra conflu-
ência com outros paradigmas da Contempora-
neidade, como a busca pelo máximo desenvolvi-
Considerações finais mento da potencialidade de cada um, por meio
do autoconhecimento e do autodesenvolvimento
Os praticantes de BDSM demonstram no cibe- e o uso da razão na experimentação do mundo
respaço a preocupação em definir e esclarecer atrelada à exacerbação da sensorialidade. A des-
seus princípios, identidades e práticas, a fim de peito, portanto, do estigma que recai sobre o gru-
afastar pessoas mal intencionadas de seu meio. O po, este quadro de análise parece indicar que as
BDSM organiza-se a partir de uma rígida hierar- práticas BDSM, ao menos no que diz respeito a
quia, na qual as posições de dominação e submis- como se apresentam virtualmente, estão inseri-
são eróticas são pensadas pelo grupo como parte das por completo entre os pilares da subjetivida-
da identidade de cada sujeito. Ou seja, a domina- de contemporânea.
ção está na natureza do dominador, assim como Retomando o tema para o campo da Saúde
a submissão faz parte da essência da pessoa que Coletiva, propõe-se o aprofundamento do olhar
3317
Referências
1. Paim JS, Almeida Filho N. Saúde coletiva: uma “nova” 12. Weiss M. Techniques of Pleasure: BDSM and the Cir-
saúde pública ou campo aberto a novos paradigmas? cuits of Sexuality. Londres: Duke University Press; 2011.
Rev Saude Publica 1998; 32(4):299-316. 13. Silva VLM. Sob a égide do chicote: Uma leitura acerca do
2. Buss PM, Pellegrini Filho A. A saúde e seus determi- amor na contemporaneidade [tese]. Rio de Janeiro: Pon-
nantes sociais. Physis 2007; 17(1):77-93. tifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; 2015.
3. Gayle R. Thinking Sex: Notes for a Radical Theo- 14. Conselho Nacional de Saúde. Resolução número 510,
ry of Politics of Sexuality. In: Vance C, editor. Plea- de 07 de abril de 2016. [acessado 2018 Mar 29]. Dis-
sure and Danger: Exploring Female Sexuality. Nova ponível em: http://conselho.saude.gov.br/resoluco-
York: Routledge; 1984. p. 143-178. es/2016/reso510.pdf
4. American Psychiatric Association. Manual diagnóstico 15. Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qua-
e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5ª ed. Porto litativa em Saúde. São Paulo: Hucitec Editora; 2014
Alegre: Artmed; 2014. 16. Fragoso S, Recuero R, Amaral A. Métodos de pesquisa
5. Reiersol O, Skeid S. The ICD 11 Revision: Scien- para internet. Porto Alegre: Sulina; 2013.
tific and Political Support for the Revise F65 Re- 17. Zilli BDC. BDSM de A a Z: a despatologização atra-
form. Second Report to the World Health Organiza- vés do consentimento nos “manuais” da internet. In:
tion. Oslo: World Health Organization; 2011. Díaz-Benítez ME, Fpigari CE, organizadores. Prazeres
6. Lanteri-Laura G. Leitura das perversões: história de sua dissidentes. Rio de Janeiro: Editora Garamond; 2009.
apropriação médica. Rio de Janeiro: Zahar; 1994. Coleção: Sexualidade, gênero e sociedade. p. 481-508.
7. Leite Júnior J. Elementos para uma história do conceito 18. Zilli BDC. A Perversão domesticada – estudo do discurso
de sadomasoquismo [Relatório final da bolsa de Inicia- de legitimação do BDSM na internet e seu diálogo com a
ção Científica PIBIC-CNPq do Projeto “Repercussões psiquiatria [dissertação]. Rio de Janeiro: Universidade
de Sade”]. São Paulo: PUC; 2000. do Estado do Rio de Janeiro; 2007.
8. Mcclintock A. Couro imperial: raça, travestismo e o 19. Giddens A. Modernidade e identidade. Rio de Janei-
culto da domesticidade. Cadernos Pagu 2003; 20:7-85. ro: Zahar; 2002.
9. Brame GG, Brame WD, Jacobs J. Different Loving: 20. Misse M. O estigma do passivo sexual: um símbolo de
The World of Sexual Dominance & Submission. Nova estigma no discurso cotidiano. Rio de Janeiro: Achiame;
York: Villard; 1993. 1979.
10. Rubin G, Butler J. Tráfico sexual – entrevista. Cader- 21. Algolagnia: a doc about BDSM Scene in Brazil/RJ [video
nos Pagu 2003; 21:157-209. online]. Rio de Janeiro: Distribuição de Túlio Bambi-
11. Califia P. A personal view of the history of the lesbian no, Henrique Santana e José Viana Filho; 2006. [aces-
S/M community and movement in San Francisco. In: so em 2014 Set 2]; 29h30min., sonoro e legendado.
Samois. Coming to power. Boston: Alyson Publications; Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=w-
1987. p. 243-287. T1PtjfJzkQ
3318
Silva VLM
CC BY Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons