Aula 01

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Laboratório de Análise

Instrumental

Prof. Renato Camargo Matos

http://www.ufjf.br/nupis
DIA/MÊS ASSUNTO
05/03 Apresentação do curso
12/03 PRÁTICA 1: Determinação de cobre (II) por colorimetria visual e
espectrofotometria
19/03 PRÁTICA 2A: Propriedades colorimétricas desejáveis e indesejáveis – Sistema Fe-
Tiocianato

26/03 PRÁTICA 2B: Propriedades colorimétricas desejáveis e indesejáveis – Sistema Fe-o-


Fenantrolina

02/04 PRÁTICA 3: Determinação espectrofotométrica de ferro


09/04 PRÁTICA 4: Determinação espectrofotométrica do pKa de um indicador
16/04 PRÁTICA 5: Análise espectrofotométrica de mistura
23/04 PRÁTICA 6: Titulação espectrofotométrica de ferro com EDTA
07/05 1a Prova de Laboratório (valor = 30 pontos)
14/05 PRÁTICA 7: Determinação de sódio e potássio em bebidas isotônicas
21/05 PRÁTICA 8: Tratamento de amostra de leite em pó
28/05 PRÁTICA 9: Determinação de ferro em leite em pó por AAS
04/06 PRÁTICA 10: Verificação da influência do pH na extração de Fe(III) com éter etílico

11/06 PRÁTICA 11: Estudo da eficiência de uma resina de troca iônica


18/06 2a Prova de Laboratório (valor = 30 pontos)
25/06 Seminário

Nota Final = 1a Prova de laboratório (30 pontos) + 2a Prova de laboratório (30 pontos) + Caderno de
Laboratório (10 pontos) + Atividades (10 pontos) + Seminário (20 pontos)
Caderno de Laboratório
1. Título
2. Introdução
3. Objetivo
4. Parte Experimental
4.1. Reagentes e Soluções (descrever as concentrações)
4.2. Vidrarias (descrever quantidade e a capacidade)
4.3. Equipamentos
4.4. Reações
5. Resultados e Discussões
(Nesta etapa devem ser colocadas as tabelas e os gráficos)
Colocar as legendas das tabelas e das figuras.
6. Conclusão
7. Referências Bibliográficas
b Quando um feixe de
ABSORÇÃO
radiação monocromática
Radiação Radiação (P0) incide sobre uma
incidente (P0) emergente (P) amostra absorvente
(concentração C e caminho
P  P0 b), uma certa quantidade
de luz é absorvida e a
potência do feixe
Concentração C
emergente diminui (P).
Transmitância (T) é a fração de luz original que passa pela
amostra. Pode ser expressa em percentagem de T.

P P
T = %T = ·100
P0 P0

(0 a 1) (0 a 100%)

P0
A = Log = - Log T = 2-Log %T
P

Absorvância (A) é diretamente proporcional a concentração (C) da espécie


que absorve a luz na amostra.
Para uma radiação monocromática, a absorvância é diretamente proporcional ao
caminho ótico e a concentração das espécies absorventes.

A = a·b·c Onde a = absortividade (L·g -1·cm-1 )


b = Caminho ótico (cm )
C = concentração (g·L-1 )

Quando C é expresso em mol·L-1 e b em cm, a constante de proporcionalidade é


chamada de absortividade molar e representada por  (L·mol-1 ·cm-1 )

A = ·b·c

A absortividade molar ou coeficiente de extinção é característica de uma


substância em um dado meio para um dado .
Indica a quantidade de luz absorvida em um dado .
Os critérios para uma análise
espectrofotométrica satisfatória são:

 Especificidade da reação colorimétrica


 Proporcionalidade entre a cor e a concentração
 Estabilidade da cor
 Reprodutibilidade
 Limpidez da solução
 Alta sensibilidade
PRÁTICA 1: Determinação de cobre (II) por colorimetria
visual e espectrofotometria

Objetivo: Determinação de uma amostra contendo Cu(II) por colorimetria visual e por
espectrofotometria. Apresentação de uma sistemática geral simples de uma análise
espectrofotométrica.

Cu2+ + 4 NH4OH [Cu(NH3)4]2+ + 2 H2 O

Interferentes: Níquel, cobalto, Fe3+ , Al3+ , Mn2+ , Pb2+ , Sn2+ , Bi3+ e Ag+ .
Colorimetria visual
a) Preparar 6 balões volumétricos de 10,00 mL usando diferentes volumes da solução
estoque de cobre (II) 2000 mg L-1 com concentração variando de 100 a 600 mg L-1;

b) Acrescentar solução de amônia em cada balão volumétrico no mesmo volume de


padrão de cobre (II) adicionado. Diluir com água destilada até completar 10,00 mL;

c) Marcar os tubos de ensaio igualmente aos balões e transferir a solução do complexo


preparada para cada um dos respectivos tubos;

d) Preparar a amostra desconhecida transferindo 1 mL para um balão volumétrico de


10,00 mL e adicionando 2 mL da solução de amônia. Diluir com água destilada até 10,00
mL (em triplicata);

e) Comparar a coloração apresentada pela solução da amostra com as dos padrões


preparados e estimar a concentração do cobre (II) na amostra analisada.
Espectrofotometria
a) Utilizar o padrão 4 para traçar o espectro de absorção do complexo de cobre (II)
com amônia. Ler os valores de absorvância do complexo variando o comprimento
de onda de de 400 a 700 nm;
Comprimento de onda / nm Absorvância
400
420
440
460
480
500
520
540
560
580
600
620
630
640
660
680
700
c) Medir os valores de absorvância dos 6 padrões preparados anteriormente usando
o comprimento de onda de máxima absorção;

Padrão Volume da solução [Fe(II)] / µmol L-1 Absorvância


estoque de Cu(II) /
mL
1 0,50
2 1,00
3 1,50
4 2,00
5 2,50
6 3,00
Amostra 1 1,00 ---
Amostra 2 1,00 ---
Amostra 3 1,00 ---

Questões:
1) Determine visualmente a concentração de cobre na amostra analisada.
2) Construa o espectro de absorção do complexo cobre-amônia e determine o
comprimento de onda de máxima absorção.
3) Construa a curva analítica e determine a absortividade molar do complexo estudado.
4) Determine a concentração de cobre usando a curva analítica e compare com o resultado
obtido visualmente.
CURVA ANALÍTICA
1ª Etapa: Soluções padrão: Prepara-se soluções de concentrações conhecidas e diferentes do
constituinte em análise. Geralmente estas soluções são obtidas por conveniente diluição de
uma solução padrão estoque.
2ª Etapa: Medidas de sinal analítico: Medidas do sinal instrumental para as soluções padrão e branco
(5 níveis de concentração no mínimo).
3 Etapa: Construção do gráfico do sinal obtido x concentração do analito.
ª

1.067

0.933

0.800
Absorvância

0.667

0.533

0.400

0.267

0.133

0.000
0 2 4 6 8 10
Concentração de cobre, µmol/L
 Ajuste da curva analítica:
Consiste em traçar a melhor reta que se ajuste aos pontos experimentais que possuem
algum erro e não descrevem exatamente uma reta.

MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS n xi y i   xi  y i


a
n x   x 
2 2
1.067
Abs = a [Cu] + b i i

0.800
Absorvância

Abs
0.533
b  y  ax
[Cu]
Y=A+B*X
0.267 Parâmetro Valor Desvio
desvio vertical
------------------------------------------------------------
0.000 A -0.28669 0.24177
0 2 4 6 8 10
Concentração de cobre, µmol/L B 1.5999 0.04303
------------------------------------------------------------
R SD N P
n xi yi   xi  yi
r  ------------------------------------------------------------
n x   x  n y
2
i i
2 2
i   yi 
2
 0.9982 0.39369 7 <0.0001
------------------------------------------------------------
 SENSIBILIDADE ANALÍTICA:

É a capacidade de responder de forma confiável e mensurável às variações de


concentração do analito.
Também expressa a capacidade técnica em diferenciar dois valores de
concentração próximos, assim a sensibilidade do método depende da
inclinação da curva.

Exemplo: 10,1 g/L e 10,2 g/L


sinal analítico

sinal analítico


C1 C2 C1 C2

Concentração Concentração

a
sensibilidade analítica 
sa
sensibilidade _ da _ calibração  a
 LIMITE DE DETECÇÃO (do método e do instrumento):

O limite de detecção (LD) é a menor concentração que pode ser distinguida com um certo
nível de confiança. Toda técnica analítica tem um limite de detecção. Para os métodos que
empregam uma curva analítica, o limite de detecção é definido como a concentração analítica
que gera uma resposta com um fator de confiança k superior ao desvio padrão do branco
(amostra com concentração de 1 a 5 vezes maior que o limite de detecção estimado), s.

ks
LD  a é a sensibilidade da calibração (a) e k é escolhido como 2 (92,1

a %) ou 3 (98 %).

Espécie não detectada ao limite de detecção da concentração x,


Sinal < LD porém há presença de sinal analítico não presente no branco.
 LIMITE DE QUANTIFICAÇÃO OU DETERMINAÇÃO (do método e do instrumento):

O limite de quantificação (LQ) é a menor concentração que pode ser determinada em


confiabilidade de precisão e exatidão aceitáveis, para aquela condição analítica. Para o limite
de quantificação considera-se que não se atingiu o limite da técnica/método ou equipamento.
Para os métodos que empregam uma curva analítica, o limite de quantificação é definido
como a concentração analítica que gera uma resposta com um fator de confiança igual a 10.

10s
LQ 
a
Espécie não quantificada ao limite de determinação ou quantificação
Sinal < LQ da concentração x, porém há presença de sinal analítico não
presente no branco.

O cálculo do desvio padrão do branco pode ser feito com base na variação das medidas do
branco analítico, da linha de base ou de um padrão de concentração muito baixa da(s) espécie(s)
analisada(s). A escolha depende da técnica e/ou instrumentação analítica, sendo função do
parâmetro que está sendo medido.

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