Roteiro de Aula 9

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Roteiro de aula 9

Aulas dias 13.05 e 20.05/2016

OBS: 1ª N2 dia 17.05: o Contrato de Compra e Venda e a Doação.

CONTRATO DE LOCAÇÃO

1. Legislação:
Código civil – traz regras gerais e locação de coisas moveis.
Lei 8.245/91 – locação de imóvel urbano.
Lei 4504/64 – locação de imóvel rural

2. Conceito
Locação de coisas é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a
conceder à outra o uso e gozo de uma coisa não fungível,
temporariamente e mediante remuneração.
Característica marcante: retorno do bem locado.
Coisa infungível.
Partes: locador, senhorio ou arrendador
Locatário, inquilino ou arrendatário

Retribuição pelo uso: renda ou aluguel


OBS: a locação não transfere o domínio.

3. Natureza jurídica
Bilateral
Oneroso – se o uso do bem ocorre sem contraprestação deixa de ser
locação e passa a ser comodato.

Consensual
Sem caráter personalíssimo – nem para locador e nem para locatário, assim
pode ser cedido ou sublocado e não extingue com a morte.
Comutativo – prestações certas
Não solene – forma livre. Mas, se tiver fiança deve ser escrito. E se tiver a
garantia de locação frente a alienação então deve ser escrito pois essa
previsão precisa ser expressa, inclusive o tempo de duração do contrato e
registrada.
Trato sucessivo – execução continuada.

4. Elementos da Locação
Objeto – bem infungíveis móvel ou imóvel. Se consumível não pode ser
objeto de locação.
Coisas inalienáveis podem ser locadas.
Bens incorpóreos ou imateriais podem ser locados.

Preço
É o aluguel ou remuneração indispensável para configuração da locação,
senão vira comodato (uso gratuito de bem infungível).
O preço deve ser sério, determinado ou determinável, em regra, feito em
dinheiro. Se com outro bem é um contrato inominado.
Lugar do pagamento: a obrigação é quesível, ou seja, no domicílio do
locatário é que deve ser cumprida.
O inadimplemento do aluguel dá direito de executar ou pleitear resolução
do contrato pela ação de despejo.
Basta que a coisa esteja à disposição do locatário para que seja devido
aluguel, independentemente do uso.
Consentimento – pode ser expresso ou tácito. Basta poderes de
administrador para ser locador. Não se exige a propriedade, basta ser
proprietário aparente – possuidor de boa fé, ter a posse jurídica do bem.
O locatário, tendo consentimento do locador, pode sublocar.
Coisa indivisa é necessário o consentimento mútuo dos condôminos. Ex.
kitnet no prédio.

5. Prazo
Em regra, sem prazo.
571

6. Obrigações do locador
1. entregar a coisa alugada ao locatário em estado de servir ao uso e gozo
do bem
Prazo: acordado ou no tempo útil

2. manter a coisa no mesmo estado, pelo tempo do contrato.


Art. 567 – redução do aluguel ou resolução do contrato.

3. garantir o uso pacífico da coisa –


568
O locatário pode fazer uso de interditos possessórios – 1197

7. Obrigação do locatário
569
Servir-se da coisa alugada para os usos convencionados.
Conservar a coisa
Pagar pontualmente
Restituir a coisa como a recebeu – vistoria

8. disposições complementares
Devolução antecipada do bem: 571 e 572
Se o contrato tem prazo: locador pode pedir desde que pague perdas e
danos.
Locatário pode devolver se pagar multa proporcional.

9. Fim da locação
Com o exaurimento do prazo – 573
Se o locatário não devolve passa a ter a posse injusta e de má fé.
Locador não se opõe, presume-se prorrogada pelo mesmo preço.
Quando não tem prazo é preciso notificar.
578

*Leitura da Lei 8.245/91 (lei do Inquilinato) indispensável.

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