Roteiro de Exame Neurológico

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ROTEIRO DE EXAME NEUROLÓGICO

1. EXAME MENTAL
1- ASPECTO E COMPORTAMENTO GERAL – alerta, aspecto normal, hiperativo, agitado.
Vestido de acordo c/ o local, sexo etc.
2- CONVERSAÇÃO- avaliar a comunicação pela fala. Rápida e incessante ou ao contrário, é
difícil manter comunicação?
LINGUAGEM e FALA
a) OBSERVAÇÃO- a FALA ESPONTÂNEA deve ser estimulada. Observar articulação (disartria)
fluência, prosódia e sintaxe.
b) COMPREENSÃO – apontar itens na sala (4) respostas ‘sim` ou ‘não’; aponte para a janela e
depois para a porta
c) NOMEAÇÃO – nomear objeto, mudar de categoria; aponte para o lápis.
d) REPETIÇÃO – 1. Diga “perto da mesa” 2. “perto da mesa na sala de jantar”.-
e) LEITURA E ESCRITA 1.escreva uma frase 2. Leia o que escreveu
3- CARATER E AFETIVIDADE – está excessivamente alegre, eufórico ou está silencioso, chorando
ou com labilidade emotiva?
4- CONTEÚDO DO PENSAMENTO – ilusões , alucinações, delírio, medo exagerado de doenças ,
idéias de perseguição.
5 – SENSÓRIO
a) NÍVEL DE CONSCIENCIA (alerta,sonolento,comatoso)
b) ATENÇÃO habilidade para focar sobre um estimulo, vigilância (manter o foco) Teste da
subtração 100- 7 5x.
c) MEMORIA
 Memória imediata – repetição de números, repetição de uma sentença.
 Memória recente – eventos do dia a dia, orientação - lugar, tempo e pessoa.
 Nova aprendizagem – nome de 4 objetos – repetir 5 e 10 minutos
 Memória remota
d) FUNÇÕES EXECUTIVAS – analisar provérbios, situações.
f) PRAXIA, CÁLCULOS

2. PARES CRANIANOS
A. OLFATÓRIO- Examine cada narina com pó de café, canela ou fumo.

B. ÓPTICO
- Exame dos campos visuais (campimetria por confrontação)
- Acuidade visual (use cartão de Snelen)
- Exame do fundo de olho

C. ÓCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE- Devem ser examinados juntos.


- Levantador da pálpebra
- Reto medial
- Reto superior III PAR
- Reto inferior
- Oblíquo inferior
2
- Reto lateral VI PAR
- Oblíquo superior IV PAR
* As paralisias são denominadas oftalmoplegias;
* O reflexo fotomotor consensual, de acomodação e
convergência têm miose como resposta à luz.

D. TRIGÊMEO- Nervo misto.

* Examinar a sensibilidade extereoceptiva da face (ramos oftálmico, maxilar e mandibular).


* Inclua a sensibilidade corneana e reflexo córneo-palpebral (aferência pelo trigêmeo).
* Pesquisar o reflexo masseteriano e a mastigação.

E. FACIAL

* Examine a mímica facial voluntária e emocional ( a paralisia pode ser central ou periférica).
* Teste a gustação nos 2 / 3 anteriores da língua (sal, doce, ácido e amargo).

F. CÓCLEO-VESTIBULAR
- COCLEAR- Testar a acuidade auditiva com os testes de Weber e Rinne, usando o diapasão.
- VESTIBULAR- Estática, Sinal de Romberg. Verificar se há nistagmo (rotatório, vertical e/ou
horizontal).

G. GLOSSOFARÍNGEO E VAGO- São testados juntos.

* Verifique a úvula e o palato mole. Pesquise o reflexo do vômito e o sinal da cortina.


* Observar se há disfonia, disartria e disfagia.

H. ACESSÓRIO

* Examine a rotação lateral e flexão da cabeça.


* Pesquise a força de elevação dos ombros.

I. HIPOGLOSSO

* Observar a língua: atrofias e/ou fasciculações.


* Veja a mobilidade da língua. Há desvios ao ser posta para fora da boca?

3. MOTRICIDADE

O estudo da motricidade visa avaliar o funcionamento adequado de todos níveis do sistema motor:
- ESPINO-MUSCULAR
- NÍVEL EXTRA-PIRAMIDAL
- CEREBELAR
- PSICOMOTOR

inspeção: Observar a postura, trofismo muscular, amplitude de movimentos, movimentos ativos


e passivos, movimentos involuntários (tremor, atetose, coréia, balismo, mioclonias, fasciculações e
distonias).
força: Saber a lateralização (destro ou canhoto?)
Testar a força muscular nas manobras antigravitacionais e de contra-oposição aos
movimentos. Anote se há paresias ou plegias (paralisias).
tônus muscular: Pela palpação e mobilização passiva das articulações.

coordenação: Pode ser equilibratória e não equilibratória.


-EQUILIBRATÓRIA- Pesquisar a coordenação do paciente quando sentado, ao
levantar e em pé.
* Veja se há o sinal de Romberg.
* No exame da marcha observe se há desvios, pobreza de movi-
mentos associados, se o paciente consegue andar em linha reta.
Há dificuldade de iniciar a marcha?
Piora quando fecha os olhos?
* Tipos de marcha mais freqüentes:
- Hemiplégica - Atáxica cerebelar
- Parética - Atáxica cordonal posterior
- Parkinsoniana - Escarvante
- Espástica - Anserina

NÃO EQUILIBRATÓRIA- (dos movimentos das extremidades).


* Observe se há assinergia, dismetria ou disdiadococinesias nas
seguintes provas: dedo-nariz, dedo-nariz-dedo do examinador, calcanhar-joelho e movimentos
alternados das mãos.

4. OS REFLEXOS: Ajudam a localizar o nível da lesão no neuro-eixo. Podem estar diminuídos ou


ausentes em patologias neuromusculares.
* Ausentes (0), normais (+ / ++) ou hiperativos (+++ / ++++)

REFLEXOS PROFUNDOS
MMSS: Biccipital - C5-C6 MMII: Patelar - L2 - L4
Triccipital - C6 - C8 Aquileu - L5 - S2
Braquiorradial - C5 - C6
Flexor dos dedos - C6 - T1

REFLEXOS SUPERFICIAIS
Cutâneo-abdominal: superior - T6 - T8
médio - T8 - T10
inferior - T10 - T12
Cremasteriano: L1 - L2
Cutâneo-plantar: L4-S2. Quando extensora:-> Sinal de Babinski .
5. SENSIBILIDADE

*. As áreas nas quais o paciente refere dor, dormência, formigamento ou onde observamos hipotrofias
e/ou hiporreflexias, devem ser examinadas detalhadamente. A sensibilidade subjetiva é referida
pelo paciente na anamnese.
* Pesquisar inicialmente sinais de irritação meníngea:
- Sinal de Kernig
- Sinal de Lasègue
- Sinal de Brudzinski

* A sensibilidade objetiva (superficial e profunda) : comparar um lado com o outro. Procure


não induzir a resposta, exija atenção e colaboração do paciente.
Use algodão, agulha e tubos de ensaio com água quente (45ºC) e fria
(5ºC). Pesquise na distribuição dos nervos e dermátomos.

A) exterocepção
Dor- algesia ou algestesia. Analgesia= ausência total; Hipoalgesia=diminuição
Hiperalgesia= aumento da sensibilidade.
Temperatura- termoestesia. A diminuição= termohipoestesia.
Tato- testado junto com a sensibilidade dolorosa. Tato=estesia. Tato discriminativo (discriminação
entre dois pontos e topoestesia).

B) propiocepção
sensibilidade vibratória-palestesia. Usamos diapasão
noção de posição segmentar
sens. de pressão
dor profunda

C) sensações combinadas (participação cortical)


estereognosia
topognosia
grafoestesia
inatenção sensorial

PROF. R. N. CAMPOS

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